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Impresso Especial 360015453-4/2003-DR/PR Secretaria da Educação CORREIOS CORREIOS nº 34 ano III junho 2004

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ImpressoEspecial

360015453-4/2003-DR/PRSecretaria da Educação

CORREIOSCORREIOS

nº 34ano IIIjunho

2004

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palavrado secretário

MAURICIO REQUIÃOSecretário de Estado da Educação

Introduzir práticas coletivas no inte-rior da escola implica uma ousadiafrente aos padrões predeterminadosdo individualismo da sociedade con-temporânea, porque rompe com mode-los já postos e consolidados.

O trabalho coletivo na escola nãoaparece espontaneamente. É um pro-cesso de construção dos diferentes ato-res que compõem a dinâmica escolar.Para se fazer educação, é necessário“fazer junto” e superar ações isoladasque invariavelmente se direcionam àcompetição e ao narcisismo.

Como princípio educativo nesse pro-cesso está a busca de um mundo maisjusto, mais pacífico e mais humano e, sen-do assim, são fundamentais o respeito àsdiferenças, a garantia de liberdade, a de-fesa da solidariedade para a construçãode uma nova ética humana mundial.

A liberdade de ser diferente, de pen-sar de maneira distinta, não é um

Com o lançamento do Festival de Arte daRede Estudantil, no final de maio, a Secre-taria da Educação dá início à implementa-ção de uma proposta educacional diferenci-ada para as nossas escolas. É estimulantepoder proporcionar aos nossos alunos e pro-fessores a oportunidade do contato com aarte e a sua aproximação com a música, apintura, a literatura, o teatro.

As atividades artísticas devem, em nossoentendimento, fazer parte da vida da escolae de outros espaços culturais apropriados aessas experiências humanizadoras, aos en-saios da subjetividade tão prejudicados pe-las tarefas obrigatórias, às vezes pelas ma-trizes da repetição e da decoreba.

Com o apoio da sociedade paranaense, pro-curamos ampliar os espaços restritos de par-ticipação e expressão cultural à disposição denossas crianças e jovens. Apostamos nestaproposta educacional porque acreditamos notalento de nossos alunos e em seu desejo, inú-meras vezes manifestado em nossas visitasaos ambientes escolares, de existir como su-jeitos e como cidadãos na plenitude da ativi-dade criativa. A lógica das melodias, o traçoimaturo, as palavras e seus sentidos múlti-plos, desafiadoras.

O aluno por mais tempo na escola e a es-cola servindo ao aluno como um espaço desocialização de talentos e de aprendizadocoletivo. A arte cumpre este papel crítico:é redesenho, é desafio espiritual e intelec-tual permanente, é construção de possibili-dades inimaginadas.

A Secretaria de Estado da Educação ampliou este ano a oferta de

vagas em cursos profissionalizantes, criando novos turnos e cursos nos

ensinos Fundamental, Médio e Educação Profissional. Ao todo foram

102 escolas de 66 municípios do Estado, além dos seis centros de Edu-

cação Profissional. A medida garantiu o atendimento a todos os alunos

das escolas da rede pública. O curso de magistério, que havia sido

extinto no governo passado, voltou a funcionar e passou de 14 para 45

estabelecimentos formando professores que poderão dar aulas de Edu-

cação Infantil e de 1ª a 4ª séries, conforme prevê a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação.

Também foram autorizados dois novos cursos profissionalizantes na

área de esporte e lazer, que estão em funcionamento no recém-criado

Centro Estadual de Educação Profissional para Atividades Físicas Espor-

tivas, no Tarumã, em Curitiba. Já na área de saúde, está funcionando o

curso técnico de enfermagem, na cidade de Campo Mourão. Dois novos

colégios agrícolas foram implantados nos municípios da Lapa e Diamanti-

na do Norte, passando assim de 13 para 15 instituições que ofertam o

curso de Agropecuária. A SEED buscou parceria com a Sanepar para

ofertar o Curso Técnico de Meio Ambiente, nas cidades de Curitiba e Gua-

rapuava. Ainda, no Colégio Estadual do Paraná existem os cursos Técni-

cos de comunicação e artes, cinema, teatro, tv- rádio e edificações.

Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde • Superintendente da Educação

aprendizado individual e não deve seruma prática personalista. Este apren-dizado é coletivo, porque somente noconvívio com os outros, e não apesardos outros, podemos criar e reforçaras diferenças e nos assumirmos comoseres epistemológicos.

É nesse sentido que entendemosque os princípios, metas, objetivos, ex-pectativas, os empecilhos são pautasindispensáveis de troca de idéias e ex-periências entre os professores e, qui-çá, entre os alunos na escola.

É a partir da explicitação das dife-renças, do respeito ao outro e da deci-são do coletivo que a escola deve es-tabelecer suas ações conjuntas.

Educar exige essas reflexões e umsistema de troca. Isto evidencia que oprofessor é um ser epistemológico eque o trabalho coletivo pode nos fa-zer mais fortes para nossas lutas poruma sociedade melhor.

MAIS VAGAS

e NOVOS CURSOS NO PARANÁ

A ética dotrabalho coletivoed

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FERA talento ecriatividade em alta

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expediente

redação avenida água verde • nº 2140• curitiba • paraná • cep 80240 900 • fone41 340-1530 • fax 41 342-0947 • tiragem 75 mil

governador d o es tado r obe r t orequião • secretário da educaçãomaur i c i o requ ião • j o rna l is tar e s p o n s á v e l I v a n i l s h a w(MTB 2857/11/59v) • colaboraçãomarise manoel • fotos zero 41• z1 p roduções • levy fe r re i raprojeto gráfico sonia oleskovicz

w w w.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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Jogos colegiais envolvem maisde 300 mil estudantes no Paraná

Os Jogos Colegiais começaram nodia 17 de abril no interior do Estado,dando início à 51ª edição dos Jogos Co-legiais do Paraná, Jocop’s. O Jocop´sé uma iniciativa promovida pelo gover-no do Estado, através de parceria entrea Paraná Esporte e a Secretaria de Esta-do da Educação. O evento, que terá aparticipação de mais de 300 mil estu-dantes em todo o Estado, agrega váriasmodalidades esportivas, como futebolmasculino, voleibol feminino e mascu-lino, handebol masculino e feminino,basquetebol masculino e feminino, fu-tebol de salão, xadrez, atletismo. Terátambém etapas destinadas a portado-res de necessidades especiais.

Entre os principais objetivos doJocop´s estão a promoção do despor-to educacional, a agregação dos alunosdas várias regiões do Estado, bem comoa fundamentação da escola como cen-tro formativo cultural e desportivo dasociedade. Segundo o secretário daEducação, Mauricio Requião, que des-taca o esporte como uma forma de in-clusão social, o Jocop´s tem sido umadas principais ferramentas do governodo Estado no estímulo à prática espor-tiva entre os alunos da rede pública eprivada de ensino. “É fácil percebercomo o esporte é uma importante fer-ramenta de inclusão social. Apostamosna retomada dos Jogos Colegiais doParaná em 2003 com a certeza de queestaríamos devolvendo aos nossos es-tudantes a alegria de participar de umacompetição tão empolgante”, ressaltao secretário, que na época de estudan-te participou de jogos estudantis e sabe

da importância deste evento para os jo-vens paranaenses.

Sendo considerado a maior compe-tição esportiva em número de partici-pantes no Brasil, os Jogos ColegiaisParanaenses não aconteciam há cin-co anos e a sua retomada no ano pas-sado foi um grande estímulo para cen-tenas de estudantes. De acordo como presidente da Paraná Esporte, Ricar-do Gomyde, o sucesso dos Jogos Co-legiais representa o esforço da novapolítica esportiva do governo do Es-tado. Para ele, “estimular o esportesignifica investir num futuro melhor,com mais qualidade de vida, distantedas drogas e da criminalidade”.

Os Jogos Colegiais são divididosem cinco fases. Na primeira, aconte-cem as disputas internas, dentro da pró-pria escola, para que os professores-treinadores montem suas equipes. De-pois são realizadas as disputas munici-pais e apenas os campeões passarãopara a fase classificatória, que será du-rante os dias 18 e 26 de junho em oitomunicípios-sede do interior do Para-ná. Conseqüentemente, os classifica-dos disputarão a fase final do Jocop’sem Curitiba entre os dias 9 e 16 dejulho. São oportunidades para os atle-tas encontrarem um lugar de desta-que dentro do cenário esportivo bra-sileiro. Foi o que aconteceu no anopassado, quando o Paraná ficou emterceiro lugar geral nos Jogos Brasi-leiros da Juventude e em primeirolugar nos Jogos Estudantis Brasilei-ros, conquistando o maior número detroféus entre todos os Estados.

SUSAN, Sontag. Dianteda dor dos outros. Tradu-ção Rubens Figueiredo.São Paulo : Companhia

das Letras, 2003.

O livro de Susan Sontag, Diante da dor dosoutros, suscita reflexões importantes acercada representação da realidade, tal como ela évista e vivida à distância nos dias de hoje, atra-vés dos meios de comunicação de massa, defotos e vídeos. O que essas imagens provocamexatamente ao serem recebidas? Ainda têm opoder de chocar os espectadores? Ou encon-tram uma sensibilidade atrofiada e moldadapelas imagens repetidas de sofrimento. No en-saio, Sontag traça a evolução da iconografiada dor, reinserindo na discussão as pinturasde Goya (1746-1828), os campos de concen-tração nazistas, a guerra do Vietnã, até chegara uma destruição mais próxima, a do World Tra-de Center, em 11 de setembro de 2001.

Sontag fala de uma nova “teleintimidade”com a morte e a destruição, de tal modo que serum espectador de calamidades ocorridas emoutros países é uma experiência moderna es-sencial: “Agora, guerras são também imagens esons na sala de estar”. Essas imagens da doralheia são um choque, mas também um clichêda modernidade. Estaremos sendo construídoscomo voyeurs diante da dor dos outros?

É particularmente importante a análise queSontag faz do trabalho de Sebastião Salgado– fotos da imigração mundial –, sobre o qualpesaram acirradas críticas por serem fotosgrandes, espetaculares e lindamente compos-tas, chamadas de “cinemáticas”. Para Sontag,ele faz o sofrimento avultar, globaliza-o, levan-do as pessoas a pensar, paradoxalmente, queos sofrimentos e os infortúnios são vastos, ir-revogáveis, épicos, não podendo, por isso, seralterados por qualquer política de intervençãolocal. Em tal escala de percepção, a compai-xão debate-se no vazio. Fotos e vídeos do so-frimento e da dor podem ser transformadosrapidamente em “vinhetas visuais”.

Pensar com Sontag é refletir sobre a esca-lada da violência e do sadismo que se intensi-fica nos dias de hoje, com cujos conteúdos dehorror podemos compartilhar através de filmes,programas de tevê, notícias, quadrinhos, jo-gos de computador, todos acei-táveis na cultura de massa. So-mos estimulados por essasimagens que nos corrompem,mas com elas convivemos e aelas nos habituamos gradual-mente.ed

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Uma das grandes apostas da Educação neste

ano é o projeto Fera – Festival de Arte da Rede

Estudantil, que surge com a proposta de desen-

volver atividades artísticas e culturais dentro do

ambiente escolar.

O Fera será desenvolvido e oito regiões, sempre

em uma cidade-sede. Cada etapa pretende movimen-

tar cerca de 2.500 pessoas, totalizando no final do

evento algo em torno de 20 mil pessoas. O projeto

irá atuar em diversos segmentos artísticos classifi-

cados em artes cênicas, música, artes visuais, artes

literárias, audiovisual e artes gráficas. Um dos prin-

cipais apoios para o desenvolvimento do Fera são as

parcerias com as prefeituras, que disponibilizarão o

transporte rodoviário para os alunos e equipes.

O valor estimado para a elaboração do projeto é

de mais de 3 milhões. E para que fosse possível a

sua realização, a SEED contou com várias parcerias,

entre elas: Provopar, Celepar, Mineropar, Paraná Es-

porte e Secretarias de Estado da Cultura e Turismo.

Para o Secretário da Educação, Mauricio Requião,

o Fera será um estímulo para que o aluno possa ficar

mais tempo na escola, fazendo alguma atividade físi-

ca ou artística. “Quanto mais tempo o aluno ficar na

escola, melhor será. Ainda não temos as condições

adequadas para criar a educação em tempo integral,

que sem dúvida nenhuma será o ideal, mas este já é

um caminho”, afirma Mauricio.

A coordenadora do projeto, Alexandra

Gil (foto), já apresentou oficialmente o Fera

nas regiões de Cascavel e Paranaguá, o que

será igualmente feito em mais seis regiões

do Estado.

Para coordenar asoficinas de música doFERA, serão convidadosartistas de renomenacional. Entre eles estáo compositor HermetoPaschoal, que éconsiderado umareferência doinstrumental brasileirocontemporâneo.

Hermeto gostou muito doprojeto e acredita que asoficinas serão uma ótimaoportunidade paradescobrir novos talentos.“É importante levar a arte

para estudantes,principalmenteporque um artista

pode serdescobertonestas oficinase se tornar umgrandemúsico”,disse.

O lançamento oficialO lançamento oficialO lançamento oficialO lançamento oficialO lançamento oficialfoi realizado emfoi realizado emfoi realizado emfoi realizado emfoi realizado emFaxinal do Céu no mêsFaxinal do Céu no mêsFaxinal do Céu no mêsFaxinal do Céu no mêsFaxinal do Céu no mêsde maio e movimentoude maio e movimentoude maio e movimentoude maio e movimentoude maio e movimentoumais de 400 pessoas.mais de 400 pessoas.mais de 400 pessoas.mais de 400 pessoas.mais de 400 pessoas.

movimenta mais de 20 mil pessoasFestival de Arte

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Em março, a Coordenação deEducação do Campo, da Secreta-ria de Estado da Educação, com oapoio do MEC e da Articulação Pa-ranaense por uma Educação doCampo, realizou o Seminário Es-tadual da Educação do Campo:“Construindo Políticas Públicas”. Oevento teve como objetivo cons-truir políticas públicas que aten-dam às especificidades das popu-lações que vivem no meio rural.

Durante três dias, cerca de 460participantes discutiram o resgateda cultura dos moradores do meiorural, o contexto histórico, políticoe econômico da Educação do Cam-po no Paraná, a construção da iden-tidade desta modalidade de educa-ção, as diretrizes operacionais paraa Educação Básica nas Escolas doCampo, os desafios da construçãode políticas públicas e o Plano Esta-dual de Educação e a sua temática.

Arminio Bello Schmidh, repre-sentante do MEC, apresentou umpanorama da situação da educa-ção no campo no Brasil, onde vi-vem cerca de 20% da populaçãobrasileira. Falou ainda da “maiordívida social do governo” - a con-centração de analfabetos no cam-po, e que “o analfabetismo nestemeio não será resolvido sem seresolver o problema da educa-ção”. Abordou também as políti-cas de formação e qualificação deprofessores, prioridade para qual-quer governo, e a necessidade daconstrução de uma política peda-gógica voltada para as necessida-des dos trabalhadores do campo.

Nesta mesma linha de raciocí-

nio falou Monica Molina,representante do PRONE-RA – Programa Nacional deEducação na Reforma Agrá-ria, do Ministério de Desen-volvimento Agrário: “É pre-ciso fortalecer a educaçãonos assentamentos de refor-ma agrária, estimulando,propondo e desenvolvendo

projetos educacionais, utilizandometodologias que visem contri-buir na construção da Educação doCampo, tendo como meta o de-senvolvimento desse setor”, diz.Ela endossa o que disse Paulo Frei-re: “A educação não muda o mun-do, mas prepara os sujeitos que te-rão condições de fazê-lo”.

Muito longeA localização das escolas tam-

bém é outro ponto que pede mu-danças, pois 65% dos alunos do

É a escola que vai até ondeestá a criança. Implantada pelo go-vernador Roberto Requião paraatender às populações itinerantesque moram em acampamentos dossem-terra. As primeiras Escolas Iti-nerantes do Paraná beneficiam cer-ca de 1.876 crianças e adolescen-tes que vivem nos acampamentosdo MST. São quatro os principaisacampamentos: Quedas do Igua-çu, com 1.361 crianças; EspigãoAlto do Iguaçu, com 65 crianças;Cascavel, com 360 crianças; Ge-neral Carneiro, com 90 crianças.Os alunos serão atendidos no localonde moram e a vida escolar seráregistrada numa Escola Estadualem Rio Bonito do Iguaçu, o ColégioEstadual Iraci Salete Strozak.

Como nas demais escolas itine-rantes, a do assentamento 10 deMaio, em Quedas do Iguaçu, fun-ciona dentro da comunidade. Ascrianças são matriculadas numa es-cola do município, mas freqüentamas aulas nas salas montadas den-tro do asssentamento. As profes-soras têm o curso de normalistas evalorizam a escola dentro da comu-nidade. Elas são unânimes ao elo-giar a política da Secretaria da Edu-cação de voltar a oferecer o cursode normalista.

Apostando na profissionalizaçãoda agricultura, o governo do Para-ná vem investindo nos ColégiosAgrícolas. Em menos de um ano emeio de mandato, dois novos colé-gios somaram-se aos 12 existentese receberam investimentos da Se-cretaria da Educação. E ainda, paragarantir o funcionamento do Colé-gio Agrícola do Oeste, em Paloti-na, o secretário Mauricio Requiãoassinou um convênio para o repas-se de 650 mil reais. A verba garan-te a profissionalização dos filhos de40 famílias do Oeste do Paraná. Oprocesso de estadualização destecolégio está sendo analisado no De-partamento de Ensino Profissional.

EscolaItinerante

ensino Fundamental e Médio docampo são transportados até a ci-dade para estudar. Muitos viajamcerca de 2 horas para chegar àsescolas urbanas, onde enfrentamdiscriminações.

Segundo Sônia FátimaSchwendler, coordenadora daEducação do Campo, da Secre-taria da Educação este encontrofoi um marco na história da edu-cação do Paraná, pois pela primei-ra vez reunimos educadores deescolas públicas, secretarias mu-nicipais e do Estado, universida-des, ONGs e movimentos sociaispara debater a construção de políti-cas públicas para o campo. Frutotambém de uma luta dos movimen-tos sociais, o seminário integrouuma pauta de discussão nacionalsobre as diretrizes e as políticas para

os povos do campo.

Estima-se que50 mil estudantesda rede estadual deensino atuem hojecomo estagiários.

Os estágios, realizados pelosalunos do Ensino Médio e da Educação Profissional da rede esta-

dual de ensino, ganharam novas regras. A nova lei estabelece que asatividades de estágio serão incluídas no currículo dos estudantes e su-pervisionadas por um pedagogo da escola. Elas entraram em vigor nasegunda quinzena de janeiro, com a homologação, pelo Ministério daEducação, do Parecer nº 35 do Conselho Nacional de Educação. O do-cumento estabelece diretriz nacional para a organização e realização deestágios de alunos do Ensino Médio e da Educação Profissional, incluin-do a Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos.

Segundo a superintendente da SEED, professora Yvelise Arco-Verde, o Ministério Público recebeu denúncias sobre estágios queestavam sendo feitos de forma irregular, envolvendo alunos que reali-zavam atividades inadequadas para a idade ou de alta periculosida-de. Com a nova regulamentação, o estagiário deverá apresentar rela-tório trimestral, com dados sobre a empresa em que atua e sobre asatividades desenvolvidas. O estágio será acompanhado pelo orien-tador educacional ou pelo supervisor escolar. Atualmente, os alunossão encaminhados para as empresas pelo CIEE, Centro de Integra-ção Empresa-Escola, Educare e IEL, Instituto Euvaldo Lodi.

LEI NACIONAL ESTABELECE

NOVAS REGRASPARA OS ESTÁGIOS

Repensando aeducação no campo

Na fala de Arminio Bello Schmidh, “Oanalfabetismo do campo não será

resolvido sem resolver o problema daeducação”

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O Regimento Escolar é um manualque traz um conjunto de normas e pro-cedimentos que regem a estrutura e ofuncionamento de uma escola pública ouprivada. É ele que regula a organizaçãoadministrativa, didática e disciplinar daescola, os princípios constitucionais, a le-gislação geral e as normas específicas,particularmente as fixadas pelos Conse-lhos Estaduais de Educação. Constituiuma autêntica síntese do projeto políti-co-pedagógico da escola, de modo a es-tabelecer a orientação coletiva do traba-lho escolar. Ele foi preparado por técni-cos e educadores da SEED.

A Secretaria da Educação é pioneiraao elaborar esta “constituição” da esco-la, que servirá de modelo a ser adotadopor outros estados brasileiros, diz a co-ordenadora do DIE, Departamento de In-fra-estrutura da SEED, Ana Lúcia Shulhan,que coordenou este trabalho. O Regimen-to teve repercussão nacional e o reco-nhecimento da Unicef, que, ao ler umamatéria do RE publicada na Revista Ges-tão em Rede, do Conselho Nacional deSecretários de Educação, na edição deabril, se surpreendeu com a elaboraçãodo Regimento Escolar.

RE - A CONSTITUIÇÃO ESCOLARRE - A CONSTITUIÇÃO ESCOLARRE - A CONSTITUIÇÃO ESCOLARRE - A CONSTITUIÇÃO ESCOLARRE - A CONSTITUIÇÃO ESCOLARA professora Eleuza Teles da Silva,

que organizou e sistematizou o RE, dizque ele dá sugestões para uniformizar oupadronizar vários aspectos dos regimen-tos escolares, embora a autonomia decada estabelecimento de ensino perma-neça indiscutível. Ele foi elaborado paraatender às muitas solicitações referen-tes a uma sugestão estrutural. “É uma

forma de manifestação do Direito, aindaque atuem, internamente e tenham porobjetivo regular o funcionamento de cadaestabelecimento”, mas que mereceu es-pecial destaque, avalia a superintenden-te da Secretaria da Educação, YveliseArco-Verde. Toda a legislação educacio-nal, desde a Constituição até os parece-res normativos dos Conselhos de Edu-cação chegam, ao final, à escola, que ins-titucionaliza e concentra seus princípiose procedimentos no Regimento Escolar.Alguns juristas chegam a afirmar que,por ele, cria-se a própria escola.

Sendo o Regimento elemento está-vel, menos sujeito à mudança, não deveincluir determinações menores, que pos-sam ser alteradas em curto prazo de tem-po. A lei estabelece que tudo começapela elaboração da proposta pedagógicada escola. É o primeiro passo, o ato ori-ginário da instituição. O que se desejainstaurar é o princípio da realidade pe-dagógica, que se funda na autonomia daescola. Esse projeto pedagógico, queparte da identificação das práticas vigen-tes na situação institucional, não se res-tringe às práticas estritas de ensino, masse estende a todas aquelas práticas quepermeiam a convivência escolar e comu-nitária, ou seja, num projeto pedagógicotudo é relevante na teia das relações es-colares.

A elaboração do projeto pedagógicoé o primeiro exercício da autonomia. ORegimento Escolar só pode decorrer des-se projeto pedagógico. Caso contrário,não passará de um conjunto de regula-mentos colocados lado a lado, mas semnada que lhe dê coesão e sentido. Daíporque não pode ser, da mesma formaque o projeto pedagógico, trabalho quese possa cobrar a curto prazo, sob penade se criar, uma “indústria de elaboraçãode propostas” e de regimentos, com fi-nalidade exclusivamente burocrática.

Obras escolaresForam investimentos de R$ 100.585.335,97 em construções, ampliações, repa-

ros e melhorias, num total de 133.339,72 metros quadrados de áreas construídase/ou em construção. Fundepar e Cohapar se uniram para a construção de 378unidades de casas de zeladores, em alvenaria, com área de 52 metros quadradoscada uma, para maior proteção do patrimônio público e segurança da comunida-

Secretaria da Educação elabora aConstituição da Escola

O Departamento de Ensino Médio (DEM) daSecretaria de Estado da Educação desenvolve oprojeto RedeSaber, de formação continuada deprofessores, que prevê a elaboração de um ma-terial didático para os alunos das escolas públi-cas. É um trabalho que avança no sentido devalorizar a produção escrita e a experiência deprofessores da rede estadual de ensino, resguar-dando-se sua autoria. O material escrito pelos pro-fessores em regime de colaboração, no interiordas escolas, está sendo chamado de “Folhas”. Oplanejamento do DEM prevê a produção de 5 Fo-lhas impressos para cada série e disciplina, parao ano de 2004, 15 em 2005 e 25 em 2006. Onúmero de “Folhas” disponíveis na Internet serámuito maior, abrindo possibilidade para que to-das as escolas do país tenham acesso a essematerial e possam reproduzi-lo, criticá-lo e adap-tá-lo livremente. A via de acesso a esse materialserá o Portal Dia-a-Dia Educação.

O professor Carlos Roberto Vianna, Chefe doDEM, ressalta que, além do “Folhas”, estão sen-do tomadas medidas complementares para solu-cionar o problema da falta de livros didáticos noEnsino Médio. Uma destas medidas prevê a com-pra dos direitos de reprodução de livros previa-mente avaliados pelo MEC. As obras que cum-prirem essa condição deverão ainda ser avalia-das por uma comissão estabelecida especialmen-te para este fim e os livros escolhidos poderãoser distribuídos para as escolas, servindo dematerial de apoio para os professores. Isso nãodeve ser confundido com a “adoção” do livro peloDepartamento de Ensino Médio, e sim que tallivro foi adquirido após passar por este proces-so. O professor Vianna ressalta ainda que nes-se caso teríamos um livro escrito por alguém,com autoria determinada, que seria impresso edistribuído de modo público, enquanto no casodo “Folhas” a produção seria repartida entre pro-fessores de todo o Estado.

Finalmente, para fortalecer o apoio didático-pedagógico aos alunos da rede estadual, a Se-cretaria da Educação está fazendo o maior in-vestimento já realizado no Estado com a comprade livros de literatura nacional e estrangeira parao acervo das bibliotecas escolares do Ensino Fun-damental e Médio. Além disso, prevê-se a aquisi-ção de cerca de um milhão de livros técnicos des-tinado às bibliotecas escolares, mas com con-teúdo para os professores. O investimento pre-visto é de R$ 20 milhões.

Todas estas ações têm em vista fornecer ele-mentos para um melhor trabalho pedagógico comos conteúdos das disciplinas e favorecer o de-senvolvimento de uma cultura de pesquisa quevalorize a prática profissional dos professores darede pública do Estado do Paraná.

LIVROSDIDÁTICOS

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O Regimento Escolar doParaná surpreendeu a

Unicef, que pediu resumodo manual à SEED

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Para 2004, a Secretaria de Estado da Educação programoumais de 40 atividades artísticas, culturais e esportivas, que serãodesenvolvidas fora do horário de aula. O objetivo é que o alunose identifique ainda mais com a escola e que seja promovido um

circuito cultural entre as instituições de ensino. “Queremos envol-ver todas as escolas estaduais do Paraná e promover a troca

cultural entre elas”, afirma o secretário da Educação, MauricioRequião. Em 2003, mais de mil crianças entre 8 e 17 anos da

rede estadual de ensino participaram das duas fases do encontrode fanfarras em Faxinal do Céu. Para este ano, está programado

um grande festival de música, com a intenção de reunir seis milalunos e usar a mesma estrutura dos Jogos Colegiais do Paraná.

“Com o nosso apoio, será possível incentivar e estimular osjovens a se dedicarem à música, uma vez que as bandas e fanfar-

ras no ensino estadual precisam ser reativadas dentro de umatradição muito forte”, observou o secretário.

Educação realiza a 1ª etapa doCadastro Nacional de Cursos

Até o final de junho, o Departamento de Educação Pro-fissional da SEED vai cadastrar todas as escolas que ofe-recem Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico.Este trabalho está em consonância com a resolução doCEE, Conselho Estadual de Educação, e com o projeto decadastramento de cursos técnicos do MEC. Segundo a chefedo Departamento de Educação Profissional, Sandra Garcia,a Secretaria da Educação também vai avaliar a qualida-de dos cursos das instituições de educação profissionalde nível técnico.

Para esclarecer os diretores de estabelecimentos derede particular de ensino, o DEP convidou-os a participarde uma audiência pública, em 07 de abril, com o assessortécnico e responsável pelo Cadastro Nacional da SEMTEC/MEC, Valter Vuolo. O assessor esclareceu os diretores ediversos representantes de municípios do Paraná sobreas dúvidas do projeto. Ele ressaltou a importância do Ca-dastramento. “O cadastro transmite segurança aos alunose uma garantia na conclusão de seus cursos”, disse.

Todos os estabelecimentos que ofertam a modalida-de de Educação Profissional devem cadastrar seus Pla-nos de Curso no Cadastro Nacional de Cursos de Educa-ção Profissional de Nível Técnico, CNTC. O MEC quer ca-dastrar todos os cursos técnicos no Brasil. Uma condiçãopara que os estudantes dos cursos técnicos possam teraceitos seus certificados em todas as unidades da federa-ção. A Secretaria de Educação vai analisar e incluir noCNCT os planos de curso dos estabelecimentos de ensinodo Paraná das redes pública e privada, que ofertam estamodalidade de ensino.

Coral “Vozes da Educação” em apresentação em Faxinal do Céu

Participaram do evento 800 alunos de 117 Escolas daRede Estadual de Curitiba e Região Metropolitana

IV Circuito de Xadrez Escolar

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AGENDA

SEED realiza maisde 40 eventos artísticos,

culturais e esportivos

Aconteceu, no dia 22 de maio, no Co-légio Erasto Gaertner, em Curitiba, a 1ªEtapa do IV Circuito de Xadrez Escolar.O evento é uma iniciativa da Divisão deJogos Educativos da Secretaria de Es-tado da Educação, em parceria com aFEXPAR, SINEP/PR, Centro de Exce-lência de Xadrez e Prefeitura de Curiti-ba. O evento foi realizado com a parti-cipação de aproximadamente 800 alu-nos. Estiveram envolvidos no campeo-nato 117 estabelecimentos de ensinode Curitiba e Região Metropolitana,sendo 70 estaduais, 20 municipais, 25particulares e 2 federais.

Os resultados do campeonato porequipe foram: 1º lugar, Colégio NossaSenhora do Sion, 2º lugar, Colégio Mar-tinus, 3º lugar, CEI Curitiba Ano 300,4º lugar, CEI Doutel de Andrade, 5º lu-gar, Colégio Erasto Gaertner.

Os primeiros colocados por catego-ria são: na modalidade Educação Infan-til, o primeiro colocado foi Gabriel ZafraLima. A categoria 1ª série ficou paraAlex Vicari, a 2ª série, com GustavoMatheus Seiller, a 3ª série, para Aman-da Queiroz Sobral, a 4ª série ficou com

Lorenzo Zanetti, a 5ª série, para Giova-ne Henrique Metzger, a 6ª série ficoucom Diego Romanio de Almeida e a 7ªsérie, para Luiz Augusto Fagundes, ea categoria da 8ª série, para WilliamFerreira da Cruz.

O ganhador da modalidade da 1ª sé-rie do Ensino Médio foi Vinícius Noguei-ra Bueno. As categorias 2ª e 3ª sériesdo Ensino Médio ficaram para MauricioRauchbach. Na modalidade Comunida-de, o prêmio ficou com Ernani Choma.

A promotora do evento, coordenado-ra da Divisão de Jogos Educativos/CAC,Maria Inez, agradeceu a todas as esco-las que estiveram presentes no evento:“Tivemos um número significativo deenvolvidos, com uma média de 850 par-ticipantes, superamos as expectativas.Tivemos 60% dos estabelecimentosde ensino de Curitiba cadastrados,além de demais localidades”, afirmou.

A próxima etapa do Circuito de Xa-drez Escolar será dia 26 de junho, noColégio Positivo Ambiental, e serão con-vidados os estabelecimentos estadu-ais, municipais, particulares e federaisque concorreram na 1ª Etapa.

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O secretário de Estado da Educação, Mau-

ricio Requião, recebeu o Prêmio Excelência em

Governo Eletrônico pelo trabalho desenvolvi-

do no Portal Dia-a-Dia Educação, no final de

maio, durante a abertura da Semana de Inclu-

são Digital, em São Paulo. O prêmio é uma

iniciativa da ABEP – Associação Brasileira de

Empresas Estaduais de Processamento de Da-

dos, em parceria com o Ministério do Planeja-

mento. O evento reúne experiências de todo

o Brasil na área de democratização das tecno-

logias de informação e comunicação.

Foram contempladas três experiências na

área de fortalecimento da cidadania. Uma de-

las foi o Portal Dia-a-Dia Educação, iniciativa

da Secretaria de Estado da Educação do Para-

ná com apoio da Celepar, Copel e Secretaria

Especial para Assuntos Estratégicos. Represen-

taram o Governo do Paraná os secretários Mau-

ricio Requião, da Educação, Nizan Pereira, de

Assuntos Estratégicos, e o presidente da Cele-

par, Marcos Mazoni.

A cerimônia foi presidida pelo secretário de

Logística do Ministério do Planejamento, Ro-

O Portal Dia-a-Dia Educação

gério Santana. “A experiência de inclusão di-

gital que está sendo desenvolvida no Paraná

tem dado ótimos resultados, porque visa o

acesso de pessoas excluídas da informática,

notadamente, os freqüentadores de telecen-

tros da Celepar e professores e alunos da rede

estadual de ensino. O Governo do Paraná está

de parabéns por essa iniciativa que serve de

exemplo para todos os estados brasileiros”,

acrescentou.

O Portal Dia-a-Dia Educação concorreu com

70 trabalhos inscritos e venceu a disputa entre

20 selecionados. O portal paranaense foi pre-

miado na categoria “Governo Para Cidadão”.

Ao receber o prêmio, Mauricio Requião res-

saltou o trabalho de sua equipe. “Esta premia-

ção é resultado da tecnologia desenvolvida e

do profissionalismo das equipes do Portal”.

Durante a semana de Inclusão Digital, hou-

ve também demonstrações de experiências de

todo o Brasil, entre elas os Telecentros da Ce-

lepar – Telecentros Paranavegar, o fortaleci-

mento do governo eletrônico voltado ao cida-

dão e área inovadora de certificação digital.

ganha prêmio e reconhecimento nacional

O secretário deEstado daEducação,

MauricioRequião, recebe

o PrêmioExcelência em

GovernoEletrônico

A implantação da Ouvidoria no serviço público éuma marca que o governador Requião implantou ain-da quando prefeito de Curitiba e depois como go-vernador. É o órgão que vela pelos direitos dos ci-dadãos. Na Educação, é a Ouvidoria que fiscalizaos atos de natureza educacional no âmbito de todaa administração estadual, zela pelas auditorias, ana-lisa seus procedimentos e formas de atendimento,recebe e apura denúncias e instaura sindicâncias einquéritos. Para cumprir tal missão, os servidoresda Ouvidoria da Educação se aprimoram, comoaconteceu em abril no auditório da SEED. Os ouvi-dores participaram do Primeiro Encontro Estadualda Educação, a fim de aprimorar-se para atender aocidadão, ouvir as suas necessidades e solicitações,

ser capaz de analisar e direcionar da melhor manei-ra suas atividades, enfim, atuar como um filtro.

Segundo o ouvidor, Luiz Fernando Petry, era ne-cessária uma maior aproximação entre os profissio-nais que estavam atuando nas ouvidorias dos Núcle-os Regionais e na SEED, para integrar o trabalho. Eo Seminário aconteceu também com essa finalida-de, tendo em vista que as ouvidorias estavam prati-camente atuando de forma isolada nos NREs. “Comesse encontro, houve um saldo altamente positivo noque diz respeito ao atendimento da nossa clientela.Houve uma unificação de metodologia utilizada e issorefletiu também em maior valorização no trabalho dosservidores deste órgão, que é um braço auxiliar naadministração pública em geral, avalia o ouvidor.

Encontro de Ouvidores da Educação

O atendimento das “Salas deApoio à Aprendizagem” de Educa-ção Fundamental vai alcançar umapopulação maior a partir desteano, beneficiando não somente osalunos do Ciclo Básico de Alfabe-tização (1a a 4a séries), mas tam-bém os alunos de 5ª série do En-sino Fundamental. As aulas serãoministradas por professores darede em contraturno, buscandomelhorar o desempenho escolardo estudante, especialmente emPortuguês e Matemática, confor-me indicam os sistemas nacionale estadual de Avaliação da Edu-cação Básica.

Aprimorandoa educação

Ensino Médionoturno emexpansão

O Departamento de Infra-Es-trutura está implantando a expan-são do Ensino Médio no períodonoturno com 243 novas turmas.“Um ganho para a população, poismuitos alunos que saíam da 8ª sé-rie não tinham muitas opções deturno ao ingressar no ensino mé-dio”, avalia a chefe do DIE, AnaLúcia Schulhan.

Fibra óticaA implantação da rede de fibra

ótica abrirá a possibilidade de pro-fessores, alunos e comunidade te-rem acesso aos conteúdos do Por-tal Dia-a-Dia Educação. Será feitaem parceira com a Copel. Na pri-meira fase, 902 escolas serão co-nectadas à Internet. De acordocom Jefferson Schreiber, da Asses-soria de Tecnologia da Informação,este programa será lançado, emparceria com o PNUD, que prevêR$33 milhões para equipar estasescolas. Serão capacitados 1.257professores para a construção doconteúdo do Portal e produzidasmais de 5 mil páginas de conteúdopedagógicos.

notas

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Uma iniciativa da Coordena-ção de Educação Indígena, daSecretaria de Estado da Educa-ção, conseguiu unir o trabalhode voluntários em prol das co-munidades indígenas. A primei-ra ação aconteceu em meadosde fevereiro, beneficiando a Al-deia Indígena Caraguaí, em Pi-raquara, onde 11 famílias da al-deia iniciaram o tratamento den-tário. O projeto vai se estendera todo o Estado. A coordenado-ra, Obdulía Cacéres (Luli), con-tou que a ação foi possível gra-ças ao trabalho do dentista, Nel-

son Villanti, que é paraguaio efala guarani. Ele atendeu àscrianças da aldeia, fazendo umtrabalho de prevenção, técnicasde escovação e aplicação deflúor. “Tive que ensinar as cri-anças a escovar os dentes, al-gumas delas nunca tinham vis-to uma escova de dente. Comovoluntário, destaco e apóio a ini-ciativa da SEED, que é uma ins-tituição séria e está disposta aapoiar este projeto”, ressalta odentista Villanti.

O tratamento dentário na Al-deia Caraguaí vai acontecer a

cada dois meses.“A Educação Indí-gena da SEED vaidar todo o apoiopara este projeto.São mais de 60 ín-dios na aldeia, 20são crianças e pre-cisam de cuidadosredobrados”, ex-plica Luli. A coor-denadora adminis-trativa, Celia BovoPassiaglia, que es-teve à frente doProjeto, disse ain-

A disciplina de Educação Físi-ca volta a ser obrigatória no pe-ríodo noturno nas escolas na redeestadual de ensino, regulamenta-da a sua implantação através deinstrução normativa da Secretariada Educação. De acordo com asuperintendente da Educação,Yvelise Arco-Verde, a disciplina jáera ministrada pela manhã e à tar-de, e era um compromisso da Se-cretaria a implantação das aulasno período noturno, atendendo auma importante reivindicação dealunos e professores. Segundo aprofessora de educação física,Rosane Favoreto, da equipe téc-nica do Departamento de EnsinoMédio, a maior parte dos alunosdo período noturno é formada porestudantes trabalhadores, quenão têm oportunidade de praticarexercícios durante o dia. Com issoeles terão a chance de desenvol-ver uma atividade, o que podecontribuir para a saúde deles epara a formação de turmas maiscoesas, uma vez que haja o em-penho em práticas coletivas, ava-lia a professora.

Os alunos terão duas aulas porsemana e, se desejarem e seuscasos estiverem previstos na lei,só serão dispensados por razõesespeciais, como cumprimento dejornada de trabalho igual ou supe-rior a seis horas, idade superior a30 anos, prestação de serviço mi-litar ou situação similar que exijaprática de atividades físicas. Mes-mo os alunos dispensados terãoatividades alternativas, delegadaspelos professores, para integrar acarga horária. Os professores se-rão capacitados e orientados afazer um trabalho diferenciadocom os alunos do período notur-no. Rosane acredita que para es-tes alunos é preciso criar a cons-ciência da importância da ativi-dade física para a qualidade devida deles.

Educação físicavolta a servolta a servolta a servolta a servolta a serobrigatória paraobrigatória paraobrigatória paraobrigatória paraobrigatória paraalunos do noturnoalunos do noturnoalunos do noturnoalunos do noturnoalunos do noturno

da que o apoio de funcionári-os da SEED foi fundamental, deonde vieram as doações deescovas e de creme dentalpara os índios.

A comitiva que acompanhouesta primeira intervenção pôdetambém assistir a uma aula doprofessor Gilmaris da Silva, que éíndio e leciona para 20 criançasde 1a a 4a série que moram naAldeia. “O apoio da SEED e dodentista é fundamental para ascrianças da tribo, já que às ve-zes elas ficam dispersas nas au-las por causa de dor nos dentes”,explica o professor Gilmaris. Aescola Indígena foi construídacom apoio de empresários e daSEED que cedeu parte do mobi-liário. “Foi uma alegria ver a dis-posição dos índios durante asaulas. Eles valorizam muito a cul-tura deles e têm muita vontadede aprender”, disse Luli.

O Ministério da Saúde e a Secretaria daEducação vão desenvolver um projeto em

conjunto, que integra o Programa de Combate àAids. Representantes do Ministério estiveram

na SEED, em 15 de abril, para elaborar umprojeto nas escolas do Paraná. O secretário

Mauricio Requião, que estava em Brasília emaudiência no Ministério da Educação, foi

representado pelo diretor geral, professorRicardo Bezerra. A idéia é buscar novas diretri-zes para atingir os alunos das escolas estadu-

ais, a fim de instruí-los de maneira eficaz. ASecretaria da Educação deve usar o seu Centro

de Capacitação para preparar os professores darede estadual, informar os alunos sobre a

necessidade de combater e prevenir a Aids.Para tanto, estão sendo elaborados materiais

informativos, programas de instrução paraprevenção e seminários para os educadores da

rede estadual. A SEED também usará o sitewww.diaadiaeducacao.pr.gov.br para propagar

as informações de combate e prevenção dadoença. A comitiva de Combate à Aids do

Ministério afirmou que a doença vem crescen-do rapidamente entre os jovens do sul do paíse por isso o interesse do Governo Federal em

informar os jovens e adolescentes da região Sule integrar o Paraná neste projeto de prevenção.

O trabalho junto à comunidade escolar será feitocom o envolvimento dos 32 NREs do Estado.

Dentistaescolas indígenas

nas

Ministério da Saúde visita SEED para criação deProjeto de Combate à Aids

Crianças da Aldeia Indígena Caraguaí

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O dentista Nelson Villanti examina criança

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A Superintendência da SEED conti-nua neste ano seu programa de capa-citação de professores. Iniciado no anopassado, quando foram realizados 430eventos, contemplou cerca de 56.700profissionais da educação. A meta paraeste ano é de no mínimo repetir, ou atéultrapassar este contigente, avalia a su-perintendente, Yvelise Arco-Verde. Parasaber da programação, visite o site daSEED: www.dia-a-diaeducacao.pr.gov.br.As informações também estarão sendodivulgadas na mídia, nos próprios esta-belecimentos de ensino e nos NREs. Aproposta do programa é de capacitaçãodos professores para toda a rede esta-dual de ensino e também de produçãode materiais didáticos, como os cader-nos pedagógicos, discutir a elaboraçãocurricular e capacitação extensivamen-te a todos os profissionais da Educação,com foco no professor, avalia a profes-sora Yvelise. Os locais privilegiados doscursos são Curitiba e Faxinal do Céu,abrangendo várias outras cidades.

Calendário de 2004Calendário de 2004Calendário de 2004Calendário de 2004Calendário de 2004O Departamento de Ensino Funda-

mental organizou, na primeira semanade abril, o seminário da séries iniciais econtou com 400 participantes. Em mea-dos de abril, a Coordenação de Ativi-dades Complementares realizou o se-minário sobre metodologia do ensino deLEM, com 250 participantes. Nestemesmo período, organizou o Curso dediretrizes curriculares da disciplina deeducação física, com 200 participantes.A Coordenação de Educação no Cam-po, capacitou 150 professores da es-colas itinerantes de 20 a 24 de abril.Na última semana do mês passado,aconteceu o I seminário estadual - 1ª a8ª séries, organizado pelo DEF, envol-vendo cerca de 600 participantes. Ain-da na mesma semana de abril, o CAAD,realizou o curso “Boas práticas de ges-tão”, envolvendo 400 participantes.

No mês de março, o Seminário deCapacitação para Coordenadores eAdministradores dos Centros Regionaisde Xadrez, destinado a docentes e ad-ministradores dos Centros, com 64 va-gas, disponibilzou 40 horas de aula comorientações para montagem de Cursosde Capacitação, Administração dosCentros e Ferramentas do servidor dexadrez e página do CEX.

capacitação dosprofessores

Secretaria investe emSecretaria investe emSecretaria investe emSecretaria investe emSecretaria investe em

O Plano Estadual de Educação, PEE,

é um conjunto de metas financeiras, or-

ganizacionais e estruturais para a Edu-

cação do Paraná, cujas ações devem ser

implementadas nos próximos 10 anos.

Sua construção coletiva conta com a ar-

ticulação dos Núcleos Regionais de Edu-

cação, NREs, que mobilizam amplos

segmentos da sociedade civil, da co-

munidade escolar e representantes dos

poderes Executivo, Legislativo e Judi-

ciário, para o debate. Nesta primeira

etapa de mobilização, a Superintendên-

cia da SEED organizou, em meados de

abril, o I Seminário Integrador do PEE,

em Curitiba.

O Seminário Integrador do Plano

reuniu cerca de 250 profissionais da

educação para analisar os documentos

já elaborados coletivamente. Esta reu-

nião de trabalho representou uma das

mais importantes ações da Secretaria

da Educação para a garantia de uma

educação de qualidade para todos os

paranaenses, na avaliação da professora

Marise Manoel, coordenadora geral do

PEE. O evento contou com a presença

da professora Juçara Maria Dutra Viei-

ra, presidente da CNTE - Confederação

Nacional dos Trabalhadores em Educa-

ção, e propiciou o aprofundamento dos

estudos que integrarão o documento fi-

nal do PEE, em construção no Estado.

Para a coordenadora, o caminho per-

corrido desde maio de 2003 até este

momento atesta o compromisso dos

educadores e da sociedade com os ru-

mos da educação estadual. Ela salienta

ainda que a elaboração dos estudos

para o PEE, propostos por esta gestão,

vem possibilitando aos educadores a

retomada das discussões pedagógicas,

de modo sistemático e aprofundado.

“Vimos neste processo construção do

PEE o resultado do esforço colaborati-

vo de toda a sociedade paranaense para

aprimoramento das políticas públicas

educacionais, diz Marise. “Esse Plano

compromete-se a mobilizar a socieda-

de como um todo para a sua constru-

ção e posterior fiscalização e avaliação”.

Mais de 40 municípios do Paraná irão contar esteano com a volta dos cursos de Magistério. Aotodo serão 45 escolas, que funcionarão nas regiõescom baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Hu-

mano, e deverão atender inclusiveaos professores que necessitamcompletar sua formação profissional.

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Plano EstadualConstrução do

mobiliza a sociedadepara a elaboração de um

projeto educacional

de Educação

Volta domagistério

Isabel Alves dosSantos

Indianara F. deAmaral

Sheyla PaulaVeiga

“A volta do magistério é muitoimportante. Eu vejo por nós aqui

da escola, será ótimo. No meucaso, eu tinha parado de estudar

e agora eu posso voltar. É umaoportunidade que antes nós não

tínhamos.”

• “Eu acho que essa atitude foi bemimportante, pois estão faltandoprofessores não só no Paraná, mas noBrasil inteiro. A gente espera ajuda naformação de novos professores, poistem muita gente interessada em serprofessor. E se houver essa chanceeles vão fazer o curso de magistério.”

• “Essa volta foifantástica para mim.Pra gente como eu foimuito importante, poiseu não teriacondições de fazeruma faculdade, parauma formaçãomelhor. Com a voltado curso eu posso ter

essa profissão, pois é um cursogratuito, a gente só tem umgastinho com a compra doslivros, mas vale a pena. Estouadorando voltar a estudar, arelembrar coisas que eu já haviaestudado e aprender mais. Meusparabéns para quem fez estecurso voltar a existir.”

Enquete com as normalistasda Escola do Acampamento10 de Maio, em Quedas doIguaçu:

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O governador Roberto Re-

quião assinou convênios com os

municípios do Paraná, para o re-

passe de R$ 33 milhões para o

transporte escolar rural no Para-

ná. Todos os prefeitos do Paraná

estiveram no Palácio Iguaçu para

a cerimônia de assinatura, em 14

de abril, à exceção de Curitiba e

Londrina, que têm seus transpor-

tes urbanos estruturados. Como

de praxe, o governador Requião

pediu rigor no uso do dinheiro pú-

blico e disse que quer estabele-

cer uma estrutura transparente,

com uma fiscalização rigorosa

junto aos municípios, para que a

população saiba como a verba

está sendo utilizada. “É isso que

o povo espera da gente, exação

e transparência no cumprimento

do dever”, disse aos prefeitos.

Nos primeiros três meses, o Go-

verno do Estado vai repassar di-

retamente para as prefeituras a

verba do Fundef, Fundo de De-

senvolvimento da Educação. A

partir do quarto mês, ela será des-

tinada pelo fundo rotativo das es-

colas, controlado por professores

e por representantes da socieda-

de civil organizada.

De acordo com o primeiro re-

latório, realizado entre as Secre-

tarias Municipais de Educação e

os Núcleos Regionais da SEED,

cerca de 220 mil alunos foram

transportados no primeiro mês de

aula. O cadastro dos usuários será

aprimorado. Nos próximos rela-

tórios, os NREs devem enviar a in-

formação sobre a quilometragem

que o usuário percorre de sua

casa à escola. O governador ha-

via se comprometido a transpor-

tar os alunos que moram a mais

de três quilômetros da escola.

O secretário Mauricio Requião,

que estava em Brasília na ocasião

da assinatura do convênio, disse

que o Paraná deu um salto no va-

lor investido no transporte esco-

lar, que em 1992 era de apenas

R$10 milhões. Este aumento agra-

dou aos prefeitos, pois muitos que

fazem o transporte há tempos re-

ceberam agora pela primeira vez

o repasse.

Paraná na LiderançaO Paraná é o Estado que mais

investe em transporte escolar pro-

porcionalmente ao número de

alunos atendidos. Dados do Con-

selho Nacional de Secretários de

Estado da Educação (Consed) in-

formam que o nosso Estado está

atrás apenas de São Paulo, que

Em meados de abril, a Coor-denação dos Núcleos Regionaisde Educação realizou uma se-gunda etapa das eleições paradiretores em 50 estabelecimen-tos de ensino de Educação Bá-sica. Esse novo processo deconsulta à comunidade escolaraconteceu nas escolas ondehouve problemas de impugna-ção, falta de candidatos a dire-tor, falta de quórum em eleiçõesanteriores, ausência de candida-tos no pleito em 2003, bem comoa desistência de diretores elei-tos em 2003, além da necessi-dade de diretores para escolascriadas em 2004. Nesse proces-so, não puderam se inscreverpara concorrer às eleições pro-fessores CLTs, PSS e ParanáEducação. Nos estabelecimen-tos de ensino onde foram anu-ladas as eleições, os que con-correram no pleito anterior pu-deram se inscrever para estenovo momento.

Exercício deExercício deExercício deExercício deExercício de

DEMOCRACIADEMOCRACIADEMOCRACIADEMOCRACIADEMOCRACIAEm 13 municípios, a Secre-

taria da Educação precisou anu-lar os processos decisórios nopleito do ano passado, mas ga-rantiu um início de ano letivotranqüilo. Os motivos das impug-nações foram o uso de verbasda Associação de Pais e Mes-tres (APM), propagandas difa-matórias e compra de votos. Nasescolas onde as eleições acon-teceram dentro da normalidade,os candidatos eleitos foram no-meados no dia 1o de janeiro,data em que também assumiramos diretores interinos. Antes, aseleições estaduais na rede es-tadual de ensino não eram porvoto e sim por nomeação. Por-tanto, as eleições para diretorese diretores auxiliares vêm repre-sentar um avanço da instituiçãodemocrática como um todo, vis-to que é a partir da escola quese deve exercitar o ideal em fa-vor da democracia.

Rede Estadualde Ensino elegenovos diretores recebe injeção de 33 milhões do governo do Paraná

Transporte Escolar Rural

investe pouco mais R$ 45 milhões

contra R$33 milhões do Paraná.

Em relação aos números do ano

letivo anterior, foram transporta-

dos 192.736 alunos do Ensino Fun-

damental, sendo 146.093 da zona

rural e 48.643 da zona urbana. Já

em São Paulo, o número de alu-

nos transportados é de 226 mil.

Comparativamente aos de-

mais estados da região Sul, San-

ta Catarina gasta pouco mais da

metade, R$16,5 milhões, e o Rio

Grande do Sul, a quarta parte,

R$8,5 milhões. O cálculo foi feito

com base em uma pesquisa rea-

lizada no início do ano, que indi-

ca o número de cada aluno da

zona rural, em que o Estado in-

veste anualmente R$203,45 por

aluno. No perímetro urbano, é

de R$50,86. A verba é proveni-

ente do Fundef e só pode ser des-

tinada ao Ensino Fundamental.

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Requião diz que quer

transparência

administrativa e vai usar

o Fundo Rotativo para

repassar as verbas para

os municípios realizarem

o transporte escolar

Elizabeth Cristina PavinPrefeita de Colombo

Há sete anos que eu souprefeita de Colombo e nós nuncarecebemos nenhum tostão pelo

transporte escolar dos alunos dasescolas estaduais. Esses R$ 300 milque estão sendo repassados agorapelo governo estadual vão ajudarde sobremaneira a nossa cidade.

Esse repasse chegou em boahora. Nosso município é pequeno, apopulação é pequena e nós temos

um alto custo com o transporteescolar. Esses recursos vêm nos

ajudar e bastante.Mario Lanziani

Prefeito de Ventania

O acordo satisfez a nósprefeitos e deu para contemplar

as necessidades básicas dotransporte escolar, que era uma

preocupação muito grandenossa. Os municípios hoje vivemnum aperto, principalmente os

pequenos, no que diz respeito àreceita e dependem muito do

repasse de fundo departicipação federal e do

estadual. Nos temos que ter agarantia de receita, para que

possamos renovar a frotaescolar. Fazer o transporte

escolar e fazê-lo comsegurança é muito importante,

para que o aluno chegue àescola com tranqüilidade

para estudar.Antonio Eli SantiagoPrefeito de Terra Rica

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O Governo do Estado está investindo paramelhorar a qualidade da alimentação nasescolas. A verba da merenda escolar é re-passada pelo Governo Federal, e conta comrecursos do Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educação, FNDE. Este ano,estão previstos cerca de R$ 14,7 milhõespara a compra de merenda. O Estado, porsua vez, investe R$ 5,9 milhões, destesR$ 1,4 milhão com transporte, armaze-nagem e análise dos alimentos. OutrosR$ 4,5 milhões são parte do programa Es-cola Cidadã, que destina verbas direta-mente às escolas pelo Fundo Rotativo,para compra de perecíveis e criação dehortas comunitárias, numa parceria entreas Secretarias da Educação e Agricultura.

A nutricionista e chefe do Departamen-to de Apoio Escolar da Fundepar, MárciaCristina Stolarski, explica que anualmen-te as direções das escolas estaduais op-tam por receber a merenda via Estado oumunicípio. “No ano passado, atendemos289 municípios. Este ano a procura aumen-tou para 315”, conta.

QualidadeA merenda adquirida pela Fundepar con-

tém 32 itens com alimentos básicos comofeijão, arroz, macarrão e leite em pó, alémde enlatados, cereais, bebidas lácteas e bis-

coitos. A nutricionista diz que o cardápioda merenda escolar é balanceado para aten-der a 15% das necessidades diárias dos alu-nos, ou seja, 350 kcal por refeição e novegramas de proteínas.

O controle de qualidade da merendaescolar é feito pelo Centro de Pesquisae Processamento de Alimentos da Uni-versidade Federal do Paraná (CEPPA/UFPR). Uma amostra do alimento quechega à Companhia de Desenvolvimen-to Agropecuário do Paraná (Codapar) éenviada ao laboratório da UFPR para aná-lises de riscos de contaminação, umida-de e prazos de validade. “Isso nos dá acerteza de que o alimento entregue nasescolas é muitas vezes superior àqueleque a população tem acesso no merca-do”, explica Stolarski.

Mais higieneOutro investimento que o Governo do

Paraná está fazendo é com a aquisição dekits de inox. “Quero eliminar o plásticoque, além de ter difícil assepsia e apre-sentar riscos de contaminação, tem vidaútil menor que o material de inox”, ava-lia o secretário de Educação, Mauricio Re-quião. A primeira compra, de 333.570 kits,foi destinada para as 766 escolas das 2.100escolas da rede estadual. Os investimen-tos, nesta etapa, foram de cerca de R$ 4,4milhões. Os kits contêm prato, caneca, co-lher e garfo e custarão R$ 13,06 cada.

A necessidade de substituição dosatuais kits de merenda em polipropile-no foi observada na prática escolar. Apóstrês meses de uso, este material sofrealterações, solta partículas e torna ina-dequada a utilização. Os kits em inox,por sua vez, além de serem de alta re-sistência, oferecem segurança e facili-tam a limpeza e a conservação.

Merendaescolar

garantida

Fundepar implantagestãocompartilhada

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Este ano, além de investirna melhoria da merenda, a

Secretaria da Educaçãocomprou kits em inox para

as refeições dos alunos

O controle de qualidade da merenda escolar é feito peloCentro de Pesquisa e Processamento de Alimentos da UFPR

Uma vez ao mês, os Núcleos Regionaisde Educação despacham diretamente coma direção e funcionários da FUNDEPAR/DECOM, Instituto de Desenvolvimento Edu-cacional do Paraná/ Departamento Estadualde Construção, de Obras e Manutenção,da Secretaria de Estado de Obras Públi-cas. Nessas reuniões, é feito o levantamen-to dos processos em andamento, estabe-lecidas as prioridades e tomada de deci-são. Segundo a presidente da Fundepar,Sandra Turra, esse novo dia destinado aosNúcleos foi um sucesso, compareceram os32 Núcleos Regionais de Educação e mais14 escritórios regionais do DECOM. “Acre-ditamos ter sido o início de uma nova for-ma de trabalho, mais democrática e parti-cipativa”, acredita.

Fundo RotativoÉ uma maneira fácil e desburocratiza-

da de gestão de verbas públicas, que dámaior autonomia no gerenciamento dosrecursos, obtendo respostas mais ime-diatas de suas necessidades básicas. Eainda permite o controle pela comunida-de escolar do uso desta verba. Este Fun-do é destinado à aquisição de materiais(limpeza, expediente, didático, esportivo,gás, lâmpadas, entre outros), à execuçãode pequenos reparos (troca de vidros, lim-peza de caixa d’água, fechaduras, insta-lação elétrica e hidráulica, entre outros)e à complementação de gêneros alimen-tícios para a merenda escolar.

No mês de abril, foram liberados paratodos os estabelecimentos de ensino do Es-tado R$ 2.138.895,66, pelo Programa Fun-do Rotativo. No dia 15 de abril, houve a li-beração de R$ 2.110.492,42 referente à 2ªparcela. Isso representa o valor per capitade R$ 0,97 por aluno do 1º Grau e R$ 1,94para os alunos do 2º Grau, mais um valorlinear de R$ 200,00 para os estabelecimen-tos com menos de 1.000 alunos que ofer-tam Ensino Fundamental e Médio, e tam-bém para os estabelecimentos acima de1.000 alunos que ofertam somente o Ensi-no Fundamental. Em 8 de abril, outros R$28.403,14 saem da Fundepar, referentesà liberação da Cota Suplementar para al-gumas escolas para aquisição de materiaisde consumo, realização de outros serviçose pequenos reparos.