2a Convocatória III CBEO

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2a Convocatória III CBEO

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    III CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS

    Segunda Convocatria

    A Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais (SBEO) e o Centro de Cincias Jurdicas e

    Econmicas da Universidade Federal do Esprito Santo (CCJE/UFES) convocam os associados da

    SBEO, estudantes, professores, pesquisadores interessados nos estudos organizacionais, bem

    como os demais interessados, a participarem do III Congresso Brasileiro de Estudos

    Organizacionais (CBEO), que ser realizado na Universidade Federal do Esprito Santo, na

    cidade de Vitria, Esprito Santo, Brasil, de 28 a 30 de outubro de 2015.

    Tendo em vista a resposta dos pesquisadores primeira convocatria do III Congresso

    Brasileiro de Estudos Organizacionais (CBEO), convidamos a todos para participar do evento e

    apresentar propostas aos seguintes grupos de trabalho:

    I IDENTIFICAO DOS GRUPOS DE TRABALHO APROVADOS E SEUS COORDENADORES

    Cdigo Nome Coordenadores

    GT-01 A interculturalidade nas

    organizaes

    Janana Maria Bueno (UFU), Carlos Roberto Domingues

    (UFU), Antnio Giovanni Figliuolo Uchoa (UNIVALI)

    GT-02 A produo simblica da

    organizao: memria, histria e

    cotidiano

    Adriana Vinholi Rampazo (UNESPAR/USP), Letcia Dias

    Fantinel (UFES), Marina Dantas de Figueiredo (UNIFOR),

    Rafael Fernandes de Mesquita (UNIFOR)

    GT-03 Anlise interdisciplinar da prtica

    nas organizaes: teoria da

    atividade e outras possibilidades

    Raquel Dorigan de Matos (UNICENTRO), Liliane Canopf

    (UTFPR), Marcio Pascoal Cassandre (UEM), Yra Lcia

    Mazziotti Bulgacov (UP)

    GT-04 Colorindo a terra do

    management do homem

    branco: relaes raciais e

    estudos organizacionais

    Denis Alves Perdigo (UFJF), Eliane Barbosa da Conceio

    (FGV/UPM), Josiane Silva de Oliveira (UFG), Juliana

    Cristina Teixeira (UFSJ/UFMG), Marco Csar Ribeiro

    Nascimento (UFLA)

    GT-05 Comportamento humano em

    organizaes e geraes

    Kely Csar Martins de Paiva (UFMG), Jair Nascimento

    Santos (UNIFACS), Jos Ricardo Costa de Mendona

    (UFPE)

    GT-06 Dilogos sobre o trabalho

    humano

    Admardo Bonifcio Gomes Jnior (UEMG), Fernanda

    Tarabal Lopes (UFRGS), Giselle Reis Brando (PUC-MG),

    Ludmila de Vasconcelos Machado Guimares (CEFET-MG)

    felipekaiserRealce

    felipekaiserTexto digitado

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    Cdigo Nome Coordenadores

    GT-07 O dark side das organizaes:

    crimes, violncia e m conduta

    no ambiente corporativo

    Alexandre Reis Rosa (UFES), Cintia Rodrigues Oliveira

    Medeiros (UFU), Eduardo Loebel (UFU), Rafael Alcadipani

    (FGV), Rodrigo Miranda (UFU), Valdir Machado Valado

    Jnior (UFU)

    GT-08 O organizar (extra)ordinrio da

    vida cotidiana

    Elisa Yoshie Ichikawa (UEM), Nathalia de Ftima Joaquim

    (FNH), Alexandre de Pdua Carrieri (UFMG).

    GT-09 Organizao e prxis libertadora:

    por uma crtica da economia

    poltica da organizao

    Rafael Kruter Flores (UFRGS), Paulo Abdala (UFRGS),

    Steffen Bhm (U.Essex)

    GT-10 Organizao, poltica e cultura Rosimeri Carvalho da Silva (UFRGS), Jos Marcio Barros

    (UEMG/PUC-MG), Eloise Helena Livramento Dellagnelo

    (UFSC)

    GT-11 Prticas grupais de pesquisa

    qualitativa

    Christiane Kleinbing Godoi (UNIVALI), Ana Lcia de

    Arajo Lima Coelho (UFPB), Adriano Silveira Mastella

    (IFSC)

    GT-12 Prticas organizativas Alfredo Rodrigues Leite da Silva (UFES), Csar Tureta

    (UFES), Marcelo de Souza Bispo (UFPB)

    GT-13 Trabalho, subjetividade e poder Jos Henrique de Faria (UFPR), Deise Luiza da Silva Ferraz

    (UFMG), Francis Kanashiro Meneghetti (UTFPR)

    II DETALHAMENTO DOS GRUPOS DE TRABALHO APROVADOS

    Grupo de Trabalho 01

    A INTERCULTURALIDADE NAS ORGANIZAES

    Coordenadores

    Janana Maria Bueno (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]

    Carlos Roberto Domingues (Universidade Federal de Uberlndia)

    [email protected]

    Antnio Giovanni Figliuolo Uchoa (Universidade do Vale do Itaja) [email protected]

    Descrio

    O objetivo debater e promover avanos tericos e empricos sobre as questes interculturais

    no ambiente de trabalho e nas relaes profissionais. As misses internacionais, o trabalho em

    equipes multiculturais ou programas de treinamento no garantem o desenvolvimento de

    sensibilidade intercultural ou de competncias especficas para o ambiente multicultural.

    necessrio refletir sobre estas experincias e analisar as prticas envolvidas no intuito de

    felipekaiserRealce

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    aumentar a conscincia sobre elas e de seu significado para as organizaes e sujeitos

    envolvidos. Sero bem-vindos ensaios tericos e artigos terico-empricos de diferentes

    abordagens epistemolgicas, cujas contribuies relacionem-se, no exclusivamente, com: a)

    Encontros interculturais no ambiente organizacional, as representaes sociais do estrangeiro

    e do grupo, os dilemas e ambiguidades no cotidiano intercultural; b) O controle cultural-

    ideolgico, o lado obscuro da cultura, nos ditames institucionais e sua tentativa de

    homogeneizao, operando em relao a todos os empregados e nveis gerenciais; c) A

    reflexo no processo de aquisio e transferncia de conhecimento intercultural, sensibilidade

    e competncia e a necessidade de tempo e espao para a reflexo nas organizaes; e d) A

    responsabilidade dos gestores em ambientes multiculturais e a importncia do seu papel na

    articulao e prticas para disseminao da cultura dominante ou do desenvolvimento de um

    ambiente verdadeiramente multicultural.

    Grupo de Trabalho 02

    A PRODUO SIMBLICA DA ORGANIZAO: MEMRIA, HISTRIA E COTIDIANO

    Coordenadores

    Adriana Vinholi Rampazo (Universidade Estadual do Paran/Universidade de So Paulo)

    [email protected]

    Letcia Dias Fantinel (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]

    Marina Dantas de Figueiredo (Universidade de Fortaleza) [email protected]

    Rafael Fernandes de Mesquita (Universidade de Fortaleza) [email protected]

    Descrio

    O objetivo deste grupo reunir trabalhos cujo interesse se volte a processos de produo e

    reproduo simblicas e culturais por meio de vivncias organizacionais. O escopo se constri

    a partir de opes tericas e posicionamentos epistemolgicos diversos no campo dos Estudos

    Organizacionais, relacionados a perspectivas simblicas, interpretativistas, ps-modernistas,

    ps-estruturalistas e ps-coloniais. Entende-se a organizao no como unidade externa ou

    entidade naturalizada ou reificada, mas sim como processo em constante transformao, em

    construes sociais dinmicas e cotidianas, formadas a partir das interaes dos sujeitos e

    constantemente reconstrudas por elas. A partir desse entendimento, privilegiam-se

    perspectivas que tomem a organizao como fenmeno provisrio, cuja existncia se relaciona

    ao contexto espao-temporal, histrico e cultural, a manifestaes culturais locais ou

    regionais, tradicionais ou atualizadas, e a vivncias corporais, incorporadas e emocionais dos

    seus participantes. So temas de interesse nesse mbito: espacialidades, territorialidades e

    temporalidades organizacionais; identidades em organizaes e no trabalho; corpo,

    corporeidade e vivncia das emoes; prticas cotidianas e cotidiano das prticas em

    organizaes; prticas culturais tradicionais, apropriaes e atualizaes em organizaes;

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    memria, histria, permanncia e mudana organizacional; discusses tericas, metodolgicas

    e epistemolgicas em estudos sobre simbolismo em organizaes. O grupo pretende ser plural

    e diverso, aberto a outras questes relacionadas ao tema central. Espera-se que o trabalho

    coletivo possa aproximar pesquisadores de todo o pas e produzir articulaes em redes dos

    interessados na temtica.

    Grupo de Trabalho 03

    ANLISE INTERDISCIPLINAR DA PRTICA NAS ORGANIZAES: TEORIA DA ATIVIDADE E

    OUTRAS POSSIBILIDADES

    Coordenadores

    Raquel Dorigan de Matos (Universidade Estadual do Centro-Oeste)

    [email protected]

    Liliane Canopf (Universidade Tecnolgica Federal do Paran) [email protected]

    Marcio Pascoal Cassandre (Universidade Estadual de Maring)

    [email protected]

    Yra Lcia Mazziotti Bulgacov (Universidade Positivo) [email protected]

    Descrio

    Analisar as organizaes como um fenmeno social, concreto, histrico e dialtico; um

    elemento da sociedade que est sempre em estado de tornar-se, produto do processo de

    construo social; sistemas de causalidade intersubjetiva, com densos processos cotidianos

    que se interconectam em vozes, lugares e momentos diferentes, em que as partes contm o

    todo e so lugares de residncia de atividade, ao, produo de subjetividade e produo de

    processos organizacionais. O conceito de prtica social, adotado como unidade de anlise

    cultural da organizao, compreendido por meio da Psicologia Scio-Histrica e Cultural

    russa iniciada nas dcadas de 1920 e 1930, por Vygotsky, Lria e Leontiev e pela Teoria da

    Atividade - TA. No campo organizacional a TA encontra aderncia a temas como metodologias

    de pesquisa, como as propostas de Yves Clot, Michael Cole e Yrj Engestrm. Tambm as

    investigaes da aprendizagem social ou aprendizagem situada decorrentes da TA esto no

    mbito dos estudos baseados em prtica, como sistema de atividade, prtica como

    conhecimento, prtica como contexto social ou ainda, prtica como ao. Buscando como

    elemento mediador dessa prtica capaz do processo concreto de mudana, a

    interdisciplinaridade. Demonstrando que esta expande e estimula a difuso do conhecimento

    e, ao destruir a fronteira dos aspectos dos fenmenos sociais, permite o alargamento de

    habilidades criativas nos sujeitos, constituindo uma possibilidade ampliada de aprendizagem

    expansiva em busca da superao dialtica da totalidade da atividade. Entendendo que

    atividades esto em constante mudana, que atividades historicamente construdas carecem

    de variados tipos de conhecimento e aprendizagens distintas e, consequentemente, tendo por

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    pressuposto terico a escola russa histrico-cultural nos ensinamentos de Vigotski, Leontiev,

    Ilenkov e Davidov, bem como, de Bateson e Bakhtin, Engestrm prope o conceito de

    aprendizagem expansiva como resultado da chamada coconfigurao de trabalho, entendendo

    essa aprendizagem como transformadora e, consequentemente, capaz de ampliar os objetos

    compartilhados de trabalho por meio de novos conceitos, modelos e novas ferramentas

    objetivadas e articuladas. Sua proposta integra os aspectos culturais e sociais da aprendizagem

    e da mudana. A nfase da anlise est ao mesmo tempo no processo pelo qual uma forma

    organizacional especfica criada, nos mecanismos pelos quais ela se mantm e na sua

    contnua reconstruo. A concepo de homem complexa, cultural, social e histrica, pois

    sua prpria organizao corporal contm a necessidade de entrar em uma relao ativa com o

    mundo exterior, atua para existir, influi no mundo exterior, o modifica e se modifica, sendo

    modificado pela sua atividade, que condicionada pelo nvel j alcanado no desenvolvimento

    de seus meios e formas de organizao. Nesta relao, a conscincia desenvolvida a partir de

    condies concretas, produto de um processo de apropriao e objetivao.

    Grupo de Trabalho 04

    COLORINDO A TERRA DO MANAGEMENT DO HOMEM BRANCO: RELAES RACIAIS E

    ESTUDOS ORGANIZACIONAIS

    Coordenadores

    Denis Alves Perdigo (Universidade Federal de Juiz de Fora) [email protected]

    Eliane Barbosa da Conceio (Fundao Getlio Vargas/Universidade Presbiteriana

    Mackenzie) [email protected]

    Josiane Silva de Oliveira (Universidade Federal de Gois) [email protected]

    Juliana Cristina Teixeira (Universidade Federal de So Joo del-Rei/Universidade Federal de

    Minas Gerais) [email protected]

    Marco Csar Ribeiro Nascimento (Universidade Federal de Lavras)

    [email protected]

    Descrio

    Este Grupo de Trabalho tem o objetivo poltico de colocar em discusso um tema que ainda

    pouco explorado no que se refere ao contexto micro dos Estudos Organizacionais; ao contexto

    meso dos estudos em Administrao; e ao macro contexto dos estudos sobre o trabalho e dos

    estudos acadmicos brasileiros em geral. A escassa explorao da temtica proposta no campo

    dos Estudos Organizacionais j foi denunciada e problematizada por Conceio (2009)1 e Rosa

    1 CONCEIO, E. B. A negao da raa nos estudos organizacionais. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAO

    NACIONAL DE PS-GRADUAO E PESQUISA EM ADMINISTRAO, XXXIII, 2009, So Paulo. Anais... So Paulo: ANPAD, 2009.

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    (2012; 2014)2, quando discutiram, respectivamente, o que chamaram de negao da raa nos

    Estudos Organizacionais e dimenses esquecidas de um debate que (ainda) no foi feito.

    Desde ento, alguns poucos estudos foram publicados a respeito dessa temtica neste campo

    de pesquisas. Embora o termo raa esteja presente em uma parte significativa de trabalhos

    que falam sobre outra temtica correlacionada gnero poucos so os estudos que se

    debruam especificamente sobre a dimenso racial/cor/tnica nos Estudos Organizacionais. O

    objetivo do GT a constituio de um espao de discusso sobre o tema das relaes raciais

    nos Estudos Organizacionais. O GT visa receber trabalhos que promovam discusses ligadas

    (1) noo de raa - uma categoria socialmente construda e ideologicamente disseminada; (2)

    noo socialmente construda de cor; e a (3) categorias sociais e ideolgicas construdas em

    torno do termo etnias; e suas respectivas imbricaes com as categorias

    trabalho/gesto/Administrao/organizao, aceitando trabalhos que giram em torno de

    contextos no s ligados a organizaes tradicionais, mas tambm a todas as formas

    organizativas da sociedade. Como sujeitos de pesquisa, enfatizamos grupos sociais que so

    ideolgica e politicamente constitudos como minorias no aspecto raa/cor/tnicas no campo

    das organizaes/trabalho embora nem sempre o sejam em termos quantitativos: negrxs,

    indgenas, nordestinxs, ciganxs, imigrantes africanxs, imigrantes latino-americanxs,

    quilombolas e outrxs.

    Grupo de Trabalho 05

    COMPORTAMENTO HUMANO EM ORGANIZAES E GERAES

    Coordenadores

    Kely Csar Martins de Paiva (Universidade Federal de Minas Gerais)

    [email protected]

    Jair Nascimento Santos (Universidade Salvador) [email protected]

    Jos Ricardo Costa de Mendona (Universidade Federal de Pernambuco) [email protected]

    Descrio

    O objetivo do grupo temtico ser trocar informaes a respeito do tema Comportamento

    Humano em Organizaes e Geraes, promovendo discusses integradas entre subtemas

    tradicionais e contemporneos no mbito do comportamento humano em organizaes

    (CHO), e diferenas geracionais, incluindo e buscando ir alm de modelos anglo-saxes de se

    compreender pessoas com idades e faixas etrias diversas (geraes X, Y, baby boomers). As

    2 ROSA, A. R. Relaes raciais e estudos organizacionais no Brasil. Revista de Administrao Contempornea, Rio de

    Janeiro, v. 18, n. 3, p. 240-260, maio/jun. 2014; ROSA, A. R. Relaes raciais e estudos organizacionais no Brasil: dimenses esquecidas de um debate que (ainda) no foi feito. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAO NACIONAL DE PS-GRADUAO E PESQUISA EM ADMINISTRAO, XXXVI, 2012, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2012.

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    pesquisas sobre CHO e sobre geraes no so recentes, mas tm ganhado impulso no Brasil

    devido a diversos aspectos: na academia, as dificuldades em torno de delimitaes conceituais

    e de campos de pesquisa tm privilegiado alguns temas em detrimento de outros e, em ambos

    os casos, contribudo para avanos nas polticas e prticas de gesto aqum de seu potencial,

    no interior das organizaes; j nestas, percebe-se tanto o tratamento superficial e ideolgico

    dessas questes como o despreparo dos responsveis pela gesto de pessoas em lidar com os

    processos envolvidos, suas causas e consequncias. Considera-se fundamental conhecer no

    apenas os resultados das pesquisas, mas tambm os aportes metodolgicos que tm

    permitido aos pesquisadores se aproximarem dos fenmenos em foco, melhor delimitarem e

    aprofundarem nas temticas, ampliarem as discusses e contriburem para a difuso desse

    conhecimento, extremamente til aos gestores e s organizaes, especialmente as

    brasileiras, tendo-se em vista as mudanas no perfil etrio da populao. A princpio, sugere-se

    a submisso de artigos que tratem de: Comportamento organizacional: valores pessoais,

    profissionais, organizacionais e do trabalho; comprometimento e vnculos organizacionais;

    qualidade de vida no trabalho, estresse ocupacional e sndrome de burnout; justia

    organizacional e atitudes retaliatrias; prazer e sofrimento no trabalho; percepes temporais;

    geraes: jovens trabalhadores; trabalhadores senis; gerao X, Y, baby boomers. Estudos que

    considerem aspectos crticos relacionados aos descritos tambm so bem-vindos, assim como

    os de aportes metodolgicos tradicionais e diferenciados e, tambm, outros que tangenciem

    os subtemas e sejam considerados pertinentes temtica principal.

    Grupo de Trabalho 06

    DILOGOS SOBRE O TRABALHO HUMANO

    Coordenadores

    Admardo Bonifcio Gomes Jnior (Universidade do Estado de Minas Gerais)

    [email protected]

    Fernanda Tarabal Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

    [email protected]

    Giselle Reis Brando (Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais)

    [email protected]

    Ludmila de Vasconcelos Machado Guimares (Centro Federal de Educao Tecnolgica de

    Minas Gerais) [email protected]

    Descrio

    Nosso objetivo desse grupo de trabalho trazer para a discusso, no mbito dos Estudos

    Organizacionais, as perspectivas de compreenso do trabalho humano conhecidas como

    "Clnicas do Trabalho". O posicionamento Clnico pode ser tomado como uma dmarche

    (maneira de caminhar) que busca compreender o que faz a singularidade radical de uma

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    situao, problema, ou mal-estar, de grupos ou pessoa. Uma Clnica do Trabalho dirige sua

    ateno para dimenses, s vezes pouco visveis, do trabalho humano. So muitas e

    diferenciadas as possibilidades de pesquisa e interveno sob as orientaes das abordagens

    que se reconhecem como Clnicas do Trabalho. Nesse GT nossa inteno de expor e

    colocar em debate cinco destas abordagens: a Clnica da Atividade (Yves Clot), a Psicodinmica

    do Trabalho (Christophe Dejours), a Ergologia (Yves Schwartz), a Psicossociologia (Enriquez,

    Gaulejac) e a Psicanlise em Extenso. Intentamos explorar como encaminham, em cada

    abordagem, as pesquisas e investigaes: Com que mtodos? Munidos de quais conceitos e

    construtos tericos? Na expectativa de que tipo de resultados? As possibilidades de

    compreenso do trabalho por meio das abordagens clnicas tm sido cada vez mais

    recorrentes no campo dos Estudos Organizacionais, e mostram-se um caminho profcuo e

    aprofundado para se tratar as mais diversas possibilidades de relaes estabelecidas do

    homem, com e no trabalho. Alm das abordagens especficas mencionadas, so tambm bem-

    vindas propostas que dialogam sobre o trabalho humano em suas diversas facetas, tais como:

    as circunstncias pelas quais o trabalho construdo e reconstrudo, a produo social de

    sofrimento no trabalho, os aspectos criativos e construtivos do sujeito em sua experincia no

    trabalho, dentre outros. Assim, intentamos oportunizar aos estudiosos que j se orientam

    nessas vertentes um espao para o debate e a reflexo, e para a comunidade em geral, a

    possibilidade de conhecimento nessa rea de investigao.

    Grupo de Trabalho 07

    O DARK SIDE DAS ORGANIZAES: CRIMES, VIOLNCIA E M CONDUTA NO AMBIENTE

    CORPORATIVO

    Coordenadores

    Alexandre Reis Rosa (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]

    Cintia Rodrigues Oliveira Medeiros (Universidade Federal de Uberlndia)

    [email protected]

    Eduardo Loebel (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]

    Rafael Alcadipani (Fundao Getlio Vargas) [email protected]

    Rodrigo Miranda (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]

    Valdir Machado Valado Jnior (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]

    Descrio

    Os estudos sobre organizaes, predominantemente, tendem a enfatiz-las como espaos

    dotados de racionalidade, sucesso e certezas, focalizando o seu lado positivo e tratando as

    manifestaes negativas como excepcionais, e no como parte das prticas organizacionais

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    cotidianas (Morgan, 1996). Linstead, Marchal e Griffin (2010, 2014)3, na chamada de

    trabalhos para uma edio especial do peridico Organization, chamam a ateno para a

    necessidade de estender nosso olhar para o lado sombrio das organizaes, pois, como ns

    teorizamos o dark side extremamente importante para o que podemos fazer sobre ele. No

    decurso de suas funes, executivos e gestores agem e tomam decises segundo o conjunto

    de normas, procedimentos, polticas e regulamentos da corporao, configurando-se em uma

    faceta organizacional carregada de sombras por ser ainda pouco estudada. Essa sombra, ou o

    lado sombrio das organizaes como Morgan (1996)4 se refere, constitui-se em um desafio

    para aqueles que estudam as organizaes, pois abriga o que escapa das prescries sobre o

    modo como gerenciar os recursos para alcanar os resultados organizacionais. Nesse sentido,

    ao propor este GT, temos como objetivo explorar o lado sombrio das organizaes, assumindo

    que a dinmica no organizada e oculta influencia a organizao. Propomos, ento, que o lado

    sombrio das organizaes seja um foco alternativo para a compreenso da vida organizacional.

    Para tanto, convidamos trabalhos que busquem investigar, no ambiente organizacional, os

    seguintes temas em particular: a) Crimes corporativos (corrupo, crimes contra o consumidor,

    suborno, fraudes, crimes ambientais e crimes contra o trabalhador); b) Conspirao e

    manipulao poltica (articulaes entre governos e corporaes); c) Abuso de poder,

    agresso, extorso, violncia, suicdio, assassinato, perigo e risco nas organizaes; d) Assdio

    moral e sexual, discriminao, vitimizao, depresso, gesto pelo medo, trabalho escravo; e)

    Tragdias, guerra, genocdio, explorao, erros e desastres; f) Ambio, obsesso, vingana,

    ganncia; g) Fetichismo da mercadoria, o vcio, o uso e abuso de drogas; h) Depravao,

    perverso e transgresso; i) Misbehavior organizacional; j) Crises em organizaes da rea de

    sade; e k) outros temas que explorem o lado sombrio das organizaes. Propomos incorporar

    trabalhos que abordem essas questes nas organizaes empresariais em suas diversas

    tipologias (comerciais, da sade, educacionais, industriais, de servios), nas organizaes do

    Estado e da Sociedade Civil. Quanto aos mtodos adotados, esperamos contribuies que

    considerem uma gama mais ampla de abordagens crticas ao dark side, incluindo perspectivas

    marxista, ps-marxista, ps-modernistas, ps-estruturalistas e ps-colonialistas.

    Grupo de Trabalho 08

    O ORGANIZAR (EXTRA)ORDINRIO DA VIDA COTIDIANA

    Coordenadores

    Elisa Yoshie Ichikawa (Universidade Estadual de Maring) [email protected]

    Nathalia de Ftima Joaquim (Faculdade Novos Horizontes)

    [email protected]

    3 Linstead, S. A.; Marchal, G.; Griffin, R. W. (2010). Special Issue on The Dark Side of Organization.Organization

    Studies, Call for Papers, v. 31, p. 997-999; Linstead, S. A.; Marchal, G. & Griffin, R. W. (2014).Theorizing and Researching the Dark Side of Organization. Organization Studies, v. 35, n.2, p. 165-188. 4 Morgan, G. (1996). Images of organization. London: Sage Publications.

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    Alexandre de Pdua Carrieri (Universidade Federal de Minas Gerais)

    [email protected]

    Descrio

    As histrias, memrias, prticas e relaes de poder na organizao ordinria das

    manifestaes sociais (tradicionais) da sociedade. A proposta deste GT trabalhar, tambm,

    com a categoria gesto ordinria, que surge dentro do tema de ressignificao do conceito

    gesto. Pensar sobre a gesto como ordinria representa expandir as possibilidades do que

    significa gerir, organizar e administrar. Por um lado, caracteriza as impossibilidades e as

    limitaes da gesto instrumental para fazer frente realidade e, por outro, o interesse de

    aproximao com o cotidiano nas formas de organizar. A categoria gesto ordinria parte da

    desconstruo do termo e de seus usos predominantes na administrao, de forma a desloca-

    lo dos contextos dominantes nos quais foram dispostos como instrumentos de poder. Prope-

    se aqui o estudo do ordinrio, com foco no homem comum, em suas prticas, saberes e

    relaes de poder que caracterizam um gerir particular que se realiza cotidianamente. O olhar

    tambm se dirige ao mundo cotidiano, abrigo de uma produo ilimitada de racionalidades de

    temporalidades diferenciadas; que por sua heterogeneidade se caracteriza pela possibilidade,

    pelo devir.

    Grupo de Trabalho 09

    ORGANIZAO E PRXIS LIBERTADORA: POR UMA CRTICA DA ECONOMIA POLTICA DA

    ORGANIZAO

    Coordenadores

    Rafael Kruter Flores (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) [email protected]

    Paulo Abdala (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) [email protected]

    Steffen Bhm (University of Essex) [email protected]

    Descrio

    O GT proposto tem o objetivo de refletir sobre as lutas sociais e problematizar a concepo

    hegemnica de organizao. No estamos interessados em contribuir para a gesto

    (management). Consideramos que os Estudos Organizacionais tm sido dominados pelo

    management e, em consequncia, tm se subordinado s obsesses tipicamente gerencialistas

    com a prtica e a novidade, e definindo como irrelevante o estudo das lutas sociais

    (MISOCZKY; FLORES; GOULART, 2015)5. Consideramos que a consolidao de espaos nos

    Estudos Organizacionais libertados do management indispensvel pelo menos para aqueles 5 MISOCZKY, M. C.; FLORES, R. K.; GOULART. S. An anti-management statement in dialogue with critical Brazilian

    authors. Revista de Administrao de Empresas, So Paulo, v. 55, n. 2, p. 130-138, mar./abr. 2015.

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    que adotam uma posio crtica explorao e dominao. Nesse sentido, para ampliar o

    modo como estudamos organizao (verbo e nome), precisamos abandonar sua compreenso

    restritiva como uma unidade de anlise reificada. Misoczky (2010)6, por exemplo, inspirada em

    Freire (1987)7 e Dussel (2004)8, define organizao como o ato coletivo intersubjetivo que

    meio para a prxis da libertao e aprendizagem para a experimentao de prticas

    organizacionais libertadoras. Para articular a compreenso da organizao da resistncia e das

    lutas libertadoras com o sistema do capital, se faz necessrio ampliar o campo dos Estudos

    Organizacionais. Nesse sentido, propomos avanar com relao proposta de Jones e Bhm

    (2002)9 de uma economia geral da organizao. Esta crtica economia poltica da

    organizao10 precisa avanar na construo de uma definio de organizao que se articule

    com a crtica ontolgica das relaes sociais capitalistas; que conceba a vida como parte da

    organizao de um metabolismo social historicamente determinado que condicionado pela

    produo de valor e pela dinmica da luta de classes. Portanto, a produo de valor constitui a

    organizao especfica de diferentes momentos da vida social. Nos termos de Harvey (2010)11,

    esses diferentes momentos incluem: relaes com a natureza; modos de produo e

    reproduo da vida cotidiana; concepes mentais do mundo; relaes sociais e tecnologias.

    Essas seis dimenses, assim como sua interconexo, no capitalismo, so organizadas para a

    extrao de mais - valia em uma dinmica de luta de classes. Ainda assim, elas podem ser e so

    coletivamente imaginadas e organizadas de modo contra hegemnico por diferentes grupos

    sociais, comunidades e movimentos sociais ao redor do mundo. Essa uma viso da

    organizao profundamente poltica. Apresentamos a seguir linhas temticas indicativas, no

    exclusivas, para a acolhida de trabalhos: a) Crticas a formas contemporneas de produo de

    valor que incluem a produo da natureza, a privatizao dos bens comuns e a resistncia

    organizada dos povos; b) Estudos crticos do desenvolvimento e lutas sociais contra o

    extrativismo e megaprojetos; c) Organizao de lutas sociais e prticas organizacionais de

    movimentos sociais populares; d) Organizao de movimentos insurgentes massivos:

    memrias e aprendizagens das Jornadas de Junho; e) Contribuies da tradio do

    pensamento social latino - americano (incluindo o brasileiro) para compreender as lutas sociais

    contemporneas; f) Cidades rebeldes: mltiplas faces da rebeldia no espao urbano; g)

    Educao e lutas sociais: demandas populares para o ensino superior pblico; articulaes

    entre universidades e movimentos sociais; experincias educativas de movimentos sociais; e h)

    tica da libertao e produo do consenso dos subalternos.

    6 MISOCZKY, M. C. Das prticas no-gerenciais de organizar organizao para a prxis da libertao. In: MISOCZKY,

    M. C.; FLORES, R. K.; MORAES. J. (Org.). Organizao e prxis libertadora. Porto Alegre: Dacasa, 2010. p. 13-56. 7 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

    8 DUSSEL, E. Hacia una Arquitectnica de la tica de la Liberacin. In: APEL, K.-O.; DUSSEL, E. tica del discurso y

    tica de la liberacin, Madrid: Trotta, 2004. p. 339 - 366. 9 JONES, C. and BHM, S. Horsour. Ephemera, v. 2, n.4, p. 277-280, 2002.

    10 MARX, K. Capital: A Critique of Political Economy, Vol. 1. London: Penguin, 1976.

    11 HARVEY, D. A companion to Marxs capital. New York: Verso, 2010.

  • 12

    Grupo de Trabalho 10

    ORGANIZAO, POLTICA E CULTURA

    Coordenadores

    Rosimeri Carvalho da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

    [email protected]

    Jos Marcio Barros (Universidade do Estado de Minas Gerais/Pontifcia Universidade

    Catlica de Minas Gerais) [email protected]

    Eloise Helena Livramento Dellagnelo (Universidade Federal de Santa Catarina)

    [email protected]

    Descrio

    No foram poucas as transformaes ocorridas na ltima dcada no campo poltico,

    institucional e organizacional da cultura, tanto no contexto internacional quanto nacional.

    Podemos destacar a importncia crescente da cultura nas economias nacionais e nas trocas

    internacionais; a emergncia da economia criativa e financiamentos colaborativos; a

    reafirmao da importncia da cultura na construo de modelos de desenvolvimento

    includentes e que contribuam para o enfrentamento das desigualdades; o reconhecimento da

    diversidade cultural e a necessidade de sua proteo e promoo, dentre outras. No Brasil,

    deve-se acrescentar tambm os processos de institucionalizao das polticas culturais, com a

    criao do Sistema Nacional de Cultura; o reconhecimento de grupos scio-culturais antes

    ausentes das polticas pblicas; e a consolidao de prticas de participao social. Tais

    transformaes no campo da cultura, impactaram a sua organizao em diversos sentidos: os

    cenrios, os ambientes institucionais, os atores sociais, e, consequentemente, as prticas e

    sentidos polticos e organizacionais tambm foram afetados. Este GT pretende reunir pessoas

    que desenvolvam anlises que reflitam sobre poltica, organizao e cultura. Nossas principais

    inquietaes residem nas relaes que se estabelecem a partir destas interpelaes polticas e

    econmicas no campo da cultura, tais como: De que modo so dinamizadas as relaes de

    poder? Que espaos so conquistados por novos agentes? Que participao construda

    frente a estas novas dinmicas, espaos e agentes? Que disputas so travadas no campo da

    cultura? Como elas interferem nas relaes entre agentes, grupos, organizaes e instituies?

    De que modo as modificaes inseridas no campo por estes interesses recentemente

    despertados tem interferido nessas relaes polticas? Como se organizam as disputas e que

    prticas de organizao tem construdo? Esperamos contribuies que se relacionem com

    estes questionamentos, mas no se limitem a eles e, que abordem a relao entre poltica,

    organizao e cultura a partir de diferentes abordagens tericas e epistemolgicas.

  • 13

    Grupo de Trabalho 11

    PRTICAS GRUPAIS DE PESQUISA QUALITATIVA

    Coordenadores

    Christiane Kleinbing Godoi (Universidade do Vale do Itaja) [email protected]

    Ana Lcia de Arajo Lima Coelho (Universidade Federal da Paraba)

    [email protected]

    Adriano Silveira Mastella (Instituto Federal Catarinense) [email protected]

    Descrio

    A compreenso sobre a utilidade do grupo como prtica de pesquisa qualitativa passou por

    uma evoluo e diferenciao em virtude de diversas abordagens originrias dos mbitos

    disciplinares distintos. Dessa forma, diferentes nomes so usados para referir-se a um mesmo

    tipo formal de grupo, entre eles o focus group, de origem anglo-sax, o mais conhecido. O

    termo Grupo de Discusso (GD) remete-se a uma tcnica posterior que tm suas origens na

    Espanha a partir dos anos 1970, conhecida na Amrica Latina, nas cincias sociais e humanas

    brasileiras e, no entanto, nos estudos organizacionais em geral permanece desconhecida.

    Espera-se receber ensaios tericos ou prticas de pesquisa que, a partir de temticas e

    epistemologias distintas, tenham trabalhado com o discurso com base em metodologias

    grupais, quais sejam: grupo de discusso, grupo focal, entrevistas coletivas, entre outras.

    Inicialmente, os coordenadores do Grupo de Trabalho apresentaro e discutiro brevemente a

    metodologia do Grupo de Discusso (GD) - como prtica grupal indita de pesquisa qualitativa

    - expondo possibilidades que vm sendo recentemente executadas nos estudos

    organizacionais brasileiros. Esta breve interveno estruturar-se- sobre as seguintes etapas:

    a) descrio sobre o que GD e o que o discurso grupal; b) diferenciao entre GD e focus

    group; c) discusso sobre os elementos metodolgico-tcnicos do GD. Estes itens da

    interveno inicial dos coordenadores traam a pauta possvel a ser retomada no posterior

    debate. Em seguida, apresentar-se-o, sob a forma de dinmica interativa, os trabalhos

    selecionados. Na sequencia, abre-se o debate entre os trabalhos selecionados e os

    coordenadores e, por fim, encerra-se com questionamentos e comentrios da audincia.

    Espera-se contribuir para a apresentao e disseminao das prticas grupais de investigao

    qualitativa e para o desenvolvimento do lugar do grupal nos estudos organizacionais.

  • 14

    Grupo de Trabalho 12

    PRTICAS ORGANIZATIVAS

    Coordenadores

    Alfredo Rodrigues Leite da Silva (Universidade Federal do Esprito Santo)

    [email protected]

    Csar Tureta (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]

    Marcelo de Souza Bispo (Universidade Federal da Paraba)

    [email protected]

    Descrio

    Este grupo de trabalho tem como objetivo discutir pesquisas que tenham como fonte de

    inspirao teorias da prtica. A virada para a prtica nos Estudos Organizacionais (EO) pode ser

    identificada, principalmente, na manifestao do maior interesse pela vida cotidiana dos

    atores, como uma forma de analisar os fenmenos nas organizaes. O estudo das prticas, na

    teoria social, est presente no trabalho de autores como, por exemplo, Bourdieu, Giddens,

    Foucault, Latour, Schatzki, Garfinkel, Pickering, dentre outros. A despeito da diversidade de

    filiaes epistemolgicas, um ponto convergente entre os tericos da prtica a ideia de que

    os fenmenos so manifestaes do campo da prtica, portanto, s podem ser compreendidos

    e analisados a partir dele. Cada uma a sua maneira, as teorias da prtica tm em comum a

    tentativa de superar dicotomias como, sujeito/objeto, mente/corpo e agncia/estrutura,

    deslocando a nfase do agente ou da estrutura para as prticas. As teorias da prtica se

    apresentam como teis para os EO por destacarem a ideia de que a organizao um

    acontecimento, uma realizao instvel em constante estado de (re)constituio. Tal

    perspectiva analtica explora o dia a dia nas organizaes, buscando investigar os fenmenos

    que ali acontecem no como uma propriedade da organizao, mas como prticas especficas.

    Adotar abordagens da prtica propicia ao pesquisador organizacional compreender as prticas

    organizativas na medida em que elas se desdobram, ou seja, no momento em que esto sendo

    desempenhadas e o fenmeno analisado acontecendo. Assim, so bem-vindos trabalhos que

    busquem discutir a prtica do ponto de vista terico e emprico, especialmente no que diz

    respeito a suas estratgias metodolgicas de investigao e na reflexo de como esta

    abordagem contribui para os diversos temas nos EO. Entre as abordagens possveis, destacam-

    se as comunidades de prtica, aprendizagem como prtica, sociomaterialidade, esttica,

    organizing, teoria ator-rede etc.

  • 15

    Grupo de Trabalho 13

    TRABALHO, SUBJETIVIDADE E PODER

    Coordenadores

    Jos Henrique de Faria (Universidade Federal do Paran) [email protected]

    Deise Luiza da Silva Ferraz (Universidade Federal de Minas Gerais)

    [email protected]

    Francis Kanashiro Meneghetti (Universidade Tecnolgica Federal do Paran)

    [email protected]

    Descrio

    Este grupo tem por objetivo realizar uma reflexo crtica acerca das formas e relaes de

    trabalho na sociedade contempornea, com nfase no controle social e no controle da

    subjetividade, partindo do desenvolvimento das foras produtivas desde a Organizao

    Cientfica do Trabalho at a chamada produo flexvel ou enxuta (toyotismo) e analisando

    suas repercusses no processo de trabalho, mediado por mecanismos explcitos e sutis,

    manifestos e ocultos de poder e controle. O objetivo do grupo discutir tanto as formas de

    controle sobre o processo de trabalho, ou seja, debater os procedimentos explcitos de

    controle como os sistemas culturais, simblicos e imaginrios presentes no ambiente e

    discurso, os quais se manifestam como dominantes, hegemnicos e ideolgicos, reproduzindo

    a lgica de dominao do capital sobre o trabalho, quanto as relaes de poder estabelecidas

    no processo de trabalho e suas diferentes formas de manifestao, como violncia, assdio,

    estratgias, polticas de gesto, dentre outras. A proposta a de promover uma discusso

    aberta e uma anlise crtica das relaes de trabalho na sociedade contempornea,

    entendendo como a necessidade do controle do processo de trabalho sob o modo de

    produo capitalista engendra discursos e prticas organizacionais que condicionam os

    sujeitos trabalhadores a submeterem-se s formas de precarizao oriundas da prpria

    dinmica do sistema de capital. Palavras-chave: Processo de trabalho; relaes de trabalho;

    reorganizao produtiva; controle social; mecanismos de controle da gesto; relaes de

    poder; subjetividade; precarizao do trabalho.

    III TIPOS DE TRABALHOS QUE ATENDEM A ESTA CONVOCATRIA

    Resumos expandidos (com pelo menos duas mil e at trs mil palavras).

    Trabalhos em construo (com pelo menos trs mil e at cinco mil palavras).

    Textos completos (com pelo menos seis mil e at nove mil palavras).

  • 16

    IV ORIENTAES PARA A SUBMISSO DE TEXTOS AOS GRUPOS DE TRABALHO

    Os trabalhos devero ser encaminhados somente pelo e-mail da Sociedade Brasileira de

    Estudos Organizacionais ([email protected]), com o ttulo Submisso de texto completo

    GT [nmero do grupo de trabalho], submisso do trabalho em construo GT

    [nmero do grupo de trabalho] ou submisso do resumo expandido GT [nmero do

    grupo de trabalho] at o prazo definido pelo cronograma no item VII deste edital.

    Os textos submetidos sero analisados, em cada grupo de trabalho, por uma comisso

    especfica, composta por especialistas no tema. As propostas sero avaliadas considerando

    seu teor, relevncia, contribuio para os estudos organizacionais e aderncia ao grupo de

    trabalho.

    Cada autor pode submeter no mximo dois textos aos grupos de trabalho, sem diferenas

    entre autoria e coautoria.

    Cada texto deve ser submetido a apenas um grupo de trabalho.

    Os artigos devem ser inditos e assim o permanecerem at o final do III CBEO.

    Os textos devem ser submetidos em formato .doc ou .docx. No so aceitas submisses

    em formato .pdf.

    Os textos devem ser redigidos em portugus com redao, ortografia e normalizao

    adequados, pois a verso enviada ser definitiva, no sendo permitida a substituio do

    texto encaminhado.

    A critrio dos grupos de trabalho, podem ser aceitos textos em outros idiomas, desde que

    atendidos os critrios de avaliao definidos pelos prprios grupos de trabalho.

    Os textos devem ter a autoria definitiva no momento da submisso, pois no ser

    permitida a incluso de autores posteriormente.

    Os arquivos dos textos enviados devem estar livres de vrus. Trabalhos eventualmente

    infectados sero excludos do processo de avaliao.

    No caso dos resumos ampliados, o texto deve ser redigido em times new roman (tamanho

    12) e ter pelo menos duas mil, e at trs mil palavras, incluindo notas de rodap e

    referncias. Os elementos que devem constar em um resumo ampliado so:

    contextualizao, objetivos, metodologia (se for o caso), resultados ou resultados

    esperados (se for o caso), e concluses. A primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e

    em letras maisculas), seguido do nome completo do(s) autor(es), nome da instituio

    (por extenso) a que se vincula(m) o(s) autor(es), e-mail do(s) autor(es), corpo do texto,

    palavras-chave (entre trs e cinco), e referncias.

    No caso dos textos em construo, o texto deve ser redigido em times new roman

    (tamanho 12) e ter pelo menos trs mil, e at cinco mil palavras, incluindo notas e

    referncias. Os elementos que devem constar em um texto em construo so:

    contextualizao, objetivos, metodologia (se for o caso), resultados ou resultados

    esperados (se for o caso), e concluses. A primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e

    em letras maisculas), seguido do nome completo do(s) autor(es), nome da instituio

    (por extenso) a que se vincula(m) o(s) autor(es), e-mail do(s) autor(es), resumo (com cerca

  • 17

    de 15 linhas), palavras-chave (entre trs e cinco), e corpo do texto, seguido de referncias.

    Apenas os resumos dos textos em construo sero publicados nos anais, uma vez que se

    considera o espao para apresentao e discusso no mbito do evento suficiente.

    No caso dos textos completos, o texto deve ser redigido em times new roman (tamanho

    12) e ter pelo menos seis mil, e at nove mil palavras, incluindo notas e referncias. Os

    elementos que devem constar em um texto completo dependem da sua natureza e

    propsitos, embora se espere que estejam conforme o esperado neste tipo de texto. A

    primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e em letras maisculas), seguido do nome

    completo do(s) autor(es), nome da instituio (por extenso) a que se vincula(m) o(s)

    autor(es), e-mail do(s) autor(es), resumo (com cerca de 15 linhas), palavras-chave (entre

    trs e cinco), e corpo do texto, seguido de referncias.

    Notas de rodap so aceitas, desde que usadas com parcimnia e que tenham contedo

    explicativo. No se deve usar notas de rodap para fazer citaes.

    As referncias devem ser feitas no corpo do texto, e obedecer ABNT ou APA, limitando-

    se ao material utilizado na confeco do texto.

    A submisso de textos aos grupos de trabalho no implica aceitao, tendo os grupos de

    trabalho autonomia no processo de seleo do material a ser publicado.

    A incluso do texto nos anais do III CBEO est condicionada apresentao do trabalho e o

    pagamento da tarifa relativa taxa de inscrio no evento.

    A apresentao de trabalho nos grupos de trabalho durante do III CBEO precisa ser

    necessariamente feita pelo menos por um dos autores do texto.

    Ter(o) direito ao(s) certificado(s) de participao apenas o(s) autor(es) presentes na

    apresentao do trabalho, e que tenham assinado a lista de presena na sesso de

    apresentao.

    V PUBLICAO

    Para serem publicados nos anais do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais, os

    textos precisam ter sido enviados em formato de resumo ampliado ou em formato de texto

    completo, revisados pelos prprios autores, at a data limite prevista no cronograma, ter sido

    aprovados pelos grupos de trabalho, inscritos (com as taxas devidamente pagas) e

    apresentados durante o evento. Os anais do III CBEO sero divulgados publicamente. A partir

    da submisso de quaisquer textos, entende-se como automtica a cesso dos direitos de

    divulgao cientfica, para a SBEO.

    VI INSCRIES E TARIFAS

    As inscries para o III CBEO tero os seguintes valores (os valores incluem a inscrio para o

    evento e a associao automtica pelo perodo de um ano):

  • 18

    Datas Professores, Pesquisadores e

    Profissionais em geral

    Estudantes (Graduao,

    Mestrado, Doutorado)

    04 de agosto a 20 de outubro de 2015 R$ 350,00 R$ 150,00

    Aps 20 de outubro de 2015 R$ 450,00 R$ 200,00

    Observaes

    As inscries se referem inscrio do evento. Despesas com deslocamento, hospedagem

    e alimentao so por conta dos participantes. Em momento oportuno, sero

    disponibilizados no site do evento sugestes de deslocamento, alimentao e locais de

    hospedagem.

    A inscrio para o evento efetivar a filiao SBEO durante o perodo de um ano. Aps a

    confirmao da inscrio o nome do pesquisador constar no site http://www.sbeo.org.br.

    A inscrio no congresso s ser confirmada aps o pagamento da taxa de inscrio,

    conforme instrues que acompanharo a carta de aceite do trabalho.

    Os novos associados, ou associados que eventualmente no estejam em dia com as taxas

    da SBEO devem observar as orientaes no site http://www.sbeo.org.br para se

    associarem e/ou regularizarem sua situao.

    A anuidade vlida at a realizao do IV Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais,

    em 2016.

    VII CRONOGRAMA ATUALIZADO DO III CBEO

    Atividade Data final

    Publicao da primeira convocatria

    Envio de proposta Minicursos

    Envio de proposta Mesa redonda

    Envio de proposta Grupo de trabalho

    Resultados Minicursos

    Resultados Mesa redonda

    Resultados Grupo de trabalho

    Publicao da segunda convocatria

    Envio de trabalhos Grupos de trabalho 23/07/15

    Resultados Trabalhos enviados para Grupos de trabalho 04/08/15

    Incio das inscries com desconto 04/08/15

    Solicitao Lanamento de livros e revistas 04/08/15

    Solicitao Exposies, performances, apresentao de filmes e documentrios 04/08/15

    Resultados Lanamento de livros e revistas 20/08/15

    Resultados Exposies, performances, apresentao de filmes e documentrios 20/08/15

    Trmino das inscries com desconto 20/10/15

    Abertura do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais 28/10/15

    Encerramento do II Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais 30/10/15

  • 19

    VIII ORGANIZAO

    Comisso organizadora

    Alexandre Reis Rosa (UFES) Coordenador Geral

    Csar Tureta (UFES) Secretrio-Executivo

    Eloisio Moulin de Souza (UFES) Coordenador Cientfico

    Gelson Silva Junquilho (UFES) Coordenador Administrativo-Financeiro

    Comisso Cientfica

    Amon Narciso de Barros (FGV/EAESP)

    Diogo Henrique Helal (FUNDAJ)

    Guilherme Dornelas Camara (UFRGS)

    Luiz Alex Silva Saraiva (UFMG)

    Sueli Maria Goulart Silva (UFRGS)

    IX CASOS OMISSOS

    Casos no previstos nessa convocatria devem ser tratados diretamente com a comisso

    organizadora por e-mail: [email protected].

    Comisso Organizadora do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais

    Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais