20100609 It a Mar
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁItamar do Carmo Tavares
TRICICLO: UMA ALTERNATIVA DE LOCOMOÇÃO PARAIDOSOS OU PESSOAS COM DESVANTAGEM NA MOBILIDADE
Curitiba2010
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TRICICLO: UMA ALTERNATIVA DE LOCOMOÇÃO PARAIDOSOS OU PESSOAS COM DESVANTAGEM NA MOBILIDADE
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Itamar do Carmo Tavares
CICLO: UMA ALTERNATIVA DE LOCOMOÇÃO PARA IDOSOSOU PESSOAS COM DESVANTAGEM NA MOBILIDADE
Trabalho de conclusão de curso apresentado aocurso de Design de Produto da Faculdade deCiências Exatas e de Tecnologia da UniversidadeTuiuti do Paraná, como requisito parcial paraobtenção da de grau de Designer de Produto.
Orientador: Flávio Eduardo Martins.
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T231 TAVARES, Itamar do Carmo.Triciclo: uma alternativa de locomoção para idosos ou pessoas
com desvantagem na mobilidade / Itamar do Carmo Tavares. 2010.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – UniversidadeTuiuti do Paraná, Curitiba, 2010.
1. Design. 2. Ciclo 3. Triciclo. 4. Triciclo para idosos. I. Título.
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TERMO DE APROVAÇÃO
Itamar do Carmo Tavares
TRICICLO: UMA ALTERNATIVA DE LOCOMOÇÃO PARAIDOSOS OU PESSOAS COM DESVANTAGEM NA MOBILIDADE
Esta dissertação (monografia) foi julgada e aprovada para a obtenção do grau deDesigner de produto no Programa de Curso de Design de Produto da Faculdade deCiências Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná
Curitiba, 01 de junho de 2010.
Curso de Design de ProdutoUniversidade Tuiuti do Paraná
Orientador Flávio Eduardo MartinsUniversidade Tuiuti do Paraná, Departamento de Design
Alessandra Gebur KusterUniversidade Tuiuti do Paraná, Departamento de Design
Alceu MunizUniversidade Tuiuti do Paraná, Departamento de Design
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“O design é uma manifestação da capacidade do
espírito humano para transcender as suaslimitações”.in The Problems of Design . George Nelson. 1957
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RESUMO
O objeto deste trabalho é justificar a necessidade de um meio de locomoção
economicamente e ecologicamente sustentável e escolha de alternativas para a
população idosa que por sua vez tem aumentado juntamente com a expectativa de
vida mundial. Nele é abordado as principais dificuldades motoras dos idosos e quais
as melhorias devem ser contempladas em um novo objeto a ser desenvolvido e
apresenta opções de triciclos desenvolvidos para pessoas com idade superior a 65
anos ou com dificuldades de mobilidades.
Palavras chave: idosos, mobilidade, transporte de pequenas cargas,
osteoporose, triciclo.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Tabela Antropométrica ............................................................................... 17Tabela 2 Grupo Focal ................................................................................................ 35
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Locomotiva 20th Century por Henry Dreyfuss, 1938 ................................... 18 Figura 2 Aspirador de pó por Henry Dreyfuss, 1935 ................................................. 19 Figura 3 Ferro de Passar da GE por Henry Dreyfuss, 1948 ...................................... 19 Figura 4 Trailer Bambi da Airstream por Wally Byam , 1922 ..................................... 20 Figura 5 Secador de cabelo Model 787 por Eskimo, 1935. ....................................... 21 Figura 6 Ventilador Airflow por Robert Heller, 1937 .................................................. 21 Figura 7 Luminária Model 114 por Walter Dorwin Teague, 1939 .............................. 22 Figura 8 Fatiador de Alimentos por Egmonth H. Arens, 1942 ................................... 22 Figura 9 Go Chair por Ross Lovegrove, 1999 ........................................................... 23 Figura 10 Cadeira Wassily por Macel Breuer, 1927 .................................................. 28 Figura 11 Mapa mental estutura TEIA ....................................................................... 30 Figura 12 Mapa mental estutura LINEAR .................................................................. 30 Figura 13 Mapa mental estutura CONCEITUAL ........................................................ 30 Figura 14 Mapa mental estutura PAISAGEM ............................................................ 31 Figura 15 Mapa mental estutura TRIDIMENCIONAL ................................................ 31 Figura 16 Mapa mental estutura MANDALA ............................................................. 31 Figura 17 Mapa Mental da palavra IDOSO ............................................................... 32 Figura 18 Mapa Mental da palavra LOCOMOÇÃO ................................................... 32 Figura 19 Mapa Mental da palavra TRICICLO .......................................................... 33
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7 2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................ 8 3 HIPÓTESE ........................................................................................................ 8 4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 9 4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 9 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 9 5 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 9 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 10 6.1 O PÚBLICO ..................................................................................................... 10 6.2 COORDENAÇÃO MOTORA ........................................................................... 13 7 ERGONOMIA .................................................................................................. 14 7.1.1 Antropometria ............................................................................................... 16 8 ESTÉTICA DO PRODUTO ............................................................................. 17 9 MATERIAIS E PROCESSOS .......................................................................... 23 9.1 MATERIAIS ..................................................................................................... 24 9.1.1 Metais ........................................................................................................... 24 9.1.2 Metais Ferrosos............................................................................................ 26 9.2 PROCESSOS .................................................................................................. 27 9.2.1 Conformação no estado sólido ..................................................................... 28 10 METODOLOGIA ............................................................................................. 28 10.1 MAPA MENTAL............................................................................................ 29 10.2 GRUPO FOCAL ........................................................................................... 33 10.3 BRAINSTORM ............................................................................................. 47 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO
A população mundial está ficando mais idosa e isso é um fato percebido em
todas as nações. No Brasil são cerca de 10.5 milhões de pessoas com idade acima
de 65 anos1, pouco mais de 5% da população. Em países desenvolvidos o
percentual é ainda maior e causa problemas relacionados ao sistema de saúde
pública e previdência social. Todas as projeções indicam que percentualmente a
quantidade de idosos deve aumentar consideravelmente juntamente com a
estimativa de vida que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística – IBGE –, deve aumentar em média 0,22% ano ao ano. Existem diversos
fatores que influenciam para que isso aconteça, mas os principais são: avanços na
medicina, queda de natalidade e estudos relacionados a drogas medicamentosas.
Devido ao pensamento capitalista que prima pela produção, algo que
normalmente se reduz na idade idosa, as pessoas com idade acima de 65 anos não
são contempladas como prioridade pelo mercado. É necessário aumentar a atenção
ao modo como viverá essa população crescente e qual a qualidade dessa vida. A
saúde é um dos fatores mais preocupantes, pois “a máquina humana” se desgasta
com o passar do tempo necessitando manutenção constante para continuar com seu
bom funcionamento. Esse desgaste provoca dificuldades de movimentação,
locomoção ou coordenação motora limitando as ações e consequentemente
restringindo as experiências cotidianas e o convívio dessas pessoas.
Não basta somente ter tido hábitos saudáveis durante o decorrer da vida, mas
se faz necessário continuar com esses hábitos, ou adquiri-los, para ter uma melhoria
no funcionamento do corpo. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – é
1 Uma pessoa é considerada idosa a partir de 65 anos de idade de acordo com a Organização Mundial deSaúde. Neste período da vida as funções fisiológicas começam a apresentar quedas de rendimento (DAVIES etalii, 2004).
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necessário pelo menos 30 minutos de exercícios diários durante a idade idosa para
reduzir a perda de condicionamento físico e evitar problemas cardiovasculares
(DAVIES et alii, 2004).
A proposta deste projeto de pesquisa é desenvolver um ciclo2 para estimular
os exercícios físicos para pessoas que tenham dificuldades motoras ou de equilíbrio
e lhes permitir ter novamente a sensação de andar de bicicleta, promover o uso de
um meio de locomoção ecologicamente sustentável e permitir o transporte de
pequenas cargas auxiliando na redução dos impactos do envelhecimento.
Pretende-se com esse produto conseguir mais uma opção para amenizar
dificuldades provocadas pelas limitações causadas pela velhice, além de promover a
qualidade de vida por meio do estímulo da autonomia.
2 PROBLEMA DE PESQUISA
Este trabalho tem como ponto de partida o seguinte problema de pesquisa:
Como prover uma possibilidade de melhoria na locomoção e no transporte de
pequenas cargas, para pessoas acima de 65 anos ou com desvantagem na
mobilidade3 ?
3 HIPÓTESE
Com base no problema de pesquisa apresentado tem-se que uma das
possíveis hipóteses é: Uma das possibilidades de locomoção e transporte depequenas cargas para pessoas com mais de 65 anos ou com desvantagem na
mobilidade é a utilização de um triciclo.
O equipamento deverá contemplar as adaptações necessárias para facilitar o
uso pelo público acima especificado.
2 Segundo o código nacional de transito ciclo é “veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana”.3 Segundo o artigo “Conceituando deficiência” publicada na revista saúde, uma deficiência músculo-esqueléticaprovoca uma incapacidade de locomoção e desvantagem de mobilidade e na independência física. (AMIRALIANet alii : 2000).
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4 OBJETIVOS
Este trabalho possui um objetivo geral e outros específicos conforme
apresentados abaixo:
4.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do presente trabalho é promover a melhoria de vida de
pessoas com mais de 65 anos ou com limitações, por meio do desenvolvimento de
um triciclo que facilitará o deslocamento e o transporte de pequenas cargas.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOSSeguindo o objetivo geral, elaboraram-se os seguintes objetivos específicos:
• Desenvolver um produto que proporcione atividade física ao usuário em
conjunto com as atividades de vida diária;
• Contemplar no projeto os principais eixos conceituais de sustentabilidade
procurando maximizá-los;
5 JUSTIFICATIVAO primeiro fator que pode ser usado para justificar a necessidade de produzir
um objeto que tem como objetivo facilitar a locomoção de idosos é a expectativa de
aumento dessa parcela da população apresenta pelos órgãos governamentais no
mundo todo. As projeções de aumento da população idosa no mundo – mais de 65
anos de acordo com a Organização Mundial de Saúde – é um dos fatores que
justifica a necessidade dispensarmos atenção a esse público que será potencial
consumidor em um futuro próximo.
No mundo inteiro a estimativa é que a população idosa seja em média 21%
em 2050. Nos países com maior desenvolvimento esse percentual deverá atingir em
média 33% (OMS, 2004).
De acordo com o documento “Projeção da população do Brasil” publicado
pelo IBGE no ano de 2008 a expectativa de vida da população tem aumentado
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0,22% desde 1980 e deve atingir a média de 84 anos em 2050. O mesmo
documento apresenta aumento de 14% da população brasileira e queda de
fecundidade de 4 filhos em 1980 para 1,2 filhos por mulher em 2050.
No Brasil a população de idosos de acordo com o ultimo senso em 2007 é de
10,5 milhões de habitantes (IBGE, 2008), pouco mais de 5%, mas em 2050 a
previsão é que essa parcela da população brasileira represente em torno de 23%.
Um fator que deve ser considerado é o fato de que a sociedade não produz
muitos itens ligados diretamente à qualidade de vida de pessoas acima de 65 anos.
Em alguns casos a deficiência é tanta que os idosos desenvolvem os próprios
objetos que os auxiliam nas atividades diárias e suprem suas desvantagens físicas,
melhorando a execução das tarefas.
Locomover-se permite aos indivíduos experimentar as possibilidades e
estimula o desenvolvimento. Pessoas que possuem dificuldades de locomoção têm
medo de descobrir novos lugares e experiências, ficando “paralisadas para as
sensações do mundo” (MONTEIRO apud MUSSOLINI, 2007).
A pesquisa de domicilio do IBGE mostra que uma parte considerável dos
idosos vive distante da família, mais de 15% deles moram sozinhos (unipessoal) e
mais de 22% são casais sem filhos. Essas pessoas não possuem outra pessoa que
possam auxiliá-las diretamente em suas tarefas diárias e um meio de locomoçãoque os auxiliasse na locomoção e transporte de pequenas cargas pode ser bastante
útil.
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Apresentação da fundamentação teórica será exposta dividida em subtítulos
6.1 O PÚBLICO
"Pessoas idosas sempre existiram na história do mundo" (PASCHOAL apud
ARAUJO:2004). No final da década de 1980 se intensifica o movimento de
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valorização do idoso em virtude das análises demográficas (citadas anteriormente)
sobre o aumento percentual de pessoas com idade acima de 65 anos (VERAS &
CALDAS, 2004).
Segundo Boff (2001), o desenvolvimento do capitalismo moldou o modoocidental de ser e estar no mundo, e deu forma à nova ordem global.[...] Aciência impulsiona o processo do capitalismo global, como produto esustentáculo do desenvolvimento da sociedade moderna. Se, por um lado,muitos benefícios foram alcançados por intermédio do conhecimentocientífico, por outro, a ciência silenciou outras formas de saber. Nestecontexto, a tradição e a sabedoria dos anciãos perderam valor frente àpalavra da ciência. (VERAS & CALDAS, 2004).
A partir da década de 80 a velhice é um dos temas que ganhou mais
importância nos últimos anos e proliferam as iniciativas voltadas para seu
atendimento. As administrações públicas, os meios de comunicação, comunidades
religiosas e movimentos voltaram seus olhos para os idosos. Na ciência a
gerontologia e geriatria criaram um numero bastante grande de profissionais
voltados ao tratamento da velhice. Políticas de recursos humanos foram integradas
às empresas para oferecer aos trabalhadores uma mudança à condição inativa mais
adaptada. Aposentadoria passou a ser pensada, planejada e preparada por
indivíduos, governos e empresas e também tornou-se uma preocupação para o
estado. Entretanto propor um plano de aposentadoria é vista como um ato de
violência contra os trabalhadores com mais idade, sendo rejeitada enquanto poderiaser visto como um prêmio por tantos anos de trabalho. O envelhecimento também é
uma questão de peso para a economia, vida social e cultural da sociedade
contemporânea, mas a discussão é grande no campo teórico e com pouco
desenvolvimento prático apesar dos avanços dos últimos anos.
Isso ocorre por causa de uma idéia já massificada que valoriza
excessivamente a juventude. Não existe mais a figura do ancião, aquele individuo
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com muita sabedoria e conhecimento acumulado ao longo dos anos (MORAES &
BARROS, 2006).
As obras das autoras Simone de Beauvoir (1970), A velhice (marco do início
da discussão), Eneida Haddad, A ideologia da velhice (1986), e de Ecléa Bosi,
Lembranças de velhos (1987) impulsionam as ciências sociais e humanas a
discutirem a questão da velhice e a perda do valor social dos idosos que se
tornaram elementos descartáveis no capitalismo. Esse descarte se dá porque o
sistema capitalista valoriza a capacidade produtiva e desvaloriza o de outros valores
humanos, isto explica porque a produção não dá atenção a essa parcela da
população que se torna cada vez mais expressiva (VERAS & CALDAS, 2004).
Os mais idosos sentem dificuldades de se adaptar a nova condição chegando
muitas vezes a negá-la por causa da postura da sociedade de ver o idoso como
massa improdutiva (MORAES & BARROS, 2006) características da juventude:
empreendedor, arrojado e arrogante!velhice: sensação de perda de poder, o poder
esta nas mãos dos outros. readaptação ao fim do trabalho.
O crescimento do numero de idosos é uma questão bastante preocupante no
que diz respeito à previdência e a saúde pública. A organização mundial de saúde
na Primeira Conferência Mundial de Saúde em Ottawa, Canadá, produziu um
documento conhecido como “A Carta de Ottawa”, que define itens necessários paramelhorias na saúde pública. São somente 5 itens, apresentados abaixo:
1) elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
2) criação de ambientes favoráveis à saúde;
3) reforço da ação comunitária;
4) desenvolvimento de habilidades pessoais; e
5) reorientação do sistema e dos serviços de saúde.
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Essa carta demonstra uma preocupação com a qualidade de vida e com a
necessidade de criar ambientes e meios que permitam melhorias para os indivíduos
com todos os elementos que a sociedade elege como conforto e bem estar
(OMS,1986). O projeto de um ciclo para auxiliar pessoas idosas vai ao encontro às
necessidades apontadas na conferência.
Culturalmente o idoso é visto como acomodado e por conta desta carga
cultural muitos deles realmente se acomodam, e os problemas relacionados à saúde
aumentam em número e gravidade. A diminuição da força muscular que acontece ao
longo do tempo compromete a locomoção e diminui a coordenação motora. A
inclusão de atividade física na rotina diária desses indivíduos produz melhorias
nessas funções. Somente em alguns casos a coordenação motora é afetada pelo
desgaste das funções sensoriais4 “A pobreza de movimentos produz atrofia a
função motora” (DIAS & DUARTE, 2005).
6.2 COORDENAÇÃO MOTORA
A coordenação é o alicerce dos movimentos para que eles sejam eficientes e
contínuos e que exige bastante do sistema nervoso e uso de músculos certos no
tempo correto com intensidade certa e sem perda energética. Ao se referir ao uma
pessoa como descoordenada ou desajeitada é porque as ações motoras destas
pessoas não são eficientes ou adequadas. As ações psicomotoras ou
neuromusculares são necessárias a todos os movimentos que devem ser realizados.
Quanto menos energia é consumida na ação menor é a necessidade de oxigênio e
menor é a fadiga muscular (DIAS & DUARTE, 2005).
A coordenação trabalha com muitas combinações de movimentos que se não
forem executados pelo individuo o corpo tomará ações econômicas que farão o
4 Funções sensoriais: visão, audição, tato, olfato e paladar (DIAS & DUARTE, 2005).
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corpo dispensar partes importantes dos mecanismos utilizados no sistema motor e
dificultar o correto funcionamento da mobilidade. Se a pessoa não usa determinado
músculo, o corpo não irá mais investir energia e material para mantê-lo (DIAS &
DUARTE, 2005).
Quanto mais complexo for o movimento maior será a solicitação da
coordenação motora. A coordenação se desenvolve com a repetição consciente das
ações motoras e com o tempo mentalmente – por causa da repetição – esta ação
será transportada para os centros cerebrais secundários e tornando a ação
inconsciente aliviando o sistema primário do cérebro que responsável pelas ações
conscientes, chamado de córtex cerebral. Quanto mais desenvolvido for o
movimento maior será a precisão do mesmo e maior será a economia energética.
Com a chegada das idades mais avançadas há uma perda constante no
rendimento motor como consequência das mudanças que o corpo sofre
comprometendo a coordenação, podendo causar deterioração se não for
estimulada. Exercícios físicos regulares é uma forma de manter o funcionamento da
estrutura da coordenação motora porque melhoram a postura, resistência,
respiração, reflexos, tonicidade muscular e equilíbrio. Por isso é bastante
conveniente inserir atividades físicas na vida diária sem causar às pessoas idosas
mudanças muito bruscas em suas rotinas, buscando o mínimo de desconfortopossível (DIAS & DUARTE, 2005).
7 Ergonomia
Ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do meio ao homem,
respeitando a fisiologia e processos naturais humanos. O ser humano possui limites
que se não respeitado poderá acumular danos ao longo dos anos. A fadiga muscular
é um dos problemas causados pelo mau uso do corpo.
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A fadiga muscular é a redução de força provocada pela deficiência da
irrigação sanguínea no músculo. Ela é um processo irreversível que pode ser
superada após um período de descanso. Se houver deficiência de irrigação
sanguínea o oxigênio não chega em quantidade suficiente dentro do músculo
causando um acumulo de ácido lático e potássio (IIDA, 2005).
Para evitar a fadiga, a contração do músculo máxima pode ser mantida por
até 30 segundos e após esse período o indivíduo sentirá dores. A contração não
pode passar de 20% da contração máxima, porque pode causar dores intensas se
mantidas por mais de 30 segundos . Quando a atividade muscular é muito intensa o
ritmo de produção de ácido lático é maior que a capacidade do sistema circulatório
de removê-lo provocando assim um desequilíbrio (IIDA,2005).
Embora as conseqüências da fadiga não sejam totalmente conhecidas há
uma idéia razoável do que pode causar o excesso. O corpo exposto com o passar
do tempo tende a simplificar as tarefas diminuindo a precisão, velocidade, força e
coordenação dos movimentos e a fadiga agrava essa situação. As tarefas que
exigem esforços de carga sofrem um retardamento das respostas sensoriais
enfrentando irregularidades nas respostas (IIDA, 2005).
A resposta à fadiga é um fato individual, ou seja, cada pessoa possui um
limite, mas o ideal é respeitar os 20% do limite de contração muscular (IIDA, 2005).Além dessa marca o corpo estará acumulando danos e agravará o idoso provocando
danos ósteo-musculares. Por exemplo: os movimentos de flexão e extensão dos
cotovelos poderão ser solicitados para a tarefa, mas não deverão ultrapassar 20%
do movimento total, ou seja, se o movimento todo for uma flexão de 100 graus a
partir de 20 graus o corpo já irá acumular danos. O objeto que deverá possuir um
manejo de preferência grosso, o máximo possível para facilitar o uso sem exigir
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precisão que dependa de treino (IIDA, 2005). Para se projetar um objeto que
respeite os limites físicos é necessário ter em mãos dados que permitam o
desenvolvimento dos produtos com medidas corretas. É nesse momento é que
utilizamos a antropometria.
7.1.1 AntropometriaA antropometria trata as medidas físicas do corpo humano. Medir o corpo
humano é aparentemente fácil, mas torna-se mais complicado quando se trata de
medir uma população que contém os mais variados tipos,por isto existem técnicas
específicas, adequadas a esta tarefa. A necessidade de se obter medidas exatas da
população foi impulsionada pela produção de carros, a partir da década de 40.
Sempre que possível e economicamente viável as medições antropométricas devem
ser realizadas diretamente no publico alvo do produto, mas sempre tomando o
cuidado de obter uma amostra significativa da população. As medidas
antropométricas devem ser aplicadas nos objetos a favor do bem estar humano.
Os dados recolhidos nas tomadas de amostras são reunidos e compilados em
uma tabela chamada de “Tabela antropométrica”. A tabela antropométrica
apresentada para esse projeto contém os dados das tomadas de medidas feitas com
pessoas idosas e deverão ser utilizadas durante a produção da solução proposta.
Uma tabela antropométrica reúne dados de homens e mulheres, neste caso acima
de 65 anos, e a diferença entre a maior e da menor medida é fracionada em 20
partes, cada parte é chamada de percentil. Um percentil corresponde a 5% da
diferença entre maior e a menor medida e, portanto, a tabela segue de 0 a 100,
sendo que a medida 0 é a menor da tabela e a medida 100 a maior. Para uso
descarta-se a maior e a menor medida na produção de objetos porque essas
medidas representam uma parcela muito pequena da população. Em geral usa-se a
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medida 5 e 95 porque irá abranger a maior parcela da população, alguns autores
propõem também os percentis 10 e 90, mas essa restringe mais a parcela que
poderá usar os produtos. Os autores do livro “Las dimensiones humanas em los
espacios interiores”, livro este que possui uma vasta quantidade de dados reunidos
da população das Américas, aconselham o uso das medidas 5 e 95 percentil. De
acordo com essas recomendações é que foi criada a tabela abaixo com as
informações que serão utilizadas durante a geração das alternativas:
Tabela 1 Tabela Antropométrica
DESCRIÇÃOMAIOR MENORMED SEXO IDADE MED SEXO IDADE
Peso (kg) 96,6 M 65 a 75 43,1 F 75 ou +Altura (cm) 183,4 M 65 a 75 140,5 F 75 ou +altura assento-cabeça ereto (cm) 95,8 M 65 a 75 77,2 F 75 ou +altura assento-cabeça normal (cm) 91,4 M 65 a 75 68,8 F 75 ou +cotovelo-cotovelo (cm) 51,3 F 65 a 75 33,3 F 75 ou +quadril sentado (cm) 44,2 F 65 a 75 29,7 F 75 ou +cotovelo-assento (cm) 30,0 M 65 a 75 16,3 F 75 ou +altura da coxa sentado (cm) 17,5 F 65 a 75 10,1 F 75 ou +chão-coxa sentado (cm) 58,7 M 65 a 75 43,9 F 75 ou +chao-assento sentado (cm) 48,3 M 65 a 75 24,4 F 75 ou +calcanhar-poplíteo sentado (cm) 54,6 M 65 a 75 37,3 F 75 ou + joelho-popliteo sentado (cm) 63,2 M 65 a 75 47,0 F 75 ou +
Fonte: PANERO, Julius; ZENIK, Martin. Las dimensiones humanas em los espacios interiores: Estándares antropométricos.Naucalpan-Mexico, Editora Gustavo Gilli, 1996. 320p
É possível perceber pela tabela apresentada anteriormente que as diferenças
das medidas são bastante grandes. A altura maior é 183,4 cm e a menor 140,5 cm
sendo necessário pensar em possibilidades de ajustes para conseguir atingir opercentual desejado do público.
8 ESTÉTICA DO PRODUTO
Dos anos 1920 a 1950 nos Estados Unidos da América foi criado e
desenvolvido um estilo bastante singular o Streamline . Esse estilo surgiu por causa
da pesquisas com aeronaves na tentativa de reduzir os efeitos delas atrito com o ar
quando em movimento. A forma que começa como uma cunha, parecida com uma
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gota, se tornou muito usada na indústria automobilística porque também conferia
melhor desempenho aos carros. Referência ainda não achei
Por ser um princípio surgido na engenharia o estilo não envelheceu. As
formas dos automóveis e das aeronaves ainda continuam obedecendo as mesmas
regras de aerodinâmica, fazendo com que estas formas até hoje sejam agradáveis
aos olhos por serem ainda contemporâneas. Alguns produtos se tornaram clássicos
como a Locomotiva 20th Century produzida em 1937 e desenhada Henry Dreyfuss -
expoente nesse movimento e desenhado vários produtos com o estilo – que se
tornou uma imagem conhecida em vários locais do mundo, mesmo tendo sido
desenhada somente para a cidade de New York(FIELL, 2006).
Figura 1 Locomotiva 20th Century por Henry Dreyfuss, 1938
Fonte: site http://rebobine.wordpress.com/2008/09/16/design-by-henry-dreyfuss/
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Figura 2 Aspirador de pó por Henry Dreyfuss, 1935
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
Figura 3 Ferro de Passar da GE por Henry Dreyfuss, 1948
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
A empresa Airstream fundada por Wally Byam – designer – até hoje vive da
produção e venda de seus trailers feitos em alumínio, a primeira da série foi a
Bamby desenhada da década 1920 e até hoje está na linha de produção com a
ultima modificação no desenho tendo sido feita em 1961. A procura por esse produto
era tão grande que até durante a grande depressão dos anos 1930, provocada pela
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quebra da Bolsa de New York em 1929, a procura pelos trailers da Airstream era
muito maior que a oferta e era necessário ficar em uma fila de espera para adquirir
os produtos. Assim que acabou a segunda guerra mundial a empresa cresceu muito
e teve inclusive que ampliar o negócio construindo novas fábricas. O estilo não
ganhou muita força na época, no país, mas os produtos se tornaram objetos de
desejo. O público alvo deste projeto viveu em um período que Streamline era um
estilo recém chegado ao país. É relevante também lembrar que as linhas desse
estilo sempre permaneceram visíveis em produtos que possuam princípios de
aerodinâmica tais como: carros, motos, aviões, ventiladores, turbinas, etc., por esse
motivo ainda permanece jovial o uso dessas formas (FIELL, 2006).
Figura 4 Trailer Bambi da Airstream por Wally Byam , 1922
Fonte: http://www.airstream.com
Abaixo tem mais algumas imagens de objetos que são considerados
expoentes dentro desse movimento.
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Figura 5 Secador de cabelo Model 787 por Eskimo, 1935.
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
Figura 6 Ventilador Airflow por Robert Heller, 1937
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
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Figura 7 Luminária Model 114 por Walter Dorwin Teague, 1939
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
Figura 8 Fatiador de Alimentos por Egmonth H. Arens, 1942
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
A produção de produtos não permaneceu somente no período em que esteve
em seu auge. De tempos em tempos volta-se novamente para esse movimento para
remodelar produtos e “vesti-lo” de Streamline.
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Figura 9 Go Chair por Ross Lovegrove, 1999
Fonte: site http://www.egodesign.ca/en/article_print.php?article_id=85
Os produtos do período Streamline até hoje desperta desejo. Os aficionados
pelos trailers de Wally Byam participam de caravanas e encontros promovidos pelo
Club Internacional de Trailers que leva o nome do criador e é um prodígio
internacional com mais de 19.000 fãs – donos de trailers Airstream – cadastrados.
Muitos dos produtos desenhados durante esse período são comercializados com
sua forma e estilo original até a atualidade (FIELL, 2006).
As formas aerodinâmicas e coloração metalizada conferem aos produtos
aparência futurística, além de imprimirem sensação de movimento e velocidade. A
velocidade é um símbolo da juventude por causa de sua produtividade. Essas
características é que fazem do Streamline um estilo que deverá atingir público alvo
nascido na década de 1940 da maneira desejada.
9 MATERIAIS E PROCESSOS
Desde a Bauhaus a máxima “A forma segue a função” tem sido o lema dos
designers. Essa frase apresenta a forma como sendo somente usada de acordo com
sua função. A função tem dois focos principais, sendo o primeiro requisitos de
desempenho – isso inclui a visão, aceitação e adaptação do usuário – e o segundo o
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custo e processos de fabricação. A certa altura do processo o que se torna
determinante para a existência de um produto é a possibilidade dele ser fabricado.
Em resumo a ultima checagem de toda a criação de um novo produto é: é possível e
viável fabricá-lo (LESKO, 2004).
Um produto será feito de um material ou da junção de vários materiais e
certam
s e não ferrosos
ofixos
termofixos
fratários
9.1.1 MetaisO elemento metálico retirado da natureza normalmente esta agrupado em
propriedades
para fa
ente por isso o designer deve escolher esses materiais e os processos que
serão utilizados para unir esses materiais. Na criação de modelos ele se afasta do
processo verdadeiro de materialização dos produtos e a falta de compreensão deste
processo é possível que ele tenha dificuldades em entender o comportamento do
material no processo fabril (LESKO, 2004).
9.1 MATERIAIS
Metais: ferroso
Polímeros: termoplásticos e term
Borrachas/elastômeros: termoplásticos e
Outros materiais: carbono, vidro, cerâmica, metais re
Naturais: fibras
átomos iguais. De maneira geral, na indústria, são ligas metálicas. As ligas metálicas
são compostas por mais de um elemento químico. As propriedades mecânicas dos
metais são diferentes e de acordo com essas propriedades físicas ou mecânicas é
que eles são escolhidos para determinada aplicação (LESKO, 2004).
É conveniente conhecer as terminologias usadas para essas
cilitar a comunicação entre os envolvidos. Os termos são os mesmo usados
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pela engenharia e são divididos em propriedades mecânicas e propriedades físicas
(LESKO, 2004):
As propriedades mecânicas referem-se ao comportamento do material
quando aplicado uma força sobre ele, essas propriedades são:
Dureza: propriedade do material de suportar atrito com outro material sem ser
riscado;
Friabilidade: esta relacionado a fragilidade do objeto, que quando em atrito
com outro se rompe, despedaça;
Ductibilidade: propriedade que permite ao material se moldar com facilidade
sem se romper. É o oposto de friabilidade;
Compressão: é a medida da deformação do material quando aplicado uma
força sobre ele sem que haja rompimento;
Dobramento: a característica principal do dobramento é que há um
tensionamento da parte externa e compressão da parte interna;
Resistência ao cisalhamento: limite máximo de carga que um objeto suporta
sem que haja rompimento.;
Deformação: é a medida da alteração entre o tamanho antes de sofrer a ação
de uma força externa e após;
A propriedade que permite a um material retornar ao seu tamanho originalapós sofre a ação de uma força externa é chamada de comportamento elástico. Já o
comportamento plástico é quando o material se deforma e não retorna ao tamanho
original ganhando outra forma, a parte do material que mudou de forma é chamado
de deformação plástica;
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Resistência à tração: limite máximo de carga suportada pelo objeto antes que
ele se rompa. A força exata necessária para que ele se rompa é chamado de ponto
de ruptura;
Resistência ao escoamento: é o índice de atrito do material no estado liquido.
Alongamento percentual: é a percentagem da diferença de tamanho adquirida
após o material ser esticado. (LESKO, 2004)
As propriedades físicas são características próprias do material, sem ação
externa. Essas propriedades são difíceis de serem alteradas. Essas propriedades
são:
Opacidade/Transparência: trata-se da permeabilidade luminosa, ou seja, o
fato de permitir ou não que luz atravesse pelo material. O vidro é um exemplo de
material que permite que a luz o atravesse. Quanto maior a transparência menor é a
opacidade e vice-versa. O mais transparente permite que a luz o atravesse com
maior facilidade;
Densidade: é a medida definida quando dividimos o peso do material pelo seu
volume, essa medida também é conhecida como gravidade específica;
Condutividade elétrica: é a capacidade do material de transmitir a eletricidade;
Condutividade térmica: é a capacidade do material de transmitir o calor;
Expansão térmica:Magnético/não-magnético/ferromagnetismo:
Ponto de fusão:
Resistência à corrosão:
(LESKO, 2004)
9.1.2 Metais FerrososFerro fundido: cinzento, dúctil, branco, nodular, maleável.
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Aço
Aço carbono: fundido(A 0.25% C 0.70%Mn, A 0.30% C 1.00%Mn e A 0.25% C
1.25%Mn) e trabalhado (composição química, propriedades mecânicas, tratamento
térmico)
Aço liga: para tempera, para cementação, para nitretação.
Aço inox: fundido(austenítico, ferrítico, martensítico, endurecido), trabalhado.
Aço ferramenta: tipo W temperável, tipo S resistente ao impacto, tipo O A D
para trabalho a frio, tipo H para trabalho a quente, Aço rápido T (tungstênio) M
(molibdênio), tipo L baixa liga, tipo F carbono-tugstênio, tipo P para matrizes.
Aço resistência baixa liga: impróprio para conformação, formas estruturais.
Aços com resistência: aços de altar resistência temperados e revenidos, aços
com ultra-alta resistência, achoa de médio carbono, aço ferramenta, aço Maraging.
Super ligas: 601-604 marten-sílico baixa liga, 610-613 marten-sílico dureza
secundária, 614-610 cromo marten-sílico, 630-635 aço inox endurecido por
precipitação (semi-austenítico e marten-sílico), 650-653 superfície austenítica.
Metalurgia do pó(Fe): baixa densidade, alta densidade (frequentemente com
níquel ou molibdênio)
9.2 PROCESSOS
Os processos dentro das fabricas recebem os mais variados tipos de nomes –
inclusive comerciais – e aumentam a cada dia devido às pesquisas de engenharia
para melhorar o desempenho deles. Simplificadamente é possível agrupar alguns
métodos e a partir deles – ou junção deles – é que surgem os demais (LESKO,
2004):
Conformação: os materiais podem ser conformados no estado liquido, plástico
ou sólido (LESKO, 2004).
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Corte: os cortes podem ser feitos em chapas, com formação de cavacos, sem
formação de cavacos ou a laser/maçarico.
Junção/união: essas podem ser térmicas, adesivas ou mecânicas.
Serramento: conformação, abrasão/corte, recobrimentos.
9.2.1 Conformação no estado sólidoA conformação de metais no estado sólido apesar de exigirem equipamentos
especiais são processos de baixo custo e por isso bastante útil aos designers. As
chapas, tubos, arames e hastes são podem ser conformados com bastante
facilidade e trazer resultados bastante satisfatórios. Tubo possui seções ocas que
precisam de um apoio (equipamento: mandril) para que não aja rompimento, além
de possuir alguns limites de raios para sua curvatura. Um exemplo de objeto feito
com tubos de metal curvado é a cadeira Wassily que após a produção as curvas
deixadas por necessidade do material se tornaram uma marca do design do objeto
(LESKO, 2004).
Figura 10 Cadeira Wassily por Macel Breuer, 1927
Fonte: http://www.tokstok.com.br
10 METODOLOGIA
Alguns métodos foram elencados para chegar ao resultado desejado. A coletade dados iniciou com a revisão bibliográfica, mas deverá continuar através de
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pesquisas junto a profissionais relacionados à área de reabilitação de pessoas com
desvantagem na mobilidade e posteriormente com profissionais da área de
tecnologias. Abaixo segue os métodos que serão utilizados:
10.1 MAPA MENTAL
O termo mapa mental ou mapa conceitual é uma técnica de organização de
idéias e pensamentos relacionados a um assunto utilizando uma ordem semântica.
O mapa mental é um diagrama constituído de palavras ou gráficos, indicando as
relações –ligações – entre estes elementos, sendo possível observar de forma visual
essas analogias e suas conexões. Este mapa tem uma estrutura organizada de
forma hierárquica, mas é bastante maleável no que se refere à organização das
relações. A rede mundial de computadores é um grande exemplo dessa forma de
estruturar o pensamento pois usa as ligações – hiperlinks – para interligar os termos.
Esta rede de termos criada permite identificar o que está relacionado direta ou
indiretamente ao tema central, de acordo com o repertorio do criador do mapa, e
também nos mostra uma noção de todas as conexões que conseguimos fazer
mentalmente (LIMA, 2004).
Esse mapa pode ser criado utilizando estrutura em forma de teia,
hierarquizada ou linear, paisagem, tridimensional ou mandala, de acordo com a
necessidade e o objetivo a ser alcançado (LIMA, 2004).
No caso da estrutura teia o tema central é colocado em local de destaque no
diagrama (LIMA, 2004).
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Figura 11 Mapa mental estutura TEIA
Fonte: LIMA, 2004, pag. 137
Na estrutura hierárquica apresenta estrutura descendente conforme a ordem
de importância e de forma linear (LIMA, 2004).
Figura 12 Mapa mental estutura LINEAR
Fonte: LIMA, 2004, pag. 138
A estrutura conceitual organiza as informações de forma parecida com um
fluxograma e permite incluir novos itens (LIMA, 2004).
Figura 13 Mapa mental estutura CONCEITUAL
Fonte: LIMA, 2004, pag. 138
A estrutura em forma de paisagem e para casos em que apresente uma
imagem e tente localizar as idéias dentro dessa imagem (LIMA, 2004).
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Figura 14 Mapa mental estutura PAISAGEM
Fonte: LIMA, 2004, pag. 139
Mapa mental em três dimensões demonstra as idéias com a noção de
profundidade e utilizada quando os mapas planificados não são suficientes para
representar as idéias de forma eficaz (LIMA, 2004).
Figura 15 Mapa mental estutura TRIDIMENCIONAL
Fonte: LIMA, 2004, pag. 139
O mapa mental mandala é usado quando se fez necessário representar
formas no pensamento do usuário buscando foco de atenção (LIMA, 2004).
Figura 16 Mapa mental estutura MANDALA
O processo parte de um assunto ou palavra chave para se desenvolver de
acordo com a análise e pode ser usado para organizar textos, auxiliar no processo
de retenção de conhecimento, organizar informações de adquiridas em técnicas de
Brainstorm, identificar e fazer analogia entre idéias diferentes e organizar texto emhipertextos (LIMA, 2004).
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O mapa mental é bastante útil na fase inicial de um projeto pois nos permite
elencar itens componentes do assunto principal e que deverão ser investigados para
melhorar os resultados. Abaixo segue mapas mentais usados para definir temas a
serem pesquisados:
Figura 17 Mapa Mental da palavra IDOSO
Fonte: Própria autoria
Figura 18 Mapa Mental da palavra LOCOMOÇÃO
Fonte: Própria autoria
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Figura 19 Mapa Mental da palavra TRICICLO
Fonte: Própria autoria
10.2 GRUPO FOCAL
O grupo focal é uma técnica de coleta dados que permite obter informações
em torno do tema proposto de forma qualitativa. Através do grupo focal não se
obtém dados numéricos ou estatísticos, mas possibilitará reter as percepções das
pessoas que participarão da sessão. Nesse tipo de técnica uma pessoa conduz a
sessão lançando informações em torno do assunto central (CARLINI-
COTRIM,1996).
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Em geral os participantes do grupo possuem alguma ligação com o tema para
permitir a interação entre eles. A duração desse tipo de técnica é em torno de uma
hora e meia. A qualidade dos resultados depende das pessoas que foram
convidadas e da riqueza das relações criadas durante o debate. Os dados deverão
ser gravados ou anotados para que se tenha registro. Os questionários não
permitem chegar à mesma riqueza de informações porque já partem da experiência
do pesquisador, ou seja, o pesquisador só questionará algo que está dentro do seu
repertório e perderá a chance de descobrir novas formas de enxergar o problema
(CARLINI-COTRIM,1996).
De modo geral as pessoas ouvem opiniões antes de chegar a alguma
constatação e por isso o grupo focal pode ser bastante produtivo quando existe
interação entre os convidados. O pesquisador é o moderador do grupo e deverá
conduzir a sessão para que se possa chegar a um resultado desejado, mas não
pode inibir os participantes. O pesquisador deve seguir preferencialmente duas
recomendações para que o resultado tenha mais qualidade.:
1. Os integrantes não podem todos pertencer a um mesmo círculo de
convivência (trabalho, amizade, família, etc.) para não reduzir os
pontos de vista e maximizar a qualidade das relações de informações
combinadas.2. Os participantes não devem possuir posicionamentos radicais a cerca
do assunto para não criar um ambiente desconfortável para os demais
integrantes. Os integrantes não devem se sentirem inibidos. Entretanto
essa característica não pode impedir a busca de pessoas com visões
diferentes sobre o tema proposto(CARLINI-COTRIM,1996).
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Para o uso dessa técnica serão convidados profissionais ligados a áreas que
se relacionam com reabilitação de pessoas com dificuldades na mobilidade .
Para o grupo focal foram selecionadas algumas imagens de ciclos - maior
parte triciclos - para que os participantes pudessem fazer uma analise e também as
colocações que achassem necessárias, foram usadas 43 imagens que foram
apresentadas durante o decorrer da sessão.
Foi explanado que a idéia inicial o projeto é produzir um triciclo que pudesse
ter adaptações no futuro, seria a plataforma básica de um triciclo para idosos.
As imagens começaram a serem exibidas e as opiniões surgiram
naturalmente. Na tabela abaixo serão apresentadas as imagens em ordem
juntamente com o critério de escolha da imagem e os comentários tecidos pelo
grupo.
Tabela 2 Grupo FocalImagem Critério de escolha Comentários
Modelo no mercadobrasileiro, nesse modeloe feito uma adaptaçãona própria bicicleta.
O banco e guidão nãoestão funcionais. Obanco deve ser estilocadeira. Necessáriaspresilhas para os pés.Encaixe para pés emãos.
Possibilidade de fazerum triciclo com umpouco mais de confortopor causa da coberturae ainda levar maispessoas
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade
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Assento com posiçãodiferenciada e direçãonas laterais
A posição da pega doguidão em relação aobanco mais confortável.Necessidade de luvas
fixas ao guidão.
Possibilidade decarregar passageirospedalando atrás edireção diferenciada emforma de volante.
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
Pedal localizado a frente
da direção eposicionamento dobanco mais rebaixado epossibilidade demudança da forma dobanco.
Posição de conforto
pela própria ação dagravidade, mas não éinteressante a posiçãocom corpo inclinadopara frente.
Neste desenho ousuário fica quasedeitado no banco e tempossibilidade de usaruma cobertura
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
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Possibilidade detransporte de cargas edireção na roda traseira.
Indiferente o local ondeestará a carga
Transporte de cargas nadianteira e direçãodiferenciada.
idem
Escolha por causa do
banco e da direção emforma de volante
É de difícil
movimentação e o freiopedal não é tãointeressante.
A forma da troca demarchas com pega emforma de alavanca,transformando o manejode fino para grosso.
Interessante a pega demovimento grosso,movimento com osdedos são mais difíceis.É interessante que essatroca de marchas sejana lateral.
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Cesto grande paratransporte de cargas nadianteira.
O transporte da carga éindiferente.
Banco com encosto,estofamento e guidãomaior e mais aberto
É interessante essaidéia, porém o guidãofará com que a pessoatenha que erguer muitoos braços forçando osombros.
Usuário na posição
sentado com encostoreclinado, pedais àfrente e direção nalateral.
Tirando o fato de ser
uma bicicleta e dificultaro equilíbrio, essa opçãoé bastante interessante.
Modelo com transportede cargas na traseira,guidão acima e pedal nafrente da direção.
Não é legal que aspernas estejam acimado assento por causada flexão de quadril.Bancos muito próximosao chão vistosanteriormente tambémnão são aconselháveis.
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Quadriciclo com direçãona dianteira, transportede carga, acento emformato de cadeira e
carenagem em frentepedais.
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
Tração direta na rodadianteira e acento quasena altura dos pedais.
Posicionamento nãoaconselhado. Flexão dequadris e ombrosforcados.
Dois assentos com
cesto na frente
É interessante a
possibilidade de umpasseio, masposicionamento não éinteressante.
Mesmo tricicloapresentadoanteriormente, mas emângulo diferente parafacilitar a visualizaçãoda posição de pedalar.
Se tiver que ter umapessoa junto que sejaao lado. Pensar natransmissão.
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Tração por manivelas aoinvés de pedais edireção junto com asmanivelas
Adaptação para pcom muita dificuldadeequilíbrio.
essoasde
Visualmente muito feio.Necessário que hajamassessórios parapessoas com maisdeficiência para fazeradaptação, mas não naplanta geral porquedeve se pensar namaioria.
Mesma adaptação
acima, mas com cestopara transporte depequenas cargas.
idem
Outra forma de adaptaruma bicicleta parapessoas com dificuldademotoras.
idem
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Triciclo dirigido somentecom uma mão.
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
Outra forma deadaptação para pessoascom dificuldadesmotoras.
Comentários sobre otipo de local paratransporte de cargas.Uma opção que permitapegar objetos sem sairde cima do triciclo.
Outra maneira de
tracionar com as mãos eassento confortável comapoio para os braços
Considerar que o banco
é bastante interessante.A inclinação de 110º émuito mais confortável.
Forma diferenciada detransporte de cargas eposicionamento dospedais em relação àdireção.
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
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Modelo mais baixo ecom tração pormanivelas.
Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
Modelo com alturamediana.
Banco ainda está baixoo banco, tração nasmãos não éinteressante..
Cadeira com altura de
40 cm do chão e guidãoalto.
Guidão não é
interessante por causade problemas comombro. Ainda é baixo obanto. Na lateral é maisinteressante.
Quadriciclo com cadeirapara passageiros atrás.
Posicionamento ruim.Joelhos muitoflexionados. Muitopesado para pedalar.
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Adaptação para passearcom o cão eposicionamento dedireção, banco e pedais
Muito baixo.
Direção com as duasrodas na frente e vcom variaspossibilidades de pega emotor.
olanteInteressante o motorpara ajudar.
Cadeira de rodas
adaptada
Guidão bem próximo o
cotovelo é bastantevalido.
Quadriciclo com volantee assentoaparentementeconfortável.
Pesado. Descartada apossibilidade
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44
Modelo com direção porvaretas feita nas rodasdianteiras.
Bem próximo do ideal.
Direção através dasrodas traseiras comhastes laterais paraguiar.
Pode dar uma sde descordena
ensaçãocao.
Assento mais reclinado
e forma mais despojadapara passeios.
O pé não pode ser mais
alto que o quadril. Ainclinação do assento éinteressante.
Adaptação para traçãocom mãos ao invés depés. Modelos paracompetição.
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Modelo baixinho edobrável
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Modelo anterior dobrado Nenhum comentário.Descartada apossibilidade.
Modelo anterior em uso Nenhum comentário.
Descartada apossibilidade.
Modelo com direçãofeita com os pés,bastante baixo com ocorpo quase deitado
Não é interessanteporque exige muitaperícia com os pés.
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Modelo bastante robustoe com cobertura.
Pesado.
A primeira colocação do grupo foi quanto ao assento. Foi dito que o assento
deveria possui encosto - apoiando as costas - e melhor acomodação para os quadris
como uma cadeira. Seria ideal se pudesse haver opção de reclinar o assento
quando fosse requisitado de 90 a 110 ou 115 graus. De forma alguma poderá ser
utilizado debruçado para frente. A altura do assento deverá permitir que o idoso saia
com facilidade do triciclo, por isso a altura do assento não poderá exigir impulso para
levantar, ou seja, deverá estar a altura da cintura. Não deve ter flexão do quadril.É necessário acomodar melhor as mãos e foi citada uma luva – de
preferência antropomorfo – ou algo que pudesse deixar as mãos mais fixas. Quanto
às pedais também foi feito a mesma colocação.
A pega do guidão não pode ser tão distante e nem acima da linha dos
ombros.
Em caso de mudança a alavancas são uma possibilidade que não oferece
dificuldades, mas o ideal é que utilizassem de alguma forma as mãos já
posicionadas no guidão juntamente com o sistema de luvas. Nesse caso deveria
pensar em algo que permitisse que as pessoas com maior dificuldade motora nas
mãos pudessem ter auxilio dos movimentos dos ombros para fazer a troca da
marcha. Os movimentos não podem ser muito bruscos em relação ao
posicionamento.
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O idoso gosta de conversar, gosta de companhia e por isso é interessante
promover a integração entre as pessoas.
Há uma necessidade de possuir adaptações dependendo da das dificuldades
motoras do indivíduo, personalização. Guidão próximo do quadril pra fazer flexão de
cotovelo ao invés de ombro.
10.3 BRAINSTORM
Termo criado por Alex Osborne em 1953 sua tradução direta do inglês
significa tempestade de idéias. A técnica consiste na reunião de pessoas com um
líder para dar andamento ao e ritmo. No formato original o Brainstorm era feito com
cinco pessoas ligadas ao projeto e cinco convidados. Os convidados podem ser
especialistas ou pessoas que não tenham nenhuma ligação com o tema proposto
para fugir do modo de visão tradicional. O líder deve explanar qual é o problema e
devera colocar questões para dar andamento às sessões que deverão ser gravadas
ou feitas anotações sobre as idéias (BAXTER, 2000).
Esta técnica é composta de sete etapas:
1. Orientação: define-se o problema e suas limitações por escrito e
apresenta-o para os participantes. Permite restringir os resultados ou
deixá-los de forma mais ampla dependendo do que se espera do
grupo.
2. Preparação: nesta etapa são reunidos os dados relacionados ao tema
e outros itens necessários para apresentar aos participantes, tais
como: concorrentes, peças, componentes, materiais, processos ou
outros que julgar necessário.
3. Analise: deve-se julgar a orientação se esta totalmente de acordo com
a necessidade e verificar se é conveniente prosseguir.
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4. Ideação: é a aplicação do método propriamente dito, nesta fase o líder
é importante para direcionar, impulsionar e desviar a atenção de idéias
não relevantes para o momento.
5. Incubação: normalmente as idéias param de surgir durante o processo.
Nesse momento é conveniente dar uma pausa para o afastamento do
problema por um período de um dia ou mais e depois do período de
relaxamento pode surgir novas idéias.
6. Síntese: analise das propostas agrupando partes para chegar à
solução.
7. Avaliação: escolha das idéias com base nas definições da orientação
(BAXTER, 2000).
Não há rigidez para que se siga todas as etapas e é permitido suprimir
algumas ou fundi-las conforme o problema. Há casos de se retornar às etapas
anteriores para fazer melhorias. Três pontos são importantes a serem elencados no
uso dessa metodologia:
• A qualidade da preparação é que definirá o nível das idéias. É
importante ter membros do grupo com familiaridade com o tema
proposto. As idéias de leigos são importantes para ter resultados que
extrapolem o convencional.
• A liberdade de pensamento permitirá ter maior numero de idéias, por
isso não convém avaliar as idéias antes durante a etapa de Ideação.
Há uma etapa específica para isso. Somente registre-as e depois
avalie. Porém é necessário não deixar que o foco não fuja muito da
definição. Considerando que esse processo de criação não é linear é
necessário limitar para ter boas idéias.
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• O tempo de incubação é necessário e o mesmo deve ser de pelo
menos um dia para que o participante possa se desconectar do tema
para que a mente realinhe as idéias (BAXTER, 2000).
Para o Brainstorm quanto maior a quantidade de idéias melhor. Por isso
consegue-se uma grande quantidade de idéias em sessões de poucas horas. As
primeiras idéias são mais próximas do convencional e as realmente mais criativas
chegam no final quando os participantes já realinharam suas idéias e as
reagruparam de acordo com as demais ouvidas. Essa técnica é bastante útil para
que se possam buscar soluções diferenciadas e criativas (BAXTER, 2000).
O Brainstorm foi executado no dia 28 de março de 2010 com 7 participantes
de diversas áreas (2 designers, 1 administrador, 1 pedagogo, 2 chefes de cozinha,
um cabeleireiro) e algumas das idéias foram aproveitadas na geração das
alternativas, mas a técnica com essa composição não se mostrou muito eficiente
pois não foi possível apresentar aos integrantes todas as nuances para desenvolver
um triciclo específico para idosos. As alternativas geradas serão apresentadas a
seguir:
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