2.2. BIOLOGIA 2.2.1. Ciclo biológico - feis.unesp.br · saem do aparelho reprodutor da fêmea sem...

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2.2. BIOLOGIA 2.2.1. Ciclo biológico

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2.2. BIOLOGIA

2.2.1. Ciclo biológico

Fêmea Macho

Ovo

Larva

Protoninfa

Deutoninfa

LQ

Família Tetranychidae – ciclo biológico

PQ

DQ

OVOS

foto de J.K. Clark

foto de J.K. Clark

Roberto Lomba Nicastro

LARVAS – 3 pares de pernas

Roberto Lomba Nicastro

Oligonychus aff. santoantoniensis

Formas quiescentes

Eutetranychus banksi

Tetranychus urticae

Department of Horticultural Sciences, Texas A&M University

Macho Adulto

Tetranychus urticae

Corpo esguio

Menor que a fêmea

PHOTO: Rayanne Lehman,

Pennsylvania Department of

Agriculture

Fêmea Adulta

Tetranychus urticae

Corpo arredondado

Maior que o macho

© Warwick HRI, University of Warwick.

Ovo

Larva

Protoninfa

Deutoninfa

Fêmea Macho

Família

Tenuipalpidae

LQ

DQ

PQ

Brevipalpus sp.

CICLO

BIOLÓGICO

Roberto Nicastro

Brevipalpus chilensis CON HUEVOS Renato Ripa S.

Ovo

Larva

Falsa Pupa

Fêmea Macho

Ácaro branco Polyphagotarsonemus latus

http://elhocino-adra.blogspot.com/2010/09/aranas-blancas-y-moscas-blancas.html

http://plantclinic.tamu.edu/2013/09/20/broadmite-damage-on-tomatoes/

P. latus – ácaro branco

OVOS

http://www.sel.barc.usda.gov/acari/content/broad/b.html#image

OVO E LARVAS

FALSAS PUPAS

FÊMEAS

OVO

LARVA

NINFA

ERIOPHYOIDEA

FÊMEA MACHO

EQ

EQ

ovos

ácaro

exúvia

forma jovem

Calacarus heveae Foto: Helder Adriano de Souza da Silva

Tetranychidae T. urticae Algodoeiro 25,0 58,0 10,7 85,5 21,4

Mamoeiro 25,7 75,4 8,0 179,0 21,4

Tenuipalpidae B. phoenicis Citros 30,0 60 14,4 39,2 21,5

T. heveae Seringueira 28/25 70 30,3 34,0 28,5

Tarsonemidae P. latus Algodoeiro 27,2 72,0 2,9 50,3 12,6

Limoeiro 27,1 68 3,7 58,9 13,4

Eriophyidae C. heveae Seringueira 28/23 90,0 9,7 16,2 8,4

Família Espécie Hospedeiro

Condições climáticas

Ovo a adulto (dias)

Ovos por

fêmea

Fêmea adulta (dias) T°C UR%

2.2.2. REPRODUÇÃO

As famílias

Tetranychidae e Tarsonemidae

tem o mesmo tipo de reprodução

• Sexuada * Assexuada

N N

2N

Macho Fêmea

N

N

Fêmea

Descendente:

Fêmea Diplóide

Descendente:

Macho haplóide

Partenogênese

Arrenótoca

gametas gametas

REPRODUÇÃO

SEXUADA

PARTENOGÊNESE ARRENÓTOCA

Fêmeas não fecundadas podem dar

origem a machos

Uma fêmea não fecundada pode dar

origem a uma nova colônia

FÊMEAS NÃO FECUNDADAS

DÃO ORIGEM APENAS A

MACHOS

Fêmea fecundada dá origem a

fêmeas e machos: alguns ovos

saem do aparelho reprodutor da

fêmea sem receber

espermatozóides.

Corte Longitudinal

Comportamento de machos

Tetranychidae

Deutoninfa de fêmea na fase quiescente

Macho

Tetranychus urticae – ácaro rajado

Roberto Lomba Nicastro

Tetranychus urticae – ácaro rajado

Roberto Lomba Nicastro

Tetranychus urticae – ácaro rajado

Roberto Lomba Nicastro

Polyphagotarsonemus latus

Comportamento de machos

Tarsonemidae

http://itp.lucidcentral.org/id/mites/invasive_mite/Invasive_Mite_Identification/key/0_Glossary/Mite_Glossary.ht

m

MACHO

PUPA DE FÊMEA Polyphagotarsonemus latus

Photograph by Eric Erbe

http://www.sel.barc.usda.gov/acari/frames/plantfeed.html

Superfamília Eriophyoidae

• Sexuada * Assexuada

N N

2N

Macho Fêmea

N

N

Fêmea

Descendente:

Fêmea Diplóide

Descendente:

Macho haplóide

Partenogênese Arrenótoca

(sem cópula)

gametas gametas

Photograph by Eric Erbe; digital colorization by Chris

Pooley. Published in Agricultural Research Magazine.

Identification by Ronald Ochoa, Research Associate, SEL.

espermatóforo

Oldfield, Hobza e Wilson (1970) Discovery and characterization of spermatophores in

the Eriophyoidea (Acari).

Reprodução

B. phoenicis

• Sexuada * Assexuada

N N

2N

Macho Fêmea

N

N

Fêmea

Descendente:

Fêmea Diplóide Descendente:

Macho haplóide

Partenogênese

Arrenótoca Condições normais

Família Tenuipalpidae

gametas

gametas

Weeks et al. 2000

B. phoenicis:

em laboratório população composta

por 100% fêmeas

Aplicação de antibióticos

F1 com 50% de fêmeas e 50% de machos

QUANDO HÁ INFECÇÃO COM

BACTÉRIA ENDOSSIMBIONTE

Fêmeas da população são machos genéticos

que sofreram processo de feminilização: são

haplóides mas têm todas as características de

fêmeas e se reproduzem por partenogênese

originando novos machos feminilizados

Ocorre indução de partenogênese

telítoca

DESSA FORMA, A PARTENOGÊNESE

TELÍTOCA OBSERVADA EM B. phoenicis NÃO

É NATURAL DA ESPÉCIE.

É CONSEQUENCIA DO ATAQUE DE UMA

BACTÉRIA.

PARA OUTRAS ESPÉCIES COMO

Tenuipalpus heveae DE SERINGUEIRA,

EXISTEM POUCAS INFORMAÇÕES

2.2.3. EFEITO DA UMIDADE DO AR

2.2.3.1. FAMÍLIA TETRANYCHIDAE

a) EFEITO DIRETO SOBRE OS ÁCAROS

* INGEREM GRANDE QUANTIDADE DE

ÁGUA DURANTE A ALIMENTAÇÃO

* A ALIMENTAÇÃO IRÁ OCORRER À

MEDIDA QUE O EXCESSO DE ÁGUA

FOR ELIMINADO

a) PELO APARELHO DIGESTIVO

b) POR TRANSPIRAÇÃO (A MAIOR

QUANTIDADE)

ÁGUA É ELIMINADA:

os ácaros transpiram mais e como consequência, aumentam a ingestão de conteúdo celular, rico em água e nutrientes. Uma melhor nutrição resultará em maior crescimento populacional.

A TRANSPIRAÇÃO É MAIOR EM AMBIENTES MAIS SECOS

b) EFEITO INDIRETO

Em períodos mais secos, o conteúdo celular estará mais concentrado, facilitando a alimentação dos ácaros.

EFEITO DA UMIDADE DO AR

FAMÍLIA TENUIPALPIDAE

Brevipalpus: igual ao descrito para

família Tetranychidae;

Tenuipalpus heveae: ainda não está

claro

2.2.3.2. Família Tenuipalpidae

2.2.3.3. Superfamília Eriophyoidea

TEMPO SECO

Aculops lycopersici – tomateiro

TEMPO ÚMIDO Calacarus heveae – seringueira

Phyllocoptruta oleivora – citros

Aceria guerreronis – coqueiro

2.2.3.4. FAMÍLIA TARSONEMIDAE

POSSUEM TEGUMENTO FINO, DELICADO

PERDEM ÁGUA COM MUITA FACILIDADE

DESIDRATAM EM AMBIENTES SECOS SÃO FAVORECIDOS POR TEMPO ÚMIDO

2.2.4. DISPERSÃO

E

COLONIZAÇÃO

FAMÍLIA

TETRANYCHIDAE

Dispersão e Colonização

Início da Infestação

Infestação em

Crescimento

Final da Infestação

Vento

Legenda

Ovos

Jovens

Adultos

COM ELEVADA POPULAÇÃO E ALIMENTAÇÃO

RUIM (condição de plantas altamente

infestadas), AS FÊMEAS APRESENTAM

FOTOTROPISMO POSITIVO (Kennedy e Smitley, 1985)

FOTOTROPISMO POSITIVO:

VÃO EM DIREÇÃO À LUZ NAS EXTREMIDADES

DAS PLANTAS, NOS PONTEIROS.

NESSES LOCAIS PODEM SER LEVADAS PELO

VENTO COM MAIS FACILIDADE

Monitoramento e controle do ácaro nas bordaduras

Formação de reboleiras

Transporte de órgãos vegetais:

Panonychus ulmi em maçãs - Flechtmann (1967)

Tetranychus urticae em cachos de uva - Valadão (2010)

Mononychellus tanajoa em mandioca – Moraes e Flechtmann (2008)

“Balonismo”: fêmeas suspensas no ar por um fio de teia

preso ao substrato. Panonychus spp.

Caminhamento:

- dentro da planta e entre plantas que se tocam

- de plantas daninhas para a área cultivada

- entre plantas de casa de vegetação

Durante os tratos culturais

T. evansi em amendoim

Tetranychus evansi

Superfamília Eriophyoidea

NA PRESENÇA DE VENTO OS ÁCAROS LEVANTAM A

PARTE ANTERIOR DO CORPO APOIANDO-SE NO

LOBO ANAL, PARA FACILITAR A DISPERSÃO PELO

VENTO.

LOBO ANAL

Transporte de órgãos vegetais que podem conter ácaros

e ovos

Gemas vegetativas e reprodutivas;

Galhas em folhas;

Folhas com os bordos enrolados;

Frutos (podem estar na região do pedúnculo)

Caminhamento:

- dentro da planta e entre plantas que se tocam

- de plantas daninhas para a área cultivada

- entre plantas de casa de vegetação

Durante os tratos culturais

FAMÍLIA TARSONEMIDAE

ÁCAROS TRANSPORTADOS PELO VENTO

A PRESENÇA NOS TECIDOS NOVOS DOS

PONTEIROS FACILITA ESSA DISPERSÃO

PODE HAVER CAMINHAMENTO DENTRO DA

PLANTA OU ENTRE PLANTAS

PODE SER TRANSPORTADO PELO HOMEM

DURANTE OS TRATOS CULTURAIS

PODE OCORRER FORÉSIA

TRANSPORTE DE ÓRGÃOS VEGETAIS QUE

PODEM CONTER ÁCAROS E OVOS

Polyphagotarsonemus latus – ácaro branco

FÊMEA MACHO

Polyphagotarsonemus latus

Flechtmann et al. (1990) – A little known mode of dispersal of Polyphagotarsonemus latus

(Banks)

http://macromite.wordpress.com/category/not-a-mite/page/2/

Photo: D. Lea.

http://www.cottoncrc.org.au/industry/Publications/Pests_and_Beneficials/Cotton_Insect_Pest_and_Beneficial_

Guide/Pests_by_common_name/Other_mites_

Entretanto, para Brevipalpus a dispersão pelo

homem é de grande importância.

Ex: Trânsito de pessoas, veículos, máquinas e

equipamentos

Pessoas e materiais envolvidos na colheita dos

frutos

FAMÍLIA TENUIPALPIDAE

PRINCIPAL MECANISMO É O VENTO

2.2.5. DIAPAUSA

DIAPAUSA É

UM MECANISMO DESENVOLVIDO POR INSETOS E

ÁCAROS PARA SOBREVIVER ÀS CONDIÇÕES ADVERSAS.

QUAIS SÃO ELAS?

FRIO

FALTA DE COMIDA

O QUE É DIAPAUSA?

• OVOS: São os ovos de inverno, que

apresentam uma camada de cera de

proteção

Brasil: Panonychus ulmi em macieiras em SC

• FÊMEAS: Tetranychus (no Brasil não ocorrem)

FAMÍLIA TETRANYCHIDAE:

APRESENTA DOIS TIPOS DE DIAPAUSA

Panonychus ulmi

Ácaro vermelho da macieira

• Praga chave de macieira em Santa Catarina

Sintomas causados por P . ulmi

Panonychus ulmi Ovos de diapausa

Famílias:Tenuipalpidae eTarsonemidae

Não entram em diapausa

Superfamília Eriophyoidea:

Podem apresentar fêmeas de

diapausa em locais com invernos

rigorosos

2.2.6. FUNÇÕES DAS TEIAS

Ácaros da família Tetranychidae

produzem teias, em diferentes

quantidades dependendo da espécie.

Pode haver produção de teias em pequena

quantidade em algumas outras famílias de fitófagos e

predadores.

1.PROTEÇÃO DA COLÔNIA: contra

predadores; contra chuva; contra agressões

do ambiente (acaricidas, por ex.)

Quais as suas funções????

Tetranychus urticae em videira

Ovo preso por teia

Ovo de Panonychus ulmi

2. REPRODUÇÃO: deutoninfa de

fêmea coloca feromônio de

atração sexual na teia; machos

tecem teia durante disputa de

fêmea com outro macho.

Deutoninfa quiescente

de fêmea

Tetranychus urticae

3. LOCOMOÇÃO E DISPERSÃO:

* caminhamento sobre as teias

T. evansi em amendoim

Tetranychus evansi

Teias de ácaro rajado

4. REGULAR O MICROCLIMA NO

AMBIENTE DA COLÔNIA

SOB AS TEIAS O AMBIENTE

APRESENTA CONDIÇÕES

CLIMÁTICAS MAIS ESTÁVEIS:

TEMPERATURA E UMIDADE

OSCILAM MENOS.

6. MANTER A SUPERFÍCIE FOLIAR

LIMPA:

* fezes na teia

5. Para atividades do ciclo biológico

- Passar pela fase quiescente

- Depositar ovos