2a Convocatória III CBEO
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III CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS
Segunda Convocatria
A Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais (SBEO) e o Centro de Cincias Jurdicas e
Econmicas da Universidade Federal do Esprito Santo (CCJE/UFES) convocam os associados da
SBEO, estudantes, professores, pesquisadores interessados nos estudos organizacionais, bem
como os demais interessados, a participarem do III Congresso Brasileiro de Estudos
Organizacionais (CBEO), que ser realizado na Universidade Federal do Esprito Santo, na
cidade de Vitria, Esprito Santo, Brasil, de 28 a 30 de outubro de 2015.
Tendo em vista a resposta dos pesquisadores primeira convocatria do III Congresso
Brasileiro de Estudos Organizacionais (CBEO), convidamos a todos para participar do evento e
apresentar propostas aos seguintes grupos de trabalho:
I IDENTIFICAO DOS GRUPOS DE TRABALHO APROVADOS E SEUS COORDENADORES
Cdigo Nome Coordenadores
GT-01 A interculturalidade nas
organizaes
Janana Maria Bueno (UFU), Carlos Roberto Domingues
(UFU), Antnio Giovanni Figliuolo Uchoa (UNIVALI)
GT-02 A produo simblica da
organizao: memria, histria e
cotidiano
Adriana Vinholi Rampazo (UNESPAR/USP), Letcia Dias
Fantinel (UFES), Marina Dantas de Figueiredo (UNIFOR),
Rafael Fernandes de Mesquita (UNIFOR)
GT-03 Anlise interdisciplinar da prtica
nas organizaes: teoria da
atividade e outras possibilidades
Raquel Dorigan de Matos (UNICENTRO), Liliane Canopf
(UTFPR), Marcio Pascoal Cassandre (UEM), Yra Lcia
Mazziotti Bulgacov (UP)
GT-04 Colorindo a terra do
management do homem
branco: relaes raciais e
estudos organizacionais
Denis Alves Perdigo (UFJF), Eliane Barbosa da Conceio
(FGV/UPM), Josiane Silva de Oliveira (UFG), Juliana
Cristina Teixeira (UFSJ/UFMG), Marco Csar Ribeiro
Nascimento (UFLA)
GT-05 Comportamento humano em
organizaes e geraes
Kely Csar Martins de Paiva (UFMG), Jair Nascimento
Santos (UNIFACS), Jos Ricardo Costa de Mendona
(UFPE)
GT-06 Dilogos sobre o trabalho
humano
Admardo Bonifcio Gomes Jnior (UEMG), Fernanda
Tarabal Lopes (UFRGS), Giselle Reis Brando (PUC-MG),
Ludmila de Vasconcelos Machado Guimares (CEFET-MG)
felipekaiserRealce
felipekaiserTexto digitado
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Cdigo Nome Coordenadores
GT-07 O dark side das organizaes:
crimes, violncia e m conduta
no ambiente corporativo
Alexandre Reis Rosa (UFES), Cintia Rodrigues Oliveira
Medeiros (UFU), Eduardo Loebel (UFU), Rafael Alcadipani
(FGV), Rodrigo Miranda (UFU), Valdir Machado Valado
Jnior (UFU)
GT-08 O organizar (extra)ordinrio da
vida cotidiana
Elisa Yoshie Ichikawa (UEM), Nathalia de Ftima Joaquim
(FNH), Alexandre de Pdua Carrieri (UFMG).
GT-09 Organizao e prxis libertadora:
por uma crtica da economia
poltica da organizao
Rafael Kruter Flores (UFRGS), Paulo Abdala (UFRGS),
Steffen Bhm (U.Essex)
GT-10 Organizao, poltica e cultura Rosimeri Carvalho da Silva (UFRGS), Jos Marcio Barros
(UEMG/PUC-MG), Eloise Helena Livramento Dellagnelo
(UFSC)
GT-11 Prticas grupais de pesquisa
qualitativa
Christiane Kleinbing Godoi (UNIVALI), Ana Lcia de
Arajo Lima Coelho (UFPB), Adriano Silveira Mastella
(IFSC)
GT-12 Prticas organizativas Alfredo Rodrigues Leite da Silva (UFES), Csar Tureta
(UFES), Marcelo de Souza Bispo (UFPB)
GT-13 Trabalho, subjetividade e poder Jos Henrique de Faria (UFPR), Deise Luiza da Silva Ferraz
(UFMG), Francis Kanashiro Meneghetti (UTFPR)
II DETALHAMENTO DOS GRUPOS DE TRABALHO APROVADOS
Grupo de Trabalho 01
A INTERCULTURALIDADE NAS ORGANIZAES
Coordenadores
Janana Maria Bueno (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]
Carlos Roberto Domingues (Universidade Federal de Uberlndia)
Antnio Giovanni Figliuolo Uchoa (Universidade do Vale do Itaja) [email protected]
Descrio
O objetivo debater e promover avanos tericos e empricos sobre as questes interculturais
no ambiente de trabalho e nas relaes profissionais. As misses internacionais, o trabalho em
equipes multiculturais ou programas de treinamento no garantem o desenvolvimento de
sensibilidade intercultural ou de competncias especficas para o ambiente multicultural.
necessrio refletir sobre estas experincias e analisar as prticas envolvidas no intuito de
felipekaiserRealce
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aumentar a conscincia sobre elas e de seu significado para as organizaes e sujeitos
envolvidos. Sero bem-vindos ensaios tericos e artigos terico-empricos de diferentes
abordagens epistemolgicas, cujas contribuies relacionem-se, no exclusivamente, com: a)
Encontros interculturais no ambiente organizacional, as representaes sociais do estrangeiro
e do grupo, os dilemas e ambiguidades no cotidiano intercultural; b) O controle cultural-
ideolgico, o lado obscuro da cultura, nos ditames institucionais e sua tentativa de
homogeneizao, operando em relao a todos os empregados e nveis gerenciais; c) A
reflexo no processo de aquisio e transferncia de conhecimento intercultural, sensibilidade
e competncia e a necessidade de tempo e espao para a reflexo nas organizaes; e d) A
responsabilidade dos gestores em ambientes multiculturais e a importncia do seu papel na
articulao e prticas para disseminao da cultura dominante ou do desenvolvimento de um
ambiente verdadeiramente multicultural.
Grupo de Trabalho 02
A PRODUO SIMBLICA DA ORGANIZAO: MEMRIA, HISTRIA E COTIDIANO
Coordenadores
Adriana Vinholi Rampazo (Universidade Estadual do Paran/Universidade de So Paulo)
Letcia Dias Fantinel (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]
Marina Dantas de Figueiredo (Universidade de Fortaleza) [email protected]
Rafael Fernandes de Mesquita (Universidade de Fortaleza) [email protected]
Descrio
O objetivo deste grupo reunir trabalhos cujo interesse se volte a processos de produo e
reproduo simblicas e culturais por meio de vivncias organizacionais. O escopo se constri
a partir de opes tericas e posicionamentos epistemolgicos diversos no campo dos Estudos
Organizacionais, relacionados a perspectivas simblicas, interpretativistas, ps-modernistas,
ps-estruturalistas e ps-coloniais. Entende-se a organizao no como unidade externa ou
entidade naturalizada ou reificada, mas sim como processo em constante transformao, em
construes sociais dinmicas e cotidianas, formadas a partir das interaes dos sujeitos e
constantemente reconstrudas por elas. A partir desse entendimento, privilegiam-se
perspectivas que tomem a organizao como fenmeno provisrio, cuja existncia se relaciona
ao contexto espao-temporal, histrico e cultural, a manifestaes culturais locais ou
regionais, tradicionais ou atualizadas, e a vivncias corporais, incorporadas e emocionais dos
seus participantes. So temas de interesse nesse mbito: espacialidades, territorialidades e
temporalidades organizacionais; identidades em organizaes e no trabalho; corpo,
corporeidade e vivncia das emoes; prticas cotidianas e cotidiano das prticas em
organizaes; prticas culturais tradicionais, apropriaes e atualizaes em organizaes;
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memria, histria, permanncia e mudana organizacional; discusses tericas, metodolgicas
e epistemolgicas em estudos sobre simbolismo em organizaes. O grupo pretende ser plural
e diverso, aberto a outras questes relacionadas ao tema central. Espera-se que o trabalho
coletivo possa aproximar pesquisadores de todo o pas e produzir articulaes em redes dos
interessados na temtica.
Grupo de Trabalho 03
ANLISE INTERDISCIPLINAR DA PRTICA NAS ORGANIZAES: TEORIA DA ATIVIDADE E
OUTRAS POSSIBILIDADES
Coordenadores
Raquel Dorigan de Matos (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
Liliane Canopf (Universidade Tecnolgica Federal do Paran) [email protected]
Marcio Pascoal Cassandre (Universidade Estadual de Maring)
Yra Lcia Mazziotti Bulgacov (Universidade Positivo) [email protected]
Descrio
Analisar as organizaes como um fenmeno social, concreto, histrico e dialtico; um
elemento da sociedade que est sempre em estado de tornar-se, produto do processo de
construo social; sistemas de causalidade intersubjetiva, com densos processos cotidianos
que se interconectam em vozes, lugares e momentos diferentes, em que as partes contm o
todo e so lugares de residncia de atividade, ao, produo de subjetividade e produo de
processos organizacionais. O conceito de prtica social, adotado como unidade de anlise
cultural da organizao, compreendido por meio da Psicologia Scio-Histrica e Cultural
russa iniciada nas dcadas de 1920 e 1930, por Vygotsky, Lria e Leontiev e pela Teoria da
Atividade - TA. No campo organizacional a TA encontra aderncia a temas como metodologias
de pesquisa, como as propostas de Yves Clot, Michael Cole e Yrj Engestrm. Tambm as
investigaes da aprendizagem social ou aprendizagem situada decorrentes da TA esto no
mbito dos estudos baseados em prtica, como sistema de atividade, prtica como
conhecimento, prtica como contexto social ou ainda, prtica como ao. Buscando como
elemento mediador dessa prtica capaz do processo concreto de mudana, a
interdisciplinaridade. Demonstrando que esta expande e estimula a difuso do conhecimento
e, ao destruir a fronteira dos aspectos dos fenmenos sociais, permite o alargamento de
habilidades criativas nos sujeitos, constituindo uma possibilidade ampliada de aprendizagem
expansiva em busca da superao dialtica da totalidade da atividade. Entendendo que
atividades esto em constante mudana, que atividades historicamente construdas carecem
de variados tipos de conhecimento e aprendizagens distintas e, consequentemente, tendo por
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pressuposto terico a escola russa histrico-cultural nos ensinamentos de Vigotski, Leontiev,
Ilenkov e Davidov, bem como, de Bateson e Bakhtin, Engestrm prope o conceito de
aprendizagem expansiva como resultado da chamada coconfigurao de trabalho, entendendo
essa aprendizagem como transformadora e, consequentemente, capaz de ampliar os objetos
compartilhados de trabalho por meio de novos conceitos, modelos e novas ferramentas
objetivadas e articuladas. Sua proposta integra os aspectos culturais e sociais da aprendizagem
e da mudana. A nfase da anlise est ao mesmo tempo no processo pelo qual uma forma
organizacional especfica criada, nos mecanismos pelos quais ela se mantm e na sua
contnua reconstruo. A concepo de homem complexa, cultural, social e histrica, pois
sua prpria organizao corporal contm a necessidade de entrar em uma relao ativa com o
mundo exterior, atua para existir, influi no mundo exterior, o modifica e se modifica, sendo
modificado pela sua atividade, que condicionada pelo nvel j alcanado no desenvolvimento
de seus meios e formas de organizao. Nesta relao, a conscincia desenvolvida a partir de
condies concretas, produto de um processo de apropriao e objetivao.
Grupo de Trabalho 04
COLORINDO A TERRA DO MANAGEMENT DO HOMEM BRANCO: RELAES RACIAIS E
ESTUDOS ORGANIZACIONAIS
Coordenadores
Denis Alves Perdigo (Universidade Federal de Juiz de Fora) [email protected]
Eliane Barbosa da Conceio (Fundao Getlio Vargas/Universidade Presbiteriana
Mackenzie) [email protected]
Josiane Silva de Oliveira (Universidade Federal de Gois) [email protected]
Juliana Cristina Teixeira (Universidade Federal de So Joo del-Rei/Universidade Federal de
Minas Gerais) [email protected]
Marco Csar Ribeiro Nascimento (Universidade Federal de Lavras)
Descrio
Este Grupo de Trabalho tem o objetivo poltico de colocar em discusso um tema que ainda
pouco explorado no que se refere ao contexto micro dos Estudos Organizacionais; ao contexto
meso dos estudos em Administrao; e ao macro contexto dos estudos sobre o trabalho e dos
estudos acadmicos brasileiros em geral. A escassa explorao da temtica proposta no campo
dos Estudos Organizacionais j foi denunciada e problematizada por Conceio (2009)1 e Rosa
1 CONCEIO, E. B. A negao da raa nos estudos organizacionais. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAO
NACIONAL DE PS-GRADUAO E PESQUISA EM ADMINISTRAO, XXXIII, 2009, So Paulo. Anais... So Paulo: ANPAD, 2009.
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(2012; 2014)2, quando discutiram, respectivamente, o que chamaram de negao da raa nos
Estudos Organizacionais e dimenses esquecidas de um debate que (ainda) no foi feito.
Desde ento, alguns poucos estudos foram publicados a respeito dessa temtica neste campo
de pesquisas. Embora o termo raa esteja presente em uma parte significativa de trabalhos
que falam sobre outra temtica correlacionada gnero poucos so os estudos que se
debruam especificamente sobre a dimenso racial/cor/tnica nos Estudos Organizacionais. O
objetivo do GT a constituio de um espao de discusso sobre o tema das relaes raciais
nos Estudos Organizacionais. O GT visa receber trabalhos que promovam discusses ligadas
(1) noo de raa - uma categoria socialmente construda e ideologicamente disseminada; (2)
noo socialmente construda de cor; e a (3) categorias sociais e ideolgicas construdas em
torno do termo etnias; e suas respectivas imbricaes com as categorias
trabalho/gesto/Administrao/organizao, aceitando trabalhos que giram em torno de
contextos no s ligados a organizaes tradicionais, mas tambm a todas as formas
organizativas da sociedade. Como sujeitos de pesquisa, enfatizamos grupos sociais que so
ideolgica e politicamente constitudos como minorias no aspecto raa/cor/tnicas no campo
das organizaes/trabalho embora nem sempre o sejam em termos quantitativos: negrxs,
indgenas, nordestinxs, ciganxs, imigrantes africanxs, imigrantes latino-americanxs,
quilombolas e outrxs.
Grupo de Trabalho 05
COMPORTAMENTO HUMANO EM ORGANIZAES E GERAES
Coordenadores
Kely Csar Martins de Paiva (Universidade Federal de Minas Gerais)
Jair Nascimento Santos (Universidade Salvador) [email protected]
Jos Ricardo Costa de Mendona (Universidade Federal de Pernambuco) [email protected]
Descrio
O objetivo do grupo temtico ser trocar informaes a respeito do tema Comportamento
Humano em Organizaes e Geraes, promovendo discusses integradas entre subtemas
tradicionais e contemporneos no mbito do comportamento humano em organizaes
(CHO), e diferenas geracionais, incluindo e buscando ir alm de modelos anglo-saxes de se
compreender pessoas com idades e faixas etrias diversas (geraes X, Y, baby boomers). As
2 ROSA, A. R. Relaes raciais e estudos organizacionais no Brasil. Revista de Administrao Contempornea, Rio de
Janeiro, v. 18, n. 3, p. 240-260, maio/jun. 2014; ROSA, A. R. Relaes raciais e estudos organizacionais no Brasil: dimenses esquecidas de um debate que (ainda) no foi feito. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAO NACIONAL DE PS-GRADUAO E PESQUISA EM ADMINISTRAO, XXXVI, 2012, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2012.
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pesquisas sobre CHO e sobre geraes no so recentes, mas tm ganhado impulso no Brasil
devido a diversos aspectos: na academia, as dificuldades em torno de delimitaes conceituais
e de campos de pesquisa tm privilegiado alguns temas em detrimento de outros e, em ambos
os casos, contribudo para avanos nas polticas e prticas de gesto aqum de seu potencial,
no interior das organizaes; j nestas, percebe-se tanto o tratamento superficial e ideolgico
dessas questes como o despreparo dos responsveis pela gesto de pessoas em lidar com os
processos envolvidos, suas causas e consequncias. Considera-se fundamental conhecer no
apenas os resultados das pesquisas, mas tambm os aportes metodolgicos que tm
permitido aos pesquisadores se aproximarem dos fenmenos em foco, melhor delimitarem e
aprofundarem nas temticas, ampliarem as discusses e contriburem para a difuso desse
conhecimento, extremamente til aos gestores e s organizaes, especialmente as
brasileiras, tendo-se em vista as mudanas no perfil etrio da populao. A princpio, sugere-se
a submisso de artigos que tratem de: Comportamento organizacional: valores pessoais,
profissionais, organizacionais e do trabalho; comprometimento e vnculos organizacionais;
qualidade de vida no trabalho, estresse ocupacional e sndrome de burnout; justia
organizacional e atitudes retaliatrias; prazer e sofrimento no trabalho; percepes temporais;
geraes: jovens trabalhadores; trabalhadores senis; gerao X, Y, baby boomers. Estudos que
considerem aspectos crticos relacionados aos descritos tambm so bem-vindos, assim como
os de aportes metodolgicos tradicionais e diferenciados e, tambm, outros que tangenciem
os subtemas e sejam considerados pertinentes temtica principal.
Grupo de Trabalho 06
DILOGOS SOBRE O TRABALHO HUMANO
Coordenadores
Admardo Bonifcio Gomes Jnior (Universidade do Estado de Minas Gerais)
Fernanda Tarabal Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Giselle Reis Brando (Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais)
Ludmila de Vasconcelos Machado Guimares (Centro Federal de Educao Tecnolgica de
Minas Gerais) [email protected]
Descrio
Nosso objetivo desse grupo de trabalho trazer para a discusso, no mbito dos Estudos
Organizacionais, as perspectivas de compreenso do trabalho humano conhecidas como
"Clnicas do Trabalho". O posicionamento Clnico pode ser tomado como uma dmarche
(maneira de caminhar) que busca compreender o que faz a singularidade radical de uma
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situao, problema, ou mal-estar, de grupos ou pessoa. Uma Clnica do Trabalho dirige sua
ateno para dimenses, s vezes pouco visveis, do trabalho humano. So muitas e
diferenciadas as possibilidades de pesquisa e interveno sob as orientaes das abordagens
que se reconhecem como Clnicas do Trabalho. Nesse GT nossa inteno de expor e
colocar em debate cinco destas abordagens: a Clnica da Atividade (Yves Clot), a Psicodinmica
do Trabalho (Christophe Dejours), a Ergologia (Yves Schwartz), a Psicossociologia (Enriquez,
Gaulejac) e a Psicanlise em Extenso. Intentamos explorar como encaminham, em cada
abordagem, as pesquisas e investigaes: Com que mtodos? Munidos de quais conceitos e
construtos tericos? Na expectativa de que tipo de resultados? As possibilidades de
compreenso do trabalho por meio das abordagens clnicas tm sido cada vez mais
recorrentes no campo dos Estudos Organizacionais, e mostram-se um caminho profcuo e
aprofundado para se tratar as mais diversas possibilidades de relaes estabelecidas do
homem, com e no trabalho. Alm das abordagens especficas mencionadas, so tambm bem-
vindas propostas que dialogam sobre o trabalho humano em suas diversas facetas, tais como:
as circunstncias pelas quais o trabalho construdo e reconstrudo, a produo social de
sofrimento no trabalho, os aspectos criativos e construtivos do sujeito em sua experincia no
trabalho, dentre outros. Assim, intentamos oportunizar aos estudiosos que j se orientam
nessas vertentes um espao para o debate e a reflexo, e para a comunidade em geral, a
possibilidade de conhecimento nessa rea de investigao.
Grupo de Trabalho 07
O DARK SIDE DAS ORGANIZAES: CRIMES, VIOLNCIA E M CONDUTA NO AMBIENTE
CORPORATIVO
Coordenadores
Alexandre Reis Rosa (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]
Cintia Rodrigues Oliveira Medeiros (Universidade Federal de Uberlndia)
Eduardo Loebel (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]
Rafael Alcadipani (Fundao Getlio Vargas) [email protected]
Rodrigo Miranda (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]
Valdir Machado Valado Jnior (Universidade Federal de Uberlndia) [email protected]
Descrio
Os estudos sobre organizaes, predominantemente, tendem a enfatiz-las como espaos
dotados de racionalidade, sucesso e certezas, focalizando o seu lado positivo e tratando as
manifestaes negativas como excepcionais, e no como parte das prticas organizacionais
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cotidianas (Morgan, 1996). Linstead, Marchal e Griffin (2010, 2014)3, na chamada de
trabalhos para uma edio especial do peridico Organization, chamam a ateno para a
necessidade de estender nosso olhar para o lado sombrio das organizaes, pois, como ns
teorizamos o dark side extremamente importante para o que podemos fazer sobre ele. No
decurso de suas funes, executivos e gestores agem e tomam decises segundo o conjunto
de normas, procedimentos, polticas e regulamentos da corporao, configurando-se em uma
faceta organizacional carregada de sombras por ser ainda pouco estudada. Essa sombra, ou o
lado sombrio das organizaes como Morgan (1996)4 se refere, constitui-se em um desafio
para aqueles que estudam as organizaes, pois abriga o que escapa das prescries sobre o
modo como gerenciar os recursos para alcanar os resultados organizacionais. Nesse sentido,
ao propor este GT, temos como objetivo explorar o lado sombrio das organizaes, assumindo
que a dinmica no organizada e oculta influencia a organizao. Propomos, ento, que o lado
sombrio das organizaes seja um foco alternativo para a compreenso da vida organizacional.
Para tanto, convidamos trabalhos que busquem investigar, no ambiente organizacional, os
seguintes temas em particular: a) Crimes corporativos (corrupo, crimes contra o consumidor,
suborno, fraudes, crimes ambientais e crimes contra o trabalhador); b) Conspirao e
manipulao poltica (articulaes entre governos e corporaes); c) Abuso de poder,
agresso, extorso, violncia, suicdio, assassinato, perigo e risco nas organizaes; d) Assdio
moral e sexual, discriminao, vitimizao, depresso, gesto pelo medo, trabalho escravo; e)
Tragdias, guerra, genocdio, explorao, erros e desastres; f) Ambio, obsesso, vingana,
ganncia; g) Fetichismo da mercadoria, o vcio, o uso e abuso de drogas; h) Depravao,
perverso e transgresso; i) Misbehavior organizacional; j) Crises em organizaes da rea de
sade; e k) outros temas que explorem o lado sombrio das organizaes. Propomos incorporar
trabalhos que abordem essas questes nas organizaes empresariais em suas diversas
tipologias (comerciais, da sade, educacionais, industriais, de servios), nas organizaes do
Estado e da Sociedade Civil. Quanto aos mtodos adotados, esperamos contribuies que
considerem uma gama mais ampla de abordagens crticas ao dark side, incluindo perspectivas
marxista, ps-marxista, ps-modernistas, ps-estruturalistas e ps-colonialistas.
Grupo de Trabalho 08
O ORGANIZAR (EXTRA)ORDINRIO DA VIDA COTIDIANA
Coordenadores
Elisa Yoshie Ichikawa (Universidade Estadual de Maring) [email protected]
Nathalia de Ftima Joaquim (Faculdade Novos Horizontes)
3 Linstead, S. A.; Marchal, G.; Griffin, R. W. (2010). Special Issue on The Dark Side of Organization.Organization
Studies, Call for Papers, v. 31, p. 997-999; Linstead, S. A.; Marchal, G. & Griffin, R. W. (2014).Theorizing and Researching the Dark Side of Organization. Organization Studies, v. 35, n.2, p. 165-188. 4 Morgan, G. (1996). Images of organization. London: Sage Publications.
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Alexandre de Pdua Carrieri (Universidade Federal de Minas Gerais)
Descrio
As histrias, memrias, prticas e relaes de poder na organizao ordinria das
manifestaes sociais (tradicionais) da sociedade. A proposta deste GT trabalhar, tambm,
com a categoria gesto ordinria, que surge dentro do tema de ressignificao do conceito
gesto. Pensar sobre a gesto como ordinria representa expandir as possibilidades do que
significa gerir, organizar e administrar. Por um lado, caracteriza as impossibilidades e as
limitaes da gesto instrumental para fazer frente realidade e, por outro, o interesse de
aproximao com o cotidiano nas formas de organizar. A categoria gesto ordinria parte da
desconstruo do termo e de seus usos predominantes na administrao, de forma a desloca-
lo dos contextos dominantes nos quais foram dispostos como instrumentos de poder. Prope-
se aqui o estudo do ordinrio, com foco no homem comum, em suas prticas, saberes e
relaes de poder que caracterizam um gerir particular que se realiza cotidianamente. O olhar
tambm se dirige ao mundo cotidiano, abrigo de uma produo ilimitada de racionalidades de
temporalidades diferenciadas; que por sua heterogeneidade se caracteriza pela possibilidade,
pelo devir.
Grupo de Trabalho 09
ORGANIZAO E PRXIS LIBERTADORA: POR UMA CRTICA DA ECONOMIA POLTICA DA
ORGANIZAO
Coordenadores
Rafael Kruter Flores (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) [email protected]
Paulo Abdala (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) [email protected]
Steffen Bhm (University of Essex) [email protected]
Descrio
O GT proposto tem o objetivo de refletir sobre as lutas sociais e problematizar a concepo
hegemnica de organizao. No estamos interessados em contribuir para a gesto
(management). Consideramos que os Estudos Organizacionais tm sido dominados pelo
management e, em consequncia, tm se subordinado s obsesses tipicamente gerencialistas
com a prtica e a novidade, e definindo como irrelevante o estudo das lutas sociais
(MISOCZKY; FLORES; GOULART, 2015)5. Consideramos que a consolidao de espaos nos
Estudos Organizacionais libertados do management indispensvel pelo menos para aqueles 5 MISOCZKY, M. C.; FLORES, R. K.; GOULART. S. An anti-management statement in dialogue with critical Brazilian
authors. Revista de Administrao de Empresas, So Paulo, v. 55, n. 2, p. 130-138, mar./abr. 2015.
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que adotam uma posio crtica explorao e dominao. Nesse sentido, para ampliar o
modo como estudamos organizao (verbo e nome), precisamos abandonar sua compreenso
restritiva como uma unidade de anlise reificada. Misoczky (2010)6, por exemplo, inspirada em
Freire (1987)7 e Dussel (2004)8, define organizao como o ato coletivo intersubjetivo que
meio para a prxis da libertao e aprendizagem para a experimentao de prticas
organizacionais libertadoras. Para articular a compreenso da organizao da resistncia e das
lutas libertadoras com o sistema do capital, se faz necessrio ampliar o campo dos Estudos
Organizacionais. Nesse sentido, propomos avanar com relao proposta de Jones e Bhm
(2002)9 de uma economia geral da organizao. Esta crtica economia poltica da
organizao10 precisa avanar na construo de uma definio de organizao que se articule
com a crtica ontolgica das relaes sociais capitalistas; que conceba a vida como parte da
organizao de um metabolismo social historicamente determinado que condicionado pela
produo de valor e pela dinmica da luta de classes. Portanto, a produo de valor constitui a
organizao especfica de diferentes momentos da vida social. Nos termos de Harvey (2010)11,
esses diferentes momentos incluem: relaes com a natureza; modos de produo e
reproduo da vida cotidiana; concepes mentais do mundo; relaes sociais e tecnologias.
Essas seis dimenses, assim como sua interconexo, no capitalismo, so organizadas para a
extrao de mais - valia em uma dinmica de luta de classes. Ainda assim, elas podem ser e so
coletivamente imaginadas e organizadas de modo contra hegemnico por diferentes grupos
sociais, comunidades e movimentos sociais ao redor do mundo. Essa uma viso da
organizao profundamente poltica. Apresentamos a seguir linhas temticas indicativas, no
exclusivas, para a acolhida de trabalhos: a) Crticas a formas contemporneas de produo de
valor que incluem a produo da natureza, a privatizao dos bens comuns e a resistncia
organizada dos povos; b) Estudos crticos do desenvolvimento e lutas sociais contra o
extrativismo e megaprojetos; c) Organizao de lutas sociais e prticas organizacionais de
movimentos sociais populares; d) Organizao de movimentos insurgentes massivos:
memrias e aprendizagens das Jornadas de Junho; e) Contribuies da tradio do
pensamento social latino - americano (incluindo o brasileiro) para compreender as lutas sociais
contemporneas; f) Cidades rebeldes: mltiplas faces da rebeldia no espao urbano; g)
Educao e lutas sociais: demandas populares para o ensino superior pblico; articulaes
entre universidades e movimentos sociais; experincias educativas de movimentos sociais; e h)
tica da libertao e produo do consenso dos subalternos.
6 MISOCZKY, M. C. Das prticas no-gerenciais de organizar organizao para a prxis da libertao. In: MISOCZKY,
M. C.; FLORES, R. K.; MORAES. J. (Org.). Organizao e prxis libertadora. Porto Alegre: Dacasa, 2010. p. 13-56. 7 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
8 DUSSEL, E. Hacia una Arquitectnica de la tica de la Liberacin. In: APEL, K.-O.; DUSSEL, E. tica del discurso y
tica de la liberacin, Madrid: Trotta, 2004. p. 339 - 366. 9 JONES, C. and BHM, S. Horsour. Ephemera, v. 2, n.4, p. 277-280, 2002.
10 MARX, K. Capital: A Critique of Political Economy, Vol. 1. London: Penguin, 1976.
11 HARVEY, D. A companion to Marxs capital. New York: Verso, 2010.
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Grupo de Trabalho 10
ORGANIZAO, POLTICA E CULTURA
Coordenadores
Rosimeri Carvalho da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Jos Marcio Barros (Universidade do Estado de Minas Gerais/Pontifcia Universidade
Catlica de Minas Gerais) [email protected]
Eloise Helena Livramento Dellagnelo (Universidade Federal de Santa Catarina)
Descrio
No foram poucas as transformaes ocorridas na ltima dcada no campo poltico,
institucional e organizacional da cultura, tanto no contexto internacional quanto nacional.
Podemos destacar a importncia crescente da cultura nas economias nacionais e nas trocas
internacionais; a emergncia da economia criativa e financiamentos colaborativos; a
reafirmao da importncia da cultura na construo de modelos de desenvolvimento
includentes e que contribuam para o enfrentamento das desigualdades; o reconhecimento da
diversidade cultural e a necessidade de sua proteo e promoo, dentre outras. No Brasil,
deve-se acrescentar tambm os processos de institucionalizao das polticas culturais, com a
criao do Sistema Nacional de Cultura; o reconhecimento de grupos scio-culturais antes
ausentes das polticas pblicas; e a consolidao de prticas de participao social. Tais
transformaes no campo da cultura, impactaram a sua organizao em diversos sentidos: os
cenrios, os ambientes institucionais, os atores sociais, e, consequentemente, as prticas e
sentidos polticos e organizacionais tambm foram afetados. Este GT pretende reunir pessoas
que desenvolvam anlises que reflitam sobre poltica, organizao e cultura. Nossas principais
inquietaes residem nas relaes que se estabelecem a partir destas interpelaes polticas e
econmicas no campo da cultura, tais como: De que modo so dinamizadas as relaes de
poder? Que espaos so conquistados por novos agentes? Que participao construda
frente a estas novas dinmicas, espaos e agentes? Que disputas so travadas no campo da
cultura? Como elas interferem nas relaes entre agentes, grupos, organizaes e instituies?
De que modo as modificaes inseridas no campo por estes interesses recentemente
despertados tem interferido nessas relaes polticas? Como se organizam as disputas e que
prticas de organizao tem construdo? Esperamos contribuies que se relacionem com
estes questionamentos, mas no se limitem a eles e, que abordem a relao entre poltica,
organizao e cultura a partir de diferentes abordagens tericas e epistemolgicas.
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Grupo de Trabalho 11
PRTICAS GRUPAIS DE PESQUISA QUALITATIVA
Coordenadores
Christiane Kleinbing Godoi (Universidade do Vale do Itaja) [email protected]
Ana Lcia de Arajo Lima Coelho (Universidade Federal da Paraba)
Adriano Silveira Mastella (Instituto Federal Catarinense) [email protected]
Descrio
A compreenso sobre a utilidade do grupo como prtica de pesquisa qualitativa passou por
uma evoluo e diferenciao em virtude de diversas abordagens originrias dos mbitos
disciplinares distintos. Dessa forma, diferentes nomes so usados para referir-se a um mesmo
tipo formal de grupo, entre eles o focus group, de origem anglo-sax, o mais conhecido. O
termo Grupo de Discusso (GD) remete-se a uma tcnica posterior que tm suas origens na
Espanha a partir dos anos 1970, conhecida na Amrica Latina, nas cincias sociais e humanas
brasileiras e, no entanto, nos estudos organizacionais em geral permanece desconhecida.
Espera-se receber ensaios tericos ou prticas de pesquisa que, a partir de temticas e
epistemologias distintas, tenham trabalhado com o discurso com base em metodologias
grupais, quais sejam: grupo de discusso, grupo focal, entrevistas coletivas, entre outras.
Inicialmente, os coordenadores do Grupo de Trabalho apresentaro e discutiro brevemente a
metodologia do Grupo de Discusso (GD) - como prtica grupal indita de pesquisa qualitativa
- expondo possibilidades que vm sendo recentemente executadas nos estudos
organizacionais brasileiros. Esta breve interveno estruturar-se- sobre as seguintes etapas:
a) descrio sobre o que GD e o que o discurso grupal; b) diferenciao entre GD e focus
group; c) discusso sobre os elementos metodolgico-tcnicos do GD. Estes itens da
interveno inicial dos coordenadores traam a pauta possvel a ser retomada no posterior
debate. Em seguida, apresentar-se-o, sob a forma de dinmica interativa, os trabalhos
selecionados. Na sequencia, abre-se o debate entre os trabalhos selecionados e os
coordenadores e, por fim, encerra-se com questionamentos e comentrios da audincia.
Espera-se contribuir para a apresentao e disseminao das prticas grupais de investigao
qualitativa e para o desenvolvimento do lugar do grupal nos estudos organizacionais.
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Grupo de Trabalho 12
PRTICAS ORGANIZATIVAS
Coordenadores
Alfredo Rodrigues Leite da Silva (Universidade Federal do Esprito Santo)
Csar Tureta (Universidade Federal do Esprito Santo) [email protected]
Marcelo de Souza Bispo (Universidade Federal da Paraba)
Descrio
Este grupo de trabalho tem como objetivo discutir pesquisas que tenham como fonte de
inspirao teorias da prtica. A virada para a prtica nos Estudos Organizacionais (EO) pode ser
identificada, principalmente, na manifestao do maior interesse pela vida cotidiana dos
atores, como uma forma de analisar os fenmenos nas organizaes. O estudo das prticas, na
teoria social, est presente no trabalho de autores como, por exemplo, Bourdieu, Giddens,
Foucault, Latour, Schatzki, Garfinkel, Pickering, dentre outros. A despeito da diversidade de
filiaes epistemolgicas, um ponto convergente entre os tericos da prtica a ideia de que
os fenmenos so manifestaes do campo da prtica, portanto, s podem ser compreendidos
e analisados a partir dele. Cada uma a sua maneira, as teorias da prtica tm em comum a
tentativa de superar dicotomias como, sujeito/objeto, mente/corpo e agncia/estrutura,
deslocando a nfase do agente ou da estrutura para as prticas. As teorias da prtica se
apresentam como teis para os EO por destacarem a ideia de que a organizao um
acontecimento, uma realizao instvel em constante estado de (re)constituio. Tal
perspectiva analtica explora o dia a dia nas organizaes, buscando investigar os fenmenos
que ali acontecem no como uma propriedade da organizao, mas como prticas especficas.
Adotar abordagens da prtica propicia ao pesquisador organizacional compreender as prticas
organizativas na medida em que elas se desdobram, ou seja, no momento em que esto sendo
desempenhadas e o fenmeno analisado acontecendo. Assim, so bem-vindos trabalhos que
busquem discutir a prtica do ponto de vista terico e emprico, especialmente no que diz
respeito a suas estratgias metodolgicas de investigao e na reflexo de como esta
abordagem contribui para os diversos temas nos EO. Entre as abordagens possveis, destacam-
se as comunidades de prtica, aprendizagem como prtica, sociomaterialidade, esttica,
organizing, teoria ator-rede etc.
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Grupo de Trabalho 13
TRABALHO, SUBJETIVIDADE E PODER
Coordenadores
Jos Henrique de Faria (Universidade Federal do Paran) [email protected]
Deise Luiza da Silva Ferraz (Universidade Federal de Minas Gerais)
Francis Kanashiro Meneghetti (Universidade Tecnolgica Federal do Paran)
Descrio
Este grupo tem por objetivo realizar uma reflexo crtica acerca das formas e relaes de
trabalho na sociedade contempornea, com nfase no controle social e no controle da
subjetividade, partindo do desenvolvimento das foras produtivas desde a Organizao
Cientfica do Trabalho at a chamada produo flexvel ou enxuta (toyotismo) e analisando
suas repercusses no processo de trabalho, mediado por mecanismos explcitos e sutis,
manifestos e ocultos de poder e controle. O objetivo do grupo discutir tanto as formas de
controle sobre o processo de trabalho, ou seja, debater os procedimentos explcitos de
controle como os sistemas culturais, simblicos e imaginrios presentes no ambiente e
discurso, os quais se manifestam como dominantes, hegemnicos e ideolgicos, reproduzindo
a lgica de dominao do capital sobre o trabalho, quanto as relaes de poder estabelecidas
no processo de trabalho e suas diferentes formas de manifestao, como violncia, assdio,
estratgias, polticas de gesto, dentre outras. A proposta a de promover uma discusso
aberta e uma anlise crtica das relaes de trabalho na sociedade contempornea,
entendendo como a necessidade do controle do processo de trabalho sob o modo de
produo capitalista engendra discursos e prticas organizacionais que condicionam os
sujeitos trabalhadores a submeterem-se s formas de precarizao oriundas da prpria
dinmica do sistema de capital. Palavras-chave: Processo de trabalho; relaes de trabalho;
reorganizao produtiva; controle social; mecanismos de controle da gesto; relaes de
poder; subjetividade; precarizao do trabalho.
III TIPOS DE TRABALHOS QUE ATENDEM A ESTA CONVOCATRIA
Resumos expandidos (com pelo menos duas mil e at trs mil palavras).
Trabalhos em construo (com pelo menos trs mil e at cinco mil palavras).
Textos completos (com pelo menos seis mil e at nove mil palavras).
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IV ORIENTAES PARA A SUBMISSO DE TEXTOS AOS GRUPOS DE TRABALHO
Os trabalhos devero ser encaminhados somente pelo e-mail da Sociedade Brasileira de
Estudos Organizacionais ([email protected]), com o ttulo Submisso de texto completo
GT [nmero do grupo de trabalho], submisso do trabalho em construo GT
[nmero do grupo de trabalho] ou submisso do resumo expandido GT [nmero do
grupo de trabalho] at o prazo definido pelo cronograma no item VII deste edital.
Os textos submetidos sero analisados, em cada grupo de trabalho, por uma comisso
especfica, composta por especialistas no tema. As propostas sero avaliadas considerando
seu teor, relevncia, contribuio para os estudos organizacionais e aderncia ao grupo de
trabalho.
Cada autor pode submeter no mximo dois textos aos grupos de trabalho, sem diferenas
entre autoria e coautoria.
Cada texto deve ser submetido a apenas um grupo de trabalho.
Os artigos devem ser inditos e assim o permanecerem at o final do III CBEO.
Os textos devem ser submetidos em formato .doc ou .docx. No so aceitas submisses
em formato .pdf.
Os textos devem ser redigidos em portugus com redao, ortografia e normalizao
adequados, pois a verso enviada ser definitiva, no sendo permitida a substituio do
texto encaminhado.
A critrio dos grupos de trabalho, podem ser aceitos textos em outros idiomas, desde que
atendidos os critrios de avaliao definidos pelos prprios grupos de trabalho.
Os textos devem ter a autoria definitiva no momento da submisso, pois no ser
permitida a incluso de autores posteriormente.
Os arquivos dos textos enviados devem estar livres de vrus. Trabalhos eventualmente
infectados sero excludos do processo de avaliao.
No caso dos resumos ampliados, o texto deve ser redigido em times new roman (tamanho
12) e ter pelo menos duas mil, e at trs mil palavras, incluindo notas de rodap e
referncias. Os elementos que devem constar em um resumo ampliado so:
contextualizao, objetivos, metodologia (se for o caso), resultados ou resultados
esperados (se for o caso), e concluses. A primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e
em letras maisculas), seguido do nome completo do(s) autor(es), nome da instituio
(por extenso) a que se vincula(m) o(s) autor(es), e-mail do(s) autor(es), corpo do texto,
palavras-chave (entre trs e cinco), e referncias.
No caso dos textos em construo, o texto deve ser redigido em times new roman
(tamanho 12) e ter pelo menos trs mil, e at cinco mil palavras, incluindo notas e
referncias. Os elementos que devem constar em um texto em construo so:
contextualizao, objetivos, metodologia (se for o caso), resultados ou resultados
esperados (se for o caso), e concluses. A primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e
em letras maisculas), seguido do nome completo do(s) autor(es), nome da instituio
(por extenso) a que se vincula(m) o(s) autor(es), e-mail do(s) autor(es), resumo (com cerca
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de 15 linhas), palavras-chave (entre trs e cinco), e corpo do texto, seguido de referncias.
Apenas os resumos dos textos em construo sero publicados nos anais, uma vez que se
considera o espao para apresentao e discusso no mbito do evento suficiente.
No caso dos textos completos, o texto deve ser redigido em times new roman (tamanho
12) e ter pelo menos seis mil, e at nove mil palavras, incluindo notas e referncias. Os
elementos que devem constar em um texto completo dependem da sua natureza e
propsitos, embora se espere que estejam conforme o esperado neste tipo de texto. A
primeira pgina deve conter ttulo (em negrito e em letras maisculas), seguido do nome
completo do(s) autor(es), nome da instituio (por extenso) a que se vincula(m) o(s)
autor(es), e-mail do(s) autor(es), resumo (com cerca de 15 linhas), palavras-chave (entre
trs e cinco), e corpo do texto, seguido de referncias.
Notas de rodap so aceitas, desde que usadas com parcimnia e que tenham contedo
explicativo. No se deve usar notas de rodap para fazer citaes.
As referncias devem ser feitas no corpo do texto, e obedecer ABNT ou APA, limitando-
se ao material utilizado na confeco do texto.
A submisso de textos aos grupos de trabalho no implica aceitao, tendo os grupos de
trabalho autonomia no processo de seleo do material a ser publicado.
A incluso do texto nos anais do III CBEO est condicionada apresentao do trabalho e o
pagamento da tarifa relativa taxa de inscrio no evento.
A apresentao de trabalho nos grupos de trabalho durante do III CBEO precisa ser
necessariamente feita pelo menos por um dos autores do texto.
Ter(o) direito ao(s) certificado(s) de participao apenas o(s) autor(es) presentes na
apresentao do trabalho, e que tenham assinado a lista de presena na sesso de
apresentao.
V PUBLICAO
Para serem publicados nos anais do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais, os
textos precisam ter sido enviados em formato de resumo ampliado ou em formato de texto
completo, revisados pelos prprios autores, at a data limite prevista no cronograma, ter sido
aprovados pelos grupos de trabalho, inscritos (com as taxas devidamente pagas) e
apresentados durante o evento. Os anais do III CBEO sero divulgados publicamente. A partir
da submisso de quaisquer textos, entende-se como automtica a cesso dos direitos de
divulgao cientfica, para a SBEO.
VI INSCRIES E TARIFAS
As inscries para o III CBEO tero os seguintes valores (os valores incluem a inscrio para o
evento e a associao automtica pelo perodo de um ano):
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Datas Professores, Pesquisadores e
Profissionais em geral
Estudantes (Graduao,
Mestrado, Doutorado)
04 de agosto a 20 de outubro de 2015 R$ 350,00 R$ 150,00
Aps 20 de outubro de 2015 R$ 450,00 R$ 200,00
Observaes
As inscries se referem inscrio do evento. Despesas com deslocamento, hospedagem
e alimentao so por conta dos participantes. Em momento oportuno, sero
disponibilizados no site do evento sugestes de deslocamento, alimentao e locais de
hospedagem.
A inscrio para o evento efetivar a filiao SBEO durante o perodo de um ano. Aps a
confirmao da inscrio o nome do pesquisador constar no site http://www.sbeo.org.br.
A inscrio no congresso s ser confirmada aps o pagamento da taxa de inscrio,
conforme instrues que acompanharo a carta de aceite do trabalho.
Os novos associados, ou associados que eventualmente no estejam em dia com as taxas
da SBEO devem observar as orientaes no site http://www.sbeo.org.br para se
associarem e/ou regularizarem sua situao.
A anuidade vlida at a realizao do IV Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais,
em 2016.
VII CRONOGRAMA ATUALIZADO DO III CBEO
Atividade Data final
Publicao da primeira convocatria
Envio de proposta Minicursos
Envio de proposta Mesa redonda
Envio de proposta Grupo de trabalho
Resultados Minicursos
Resultados Mesa redonda
Resultados Grupo de trabalho
Publicao da segunda convocatria
Envio de trabalhos Grupos de trabalho 23/07/15
Resultados Trabalhos enviados para Grupos de trabalho 04/08/15
Incio das inscries com desconto 04/08/15
Solicitao Lanamento de livros e revistas 04/08/15
Solicitao Exposies, performances, apresentao de filmes e documentrios 04/08/15
Resultados Lanamento de livros e revistas 20/08/15
Resultados Exposies, performances, apresentao de filmes e documentrios 20/08/15
Trmino das inscries com desconto 20/10/15
Abertura do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais 28/10/15
Encerramento do II Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais 30/10/15
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VIII ORGANIZAO
Comisso organizadora
Alexandre Reis Rosa (UFES) Coordenador Geral
Csar Tureta (UFES) Secretrio-Executivo
Eloisio Moulin de Souza (UFES) Coordenador Cientfico
Gelson Silva Junquilho (UFES) Coordenador Administrativo-Financeiro
Comisso Cientfica
Amon Narciso de Barros (FGV/EAESP)
Diogo Henrique Helal (FUNDAJ)
Guilherme Dornelas Camara (UFRGS)
Luiz Alex Silva Saraiva (UFMG)
Sueli Maria Goulart Silva (UFRGS)
IX CASOS OMISSOS
Casos no previstos nessa convocatria devem ser tratados diretamente com a comisso
organizadora por e-mail: [email protected].
Comisso Organizadora do III Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais
Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais