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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 FORTISSIMO Nº 12 2017 06 JUL 07 JUL VOCÊ ESTÁ AQUI Allegro Vivace

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F O R T I S S I M O N º 1 2 2017

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VOCÊ E S T Á AQUI

AllegroVivace

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LINHA DO TEMPO — 6 de 12 Em cada programa de concerto das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce você encontra um pedacinho da nossa história. No fim do ano, teremos relembrado nosso percurso até a décima temporada.

2012

1º mar 17 jul

7 ago 30 ago

16 ago 23 dez

29 nov24 nov

26 a 31 out

4 e 5 out

Turnê InternacionalFora do Brasil pela primeira vez, a Filarmônica realizou cinco concertos na Argentina e no Uruguai, três deles nos lendários teatros Colón (foto) e Solís. Dirigida por Fabio Mechetti, teve

a companhia de Antonio Meneses e seu violoncelo. A crítica e o exigente público dos dois países receberam a Orquestra

com entusiasmo, ao som de Carlos Gomes, Dvorák e Tchaikovsky.

50º Festival Villa-LobosA Filarmônica interpretou quatro obras de Villa-Lobos neste Festival. Entre elas, a Suíte para piano e orquestra com solo de Sônia Rubinsky. Orquestra e solista já haviam feito juntos, em Belo Horizonte, a segunda apresentação integral da Suíte, noventa anos depois de sua estreia.

(...) este conjunto é um autêntico milagre em que se combinam

a precisão e disciplina das melhores

orquestras europeias com a expressividade e o fogo dos músicos latino-americanos..

MARGARITA POLLINI,

ÁMBITO FINANCIERO,

BUENOS AIRES, 2012

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Primeira gravação para a NaxosA Filarmônica iniciou a gravação de The Guitar Manuscripts, sua estreia no selo Naxos. Com obras de Villa-Lobos, regência de Fabio Mechetti e Andrea Bissoli ao violão, os três CDs foram lançados em 2013, 2014 e 2015.

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Andrea Bissoli

The Italian guitarist AndreaBissoli had his first lessonswith his brothers, laterstudying with GiuseppeMaderni. When he wasthirteen he gave his firstrecital in his hometown,performing Villa-Lobos’ CinqPréludes, later adding to hisrepertoire works by Turina,Albéniz and several of Villa-Lobos’ Études, performancesof which won him prizes atcompetitions for youngmusicians. At fourteen heretired from competitions tostudy with Stefano Grondonaat the Conservatorio ‘ArrigoPedrollo’ in Vicenza. Aftergraduating with full marksfrom high school, he turnedto musical studies, graduating

and then completing a postgraduate course at the Vicenza Conservatory, once again with honours. He studied with LauraMondiello, Paul Galbraith, Oscar Ghiglia and Alirio Díaz, and has won awards at several guitar competitions in hisnative Italy, including the Premio Città di Parma, Premio Nazionale delle Arti, Città di Voghera, Città di Arezzo,A.GI.MUS. and Rocco Peruggini. He has played as a soloist in Italy and Brazil. In 2006 he started the guitar duo PhèdreAdroit with Federica Artuso. They have studied baroque music with Monica Huggett and Sigiswald Kuijken, and alsoplay nineteenth-century music on two period instruments labelled ‘Petitjean’. Their repertoire also includes an all-Villa-Lobos programme of unpublished transcriptions for two guitars made by Andrea Bissoli. He has studied the works ofVilla-Lobos for some seven years, and has written articles for Il Fronimo. He plays a J. Vincenti guitar, currently strungwith New Nylgut strings by Aquila.

www.andreabissoli.com

To Mario and Giovanna, my parents.With thanks to Marcelo Rodolfo, Jacques Vincenti, don Agostino Zenere,

Stefano Grondona, Marco Di Pasquale and Umberto D’Arpa.

Photo: Marcio Monteiro

VILLA-LOBOSThe GuitarManuscripts • 1Guitar ConcertoValse-ChoroFloresta do Amazonas

Andrea Bissoli, GuitarSerafini • Artuso • BraitSchola San Rocco ChorusFrancesco ErleMinas GeraisPhilharmonic OrchestraFabio Mechetti

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Andrea Bissoli

The Italian guitarist Andrea Bissoli had his first lessonswith his brothers, later studying with Giuseppe Maderni.When he was thirteen he gave his first recital in hishometown, performing Villa-Lobos’s Cinq Préludes, lateradding to his repertoire works by Turina, Albéniz andseveral of Villa-Lobos’s Études, performances of whichwon him prizes at competitions for young musicians. Atfourteen he retired from competitions to study with StefanoGrondona at the Conservatorio ‘Arrigo Pedrollo’ inVicenza. After graduating with full marks from high school,he turned to musical studies, graduating and thencompleting a postgraduate course at the VicenzaConservatory, once again cum laude. He studied withLaura Mondiello, Paul Galbraith, Alirio Díaz and OscarGhiglia, and has won awards at several guitarcompetitions in his native Italy. In 2006 he started theguitar duo Phèdre Adroit with Federica Artuso. They havestudied baroque music with Monica Huggett and SigiswaldKuijken, and also play nineteenth-century music on twoperiod instruments labelled ‘Petitjean’. Their repertoirealso includes an all-Villa-Lobos programme of unpublishedtranscriptions for two guitars made by Andrea Bissoli.Andrea Bissoli plays a J. Vincenti guitar, currently strungwith New Nylgut strings by Aquila.

www.andreabissoli.com

To Federica.With thanks to Marcelo Rodolfo, Jacques Vincenti, don Agostino Zenere, Stefano Grondona,

Marco Di Pasquale, Michele Brugnaro and Federico Zandonà

Photo: Marcio Monteiro

VILLA-LOBOSThe Guitar Manuscripts • 2

Valsa Concerto No. 2 • Introdução aos Choros • Canção do Amor

Andrea Bissoli, GuitarGabriella Pace, Soprano • Ensemble Musagete

Minas Gerais Philharmonic Orchestra • Fabio Mechetti

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Also available in this series

VILLA-LOBOSThe GuitarManuscripts • 3TarantelaDouze Études (1928)Fourteen folksongarrangements from Guia práticoO papagaio do moleque

Andrea Bissoli, GuitarEnsemble CirandinhaMinas GeraisPhilharmonic OrchestraFabio Mechetti

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A música sinfônica na TV

Em dez programas, a Filarmônica levou ao grande

público histórias sobre obras marcantes do repertório.

Apresentados pelo maestro Fabio Mechetti e com a

participação de convidados, os Concertos Filarmônica foram

transmitidos pela Rede Minas entre 21 de outubro e

23 de dezembro.

Repertório ampliadoO público ficou eufórico com a diversidade deste

concerto da série Allegro. Conduzida pelo regente convidado Carlos Miguel Prieto, a Orquestra

percorreu o Nacionalismo mexicano de Revueltas e de Moncayo, explodindo na originalidade do

norte-americano Russel Peck em The Glory and the grandeur. Solo dos percussionistas Daniel Lemos,

Sérgio Alluoto e Werner Silveira.

Igor Stravinsky. Cada um, em suas

estéticas distintas e particulares,

reflete de forma magistral a

integridade do mito de Orfeu.

Recebemos pela primeira vez

em Belo Horizonte o violinista

Sasha Rozhdestvensky, executando

aquele que talvez seja o concerto

para violino mais admirado por

músicos e o público em geral:

o de Tchaikovsky. Toda a vitalidade,

energia, lirismo e virtuosismo

utilizados neste Concerto provam,

assim como a lira de Orfeu, a

importância da Música enquanto

antídoto às fúrias encontradas

na vida cotidiana.

O grande poeta mineiro Carlos

Drummond de Andrade nos ajuda a

compreender essa força ao dizer:

“A dança já não soa,a música deixou de ser palavra,o cântico se alongou do movimento. Orfeu, dividido, anda à procura dessa unidade áurea, que perdemos.”

E mais:“A música se embala no possível, no finito redondo, em que se crispa uma agonia moderna.”

Viva Orfeu, viva a Música.

A força consoladora e transformadora

da música já era reconhecida desde a

Antiguidade. Aristóteles a considerava

agente modelador da mente e da

alma, enquanto Platão reconhecia

sua profunda utilidade na formação

do indivíduo. Essa força abstrata e ao

mesmo tempo tangível do poder da

música é exemplificada universalmente

na estória de Orfeu, que, com sua lira,

domou as fúrias e resgatou do reino

dos mortos sua amada Eurídice.

Interessante neste concerto é sentir

como a mesma lenda influencia dois

grandes compositores da história da

música: o plácido poema sinfônico de

Franz Liszt e o contrastante balé de

Caros amigos e amigas,

F A B I O M E C H E T T IDiretor Artístico e Regente Titular

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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico

e Regente Titular da Orquestra Filarmônica

de Minas Gerais, sendo responsável pela

implementação de um dos projetos mais bem-

sucedidos no cenário musical brasileiro. Com

seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra

mineira nos cenários nacional e internacional

e conquistou vários prêmios. Com ela,

realizou turnês pelo Uruguai e Argentina

e realizou gravações para o selo Naxos.

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu

recentemente como Regente Principal

da Orquestra Filarmônica da Malásia,

tornando-se o primeiro regente brasileiro a

ser titular de uma orquestra asiática. Depois

de quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos,

atualmente é seu Regente Titular Emérito.

Foi também Regente Titular da Sinfônica

de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Nacional de Washington e com ela dirigiu

concertos no Kennedy Center e no Capitólio

norte-americano. Da Orquestra Sinfônica

de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de

Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica

de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras

orquestras norte-americanas, como as de

Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix,

Columbus, entre outras. É convidado

frequente dos festivais de verão nos

Estados Unidos, entre eles os de Grant Park

em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México,

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as

orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo

e Hiroshima. Regeu também a Orquestra

Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra

da Rádio e TV Espanhola em Madrid,

a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia,

e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência

Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige

regularmente na Escandinávia, particularmente

a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de

Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua

estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica

de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra

Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com

a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica

Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras

de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com

artistas como Alicia de Larrocha, Thomas

Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori,

Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Igualmente aclamado como regente de

ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo

a Ópera de Washington. No seu repertório

destacam-se produções de Tosca, Turandot,

Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte,

La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro

de Sevilha, La Traviata e Otello.

Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado

em Regência e em Composição pela

prestigiosa Juilliard School de Nova York.

Fabio MechettiD I R E T O R A R T Í S T I C O E R E G E N T E T I T U L A R

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FABIO MECHETTI , regente

SASHA ROZHDESTVENSKY , violino

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Concerto para violino em Ré maior, op. 35 • Allegro moderato

• Canzonetta: Andante

• Finale: Allegro vivacissimo

programa

06 e 07 / JULAllegro e Vivace

intervalo

I G O R S T R A V I N S K Y

*

*Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam

Orfeu

Orfeu – Balé em três cenas

CENA 1Lento sostenutoAir de danse: Andante con motoDance of the angel of death: L’istesso Interlude

CENA 2Pas des furies: AgitatoAir de danse (Orphée): GraveInterludeAir de danse (conclusion): L’istesso tempo Pas d’action: Andantino leggiadroPas-de-deux: Andante sostenutoInterlude: Moderato assaiPas d’action: Vivace

CENA 3Lento sostenuto

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Sasha Rozhdestvensky é considerado

um dos melhores violinistas russos da

atualidade, reconhecido por Yehudi

Menuhin como “um dos mais talentosos

e refinados de sua geração”.

Ele já se apresentou internacionalmente com

orquestras de renome, como a do Estado

Bávaro, Sinfônica de Boston, de Câmara

da Europa, Filarmônica da Rádio da França,

Filarmônica de Israel, Sinfônica de Londres, do

Teatro La Scala, Mariinsky, Filarmônica Real,

Tonhalle de Zurique e Sinfônica de Sydney.

Entre os maestros com quem trabalhou

figuram Vladimir Ashkenazy, Andrey Boreyko,

Jean Claude Casadesus, Valery Gergiev,

Theodor Guschlbauer, Vernon Handley,

Louis Langree, Jacques Mercier, Gennady

Rozhdestvensky, Gerard Schwartz, Yuri

Simonov e Christopher Warren-Green.

Na música de câmara, é parceiro de David

Geringas, Marc Coppey, Gary Hoffman, Nobuko

Imai, Steven Isserlis, Josiane Marfurt, Jeremy

Menuhin, Kun Woo Paik, Michel Portal, Viktoria

Postnikova, Michael Rudy e Andrei Vieru.

Sasha estreou o Concerto Grosso nº 6 de

Alfred Schnittke – escrito para ele e Viktoria

Postnikova – e o gravou com a Filarmônica

Real de Estocolmo (Chandos). Posteriormente

gravou o Concerto para violino nº 1 de

Shostakovich e o Concerto de Glazunov com

o maestro Gennady Rozhdestvensky e a State

Symphony Capella of Russia (Nimbus). Com

Josiane Marfurt gravou as obras completas de

Tchaikovsky para violino e piano (Delos)

e as obras completas de Ravel para

violino de câmara (Praga Digitals), álbum

que recebeu o prêmio Choc de Classica.

Com Jeremy Menuhin gravou as obras

completas de Shostakovich para

violino e piano (First Hand).

O artista participou de importantes festivais,

incluindo o BBC Proms, Tanglewood,

Schleswig-Holstein, Gstaad, Istambul,

Ravinia, Flórida, Taormina, Lockenhaus,

Montreux e Rheingau. Sempre com grande

aclamação, apresentou-se nas principais

salas do mundo, entre elas o Carnegie Hall,

Royal Albert Hall, Barbican e Festival Hall,

Concertgebouw, Philharmonie, Suntory Hall,

Salle Pleyel, Mann Auditorium e La Scala.

Por sua dedicação à música contemporânea,

Sasha mantém estreito contato com

compositores como Alfred Schnittke, Sofia

Gubaidulina e Giya Kancheli. Ele também se

dedica à música latino-americana tradicional,

em especial com o grupo instrumental

Ambar, e integra o Paris Gotan Trio.

Sasha estudou na Escola Central de

Música de Moscou, no Conservatório de

Moscou, no Conservatório de Paris e no

Royal College of Music, em Londres,

com Felix Andrievsky, Zinaida Gilels,

Maya Glezarova e Gerard Poulet. Atualmente,

é professor no Royal College of Music e na

Haute École de Musique de Genebra. Desde

2010 é embaixador da Stradivarius Society.

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S A S H A R O Z H D E S T V E N S K Y

O mito de Orfeu

Trata-se de uma personagem lendária, possivelmente de origem trácia. Era filho de Calíope, a mais importante das nove Musas e do rei Eagro (Apolo). Orfeu era poeta, músico e cantor célebre, o verdadeiro criador da teologia pagã. Sua maestria na cítara e a suavidade de sua voz eram tais que os animais selvagens o seguiam, as árvores inclinavam suas copadas para ouvi-lo e os homens mais coléricos sentiam-se penetrados de ternura e de bondade.

O que importa é que Orfeu é um herói muito antigo, pois já o encontramos na expedição dos Argonautas. Sua existência era tão real para o povo que, em Anfissa, na Lócrida, se lhe venerava a cabeça como verdadeira relíquia. Educador da humanidade, conduziu os trácios da selvageria para a civilização. Iniciado nos mistérios, completou sua formação religiosa e filosófica viajando pelo mundo.

Ao regressar da expedição dos Argonautas, casou-se com a ninfa Eurídice, a quem amava profundamente, considerando-a como dimidium animae eius, como se ela fora a metade de sua alma. Acontece que, um dia, o apicultor Aristeu tentou violar a esposa do

cantor da Trácia. Eurídice, ao fugir de seu perseguidor, pisou numa serpente, que a picou, causando-lhe a morte. Inconformado com a perda da esposa, o grande vate resolveu descer às trevas do Hades, para trazê-la de volta.

Orfeu, com sua cítara e sua voz divina, encantou de tal forma o mundo ctônio que Plutão e Perséfone concordaram em devolver-lhe a esposa. Impuseram-lhe, todavia, uma condição extremamente difícil: ele seguiria à frente e ela lhe acompanharia os passos, mas, enquanto caminhassem pelas trevas infernais, ouvisse o que ouvisse, pensasse o que pensasse, Orfeu não poderia olhar para trás, enquanto o casal não transpusesse os limites do império das sombras. O poeta aceitou a imposição e estava quase alcançando a luz, quando uma terrível dúvida lhe assaltou o espírito: e se não estivesse atrás dele a sua amada? E se os deuses do Hades o tivessem enganado? Mordido pela impaciência, pela incerteza, pelo grande desejo da presença de uma ausência, o cantor olhou para trás, transgredindo a ordem dos soberanos das trevas. Ao voltar-se, viu Eurídice, que se esvaiu para sempre numa sombra, “morrendo pela segunda vez ...”.

MOACYR LATERZA FILHO Pianista

e cravista, Doutor em Literaturas de

Língua Portuguesa, professor da

Universidade do Estado de Minas Gerais

e da Fundação de Educação Artística.

Inconsolável e sem poder esquecer a esposa, fiel a seu amor, Orfeu passou a repelir todas as mulheres da Trácia. As Mênades, ultrajadas por sua fidelidade à memória da esposa, fizeram-no em pedaços. Seus restos e a cabeça foram lançados no rio Hebro. Ao rolar da cabeça pelo rio abaixo, os lábios de Orfeu chamavam por Eurídice, e o nome da amada era repetido pelo eco nas duas margens do rio.

Se a lira do poeta, que após longos incidentes, foi parar na ilha de Lesbos, berço principal da poesia lírica da Hélade, a psiquê do cantor foi elevada aos Campos Elísios, aqui no caso sinônimo de Ilha dos Bem-Aventurados ou do próprio Olimpo, onde, revestido de longas vestes brancas, Orfeu canta para os imortais.

Síntese da introdução do capítulo V do livro Mitologia grega, volume II, Editora Vozes, 1987. Seu autor, Junito de Souza Brandão (Rio de Janeiro, 1924-1995), foi um professor e grande classicista brasileiro, especialista em mitologia grega e latina, autor de várias obras nessas temáticas.

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F R A N Z L I S Z TOrfeu

Dos treze poemas sinfônicos compostos

por Franz Liszt, Orfeu é o quarto,

considerando-se a ordem cronológica

em que foram criados (as primeiras

publicações apresentam uma ordem

um pouco diferente). No entanto,

desse total depreende-se um subgrupo

de quatro obras que poderiam ser

definidas como esboços de personagens:

são elas Tasso, Prometeu, Mazeppa

e Orfeu. Essas quatro peças trazem

um diferencial em relação à proposta

fundamental do poema sinfônico:

os programas em que se baseiam não

se vinculam a um esquema narrativo

linear, mas à interpretação de aspectos

psicológicos, sociais, morais ou éticos

que essas personagens literárias ou

mitológicas condensam e representam.

Em prefácio à partitura de Orfeu,

Liszt menciona a sua contemplação

de um vaso etrusco, em que a figura

de Orfeu, segurando sua lira, aparece

como o espírito civilizador da

humanidade. O fato de Liszt ter ou

não, de fato, visto esse vaso é menos

relevante do que a associação dessa

interpretação particular do mito

de Orfeu à que dele faz, em 1829,

Pierre-Simon Ballanche (escritor e

filósofo francês, 1776-1847). Em sua

obra, homônima à de Liszt, Ballanche

trabalha o mito de Orfeu como símbolo

e guia da trajetória da humanidade

em direção à era moderna, através

das leis e da organização social.

Composto entre 1853 e 1854, o Orfeu

de Liszt foi estreado em Weimar, em

fevereiro desse último ano, e conduzido

pelo próprio compositor. Sua estreia

figurou como uma introdução à primeira

performance da ópera Orfeu e Eurídice,

de Gluck, naquela cidade. Tal evento foi

parte das celebrações do aniversário da

Grã-Duquesa de Weimar, Maria Pavlova,

que era grande apoiadora de Liszt.

O que há de primeiramente notável

na obra de Liszt é sem dúvida a

instrumentação, que evoca abertamente

o mito de Orfeu. Já de saída, antes da

apresentação do primeiro tema pelas

cordas, um breve diálogo entre trompa

e harpa abre a cena, descortinando a

figura central da obra. A harpa ocupa

aí lugar de destaque, não exatamente

como solista, mas como colorido

especial, cuidadosamente inserido,

pelo seu aspecto simbólico, na

proposta temática do poema sinfônico.

Na estrutura, Liszt opta aqui pela forma

sonata, que trabalha com bastante

liberdade. Quanto ao caráter, a obra

é surpreendente, por dois aspectos:

em primeiro lugar, ao contrário da

maior parte de seus poemas sinfônicos,

o Orfeu de Liszt se apresenta muito mais

contemplativo. Daí, talvez, a escolha

por dar voz a diversos instrumentos

solistas, que despontam do corpo

orquestral. Em segundo lugar, talvez

mesmo por isso, talvez pelo tratamento

harmônico, com sutis cromatismos,

talvez por certas particularidades

da orquestração, o Orfeu de Liszt

lembra-nos abertamente certos trechos

futuros de um Wagner, como o de

Parsifal (1882) e do Tristão (1859).

Ainda visceralmente romântico,

o Liszt que se apresenta aqui já faz

antever uma estética que, posterior

à sua, iria transformar todo o

caminho da música no Ocidente.

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas.

EDITORA Edwin F. Kalmus & Co.

PARA OUVIR CD Richard Strauss – Ein Heldenleben; Franz Liszt – Orpheus; Psalm 13 – Royal Philharmonic Orchestra – Beecham Choral Society – Sir Thomas Beecham, regente – EMI Studio DRM – 1993

PARA ASSISTIR Royal Concertgebouw Orchestra – Daniele Gatti, regente (a partir de 17min50s) Acesse: fil.mg/lorfeu

PARA LER Ernst Burger – Franz Liszt: a chronicle of his life in pictures and documents – Princeton University Press – 1989

MOACYR LATERZA FILHO Pianista

e cravista, Doutor em Literaturas de

Língua Portuguesa, professor da

Universidade do Estado de Minas Gerais

e da Fundação de Educação Artística.

1853/1854Raiding, Hungria, atual Áustria, 1811 Bayreuth, Alemanha, 1886

13 min

I G O R S T R A V I N S K YOrfeu – Balé em três cenas

Grosso modo, divide-se a obra de

Stravinsky em três grandes períodos.

O primeiro, a fase russa, vai de 1907

até 1919. São dessa era as suas

obras mais significativas e mais

determinantes para as gerações que

o seguiriam. Curiosamente, a maior

parte delas foi composta para balé:

O Pássaro de Fogo (1910), Petrushka

(1911) e A Sagração da Primavera (1913).

A segunda fase, neoclássica, que vai

de 1920 a 1954, também gerou obras

importantes, como a Sinfonia dos Salmos

(1930) e a ópera The Rake’s Progress

(1951), ainda fundamentais para a

formação de uma nova consciência na

mentalidade musical contemporânea.

No terceiro período, a fase serial,

que vai de 1954 a 1968, ele revisita

e discute o serialismo proposto por

Schoenberg, abrindo-lhe alternativas

e ampliando-lhe as perspectivas.

Nascem, dessa fase, obras de um

expressionismo tardio, mas ainda assim

impressionante, como Agon (1957).

O fato é que, se as suas obras da

primeira fase ajudaram a espanar de

vez o pó de um sistema musical já

caduco, escancarando as portas da

modernidade, a sua música dedicada

ao balé percorre as três fases e,

portanto, forma parte importante de seu

processo criativo, durante toda a vida.

Essa tendência interdisciplinar, tão

moderna, deveria, por certo, ser mais

bem investigada na obra de Stravinsky.

Orfeu pertence à segunda fase. Em 1939,

o compositor havia deixado a França

para se estabelecer definitivamente nos

Estados Unidos. Pouco tempo depois ele

assenta residência em Hollywood e, na

cidade de Los Angeles, passa a maior

parte do final de sua vida. Em 1945

se naturaliza cidadão estadunidense.

Se a guinada neoclássica – e depois

serial – de Stravinsky responde a uma

demanda do público norte-americano

é um fato ainda a se discutir. O fato

é que ela começa bem antes de sua

mudança para a América. Em Orfeu,

porém, composto em 1947, já se

encontra um Stravinsky plenamente

engajado em tendências estéticas bem

diferentes daquelas da Sagração.

A música de Orfeu foi encomendada

a Stravinsky pelo coreógrafo George

Balanchine, para a sua então recém-

fundada companhia de dança. O balé foi

estreado em Nova York, sob a regência

do próprio Stravinsky, em abril de

1948. O espetáculo valeu a Balanchine

o convite para se estabelecer em

Nova York. Sua companhia de dança se

tornaria, então, o New York City Ballet.

Engana-se quem espera ouvir de um

Stravinsky neoclássico o retorno à

sonoridade do passado. As conquistas

que ele mesmo alcançou, desde

o início, mantêm-se, ainda que

atenuadas. O que se vê em Orfeu é

um Stravinsky livre para usar tanto

da dissonância, agora liberta, como de

sonoridades consonantes. A métrica

e a orquestração de Orfeu são ele

próprio. As alusões ao mito grego,

como o uso da harpa, não passam

de evocações, ou de uma proposta

seriamente interdisciplinar. Stravinsky

é um homem do século XX e pertence à

modernidade, mesmo quando resolve

voltar seus olhos para o passado.

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 trombones, tímpanos, harpa, cordas.

EDITORA Boosey & Hawkes

PARA OUVIR CD Stravinsky – Le Baiser de la Fée; Orpheus – London Symphony Orchestra – Robert Craft, regente – Koch International Classics – 1996

PARA ASSISTIR Orchestra I Pomeriggi Musicali – Stanislav Kochanovsky, regente Acesse: fil.mg/sorfeu

PARA LER Eric Walter White – Stravinsky: the composer and his works – University of California Press – 1985

PARA VISITAR www.fondation-igor-stravinsky.org

1947

30 min

Oranienbaum, atual Lomonosov, Rússia, 1882 Nova York, Estados Unidos, 1971

MOACYR LATERZA FILHO Pianista

e cravista, Doutor em Literaturas de

Língua Portuguesa, professor da

Universidade do Estado de Minas Gerais

e da Fundação de Educação Artística.

Última apresentação desta obra — 25 ago 2011Fabio Mechetti, regente | Joshua Bell, violino

P I O T R I L I T C HT C H A I K O V S K YConcerto para violino em Ré maior, op. 35

Aos trinta e sete anos, após uma

união desastrada com sua aluna

Antonina Miliukova, Tchaikovsky

se refugiara no balneário suíço de

Clarens, à beira do Lago de Genebra,

pois precisava recuperar-se do colapso

nervoso causado por esse casamento

que durara apenas seis semanas.

A estada em Clarens parece ter-lhe

feito muito bem. Nos seis meses em

que lá esteve compôs algumas de suas

obras mais importantes: a Sinfonia nº 4,

a ópera Eugene Onegin e o Concerto

para violino e orquestra. Em Clarens

Tchaikovsky também recebeu a visita

de um antigo aluno, o violinista

Yosif Kotek, que lhe deu a assessoria

técnica que necessitava para escrever

o Concerto. Composto em apenas um

mês, é ainda hoje considerado um

dos concertos mais belos e difíceis

jamais escritos para o violino.

Tchaikovsky inicialmente dedicou o

Concerto ao violinista Leopold Auer,

professor do Conservatório de

São Petersburgo e primeiro violino

do quarteto de cordas da Sociedade

Musical Russa e das orquestras dos

teatros imperiais de São Petersburgo

(Bolshoi Kamenny, Mariinsky, Hermitage

e Peterhof). Porém, Auer não se

entusiasmou muito com o Concerto e

o considerou impossível de ser tocado.

Triste com a demora de Auer em estreá-lo,

Tchaikovsky providenciou uma segunda

edição, dedicada ao violinista

Adolph Brodsky, que o estreou em

Viena, no dia 4 de dezembro de 1881,

sob a regência do célebre Hans Richter.

O Concerto para violino possui três

movimentos. O primeiro (Allegro

moderato) inicia-se com uma breve

introdução da orquestra, seguida por

um pequeno trecho em que o violino

toca sozinho, preparando a entrada

do tema principal (Moderato assai). O

violino apresenta os temas em passagens

extremamente virtuosísticas, ficando a

orquestra encarregada de reapresentá-

los logo em seguida. Quando já

ultrapassada a metade do movimento,

encaminhando-se para seu final, o

violino introduz uma longa cadência

virtuosística. Logo após, em passagem

extremamente suave nas cordas, a flauta

reanuncia o tema principal. Tem início

então a reexposição temática, que nos

conduzirá à explosão do tutti final.

O segundo movimento, uma

Canzonetta (Andante), inicia-se com

um belo coral das madeiras. Esse

coral não apenas prepara a entrada

do solista como, ao final, fechará o

movimento, criando uma moldura para

que, ao centro, solista e orquestra

travem um belíssimo diálogo musical.

O Finale (Allegro vivacissimo) deve

ser atacado logo após o segundo

movimento, sem interrupção. Com

temas eslavos e um jogo constante

de acelerar e desacelerar, o terceiro

movimento figura uma festa cigana

em que o violino toca, todo o tempo,

como se estivesse improvisando. Esse

movimento incomodou profundamente

o crítico Eduard Hanslick, presente na

estreia. Para ele, a maneira direta com

que Tchaikovsky criara a atmosfera

festiva cigana era obscena e incivilizada:

“quando se escuta esta música é possível

ver uma série de rostos selvagens, ouvir

seu linguajar bárbaro e sentir o cheiro

de bebida”. Talvez para ele, e para os

vienenses da época, isso fizesse sentido.

Para nós, não é nada mais que uma

música divina e encantadora, com um

sabor exótico de um mundo distante.

INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, trombone, tímpanos, cordas.

EDITORA Breitkofp & Härtel

PARA OUVIR CD Tchaikovsky – Berliner Philharmoniker – Michael Tilson Thomas, regente – Joshua Bell, violino – Sony Classical – 2005

PARA ASSISTIR Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy, regente – Itzhak Perlman, violino Acesse: fil.mg/tviolinophiladelphia

Berliner Philharmoniker – Claudio Abbado, regente – Midori Goto, violino (a partir de 26min50s)Acesse: fil.mg/tviolinoberliner

PARA LER Anthony Holden – Piotr Ilitch Tchaikovsky: uma biografia – Record – 1999

PARA VISITAR en.tchaikovsky-research.net

1878Votkinsk, Rússia, 1840 São Petersburgo, Rússia, 1893

35 min

GUILHERME NASCIMENTO Compositor,

Doutor em Música pela Unicamp, professor

na Escola de Música da UEMG, autor

dos livros Os sapatos floridos não voam

e Música menor.

CONSELHO ADMINISTRATIVO

PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman

PRESIDENTE Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS Angela GutierrezBerenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da Cunha Castello BrancoMauricio FreireOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena

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EQUIPE TÉCNICA

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ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICALGabriela Souza

PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe

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JOVEM APRENDIZYana Araújo

SALA MINAS GERAIS

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TÉCNICOS DE ÁUDIO E DE ILUMINAÇÃODaniel SaavedraRafael Franca

ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR Fabio MechettiREGENTE ASSOCIADO Marcos Arakaki

* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado

Orquestra Filarmônica de Minas GeraisGOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antônio Andrade

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS Angelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS João Batista Miguel

Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

Instituto Cultural Filarmônica

FORTISSIMOjulho — nº 12 / 2017ISSN 2357-7258

EDITORA Merrina Godinho DelgadoEDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale

ILUSTRAÇÕESMariana SimõesFOTO DE CAPAAlexandre Rezende

O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla associadoAra Harutyunyan – Spalla assistenteAna Paula SchmidtAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMatheus BragaRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch

VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina

VIOLONCELOSPhilip Hansen *Robson Fonseca ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesLina RadovanovicLucas BarrosWilliam Neres

CONTRABAIXOSNilson Bellotto *André Geiger ***Marcelo CunhaMarcos LemesPablo Guiñez Rossini ParucciWalace Mariano

FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *Públio Silva ***Israel MunizMoisés Pena

CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva

TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia TrindadeJosé Francisco dos SantosLucas FilhoFabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa

TUBAEleilton Cruz *

TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *

PERCUSSÃORafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira

HARPASClémence Boinot ****Marcelo Penido ****

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar

para melhor apreciar um concerto

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas

durante os concertos.

CONVERSA

O silêncio é o espaço da música. Por

isso, evite conversas ou comentários

durante a execução das obras.

CRIANÇAS

Não é recomendável a presença de menores

de 8 anos nos concertos noturnos. Caso traga

crianças, escolha assentos próximos aos

corredores para que você possa sair rapidamente

se elas se sentirem desconfortáveis.

COMIDAS E BEBIDAS

Não são permitidas no interior da sala de concertos.

TOSSE

A tosse perturba a concentração. Tente

controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.

PONTUALIDADE

Seja pontual. Após o terceiro sinal as portas de

acesso à sala de concertos serão fechadas.

APARELHOS CELULARES

Não se esqueça de desligar o seu celular ou

qualquer outro aparelho eletrônico. O som e

a luz atrapalham a orquestra e o público.

CUIDADOS COM A SALA

Abaixe o assento antes de ocupar a cadeira.

Também evite balançar-se nela, pois, além de

estragá-la, você incomoda quem está na sua fila.

APLAUSOS

Deixe os aplausos para o final das obras. Veja no

programa o número de movimentos de cada uma

e fique de olho na atitude e gestos do regente.

RUA PIUM-Í, 229

CRUZEIRO

RUA JUIZ DE FORA, 1.257

SANTO AGOSTINHO

RUA LUDGERO DOLABELA, 738

GUTIERREZ

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um dos restaurantes parceiros e obtenha descontos especiais.

FILARMÔNICA ONLINEWWW.FILARMONICA.ART.BR

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos

CONHEÇA TODAS AS APRESENTAÇÕES

filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica

Ensaios Abertos

Alguns ensaios da Filarmônica são abertos ao

público. Assim, você pode conhecer bem de pertinho

parte do processo de preparação do concerto.

A entrada é limitada a cerca de 120 pessoas,

que pagam uma taxa de R$ 10. Os ingressos

começam a ser vendidos seis dias antes do ensaio, na bilheteria e on-line. Assim como no

momento do concerto, todos devem obedecer aos

horários estipulados e o silêncio é essencial.

Os Ensaios Abertos acontecem sempre

às quintas-feiras, das 10h às 13h.

Veja abaixo as próximas datas dos

Ensaios Abertos e busque mais informações no

site da Orquestra. Se você é Amigo da Filarmônica,

consulte as condições do programa.

20/07 Fabio Mechetti e Leonardo Hilsdorf

31/08 Marcos Arakaki e Lukás Vondrácek

05/10 Fabio Mechetti e Fabio Martino

30/11 Fabio Mechetti e Paulo Álvares

Saiba mais em www.filarmonica.art.br/

concertos/ensaios-abertos.

Concertos — julho

DIAS 6 E 7, 20h30ALLEGRO / VIVACE

LisztStravinskyTchaikovsky

DIA 15, 18hFORA DE SÉRIE /

HAENDEL

Haendel Brahms / Rubbra

DIAS 20 E 21, 20h30PRESTO / VELOCE

Miranda ChopinBerlioz

DIA 29,20h30TURNÊ ESTADUAL /

SABARÁ

Elgar Berlioz Schubert J. Strauss Jr. Carlos Gomes Tchaikovsky Liszt Bizet

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO (31) 3219-9009 | [email protected]

AMIGOS DA FILARMÔNICA (31) 3219-9029 | [email protected]

/filarmonicamgWWW.FILARMONICA.ART.BR

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070

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Sala Minas Gerais

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