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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL MARIO NESTOR ULLMANN CONCRETO ESTRUTURAL PRÉ-MOLDADO LAGES 2014

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Andamento de obras para construção civil.

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  • UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

    MARIO NESTOR ULLMANN

    CONCRETO ESTRUTURAL PR-MOLDADO

    LAGES 2014

  • MARIO NESTOR ULLMANN

    CONCRETO ESTRUTURAL PR-MOLDADO

    Relatrio de Estgio Curricular Supervisionado Obrigatrio do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense UNIPLAC como requisito necessrio para obteno do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientao: Professor, MSc. Engenheiro Civil, Carlos Tasior Leo.

    LAGES SC

    2014

  • MARIO NESTOR ULLMANN

    CONCRETO ESTRUTURAL PR-MOLDADO

    Relatrio de Estgio Curricular supervisionado apresentado ao departamento de

    Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense UNIPLAC como

    requisito necessrio para obteno do grau de Bacharel em Engenharia Civil.

    Lages (SC), 17 de junho de 2014.

    _______________________ Prof. Carlos Eduardo de Liz Supervisor Estgio

    ___________________________________ __________________________ Prof. Carlos Tasior Leo - Orientador Prof. Alexandre Tripoli Veno -

    Coordenador

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ABREVIATURAS PALAVRAS OU TERMOS

    ABCI Associao Brasileira da Construo Industrializada.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

    NBR Normas Brasileiras.

    SC Santa Catarina.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Estrutura aporticadas com cobertura e elementos de fachadas ...... 24

    Figura 2 Estrutura pr-moldada em esqueleto ............................................... 24

    Figura 3 Estrutura de painis combinada com estrutura em esqueleto ......... 25

    Figura 4 Edifcio com painis estruturais de fachada e compridos painis de

    piso .................................................................................................. 26

    Figura 5 Estrutura prea fachadas e pisos, coberturas de grandes vos

    para edifcios de uso geral ............................................................... 26

    Figura 6 Sistemas celular de construo ....................................................... 27

    Figura 7 Residncia e edifcios de apartamentos com estruturas de paredes

    estruturais, transversais com painis perimetrais ............................ 28

    Figura 8 Edifcio para escritrios com estrutura em esqueleto e com

    fachadas em concreto ...................................................................... 28

    Figura 9 Edifcio de escritrio com grandes vos ........................................... 29

    Figura 10 Construo industrial com traves aporticadas ................................. 30

    Figura 11 Construo consiste grande espao aberto paredes portantes e

    cobertura de laje com elemento em duplo caimento. Estrutura

    aporticada com andar intermedirio, tipo mezanino ......................... 30

    Figura 12 Estrutura sistema aporticado, elementos de laje em, duplo T com

    duplo caimento para telhados duas gua, apoiado em traves

    planas longitudinais .......................................................................... 31

    Figura 13 Estrutura em esqueleto dividido em nveis para estacionamentos

    com rampas retas entre os pisos intermedirios .............................. 32

    Figura 14 Estrutura para arquibancada em concreto pr-moldado de uma

    construo esportiva ........................................................................ 33

    Figura 15 Frmas metlicas para produo de pr-moldados de concreto ..... 36

    Figura 16 Processo de corte, dobra e controle das dimenses do ao das

    armaduras ........................................................................................ 37

  • Figura 17- Montagem da armadura com controle de espaamentos entre

    aos longitudinais e transversais ..................................................... 37

    Figura 18 Montagem da armadura de ao ....................................................... 38

    Figura 19 Montagem da armadura de ao ....................................................... 38

    Figura 20 Iamento de pea pr-moldada ....................................................... 39

    Figura 21 Alas e iamento de peas pr moldadas na movimentao dentro

    da fbrica. ........................................................................................ 39

    Figura 22 Montagem de uma concreteira na fbrica de pr-moldados ............ 41

    Figura 23 Transporte do concreto da concreteira e enchimento de caamba

    com comportas basculantes de aplicao do concreto nos moldes

    das frmas ....................................................................................... 41

    Figura 24 Aplicao do concreto nos moldes das frmas com sistema de

    caamba com comportas basculantes ............................................. 41

    Figura 25 Inspeo dos elementos pr-moldados ........................................... 43

    Figura 26 Mquina de corte de fios e barras de ao ........................................ 43

    Figura 27 Ligaes das vigas com pilares por consoles em estrutura sistema

    esqueleto ......................................................................................... 48

    Figura 28 Ligaes entre pilares e vigas por consoles e recortes das

    extremidades das vigas ................................................................... 48

    Figura 29 Elemento de fundao, sapata tipo cofre ......................................... 49

    Figura 30 Insero do pilar no elemento de fundao, sapata com cofre ........ 50

    Figura 31 Mquinas e equipamentos para instalao dos elementos de

    fundaes pilares, vigas, coberturas e pisos como lajes ................. 51

    Figura 32 Montagem de um sistema de estrutura pr-moldada, instalao de

    pilares e vigas .................................................................................. 52

    Figura 33 Instalao de elementos pr-moldados ........................................... 52

    Figura 34 Estrutura pr-moldada convencional, sistema aporticado, montado 53

    Figura 35 Montagem de estrutura pr-moldada convencional, sistema

    aporticado. ....................................................................................... 53

    Figura 36 Detalhe de prtico de estrutura pr-moldada montada, sistema

    aporticado ........................................................................................ 54

    Figura 37 Sede da Empresa JR Materiais de Construo e Artefatos de

    Concreto Ltda., escritrio e fbrica ................................................. 58

    Figura 38 Escritrio na sede da empresa para estagirio ............................... 58

  • Figura 39 Frma dupla, em chapa de ao, para produo de painis ............ 60

    Figura 40 Frma de pilares, modulada em comprimento, com e sem

    ranhuras de encaixe, com e sem consoles ..................................... 60

    Figura 41 Frma de laje armada com malha e trelias de ao ........................ 61

    Figura 42 Armadura de ao para ser utilizada em painis .............................. 62

    Figura 43 Bancada de medidas, cortes e dobras dos fios de ao para as

    armaduras. ...................................................................................... 62

    Figura 44 Armadura instalada dentro de forma de pilar com console ............. 62

    Figura 45 Concretagem de pilar e acabamento da face superior .................... 63

    Figura 46 Laje concretada, aramada com malha de ao e duas vigas

    treliadas ......................................................................................... 64

    Figura 47 Concretagem de painel aramado .................................................... 64

    Figura 48 Pilar desformado aps a cura ......................................................... 65

    Figura 49 Casa de fora da estao de bombeamento da SEAMASA no rio

    Caveiras Lages ............................................................................ 66

    Figura 50 Casa de fora SEMASA, detalhe do console do pilar e apoios

    das vigas e lajes pr-moldadas. ...................................................... 67

    Figura 51 Casa de fora SEMASA, detalhes da fundao, insero do

    pilar, apoiadas nas vigas sobre os consoles do pilares................... 67

    Figura 52 Edificao comercial, estrutura em esqueleto com trs

    pavimentos, Lages SC ................................................................. 68

    Figura 53 Edificao comercial, Lages SC ................................................... 68

    Figura 54 Edificao comercial, fechamento com painis, Lages SC .......... 69

    Figura 55 Edificao com estrutura do tipo aporticada, fechamento com

    painis. Ginsio de esportes, Anita Garibaldi SC ......................... 69

    Figura 56 Ginsio de esportes, Anita Garibaldi SC ...................................... 70

    Figura 57 Equipamento de perfurao do solo para construo de estaca

    broca, moldada in loco, Lages-SC .................................................. 72

    Figura 58 Preparo do concreto para concretagem da estaca broca, Lages-

    SC. .................................................................................................. 72

  • SUMRIO

    APRESENTAO ................................................................................................................... 9

    1 CONCRETO ESTRUTURAL PR-MOLDADO ............................................................ 11

    1.1 Caracterizao da empresa e seu ambiente......................................................................... 11

    1.2 SITUAO PROBLEMTICA ........................................................................................ 11

    1.2.1 Descrio do problema .................................................................................................... 11

    1.2.2 Limites do projeto ............................................................................................................ 12

    1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13

    1.3.1 Geral ................................................................................................................................ 13

    1.3.2 Especficos ....................................................................................................................... 13

    1.4 Justificativa ......................................................................................................................... 14

    2 REVISO DE BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 16

    2.1 Definio de concreto pr-moldado ................................................................................... 16

    2.2 Histria do concreto pr-moldado ...................................................................................... 16

    2.2.1 Perodo de 1950 a 1970 ................................................................................................... 17

    2.2.2 Perodo de 1970 a 1980 ................................................................................................... 17

    2.2.3 Perodo ps 1980 ............................................................................................................. 17

    2.3 Nomenclaturas e definies utilizadas no concreto de pr-moldados ................................ 17

    2.3.1 Ajuste ............................................................................................................................... 18

    2.3.2 Colarinho ......................................................................................................................... 18

    2.3.3 Desvio .............................................................................................................................. 18

    2.3.4 Dimenso bsica .............................................................................................................. 18

    2.3.5 Elemento pr-moldado .................................................................................................... 18

    2.3.6 Elemento pr-fabricado ................................................................................................... 19

    2.3.7 Folga para ajuste negativo ............................................................................................... 19

    2.3.8 Folga para ajuste positivo ................................................................................................ 19

    2.3.9 Inserto .............................................................................................................................. 19

    2.3.10 Ligaes ......................................................................................................................... 19

    2.3.11 Peas compostas ............................................................................................................ 20

  • 2.3.12 Rugosidade .................................................................................................................... 20

    2.3.13 Tolerncia ...................................................................................................................... 20

    2.3.14 Tolerncia global do elemento ...................................................................................... 20

    2.3.15 Variao inerente ........................................................................................................... 20

    2.4 Princpios bsicos do projeto .............................................................................................. 21

    2.4.1 Possibilidades e restries ............................................................................................... 21

    2.5 Modulao .......................................................................................................................... 22

    2.6 Padronizao ....................................................................................................................... 22

    2.7 Tolerncias Dimensionais................................................................................................... 22

    2.8 Sistemas Construtivos Pr-moldados ................................................................................. 23

    2.8.1 Definio dos sistemas construtivos ................................................................................ 23

    2.8.2 Sistemas estruturais bsicos de pr-moldados ................................................................. 23

    2.9 Aplicaes dos sistemas estruturais .................................................................................... 27

    2.9.1 Residncias ...................................................................................................................... 27

    2.9.2 Escritrios ........................................................................................................................ 28

    2.9.3 Hotis e hospitais ............................................................................................................. 29

    2.9.4 Prdios escolares ............................................................................................................. 29

    2.9.5 Edifcios industriais e armazns de mltiplo uso ............................................................ 29

    2.9.6 Edifcios comerciais ........................................................................................................ 30

    2.9.7 Estacionamentos .............................................................................................................. 31

    2.9.8 Complexos esportivos ..................................................................................................... 32

    2.10 FABRICAO DE PEAS PR-MOLDADAS ............................................................ 33

    2.10.1 Frmas, propriedades e requisitos ................................................................................. 33

    2.10.2 Elementos constituintes de um sistema de frmas para pr-moldados ......................... 35

    2.10.3 Materiais e racionalizao dos sistemas de frmas ....................................................... 35

    2.10.4 Armaduras de ao .......................................................................................................... 36

    2.10.5 Alas de iamento .......................................................................................................... 38

    2.10.6 Concreto ........................................................................................................................ 39

    2.10.7 Concretagem .................................................................................................................. 40

    2.10.8 Aditivos qumicos .......................................................................................................... 42

    2.10.9 Cura e desfrma ............................................................................................................. 42

    2.11 Critrios de CONTROLE ................................................................................................. 43

    2.11.1 Controle dos materiais ................................................................................................... 43

    2.11.2 Controle do concreto ..................................................................................................... 44

  • 2.12 LIGAES DE PLACAS PR-MOLDADAS ............................................................... 45

    2.12.1 Especificaes e detalhamento ...................................................................................... 45

    2.12.2 Tipos de ligaes e solues .......................................................................................... 46

    2.13 MONTAGEM DAS ESTRUTURAS PR-MOLDADAS .............................................. 49

    2.13.1 Especificao no projeto ................................................................................................ 49

    2.13.2 Locao e fundaes ...................................................................................................... 49

    2.13.3 Pilares ............................................................................................................................ 50

    2.13.4 Vigas .............................................................................................................................. 51

    2.13.5 Teras e cobertura .......................................................................................................... 53

    2.13.6 guas pluviais ............................................................................................................... 54

    3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 55

    3.1 Local do desenvolvimento do estgio ................................................................................ 55

    3.1.1 Sede da empresa .............................................................................................................. 55

    3.1.2 Locais de execuo de obras ........................................................................................... 56

    3.1.3 Relatrios das atividades dirias...................................................................................... 56

    4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTGIO ........................................................ 57

    4.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA, SEU AMBIENTE E PERODO ........................ 57

    4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................................. 58

    4.2.1 Fabricao de elementos de concreto pr-moldados ....................................................... 59

    4.2.2 Acompanhamento de montagens das estruturas pr-moldadas em projetos de

    edificaes ................................................................................................................................ 65

    4.2.3: Fundaes profundas tipo estacas brocas ....................................................................... 70

    4.2.3 Clculo de dosagem de concreto e verificao da resistncia caracterstica

    compresso ............................................................................................................................... 73

    4.2.3.1 Objetivo ........................................................................................................................ 73

    4.2.3.2 Procedimentos do estudo de dosagem .......................................................................... 73

    4.2.3.3 Resultados e anlise dos dados ..................................................................................... 74

    4.2.3.4 Concluso sobre o clculo de dosagem do concreto .................................................... 75

    5 CONCLUSO ...................................................................................................................... 76

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................. 77

  • 9

    APRESENTAO

    O uso do concreto pr-moldado na construo civil est relacionado a um

    mtodo construtivo de edificaes para diferentes finalidades, de forma econmica,

    rpida, durvel, estruturalmente segura, com versatilidade em suas funes de uso e

    de formas e tipologias arquitetnicas. A indstria de estruturas pr-fabricadas est

    em contnua evoluo para atender as demandas da sociedade em termos de

    economia, eficincia, desempenho tcnico, segurana, condies favorveis de

    trabalho e de sustentabilidade.

    A evoluo construtiva das edificaes e das atividades da engenharia civil

    ser marcada para o futuro pelo processo de industrializao e automao, criando-

    se um modelo moderno de pr-fabricao com uma filosofia industrial ao longo de

    todo o perodo do processo construtivo da edificao.

    A pr-fabricao dos elementos estruturais de concreto um processo

    industrial com grande potencialidade para o futuro deixando de ser uma variante

    tcnica das construes de concreto moldadas no local. O projeto de engenharia

    dever respeitar as demandas especficas e particulares dos sistemas construtivos

    pr-moldados.

    Comparado aos mtodos de construo civil tradicionais e outros materiais

    de construo, os sistemas pr-fabricados, como mtodo construtivo, e o concreto

    estrutural, como material, tem muitas caractersticas positivas, cuja forma

    industrializada de construo apresenta muitas vantagens, tais como: produtos feitos

    na fbrica com trabalho permanente e moderno; uso otimizado de materiais e

    controle tecnolgico e condies controladas; menor tempo de construo;

    instalaes e construes em condies climticas severa e adversas; qualidade e

    certificao; oportunidade de boa arquitetura; boa eficincia estrutural;

    adaptabilidade s novas exigncias de utilizao da edificao e construo menos

    agressiva ao meio ambiente.

    O desenvolvimento dos automatismos industriais est ligado aos processos

    de fabricao de sistemas pr-moldados bem como aos processos de transporte, de

    montagem, aos mtodos de inspeo e controle, criao de novos materiais e ao

    controle das consequncias desses processos ao meio ambiente.

  • 10

    Dada a importncia da potencialidade do uso atual e futuro dos pr-

    fabricados de concreto armado, eles fornecem oportunidades aos profissionais da

    engenharia civil em poder atuar nos processos de projetos de elementos estruturais,

    nos processo de produo e controle nas fabricas de pr-moldados e projetos de

    execuo de montagens de diferentes edificaes e suas aplicaes.

    Optou-se por esse tema da Construo Civil para realizao do presente

    Estgio Curricular Supervisionado do Curso de Engenharia Civil da UNIPLAC, com a

    finalidade de estudar e aprofundar-se na matria que trata do concreto estrutural de

    elementos e edificaes pr-moldadas em Empresa que atua na fabricao,

    transporte e montagem, desde a infra, meso e superestruturas de concreto pr-

    moldado em edificaes para diferentes finalidades de uso.

  • 11

    1 CONCRETO ESTRUTURAL PR-MOLDADO

    1.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA E SEU AMBIENTE

    A Empresa concedente do Estgio, JR Materiais de Construo e Artefatos

    de Concreto Ltda, atua no ramo de produo de elementos de concreto pr-

    moldados em sua sede prpria bem como na fabricao de peas pr-fabricadas no

    local da obra. A sede da Empresa, com escritrio e parque de fabricao, est

    localizada na rua Engenheiro Paulo Ribeiro, s/n, bairro Promorar em Lages SC.

    As atividades da Empresa no ramo da engenharia da construo civil so

    diversificadas, prestando servios na construo de pisos industriais de concreto

    polido, fundaes rasas pr-moldadas e fundaes profundas com estacas broca in

    loco de diferentes dimetros e profundidades, peas de elementos de concreto

    estrutural pr-moldadas, como elementos de meso e superestruturas, pilares, vigas

    e lajes. Tambm fbrica peas como paredes em forma de painis para fechamento

    e divisrias, blocos para muros de conteno de encostas em ao e concreto.

    A Empresa tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

    CREA SC, com responsvel tcnico, ao qual fica designada a superviso tcnica

    do Estgio concedido pela Organizao. O Supervisor tcnico, Engenheiro Civil de

    formao, responsvel pelas orientaes tcnicas, acompanhamento nas

    atividades de produo, transporte e instalaes das estruturas de pr-moldados

    nas diferentes obras.

    1.2 SITUAO PROBLEMTICA

    1.2.1 Descrio do problema

    O mtodo construtivo atravs de fabricao peas estruturais pr-moldadas

    ou pr-fabricadas in loco apresenta varias situaes problemticas nas diferentes

    etapas de um projeto de edificao. Na infraestrutura, especificamente as fundaes

    profundas, com estaca broca, a qual exige a capacidade de carga do solo para o

  • 12

    clculo do nmero de estacas nos pontos de carregamento no lanamento estrutural

    e tambm exigida a capacidade de carga a qual solicitada para resistir aos

    esforos, o que implica no clculo de dosagem do concreto, seu preparo e

    lanamento com controle tecnolgico.

    As peas estruturais da meso e superestrutura como pilares, vigas e lajes

    para serem fabricadas exigem materiais selecionados, resistncias de acordo com

    as especificaes em projeto estrutural da edificao, instalaes e ferramentas em

    todo o seu processo de fabricao, como frmas, moldes e acessrios, clculo de

    dosagem do concreto, clculo das armaduras, produo e lanamento do concreto

    nos moldes, tempo e mtodo de cura, logstica e equipamento de manipulao e

    transporte dos elementos estruturais bem como as tcnicas de instalao das peas

    componentes que compem a obra da edificao no local definitivo.

    Toda a produo de peas estruturais na fbrica e a logstica de

    manipulao, transporte e instalao na execuo da obra deve obedecer ao estudo

    e clculo da segurana e a estabilidade estrutural de acordo com as normas. Deve-

    se obedecer um rigoroso clculo de custos de produo para obter-se viabilidade

    econmica financeira, eficincia e rapidez na produo, transporte e instalao, pois

    os pr-moldados esto intimamente ligados a esses fatores.

    O estgio permitir estudar e avaliar esses fatores intervenientes no mtodo

    construtivo de estruturas pr-moldadas, constituindo-se em uma complementao

    aos estudos acadmicos realizados nas diferentes disciplinas do Curso de

    Engenharia Civil desta Universidade.

    1.2.2 Limites do projeto

    Uma das limitaes do presente projeto de estgio a falta de um

    conhecimento tcnico mais aprofundado sobre o tema por parte do estagirio, no

    que se diz respeito aos projetos de concepo e produo de elementos de concreto

    pr-molodados, manipulao, transporte e execuo das instalaes destes

    elementos para compor a edificao como um todo.

    Outro limite que se apresenta a falta do conhecimento das Normas

    Tcnicas que rege todo o complexo de pr-moldados de concreto, desde a produo

  • 13

    e instalao para que sejam atendidas as condies de estabilidade e segurana

    das edificaes.

    Conhecidos os limites, identificados os problemas, o estgio nesta rea

    proporcionar o preenchimento destas lacunas atravs dos estudos de revises

    bibliogrficas e o acompanhamento com superviso tcnica e orientao tcnica

    desde os projetos de edificaes, produo de peas pr-moldadas, manipulao,

    transporte e execuo das instalaes destas estruturas para compor a edificao

    em seu local definitivo.

    1.3 OBJETIVOS

    1.3.1 Geral

    Acompanhamento do dimensionamento estrutural e de fabricao das peas

    de concreto pr-moldado, manipulao, transporte e execuo das instalaes para

    compor a edificao conforme especificao de projeto. Dimensionamento e

    acompanhamento nas instalaes de fundaes profundas tipo estacas broca

    conforme prescries do projeto tcnico.

    1.3.2 Especficos

    a) Identificao das peas estruturais de concreto pr-moldado no projeto

    das edificaes, sua funo, dimensionamento e acompanhamento do processo de

    fabricao.

    b) Acompanhamento da manipulao, transporte e execuo da instalao

    de elementos estruturais pr-moldados de concreto no local da obra da edificao.

    c) Clculo estrutural de fundao profunda, tipo estaca broca de concreto

    dentro da prescrio de Norma Tcnica.

    d) Clculo de dosagem e controle tecnolgico do concreto para fundaes

    profundas tipo estaca broca; preparo e lanamento do concreto.

    e) Identificao dos problemas existentes na concepo, produo e

    controle de qualidade de elementos estruturais de concreto pr-moldados, bem

  • 14

    como os problemas de manipulao, transporte e execuo da instalao dos

    elementos estruturais de pr-moldados.

    f) Estudo e acompanhamento da execuo dos tipos de ligaes de peas

    de pr-moldados de concreto.

    1.4 JUSTIFICATIVA

    Muitas tipologias de edificaes so adequadas para a utilizao da

    construo pr-moldada onde a modulao fator econmico importante no projeto

    e construo de edifcios como construes industriais, armazns, construes

    comerciai, escritrios, escolas, estacionamentos, hospitais, hotis, dentre outras

    instalaes.

    Para potencializar toas as vantagens do concreto pr-moldado a estrutura

    deve ser concebida de acordo com uma filosofia especfica do projeto: grandes vos,

    estabilidades apropriada e detalhes simples. O projetista deve considerar as

    possibilidades, as restries e as vantagens do concreto pr-moldado, seu

    detalhamento, produo, manipulao, transporte, montagem e os estados limites

    em servio antes de finalizar um projeto de uma estrutura pr-moldada.

    Construes modernas de concreto pr-moldado podem ser projetadas de

    forma segura e econmica, com uma variedade de planos e com variaes em

    relao ao tratamento das elevaes para edifcios de vrios pavimentos. A pr-

    moldagem oferece recursos e solues considerveis para melhorar a sua eficincia

    estrutural. Vos grandes podem ser obtidos para elementos de vigas e de lajes. Para

    construes industriais e comerciais, os vos de pisos podem chegar a grandes

    distancias o que melhora a eficincia na utilizao destas reas, menor custo

    construtivo e melhor adaptabilidade para novas utilizaes, permitindo a reteno de

    seu valor comercial por mais tempo, isto , um imvel sempre valorizado ao passar

    do tempo.

    A escolha do tema concreto estrutural para realizao do presente estgio

    em concreto pr-moldado justificado em funo das anlises anteriores realizadas,

    e pelo fato de compreender que este mtodo construtivo um processo

    industrializado com grande potencial para o futuro, onde o fator racionalizao de

    materiais, escassez de mo de obra e introduo de sistemas de automatismo na

  • 15

    construo onde o fator tempo de construo importante. Empreendimentos

    industriais e comerciais impem perodos curtos de tempo para projeto e execuo

    das obras, exigindo velocidade nos cronogramas de execuo.

    Com esta viso, sobre este mtodo construtivo da engenharia civil, tive a

    deciso em escolher o tema para a realizao do Estgio Curricular Supervisionado

    com a finalidade de aprimorar os conhecimentos tericos e prticos dentro do

    currculo do Curso de Engenharia Civil. Com a certeza de que no futuro, bem

    prximo, surgiro as oportunidades em atuar em projetos desta natureza, onde para

    tal o profissional dever estar preparado para exercer esta incumbncia na

    sociedade com tica e profissionalismo.

  • 16

    2 REVISO DE BIBLIOGRAFIA

    2.1 DEFINIO DE CONCRETO PR-MOLDADO

    O termo pr-fabricao na rea da construo civil definido por Revel

    (1983) como sendo a fabricao de um certo elemento antes do seu posicionamento

    final na obra. A pr-fabricao no seu sentido mais amplo se aplica a toda fabricao

    de elementos de construo civil em indstrias, a partir de matrias primas e semi-

    produtos cuidadosamente selecionados e utilizados, sendo em seguida

    transportados ao local da obra definitiva e executada a montagem da edificao

    segundo as prescries em projeto.

    A Norma NBR 9062/2001 da ABNT Projeto e execuo de estruturas de

    concreto pr-moldado define: elemento pr-moldado aquele que fabricado fora

    do local de utilizao definitiva na estrutura da edificao, com controle de

    qualidade. Tambm define elemento pr-fabricado como sendo elemento pr-

    moldado, executado industrialmente, mesmo em instalaes temporrias em

    canteiros de obras sob condies rigorosas de controle de qualidade.

    2.2 HISTRIA DO CONCRETO PR-MOLDADO

    Segundo a Associao Brasileira da Construo Industrializada ABCI

    (1980); diz que a industrializao com racionalizao de forma sistemtica de pr-

    moldados de concreto teve seu inicio na dcada de 60 do sculo passado, perodo

    ps Segunda Guerra Mundial, principalmente na Europa, em funo da necessidade

    da construo civil em grande escala devido a devastao das edificaes

    decorrentes da guerra.

    A utilizao dos pr-moldados e pr-fabricados divide-se nas seguintes

    etapas de perodos, conforme Salas (1988), descritas a seguir.

  • 17

    2.2.1 Perodo de 1950 a 1970

    Perodo ps-guerra onde houve necessidades urgentes de construir

    edificaes habitacionais, escolares, hospitais e industriais. Constitui-se em ciclo

    fechado de produo, construes uniformes, rigidez na arquitetura com flexibilidade

    nula, onde a pr-fabricao ocorreu com elementos pesados.

    2.2.2 Perodo de 1970 a 1980

    Perodo caracterizado por uma reviso no conceito de utilizao nos

    processos construtivos de grande escala e grandes elementos pr-fabricados. Esta

    reviso deve-se devido a ocorrncia de acidentes em edifcios construdos com

    grandes painis pr-fabricados, teve incio o declnio dos sistemas pr-fabricados de

    ciclo fechado de produo de elementos estruturais.

    2.2.3 Perodo ps 1980

    Consolidou-se a pr-fabricao de ciclo aberto de produo, com base em

    componentes compatveis de diversas origens, onde vrias empresas participavam

    de um projeto devido a padronizao de elementos e componentes pr-fabricados,

    onde a modulao e padronizao fornecem a base para a compatibilidade entre os

    elementos e subsistemas.

    Atualmente preconiza-se os sistemas de ciclos flexibilizados, onde no

    apenas os componentes so abertos, mas todo o sistema, onde o projeto da

    edificao passa a ser aberto e flexibilizado para adequar-se a qualquer tipologia

    arquitetnica.

    2.3 NOMENCLATURAS E DEFINIES UTILIZADAS NO CONCRETO DE PR-

    MOLDADOS

    A Norma NBR 9062/2001 da ABNT em Projeto e Execuo de Estruturais de

    Concreto Pr-moldado, adota as seguintes definies apresentadas a seguir, as

  • 18

    quais so de grande importncia na linguagem da construo civil neste mtodo

    construtivo.

    2.3.1 Ajuste

    Diferena entre as medidas nominais de dimenso de projeto, reservado

    para a colocao de um elemento pr-moldado e medida nominal da dimenso do

    elemento pr-moldado. O ajuste pode ser positivo (+) ou negativo (-). O ajuste

    corresponde ao somatrio das folgas existentes entre as peas para locao,

    dilatao e contrao dos elementos pr-moldados. negativo para a menor

    dimenso e positivo para a maior, isto , na falta (-), na sobra (+).

    2.3.2 Colarinho

    Conjunto de paredes salientes do elemento de fundao que contornam a

    cavidade destinada ao encaixe de pilares neste elemento de fundao, sapata cofre.

    2.3.3 Desvio

    Diferena entre a dimenso bsica e a correspondente executada,

    correspondendo aos desvios de produo das peas.

    2.3.4 Dimenso bsica

    Dimenso do elemento pr-moldado estabelecida no projeto, estabelecidas

    as folgas necessrias para possibilitar a montagem.

    2.3.5 Elemento pr-moldado

    Pea executada fora do local de utilizao definitiva na estrutura com

    controle de qualidade. produtiva na fbrica, empresa de concreto pr-moldado

  • 19

    2.3.6 Elemento pr-fabricado

    Pea pr-moldada, executada industrialmente, mesmo em instalaes

    temporrias em canteiros de obras, sob condies rigorosas de controle de

    qualidade.

    2.3.7 Folga para ajuste negativo

    Diferena entre a medida mxima da dimenso de projeto reservada para a

    colocao de um elemento e a medida mnima da dimenso correspondente deste

    elemento, equivalendo a menor dimenso em extenso possvel de apoio da pea.

    2.3.8 Folga para ajuste positivo

    Diferena entre a medida mnima da dimenso de projeto reservada para a

    colocao de um elemento e a medida mxima da dimenso correspondente do

    elemento, equivalendo ao espao mnimo para viabilizar a montagem, encaixar a

    pea pr-moldada.

    2.3.9 Inserto

    Qualquer pea incorporada ao concreto na fase de produo para atender a

    uma finalidade de ligao estrutural ou para permitir fixao de outra natureza.

    2.3.10 Ligaes

    Dispositivos utilizados para compor um conjunto estrutural a partir de seus

    elementos, com a finalidade de transmitir os esforos solicitantes, em todas as fases

    de utilizao, dentro das condies de projeto.

  • 20

    2.3.11 Peas compostas

    Elementos de concreto executadas em moldagens distintas e interligadas de

    forma a atuar em conjunto sob o efeito das aes aplicadas aps a juno. A seo

    transversal da pea denominada seo composta.

    2.3.12 Rugosidade

    Salincias e reentrncias conseguidas por apicotamento ou processo de

    moldagem de maneira a criar irregularidades na superfcie do elemento, quando em

    contato cria o atrito quando da atuao de foras sobre as peas.

    2.3.13 Tolerncia

    Desvio permitido, valor mximo aceito para o desvio, para mais e para

    menos descrito no projeto. A tolerncia usada nas peas e nas folgas

    2.3.14 Tolerncia global do elemento

    Soma estatstica das tolerncias positivas e negativas, em mdulo

    constadas na fabricao e no posicionamento do elemento, formada com a

    tolerncia de locao de mdulo.

    2.3.15 Variao inerente

    Variao de dimenses, correspondentes a fenmenos fsicos, como

    dilatao trmica, retrao e fluncia. Corresponde ao aumento ou diminuio das

    dimenses da pea.

  • 21

    2.4 PRINCPIOS BSICOS DO PROJETO

    2.4.1 Possibilidades e restries

    Segundo Acker (2002) num projeto devem ser consideradas as

    possibilidades as restries e vantagens da utilizao do concreto, pr-moldado,

    seus detalhes, produo, transporte, execuo da montagem e estados de servio

    antes de completar o projeto da estrutura pr-moldada de uma edificao para uma

    dada utilizao.

    No estgio da concepo do projeto devem ser considerados os pontos

    descritos a seguir.

    a) Filosofia especfica do projeto:

    Utilizao de um sistema de contraventamento prprio, utilizao de grandes

    vos e assegurar a integridade estrutural.

    b) Solues padronizadas:

    A padronizao fator importante de pr-fabricao, permitindo menores

    custos de produo, maior qualidade e execuo rpida. aplicado em modulao

    de projeto, padronizao de produtos entre fabricantes e padronizao interna para

    detalhes construtivos, alem da padronizao de procedimentos para produo e

    montagem.

    c) Detalhes simples:

    O projeto de edificaes de concreto pr-moldado deve envolver detalhes o

    mais simples possvel, evitar situaes complicadas e vulnerveis. Com isso a

    produo de peas pr-moldadas tambm so de projetos mais simples e

    simplicidade na montagem tambm ganho de tempo.

    d) Considerao das tolerncias dimensionais

    Inevitavelmente ocorrem diferenas entre as dimenses especificadas e as

    executadas, devendo estas variaes serem admitidas no projeto, tais como:

    tolerncias de absoro nas ligaes entre peas e partes moldadas no local,

    almofadas ou aparelhos de apoio, curvaturas e movimentaes como retrao,

    fluncia e expanso trmica devido a dilatao.

    e) Vantagem do processo de industrializao

  • 22

    A pr-trao permite produo de elementos em longas pistas de protenso,

    padronizao de componentes e detalhes, posio adequada dos detalhes e

    descrio simplificada, mas essencial, do projeto. Permite um controle de qualidade

    mais rigoroso no processo de fabricao das peas.

    2.5 MODULAO

    Mdulo uma medida usada em componentes estruturais, em construes

    pr-moldadas, relacionando padronizao dos produtos. A modulao de sistemas

    estruturais , como por exemplo, um prtico, traz economia na produo de seus

    elementos e na execuo da montagem.

    O mdulo bsico 3M, 12M, sendo M = 100mm (ACKER, 2002). Os pilares

    so posicionados, por exemplo, no centro do eixo modular.

    2.6 PADRONIZAO

    A padronizao de elementos pr-moldados se limita a detalhes, dimenses

    e geometria das sees transversais e longitudinais, recrutamento ao comprimento

    das unidades. Os produtos tipos padronizados so: pilares, vigas e lajes de pisos.

    So produzidos em frmas pr-estabelecidas, sendo que o projetista pode

    selecionar o comprimento, dimenses e capacidade de carga dentro de certos

    limites. Essas informaes devem ser repassadas pelos fabricantes em seus

    catlogos tcnicos. Escadas, rampas, sacadas, elementos de formatos especiais

    tambm so fabricados com padronizao.

    2.7 TOLERNCIAS DIMENSIONAIS

    So as diferenas entre as dimenses especificadas em projeto e as

    dimenses reais dos componentes e da construo final. As tolerncias ocorrem na

    fbrica e no canteiro de obras. As tolerncias de produo na fbrica so as

    variaes das dimenses do produto, da pea, e as tolerncias no canteiro de obras

  • 23

    so os desvios dos eixos e dos nveis no incio da construo, erros admissveis de

    locao ou variaes na locao dos elementos de fundao, eixo dos pilares. Os

    desvios de montagem ocorrem duramente o levantamento da estrutura com relao

    posio, cotas e ao alinhamento entre os elementos. Tambm ocorrem desvios na

    prumagem dos elementos verticais, como pilares e paredes estruturais, sob forma de

    painis.

    2.8 SISTEMAS CONSTRUTIVOS PR-MOLDADOS

    2.8.1 Definio dos sistemas construtivos

    Um sistema construtivo tem suas prprias caractersticas, que influenciam a

    tipologia, o comprimento do vo, a altura das edificaes e os sistemas de

    contraventamentos. Os sistemas construtivos convencionais e concreto moldado

    no local da obra de conceito moltico, com rigidez entre os elementos, como vigas,

    pilares, lajes. Os sistemas construtivos em concreto pr-moldado deveriam ser

    executados de modo que a estrutura pr-moldada tivesse novamente o concreto

    monoltico de uma estrutura convencional moldada no local, atravs das juntas e

    ligaes entre os elementos pr-moldados, o que no ocorre exatamente, e se o

    fosse a obra seria mais cara e trabalhosa, afetando as vantagens de pr-moldado.

    No sistema construtivo pr-moldado deve prevalecer uma filosofia especfica

    de projeto, com grandes vos, conceito aprovado de estabilidade e detalhes simples.

    O projeto deve considerar o detalhamento a produo e transporte, montagem e os

    estados de servio antes de finalizar um projeto de uma estrutura pr-moldada.

    2.8.2 Sistemas estruturais bsicos de pr-moldados

    Segundo Acker (2002), os sistemas estruturais bsicos de pr-moldados

    dentro dos sistemas construtivos, de princpios de projeto semelhantes, os tipos

    mais comuns de sistemas de concreto pr-moldados so descritos a seguir.

  • 24

    a) Estruturas aporticadas

    As estruturas aporticadas so construdas de pilares e vigas de fechamento,

    com diferentes formatos e tamanhos combinados para formar o esqueleto da

    estrutura, possuindo grande flexibilidade arquitetnica. Uso de grandes vos e

    grandes espaos sem interferncias de paredes. So utilizadas para construes

    industriais, armazns e construes comerciais, conforme Figura 1.

    Figura 1 Estrutura aporticadas com cobertura e elementos de fachadas

    Fonte: (ACKER, 2002)

    b) Estruturas em esqueleto

    As estruturas em esqueleto so constitudas de pilares, vigas e lajes para

    edificaes de bsicas e mdias alturas, com nmero de paredes reduzidas de

    contraventamento para estruturas. So utilizadas suas construes de escritrios,

    escolas, hospitais e estacionamentos, centros esportivos, indstrias e centros

    comerciais, conforme mostra a Figura 2.

    Figura 2 Estrutura pr-moldada em esqueleto.

    Fonte: (ACKER, 2002)

  • 25

    c) Estruturas em painis estruturais

    As estruturas em painis estruturais so constitudas de pilares, vigas e

    componentes de painis de lajes, usadas na construo de casas e apartamentos,

    hotis e escolas. Os painis pr-fabricados so utilizados para fechamento internos

    e externos, para caixas de elevadores ncleos centrais. Os painis podem ser

    portantes ou de fechamento. A arquitetura livre, permitindo vrias tipologias

    arquitetnicas. A tcnica de construo aberta, com espaos livres entre as

    paredes portantes e podem ser usadas divisrias leves para definir o layout interno

    dos espaos abertos, sendo que com esta tcnica possvel mudar o projeto no

    futuro, sem maiores custos, conforme Figura 3.

    Figura 3 Estrutura de painis combinada com estrutura em esqueleto.

    Fonte: (ACKER, 2002).

    d) Estruturas para pisos

    So estruturas constitudas de vrios tipos de elementos de lajes montadas

    para formar uma estrutura e transferir foras horizontais para os sistemas de

    contraventamento. So utilizados em todos os tipo de construo e em combinao

    com outros materiais, como estruturas metlicas ou de concreto moldado no local,

    conforme Figura 4. So sem pilares internos, painis alveolares para piso cobrem

    vos de uma fachada a outra de 16 a 18 m. Tendncia moderna para escritrios.

  • 26

    Figura 4 Edifcio com painis estruturais de fachada e compridos painis de piso

    Fonte: (ACKER, 2002).

    e) Estruturas para fachadas

    So estruturas constitudas de painis macios, com ou sem funo

    estrutural apresentando-se em muitos tipos de formatos e execues, utilizados para

    fechamento e para painis, arquitetnicos e fachadas. So combinadas com as

    estruturas, em esqueleto, com estrutura interna composta por pilares e vigas, com

    pisos em duplo T, coberturas de grande vos para edifcios de uso geral, conforme a

    Figura 5. Sistemas de rpida construo, ausncia de escoramento, diversidade de

    tipos, alta capacidade de vencer vos e econmicas.

    Figura 5 Estrutura prea fachadas e pisos, coberturas de grandes vos para edifcios de uso

    geral

    Fonte: (ACKER, 2002).

    f) Estruturas celulares

    So estruturas constitudas de clulas de concreto pr-moldado, tambm

    utilizados para blocos de banheiros, cozinhas e garagens. Apresentam maiores

  • 27

    dificuldades para transportes e flexibilidade arquitetnica. Este sistema e vantajoso,

    pois a fabricao rpida e industrializada at o trmino montados na fbrica,

    conforme a Figura 6.

    Figura 6 Sistemas celular de construo

    Fonte: (ACKER, 2002).

    2.9 APLICAES DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS

    2.9.1 Residncias

    Para casas residenciais e edifcios de apartamentos pr-fabricados so

    projetados com sistemas estruturais com painis estruturais e de fechamento sem

    funo estrutural. Fachadas com painis sanduches, com camada estruturais e

    camada interna de isolamento trmico e acstico. Fachadas e paredes internas, bem

    como as lajes cobrem toda largura da residncia ou apartamento com vos de at

    11m. Divisrias internas so construdas com blocos de alvenaria ou gesso

    acartonado. Existem vrias tipologias arquitetnicas. Para residncias pisos de 4 a

    11 m com sobrecarga leve de 2 kN/m2.

    Em edifcios de apartamentos, o volume do empreendimento grande,

    necessitando-se de guindastes ou guias para instalao das lajes do piso, lajes

    alveolares protendidas e estruturas mistas para pisos com painis de concreto,

    conforme a Figura 7.

  • 28

    Figura 7 Residncia e edifcios de apartamentos com estruturas de paredes estruturais,

    transversais com painis perimetrais

    Fonte: (ACKER, 2002).

    2.9.2 Escritrios

    Edifcios para escritrios so utilizados os sistemas estruturais em

    esqueleto, concebidos com ncleos de contraventamento e espaos internos livres.

    As fachadas podem ser feitas de qualquer material. Paredes estruturais so de

    painis sanduches e paredes de fechamento de concreto pr-moldado em forma e

    painis. So de grandes espaos internos com vos dos pisos de at 18 a 20 m.

    Para pisos usa-se lajes alveolares de 400 mm de espessura para vos de 17 m para

    uma sobrecarga de 5 kN/m2. Usa-se reduo de altura para escritrios em meio

    urbano, conforme a Figura 8 e 9.

    Figura 8 Edifcio para escritrios com estrutura em esqueleto e com fachadas em concreto

    Fonte: (ACKER, 2002).

  • 29

    Figura 9 Edifcio de escritrio com grandes vos

    Fonte: (ACKER, 2002).

    2.9.3 Hotis e hospitais

    So utilizados sistemas estruturais com traves planas e sistemas estruturais

    em paredes portantes com funo estrutural. Os elementos de pisos so a laje

    alveolar ou laje nervurada. O fechamento para fachadas podem ser com qualquer

    material. Vos grandes para pisos e com sobrecarga de 5 kN/m2.

    2.9.4 Prdios escolares

    Construes executadas com estruturais em esqueleto e parede estrutural.

    Os pisos so em concreto protendido, como as lajes alveolares e os painis em

    duplo T. Pisos para auditrios com degraus tipo arquibancada com vigas inclinadas

    com degraus na parte superior. Os vos variam de 8 a 12 m para Escolas e

    Universidades mais de 24 m, com sobrecarga nos pisos de 3 a 4 kN/m2.

    2.9.5 Edifcios industriais e armazns de mltiplo uso

    So utilizados os sistemas com traves aporticadas, onde a estabilidade

    conseguida pelo engastamento dos pilares mezaninos podem ser incorporados em

    toda ou parte da construo ou em certas partes localizadas, podendo utilizar-se

    painis nervurados protendidos em duplo T ou elementos de laje alveolar protendida

  • 30

    para vos maiores e sobrecargas mais elevadas. Os sistemas para coberturas

    podem ser em concreto celular ou materiais leves como telhas de cimento ou

    metablicas. Nos pisos intermedirios , como mezaninos, os vos variam de 8 a 12

    m e 15 m ou mais, com sobrecarga at kN/m2. Para lajes nervuradas em duplo T

    chega-se a vos de at 32 m, com comprimento modulado de 2,4 m, com p direito

    at 8 m, com telhado de duas guas, conforme as Figuras 10 e 11.

    Figura 10 Construo industrial com traves aporticadas

    Fonte: (ACKER,2002).

    Figura 11 Construo consiste grande espao aberto paredes portantes e cobertura de laje

    com elemento em duplo caimento. Estrutura aporticada com andar intermedirio, tipo

    mezanino

    Fonte: (ACKER, 2002).

    2.9.6 Edifcios comerciais

    As construes comerciais requerem grandes reas livres de pilares,

    normalmente so empregados os sistemas de estruturas aporticados; conforme

    Figura 12.

  • 31

    Figura 12 Estrutura sistema aporticado, elementos de laje em, duplo T com duplo caimento

    para telhados duas gua, apoiado em traves planas longitudinais

    Fonte: (ACKER, 2002)

    2.9.7 Estacionamentos

    Projetados para grandes vo abertos com poucos pilares internos, reduo

    da altura, empregando-se estrutura em esqueleto, com pilares, vigas e lajes. A

    estabilidade global assegurada pela ao em balano dos pilares engastados na

    base dos elementos de fundao e conjunto com a ao enrijecedora dos ncleos

    de contravento formada pelas caixas de escada e elevadores. Os vos para os

    sistemas de pisos variam de 12 a 16m. As lajes so alveolares e painis duplo T. As

    fachadas podem ser de qualquer material, como elementos pr-moldados formando

    arcos arquitetnicos.

    Existem solues alternativas, como no caso do estacionamento dividido em

    nveis, com rampas retas entre pisos intermedirios, que constituem a rea de

    estacionamento, como mostra a Figura 13.

    Os ncleos centrais de contraventamento nos sistemas de estrutura em

    esqueleto podem ser moldados no local ou pr-moldados na fbrica.

  • 32

    Figura 13 Estrutura em esqueleto dividido em nveis para estacionamentos com rampas retas

    entre os pisos intermedirios

    Fonte: (ACKER, 2002)

    2.9.8 Complexos esportivos

    Para edificaes esportivas existem diferentes tipologias, cada uma com as

    suas prprias exigncias de projeto. Para os complexos esportivos so empregadas

    duas tipologias para as solues em concreto pr-moldado, conforme descrito a

    seguir.

    a) Grandes sagues

    Projetadas com estruturas com traves aporticadas, com largura mxima

    destas traves at 40 m.

    b) Arenas e arquibancadas

    So compostas por sistemas de estruturas em esqueleto combinadas com

    paredes estruturais. Pisos compostos por elementos protendidos de laje alveolar ou

    em duplo T. As coberturas em balano para arquibancadas podem ser compostas

    por vigas protendidas, fixadas no topo dos pilares por meio de chumbadores

    especiais parafusados. As vigas para arquibancadas possuem dentes sobre seu

    topo para apoiar os elementos de pisos de lajes alveolares com espessura reduzida.

    A Figura 14 ilustra uma estrutura de um complexo esportivo.

  • 33

    Figura 14 Estrutura para arquibancada em concreto pr-moldado de uma construo

    esportiva

    Fonte: (ACKER, 2002).

    2.10 FABRICAO DE PEAS PR-MOLDADAS

    2.10.1 Frmas, propriedades e requisitos

    As frmas so constitudas de um conjunto de peas interligadas cuja funo

    dar a forma geomtrica ao concreto do elemento pr-moldado que deseja-se

    produzir. Deve conter o concreto fresco de sustent-lo at que fica resistncia

    proporcione textura superfcie do concreto (MELHADO, 1998).

    As frmas devem apresentar propriedades e atender a requisitos de

    desempenho para cumprir suas funes na fabricao de elementos pr-moldados,

    segundo Melhado (1998), descritas a seguir.

    a) Resistncia mecnica ruptura

    As frmas devem resistir s foras atuantes sobre as mesmas, decorrentes

    do peso prprio e do peso de concreto armado contida nelas, no molde.

    b) Resistncia deformao

    As frmas no podem formar flechas no sentido longitudinal e nem deformar

    na seo transversal para obter medidas do elemento pr-moldado o mais

    homogneo possvel em suas dimenses longitudinais e transversais. Alm disso a

  • 34

    deformao pode criar excentricidades indesejadas, induzindo-se momentos nas

    peas criando assimetrias no eixos.

    c) Estanqueidade

    No podero haver vazamentos de gua e concreto para evitar a

    segregao e perda de resistncia compresso e trao de vidro a falta de reao,

    de hidratao do cimento. Os vazamentos tambm podem gerar peas com formas

    e dimenses reduzidas, comprometendo a resistncia da pea.

    d) Regularidade geomtrica

    As medidas internas da frmas, que constitui o molde, devem ser definidas

    em projeto do elemento pr-moldado em suas dimenses longitudinais e

    transversais, devendo ter regularidade na repetio de frmas para a mesma pea.

    e) Textura superficial

    Deve ser adequada, cujas faces das peas pr-moldadas devem apresentar

    a rugosidade das faces da frma, em seu estado original, limpas, isentas de

    incrustraes de concreto anterior.

    f) Estabilidade dimensional

    A frma deve ter estabilidade em seus apoios e na sua estruturao paea

    evitar distores, deformao e correr o risco de ruptura. As laterais e fundos das

    frmas devem ser caladas, escoradas de forma firme para evitar a deformao.

    g) Posicionamento da armadura

    As frmas devem ter dimenses adequadas para instalar-se e posicionar as

    armaduras de ao obedecendo as medidas de cobrimentos mnimos, conforme

    prescrito no projeto. Para posicionar as armaduras dentro das frmas de forma firme

    e adequada deve-se prever o uso de espaadores.

    h) Aderncia

    As frmas deve ser de baixa aderncia do concreto para facilitar a

    desmontagem e conservar o acabamento superficial das faces igual a das faces da

    frma. Devem ser isentas de impurezas ou restos de concreto.

    i) Lanamento do concreto

    As frmas devem facilitar e permitir o lanamento do concreto de forma

    adequada com equipamentos apropriados para evitar a segregao ou a

    compactao excessiva. O adensamento deve ser mecnica, atravs do uso do

    vibrador, com massa de concreto homognea e no provocar a segregao. O

    lanamento realizado por dispositivos de gravidade ou por bombeamento.

  • 35

    j) Reaes qumicas

    Os materiais empregados na construo e montagem das frmas devem ser

    resistentes e que possam ser reutilizados no maior perodo de tempo possvel.

    Devem ser de menor custo possvel, dentro das possibilidades da segurana e

    acabamento preconizado no projeto. Permitir fcil; montagem e desmontagem, de

    fcil limpeza e manuteno.

    2.10.2 Elementos constituintes de um sistema de frmas para pr-moldados

    a) Molde

    O molde caracteriza o desenho geomtrico da pea pr-moldada projetada,

    sendo o negativo do elemento. Corresponde ao volume vazio a ser ocupado pelo

    concreto fresco, dando a forma ao elemento pr-moldado projetado. O molde o

    resultado final da montagem da frma.

    b) Estrutura do molde

    a sustentao e travamento do molde, estrutura de manter o molde em

    suas dimenses definidas em projeto, sem alteraes por ocasio da concretagem

    com seu volume totalmente preenchido e adensado. A estrutura garante a

    integridade do molde.

    c) Escoramentos

    So as estruturas de apoio do molde, as quais devem reagir as cargas que

    sustentam. So reforos de segurana a estabilidade e deformao dos moldes para

    manter as medidas invariveis conforme dimenses de projeto.

    d) Acessrios

    Os acessrios so as ferramentas e equipamentos necessrios utilizados

    para a montagem como os servios de nivelamento, prumo e locaes em geral na

    fbrica para garantir a segurana estabilidade e integridade das dimenses das

    peas pr-fabricadas.

    2.10.3 Materiais e racionalizao dos sistemas de frmas

    As frmas podem ser produzidas com diferentes materiais, segundo

    Melhado (1998), os seguintes materiais podem ser utilizados em sua fabricao:

  • 36

    ao, alumnio, madeira e fibra. Estes materiais revestidos utiliza-se chapas

    metlicas, fibras, plsticos, resinas ou outros materiais adequados para tal.

    Os materiais que visem a ser utilizados devem proporcionar o mximo de

    aproveitamento da capacidade resistente dos componentes, proporcionar o aumento

    de segurana nas operaes de montagem e desmontagem, nas operaes de

    utilizao de concretagem. Devem oferecer vida til aumentada no reaproveitamento

    dos componentes de frma. A Figura 15 mostra sistemas de formas metlicas.

    Figura 15 Frmas metlicas para produo de pr-moldados de concreto

    Fonte: (PR-VALE, 2012)

    2.10.4 Armaduras de ao

    Segundo medidas, prescritas no projeto do elemento estrutural pr-moldado

    de concreto armado, a armadura de ao deve ser executada dentro de etapas pr-

    estabelecidas no processo de fabricao. A primeira etapa o corte dos fios e

    barras com equipamentos e mquinas adequadas para tal execuo, baseado nas

    medidas tiradas em planta. Aps o corte deve haver o controle rigoroso sobre as

    dimenses dos cortes efetuados, de acordo com as especificaes em projeto

    Aps a liberao do ao cortado e o controle das dimenses, vem o

    processo de dobra em bancada e ferramentaria apropriada para tal, uso de

    mquinas especiais com funo de corte e dobra para alguns desenhos, podendo o

    processo de corte e dobra ser manual ou automatizado, sendo este ultimo justificado

    em produes em srie e de grande escala, conforme mostra a Figura 16, corte,

    dobra e conferencia de dimenses.

  • 37

    Figura 16 Processo de corte, dobra e controle das dimenses do ao das armaduras.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    A seguinte etapa a montagem da armadura realizada por processo de

    armao com arame e solda eltrica em peas especiais, de ligaes, malhas,

    conforme mosrtra a Figura 17, 18 e 19.

    Figura 17- Montagem da armadura com controle de espaamentos entre aos longitudinais e

    transversais

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

  • 38

    Figura 18 Montagem da armadura de ao

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    Figura 19 Montagem da armadura de ao

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    Com a armadura montada e as frmas j prontas em sua estrutura a

    armadura posicionada dentro do molde com o emprego de espaadores que

    garantem a permanncia da posio segundo o desenho estrutural do projeto do

    elemento pr-moldado.

    2.10.5 Alas de iamento

    Devero ser instaladas alas de ao nos locais pelo projeto estrutural da

    pea pr-moldada, incorporada e fixadas com a armadura, com as aderncias de

    ancoragens necessrias para resistir ao peso da pea. As alas tem a funo de

    permitir a movimentao e sustentao das peas durante a manipulao na fbrica,

    carregamento para transporte, descarga e sustentao e levantamento na execuo

  • 39

    da montagem da edificao no local definitivo da obra, atravs do emprego de

    guinchos e guindastes. vedado o uso de ao CA50 e CA50 nestes dispositivos.

    As alas e pinos de levantamento so considerados ligaes temporrias,

    funcionando na parte externa trao e sua parte interna imersa no concreto ao

    cisalhamento, devido a aderncia ao concreto pela ancoragem. As Figuras 20 e 21

    mostram o iamento de uma pea pr-moldada.

    Figura 20 Iamento de pea pr-moldada.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    Figura 21 Alas e iamento de peas pr moldadas na movimentao dentro da fbrica.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    2.10.6 Concreto

    Toda pea pr-moldada deve ser executada com concretos estruturais com

    teores de cimento calculados por processo de clculo de dosagem do concreto com

  • 40

    fck mnimo de18 MPa. Para concretos de peas de menores responsabilidades o fck

    mnimos de 15 MPa, no entanto, devem ser justificado.

    Nos projetos de elementos estruturais pr-moldados deve ser consultada a

    NBR 6118/2014 Projeto e execuo de obras de concreto armado e

    procedimentos e a NBR 12655/2006 Concreto. Preparo, controle e recebimento.

    importante o controle tecnolgico total, desde os ensaios dos materiais componentes

    at o concreto produzido para bater um produto de qualidade e seguro em sua

    resistncia.

    2.10.7 Concretagem

    O concreto utilizado em elementos pr-moldados pode ser produzido na

    fbrica, com controle de qualidade ou ento adquirido de usinas centrais de

    produo, as chamadas concreteiras, com o trao e resistncia determinadas em

    projeto do elemento estrutural pr-moldado. Segundo Melhado (1998) o concreto

    dever ser devidamente controlado antes da sua aplicao nos moldes, sendo que

    ensaios devem ser realizados mediante coleta de amostras de lotes de concreto

    produzido. Os ensaios mais comuns so o Slump-teste e a resistncia caracterstica

    compresso aos 28 dias de idade (fck estatstico) para o recebimento do concreto.

    O ensaio do Slump-teste realizado na hora do recebimento e o fck estatstico

    obtido mediante a coleta de amostras em moldes prprios para produzir os corpos

    de prova e submetidos aos ensaios de resistncia a compresso depois na cura, aos

    28 dias. Uma vez liberado o concreto procede-se o transporte para o local das

    frmas. O transporte realizado atravs de sistemas de pontes rolantes e caambas

    com compostas basculantes ou atravs de bombeamento ou ainda elevadores com

    caambas.

    O concreto fresco deve ser lanado para moldes das frmas montadas em

    camadas, procedendo-se o processo de adensamento atravs de vibradores

    mecnicos com controle de tempo.

    As Figuras 22, 23 e 24 mostram a montagem de uma concreteira na fbrica

    de pr-moldados, transporte e transferncia para caambas com comportas

    basculantes e o lanamento do concreto no molde de uma frma.

  • 41

    Figura 22 Montagem de uma concreteira na fbrica de pr-moldados

    Fonte: (PR-VALE, 2012)

    Figura 23 Transporte do concreto da concreteira e enchimento de caamba com comportas

    basculantes de aplicao do concreto nos moldes das frmas

    Fonte: (PR-VALE, 2012)

    Figura 24 Aplicao do concreto nos moldes das frmas com sistema de caamba com

    comportas basculantes.

    Fonte: (PR-VALE, 2012)

  • 42

    2.10.8 Aditivos qumicos

    Os aditivos qumicos que podem ser adicionados aos concretos na hora do

    seu preparo, tem por objetivos acelerar ou retardar a pega, desenvolvimento

    acelerado das resistncias nas idades iniciais, reduo do calor de hidratao para

    evitar retrao e fissuras nas peas, melhora a trabalhabilidade ou consistncia,

    reduzir a relao gua-cimento, aumentar a compacidade ou reduzir a porosidade

    para melhorar o mdulo de elasticidade, aumentar a impermeabilidade ou

    incrementar a resistncia penetrao de agentes agressivos e s variaes

    climticas. O uso de aditivos qumicos deve obedecer as prescries previstas em

    Normas e a dosagem deve ser de acordo com as instrues de uso dadas pelo

    fabricante do aditivo.

    2.10.9 Cura e desfrma

    Respeitando o tempo mnimo de adotado, a desfrma deve ser procedida

    atendendo os seguintes requisitos conforme Melhado (1998), descrito a seguir:

    Respeitar o tempo de cura adotado para o incio da desfrma, sendo trs

    (03) dias para frmas laterais;

    Retirar os painis com cuidado para no ocorrer quebra das peas;

    Realizar a limpeza das peas, painis;

    Verificar o concreto das peas deformadas, com problemas, atravs de

    inspees minunciosas, defeitos como retraes e fissuras, deformaes

    geomtricas e medidas, conforme ilustra a Figura 25.

  • 43

    Figura 25 Inspeo dos elementos pr-moldados

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    2.11 CRITRIOS DE CONTROLE

    2.11.1 Controle dos materiais

    a) Aos

    Os aos utilizados em pr-moldados devero obedecer as Normas

    Brasileiras NBR 7480. No concreto armado so utilizados os aos CA50 e CA60. Os

    fios e barras de so cortados e dobrados manualmente ou com mquinas especiais,

    conforme mostra a Figura 26. As dimenses devem estar de acordo com as

    especificadas em projeto do pr-moldado.

    Figura 26 Mquina de corte de fios e barras de ao.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

  • 44

    b) Bainhas de protenso

    As bainhas de proteo, com armadura de protenso de aderncia posterior

    devem estar de acordo com a Norma Tcnica.

    c) Calda de cimento

    A calda de cimento de injeo deve estar de acordo com a Norma Tcnica.

    2.11.2 Controle do concreto

    O controle do concreto deve ser realizado com controle tecnolgico, ensaio

    materiais, clculo dosagem, preparo e lanamento, dentro da fbrica de pr-

    moldados e ligaes; compreende as determinaes e verificaes dadas a seguir.

    Trabalhabilidade

    A verificao da consistncia do concreto fresco realizada atravs do

    ensaio do abatimento tronco-cone (Slump-teste) e sua correspondncia com o

    previsto no projeto do clculo de dosagem do concreto e o tipo de pea.

    Resistncia mecnica

    Segundo a NBR 5738 e NBR 5739 que trata dos ensaios da resistncia

    caracterstica compresso aos 28 dias de idade. Os ensaios podem ser realizados

    aos 7 dias de idade para cura normal e de 1 dia para cura trmica. Os resultados

    dos ensaios devem satisfazer os valores adotados e preconizados no clculo de

    dosagem do concreto.

    Controle da estrutura

    Padres e especificaes

    As estruturas pr-moldadas devero obedecer aos padres, catlogos

    tcnicos e especificaes do fabricante quando se tratarem de peas fabricadas em

    linha de produo, caso contrrio, as peas devem ser fabricadas segundo os

    projetos estruturais e arquitetnicos das edificaes.

    Podero serem adotadas estruturas mistas, em concreto protendido ou

    concreto convencional ou ainda concreto leve conforme o caso, considerando-se as

    limitaes quanto aos pesos das peas e a finalidade estrutural a que se destinar:

    Tolerncias para dimenses:

  • 45

    Para dimenses transversais e altura e altura de elementos pr-

    moldados ser de 0,5 cm para peas isoladas; na montagem de

    elementos que tenham um contorno ou ligao justaposta a outro

    elemento semelhante de outro elemento, a tolerncia de justaposio

    ser de 2 cm.

    Para dimenses longitudinais a tolerncia obedece as seguintes

    medidas: at 5,00 m de comprimento 1,0 cm; de 5,00 a 15,00 m

    1,5 cm e acima de 15,00 m 2,0 cm.

    Desvio em relao linearidade da pea ser de no mximo, l/1000,

    onde l o comprimento da pea (flecha).

    Tolerncia para montagem em planta ser de 1,0 cm entre apoios

    consecutivos, no podendo exceder ao valor acumulado de 0,1 %

    (1/1000) do comprimento da estrutura.

    Tolerncia em relao verticalidade ser de 1/300 da altura, at

    no mximo de 2,5 cm.

    Tolerncia em relao ao nvel dos apoios ser de 1,0 cm, no

    podendo exceder ao valor acumulado de 3,0 cm.

    Tolerncia em planta e em relao a elevao para montagem de

    pilares ser de 1,0 cm.

    Tolerncia em planta para a montagem dos blocos pr-moldados

    sobre a fundao ser de 5,0 cm.

    Tolerncia em planta para a posio final das estacas ou tubules

    ser de 10 cm.

    2.12 LIGAES DE PLACAS PR-MOLDADAS

    2.12.1 Especificaes e detalhamento

    As ligaes entre peas pr-moldadas devem ser detalhadas no projeto

    estrutural dom elemento aps minucioso estudo das solicitaes que est sujeita

    em servio como daquelas incidentes durante a fase de montagem. As estruturas

  • 46

    destinadas s indstrias devem ser precedidos por consultor especializado, estudos

    que levam em conta

    As vibraes de mquinas e equipamentos industriais de movimento ou de

    pesos elevados concentrados em certos pontos.

    2.12.2 Tipos de ligaes e solues

    a) Ligaes solicitadas por compresso

    Neste grupo de ligaes se situam os apoios de elementos pr-moldados

    sobre outros elementos de concreto moldados no local da obra. Estes apoios so

    executados com:

    Juntas a seco: usadas em elementos de pequenas dimenses, com

    tenso de compresso at 3% do valor do fck do concreto de projeto,

    admitindo-se um valor mximo de 1,0 mpa (10 kgf/cm); no caso de

    pilares pr-moldados engastados por penetrao (rigidez na base), as

    paredes internas dos encaixes e as faces do pilar devero apresentar as

    mesmas caractersticas superficiais com dureza, rigosidade; as paredes

    do colarinho devem ser armadas e ter uma espessura maior que 10 cm.

    So executadas conforme prescrito na NBR 9062.

    Juntas de argamassa de cimento: so utilizadas nas correes de

    pequenas imperfeies e para distribuir de forma a transmisso da carga

    do elemento apoiado para o apoio; constituir uma retificao no plano

    para eliminar excentricidade ou cargas concentradas em um ponto; o

    assentamento dever ser executado antes do incio da pega da

    argamassa; a presso de contato dever atender ao menor dos valores:

    10% do fck do concreto ou 50% da resistncia caracterstica da

    argamassa ou ainda 2,0 mpa (20 kgf/cm)

    Juntas de concreto executadas no local: utilizadas nos casos de

    emendas de pilares, prticos e arcos, realizando-se atravs desta

    concretagem localizada uma ligao monoltica (com rigidez).

    Rtulas metlicas: utilizadas em situaes quando a ligao for realizada

    por chumbadores ou parafusos como elementos de conexo estrutural;

    constituem apoios do 1 e 2 gnero.

  • 47

    Almofadas de elastmeros: as almofadas de apoio de peas, pea sobre

    pea ou pea sobre elemento de fundao, podem ser simples, quando

    ser simples, quando constitudas de uma nica camada, ou cintadas

    quando constitudas de camadas de elastmero intercaladas com

    chapas metlicas de ao inoxidvel, solidarizadas por vulcanizao

    especial; as almofadas devem satisfazer as prescries das Normas

    quanto a ao de leos, intempries, do ar atmosfrico e das

    temperaturas ambientes extremas; as propriedades fsico-mecnicas,

    como resistncias trao, compresso, fadigas e deformaes devem

    ser conhecidas.

    b) Ligaes solicitadas por trao

    Neste grupo esto as suspenses de elementos pr-moldados por tirantes

    ou por tipos de dispositivos neles fixados; as tenses trao tambm ocorrem nas

    ligaes de elementos pr-moldados verticais com seus apoios superiores (de baixo

    para cima).

    c) Ligaes solicitadas por flexo

    Neste tipo de ligaes est o grupo onde ocorrem subdivises de peas pr-

    moldadas de grandes dimenses, constituindo-se em partes ligadas, situaes como

    em vigas, lajes, pilares, prticos e arcos; os elementos de menor porte permitem um

    manejo e movimentao mais fcil na montagem; devem ser solidarizadas na

    montagem, por protenso, solda, atravs de dispositivos metlicos ou por

    concretagem local, restituindo-se a monoliticidade (rigidez).

    d) Ligaes solicitadas por cisalhamento

    Neste grupo de ligaes se encontram as peas semi-articuladas na emenda

    transversal das lajes (barras de transferncia), em mesas de viga T, em segmentos

    de pilares, prticos e arcos; ateno especial deve ser dado a pisos, industriais,

    sujeitos a cargas acidentais na ordem de 5 kN/m2 ou superiores.

  • 48

    e) Outras ligaes

    So adotadas ligaes de apoio peas pr-moldadas, atravs da

    incorporao de salincias no concreto, como os consoles de concreto armado, ou

    de recortes ou dentes, tipo encaixes, nas extremidades dos elementos ou ligaes

    por meio de apoios em abas de vigas (vigas em T invertido) que dependem da

    soluo estrutural usada em projeto; o uso de consoles comum para ligaes de

    vigas entre pilares; o uso de recortes comum em apoios de vigas em consoles ou

    viga com viga, tipo rtula; as Figuras 27 e 28 mostram as vigas nos pilares de uma

    estrutura de esqueleto.

    Figura 27 Ligaes das vigas com pilares por consoles em estrutura sistema esqueleto.

    Fonte: (ACKER, 2002)

    Figura 28 Ligaes entre pilares e vigas por consoles e recortes das extremidades das vigas.

    Fonte: (LS, 2013)

  • 49

    2.13 MONTAGEM DAS ESTRUTURAS PR-MOLDADAS

    2.13.1 Especificao no projeto

    O sistema de montagem de uma estrutura de elementos moldados objeto

    de detalhe especfico do projeto da edificao a ser construda em seu local

    definitivo. O equipamento necessrio deve ser definido e dimensionado para tal

    especificado em projeto, devendo ser mobilizado para realizar as tarefas de

    montagens. Preliminarmente, deve ser realizado o estudo e projeto da

    terraplanagem, antes de iniciar-se qualquer montagem, bem como os sistemas de

    drenagem pluvial e outras instalaes procedentes.

    2.13.2 Locao e fundaes

    Inicialmente realizada a locao das fundaes conforme especificado no

    projeto em suas dimenses no plano e nas cotas, conforme plantas e cortes,

    observando-se sua locao no gabarito da obra e a cota final da cobertura. O

    terreno deve ser escavado nas dimenses indicadas para abrigar a fundao de

    cada pilar individualmente. No fundo da escavao lanado um concreto resistente

    de lastro, com funo apenas de nivelamento e suporte comm espessuras de 15 cm.

    Sobre os lastros so posicionados os elementos pr-fabricados de fundao,

    de concreto armado, devidamente dimensionados, com a funo de alojar os ps

    dos pilares, conforme mostra a Figura 29.

    Figura 29 Elemento de fundao, sapata tipo cofre.

    Fonte: (CEHOP, 2007).

  • 50

    2.13.3 Pilares

    Os pilares so inseridos nos elementos de fundao e aprumados nos

    sentidos transversal e longitudinal dos eixos da edificao, conforme mostra a Figura

    30. Caso h necessidade de ajustar o nvel utilizado graute no interior do elemento

    da fundao, onde assentado o p do pilar.

    Figura 30 Insero do pilar no elemento de fundao, sapata com cofre.

    Fonte: (CEHOP, 2007).

    A Figura 31 mostra as mquinas e equipamentos utilizados na montagem

    dos elementos pr-moldados e as instalao de uma linha de pilares em seus

    elementos de fundao.

    Os espaos entre as faces do pilar e a caixas de insero (cofre) do

    elementos de fundao so preenchidos com argamassa de resistncia tenso de

    trao com plastificante tipo CEMIX da VEDACIT ou Plastiment BU-40 da SIKA.

    As mquinas e equipamentos para instalao e montagem so os carros

    guinchos e guindastes ou gruas para peas de grandes dimenses.

  • 51

    Figura 31 Mquinas e equipamentos para instalao dos elementos de fundaes pilares,

    vigas, coberturas e pisos como lajes

    Fonte: (PR-VALE, 2012)

    2.13.4 Vigas

    As vigas de sustentao so elevadas e assentadas sobre o topo

    cabea dos pilares concretados por parafusos nos pontos de cumeeira formando o

    prtico. Vigas intermedirias so inseridas nas ligaes tipo consoles. Os vos entre

    os pilares devem ser mantidos constante e a distncia entre prticos, no sentido

    longitudinal da edificao, deve-se manter entre 4,0 a 6,0 m.

    As Figuras 32 e 33 mostram a instalao de vigas em pilares, com ligaes

    do tipo console, utilizando-se guindastes para elevao e colocao das peas.

  • 52

    Figura 32 Montagem de um sistema de estrutura pr-moldada, instalao de pilares e vigas.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

    Figura 33 Instalao de elementos pr-moldados.

    Fonte: (PR-VALE, 2012).

  • 53

    2.13.5 Teras e cobertura

    As teras so peas estruturais apoiadas sobre as vigas de cobertura do

    prtico, podem ser de concreto pr-moldado, de madeira ou perfil metlico em U.

    So colocadas e distanciadas entre si de maneira adequada para receberem as

    telhas especificadas em projeto. As Figuras 34, 35 e 36 mostram a instalao com

    detalhes prticos pr-moldados de edificaes simples, sistema de estrutura

    aporticada.

    Figura 34 Estrutura pr-moldada convencional, sistema aporticado, montado.

    Fonte: (CEHOP, 2007).

    Figura 35 Montagem de estrutura pr-moldada convencional, sistema aporticado.

    Fonte: (CEHOP, 2007.

  • 54

    Figura 36 Detalhe de prtico de estrutura pr-moldada montada, sistema aporticado.

    Fonte: (CEHOP, 2007).

    2.13.6 guas pluviais

    Os componentes para a captao de guas pluviais, como calhas,

    condutores so assentados na concluso da montagem da estrutura, cujos detalhes

    dos tipos e materiais, apoios e fixao devem constar em projeto. Pode ser

    necessrio o uso de escoramentos, andaimes, para o auxlio de posicionamento e

    fixao das peas, devendo ser dimensionado essa sobrecarga para suportar os

    esforos previstos para os pr-moldados. A estrutura como um todo dever ter um

    projeto de drenagem pluvial, com detalhes para evitar problemas futuros.

  • 55

    3 METODOLOGIA

    3.1 LOCAL DO DESENVOLVIMENTO DO ESTGIO

    3.1.1 Sede da empresa

    a) Escritrio

    O escritrio da empresa uma sala mobilhada contendo materiais de

    consulta tcnica, projetos e oramentos de obras. O ambiente ser utilizado para

    acompanhar projetos de pr-moldados e obras de edificaes, realizar clculos de

    estruturas, de fundaes e dosagem de concreto. Desenvolver desenhos e redao

    de relatrios.

    c) Fbrica

    Na fbrica de elementos pr-moldados ser acompanhada as diferentes

    etapas no processo de fabricao dos elementos de concreto estrutural de pr-

    moldados, como montagens de frmas para obteno dos moldes dos projetos das

    peas, medidas e cortes de fios e barras de ao, dobra de barras de ao, montagem

    e posicionamento das armaduras nos moldes das frmas e instalao de alas.

    Ateno especial ser dado no acompanhamento de recebimento e controle

    do concreto usinado e na produo prpria de concreto como: clculo de dosagem,

    preparo e lanamento nas frmas para preenchimento dos moldes.

    Acompanhamento do processo de adensamento e vasamento do concreto dentro

    dos moldes.

    Acompanhamento da cura do concreto nos moldes e a desfrma ou

    desmoldagem das peas.

    Manipulao, carregamento e transporte das peas pr-moldadas at o local

    da obra outro acompanhamento que dever ser cumprido no perodo de estgio.

    Controle de qualidade das peas produzidas, inspeo na verificao de

    falhas e defeitos, conferncia de medidas das dimenses, tolerncias, desvios

    gerados.

  • 56

    3.1.2 Locais de execuo de obras

    a) Preparo do terreno, terra planagem, sondagem do solo;

    b) Locao dos elementos de fundao;

    c) Montagem, instalao dos elementos de fundao; controle, tolerncia,

    desvios; sapatas, estacas com blocos;

    d) Instalao montagem dos elementos pr-moldados como pilares, vigas,

    ligaes, elementos de cobertura, sistema pluvial.

    e) Controle nas instalaes, tolerncias, desvios nas dimenses de

    montagens.

    3.1.3 Relatrios das atividades dirias

    a) Anotaes das atividades realizadas;

    b) Fotografias, desenhos;

    c) Consultas, orientaes, supervises, revises de literatura.

  • 57

    4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTGIO

    4.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA, SEU AMBIENTE E PERODO

    O tema do estgio sobre Concreto Estrutural Pr-Moldado foi realizado na

    empresa JR Materiais de Construo e Artefatos de Concreto Ltda., localizada na

    rua Engenheiro Paulo Ribeiro, s/n, bairro Promorar em Lages/SC, conforme figuras

    37 e 38.

    A empresa atua no ramo da construo civil na produo de elementos de

    concreto estrutural pr-moldados e pr-fabricados nos locais das obras, quando

    necessrio. As atividades so diversificadas, desde a fabricao dos elementos pr-

    moldados, instalao e execuo das edificaes, servios de execuo de

    fundaes profundas tipo estaca broca. As edificaes aporticadas e em esqueleto,

    com vrios pavimentos. Tambm so fabricadas peas de concreto de grandes

    dimenses para execuo de muros de conteno de solos de encostas, sob a

    forma de blocos macios de concreto.

    O concreto utilizado nas peas pr-moldadas proveniente das usinas de

    concreto, das concreteiras locais. O concreto utilizado nas obras preparado no

    local ou proveniente das concreteiras. Para certas peas, como estacas,

    concretagem de lajes e complementos de fundaes o concreto de preparo

    prprio.

    As atividades desenvolvidas no perodo do estgio foram na sede da

    empresa juntamente com a fbrica de pr-moldados, e no campo, relacionadas s

    atividades de instalaes e execues das construes de projetos em andamento.

    O perodo de realizao do Estgio Curricular Supervisionado foi de acordo

    com a documentao, cronograma estabelecido, de 17 de maro 30 de abril de

    2014, num total de 180 horas de carga horria.

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    Figura 37 Sede da Empresa JR Materiais de Construo e Artefatos de Concreto Ltda.,

    escritrio e fbrica

    Fonte: Pesquisa da Autor (2014)

    Figura 38 Escritrio na sede da empresa para estagirio

    Fonte: Pesquisa do Autor (2014)

    4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    Dentro dos objetivos apresentados no Projeto de Estgio foram

    desenvolvidas as atividades relacionadas ao acompanhamento dos diferentes

    trabalhos na fbrica de pr-moldados e no campo, bem como o estudo de clculo de

    dosagem e ensaios de concreto para utilizao em fundaes profundas tipos

    estacas brocas em lajes e pisos e em outras aplicaes em elementos pr-

    fabricados no local da obra com concreto, produzido pela prpria empresa. A seguir

    so descritas as atividades realizadas no perodo, relacionadas fbrica de pr-

    moldados e instalaes e execues de obras campo, bem como o estudo de

    dosagem de concreto.

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    4.2.1 Fabricao de elementos de concreto pr-moldados

    As frmas metlicas, em chapas e perfis de ao e algumas em madeira,

    foram concebidas e montadas pela prpria Empresa, de acordo com o tipo de pea

    pr-moldada, funo, geomtrica e dimenses de acordo com a encomenda do

    projeto da obra. As dimenses, principalmente os comprimentos de elementos no

    so padronizados, mas de acordo com o projeto da edificao, podendo ser

    modulado, de acordo.

    As frmas para constituir o molde do concreto obedecem a vrias

    propriedades e requisitos, sendo as principais:

    Resistncia mecnica deformao e ruptura;