134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
-
Upload
avelino-lopes -
Category
Health & Medicine
-
view
265 -
download
0
Transcript of 134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM
TRATAMENTO DIALÍTICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO Hospital de Clínicas
Diretoria de Enfermagem Serviço de Educação em Enfermagem
Andréa Silva Dutra Enfermeira
Especialista em Gestão Hospitalar Mestranda em Atenção à Saúde / UFTM
UBERABA 2013
Danielle Villas Boas de Almeida Enfermeira Especialista em Nefrologia
Plano de Aula
TÍTULO: Cuidados de Enfermagem ao Paciente em Tratamento Dialítico
LOCAL: Sala do Serviço de Educação em Enfermagem
DATA: 28/02/2013
DURAÇÃO: 60 minutos
RESPONSÁVEL: ANDREA SILVA DUTRA TIRONES / DANIELLE VILLAS BOAS DE ALMEIDA
OBJETIVOS:
- Descrever estruturas anatômicas e fisiologia do sistema renal.
- Identificar as manifestações clínicas sindrômicas que possam indicar insuficiência renal.
- Demonstrar os tipos de tratamentos dialíticos disponíveis
- Demonstrar e discutir os cuidados de enfermagem necessários aos pacientes em tratamento dialítico.
METODOLOGIA:
- Aula teórica expositiva, com oportunidades para exposição de dúvidas durante e após a apresentação do conteúdo.
- Apresentação de vídeos.
RECURSOS DIDÁTICOS: Notebook e Data Show
REFERÊNCIAS: ao final da exposição
Sistema Urinário
Regulação e concentração de solutos no liquido extracelular. Urina como produto final.
Produtos metabólicos residuais e concentrações excessivas de constituintes.
Rins Ureteres Bexiga Uretra
(HUDAK, GALLO, 1997)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
Anatomia Renal
Estruturas externas:
- Hilo (artéria e veia renal, vasos linfáticos, plexos nervosos e ureter – pelve).
- Cápsula renal
- Fáscia renal: gordura perirrenal – visualização radiológica. Limite de disseminação de infecção, hemorragia e extravasamento.
(RIELLA, 2008)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
Anatomia Renal
Estrutura interna:
- Córtex: glomérulos, túbulos contorcidos proximais e distais.
- Medula: alças de Henle e túbulos coletores (papilas dos cálices menores).
Cálculos renais: junção ureteropiélica, porção anterior à bifurcação da artéria ilíaca e junção ureterovesical.
(RIELLA, 2008)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
O Néfron
Néfron: unidade funcional do rim
Corpúsculo renal (glomérulo + Cápsula de Bowman),
Túbulo contorcido proximal,
Alça de Henle,
Túbulo contorcido distal,
Ducto coletor.
Barreira de filtração glomerular:
Endotélio fenestrado do capilar glomerular
Membrana basal
Células epiteliais especializadas (podócitos)
(RIE
LL
A,
20
08
) F
on
te:
Go
og
le I
ma
ges
, 2
012
Doenças Renais
Elevadas taxas de morbimortalidade
Alto custo socioeconômico
Métodos diagnósticos para identificação precoce
Biópsia Renal: padrão-ouro para diagnóstico
Patologia Primária
Hipertensão Arterial
Glomerulopatias
Doenças Tubulares
Infecção Urinária
Neoplasias Renais
Anomalias Congênitas (BOGLIOLO, 2011)
Doenças Renais
• Início agudo • Oligúria • Hematúria • Proteinúria • Hipertensão • Edema
Síndrome Nefrítica Aguda
• Proteinúria maciça • Hipoalbuminemia • Edema • Hiperlipidemia • Lipidúria
Síndrome Nefrótica
• Oligúria ou anúria • Declínio súbito da
função renal • Acidose metabólica • Hiperpotassemia
Insuficiência Renal Aguda
• Insidiosa • Declínio progressivo da
função renal • Hipertensão arterial • Hematúria e
Proteinúria variáveis
Insuficiência Renal Crônica
(BOGLIOLO, 2011)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
Insuficiência Renal Aguda
Redução abrupta da função renal
Elevados índices de mortalidade ( ̴ 50%)
Origem pré-renal, renal e pós-renal
Pré-renal
• Baixa perfusão renal
• Desidratação, diuréticos, insuficiência cardíaca
Renal
• Túbulos, interstício, vasos ou glomérulos.
• Origem isquêmica ou tóxica.
Pós-renal
• Obstrução do trato urinário
• Hipertrofia prostática, tumores, cálculos renais.
Tempo de obstrução
(RIELLA, 2008)
Insuficiência Renal Aguda
IRA Renal necrose tubular aguda (NTA)
FASES
* IRA não-oligúrica: drogas nefrotóxicas, agentes anestésicos e sepse.
Inicial: exposição a drogas nefrotóxicas ou insulto isquêmico. Oligúria: < 500ml/dia. Presença de hemácias, leucócitos e perda protéica. Poliúria: ureia e creatinina continua a aumentar. Crítica. Recuperação funcional: discreta depressão na filtração glomerular. Após vários dias de diurese normal.
(RIELLA, 2008)
Insuficiência renal Aguda
Fase poliúrica da NTA: concentração urinária diminui e concentração de sódio aumenta
Período de elevação da diurese: 25% das mortes
Forma poliúrica: mortalidade mais alta
Hipercalemia: principal causa de óbito
Infecção: complicação mais presente.
Encefalopatia urêmica: manifestação
mais comum.
(RIELLA, 2008)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
Tratamento
Diuréticos: sem benefício.
Rigoroso controle hidroeletrolítico.
Reposição diária: 400 ml + débito urinário.
Dieta pobre em Na+.
Diálise precoce e frequente.
Destruição tecidual: aumento da uréia. Indicação de HD
Insuficiência Renal Aguda
(RIELLA, 2008)
Fo
nte
: G
oo
gle
Im
ag
es,
20
12
Cuidados de Enfermagem na Prevenção da Insuficiência Renal
Hidratação adequada antes, durante e após a insuficiência renal.
Evitar a exposição às nefrotoxinas.
Prevenção e tratamento de choque.
Prevenção de períodos prolongados de hipotensão.
Monitorização de débito urinário em clientes graves (detecção precoce da IRA)
Prevenção de infecções (septicemia)
Cuidado meticuloso aos clientes com sonda vesical de demora ( infecção ascendente)
Prevenção de reações transfusionais (sangue certo, paciente certo).
Cuidados de Enfermagem na Prevenção da Insuficiência Renal
Hemodiálise
Máquinas:
promoção e controle da retirada de líquido do organismo
Sangue aquecido em
circulação extracorpórea.
Sensores de segurança para falhas técnicas e intercorrências
do procedimento.
(RIELLA, 2008)
Hemodiálise
• dois compartimentos divididos por uma membrana semipermeável. Em um deles passa o sangue e no outro a solução de diálise.
Membranas e dialisadores
• mais biocompatíveis. Membranas
sintéticas e de celulose modificada
• menor risco de mortalidade.
Dialisadores de alta permeabilidade (moléculas de maior peso)
(RIELLA, 2008)
Hemodiálise
Tratamento da água:
- Consumo habitual – 10 l/semana, 40 l/mês.
- Paciente em HD – 360 l/sem., 1 T l/mês.
- Agua utilizada para consumo pode ser tóxica para o paciente em HD e conter microorganismos.
Necessidade do sistema de tratamento da água.
(RIELLA, 2008)
Hemodiálise
Carvão
• retira cloro e substâncias orgânicas.
Abrandador
• extrator de cátions.
Deionizador
• extrator de cátions e ânions.
Osmose reversa
• retira até 99% da carga iônica, além, naturalmente, de remover substâncias orgânicas, partículas e bactérias.
(RIELLA, 2008)
Hemodiálise
Implante de cateteres com
auxilio de ultra-sonografia:
mais seguro e recomendado.
Infecção por cateter X
necessidade urgente de
diálise: troca do cateter antes da
diálise.
Trombose do cateter:
trombolíticos.
Preservação de cateteres
infectados: sepse, abscesso
espinhal, osteomielite,
etc.
Pacientes com cateter e
dificuldade crônica de
acesso: subdialisados.
ACESSO VASCULAR TEMPORÁRIO
(RIELLA, 2008)
Hemodiálise
Anticoagulação
Heparinização: prescrição
obrigatória em HD, salvo
contra-indicações
clínicas.
Reduz risco de coagulação do
circuito extracorpóreo .
Preserva eficiência de dialisadores reutilizados.
(RIELLA, 2008)
Cuidados de Enfermagem com o Catéter Duplo-lúmen
Orientar o paciente para que o mesmo não durma sobre o catéter.
Não manipular o catéter.
Manter o catéter fixo com curativos ou fita.
Proteger o catéter com impermeável durante o banho (manipulação ideal à cada 48 horas).
Manter o curativo limpo e seco. Comunicar imediatamente a UTR em caso de dor, sangramentos, secreção purulenta sob o curativo, febre ou calafrios.
Hemodiálise
Fistula arteriovenosa nativa
confeccionada o mais distal possível.
Fluxo sanguíneo adequado:
determinante na adequação da
diálise.
Avaliação rotineira da FAV e detecção
de queda do rendimento:
intervenção precoce – trombose futura.
S. Aureus – maioria da infecções.
ACESSO VASCULAR DEFINITIVO
(RIELLA, 2008)
Cuidados de Enfermagem com a FAV
Não realizar curativos que envolvam toda a circunferência do membro (compressão).
Observar hidratação e pressão arterial ( fluxo sanguíneo adequado).
Não comprimir o membro da fístula.
Não aferir pressão no membro da fístula.
Orientar o paciente à não dormir sobre o braço da fistula.
Não retirar coágulo formado no local da punção.
Não utilizar pomadas, cremes ou óleos no membro da fístula sem indicação médica.
Não realizar tricotomia no membro da fistula (comunicar equipe da UTR).
Em caso de sangramento, comprimir o local com compressa, elevar o membro e comunicar a equipe da UTR.
Não retirar amostras de sangue ou administrar medicamentos no braço da fistula.
Cuidados de Enfermagem com a FAV
Diálise peritoneal
DPAC – diálise peritoneal ambulatorial contínua. Peritônio como membrana semipermeável
para depuração de toxinas urêmicas variadas.
Peritônio – membrana serosa que envolve as vísceras na
cavidade abdominal.
Difusão de solutos e ultrafiltração induzida por
agentes osmóticos.
Ação do tempo – alterações morfológicas e funcionais –
monitorização para otimização do tratamento.
(RIELLA, 2008)
Diálise Peritoneal
Seleção de pacientes: avaliação de condição clínica, sócio-econômica e
de qualidade de vida.
Indicações: paciente que prefere DP e
não-tolerância à HD (insuficiência
cardíaca e coronariana)
Implante de cateter de DP – técnica padronizada, no
mínimo duas semanas antes do
procedimento.
(RIELLA, 2008)
Diálise Peritoneal
COMPLICAÇÕES:
Peritonite
Infecção de saída de catéter
Falha de ultrafiltração
Hérnias
Dor abdominal
Drenagem inadequada
Hiperglicemia
Obesidade
Hipertrigliceridemia e osteodistrofia (RIELLA, 2008)
Cuidados de Enfermagem com o Catéter de Tenkhoff
Evitar o tracionamento da catéter.
Ao banho , lavar a incisão e secar cuidadosamente protegendo com gaze (não deixar molhado).
Fixar o catéter à pele com fita ou esparadrapo.
Comunicar à equipe da UTR sinais de infecção no local.
Não manipular a tampa do catéter.
Referências
BOGLIOLO, L. Patologia. 8º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, 1501p.
HUDAK, C.M.; GALLO, B.M. Cuidados intensivos de enfermagem: uma abordagem holistica. 6ºed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997, 1013p.
POTTER, P.A. Fundamentos de enfermagem. 5º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, 1509p.
RIELLA, M.C. Principios de nefrologia e disturbios hidroeletrolíticos. 4º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, 1033p.