1_Manual Do Empreendedor AS_2010
-
Upload
patricia-machado -
Category
Documents
-
view
125 -
download
1
Transcript of 1_Manual Do Empreendedor AS_2010
Mensagem do Presidente da Associação Industrial Portuguesa - Confederação Empresarial A África do Sul, o pólo de desenvolvimento de toda a região do sul do continente africano, deve ser abordada numa perspectiva integrada, juntamente com Angola e Moçambique. Membro da SADC - Comunidade de Desenvolvimento da África do Sul no âmbito da qual participa numa zona de comércio livre que abrange cerca de 170 milhões de habitantes, é das mais avançadas e produtivas economias do continente africano, com recursos naturais abundantes e uma rede de infra-estruturas relativamente desenvolvida. As relações bilaterais entre a África do Sul e Portugal caracterizam-se no entanto por um reduzido fluxo de investimento e de comércio, apesar da existência de uma comunidade portuguesa importante (entre 300 e 500 mil habitantes), a 4ª maior a seguir aos EUA, Brasil e França. Recentemente, este mercado tem promovido uma grande aproximação a Angola, igualmente em foco nos estudos de mercado que a AIP-CE decidiu desenvolver em 2010, com o objectivo de proporcionar às empresas e instituições portuguesas um bom instrumento de inteligência competitiva. Acredito por isso que este estudo constitui um bom trabalho de caracterização da actividade económica sul-africana, bem como de prospectiva, da apresentação de grandes projectos previstos em curso, que permitirá a necessária análise das oportunidades existentes e adequada preparação na sua abordagem. Boa leitura !
Jorge Rocha de Matos
4
Índice 1 GEOGRAFIA & CLIMA 10
2 ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA 11
2.1 Divisão Administrativa 12
3 POPULAÇÃO 13
4 INDICADORES SOCIAIS 16
4.1 Sistema Educativo 16 4.2 Sistema de Saúde 18
5 SECTORES-CHAVE 20
5.1 Agricultura 20 5.2 Indústria Automóvel 23 5.3 Outsourcing 28 5.4 TIC e Electrónica 29 5.5 Energia 31 5.5.1 Carvão 31 5.5.2 Petróleo e Gás Natural 32 5.5.3 Electricidade 33 5.5.4 Energia Nuclear 33 5.6 Indústria Extractiva 33 5.7 Indústria Química 37 5.8 Sector Financeiro 39 5.8.1 South African Reserve Bank 40 5.8.2 Mercado de Capitais 40 5.8.3 Principais Bancos a Operar na África do Sul 41
6 SECTOR EM ANÁLISE: FORNECIMENTO DE BENS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA E TURISMO 44
6.1 A Indústria do Turismo na África do Sul 44 6.1.1 O Turismo de Negócios 45 6.1.2 Turismo Cultural 45 6.1.3 Eco-turismo 46 6.1.4 Turismo Arqueológico 46 6.1.5 Turismo de Aventura 46 6.1.6 Turismo desportivo 46 6.2 Evolução 2009-2010 48 6.3 O Sector dos Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira 53 6.3.1 Caracterização Genérica 53 6.3.2 Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira na África do Sul. Breve Diagnóstico da Oferta 54 6.3.3 Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira na África do Sul. Caracterização dos
Principais Grupos Hoteleiros 72
7 A SADC 96
7.1 Caracterização Geo-Económica 96 7.2 Sector Comercial 97
8 CONTEXTO POLITICO-ECONÓMICO 99
8.1 Evolução Recente 99 8.2 Politica Fiscal 100 8.3 Política Monetária 101 8.4 Previsão Económica 101
9 RELAÇÕES COMERCIAIS PORTUGAL – ÁFRICA DO SUL 110
5
10 BREVE INTRODUÇÃO À CONCRETIZAÇÃO DE UM INVESTIMENTO 116
10.1 Principais Incentivos 117 10.2 Incentivos Gerais 118 10.3 Incentivos Específicos 118 10.3.1 Programa de Incentivos Fiscais a Actividades de Investigação e Desenvolvimento 118 10.3.2 IDZ - Zonas de Desenvolvimento Industrial 119 10.3.3 Fundo para Infra-estruturas críticas (CIF - Critical Infrastructure Fund) 121 10.3.4 Programa de Desenvolvimento da Indústria Automóvel 121 10.3.5 Programa de Apoio ao Investimento Empresarial (EIP - Enterprise Investment
Programme) 121 10.3.6 Programa de Incentivos ao Investimento Estrangeiro (FIG – Foreign Investment Grant)
122 10.3.7 Programa de Incentivos ao Outsourcing e Offshoring de Processos de Negócio (BPO&O
- Business Process Outsourcing and Offshoring Investment Incentive) 122 10.3.8 Programa de Apoio ao Investimento em Tecnologia e Recursos Humanos na Indústria
(THRIP - Technology and Human Resources for Industry Programme) 123 10.3.9 Programa de Apoio à Inovação Industrial (SPII - Support Programme for Industrial
Innovation) 123 10.3.10 Programa Tecnológico seda (STP - seda Technology Programme) 124 10.3.11 Programa de Incentivo à Produção Televisiva e Cinematográfica (Location Film and
Television Production Incentive + South African Film and Television Production and Co-Production Incentive) 124
10.3.12 Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Textil e de Vestuário ( CTP - Clothing and Textile Competitiveness Programme) 125
10.3.13 Sistema de Apoio ao Investimento e Marketing para o Sector Exportador (EMIA - Export Marketing and Investment Assistance Scheme) 126
10.4 Incentivos Regionais 126
11 FISCALIDADE 129
11.1 Rendimento Tributável 129 11.2 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares 129 11.3 Deduções 129 11.4 Plafonds Fiscais 129 11.5 Dividendos Provenientes do Exterior 129 11.6 Imposto sobre o rendimento de Pessoas Colectivas 2009/2010 130 11.7 Tributação sobre Ganhos de Capital 130 11.8 Imposto sobre o Valor Acrescentado 131 11.9 Imposto sobe Assalariado (Employee Tax) 131 11.10 Outros Impostos e Direitos 132 11.10.1 Direitos de Transferência 132 11.10.2 Direitos sobre Património 132 11.10.3 Imposto sobre Doações 132 11.10.4 Taxa sobre Transacção não Certificada de Títulos 133 11.10.5 Skills Development Levy 133 11.10.6 Contribuições para o Seguro de Desemprego 133 11.11 Acordo de Dupla Tributação com Portugal 133
12 VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS: ANÁLISE SADC 134
13 OPORTUNIDADES DE MERCADO 138
14 INVESTIR & EMPREENDER NA ÁFRICA DO SUL: ALGUNS ASPECTOS PRÁTICOS 139
14.1 Criação de Empresas 140 14.2 Licenciamento de Actividade 141 14.3 Quadro Laboral 142 14.4 Registo de Propriedade 144 14.5 Acesso ao Crédito 145 14.6 Protecção dos Investidores 146 14.7 Fiscalidade 147 14.8 Import–Export 148 14.9 Resolução de Contratos 149 14.10 Encerramento de Actividade 150
6
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Divisão Administrativa – Capitais Províncias / Área / População 12
Tabela 2 - Composição Racial (estimativas oficiais 2010) 14
Tabela 3 - Níveis de Educação-Formação na África do Sul 16
Tabela 4 – Valor bruto de produtos agrícolas (milhares de rands), 2003 a 2008 21
Tabela 5 – Trabalhadores na agricultura, caça, silvicultura e pesca, 2003 - 2007 23
Tabela 6 - Posição da África do Sul nas reservas mundiais de minérios, na produção e exportação 35
Tabela 7 - Bancos Controlados por Entidades Sul-Africanas 41
Tabela 8 - Bancos Controlados por Entidades Estrangeiras 41
Tabela 9 – Sucursais de Banco Registadas 42
Tabela 10 – Escritórios de Representação de Bancos Estrangeiros 42
Tabela 11 - Principais Indicadores Junho 2010 48
Tabela 12 - Contribuição dos diferentes tipos de alojamento para a variação (%) anual no rendimento do alojamento 48
Tabela 13 - Estatísticas da Indústria Hoteleira Junho 2009 – Junho 2010 (Statistics South Africa) 51
Tabela 14 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Bar 55
Tabela 15 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Catering 57
Tabela 16 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Limpeza 58
Tabela 17 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Eventos e Conferências 60
Tabela 18 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Salas de Jantar 62
Tabela 19 – Produtos e Nº de Fornecedores de Produtos Alimentares 63
Tabela 20 – Produtos e Nº de Fornecedores de Mobiliário 66
Tabela 21 – Produtos e Nº de Fornecedores de Equipamentos e Acessórios de Cozinha 67
Tabela 22 – Produtos e Nº de Fornecedores de Serviços para Hotelaria e Turismo 69
Tabela 23 - Caracterização da Cadeia: African Pride Hotels 72
Tabela 24 - Caracterização da Cadeia: African Sky 74
Tabela 25 - Caracterização da Cadeia: Gooderson Leisure 75
Tabela 26 - Caracterização da Cadeia: Guvon Hotels 76
Tabela 27 - Caracterização da Cadeia: Isibindi Africa Lodges 76
Tabela 28 - Caracterização da Cadeia: Legacy Hotels & Resorts 77
Tabela 29 - Caracterização da Cadeia: Lions Roars Lodges 78
Tabela 30 - Caracterização da Cadeia: Louis Group Hotels 78
Tabela 31 - Caracterização da Cadeia: The Mantis Collection 79
Tabela 32 - Caracterização da Cadeia: Orient Express 79
7
Tabela 33 - Caracterização da Cadeia: Protea Hotels 81
Tabela 34 - Caracterização da Cadeia: Relais Hotels South Africa 83
Tabela 35 - Caracterização da Cadeia: Relais & Chateaux 84
Tabela 36 - Caracterização da Cadeia: Sun International Hotels 85
Tabela 37 - Caracterização da Cadeia: The Last World 87
Tabela 38 - Caracterização da Cadeia: Three Cities Hotels 87
Tabela 39 - Caracterização da Cadeia: Southern Sun Hotels 88
Tabela 40 - Caracterização da Cadeia: Signature Life Hotels 92
Tabela 41 - Responsáveis pelas Compras em Hotéis Seleccionados 93
Tabela 42 - Produto Interno Produto por Categoria de Despesa 101
Tabela 43 – Principais Indicadores Económicos – Evolução Anual e Estimativas 107
Tabela 44 – Principais Indicadores Económicos - Evolução Trimestral 108
Tabela 45 – Principais Indicadores Económicos – Evolução Mensal 109
Tabela 46 – Balança Comercial Portugal – África do Sul 110
Tabela 47 – Importações da África do Sul, Grupos de Produtos 111
Tabela 48 – Importações da África do Sul, Principais Sub-Grupos (Representatividade 98,3%) 112
Tabela 49 – Exportações Portuguesas, Grupos de Produtos 114
Tabela 50 – Exportações Portuguesas, Principais Sub-Grupos (Representatividade 92,4%) 115
Tabela 51 – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - Escalões 129
Tabela 52 – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas - Escalões 130
Tabela 53 - Vantagens Comparativas Reveladas 134
Tabela 54 - Ranking de Exportadores no Espaço SADC – Ranking SADC em Matéria de Vantagens Comparativas Reveladas (por Categoria de Produtos SITC) 135
Tabela 55 - Vantagens Comparativas Reveladas 136
Tabela 56 - Formalidades visando a criação de sociedades 140
Tabela 57 - Licenciamento de Actividade 141
Tabela 58 – Emprego 142
Tabela 59 - Registo de Propriedade 144
Tabela 60 - Acesso ao Crédito 145
Tabela 61 - Protecção dos Investidores 146
Tabela 62 - Fiscalidade 147
Tabela 63 - Import-Export 148
Tabela 64 - Resolução de Contratos 149
Tabela 65 - Encerramento de Actividade 150
8
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Principais Partidos Políticos (Eleições 2009) 12
Figura 2 – Evolução da População por Província (2001-2010) 13
Figura 3 - Composição Racial 13
Figura 4 – Importações agrícolas, 2003-2007 (milhões de rands) 22
Figura 5 – Exportações de Produtos Agrícolas (Milhões de Rands), 2003-2007 22
Figura 6 – Emprego na agricultura, caça, silvicultura e pesca 23
Figura 7 – Indústria Automóvel: Exportações por Mercado 24
Figura 8 – Receitas de Exportação (2006) 36
Figura 9 – Indústria Química – Principais Subsectores 37
Figura 10 – Nº de Visitantes Estrangeiros (Ano) 44
Figura 11 – Nº de Visitantes Estrangeiros (Ano) 50
Figura 12 - Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) – Tipo de Alojamento 52
Figura 13 - Rendimento do Segmento “Hotéis” (Milhões Rands) 52
Figura 14 – Taxa de Ocupação por Tipo de Alojamento (%) 53
Figura 15 – Actividade Hoteleira: Principais Processos 53
Figura 16- Estados-Membros e Áreas de Intervenção 97
Figura 17 – Evolução do PIB (Biliões Rands) 102
Figura 18 – Evolução do PIB per Capita (Milhares US$) 102
Figura 19 – Índice de Preços ao Consumidor (média %)) 104
Figura 20 – Evolução da Taxa de Câmbio (R:US$ média) 105
Figura 21 – Total Reservas Internacionais (US$ Milhões) 105
Figura 22 – Evolução das Importações / Exportações (Milhões USD) 106
Figura 23 – Principais Mercados de Exportação 2009 (% do total) 106
Figura 24 – Principais Mercados de Origem das Importações 2010 (% do total) 106
Figura 25 – Evolução das Trocas Comerciais Portugal – África do Sul (Milhares de EUROS) 110
Figura 26 – Principais Grupos de Produtos Importados da África do Sul (2009) 111
Figura 27 – Principais Sub-Grupos de Produtos Importados da África do Sul (2009) 112
Figura 28 – Principais Grupos de Produtos Exportados por Portugal (2009) 114
Figura 29 – Principais Sub-Grupos de Produtos Exportados por Portugal (2009) 115
Figura 30 – Principais Oportunidades por Província 138
Figura 31 - Criação de Empresas – Procedimentos e Duração Temporal 140
Figura 32 - Criação de Empresas – Custo e Capital Mínimo 140
Figura 33 - Licenciamento de Actividade –DuraçãoTemporal 141
Figura 34 - Licenciamento de Actividade – Custo (% do Rendimento per Capita) 141
9
Figura 35 - Emprego –Despedimento / Horário Laboral 142
Figura 36 - Emprego – Índice de Rigidez / Custo Contratação / Custos de Despedimento 142
Figura 37 - Registo de Propriedade – Duração Temporal 144
Figura 38 - Registo de Propriedade – Nº de Procedimentos 144
Figura 39 - Acesso ao Crédito – Índice de Direitos Legais 145
Figura 40 - Índice de Informação Creditícia 145
Figura 41 - Protecção dos Investidores – Índices de Disclosure e de Responsabilização 146
Figura 42 - Protecção dos Investidores – Índices de Acção Legal e Protecção do Investidor 146
Figura 43 - Fiscalidade – Nº de Pagamentos e Horas 147
Figura 44 - Fiscalidade – Impostos Totais (% Lucros Brutos) 147
Figura 45 - Export – Nº de Documentos 148
Figura 46 - Export – Duração Temporal 148
Figura 47 - Import-Export – Custo por Contentor 148
Figura 48 - Resolução de Contratos – Nº de Procedimentos 149
Figura 49 - Resolução de Contratos – Nº de Dias 149
Figura 50 - Encerramento de Actividade – Duração Temporal 150
Figura 51 - Encerramento de Actividade – Custo 150
Figura 52 - Taxa de Recuperação (Cêntimos por USD) 150
10
1 GEOGRAFIA & CLIMA A República da África do Sul ocupa o extremo meridional
do continente africano, fazendo fronteira, a norte, com a
Namíbia e o Botswana, e a Nordeste com Moçambique
e a Suazilândia. O Lesotho é um enclave totalmente
rodeado por território sul-africano.
Apresenta uma linha de costa com uma extensão
superior a 2.500 km, desde a fronteira do deserto da
Namíbia na costa Atlântica em direcção ao sul,
circundando o extremo sul de África até ao norte junto da fronteira subtropical de Moçambique, no
Oceano Índico.
A zona costeira é, em geral, estreita, rapidamente dando lugar a escarpas montanhosas que
asseguram a separação face ao planalto interior. Em alguns lugares, especialmente na Província do
KwaZulu-Natal, a Leste, uma grande distância separa a costa destas escarpas.
Apesar de o país estar classificado como semi-árido, existe uma considerável variedade de clima,
assim como de topografia.
Com efeito, o país apresenta uma grande variedade de zonas climáticas, do extremo do deserto
do Kalahari, perto da Namíbia, até ao luxuriante clima subtropical, ao longo da fronteira com
Moçambique. Rapidamente se eleva numa escarpa montanhosa até ao planalto interior
conhecido por Highveld.
O interior da África do Sul é montanhoso, dispersamente povoado e com pouca vegetação. Em
contraste, a costa Leste é luxuriante e rica em recursos hídricos, o que produz um clima muito similar
ao dos trópicos. O extremo sudoeste tem um clima notavelmente similar ao do Mediterrâneo, com
invernos húmidos e chuvosos e verões secos e quentes. Esta região é também particularmente
conhecida pelo seu vento, que sopra intermitentemente durante quase todo o ano. A severidade
deste vento pode apresentar-se particularmente traiçoeiro para os marinheiros junto ao Cabo da
Boa Esperança, tendo motivado muitos naufrágios. Mais para leste, na costa sul do país, a
pluviosidade é distribuída com maior regularidade ao longo do ano, produzindo uma paisagem
verdejante. Esta área é popularmente conhecida como a Garden Route.
O Free State é particularmente plano devido ao facto de a região leste do Highveld não se estender
tão a norte quanto na região ocidental. A norte do Vaal River, a Highveld dispõe de mais recursos
hidricos e não experimenta extremos subtropicais de calor. Johannesburg, no centro de Highveld,
está a 1.740 mts de altitude e recebe uma precipitação anual média de 760 mm. Os invernos na
região são frios, apesar de geralmente não nevar.
11
Para o norte e leste de Johannesburg, a altitude diminui em escarpa a partir da Highveld (savana
alta), e torna-se no Lowveld (savana baixa). O Lowveld é caracterizado por altas temperaturas,
sendo também a localização tradicional do mato de savana da África do Sul. As montanhas
Drakensberg, que formam a escarpa leste do Highveld, oferecem oportunidades limitadas de ski no
inverno. O local mais frio da África do Sul é
Bufflsfontein, situado no distrito de Molteno,
Província do Eastern Cape. Este local registou um
recorde de -18,6ºc.
O interior mais profundo oferece altas
temperaturas, tendo sido registada no Cabo
Norte Sul-Africano do Kalhari, perto de Upington,
em 1948, uma temperatura-recorde de 51,7ºc.
A África do Sul tem também uma possessão, o
pequeno arquipélago sub-antártico das Ilhas do
Príncipe Eduardo, consistindo na Ilha Marion (290 km2) e Ilha do Príncipe Eduardo (45 km2).
2 ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA
A África do Sul é um dos poucos países do Continente em que nunca se registou um golpe de
Estado, realizando-se, há já quase um século, eleições regulares. Contudo, a larga maioria da
população negra não teve direito de voto até 1994.
A África do Sul possui um Parlamento com duas câmaras, compreendendo o Conselho Nacional
das Províncias (ou Câmara Alta) com 90 membros, e uma Assembleia Nacional (ou Câmara Baixa)
com 400 membros.
Os membros da Câmara Baixa são eleitos por sufrágio universal, através do método proporcional,
sendo metade dos seus membros eleitos por listas nacionais e a outra metade por listas provinciais.
Dez membros são eleitos para representar cada província no Conselho Nacional das Províncias,
independentemente da população da província. As eleições para as duas câmaras são realizadas
a cada cinco anos. O Governo é formado na Câmara Baixa, sendo Presidente da República o líder
do partido maioritário na Assembleia Nacional.
12
A política sul-africana é dominada pelo Congresso Nacional Africano (ANC), que recebeu 65,90%
nas eleições nacionais de 2009 (69,7% dos votos nas anteriores eleições gerais de 2004) e 66,3%
dos votos nas eleições municipais de 2006. O maior partido da oposição é actualmente o partido
da Aliança Democrática, que recebeu 16,66% nas eleições nacionais de 2009 (12,4% dos votos
nas eleições de 2004) e 14,8% nas eleições municipais de 2006. O anterior partido dominante,
Novo Partido Nacional, que introduziu o apartheid através do seu predecessor, o Partido Nacional,
sofreu crescentes humilhações nos escrutínios eleitorais desde 1994, e finalmente dissolveu-se e
ironicamente decidiu fundir-se com o ANC em 9 de Abril de 2005. Outros partidos políticos com
maior relevância e representados no Parlamento são o Inkatha Freedom Party, que maioritariamente
representa os votantes zulus, e os Congresso do Povo, que tiveram, respectivamente, 4,55% e 7,42%
dos votos nas eleições de 2009.
Figura 1 – Principais Partidos Políticos (Eleições 2009)
Fonte: Statistics South Africa
2.1 Divisão Administrativa
A República da África do Sul está dividida em nove províncias.
Tabela 1 – Divisão Administrativa – Capitais Províncias / Área / População Província Capital Área (Km2) População
(2001)
População
(2010)
Evolução
2001-2010
Eastern Cape Bisho 169.580 6.436.761 6.743.800 307.039
Free State Bloemfontein 129.480 2.706.776 2.824.500 117.724
Gauteng Johannesburg 17.010 8.837.172 11.191.700 2.354.528
KwaZulu-Natal Pietermaritzburg 92.100 9.426.018 10.645.400 1.219.382
Mpumalanga Nelspruit 79.490 3.122.994 3.617.600 494.606
Limpopo Polokwane 123.900 5.273.637 5.439.600 165.963
Northern Cape Kimberley 361.830 822.726 1.103.900 281.174
North West Mafikeng 116.320 3.669.349 3.200.900 -468.449
Western Cape Cape Town 129.370 4.524.335 5.223.900 699.565
TOTAL 44.819.768 49.991.300 5.171.532
Fonte: Statistics South Africa, Mid-Year Population Estimates for South Africa, Julho 2010
As 9 províncias estão depois subdivididas por 52 distritos e 46 distritos municipais (cidades). Os 46
distritos municipais estão posteriormente subdivididos em 283 municipalidades locais. Os distritos
ANC66%
Congresso do Povo7%
Inkatha5%
Aliança Democrática
17%
Outros5%
Principais Partidos Políticos - Eleições 2009
13
municipais também têm sob sua jurisdição directa 20 áreas de gestão distrital (principalmente
parques de caça). Os 6 distritos metropolitanos cumprem todas as funções tanto dos distritos
municipais como locais.
Figura 2 – Evolução da População por Província (2001-2010)
3 POPULAÇÃO A África do Sul tem um percurso singular no contexto continental, circunstância que se fica
essencialmente a dever a dois factores: a intensidade da colonização europeia e o nível de riqueza
mineralógica do país que o tornou extremamente importante para os interesses do Ocidente,
particularmente durante o período da Guerra Fria. Como resultado deste complexo contexto geo-
económico, a África do Sul é uma nação racialmente muito diversa. Possui a maior percentagem
de população mista (i.e., com passado de mistura racial), branca e indiana do Continente Africano.
Os sul-africanos negros contabilizam quase 80% da população.
A República da África do Sul conta com cerca de 50 milhões de habitantes de diversas origens,
culturas, línguas e religiões.
De acordo com estimativas publicadas em meados de 2005 pelo Statistics South Africa, o país
contaria com cerca de 46.9 milhões de habitantes (44.8 milhões registados no último censo de
2001). De acordo com estimativas oficiais de meados de 2010, a população estará próxima dos 50
milhões de habitantes. Ou seja, em menos de uma década o país “ganhou” 5 milhões de Sul-
Africanos.
Aproximadamente um terço (31%) da população (dados de 2010) terá menos de 15 anos e
somente cerca de 8% (3,8 milhões) terá mais de 60 anos. Relativamente à população com menos
de 15 anos, importa notar que aproximadamente 23% (3,52 milhões) vive na província de KwaZulu-
Natal e 19% (2,99 milhões) vive na província de Gauteng.
Figura 3 - Composição Racial
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
2001 2010
14
A população africana é, naturalmente, maioritária (39.6 milhões) representando 79.4% do total,
seguida da população branca / caucasiana (4.6 milhões – 9.2%), da população mestiça (4.4
milhões – 8.8%) e da população indo-asiática (1.3 milhões – 2.6%).
Tabela 2 - Composição Racial (estimativas oficiais 2010) Grupo Populacional
Habitantes % da
População Total Africanos 39.682.600 79,4
Mestiços 4.424.100 8,8
Indo-Asiáticos 1.299.900 2,6
Brancos 4.584.700 9,2
TOTAL 49.991.300 100
Apesar de dois terços da população da África do Sul ser africana / negra, inexiste uma significativa
homogeneidade cultural ou linguística. Todavia, nove das onze línguas oficias do país são de
origem africana, reflectindo uma enorme diversidade étnica que, contudo, não deixa de ser
trespassada por um património histórico-cultural comum.
A população africana inclui etnias tão diversas como:
Os Nguni, que incluem os Zulu, Xhosa, Ndebele e Swazi;
Os Sotho-Tswana;
Os Tsonga
Os Venda.
A população branca descende, fundamentalmente, dos imigrantes que colonizaram
massivamente o país a partir do final do Séc- XVII e até ao Séc. XIX, os quais eram,
fundamentalmente, provenientes da Holanda, Alemanha, França e Reino Unido. As línguas mais
faladas são o Afrikaans e o Inglês.
A designação “coloured” (mestiço) continuando a ser polémica, não deixou de ser utilizada para
caracterizar a mistura racial decorrente do cruzamento entre descendentes de escravos oriundos da
África Oriental e Central, populações indígenas (Khoisan) que habitavam a região do Cabo,
Africanos e brancos / caucasianos. A maioria da população mestiça fala Afrikaans.
A maioria da população Asiática é originária da Índia, correspondendo a descendentes de
trabalhadores mobilizados para as plantações de açúcar da Costa Leste, denominada, no Séc. XIX,
Africanos79%
Mestiços9%
Indo-Asiáticos3%
Brancos9%
Composição Racial (2010)
15
por Natal. A maioria da população indo-asiática fala Inglês, sendo que franjas deste grupo mantêm
as suas línguas de origem.
No que diz respeito à religião, cerca de dois terços da população Sul-Africana é Cristã,
maioritariamente Protestante, professando uma variedade de credos, muitos deles combinando a
tradição judaico-cristã e crenças tradicionais Africanas.
16
4 INDICADORES SOCIAIS 4.1 Sistema Educativo
A África do Sul conta com 12,3 milhões de discentes (mais 300.000 do que em 2006, aquando da
publicação da primeira edição do Gateway to South Africa), 386.600 professores (mais 20.000
professores face a 2006) e cerca de 26.292 escolas, incluindo 1.098 estabelecimentos privados de
ensino.
O universo de estabelecimentos de ensino desdobra-se em 6.000 liceus (da 7ª à 12ª classe), sendo
os restantes estabelecimentos de ensino primário (da 1ª à 6ª classe). O NQF – National
Qualifications Framework (Quadro Nacional de Qualificações) reconhece três bandas de educação
/ formação:
Educação e Formação Geral;
Educação e Formação Complementar;
Educação e Formação Superior.
O percurso escolar envolve 13 anos – ou classes – sendo que o primeiro ano (“classe zero” ou “ano
de recepção”) e os últimos três anos no sistema de ensino (10ª, 11ª e 12ª classes) não são
obrigatórios. Parte significativa dos estabelecimentos de ensino primário dispõem da designada
“classe zero”, sendo que este ano preparatório também poderá ser concluído nos infantários.
As taxas de aprovação que registavam níveis próximos dos 40 no final da década de 90, têm vindo
a melhorar de forma sustentada, tendo atingido os 68,3% em 2005.
Tabela 3 - Níveis de Educação-Formação na África do Sul Banda Grau
Escolar Nível NQF Qualificações
SUPE
RIO
R
8 Doctor
7 Master Honours
Postgraduate
6
General First Degree Professional First
Degree Bachelor’s Degree
5 First Diploma
Higher Certificate Certificate
CO
MPL
EMEN
TAR 12 4
Diplomas
11 3 Certificates
10 2
GER
AL 9
1 Grade 9 / Educação Básica de Adultos e
Nível 4 de Formação
8 7 6
17
5 4 3 2 1 R
O acesso ao ensino superior é condicionado pela aprovação a três disciplinas especificas nos
últimos três anos de ensino (10ª, 11ª e 12ª classes), sendo que algumas universidades impõem
requisitos académicos adicionais. Um diploma de conclusão do liceu (12ª classe) é, normalmente,
suficiente para assegurar o acesso ao ensino superior ou politécnico (technikon).
A África do Sul dispõe de um sistema de ensino superior particularmente dinâmico, alimentado por
cerca de um milhão de estudantes matriculados em 24 Universidades Públicas. Este conjunto de
instituições públicas, conjuntamente com as antigas 36 universidades e “technikons” gerou,
recentemente, uma nova organização do sistema de ensino superior, estruturada em torno de
instituições terciárias de maior dimensão.
A maioria das Universidades Sul-Africanas ombreia com as suas homologas globais, estando na
vanguarda da investigação científica em muitos domínios do saber.
Tal como em muitos outros domínios, o sistema educativo Sul-Africano é marcado pela diversidade:
escolas e universidades variam enormemente em termos de qualidade, recursos financeiros e
dimensão. As escolas e universidades mais prestigiadas são indiferenciadamente públicas e
privadas.
Todavia, sendo certo que a maioria dos estabelecimentos de ensino é controlada pelo Estado, a
África do Sul dispõe de uma rede educativa fortemente participada por estabelecimentos criados
através de iniciativas comunitárias e / ou de base local, havendo também lugar para um dinâmico
sector educativo privado.
Aproximadamente 2,8% (340.000) dos alunos Sul-Africanos frequentam os 1.098 estabelecimentos
privados de ensino, registando-se uma tendência crescente e sustentada de aumento do número
de escolas e universidades privadas (entre 2005 e 2010 foram criados cerca de 100
estabelecimentos privados de ensino superior).
Os estabelecimentos privados de ensino tendem a divulgar uma imagem de excelência e
selectividade, oferecendo uma formação sólida, marcadamente de inspiração cristã, na linha das
escolas de missão que, em muitos casos, as originaram.
Apesar de uma oferta educativa ímpar no contexto da África subsahariana, o país continua a pagar
a “factura” dos anos do apartheid. A taxa de iliteracia é elevada, registando valores próximos dos
30% entre a população com mais de 15 anos, (6 a 8 milhões de adultos serão analfabetos
funcionais), os professores das zonas suburbanas e rurais dispõem, em geral, de formação débil,
sendo particularmente fraco o nível geral de aproveitamento escolar.
18
65% dos brancos / caucasianos e 40% dos indo-asiáticos com mais de 20 anos concluíram o
ensino secundário e / ou universitário, taxa que baixa sensivelmente no caso da população negra /
africana (14%) e mestiça (17%).
4.2 Sistema de Saúde
Imediatamente após a realização, em 1994, das primeiras eleições democráticas, o país iniciou o
processo de desmantelamento do sistema de saúde baseado na discriminação racial.
Com efeito, até esse momento, os hospitais serviam exclusivamente determinados grupos raciais,
estando, fundamentalmente, concentrados nas áreas densamente habitadas por população
branca / caucasiana. Com 14 Departamentos de Saúde, o sistema era caracterizado pela
fragmentação e pela duplicação. Não existia a preocupação efectiva de prestar cuidados
primários de saúde à maioria da população, estando o sector de saúde polarizado em torno dos
hospitais. As populações rurais estavam virtualmente votadas ao abandono, tendo de percorrer
longas distâncias para ter acesso a cuidados mínimos de saúde.
Ao longo dos últimos anos, o sistema de saúde tem sofrido mudanças rápidas e profundas, tendo
como objectivo torná-lo mais equitativo e acessível a quem dele necessita.
Com efeito, está em desenvolvimento um sistema de saúde de base distrital, o qual pretende
garantir o controlo local dos serviços de saúde pública, bem como uma coordenação nacional da
rede de prestação de cuidados de saúde, tornando-a acessível a todos.
O sistema desdobra-se em 42 regiões de saúde e 162 distritos sanitários. Uma nova estrutura
administrativa está em fase de implementação, ao abrigo da qual as clínicas de cuidados primários
de saúde recaem sob a coordenação das autoridades distritais, ao passo que os hospitais se
mantêm sob responsabilidade das autoridades provinciais.
Desde 1994, mais de 700 clínicas foram construídas, 2.298 beneficiaram de obras de renovação e /
ou de novos equipamentos, tendo sido operacionalizadas 125 clínicas móveis. A rede pública
envolve, presentemente, 3.500 clínicas, as quais disponibilizam cuidados de saúde gratuitos a
crianças com menos de 6 anos, a grávidas e mulheres que amamentam.
Os esforços do sector público no sentido de reformar o sistema de saúde têm sido acompanhados
da promoção, lenta mas segura, de parcerias com o sector privado, as quais estão orientadas para
colmatar a escassez de recursos materiais e humanos com que se debate o sistema de saúde.
Alguns hospitais privados disponibilizam camas e serviços a pacientes do sector público, estando,
simultaneamente, a disponibilizar meios de formação pós-graduada às universidades públicas,
numa estratégia concertada que visa combater a fuga de médicos Sul-Africanos para o
estrangeiro.
Este processo de reforma do sistema de saúde tem sido acompanhado da produção legislativa
necessária à implementação das medidas preconizadas. De entre a produção legislativa recente,
salientamos, pela sua relevância, as leis que visaram a:
19
Promoção do uso de genéricos e medidas activas tendentes a tornar mais acessíveis os
medicamentos;
Regulação da indústria de prestação de cuidados médicos privados, precavendo a
discriminação dos idosos e dos doentes;
Legalização do aborto e promoção do acesso seguro a estabelecimentos públicos e privados
de saúde em caso de interrupção voluntária da gravidez;
Proibição de fumar em locais públicos e realização de campanhas de sensibilização anti-
tabágica.
O sistema de saúde Sul Africano integra um pesado sector público e um pequeno, mas florescente,
sector privado. O sistema oferece um leque de serviços que vai dos cuidados primários,
disponibilizados gratuitamente pelo Estado, até serviços de elevada incorporação tecnológica e
cientifica disponibilizados pelo sector privado e acessíveis somente a uma minoria dos cidadãos.
O sector público encontra-se sub-financiado e sobrecarregado, ao passo que o sector privado está
quase exclusivamente orientado para pacientes que dispõe de cobertura de seguro de saúde ou
de qualquer outro tipo de cobertura privada (18% da população). Os melhores profissionais de
saúde são captados pelo sector privado, capaz de praticar salários francamente mais atractivos do
que o sector público.
Apesar do Estado assegurar somente 40% da despesa total, o sector público tem a
responsabilidade de disponibilizar cuidados de saúde a 80% da população. Apesar deste quadro
geral, a maioria dos recursos concentra-se no sector privado sobre o qual recai a responsabilidade
de assegurar cuidados de saúde aos restantes 20% da população Sul Africana.
O número de estabelecimentos privados de saúde continua a crescer de forma sustentada. Há
quatro anos atrás, aquando da publicação do primeiro Gateway to South Africa, existiam 161
hospitais privados, dos quais 142 em zonas urbanas. Actualmente, existem 200 hospitais privados. A
indústria mineira dispõe, também, de uma rede de estabelecimentos de saúde, composta por 60
hospitais e clínicas disseminadas por todo o território nacional.
A maioria dos profissionais de saúde, com excepção das enfermeiras, desenvolve actividade em
hospitais privados. O sector público tem, nos últimos anos, centrado a sua atenção nos cuidados
primários, ao passo que o sector privado tem, progressivamente, alargado o seu leque de serviços
às especialidades e ao sector terciário.
A saúde consome, aproximadamente, 11% do total do orçamento de Estado, o qual é alocado e
executado por cada uma das nove províncias. A alocação destes recursos e a forma como os
mesmos são dispendidos varia de província para província. Dispondo de menos recursos e de um
maior número de excluídos, províncias como o Eastern Cape enfrentam desafios significativos para
disponibilizar serviços de saúde adequados e de qualidade, ao passo que províncias mais ricas
como Gauteng e Western Cape podem oferecer serviços de maior qualidade.
20
5 SECTORES-CHAVE 5.1 Agricultura
Cobrindo 1,2 milhões de quilómetros quadrados de terra, a África do Sul representa 1/8 dos EUA e
tem sete regiões climáticas, desde o clima mediterrânico até ao subtropical e semi-desértico.
Esta sua biodiversidade, aliada à sua longa linha costeira de 3.000 km, servida por sete portos de
mar, favorece o cultivo de uma enorme diversidade de produtos agrícolas, desde os produtos da
época, citrinos e frutos subtropicais até aos cereais, lã, floricultura, gado e caça.
A África do Sul apresenta uma economia agrária dual que compreende um desenvolvido sector
comercial e um sector predominante orientado para a subsistência, localizado, genericamente, nas
áreas rurais. Cerca de 13% da superfície do país pode ser utilizada para a produção agrícola. As
terras com alto potencial arável correspondem apenas a 22% da terra arável total. Cerca de 1,3
milhões de hectares estão sob irrigação.
O principal constrangimento à produção agrícola é a disponibilidade de água. A precipitação não
ocorre de forma homogénea em todo o país. Cerca de 50% da água existente na África do Sul é
utilizada para rega na agricultura. Derivado da sua localização geográfica, algumas regiões da
África do Sul são causticadas com fenómenos de seca extrema.
O milho é a mais importante cultura (em termos de área), seguido do trigo, cana-de-açúcar e
girassol. A indústria do milho assume grande importância na economia sul-africana, sendo a África
do Sul o maior produtor da SADC.
O trigo afirma-se como uma cultura de importância estratégica, não só por razões de segurança
alimentar, mas também por assegurar entre 25% e 33% do valor bruto de produção agrícola.
Outra cultura de grande importância é a cana-de-açúcar, sendo a África do Sul o 13º produtor
mundial.
21
Tabela 4 – Valor bruto de produtos agrícolas (milhares de rands), 2003 a 2008 PRODUTO 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 Milho 8.217.126 7.490.874 6.870.817 10.772.965 20.795.560
Cana de açúcar 3.452.433 3.046.569 3.654.463 4.030.981 4.118.551
Feno 2.532.059 2.402.649 2.365.232 2.174.874 2.483.645
Trigo 2.209.104 1.841.746 1.978.498 3.222.667 4.794.331
Sementes de girassol 1.231.010 1.018.516 1.045.966 794.616 3.846.068
Tabaco 456.445 413.001 262.787 230.672 194.742
Feijões de soja 469.643 347.293 622.195 480.379 1.134.293
Cevada 343.920 248.326 261.642 372.036 430.772
Feijões secos 297.908 244.412 324.729 261.354 428.872
Grão de sorgo 404.226 140.883 131.593 300.246 507.738
Algodão 228.008 119.041 9.0251 87.979 113.077
Outras culturas agrícolas 546.589 325.012 393.711 573.580 893.105
Casca de wattle 47.886 49.934 75.865 97.408 93.250
Aveia 36.164 38.784 31.675 39.371 70.422
Raíz de chicória 35.365 31.010 36.200 26.873 14.416
Semente de luzerna 8.096 8.256 4.339 3.461 2.243
Ervilhas secas 1.630 1.406 995 1.020 1.283
Lentilhas 30 33 28 27 34
Sisal 1.248 953 950 81 24
TOTAL CULTURAS AGRÍCOLAS 20.518.890 17.768.698 18.151.936 23.470.590 39.922.426
Viticultura 2.721.920 2.678.432 2.615.511 2.686.885 2.973.822
Citrinos 3.793.309 3.964.684 2.773.400 3.366.492 5.013.128
Frutos Subtropicais 1.334.842 1.439.726 1.480.895 1.634.191 1.817.820
Outros Frutos 5.610.171 5.016.434 4.786.187 6.101.516 6.425.416
Fruta Seca 241.207 243.180 286.496 337.996 402.702
Nozes 53.606 56.737 58.731 66.529 78.505
Vegetais 4.047.862 3.845.707 4.169.526 4.892.108 5.851.695
Batatas 2.922.415 2.507.395 2.969.268 2.941.100 3.546.523
Flores e Bolbos 663.808 694.285 760.375 756.866 720.076
Chá de Rooibos 121.811 126.659 117.961 141.467 150.000
Chá 67.917 23.577 33.166 48.493 72.426
Outros Hortofruítcolas 35.389 33.318 35.704 38.831 44.806
TOTAL HORTICULTURA 21.614.257 20.630.134 19.087.221 23.012.474 27.096.919
Lã 947.821 737.611 690.064 1.131.931 1.499.505
Mohair 167.548 177.216 236.372 252.948 242.942
Peles de Caraculo 2.900 4.541 4.588 7.896 8.188
Penas e Produtos de Avestruz 299.578 337.648 416.502 343.964 370.270
Aves Abatidas 10.580.828 10.999.428 12.204.288 13.965.725 16.666.289
Ovos 3.061.641 3.321.472 3.804.532 4.714.904 5.429.214
Gado e Vitelos Abatidos 6.411.735 7.329.051 9.530.481 12.514.286 12.982.639
Ovelhas e Cabras Abatidas 1.715.955 1.780.906 1.990.075 2.381.827 2.369.439
Porcos Abatidos 1.385.670 1.490.305 1.486.134 2.066.507 2.581.506
Leite Fresco 5.198.697 5.324.423 5.311.544 6.027.899 9.006.891
Outros Produtos Animais 1.241.854 1.363.026 1.572.178 1.518.066 1.979.220
22
PRODUTO 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 TOTAL PRODUTOS ANIMAIS 31.014.227 32.865.627 37.246.758 44.925.953 53.136.103
TOTAL GERAL 73.147.374 71.264.459 74.485.915 91.409.017 120.155.448
Fonte: Abstract of Agricultural Statistics 2009 - Department of Agriculture (Nota: Valores de 2007/08 preliminares)
Actualmente, a África do Sul é, não só, um país virtualmente auto-suficiente no que respeita aos
principais produtos agrícolas, como num ano agrícola normal é também um exportador líquido.
Figura 4 – Importações agrícolas, 2003-2007 (milhões de rands)
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
2003 2004 2005 2006 2007
Nota: Valores para 2007 preliminares Fonte: Abstract of Agricultural Statistics 2009, Department of Agriculture
A África do Sul está entre os cinco maiores exportadores mundiais de abacate, toranja, tangerina,
ameixa, pêra, uva de mesa e derivados de avestruz. A agricultura contribui com uns 8% do total de
exportações do país. Os maiores sectores de exportação são o vinho, citrinos, açúcar, uvas, milho,
sumos de fruta, lã, frutas de época, como maçãs, peras, pêssegos e alperces. Outros produtos
importantes de exportação são o abacate, produtos lácteos, flores, alimentos preparados,
curtumes, carne, bebidas não alcoólicas, ananases, fruta em conserva, nozes, açúcar e vinhos.
Estão a despontar alguns mercados de nicho, como as bebidas à base de ervas e o marisco de
luxo.
Figura 5 – Exportações de Produtos Agrícolas (Milhões de Rands), 2003-2007
Nota: Valores para 2007preliminares Fonte: Abstract of Agricultural Statistics 2009, Department of Agriculture
O número de trabalhadores no sector primário tem vindo a decrescer ao longo dos últimos anos.
Este sector empregava cerca de 12,6% da população em 2002, valor que decresceu para 7,5% no
ano 2005. Esta situação é tão mais preocupante quanto é directamente tributária do decréscimo
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
2003 2004 2005 2006 2007
Produtos Processados Produtos Não Processados
23
de pessoal especializado, tendo-se, inclusivamente, verificado um acréscimo, de 2002 para 2005,
do número de trabalhadores não qualificados.
Tabela 5 – Trabalhadores na agricultura, caça, silvicultura e pesca, 2003 - 2007 NÚMERO DE TRABALHADORES (milhares) Set-03 Set-04 Set-05 Set-06 Set-07
Trabalhadores na agricultura, caça, silvicultura e pesca 1.212 1.063 925 1.088 1.041
Trabalho especializado agricultura 341 329 302 432 341
Emprego total na economia 11.424 11.643 12.301 12.800 13.306
Fonte: Abstract of Agricultural Statistics 2009 - Department of Agriculture
Figura 6 – Emprego na agricultura, caça, silvicultura e pesca
Fonte: Abstract of Agricultural Statistics 2006 - Department of Agriculture
Uma referência particular para a indústria vinícola, a qual tem conhecido uma evolução
significativa nos últimos anos. Internacionalmente falando, os vinhos sul africanos são cada vez mais
premiados e são cada vez mais reconhecidos pelo seu valor custo-qualidade.
O turismo vitivinícola está também a expandir-se, com novas adegas a abrirem e os níveis de
produção e exportação a crescerem exponencialmente.
A África do Sul produz à volta de 3% do vinho mundial e está entre os nove de maior produção.
As exportações de vinhos sul africanos passou de 22 milhões de litros em 1992 para quase 314
milhões de litros em 2007, com as exportações a ultrapassarem as vendas a nível nacional pela
primeira vez, entre Janeiro de 2007 e Janeiro de 2008.
5.2 Indústria Automóvel
A indústria automóvel na África do Sul é um dos motores da economia do país. O sector exporta
cerca de 10% do que fabrica, fazendo dela uma parte crucial da economia da África do Sul.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
2003 2004 2005 2006 2007
Especializado Não Especializado
24
Com uma produção anual de 535.000 veículos em 2007, que se estima tenha chegado aos
630.000 em 2008, a África do Sul pode ser considerada como um contribuinte menor para o fabrico
de automóveis no mundo, que chegou aos 73 milhões de unidades em 2007.
Mas em termos nacionais o sector automóvel é um gigante, contribuindo com 7,5% do PIB (Produto
Interno Bruto) e empregando 36.000 pessoas.
O governo classificou a indústria automóvel como um sector chave em crescimento, com
perspectivas de aumentar o fabrico de automóveis para 1,2 milhões de unidades até 2020, ao
mesmo tempo que se crê irá aumentar também a participação local.
A África do Sul tem sido um dos mercados mais bem sucedidos no mundo nos últimos anos. Os
valores de vendas de novos veículos subiram para recordes absolutos em três anos consecutivos,
entre 2004 e 2006. Em 2006 as vendas subiram 14,4% para um pouco menos de 650.000
unidades, gerando receitas na ordem dos 118,4 biliões. As vendas baixaram 5,4% em 2007 e
certamente que se terão ressentido em 2008 e 2009, devido ao cenário de crise global.
Apesar disso, as previsões de exportação devem continuar a manter a indústria local com sinal
positivo. As exportações de veículos rondaram as 170.000 unidades em 2007 e a NAAMSA –National
Automobile Association of South Africa (Associação Automóvel Nacional da África do Sul) estima que
este valor tenha ultrapassado as 285.000 unidades em 2008. Um extraordinário crescimento,
sobretudo se comparado com 1997, quando foram exportadas menos de 20.000 unidades.
A África do Sul exporta actualmente veículos para mais de 70 países, especial o Japão (cerca de
29% do valor total de exportações), Austrália (20%), Reino Unido (12%) e EUA (11%). Entre os restantes
destinos de exportação contam-se a Argélia, o Zimbabué e a Nigéria.
Figura 7 – Indústria Automóvel: Exportações por Mercado
Fonte: http://www.southafrica.info
Todos os principais fabricantes de automóveis estão representados na África do Sul, assim como oito
dos dez principais fabricantes principais mundiais de peças e componentes e quatro dos maiores
fabricantes de pneus. Muitas das principais empresas multinacionais usam os componentes sul
africanos e montam os seus veículos quer para o mercado local quer estrangeiro.
Entre 2000 e 2006, o investimento industrial em termos de produção e exportação quadruplicou, de
1,5 bilião para 6,2 biliões de rands, antes de abrandar para 3 biliões em 2007. Conta-se que o
investimento em 2008 tenha rondado os 4 biliões de rands.
Japão29%
Austrália20%Reino Unido
12%
EUA11%
Outros Destinos28%
25
A maior parte foi investimento externo, com as empresas-mãe dos fabricantes de automóveis locais
a expandirem a sua operação e a aumentarem a sua capacidade de produção, exportações e
infra-estruturas de apoio.
Todos os grandes fabricantes no país lançaram programas de exportação nos últimos anos – o
último (em Janeiro de 2008) foi a Ford Motor Company da África do Sul.
Com efeito, em Janeiro de 2008, a Ford Motor Company da África do Sul
anunciou planos de investimento de mais de 1,5 biliões para expandir as
suas operações no país, com vista à produção do camião pickup
compacto da nova geração Ford com motor Puma a diesel.
O braço local do gigante americano lançou este investimento em 2009, o qual envolve a unidade
de montagem de Silverton, Pretória, e a unidade de motores em Struandale, Port Elizabeth, sendo a
maioria dos carros fabricados para exportação.
A General Motors South Africa, com sede em Port Elizabeth, no Western Cape, detém as marcas
Chevrolet, Opel, Isuzu, Saab, Cadillac e Hummer. Em 2005 a empresa
celebrou um contrato a seis anos para montagem e exportação do Hummer
H3, traduzindo-se num investimento de 100 milhões de Dólares na sua unidade
de Struandale.
A GM South Africa pretende construir um novo centro de conversão de distribuição, que envolve um
investimento de vários milhões de rands.
A Mercedes-Benz South Africa fabrica os veículos Mercedes-Benz e Mitsubishi na sua unidade fabril
de East London, no Eastern Cape. A sede da empresa fica na província de
Gauteng, de onde os Mercedes-Benz, Smart, Maybach, Mistisubishi Motors,
Freightliner, Western Star e FUSO são comercializados e financiados.
A Mercedes-Benz SA despendeu recentemente 2 biliões de rands a
melhorar as suas instalações fabris, produzindo actualmente veículos com volante à direita e à
esquerda para o seu último modelo Classe-C, tanto para o mercado interno como externo.
A Toyota South Africa completou recentemente um programa de cinco anos de modernização e
revitalização orçado em, aproximadamente, de 2,4 biliões de rands. A sua
fábrica em Prospecton, a sul de Durban, é agora uma fábricas da Toyota
tecnologicamente mais avançadas do mundo (fora do Japão), com
capacidade de produção de 220.000 unidades por ano.
Como fábrica de produção global, a Toyota South Africa transformou-se de um simples fornecedor
meramente local numa base sólida de exportação, fornecendo veículos para a Europa e a África. A
empresa, que exporta para mais de 40 países, alcançou as 140.000 unidades para exportação em
2008, ou seja 60% do total das exportações automóveis da África do Sul.
26
A Volkswagen South Africa situa-se em Uitenhage, junto de Port Elizabeth, no Eastern Cape. Em 2007
a empresa celebrou o seu 56º aniversário neste país e 2,5 milhões de veículos
saídos das suas linhas de montagem. É líder no mercado de veículos de
passageiros, responsável por uma fatia de 21% das vendas de veículos novos.
Entre 2000 e 2008, a Volkswagen South Africa investiu perto de 6 biliões de rands
em novos modelos, uma nova unidade de pintura e uma nova fábrica de montagem de camiões
e autocarros.
O elemento catalisador para este crescimento fenomenal tem sido o Programa de
Desenvolvimento para a Indústria Automóvel (MIDP – Motor Industry Development Programme) do
governo. Introduzido em 1995, prevê-se que continue, com desfasamento progressivo, até 2012.
O MIDP lançou as exportações, permitindo aos fabricantes nacionais de automóveis incluírem os
valores totais de exportações nos seus montantes locais, podendo assim importar mercadorias do
mesmo valor sem impostos. Isto fez com que os fabricantes de automóveis se concentrassem no
fabrico de determinados veículos ou componentes para exportação, importando embora outros
modelos.
O programa concede ainda um subsídio de produção aos fabricantes de automóveis que investem
em novas fábricas e equipamentos, devolvendo-lhes 20% do seu capital, na forma de créditos
sobre direitos de importação, por um período de cinco anos.
O governo prevê introduzir um plano sucessor do MIDP, destinado a melhorar a cadeia de valor
nacional. O novo programa, que perdurará até 2020, focar-se-á em valor acrescentado, sendo
consistente com as obrigações multilaterais da África do Sul. É provável que tome a forma de um
subsídio de produção.
O Ministério do Comércio e da Indústria (DTI – Department of Trade and Industry) afirmou que este
novo programa de apoio se traduzirá em mais emprego e numa sustentabilidade a longo prazo
para a indústria. O plano apoiará a produção e o investimento que “pretendam atingir um volume
mínimo de saída para cada uma das plataformas de 50.000 unidades por ano ao longo de um
período de tempo razoável."
A indústria automóvel da África do Sul oferece uma série de vantagens competitivas que lhe têm
permitido captar importante investimento estrangeiro. De entre estas vantagens salientamos um
custo de produção imbatível a nível mundial, custos de ferramentas competitivos e um elevado
nível de flexibilização no fabrico. A indústria local tem ainda bons acessos ao hemisfério sul e aos
restantes mercados africanos.
A indústria sul Africana detém algumas tecnologias únicas, como por exemplo os fechos de porta
centralizados para veículos off-road ou recreativos, soldadura de alumínio para radiadores e a
capacidade de criar componentes tais como filtros de ar e limpadores de sistemas de ar
condicionado e ar compatíveis com as mais altas temperaturas e níveis de pó de África.
27
Estas unidades de produção de primeira categoria têm também acesso a várias matérias-primas e
a electricidade barata, bem como a redes de transportes estáveis e boas telecomunicações.
O Centro para o Desenvolvimento da Indústria Automóvel e o centro de testes GEROTEC, perto de
Pretória, são excelentes instalações para investigação, design, testes e formação.
Novas oportunidades de investimento estão a ser criadas para esta indústria, com a introdução de
acordos de comércio livre com a União Europeia e a SADC – Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral e a Lei Norte-Americana para Oportunidades e Crescimento Africano.
Existem mais de 200 fabricantes de peças e componentes auto em toda a África do Sul e cerca de
150 outros que fornecem esta indústria numa base de não exclusividade. A indústria de peças e
componentes tem um volume de vendas de 50 biliões de rands, ou seja cerca de 2% do PIB
nacional.
A África do Sul exportou 30,3 biliões de rands de peças e componentes auto em 2006, um aumento
de 32% relativamente a 2005. Os catalisadores continuaram a ser a peça auto mais exportada,
representando quase metade de todas as exportações de peças e componentes.
Outros tipos de exportações no sector são, por exemplo, motores, silenciadores e sistemas de
escape, radiadores, rodas e pneus, cobertura de assentos em couro, auto-rádios e aparelhagens
de som, e eixos, sobretudo para camiões pesados.
A Alemanha, Espanha, Reino Unido, França e África Subsaariana são os principais destinos das
exportações de peças e componentes sul africanas.
Relativamente ás características do mercado automóvel, os Sul-Africanos têm à sua disposição
umas surpreendentes 1.390 variantes de automóveis, veículos de recreio e comerciais ligeiros,
segundo um relatório do site Fin24.com.
A escolha mais do que duplicou nos últimos 10 anos. Em 1997, pouco depois da reentrada da Alfa
Romeo, Renault e Chevrolet na África do Sul – e quando os sul africanos começaram a adquirir
automóveis de marcas emergentes como Mahindra, Ssang Yong, Dacia, Kia, Hyundai, Daewoo,
Saab e Subaru – havia 37 fabricantes com uma oferta de 595 modelos diferentes.
Desde então, a Bentley, Cadillac, Citroën, Maybach, Mini, Proton, TVR, GWM, Lexus e Tata marcaram
a sua liderança no Mercado sul africano, quer de modo independente quer unindo forças com os
distribuidores já existentes e empresas relacionadas com os grupos.
No entanto e apesar destas novas entradas, a maioria dos compradores sul africanos tendem a
optar por marcas mais conhecidas e estabelecidas no país há mais tempo, como é o caso da
Toyota, Volkswagen, Ford, Mazda ou BWM. Estas marcas juntas representam ainda mais de 80% da
fatia de mercado dos novos veículos no país.
28
5.3 Outsourcing
Num contexto de crise global, as empresas confrontam-se com a necessidade de reduzir custos e
sentem cada vez mais a pressão das metas a atingir. Esta situação configurou uma oportunidade
que a África do Sul está a aproveitar, tornando-se um destino competitivo para contratos de
outsourcing.
O chamado BPO, do inglês Business Process Outsourcing, ou processo de terceirização, é uma
tendência cada vez maior e esta indústria, que representa aproximadamente 130 biliões de rands
ao ano, tem uma taxa de crescimento estimada em 50% nos próximos cinco anos.
O BPO inclui redistribuir certos processos de negócio que são geralmente desempenhados na
própria empresa por uma empresa externa, como apoio directo ao cliente ou centrais de
atendimento, para efectuarem as funções em nome dessa empresa.
Identificado como um sector-chave na estratégia de crescimento da economia e criação de
emprego adoptada pelo Governo, prevê-se que, com a ajuda do BPO, se criem 25.000 empregos
directos e 75.000 indirectos na África do Sul.
O outsourcing ou terceirização de serviços de informática (IT –Information Technology) está
igualmente a florescer na África do Sul, com a diversidade própria do mercado nacional, tendo
como base um know-how de nível mundial e um ambiente de desenvolvimento propício, que a
tornam no laboratório de ensaios, ideal para a promoção da inovação.
O outsourcing de serviços informáticos representa mais de um terço do mercado de serviços de 30
biliões de rands, segundo um estudo feito em 2008 pela firma de investigação e consultoria IDC.
A Gartner, o grupo internacional de investigação, classifica a África do Sul como um dos 30 destinos
de outsourcing de criação de software mais procurados do mundo.
Por outro lado e de acordo com o jornal económico Business Day, as centrais nacionais de
atendimento cresceram 8% ao ano desde 2003. O sector emprega 54.000 pessoas e contribui com
0.92% do PIB sul africano.
Um BPO com apoio do estado, lançado em 2007, procura aumentar a competitividade da África
do Sul e engloba incentivos de investimento na ordem do 1,1 biliões de rands. O plano centra-se
em:
Uma estratégia ampla de marketing.
Um programa de apoio governamental que inclui concessão de investimento e subsídios
para formação.
Uma estrutura crescente de preços para as telecomunicações.
Para as empresas estrangeiras, a África do Sul encaixa-se entre localizações nearshore como o
Canadá, México ou Europa de Leste, que oferecem proximidade e simultaneamente afinidade
29
cultural, e as localizações offshore mais tradicionais, como a Índia ou as Filipinas, que oferecem
custos de mão-de-obra mais competitivos.
A África do Sul tem diversos factores a seu favor, de entre eles:
Equipas de centrais de atendimento de alto nível.
Compatibilidade horária com a Europa.
Óptima fluência de Inglês, reforçada por sotaques de língua inglesa mais facilmente
entendíveis nos mercados ocidentais.
Uma taxa de câmbio favorável.
Forte apoio por parte do governo.
Incentivos Estatais, como por exemplo subsídios à instalação e expansão de serviços e preços
de telecomunicações mais reduzidos.
Uma crescente e avançada indústria de telecomunicações.
O governo está a adoptar medidas no sentido de garantir capacidade de banda larga mais barata
e mais acessível, com chamadas internacionais também menos onerosas. Estão a ser envidados
outros esforços para colocação de cabos submarinos de fibra óptica, tanto na costa leste como
oeste de África, reforçando as ligações entre o continente e o resto do mundo.
Entre as empresas estrangeiras que já escolheram a África do Sul como destino de BPO conta-se a
IBM, Fujitsu Siemens, Lufthansa, Virgin, Sykes, Avis e a Car Phone Warehouse.
O empenho da África do Sul na indústria de BPO esteve em evidência em 2007 com a decisão de
construir uma central de chamadas no valor de 125 milhões de rands, com 1500 lugares, na Zona
Industrial de Coega, em Port Elizabeth, Eastern Cape.
O Parque BPO cobre cinco hectares na área comercial de Coega e inclui instalações para
formação profissional e espaços de lazer.
De entre outros investimentos recentes, destacam-se:
Em Maio de 2008, a multinacional Royal Dutch Shell abriu uma central de atendimento na
Cidade do Cabo. O centro atenderá os clientes da Shell na Bélgica, Luxemburgo e
Holanda, com operadores que falam Afrikaans treinados para falarem em Holandês e
Flamengo.
Em Novembro de 2007, o gigante Americano de outsourcing Tele Tech começou a
construir novas instalações fora da Cidade do Cabo – a sua primeira base no continente
africano.
5.4 TIC e Electrónica
Líder das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em África, a África do Sul é o 20º maior
consumidor de produtos e serviços de IT (Information Technology) no mundo.
30
Contribuindo cada vez mais para o PIB do país, as TIC da África do Sul e o sector electrónico são
sofisticados e encontram-se em franco desenvolvimento.
A indústria de IT da África do Sul caracteriza-se pela liderança tecnológica, particularmente no
campo dos serviços electrónicos bancários. As empresas sul africanas são líderes mundiais em pré-
pagamento, gestão de receitas e sistemas de prevenção de fraude, e no fabrico de caixas
descodificadoras (conhecidas por set-top boxes), todas exportadas para o resto do mundo com
sucesso.
Vários grupos internacionais, reconhecidos como líderes no sector IT, têm
delegações na África do Sul, incluindo a IBM, Unisys, Microsoft, Intel, SAP (Systems Application
Protocol), Dell, Novell e Compaq.
As receitas da indústria electrónica na África do Sul estão a aumentar a níveis
muito acima do taxa de crescimento do PIB. Entre os líderes principais na
indústria, defesa, telecomunicações e electrónica encontram-se a Siemens,
Ericsson, Altech, Grintek, Spescom, Tellumat e a Marconi.
Um mercado de consumidores de electrónica altamente competitivo,
produzindo produtos electrónicos de alto valor acrescentado, têm também um
papel importante.
Espera-se que as TIC da África do Sul e os sectores da electrónica continuem a
mostrar um forte crescimento no futuro, devido às vantagens competitivas específicas do país e do
continente.
Referência particular para a criação, em 2002 e em Pretória, do Espaço
de Inovação da África do Sul, primeiro parque de ciência e tecnologia
em África internacionalmente reconhecido.
Um projecto da IQ Blue, um departamento industrial de tecnologia de ponta na província de
Gauteng, o complexo reúne a indústria high-tech, cientistas, académicos e empresários, no sentido
de melhorar a tecnologia e a produtividade sul africanas.
Tomando como ponto de referência melhores práticas globais, o centro cruza uma teia
multidisciplinar, que engloba a electrónica, as TIC, a bio-ciência e sectores de fabrico avançados,
apoio à criação de empresas (spin-off) na defesa e indústria autómovel.
Dispõe ainda de um programa de incubadoras de empresas que deu vida a projectos que vão
desde as soluções de gestão de passwords e sistemas de vouchers electrónicos até próteses com
microprocessador.
As indústrias TIC da África do Sul são apoiadas pelo Instituto Avançado Africano para as Tecnologias
da Informação e Comunicação, também conhecido por Instituto Meraka. Criado como uma
iniciativa estratégica governamental, o instituto incentiva as competências ao nível das TIC,
31
investigação e inovação, adoptando ainda o Free/Libre and Open Source Software(FLOSS), em
português, o software de código aberto.
Outra parceria entre indústria, universidade e governo é o Centro de Joanesburgo para Engenharia
de Software. O centro pretende aumentar a capacidade da África do Sul de produzir software de
alto nível, reforçar a indústria de software nacional e promover as melhores práticas no
desenvolvimento de software em todo o continente africano.
Por outro lado, a USAASA (Agência Sul Africana de Serviço e Acesso Universal) criada em 1997 tem
vindo a trabalhar com outros organismos e organizações não governamentais, a fim de serem
formados centros por todo o país onde as comunidades menos favorecidas possam ter acesso a
serviços TIC e formação.
5.5 Energia
O sector energético é de importância vital para a economia Sul-Africana, representando
aproximadamente 15% do PIB.
Os vastos depósitos de carvão permitem a oferta de energia eléctrica a custos particularmente
moderados, sendo a África do Sul um dos países do Mundo em que a oferta de energia é mais
barata.
As reservas de petróleo são despiciendas, sendo a África do Sul um país com um sistema produtivo
fortemente dependente do carvão e com uma indústria de combustíveis sintéticos altamente
desenvolvida.
5.5.1 Carvão
O carvão representa cerca de 75% do consumo primário de energia, sendo a sua maioria utilizado
para gerar electricidade e para operações ligadas à produção de combustíveis sintéticos e
petroquímicos.
As fábricas de aço (em particular a ISCOR) são os principais consumidores de carvão,
conjuntamente com os operadores das indústrias de combustíveis sintéticos e petroquímica. A
extracção de ouro, as indústrias cimenteira e de materiais de construção são também grandes
consumidores de energia eléctrica produzida a partir de carvão.
Aproximadamente um terço da produção destina-se à exportação, através do terminal de Richards
Bay, a maior infraestrutura do mundo para exportação de carvão, sendo a Europa o principal
destino das exportações Sul-Africanas deste combustível.
A SASOL e a PetroSA são os dois principais operadores do
mercado dos combustíveis sintéticos. A SASOL é o mais importante
produtor mundial de combustível a partir do carvão, gaseificando
o carvão p ara o converter, posteriormente, numa panóplia de
32
combustíveis líquidos e petroquímicos. A SASOL dispõe de unidades industriais de liquidificação de
carvão em Secunda (combustíveis) e Sasolburg (petroquímicos).
Desde 2000 que a empresa vem desenvolvendo intensa actividade de I&D visando aferir a viabilid
ade da substituição do carvão por gás natural, tendo por base, não só as elevadas despesas de
capital associadas às operações de mineração de carvão, mas também os pesados investimentos
impostos pela crescentemente restritiva legislação ambiental.
5.5.2 Petróleo e Gás Natural
Em 2001, no âmbito de um processo de racionalização dos activos do Estado no sector do petróleo
e gás natural , procedeu-se à fusão da MOSSGAS e da SOEKOR numa única empresa pública, a
PetroSA.
A PetroSA converte gás natural numa variedade de combustíveis líquidos tais
como gasóleo, destilados, querosene e gás petrolífero. Em 2001, a PetroSA
concluiu um projecto de transporte de gás do off-shore de Mosel Bay,
garantindo à unidade aí instalada mais 8 anos de fornecimento de gás.
Paralelamente, prossegue a exploração noutras secções da bacia de
Bredasdorp em Mosel Bay, tendo em vista determinar a extensão das reservas existentes.
A PetroSA opera o bloco de Oribi / Oryx, produzindo 25.000 barris / dia e colocou (em 2003) em
stream o bloco de Sable, 150 Km a Sudoeste de Mossel Bay.
As perspectivas de produção de gás natural na África do Sul conheceram um significativo impulso
em 2000 com a descoberta de reservas off-shore perto da fronteira com a Namíbia. O bloco de
Ibhubezi dispõe de reservas comprovadas da ordem dos 0.27 a 0.3 triliões de pés cúbicos de
hidrocarbonetos.
As empresas americanas Forest Oil Corp. e Anschutz, conjuntamente com a empresa local
Mvelaphanda, estão a explorar o bloco de Ibhubezi. A PetroSA adquiriu, em 2003, 30% do projecto
Ibhubezi, perspectivando o aproveitamento do potencial de recursos em gás, conjuntamente com
o gás proveniente da Namíbia e de Moçambique, na sua unidade industrial de Mossel Bay.
A prospecção exploratória iniciou-se em finais de 2004, tendo a produção arrancado em 2006.
A África do Sul possui um sector de refinação de petróleo altamente desenvolvido, sendo uma das
mais importantes Nações do Continente neste sector. A capacidade de refinação de crude
instalada no país ascende a aproximadamente 500.000 barris / dia. Os produtos são
comercializados no mercado local e exportados, em particular, para a África Oriental.
Diversas multinacionais do sector, tais como a Shell, BP, Caltex e Total Elf Fina estão instaladas no
país., tendo quase todas elas estabelecido acordos visando a entrada no capital, como accionistas
minoritários, de pequenas empresas constituídas no quadro do processo de blackempowerment
33
A PetroSA gere os recursos estratégicos em crude, incluindo a infraestrutura de armazenagem
localizada em Saldanha Bay, uma das maiores do mundo. A África do Sul importe crude,
fundamentalmente do Médio Oriente, estando, presentemente, a tentar reduzir a sua dependência
face ao Irão, através de importações selectivas do Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e
Nigéria.
5.5.3 Electricidade
A empresa para-estatal ESKOM produz 95% da electricidade gerada no país, bem como dois terços
da electricidade gerada no Continente, possuindo e operando o sistema nacional de transmissão
de energia.
A rede da ESKOM envolve mais de 300.000 Km de linhas de transmissão, 27.000 Km dos quais
constituem a rede nacional. As principais centrais estão localizadas em Mpumalanga, onde se
encontram vastas reservas em carvão.
Conforme já referido, a electricidade é fundamentalmente gerada a partir de carvão, (92% da
electricidade Sul-Africana é gerada desta forma), existindo, porém, uma Central Nuclear (Koeberg),
dois geradores com turbinas a gás e duas unidades hidroeléctricas convencionais.
A ESKOM exporta energia para o Botswana, Lesoto, Moçambique, Namíbia, Suazilândia e Zimbabué.
5.5.4 Energia Nuclear
A energia nuclear desempenha um papel marginal no sector – 3% da produção total – estando,
contudo, a ser avaliada a sua viabilidade enquanto alternativa ao carvão.
A África do Sul integra o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica,
sendo, naturalmente, o país africano que melhor domina a tecnologia atómica.
5.6 Indústria Extractiva
A riqueza da África do Sul em minerais pode ser encontrada sob diversas formas geológicas,
algumas das quais únicas. É possível encontrar os seguintes minerais na África do Sul:
Ouro – na Bacia de Witwatersrand encontra-se cerca de 98% da produção de ouro do país;
Diamantes (em kimberlites, aluvial e marinho) – a África do Sul está entre os principais produtores
mundiais;
Titânio – podem ser encontrados ao longo do litoral minerais contendo titânio;
Manganês – encontram-se enormes reservas de manganês nas rochas sedimentares de
Transvaal Supergroup;
PGMs (Platinum Group Metals – Metais do grupo da platina) e crómio – estes minerais existem no
Complexo Bushveld em Mpumalanga, Limpopo e North West. Mais de metade das reservas de
crómio e platina encontram-se este depósito;
Hulha e antracite – Podem ser encontradas na Bacia de Karoo em Mpumalanga, KwaZuli-Natal
e no Limpopo;
34
Fosfato de cobre, titânio, ferro, vermiculite e zircónio – encontram-se no Complexo de
Phalaborwa Igneous no Limpopo.
As reservas de minerais existentes na África do Sul com maior importância a nível mundial, são:
Manganês,
Crómio;
Metais do grupo da platina;
Ouro;
Sílicos – aluminosos.
Na tabela abaixo apresentam-se dados referentes às reservas, produção e exportação de minérios
da África do Sul a nível mundial.
35
Tabela 6 - Posição da África do Sul nas reservas mundiais de minérios, na produção e exportação
Mercadoria
Reservas Produção Exportações
Unidade Massa % Posição Unidade Massa % Posição Unidade Massa % Posição
Alumínio** * * * kt 866 2,9 8 kt 611 3 8
Sílicos – aluminosos Mt 51 37,4 1 kt 235 38 2 kt 168 44 1
Antimónio kt 250 6,4 4 t 4 967 3,2 3 t 4 762 * *
Crómio Mt 5 500 72,4 1 kt 7 645 44,5 1 kt 513 11,4 4
Hulha Mt 28 559 6 6 Mt 243 5,2 5 Mt 68 8,9 4
Cobre Mt 13 1,4 14 kt 103 0,8 15 kt 29 0,5 18
Ferro-crómio * * * kt 2 965 46 1 kt 2 618 54 1
Ferro-manganês * * * kt 985 7,2 3 kt 754 15,9 3
Ferro-silício * * * * kt 141 4,4 5 kt 58 5,9 4
Fluorina Mt 80 16,7 2 Kt 365 5 3 kt 211 9,6 3
Ouro t 36 000 40,1 2 t 341 13,8 1 t 343 * *
Minério de ferro Mt 1 500 0,9 9 Mt 39,3 3,3 7 Mt 25 3,9 5
Lead kt 3 000 2 7 kt 38 1,3 12 kt 32 1,6 12
Manganês Mt 4 000 80 1 kt 4 282 14,8 1 kt 2 403 20,2 2
Níquel Mt 12 8,4 5 kt 40 3,1 8 kt 18 * *
PGMs t 70 000 87,7 1 kg 286 157 57,8 1 kg 259 716 * *
Pedra fosfato Mt 2 500 5 4 Kt 2 735 1,9 9 kt 268 0,8 9
Metal silício * * * kt 51 4,9 7 kt 46 7,6 5
Prata kt 10 * * t 72 0,4 20 t 72 * *
Minerais de titânio Mt 244 29,8 2 * * * * * *
Urânio kt 298 9,6 4 t 887 2,1 10 * * *
Vanádio kt 12 000 27 2 kt 23 48 1 kt 11 * *
Vermiculite Mt 80 40 2 kt 197 41 1 kt 178 95 1
Zinco Mt 15 3,3 8 kt 32 0,4 22 kt 16 0,2 24
Zircónio Mt 14 19,4 2 * * * * * *
Notas: *Confidencial ou informação não disponível **Valores em reservas correspondem a capacidade de produção do metal t – tonelada, kt – kilotonelada, Mt – Megatonelada Fonte: Department of Minerals and Energy
A África do Sul, conhecida em todo o mundo como uma verdadeira reserva de tesouros, abunda
em recursos minerais, produzindo e detendo uma percentagem significativa dos minerais de todo o
mundo.
A riqueza do país tem sido construída com base nos seus vastos recursos - quase 90% da
percentagem de platina no planeta Terra, 80% de manganês, 73% de crómio, 45% de vanádio e
41% de ouro.
O país é um dos maiores produtores de metais preciosos como ouro e platina e também de bases
de metal e de carvão. É o quarto maior produtor de diamantes.
E os especialistas acreditam que existe um potencial considerável por revelar, envolvendo outros
depósitos de minérios em áreas inexploradas.
36
A África do Sul, durante mais de um século maior produtora de ouro do mundo, foi ultrapassada
pela China em 2007. O ouro, outrora um pilar da economia Sul-Africana, perdeu importância
quando a economia do país se diversificou.
No entanto, a indústria extractiva continua a ser crucial para a África do Sul, com os metais
preciosos a contribuírem 65% para as receitas de exportação e 21% do total de exportações de
bens em 2006. O país fornece cerca de 80% da platina de todo o mundo.
Figura 8 – Receitas de Exportação (2006)
Fonte: www.southafrica.info
O sector mineiro é, por outro lado, o maior empregador da África do Sul, com cerca de 460.000
trabalhadores e outros 400.000 trabalhadores distribuídos pelos fornecedores de bens e serviços à
indústria.
Propriedade, acesso e facilidade dos recursos minerais do país estão regulados pela Lei do
Desenvolvimento dos Recursos Minerais e do Petróleo, de 2002, que reconhece a custódia do
Estado destes recursos.
Actualmente, mais de 70% da força laboral deste sector é negra, enquanto que menos de 5% tem
posições de chefia. O Governo estipulou metas e em 2010 crê-se que todas as empresas mineiras
terão 40% de posições de chefia ocupadas por Sul-Africanos outrora desfavorecidos.
Outras metas para os próximos 10 anos englobam a transferência de 26% de activos mineiros para
empresas de proprietários negros, assegurando que 51% dos projectos mineiros futuros sejam
controlados por empresas de proprietários negros.
Sendo um país maioritariamente mineiro, entre os pontos fortes da África do Sul situam-se no
elevado nível técnico e na eficiência de produção, assim como em actividades de investigação e
desenvolvimento francamente abrangentes.
O país dispõe de unidades de processamento e transformação de excelente, nível cobrindo dos
aços ao carbono, aços inoxidáveis e alumínio, para não falar do ouro ou da platina. É ainda líder
mundial em novas tecnologias, com um processo absolutamente revolucionário que transforma
minério de ferro superfino de baixo grau em aços de elevada
qualidade.
Metais Preciosos65%
Outros Produtos35%
37
Esta introdução de valor a matérias primas antes da exportação foi classificada pelo governo como
uma área em franco crescimento. Existem oportunidades francamente interessantes no domínio da
introdução de valor a minérios tais como o ferro, aço, carbono, aço inoxidável, alumínio, metais do
grupo da platina e ouro.
Duas das maiores empresas mineiras são da África do Sul. A BHP
Billiton, a maior empresa m ineira do mundo, surgiu de uma fusão
entre a empresa sul africana Billiton e a australiana BHP.
A Anglo American Plc, que tem a sua sede em Londres e uma delegação em Joanesburgo, detém
várias outras subsidiárias importantes, como a Anglo Platinum, a
Anglo Coal, a Impala Platinum e a Kumba Iron Ore.
A empresa mineira De Beers, ela própria Sul-Africana, é de propriedade anglo-americana e um
consórcio liderado pelo governo do Botswana. O maior produtor mundial de diamantes extraiu 51,1
milhões de carates em 2007.
5.7 Indústria Química
A indústria química da África do Sul, incluindo combustíveis, plásticos e produtos farmacêuticos, é a
maior do seu género em toda a África e foi classificada pelo governo como motor principal do
crescimento económico.
Por um lado, esta indústria continua dominada pelas empresas nacionais, mas algumas
multinacionais têm aqui os seus pontos de distribuição e várias delas envolveram-se com a indústria
local.
A indústria é dominada pelo sector químico, cujos combustíveis líquidos, olefinas, diluentes
orgânicos e derivados minerais industriais representam 31% da produção de químicos no país.
Os restantes 10 subsectores são plásticos (cerca de 20%), produtos farmacêuticos (8%), químicos
inorgânicos (8%), polímeros e borrachas (7%), químicos orgânicos (6%), derivados de borracha (5%),
formulados a granel (5%) e químicos formulados de consumidor (5%) e químicos puros funcionais e
de especialidade (5%).
Figura 9 – Indústria Química – Principais Subsectores
Combustiveis Liquidos
Derivados Minerais
32%
Plásticos20%
Produtos farmacêuticos
8%
Quimicos Inorgânicos
8%
Polímeros e Borracha
7%
Derivados de Borracha
5%
Formulados a granel
5%
Produtos Quimicos Vários
15%
38
Fonte: www.southafrica.info
Enquanto que estes três sectores – combustíveis, químicos formulados a granel e produtos
farmacêuticos – têm maior saída do que se poderia esperar, atendendo ao volume geral da
economia, a indústria de químicos da África do Sul é relativamente pequena em temos globais.
Dos cerca de 80.000 tipos dos produtos básicos ou químicos puros actualmente fabricados
comercialmente no mundo, a África do Sul fabrica cerca de 300, a maioria dos quais são produtos
cotados em bolsa (commodity), de baixo valor e de elevado volume.
As exportações de químicos da África do Sul tem vindo a aumentar, a uma taxa anual de 19%
desde 1999, suportadas por novos acordos comerciais e mais competitividade, como resultado de
baixos custos de fabrico e muitos minérios e produtos orgânicos para o fabrico. Os custos da
energia são relativamente baixos neste país e o sector beneficia do acesso eficaz e a baixo preço a
água e a corrente eléctrica.
Mas apesar disso, importa-se muito mais do que se exporta. O governo pretende colmatar este
desequilíbrio com a sua recente política industrial, com a intenção de lançar as exportações de
valor acrescentado.
A indústria local está direccionada para um sector internacional que é competitivo e tem
negligenciado outro que tem grande potencial para se desenvolver. Inverter esta tendência ajudaria
a indústria a aumentar o valor acrescentado, as exportações e o emprego. A produção a jusante
tem um maior índice de mão-de-obra e abrange um maior número de pequenas empresas.
A introdução de valor é a chave para esta estratégia. A África do Sul tem a vantagem natural das
matérias-primas minerais, mas a maior parte delas são exportadas em bruto. Há, no entanto,
evidentes oportunidades para transformar estas matérias-primas em químicos inorgânicos de valor
acrescentado para exportação.
O governo e a indústria estão também a colaborar no sentido de serem encontradas vias de
exploração de recursos não absorvidos, como as grandes reservas de fluorina.
A indústria dos plásticos, por seu turno, encontra-se numa fase de crescimento, contando com uma
rede de unidades que podem competir globalmente do ponto de vista de qualidade e
desempenho.
As embalagens dominam, com mais de 50% do mercado nacional. A indústria dos plásticos foi
severamente atingida há alguns anos atrás com a introdução do imposto sobre o saco de plástico,
o qual visou reduzir o impacto ambiental negativo gerado por este produto..
Mas as perspectivas são positivas e o governo identificou os plásticos como sendo um dos principais
sectores geradores de emprego.
39
A produção de polímeros é uma área em franca expansão. A África do Sul exporta “quantidades
significativas de polímeros”, segundo a Federação dos Plásticos Sul Africana, mas importa ainda
enormes quantidades de intermediários de polímeros, como o polistireno, que não são fabricados
no país.
A maioria das empresas dos plásticos é de pequena dimensão, com mais de 800 empresas
envolvidas no sector. Algumas têm tecnologia de ponta, como a Timber Plastics, que recicla
resíduos plásticos, garrafas de refrigerantes, por exemplo, moldando-as em formas estruturais, como
colunas, tábuas e vigas.
A África do Sul é um dos líderes mundiais nas tecnologias do carvão e gás para-líquido. Está entre os
produtos de menor custo do mundo para o etileno e o propileno, graças ao acesso abundante de
carvão de baixo teor e tecnologia de ponta.
Existem boas oportunidades para os fabricantes de produtos farmacêuticos, com o governo
empenhado no desenvolvimento da indústria nacional e a estimular a produção local de produtos
farmacêuticos de maior procura, como são o caso, por exemplo, dos retrovirais usados no
tratamento de VIH / SIDA.
O governo tentará, por outro lado, apoiar o desenvolvimento de competências científicas e
tecnológicas necessárias para apoiar o crescimento do sector.
O sector químico tem como um dos pontos fundamentais a protecção do meio ambiente. A África
do Sul foi o primeiro país no mundo a impor ao sector normas de protecção do ambiente,
introduzindo regulamentos que promovem a gestão empresarial ambiental e orientações claras
para a destruição de resíduos perigosos.
5.8 Sector Financeiro
O sector financeiro Sul-Africano, alicerçado num quadro legal e regulamentar bem definido e
rigoroso, oferece serviços de elevada qualidade, compatíveis com o nível de exigência do mundo
industrializado.
Com efeito, o sector financeiro, no qual se inscrevem algumas das principais instituições financeiras
globais, dispõe de uma rede extensiva de serviços ATM, estando amplamente difundida a banca
electrónica e serviços conexos.
O Financial Services Board supervisiona a regulação do mercado financeiro e a actuação dos seus
agentes, incluindo seguradoras, gestores de fundos e corretoras, mas excluindo os bancos, cuja
actuação é supervisionada pelo South African Reserve Bank.
O sector bancário, fortemente desenvolvido e eficazmente regulado, alicerça-se no Banco Central
e num conjunto restrito de grandes bancos, de grande solidez financeira,
complementados por uma rede de pequenas instituições financeiras.
40
Muitos bancos e instituições de investimento estrangeiras iniciaram operações na África do Sul ao
longo da última década. A legislação de enquadramento da actividade bancária é baseada em
legislação similar em vigor no Reino Unido, Austrália e Canadá.
Em 1998 foi promulgada a legislação relativa ao Sistema Nacional de Pagamentos, colocando o
sistema Sul-Africano de compensação financeira de acordo com a prática internacional nesta
matéria. A legislação confere poderes e impõe obrigações reforçadas ao Banco Central em
matéria de compensação financeira internacional.
A banca comercial e de investimento é a mais competitiva do sector, sendo que os designados
“big four” – ABSA, First National Bank, Standard Bank e NedBank – prosseguem a consolidação da sua
liderança no retalho.
5.8.1 South African Reserve Bank
Em 1985 foi criado, no seio do Banco Central, um departamento de supervisão bancária, tendo
como objectivo supervisionar as actividades no exterior de instituições financeiras
internacionais. Com este passo a África do Sul confirmou a sua aceitação da
Concordata de Junho de 1983 (Basileia), nos termos da qual os bancos centrais se
comprometeram em alargar as suas actividades de supervisão às actividades
internacionais de instituições financeiras nacionais como forma de estreitar a
cooperação entre autoridades de supervisão.
Na sequência de recomendações formuladas em 1985 pela Comissão de Inquérito De Kock, a
qual se debruçou sobre o sistema e política monetária na África do Sul, as funções do
departamento de supervisão bancária passaram a incluir a supervisão das actividades no mercado
interno de todos os bancos nacionais, tarefa esta que era, até então, desempenhada pelo Registo
de Instituições Financeiras. Um departamento liderado pelo Registo de Bancos, operando como
unidade do Banco Central, é responsável pelo registo de instituições como bancos ou mútuas, bem
como pela fiscalização da aplicação da legislação em vigor.
Este Departamento dispõe de razoável latitude em matéria de autonomia na execução das suas
obrigações, tendo, todavia, de reportar anualmente sobre as suas actividades perante o Ministro
das Finanças, o qual, por seu turno, tem de submeter o relatório correspondente ao Parlamento. A
extensão da actividade de supervisão envolve a determinação dos valores mínimos de capital,
bem como imposições em matéria de liquidez e a constante monitorização da aderência das
instituições supervisionadas ao enquadramento legal em vigor.
Por outro lado, a performance de uma instituição individual é igualmente monitorada regularmente,
tomando como benchmark a evolução do sector em que a mesma se insere.
5.8.2 Mercado de Capitais
A JSE Limited é o 18º maior operador global em matéria de capitalização
bolsista, contando com aproximadamente 400 empresas cotadas. A bolsa de
41
valores Sul-Africana é só marginalmente mais pequena que a Bolsa de Estocolmo e é maior do que
nove dos mercados de capitais oficialmente designados como “desenvolvidos”. A JSE desempenha
um papel de charneira no funcionamento da economia Sul-Africana, assegurando o
funcionamento sustentado do mercado de capitais, gerando, consequentemente, novas
oportunidades de investimento no país. A função primordial da JSE é facilitar a geração de capital,
encaminhando recursos monetários para a actividade económica produtiva, fortalecendo a
economia, criando empregos e riqueza.
A JSE estrutura-se em torno de quatro mercados:
Um Mercado de Capitais, incluindo acções do Main Board e acções do mercado alternativo;
Um Mercado de Taxas de Juro;
Um Mercado de Derivados de Activos Financeiros;
Um Mercado de Produtos Agrícolas.
5.8.3 Principais Bancos a Operar na África do Sul
Passamos a apresentar uma tabela que fornece uma panorâmica sobre a oferta de serviços
bancários no país.
Tabela 7 - Bancos Controlados por Entidades Sul-Africanas Instituição Pessoas de Contacto Telefone Web
ABSA Bank Ltd Dr S F Booysen +27 (11) 350 4000 www.absa.co.za
African Bank Ltd Mr D Woollam +27 (11) 256 9000 www.africanbank.co.za
Bidvest Bank Ltd Mr A C Salomon +27 (11) 407 3000 www.bidvest.co.za
Capitec Bank Ltd Mr R Stassen +27 (21) 809 5900 www.capitecbank.co.za
FirstRand Bank Ltd Mr S E Nxasana +27 (11) 282 8000 www.firstrand.co.za
Grindrod Bank Ltd Mr D A Polkinghome +27 (31) 333 6600
Imperial Bank Ltd Mr R Van Wyk +27 (11) 275 3000 www.imperialbank.co.za
Investec Bank Ltd Mr S Koseff +27 (11) 286 7000 www.investec.co.za
MEEG Bank Ltd Mr D Nkonki +27 (43) 702 9600 www.meegbank.co.za
Nedbank Ltd Mr T A Boardman +27 (11) 294 4444 www.nedbank.co.za
Sasfin Bank Ltd Mr R D Sassoon +27 (11) 809 7500 www.sasfin.co.za
Teba Bank Ltd Mr M Williams +27 (11) 518 5000 www.tebabank.co.za
Tabela 8 - Bancos Controlados por Entidades Estrangeiras Instituição Pessoas de Contacto Telefone Web
Albaraka Bank Ltd Mr S Chohan +27 (31) 366 2800 www.albaraka.co.za
Habib Overseas Bank
Ltd
Mr A Zaheer +27 (11) 834 7441 www.habiboverseas.co.za
HBZ Bank Ltd Mr Z A Khan +27 (31) 267 4400 www.hbzbank.co.za
42
Mercantile Bank Ltd Mr D J Brown +27 (11) 302 0300 www.mercantile.co.za
Tabela 9 – Sucursais de Banco Registadas Instituição Pessoas de Contacto Telefone Web
China Construction Bank Corporation - Johannesburg branch
Mr Y He +27 (11) 520 9400 www.ccbjhb.com
Citibank N.A Mr Z Turek +27 (11) 944 1000 www.citibank.co.za
Commerzbank Aktiengesellschaft
Mr C G Kellow +27 (11) 328 7600 www.commerzbank.co.za
Deutsche Bank Ag Mr H Bosman +27 (11) 775 000 www.db.com
JP Morgan Chase Bank N.A. - (Johannesburg branch)
R J H Zehner +27 (11) 507 0300 www.jpmorgan.co.za
Standard Chartered Bank - Johannesburg branch)
Mr C Low +27 (11) 217 6600 www.standardchartered.com
State Bank of India The Hong Kong Corporation Ltd
Mr V Jasuja +27 (11) 778 4500 www.statebank.co.za
Shanghai Banking Mr K Patel +27 (11) 676 4200 www.hksb.co.za
ABN AMRO Bank N.V. Mr S Penney +27 (11) 685 2000
Bank of Baroda Mr S K Chakrabarti +27 (31) 209 0133 www.bankofbaroda.com
Bank of China Ltd Johannesburg Branch (Trading as Bank of China Johannesburg Branch)
Mr A Li +27 (11) 520 9600
Bank of Taiwan - South Africa branch
Mr H Chen +27 (11) 880 8008 www.boc.com.tw/english
Calyon (Trading as Calyon Corporate Investment Bank)
Mr S N P Bonneau de Beaufort
+27 (11) 448 3300 www.calyon.com
Tabela 10 – Escritórios de Representação de Bancos Estrangeiros Instituição Pessoas de
Contacto
Telefone Web
NATIXIS Southern Africa Representative Office
Mr A Cosson +27 (11) 684 1498 www.nxbp.banquepopulaire.fr
American Express Bank Ltd
Mr Jaap van Luijik
+27 (11) 721 4196/4199
Banco BPI, SA Mr R Sabastiao +27 (11) 622 4376/ 86
Banco Espirino Santo Mr Paulo A Alfaiate +27 (11) 616 5382
/9
Banco Privado Portugues, S.A
Ms Victoria Sinclair +27 (11) 666 1605
43
Instituição Pessoas de
Contacto
Telefone Web
Banco Santander Totta S.A
Mr José M M Pinheiro +27 (11) 656 3156
Bank Leimi Le-Israel BM
Mr C J Strime +27 (11) 328 1700
Bank of Cyprus Group
Mr P A Daniel +27 (11) 784 3941
Bank of India Mr P S Rawat +27 (11) 883 9902
Barclays Bank Plc Mr Edwyn O’Neill +27 (11) 225 7179
Barclays Private Clients International Ltd
Mr Edwyn O’Neill +27 (11) 225 7179
Bayerische Hypound Vereinsbank Aktiegesellschaft
Dr Christian Naegele +27 (11) 877 0900 www.hvbgroup.com
BNP Paribas Ms Valerie-Noelle Kodjo-Diop
+27 (11) 447 2934 www.bnpparibas.com
Credit Suisse Mr Robert Judelsohn +27 (11) 505 0007 www.credit-suisse.com
Credit Suisse Securities Europe Ltd
Mr Ingo Frerichs +27 (11) 505 0003 www.csfb.com
Dresdner Kleinword Ltd
Mr Dietrich E U Freiherr von Starkelberg
+27 (11) 380 0610
Export-Import Bank of India
Mr Sanjeev Kumar Pawar
+27 (11) 442 8010 Dresdner Kleinword AG www.eximbankindia.com
Fairbairn Private Bank (Jersey) Ltd
Mr Stephan Rix +27 (11) 480 1698 www.gerrardpb.com
First Bank Of Nigeria Mr M Waziri Bintube +27 (11) 784 9922/9925
Fortis Bank (Nederlank) N.V.
Mr Oliver Saen
+27 (11) 883 3861 +27 (11) 884 6931
www.fortisbank.com
Hellenic Bank Public Company Ltd
Mr Marinos A Daniel +27 (11) 783 0155 www.hellenicbank.com
HSBC Bank International Ltd
Ms Lorraine White
+27 (21) 405 6553
Icici Bank Ltd JSCB Mr Sushant Mehta +27 (11) 676 7801
ING Bank (Switzerland)
Mr Jean-Pierre Dexters
+27 (11) 784 1464
Imexbank Ms Kateryna Karpovska
+27 (21) 702 0050
Lloyds TSB Offshore Limited
Mr R H McPherson +27 (11) 783 4350
44
6 SECTOR EM ANÁLISE: FORNECIMENTO DE BENS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA E TURISMO
6.1 A Indústria do Turismo na África do Sul
A lindíssima paisagem cénica da África do Sul, a magnífica vida ao ar livre, o clima solarengo, a
diversidade cultural e a reputação de retribuir o valor do dinheiro investido, tornaram-na num dos
destinos mais procurados para viagens de lazer e de negócios.
O país não podia ser mais diferente quanto a clima, cultura, actividades turísticas e infra-estruturas,
providenciando excelentes condições para nichos de turismo, negócio, turismo ecológico e cultural
através da aventura, do desporto e do turismo arqueológico.
As viagens dos estrangeiros para a África do Sul despontaram com o final do apartheid. Em 1994,
aquando das primeiras eleições democráticas no país, apenas 3,9 milhões de turistas estrangeiros
tinham chegado à África do Sul.
Em 2004, porém, esse número duplicou para 6,7 milhões. E em 2007, um total de 9,07 milhões de
visitantes estrangeiros visitaram a África do Sul – um crescimento de 8,3% relativamente a 2006,
celebrando o seu recorde em termos de chegadas de turistas em três anos consecutivos.
Figura 10 – Nº de Visitantes Estrangeiros (Ano)
Fonte: www.southafrica.info
O turismo é também um dos sectores da economia sul africana em franco e rápido crescimento,
tendo a sua contribuição para o PIB (Produto Interno Bruto) aumentado de 4,6% em 1993 para 8,3%
em 2006. Como é evidente, o Mundial de Futebol de 2010 teve um impacto significativo na
dinamização do sector, impacto que, certamente, se repercutirá nos próximos anos.
Directa ou indirectamente, o turismo constitui aproximadamente 7% do emprego na África do Sul.
Idealmente colocado para criar novos empregos e valorizar os recursos naturais e culturais do país,
o turismo tem sido assinalado pelo governo como um dos sectores de crescimento da África do Sul.
0
2
4
6
8
10
2004 2006 2007
45
Todos estes factores tornam esta indústria extremamente atraente, sobretudo com a exposição que
o país teve durante o Campeonato do Mundo de Futebol em 2010, o maior evento desportivo
mundial e que gerou melhorias espectaculares a nível de transportes e alojamento.
6.1.1 O Turismo de Negócios
A África do Sul está também a modificar o target do sector, apostando crescentemente no turismo
de negócios, cujos visitantes gastam em média três vezes mais do que os turistas de lazer.
Com as suas extraordinárias infra-estruturas, um clima ameno e condições naturais de excepção –
já para não falar nos hectares e hectares de campos de golfe - a África do Sul é um local ideal
para congressos e convenções internacionais.
O país tem mais de 1.000 locais de conferências e exposições, desde as escapadelas mais
intimistas para reservas naturais até aos centros de convenções high-tech e em larga escala. Todos
eles, no entanto, oferecem uma enorme riqueza e variedade de actividades de lazer, tours e
eventos.
Estima-se que 6 a 7% dos visitantes estrangeiros em 2007 foram turistas de negócios, traduzindo-se
por 550.000 turistas deste género se comparado com os 470.000 que nos visitaram em 2006. A
despesa total directa que representaram durante a sua estada no país foi de 2,4 biliões de rands,
em 2006, e quase 2,1 biliões de rands em 2005.
A indústria de conferências na África do Sul subiu para o 31º lugar do top-40 dos principais destinos
do mundo, da Associação Internacional de Congressos e Convenções, editada em Maio de 2007.
E no inquérito de 2007 do Trends & Spends da prestigiada revista Meetings and Incentive
Travel (M&IT) – distribuída entre organizadores de eventos em todo o Reino Unido – a Cidade do
Cabo ficou em primeiro lugar, entre os destinos favoritos de longo curso enquanto que a África do
Sul foi votada em segundo lugar.
6.1.2 Turismo Cultural
A África do Sul é berço de várias culturas, desde Zulus, que resistiram à conquista dos Europeus, até
aos San, nómadas do deserto de Karoo. Cada uma destas culturas evoluiu segundo as suas
próprias formas distintas de arte, música e rituais tradicionais e os descendentes dos colonos, por seu
turno, acompanharam as tendências das suas raízes europeias.
A África do Sul foi outrora foi palco de confrontações, mas hoje em dia predomina a conciliação.
Desde 1994 que foram criados diversos locais que celebram o passado do
país e esta nova união, assistindo-se a um crescimento significativo de
aldeias culturais de grande qualidade e tours a comunidades e cidades.
Quatro dos oito locais classificados como Património Mundial da Unesco na
África do Sul são de nat ureza cultural e um deles é um misto de cultura e
natureza. São eles: a Ilha Robben, o Berço da Humanidade, a Paisagem
46
Cultural de Mapungubwe, a Paisagem Cultural e Botânica de Richtersveld e o Parque uKhahlamba
Drakensberg.
6.1.3 Eco-turismo
O clima na África do Sul varia do tropical, a sudeste, a desértico, na região centro. O cenário vai
desde montanhas absolutamente espectaculares a vastas planícies de mato, desde costa marítima
a dunas do deserto, passando por rios serpenteantes. A vida selvagem aqui é muito mais variada
do que apenas os famosos "Grande Cinco", com uma extraordinária diversidade biológica
subjacente.
A África do Sul lidera presentemente uma das iniciativas mais arrojadas na África austral, a criação
de parques transfronteiriços.
O número de parques nacionais do país – incluindo o famoso Parque Nacional Kruger – subiu para
21 e o governo está empenhado em aumentar as áreas protegidas dos 5,4% actuais para 8%, e as
suas zonas marinhas protegidas de 11% para 20% até 2010.
Os lodges ou pousadas de caça privadas também aumentaram substancialmente nos últimos 10
anos, do medianamente confortável ao extremamente luxuoso, estes últimos recebendo quase que
exclusivamente turistas estrangeiros.
6.1.4 Turismo Arqueológico
A África do Sul tem muitos sítios de grande significado arqueológico. Os mais conhecidos são
Sterkfontein, Swartkrans e Kromdraai, que formam o Berço da Humanidade, uma das concentrações
de fósseis hominídeos mais ricas do mundo.
Outros incluem o Parque uKhahlamba Drakensberg, onde se encontra o maior número de pinturas
rupestres em toda a África, e a Paisagem Cultural Mapungubwe, local de um reino muito antigo e
requintado que antecedeu em muito a colonização dos europeus. Todos estes três locais são
Património da Humanidade da UNESCO.
6.1.5 Turismo de Aventura
Devido à sua localização na ponta mais a sul do continente africano, o país oferece 3.000 km de
costa marítima. O solo, juntamente com um clima ideal para actividades desportivas ao ar livre,
oferecem significativas oportunidades no domínio do turismo de aventura. A África do Sul dispõe de
condições privilegiadas para a prática do montanhismo, surf, mergulho, caminhada, safaris a
cavalo, ciclismo de montanha, rafting.
6.1.6 Turismo desportivo
Infraestruturas de alto nível e a paixão da África do Sul pelo desporto fazem do país uma atracção
para todo aquele que ame o desporto. Mais de 10% dos turistas que visitam a África do Sul fazem-
47
no com o intuito de observar ou participar em eventos desportivos. Há inúmeros eventos desportivos
todos os anos e o país já provou ser capaz de organizar eventos globais.
Citamos, por exemplo, a Taça do Mundo de Rugby em 1995, a Taça do Mundo de Críquete de
2003, a Taça do Mundo de Golfe de Senhoras de 2005-2008, os Campeonatos inaugurais World
Twenty20 de Críquete em 2007, e a única corrida de rua na Taça do Mundo de Automóveis A1GP,
que se realizou em Durban em 2006, 2007 e 2008. A plena afirmação deste subsector foi,
naturalmente, a organização do Campeonato do Mundo de Futebol 2010 que redundou num
espectacular êxito organizativo.
48
6.2 Evolução 2009-2010
O ano de 2010 é claramente marcado, na indústria, pela realização do Mundial de Futebol. Com
efeito, o rendimento total da indústria hoteleira, no segundo trimestre de 2010, cresceu 17,8% face
ao período homólogo de 2009. Comparando os meses de Junho de 2009 e 2010, registou-se um
crescimento de 55,3%.
Tabela 11 - Principais Indicadores Junho 2010 Estimativas Junho 2010 Variação Junho
2010 / Junho 2009
Variação 2º Trimestre 2009-
2ª Trimestre 2010
Variação 1º Semestre 2009 –
1º Semestre 2010
Unidades de Estada Disponíveis (‘000) (1)
113,3 4,3 3,6 3,2
Unidades de Estada Vendidas (‘000)
1.685,1 15,3 2,8 (0,5)
Rendimento Médio por Unidade de Estada / Noite Vendida (Rand)
969,1 57,6 21,8 13,8
Rendimento do Alojamento (Milhões R)
1.633,0 81,7 25,3 14,1
Rendimento Total da Indústria Hoteleira (Milhões R) (2)
2.273,0 55,3 17,8 9,9
(1) Unidades de Estada correspondem às unidades de alojamento disponíveis para reserva, por exemplo, um
quarto num hotel (2) Rendimento agregado de alojamento, restaurante, bar e outras receitas Fonte: Statistics South Africa
O rendimento do alojamento cresceu 25,3% no segundo trimestre de 2010, face ao período
homólogo de 2009. Este crescimento decorre de um aumento de 21,8% no rendimento médio por
estadia durante o mesmo período. O rendimento decorrente do alojamento (exclusivamente),
aumentou 81,7 face ao período homólogo de 2009. Como é evidente, os dados de 2009
reflectem uma imagem mais consentânea com a realidade do sector.
O número de unidades de estada disponíveis também cresceu 3,6% no segundo trimestre de 2010,
face ao período homólogo de 2009. Já no que diz respeito ao número de estadias / noites vendidas
cresceu 2,8% no segundo trimestre de 2010, face ao período homólogo de 2009. O número de
estadias / noites vendidas em Junho de 2010 cresceu 15,9% face ao período homólogo de 2009,
denotando já o impacto do Mundial de Futebol que se iniciou a 11 de Junho.
Tabela 12 - Contribuição dos diferentes tipos de alojamento para a variação (%) anual no rendimento do alojamento Tipologia Abril a Junho
2009 (Milhões R)
% Abril a Junho 2010 (Milhões
R)
Variação 2009-2010
(%) Hotéis
1.841,9 66,5 2.312,0 25,5
Parques de Campismo e Caravanismo
27,2 1,0 34,8 27,9
Guest-Houses e Unidades de Turismo Rural
197,8 7,2 272,6 37,8
Outro Tipo de Alojamentos 698,4 25,3 844,3 20,9
49
Total da Indústria Hoteleira (Milhões R) (2)
2.765,3 100 3.463,7 25,3
(3) Unidades de Estada correspondem às unidades de alojamento disponíveis para reserva, por exemplo, um
quarto num hotel (4) Rendimento agregado de alojamento, restaurante, bar e outras receitas Fonte: Statistics South Africa
50
Hotéis67%
Parques de Campismo e Caravanismo
1%
Guest-Houses e Unidades de Turismo
Rural7%
Outro Tipo de Alojamentos
25%
Figura 11 – Nº de Visitantes Estrangeiros (Ano)
Fonte: Statistics South Africa
O aumento de 25,3% no rendimento gerado pelo alojamento entre o 2º trimestre de 2010 e o
período homólogo de 2009 resulta de uma evolução positiva no segmento dos hotéis (crescimento
de 25,5%).
Na página seguinte encontram-se estatísticas detalhadas, por tipo de alojamento, da evolução
registada entre Junho de 2009 e Junho de 2010.
51
Tipo de Alojamento Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Unidades de Estadia Disponiveis (000) 52,40 52,90 52,90 53,10 53,10 53,10 53,30 53,30 53,50 53,60 53,50 53,50 54,70 Unidades de Estadia Vendidas (000) 797,60 811,70 813,50 818,90 915,60 886,40 839,80 754,40 817,50 901,20 787,80 802,50 939,40 Taxa de Ocupação (%) 50,70 49,50 49,60 51,40 55,60 55,60 50,80 45,70 54,60 54,20 49,10 48,40 57,20 Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) 774,80 716,20 715,20 710,50 781,60 792,30 820,60 808,20 835,60 799,40 761,60 727,40 1.201,10 Rendimento do Alojamento (Milhões Rands) 618,00 581,30 581,80 581,80 715,60 702,30 689,10 609,70 683,10 720,40 600,00 583,70 1.128,30 Rendimento de Serviços de Bar e Restaurante (Milhões Rands) 216,90 242,90 242,50 232,50 272,40 269,90 277,90 211,70 254,40 273,20 228,80 236,90 232,90 Outros Rendimentos (Milhões Rands) 264,50 252,90 252,70 254,10 289,40 324,70 350,40 317,60 272,50 294,10 291,10 284,00 327,20 Rendimento Total (Milhões Rands) 1.099,40 1.077,10 1.077,00 1.068,40 1.277,40 1.296,90 1.317,40 1.139,00 1.210,00 1.287,70 1.119,90 1.104,60 1.688,40
Unidades de Estadia Disponiveis (000) 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,10 13,20 13,20 13,20
Unidades de Estadia Vendidas (000) 42,60 17,00 18,40 33,70 27,50 23,50 98,50 35,70 49,00 66,00 70,70 25,20 48,40 Taxa de Ocupação (%) 10,80 4,20 4,50 8,60 6,80 6,00 24,30 8,80 13,40 16,30 17,90 6,20 12,20 Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) 171,40 276,50 233,70 228,50 210,90 251,10 383,80 187,70 124,50 218,20 199,40 230,20 307,90 Rendimento do Alojamento (Milhões Rands) 7,30 4,70 4,30 7,70 5,80 5,90 37,80 6,70 6,10 14,40 14,10 5,80 14,90 Rendimento de Serviços de Bar e Restaurante (Milhões Rands) 2,20 2,60 1,90 2,00 3,60 1,40 3,60 2,10 1,80 2,60 3,50 1,30 1,50 Outros Rendimentos (Milhões Rands) 4,70 6,60 6,20 6,20 5,00 5,70 8,20 5,70 5,60 5,60 5,50 5,50 7,80 Rendimento Total (Milhões Rands) 14,20 13,90 12,40 15,90 14,40 13,00 49,60 14,50 13,50 22,60 23,10 12,60 24,20
Unidades de Estadia Disponiveis (000) 10,40 10,40 10,40 10,40 10,40 10,30 10,30 10,30 10,20 10,30 10,30 10,30 10,10 Unidades de Estadia Vendidas (000) 188,50 198,30 195,60 189,00 199,70 199,40 198,70 187,80 194,00 205,80 170,10 161,50 228,10 Taxa de Ocupação (%) 60,40 61,50 60,70 60,60 61,90 64,50 62,20 58,80 67,90 64,50 55,00 50,60 75,30 Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) 355,40 326,80 317,50 327,00 354,00 357,60 373,90 398,80 370,60 335,80 405,60 305,30 676,50 Rendimento do Alojamento (Milhões Rands) 67,00 64,80 62,10 61,80 70,70 71,30 74,30 74,90 71,90 69,10 69,00 49,30 154,30 Rendimento de Serviços de Bar e Restaurante (Milhões Rands) 12,30 12,80 12,70 11,50 14,10 13,50 12,50 10,70 14,10 13,60 12,90 14,10 11,80 Outros Rendimentos (Milhões Rands) 5,00 7,30 7,00 7,20 9,50 8,10 7,40 6,10 5,20 6,00 6,30 6,30 3,00 Rendimento Total (Milhões Rands) 84,30 84,90 81,80 80,50 94,30 92,90 94,20 91,70 91,20 88,70 88,20 69,70 169,10 Unidades de Estadia Disponiveis (000) 32,70 34,00 33,60 34,40 34,80 34,40 34,50 35,20 35,20 35,30 35,30 35,30 35,30 Unidades de Estadia Vendidas (000) 432,60 478,10 478,10 500,40 529,70 510,70 644,70 492,70 428,90 494,20 476,40 449,80 469,20 Taxa de Ocupação (%) 44,10 45,40 45,90 48,50 49,10 49,50 60,30 45,20 43,50 45,20 45,00 41,10 44,30 Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) 476,90 506,60 507,00 492,40 564,50 534,60 556,80 567,70 573,10 593,30 592,10 504,00 715,00 Rendimento do Alojamento (Milhões Rands) 206,30 242,20 242,40 246,40 299,00 273,00 359,00 279,70 245,80 293,20 282,10 226,70 335,50 Rendimento de Serviços de Bar e Restaurante (Milhões Rands) 32,10 39,80 39,80 36,80 40,10 44,40 49,00 34,50 35,90 50,10 35,60 32,50 32,50 Outros Rendimentos (Milhões Rands) 27,10 27,90 27,90 23,60 36,10 30,70 43,40 34,30 29,70 30,90 26,20 26,00 23,30 Rendimento Total (Milhões Rands) 265,50 309,90 310,10 306,80 375,20 348,10 451,40 348,50 311,40 374,20 343,90 285,20 391,30 Unidades de Estadia Disponiveis (000) 108,60 110,40 110,00 111,00 111,40 110,90 111,20 111,90 112,00 112,30 112,30 112,30 113,30 Unidades de Estadia Vendidas (000) 1.461,30 1.505,10 1.505,60 1.542,00 1.672,50 1.620,00 1.781,70 1.470,60 1.489,40 1.667,20 1.505,00 1.439,00 1.685,10 Taxa de Ocupação (%) 44,90 44,00 44,20 46,30 48,40 48,70 51,70 42,40 47,50 47,90 44,70 41,30 49,60 Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) 614,90 593,30 591,50 582,20 652,40 649,70 651,20 660,30 676,00 658,00 641,30 601,50 969,10 Rendimento do Alojamento (Milhões Rands) 898,60 893,00 890,60 897,70 1.091,10 1.052,50 1.160,20 971,00 1.006,90 1.097,10 965,20 865,50 1.633,00 Rendimento de Serviços de Bar e Restaurante (Milhões Rands) 263,50 298,10 296,90 282,80 330,20 329,20 343,00 259,00 306,20 339,50 280,80 284,80 278,70 Outros Rendimentos (Milhões Rands) 301,30 294,70 293,80 291,10 340,00 369,20 409,40 363,70 313,00 336,60 329,10 321,80 361,30 Rendimento Total (Milhões Rands) 1.463,40 1.485,80 1.481,30 1.471,60 1.761,30 1.750,90 1.912,60 1.593,70 1.626,10 1.773,20 1.575,10 1.472,10 2.273,00
Hotéis
Parques de Campismo e Carvanismo
Guest-Houses e Unidades Turismo Rural
Outros Alojamentos
TOTAL
Tabela 13 - Estatísticas da Indústria Hoteleira Junho 2009 – Junho 2010 (Statistics South Africa)
52
-200,00 400,00 600,00 800,00
1.000,00 1.200,00 1.400,00
Hotéis Parques de Campismo e Carvanismo
Guest-Houses e Unidades Turismo Rural Outros Alojamentos
-200,00 400,00 600,00 800,00
1.000,00 1.200,00 1.400,00
Hotéis Parques de Campismo e Carvanismo
Guest-Houses e Unidades Turismo Rural Outros Alojamentos
Figura 12 - Rendimento Médio por Unidade de Estadia Vendida (Rand) – Tipo de Alojamento
Fonte: Statistics South Africa
Debruçando-nos em mais pormenor sobre o segmento “Hotéis”, de referir que os alojamentos
geraram, durante Junho 2009 e 2010, um rendimento médio mensal da ordem dos 677 milhões de
Rands (total para o período de aproximadamente 8.800 milhões de rands), ao passo que os
rendimentos decorrentes dos serviços de restaurante e bar geraram um rendimento médio mensal
da ordem dos 246 milhões de Rands (total de 3.200 milhões de Rands). Ou seja , o segmento dos
serviços de restauração e bar representa um rendimento anual de aproximadamente 335 Milhões
de EUROS, ao passo que os alojamentos representam um rendimento anual de aproximadamente
925 Milhões de EUROS.
Figura 13 - Rendimento do Segmento “Hotéis” (Milhões Rands)
Fonte: Statistics South Africa
Conforme seria de esperar, os hotéis apresentam os níveis mais elevados de rentabilidade por
unidade vendida, com uma rentabilidade média ao longo do período da ordem dos 803,42 Rands,
seguido dos “Outros Alojamentos” (552,62 Rands), “Guest-Houses e Unidades de Turismo Rural”
(377,29) e, finalmente, dos “Parques de Campismo e Caravanismo” (232,60 Rands).
53
No que diz respeito às taxas de ocupação, as “Guest Houses e Unidades de Turismo Rural” lideram
com 62% de taxa média de ocupação ao entre Junho 2009 e 2010, seguida dos “Hotéis” com
52%, “Guest Houses e Unidades de Turismo Rural “ com 47%.
Figura 14 – Taxa de Ocupação por Tipo de Alojamento (%)
Fonte: Statistics South Africa
6.3 O Sector dos Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira
6.3.1 Caracterização Genérica
A actividade hoteleira contempla um conjunto de processos, a montante dos quais se encontram
os fornecedores de bens e serviços.
Figura 15 – Actividade Hoteleira: Principais Processos
FORN
ECED
ORE
S
CLI
ENTE
S Gerir os Sectores de Hospedagem
Gerir os Sectores de Alimentos
Gerir Recursos Humanos
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Recepcionar Hóspedes
Verificar Disponibilidade
Efectuar Reserva
PROCESSO RESERVA
Recepcionar e Armazenar P od to
Processar Produtos em
Ali to
Distribuir Pedidos
PROCESSO ALIMENTOS E BEBIDAS
Negociar com Fornecedores
Efectivar a Compra
Recepcionar e Armazenar P d t
PROCESSO COMPRAS
Limpar e Manter as Unidades
Hotelei as
Limpar as Áreas Exteriores
Limpar e Manter Outros Sectores
PROCESSO LIMPEZA E MANUTENÇÃO
54
Atendendo ao peso que o fornecimento de bens e serviços assume na economia de um hotel, a
actividade de compras ocupa uma importância cada vez maior na organização das empresas do
sector.
Enquadrada em perfis tipicamente acometidos à função de economato (em hotéis independentes)
ou na de responsável de compras (onde alguns casos incluem também a supervisão da função
logística), em grupos de hotéis ou cadeias, raras vezes com responsabilidades de direcção, as
actividades associadas a este perfil de profissionais podem cobrir uma parte substancial no
relacionamento com a cadeia de fornecimento, nomeadamente na selecção – aprovisionamento
e negociação com fornecedores, bem como na supervisão de toda a cadeia logística.
Neste contexto, o aparecimento de estruturas profissionais de compras e negociação, externas aos
hotéis, especificas para o sector, podem configurar uma oportunidade de negócio interessante na
África do Sul, na exacta medida em que poderá dar resposta às necessidades das unidades mais
pequenas, sem meios para manter estruturas profissionais com aqueles perfis, atingir os mesmos
rácios de eficiência na função “compras” das unidades onde aqueles recursos estão presentes.
6.3.2 Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira na África do Sul. Breve Diagnóstico da Oferta
A África do Sul dispõe já de um sector de fornecimentos de bens e serviços para a indústria hoteleira
de grande sofisticação que, por seu turno, serve um mercado particularmente exigente.
Referência neste domínio, o site da Dinning Out http://www.sa-suppliers.co.za/ fornece acesso a
uma multiplicidade de fornecedores organizados em torno do seguinte conjunto de grandes
categorias:
Bar; Catering; Limpeza; Conferências; Salas de Jantar; Produtos Alimentares; Mobiliário; Equipamentos de Cozinha; Serviços de Apoio.
Para que se torne possível formular uma ideia aproximada da dinâmica do sector na África do Sul,
passamos a identificar a tipologia de produtos e número de fornecedores registados nesta base de
dados. Esta informação permite aferir a oferta disponível, por produto, no mercado Sul-Africano.
55
Tabela 14 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Bar
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Bebidas Alcoólicas
Vinhos 53
Acessórios Contadores 8 Varões de Bar 14 Minibares 12 Unidades de Armazenamento de Garrafas 4 Suportes para Canecas 11 Tostadeiras e Grelhadores 7 Balcões 13 Sistemas de Bombagem de Cerveja 2 Dispositivos para Garrafeiras 36
Consumíveis Individuais (Mesa) 8 Palitos de Madeira para Cocktails 20 Copos de Vidro 32 Copos de Plástico 22 Baldes Gelo 42 Sacos de Gelo 5 Mangueiras para Bebidas 28 Sticks de Plástico para Cocktails 23 Fósforos e Carteias de Fósforos 11 Bases para Copos 8 Sistemas de Armazenamento de Baldes de Gelo 27 Picadores de Gelo 35 Couvettes para Gelo Reutilizáveis 1 Canecas 24 Taças de Vidro 16 Medidores de Bebidas 4
Equipamentos Misturadoras 13 Barris Cerveja 3 Barris Vinho 4 Dispensadores de Cerveja 9 Dispensadores de Água 12 Dispensadores de Vinho 10 Dispensadores de Refrigerantes 12 Dispensadores de Bebidas Espirituosas 11 Lavadores de Copos 13 Máquinas de Gelo 15 Expositores Refrigerados 35 Frigoríficos de Bar 34 Sistemas de Controlo de Bar 7 Máquinas de Café Expresso 11 Unidades de Filtragem 4 Medidas para Bebidas Espirituosas 24 Refrigeração 7 Equipamentos para Garrafeiras 4
Mobiliário Bancos de Bar 32 Mesas de Cocktail 14
Utensílios Suportes para Guardanapos 8 Abre-Latas 34 Garfos de Cocktail 7 Filtros para Cocktails 23 Frappés para Cerveja 17 Frappés para Água Mineral 18 Frappés para Vinho 25 Frappés para Refrigerantes 10 Decantadores 18 Pinças para Gelo 34 Organizadores de Bar 6
56
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Rótulos para Garrafas 2 Shakers 33 Anéis para Garrafas 5 Saca-Rolhas 35 Corta-Garrafas (decantação) 8
57
Tabela 15 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Catering
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Equipamentos Máquinas para Produção de Biscoitos 1 Grades para Bebidas (Madeiras) 9 Grades para Bebidas (Plástico) 17 Máquinas Eléctricas para Produção de Massas Alimentícias
2
Máquinas Manuais para Produção de Massas Alimentícias 2 Embalagens de Alumínio 5 Embalagens para Micro-Ondas 4 Embalagens de Plástico 8 Embalagens de Papel 2 Embalagens de Poliestireno 2 Cubas de Plástico 9 Cubas de Poliestireno 5
Utensílios Formas 5 Filtros para Café 15 Filtros para Óleo 14 Separadores Papel- Plástico 3 Chávenas de Papel 10 Chávenas de Poliestireno 9 Chávenas de Plástico 9 Bisnagas de Geleia 5 Pratos de Papel 5 Pratos de Poliestireno 5 Pratos de Plástico 10
Consumíveis Sacos de Alumínio 6 Sacos de Compras 3 Sacos à Prova de Gordura 7 Sacos de Plástico 6 Sacos a Vácuo 7 Sacos para Cozedura 2 Sacos para Café 5 Sacos de Papel 9 Caixas para Bolos 5 Caixas para Pipocas 3 Caixas para Pizza 5 Lamparinas para Aquecimento 21 Naperons de Papel para Bolos 11 Papel para Cozinha 3 Papel de Fantasia 1 Papel Crepe 1 Coberturas para Bandejas em Tecido 16 Coberturas para Bandeja em Papel 4 Película de Aluminio 8 Película Aderente 10 Película Congelante 2 Celofane 3 Película para Cozinha 2 Película Resistente a Gordura 7 Papel Vegetal 6 Tampas para Garrafas 4 Velas 20 Decorações para Bolos 3 Decorações de Mesa 2 Palhinhas para Bebidas 10 Papel de Embrulho 5 Guardanapos de Papel 17 Toalhas de Mesa Descartáveis 6 Toalhas de Papel 6
58
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Toalhas de Mesa de Pano 25 Toalhas de Mesa de Vinil 6 Cordel 5
Tabela 16 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Limpeza
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Equipamentos Equipamentos de Purificação de Ar 6 Troca-Fraldas 3 Secadores de Carpetes / Extractores de Água 11 Equipamentos de Limpeza a Alta Pressão 8 Desumidificadores 1 Dispensadores para Máquinas de Lavar-Loiça 10 Dispensadores de Detergentes 11 Controladores de Odores 3 Dispensadores de Toalhas de WC 5 Dispensadores de Sabonete 29 Dispensadores de Loção para as Mãos 24 Dispensadores de Champô 5 Dispensadores de Papel Higiénico 5 Dispensadores de Rolos de Cozinha 18 Desentupidores de Canos 3 Polidores de Superfícies 10 Equipamentos de Fumigação 1 Lavadores de Copos 18 Carrinhos de Limpezas 7 Equipamentos de Controlo de Pragas 9 Escadotes 4 Sistemas de Limpeza a Seco 11 Equipamentos de Limpeza de Sapatos 3 Troleys de Limpeza 14 Troley para Sujos 13 Ventiladores de Tecto 1 Aparelhos de Purificação de Água 1 Filtros de Ar 5 Limpa-Carpetes 18 Aplicadores de Champô para Carpetes 8 Compactadores 2 Cestos para Loiça 17 Máquinas de Lavar-a-Loiça 16 Equipamento de Dosagem 11 Secadores de Roupa 5 Secadores de Mãos 8 Escarificadores de Superficies 2 Extractores de Fumos 2 Guest Aminities 11 Máquinas Industriais de Limpeza de Roupa 13 Ferros de Engomar 2 Embalagens para Roupa 1 Limpadores Portáteis de Pressão 5 Esterilizadores 8 Aspiradores 13 Equipamento de Limpeza de Janelas 9
Consumíveis Químicos
Aerossóis 3 Cremes Barreira 5 Desengordurantes 19 Descalcificadores 20 Detergentes para Máquinas de Lavar-a-Loiça 21 Químicos para Limpeza a Seco 17
59
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Repelentes Naturais de Insectos 9 Lubrificantes 3 Pesticidas 9 Produtos para Remoção de Ferrugem 8 Consumíveis para Limpeza de Sapatos 4 Amaciadores 15 Tira-nódoas 2 Ambientadores 15 Branqueadores 18 Produtos de Limpeza para WC 17 Produtos de Limpeza Geral 21 Produtos de Limpeza para Pias 19 Produtos de Limpeza para Estofos 14 Produtos de Limpeza para Chão 18 Produtos de Limpeza para Fornos 19 Limpa-Vidros 19 Desodorizantes Industriais 13 Detergentes 23 Desinfectantes 23 Químicos para Limpeza de Vidro 15 Insecticidas 10 Tintas 2 Polidores de Chão 15 Polidores de Metal 13 Polidores de Mobiliário 13 Produtos de Higienização de WC 13 Sabão em Barra 14 Sabão em Pó 13 Sabão Liquido 22 Sparys de Pré-Lavagem 9 Produtos de WC 10
Utensílios Vassouras 25 Baldes 27 Espanadores de Penas 17 Esfregonas 13 Ferros de Engomar Automáticos 9 Ferros de Engomar a Vapor 10 Esfregões 7 Pincéis Domésticos 13 Pincéis para Fornos 16 Pincéis de Alumínio 1 Pincéis para Lavagem de Copos 12 Pincéis de Tinta 7 Baldes do Lixo 19 Pás de Lixo 18 Mata-Moscas 5 Baldes para Roupa Suja 10 Kits de Costura 4
Roupa Protectora
Aventais de Pano 17 Aventais Descartáveis 13 Aventais de Plástico 14 Casacos de Chef 3 Luvas Descartáveis 14 Luvas de Plástico 13 Luvas para Forno 15 Luvas de Borracha 15 Batas Descartáveis 3 Batas 19 Uniformes Personalizados 4 Uniformes Descartáveis 1
60
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Uniformes 26 Chapéus Descartáveis 12 Chapéus Promocionais 12 Chapéus 20 Chapéus de Chef 18 Galochas 14 Toucas de Chuveiro 7
Outros Consumíveis
Purificadores de Ar 8 Panos de Limpeza 15 Panos para Vidros 18 Panos para Pratos 18 Papel para Rosto 3 Sacos do Lixo 7 Palha de Aço 13 Protectores de Tampas de Sanita (papel) 4 Enceradoras 9 Toalhetes de Cozinha 12 Esponjas de Limpeza 15
Tabela 17 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Eventos e Conferências
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Equipamento Electrónico
Calculadoras 1 Fotocopiadoras 6 Aparelhos de Fax 5 Impressoras a Laser 7 Sistemas PABX 9 Sistemas Rádio (Móveis) 3 Gravadores de Voz 2 Sistemas de Gestão de Telefones 6 Telefones Carro / Móveis 1 Antenas de Televisão 4 Televisões 8 Sistemas de Vigilância Vídeo 4 Telefonia Sem Fios 1 Sistemas de Intercomunicação 5 Equipamentos de Música 4 Sistemas de Paging 7 Detectores de Fumo 4 Máquinas de Venda de Cartões SIM 1 Sistemas Telefónicos 4 Sistemas de Televisão e Rádio 6 CCTV 7 Vídeo Conferência 4 Sistemas Vídeo Interactivos 1
Consumíveis para Informática
Ecrãs de Computador 5 Software 13 Terminais Eft-POS 1 Sistemas de Reservas pela Internet 3 Software Especializado para Gestão Alojamentos 2 Software Especializado para Gestão de Alimentos e Bebidas
2
Hardware 10 Consumíveis Genéricos de Informática 7 Telefonia IP 1 Hardware para Equipamentos TIC 9 Modems 2
61
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Sistemas de Rede sem Fios 1 Equipamentos para Apresentações
Equipamento Audiovisual 8 Flip Charts 5 Palanques 3 Pastas para Documentos 4 Cartazes Promocionais 2 Quadros Brancos 10 Cavaletes 5 Microfones 5 Projectores 6 Equipamentos Vídeo 5
Sistemas Sistemas Áudio de Evacuação 4 Sistemas Informáticos Interactivos 10 Sistemas Electrónicos para Conferências 5 Sistemas de Identificação / Badges 10 Iluminação 2 Sistemas de Comunicação ao Público 7 Gravadores de Permanência em Sessões Públicas 5 Processadores de Texto 2 Sistema de Chave por Cartão 4 Sistemas de Controlo para Conferências 11 Sistemas Financeiros 2 Sistemas de Interpretação Simultânea 2 Sistemas de Ponto de Vendas 12 Sistemas de Reservas 1 Sistemas de Correio-Voz 2
Outros Equipamentos
Controlo de Acessos 13 Sinalética Diversa 36 Laminadoras 2 Trolleys para Televisões 11 Quadros Negros 4 Equipamento de Combate a Incêndios 2 Contadores de Valores 1 Máquinas de Escrever 1
Consumíveis para Entretenimento e Lazer
Máquinas de Diversão 1 Mesas e Equipamento de Casino 1 Pistas de Dança Portáteis 2 Equipamento de Desporto / Ginásio 4 Sistemas de TV Satélite 7 Sistemas de Incentivos 2 Sistemas de Música Ambiente 6 Brindes para Empresas 4 Dardos e Alvos 1 JukeBoxes 2 Mesas de Snookere Bilhar e Acessórios 2
Outros Consumíveis
Cartões de Identidade / Badges 9 Faixas Promocionais 5 Dispensadores de Cartões 2 Etiquetas 3 Capas para Directórios de Telefones 4 Balões 3 Cordões de Segurança / Demarcação 3 Canetas 4 Planeadores 3
62
Tabela 18 – Produtos e Nº de Fornecedores de Bens e Serviços para Salas de Jantar
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Louças Tigelas 58 Pratos 159 Porcelana da China 1 Talheres 21 Molheiras 29 Canecas 140 Copos de Vidro 28 Chávenas 108 Suportes para Ovos 26 Porcelana Fina 1 Artigos de Vidro 34 Artigos de Casquinha 25 Travessas 101 Serviços de Chá e Café 21
Mobiliário e Acessórios
Armários 44 Unidades para Rodizios 29 Plataformas para Servir 10 Unidades para Buffets 32 Candelabros 15 Expositores 17 Unidades para Buffets de Saladas 20
Utensílios Pratos Trabalhados 16 Filtros de Chá 19 Facas Eléctricas 14 Pinças 28
Equipamentos Cestos 31 Pratos para Bolos 40 Sistemas de Cozinha e de Arrefecimento 12 Coberturas para Equipamentos 67 Fontes para Bebidas 13 Travessas Quentes 17 Cafeteiras 137 Servidores 18 Taças de Sobremesa 21 Suportes para Tostas 24 Palitos 17 Trolleys 87 Pastas para Apresentar Facturas / Recibos 5 Sistemas para Transmissão de Encomendas 11 Coolers 20 Dispensadores de Bebidas e Alimentos 189 Equipamentos para Fondue 3
63
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Bases para Pratos 101 Salvas 28 Terrinas para Sopa 22 Aquecedores de Mesa 12 Suportes para Serviços de Chá 13 Caixas para Palitos 19 Bandejas 9 Máquinas de Venda 13
Acessórios de Mesa
Cinzeiros 39 Velas de Mesa 23 Conjuntos para Condimentos 29 Cutelaria 13 Jarros 46 Quebra-Nozes 18 Artigos de Mesa 50 Acessórios para Vinho 5 Suportes para Velas 31 Jarros para Vinho 24 Argolas para Guardanapos 16 Sinalizadores de Reserva 20 Vasos 31 Capas para Menus / Carta de Vinhos 14
Tabela 19 – Produtos e Nº de Fornecedores de Produtos Alimentares
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Padaria Artigos Confeitaria 6 Biscoitos 18 Pães Pré-Cozinhados 7 Massas 5 Geleias para Cobertura 13 Muffins 10 Pastelaria Pré-Cozinhada 7 Recheios para Tartes 13 Sconnes 5 Fermento 14 Donuts 6 Marzipan 10 Pastelaria Congelada 13 Caixas para Pastelaria 8 Tartes 46
Ingredientes Asiáticos / Japoneses 10 Condimentos 5 Óleos de Cozinha 28 Produtos para Diabéticos 12 Gorduras Alimentares 12 Marinadas 17 Azeite 20 Pasta 17 Refeições Congeladas 12 Papel de Arroz 5 Esparguete 11 Açúcar Espessantes 11 Soro em Pó 11 Comida para Bébé 6 Farinha de Milho 11
64
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Essências e Favores 15 Molhos em Pós 17 Pesto 1 Pacotes para Porções 7 Recheios 16 Adoçantes 16 Melaço 11 Levedura 9
Sobremesas e Frutas
Cerejas 36 Coco 10 Sobremesas 35 Bases de Frutas para Gelados e Iogurtes 8 Saladas de Frutas 7 Gelados 78 Waffles Congeladas 6 Leite de Côco 7 Cremes em Pó 15 Coberturas para Sobremesas 22 Frutas 51 Coulies de Frutas 8 Gelo 17 Gomas 16 Mini Tartes 6 Panquecas Congeladas 9 Tapioca 9
Cereais Cereais 16 Produtos de Trigo 13 Aveias 14 Arroz 16 Sementes 13 Molho de Soja 9 Farinha 15 Muesli 16 Mingau 3 Sêmola 9
Carne Bacon 1 Derivados de Carne 113 Tripas para Salsichas 6 Vitela 1 Hamburguers 13 Presunto de Parma 5 Salsichas 11 Carne de Veado 8
Aves Produtos à Base de Ovos 6 Fois Gras 5 Produtos à base de Aves 15 Ovos Frescos 13 Aves de Caça 8
Pastas e Cremes para Barra
Mel 9 Margarina 14 Manteiga de Amendoim 8 Marmelada 1 Xaropes 13
Vegetais Enlatados 11 Frescos 7 Preparados 5 Secos 8 Congelados 10
Bebidas Cacau 15 Sacos para Café 18
65
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Cremes de Leite para Cafés 20 Chocolate Bebível 17 Bebidas Saudáveis 3 Sumos de Limão 15 Água Mineral 16 Bebidas Energéticas 1 Chá 119 Bebidas Carbonatadas 11 Café 141 Grãos de Café 20 Sumos de Fruta 49 Bebidas em Pó 12 Espremedores 12 Água Destilada 5
Lacticínios Manteiga 22 Queijos 60 Leite e Derivados 73 Xarope de Leite 13 Soro de Leite Coalhado 8 Natas 17 Pré-preparados para Batidos 12 Substitutos do Leite 7 Iogurte 13
Peixes e Mariscos
Caviar 15 Ostras 13 Conservas de Peixe 16 Peixe Fresco 11 Pasta de Peixe 9 Peixe Seco 6 Peixe Congelado 16 Peixe Fumado 17 Mariscos 13
Ervas Aromáticas e Especiarias
Caril 15 Alcaçuz 5 Sal 14 Especiarias 24 Ervas Aromáticas 21 Pimenta 18 Temperos 17
Pickles e Molhos
Chutney 19 Mostarda 22 Tempero para Saladas 20 Molhos Diversos 62 Maionese 18 Pickles 15 Salsas 9 Vinagre 20
Snacks Batatas Fritas 6 Compotas 21 Nozes 15 Amendoins 14 Chamuças 14 Gomas 5 Nachos 10 Azeitonas 19 Pipocas 9 Mini-tostas 8
Entradas Caracóis 13 Patés 11 Sopas 20
66
Tabela 20 – Produtos e Nº de Fornecedores de Mobiliário
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Mobiliário de Casa de Banho
Troca-Fraldas 3 Roupas de Casa de Banho 37 Chuveiros 3 Portas para Chuveiros 3 Torneiras 1 Conjuntos de Casa-de-Banho 11 Aquecedores de Toalhas 8 Acessórios de Casa-de-Banho 16 Estrados 10 Cortinas para Chuveiros 17 Toalheiros 12 Toalhas 33
Acessórios Decorativos
Relógios 7 Espelhos 48 Ornamentos 8 Estofos 16 Decorações de Parede 7 Almofadas 31 Murais 3 Guarda-Sois 4 Revestimentos de Parede 33
Equipamentos Ar Condicionado 4 Estores 1 Caixas Registadoras 6 Ventoinhas 5 Retardantes de Chamas 2 Bombas de Água Quente 1 Cofres 6 Toldos 7 Rodas 9 Molduras 15 Aquecedores 7 Fechaduras 6
Revestimentos de Chão
Carpetes 24 Tapetes 54
Recepção Cabides para Casacos e Chapéus 12 Ganchos para Casacos 8 Secretárias 19 Guardas-Chuva 19 Balcões de Check-Out 12 Suportes para Chapéus de Chuva 10
Mobiliário e Acessórios de Quarto
Lençóis 27 Camas 90 Mantas 19 Cabides de Pé 11 Edredões 22 Secadores de Cabelo 9 Cabeceiras 19 Colchões 20 Almofadas 23 Colchas 21 Painéis de Controlo de Cabeceira 1 Tocadores 16 Capas para Edredões 21 Instalações de Cabeceira 2 Coberturas para Colchões 20
67
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Fronhas 29 Chinelos 6 Cobertores 3
Mobiliário e Acessórios de Sala de Jantar
Cadeiras 254 Móveis 78 Assentos 65 Bancos 38 Protectores de Mesa 11 Bancos de Cozinha 6 Guardanapos 22 Mesas de Apoio 9 Mesas 177
Acessórios Ferragens para Cortinados 8 Bloqueadores de Portas 5 Quebra-Luzes 13 Paredes Removíveis 6 Cortinados 3 Portas 12 Candeeiros 39 Iluminação 11 Ecrãs 9
Lounges Sofás 17 Cadeiras Reclináveis 12 Loungers 10 Canapés 11
Armazenagem Aparadores 36 Cacifos 8 Prateleiras 36 Unidades de Gavetas 11 Unidades para Armazenamento de Bagagem 38 Unidades de Parede 14
Tabela 21 – Produtos e Nº de Fornecedores de Equipamentos e Acessórios de Cozinha
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Equipamento Equipamentos para Banho Maria 71 Cestos 53 Baldes 52 Garrafas 20 Espátulas para Manteiga 13 Transportadores de Alimentos 24 Fritadeiras de Batatas 24 Máquinas de Café 48 Coolers 46 Cortadoras 50 Retardadores de Massas 8 Equipamento de Filtragem 24 Processadores de Alimentos 37 Grelhadores 63 Suportes para Pratos 11 Caixas de Gelo 18 Dispensadores de Sumos 3 Liquidificadoras 35 Equipamento de Medida 24 Equipamento para Milkshakes 41 Formas 43 Prensas 6
68
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Equipamento para Embalamento de Sanduíches 9 Trens de Cozinha 4 Misturadoras 16 Termos 10 Tostadeiras 115 Suportes para Bandejas 9 Máquinas de Waffles 29 Pincéis para Lavagem de Frutos e Vegetais 3 Equipamento de Empacotamento 22 Máquinas de Iogurte 2 Barris 8 Equipamentos para Burgers 20 Placas para Alimentos 110 Latas 9 Equipamento de Torrefacção de Café 3 Cilindros de Água Quente 5 Dispensadores de Produtos de Controlo de Odores 2 Suportes para Espetadas 1 Acendedores Eléctricos 2 Fritadeiras 35 Equipamento para Geleias 11 Chaleiras 50 LPG 1 Controladores e Micro-Processadores 2 Picadoras 71 Carros de Sobremesa 5 Equipamento para Produção de Sanduíches 26 Enchedores de Salsichas 23 Equipamento de Corte 118 Temporizadores 21 Equipamentos de Embalagem a Vácuo 29 Equipamento de Chamada de Empregado de Mesa 3 Equipamento de Pesagem 25 Equipamentos de Frio para Iogurtes 9
Maquinaria Bandas de Corte – Carne e Peixe 24 Fervedores 101 Máquinas de Pão com Manteiga 6 Máquinas de Algodão Doce 14 Transportadores 41 Misturadoras de Cozinha 22 Unidades de Alta Congelação 21 Máquinas de Lavar Loiça 7 Sistema de Extracção 6 Cozinhas Móveis de Exterior 8 Salas de Congelação 19 Grelhadores 114 Placas Térmicas 43 Máquinas de Gelo 94 Maquinas de Esparguete 10 Equipamento para Produção de Pizzas 23 Equipamento de Processamento de Batatas 18 Injectores de Vapor 7 Equipamento de Preparação de Vegetais 36 Purificadores de Água 14 Bisnagas para Produção de Biscoitos 4 Argolas de Fevedura 38 Arrefecedores 26 Módulos de Cozinha a Gás 15 Desidratadores 4 Equipamentos para Donuts 10
69
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Ventoinhas 11 Máquinas de Enchimento 8 Congeladores para Gelados 7 Máquinas para Cachorros-Quentes 11 Máquinas de Gelados 11 Elevadores para Mercadorias 4 Máquinas de Pipocas 13 Termóstatos 18 Desinfectadores de Água 18
Acessórios Barbeques 14 Mesas de Desmanche (Talhantes) 33 Coberturas para Fogões e Extractores 41 Tábuas de Secagem 16 Sistemas de Tratamento de Gorduras 11 Unidades de Placas (Gás / Electricidade) 11 Protecções para Portas (Metal) 5 Carris para Carnes 16 Empilhadores de Pratos 23 Fogões 88 Frigoríficos 61 Coberturas para Pias 21 Grelhadores a Gás Portáteis 7 Coberturas para Mesas 19 Tanques para Águas e Bebidas 7 Aparadores Aquecidos 23 Bacias 64 Filtros para Saídas de Fumos 15 Armários Aquecidos 9 Ganchos para Carne 29 Fornos (a Gás, Eléctricos, Micro-Ondas, Diesel, etc) 359 Prateleiras (para frigoríficos, pratos, canecas, chávenas, etc)
290
Prateleiras para Frigoríficos 40 Salamandras 36 Sumidouros 150 Fogões 48 Mesas de Cozinha 89 Aquecedores 60 Limpadores 21
Tachos e Panelas
Alumínio 22 Assadeiras 7 Coadores 26 Caixas para Ovos 22 Taças Curvas (Formato Rim) 15 Tachos (para crepes, omeletas, fritar, etc, etc) 380 Panelas 59 Panelas de Pressão 49 Utensílios Asiáticos de Cozinha 1 Rechauds 39 Louça de Barro 11 Louça de Esmalte 15 Marinadores 8 Loiça Resistente a Forno 78 Pratos para Tartes 13 Caldeirões para Sopa 31 Woks 29
Tabela 22 – Produtos e Nº de Fornecedores de Serviços para Hotelaria e Turismo
70
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Gestão e Administração
Classificação de Alojamentos 1 Serviços de Contabilidade 5 Corretores de Serviços 2 Consultores Financeiros 2 Sistemas de Contabilização de Hóspedes 6 Consultores em Hospitalidade 7 Corretores de Seguros 1 Serviços de Limpeza de Roupa 4 Sistemas de Gestão 14 Sistemas de Gestão de Propriedade 11 Sistemas de Compras 5 Sistemas de Controlo de Stocks 7 Guias de Alojamento 3 Processamento de Salários 1 Business Intelligence 1 Serviços de Contratação 8 Consultores de Serviços de Limpeza e Arrumação 89 Consultores de Gestão 9 Gestores de Projecto 9 Sistemas de Custo para Receitas e Menus 7 Gestão de Risco 1 Planeamento Espacial 3 Consultores de Turismo 2
Higiene e Limpeza
Equipamentos de Purificação de Ar 2 Serviços Diversos de Limpeza 53 Desinfectantes / Fumigadores 2 Consultores de Higiene e Limpeza 8 Formação em Higiene 3 Serviços de Controlo de Odores 6 Sistemas de Tratamento de Resíduos 3 Serviços de Desinfestação 2 Serviços de Fumigação 3 Auditorias de Higiene 4 Análises Químicas e Micro-Biológicas 1 Serviços de Controlo de Pragas 5 Serviços de Baldes Higiénicos 4
Exposições, Conferências e Entretenimento
Consultores de Design de Salas de Conferência 4 Aluguer de Mobiliário de Exposição 2 Serviços de Lazer e Caça 1 Agentes de Entretenimento 2
Catering, Alimentação e Bebidas
Sistemas de Bebidas 3 Sistemas de Gestão de Cantinas 5 Consultores de Catering 9 Sistemas para Alimentação e Bebidas 12 Consultores de Licenciamento de Bebidas Alcoólicas 1 Consultores de Design de Talhos 1 Planeamento de Serviços de Cozinha 10 Instalações Chave-na-Mão para Serviços Alimentares 5
Recepção Centrais de Reserva Multi-Destino 1 Brindes para Hóspedes (Guest Amenities) 3 Manutenção de Jardins 1
Recursos Humanos e Formação
Formação de Avaliadores 2 Cursos de Inglês Comercial 1 Consultores em Educação 5 Cursos de Gestão Executiva 1 Corretores de Assuntos Laborais 3 Formação de Pessoal 14 Consultores em Design Audiovisual 2 Formação para Pessoal de Catering 3
71
SUB-CATEGORIAS
PRODUTOS Nº DE FORNECEDORES
Consultores de Emprego 10 Serviços de Saúde 2 Recrutamento 4 Pessoal Temporário 2 Desenvolvimento e Formação 3 Formação em Serviço de Vinhos 3
Vendas e Marketing
Design Gráfico 4 Consultores de Marketing 2 Artigos Promocionais 4 Inquéritos 1 Serviços de Media & Marketing 3
Decoração Consultores Art Decor 6 Fornecedores de Cortinados 3 Mobiliário de Hotel 13 Consultores de Design de Interiores 8 Consultores de Design de Iluminação 2 Molduras 6 Decoração de Bares e Pubs 3 Consultores de Mobiliário Chave-na-Mão 6 Tingimento de Janelas 1 Consultores e Fornecedores de Carpetes 3 Consultores de Design 10 Paisagistas 1 Consultores de Decoração de Exteriores 1 Decoração com Plantas 2 Decoração de Lojas 6 Estofadores 5
Equipamentos Fornecedores de Gás LPG\ 1 Sistemas de Ventilação 1 Consultores de Refrigeração e Climatização 2 Instalações de Gás- Design e Layout 1 Serviços de Recondicionamento 2 Sistemas de Aquecimento de Água 3 Reparação de Equipamentos de Climatização e Refrigeração
4
Reparação de Equipamento de Catering 8 Reparação de Mobiliário 6 Reparação de Equipamento de Lavagem de Roupa 2 Reparação de Equipamentos de Limpeza de Carpetes 2 Reparação de Equipamento de Limpeza de Pavimentos 2 Reparação de Colchões 1 Reparação de Produtos Electrónicos 2
Tecnologias de Informação
Sistemas e Instalação de Caixas Registadoras 7 Sistemas de Controlo (de Acesso, Energia, Bebidas, etc) 4 Plataformas de Internet 3 Software Houses 3 Consultores de Informática 10
Segurança Resposta Armada 1 Sistemas de Detecção de Incêndios 4 Sistemas de Protecção contra Incêndios 1 Certificação HACCP 1 Laboratórios de Controlo de Qualidade 1 Inquéritos de Segurança 6 Guardas 3 Protecção de VIPs 1 Sistemas de Evacuação em Caso de Incêndio 3 Filmes de Segurança 1 Sistemas de Segurança 8
72
O sector dos fornecedores de bens e serviços para a Indústria Hoteleira encontra-se
particularmanente desenvolvido na África do Sul, tendo conhecido um renovado impulso com a
realização do Campeonato do Mundo de Futebol. Neste sentido, importa analisar cuidadosamente
a concorrência em cada sector, sub-sector e produto, definindo a estratégia mais adequada de
entrada no mercado.
A base de dados http://www.sa-suppliers.co.za/ fornece a identificação de todos os fornecedores
listados nas tabelas anteriores, bem como os respectivos contactos. Sublinhamos que esta
informação era válida em Setembro de 2010 e encontra-se sujeita a actualizações periódicas.
6.3.3 Bens e Serviços para a Indústria Hoteleira na África do Sul. Caracterização dos Principais Grupos Hoteleiros
6.3.3.1 Principais Cadeias de Hotéis
A África do Sul dispõe de um pujante sector hoteleiro, o qual conheceu um renovado impulso com
a organização do Campeonato do Mundo de Futebol.
Tendo em consideração os objectivos que conduziram à elaboração deste estudo, procedemos a
uma caracterização exaustiva das principais cadeias de hotéis presentes na África do Sul. Trata-se
de informação que permitirá aos profissionais do sector determinar a dimensão potencial do
mercado e de alguns dos seus principais agentes.
As tabelas que passaremos a apresentar contêm uma síntese do número de unidades e de quartos
que compõem cerca de duas dezenas das principais cadeias de hotéis presentes na República da
África do Sul.
Tabela 23 - Caracterização da Cadeia: African Pride Hotels
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS
15 on Orange Hotel
Cidade do Cabo /Cabo Ocidental
1 129 http://www.africanpridehotels.com/15-on-orange-hotel.html
Crystal Towers Hotel &SPA
Cidade do Cabo /Cabo Ocidental
1 180 http://www.africanpridehotels.com/crystal-towers-hotel-spa.html
Endless Horizons Boutique Hotel
Durban / Kwazulu Natal
1 10 http://www.africanpridehotels.com/endless-horizons-boutique-hotel.html
73
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Makaranga Garden Lodge
Durban / Kwazulu Natal
1 21
http://www.africanpridehotels.com/makaranga-garden-lodge.html
Audacia Manor
Durban / Kwazulu Natal
1 10 http://www.africanpridehotels.com/audacia-manor.html
Melrose Arch Hotel
Joanesburgo / Gauteng
1 118 http://www.africanpridehotels.com/melrose-arch-hotel.html
Mosselberg on Grotto Beach
Hermanus / Cabo Ocidental
1 - http://www.africanpridehotels.com/mosselberg-on-grotto-beach.html
Mount Grace Country House and SPA
Magaliesburg / Gauteng
1 121 http://www.africanpridehotels.com/mount-grace-country-house-and-spa.html
The Andros Boutique Hotel
Cidade do Cabo /Cabo Ocidental
1 13 http://www.africanpridehotels.com/the-andros-boutique-hotel.html
TOTAL 9 602
CASAS DE CAMPO (LODGES)
Irene Country Lodge
Pretoria / Gauteng 1 73 http://www.africanpridehotels.com/irene-country-lodge.html
Haclewood Hill Country House
Port Elizabeth / Cabo Oriental
1 - http://www.africanpridehotels.com/hacklewood-hill-country-house.html
Rijks Coutry House
Tulbagh – Cabo Ocidental
1 15 http://www.africanpridehotels.com/rijks-country-house.html
Rosenhof Country House
Outdshoorn – Cabo Ocidental
1 10 http://www.africanpridehotels.com/rosenhof-country-house.html
The Sands and Saint Francis
Saint Francis Bay – Cabo Oriental
1 - http://www.africanpridehotels.com/the-sands-st-francis.html
Pumba Private Game Reserve
Port Elizabeth – Cabo Oriental
1 12 http://www.africanpridehotels.com/pumba-private-game-reserve.html
TOTAL 6 110
74
Tabela 24 - Caracterização da Cadeia: African Sky
HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS
Cape Town Ritz Hotel
Sea Point / Cidade do Cabo
1 222 http://www.africanskyhotels.com/hotels/cape-town-ritz-hotel
Atlantic Beach Hotel
Melkbosstrand / Cidade do Cabo
1 38 http://www.africanskyhotels.com/hotels/the-atlantic-beach-hotel
Eden on the Bay (Apartamentos)
Cidade do Cabo 1 40 http://www.africanskyhotels.com/hotels/eden-on-the-bay
The Reef Hotels
Joanesburgo 1 120 www.reefhotels.co.za
Oudtshoorn Hotel, Spa and Resort
Cabo Ocidental 1 120 http://www.africanskyhotels.com/hotels/oudtshoorn-hotel-resort
Wilderness Beach Hotel
Wilderness; nas proximidades do Parque Nacional Wilderness
1 149 http://www.africanskyhotels.com/hotels/wilderness-beach-hotel
Pine Lake Inn White River; nas proximidades do Kruger Park (35km)
1 128 http://www.africanskyhotels.com/hotels/pine-lake-inn
Ermello In Ermelo, Mpumalanga (nas proximidades da Swazilândia)
1 160 http://www.africanskyhotels.com/hotels/ermelo-inn
Harrismith Inn Harrismith, Free State; entre Joanesburgo e Durban
1 119 http://www.africanskyhotels.com/hotels/harrismith-inn
Newcastle Inn
Newcastle; área norte do Kwazulu-Natal
1 165 http://www.africanskyhotels.com/hotels/newcastle-inn
TOTAL 10 1261
75
Tabela 25 - Caracterização da Cadeia: Gooderson Leisure HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS
Tropicana Hotel
Durban, Kwazulu Natal
1 168 http://www.goodersonleisure.co.za/trop.php
Beach Hotel Durban, Kwazulu Natal
1 112 http://www.goodersonleisure.co.za/beach.php
Drakensberg Gardens Golf & Spa Resort
Área sul de Drakensberg
1 91 http://www.goodersonleisure.co.za/drak.php
Bushlands Game Lodge
Hluhluwe Zululand, KwaZulu Natal
1 28 http://www.goodersonleisure.co.za/bush.php
DumaZulu Lodge & Traditional Village
Hluhluwe Zululand, KwaZulu Natal
1 21 http://www.goodersonleisure.co.za/duma.php
Natal Spa Hot Springs & Leisure Resort
Paulpietersburg, Northern KwaZulu Natal
1 103 http://www.goodersonleisure.co.za/natal.php
SanRock Resort & Conference Centre
Modimolle, Limpopo
1 54 http://www.goodersonleisure.co.za/sanrock.php
Fabz Estate Hotel & Restaurant -
Lonehill, Gauteng 1 31 http://www.goodersonleisure.co.za/fabz.php
TOTAL 8 608
76
Tabela 26 - Caracterização da Cadeia: Guvon Hotels
HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS Kloofzicht Lodge
Zwartkops Mountains; Joanesburgo (a 40 mns de Joanesburgo e Pretória)
1 50 http://www.kloofzicht.co.za/
The Fairway Hotel & Spa
Joanesburgo 1 118 http://www.thefairway.co.za/
Umbhaba Lodge
Hazyview; próximo do Kruger Park
1 30 http://www.umbhaba.co.za/
Askari Lodge Magaliesberg; Plumari Africa; A cerca de uma hora de Joanesburgo ou Pretória
1 - http://www.askarilodge.co.za/guvon_askari1.html
Glenburn Lodge
Zwartkops Mountains; A 30 minutos de Joanesburgo e Pretória
1 100 http://www.glenburn.co.za/
TOTAL 5 298
Tabela 27 - Caracterização da Cadeia: Isibindi Africa Lodges
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Isibindi Zulu Lodge
Zululândia 1 12 http://www.isibindiafrica.co.za/izl/index.htm
Kosi Forest Lodge
Kosi Bay; Isimangaliso Wetland Park
1 16 http://www.isibindiafrica.co.za/kfl/index.htm
Thonga Beach Lodge
Mabibi; Maputuland coast, KwaZulu-Natal
1 24 http://www.isibindiafrica.co.za/mabibi/index.htm
Rhino Post Safari Lodge
Kruger National Park 1 16 http://www.isibindiafrica.co.za/rhino-post/index.htm
77
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
TOTAL 5 298
Tabela 28 - Caracterização da Cadeia: Legacy Hotels & Resorts
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS The Airport Grand Hotel and Conference Center
Joanesburgo Gauteng (próximo do Aeroporto Internacional O. Tambo
1 149 http://www.airportgrand.co.za/?submit.x=18&submit.y=10
Brookes Hill Suites
Port Elizabeth; Eastern Cape
1 100 http://www.brookeshill.co.za/
Centurion Lake Hotel
Pretoria Gauteng 1 160 http://www.centurionlakehotel.co.za/
Davinci Hotel and Suites
Sandton Joanesburgo Gauteng
220 http://davinci.legacyhotels.co.za/
Michel Angelo Towers
Sandown 1 194 http://www.michelangelotowers.co.za/
Raphael Penthouse Suites
Sandown 1 60 http://www.raphael.co.za/
Sunnyside Park Hotel
Parktown 1 154 http://www.thesunnyside.co.za/
Commodore Hotel
Cidade do Cabo – Western Cape
1 236 http://www.thecommodore.co.za/
Michelangelo Hotel
Sandton 1 242 http://www.michelangelo.co.za/
The PortsWood Hotel
Cidade do Cabo – Western Cape
1 103 http://www.portswood.co.za/
CastleBurn Leisure Resort
Underberg; Kwazulu Natal
1 58 http://www.castleburn.co.za/
TOTAL 7 1676
78
Tabela 29 - Caracterização da Cadeia: Lions Roars Lodges
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Hlosi Game Lodge
Reserva Amakhala; Eastern Cape (Perto de Port Elizabeth)
1 6 http://www.hlosilodge.com/Pages/Detail.aspx?pageId=29
Bukela game lodge
Eastern Cape 1 4 http://www.bukela.co.za/Pages/Detail.aspx?pageId=24
Singa Lodge Eastern Cape 1 12 http://www.singalodge.com/Pages/Detail.aspx?pageId=42
Ibhayi Guest Lodge
Port Elizabeth 1 14 http://www.ibhayiguestlodge.co.za/Pages/Detail.aspx?pageId=54
Cottage Pie Guest House
Plettenberg Bay 1 8 http://www.cottagepie.co.za/Pages/Detail.aspx?pageId=65
TOTAL 5 44
Tabela 30 - Caracterização da Cadeia: Louis Group Hotels
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Devon Valley Hotel
SylvanVale Wine Estate; Cidade do Cabo
1 50 http://www.louisgrouphotels.com/
Erinvale Estate Hotel & Spa
Somerset West, Winelands
1 57 http://www.erinvale.co.za/
The Fairways on the Bay
Camps Bay, Cidade do Cabo
1 6 http://www.thefairways.co.za/
Lobster House
Camps Bay, Cidade do Cabo
1 6 http://www.lobster-house.co.za/
Place on the Bay
Camps Bay, Cidade do Cabo
1 21 http://www.placeonthebay.co.za/
TOTAL 5 140
79
Tabela 31 - Caracterização da Cadeia: The Mantis Collection
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Grande Roche Hotel
Western Cape 1 35 http://www.granderoche.com/properties/?MicroSiteID=27
Jaci’s Lodges
Madikwe Game ReserveKalahari
1 19 http://www.madikwe.com/
Jock Safari Lodge
Área a sul do Kruger National Park
1 - http://www.jocksafarilodge.com/properties/default.asp
Shamwari Town House
Port Elizabeth 1 7 http://www.shamwaritownhouse.com/properties/default.asp
Views Boutique Hotel@SPA
Wilderness, CapeTown
1 18 http://www.viewshotel.co.za/
Oceana Beach&wildlife research
Port Alfred, Eastern Cape
1 7 http://www.oceanareserve.com/
Sanbona Wildlife Reserve
Perto da Cidade do Cabo
1 18 http://www.sanbona.com/properties/?MicroSiteID=3
Monarch Hotel
Joanesburgo 1 - http://www.monarchhotels.co.za/
Lake Pleasant Living
Knysna 1 - http://www.lakepleasantliving.com/properties/?MicroSiteID=4
TOTAL 9 104
Tabela 32 - Caracterização da Cadeia: Orient Express
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Mount Nelson Hotel
Cidade do Cabo 1 201 http://www.mountnelson.co.za/web/ocap/mount_nelson_hotel.jsp
80
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
The West Cliff Joanesburgo 1 0 http://www.westcliff.co.za/web/ojnb/the_westcliff.jsp
TOTAL 2 201
81
Tabela 33 - Caracterização da Cadeia: Protea Hotels
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Breakwater Lodge
Cidade do Cabo, Western Cape
1 192 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-breakwater-lodge.html
Hotel Cape Castle
Cidade do Cabo, Western Cape
1 67 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-cape-castle.html
Hotel Colosseum
Cidade do Cabo, Western Cape
1 68 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-colosseum.html
Hotel Dolphin Beach
Cidade do Cabo, Western Cape
1 32 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-dolphin-beach.html
Hotel Fire&Ice
Cidade do Cabo, Western Cape
1 201 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-fire-ice!.html
Hotel Island Club
Cidade do Cabo, Western Cape
1 23 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-island-club.html
Hotel North Wharf
Cidade do Cabo, Western Cape
1 67 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-north-wharf.html
Hotel President
Cidade do Cabo, Western Cape
1 353 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-president.html
Hotel Riviera Cidade do Cabo, Western Cape
1 43 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-riviera.html
Hotel Sea Point
Cidade do Cabo, Western Cape
1 124 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-sea-point.html
Hotel Tygervalley
Cidade do Cabo, Western Cape
1 100 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-tygervalley.html
Hotel Victoria Junction
Cidade do Cabo, Western Cape
1 172 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-victoria-junction.html
Hotel Marine Port Elizabeth, Eastern Cape
1 114 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-marine.html
Hotel Tsitsikamma
Storms River, Eastern Cape
1 49 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-tsitsikamma.html
Hotel Bloemfontein
Bloemfontein, Free State
1 94 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-bloemfontein.html
Hotel Bloemfontein Central
Bloemfontein, Free State
115 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-bloemfontein-central.html
Hotel Willow Lake
Bloemfontein, Free State
1 94 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-willow-lake.html
Hotel Montrose
Harrismith, Free State
1 22 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-montrose.html
Hotel Clarens
Clarens, Free State 1 70 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-clarens.html
Hotel Joanesburgo 1 330 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-balalaika-
82
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Balalaika Sandton
sandton.html
Hotel Fire & Ice! Melrose Arch
Joanesburgo 1 197 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-fire-ice!-melrose-arch.html
Hotel OR Tambo
Joanesburgo 1 213 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-or-tambo.html
Hotel Parktonian
Joanesburgo 1 300 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-parktonian.html
Hotel Suikerbosrand
Joanesburgo 1 30 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-suikerbosrand.html
Hotel Transit Joanesburgo 1 87 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-transit.html
Hotel Wanderers
Joanesburgo 1 229 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-wanderers.html
Hotel Capital Pretoria 1 104 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-capital.html
Hotel Hatfield
Pretoria 1 119 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-hatfield.html
Hotel Hatfield Apartments
Pretoria 1 28 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-hatfield-apartments.html
Hotel Manor Hatfield
Pretoria 1 122 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-manor-hatfield.html
Hotel Waterfront Centurion
Pretoria 1 131 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-waterfront-centurion.html
Hotel Midrand
Midrand 1 177 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-midrand.html
Hotel Edward Durban
Durban, Kwazulu Natal
1 101 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-edward-durban.html
Hotel Karridene Beach
Durban, Kwazulu Natal
1 81 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-karridene-beach.html
Hotel Umhlanga
Durban, Kwazulu Natal
1 120 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-umhlanga.html
Hotel Hilton Pietermaritzburg,Kwazulu Natal
1 60 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-hilton.html
Hotel Imperial
Pietermaritzburg,Kwazulu Natal
1 70 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-imperial.html
Hotel Imvubu Lodge
Richards Bay, Kwazulu Natal
1 41 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-imvubu-lodge.html
Hotel Richards Bay
Richards Bay, Kwazulu Natal
1 66 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-richards-bay.html
Hotel The Richards
Richards Bay, Kwazulu Natal
1 135 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-the-richards.html
Hotel Umfolozi River
Richards Bay, Kwazulu Natal
1 70 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-umfolozi-river.html
Hotel Richards Bay, 1 79 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-
83
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Waterfront Richards Bay
Kwazulu Natal waterfront-richards-bay.html
The Bayshore Inn
Richards Bay, Kwazulu Natal
1 102 http://www.proteahotels.com/the-bayshore-inn.html
Hotel Empangeni
Empangeni Bay, Kwazulu Natal
1 55 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-empangeni.html
Hotel Hluhluwe & Safaris
Zululândia 1 76 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-hluhluwe-safaris.html
Hotel Shakaland
Zululândia 1 55 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-shakaland.html
Hotel Simunye
Zululândia 1 22 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-simunye.html
Hotel Landmark
Limpopo, Pietersburg
1 80 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-landmark-polokwane.html
Hotel The Ranch
Limpopo, Pietersburg
1 142 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-the-ranch.html
Hotel The Park
Limpopo, Potgietersrus
1 125 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-the-park.html
Hotel Hazyview
Mpumalanga 1 92 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-hazyview.html
Hotel Kruger Gate
Mpumalanga , Kruger National Park
1 103 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-kruger-gate.html
Hotel Nelspruit
Mpumalanga, Nelspruit
1 94 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-nelspruit.html
Hotel The Winkler
Mpumalanga, Nelspruit
1 87 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-the-winkler.html
Hotel Highveld
Mpumalanga 1 82 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-highveld.html
Hotel Witbank
Mpumalanga, Witbank
1 101 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-witbank.html
Hotel Klerksdorp
Noroeste, Klerksdorp
1 92 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-klerksdorp.html
Hotel Mafikeng
Noroeste, Mafikeng/Mmbatho
1 99 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-mafikeng.html
Hotel Christiana
Noroeste, Christiana 1 50 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-christiana.html
Hotel Diamond Lodge
Nordeste, Kimberley 1 34 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-diamond-lodge.html
Hotel Kimberley
Nordeste, Kimberley 1 94 http://www.proteahotels.com/protea-hotel-kimberley.html
TOTAL 45 6475
Tabela 34 - Caracterização da Cadeia: Relais Hotels South Africa
84
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS The Bantry Bay
Cidade do Cabo 1 41 http://www.relais.co.za/bantrybay/accommodation.php
Harbour Bridge
Cidade do Cabo 1 58 http://www.relais.co.za/harbour_bridge/index.php
Adderley Hotel
Cidade do Cabo 1 27 http://www.relais.co.za/adderley/index.php
Leisure Bay Cidade do Cabo 1 30 http://www.relais.co.za/leisure_bay/index.php
Simon’s Town Quayside
Cidade do Cabo 1 26 http://www.relais.co.za/quayside/index.php
Casa do Sol Mpumalanga 1 54 http://www.relais.co.za/casadosol/index.php
L’Ermitage Western Cape 1 42 http://www.relais.co.za/lermitage/index.php
TOTAL 7 278
Tabela 35 - Caracterização da Cadeia: Relais & Chateaux
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Londozi Lodges
Joanesburgo, Sabi Sand Game Reserve, perto do Kruger National Park
1 30 http://www.londolozi.co.za/lodges
Singita Ebony Lodges
Joanesburgo, perto do Kruger National Park
2 12 http://www.singita.com/index.php/game-reserves/lodges-and-camps-in-south-africa/singita-ebony-lodge/
Singita Lebombo & Sweni
Kruger National Park,Claremont, junto à fronteira com Moçambique
1 21 http://www.singita.com/index.php/game-reserves/lodges-and-camps-in-south-africa/singita-lebombo-lodge/
85
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Singita Sweni Lodge
Kruger National Park 1 6 http://www.singita.com/index.php/game-reserves/lodges-and-camps-in-south-africa/singita-sweni-lodge/
Camp Jabulani
Hoedspruit (Limpopo),
1 6 http://www.campjabulani.com/
Marataba Safari Company
Plettenberg Bay. Western Cape
1 15 http://www.hunterhotels.com/marataba/
Karkloof, SPA, Wellness and Wildlif
Pietermaritzburg.Kwa Zulu Natal
1 16 http://www.karkloofspa.com/
Kwandwe Private Game Reserve
Benmore 2 22 http://www.kwandwereserve.co.za/
The Plettenberg
Plettenberg Bay, Western Cape
1 37 http://www.plettenberg.com/
Tsala Treetop Lodge
Plettenberg Bay, Western Cape
1 26 http://www.hunterhotels.com/tsalatreetoplodge/
Kurland Hotel
Plettenberg Bay, Western Cape
1 12 http://www.relaischateaux.com/en/search-book/hotel-restaurant/kurland/
Gorah Elephant Camp
Plettenberg Bay, Western Cape
1 11 http://www.hunterhotels.com/gorahelephantcamp/
Hunter’s Country House
Plettenberg Bay, Western Cape
1 18 http://www.hunterhotels.com/hunterscountryhouse/
Le Quartier Français
Franschhoek,Cape Winelands
1 21 http://www.lequartier.co.za
The Marine Hermanus
Hermanus, Western Cape
1 42 http://www.marine-hermanus.co.za/
The Cellars-Hohenort Hotel
Cidade do Cabo 1 53 http://www.cellars-hohenort.com/
Ellerman House
Cidade do Cabo, Western Cape
1 11 http://www.ellerman.co.za
Asara Wine Estate & Hotel
Stellenbosch, Western Cape
1 36 http://www.relaischateaux.com/en/search-book/hotel-restaurant/asara/
Bushmans Kloof Wilderness Reserve
Cidade do Cabo, Western Cape
1 17 http://www.bushmanskloof.co.za/
Tswalu Kalahari
Kuruman, Northern Cape
1 13 http://www.tswalu.com/
TOTAL 22 425
Tabela 36 - Caracterização da Cadeia: Sun International Hotels
86
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Cabanas Northwest Province 1 380 http://www.suninternational.com/Destinations/Resorts/
SunCity/Hotels/Cabanas/Pages/default.aspx
Fish River Sun Hotel
Eastern Cape 1 40 http://www.suninternational.com/Destinations/Hotels/FishRiver/Pages/default.aspx
Cascades North West Province
1 243 http://www.suninternational.com/Destinations/Resorts/SunCity/Hotels/Cascades/Pages/default.aspx
The Palace of the Lost City
North West Province 1 331 http://www.suninternational.com/Destinations/Resorts/SunCity/Hotels/Palace/Pages/Home.aspx
The Sun City Hotel
North West Province 1 340 http://www.suninternational.com/Destinations/Resorts/SunCity/Hotels/SunCityHotel/Pages/default.aspx
The Table Bay Hotel
Cidade do Cabo 1 329 http://www.suninternational.com/Destinations/Hotels/TableBay/Pages/home.aspx
Wild Coast Sun
Eastern Cape, na proximidade do Kwazulu Natal
1 246 http://www.suninternational.com/Destinations/Hotels/WildCoastSun/Pages/default.aspx
TOTAL 7 1909
87
Tabela 37 - Caracterização da Cadeia: The Last World HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS The Last Word Bishopscourt
Cidade do Cabo 1 5 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=333&sm[b1][category]=333
The Last Word Constantia
Cidade do Cabo 1 8 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=332&sm[b1][category]=332
The Last Word Franschhoek
Cidade do Cabo 1 6 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=336&sm[b1][category]=336
The Last World Long Beach
Cidade do Cabo 1 6 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=337&sm[b1][category]=337
The Last World Long Sea Five
Cidade do Cabo 1 6 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=455&sm[b1][category]=455
Luxury Yacht Charter
1 4 http://www.thelastword.co.za/retreats.htm?sm[p1][category]=435&sm[b1][category]=435
TOTAL 6 35
Tabela 38 - Caracterização da Cadeia: Three Cities Hotels
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
HOTÉIS Golden Horse Casino & Hotel
Pietermaritzburg, Kwazulu Natal
1 86 http://www.ghch.co.za/
Peninsula All-Suite Hotel
Cidade do Cabo 1 110 http://www.peninsula.co.za/
Mandela Rhodes Place Hotel and Spa
Cidade do Cabo 1 110 http://www.mandelarhodesplace.co.za/
Rockwell All Suite Hotel
Cidade do Cabo 1 43 http://www.rockwellhotel.co.za/location.htm
Alphen Country House Hotel
Cidade do Cabo 1 11 http://www.alphen.co.za/index.html
Inn on the Square
Cidade do Cabo 1 165 http://www.innonthesquare.com/
88
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Upper Eastside Hotel
Cidade do Cabo 1 183 http://www.uppereastsidehotel.co.za/
Hotel on St. Georges
Cidade do Cabo 1 139 http://www.threecities.co.za/properties/city-hotels/hotel-on-st-georges/home,70,7.html
Riverside Hotel & Spa
Durban, Kwazulu Natal
1 169 http://www.riversidehotel.co.za/
The Royal Hotel
Durban, Kwazulu Natal
1 204 http://www.theroyal.co.za/
The Westville Hotel
Durban, Kwazulu Natal
1 13 http://www.thewestville.co.za/
Royal Palm Durban, Kwazulu Natal
1 93 http://www.royal-palm.co.za/
Square Boutique Hotel & Spa
Durban, Kwazulu Natal
1 50 http://www.threecities.co.za/properties/city-hotels/the-square-boutique-hotelspa/home,65,7.html
TOTAL 13 1376
Tabela 39 - Caracterização da Cadeia: Southern Sun Hotels HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS Hemingways Hotel
Eastern Cape, East London
1 70 http://www.southernsun.com/Hotels/Hemingways-Hotel/Pages/overview.aspx
Garden Court East London
Eastern Cape, East London
1 173 http://www.southernsun.com/Garden-Court/East-London/Pages/overview.aspx
Garden Court King’s Beach
Eastern Cape, Port Elizabeth
1 280 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Kings-Beach/Pages/overview.aspx
Garden Court Mthatha
Eastern Cape, Mthatha
1 117 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Mthatha/Pages/overview.aspx
Bloenfontein Freeestate, Bloemfontein
1 147 http://www.southernsun.com/Hotels/Bloemfontein/Pages/overview.aspx
The Palazzo Montecasino
Gauteng, Fourways 1 246 http://www.southernsun.com/Deluxe/The-Palazzo-Montecasino/Pages/overview.aspx
Sun Square Montecasino
Gauteng, Fourways 1 179 http://www.southernsun.com/SunSquare/Montecasino/Pages/overview.aspx
Montecasino Gauteng, Fourways 1 194 http://www.southernsun.com/Hotels/Montecasino/Pages/overview.aspx
Intercontinental Johannesburg O.R. Tambo Airport
Airport, Gauteng, 1 138 http://www.southernsun.com/InterContinental/Johannesburg-OR-Tambo-Airport/Pages/overview.aspx
O.R. Tambo Airport, Gauteng 1 366 http://www.southernsun.com/Hotels/OR-Tambo-
89
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
International Airport
International-Airport/Pages/overview.aspx
Garden Court O.R. Tambo International Airport
Airport, Gauteng 1 253 http://www.southernsun.com/Garden-Court/OR-Tambo-International-Airport/Pages/overview.aspx
Sandton Sun Sandton 1 334 http://www.southernsun.com/Deluxe/Sandton-Sun/Pages/overview.aspx
Intercontinental Johannesburg Sandton Towers
Sandton 1 231 http://www.southernsun.com/InterContinental/Johannesburg-Sandton-Towers/Pages/overview.aspx
Katherine Street Sandton
Sandton 1 122 http://www.southernsun.com/Hotels/Katherine-Street-Sandton/Pages/overview.aspx
Hyde Park Sandton 1 132 http://www.southernsun.com/Hotels/Hyde-Park/Pages/overview.aspx
Grayston Sandton
Sandton 1 346
http://www.southernsun.com/Hotels/Grayston-Sandton/Pages/overview.aspx
Sandton City Sandton 1 444 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Sandton-City/Pages/overview.aspx
Garden Court Sandton
Sandton 1 157 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Sandton/Pages/overview.aspx
Garden Court Morningside
Sandton 1 150 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Morningside/Pages/overview.aspx
Riverside Lifestyle Resort
Joanesburgo 1 169 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Riverside/Pages/overview.aspx
MIlpark Joanesburgo 1 252 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Riverside/Pages/overview.aspx
Garden Court EastGate
Joanesburgo 1 157 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Eastgate/Pages/overview.aspx
StayEasy Eastgate
Joanesburgo 1 135 http://www.southernsun.com/StayEasy/Eastgate/Pages/overview.aspx
Southern Sun Pretoria
Pretoria 1 242 http://www.southernsun.com/Hotels/Pretoria/Pages/overview.aspx
Garden Court Hatfield
Pretoria 1 157 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Hatfield/Pages/overview.aspx
StayEasy Pretoria
Pretoria 1 136 http://www.southernsun.com/StayEasy/Pretoria/Pages/overview.aspx
SunCoast Hotel & Towers
Durban, Kwazulu Natal
1 165 http://www.southernsun.com/Hotels/SunCoast-Hotel-and-Towers/Pages/overview.aspx
Southern Sun Elangeni
Durban 1 449 http://www.southernsun.com/Hotels/Elangeni/Pages/overview.aspx
Southern Sun North Beach
Durban, Kwazulu Natal
1 285 http://www.southernsun.com/Hotels/North-Beach/Pages/overview.aspx
Garden Court South Beach
Durban, Kwazulu Natal
1 414 http://www.southernsun.com/Garden-Court/South-Beach/Pages/overview.aspx
Garden Court Marine Parade
Durban, Kwazulu Natal
1 346 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Marine-Parade/Pages/overview.aspx
90
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
StayEasy Pietermaritzburg
Durban, Kwazulu Natal
1 127 http://www.southernsun.com/StayEasy/Pietermaritzburg/Pages/overview.aspx
Beverly Hills Hotel
Umhlanga 1 89 http://www.southernsun.com/Deluxe/Beverly-Hills-Hotel/Pages/overview.aspx
Cabana Beach Lifestyle Resort
Umhlanga, Kwazulu Natal
1 217 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Cabana-Beach/Pages/overview.aspx
Umhlanga Sands Lifestyle Resort
Umhlanga, Kwazulu Natal
1 237 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Umhlanga-Sands/Pages/overview.aspx
Garden Court Umhlanga
Umhlanga, Kwazulu Natal
1 204 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Umhlanga/Pages/overview.aspx
Drakensberg Sun Lifestyle Resort
Drakensberg, Kwazulu Natal
1 78 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Drakensberg-Sun/Pages/overview.aspx
Garden Court Blackrock Newcastle
Newcastel;( A meio caminho entre Joanesburgo e Durban), Kwazulu Natal
1
40
http://www.southernsun.com/Garden-Court/Blackrock-Newcastle/Pages/overview.aspx
Garden Court Ulundi
Ulundi, Kwazulu Natal
1 72 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Ulundi/Pages/overview.aspx
Garden Court Polokwane
Polokwane, Limpopo
1 180
http://www.southernsun.com/Garden-Court/Polokwane/Pages/overview.aspx
Ridge Hotel Witbank, Mpumalanga
1 40 http://www.southernsun.com/Hotels/Ridge-Hotel/Pages
StayEasy Emalahleni
Witbank, Mpumalanga
1 135 http://www.southernsun.com/StayEasy/Emalahleni/Pages/overview.aspx
Emnotweni Sun
Nelspruit, Mpumalanga
1 109 http://www.southernsun.com/Hotels/Emnotweni-Sun-Hotel/Pages/overview.aspx
StayEasy Emnotwen
Nelspruit , Mpumalanga
1 115 http://www.southernsun.com/StayEasy/Emnotweni/Pages/overview.aspx
Pine Lake Lifestyle Resort
White River Country Estate
1 34 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Pine-Lake/Pages/overview.aspx
Sabie River Sun Lifestyle Resort
Hazyview; Perto do Kruger National Park
1 104 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Sabi-River-Sun/Pages/overview.aspx
Garden Court Kimberley
Kimberley, Northern Cape
1 135 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Kimberley/Pages/overview.aspx
Cape Sun Western Cape, Cidade do Cabo
1 368 http://www.southernsun.com/Hotels/Cape-Sun/Pages/overview.aspx
The Cullinan
Western Cape, Cidade do Cabo
1 410 http://www.southernsun.com/Hotels/The-Cullinan/Pages/overview.aspx
Newlands Western Cape, Cidade do Cabo
1 162 http://www.southernsun.com/Hotels/Newlands/Pages/overview.aspx
Waterfront Cape Town
Western Cape, Cidade do Cabo
1 546 http://www.southernsun.com/Hotels/Waterfront-Cape-Town/Pages/overview.aspx
91
HOTEL LOCALIZAÇÃO / PROVINCIA
Nº UNIDS.
Nº QUARTO
S UNIDADE
WEB
Garden Court de Waal
Western Cape, Cidade do Cabo
1 136 http://www.southernsun.com/Garden-Court/de-Waal/Pages/overview.aspx
Garden Court Eastern Boulevard
Western Cape, Cidade do Cabo
1 292 http://www.southernsun.com/Garden-Court/Eastern-Boulevard/Pages/overview.aspx
StayEasy Century City
Western Cape, Cidade do Cabo
1 205 http://www.southernsun.com/StayEasy/Century-City/Pages/overview.aspx
Beacon Island LifeStyle Resort
Western Cape, Plettenberg Bay
1 200 http://www.southernsun.com/Lifestyle-Resorts/Beacon-Island/Pages/overview.aspx
The Caledon Casino, Hotel and Spa
Western Cape 1 95 http://www.southernsun.com/Associate-Hotels/The-Caledon-Hotel-Spa-and-Casino/Pages/overview.aspx
StayEasy Rustenburg
Nortwest, Rustenburg
1 125 http://www.southernsun.com/StayEasy/Rustenburg/Pages/overview.aspx
TOTAL 57 11441
92
Tabela 40 - Caracterização da Cadeia: Signature Life Hotels HOTEL LOCALIZAÇÃO /
PROVINCIA Nº
UNIDS. Nº
QUARTOS
UNIDADE
WEB
HOTÉIS Life Ballito Bay
Ballito, Kwazulu Natal
1 50 http://www.lifehotels.co.za/establishments/life-ballito-bay/home.html
Life New Kings
Cidade do Cabo, Western Cape
1 42 http://www.lifehotels.co.za/establishments/life-new-kings/home.html
Life OR Tambo
Gauteng, Joanesburgo
1 90 http://www.lifehotels.co.za/establishments/life-or-tambo/home.html
Life Phefumula Beach Resort
Kwazulu Natal, Costa Sul
1 22 http://www.lifehotels.co.za/establishments/life-phefumula-beach-resort/home.html
Life The Aviator
Gauteng, Joanesburgo
1 124 http://www.lifehotels.co.za/establishments/life-the-aviator/home.html
Quarters on Florida
Durban 1 23 http://www.quarters.co.za/quarters-on-florida/home.html
Quarters on Avondale
Durban 1 17 http://www.quarters.co.za/quarters-on-avondale/home.html
Quarters Hermanus
Porto de Hermanus, 1 18 http://www.quarters.co.za/quarters-hermanus/home.html
Fairview All-Suite Hotel
Fairlands, Joanesburgo
1 50 http://www.fairviewon14th.co.za/
The Westbrook
Ballito, Kwazulu Natal
1 60 http://www.signaturehotels.co.za/the-westbrook/home.html
Canelands Beach Club
Salt Rock, KwaZulu Natal
1 10 http://www.canelandssaltrock.co.za/
Docklands Hotel Durban Waterfront
Durban 1 83 http://www.thedocklands.co.za/
Hotel 64 on Gordon
Durban 1 36 http://www.signaturehotels.co.za/hotel-64-on-gordon/home.html
TOTAL 13 625
93
6.3.3.2 Pessoas de Contacto – Responsáveis por Compras e Procurement Managers
Por forma a facilitar o contacto com as principais cadeias de hotéis passamos a identificar os
procurement managers das principais cadeias de hotéis que operam na África do Sul. Esta
informação era válida em Agosto de 2010 e poderá ser sujeita a alterações posteriores.
Tabela 41 - Responsáveis pelas Compras em Hotéis Seleccionados
Cadeia Hoteleira Contactos
Sede: African Pride Hotels Arthurs Road, Sea Point, Cape Town 8060 Tel: +27 (0)21 430 5000 Fax: +27 (0)21 430 5001 Email: [email protected] Web: www.africanpridehotels.com Procurement Manager: Mr. Neil Hughes Tel: +27 21 430 5258 Email: [email protected]
Escritório de Cape Town Cnr. Main & Camberwell Roads, Seapoint P.O. Box 27224, Rhine Road, 8050 Tel: +27 (0)21 439 6010 Fax: +27 (0)21 434 0809 Email: [email protected] Web: www.africanskyhotels.com Sales Manager: Ms. Adele De Wet Email: [email protected]
Sede Guvon House 1 Bosbok Road Randpark Ridge Ext 58 | Randburg | South Africa Tel : +27 (0)11 791 1870 Fax : +27(0) 11 791 1877 Web: www.guvonhotels.co.za Operations Director: Mr. Leon Bosch Email: [email protected]
Web: www.hunterhotels.com Management Chief Executive: Mr. Ian Hunter Tel: +27 (0) 44 501 1109 (Direct line) Fax: +27 (0) 44 501 1100 Email: [email protected]
Tel: +27 (0)35-474 1473 Fax: +27 (0)35-474 1490 Email: [email protected] Web: www.isibindi.co.za Procurement Manager: Mr. Gerard Debroglio Email: [email protected]
Web: www.legacygroup.co.za Group Purchasing Officer: Ms Lynn Turnbull Email: [email protected] Tel: +27 11 806 6800 Fax: +27 11 806 6833
94
Cadeia Hoteleira Contactos
LION ROARS LODGES Web: www.lionroars.com Tel: +27 (0)41 502 9400 Purchase Manager: Mr. Baden Swans Email: [email protected]
Louis Group Building, 2 Boundary Road Century City, 7441, South Africa Tel: +27 (0)21 529 4600 Fax: +27 (0)21 529 4625 Email: [email protected] Web: www.louisgrouphotels.com Head: Operations: Mr. Danie Antill Email: [email protected]
Web: www.mantiscollection.com Retail Buyer & Manager: Mr. Nicky Malan Tel. +27 41 581 08 17
Cnr. Arthur's Rd & Main Road, Sea Point Western Cape | South Africa | 3060 South Africa Tel: +27 (0)21 430 5000 Fax: +27 (0)21 430 5320 Email: [email protected] Web: www.proteahotels.com Procurement Manager: Mr. Neil Hughes Tel: +27 21 430 5258 Email: [email protected]
Tel: + 27 (0)21 465 3530 Fax: + 27 (0)21 465 3377 Email: [email protected] Web: www.relais.co.za Procurement Manager: Mr. John Watson Email: [email protected]
Web: www.southernsun.com Managing Director Southern Sun: Mr. Graham Wood Tel: +27 (0)11 510 7899 Fax: +27 (0)11 510 7245 Email: [email protected]
SUN INTERNATIONAL HOTELS Head Office - Johannesburg Physical Address: 27 Fredman Drive, Sandton, Gauteng Postal Address: Private Bag 700, Sandton 2146 Tel: +27 (0)11 780 7000 Fax: +27 (0)11 780 7701 Email: [email protected] Web: www.suninternational.com Procurement Manager: Mr. Martin Kgoale Email: [email protected]
Tel: +27 (0)21 794 2036 Fax: +27 (0)21 794 2069 Email: [email protected] Web: www.thelastword.co.za Postal address: PO Box 352 Bergvliet | Cape Town | 7864 | South Africa Operations Manager: Suwandri Oosthuizen Email: [email protected]
95
Cadeia Hoteleira Contactos
Durban Head Office International Callers: +27 (0)31 310 6900 Ground Floor, The Marine Building, 22 Gardiner Street, Durban, 4000, South Africa Fax: +27 (0)31 310 6949 Web: www.threecities.co.za Procurement Manager: Mr. Gavin Hagen Email: [email protected]
Web: www.signaturelife.co.za
Head Office & Central Reservations Tel: +27 (0)31 312 6250 Fax: +27 (0)31 312 6221 Procurement Manager: Mr. Alan Vels Email: [email protected]
96
7 A SADC 7.1 Caracterização Geo-Económica
A África Austral está a tornar-se, progressivamente, alvo das atenções da comunidade investidora
nacional. O aprofundamento do processo de integração regional, no quadro da SADC, tem,
inquestionavelmente, contribuído para este crescente interesse dos agentes económicos.
Originalmente designada por Southern African Development Coordination Conference, a SADC foi
estabelecida em 1980, com o objectivo de reduzir a dependência económica dos seus membros
relativamente a uma África do Sul sob o regime do apartheid e harmonizar o desenvolvimento entre
os países da África Austral. Aquando da sua formação, a SADC incorporava somente 9 países:
Angola, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. A
Namíbia associou-se em 1990, a República da África do Sul foi admitida em 1994 e,
posteriormente, as Maurícias, as Seicheles e a República Democrática do Congo elevaram o
número de estados-membros para catorze.
Pelo tratado assinado em Windhoek (Namíbia) em 1992, os países membros comprometeram-se a
coordenar, harmonizar e racionalizar as politicas e estratégias económicas a nível regional, de
modo a alcançar os objectivos primordiais de elevar, considerável e sustentavelmente, os níveis de
desenvolvimento e de crescimento económico da região. Outros princípios fundamentais incluem:
A preservação da democracia, paz e segurança;
A persecução do sistema de mercado livre;
A criação de um extenso mercado regional;
O investimento em infraestruturas, em corredores de desenvolvimento e em recursos humanos;
A protecção do investimento privado;
A conservação dos recursos naturais;
A promoção do desenvolvimento tecnológico.
A sede oficial da SADC está situada em Gaborone, na República do Botswana, estando o
Secretariado organizados em torno de cinco áreas de intervenção:
97
Figura 16- Estados-Membros e Áreas de Intervenção
São variados os acordos estabelecidos e os desenvolvimentos recentes em cada um destes
sectores, pelo que seria exaustivo debruçarmo-nos sobre todos eles. Assim sendo, centraremos a
análise em alguns sectores de relevância acrescida para Portugal e as suas empresas.
7.2 Sector Comercial
Num espaço regional que comporta uma população de cerca de 200 milhões de habitantes e um
produto interno bruto avaliado em, aproximadamente, USD 180 biliões, o sector comercial é
considerado vital ao processo de integração. Em termos absolutos, o mercado regional é, sem
dúvida, consideravelmente extenso, embora ainda com um poder de compra limitado. Todavia
promete formar uma base para futuras expansões tanto intra como extra-regionais. Em termos reais,
o crescimento anual de 15% durante a década de 90 nas exportações da União Aduaneira da
África do Sul (SACU) para o resto da SADC, comprova o potencial do mercado regional.
Os dirigentes dos países membros da SADC assinaram, neste contexto, em 1996, na cidade de
Maseru, capital do Lesoto, um protocolo comercial cujo objectivo principal é a remoção das tarifas
aduaneiras e de outros obstáculos ao comércio dentro da região visando o estabelecimento de
uma zona de comércio livre. Este protocolo comercial proporcionou, na perspectiva das empresas
nacionais, o alargamento do mercado regional e a oportunidade de estas, não só competirem
dentro da região, como também se fortalecerem perante os mercados internacionais.
LESOTO
ANGOLA
ZÂMBIA
BOTSWANA
ZIMBABUÉ
NAMÍBIA
ÁFRICA DO SUL
TANZÂNIA
MALAWI
MOÇAMBIQUE
SUAZILÂNDIA
MAURÍCIAS
Infra-estruturas e
Serviços Alimentação Agricultura e
Recursos Naturais
Desenvolv. Humano e
Social
Projectos Especiais (ex.
Tráfico Armas & Droga)
Comércio, Indústria,
Finanças e Investimentos
SEICHELES
CONGO
98
A implementação do protocolo tem obedecido a uma estratégia consensualmente gradual,
salvaguardando os interesses das economias mais expostas e frágeis. Esta estratégia permitirá a
reestruturação dos investimentos existentes, antes da remoção total das barreiras proteccionistas.
Existe, igualmente, consenso em torno da questão dos produtos sensíveis, cuja liberalização deverá
levar mais tempo a concretizar-se.
Por outro lado, a eliminação de barreiras não-tarifárias dará um impulso adicional ao processo de
integração regional, pois os custos das transacções comerciais serão reduzidos para benefício
conjunto dos importadores, exportadores e consumidores.
Uma questão que tem provocado certos impasses nas negociações de natureza comercial é a
definição da origem dos produtos. Pretende-se adoptar um conjunto de procedimentos de modo a
assegurar que apenas os bens produzidos na SADC, ou os que tenham um elevado valor
acrescentado obtido na região, possam beneficiar da redução e eventual remoção de tarifas
aduaneiras. Particularmente controversas têm sido as regras rigorosas propostas pela República da
África do Sul para o sector do vestuário e têxteis, pois o país receia a possibilidade de dumping por
parte de produtos importados da Ásia ao desbarato.
200 Milhões de consumidores, para um produto interno Bruto de 180 Biliões de Dólares, assim
podemos caracterizar a dimensão económica da SADC, instituição alicerçada num
Secretariado recentemente reorganizado em torno de cinco “Clusters”: Desenvolvimento
Humano e Social; Infra-estruturas e Serviços; Comércio, Industria, Finanças e Investimentos;
Alimentação, Agricultura e Recursos Naturais; e Projectos Especiais.
99
8 CONTEXTO POLITICO-ECONÓMICO
8.1 Evolução Recente
Pela classificação da ONU a RAS é um país de rendimento intermédio com abundantes recursos,
desenvolvido do ponto de vista dos serviços financeiros e legais, das comunicações, e sectores da
energia e dos transportes, uma bolsa de valores que está classificada entre as 10 maiores do
mundo, e uma moderna infra-estrutura suportando uma distribuição eficiente de bens aos maiores
centros urbanos ao longo da região. O PIB per capita, corrigido pela paridade do poder de compra,
posiciona o país como um dos 50 mais prósperos do mundo. Sobre diferentes perspectivas, a África
do Sul pode ser classificada, indiscutivelmente, como um país desenvolvido. Todavia, este
desenvolvimento está significativamente concentrado em quatro áreas: Cape Town, Port Elizabeth,
Durban e Pretória-Johannesburg.
Para além destes quatro centros económicos, o desenvolvimento é marginal e a pobreza ainda
predomina. Contudo, áreas marginais-chave têm vindo a registar um rápido crescimento
económico. Tais áreas incluem: de Mossel Bay a Plettenberg Bay; a área de Rustenburg; a área de
Nelspruit; Bloemfontein; Cape West Coast; Kwazulu Natal Norht Coast, entre outras.
Mas são as grandes disparidades na distribuição do rendimento e uma economia dual que
posicionam a África do Sul como um país em desenvolvimento. Somente o Brasil e a Índia
evidenciam tão grandes diferenças entre ricos e pobres. As fulgurantes taxas de crescimento
registadas nos últimos 10 anos têm contribuído para a redução do desemprego. Todavia, a
economia continua a debater-se com desequilíbrios estruturais, agravados pela criminalidade e
corrupção e pelo HIV/SIDA.
A crise global que teve efeitos dramáticos sobre a África do Sul e que interrompeu um longo ciclo
de crescimento económico tem vindo a gerar crescente agitação social e a colocar em causa a
popularidade do Presidente Jacob Zuma.
As eleições municipais de 2011, serão um importante teste à popularidade do Presidente e do ANC
(Congresso Nacional Africano), especialmente tendo em conta as generalizadas exigências de
melhorias na prestação de serviços básicos, tais como habitação, saúde, educação e emprego. A
Aliança Democrática da oposição, que controla a província de Western Cape, enfrenta o desafio
crucial de atrair mais eleitores negros para consolidar uma base de apoio multi-racial. O Congresso
do Povo, criado em 2008, por dissidentes do ANC, que tem pela frente o desafio de se afirmar
como uma alternativa credível, assente em estruturas nacionais, encontra-se a braços com um
grave crise interna decorrente de uma amarga disputa de poder entre os seus dois líderes
fundadores, Mosiuoa Lekota e Mbhazima Shilowa.
O desemprego, desigualdade de salários e a reduzida oferta de serviços sociais podem
desencadear protestos de moradores de favelas e outros grupos rebeldes descontentes, alguns dos
quais se podem tornar violentos. A menos que os problemas subjacentes sejam atenuados, os
protestos vão continuar a ser frequentes. A maioria destas protestos será, certamente, de pequena
escala, mas alguns poderão tornar-se mais graves, relembrando os atentados xenófobos de 2008,
100
causados em parte pela crise de refugiados do Zimbabwe. A agitação laboral e as greves são outro
potencial problema.
No entanto, as sólidas instituições da África do Sul, as tradições democráticas estabelecidas, e a
constituição amplamente respeitada, reduzirão o risco de instabilidade. Além disso, a nomeação,
pelo presidente, Jacob Zuma, de políticos leais e de confiança pessoal para importantes cargos nos
serviços de segurança, confirmam a sua intenção de responder firmemente a qualquer de ameaça
de instabilidade.
O principal desafio político em 2010-11 será encontrar um equilíbrio entre os objectivos, conflituantes
entre si, de acelerar a recuperação do país desde a sua primeira recessão em 1992, através da
manutenção de medidas de estímulo (que concorrem para o deficit orçamental), enquanto se
mantém um esforço tendente ao equilíbrio macroeconómico. A formulação da politica económica
deverá, em 2011, ser marcada por um contexto algo confuso devido à criação de duas novas
instituições, a Comissão do Planeamento Nacional e o Departamento de Desenvolvimento
Económico, que se vêm juntar ao Tesouro e ao Departamento de Comércio e Indústria. Embora
sejam necessárias novas iniciativas, especialmente para lidar com problemas de fundo, tais como
alta taxa de desemprego, a desigualdade gritante, a escassez de competências e crime, há um
risco de conflito e inércia na ausência de uma liderança clara e decisiva. A conclusão de projectos
de infra-estruturas prevista para 2011vai estimular a actividade empresarial, mas haverá desafios sob
a forma de leis de concorrência mais rigorosas e o significativo aumento do custo da electricidade.
É pouco provável que haja qualquer mudança política importante. A influência da esquerda vai
aumentar, mas o Economist Intelligence Unit prevê que as visões moderadas prevaleçam, em
particular devido à elevada exposição do país ao capital estrangeiro. Como resultado, as metas de
inflação permanecerão em vigor e a política fiscal será prudente, embora haja o risco de alguma
instabilidade social tendente a contestar as medidas de austeridade O fomento da iniciativa
privada manter-se-á no topo da agenda politico-económica, mas as entidades para-estatais
continuarão a desempenhar um papel fundamental.
Oportunidades de privatização serão limitadas e as parcerias público-privadas continuarão a
enfrentar obstáculos regulamentares. Há um risco de aumento da intervenção estatal, incluindo a
criação de uma nova mineira estatal. A reforma agrária continua a ser um dossier de extrema
sensibilidade politica, gerido de forma a manter equilíbrios internos e, simultaneamente, preservar
um forte e competitivo sector empresarial. O empoderamento económico negro (blaack economic
empowerment) continuará a ser um objectivo essencial, mas haverá uma tendência para o
fomento de negócios cujos benefícios possam ser alargados a um maior número de beneficiários
da maioria negra.
8.2 Politica Fiscal
A política fiscal que se manteve algo flexível em 2010, será, certamente, endurecida em 2011. O
défice orçamental aumentou rapidamente para 5,8% do PIB estimado no ano fiscal 2009/10 (Abril-
Março) em resultado de uma queda da receita decorrente da contracção económica e da
manutenção dos níveis da despesa, pressionados pelos investimentos em infraestruturas. No
101
entanto, o défice foi ligeiramente menor do que tinha sido esperado, devido a uma recuperação
na arrecadação de impostos no primeiro trimestre de 2010, em consonância com o contexto
económico mais abrangente. O governo vai manter o estímulo fiscal em 2010/11, pois a
recuperação da recessão mantém-se frágil. Em consequência, para inevitável o aumento do
défice orçamental em 2011. O défice pressionará os custos de endividamento do Estado,
nomeadamente no mercado doméstico, apesar do rácio da dívida pública da África do Sul ser
relativamente baixo, em resultado de anos de politica económica prudente, e poder tolerar o
aumento do risco de crédito do país. O Governo mantém firma a intenção de não permitir que o
peso da dívida pública exceda 50% do PIB.
O ano fiscal de 2011/12 será particularmente difícil, pois a consolidação orçamental será necessária
após dois anos de recessão, com o inevitável aumento da despesa. Será o momento de conter o
aumento do serviço da dívida e de estimular a confiança dos investidores. O governo terá, portanto,
de fazer algumas escolhas difíceis face à persistente pressão para gastar mais em infra-estruturas,
assistência social e salários. O Economist Intelligence Unit prevê que o défice orçamental se situe
em torno dos 7,3% do PIB em 2010/11, recuando um ponto percentual, para 6,3% do PIB em
2011/12.
8.3 Política Monetária
A política monetária continuará centrada na tentativa de manter a inflação anual (índice de preços
ao consumidor) dentro do objectivo oficial de 3-6%. O comité de política monetária do Banco
Central vem vindo a reduzir de forma sensível as taxas de juro nos últimos dois anos. Mais
recentemente, em Março 2010, procedeu a uma nova redução de 50 pontos-base na taxa de
recompra (repo) a qual se passou a situar nos 6,5%, o nível mais baixo em quase 30 anos que
reflecte a queda da inflação. No entanto, o Banco Central manteve as taxas em Maio e Julho
devido à incerteza das perspectivas globais e locais. Existe a possibilidade de uma nova redução
ainda em 2010, antes de uma possível política de rigor no segundo semestre de 2011, determinada
pela aproximação da inflação ao patamar dos 6%. O governador do Banco Central, Gill Marcus,
vai manter uma abordagem disciplinada e não se prevê uma revisão da meta da inflação.
8.4 Previsão Económica
O PIB global, após queda estimada de 0,8% em 2009 (tendo como base a paridade de poder de
compra), deve recuperar durante o período de 2010-2011, com crescimento de 4,5% em 2010,
antes de abrandar para 3,6% em 2011. A economia dos EUA, UE e Japão vai emergir da recessão
em 2010-11, mas a recuperação tende a ser frágil e riscos irregulares e descendentes persistem. A
esperada recuperação da procura global, nos mercados da OCDE e fora da OCDE, aumentará as
exportações da África do Sul, enquanto que os preços de commodities mais estáveis (incluindo
petróleo) vão ajudar a conter a inflação.
Tabela 42 - Produto Interno Produto por Categoria de Despesa (Biliões de Rands a Preços Constantes de 2000, variação % anual) 2008 2009 2010 2011 (1) Consumo Privado 1.160 1.123 1.182 1.248
2,4 (3,1) 5.2 5.6 Consumo Público 352 369 391 416
102
1.720
1.740
1.760
1.780
1.800
1.820
1.840
1.860
1.880
1.900
1.920
2008 2009 2010 2011
0
2
4
6
8
10
12
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
4,9 4,7 6,0 6,3 Investimento Fixo Bruto 377 386 374 393
11,7 2,3 (3,1) 5,1 Procura Interna Final 1.889 1.878 1.947 2.057
4,6 (0,6) 3,7 5,7 Formação de Capital (8) (38) 9 8
(1,6) (1,7) 2,6 (0,1) Procura Interna Total 1.882 1.841 1.956 2.065
3,0 (2,2) 6.3 5,6 Exportações de Bens e Serviços
501 403 420 448 2,4 (19,5) 4,2 6,5
Importações de Bens e Serviços
572 473 546 615
1,4 (17,4) 15,5 12,7 Balança Comercial (71) (69) (126) (168)
0,2 0,1 (3,2) (2,3) PIB 1.815 1.782 1.831 1.898
3,7 (1,8) 2,8 3,7 Fonte: Economist Intelligence Unit
Figura 17 – Evolução do PIB (Biliões Rands)
Fonte: Economist Intelligence Unit
Figura 18 – Evolução do PIB per Capita (Milhares US$)
103
Fonte: Economist Intelligence Unit
A economia está a recuperar da recessão em 2010, mas o crescimento real do PIB desacelerou de
4,6% (evolução trimestral com correcção sazonal e anual) no primeiro trimestre para 3,2% no
segundo trimestre. O crescimento está a ser impulsionado principalmente pelo consumo das
famílias (a maior componente do PIB), reflectindo uma série de aumentos salariais acima da
inflação e cortes nas taxas de juros, embora o mercado de emprego permaneça muito débil. A
África do Sul também beneficiou da organização do campeonato do mundo de futebol, o que
levou a consumo excepcitonal por parte de turistas, famílias, o Estado e negócios privados. Todavia
uma greve dos transportes de três semanas em Maio e a intensificação da crise da dívida soberana
na Europa actuaram como constrangimentos. O crescimento esperado no segundo semestre é de
3-3,5% e continua a ser condicionado pelo débil investimento privado, a ameaça de futuras greves
e a ansiedade das famílias decorrente de elevados níveis de endividamento e fracas perspectivas
de emprego. Para este ano, o PIB real deverá aumentar 2,8%.
O crescimento real do PIB deverá acelerar para 3,7% em 2011, ajudado por um ambiente global
mais favorável, spin-offs do Campeonato do Mundo de futebol, investimento público em curso e
uma recuperação no investimento privado. O consumo das famílias vai beneficiar de um rápido
crescimento do emprego, maior disponibilidade de crédito e uma expansão da classe média
negra. No entanto, os constrangimentos estruturais (como a escassez de competências) e uma
recuperação global hesitante significam que o crescimento não será suficiente para trazer um
declínio acentuado do desemprego. Há o risco de que a escassez de electricidade ressurja em
2010-12, constrangendo sectores intensivos de energia até que a nova base de centrais eléctricas
entre em funcionamento em 2013-14. Os preços da electricidade devem subir acentuadamente,
aumentando os custos e promovendo a eficiência energética.
A implantação da fibra óptica em 2010-11 vai melhorar a conectividade da África do Sul e
impulsionar o desenvolvimento do sector das telecomunicações
A inflação (tomando por referência o Índice de Preços ao Consumidor caiu para 3,7% em Julho. O
nível mais baixo em mais de quatro anos e firmemente dentro do intervalo de 3-6% definido pelo
Banco Central.. Uma política monetária e fiscal forte, procura débil e capacidade industrial
disponível contribuirão para a estabilidade dos preços nos próximos anos.
No entanto, os aumentos salariais e o aumento acentuado de 25% nos preços de electricidade em
01 de Abri de 2010 terão impacto generalizado nos preços e, consequentemente, na inflação. As
previsões apontam para uma inflação de 4,9% em 2010, devendo subir para os 5,7% em 2011. No
entanto, espera-se que fique dentro dos limites definidos pelo Banco Central, tendo em
consideração perspectivas de maior estabilidade global dos preços das commodities durante o
104
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
período. O enfraquecimento previsto do rand em 2011, novos aumentos dos custos de energia e
uma série de acordos salariais generosos contribuirão para a pressão sobre os preços. O rand
reforçou aproximadamente R7.3: EUA $ 1 em Agosto 2010 (de R7.5: EUA $ 1 em Julho 2010) , tendo
registado uma variação anual homóloga de 8%.
Figura 19 – Índice de Preços ao Consumidor (média %))
Fonte: Economist Intelligence Unit
Depois de cair em Maio 2010, devido a um aumento da percepção de risco dos mercados
emergentes decorrente da crise da dívida da zona do euro, o rand voltou ao normal, sustentado por
uma melhoria do sentimento global e forte entrada de investidores. As autoridades continuarão a
baixar o rand, acreditando estar sobrevalorizado, e podem aproveitar a oportunidade para construir
reservas de Divisas. Todavia não se prevê que as autoridades intervenham directamente no
mercado. O investimento directo estrangeiro perspectivado irá apoiar a moeda durante o restante
período de 2010, apesar de um corte da taxa de juros afectar a atractividade do rand. Estimativas
apontam para que o rand retome uma tendência de depreciação gradual (devido à inflação
relativamente alta e ao défice da balança de transacções correntes) posicionando-se em R7.6: EUA
$ 1 no final de 2010, antes de evoluir para uma média de R8.4 : EUA $ 1 em 2011.
105
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Figura 20 – Evolução da Taxa de Câmbio (R:US$ média)
Fonte: Economist Intelligence Unit
Figura 21 – Total Reservas Internacionais (US$ Milhões)
Fonte: Economist Intelligence Unit
O défice da balança de transacções correntes da África do Sul declinou acentuadamente em
2009 para 4% do PIB, pois a recessão causou uma queda mais rápida de importações de bens e
serviços do que de exportações. O inverso deverá ocorrer durante 2010-1,1 pois a retoma é mais
rapidamente exigente em importações do que em exportações, gerando um aumento gradual do
défice comercial. O défice invisível sobre os serviços não mercantis, os salários e transferências
correntes permanecerão ao longo do período de previsão, embora o aumento dos pagamentos
relacionados com o comércio e o outfolw de capitais de investidores estrangeiros serão
compensadas em parte pelas maiores entradas relacionadas com o turismo estimulado pelo
Campeonato do Mundo de Futebol. As transferências correntes permanecerão a negativo devido
aos pagamentos devidos no âmbito da União Aduaneira Sul-Africana (SACU). Em suma, estimativas
apontam para que o défice da balança de transacções correntes aumente ao longo de 2010-
2011, para 5% do PIB em 2010 e 5,8% do PIB em 2011.
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
106
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Bens: exportações fob Bens: importações fob
China; 9%EUA; 8%
Japão; 7%
Alemanha ; 6%
Outros; 71%
China; 20%
Alemanha ; 13%
EUA; 8%
Arábia Saudita; 6%
Outros; 54%
Figura 22 – Evolução das Importações / Exportações (Milhões USD)
Fonte: Economist Intelligence Unit
Figura 23 – Principais Mercados de Exportação 2009 (% do total)
Fonte: Economist Intelligence Unit
Figura 24 – Principais Mercados de Origem das Importações 2010 (% do total)
Apresentamos, de seguida, um conjunto de tabelas que sintetizam as previsões da evolução
económica ao longo do período compreendido entre 2010 e 2011.
107
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
PIB
PIB Nominal (US$ m) 247,03 261,266 286,236 276,533 285,834 352,503 345,534
Crescimento Real do PIB (%) 5,3 5,6 5,5 3,7 -1,8 2,8 3,7
Despesa (% variação real)
Consumo Privado 6,1 8,3 5,5 2,4 -3,1 5,2 5,6
Consumo Governamental 4,6 4,9 4,7 4,9 4,7 6,0 6,3
Investimento Fixo Bruto 11,0 12,1 14,2 11,7 2,3 -3,1 5,1
Exportações de Bens e Serviços 8,6 7,5 5,9 2,4 -19,5 4,2 6,5
Importações de Bens e Serviçps 10,9 18,3 9,0 1,4 -17,4 15,5 12,7
Origem do PIB (% variação real)
Agricultura 2,8 -5,5 3,5 10,9 -3,2 3,5 4,0
Indústria 5,3 4,9 4,6 1,5 -7,2 3,0 4,0
Serviços 5,4 6,3 6,0 4,7 1,1 2,6 3,5
População e Rendimento
População (milhões) 47,5 47,9 48,4 48,8 49,1 49,1 49,0
PIB per capita (US$) 8,545 9,232 9,926 10,421 10,301 10,682 11,258
Desemprego (média; %) 25,0 23,9 23,3 22,9 24,0 23,3 22,2
Indicadores Fiscais (% do PIB)
Receita Geral do Governo 24,7 25,5 28,1 27,5 26,6 8,0 28,0
Despesa Geral do Governo 25,3 25,0 26,9 28,1 32,4 35,3 34,3
Saldo Geral -0,6 0,5 1,2 -0,6 -5,8 -7,3 -6,3
Divida Pública Liquida 33,8 31,4 26,7 24,9 29,7 34,2 37,9
Preços e Indicadores Financeiros
Taxa de Câmbio R:US$ (final-periodo) 6,33 7,04 6,86 9,30 7,36 7,90 8,70
Taxa de Câmbio R:€ (final-periodo) 7,47 9,29 10,02 12,93 10,55 9,87 10,48
Preços ao Consumidor (final-periodo; %) 3,6 5,8 10,8 9,2 5,9 5,6 5,3
Preços ao Produtor (média; %) 3,6 7,7 10,9 14,3 0,0 5,7 5,8
Stock monetário M1 (% variação) 19,5 15,8 18,0 4,4 5,4 10,8 8,8
Taxa de Juro Repo (média; %) 14,0 11.2 10,5 11,5 13,5 10,5 11,0
Transacções Correntes (US$ m)
Balança Comercial -311 -4,195 -5,741 -4,448 533 -728 -706
Bens: exportações fob 56,260 65,824 75,921 86,119 66,542 72,768 74,277
Bens: importações fob -56,573 -70,020 -81,661 -90,567 -66,008 -73,495 -74,983
Balança de Serviços -826 -2,028 -2,636 -4,169 -2,754 -4,258 -6,108
Balance de Rendimento 4,929 5,161 9,844 9,133 6,388 9,417 10,105
Balança de Transferências Correntes 2,452 2,362 2,351 2,334 2,684 3,310 3,244
Balança Transacções Correntes 8,519 13,745 20,572 20,084 11,295 17,712 20,164
Divida Externa (US$ m)
Stock Divida 31,070 35,523 43,610 41,943 40,238 44,239 45,938
Serviço da Divida Pago 3,232 5,470 5,264 4,554 6,724 7,111 7,272
Principais Re-Pagamentos 2,034 3,831 3,353 2,789 5,366 5,671 5,693
Juros 1,198 1,639 1,911 1,765 1,357 1,440 1,578
Reservas Internacionais (US$ m)
Total de Reservas Internacionais 20,630 25,587 32,943 34,069 39,675 43,973 45,010
Tabela 43 – Principais Indicadores Económicos – Evolução Anual e Estimativas
Fonte: Fundo Monetário Internacional
108
2008 2009 2010
3 T 4 T 1 T 2 T 3 T 4 T 1 T 2 T
Finanças Públicas (R milhões)
Receita 158,040 165,726 172,380 133,002 146,210 156,589 173,421 153,849
Despesa 169,158 167,295 172,608 185,703 192,818 193,510 184,445 184,457
Saldo -11,118 -1,569 -228 -52,701 -46,608 -36,921 -11,024 -30,608
Output
PIB a preços constantes 2000 (R biliões) 458,8 462,6 435,4 442,2 448,7 456,0 442,2 455,7
Indice da Indústria Transformadora (2000=100) 111,4 103,2 97,1 94,0 96,5 99,6 101,3 102,1
Bens Duráveis 109,4 96,9 87,0 85,9 88,5 93,2 95,5 n/a
Bens Não-Duráveis 113,4 109,7 105,1 102,2 103,4 105,4 106,2 n/a
Emprego e Preços
Emptrego, sector privado (2000=100)
Indústria Extractiva 126,8 125,0 120,0 118,1 117,0 116,5 n/a n/a
Indústria Transformadora 100,2 98,4 95,7 94,2 92,7 91,3 n/a n/a
Construção 210,3 212,2 205,9 198,1 187,1 185,9 n/a n/a
Preços ao Consumidor (2008=100) 102,0 103,0 104,6 106,8 108,5 109,0 110,2 111,3
Preços ao Consumidor (% variação anual) 11,2 10,1 8,8 8,1 6,4 5,8 5,4 4,2
Preços na Produção (2000=100) 190,9 183,5 179,7 178,8 183,6 181,1 185,6 191,7
Preços na Produção (% variação anual) 18,0 12,7 7,2 -1,5 -3,8 -1,3 3,3 7,2
Indicadores Financeiros
Taxa de Câmbio R:US$ (média) 7,8 9,9 9,9 8,5 7,8 7,5 7,5 7,5
Taxa de Câmbio R:US$ (final do período) 8,3 9,3 9,5 7,7 7,4 7,4 7,3 7,6
Taxa de Depósito (média; %) 12,0 12,0 10,9 8,5 7,5 7,3 7,2 6,8
Taxa de Empréstimo (média; %) 15,5 15,3 14,0 11,7 10,7 10,5 10,3 10,0
Taxa do mercado monetário a três meses (média; %) 11,7 11,7 10,6 8,3 7,0 6,8 6,7 6,3
Bolsa de Valores de Joanesburgo, todos titulos (Dec 1960=100) 23,836 21,509 20,364 22,049 24,911 27,666 28,748 26,259
Bolsa de Valores de Joanesburgo, todos titulos (Variação Anual%) -34,2 -45,2 -41,3 -26,1 17,3 62,6 83,3 20,3
Tendências Sectoriais (2000=100)
Extracção de Ouro (volume de produção) 70,3 70,0 70,3 67,0 65,9 66,5 60,3 63,2
Extracção de Outros Minérios (volume de produção) 95,9 96,8 85,4 91,7 90,6 92,3 97,2 89,2
Vendas a Retalho, volume 99,7 99,6 97,3 94,5 90,4 94,7 99,2 99,9
Comércio Externo (US$ milhões)
Exportações fob 23,490 16,940 13,296 14,844 16,750 18,055 17,131 19,456
Exportações Liquidas de Ouro 1,587 1,287 1,281 1,215 1,315 n/a n/a n/a
Importações cif -25,983 -18,417 -15,159 -14,364 -16,428 -18,791 -18,244 -19,016
Balança Comercial -2,493 -1,477 -1,863 480 323 -735 -1,114 440
Pagamentos sobre o Exterior (US$ milhões)
Balança de Mercadorias -1,709 -609,000 -1,046 899,000 472,000 209,000 -152,000 n/a
Balança de Serviços -1,510 -471,000 -391,000 -963,000 -902,000 -498,000 -806,000 n/a
Balança de Rendimento -2,722 -1,609 -1,275 -1,753 -1,838 -1,522 -1,590 n/a
Pagamentos Liquidos -648,000 -413,000 -552,000 -636,000 -764,000 -732,000 -769,000 n/a
Balança Transacções Correntes -6,589 -3,102 -3,264 -2,453 -3,032 -2,543 -3,317 n/a
Reservas Excluindo Ouro (final do período) 30,832 30,584 30,376 31,949 35,087 35,237 37,496 37,202
Tabela 44 – Principais Indicadores Económicos - Evolução Trimestral
Fonte: Boletim Trimestral do Banco Central da África do Sul, Statistics South Africa, Fundo Monetário Internacional
109
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Taxa de Câmbio R:US$ (média)
2008 7,00 7,66 7,99 7,76 7,61 7,94 7,61 7,67 8,08 9,77 10,11 9,92
2009 9,91 9,98 9,95 8,96 8,37 8,03 7,95 7,94 7,50 7,49 7,51 7,48
2010 7,46 7,67 7,41 7,34 7,65 7,64 7,52 7,29 n/a n/a n/a n/a
Taxa de Câmbio R:US$ (final período)
2008 7,45 7,63 8,12 7,59 7,59 7,88 7,39 7,70 8,31 9,87 9,91 9,30
2009 10,20 10,04 9,52 8,44 7,98 7,73 7,81 7,78 7,41 7,77 7,38 7,36
2010 7,58 7,64 7,33 7,35 7,75 7,65 7,29 7,38 n/a n/a n/a n/a
Taxa de Câmbio Real Efectiva (2000=100; IPC-base)
2008 7,00 7,66 7,99 7,76 7,61 7,94 7,61 7,67 8,08 9,77 10,11 9,92
2009 9,91 9,98 9,95 8,96 8,37 8,03 7,95 7,94 7,50 7,49 7,51 7,48
2010 7,46 7,67 7,41 7,34 7,65 7,64 7,52 7,29 n/a n/a n/a n/a
Receita Orçamental (R biliões)
2008 42,7 47,5 71,9 34,1 36,6 71,9 46,9 47,6 63,6 43,2 41,1 81,4
2009 42,9 51,9 77,6 31,0 32,6 69,4 42,2 45,3 58,7 42,4 40,1 74,1
2010 46,5 58,6 68,3 40,6 38,6 74,6 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Despesa Orçamental (R biliões)
2008 45,7 58,2 47,7 49,5 47,9 46,3 63,4 52,0 53,7 56,1 50,4 60,8
2009 54,3 58,9 59,4 67,9 52,0 65,8 72,7 53,4 66,8 63,8 62,7 67,0
2010 58,7 54,4 71,4 65,1 59,0 60,3 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Balança Orçamental (R biliões)
2008 -3,0 -10,6 24,2 -15,4 -11,2 25,5 -16,5 -4,5 9,9 -12,9 -9,2 20,6
2009 -11,5 -7,1 18,3 -36,9 -19,4 3,6 -30,5 -8,1 -8,1 -21,4 -22,6 7,1
2010 -12,2 4,2 -3,1 -24,5 -20,4 14,3 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Taxa de Depósitos (média; %)
2008 10,8 11,0 11,0 11,3 11,4 11,7 12,0 11,9 12,1 12,3 12,1 11,7
2009 11,3 10,6 10,7 9,2 8,3 7,9 7,9 7,6 7,2 7,3 7,3 7,2
2010 7,2 7,2 7,1 6,8 6,8 6,8 6,8 n/a n/a n/a n/a n/a
Taxa Premium de Empréstimo (média; %)
2008 14,5 14,5 14,5 15,0 15,0 15,5 15,5 15,5 15,5 15,5 15,5 15,0
2009 15,0 14,0 13,0 13,0 11,0 11,0 11,0 10,5 10,5 10,5 10,5 10,5
2010 10,5 10,5 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 n/a n/a n/a n/a n/a
Indice de Produção Industrial (ajustado sazonalmente; % variação anual)
2008 1,5 4,1 -1,1 11,2 1,0 5,5 3,5 0,8 5,3 -2,7 -8,1 -10,2
2009 -12,2 -15,1 -11,5 -21,9 -17,1 -17,1 -13,6 -15,3 -11,3 -9,4 -4,0 3,7
2010 3,4 3,0 6,6 8,8 8,2 8,9 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Vendas a Retalho, volume (ajustado sazonalmente; % variação anual)
2008 1,8 2,6 0,4 2,4 -2,3 1,0 0,6 -1,0 -1,9 0,9 -1,1 0,1
2009 0,1 -2,7 -5,4 -7,3 -4,3 -7,0 -4,5 -6,4 -4,9 -6,2 -6,7 -1,9
2010 1,2 1,2 3,6 4,2 5,3 8,3 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
JSE, todos os titulos (Dez 1960=100)
2008 27,317 30,674 29,588 30,743 31,841 30,413 27,720 27,702 23,836 20,992 21,209 21,509
2009 20,570 18,465 20,364 20,647 22,771 22,049 24,259 24,929 24,911 26,361 26,895 27,666
2010 26,676 26,765 28,748 28,636 27,145 26,259 28,355 27,254 n/a n/a n/a n/a
Preços ao Consumidor (média; % variação anual)
2008 9,3 9,7 10,6 11,1 11,7 12,2 13,4 13,9 13,1 12,2 11,8 9,5
2009 9,2 101,1 9,9 8,5 7,7 6,7 5,7 5,0 5,4 5,4 5,3 6,8
2010 6,2 5,7 5,1 4,8 4,6 4,2 3,5 n/a n/a n/a n/a n/a
Preços ao Produtor (média; % variação anual)
2008 10,4 11,3 11,9 12,4 16,4 16,8 18,9 19,1 16,0 14,5 12,6 11,0
2009 9,2 7,3 5,3 2,9 -3,0 -4,1 -3,8 -4,0 -3,7 -3,3 -1,2 0,7
2010 2,7 3,5 3,7 5,5 6,8 9,4 7,7 n/a n/a n/a n/a n/a
Exportações, Total fob (US$ milhões)
2008 5,625 6,131 6,400 7,240 7,393 7,580 8,050 7,879 7,562 6,719 5,329 4,892
2009 3,659 4,416 5,221 4,535 4,951 5,358 5,594 5,087 6,069 5,889 6,106 6,061
2010 4,901 5,271 6,959 6,014 6,166 7,277 7,447 n/a n/a n/a n/a n/a
Importações, Total cif (US$ milhões)
2008 7,086 6,891 7,030 8,529 7,611 7,603 9,773 8,019 8,191 7,350 6,010 5,057
2009 5,413 4,473 5,272 4,698 4,709 4,957 5,338 5,337 5,553 6,785 6,436 5,570
2010 5,355 5,992 6,897 6,271 6,205 6,540 7,179 n/a n/a n/a n/a n/a
Balança Comercial (US$ milhões)
2008 -1,460 -760 -629 -1,288 -218 -23 -1,724 -141 -629 -630 -682 -165
2009 -1,754 -57 -51 -162 241 401 56 -250 516 -896 -330 490
2010 -454,000 -721 62 -257 -39 737 268 n/a n/a n/a n/a n/a
Reservas em Divisa Excluindo Ouro (US$ milhões)
2008 29,8850 30,3040 30,6150 30,7630 30,8310 31,1030 31,3000 30,9660 30,8320 29,9350 29,9380 30,5840
2009 30,0120 29,9320 30,3760 30,4760 31,9050 31,9490 31,9610 34,1230 35,0870 35,5670 35,7520 35,2370
2010 35,0910 34,9530 34,4960 37,5920 37,0400 37,2020 n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Tabela 45 – Principais Indicadores Económicos – Evolução Mensal
110
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
2006 2007 2008 2009
Importações (cif) Exportações (fob)
9 RELAÇÕES COMERCIAIS PORTUGAL – ÁFRICA DO SUL
As relações comerciais entre Portugal e a África do Sul mantêm-se, historicamente, num registo
modesto, evidenciando um potencial de intensificação que, todavia, nunca foi comprovado. A
África do Sul ocupa o 42º lugar no ranking dos mercados de exportação de Portugal e o 30º
mercado de importação do nosso país.
A balança comercial entre os dois países é, deste modo, negativa para Portugal, situação que se
tem vindo a agravar nos últimos anos. Exceptuando o ano de 2009, claramente marcado pela crise
global, as exportações Sul-Africanas para Portugal têm vindo a crescer de forma sustentada, ao
passo que as exportações Portuguesas mantêm-se um registo “anémico”, com tendência negativa.
Tabela 46 – Balança Comercial Portugal – África do Sul
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação, a partir de dados de base do Instituto Nacional de
Estatística (últimas versões em Maio de 2010).
Figura 25 – Evolução das Trocas Comerciais Portugal – África do Sul (Milhares de EUROS)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação, a partir de dados de base do Instituto Nacional de
Estatística (últimas versões em Maio de 2010).
2006 2007 2008 2009 2006 2006 2006
Importações (cif) 201.744 271.462 332.839 182.596 34.6 22.6 -45.1
Exportações (fob) 78.108 87.688 77.366 53.185 12.3 -11.8 -31.3
Saldo (fob-cif) 123.636 - 183.774 - 255.473 - 129.411 - 48.6 39.0 -49.3
Cobertura (fob/cif) 38.7 32.3 23.2 29.1 nd nd nd
Valores em Milhares de EUROS Taxa Variação Homóloga (TVH)
111
2008 2009 2008 2009
TOTAL 332.839 182.596 -45.1 100.0 100.0
Agro-alimentares 69.280 28.606 -58.7 20.8 15.7
Energéticos 131.745 108.875 -17.4 39.6 59.6
Químicos 6.414 4.662 -27.3 1.9 2.6
Peles, madeira, cortiça e papel 2.367 2.312 -2.3 0.7 1.3
Têxteis, vestuário e calçado 1.802 1.164 -35.4 0.5 0.6
Minérios e metais 12.361 6.269 -49.3 3.7 3.4
Máquinas 76.192 11.998 -84.3 22.9 6.6
Material de transporte 31.601 17.952 -43.2 9.5 9.8
Produtos acabados diversos 1.076 757 -29.7 0.3 0.4
Valores em EurosTVH
Estrutura (%)Grupos de Produtos
Agro-alimentares
16%
Energéticos60%
Máquinas6%
Material de transporte
10%
Outros Grupos 8%
As importações são dominadas pelos produtos energéticos que, em 2009, representaram
aproximadamente 60% do total. Seguidos dos produtos agro-alimentares (16%) e do material de
transporte (10%).
Tabela 47 – Importações da África do Sul, Grupos de Produtos
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
Figura 26 – Principais Grupos de Produtos Importados da África do Sul (2009)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
Uma maior desagregação destes dados confirma a importância do cluster automóvel na África do
Sul, o qual representa 10% das importações realizadas por Portugal, sendo que as exportações Sul-
Africanas são claramente dominadas pelos produtos energéticos.
112
2008 2009 2008 2009
Energéticos 131.745 108.875 -17.4 39.6 59.6
Veículos Automóveis 31.565 17.913 -43.2 9.5 9.8
Frutas e Hortícolas 23.113 14.013 -39.4 6.9 7.7
Peixe e Crustáceos 17.079 13.303 -22.1 5.1 7.3
Bombas e Motobombas 75.314 11.024 -85.4 22.6 6.0
Ferro e Aço 10.234 5.188 -49.3 3.1 2.8
Petroquímicos 3.327 1.951 -41.3 1.0 1.1
Tintas e Vernizes 2.511 1.826 -27.3 0.8 1.0
Madeira e Cortiça 1.578 1.571 -0.5 0.5 0.9
Prep Aliment e Bebidas 870 934 7.4 0.3 0.5
Fibras 1.229 827 -32.8 0.4 0.5
Peles e Couros 693 678 -2.1 0.2 0.4
Obras de Metais 653 576 -11.7 0.2 0.3
Orgânicos e Inorgânicos 49 547 1017.8 0.0 0.3
Minérios 921 341 -63.0 0.3 0.2
Principais Sub-Grupos em 2009
Valores em EurosTVH
Estrutura (%)
Energéticos59%
Veículos Automóveis
10%
Frutas e Hortícolas
8%
Peixe e Crustáceos
7%
Bombas e Motobombas
6%
Outros10%
Tabela 48 – Importações da África do Sul, Principais Sub-Grupos (Representatividade 98,3%)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
Figura 27 – Principais Sub-Grupos de Produtos Importados da África do Sul (2009)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
113
No que diz respeito às exportações Portuguesas para a África do Sul, os produtos Agro-Alimentares
(20% do total), a cortiça (17%), as máquinas (17%) e os químicos (11%), representam cerca de dois
terços do total.
114
2008 2009 2008 2009
TOTAL 77.366 53.185 -31.3 100.0 100.0
Agro-alimentares 10.883 10.725 -1.5 14.1 20.2
Energéticos 2.902 56 -98.1 3.8 0.1
Químicos 8.256 5.605 -32.1 10.7 10.5
Madeira, cortiça e papel 13.135 9.857 -25.0 17.0 18.5
Peles, couros e têxteis 4.579 3.159 -31.0 5.9 5.9
Vestuário e calçado 1.636 1.898 16.0 2.1 3.6
Minérios e metais 5.326 3.350 -37.1 6.9 6.3
Máquinas 23.809 9.225 -61.3 30.8 17.3
Material de transporte 2.580 4.931 91.1 3.3 9.3
Produtos acabados diversos 4.260 4.381 2.8 5.5 8.2
Grupos de ProdutosValores em Euros
TVHEstrutura (%)
Agro-alimentares
20%
Químicos11%
Madeira, cortiça e papel19%
Máquinas17%
Material de transporte
9%
Produtos acabados diversos
8%
Outros16%
Tabela 49 – Exportações Portuguesas, Grupos de Produtos
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
Figura 28 – Principais Grupos de Produtos Exportados por Portugal (2009)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
Uma análise mais desagregada, confirma o peso dos produtos tradicionais de exportação, como
são o caso da cortiça (17%), os agro-alimentares (também 17%), seguidos dos aparelhos eléctricos
e dos veículos automóveis. Importa relevar, contudo, que Portugal importou, em 2009, o triplo do
valor em veículos automóveis, o que nos permite aferir a dimensão e competitividade do sector na
África do Sul,
115
2008 2009 2008 2009
Cortiça 12.244 9.062 -26.0 15.8 17.0
Outros Agro-Alimentares 9.328 8.845 -5.2 12.1 16.6
Outros Aparelhos Eléctricos 10.391 4.578 -55.9 13.4 8.6
Veículos Automóveis 2.295 4.520 96.9 3.0 8.5
Máquinas e Aparelhos Mecânicos 11.706 3.546 -69.7 15.1 6.7
Petroquímicos 4.832 3.230 -33.2 6.2 6.1
Obras de Metais 4.823 3.013 -37.5 6.2 5.7
Outros Produtos Acabados 2.336 2.584 10.6 3.0 4.9
Outros Químicos 2.820 2.112 -25.1 3.6 4.0
Cerâmica e Vidro 1.925 1.797 -6.6 2.5 3.4
Fibras e Fios Têxteis 3.173 1.436 -54.7 4.1 2.7
Conservas de Peixe 856 1.322 54.5 1.1 2.5
Outras Obras Têxteis 743 1.214 63.5 1.0 2.3
Aparelhos de Som e Imagem 1.411 985 -30.2 1.8 1.9
Calçado e Acessórios de Vestuário 697 876 25.5 0.9 1.6
Principais Sub-Grupos em 2009Valores em Euros
TVHEstrutura (%)
Cortiça17%
Outros Agro-Alimentares
17%
Outros Aparelhos Eléctricos
13%
Veículos Automóveis
13%
Máquinas e Aparelhos Mecânicos
11%
Petroquímicos10%
Tabela 50 – Exportações Portuguesas, Principais Sub-Grupos (Representatividade 92,4%)
Figura 29 – Principais Sub-Grupos de Produtos Exportados por Portugal (2009)
Fonte: GEE, Ministério da Economia e Inovação
116
10 BREVE INTRODUÇÃO À CONCRETIZAÇÃO DE UM INVESTIMENTO
O Governo da República da África do Sul eliminou, ao longo da última década, a quase totalidade
dos procedimentos de aprovação de investimento
para se concentrar na recolha de informação e de
dados sobre a actividade empresarial através dos
procedimentos de registo e de reporting (fiscal e
financeiro). Não existem limites à participação de
estrangeiros no capital social de empresas de direito Sul-Africano, excepto nos sectores da banca e
dos media. Empresas nacionais e estrangeiras recebem, genericamente, o mesmo tipo de
tratamento.
O Department of Trade and Industry (DTI – Departamento de Comércio e Indústria) disponibiliza um
web site particularmente completo e valioso para o potencial investidor ( http://www.dti.gov.za/ )
bem como uma One-Stop-Job (Guichet Único) para investidores estrangeiros através do Trade and
Investment Sotuh Africa (http://www.tradeinvestsa.co.za).
O DTI presta serviços de apoio ao investidor em todas as fases de desenvolvimento do processo, da
aprovação básica do investimento, a licenças de importação / exportação, passando pela
clarificação de questões ligadas a restrições em matéria de conformidade de produtos específicos.
Não sendo obrigatório do ponto de vista legal é, todavia, recomendável que potenciais investidores
estabeleçam contacto com as câmaras de comercio e associações empresariais nacionais e
regionais, bem como com os sindicatos representativos, na exacta medida em que estas
117
instituições disponibilizam informação valiosa sobre a especificidade dos seus sectores de
actuação, incentivos aplicáveis, bem como sobre objectivos e actividades enquadráveis nos
programas BEE – Black Economic Empowerment.
Todas as empresas deverão dispor de um auditor independente, o qual será responsável pela
apresentação de contas. A selecção do auditor deverá constituir um dos primeiros passos do
processo de registo, devendo o mesmo assinar declaração especifica de aceitação do posto de
auditor. O auditor deverá, posteriormente, trabalhar em estreita articulação com os advogados
locais, visando concretizar o processo de constituição da empresa, assessorando, igualmente, o
empresário em matéria de incentivos.
Conforme já referido, com excepção da actividade bancária e seguradora, toda e qualquer
empresa estrangeira pode estabelecer-se na África do Sul, sem necessidade de constituir uma
empresa local autónoma.
As empresas que se dedicam à actividade de importação / exportação encontram-se
enquadradas por requisitos particulares, envolvendo a necessidade de processos adicionais de
aprovação.
10.1 Principais Incentivos
Os programas de incentivos cobrem, fundamentalmente, as seguintes áreas:
Grandes investimentos / Investimento Estruturantes na África do Sul;
Black Economic Empowerment;
Inovação e Tecnologia;
Iniciativas tendentes a aumentar a competitividade e capacidade do sector exportador; e
Zonas de Desenvolvimento Industrial (IDZ – Industrial Development Zone).
Os programas oferecem um mix de mais de 90 incentivos, empréstimos e reembolsos. Apesar do
DTI ser o principal motor em todos os assuntos que se relacionem com os incentivos, organizações
internacionais estão por vezes envolvidas. Por exemplo, a MIGA (Multilateral Investment Guarantee
Agreement) do Banco Mundial ajuda com garantias de risco politico e foca-se em investimentos
relacionados com o desenvolvimento, a maior parte das vezes muito bem alinhados com os
interesses do DTI.
O Programa de Apoio ao Investimento oferece tanto incentivos financeiros como fiscais. Os
incentivos são oferecidos para projectos industriais estratégicos através da redução de taxas e
impostos e na base da análise caso a caso, determinado por um sistema de pontos. Os pontos são
ganhos, por exemplo, através da introdução de novos processos ou produtos e do fomento de
pequenas e médias empresas a montante e a jusante. Descontos nos impostos de 50-100% em
activos industriais são possíveis, podendo ser concedidos indefinidamente. Incentivos financeiros
estão disponíveis para infra-estruturas fundamentais como transportes, redes de telecomunicações,
transmissão de electricidade, e sistemas de tratamento de lixos e fornecimento de combustível. Para
projectos qualificados, os incentivos cobrem 30% do custo do desenvolvimento das infra-estruturas.
118
10.2 Incentivos Gerais
O Governo da África do Sul oferece financiamento e diminuição de impostos para estimular
investimentos em áreas de grande prioridade. Como existem muitos programas, os investidores
devem começar por se dirigir ao DTI. Conforme já referido, o DTI disponibiliza excelentes serviços
online, podendo, também, ajudar na selecção dos programas mais relevantes. A assistência típica
inclui o preenchimento dos formulários relevantes e submissão de uma proposta detalhada de
projecto e plano de negócios. O tempo de tramitação varia consoante o programa aplicável e a
envergadura do projecto. Por exemplo, o reembolso de despesas de marketing está claramente
definido e pode, portanto, ser rapidamente processado. Contudo, avaliar empréstimos relacionados
com o programa do Black Economic Empowerment (BEE) pode ser um processo mais lento.
A IDC - Industrial Development Corporation ( http://www.idc.co.za/ ) oferece esquemas de
financiamento visando objectivos específicos: novos investimentos
dirigidos para exportações; nova capacidade de produção visando a
criação de oportunidades de emprego, melhoria da competitividade
internacional das indústrias. Estes esquemas financeiros estão disponíveis
de forma limitada e com uma taxa de juro preferencial para todo o
período do empréstimo. Outros esquemas incluem venture capital para o
desenvolvimento de alta tecnologia, empreendedores emergentes,
implementação de tecnologias de produção amigas do ambiente e projectos de turismo.
Para empreendedores industriais, o IDC oferece empréstimos de médio prazo para edifícios
industriais, instalações e equipamento; participações sociais comuns e preferenciais em novos
projectos (em minoria e sem participação na gestão); linhas de crédito e facilidades de garantias
para ajudar os importadores de bens de capital a obterem um maior crédito externo; e crédito para
as exportações de bens de capital e facilidades de leasing para edifícios fabris. O IDC não participa
geralmente na gestão das empresas que financia. Empresas detidas por estrangeiros são elegíveis
para empréstimos do IDC (que algumas vezes assume posições accionistas mas só para projectos
dentro do país ou em países membros da SADC).
Os principais programas de incentivo ao investimento são os seguintes:
10.3 Incentivos Específicos
10.3.1 Programa de Incentivos Fiscais a Actividades de Investigação e Desenvolvimento
Este programa foi introduzido em Novembro de 2006 e é gerido pelo Departamento para a Ciência
e Tecnologia em articulação com o SARS (South Africa Revenue Service).Destina-se a promover a
inovação e a investigação cientifica e tecnológica por parte de pessoas individuais e colectivas. O
esquema de incentivos envolve duas dimensões complementares. Uma primeira dimensão envolve
deduções até 150% sobre despesas elegíveis em actividades de I&D de carácter cientifico e
tecnológico desenvolvidas na África do Sul. Complementarmente, envolve a possibilidade de
depreciação acelerada de activos destinados a actividades de I&D ao longo de 3 anos, a uma
119
taxa de 50:30:20 iniciada a partir da data de compra do activo em causa. São consideradas
elegíveis despesas em salários e despesas sociais, materiais, edifícios, maquinaria, equipamentos e
serviços de I&D contratados externamente. As seguintes actividades são, igualmente, consideradas
elegíveis:
Actividades de Prospecção;
Gestão de Processos de Negócio;
Gestão de Patentes;
Ciências Sociais e Humanas;
Pesquisa de Mercado, Vendas e Actividades Promocionais
Para mais informações, contactar: Department of Science and Technology Telef: +27 (12) 843 6560 Facsimile: +27 (86) 677 0195
10.3.2 IDZ - Zonas de Desenvolvimento Industrial
Uma IDZ é uma infraestrutura construída especificamente para fins industriais, ligada a um aeroporto
ou porto, contendo uma zona alfandegária protegida (CSA – Customs-Securede Area). Uma CSA
encontra-se isenta de IVA e de direitos sobre maquinaria e activos. Os objectivos das IDZ são
disponibilizar infraestruturas determinadas pela procura, gerar investimento nacional e estrangeiro
sustentável e melhorar a competitividade internacional da produção Sul-Africana. Existem,
presentemente, quatro IDZ na África do Sul, todas elas estrategicamente posicionadas junto de
portos ou aeroportos internacionais:
A IDZ de Coega no Western Cape;;
A IDZ de East Londo,n também no Western Cape;
A IDZ do Aeroporto Internacional OIiver Tambo, localizada em Gauteng;
A IDZ de Richards Bay no KwaZulu-Natal.
As IDZ incluem áreas orientadas para indústrias e prestadores de serviços, as quais se destinam a:
Disponibilizar locais para a instalação de investimentos estratégicos;
Promover e desenvolver a articulação entre empresas da região e empresas instaladas na IDZ,
promovendo, deste modo, a optimização das infraestruturas existentes, criação de emprego e a
promoção de processos de transferência de tecnologia.
Promover indústrias intensivas em recursos;
Facilitar o bom funcionamento operacional das fábricas instaladas na IDZ;
Atrair métodos avançadas de produção e tecnologia oriundos do exterior, de forma a adquirir
experiência em redes globais de produção;
Disponibilizar infraestruturas industriais de qualidade superior.
Cada IDZ oferece:
Ligações directas a um porto ou aeroporto internacional;
120
Infraestruturas de excepção, criadas especificamente para atrair potenciais investidores;
Sustentabilidade para produção orientada para a exportação;
Serviços alfandegários dedicados, orientados para facilitar a inspecção e liberação de produtos;
Isenção de direitos sobre a importação de matérias-primas orientadas para a produção
Isenção de IVA sobre fornecimentos adquiridos junto de produtores locais;
Esquemas Governamentais de Incentivo;
Benefícios fiscais sobre algumas actividades ou produtos.
121
Para mais informações, contactar:
East London IDZ Tel.: +27 (43) 702 8200 Fax: +27 (43) 736 6405 Website: www.elidz.co.za Coega IDZ Tel.: +27 (41) 408 4800 Fax: +27 (41) 408 4998 E-mail: [email protected] Website: www.coega.com OR Tambo International Airport IDZ Tel.: +27 (11) 833 8750/7 Fax: +27 (11) 833 8777/8930 Website: www.geda.co.za / www.bluiq.co.za Richards Bay IDZ Te.: +27 (35) 789 3400 Fax: +27 (35) 789 3414 Website: www.richardsbayidz.co.za
10.3.3 Fundo para Infra-estruturas críticas (CIF - Critical Infrastructure Fund)
O CIF fornece um incentivo financeiro para projectos que são desenhados para melhorar infra-
estruturas cruciais para a África do Sul. O incentivo cobre até 30% dos custos de desenvolvimento
da infra-estrutura qualificada. Isto inclui sistemas de transportes, tais como estradas e sistemas de
caminhos-de-ferro; sistemas de transmissão e distribuição de electricidade, incluindo circulação de
energia e sistemas de regulação; redes de telecomunicações; sistemas de fornecimento de
combustíveis, tais como condutas para gás ou fuel líquido e transportadores ou infra-estruturas de
transporte para combustíveis sólidos tais como o carvão. Somente os custos directos se qualificam
para financiamento. Qualquer subsídio recebido está isento de imposto sobre o rendimento.
10.3.4 Programa de Desenvolvimento da Indústria Automóvel
O Programa de Desenvolvimento da Indústria Automóvel compreende quatro componentes
principais:
Uma redução de tarifas congelada de 2013 a 2020;
Incentivos à Produção;
Uma remuneração associada à montagem local;
Uma remuneração associada ao investimento na indústria automóvel.
10.3.5 Programa de Apoio ao Investimento Empresarial (EIP - Enterprise Investment Programme)
O EIP envolve dois programas distintos: O Programa de Investimento na Inúdstria (MIP -
Manufacturing Investment Programme) e o Programa de Apoio ao Turismo (TSP - Touris Support
122
Programme). Os incentivos podem ser concedidos tanto a empresas locais como a empresas
detidas por estrangeiros que pretendam localizar os seus projectos na África do Sul.
O EIP (indústria) é um incentivo financeiro concedido aos industriais baseados na África do Sul que
pretendem estabelecer uma nova unidade de produção, expandir uma unidade existente ou
modernizar indústrias transformadoras.
O EIP (turismo) é um incentivo ao investimento pagável durante um período de dois a três anos e
destina-se a apoiar o desenvolvimento de empresas do sector, promovendo, simultaneamente, a
criação de emprego e a disseminação territorial do investimento turístico. As actividades
enquadráveis no incentivo incluem alojamentos, actividades recreativas e de lazer, operadores de
circuitos turisticos e serviços de transporte de passageiros.
10.3.6 Programa de Incentivos ao Investimento Estrangeiro (FIG – Foreign Investment Grant)
O FIG destina-se a empresas internacionais que invistam na aquisição de fábricas, maquinaria e
equipamento novos. O programa disponibiliza uma compensação sobre os custos de transporte de
nova maquinaria e equipamento para a África do Sul.
10.3.7 Programa de Incentivos ao Outsourcing e Offshoring de Processos de Negócio (BPO&O - Business Process Outsourcing and Offshoring Investment Incentive)
O BPO&O envolve a concessão de apoios financeiros ao investimento e à formação e criação de
competências. O incentivo encontra-se disponível para empresas locais e para investidores
estrangeiros que pretendam instalar na África do Sul projectos destinados a oferecer serviços a
clientes localizados no estrangeiro.
Para mais informações, contactar:
Trade and Investment South Africa Tel.: (012) 39 4000/41339 E-mail: [email protected]
123
10.3.8 Programa de Apoio ao Investimento em Tecnologia e Recursos Humanos na Indústria (THRIP - Technology and Human Resources for Industry Programme)
O THRIP é um programa criado pelo DTI e gerido pela Fundação Nacional para a Investigação.
Numa base de partilha de custos com a indústria, o THRIP apoia a investigação cientifica orientada
para satisfazer as necessidades tecnológicas das empresas participantes, estimulando,
simultaneamente, o desenvolvimento e a mobilidade de cientistas e estudantes entre as empresas
envolvidas.
Para mais informações, contactar:
THRIP Manager: Dr Mphekgo Maila Tel.: +27 (12) 481 4131 Fax: +27 (12) 481 4197 E-mail: [email protected] Website: www.nrf.ac.za/thrip
10.3.9 Programa de Apoio à Inovação Industrial (SPII - Support Programme for Industrial Innovation)
Este programa oferece subsídios para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Dois
esquemas estão disponíveis. O Matching Scheme que disponibiliza um subsídio de 50% dos custos
actuais directos incorridos na actividade de desenvolvimento, até a um máximo de R1,5m por
projecto. Este esquema está disponível apenas para negócios com volume de vendas inferiores a
R51m. O Partnership Scheme dá um subsídio de 50% dos actuais custos directos incorridos no
desenvolvimento, sem limite máximo de subsídio e com um mecanismo de reembolso sob a forma
de imposto sobre as vendas. O Partnership Fund está vocacionado para financiar I&D em larga
escala.
Para mais informações, contactar:
Gestor do Fundo: Sithembile Bagopi Tel.: +27 (11) 269 3450 Fax: +27 (11) 269 3126 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]
SPII BEE Manager: Dr Ntokozo Mthembu Tel.: +27 (11) 269 3552 Share-call: 086 069 3888 General Tel.: +27 (11) 269 3911 Fax: +27 (11) 269 3126 E-mail: [email protected]
124
10.3.10 Programa Tecnológico seda (STP - seda Technology Programme)
O STP é um programa no DTI localizado na Agência para o
Desenvolvimento da Pequena Empresa (Small Enterprise
Development Agency seda). O programa disponibiliza um
vasto leque de serviços de incubação, transferência de
tecnologia e standards de qualidade orientados
especificamente para pequenas empresas. O STP pretende estimular desenvolvimento e
crescimento económico, facilitando a inovação tecnológica e incrementando a acessibilidade e
utilidade de tecnologias e apoio técnico junto de pequenas empresas, melhorando,
simultaneamente, a competitividade internacional nas empresas enquadradas nesta iniciativa.
Para mais informações contactar:
Technology Transfer Division (TTD): Ravini Moodley Tel.: +27 (12) 441 1113 Fax: +27 (12) 441 2113 E-mail: [email protected] Website: www.stp.org.za
10.3.11 Programa de Incentivo à Produção Televisiva e Cinematográfica (Location Film and Television Production Incentive + South African Film and Television Production and Co-Production Incentive)
O Governo encara a indústria cinematográfica como uma importante parte da estratégia de
crescimento económico da África do Sul. Para facilitar este processo, a National Film and Vídeo
Foundation, está a desenvolver e a promover a indústria através de apoio financeiro,
aconselhamento e informação (através de investigações e constituição de bases de dados). Irá
também encorajar oportunidades para pessoas individuais, especialmente das comunidades mais
desfavorecidas. Produções com orçamentos superiores a R25m qualificam-se para reembolsos de
impostos sob este programa. Realização de filmes, documentários, filmes televisivos e séries
dramáticas são elegíveis para reembolso de impostos. Estes incentivos têm por objectivo promover
a África do Sul como um destino primordial para a localização de filmagens. De acordo com o DTI,
os custos de produção na África do Sul são aproximadamente 40% mais baixos que nos Estados
Unidos e 20% mais baixos que na Austrália.
Para mais informações, contactar:
the dti Customer Contact Centre Tel.: 0861 843 384 (local) /+27 (12) 394 9500 (international) E-mail: [email protected] Website: www.thedti.gov.za
125
10.3.12 Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Textil e de Vestuário ( CTP - Clothing and Textile Competitiveness Programme)
O objectivo do CTCP é reforçar a capacidade dos industriais do sector e da correspondente cadeia
de valor, criando as condições ideais para uma resposta adequada junto dos seus clientes,
nomeadamente grandes retalhistas internacionais, agências governamentais e segmentos
específicos de mercado, a nível local e internacional. O programa destina-se a promover o
crescimento dos sectores têxtil, vestuário, calçado e produtos em pele, criando as condições para
que concorrer competitivamente nos mercados internacionais. Este reforço de competitividade
envolve aspectos de custo, qualidade, flexibilidade, adaptabilidade e capacidade de inovação, os
quais requerem investimento em pessoas, equipamentos, materiais e processos.
O programa de incentivo ao investimento envolve:
Apoio ao investimento de entidades nacionais e estrangeiros através da disponibilização de um
subsidio até 75% do custo de projectos de cluster e até 65% do custo de processos de uma única
empresa. Estes incentivos não cobrem custos de maquinaria, equipamento, veículos comerciais,
terrenos ou edifícios em unidades de produção já existentes;
Os incentivos a empresas individuais destinam-se a apoiar a iniciativas visando o reforço de
competitividade, através da disponibilização de subsídios que partilhem custos numa relação 65:35
(65% a cargo da CTCP e 35% a cargo da empresa beneficiária). O incentivo a cada empresa
encontra-se plafonado por um limite de R 2,5 milhões durante os 5 anos de implementação do
programa;
Os incentivos a actividades de cluster destinam-se a apoiar o desenvolvimento dos clusters em
causa através da disponibilização de subsídios que partilhem custos numa relação 75:25 (75% a
cargo da CTCP e 25% a cargo das empresas que integram o cluster). O incentivo a cada empresa
encontra-se plafonado por um limite de R 2,5 milhões durante os 5 anos de implementação do
programa.
Complementarmente, o Incentivo à Produção encontra-se orientado para a alteração estrutural do
sector, através da disponibilização de assistência financeira ao investimento em competitividade. O
Incentivo à Produção contempla um fundo de apoio à modernização e uma taxa de juro
bonificada para acesso a capital circulante.
O Incentivo à Produção cobre os sectores têxtil, vestuário, calçado, produtos em pele,
processadores de peles e operadores CMT (Cut, Make and Trim). O incentivo exclui,
especificamente, os fabricantes de produtos em pele para o sector automóvel.
Para mais informações, contactar
The Programme Manager, CTCP Desk Tel.: (011) 269 3762
126
10.3.13 Sistema de Apoio ao Investimento e Marketing para o Sector Exportador (EMIA - Export Marketing and Investment Assistance Scheme)
O EMIA é um sistema destinada a compensar, parcialmente, os exportadores e investidores
relativamente ao custos incorridos em actividades orientadas para o desenvolvimento de mercados
de exportação, facilitando, também, a realização de investimentos no país. O sistema disponibiliza
apoios materializáveis em despesas de transporte aéreo, custos de frete relativos a produtos para
exposição, ajudas de custo, espaços de exposição, etc.
São elegíveis para concessão de apoios ao abrigo deste sistema as seguintes entidades:
Produtores instalados na África do Sul, incluindo Micro, pequenas e médias empresas;
Empresas Sul-Africanas de Exportação;
Entidades que representem, pelo menos 3 PMEs;
Concelhos de Exportadores, Associações Industriais e JAG (Joint Action Groups) que representem,
pelo menos, 5 entidades nacionais;
Entidades, divisões, subsidiárias de grupos, joint ventures ou parcerias elegíveis para apoio por
parte da EMIA
Para mais informações contactar:
the dti Customer Contact Centre Tel.: 0861 843 384 (local) /+27 (12) 394 9500 (international) E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Website: www.thedti.gov.za
10.4 Incentivos Regionais
As províncias da África do Sul desenvolveram agências próprias que oferecem incentivos para
encorajar investidores a estabelecerem ou relocalizarem negócios nas suas regiões.
Os incentivos variam de região para região e incluem, nomeadamente, reduções nas taxas de juro,
reduções nas rendas de terra e edifícios, subsídios para relocalização de empresas e funcionários e
redução de taxas para instalações básicas.
Gauteng Economic Development Agency (GEDA)
Physical address: 56 Main Street, Johannesburg, South Africa Postal address: PO Box 61840, Marshalltown, 2107, South Africa Tel.: +27 (11) 833 8750 Fax: +27 (11) 836 9070 E-mail: [email protected] Website: www.geda.co.za
Mpumalanga Economic Growth Agency (MEGA)
127
Physical address: 33 van Rensburg Street, Nelspruit Postal address: PO Box 3881, Nelspruit, 1200 Tel.: +27 (13) 752 2440 Fax: +27 (13) 755 1756 Website: www.mega.gov.za
KwaZulu-Natal: Trade and Investment KwaZulu-Natal (TIKZN)
Physical address: Trade and Investment House Kingsmead Office Park, Kingsmead Boulevard, Stanger Street, Durban, 4001 Postal address: PO Box 4245, Durban, 4000, South Africa Tel.: +27 (31) 368 9600 or +27 (31) 368 7050 Fax: +27 (31) 368 5888 E-mail: [email protected] Website: www.tikzn.co.za
Eastern Cape: Eastern Cape Development Corporation
Physical address: Ocean Terrace Park, Moore Street, Quigney, East London Postal address: PO Box 11197, Southernwood, East London, Eastern Cape, South Africa, 5213 Tel.: +27 (43) 704 5600 Fax: +27 (43) 704 5700 E-mail: [email protected] Website: www.ecdc.co.za
Western Cape: The Western Cape Investment and Trade Promotion
Agency (Wesgro) Physical address: Waldorf Arcade, 12th floor, 80 St Georges Mall, Cape Town, 8001 Postal address: PO Box 1678, Cape Town, 8000, South Africa Tel.: +27 (21) 487 8600 Fax: +27 (21) 487 8700 E-mail: [email protected] Website: www.wesgro.co.za
Free State: Investment Development Corporation
Physical address: 49 Maibland Street, 3rd Floor, Fedsure Building, Bloemfontein Postal address: PO Box 7024, Bloemfontein, 9300 Tel.: +27 (51) 400 0800 Fax: +27 (51) 447 0929 E-mail: [email protected] Website: www.fipa.org.za
Northern Cape: Department of Economic Affairs and Tourism
Physical address: 13th Floor Post Office Building, Market Square, Kimberley Postal address: Private Bag X 6108, Kimberley, 8300
128
Tel.: +27 (53) 839 4002 Fax: +27 (53) 832 6805 Website: www.northern-cape.gov.za
North West Province: Invest North West
Physical address: 171 Wolmarans Street, 1st Floor Old Mutual Building, Rustenburg, Postal address: PO Box 6352, Rustenburg, 0300 Tel.: +27 (14) 594 2570 Fax: +27 (14) 594 2575 Website: www.investnorthwest.co.za
Limpopo: Trade and Investment Limpopo
Physical address: 130 A Marshall Street, Polokwane Postal address: PO Box 3490, Polokwane Tel.: +27 (15) 295 5171 Fax: +27 (15) 295 5197 Website: www.til.co.za
129
11 FISCALIDADE
11.1 Rendimento Tributável
O imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (income tax) é calculado com base no
rendimento tributável, angariado junto de clientes nacionais e estrangeiros. O imposto é baseado na
localização / sede da empresa. O imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas foi reduzido
de 35% para 28%. Não se encontram autorizadas deduções à colecta, com excepção de royalties
provenientes do exterior e impostos igualmente pagos no exterior. As empresas encontram-se,
igualmente, enquadradas pelo imposto secundário sobre empresas (STC – Secondary Tax on
Companies), o qual ascende a 12,.5% de todos os dividendos.
11.2 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
Encontram-se em vigor os seguintes escalões incidindo sobre pessoas individuais:
Tabela 51 – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - Escalões Rendimento Colectável Taxa Aplicável
0 – 132 000 18% de cada R1
132 001 – 210 000 23 760 + 25% do montante acima de 132 000
210 001 – 290 000 43 260 + 30% do montante acima de 210 000
290 001 – 410 000 67 260 + 35% do montante acima de 290 000
410 0001 – 525 000 109 260 + 38% do montante acima 410 000
Superior a 525 0001 152 960 + 40% de montante acima 525 000
11.3 Deduções
As deduções primárias podem ascender a R 9.756, existindo deduções adicionais para seniores
com 65 anos ou mais anos que podem atingir R5. 400.
11.4 Plafonds Fiscais
Menos de 65 anos – R 54 200; e
65 ou mais – R84 200.
11.5 Dividendos Provenientes do Exterior
A maioria dos dividendos recebidos por pessoas individuais, da parte de entidades estrangeiras,
encontram-se sujeitos a imposto.
130
11.6 Imposto sobre o rendimento de Pessoas Colectivas 2009/2010
Estes são os escalões aplicáveis ao ano fiscal 2009/2010:
Tabela 52 – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas - Escalões IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO: EMPRESAS
Tipo Taxa
Empresas 28%
Empresas de Fornecimento de Serviços
Pessoais
33%
Empresas Estrangeiras Residentes que Obtenham Rendimento através de uma Fonte Sul-Africana
33%
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO: PEQUENAS EMPRESAS
Rendimento Colectável (R) Taxa (R)
0 - 54 200 0%
54 201 - 300 000 10% do montante superior a R 54 200
Igual ou Superior a 300 001 24 580 + 3% do montante superior a 300
000
IMPOSTO SECUNDÁRIO SOBRE EMPRESAS (STC) O STC impõe uma taxa de 10% sobre os dividendos declarados por empresas residentes depois de serem reduzidos pelos dividendos passíveis de recebimento durante o ciclo de
dividendos. As subsidiárias Sul- TAXA SOBRE O VOLUME DE NEGÓCIOS PARA MICRO-EMPRESAS (TURNOVER TAX FOR MICRO
BUSINESSES)
Rendimento Colectável (R) Taxa (R)
0 - 100 000 0%
100 001 - 300 000 1% do montante acima de 100 000
300 001 - 500 000 2 000 + 3% do montante acima de 300 000
500 001 - 700 000 8 000 + 5% do montante acima de 500 000
Igual ou Superior a 750 001 20 500 + 7% do montante acima de 700
000
11.7 Tributação sobre Ganhos de Capital
A taxa máxima efectiva do imposto aplica-se da seguinte forma:
Pessoas Individuais: 10%
Pessoas Colectivas: 14%
Trusts: 20%
Eventos que determinam uma alienação incluem a venda, doação, troca, perda, morte e
eliminação
Apresentamos de seguida algumas excepções especificas:
131
Ganhos / Perdas de R 1,5 Milhões na alienação de uma residência principal ou alienação da
mesma por um montante igual ou inferior a R 2 milhões;
Activos de utilização estritamente pessoal;
Benefícios decorrentes de reforma;
Pagamentos respeitantes a apólices de seguros de longa-duração;
Exclusão anual de R 17 500 em ganhos / perdas de capital é aplicável a indivíduos e trusts.
Uma exclusão de R 120 000 é garantida a indivíduos no ano da sua morte.
11.8 Imposto sobre o Valor Acrescentado
Aplica-se uma taxa standard de 14% de IVA no fornecimento de bens e serviços. Um vendedor ou
prestador que commercialize artigos no valor superior a R 1 milhão tem obrigatoriamente de registar-
se em sede de IVA. Um vendedor ou prestador que comercialize artigos de valor superior a R 50 000,
mas inferior a R 1 milhão por ano podem solicitar o registo voluntário. Alguns produtos encontram-se
sujeitos a uma taxa 0% ou encontram-se isentos de IVA, como são o caso das exportações ou o
trespasse de um negócio.
O registo em sede de IVA deve ser realizado no final do mês durante o qual o valor de artigos
comercializados pela empresa ao longo dos 12 meses precedentes ultrapasse R 1 milhão ou em
qualquer mês em que seja razoável considerar que o total das vendas sujeitas a IVA possa
ultrapassar, nos 12 meses subsequentes, R 1 milhão.
A empresa sujeita IVA deve possuir uma conta bancária activa antes de realizar o registo. O registo
deve ser acompanhado dos seguintes documentos:
Formulário VAT 101;
Declaração Bancária ou cheque anulado da empresa;
Cópias autenticadas dos Bilhetes de Identidade dos representantes legais da empresa;
Cópias autenticadas dos estatutos da empresa.
A devolução do IVA processa-se, normalmente, em 60 dias. Os pedidos de devolução devem ser
encaminhados para o SARS até ao 21º dia do mês subsequente ao que respeita a devolução. O
SARS realiza auditorias periódicas junto de entidades sujeitas a IVA.
11.9 Imposto sobe Assalariado (Employee Tax)
Todas as empresas que disponham de funcionários devem registar-se como empregadores e são
eligiveis para pagamento de imposto, na forma de SITE e PAYE. A principal exclusão a esta regra
geral incide sobre directores / administradores de empresas privadas, cujas remunerações não se
encontram sujeitas a este imposto, devendo registar-se como contribuintes provisórios.
O SITE é um imposto que incide sobre a remuneração liquida. A remuneração liquida representa o
rendimento arrecada através do emprego, menos as deduções para fundos de pensões e
contribuições anuais para reforma. Quando a remuneração liquida é igual ou inferior a R 60 000,
somente o SITE é pagável. Um funcionário nesta situação não tem de proceder à entrega de
132
declaração de imposto e não será objecto de fiscalização, presumindo-se que não beneficia de
qualquer outro rendimento adicional. Um funcionário cujo rendimento seja superior a R 60 000,
encontra-se sujeitos a SITE e PAYE. Estes trabalhadores estão obrigados à apresentação da
correspondente declaração e estão sujeitos a fiscalização.
O imposto retido pelo empregador será creditado contra liquidação do imposto devido. Caso om
imposto liquidado seja inferior ao SITE pago, não se procederá à devolução do SITE, mas somente
ao montante pago em excesso.
Os empregadores devem registar-se nas repartições do SARS, recorrendo ao formulário IRP 101. O
registo pode ser realizado até 14 dias após a responsabilidade pelo pagamento se tenha tornado
efectiva.
Os empregadores devem deduzir o imposto na remuneração mensal dos seus funcionários. Os
empregadores devem pagar o imposto até 7 dias após a conclusão do mês relativamente ao qual
se procedeu à retenção. O formulário IRP 201 deve acompanhar o respectivo pagamento.
O imposto retido representa um pagamento antecipado do imposto sobre o rendimento dos
funcionários em causa. Os empregadores deverão, igualmente, proceder à entrega de um
formulário fiscal de reconciliação anual (IRP 501) e emitir um certificado fiscal (IRP 5) a favor de cada
um dos seus funcionários, tarefa que deve ser realizada, também, numa base anual.
11.10 Outros Impostos e Direitos
11.10.1 Direitos de Transferência
Direitos de Transferência aplicam-se às transações que não se encontram sujeitas a IVA:
Aquisição de Propriedades por Pessoas Singulares:
- R0 – R500 000: 0%
- R500 001 – R1 000 000: 5% do valor acima de R500 000
- Igual ou Superior a R1 000 001: R25 000 + 8% do valor acima de R1 000 000
Aquisição por outras Pessoas, que não Singulares: 8% do valor.
11.10.2 Direitos sobre Património
Os direitos sobre o património envolvem uma taxa única de 20% sobre os bens de residentes e bens
sul-africanos de não-residentes. Uma dedução básica de R 3,5 milhões é permitida na
determinação se um bem é eligivel para o pagamento deste direito.
11.10.3 Imposto sobre Doações
Aplica-se uma taxa única de 20% sobre bens doados. Os primeiros R 100 000 de bens doados em
cada ano por uma pessoa singular, encontram-se isentos do pagamento de direitos. No caso de
133
contribuintes outros que não pessoas singulares, isenções encontram-se limitadas a prends
ocasionais que não excedam os R 10 000 anuais.
95
11.10.4 Taxa sobre Transacção não Certificada de Títulos
Aplica-se uma taxa de ¼ % na transferência de títulos cotados ou não cotados.
11.10.5 Skills Development Levy
A SDL é pagável pelos empregadores a uma taxa de 1% do total da remuneração paga a
funcionários. Empregadores cujas remunerações anuais não ultrapasse os R 500 000 encontram-se
isentos do pagamento desta taxa.
11.10.6 Contribuições para o Seguro de Desemprego
Estas contribuições são pagáveis mensalmente pelos empregados, na base de 1% por parte do
empregador e 1% por parte do trabalhador, tomando por base remunerações abaixo de um valor
definido. Empregadores que não se encontrem registados em sede de PAYE ou SDL devem liquidar
estas contribuições junto do Comissariado para o Seguro de Desemprego.
11.11 Acordo de Dupla Tributação com Portugal
A África celebrou Acordos para evitar a dupla tributação com um vasto leque de países. Nesses
casos, as taxas em causa podem situar-se abaixo dos 12% que, em geral, a leí define. Em 2008 foi,
finalmente, celebrado o acordo de dupla tributação entre Portugal e a África do Sul.
134
12 VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS: ANÁLISE SADC
As Vantagens Comparativas Reveladas são um indicador particularmente útil quando se procura
analisar o posicionamento relativo de diferentes economias que comungam o mesmo espaço de
inserção nos mercados globais. Analisemos, pois, as vantagens comparativas reveladas, recorrendo
ao SITC (Standard International Trade Classification) face a dez grandes grupos de produtos:
Alimentos e Animais Vivos
Bebidas e Tabacos
Materiais Derivados do Crude, excepto Combustíveis
Combustíveis, Lubrificantes e Similares
Óleos, Gorduras e Ceras Animais e Vegetais
Produtos Químicos e Similares
Produtos Manufacturados
Máquinas e Equipamento de Transporte
Artigos Manufacturados Diversos
Mercadorias e Transacções
Tabela 53 - Vantagens Comparativas Reveladas
Alim
ent
os e
A
nim
ais
Viv
os
Beb
ida
s e
T
ab
ac
o
Cru
de
e
De
riva
do
s (e
xce
pto
c
om
bus
tívei
s)
Co
mb
ustív
eis,
Lu
brif
ica
nte
s e
D
eriv
ad
os
Óle
os,
Go
rdur
as
e
Ce
ras
Ani
ma
is e
Ve
ge
tais
Pro
dut
os
Quí
mic
os
e
De
riva
do
s
Pro
dut
os
Ma
nufa
ctu
rad
os
Má
qui
nas
e
Equi
pa
me
nto
de
Tr
ans
po
rte
Art
igo
s M
anu
fac
tura
do
s D
ive
rso
s
Me
rca
do
rias
e
Tra
nsa
cç
õe
s
Angola 0.270 0.037 0.683 82.461 5.991 0.304 2.136 3.270 0.184 0.902
Congo 0.033 0.019 2.714 0.000 0.861 0.037 13.166 0.587 0.092 1.977
Malawi 3.093 8.785 3.633 0.766 0.425 0.945 2.113 3.305 11.469 1.117
Maurícias 2.726 0.527 0.608 1.636 2.620 5.246 5.260 9.367 7.464 1.269
Moçambique 6.128 0.696 6.594 2.688 4.917 0.416 1.468 8.536 2.524 23.35
1
Seicheles 11.593 1.014 0.380 2.063 5.447 6.134 0.624 10.016 1.375 2.045
África do Sul 2.111 1.507 1.124 4.591 7.574 12.473 3.395 13.789 2.749 7.912
Tanzânia 2.935 7.020 4.239 8.859 1.616 1.260 2.114 8.097 3.500 21.90
8
Zâmbia 2.507 1.438 9.053 2.425 0.179 5.256 4.227 5.944 0.524 4.579
Zimbabué 4.701 4.270 3.808 4.084 5.271 5.019 3.496 1.108 3.685 2.984
Fonte: Mafusire, Albert, “SADC Trade: Challenges and Opportunities to the Regional Countries”, 2002, Trade and Industrial Policy Strategies.
Na página seguinte apresentamos o ranking dos países SADC organizado de acordo com as
vantagens comparativas reveladas, por categoria, bem como a quota de exportação no contexto
regional, identificando os sectores em que os diferentes países são competitivos.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
135
Tabela 54 - Ranking de Exportadores no Espaço SADC – Ranking SADC em Matéria de Vantagens Comparativas Reveladas (por Categoria de Produtos SITC)
Alim
en
tos
e
Ani
ma
is V
ivo
s
Beb
ida
s e
Ta
ba
co
Cru
de
e
De
riva
do
s (e
xce
pto
c
om
bus
tíve
is)
Co
mb
ustív
eis
, Lu
brif
ica
nte
s e
D
eriv
ad
os
Óle
os,
Go
rdur
as
e C
era
s A
nim
ais
e
Ve
ge
tais
Pro
dut
os
Quí
mic
os
e
De
riva
do
s
Pro
dut
os
Ma
nufa
ctu
rad
os
Má
qui
nas
e
Equi
pa
me
nto
de
Tr
ans
po
rte
Art
igo
s M
anu
fac
tura
do
s D
ive
rso
s
Me
rca
do
rias
e
Tra
nsa
cç
õe
s
Quota
Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR Quota Export.
VCR
Angola 10º 9º 10º 9º 9º 8º 3º 1º 6º 2º 9º 9º 9º 6º 9º 8º 10º 9º 9º 10º
Congo 9º 10º 9º 10º 6º 6º 10º 10º 5º 8º 8º 10º 3º 1º 8º 10º 8º 10º 6º 7º
Malawi 3º 4º 3º 1º 4º 5º 7º 9º 8º 9º 5º 7º 5º 8º 5º 7º 3º 1º 7º 9º
Maurícias 6º 6º 7º 8º 8º 9º 8º 8º 4º 6º 4º 4º 6º 2º 4º 3º 4º 2º 8º 8º
Moçambique
4º 2º 6º 7º 5º 2º 6º 5º 3º 5º 7º 8º 8º 9º 6º 4º 6º 6º 3º 1º
Seicheles 8º 1º 8º 6º 10º 10º 9º 7º 10º 3º 10º 2º 10º 10º 10º 2º 9º 7º 10º 6º
África do Sul 1º 8º 1º 4º 1º 7º 1º 3º 1º 1º 1º 1º 1º 5º 1º 1º 1º 5º 1º 3º
Tanzânia 7º 5º 4º 2º 7º 3º 4º 2º 7º 7º 6º 6º 7º 7º 7º 5º 5º 4º 4º 2º
Zâmbia 5º 7º 5º 5º 3º 1º 5º 6º 9º 10º 3º 3ºº 4º 3º 3º 6º 7º 8º 5º 4º
Zimbabué 2º 3º 2º 3º 2º 4º 2º 4º 2º 4º 2º 5º 2º 4º 2º 9º 2º 3º 2º 5º
Fonte: Mafusire, Albert, “SADC Trade: Challenges and Opportunities to the Regional Countries”, 2002, Trade and Industrial Policy Strategies.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
136
Tabela 55 - Vantagens Comparativas Reveladas
Alim
ent
os
e
Ani
ma
is Vi
vos
Beb
ida
s e
T
ab
ac
o
Cru
de
e
De
riva
do
s (e
xce
pto
c
om
bus
tíve
is)
Co
mb
ustív
eis,
Lu
brif
ica
nte
s e
D
eriv
ad
os
Óle
os,
Go
rdur
as
e
Ce
ras
Anim
ais
e
Veg
eta
is
Pro
dut
os
Quí
mic
os
e
De
riva
do
s
Pro
dut
os
Ma
nufa
ctu
rad
os
Má
qui
nas
e
Equi
pa
me
nto
de
Tr
ans
po
rte
Artig
os
Ma
nufa
ctu
rad
os
Div
ers
os
Me
rca
do
rias
e
Tra
nsa
cç
õe
s
Não Competitivos
Angola Congo
Angola Congo
Maurícias Moçambique
Angola Maurícias Seicheles
Congo Malawi
Congo Malawi
Zâmbia
Angola Congo Malawi
Moçambique
Seicheles Congo Angola Congo
Zâmbia Angola
Competitivos
Maurícias África do Sul
Tanzânia Zâmbia
Seicheles África do Sul
Zâmbia
Congo África do Sul
Maurícias Moçambique
Seicheles Zâmbia
Maurícias Tanzânia
Tanzânia
Angola Malawi
Moçambique Tanzânia
Zimbabué Moçambique
Seicheles África do Sul
Congo Malawi
Maurícias Seicheles
Zimbabué
Altamente Competitivos
Malawi Moçambique
Seicheles Zimbabué
Malawi Tanzânia
Zimbabué
Malawi Moçambique
Tanzânia Zâmbia
Zimbabué
Angola África do Sul
Tanzânia Zimbabué
Angola Moçambique
Seicheles África do Sul
Zâmbia
Maurícias Seicheles
África do Sul Zâmbia
Zimbabué
Congo Maurícias
África do Sul Zâmbia
Zimbabué
Angola Malawi
Maurícias Moçambique
Seicheles África do Sul
Tanzânia Zâmbia
Malawi Maurícias Tanzânia
Zimbabué
Moçambique África do Sul
Tanzânia Zâmbia
Fonte: Mafusire, Albert, “SADC Trade: Challenges and Opportunities to the Regional Countries”, 2002, Trade and Industrial Policy Strategies.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
A leitura conjugada de ambas as tabelas anteriores permite aquilatar da importância e do papel dominante que a
economia Sul-Africana desempenha na região Austral de África, em geral, e na SADC, em particular.
Com efeito, a África da Sul lidera as exportações em todos os dez produtos considerados, sendo que somente em
três deles lidera em matéria de vantagens comparativas reveladas.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
138
13 OPORTUNIDADES DE MERCADO
A África do Sul é um país imenso e imensamente rico, cuja área total representa os territórios
combinados da Alemanha, França, Itália, Bélgica e Holanda. A África do Sul, enquanto país
receptor de investimento, oferece uma politica que promove activamente o investimento directo
estrangeiro. Esta perspectiva global repercute-se ao longo de todo o território nacional, nas nove
províncias em que o país se encontra organizado. O Mapa seguinte sintetiza as principais
oportunidades de investimento em cada uma das províncias da África do Sul, de acordo com as
vantagens competitivas que as mesmas oferecem.
Figura 30 – Principais Oportunidades por Província
GAUTENGProdutos de Alumínio Componentes Auto Cervejas e Maltes Bebidas Gaseificadas Agro-Industria Farmacêutica
EASTERN CAPE Aquacultura Componentes Auto Farmacêutica (Génericos e Grande Volume) Vestuário Mohair Louça Sanitária
WESTERN CAPE Turismo de Conferências Eco-Turismo Produção Cinematográfica Reparação Naval Engenharia de Precisão
MPUMALANGA Agro-Florestas Produtos de Madeira Conversores Catalíticos Agro-Industria Horticultura Tubos Galvanizados Plásticos
KWAZULU NATAL Conversão de Alumínio Componentes Auto Conversão de Produtos Químicos Metalomecânica Produtos Madeira
NORTHWEST Rochas Ornamentais Produtos de Cabedal Produtos Metálicos
FREE STATE Eco-Turismo Petroquímica Equipamento e Alfaias Agrícolas Hotéis, Resorts & Casinos Produtos de Cabedal Farmacêutica (I&D)
NORTHERN CAPE Aquacultura Turismo Histórico-Cultural Turismo: Hotéis e Resorts Eco-Turismo
LIMPOPO Turismo (Casinos e Reservas Naturais) Rochas Ornamentais Frutas Sub-Tropicais Agro-Industria
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
139
14 INVESTIR & EMPREENDER NA ÁFRICA DO SUL: ALGUNS ASPECTOS PRÁTICOS
Ao longo deste último capítulo tentaremos disponibilizar ao potencial investidor /
empreendedor informação útil e fundamentalmente de valor acrescentado, susceptível de
melhor qualificar a decisão de investir na África do Sul.
Assim e no que diz respeito à caracterização do ambiente geral de negócios, recorremos
aos elementos anualmente compilados pelo Banco Mundial e a Sociedade Financeira
Internacional e que permitem estabelecer uma análise comparada entre 183 destinos
globais de investimentos, analisando a evolução registada entre a primeira edição deste
manual (2006) e o momento presente, em matéria de competitividade e de facilidade de
realização de negócios.
Em 2006, de acordo com o ranking desenvolvido pelo Banco Mundial, a África do Sul
posicionava-se na 29ª posição entre 175 países, no que diz respeito a diferentes aspectos
de enquadramento e facilitação da actividade empresarial. Em 2010, a África do Sul
posiciona-se no 34º lugar em 183 economias. Esta evolução ligeiramente negativa fica,
em particular, a dever-se ao aumento dos custos de importação e exportação,
pressionados pela desvalorização do US$.
Todavia, a África do Sul mantêm-se entre os países mais competitivos do mundo (Portugal
ocupava, em 2010, 0 48º lugar desta lista), mantendo-se como um destino de investimento
e exportação de elevado potencial.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
140
14.1 Criação de Empresas
Na tabela seguinte evidenciamos os desafios que se colocam a quem decide criar uma
empresa na República da África do Sul. O empreendedor poderá contar, na África do Sul,
com 6 procedimentos concretos visando a criação de uma empresa, procedimentos estes
que se prolongarão, em média, por 22 dias, representando um custo de,
aproximadamente, 6% do Produto Nacional Bruto per capita.
Tabela 56 - Formalidades visando a criação de sociedades África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Nº de Procedimentos 9 6 6
Nº de Dias 35 22 6
Custo (% do Rendimento per
Capita)
6,9 5,9 6,4
Capital Mínimo (% do PNB per Capita) 0 0 15,5
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 31 - Criação de Empresas – Procedimentos e Duração Temporal
Figura 32 - Criação de Empresas – Custo e Capital Mínimo
Entre 2006 e 2010 a África do Sul aprofundou o esforço de desburocratização do processo
de criação de empresas. O número de procedimentos foi reduzido e, mais importante,
verificou-se um decréscimo do tempo necessário para criar uma empresa em
aproximadamente 50%. O custo recuou, igualmente, 1%. Trata-se de um esforço notável,
num tão curto espaço de tempo. Os resultados aproximam-se do registado em Portugal
sem que, contudo, o programa “Empresa na Hora” encurtou o número de dias para
formalização de uma nova empresa para 6.
5 5,5 6 6,5 7
1
2
Custo (% do Rendimento per Capita)
0 5 10 15 20 25 30 35
2006
2010
Nº de Dias Nº de Procedimentos
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
141
14.2 Licenciamento de Actividade
A tabela seguinte sistematiza o número de procedimentos, o tempo e os custos envolvidos
no licenciamento de uma actividade empresarial na África do Sul. São necessários 17
procedimentos e cerca de seis meses para completar um processo que custará,
aproximadamente, um quarto do rendimento per capita nacional.
Tabela 57 - Licenciamento de Actividade África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010
Nº de Procedimentos 17 17 19
Nº de Dias 174 174 287
Custo (% do Rendimento per Capita) 33,50 24,5 52,9
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 33 - Licenciamento de Actividade –DuraçãoTemporal
Figura 34 - Licenciamento de Actividade – Custo (% do
Rendimento per Capita)
Igualmente neste critério verifica-se uma evolução positiva, nomeadamente no que respeita
ao custo de licenciamento da actividade que caiu nove pontos face a 2006. Relativamente
aos restante critérios, a situação mantém-se estável, reflectindo poucas alterações no
quadro legal vigente. De referir que o processo de licenciamento é substancialmente mais
rápido na África do Sul do que em Portugal (menos quatro meses).
0 50 100 150 200
2006
2010
Nº de Dias 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00
2006
2010
Custo (% do Rendimento per Capita)
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
142
14.3 Quadro Laboral
As dificuldades sentidas por empregadores na África do Sul são evidenciadas na tabela
abaixo. O índice considerado envolve uma amplitude de 0 a 100, em que os valores mais
elevados representam legislação mais rígida em matéria laboral. O Índice de Rigidez do
Emprego resulta de uma combinação dos três índices. Para a África do Sul o índice global
regista 35 pontos.
Tabela 58 – Emprego África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Índice de Dificuldade de Contratação 44 56 33
Índice de Rigidez de Horário Laboral 40 20 47
Índice de Dificuldade de Despedimento 40 30 50
Índice de Rigidez do Emprego 41 35 43
Custo de Despedimento (semanas de salário)
24 24 97
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 35 - Emprego –Despedimento / Horário Laboral
Figura 36 - Emprego – Índice de Rigidez / Custo Contratação / Custos de Despedimento
O Índice de Rigidez de Emprego ponderado para a África do Sul é francamente mais
favorável do que o observável no caso Português, confirmando que, efectivamente, a
legislação laboral continua a constituir um obstáculo ao investimento privado no nosso país.
Constate-se que o custo de despedimento em Portugal atinge quase a centena de
semanas de salário, contra 24 semanas na África do Sul. Registem-se, como aspectos
positivos, os baixos custos de contratação e despedimento na África do Sul, claramente
abaixo das médias regionais e dos países da OCDE. Registe-se, como aspecto mais
preocupante, a dificuldade de contratação, compaginável com as médias regionais, mas
francamente superior à da média dos paises da OCDE. Em termos gerais, é de assinalar o
esforço sustentado do Governo Sul-Africano no sentido da flexibilização do mercado de
trabalho, esforço este que se enquadra nas já referidas politicas activas de promoção do
empreendedorismo privado.
0 10 20 30 40 50 60
2006
2010
Índice de Dificuldade de Despedimento Índice de Rigidez de Horário Laboral
0 10 20 30 40 50
2006
2010
Custo de Despedimento (semanas de salário)
Índice de Rigidez do Emprego
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
143
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
144
14.4 Registo de Propriedade
A complexidade de registo da propriedade surge medida na tabela seguinte, combinando
número de procedimentos necessários, duração temporal dos mesmos e custo envolvido.
Na África do Sul, o registo de propriedade monta, em média, a 8,7 % do objecto de registo.
Tabela 59 - Registo de Propriedade África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Nº de Procedimentos 6 6 5
Nº de Dias 23 24 12
Custo (% do Valor da Propriedade) 8,9 8,7 7,4
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 37 - Registo de Propriedade – Duração Temporal
Figura 38 - Registo de Propriedade – Nº de Procedimentos
A nota dominante na análise deste indicador é rapidez na obtenção de um registo de
propriedade. Com efeito, é mais rápido obter um registo de propriedade na África do Sul do
que na nédia dos países da OCDE. Tomando como ponto de comparação a média
regional, então o contraste torna-se ainda mais gritante. Fica uma vez mais evidenciada a
eficiência da administração e dos serviços públicos Sul-Africanos, os quais competem
directamente com outros destinos emergentes da económica global. De registar que em
Portugal é mais rápido e mais barato proceder ao registo de propriedade do que na África
do Sul.
22,5 23 23,5 24
2006
2010
Nº de Dias
0 1 2 3 4 5 6
2006
2010
Nº de Procedimentos
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
145
14.5 Acesso ao Crédito
A tabela seguinte apresenta dados objectivos sobre a extensão dos direitos legais dos
credores face a instituições financeiras, apresentando, simultaneamente, um índice que
pretende classificar a protecção legal concedida ao sigilo bancário, recorrendo, em ambos
os casos, a uma escala de 0 a 10, em que os valores mais elevados reflectem
enquadramentos legais mais favoráveis à expansão do crédito.
Tabela 60 - Acesso ao Crédito África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Índice de Direitos Legais 5 9 3
Índice de Informação Creditícia 5 6 5
Fonte: Doing Business 2006e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 39 - Acesso ao Crédito – Índice de Direitos Legais
Figura 40 - Índice de Informação Creditícia
Em matéria de acesso ao crédito a África do Sul evidencia uma evolução interessante,
nomeadamente no que respeita ao indice de direitos legais que subiu 4 pontos em 4 anos,
estando próximo do máximo considerado e configurando legislação favorável à expansão
do crédito. O índice de informação crediticica é idêntico ao da média dos paises da OCDE,
colocando-se bem acima da média regional (1,3). Com efeito, a fiabilidade do sistema
financeiro (ou a ausência da mesma) persiste como um dos obstáculos centrais à
promoção do investimento privado no Continente Africano. Este é, evidentemente, um
problema que não existe na África do Sul, país que dispõe de um dinâmico mercado
financeiro, alicerçado em instituições competitivas à escala global. De referir que Portugal
continua francamente mal classificado neste indicador, reflectindo um mercado rígido e
pouco favorável à expansão do crédito.
0 2 4 6 8 10
2006
2010
Índice de Direitos Legais
4,5 5 5,5 6
2006
2010
Índice de Informação Creditícia
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
146
14.6 Protecção dos Investidores
Este indicador constroi-se a partir de três dimensões de protecção ao investidor:
transparência das transacções (índice de extensão do disclosure), responsabilização da
gestão, possibilidade acção legal contra gestores por má-conduta profissional. A
combinação destas três dimensões produz o índice de protecção do investidor. Os índices
em presença variam de 0 a 10, sendo que os valores mais elevados correspondem a maior
transparência, maior responsabilização da gestão e poderes acrescidos dos accionistas
face aos gestores.
Tabela 61 - Protecção dos Investidores África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Índice de Disclosure 8 8 6
Índice de Responsabilização da Gestão 8 8 5
Índice de Acção Legal dos Accionistas 8 8 7
Índice de Protecção do Investidor 8 8 6
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 41 - Protecção dos Investidores – Índices de Disclosure e de Responsabilização
0 2 4 6 8
2006
2010
Índice de Responsabilização da Gestão Índice de Disclosure
Figura 42 - Protecção dos Investidores – Índices de Acção Legal e Protecção do Investidor
0 2 4 6 8
2006
2010
Índice de Protecção do Investidor Índice de Acção Legal dos Accionistas
Duas realidades complementares transparecem da análise detes indicadores. Por um lado,
a dinâmica do mercado de capitais Sul-Africano, alicerçado no quesitos de transparência
que constroem a confiança dos operadores globais. Por outro lado, a excelência dos
instrumentos legais e dos meios para os impor que caracterizam a vida empresarial na
África do Sul, Registe-se que em qualquer um dos indicadores considerados a África do Sul
surge ã frente de Portugal, o que ilustra a dinâmica da economia de mercado neste país.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
147
14.7 Fiscalidade
A carga fiscal que recai sobre uma média empresa na África do Sul é evidenciada na
tabela seguinte. O empreendedor é confrontado com 9 pagamentos que lhe consumirão
200 horas por ano, pagando de impostos, em média, 30% do lucro bruto.
Tabela 62 - Fiscalidade África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Nº de Pagamentos 23 9 8
Nº de Horas (Ano) 350 200 328
Impostos Total (% Lucros) 38,3 30,2 42,9
Fonte: Doing Business 2006 e 2010– Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 43 - Fiscalidade – Nº de Pagamentos e Horas
Figura 44 - Fiscalidade – Impostos Totais (% Lucros Brutos)
Registe-se o esforço tremendo realizado pela África do Sul no sentido de tornar a sua
fiscalidade mais competitiva. No espaço de 4 anos, o imposto total sobre lucros caiu 8
pontos, o tempo consumido na preparação de impostos caiu para quase metade, bem
como o número de pagamentos a efectuar. Trata-se de um sinal inequívoco no sentido da
atracção de investimento privado e de fomento do empreendedorismo.
0 50 100 150 200 250 300 350
2006
2010
Nº de Horas (Ano) Nº de Pagamentos 0 10 20 30 40
2006
2010
Impostos Total (% Lucros)
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
148
14.8 Import–Export
Os procedimentos e custo correspondente incorrido pela importação e exportação de bens
de e para a África da Sul encontram-se evidenciados na tabela seguinte. A construção
deste indicador envolveu o registo de todos os procedimentos oficiais necessários à
actividade de importação e exportação, desde o contrato final celebrado entre as partes
envolvidas até à entrega das mercadorias correspondentes.
Tabela 63 - Import-Export África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Nº de Documentos para Exportação 5 8 4
Nº de Dias para Exportação 31 30 16
Custo de Exportação (USD por Contentor) 850 1.531 685
Nº de Documentos para Importação 9 9 5
Nº de Dias para Importação 34 35 15
Custo de Importação (USD por Contentor) 850 1.807 999
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 45 - Export – Nº de Documentos
0 2 4 6 8 10
2006
2010
Nº de Documentos para Importação Nº de Documentos para Exportação
Figura 46 - Export – Duração Temporal
26 28 30 32 34 36
2006
2010
Nº de Dias para Importação Nº de Dias para Exportação
Figura 47 - Import-Export – Custo por Contentor
0 500 1000 1500 2000
2006
2010
Custo de Importação (USD por Contentor) Custo de Exportação (USD por Contentor)
Os custos de exportação e de importação são, na África do Sul, conheceram um
agravamento sensível nos últimos 4 anos. Com efeito, seja por razões cambiais seja por
saturação das infraestruturas existentes, muito pressionadas pela realização do Campeonato
do Mundo, os custos envolvidos em operações de import-export duplicaram na África do Sul,
penalizando a competitividade do país.
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
149
14.9 Resolução de Contratos
A facilidade de resolução de contratos comerciais celebrados na África do Sul é medida
através dos indicadores que seguidamente apresentamos. Na África do Sul, são necessários
30 procedimentos e quase dois anos para resolver uma disputa legal envolvendo um
contrato de natureza comercial.
Tabela 64 - Resolução de Contratos África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Nº de Procedimentos 26 30 31
Nº de Dias 600 600 462
Custo (% da Divida) 11,5 33,2 19,2
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 48 - Resolução de Contratos – Nº de Procedimentos
Figura 49 - Resolução de Contratos – Nº de Dias
A resolução de contratos e funcionamento do sistema de justiça em geral subsiste um
obstáculo ao desenvolvimento do empreendedorismo na África do Sul. Com efeito, a
resolução de contratos prolonga-se, em média, por dois anos, o dobro do registado nos
paises da OCDE. O custo apesar de ter triplicado, esse, por seu turno é inferior ao registado
na região. Trata-se, indiscutivelmente, de uma área em que o Governo Sul-Africano deverá
investir, na exacta medida em que o bom funcionamento dos tribunais é fundamental para
a construção da confiança dos investidores globais.
24 25 26 27 28 29 30
2006
2010
Nº de Procedimentos
0 100 200 300 400 500 600
2006
2010
Nº de Dias
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
150
14.10 Encerramento de Actividade
O tempo e o custo incorrido na resolução de situações de falência é evidenciado na tabela
seguinte. Na África do Sul o encerramento de actividade devido a falência poderá prolongar-se
por pouco menos de dois anos, envolvendo um custo de aproximadamente 22% do valor
patrimonial. A taxa de recuperação, a qual expressa quantos cêntimos de USD os credores
recuperarão da empresa insolvente, situa-se, na África do Sul, nos 34.4.
Tabela 65 - Encerramento de Actividade África do Sul Portugal
Indicador 2006 2010 2010
Tempo (anos) 2 2,6 1,4
Custo (% do Valor Patrimonial) 18 16 7,1
Taxa de Recuperação (cêntimos por USD) 34,4 17,7 14
Fonte: Doing Business 2006 e 2010 – Banco Mundial / Sociedade Financeira Internacional
Figura 50 - Encerramento de Actividade – Duração Temporal
Figura 51 - Encerramento de Actividade – Custo
Figura 52 - Taxa de Recuperação (Cêntimos por USD)
31 31,5 32 32,5 33 33,5 34 34,5
2006
2010
Taxa de Recuperação (cêntimos por USD)
Particular destaque na análise deste indicador, merece a queda para metade de taxa de
recuperação verificada na África do Sul. Os custos envolvidos no encerramento de
actividade mantêm-se acima da média da região e sensivelmente acima da média dos
países da OCDE. Registe-se, ainda e como aspecto negativo, a morosidade dos processos
de encerramento da actividade, compagináveis com a média da região, mas
sensivelmente acima da situação verificada nos países da OCDE.
0 0,5 1 1,5 2
2006
2010
Tempo (anos)
0 5 10 15 20
2006
2010
Custo (% do Valor Patrimonial)
_
ÁFRICA DO SUL – MANUAL DO EMPREENDEDOR Gateway to South Africa
151