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10000. (2012 – CESPE) “Os chineses têm investido pesadamente no ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por seis nos últimos dez anos.” 5169/5805 Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir “foi multiplicado” por multiplicou-se. RESPOSTA Não acarretaria incorreção gramatical a transformação de “foi multiplicado” por “multiplicou-se”, uma vez que seria apenas uma mudança da voz passiva analítica para a sintética. Note que a concordância verbal e o tempo verbal são mantidos. Errado. 10001. (2011 – CESPE) “Em outros momentos, enfatiza-se o fato de serem empresas não comerciais.” Seria mantida a correção gramatical do período ao se substituir “enfatiza-se” por é enfatizado. RESPOSTA A correção gramatical seria mantida ao fazer a mudança da forma verbal “enfatiza-se” para “é enfatizado”, já que seria apenas uma transformação da voz passiva sintética para a analítica, mantendo-se o verbo “ser” no mesmo tempo do verbo principal – presente. Certo. A China já entendeu que sua passagem de emergente para desenvolvida não pode prescindir da qualificação de seus trabalhadores. Os chineses têm investido pesadamente no ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por seis nos últimos dez anos. Agora, quase 20% dos jovens em idade universitária estão no ensino superior na China, enquanto, no Brasil, não passam de 10% os estudantes universitários. Ademais, a China demonstra há décadas um vivo interesse em enviar estudantes ao exterior, para uma preciosa troca de informações que encurta o caminho do país na direção do domínio técnico essencial a seu desenvolvimento. Só em 2008, os chineses mandaram 180 mil estudantes para as melhores universidades do mundo, volume que se mantém ano a ano. O Brasil apenas iniciou o Programa Ciência Sem Fronteira, que pretende enviar 110 mil estudantes para outros países nos próximos anos. O impacto do investimento chinês em educação aparece no cenário no qual o extraordinário crescimento econômico do país resulta desse esforço de qualificação. Editorial, O Estado de S.Paulo, 19-7-2012. 10002. (Técnico Judiciário – TRE-RJ – 2012 – CESPE) Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue. 5170/5805 Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir “foi multiplicado” por multiplicou-se. RESPOSTA Vejamos o trecho proposto para análise: Os chineses têm investido pesadamente no ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por seis nos últimos dez anos. A forma “foi multiplicado” corresponde à construção em voz passiva analítica, que, por sua vez, equivale à construção em voz passiva sintética “multiplicou-se”. Dessa forma, não resulta em equívoco quanto à correção gramatical nem em alteração do sentido original o emprego de uma ou outra construção. Errado. 10003. (2011 – CESPE) “Foi estabelecido o serviço telegráfico, e o Brasil aderiu, por tratados, aos organismos internacionais de telecomunicações recém-criados.” O texto permaneceria correto se a expressão “Foi estabelecido” fosse substituída por (A) Estabeleceriam-se. (B) Estabelecendo. (C) Estabeleceu-se. (D) Estabeleceram-se. (E) Estabelecer-se-iam. RESPOSTA A forma verbal “foi estabelecido” está expressa na voz passiva analítica; sua transformação para a voz passiva sintética, mantendo-se o mesmo tempo (p assado) e apresentando concordância de número, ficaria “estabeleceu-se”. Alternativa C. 10004. (2011 – CESPE) “Se nós, ou nossos ancestrais, fôssemos aguardar que a mente racional tomasse uma decisão, teríamos, provavelmente, não só cometido erros, mas também desaparecido como espécie.” O emprego das formas verbais no subjuntivo “fôssemos” e “tomasse” deve-se à presença do elemento gramatical “Se”. RESPOSTA A conjunção condicional “se”, quando empregada em alguma oração, exige que o verbo que a acompanha esteja conjugado no modo subjuntivo; ambos dão ideia de possibilidade, hipótese. Certo. 5171/5805 10005. (2011 – CESPE) “Essas duas perguntas são formuladas dentro do espírito da fenomenologia husserliana. Privilegiou-se, nessa herança, a indagação colocada sob o adágio bem conhecido...”

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10000. (2012 – CESPE) “Os chineses têm investido pesadamente noensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicado por seis nos últimosdez anos.”5169/5805Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao sesubstituir “foi multiplicado” por multiplicou-se.RESPOSTA Não acarretaria incorreção gramatical a transformação de “foimultiplicado” por “multiplicou-se”, uma vez que seria apenas uma mudança davoz passiva analítica para a sintética. Note que a concordância verbal e otempo verbal são mantidos. Errado.

10001. (2011 – CESPE) “Em outros momentos, enfatiza-se o fato deserem empresas não comerciais.”Seria mantida a correção gramatical do período ao se substituir “enfatiza-se” poré enfatizado.RESPOSTA A correção gramatical seria mantida ao fazer a mudança da formaverbal “enfatiza-se” para “é enfatizado”, já que seria apenas uma transformaçãoda voz passiva sintética para a analítica, mantendo-se o verbo “ser” nomesmo tempo do verbo principal – presente. Certo.A China já entendeu que sua passagem de emergente para desenvolvidanão pode prescindir da qualificação de seus trabalhadores. Os chinesestêm investido pesadamente no ensino superior, cujo número de matrículasfoi multiplicado por seis nos últimos dez anos. Agora, quase 20%dos jovens em idade universitária estão no ensino superior na China, enquanto,no Brasil, não passam de 10% os estudantes universitários. Ademais,a China demonstra há décadas um vivo interesse em enviarestudantes ao exterior, para uma preciosa troca de informações que encurtao caminho do país na direção do domínio técnico essencial a seu desenvolvimento.Só em 2008, os chineses mandaram 180 mil estudantes paraas melhores universidades do mundo, volume que se mantém ano a ano. OBrasil apenas iniciou o Programa Ciência Sem Fronteira, que pretende enviar110 mil estudantes para outros países nos próximos anos.O impacto do investimento chinês em educação aparece no cenário noqual o extraordinário crescimento econômico do país resulta desse esforçode qualificação.Editorial, O Estado de S.Paulo, 19-7-2012.

10002. (Técnico Judiciário – TRE-RJ – 2012 – CESPE) Emrelação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que sesegue.5170/5805Prejudicam-se a correção gramatical e as informações originais do período ao sesubstituir “foi multiplicado” por multiplicou-se.RESPOSTA Vejamos o trecho proposto para análise: Os chineses têm investidopesadamente no ensino superior, cujo número de matrículas foi multiplicadopor seis nos últimos dez anos. A forma “foi multiplicado” corresponde àconstrução em voz passiva analítica, que, por sua vez, equivale à construçãoem voz passiva sintética “multiplicou-se”. Dessa forma, não resulta em equívocoquanto à correção gramatical nem em alteração do sentido original oemprego de uma ou outra construção. Errado.

10003. (2011 – CESPE) “Foi estabelecido o serviço telegráfico, e oBrasil aderiu, por tratados, aos organismos internacionais de telecomunicaçõesrecém-criados.”O texto permaneceria correto se a expressão “Foi estabelecido” fosse substituídapor(A) Estabeleceriam-se.(B) Estabelecendo.(C) Estabeleceu-se.(D) Estabeleceram-se.(E) Estabelecer-se-iam.RESPOSTA A forma verbal “foi estabelecido” está expressa na voz passivaanalítica; sua transformação para a voz passiva sintética, mantendo-se omesmo tempo (p assado) e apresentando concordância de número, ficaria“estabeleceu-se”. Alternativa C.

10004. (2011 – CESPE) “Se nós, ou nossos ancestrais, fôssemosaguardar que a mente racional tomasse uma decisão, teríamos, provavelmente,não só cometido erros, mas também desaparecido como espécie.”O emprego das formas verbais no subjuntivo “fôssemos” e “tomasse” deve-se àpresença do elemento gramatical “Se”.RESPOSTA A conjunção condicional “se”, quando empregada em alguma oração,exige que o verbo que a acompanha esteja conjugado no modo subjuntivo;ambos dão ideia de possibilidade, hipótese. Certo.5171/5805

10005. (2011 – CESPE) “Essas duas perguntas são formuladas dentrodo espírito da fenomenologia husserliana. Privilegiou-se, nessa herança, a indagaçãocolocada sob o adágio bem conhecido...”Estaria mantida a correção gramatical se as formas verbais “são formuladas” e“Privilegiou-se” fossem substituídas, respectivamente, por formulam-se e foiprivilegiada.RESPOSTA A forma verbal “são formuladas” encontra-se na voz passivaanalítica e pode ser transformada para “formulam-se”, ficando então na vozpassiva sintética. “Privilegiou-se”, diferentemente do primeiro verbo, já estána voz passiva sintética e pode ser alterada para “foi privilegiada” na mudançapara a voz passiva analítica. Mantendo-se, em cada uma das transformações,o mesmo tempo apresentado pelo verbo principal da oração e a concordânciade número. Certo.

10006. (2011 – CESPE) “Erasmo dedicou-se mais à pintura...”“O acesso ao livro foi decisivo para Erasmo se afastar da filosofia...”As formas verbais “dedicou-se” e “se afastar” estão na voz reflexiva.

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RESPOSTA As formas verbais “dedicou-se” e “se afastar” estão na voz reflexivaporque indicam que a ação do verbo recai sobre o próprio sujeito da oração.Certo.

10007. (2010 – CESPE) “Quanto ao mercado interno, as expectativasda indústria não se modificaram.”A substituição de “se modificaram” por foram modificadas prejudicaria a correçãogramatical do período.RESPOSTA A substituição da forma verbal “se modificaram” por “foram modificadas”não acarretaria incorreção gramatical, pois é uma simples mudançade vozes do verbo, ou seja, o verbo passa da voz passiva sintética para aanalítica, mantendo o tempo do verbo e a concordância de número. Errado.5172/5805

10008. (2010 – CESPE) “...e isso deriva do entrelaçamento de significadosque podem ser atribuídos aos qualificativos, ou seja, aos polos, a dependerdo sentido que se lhes atribui...”Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto ao se substituir“podem ser atribuídos aos qualificativos” por atribuem aos qualificativos.RESPOSTA A substituição da forma verbal “podem ser atribuídos aos qualificativos”por “atribuem aos qualificativos” acarretaria incorreção gramatical, poisa alteração correta deveria ser por “atribuem-se aos qualificativos”, já que overbo passa da voz passiva analítica para a sintética, mantendo-se, então, otempo do verbo e a concordância de número. Errado.

10009. (2010 – CESPE) “No século XIX, enfatizou-se, nos mais diversosdomínios, a busca de explicações sobre as origens...”Atenderia à prescrição gramatical o emprego da forma verbal foi enfatizada, emvez de “enfatizou-se”.RESPOSTA A correção gramatical está correta ao se fazer a substituição de“enfatizou-se” por “foi enfatizada”, uma vez que se está alterando a voz doverbo, ou seja, transformando-o da voz passiva sintética para a analítica.Certo.

10010. (2009 – CESPE) “Os soviéticos implementaram uma arma defim de mundo”O verbo implementar, na forma verbal “implementaram”, está sendo usado nosentido de(A) suprir de implementos.(B) solucionar.(C) demarcar.(D) distribuir estruturas em determinada área.(E) desenvolver ou produzir.RESPOSTA A forma verbal “implementaram” apresenta sentido, na frase, dedesenvolver ou de produzir, pois o verbo expressa ideia de executar, colocarem prática algo. Alternativa E.5173/5805

10011. (2009 – CESPE) “São tomadas como dados ou fatos da vidasocial diante dos quais se deve tomar posição.” O uso da voz passiva nas duas oraçõesdo mesmo período, “São tomadas” e “se deve tomar posição”, deixa subentender,como agente das duas ações, o “multiculturalismo”.RESPOSTA As formas verbais “são tomadas” e “se deve tomar posição” estão,respectivamente, na voz passiva analítica e não voz passiva sintética, masnão apresentam o agente da voz passiva. Logo, não se pode dizer que “multiculturalismo”é o agente das duas ações. Errado.

10012. (2009 – CESPE) “O termo groupthinking foi cunhado, nadécada de cinquenta, pelo sociólogo William H.”Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado”corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízopara a coerência ou para a correção gramatical do texto.RESPOSTA A forma verbal “foi cunhado” encontra-se na voz passiva analítica;sua transformação para a voz passiva sintética (cunhou-se) é gramaticalmenteaceitável, no entanto essa substituição acarreta problemas semânticos para afrase, já que se perderia a ideia do agente da passiva (pelo sociólogo WilliamH.), o qual é relevante para a oração e para o texto. Errado.

10013. (2009 – CESPE) “Com o surgimento do espaço da igualdadee do Estado-nação, foram implementados mecanismos internos de resolução deconflitos.”A locução verbal “foram implementados” corresponde à forma implementaramse.RESPOSTA A forma verbal “foram implementados” encontra-se na voz passivaanalítica, e, por esse motivo, corresponde à forma “implementaram-se”, aqual está na voz passiva sintética. A concordância verbal é respeitada e o sentidotambém. Certo.

10014. (2008 – CESPE) “...pode-se supor que a sociedade tecnológicaseria caracterizada por um contexto no qual o trabalho passaria a ser umanecessidade...”5174/5805Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se substituir“seria caracterizada” por caracterizaria-se.RESPOSTA Ao haver a passagem da forma verbal “seria caracterizada” da vozpassiva analítica para a voz passiva sintética, o verbo, encontrando-se no futurodo pretérito, deve ter a colocação do pronome na posição de mesóclise:“caracterizar-se-ia”. Errado.

10015. (CESPE – adaptada – 2008) O texto apresenta uma oraçãona voz passiva: “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foramcriadas 146 mil vagas”.RESPOSTA A frase “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foramcriadas 146 mil vagas” encontra-se na voz passiva analítica em função deapresentar o verbo ser (foram) e a forma nominal do particípio (criadas).Certo.

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10016. (CESPE – adaptada – 2008) A oração apresenta oração navoz passiva: “Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelo público.”RESPOSTA A oração “Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelopúblico” encontra-se na voz passiva analítica em função de apresentar o verboser (foram) e a forma nominal do particípio (aplaudidos), além disso o sujeitoestá sofrendo a ação, marca característica da voz passiva. Certo.

10017. (2004 – CESPE) “Na divisão da polícia brasileira, o pontapéinicial da investigação é dado pelo perito, sem a companhia de legistas”A informação contida no trecho “Na divisão (...) legistas”, reescrita em ordemdireta e na voz ativa, fica assim: O perito, sem a companhia de legistas, na divisãoda polícia brasileira, dava o pontapé inicial da investigação.RESPOSTA A frase “Na divisão da polícia brasileira, o pontapé inicial da investigaçãoé dado pelo perito, sem a companhia de legistas” está na voz passivaanalítica; ao transformá-la para a voz ativa, ter-se-ia a seguinte oração:“O perito, sem a companhia de legistas, dá o pontapé inicial da investigaçãona divisão da polícia brasileira”. O verbo principal da oração na voz ativa (dá)deve estar no mesmo tempo (presente) do verbo ser (é) da oração de origem.Errado.5175/5805

10018. (2004 – CESPE) “Para a direita a noção de cidadania procuraexpurgar a noção de igualdade inerente a este termo. A cidadania é vista comouma outorgação do Estado ou, no Limite...”Preservam-se as relações semânticas do texto ao se transformar a oração de vozpassiva “A cidadania é vista” na oração de voz ativa: A direita vê a cidadania.RESPOSTA A frase “A cidadania é vista” encontra-se na voz passiva analítica.A transformação para a voz ativa “A direita vê a cidadania” está correta gramaticale semanticamente, pois a oração na voz ativa mantém o tempo(presente) do verbo ser (é) da oração de origem, e a relação semântica entresujeito e agente da passiva permanece inalterada. Certo.

10019. (2004 – CESPE) “Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão(thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviçomilitar e que fosse homem livre.”A estrutura em voz passiva “considerava-se” poderia ser substituída por outraforma de passiva, era considerado, sem comprometer a coerência do texto.RESPOSTA A oração “considerava-se” encontra-se na voz passiva sintética,podendo ser perfeitamente substituída por “era considerado”, a qual coloca aforma verbal na voz passiva analítica, não comprometendo a relaçãosemântica estabelecida no texto. Certo.

10020. (CESPE – adaptada – 2004) “Encontram-se as respostas”Estariam preservados o sentido e a correção gramatical do texto caso sesubstituísse “encontram-se” por são encontradas.RESPOSTA A substituição de “encontram-se” por “são encontradas” é corretapelo fato de ser mera transformação da voz passiva sintética para a analítica,sempre mantendo o tempo expresso pelo verbo principal e a forma plural.Certo.

XI. Temas CombinadosTextos para as questões 10021 a 100305176/5805Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, comoincapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito dacomplexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmentedominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único códigounificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realizaçãodo sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado desteprocesso, o “modelo econômico” alcança sua perfeição, que não é somentedescrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essênciamesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujoestágio supremo de perfeição a globalização representa.Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendoglobal e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmenteafirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir algumaalternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundadono livre-mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou sistema depensamento alternativo.Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemosescapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com aspremissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a formadominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos,aproximadamente.A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excessoextravagante, mas uma extensão simples e lógica de um“argumento”. Parece realmente muito difícil conceber um resultado finalque fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicassobre as quais está fundado. Em suma, a globalização representa a realizaçãoacabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigmade progresso.G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno: umaestratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Tradução de LuísCláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os sentidosda democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2. ed. Petrópolis: Vozes;Brasília: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2008 – CESPE) Com relaçãoaos sentidos e a aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.

10021. No texto, é apresentada, em forma dissertativa, uma análise doprocesso de globalização e da hegemonia, no mundo contemporâneo, do sistemaeconômico embasado no livre-mercado.5177/5805RESPOSTA O texto tem características dissertativas, pois é pautado pela análise

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de um tema: a globalização. Na construção da exposição, o autor, no segundoparágrafo, afirma não haver uma alternativa viável ao sistema embasadono livre-mercado. Como conclusão, no último parágrafo, é afirmado que aglobalização deriva naturalmente desse sistema. Certo.

10022. A direção argumentativa do texto evidencia a intenção do autorem fazer uma apologia do modelo de desenvolvimento e de progresso que a globalizaçãorepresenta.RESPOSTA Não se evidencia a apologia (apoio, defesa, louvor) à globalizaçãocomo intenção do autor. Este simplesmente busca, com seus argumentos, justificaruma tese de que a globalização é um resultado lógico advindo de umaideologia, já dominante por 100 anos, fundada no livre-mercado. Essa, portanto,é a real intenção do texto: explicar a lógica que levou à globalização.Errado.

10023. Infere-se do texto que a globalização constitui o caminho idealpara a superação do atraso econômico verificado em alguns países, cuja culturalocal se mostra incapaz de compreender a complexidade do mundocontemporâneo.RESPOSTA O texto, em nenhum momento, julga a globalização como um sistemaideal. O objetivo do texto é, simplesmente, expor uma lógica que justificao processo de globalização, não havendo por parte do autor juízo de valor.Ela é apresentada como o estágio de perfeição do projeto de seu modeloparadigma, que é o livre-mercado. Isso não nos faz inferir que seja o melhorsistema para superar o atraso econômico em alguns países. Errado.

10024. ... a concepção global atualmente dominante tem como objetivofortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano,e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economiasglobais de escala.A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não prejudica a correção gramaticaldo texto.5178/5805RESPOSTA O conector “e” tem valor aditivo e está unindo duas orações coordenadascom mesmo sujeito. Assim, torna-se facultativa a vírgula antesdessa conjunção. Certo.

10025. ... a concepção global atualmente dominante tem como objetivofortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano,e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economiasglobais de escala.Mantém a correção gramatical do texto a seguinte reescrita do trecho “e abre ocaminho para a realização”: e deixa aberto o caminho à realização.RESPOSTA Nota-se a correção gramatical no que se refere à concordâncianominal (aberto e caminho) e ao emprego do acento indicador de crase (... àrealização). Certo.

10026. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimentoe de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa.Não haveria prejuízo para os sentidos do texto caso o termo “mesma” fosse deslocadopara antes do substantivo “essência”, dado o caráter enfático que o termopronominal adquire no contexto.RESPOSTA A troca de posicionamento do pronome “mesma” gera mudançasde efeito retórico no discurso do texto.O pronome posicionado após o substantivo, no contexto específico, tem valorenfático maior do que se fosse posicionado antes. Errado.

10027. Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do quesendo global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmenteafirmadas...No texto, o termo “primazia” está empregado com o mesmo sentido que na frase:Segundo o presidente da República, a Organização das Nações Unidas deve detera primazia na preservação da paz e da segurança internacional.RESPOSTA “Primazia” significa excelência, liderança, superioridade ou vantagemem uma categoria. É esse o sentido encontrado no texto e na frase emquestão. Certo.5179/5805

10028. ... o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologiaeconômica que têm se afirmado como a forma dominante de representaçãodo mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente.A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabelece relação de concordânciacom o termo antecedente “ideologia”.RESPOSTA A forma verbal “têm”, com acento circunflexo diferencial, é de 3ªpessoa do plural. Sua concordância se dá no texto com a palavra “premissas”.É importante diferenciar essa forma da forma “tem”, sem acento diferencial,que é de 3ª pessoa do singular. Errado.

10029. A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ouum excesso extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um“argumento”.O “argumento” pode ser assim entendido: modelo econômico embasado no livremercadoé a alternativa mais viável para o progresso e desenvolvimento mundial.RESPOSTA Trata-se do argumento de que não há uma cultura ou sistema depensamento alternativo que se contraponha ao livre-mercado, como bem reforçao 2º parágrafo. Sendo isso realidade, é a globalização (fundada no livremercado)a alternativa mais adequada ao progresso econômico. Vale ressaltarque essa visão é fruto de uma lógica construída por meio de premissas notexto, e não puro juízo de valor do autor. Certo.

10030. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimentoe de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa.Mantêm-se a correção gramatical e a coerência do texto caso o trecho “cujo estágiosupremo de perfeição a globalização representa” seja assim reescrito: do

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qual estágio supremo de perfeição é representado pela globalização.RESPOSTA Quando a relação é de posse, devemos empregar o pronome relativo“cujo”. Percebe-se, também, a inadequação da preposição de antes dopronome relativo o qual. Não há na construção elemento algum que soliciteesse elemento prepositivo. Errado.Texto para as questões 10031 a 100395180/5805Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinquentae cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forçasserviram principalmente 4 à empresa de as congregar: o emprego da línguadelas, desde que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terrorque lhes infundi. A minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmoidioma fizeram-lhes crer que eu era o deus das aranhas, e desde entãoadoraram-me. E vede o benefício desta ilusão. Como as acompanhassecom muita atenção e miudeza, lançando em um livro as observações quefazia, cuidaram que o livro era o registro dos seus pecados, e fortaleceramseainda mais nas práticas das virtudes. (...)Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesiteina escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mastodos tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente degoverno ficava exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Eramepreciso ou achar uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada.Naturalmente adotei o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertadodo que uma república, à maneira de Veneza, o mesmo molde, e até omesmo epíteto. Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais,com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de ummecanismo complicado, o que era meter à prova as aptidões políticas dajovem sociedade.A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico,roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular.Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tãocedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistasde Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto aocume das nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro alima ou o alvião; ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidasno papel e mancas na prática.Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In:Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959,p. 337-8.(Auditor Federal de Controle Externo – 2008 – CESPE) No que serefere aos sentidos, à organização das ideias do texto e à tipologia textual, julgueos itens.

10031. O autor do texto, por meio de narrativa alegórica, uma parábola,expõe seu ponto de vista acerca do comportamento humano e da organizaçãopolítica e social.5181/5805RESPOSTA Por meio de uma linguagem metafórica, na qual o protagonista sediz representante das aranhas, o autor emite um juízo acerca da organizaçãopolítica e social dos seres humanos.Observação: A parábola é uma narrativa alegórica (construída por meio demetáforas) na qual o(s) protagonista(s) é(são) humano(s). Certo.

10032. Infere-se da leitura do texto que dois fatores se destacam nas relaçõessociais de poder: a unidade linguística e o sentimento de medo incutido nooutro.RESPOSTA O autor referencia esses dois fatores de forma quase explícita noprimeiro parágrafo: Em “o emprego da língua delas” faz-se referência ao usode uma linguagem similar à do interlocutor; já em “o sentimento de terror”faz-se referência ao medo. Certo.

10033. Para o criador da sociedade das aranhas, a prática das virtudes écondição natural dos que creem em Deus.RESPOSTA Não se pode afirmar isso da parte do autor. Nota-se, no primeiroparágrafo, que a intenção do autor era simplesmente fazer um livro de observações,interpretado pelas aranhas como um registro dos pecados, o quefortalecia as virtudes. Assim, a inferência seria mais coerente se fosse direcionadaàs aranhas, pois é delas que parte essa percepção, não do autor.Errado.

10034. Na frase “E vede o benefício desta ilusão”, o narrador dirige-sediretamente às aranhas.RESPOSTA O narrador se dirige diretamente aos seus interlocutores, tratadoscomo 2ª pessoa do plural. As aranhas são tratadas como 3ª pessoa, ou seja, oautor fala delas, e não com elas. Errado.

10035. No texto, uma característica da república escolhida para ser instauradana sociedade das aranhas é explicitada na expressão “sem nenhumaanalogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo”.RESPOS TA É objetivo do autor dar a essa sociedade uma forma de governoque seja diferenciada das vigentes. A ideia é tentar algo inovador ou copiar algummodelo já passado. O autor escolheu a segunda opção. Certo.5182/5805

10036. No texto, a comparação estabelecida entre o tempo e um trabalhadorque faz questão de cumprir, ele mesmo, o seu ofício serve de crítica aosgovernos vigentes, que o autor do texto considera mesquinhos.RESPOSTA No trecho “Hesitei na escolha; muitos dos atuais pareciam-mebons, alguns excelentes...”, o próprio autor julga existirem modelos vigentesbons e, até mesmo, excelentes, não sendo, assim, coerente essa generalizaçãoexposta na assertiva. Errado.(Auditor Federal de Controle Externo – 2008 – CESPE) Julgue osseguintes itens, que se referem a aspectos linguísticos do texto.

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10037. Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas...O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-seno singular, sem concordar com o sujeito da oração – “vinte aranhas”.RESPOSTA O verbo “ter” está empregado no sentido de “possuir” e concordacom o sujeito elíptico “eu”, referente ao autor do texto. Errado.

10038. O trecho “o que era meter à prova as aptidões políticas da jovemsociedade” pode ser reescrito, mantendo-se a correção e a coerência do texto, daseguinte forma: o de pôr à prova as habilidades políticas da jovemsociedade.RESPOSTA O trecho em destaque funciona sintaticamente como aposto, explicandoo que é o mecanismo complicado citado anteriormente. A assertiva,com pequenas alterações, é uma paráfrase do trecho anterior. Certo.

10039. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistasde Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto aocume das nações seculares.A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordarcom a ideia de coletividade que a palavra “povo” expressa.RESPOSTA O forma verbal “formam” está no plural, pois concorda com osujeito “Os meus pupilos”. Errado.5183/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2008 – CESPE) Julgue osfragmentos de texto apresentados nos itens a seguir quanto à correçãogramatical.

10040. À despeito do aumento da taxa SELIC no mês passado, o juroreal continua em queda e deve, atingir o menor nível em quase cinco anos, desdenovembro de 2003. Levantamento feito pelo Estado, com base nas projeções demercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que o juroreal deve cair para 6,50% ao ano neste mês, levando-se em conta o atual nível daSELIC.RESPOSTA O correto seria: “A despeito do aumento da taxa SELIC no mêspassado, o juro real continua em queda e deve atingir o menor nível emquase cinco anos, desde novembro de 2003. Levantamento feito pelo Estado,com base nas projeções de mercado para o Índice de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA), mostra que o juro real deve cair para 6,50% ao anoneste mês, levando-se em conta o atual nível da SELIC”. Errado.

10041. As negociações globais de comércio devem ganhar impulso comos novos esboços de acordo internacional sobre produtos agrícolas e industriais.Reivindicações do Brasil e de outros países emergentes foram contempladas noacordo, mas os diplomatas ainda terão de trabalhar intensamente nos próximosmeses, dado o objetivo de alcançarem um acordo básico sobre a redução de tarifase subsídios para facilitar o acesso aos mercados.RESPOSTA As normas referentes à acentuação, ortografia, concordância,regência, colocação e pontuação foram plenamente atendidas. Destaca-se acorreta grafia de “reivindicações” e “subsídios”. Além disso, podemos destacaro correto uso das duas vírgulas: a primeira, para separar a oração coordenadaadversativa introduzida pela conjunção “mas”; a segunda, para separar a oraçãoadverbial causal reduzida de infinitivo “dado o objetivo de alcançarem...”.Certo.Texto para as questões 10042 a 10046Mal-estar civilizatórioA ausência de um Estado que cumpra seu papel mediador das vidas humanase dos bens a elas relacionados vem contribuindo para o aumento,no Brasil, do que a psicanálise chama de mal-estar civilizatório. O conceitoé relativo ao homem do mundo moderno e às angústias que ele vive.Aplica-se a uma cultura firmada em torno dos valores da razão científica e5184/5805tecnológica, na qual inexiste a figura de um legislador central que concentreo poder e concilie os interesses do corpo social de uma formademocrática. A ausência dessa figura gera mal-estar ao criar um impassepermanente para cada indivíduo/sujeito: como conciliar as aspiraçõespróprias de prazer e satisfação – o gozo, para a psicanálise – com os desejosdos outros?Como o Estado e o conjunto de entidades a ele ligado – os responsáveispor essa mediação na atualidade – são incapazes de fazer essa conciliaçãoentre as diferentes partes da sociedade, o mal-estar se instaura, trazendo,junto com a desigualdade, suas consequências: a possessão absoluta debens por uma pequena parcela da população e a carência massiva damaior parte dela.A falta de mecanismos de proteção para o último grupo, deixado ao léupelo Estado, é, para Birman, prova de que estamos diante de uma instituiçãoque promove o genocídio. Esse descaso acarreta o aumento da criminalidade,da violência e da delinquência, não apenas nas classes populares,mas também nas dominantes. Como exemplo, o psicanalista apontaa corrupção que invade o meio político nos seus mais altos níveishierárquicos.Assim, enquanto instituições mediadoras – como as de previdência, assistênciae bem-estar social – são progressivamente desarticuladas, “a economiavai ganhando uma espécie de autonomia”. Essa carência na populaçãovai levando, por um lado, ao aumento da barbárie que sustenta essecrescente grupo e, por outro, à privatização dos sistemas de segurançapara proteger as classes mais privilegiadas dessa mesma barbárie.Júlia Dias Carneiro. In: Ciência Hoje, v. 30, p. 54 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2004 – CESPE) Com relaçãoàs ideias do texto, julgue os itens a seguir.

10042. Infere-se do primeiro parágrafo que as angústias do indivíduo/sujeito da modernidade se reduziriam, caso o Estado promovesse ações democráticasque compatibilizassem as aspirações individuais com as de interesse

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coletivo.RESPOSTA Afirma-se que a ausência da função de mediador por parte doEstado vem contribuindo para o aumento do mal-estar civilizatório, gerador deangústias entre os indivíduos. Assim, se houver a presença do Estado nessesentido, essas angústias tenderão a se mitigar. Certo.5185/5805

10043. A autora do texto assume que a falência do modelo vigente deEstado é evidenciada pela prevalência de uma economia que, fundada na má distribuiçãode renda na sociedade, promove a privatização da assistência e da previdênciasocial.RESPOSTA O texto afirma que são os sistemas de segurança que começam aser privatizados. É uma forma de a classe privilegiada se proteger dos riscostrazidos pela desigualdade social. Este grupo assim procede, pois o Estado nãodispõe de meios efetivos para lhe prover o direito básico da segurança. Errado.

10044. Como o Estado carece de mecanismos que promovam a erradicaçãodas diferenças sociais, a violência e a corrupção atingem a classe políticabrasileira.RESPOSTA No penúltimo parágrafo, o autor cita apenas a corrupção como ummal que atinge a classe política. Trata-se de uma forma de delinquência, masnão de violência, como se afirma na assertiva. Errado.

10045. O genocídio, a criminalidade e a delinquência, indicadores daausência da gestão do Estado como instituição voltada para os interesses coletivos,são causas do mal-estar civilizatório.RESPOSTA É equivocado considerar o genocídio um dos indicadores da ausênciade gestão do Estado. Esse termo é, na verdade, uma força de expressãoempregada no texto pelo estudioso Birman, e não uma constatação tecnicamentecomprovada. Errado.

10046. Uma das ideias implícitas no texto é a de que a razão científica ea tecnologia não promovem a conciliação dos interesses sociais de formademocrática.RESPOSTA No primeiro parágrafo, afirma-se que o mal-estar civilizatório estápresente em culturas firmadas em torno da tecnologia e da razão científica.Nestas civilizações, assim caracterizadas, inexiste a figura do legislador queprocura conciliar os interesses individuais de forma democrática. Dá-se, assim,a entender que a tecnologia e a razão científica não fomentam essa conciliação.Certo.Texto para as questões 10047 a 100515186/5805A recente divulgação pelo IBGE dos dados recolhidos nas Estatísticas doSéculo XX serviu para melhor balizar, daqui para a frente, as recorrentesdiscussões acadêmicas sobre a realidade brasileira.No século passado, na economia brasileira, o Produto Interno Bruto (PIB)multiplicou-se cem vezes, o que transformou o Brasil no país que maiscresceu naquele período, destaca, na abertura da publicação, o economistaCelso Furtado.O ritmo mais intenso de crescimento ocorreu entre 1920 e 1980, quando oPIB praticamente dobrava a cada duas décadas.Mas, ao lado daquelas inegáveis conquistas, descobriu-se que adesigualdade entre os brasileiros de maior e menor renda, que sempre foiconsiderável, aprofundou-se ainda mais. Em 1960, os 10% mais ricos dapopulação embolsavam uma renda que correspondia a 34 vezes a rendareunida dos 10% mais pobres. Quarenta anos depois, a diferença tinhasubido para 46 vezes.Um dos fatores que mais concorreu para a concentração da rendabrasileira foi a inflação, que chegou, nos cem anos do século XX, à astronômicacifra de um quintilhão. A média anual da inflação no períodofoi de 45%.O estudo do IBGE mostra que o Brasil sofreu mudanças profundas empoucas décadas, em especial entre os anos 40 e 70. A industrialização acelerada– processo que ficou conhecido como substituição de importações –desencadeou, em uma ponta, a formalização do emprego e, na outra, o êxodorural, além de favorecer o surgimento dos sindicatos. O mais importantemeio de arrecadação do governo, nos anos 40 e 50, era justamente oimposto de importação. Em 1949, a agricultura tinha uma participação de44% no PIB. Trinta anos depois, em 1980, sua parcela tinha caído para9,8%, patamar no qual se manteve estável pelo resto do século XX. Essamudança levou a um êxodo rural de bíblicas proporções. Os moradoresdas cidades, que, em 1940, correspondiam a apenas 31% dos brasileiros,chegaram, ao final do século XX, a 81%. Enquanto isso, a populaçãobrasileira praticamente se decuplicou, saltando de 17,4 milhões, em 1900,para 169 milhões no ano 2000.Lourenço Cazarré. In: UnB Revista, ano IV, n. 9, dez./2003 – mar./2004 (comadaptações).5187/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2004 – CESPE) Considerandoas informações e os dados estatísticos apresentados no texto, julgue os itensque se seguem.

10047. Nos últimos cem anos, a população brasileira multiplicou-se pordez e a economia cresceu 100%, embora a concentração de renda tenha-se acentuado,provocada pela inflação, que, ao final do século, chegou a 45%.RESPOSTA O texto afirma no 5º parágrafo que a média anual da inflação noséculo XX foi de 45%. Isso não significa que, ao final do século, a inflaçãotenha atingido obrigatoriamente essa cifra, pois ela pode ter variado para cimae para baixo em cada um dos anos do século XX. No ano de 2000, por exemplo,segundo o gráfico, a inflação anual registrada foi de 8,6%. Errado.

10048. No século passado, a substituição de importações, que, por umlado, incentivou o emprego formal – trabalhadores com carteira assinada –, poroutro, promoveu o êxodo rural, fator determinante da queda na arrecadação e da

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diminuição da participação da agricultura no PIB brasileiro.RESPOSTA O texto afirma que em 1949 a agricultura tinha 49% de participaçãona economia e, 30 anos depois, em 1980, sua participação tinha caídopara 9,8%. Isso ocorreu ao mesmo tempo em que o país se industrializava viasubstituição de importações, o que resultou no aumento do êxodo rural. Certo.5188/5805

10049. Com relação à educação, de acordo com os dados estatísticos apresentados,ocorreu, no período 1933-1970, a massificação do ensino médio,seguida de um grande aumento da população universitária.RESPOSTA No período de 1933-1970, houve um aumento de 2960% nasmatrículas de ensino médio, enquanto no ensino superior houve um crescimentode 1862% no mesmo período. Certo.

10050. A inflação, que vinha sofrendo pequenas oscilações na primeirametade do século passado, manteve-se estável na década seguinte.RESPOSTA Nota-se no gráfico uma escalada da inflação de 1902 a 1990.Errado.

10051. Na área da saúde, verifica-se que a expectativa de vida, emboratenha aumentado pouco nas duas últimas décadas do século XX, duplicou, no ano2000, em relação a 1910.RESPOSTA Se observarmos o gráfico, houve um crescimento discreto da expectativade vida de 1980 a 2000 (de 62 anos em 1980 a 68 anos em 2000).Em relação a 1910, a expectativa dobrou (de 34 anos em 1910 a 68 em2000). Certo.Texto para as questões 10052 a 10056A polidezÉ também a mais pobre, a mais superficial, a mais discutível. A polidez fazpouco caso da moral, e a moral, da polidez. Um nazista polido em que alterariao nazismo? Em que altera o horror? Em nada, é claro, e a polidezestá bem caracterizada por esse “nada”. Virtude puramente formal, virtudede etiqueta, virtude de aparato! A aparência, pois, de uma virtude, esomente a aparência.Se a polidez é um valor, o que não se pode negar, é um valor ambíguo, emsi insuficiente – pode encobrir tanto o melhor, como o pior – e, como tal,quase suspeito. Esse trabalho sobre a forma deve ocultar alguma coisa,mas o quê? É um artifício, e desconfiamos dos artifícios. É um enfeite, edesconfiamos dos enfeites. Diderot evoca, em algum lugar, a “polidez insultante”dos grandes, e também deveríamos evocar aquela, obsequiosa ouservil, de muitos pequenos. Seriam preferíveis o desprezo sem frases e aobediência sem mesuras.5189/5805Um canalha polido não é menos ignóbil que outro, talvez seja até mais.Por causa da hipocrisia? É duvidoso, porque a polidez não tem pretensõesmorais. O canalha polido poderia facilmente ser cínico, aliás, sem por issofaltar nem com a polidez nem com a maldade. Mas, então, porque elechoca? Pelo contraste? Sem dúvida. O canalha polido é o contrário de umafera, e ninguém quer mal às feras. É o contrário de um selvagem, e osselvagens são desculpados. É o contrário de um bruto crasso, grosseiro, inculto,que, decerto, é assustador, mas cuja violência nativa e bitolada pelomenos poderia ser explicada pela incultura.André Comte-Sponville. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo:Martins Fontes, 1999 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2004 – CESPE) Julgue osfragmentos contidos nos itens subsequentes, quanto à manutenção do sentido dotrecho do terceiro parágrafo do texto, indicado entre aspas, e quanto à pontuaçãoe à regência.

10052. “Um canalha (...) da hipocrisia?”: À hipocrisia indaga-se, se nãofaz, de um canalha polido, menos ignóbil do que outro canalha?RESPOSTA Não deveria haver vírgula depois de “indaga-se”, pois estaríamosisolando uma oração principal de sua subordinada substantiva. Além disso, otermo “de um canalha polido” é complemento do verbo “fazer” e, portanto,não deve ser isolado por vírgulas. Por último, não deveríamos usar o ponto deinterrogação ao final da frase, pois se trata de uma interrogativa indireta.Errado.

10053. “É duvidoso (...) pretensões morais.”: É duvidoso, talvez seja atémais ignóbil, que à polidez não tenha intenções morais!RESPOSTA Há uma alteração de sentido, pois o que o texto original afirma éque há dúvidas se a causa de o canalha polido ser menos ignóbil que outropode ser atribuída à hipocrisia. Também não faz sentido o emprego da craseantes de “polidez”. Errado.

10054. “O canalha (...) a maldade.”: O canalha polido, aliás, facilmentecínico, pode, por isso, aumentar-lhe a maldade.RESPOSTA O termo “aliás”, posto dessa forma no trecho reescrito, ressalva otrecho anterior “O canalha cínico”, como se fosse mais apropriado identificá-lo5190/5805por “facilmente cínico”. Isso muda o sentido original, que simplesmente enfatizao fato de que o canalha polido pode ser facilmente cínico sem comprometera polidez ou a maldade. A ideia conclusiva introduzida pelo “por isso” e aafirmação de que a maldade aumentaria também não constam originalmentena redação do texto. Errado.

10055. “Mas, então, (...) contraste?”: Inquestionavel-mente, o maucaráterpolido choca pelo contraste.RESPOSTA A banca anulou a presente questão, muito provavelmente devidoao erro de grafia em “Inquestionavel-mente”. Tal hífen não se faz presente nagrafia desse advérbio.Não fosse por esse equívoco, poderíamos classificar o item como ERRADO,haja vista que o questionamento retórico(*) “Mas, então, por que ele choca?Pelo contraste?” produz um efeito de ênfase, de maior realce, diferentementeda afirmação direta “Inquestionavelmente, o mau-caráter polido choca pelo

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contraste”.(*) Trata-se de um questionamento que já deixa evidente a resposta.

10056. “O canalha (...) pela incultura.”: O canalha polido opõe-se à umafera, e ninguém quer mal às feras; é o oposto de um selvagem, e os selvagens sãodesocupados; contraria uma besta crassa, grosseira, inculta que, com certeza, éassustadora, porém cuja violência nativa pelo menos pode ser explicada.RESPOSTA Em “à uma fera”, há um equívoco no emprego do acento grave(que é o acento indicativo da crase), uma vez que este não é solicitado antesde artigo indefinido. Além disso, em vez de “desocupados”, deve-se empregar“desculpados”, para manter o sentido original. Errado.(Auditor Federal de Controle Externo – 2004 – CESPE) Considerandoas prescrições gramaticais, julgue os fragmentos de texto contidos nosseguintes itens, extraídos e adaptados de uma notícia divulgada no sítio http://www.tcu.gov.br.

10057. O Instituto Serzedello Corrêa (ISC), ligado ao Tribunal de Contasda União (TCU), deu início ao programa de formação de analistas de sistemasaprovados na primeira etapa do concurso público realizado no ano de 2002.5191/5805RESPOSTA O trecho transcrito obedece a todas as prescrições gramaticais. Oisolamento do trecho “ligado ao Tribunal de Contas da União (TCU)” por vírgulasreflete a pontuação característica das orações adjetivas explicativas. Certo.

10058. O aproveitamento dos candidatos, ainda em prazo de validadedeste concurso, apresentou-se como resultado da promulgação da Lei n. 10.799/2003, que criou seiscentos cargos de Analista de Controle Externo no Quadro dePessoal da Secretaria do TCU.RESPOSTA Nota-se o pleno atendimento às normas de pontuação, regência,concordância e colocação. Além disso, as convenções de escrita e os critériosmorfossintáticos foram plenamente atendidos. Um destaque a ser citado é oemprego das vírgulas em “ainda em prazo de validade deste concurso”, expressãointercalada entre o sujeito – O aproveitamento dos candidatos – e aforma verbal – apresentou-se. Certo.

10059. A Resolução n. 168/2004 do TCU, que entre os cem novos cargosque serão providos neste ano, destinou vinte, para a Área de Apoio Técnico Administrativo,dá suporte ao programa formativo dos analistas concursados.R ESPOSTA O correto seria: “A Resolução n. 168/2004 do TCU que, entre oscem novos cargos que serão providos neste ano, destinou vinte para aÁrea de Apoio Técnico Administrativo, dá suporte ao programa formativo dosanalistas concursados”.O trecho em negrito foi isolado por vírgulas, pois se trata de um termo oracionaladverbial intercalado. Não há vírgula depois de “vinte”, pois, se assimfosse, haveria o isolamento do objeto indireto do verbo. Errado.

10060. O curso, cuja aula inaugural foi ministrada pelo diretor-geral doISC, tem duração fixada em sessenta horas de atividade e consta de três disciplinas:“Licitações e contratos”, “Fontes de informação para controle externo” e“Estrutura e funcionamento da tecnologia da informação no TCU”.RESPOSTA Todas as prescrições gramaticais foram obedecidas no trecho selecionado.As vírgulas que isolam a oração “cuja aula inaugural foi ministradapelo diretor-geral do ISC” são necessárias por se tratar de uma oração adjetivaexplicativa. Certo.5192/5805

10061. Ainda como parte do programa de formação supracitado, foiprevisto a presença dos concursados na abertura da Sessão Plenária do TCU, dia5 de fevereiro de 2004.RESPOSTA Houve um equívoco de concordância. É necessário empregar aforma “prevista” para haver a concordância com o substantivo “presença”.Errado.Texto para as questões 10062 a 10067A moralidade pública consiste em uma esfera de que todos os seres humanosparticipam, na medida em que cada sistema moral, a fim de revelarsua unilateralidade, precisa ser confrontado com outros. Segue-se a necessidadede que todos os seres humanos sejam incluídos no seu âmbito.Sob esse aspecto, a moral pública é uma moral cosmopolita, pois estabeleceregras de convivência e direitos que asseguram que os homenspossam ser morais. É nesse sentido que os direitos do homem, tais comoem geral têm sido enunciados a partir do século XVIII, estipulam condiçõesmínimas do exercício da moralidade. Por certo, cada um não deixaráde aferrar-se à sua moral; deve, entretanto, aprender a conviver comoutras, reconhecer a unilateralidade de seu ponto de vista. E com isso obedeceà sua própria moral de uma maneira especialíssima, tomando os impeditivoscategóricos dela como um momento particular do exercício humanode julgar moralmente.José Arthur Gianotti. Moralidade pública e moralidade privada. In: Adauto Novaes(Org.). Ética. São Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura,5. impressão, 1997, p. 244 (com adaptações).(Procurador do MP do TCU – 2004 – CESPE) Em relação ao textoacima, julgue os itens que se seguem.

10062. A moralidade pública consiste em uma esfera de que todos osseres humanos participam, na medida em que cada sistema moral...Tanto sob o ponto de vista estilístico e sintático como sob o ponto de vistasemântico, admite-se como correta e adequada ao contexto a substituição de“consiste em uma” por constitui-se como uma.RESPOSTA A alteração mantém o sentido original intacto, além de estar sintaticamentecorreta, obedecendo às normas de concordância, regência e5193/5805colocação. Trata-se de duas construções adequadas, equivalentes semanticamente,mas construídas de forma distinta: “constitui em” e “constitui-secomo”. Certo.

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10063. A moralidade pública consiste em uma esfera de que todos osseres humanos participam, na medida em que cada sistema moral, a fim de revelarsua unilateralidade, precisa ser confrontado com outros. Segue-se a necessidadede que todos os seres humanos sejam incluídos no seu âmbito.Pelas relações gramaticais e semânticas do texto, é correto afirmar que a presençada preposição “de” nas duas ocorrências do termo “de que” é exigida, respectivamente,pela regência das palavras “esfera” e “necessidade”.RESPOSTA Na ocorrência do “de que” em “uma esfera de que todos os sereshumanos participam”, a presença da preposição “de” é exigência do verbo“participar”. Na ocorrência do “de que” em “Segue-se a necessidade de que todosos seres humanos”, a presença da preposição “de” é exigência do nome“necessidade”. Errado.

10064. De acordo com a direção argumentativa do texto, uma ideia ilustrativaque poderia dar continuidade coerente e gramaticalmente correta aotrecho ao ser colocada após a última oração é: Desse modo, a moral do bandidoe a do ladrão tornam-se repreensíveis do ponto de vista da moralidadepública, pois violam o princípio da tolerância e atingem direitoshumanos fundamentais.RESPOSTA Tal ideia é coerente com a linha argumentativa do texto, queafirma a necessidade de a moral particular conviver com outras, reconhecendoa inconveniência, muitas vezes, de se adotar uma postura unilateral. Certo.Segue-se a necessidade de que todos os seres humanos sejam incluídos no seuâmbito.

10065. As relações coesivas estabelecidas no texto indicam que a expressão“seu âmbito” está se referindo à expressão antecedente “cada sistemamoral”.RESPOSTA Em “seu âmbito”, o possessivo “seu” é um anafórico que se referea “moralidade pública”. Errado.Por certo, cada um não deixará de aferrar-se à sua moral...5194/5805E com isso obedece à sua própria moral de uma maneira especialíssima...

10066. Caso o sinal indicativo de crase nas ocorrências “aferrar-se à suamoral” e “obedece à sua própria moral” seja retirado, os períodos permanecemgramaticalmente corretos, uma vez que os verbos “aferrar” e “obedecer” apresentamtransitividade indireta e o elemento que se mantém é a preposição necessáriaà regência.RESPOSTA Antes de pronome possessivo (“sua”, no caso), é facultado oemprego do acento indicador de crase. Certo.

10067. A partir das informações e dos argumentos do texto, é correto inferirque a moralidade pública tem como base regras de convivência e direitos estabelecidosno último século, partindo-se da compreensão de que o ser humanotem sua própria moral e o dever de julgar moralmente.RESPOSTA O texto afirma que essas regras de convivência e direitos passarama ser enunciados como “direitos do homem” a partir do século XVIII.Errado.Texto para as questões 10068 a 10071Em primeiro lugar, não distinguimos semanticamente entre ética e moral,pois, embora o primeiro termo tenha origem grega e o segundo, latina,ambos dizem respeito duplamente a questões de caráter e de conduta.Dizemos, portanto, que uma questão é ética quando se refere a ações humanasjulgadas segundo a perspectiva de serem boas, corretas, acertadas.Mas, como os meios tecnológicos também podem ser assim julgados e asações de natureza estratégica também podem ser corretas ou acertadas,podemos afirmar, para distinguir mais precisamente o território da ética,que ela diz respeito a ações corretas ou acertadas à luz de uma vida humanaboa e digna. Desta forma, a questão ética encontra-se indissoluvelmenteligada às ideias sobre a vida humana como um todo.Luciano Zajdsznajder. É a ética uma ciência? In: Desafios éticos. Brasília: ConselhoFederal de Medicina, p. 15 (com adaptações).(Procurador do MP do TCU – 2004 – CESPE) Considerando o textoacima, julgue os itens seguintes.5195/5805

10068. Mas, como os meios tecnológicos também podem ser assim julgadose as ações de natureza estratégica também podem ser corretas ouacertadas...De acordo com a argumentação do texto, a conjunção “Mas” articula-se à expressãoinicial, “Em primeiro lugar”; por isso, preservam-se as relações de sentidodo texto ao substituí-la por Em segundo lugar.RESPOSTA A conjunção “mas” estabelece uma relação semântica de oposiçãocom o período anterior (“Dizemos, portanto, que uma questão é ética... seremboas, corretas, acertadas.”) e equivale a “no entanto”. Errado.

10069. Mas, como os meios tecnológicos também podem ser assim julgadose as ações de natureza estratégica também podem ser corretas ouacertadas...Como o advérbio “assim” desempenha a função coesiva de recuperar a ideia daoração anterior iniciada pela conjunção “segundo”, preserva-se a correção textuale gramatical ao se retirar o advérbio e mudar essa oração para depois de“julgados”.RESPOSTA Com a alteração proposta, teríamos uma mudança de sentido original,pois não se especificaria como as ações seriam julgadas no primeirotrecho. Observemos o trecho com a mudança sugerida: “... uma questão é éticaquando se refere a ações humanas julgadas (como?). Mas, como os meiostecnológicos também podem ser julgados segundo a perspectiva de seremboas, corretas, acertadas...”. Errado.

10070. O desenvolvimento do texto permite considerar que os sentidos

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atribuídos a “ética” e “moral” mantêm imbricadas questões de caráter e deconduta.R ESPOSTA Já na primeira frase (Em primeiro lugar, não distinguimos semanticamenteentre ética e moral, pois, embora o primeiro termo tenha origemgrega e o segundo, latina, ambos dizem respeito duplamente a questõesde caráter e de conduta.), o texto afirma não querer distinguir semanticamenteética e moral, pois ambos dizem respeito a questões de caráter e deconduta. Certo.5196/5805

10071. Desta forma, a questão ética encontra-se indissoluvelmente ligadaàs ideias sobre a vida humana como um todo.Preservam-se a correção e a coerência textual ao se substituir “às ideias” por comas ideias.RESPOSTA É possível manter correta a regência utilizando-se a preposição“com”. Além disso, a não omissão do artigo definido “as” é essencial para amanutenção do sentido. Certo.Texto para as questões 10072 a 10077A contemporaneidade vai urdindo novas situações que demandam pornovas opções éticas e pela consignação de novos direitos. A produção apresentasua clara dimensão fáustica, a se usar a expressão de MarshallBermann. Quanto mais ela avança, mais ela destrói, em um processo entropisanteassustador. As distâncias sociais entre os países desenvolvidos eos subdesenvolvidos aumentam de modo devastador, não somente a partirde seus indicadores econômicos, como também por sua produção desaber, o que faz alguns autores vislumbrarem uma terceira fase do capitalismotraduzida pela produção de know how. Ao mesmo tempo, o ser humanochegou à sofisticação de poder se suicidar enquanto espécie zoológicapelas armas que ele próprio produz e, cada vez menos, controla. Osanos 30 voltam sinistros com a reaparição agressiva dos racismos. As distânciassociais nos países subdesenvolvidos são assustadoras, uma vez queuma ínfima minoria detém parcela significativa dos bens.Roberto de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios éticos. Brasília:ConselhoFederal de Medicina, p. 65 (com adaptações).(Procurador do MP do TCU – 2004 – CESPE) A partir do texto acima,julgue os itens subsequentes.

10072. A contemporaneidade vai urdindo novas situações que demandampor novas opções éticas e pela consignação de novos direitos.As possibilidades de regência do verbo demandar permitem suprimir a preposição“por”, sem a necessidade de outras alterações, para manter a correçãogramatical do texto.5197/5805RESPOSTA Suprimindo a preposição “por”, torna-se necessário também desfazera contração “pela”, assim: “... que demandam novas opções éticas e aconsignação de novos direitos”. Errado.

10073. A produção apresenta sua clara dimensão fáustica, a se usara expressão de Marshall Bermann.A oração iniciada por “a se usar” apresenta, textualmente, valor condicional.RESPOSTA Se desenvolvermos a oração, teremos: “A produção apresentasua clara dimensão fáustica, se for usada a expressão de Marshall Bermann”.Certo.

10074. Quanto mais ela avança, mais ela destrói, em um processo entropisanteassustador.As duas ocorrências do pronome “ela” remetem, por mecanismo de coesão textual,respectivamente, a “dimensão fáustica” e a “produção”.RESPOSTA Nas duas aparições, o pronome “ela” se refere a “produção”.Errado.

10075. Os sentidos textuais permitem que a relação semântica de adiçãoexpressa por “não somente (...) como também” possa ser expressa por tanto (...)como também, não só (...) mas também ou tanto (...) quanto.RESPOSTA Em todos os casos, temos exemplos de locuções conjuntivas desentido aditivo. São locuções, pois trata-se de uma associação de palavras quedesempenha uma determinada função morfológica (no caso, função de conjunção).Tem valor aditivo, pois as ideias conectadas se somam. Certo.

10076. Segundo o texto, as ideias expressas por “indicadores econômicos”e “produção de saber” são responsáveis pelo suicídio da espécie humana,porque provocam a proliferação de armas.RESPOSTA As ideias expressas por “indicadores econômicos” e “produção desaber” são apresentadas no texto como evidências das distâncias sociais entrepaíses desenvolvidos e subdesenvolvidos. Errado.5198/5805

10077. Se o texto fizesse parte de um documento oficial, como relatórioou parecer, a expressão “processo entropisante” deveria ser substituída paraatender ao quesito de clareza e objetividade; além disso, a segunda ocorrência dopronome “ela” deveria ser suprimida para que se respeitasse a formalidade.RESPOSTA A presença do adjetivo “entropisante”, em “Quanto mais elaavança, mais ela destrói, em um processo entropisante assustador.”, nãochega a afetar a objetividade e a clareza do texto. Trata-se de um adjetivoque, ao mesmo tempo que requer do leitor um nível vocabular culto (entropia:processo de desorganização), contribui para a concisão, ao sintetizar adesestruturação e desorganização de um processo por um única palavra: entropisante.Já o pronome “ela” cumpre um papel muito importante no texto,ao retomar o substantivo “produção” no trecho “A produção apresenta suaclara dimensão fáustica, a se usar a expressão de Marshall Bermann”. Errado.Texto para as questões 10078 a 10081De um modo geral, o conflito ou a contradição que atravessam a separaçãoentre o público e o privado podem ser resumidos na pergunta que sempreatormentou os moralistas antigos e os modernos: os fins justificam os

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meios? Um dos divisores de água que a modernidade traçou entre a ética ea política foi dado pela baliza posta por essa pergunta. No caso da ética, aresposta é negativa: os meios precisam estar de acordo com a natureza dosfins e, portanto, para fins éticos os meios precisam ser éticos também. (...)No caso da política, ao contrário, a resposta tende a ser positiva e estabeleceuma diferença de natureza entre meios e fins, exigindo-se, porém,que haja alguma proporção (ou racionalidade) entre eles. A ideia queparece prevalecer é a de que, na política, todos os meios são bons e lícitosdesde que o fim seja bom para a coletividade.Marilena Chaui. Público, privado, despotismo. In: Adauto Novaes (Org.). Ética.São Paulo: Companhia das Letras, Secretaria Municipal de Cultura, 5. impressão,1997, p. 353-4 (com adaptações).(Procurador do MP do TCU – 2004 – CESPE) Com base no textoacima, julgue os itens a seguir.

10078. No caso da ética, a resposta é negativa: os meios precisam estarde acordo com a natureza dos fins e, portanto, para fins éticos os meios precisamser éticos também. (...) No caso da política, ao contrário, a respostatende a ser positiva e estabelece uma diferença de natureza entre meios e fins...5199/5805De acordo com as ideias do texto, são mantidas a coesão e a coerência ao sepreencher com o trecho a seguir a lacuna representada por (...): Em outras palavras,se a finalidade da ética é a virtude e o bem, os meios precisamser bons e virtuosos, sem o que não há ética, uma vez que as açõesrealizadas em vista de um certo fim já fazem parte do próprio fim aser atingido, são o caminho para ele.RESPOSTA O trecho, em negrito, introduzido pela expressão “Em outras palavras”,é uma paráfrase dos períodos anteriores. Basicamente, mantém-se acoerência argumentativa segundo a qual é necessário que os meios sejam virtuosospara que se tenham fins pautados pela ética. Certo.

10079. A expressão “divisores de águas” está sendo empregada em sentidoconotativo e dá ao texto a ideia de fato, acontecimento, episódio que, em umasituação limite, provoca uma divisão no curso da evolução dos conceitos. Essaideia se articula com o termo “baliza”, empregado no sentido de marca, limite,referência deflagradora, parâmetro para a divisão inicialmente citada.RESPOSTA A expressão “divisor de águas” foi empregada no sentido figuradoou conotativo. Trata-se de uma metáfora associada à mudança no status quo.A palavra “baliza”, também empregada de forma metafórica, significa no contexto“referência”. Certo.

10080. No caso da política, ao contrário, a resposta tende a ser positivae estabelece uma diferença de natureza entre meios e fins, exigindo-se,porém, que haja alguma proporção (ou racionalidade) entre eles...Em “exigindo-se”, a eliminação do pronome enclítico “se” prejudicaria o sentido ea correção gramatical do período, porque a oração ficaria sem sujeito.RESPOSTA Se eliminarmos o pronome enclítico “se”, o sujeito deixa de seroracional (“que haja alguma proporção (ou racionalidade) entre eles”) e passaser determinado e simples, tendo como núcleo o termo “resposta”. Errado.

10081. A inserção da conjunção portanto, com as devidas adaptaçõesde maiúsculas, no início do último período do texto ou entre vírgulas após a expressão“parece prevalecer” provocaria inadequação sintática e incoerênciatextual.5200/5805RESPOSTA O último período do texto é uma consequência daquilo que foi expostono texto. Dessa forma, o emprego do conectivo “portanto” é adequado,pois explicita uma dedução coerente. Vale ressaltar que são corretas asseguintes construções: “Portanto, a ideia que parece prevalecer é a de que...”ou “A ideia que parece prevalecer, portanto, é a de que...”. A alteração deposição do conectivo não implica mudança do sentido original, devendo-sesomente ter atenção ao correto emprego das vírgulas. Errado.Texto para as questões 10082, 10083, 10085 e 10086Quem são esses senhoresPara entender os senhores de Davos, temos de recorrer à história da filosofiae ao filósofo Pitágoras, o homem que, primeiro, conseguiu estaproeza extraordinária do pensamento humano: dissociou o número dacoisa numerada.Antes de Pitágoras, era necessário que duas vacas e dois bois se apresentassemdiante do comerciantepara que ele pudesse concluir que duas vacas mais dois bois perfaziam umtotal de quatro animais.Se vacas e bois, cansados de ser contados, resolvessem pastar no campo,as aritméticas dos comerciantes desmaiariam.Pitágoras veio e disse: “Façamos abstração dos números, pensemosnúmeros abstratamente.” O filósofoseparou os números das vacas numeradas e deu certo: as contas podiamser feitas, mesmo na ausência dos animais, pouco dispostos. Foi um extraordinárioavanço para o ser humano... e para as vacas, quepuderam pastar em paz.Hoje, neste mesmo instante em que estamos aqui reunidos discutindo osmalefícios da globalização, o que estarão fazendo os Senhores de Davos?Estão fazendo exatamente o contrário de Pitágoras – estão reificando,coisificando os números... e fazendo abstração dos seres humanos.Os Senhores de Davos pensam no lucro abstrato e esquecem a fome concreta.Os números passam a ser o sujeito da História: alíquotas, juros, índicesDow Jones e Nasdaq, dividendos... Não a saúde, a educação, o trabalho,a habitação e o lazer, porque estas são preocupações humanitárias enão econômicas.Essa visão de Economia Abstrata opera tremenda divisão da Humanidade,que se torna tríade: a Primeira Humanidade, que controla o Deus-Mercado,verdadeira senhora do mundo; a Segunda Humanidade, que, aqualquer título, está dentro do Mercado; e a Terceira Humanidade,5201/5805

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descartável, inútil, encontre-se ela nos extremos da África ou no ventredos Estados Unidos.Não quero parodiar filósofos, não quero imitar Descartes, mas creio quehoje devemos dizer: “Eu estou no mercado, logo existo”. Ai de quem nãopuder pronunciar essa frase terrível: será condenado à Terceira Humanidadee será, com ela, descartado!Nós queremos a Paz, não a Guerra! Queremos Paz, sim, mas nunca aPassividade! Queremos conter a metástase da globalização.Augusto Boal. Revista Caros Amigos, n. 47, fev./2001, p. 10 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2005 – CESPE) Julgue asseguintes reescrituras quanto à fidedignidade às prescrições gramaticais e às ideiasdesenvolvidas no texto.

10082. Pitágoras inovou ao propor que se pensassem os números abstratamente,ou seja, que, por exemplo, se prescindisse, para contar, da presençado que seria contado.RESPOSTA Não há no texto qualquer impropriedade. Na passagem “sepensassem os números”, observa-se a correta flexão verbal, haja vista setratar de uma voz passiva sintética cujo sujeito é “números” (se pensassem osnúmeros = fossem pensados os números).Quanto à pontuação, toda ela está correta, pois todos os termos interferentesestão entre vírgulas (“ou seja”, “por exemplo” e “para contar”).A única coisa que poderia gerar dúvida é a presença do “se prescindisse”, como pronome reflexivo parecendo iniciar uma frase, entretanto, isso nãoacontece, pois, na verdade, “por exemplo” é apenas um termo interferenteque está completamente isolado pela presença das vírgulas. Dessa forma, opronome “que” é um atrativo do pronome “se”.O significado de “prescindir” é “dispensar”, o que está totalmente de acordocom a ideia original do texto. Certo.

10083. Hoje, é adequado parodiar Descartes afirmando que as nações eo indivíduo tem de dizer “Estou no mercado, logo existo”. O não pronunciar estafrase equivale à condenação de não integrar-se a Primeira Humanidade e de,junto com ela, sermos marginalizados.RESPOSTA 1) O termo “as nações e o indivíduo” é um sujeito composto, porisso o verbo “ter” deveria estar no plural, assim: “as nações e o indivíduo”têm de dizer.5202/58052) A colocação do pronome oblíquo “se” em “integrar-se “está equivocada. Apresença do advérbio de negação “não” atua como fator de próclise, forçando,assim, o pronome a se posicionar antes do verbo.3) A forma verbal “integrar-se” é transitiva indireta, sendo regida pela preposição“a” (integrar-se a algo). Assim, deveria haver crase antes de “PrimeiraHumanidade”.Corrigindo o período todo: Hoje, é adequado parodiar Descartes afirmando queas nações e o indivíduo têm de dizer “Estou no mercado, logo existo”. Nãopronunciar esta frase equivale à condenação de não se integrar à PrimeiraHumanidade e de, junto com ela, sermos marginalizados. Errado.Texto para a questão 10084, 10085 e 10086A montanha mágicaNo início de 2005, muito ouvimos falar de Davos – um lugar na Suíçaonde se reuniram os luminares de todo o mundo para discutir as ansiedadesque nos paralisam e as perplexidades que nos mobilizam.Por coincidência, Davos é também o cenário onde se monta a ação de umfamoso romance escrito por Thomas Mann, A Montanha Mágica. O romanceé de 1924 e descreve a vida de um grupo de personagens doentesque, no princípio do século, se instalaram no Sanatório Berghof, procurandorecuperar a saúde.Um mundo enfermo foi de novo a Davos procurando diagnosticar seusmales e ali, em sucessivos e variados seminários, se indagou onde estaria acura dos males de nossa civilização. Lá estavam Tony Blair, Lula e os presidentesde dezenas de países desimportantes. Lá estavam Bill Gates e osgerentes de agências financiadoras de todo o mundo. Lá estava até SharonStone recolhendo US$1 milhão para as desgraças na Tanzânia. Enfim, láestava uma amostra da sociedade atual, ou melhor, lá estavam os pajésdas diversas tribos de nossa sociedade eletrônica tentando exorcizar asdoenças da comunidade.A Montanha Mágica é um romance muito antigo. Mas, sendo antigo, derepente, é atual, por causa da metáfora viva que contém e que os sábios doFórum Econômico Mundial ressuscitaram. Que mágica se pode fazer namontanha de dinheiro acumulado pelo hipercapitalismo para sanar osmales que corroem as vísceras de nossa comunidade? Penso se o mundonão foi sempre um sanatório em Davos.Affonso Romano de Sant’anna. Correio Braziliense, 6-2-2005 (com adaptações).5203/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2005 – CESPE) Com basenas ideias e nos aspectos morfossintáticos do texto, julgue o seguinte item.

10084. Penso se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos.A correção gramatical do texto seria mantida caso a conjunção condicional “se”fosse substituída por “em que”.RESPOSTA A conjunção “se” é subordinativa integrante, e não subordinativacondicional, uma vez que ela introduz uma oração subordinada substantiva objetivadireta – no caso, “se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos”.Errado.(Auditor Federal de Controle Externo – 2005 – CESPE) Com relaçãoà correção gramatical e à pertinência às ideias desenvolvidas nos textos“Quem são esses senhores” e “A montanha mágica”, julgue os próximos itens.

10085. Augusto Boal escreveu a respeito dos problemas da economiamundial e do Fórum Econômico Mundial fazem quatro anos, no entanto o textodesse autor permanece atual.RESPOSTA No trecho “fazem quatro anos”, está errada a flexão do verbo“fazer”, haja vista que, no sentido de tempo passado, se trata de um verboimpessoal e a oração de que ele faz parte não apresenta sujeito. Deve-se

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empregar, assim, a forma singular “faz”. Errado.

10086. O texto “A montanha mágica”, publicado em 2005, vai de encontroà linha argumentativa do texto “Quem são esses senhores”, apesar deste tersido escrito há quatro anos atrás.RESPOSTA O primeiro erro está na expressão “vai de encontro a”, que significa“ir contra a”. O correto seria “vai ao encontro de”, que significa “ir a favorde”. Os textos “Quem são esses senhores” e “A montanha mágica” se aproximamquanto ao teor argumentativo, o que justifica o emprego desta últimaexpressão. O outro erro é de redundância: o verbo “haver”, na acepção detempo passado, torna desnecessária a presença da palavra “atrás”. Errado.Texto para as questões 10087 a 10091A exaltação do indivíduo, como representante dos mais elevados valoreshumanos que esta sociedade produziu, combinada ao achatamento subjetivosofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de5204/5805consumo, produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadasou empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem deoutras, destacadas pelos meios de comunicação como representantes dedimensões de humanidade que o homem comum não reconhece em simesmo. Consome-se a imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistase alguns (raros) políticos, em busca do que se perdeu exatamentecomo efeito da espetacularização da imagem: a dimensão, humana e singular,do que pode vir a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vistade sua história de vida.Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital. Riode Janeiro/São Paulo: Record, 1999.(Auditor Federal de Controle Externo – 2005 – CESPE) Com basenas ideias e nos aspectos morfossintáticos do texto, julgue os seguintes itens.

10087. A autora do texto defende a ideia de que a sociedade de consumoproduz indivíduos insensíveis aos mais elevados valores construídos ao longo dahistória da humanidade.RESPOSTA O autor não afirma que os indivíduos são insensíveis aos mais elevadosvalores construídos ao longo da história da humanidade. Afirma-sejustamente o contrário no trecho “A exaltação do indivíduo, como representantedos mais elevados valores humanos que esta sociedadeproduziu...”. O que o texto de fato afirma é que “o homem comum não reconheceem si mesmo”, ou seja, ele é insensível a sua própria existência.Errado.

10088. Os meios de comunicação, por intermédio da técnica do espetáculo,transformam em marca registrada de alguns características, valores emodos de viver que são comuns a todos os indivíduos da espécie humana.RESPOSTA De fato, este trecho representa uma paráfrase (cópia do conteúdooriginal com outras palavras) de “as pessoas... dedicam-se a cultuar a imagemde outras, destacadas pelos meios de comunicação como representantes de dimensõesde humanidade que o homem comum não reconhece em si mesmo”.Sendo assim, o sentido original é mantido. Quanto aos aspectosmorfossintáticos, destaca-se o correto emprego da vírgula, isolando o termointercalado “por intermédio da técnica do espetáculo” (isolado entre sujeito“Os meios de comunicação” e verbo “transformam”) e os termos em enumeração“características”, “valores” e “modos”. Certo.5205/5805

10089. “A exaltação do indivíduo, como representante dos mais elevadosvalores humanos que esta sociedade produziu...”O destaque dado à palavra “indivíduo” confere-lhe o sentido de ser único, especial,distinguível dos demais do grupo, referidos, no texto, como “sujeitos” e“pessoas”.RESPOSTA No trecho “A exaltação do indivíduo, como representante dos maiselevados valores humanos...”, o destaque em itálico dado à palavra “indivíduo”coloca esta palavra em posição diferenciada, dando a entender que o seu significadocontextual vai além de “pessoa” ou “sujeito”. O autor tenta chamaratenção para um sentido de notoriedade associado a “indivíduo”. Certo.

10090. De acordo com as regras sintáticas de construção do período,garante-se a correção gramatical do texto, ao se substituir a oração “em que aspessoas, despojadas ou empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuara imagem de outras” por: de as pessoas, despojadas ou empobrecidas desua subjetividade, dedicarem-se a cultuar a imagem de outras.RESPOSTA Para resolver esse tipo de questão, o melhor a fazer é substituirefetivamente os trechos e avaliá-los: “... produz este estranho fenômeno emque as pessoas, despojadas ou empobrecidas em sua subjetividade, dedicamsea cultuar a imagem de outras...” por “... produz este estranho fenômeno deas pessoas, despojadas ou empobrecidas de sua subjetividade,dedicarem-se a cultuar a imagem de outras...”.Percebemos dessa forma que a substituição é válida, já que não apresenta alteraçãoalguma de sentido e ainda respeita as normas gramaticais. Destaca-sea não contração da preposição “de” com o artigo “as”, o que é correto, vistoque não se contrai preposição – no caso, “de” – e sujeito – no caso, “as pessoas”.Além disso, destaca-se a correta flexão do infinitivo “dedicarem-se”, concordandocom o sujeito “as pessoas”. Certo.

10091. Na expressão “os apelos monolíticos da sociedade de consumo”,o adjetivo foi empregado com sentido figurado.RESPOSTA A palavra “monolítico” significa “resistente”, “sólido”, “inabalável”.Para descobrir o significado literal da palavra monolítico, temos que saber queela vem de monólito, que quer dizer “pedra de grandes dimensões”. Então,como “apelo” não pode “ser de pedra”, percebemos que o autor usou a palavraem sentido figurado, associando-a à resistência. Certo.5206/5805Texto para a questão 10092Breve históricoA ideia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no

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Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto CaldeiraBrandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaramprojeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. As discussões emtorno da criação de um Tribunal de Contas durariam quase um século, polarizadasentre aqueles que defendiam a sua necessidade – para quem ascontas públicas deviam ser examinadas por órgão independente – eaqueles que a combatiam, por entenderem que as contas públicas podiamcontinuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam.Originariamente o Tribunal teve competência para exame, revisão e julgamentode todas as operações relacionadas com a receita e a despesa daUnião. A fiscalização fazia-se pelo sistema de registro prévio. A Constituiçãode 1891 institucionalizou o Tribunal e conferiu-lhe competências paraliquidar as contas da receita e da despesa e verificar a sua legalidade, antesde serem prestadas ao Congresso Nacional.Pela Constituição de 1934, o Tribunal recebeu, entre outras, as seguintesatribuições: proceder ao acompanhamento da execução orçamentária, registrarpreviamente as despesas e os contratos, julgar as contas dos responsáveispor bens e dinheiro públicos, assim como apresentar parecerprévio sobre as contas do Presidente da República, para posterior encaminhamentoà Câmara dos Deputados. Com exceção do parecer préviosobre as contas presidenciais, todas as demais atribuições do Tribunal forammantidas pela Carta de 1937. A Constituição de 1946 acresceu umnovo encargo às competências da Corte de Contas: julgar a legalidade dasconcessões de aposentadorias, reformas e pensões.A Constituição de 1967, ratificada pela Emenda Constitucional n. 1, de1969, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prévio dos atos e doscontratos geradores de despesas, sem prejuízo da competência para apontarfalhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam, então, objeto derepresentação ao Congresso Nacional.Eliminou-se, também, o julgamento da legalidade de concessões deaposentadorias, reformas e pensões, ficando a cargo do Tribunal, tãosomente, a apreciação da legalidade para fins de registro. O processo defiscalização financeira e orçamentária passou por completa reforma nessaetapa. Como inovação, deu-se incumbência à Corte de Contas para o exercíciode auditoria financeira e orçamentária sobre as contas das unidadesdos três poderes da União, instituindo-se, desde então, os sistemas de5207/5805controle externo, a cargo do Congresso Nacional, com auxílio da Corte deContas, e de controle interno, este exercido pelo Poder Executivo e destinadoa criar condições para um controle externo eficaz.Finalmente, com a Constituição de 1988, o Tribunal de Contas da União(TCU) teve a sua jurisdição e a sua competência substancialmente ampliadas.Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso Nacional, exercer afiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonialda União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,à legitimidade e à economicidade, e a fiscalização da aplicação dassubvenções e da renúncia de receitas. Qualquer pessoa física ou jurídica,pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administredinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ouque, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária tem o deverde prestar contas ao TCU.Conheça o TCU. Internet: <http://www.tcu.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2005(com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2005 – CESPE) Com basena recuperação precisa da informação do texto e no que se prescreve em relação àmodalidade escrita formal da Língua Portuguesa, julgue o item a seguir.

10092. A ideia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pelaprimeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de FelisbertoCaldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaramprojeto de lei nesse sentido ao Senado do Império.O emprego da vírgula antes de “que” justifica-se pelo valor restritivo da oraçãoadjetiva que esse pronome introduz.RESPOSTA A oração adjetiva “que apresentaram projeto de lei nesse sentidoao Senado do Império” faz referência aos substantivos Felisberto CaldeiraBrandt, Visconde de Barbacena, e José Inácio Borges e tem caráter explicativo.Uma evidência disso é o emprego da vírgula após “Borges”. Lembre-se deque as adjetivas explicativas são isoladas por vírgulas, ao passo que as restritivas,não. Errado.Texto para a questão 10093Há dez anos, um terremoto financeiro atingiu a Ásia, com rescaldo naAmérica Latina. A crise de 1997, depois de atingir a Tailândia, rapidamentese espalhou pela Indonésia, Malásia, pelas Filipinas e pela Coreiado Sul, para se replicar na Rússia, na Argentina e no Brasil em 1998. Uma5208/5805década depois do fatídico ano de 1997, o mundo assiste ao novo reinadoda Ásia. Liderada por China e Índia, a região exibe, na média, taxas decrescimento superiores a 7%.A despeito das recentes turbulências, a Tailândia, primeira vítima da criseasiática, mostra índices melhores do que então. Houve um golpe militar,em setembro de 2006, quando foi deposto o primeiro-ministro acusado decorrupção e malversação de dinheiro. Aos poucos, volta a confiança dosinvestidores no país, governado por um conselho de segurança nacionalprovisório, com eleições previstas para o fim do ano.Carta Capital, 1º-8-2007, p. 12 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2007 – CESPE) Com referênciaàs ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, e considerando o atualcenário econômico-financeiro mundial, julgue.

10093. Aos poucos, volta a confiança dos investidores no país, governadopor um conselho de segurança nacional provisório, com eleições previstaspara o fim do ano.Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical ao se transformar o aposto

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final do texto em uma oração desenvolvida: cujas eleições são previstas para o fimde ano.RESPOSTA A oração adjetiva explicativa “cujas eleições são previstas para ofim de ano” equivale à função de aposto explicativo presente no períodosimples. Certo.Texto para as questões 10094 e 10095O 29 de julho de 2007 será lembrado como o dia em que os iraquianosusaram suas armas para comemorar. Após mais de quatro anos vivendoem meio ao caos sob a malsucedida ocupação norte-americana, elestiveram finalmente um dia de alegria. Em todos os cantos do Iraque, apopulação festejou a histórica vitória de sua seleção na final da Copa daÁsia de futebol – com receita brasileira do técnico Jorvan Vieira, quecomemorou como “do Brasil” a vitória por 1 a 0 sobre a Arábia Saudita,comandada por Hélio dos Anjos, outro brasileiro.Correio Braziliense, 30-7-2007, p. 18 (com adaptações).5209/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2007 – CESPE) A respeitodas ideias e das estruturas do texto acima e também considerando aspectos dageopolítica do mundo nos dias atuais, julgue.

10094. O emprego do artigo determinando a expressão “29 de julho de2007” desrespeita as regras gramaticais da norma culta a ser usada em documentosoficiais; por isso, se a informação da primeira linha do texto for usada emum documento oficial, o artigo deve ser omitido.RESPOSTA É possível subentender a presença da palavra “dia”: “O (dia) 29de julho de 2007”. Isso justifica o emprego do artigo definido antecedendo adata. Errado.

10095. Em todos os cantos do Iraque, a população festejou a históricavitória de sua seleção na final da Copa da Ásia de futebol...O desenvolvimento das ideias do texto mostra que “sua” refere-se a “Iraque”.RESPOSTA O pronome “sua” é uma forma de referenciar a “seleção iraquiana”.É possível concluir isso, pois se trata da única possibilidade de referenciaçãoaté então presente no texto. Certo.Texto para a questão 10096As leis elaboradas pelo Poder Legislativo constituem um dos mais importantesinstrumentos para a proteção dos direitos naturais. Afinal, elas sãoas responsáveis pela construção da liberdade individual no Estado de sociedade.Ao compor a liberdade dos indivíduos em sociedade, elas tambémlimitam o poder governamental. A participação popular e o controle populardo poder guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e racional,com vistas à conquista de algum bem. A política é exercida sempreque as pessoas agem em conjunto. A política é uma ação plural. O voto,nas eleições, é modo de expressão do consentimento dos cidadãos, paraque o poder seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradase executadas de modo legítimo. A expressão do consentimento periódicopor meio do voto, em qualquer dos níveis de governo, é essencial para queo Estado constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger os direitosinerentes às pessoas.Daniela Romanelli da Silva. Poder, Constituição e voto. In: Filosofia, Ciência &Vida. São Paulo: Escala, ano III, n. 27, p. 42-3 (com adaptações).5210/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2009 – CESPE) No queconcerne à organização dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima,julgue o próximo item.

10096. A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo,seguido de vírgula, imediatamente antes de “A política”, escrevendo-se o artigocom letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical dotexto.RESPOSTA É possível sim a inserção da conjunção coordenativa conclusiva“Logo”, haja vista que a afirmação “A política é exercida sempre que as pessoasagem em conjunto.” consiste em uma dedução obtida a partir do fato deque o exercício da política é coletivo e emana da vontade popular. Certo.

10097. (Policial Rodoviário Federal – 2002 – CESPE) Pedrodirigia um veículo automotor que lhe fora emprestado por João e foi parado emuma blitz, quando um dos agentes de trânsito lhe pediu que exibisse sua CNH eos documentos de registro e licenciamento do automóvel que dirigia.A partir dessa situação e sabendo que o CTB define como crime “Dirigir veículoautomotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação” ecomo infração “Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório”, julgueo item seguinte.Nos trechos do CTB acima citados, a ideia restritiva da expressão “sem a devidaPermissão para Dirigir ou Habilitação” qualifica “veículo automotor”.RESPOSTA O trecho “sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação” temcaráter adverbial e modifica a ação verbal “dirigir”, acrescentando-lhe umaideia de modo. Errado.Texto para a questão 10098O filme Central do Brasil, de Walter Salles, tem como protagonista aprofessora aposentada Dora, que ganha um dinheiro extra escrevendocartas para analfabetos na Central do Brasil, estação ferroviária do Rio deJaneiro. Outra personagem é o menino Josué, filho de Ana, que contrataos serviços de Dora para escrever cartas passionais para seu ex-marido,pai de Josué. Logo após ter contratado a tarefa, Ana morre atropelada.Josué, sem ninguém a recorrer na megalópole sem rosto, sob o jugo do5211/5805estado mínimo (sem proteção social), vê em Dora a única pessoa quepoderá levá-lo até seu pai, no interior do sertão nordestino.Dos vários momentos emocionantes do filme, o mais sensibilizante é o encontrode Josué com os presumíveis irmãos que, como o pai elaborado emseus sonhos, são também marceneiros. A câmera faz uma panorâmica no

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interior do sertão para mostrar um conjunto habitacional de casaspopulares recém-construídas; em uma das casas, os moradores são os filhosdo pai de Josué que, em sua residência simples, acolhem para dormirJosué e Dora. Os irmãos dormem juntos e dividem a mesma cama. Existeuma comunhão de sentimentos entre os irmãos: os que têm um teto paramorar, têm trabalho, dão amparo ao menino órfão sem eira nem beira.No filme, a grande questão do analfabetismo está acoplada a outro desafio,que é a questão nordestina, ou seja, o atraso econômico e social daregião. Não basta combater o analfabetismo, que, por si só, necessitariados esforços de, no mínimo, uma geração de brasileiros para ser debelado,pois, em 1996, o analfabetismo da população de 15 anos e mais, no Brasil,era de 13,03%, representando um total de 13,9 milhões de pessoas. Segundoa UNESCO, o Brasil chegaria ao ano 2000 em sétimo lugar entre ospaíses com maior número de analfabetos.No Brasil, carecemos de políticas públicas que atendam, de forma igualitária,a população, em especial aquelas voltadas para as crianças, osidosos e as mulheres. A permanência da questão nordestina é um exemploconstante das nossas desigualdades, do desprezo à vida e da falta de políticaspúblicas que atendam aos anseios mínimos do povo trabalhador. Nãosaber ler nem escrever, no Brasil, é um elemento a mais na desagregaçãodos indivíduos que serão párias permanentes em uma sociedade que se dizmoderna e globalizada, mas que é debilitada naquilo que é mais prementeao povo: alimentação, trabalho, saúde e educação. Sem essas condiçõesbásicas, praticamente se nega o direito à cidadania da ampla maioria dapopulação brasileira.Os ensinamentos que podemos tirar de Central do Brasil são que devemosatacar a questão social de várias frentes, em especial na educação detodos os brasileiros, jovens e velhos; lutar por políticas públicas de qualidadeque direcionem os investimentos para promover uma desconcentraçãoregional e pessoal da renda no país, propugnando por um novomodelo econômico e social. Ao garantir uma vida digna, a maioria da populaçãosaberá, por meio da solidariedade de classe, responder às necessidadesda construção de uma sociedade mais justa. Central do Brasil é umexemplo vivo de que o Brasil tem rumo e esperança.5212/5805Salvatore Santagada. Zero Hora, 20-3-1999 (com adaptações).(Papiloscopista Policial Federal – 2004 – CESPE) Julgue areescritura apresentada no item a seguir quanto à grafia, à acentuação, à pontuaçãoe à preservação das ideias do último parágrafo do texto de referência.

10098. Podemos extrair de Central do Brasil o ensinamento de quedevemos atacar a questão social de várias formas, especialmente educando todosos brasileiros, infantes, jovens e idosos.RESPOSTA O início do penúltimo parágrafo referencia essa afirmação: “NoBrasil, carecemos de políticas públicas que atendam, de forma igualitária, apopulação, em especial aquelas voltadas para as crianças, os idosos e as mulheres”.Isso significa que as questões sociais devem ser trabalhadas de formaabrangente. Certo.Texto para as questões 10099 a 10104A multiplicidade dos seres humanos traduz-se por uma forma de ordemsingular. O que há de único na vida em comum dos homens gera realidadesparticulares, especificamente sociais, que são impossíveis de explicarou compreender a partir do indivíduo. A língua é uma boa ilustraçãodisso. Que impressão nos causaria descobrir, ao acordarmos numa belamanhã, que todos os outros homens falam uma língua que não compreendemos?Sob uma forma paradigmática, a língua encarna esse tipo de dadossociais, que pressupõem uma multiplicidade de seres humanos organizadosem sociedades e os quais, ao mesmo tempo, não param de se reindividualizar.Esses dados como que se reimplantam em cada novo membrode um grupo, norteiam seu comportamento e sua sensibilidade, e constituemo habitus social a partir do qual se desenvolverão nele os traçosdistintivos que o contrastarão com os outros no seio do grupo. O modelolinguístico comum admite variações individuais, até certo ponto. Mas,quando essa individualização vai longe demais, a língua perde sua funçãode meio de comunicação dentro do grupo. Entre outros exemplos, citemosa formação da consciência moral, das modalidades de controle de pulsõese afetos numa dada civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um delescorrespondem maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que oindivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de suapersonalidade.5213/5805Norbert Elias. Sobre o tempo. Tradução de Vera Ribeiro. Jorge Zahar editor, 1998,p. 19 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2010 – CESPE) No que serefere à organização das ideias e à estrutura do texto acima, julgue os itens.

10099. Em “A língua é uma boa ilustração disso. Que impressão noscausaria descobrir, ao acordarmos numa bela manhã, que todos os outros homensfalam uma língua que não compreendemos?”, o texto apresenta, em formade pergunta, uma hipótese que, no restante da argumentação, se mostra uma justificativapara a ideia de que a individualização tem limites socialmentecolocados.RESPOSTA No texto, a pergunta serve de ensejo para a tese de que há realmentelimites para o exercício da individualidade. No caso da linguagem, porexemplo, há a possibilidade de haver variedades individuais de uso. Porém, seessas variações começam a se contrapor à função primordial da linguagemcomo meio de comunicação em grupo, passam a perder validade. Certo.

10100. Sob uma forma paradigmática, a língua encarna esse tipo dedados sociais...O uso da preposição De em lugar de “Sob” alteraria as relações de significaçãoentre os termos da oração e, por isso, prejudicaria a coerência entre os argumentosdo texto.

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RESPOSTA A mudança da preposição “sob” para “de” não alteraria as relaçõesde sentido originais. Os termos “Sob uma forma paradigmática” e “Deuma forma paradigmática” têm valor semântico de modo, maneira. Errado.

10101. Depreende-se da argumentação que as “realidades particulares”são “impossíveis de explicar ou compreender” porque a formação da consciênciamoral integra a estrutura da personalidade de cada um, individualmente.RESPOSTA É equivocado afirmar que essas “realidades particulares” são “impossíveisde explicar ou compreender”, pois dá a entender que assim o sãosob qualquer ponto de vista. O que afirma o texto é que, partindo-se doindivíduo, torna-se impossível alcançar esse esclarecimento. A língua, a formaçãoda consciência moral, o dinheiro e o tempo servem de exemplos paraesse pensamento. Errado.5214/5805

10102. Sob uma forma paradigmática, a língua encarna esse tipo dedados sociais, que pressupõem uma multiplicidade de seres humanos organizadosem sociedades e os quais, ao mesmo tempo, não param de sereindividualizar.A flexão de masculino em “os quais” mostra que essa expressão retoma um referentemasculino plural e não “sociedades”. O seu emprego, no texto, evita umapossível ambiguidade que poderia ser provocada pelo emprego do pronome que.RESPOSTA O termo “os quais”, por se tratar de uma flexão no masculinoplural, retoma necessariamente o referente “seres humanos”. A presença dopronome relativo “que” geraria um esforço de interpretação adicional na identificaçãodo correto referente. Certo.

10103. Sob uma forma paradigmática, a língua encarna esse tipo dedados sociais, que pressupõem uma multiplicidade de seres humanos organizadosem sociedades e os quais, ao mesmo tempo, não param de sereindividualizar.A retirada do pronome em “se reindividualizar” provocaria erro gramatical e incoerênciatextual, pois não se explicitaria o que seria reindividualizado.RESPOSTA O pronome “se” é reflexivo, podendo ser facilmente substituídopor “a si mesmos”. Exerce função de objeto direto do verbo “reindividualizar”.Sua ausência provocaria um vácuo que comprometeria a coerência textual.Certo.

10104. Em “A cada um deles correspondem maneiras pessoais deagir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que seintegra na estrutura de sua personalidade.”, a flexão de plural em “correspondem”mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com “maneiras”; masseria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizandoeste termo pelo uso do verbo no singular: corresponde.RESPOSTA O núcleo do sujeito do verbo “corresponder” é “maneiras”, o queobriga o verbo a se flexionar na forma plural – correspondem –, para seestabelecer a concordância verbal.O termo “A cada um deles” é objeto indireto desse verbo, não sendo possível,assim, justificar uma concordância entre “cada um” e a forma singular “corresponde”.Errado.5215/5805Texto para as questões 10105 a 10108A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez maismoldada e “globalizada” pela transmissão e difusão das formas significativas,visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquantoo desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamentefrágeis os limites que separavam o público do privado, assistesehoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, coma estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização dopúblico. Faz-se necessário frisar que o imaginário social acompanha lentamenteessa evolução, nem sempre aceitando o rompimento dos costumesfortemente arraigados.Vera Lúcia Pires. A identidade do sujeito feminino: uma leitura das desigualdades.In: M. I. Ghilardi-Lucena (Org.). Representações do feminino. PUC: Átomo, 2003,p. 209 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2010 – CESPE) Julgue ositens seguintes, relativos à organização das ideias no texto acima e aos seus aspectosgramaticais.

10105. Em “... assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidadedo privado, com a estruturação de novas relações familiares, bem comoà privatização do público.”, o uso do sinal indicativo da crase em “à privatização”mostra que o conectivo “bem como” introduz um segundo complemento ao verboassistir.RESPOSTA O conector aditivo “bem como” une os dois objetos indiretos deverbo “assistir”: “a uma nova tendência... relações familiares” e “à privatizaçãodo público”. A crase ocorre devido à fusão da preposição “a” – solicitadapelo verbo “assistir” – e do artigo “a” – solicitado pelo substantivo feminino“privatização”. Certo.

10106. Em “Faz-se necessário frisar que o imaginário social acompanhalentamente essa evolução...”, a flexão de masculino em “necessário” estabelececoncordância desse termo com “imaginário social”; no desenvolvimento da argumentação,essa relação sintática enfatiza “imaginário social” como o primeirotermo na comparação com “evolução”.RESPOSTA A flexão de masculino singular em “necessário” se dá para sefazer a concordância com o sujeito oracional “frisar que o imaginário social5216/5805acompanha lentamente essa evolução”. Além disso, de acordo com aargumentação, dá-se a entender que, numa ordem cronológica, o “imagináriosocial” vem depois da “evolução” descrita no texto (“o imaginário social acompanhalentamente essa evolução”). Errado.

10107. Faz-se necessário frisar que o imaginário social acompanha

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lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o rompimento dos costumesfortemente arraigados.De acordo com a argumentação, os “costumes fortemente arraigados” referem-seàs “relações familiares”.RESPOSTA Os “costumes fortemente arraigados” referem-se não só às tradicionaisrelações familiares, mas também a todos os costumes tradicionais, quesão regidos por preceitos morais adotados pela sociedade. O rompimentodesses costumes nem sempre é assimilado com naturalidade pelo imagináriosocial, segundo o texto. Errado.

10108. Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenhatornado absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado...A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modosubjuntivo em “tenha”; por isso, a substituição dessa forma verbal por tem desrespeitaas regras gramaticais do padrão culto da língua.RESPOSTA O conector “Conquanto” é concessivo e equivale a “embora,apesar de”. O seu uso faz com que o verbo da oração introduzida pelo conectorseja conjugado no modo Subjuntivo, resultando na construção“Conquanto... tenha”. Certo.Texto para as questões 10109 a 10114Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com umagrande massa de informações. As novas questões e os eventos que surgemno horizonte social frequentemente exigem, por nos afetarem de algumamaneira, que busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que jáconhecemos. Estas interações sociais vão criando “universos consensuais”no âmbito dos quais as novas representações vão sendo produzidas ecomunicadas, passando a fazer parte desse universo não mais comosimples opiniões, mas como verdadeiras “teorias” do senso comum, construçõesesquemáticas que visam dar conta da complexidade do objeto,5217/5805facilitar a comunicação e orientar condutas. Essas teorias ajudam a forjara identidade grupal e o sentimento de pertencimento do indivíduo aogrupo.Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dosgrupos em função de sua representação social. Isto quer dizer que é possíveldefinir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo deoutro pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobreum dado objeto social. Graças a essa reciprocidade entre uma coletividadee sua teoria, esta é um atributo fundamental na definição de um grupo.Alda Judith Alves-Mazzotti. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicaçõesà educação. In: Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, 2008, p. 18-43. Internet:<www.metodista.br> (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2010 – CESPE) A respeitoda organização dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto apresentado,julgue os itens que se seguem.

10109. “Estas interações sociais vão criando ‘universos consensuais’ noâmbito dos quais as novas representações vão sendo produzidas e comunicadas,passando a fazer parte desse universo não mais como simples opiniões, mascomo verdadeiras ‘teorias’ do senso comum...”Por meio da oração iniciada por “passando”, atribui-se uma causa para a dinâmicadas interações sociais expressas nas orações iniciais do período.RESPOSTA A oração reduzida introduzida pela forma gerúndio “passando” introduzuma relação de consequência ou efeito, e não causa. É possível subentendera forma “assim” ou “consequentemente” na oração em destaque.Errado.

10110. Depreende-se do desenvolvimento do texto que os fragmentos“representações partilhadas” e “sobre um dado objeto social” são interpretadoscomo diferentes porque partem de teorias que os caracterizam como diferentes.RESPOSTA É equivocado afirmar que os termos “representações partilhadas”e “sobre um dado objeto social” são definidos por teorias distintas. No texto,os dois termos estão relacionados de forma lógica pela seguinte teoria: é pormeio da identificação das representações partilhadas entre seus membrosacerca de um determinado objeto social que se caracteriza um grupo deindivíduos. Errado.5218/5805

10111. Em “Graças a essa reciprocidade entre uma coletividade e suateoria, esta é um atributo fundamental na definição de um grupo.”, já que a estruturasintática exige a preposição a, a ausência de sinal indicativo da crase em“a essa reciprocidade” mostra que, por causa da presença do pronome demonstrativo“essa”, o artigo não é aí usado.RESPOSTA A preposição “a” é solicitada na expressão “Graças a” – “graças aalgo” ou “graças a alguém”. Não há a necessidade do artigo “a” – outra condiçãopara o emprego da crase –, pois, embora tenhamos o substantivo feminino“reciprocidade”, este já está determinado pelo pronome demonstrativo“essa”. Certo.

10112. “Graças a essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria,esta é um atributo fundamental na definição de um grupo.”Pelo uso do pronome “esta”, indica-se na argumentação que o “atributo fundamentalna definição de um grupo” é a teoria, não a reciprocidade ou acoletividade.RESPOSTA O pronome demonstrativo “este(a)” é empregado para referenciartermos de maior proximidade. No caso, o termo mais próximo é “teoria”.Certo.

10113. As novas questões e os eventos que surgem no horizonte socialfrequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira, que busquemoscompreendê-los, aproximando-os daquilo que já conhecemos.O uso da flexão de terceira pessoa do plural em “afetarem” estabelece a relaçãodesse verbo com “novas questões e os eventos”.RESPOSTA A forma verbal “afetarem” está no plural para que haja concordância

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como o sujeito composto “As novas questões e os eventos”. Certo.

10114. A flexão de masculino nos pronomes em “compreendê-los” e“aproximando-os”, ambos em “... por nos afetarem de alguma maneira, quebusquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já conhecemos.”,mostra que esses pronomes remetem a “eventos”; mas, como o sujeito da oraçãose inicia pela qualificação de “questões”, seria coerente ressaltar, na argumentação,o referente “questões”, fazendo-se uso da concordância no feminino.5219/5805RESPOSTA O pronome “os”, presente nas formas verbais “compreendê-los” e“aproximando-os”, faz referência a “eventos” e “questões”. Como se trata dedois referentes de gêneros distintos, a concordância se dá no masculino plural.Errado.Texto para as questões 10115 a 10118A relação de poder e status entre grupos está ligada à identidade social,que permite ao grupo dominante na sociedade, por deter o poder e ostatus, impor valores e ideologias, que, por sua vez, servem para legitimare perpetuar o status quo. Vale lembrar que os indivíduos nascem já inseridosem uma estrutura social e, simplesmente em função do sexo ou daclasse social, entre outros itens, são colocados em um ou em outro gruposocial. Dessa forma, adquirem as categorias sociais definitivas dos gruposaos quais pertencem e que podem ter valores sociais positivos ou negativos.Os membros dos grupos dominantes e de status superior passam ater identidade social positiva e maior grau de autoestima. Da mesmaforma, os membros de status inferior ou de grupos subordinados têm ouadquirem identidade social menos positiva e menor autoestima. Entretanto,se a mobilidade para uma classe superior parece impossível e osmembros do grupo inferior percebem as fronteiras entre os grupos comoimpenetráveis, eles podem vir a adotar estratégias coletivaspara criar uma identidade social mais positiva para o seu grupo. Taismudanças são denominadas mudanças sociais.Astrid N. Sgarbieri. A mulher brasileira: representações na mídia. In: M. I.Ghilardi-Lucena (Org.). Representações do feminino. PUC: Átomo, 2003, p. 128-9(com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2010 – CESPE) Com referênciaà organização dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima, julgueos itens subsequentes.

10115. Dessa forma, adquirem as categorias sociais definitivas dosgrupos aos quais pertencem e que podem ter valores sociais positivos ounegativos.A preposição a, em “aos quais”, estabelece relações sintático-semânticas com overbo pertencer; por tal motivo, essa preposição não poderia ser omitida noperíodo, mesmo se o pronome fosse substituído por a que.5220/5805RESPOSTA A preposição “a” é requerida pela regência do verbo “pertencer”(quem pertence, pertence a algo). Assim, deve-se posicionar o elemento prepositivoantes do pronome relativo, seja ele qual for. Certo.Observação: A banca deveria, na redação da assertiva, substituir o trecho“mesmo se o pronome fosse substituído por a que.” por “mesmo se o pronomefosse substituído por que”. A redação original compromete a correçãoda assertiva. No lugar de “aos quais = a + os quais”, empregar-se-ia aforma “à que = a + a que”, o que tornaria falsa a afirmação. Nessaconsideração, está-se levando a redação da assertiva ao pé da letra: no lugardo pronome “os quais”, emprega-se a forma “a que”. Provavelmente, tal possibilidadede interpretação deve ter passado despercebida pela banca.

10116. ... eles podem vir a adotar estratégias coletivas para criar umaidentidade social mais positiva para o seu grupo.A expressão verbal “podem vir a adotar” indica uma possibilidade e uma continuidadeda ação que o simples uso de “adotar” não indicaria; por essa razão, as ideiasde possibilidade e de continuidade seriam incorporadas a essa expressão, semprejudicar as relações semânticas nem a correção gramatical do texto, se fosseusada a forma verbal viriam adotando.RESPOSTA A presença do verbo “poder” na expressão “podem vir a adotar” éque confere à expressão a ideia de possibilidade. A ausência do verbo “poder”eliminaria essa ideia. Além disso, a forma “viriam adotando”, com o verboauxiliar conjugado no futuro do pretérito, não estaria corretamente correlacionadacom os demais verbos “parece” e “percebem”, conjugados no presentedo indicativo. Errado.

10117. Tais mudanças são denominadas mudanças sociais.A expressão “Tais mudanças” retoma e resume a ideia de criação de uma identidadesocial mais positiva por meio de estratégias coletivas.RESPOSTA As mudanças descritas no texto são as referentes à criação deuma identidade social mais positiva por meio de estratégias coletivas adotadasem grupo. A expressão “tais mudanças” estabelece essa coesão referencial nafrase seguinte. Certo.

10118. O desenvolvimento das ideias no texto permite considerar maisde uma “relação de poder e status entre grupos”; por isso, estaria coerente e5221/5805gramaticalmente correto iniciar o parágrafo empregando-se o plural, mediante asubstituição do trecho “A relação de poder” por As relações de poder.RESPOSTA Se houver a substituição por “As relações de poder”, também seránecessário observar as flexões verbais e nominais para que se estabeleçam ascorretas concordâncias. Como exemplos, podemos citar: “As relações depoder e status entre grupos estão ligadas à identidade social, que permiteao grupo dominante na sociedade...”. Errado.Texto para as questões 10119 a 10124A organização da sociedade em movimentos sociais é inerente à sua estruturade poder. O teatro teve,na Grécia antiga, o papel político de dotar a população de razão crítica porintermédio de uma expressão estética. Mas os movimentos sociais adquirem

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ao longo da história distintas expressões: estética, religiosa, econômica,ecológica etc. A partir do século um, o Império Romano teve suasbases solapadas por um movimento social de caráter religioso – o Cristianismo–, que se recusou a reconhecer a divindade deCésar e propalou a radical dignidade de todo ser humano. Desde a RevoluçãoFrancesa, a sociedade civilpassou a se mobilizar mais frequentemente em movimentos sociais.Porém, é recente a noção de que a sociedade civil deve se organizar parapressionar o poder público, e não necessariamente almejar também atomada de poder. Isso ensejou o caráter multifacetado dos movimentos deindígenas, negros, mulheres, migrantes, homossexuais etc. e o fato de constituíreminstâncias políticas nem sempre partidárias. É o fenômeno recentedo empoderamento da sociedade civil, que, quanto mais forte, maislogra transmutar a democracia meramente representativa em democraciaefetivamente participativa.Frei Beto. Valores que constroem a cidade. In: Correio Braziliense, 25-6-2010(com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2010 – CESPE) A partir dasestruturas linguísticas que organizam o texto acima, julgue os itens subsecutivos.

10119. O uso das letras iniciais maiúsculas em “Império Romano”,“Cristianismo” e “Revolução Francesa” são exemplos de que substantivo usadopara designar ente singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo,Lei n. 8.888/1998.5222/5805RESPOSTA Empregam-se iniciais maiúsculas para designação de substantivospróprios. No caso, temos, o nome de uma referência de dominador, uma religiãoe um evento histórico, respectivamente. Certo.

10120. Em “A partir do século um, o Império Romano teve suas basessolapadas por um movimento social de caráter religioso – o Cristianismo –, quese recusou a reconhecer a divindade de César e propalou a radical dignidade detodo ser humano.”, os travessões duplos têm a função de destacar a inserção, “oCristianismo”, e a vírgula, a função de separar a oração que serve de explicação ao“movimento social”; por isso, o uso de vírgulas, em lugar dos travessões, paradestacar a inserção respeitaria as regras gramaticais, mas deixaria de marcar todasas relações significativas do texto.RESPOSTA O aposto explicativo é um termo sintático que pode ser isoladopor vírgulas ou por travessões. Este último sinal de pontuação, no entanto,pode conferir um destaque maior para o termo isolado, cumprindo, assim, umpapel semântico muitas vezes. Certo.

10121. Isso ensejou o caráter multifacetado dos movimentos de indígenas,negros, mulheres, migrantes, homossexuais etc. e o fato de constituíreminstâncias políticas nem sempre partidárias.Na organização do texto, o pronome “Isso” retoma as ideias da argumentação anterior,especialmente a de que, a partir da Revolução Francesa, os movimentossociais tornaram-se mais frequentes.RESPOSTA O pronome “isso” é anafórico e retoma a ideia de que é “recente anoção de que a sociedade civil deve se organizar para pressionar o poderpúblico, e não necessariamente almejar também a tomada de poder”. Errado.

10122. É coerente com a argumentação do texto interpretar “mais forte”como uma qualidade de “sociedade civil”; mas é igualmente correto interpretaressa expressão como referente a “fenômeno” ou “empoderamento”.RESPOSTA Não há prejuízo de entendimento se for adotada uma outra formade referenciação, pois, segundo o texto, “o empoderamento mais forte” e “asociedade civil mais forte” estão intrinsecamente ligados. Certo.5223/5805

10123. De acordo com a organização das ideias no texto, por seu objetivo,o “teatro” grego constitui um exemplo de movimento social inerente à “estruturade poder” da sociedade.RESPOSTA O teatro grego é apresentado no texto como um exemplo históricode movimento social atrelado a uma estrutura de poder. Ele tinha como funçãodespertar na população a razão crítica, daí sua influência no contexto social.Certo.

10124. Por introduzir uma enumeração explicativa, o sinal de dois-pontosem “Mas os movimentos sociais adquirem ao longo da história distintas expressões:estética, religiosa, econômica, ecológica etc.” admite a substituição porvírgula sem prejudicar a coerência textual nem desrespeitar as regrasgramaticais.RESPOSTA Se no lugar dos dois-pontos, empregássemos a vírgula, haveria anecessidade de inserção adicional de algum elemento coesivo (por exemplo,tais como, como). Errado.Texto para as questões 10125 a 10128Na história das ideias, são raras as proposições gerais que não se desfazemem exceções. É necessário, no entanto, generalizar e comparar, e a generalizaçãoque nos servirá de ponto de partida está entre as mais robustas deque a história das ideias é capaz. Ei-la: o grande divisor de águas notocante à evolução da noção de progresso civilizatório e do seu impactosobre a felicidade humana foi o Iluminismo europeu do século XVIII – a“era da razão”. A equação fundamental do Iluminismo pressupunha a existênciade uma espécie de harmonia preestabelecida entre o progresso dacivilização e o aumento da felicidade.A meteorologia usa o barômetro para medir a pressão da atmosfera e preveras mudanças do clima. Se a história das ideias possuísse um instrumentoanálogo, capaz de fazer leituras barométricas dos climas de opiniãoem determinados períodos e de registrar as variações de expectativa emrelação ao futuro em diferentes épocas, então haveria pouca margem paradúvida de que o século XVIII deslocaria o ponteiro da confiança no progressoe no aumento da felicidade humana ao longo do tempo até o ponto

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mais extremo de que se tem notícia nos anais da história intelectual.5224/5805Eduardo Giannetti. Felicidade: diálogos sobre o bem-estar na civilização. SãoPaulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19-22 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2011 – CESPE) Com baseno texto acima, julgue o seguinte item.

10125. Preservando-se a coerência e a correção gramatical do texto, seuprimeiro período poderia ser assim reescrito: É raro, na história das ideias, que seencontre proposições de natureza geral que se mantenham firmes diante deexceções.RESPOSTA O trecho reescrito mantém a coerência com o trecho original,porém há um equívoco na flexão verbal “encontre”. Esta deveria estar flexionadana forma plural “encontrem”, para que houvesse a concordância com onúcleo do sujeito paciente “proposições” (que se encontrem proposições denatureza geral = que proposições de natureza geral sejam encontradas).Errado.

10126. A relação entre progresso civilizatório e felicidade está associadaa um momento histórico específico, o Iluminismo, embora o texto indique que arelação entre esses elementos possa ser observada em outras épocas e movimentoshistóricos.RESPOSTA O texto faz uma analogia: se existisse um instrumento demedição, o ponteiro que indicaria a confiança no progresso e no aumento dafelicidade seria deslocado até o seu ponto máximo no século XVIII, momentohistórico do Iluminismo. Ao mencionar que essa confiança atingiu o ponto demáximo nesse período, dá-se a entender que em outros momentos também seteve essa confiança, porém em menor grau. Certo.

10127. O reconhecimento, pelo autor, de que seu argumento está fundamentadoem base frágil, a generalização na história das ideias, e de que essa generalizaçãoé necessária funciona como forma de evitar, no nível discursivo, eventuaiscríticas ao seu posicionamento.RESPOSTA Esse tom de admissão de uma certa fragilidade da tese escolhidaé acompanhada de uma justificativa plausível: a generalização usada – ogrande divisor de águas no tocante à evolução da noção de progresso civilizatórioe do seu impacto sobre a felicidade humana foi o Iluminismo europeu do5225/5805século XVIII – é, segundo o autor, das generalizações, a mais robusta já criada.Isso contribui para dar respaldo ao seu discurso. Certo.

10128. No segundo período, por meio do emprego de “generalização”,“que”, “as”, “que” e “ideias”, o autor retoma o sentido de “proposições gerais”.RESPOSTA Os termos “generalização”, “que”, “as” retomam a ideia contidaem “proposições gerais”. Já o segundo “que” retoma “as (generalizações) maisrobustas”, restringindo o sentido original de “proposições gerais”, e “ideias”apresenta um sentido mais amplo, que engloba “generalizações”. Errado.Texto para as questões 10129 a 101325226/5805(Auditor Federal de Controle Externo – 2011 – CESPE) Os itens aseguir apresentam uma afirmação referente aos dados da pesquisa a que se refereo texto. Julgue-os quanto à correção gramatical e à conformidade com os dadosapresentados.5227/5805

10129. Mais de 50% dos homens e mulheres entrevistados considera odinheiro como uma fonte de felicidade; grande parte desse grupo é formada porhomens que respondem por 64% dos indivíduos que pensam assim.RESPOSTA São necessárias algumas correções, para que se mantenha a correçãoe a clareza: a forma verbal “considera” deve ser flexionada no plural –consideram –, a fim de manter a concordância com o sujeito “Mais de 50%dos... entrevistados”. Além disso, deve haver uma vírgula depois de “homens”,transformando a oração “que respondem por 64% dos indivíduos” de restritivapara explicativa. O correto, então, seria: “Mais de 50% dos homens e mulheresentrevistados consideram o dinheiro como uma fonte de felicidade;grande parte desse grupo é formada por homens, que respondem por 64%dos indivíduos que pensam assim”. Errado.

10130. Nota-se um decréscimo no número de mulheres que se declararamfelizes quando se compara os dados colhidos em 2010 aqueles de 2005.RESPOSTA Primeiramente, temos um acréscimo: em 2005, 45% das mulheresse declararam felizes. Já em 2010, esse percentual subiu para 48%.Além disso, há equívocos relacionados à norma culta: a forma verbal “se compara”deve ser flexionada no plural – se comparam –, para que haja concordânciacom o núcleo do sujeito paciente “dados” (quando se comparam osdados = quando os dados... são comparados). Deveria também haver oemprego da preposição “com” depois de “2010”, para se estabelecer a coesãoadequada. Assim, o correto seria: “Nota-se um acréscimo no número de mulheresque se declararam felizes quando se comparam os dados colhidos em2010 com aqueles de 2005”. Errado.

10131. A pesquisa da FIESP levantou dados estatísticos acerca dosfatores que os brasileiros julgam estar ligados à felicidade, como, por exemplo, aidade e o casamento.RESPOSTA Na tabela “Fatores de Felicidade”, dentre os fatores que influenciama felicidade, estão a idade (“ser jovem” é um dos fatores) e o casamento(“ser casado” também é um dos fatores). Além disso, o trecho se mostra inteiramentede acordo com as normas gramaticais. Certo.(Auditor Federal de Controle Externo – 2011 – CESPE) Considerandoas ideias e aspectos gramaticais do texto, julgue o item abaixo.5228/5805

10132. O trecho “Uma pesquisa (...) com a vida”, logo abaixo do títulodo texto, poderia ser reescrito, mantendo-se sua correção gramatical e seu sentidooriginal, da seguinte forma: O nível de felicidade no Brasil e os fatores a que

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as pessoas atribuem sua satisfação com a vida foram revelados em 2010 por umapesquisa feita pela FIESP.RESPOSTA Trata-se de uma sutileza o erro presente no trecho reescrito: paramanter o sentido original de presente factual (Uma pesquisa... revela...),deve-se empregar “são revelados” em vez de “foram revelados” no trechoreescrito. Errado.Texto para as questões 10133 a 10136Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma proposição matemática, eele passou anos realizando pequenos ajustes em seu “cálculo da felicidade”,um termo maravilhosamente atraente. Eu, por exemplo, nunca associeicálculo à felicidade. No entanto, trata-se de matemática simples. Someos aspectos prazerosos de sua vida, depois subtraia os desagradáveis. Oresultado é a sua felicidade total. Os mesmos cálculos, acreditavaBentham, podiam ser aplicados a uma nação inteira. Cada medida tomadapor um governo, cada lei aprovada, deveria ser vista sob o prisma da“maior felicidade possível”. Bentham ponderou que dar dez dólares a umhomem pobre contava mais do que dar dez dólares a um homem rico, jáque o pobre tirava mais prazer desse dinheiro.Eric Weiner. Geografia da felicidade. Tradução de Andréa Rocha. Rio de Janeiro:Agir, 2009, p. 247-8 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2011 – CESPE) Com baseno texto acima, julgue os itens subsequentes.

10133. Infere-se do texto que, para Bentham, os pobres têm mais direitoà felicidade, devido à sua capacidade de tirar mais prazer de pequenas coisas.RESPOSTA Não se pode inferir que os pobres tenham mais direito à felicidadedo que os ricos. O que se pode inferir é que recompensas simples têm maisimpacto na felicidade dos mais pobres do que na dos ricos. É caso do exemplodos dez dólares dados a um homem pobre, que lhes tira mais proveito do queum homem rico. Errado.5229/5805

10134. No entanto, trata-se de matemática simples.A expressão “No entanto” introduz, no texto, ideia de oposição ao fato de o autornunca ter associado cálculo à felicidade.RESPOSTA O autor afirma que nunca associou cálculo à felicidade e, na sequência,faz uma ressalva, afirmando que se trata de uma matemática relativamentesimples. O conector empregado para expressar essa oposição é aconjunção adversativa “No entanto”. Certo.

10135. No último período do texto, o trecho “que dar (...) desse dinheiro”funciona como objeto que complementa o sentido de “ponderou”, formaverbal da oração cujo sujeito é Bentham.RESPOSTA A Banca apresentou a seguinte justificativa para anulação: “Aausência de indicação de número de linha na redação do item prejudicou a interpretaçãocorreta da cobrança feita no item. Por esse motivo opta-se por suaanulação”.Trata-se de um motivo injustificado, uma vez que o item diz se referir ao últimoperíodo, possibilitando, assim, a plena identificação da oração.Seria interessante, no entanto, desmembrar a classificação do termo daseguinte forma:i) a oração “que dar dez dólares a um homem pobre” é, ao mesmo tempo,substantiva objetiva direta – objeto direto de “ponderar” – e substantiva subjetiva– sujeito de “contava”.ii) a oração “já que o pobre tirava mais prazer desse dinheiro.” é adverbialcausal.Anulada.

10136. O autor constrói seu texto de forma a se aproximar do leitor, oque explica, por exemplo, o emprego da primeira pessoa do singular no segundoperíodo e o do imperativo no quarto.RESPOSTA O emprego da 1ª pessoa do singular e dos imperativos dão aotexto um tom de confidencialidade e intimidade. A comunicação entre autor e5230/5805leitor parece ser feita de forma direta, como se fosse uma conversa informal.Certo.Texto para as questões 10137 a 10139A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente e nos torna felizes,é incomparavelmente superior à maior de todas, que só se produz demaneira episódica, como uma espécie de capricho, como uma inspiraçãoinsensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto namenor como na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a felicidadeseja uma felicidade: a faculdade de esquecer, ou melhor, em palavrasmais eruditas, a faculdade de sentir as coisas, durante todo o tempoque dura a felicidade, fora de qualquer perspectiva histórica. Aquele quenão sabe instalar-se no limiar do instante, esquecendo todo o passado,aquele que não sabe, como uma deusa da vitória, colocar-se de pé uma vezsequer, sem medo e sem vertigem, este não saberá jamais o que é a felicidade,e o que é ainda pior: ele jamais estará em condições de tornar os outrosfelizes. É possível viver, e mesmo viver feliz, quase sem lembrança,como o demonstra o animal; mas é absolutamente impossível ser feliz semesquecimento.F. W. Nietzsche. II Consideração intempestiva sobre a utilidade e os inconvenientesda história para a vida. In: Escritos sobre história. São Paulo: Loyola, 2005,p. 72-3 (com adaptações).(Auditor Federal de Controle Externo – 2011 – CESPE) Com baseno texto acima, julgue os itens que se seguem.

10137. O texto caracteriza-se como predominantemente dissertativo-argumentativo,e o autor utiliza recursos discursivos diversos para construir sua argumentação,como, por exemplo, linguagem figurada e repetições.RESPOSTA O texto tem como tema a felicidade e como tese o fato de serimpossível ser feliz sem a faculdade de se esquecer todo o passado e aproveitarao máximo o instante presente. Esse posicionamento é constantemente retomadono texto, sob a forma de paráfrases (repetição da mesma ideia com

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outras palavras) e de analogias metafóricas (comparação com a “deusa davitória” e com o “animal”, por exemplo). A presença de um tema central e deuma tese caracteriza o texto como predominantemente dissertativo-argumentativo.Certo.5231/5805

10138. No segundo período do texto, o trecho introduzido pelos doispontos apresenta uma explicação do que o autor entende por “maior felicidade”.RESPOSTA Os dois-pontos introduzem uma explicação do que vem a ser afelicidade, tanto a menor com a maior delas. Não há a limitação da explicaçãoao conceito de “maior felicidade”, portanto. A explicação presenteabrange todos os tipos. Errado.

10139. O autor estabelece em seu texto uma oposição entre história efelicidade.RESPOSTA Segundo o texto, a felicidade está condicionada a aproveitar todoseu instante de duração, como se não houvesse perspectiva histórica. Ou seja,defende o texto que a lembrança de fatos passados (“história”) se incompatibiliza,de certa forma, com a verdadeira sensação de felicidade. Certo.Texto para as questões 10140 a 10158Estava no BrasilA cooperação foi similar à da Operação Condor, só que estritamente dentroda lei e a favor da democracia. No último fim de semana, a PolíciaFederal deteve em Foz do Iguaçu, no Paraná, o general paraguaio LinoOviedo, havia meses foragido, e cuja prisão preventiva com fins de extradiçãotinha sido pedida pelo Paraguai. No apartamento no qual se escondia,foram encontrados um revólver calibre 38, dez telefones celulares euma peruca. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em 1996, éacusado de tramar o assassinato do vice-presidente de seu país, LuisMaría Argaña, no ano passado. Preso, ele poderá ser extraditado para oParaguai, onde goza de grande simpatia popular e nenhuma do governo.Com sua fama de golpista, Oviedo é o principal suspeito de ter planejado aúltima quartelada para derrubar o governo do presidente Luis GonzálezMacchi, há um mês. É um abacaxi para os paraguaios. Se livre e clandestino,é um incômodo para o governo; dentro de uma prisão no Paraguai,Oviedo é um perigo ainda maior, pois estará mais próximo e à vista deseus seguidores. O governo brasileiro não podia deixar de prender o generalparaguaio. Um dos compromissos dos países-membros doMERCOSUL é a adesão ao regime democrático. Dar cobertura a golpistas,como Oviedo, não é um alento à democracia. O destino do general noBrasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgaro pedido de extradição.5232/5805Veja, 21-6-2000 (com adaptações).(Papiloscopista Policial Federal – 2000 – CESPE) Com relação àsideias e às informações do texto, julgue os itens abaixo.

10140. Infere-se do texto que a Operação Condor foi ilegal.RESPOSTA A primeira frase do texto compara a Operação Condor com a operaçãoque prendeu o general paraguaio Lino Oviedo. Ao dizer que esta erasimilar àquela, porém estritamente dentro da lei, o autor dá a entender que aOperação Condor infringiu as normas em alguns aspectos, caracterizando-se,assim, sua ilegalidade. Certo.

10141. O governo paraguaio solicitou à Polícia Federal do Brasil a prisãodo general Lino Oviedo por não ter corporação suficientemente equipada parafazê-lo.RESPOSTA Segundo o texto, o governo paraguaio solicitou ao brasileiro que ogeneral Lino Oviedo fosse extraditado, daí a ação da Polícia Federal. Não setrata, assim, de incapacidade da polícia paraguaia, mas sim de uma restriçãolegal que a impedia de prender o general em território estrangeiro, sendo necessário,para isso, formalizar o pedido de extradição. Errado.

10142. Não há acusações suficientes e fundamentadas que sustentem aprisão do general. Para o povo, ele é apenas um perseguido político.RESPOSTA Segundo relato do texto, o general Lino Oviedo é acusado de ser oprincipal articulador de um golpe de estado (“quartelada”) para derrubar ogoverno de Luís González Macchi. Ressalta-se que ele já havia comandado umgolpe de estado em 1996. Além disso, pesam sobre o general acusações deorganização do assassinato do vice-presidente Luis María Argaña. Errado.

10143. A prisão do general, segundo o texto, não constitui alívio para ogoverno paraguaio, embora atenda aos anseios do governo desse país.RESPOSTA Embora o pedido de prisão de Oviedo tenha sido solicitado pelogoverno paraguaio, a presença do general em seu país de origem gera desconforto,uma vez que ele goza de ampla simpatia por parte da população local.5233/5805Assim, sua presença no Paraguai o torna mais visível a seus seguidores, gerandopreocupações entre membros do governo deste país. Certo.

10144. A ação da Polícia Federal está de acordo com os compromissosassumidos pelos países-membros do MERCOSUL, entre os quais o Brasil e oParaguai se inserem.RESPOSTA Trata-se de um acordo entre os países membros do Mercosul protegero regime democrático, o que impede, em tese, algum país de acobertargolpistas, como no caso do general Oviedo. Certo.(Papiloscopista Policial Federal – 2000 – CESPE) Com relação àpontuação do texto, julgue os itens que se seguem.

10145. No último fim de semana, a Polícia Federal deteve em Foz doIguaçu, no Paraná, o general paraguaio Lino Oviedo, havia meses foragido, ecuja prisão preventiva com fins de extradição tinha sido pedida pelo Paraguai.(...) Preso, ele poderá ser extraditado (...).A justificativa para a vírgula imediatamente posterior a “No último fim de semana”

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é a mesma que corresponde àquela posterior a “Preso”.RESPOSTA Temos dois termos acessórios da oração – o adjunto adverbial “Noúltimo fim de semana” e o predicativo “Preso” – deslocados da ordem direta,iniciando o período. É justificado, dessa maneira, o uso da vírgula nos doiscasos. Certo.

10146. No apartamento no qual se escondia, foram encontrados umrevólver calibre 38, dez telefones celulares e uma peruca.Se uma vírgula fosse inserida imediatamente após “apartamento”, as relaçõessemânticas e sintáticas do período do texto seriam mantidas inalteradas.RESPOSTA Se for inserida uma vírgula após apartamento, a oração adjetiva“no qual se escondia” deixaria de ser restritiva e passaria a ser explicativa.Trata-se, portanto, de uma alteração sintática. Semanticamente, no entanto,não haveria diferença de sentido. Errado.5234/5805

10147. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em 1996, éacusado de tramar o assassinato do vice presidente de seu país, Luis María Argaña,no ano passado.A vírgula após “Oviedo” não tem justificativa gramatical, já que a oração posteriorintroduz uma informação explicativa.RESPOSTA É justamente por representar uma informação explicativa que énecessário empregar a vírgula após “Oviedo” e após “1996”. A oração adjetiva“que já comandou... em 1996” é explicativa e isola o sujeito “Oviedo” do seuverbo “é”. Errado.

10148. Em “... Oviedo é o principal suspeito de ter planejado a últimaquartelada para derrubar o governo do presidente Luis González Macchi, há ummês.”, seria correto suprimir a vírgula.RESPOSTA A oração “para derrubar o governo do presidente Luis GonzálezMacchi, há um mês.” está na ordem direta (sujeito – verbo – complemento –adjunto). Sendo assim, a vírgula antes do adjunto adverbial “há um mês” nãoé mandatória. Ela é uma necessidade estilística, não sintática. Certo.

10149. O último período do texto – “O destino do general no Brasil estánas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgar o pedido de extradição.”– poderia ser corretamente reescrito com a locução adverbial “no Brasil”entre vírgulas.RESPOSTA O adjunto adverbial “no Brasil” está deslocado da ordem direta,isolando o sujeito “O destino do general” e o verbo “está”. Sendo assim, seriajustificado o emprego das vírgulas isolando “no Brasil”, embora não seja mandatório,uma vez que o adjunto adverbial tem curta extensão. Certo.(Papiloscopista Policial Federal – 2000 – CESPE) Considerando a tipologiado texto, julgue os seguintes itens.

10150. O texto não está estrategicamente bem definido, já que o fato deconter um único parágrafo não permite que haja uma introdução e uma conclusãodo assunto.RESPOSTA Cada parágrafo, por ser uma unidade de composição do texto,também reflete uma estrutura composta de introdução, desenvolvimento e5235/5805conclusão. No caso do texto, a introdução está compreendida em “A cooperaçãofoi similar... a favor da democracia.”; o desenvolvimento, em “No últimofim de semana... à vista de seus seguidores” e a conclusão, em “O governobrasileiro não podia deixar de prender... não é um alento à democracia”.Errado.

10151. Apesar de o texto ser informativo, há uma tomada de posição doautor desfavorável à ação da Polícia Federal brasileira e em solidariedade ao governoparaguaio.RESPOSTA Não há um posicionamento contrário à ação da polícia brasileira, esim a favor. Isso é bem evidenciado nos trechos “O governo brasileiro não podiadeixar de prender o general paraguaio.” e “Dar cobertura a golpistas, comoOviedo, não é um alento à democracia”. Errado.

10152. No texto, predomina a linguagem conotativa.RESPOSTA Predomina a linguagem denotativa, ou seja, grande parte dos termosestá empregada em seu sentido literal. Há conotações discretas, como“abacaxi” e “quartelada”. Errado.

10153. Os três últimos períodos do texto – “Um dos compromissos dospaíses-membros do MERCOSUL é a adesão ao regime democrático. Dar coberturaa golpistas, como Oviedo, não é um alento à democracia. O destino do generalno Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgar opedido de extradição.” – não mantêm uma sequência lógica com o restante doparágrafo.RESPOSTA Os três últimos períodos formam a conclusão do texto. Dado queOviedo é um golpista e, portanto, um desrespeitador da democracia, chega-seà conclusão de que o Brasil não poderia se recusar a prendê-lo, sob pena decompactuar com atos que ameaçam os regimes democráticos nos países doMercosul. Errado.(Papiloscopista Policial Federal – 2000 – CESPE) Nos itensseguintes, foi feita a reescritura de um período do texto. Julgue-os quanto à manutençãodo sentido original e à correção gramatical.5236/5805

10154. Segundo período: Foi detido, na semana passada, em Fozdo Iguaçu, no Paraná, o general Lino Oviedo, que tinha sua prisãopreventiva decretada pelo governo paraguaio.RESPOSTA No que se refere à correção gramatical, o trecho reescrito não apresentaimprecisões. Ocorrem, no entanto, alterações de sentido. Ao empregar“na semana passada”, não fica explícita a informação original de que a prisãohavia se dado num fim de semana. Além disso, foi omitido o agente da ação“deter”, que, no trecho original, é representado pela Polícia Federal. Errado.

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10155. Terceiro período: Encontraram-se, no apartamento emque se escondia, um revólver calibre 38, dez telefones celulares e umaperuca.RESPOSTA No trecho original, foi empregada a voz passiva analítica (“foramencontrados”). Já no trecho reescrito, foi empregada a voz passiva sintética(“encontraram-se”), mantendo-se a concordância do verbo “entregar” com osujeito paciente composto “um revólver calibre 38, dez telefones celulares euma peruca”. Nessa alteração, mantiveram-se a correção e o sentido originais.Certo.

10156. Quarto período: Acusa-se Oviedo, que, em 1996, jácomandou uma tentativa de golpe, de tramar, no ano passado, o assassinatodo vice-presidente de seu país, Luis María Argaña.RESPOSTA Nota-se o correto emprego da vírgula isolando os adjuntos adverbiasdeslocados da ordem direta “em 1996”, “no ano passado” e a oraçãoadjetiva explicativa “que, em 1996, já comandou uma tentativa de golpe”.Além disso, é correta a flexão da forma verbal “acusa-se” no singular, pois estaconcorda com o sujeito paciente “Oviedo”. Com essas alterações, mantêmsea correção e o sentido originais. Certo.

10157. Quinto período: Ele poderá ser extraditado e, preso,levado para o Paraguai, lugar onde goza de grande simpatia popular enenhuma do governo.RESPOSTA Há uma mudança de sentido no trecho reescrito, pois, no textooriginal, “preso” é uma condição anterior a extraditar. Assim, estando preso, é5237/5805que Oviedo poderá ser extraditado. Perceba que, no trecho reescrito, não háessa relação de subordinação. Errado.

10158. Último período: O destino do general no Brasil, que é responsávelpor julgar o pedido de extradição, está nas mãos do SupremoTribunal Federal.RESPOSTA A oração adjetiva “que é responsável por julgar o pedido deextradição” refere-se, no trecho original, ao “Supremo Tribunal Federal”. Noentanto, no trecho reescrito, ela se refere ao general Lino Oviedo. Trata-se,assim, de uma alteração de sentido que torna a sentença incoerente, pois nãoé possível o próprio preso julgar seu pedido de extradição. Errado.Texto para as questões 10159 a 10183Operação ParaguaiO comissário Adelio Gray e o oficial Miguel Deguizamón desembarcaram,quarta-feira, 1º, de um helicóptero de combate em uma fazenda perto domunicípio paraguaio de Capitán Bado, a poucos quilômetros da fronteirabrasileira, prontos para uma guerra. Usando uniformes de camuflagem,armados com fuzis M-16 e pistolas 9 mm, eles comandam 30 homens daelite da polícia paraguaia que vasculham os 120 quilômetros que vão dascidades paraguaias de Pedro Juan Caballero a Capitán Bado. Gray é o diretornacional de narcóticos, ligado diretamente à Presidência da Repúblicado Paraguai. Os policiais do serviço antidrogas, alguns treinados nos EstadosUnidos da América (EUA), foram mandados de Assunção para ajudara Polícia Federal (PF) brasileira em uma faxina inédita na fronteira entreos dois países. Procuram em particular um foragido brasileiro, o traficantecarioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado à quadrilhado ex-deputado Hildebrando Pascoal. Figurinha carimbada em festase eventos em Capitán Bado, Fernandinho andava pela região em umaBlazer e uma Toyota Ranger cercado de pistoleiros armados com metralhadorasUzi. Até a semana passada, ele vinha-se escondendo em uma casaem Capitán Bado, cidade de dez mil habitantes separada apenas por umarua de Coronel Sapucaia – MS. No bunker, a polícia só encontrou dezenasde cartuchos de fuzil e antenas de rádio.A poucos metros da sede da polícia de Capitán Bado, Fernandinho comandavaa distribuição de cerca de 200 quilos de cocaína a cada 15 dias.Suspeita-se de que se tenha mudado para a Bolívia ou a Colômbia. Enviadospelo diretor-geral da PF, Agílio Monteiro, 60 agentes cercam a área5238/5805que vai de Bela Vista a Salto do Guaíra. Dos dois lados, fazendas com pistasde pouso clandestinas tornam-se o esconderijo de armas e drogas. Nosúltimos dias, brasileiros e paraguaios, com o apoio da Justiça, entraramem fazendas de empresários apontados como amigos de Fernandinho.Na segunda-feira, 29, a polícia paraguaia prendeu na cidade, por envolvimentocom narcotráfico, um dos membros da família Morél, Israel, irmãode João e tio de Ramon, sócio de Fernandinho. A família Morél circulalivremente entre Capitán Bado e Coronel Sapucaia. Ramon é presidente daFederação de Futebol de Salão de Capitán Bado, ligada à Confederação deFutebol da cidade, presidida pelo vereador paraguaio José Lescano. Proprietáriode uma firma caseira de sofás, Lescano nega qualquer envolvimentocom o narcotráfico e se diz surpreso com as acusações: “A genteouve falar isso tudo, mas a polícia é que deve investigar, não eu. Eu confiona polícia”.IstoÉ, 8-12-1999 (com adaptações).(Papiloscopista Policial Federal – 2010 – CESPE) A partir da leiturado texto, julgue os itens que se seguem.

10159. Trinta homens da Polícia Federal paraguaia, treinados nos EUA,juntaram-se a uma equipe da Polícia Federal brasileira para combater o narcotráficono município de Capitán Bado, no Paraguai.RESPOSTA Segundo o texto, apenas alguns homens do destacamento antidrogasforam treinados nos EUA, e não todos, como afirma a assertiva. Alémdisso, a operação que reuniu policiais brasileiros e paraguaios visava a fiscalizara fronteira entre os dois países, combatendo o narcotráfico na região. Emparticular, procuravam o foragido Fernandinho Beira-Mar. Errado.

10160. A ação conjunta Paraguai/Brasil é inédita e tem como foco aprisão de um bandido brasileiro conhecido como Fernandinho Beira-Mar.

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RESPOSTA É o que se afirma quase literalmente nas linhas 6 e 7: a operaçãoque reuniu policiais brasileiros e paraguaios consistia numa faxina inédita contrao narcotráfico na fronteira entre os dois países e visava, em especial, capturaro foragido da polícia brasileira, Fernandinho Beira-Mar. Certo.5239/5805

10161. Fernandinho Beira-Mar é visto constantemente em eventospúblicos em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, por isso o governo brasileiro solicitoua colaboração da polícia paraguaia na captura do narcotraficante.RESPOSTA Fernandinho Beira-Mar é visto com frequência em festas e eventosem Capitán Bado, município paraguaio que fica a poucos quilômetros dafronteira brasileira. Errado.

10162. Há quinze dias, Fernandinho teria mudado para a Bolívia ou aColômbia, já que a sede de suas ações com o tráfico de entorpecentes foidescoberta pela polícia de Capitán Bado.RESPOSTA Trata-se de uma leitura equivocada dos dois primeiros períodosdo 2º parágrafo. Neles se diz que, a cada quinze dias, Fernandinho Beira-Marcomandava, a poucos metros da sede da polícia de Capitán Bado, a distribuiçãode entorpecentes na região. Suspeita-se que ele tenha se mudadopara a Bolívia ou para a Colômbia, mas não se pode afirmar exatamente háquanto tempo. Errado.

10163. Depois do início da ação conjunta das polícias paraguaia ebrasileira, várias fazendas já foram investigadas, mas Fernandinho Beira-Marainda não foi localizado.RESPOSTA Em “Nos últimos dias, brasileiros e paraguaios, com o apoio daJustiça, entraram em fazendas de empresários apontados como amigos deFernandinho.”, afirma-se que policiais brasileiros e paraguaios já vasculharamfazendas de empresários apontados como amigos de Beira-Mar. No entanto,ele ainda se encontra foragido, suspeitando-se de que tenha se mudado para aBolívia ou Colômbia. Certo.(Papiloscopista Policial Federal – 2010 – CESPE) Ainda com relaçãoàs informações do texto e às inferências que podem ser obtidas a partir de sualeitura, julgue os itens abaixo.

10164. Até bem pouco tempo antes da reportagem, Fernandinho Beira-Mar circulava livremente pelo município de Capitán Bado.RESPOSTA Fernandinho Beira-Mar era visto com frequência na região de CapitánBado, andando em uma Blazer e em uma Toyota Ranger, cercado de5240/5805capangas armados com metralhadoras. Há pelo menos uma semana da reportagem,ele se escondia em uma casa na região. Certo.

10165. Mesmo foragido, Fernandinho aparentava gozar de boas condiçõesfinanceiras.RESPOSTA Afirma-se que Fernandinho Beira-Mar costumava comparecer comfrequência a festas e eventos em Capitán Bado. Andava em carros luxuosos,sempre escoltado por vários capangas fortemente armados. Isso demonstra,de certa forma, o seu poderio financeiro. Certo.

10166. A região escolhida por Fernandinho para a distribuição de drogasapresentava condições favoráveis a esse tipo de atividade.RESPOSTA Os pontos de distribuição de drogas escolhidos por FernandinhoBeira-Mar dispõem de pistas de pouso clandestinas, que servem de esconderijopara armas e drogas, o que representa uma vantagem estratégica. Alémdisso, entende-se pelo texto que não eram comuns ações ostensivas na regiãopor parte das autoridades, como a empreendida pelas polícias brasileira eparaguaia. Certo.

10167. Há suspeitas de que Fernandinho não agia sozinho, mas com oapoio de pessoas socialmente conhecidas na região e, até então, de comportamentoilibado.RESPOSTA Desconfia-se das ligações de Fernandinho Beira-Mar com figurasinfluentes da sociedade, haja vista a prisão de Ramon, sócio de Fernandinho eligado ao vereador paraguaio José Lescano. Soma-se a essas desconfianças ofato de Beira-Mar andar livremente pela cidade de Capitán Bado, frequentandofestas e eventos. Certo.

10168. O volume médio de tráfico mensal comandado por Fernandinhoem Capitán Bado era de cerca de 400 quilos de cocaína.RESPOSTA No início do segundo parágrafo, afirma-se que, a cada 15 dias,cerca de 200 quilos de cocaína eram distribuídos. Se contabilizarmos o mês,teremos um valor aproximado de 400 quilos. Certo.5241/5805(Papiloscopista Policial Federal – 2010 – CESPE) Com relação aosaspectos morfossintáticos do texto, julgue os itens que se seguem.

10169. O texto começa a ser contado no pretérito perfeito, passando, emseguida, a ter como referência o presente, o que configura um equívoco doescritor.RESPOSTA Não apenas o presente, como também o pretérito imperfeito sãoempregados no texto. O primeiro reforça a ideia do fato, do acontecimento; jáo segundo faz referência ao costume, ao hábito. Não se trata de equívoco porparte do autor, e sim um recurso discursivo. Errado.

10170. Para que a ação que se refere aos policiais paraguaios e a seuscomandantes estivesse no pretérito imperfeito, no segundo período, ele deveriaser reescrito da seguinte forma: Usando uniformes de camuflagem, armadoscom fuzis M-16 e pistolas 9 mm, eles comandavam 30 homens daelite da polícia paraguaia que vasculhavam os 120 quilômetros quevão das cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero a Capitán Bado.RESPOSTA A ação “comandavam”, no pretérito imperfeito, tem como agenteo pronome “eles”, que se refere aos comandantes da operação; já a ação“vasculhavam”, também conjugada no pretérito imperfeito, tem como agente

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os policiais paraguaios. Certo.

10171. Os policiais do serviço antidrogas, alguns treinados nos EstadosUnidos da América (EUA), foram mandados de Assunção para ajudar aPolícia Federal (PF) brasileira em uma faxina inédita na fronteira entre os doispaíses.O termo “alguns” tem como referente Adelio Gray e Miguel Deguizamón, respectivamente,o “diretor nacional de narcóticos” e o “oficial” da políciaparaguaia.RESPOSTA O termo “alguns” se refere a “policiais do serviço antidrogas”,equipe comandada pelo oficial Miguel Deguizamón e pelo diretor nacional denarcóticos Adelio Gray. Errado.

10172. Procuram em particular um foragido brasileiro, o traficantecarioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado à quadrilhado ex-deputado Hildebrando Pascoal.5242/5805A forma verbal “Procuram” concorda com o sujeito do período anterior.RESPOSTA Ocorre uma figura de construção denominada zeugma, que consistena omissão de um termo ou expressão já mencionado no texto. No caso,esse termo é “Os policiais do serviço antidrogas”. Certo.

10173. Em “Suspeita-se de que se tenha mudado para a Bolívia ou aColômbia”, o termo sublinhado tem como referente Fernandinho Beira-Mar.RESPOSTA O pronome “se” é reflexivo e se refere ao sujeito ocultoFernandinho Beira-Mar, explicitado no período anterior. Certo.(Papiloscopista Policial Federal – 2010 – CESPE) Com relação aovalor semântico das palavras e expressões empregadas no texto, julgue os itens aseguir.

10174. Em “Gray é o diretor nacional de narcóticos, ligado diretamenteà Presidência da República do Paraguai.”, o termo “ligado” poderia, sem prejuízosemântico, ser substituído por pertencente.RESPOSTA O termo “ligado” tem significado mais amplo do que“pertencente”. Enquanto este dá a ideia de que Gray integra a equipe dapresidência da República, aquele somente indica que as atividades de Gray respondemdiretamente ao presidente do Paraguai. Errado.

10175. Procuram em particular um foragido brasileiro, o traficantecarioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado à quadrilhado ex-deputado Hildebrando Pascoal.O termo “foragido” poderia, sem prejuízo da informação, ser substituído porprocurado.RESPOSTA Somente a expressão “procurado” não dá a dimensão exata de“foragido”, que significa “aquele que é procurado por fugir das autoridades daJustiça”. Errado.

10176. Figurinha carimbada em festas e eventos em Capitán Bado,Fernandinho andava pela região em uma Blazer e uma Toyota Ranger cercadode pistoleiros armados com metralhadoras Uzi.5243/5805A expressão “Figurinha carimbada” poderia ser substituída por Semprepresente, sem prejuízo semântico.RESPOSTA A gíria “figurinha carimbada” está empregada em sentido conotativoe se refere a algo que tem presença marcante e costumeira. Assim, nãoocorre prejuízo de sentido se a substituirmos por “sempre presente”. Certo.

10177. Dos dois lados, fazendas com pistas de pouso clandestinastornam-se o esconderijo de armas e drogas.O termo “clandestinas”, no texto, é o mesmo que ilegais.RESPOSTA O termo “clandestinas” significa “às escondidas”, devido ao fatode não estar de acordo com a legislação nem ter obtido autorização para estarnaquele local. Certo.

10178. Nos últimos dias, brasileiros e paraguaios, com o apoio daJustiça, entraram em fazendas de empresários apontados como amigos deFernandinho.O termo “apontados” poderia ser substituído por conhecidos, sem prejuízosemântico.RESPOSTA Quando se usa “conhecidos”, dá-se a entender que os empresáriosjá eram associados a amigos de Beira-Mar pelas pessoas da região. Quandose usa “apontados”, dá-se a entender que os empresários estão sendo acusadosde serem amigos de Beira-Mar. Errado.(Papiloscopista Policial Federal – 2010 – CESPE) Considerando a tipologiado texto, julgue os itens abaixo.

10179. O texto tem características de uma dissertação argumentativa.RESPOSTA O texto não possui características argumentativas – não há umadefesa de posicionamento – nem analisa um tema. Há sim características narrativas,que o aproximam do gênero textual notícia. Errado.

10180. O primeiro parágrafo introduz a tese de que o Paraguai e o Brasilprecisam trabalhar juntos para que se resolvam problemas em relação ao tráficode drogas nos dois países.5244/5805RESPOSTA Não há no texto uma menção a um posicionamento, uma vez queo texto não se mostra com características argumentativas. Há somente um relatode um fato: policiais brasileiros e paraguaios atuaram em conjunto nocombate ao narcotráfico. Errado.

10181. O segundo parágrafo desenvolve a argumentação, com linguagemconotativa, de que é possível viver bem, mesmo foragido, na fronteiraparaguaia, já que não há coibição por parte da polícia de lá.RESPOSTA Há dois equívocos presentes nessa afirmação:

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a) Não há argumentação – defesa de posicionamento –, e sim apenas um relatode um fato;b) A linguagem desenvolvida no 2º parágrafo é predominantemente denotativa,ou seja, as palavras e os termos estão empregados em seu sentido literal.Errado.

10182. O terceiro parágrafo constitui-se da conclusão do texto, comreferências à ação da polícia e com a possível inferência de que FernandinhoBeira-Mar será brevemente localizado.RESPOSTA Não se tem uma conclusão no 3º parágrafo, pois as informaçõesnele presentes não são deduções do que foi exposto nos parágrafos anteriores.O que se tem é tão somente um desfecho de um relato. Além disso, não sepode inferir que Beira-Mar será brevemente localizado, pois não há informaçõesexplícitas nem implícitas que corroborem com essa dedução. Uma inferênciapossível é que pessoas influentes podem estar ligadas a FernandinhoBeira-Mar. Errado.

10183. O texto tem linguagem contemporânea e direta.RESPOSTA A maioria dos períodos do texto não apresenta grandes inversõessintáticas, o que torna a leitura mais fácil e fluente. Não é necessário umgrande esforço de interpretação, pois o vocabulário empregado é de comumconhecimento e os períodos são construídos com clareza. Essas característicaspermitem associar esse texto ao padrão contemporâneo dos textos jornalísticos,que exploram a objetividade e simplicidade. Certo.5245/5805

FCCI. Crase

10184. (2012 – FCC) Considere:...... angústia de imaginar que o homem pode estar só no universo soma-se a curiosidadehumana, que se prende ...... tudo o que é desconhecido, para que não desapareçade todo o interesse por pistas que dariam embasamento ...... teses deque haveria vida em outros planetas.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) À – a – às(B) A – à – as(C) À – a – as(D) A – a – às(E) À – à – asRESPOSTA Na primeira lacuna, a frase encontra-se invertida; a crase se faznecessária em função da regência do verbo somar: soma-se à angústia. A lacunaantes do pronome tudo é apenas preposição originada da regência de “seprende A”, portanto não há crase. Para verificar a ocorrência da crase na terceiralacuna, basta trocar a palavra teses por uma de semelhança masculina(dilemas); nesse caso ocorreria a troca de às por aos. Portanto, crase. AlternativaA.

10185. (2012 – FCC) Leia o fragmento abaixo:“O acolhimento da responsabilidade de proteger teria de passar, dessa maneira,pela caracterização de que, em determinada situação específica, violações dedireitos humanos implicam ameaça à paz e à segurança.”Do mesmo modo à paz e à segurança, o sinal indicativo de crase também está corretamenteempregado em:(A) O mais grave foi a ameaça à integridade física da vítima.(B) A crise econômica ameaça à preservação do acervo de vários museus.(C) Certos animais reagem agressivamente a ameaças à seus interesses.(D) Houve ameaça à grupo de manifestantes presos durante protesto.(E) A censura ameaça à liberdade de criação.RESPOSTA A preposição é regida pelo substantivo (ameaça) e o artigo pelosubstantivo feminino (integridade). Alternativa A.

10186. (2012 – FCC) O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944,é um homem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e citações dosclássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e sossegada, fica sentada tricotandotranquilamente, impassível ...... propensão de seu marido ...... investigarassassinatos.(Adaptado de P. D. James, op. cit.)Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) à – à – a(B) a – à – a(C) à – a – à(D) a – à – à(E) à – a – aRESPOSTA Na primeira lacuna, é impossível termos crase. Lembre-se: a nosingular + palavra no plural não ocorrerá crase nunca! Na segunda lacuna, otermo impassível exige preposição (impassível a alguma coisa); como o termoque vem depois é um substantivo feminino, temos um a preposição e outro aartigo, logo há crase. Na última lacuna não há crase, já que o termo investigaré verbo. Alternativa B.

10187. (2012 – FCC) Já existem pesquisas que se propõem ......estudar quais características as fotos de um perfil de rede social podem transmitir...... personalidade de seu usuário, e como esse conhecimento pode ser utilizadopor ele para parecer, por exemplo, simpático, emocionalmente estável ou atémesmo aberto ...... novas experiências.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – à – a(B) à – à – a(C) a – a – à(D) à – à – à(E) à – a – à5247/5805RESPOSTA Estudar é verbo, por isso “a” é uma preposição, logo não hácrase. A regência do verbo transmitir exige preposição; como depois dele há

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um substantivo feminino que aceita artigo, temos um a preposição e outroartigo, portanto há crase. Na última lacuna, vale lembrar a velha máxima: ano singular, palavra no plural, crase nem a pau. Alternativa A.

10188. (2012 – FCC) A palavra “maquiavélico”, ...... que se costumaatribuir uma acepção negativa, está longe de fazer justiça ...... complexidade dopensamento de Maquiavel, mesmo aquele restrito ...... seu mais famoso tratado,O príncipe.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – à – à(B) à – a – a(C) à – a – à(D) a – à – a(E) à – à – àRESPOSTA O pronome relativo “que” não aceita artigo feminino antes dele,portanto “a” é a preposição oriunda de “atribuir”; não há crase. Quem fazjustiça faz justiça a algo e, como complexidade é um substantivo feminino, estabelecemosassim as condições para o uso de crase. O pronome possessivo“seu” é masculino, por isso não pode ter crase. Alternativa D.

10189. (2012 – FCC) Leia o fragmento abaixo:Devido ...... rapidez das mensagens eletrônicas e ao excesso de informações transmitidaspor e-mail, é comum depararmos com demonstrações de afeto em meio...... outros assuntos, o que diminui nossa sensibilidade ...... tais atenções.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) à – à – a(B) a – à – a(C) à – a – a(D) a – à – à(E) à – à – àRESPOSTA O termo “devido” exige preposição e depois dele há ainda o substantivofeminino “rapidez”, que aceita o artigo feminino a, portanto há a5248/5805necessidade de crase. Nas outras duas lacunas não há possibilidade de crase,pois “outros” é masculino e “tais” está no plural. Alternativa C.

10190. (2012 – FCC) Leia o fragmento abaixo:“Apesar de comumente confundidas, a admiração e a inveja não pertencem ......mesma categoria de afetos, pois a última causa prejuízo ...... autoestima e leva,constantemente, ...... sensações de insatisfação e angústia.”Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – a – à(B) a – à – a(C) à – à – a(D) à – a – à(E) à – à – àRESPOSTA Ao trocarmos o termo “mesma categoria” por “mesmo regulamento”,notaremos a mudança de à para ao (preposição mais artigo); nessecaso, ocorrerá crase. O mesmo ocorre na segunda lacuna; “autoestima” aceitaartigo feminino antes. Já na última lacuna, o termo sensações encontra-se noplural, portanto não há condições para a crase. Alternativa C.

10191. (2012 – FCC) ...... procura de paisagens e culturas diversas,os turistas têm escolhido ultimamente locais menos conhecidos para as férias;ainda assim, poucos planejariam uma viagem de turismo ...... destinos sujeitos...... crises políticas.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) À – à – a(B) A – à – a(C) A – a – à(D) À – a – a(E) À – à – àRESPOSTA “À procura” – locuções adverbiais sempre levam crase (à esquerda,à direita, à noite). O substantivo “destino” é masculino; não podemos,assim, ter crase. Na última lacuna, teríamos apenas a preposição, já que“crises políticas” está no plural sem o artigo. Alternativa D.5249/5805

10192. (2012 – FCC) “... assim [ele] se via transportado de volta ‘àglória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma’”.Ambos os sinais indicativos de crase devem ser mantidos caso o segmento sublinhadoseja substituído por:(A) enaltecia.(B) louvava.(C) aludia.(D) mencionava.(E) evocava.RESPOSTA Aqui temos uma questão de crase sendo resolvida pela regência:aludimos A algo, aludimos A alguém, portanto exige preposição (aludir àglória). Os demais verbos são transitivos diretos. Alternativa C.

10193. (2012 – FCC) A vida urbana ofereceu ...... condições ideaispara o surgimento do detetive particular, personagem dedicado ...... elucidaçãodos mais variados mistérios, propenso ...... investigar delitos de todos os tipos.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) as – à – a(B) às – a – à(C) as – a – à(D) as – à – à(E) às – à – aRESPOSTA O verbo oferecer é transitivo direto, não exige preposição e issoinvalida a existência de crase (lembre-se: crase é preposição mais artigo). Oadjetivo “dedicado” exige a preposição A e “elucidação” o artigo feminino:crase! Na última lacuna não ocorre crase porque temos um verbo (investigar).

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Alternativa A.

10194. (2012 – FCC) A pesquisa, feita em terras destinadas ...... agricultura,teve por objetivo estudar ...... áreas que permitissem condições favoráveisde sobrevivência ...... aves.(A) à – às – as(B) à – as – as5250/5805(C) à – as – às(D) a – as – as(E) a – às – àsRESPOSTA O termo destinadas exige a preposição a (destinado a algo) e oque vem depois dele é um substantivo feminino que aceita artigo, logo há condiçãopara crase. O verbo estudar é transitivo direto, logo o que vem depois éo artigo de “áreas”. Se trocarmos a palavra aves por pássaros, por exemplo,identificaremos facilmente a ocorrência de crase na última lacuna (sobrevivênciaaos pássaros). Alternativa C.

10195. (2008 – FCC) Há falta ou ocorrência indevida do sinal decrase em:(A) Não é preciso agarrar-se à nenhuma teoria linguística para se chegar à conclusãode que uma língua se constitui a partir de muitos intercâmbios comoutras.(B) Ao se referir à língua de Cabral, o autor do texto lembra que, àquela época,certas sonoridades não eram estranhas às do português que se fala hoje noBrasil.(C) Assim, à primeira vista, não é fácil avaliar o que há de idêntico entre a prosódiabrasileira e aquela que se verifica em Lisboa.(D) Tendo em vista a necessidade de se preservar a estrutura de uma língua,apela-se, com frequência, às sistematizações da gramática normativa.(E) Daqui a um bom tempo, o português falado no Brasil poderá estar a uma consideráveldistância do que se fala hoje.RESPOSTA Na alternativa A, ocorre uma indicação de crase indevida diantedo pronome “nenhuma”, visto que essa palavra não aceita artigo, impossibilitandoassim a crase diante dela. Alternativa A.

10196. (2012 – FCC) ...... Florença e Flandres deu-se a irradiação...... cultura renascentista ...... toda a Europa.(Adaptado do dicionário Houaiss, verbete: irradiação)Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) Por – da – à(B) Da – à – por(C) À – pela – de(D) De – da – para5251/5805(E) Para – à – deRESPOSTA A frase encontra-se invertida: A irradiação da cultura renascentista(sujeito – sem crase) deu-se de Florença e Flandres para toda aEuropa (as preposições DE e PARA estabelecem os lugares, os limites). AlternativaD.

10197. (2012 – FCC) ... e chegou à conclusão de que o funcionáriopassou o dia inteiro tomando café.Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de crase em destaque na fraseacima, está correto o seu emprego em:(A) e chegou à uma conclusão totalmente inesperada.(B) e chegou então à tirar conclusões precipitadas.(C) e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais.(D) e chegou finalmente à inevitável conclusão.(E) e chegou à conclusões as mais disparatadas.RESPOSTA Mais uma questão de crase que envolve a regência do verbochegar (chegar a). Ao trocarmos a palavra “inevitável conclusão” para “inevitáveldesfecho” conseguimos identificar claramente a questão de crase (AO inevitáveldesfecho). Alternativa D.

10198. (2012 – FCC) ... os modernistas promoveram uma valorizaçãodiferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos.O sinal indicativo de crase presente na frase acima deve ser mantido em caso desubstituição do segmento grifado por:(A) muita inovação no repertório.(B) uma grande reformulação dos temas.(C) toda sorte de revigoramento do repertório.(D) profundas mudanças temáticas.(E) inevitável transformação temática.RESPOSTA Entre as alternativas de resposta, a única que aceita o artigo femininosingular é a letra E. Alternativa E.5252/5805

10199. (2012 – FCC) A fidelidade ...... música e ...... fala do povo permitiram...... Adoniran exprimir a sua cidade de modo completo e perfeito.(Antônio Candido. Op. cit.)Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – a – à(B) a – à – à(C) à – à – a(D) à – a – a(E) a – à – aRESPOSTA O substantivo fidelidade é regido pela preposição a (fidelidade a).Ao trocarmos as palavras “música” e “fala” verificaremos a ocorrência de ao(preposição mais artigo). Sendo assim, crase. A última lacuna apresenta umnome Masculino; não temos, nesse caso, condição para crase. Alternativa C.

10200. (2012 – FCC) Não deixa de ser paradoxal o fato de o crescimentoda descrença, que parecia levar ...... uma ampliação da liberdade, ter dado

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lugar ...... escalada do fundamentalismo religioso, ...... que se associam manifestaçõesprofundamente reacionárias.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – à – a(B) à – a – a(C) a – a – à(D) à – à – a(E) a – à – àRESPOSTA O termo posterior à primeira lacuna é um artigo indefinido, ouseja, só podemos ter o a preposição ali. Logo, não há crase. Na coluna domeio, temos a regência da locução verbal “ter dado” (VTDI) exigindo a preposição“A” e vindo seguida de um substantivo feminino “escalada”. Na últimalacuna temos um pronome relativo que não aceita artigo feminino antes dele;o “a” nesse caso só pode ser preposição. Alternativa A.5253/5805

10201. (2012 – FCC) A parcela da população mundial que ascendeu...... classe média nos últimos vinte anos passou ...... consumir mais, ...... umritmo acelerado, o que põe em risco a sustentabilidade do planeta.As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente,por:(A) à – a – a(B) à – à – a(C) à – a – à(D) a – a – à(E) a – a – aRESPOSTA O verbo ascender é Verbo Intransitivo (VI), mas seguido de umalocução adverbial de lugar, por isso temos uma crase. Na segunda lacuna,temos o verbo “consumir” e isso invalida a crase. Na última lacuna, temos sópreposição, já que depois dele há um artigo indefinido. Alternativa A.

10202. (2012 – FCC) ... levava à crença na contínua evolução dasociedade ...O emprego do sinal de crase, exemplificado acima, estará correto, unicamente,em(A) aludir à felicidade geral.(B) buscar à felicidade.(C) propor à toda a população.(D) impor à esse grupo.(E) discutir à obrigatoriedade da lei.RESPOSTA A única palavra regida por preposição dentre as alternativas é overbo aludir; os demais verbos são todos transitivos diretos. Alternativa A.

10203. (2012 – FCC) Consta que, durante o verão, em meio ......beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ...... inspiração necessária paracompor sinfonias que, felizmente, foram legadas ...... gerações futuras.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) à – à – as(B) a – a – às5254/5805(C) à – a – às(D) a – à – às(E) à – a – asRESPOSTA A expressão “em meio” é regida pela preposição “a”; como depoisdesse “a” temos um substantivo que aceita artigo, temos crase. O verbo buscaré transitivo direto e não aceita preposição; não temos, portanto, condiçõesde crase. Se as sinfonias foram legadas, certamente, foram legadas “A” + asgerações futuras: crase! Alternativa C.

10204. (2012 – FCC) As decisões referentes ...... medidas que dizemrespeito ...... toda a sociedade devem ser tomadas com sabedoria, cada uma ......seu tempo.As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente,por:(A) as – à – à(B) às – a – a(C) às – à – a(D) às – a – à(E) as – a – àRESPOSTA A expressão referentes é regida pela preposição a; sendo assim,se trocarmos o termo medidas por ensinamentos, aparecerá a preposição maiso artigo: aos, fato esse que confirma a crase. Antes do pronome toda temosapenas a preposição “a”; não temos crase, portanto. O pronome possessivoseu é masculino. Alternativa B.

10205. (2012 – FCC) Das decisões cotidianas relacionadas ...... distraçõese dietas ...... escolhas profissionais e afetivas de longo prazo, o modo comousamos o tempo influencia todos os setores da vida e acarreta algum tipo de ônus...... ser pago futuramente.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) a – às – à(B) à – as – à(C) à – às – a(D) à – as – a(E) a – às – a5255/5805RESPOSTA A (preposição) + palavra no plural (distrações) = nunca crase!Entretanto, antes de Escolhas há o artigo plural, por isso ocorre crase. Na últimalacuna há um verbo; o que vem antes dele só pode ser preposição regidapor “ônus”. Alternativa E.

10206. (2012 – FCC) Os esforços dos ambientalistas visam ...... conservara grande e contínua área de floresta, destinada ..... pesquisas científicasvoltadas, principalmente, ...... estudos sobre a biodiversidade.

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As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente,por:(A) à – às – a(B) a – às – a(C) à – as – à(D) à – as – a(E) a – às – àRESPOSTA Não podemos ter crase antes de verbo, invalidando assim a crasena primeira e na última lacuna.Na lacuna do meio, temos crase devido à preposição de “destinada” e aoartigo de “pesquisas”. Alternativa B.

10207. (2012 – FCC) É a atividade de construção de que o artista dispõe,o seu poder de imprimir ...... um trabalho sentimentos e sensações, e a qualidadede pensamento que conferem humanidade ...... arte; e essa humanidadepode ser realizada com uma série ilimitada de temas ou elementos formais.Tudo isso já foi repetido ...... exaustão.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) à – à – a(B) a – à – à(C) a – à – a(D) à – a – à(E) à – a – aRESPOSTA Não é possível termos crase antes de palavra masculina. Conferimos(VTDI) humanidade (OD) A algo (OI) = à arte. Na última lacuna, temosuma locução adverbial feminina. Alternativa B.5256/5805

10208. (2011 – FCC) Considere: Na pequena cidade várias pessoasestavam paradas ...... frente de uma casa. O motorista, atento ...... condições daestrada, resolveu entrar. Pretendia pedir informações ...... algum morador.As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas, respectivamente,por:(A) a – as – a(B) a – as – à(C) à – as – à(D) à – às – à(E) à – às – aRESPOSTA As locuções adverbiais femininas (à esquerda, à direita, à noiteetc.) levam sempre crase. Na segunda lacuna, temos a preposição exigida peloadjetivo “atento” e um artigo no plural da palavra “condições”, ou seja, crase.O pronome indefinido “algum” é masculino, sem possibilidade, portanto, paraa crase. Alternativa E.

10209. (2011 – FCC) Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho escravo... A sociedade colonial no Brasil [...] desenvolveu-se [...] à sombra dasgrandes plantações de açúcar ...Do mesmo modo que nas frases acima, está correto o emprego da crase em:(A) combate à fome.(B) vendas à prazo.(C) escrito à lápis.(D) avião à jato.(E) defender à unhas e dentes.RESPOSTA As alternativas B, C e D possuem palavras masculinas, por issonão ocorre crase. Na letra E, “a” está no singular e “unhas” no plural, por issonão ocorre a crase. O substantivo “combate” exige preposição “a” e fome é umsubstantivo feminino. Alternativa A.

10210. (2011 – FCC) Com o inchaço populacional decorrente dofluxo migratório em direção ...... cidades, surgiram problemas na oferta de5257/5805serviços ...... população, que muitas vezes não consegue acesso ...... recursosessenciais.As lacunas da frase acima são corretamente preenchidas, respectivamente, por:(A) às – à – à(B) às – à – a(C) as – a – à(D) as – à – a(E) às – a – àRESPOSTA “Em direção” A + As cidades = às. Oferta de serviços A + A população= à. Recursos é uma palavra masculina, por isso não há crase. AlternativaB.

10211. (2008 – FCC) A obediência ...... regras sempre foi garantia doavanço da civilização, embora a transgressão ...... elas, confirma ...... História,também tenha propiciado saltos evolutivos.As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por:(A) as – à – a.(B) as – a – à.(C) às – à – à.(D) às – à – a.(E) às – a – a.RESPOSTA Obediência às regras. O substantivo “obediência” exige a preposiçãoA ? preposição a + artigo definido feminino no plural as = às.Transgressão a elas ? preposição a + pronome pessoal: não vai antecedido deartigo = a.Confirma a História. “história” é o sujeito do verbo “confirmar” ? artigo definidoa antecedendo a palavra História. Alternativa E.

II. Regência

10212. (2013 – FCC) E como dizer que a cidade, ao fim, deixara decorresponder à modernidade empenhada?5258/5805

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O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima estáempregado em:(A) Houve um sonho monumental...(B) Nada superará a beleza...(C) Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família...(D) No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil.(E) Brasília [...] resultara em alguma decepção.RESPOSTA A única questão com verbo transitivo indireto (VTI é o verbo queexige preposição) é a da alternativa E. A crase em “à modernidade” corroborapara identificarmos a regência do verbo destacado. Alternativa E.

10213. (2012 – FCC) A frase que, segundo os preceitos da gramáticanormativa do português do Brasil, está correta quanto à regência é:(A) A cada pequena discussão, costumava lhe chamar de aventureiro e até comoirresponsável, e disso já se havia coletado muitas provas.(B) Nada daquela maluca versão interessava a ele, principal testemunha do caso,e por isso manifestou-se quanto à imediata retirada do indesejáveldepoimento.(C) A afinidade entre os colegas intensificava-se ao mesmo tempo que seusestudos se desenvolviam, e disso surgiu uma amizade que todos tinhamorgulho.(D) Sua obra é daquelas que se pode dizer tudo, menos que passará despercebidaa futuras gerações, seja para negar-lhe méritos, seja para reconhecê-los.(E) Aquele professor é a verdadeira razão de que muitos estudantes decidiramdedicar-se à pesquisa, o que lhe faz ser constantemente mencionado comoexemplo a ser seguido.RESPOSTA Nesta questão, destacarei os erros das outras alternativas.Na letra A, o verbo “chamar” foi presenteado com dois objetos indiretos.Na letra C, faltou a preposição antes do pronome relativo (que) originada do“tinham orgulho” – de que.Na letra D, faltou a preposição “de” antes do pronome relativo (que).Na letra E, há uma preposição desnecessária antes do pronome relativo (que).Alternativa B.5259/5805

10214. (2012 – FCC) Cronistas de reinos passados, gênios das navegações[...] não falam de discos, pratos ou charutos voadores ...O verbo que NÃO foi empregado com o mesmo tipo de complemento que o verbogrifado acima está em:(A) ... sequer pensarmos em outros mundos ...(B) Enjoaram de nós?(C) Venceu a hipótese de naves ...(D) Começou com um piloto norte-americano de caças ...(E) ... que simplesmente desistimos deles?RESPOSTA O verbo destacado exige preposição (de), sendo classificado comoverbo transitivo indireto. O verbo “vencer” foi empregado como verbo transitivodireto. Alternativa C.

10215. (FCC – adaptada – 2012) Estrutura que considera corretamenteas regências, encontra-se em frases que seguem, com EXCEÇÃO destaúnica:(A) Comprovou que e alegou de que os documentos eram originais.(B) Segurou o menino com e pela mão esquerda.(C) Por conta de e para saldar as dívidas, penhorou seu único imóvel.(D) Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidosindevidamente.(E) Os estados se unificaram em e por uma sólida confederação.RESPOSTA O verbo “alegar” é transitivo direto, não necessita de preposição.Alternativa A.

10216. (2012 – FCC) ... o recurso à coerção atenta contra os princípiosdo direito internacional ...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:(A) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida defesa dos direitos humanos...(B) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a sua ação externa ...(C) A ONU constitui o foro privilegiado para ...5260/5805(D) Em meados da década de 90 surgiram vozes que ...(E) ... a relação [...] passou por várias etapas.RESPOSTA O verbo “atenta” é transitivo indireto, pois exige a preposição“contra”, assim como o verbo “passou”. Alternativa E.

10217. (2012 – FCC) ... salvo durante os intervalos de torpor a quealudi.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:(A) ... começarão por Sherlock Holmes.(B) ... mas que fosse marcadamente diferente das narrativas ...(C) ... no entanto ele possuía enorme delicadeza de toque ...(D) ... qualidades que espelham as de seu criador.(E) ... um novo caso produza em Holmes uma onda de entusiasmo ...RESPOSTA A preposição do verbo “aludir” está antes do pronome relativo“que”, assim o único verbo que exige preposição (verbo transitivo indireto) é oda alternativa A. Alternativa A.

10218. (2012 – FCC) Está inadequado o emprego do elemento sublinhadona seguinte frase:(A) Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao que dispenso aos homensreligiosos.(B) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de que deveriam desviar-setodos os homens verdadeiramente virtuosos.(C) A tolerância é uma virtude na qual não podem prescindir os que se dizem homens

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de fé.(D) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de nada fazer que possainjuriá-los ou desrespeitá-los.(E) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de fazer o mesmo comaqueles que não a têm.RESPOSTA O verbo prescindir é transitivo indireto, mas exige a preposição“de”, e não “em”: ... da qual não podem prescindir os que se dizem homensde fé. Alternativa C.5261/5805

10219. (2012 – FCC) ... Amapá, Roraima, Pará e Amazonas possuemmais da metade de seu território nessa categoria.O verbo grifado acima tem o mesmo tipo de complemento que o verboempregado em:(A) Terras indígenas e unidades de conservação contribuem de modo quaseparelho para o número total de áreas protegidas...(B) ... cujo nome já diz tudo...(C) ... esse número no mesmo período foi de 2,1%.(D) Quase metade da Amazônia brasileira pertence hoje à categoria de área protegidapor lei contra a devastação ...(E) É pouco mais do que um quarto de todas as terras do Brasil.RESPOSTA O verbo “dizer” é o único verbo transitivo direto entre as alternativas.Note que o objeto direto é o pronome “tudo”. Alternativa B.

10220. (2012 – FCC) Aos espanhóis revertem em sua totalidade osprimeiros frutos...O verbo grifado acima tem o mesmo tipo de complemento que o verboempregado em:(A) A descoberta das terras americanas é, basicamente, um episódio dessa obraingente.(B) ... e suscita um enorme interesse por novas terras.(C) O restabelecimento dessas linhas [...] constitui sem dúvida alguma a maiorrealização dos europeus...(D) Não se trata de deslocamentos de população...(E) Esse interesse contrapõe Espanha e Portugal, “donos” dessas terras, às demaisnações europeias.RESPOSTA O verbo reverter é transitivo indireto. Repare que a frase se encontrainvertida (Os primeiros frutos revertem aos espanhóis). O verbo“tratar” também exige complemento com preposição. Alternativa D.

10221. (2012 – FCC) ... e favoreça os seus amores por ela...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:5262/5805(A) A jovem é irmã de Hersé...(B) ... este espetáculo a corrói...(C) ... Palas Atena vai à morada da Inveja...(D) ... e ordena-lhe que...(E) Assiste com despeito aos sucessos dos homens...RESPOSTA O verbo “favorecer” assim como o verbo “corroer” são transitivosdiretos, ou seja, não exigem preposição para os seus complementos. Note queo objeto direto do verbo corroer é o pronome oblíquo “a”. Alternativa B.

10222. (2012 – FCC) Seja qual for a resposta, em seu poema ele lhedizia que sua beleza era maior do que a de uma mortal.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:(A) ... como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades.(B) Poe certamente acreditava nisso...(C) ... a primeira capaz de dar à palavra escrita uma circulação geral...(D) ... a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo...(E) Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reunirampara...RESPOSTA Assim como o verbo “dizer”, o verbo “dar” é transitivo direto e indireto(VTDI).“... lhe (OI) dizia que (OD)... / ... dar à palavra escrita (OI) uma circulaçãogeral (OD)”. Alternativa C.

10223. (2012 – FCC) A frase em que a regência está em conformidadecom o padrão culto escrito é:(A) Em seu fingimento, só restou de que dissesse ao ex-sócio que sentia saudadesdele.(B) Tudo isso considerado, é necessário fazer que ele sinta o peso daresponsabilidade.(C) Em atenção por seu talento indiscutível, o pouparam as devidas multas.(D) Passou os documentos a mão do técnico e não os perdeu de vista até ao finalda reunião.(E) Inconformado de que eles propalavam injúrias a seu respeito, decidiudenunciá-los.5263/5805RESPOSTA Explicarei o erro das demais alternativas: (A) ... de que dissesseao... (dois objetos indiretos não podem). (C) Não se começa uma frase pelopronome oblíquo (o). (D) Os documentos passaram... o verbo deve concordarcom o sujeito. (E) Inconformado que eles... Alternativa B.

10224. (2012 – FCC) Apenas exigem imperiosamente um final feliz...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:(A) Leitores de romances policiais não são exigentes.(B) ... e os meios para obtê-la.(C) ... que contribua com eficiência maior...(D) Os leitores contemporâneos acreditam firmemente na onipotência...(E) ... porque lhes falta o valor literário.RESPOSTA O verbo “exigir” é transitivo direto, assim como o verbo “obter”.

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“um final feliz” e o pronome oblíquo desempenham a função de objeto diretorespectivamente. Alternativa B.

10225. (2012 – FCC) ... de modo que ele próprio o anunciou no orçamentode 1925.Considerando-se o contexto, o verbo grifado acima está empregado como(A) transitivo indireto pronominal.(B) transitivo indireto.(C) bitransitivo.(D) transitivo direto.(E) intransitivo.RESPOSTA O verbo anunciar é transitivo direto e na frase tem o seu complementoem forma do pronome oblíquo “o”. Alternativa D.

10226. (2012 – FCC) Tudo isso vem a propósito da fusão queCaetano Veloso hoje encarna.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:(A) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora.(B) A vertente é uma só...5264/5805(C) Pouco importam as fontes de onde procedem.(D) ... seu caráter lustral as universaliza.(E) Viajou a Portugal...RESPOSTA Caetano Veloso encarna a fusão (OD), sim? O verbo é transitivodireto assim como “universaliza” (as – OD). Alternativa D.

10227. (2012 – FCC) A frase em que ambos os elementos sublinhadossão complementos verbais é:(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniõesem contrário.(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velhocronista, leitor amigo.(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres numcemitério.(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando descea um porão...(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou evocaçãomágica numa casa moderna.RESPOSTA O verbo “confessar” é bitransitivo, tendo a conjunção integrante“que” como OD e “vos” como o OI.O verbo entender é VTI, ou seja, “de arquitetura” é um objeto indireto. AlternativaA.

10228. (2012 – FCC) ... e que vem de certa harmonia misteriosa aque tendem o branco, o preto, o roxo e o moreno ...O segmento grifado preenche corretamente a lacuna da frase:(A) As autoridades contavam ...... se fizessem consultas à população para definiros projetos de melhoria de toda a área.(B) As transformações ...... se refere o historiador descaracterizaram toda a áreadestinada, de início, a pesquisas.(C) A necessidade de inovações foi o argumento ...... se valeram os urbanistaspara defender o projeto apresentado.(D) A ninguém ocorreu demonstrar ...... não seria possível impedir a derrubadade algumas antigas construções.(E) Seriam necessários novos e diferentes projetos urbanísticos, ...... permanecessemintocadas as construções originais.5265/5805RESPOSTA A regência do verbo “referir-se” exige a preposição “a”. Essa preposiçãodeve ser posicionada antes do pronome relativo (que). Alternativa B.

10229. (2012 – FCC) Os verbos que exigem o mesmo tipo de complementoestão empregados nos segmentos transcritos em:(A) A vida é triste e complicada. // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.(B) ... alguém dará o nosso recado sem endereço. // A vida é triste e complicada.(C) Tinha razão o rapaz... // Depois de esperar duas ou três horas...(D) Para quem espera nervosamente... // Depois de esperar duas ou três horas...(E) Tinha razão o rapaz... // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.RESPOSTA Os verbos “ter” e “esperar” são transitivos diretos. Alternativa C.

10230. (2012 – FCC) ... procurava incorporar à escrita o ritmo dafala...O verbo empregado no texto com a mesma regência do grifado acima está em:(A) ... consagrar literariamente o vocabulário usual.(B) ... dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.(C) No Brasil, ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos...(D) ... que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.(E) ... os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico...RESPOSTA O verbo “incorporar” é transitivo direto (o ritmo da fala) e indireto(à escrita) assim como o verbo “dar” da letra B (OD – estado de literatura e OI– aos fatos da civilização moderna). Alternativa B.

10231. (2012 – FCC) ... João Rubinato, que adotou o nome de umamigo funcionário do Correio...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:(A) ... que já acabou com a garoa...(B) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira...(C) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana...(D) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne...(E) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia...5266/5805RESPOSTA Na frase, o verbo “adotar” (OD – o nome de um amigo funcionário

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do Correio) é transitivo direto, assim como o verbo “produzir” (OD – uma obraradicalmente brasileira) da letra B. Alternativa B.

10232. (FCC – 2009) Está correto o emprego de ambos os elementossublinhados na frase:(A) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujonão há ainda qualquer indício.(B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região faltatudo o que aquela não falta.(C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicadoscom a difusão fascinada dos horrores.(D) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença,fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.(E) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo,de cujo parecem orgulhar-se de ostentar.RESPOSTA Note que depois do pronome relativo “as quais” há o verbo “assistir”sendo empregado no sentido de “ver, enxergar”. Nesse caso, o verbo étransitivo indireto e exige a preposição “A”, que se desloca para a frente dopronome, gerando crase. Na outra opção, o pronome “cujo” indica a posseentre “horror” e “fenômenos” concordando com o ser possuído: horror. AlternativaD.

10233. (2012 – FCC) Essa emancipação nos confronta com o vazio.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estáempregado em:(A) Essa é a fantasia, ao mesmo tempo grandiosa e hedionda, da clonagem.(B) Grandiosa pelo poder que confere à ciência e aos seus sacerdotes...(C) Se o projeto original do ser humano correspondia à imagem e semelhança deDeus...(D) A era da religiosidade terminou no Ocidente.(E) O homem ocupa hoje o centro de sua própria existência.RESPOSTA O verbo “confrontar” é transitivo direto e indireto (OD – nos e OI– com o vazio), assim como o verbo “conferir” (OD – o poder e OI – à ciênciae aos seus sacerdotes). Alternativa B.5267/5805

10234. (2012 – FCC) A expressão de que preenche adequadamente alacuna da frase:(A) Os projetos e atividades ...... implementamos na Casa Azul visam à harmoniade Paraty.(B) O prestígio turístico ...... veio a gozar Paraty não cessa de crescer, por contade novos projetos e atividades.(C) O esquecimento ...... Paraty se submeteu preservou-a dos desgastes trazidospor um progresso irracional.(D) A plena preservação ambiental, ...... Paraty faz por merecer, é uma das metasda Casa Azul.(E) Os ciclos econômicos do ouro e do café, ...... tanto prosperou Paraty,esgotaram-se no tempo.RESPOSTA O verbo “gozar” é VTI, exigindo a preposição “de” que fica antesdo pronome relativo “que”. Alternativa B.

10235. (2012 – FCC) ... para que ela não interfira de forma excessivaem seus projetos.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:(A) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...(B) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ...(C) ... deixando-nos desarmados e atônitos ...(D) ... de algo que está além de nossa compreensão ...(E) ... ele o convoca constantemente.RESPOSTA O verbo “interferir” foi empregado como VTI (OI – em algo) assimcomo no verbo “lidar” que exige a preposição “com”. Alternativa B.

10236. (2012 – FCC) ... aquele que maximiza a utilidade de cadahora do dia.O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está em:(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de...(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida moderna...(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera...5268/5805(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico...RESPOSTA O verbo “maximizar” é transitivo direto, o mesmo ocorrendo como verbo “investigar”. Alternativa C.

10237. (2012 – FCC) A vasta reflexão dos pensadores, dos poetas ecientistas sobre o estatuto do tempo e seu entendimento aponta para umacomplexidade ...Nas frases seguintes, considere o emprego do verbo grifado acima:I. O assessor encarregado pelo Ministro de analisar o processo apontou-lhe as dificuldadesem conseguir um acordo satisfatório entre as partes.II. O desempenho de um dos membros do Conselho Administrativo levou os demaisa apontarem-no, de forma unânime, para dirigir a empresa.III. O Presidente, diante da insatisfação gerada por medidas impopulares, apontouà frente dos manifestantes, tentando acalmar os ânimos.Está correta a regência do verbo apontar em(A) II, apenas.(B) I e II, apenas.(C) II e III, apenas.(D) I e III, apenas.(E) I, II e III.RESPOSTA No item I, apontou-lhe (OI) as dificuldades (OD) = VTDI. No itemII, apontarem-no (OD) = VTD. No item III, apontou à frente dos manifestantes(adjunto adverbial) = VI. Note que a transitividade dos verbos varia de

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acordo com o contexto. Alternativa E.

10238. (2012 – FCC) Há uma passagem em A era dos impérios deEric Hobsbawm em que o historiador exprime a sua perplexidade em face do discursosobre a diferença entre “partes avançadas e atrasadas, desenvolvidas e nãodesenvolvidas do mundo”:Considerado o fragmento acima, a alteração que mantém o sentido original e orespeito às regras do padrão culto escrito é a proposta em:(A) colocação de uma vírgula após a palavra impérios.(B) substituição de em face do discurso por “frente o discurso”.(C) substituição de em face do discurso sobre a diferença por “face à face com odiscurso a cerca da diferença”.5269/5805(D) substituição de “partes avançadas e atrasadas, desenvolvidas e não desenvolvidasdo mundo” por “partes mundiais avançadas e atrasadas, desenvolvidase não desenvolvidas”.(E) substituição de em que o historiador exprime a sua perplexidade em face dodiscurso por “na qual o historiador exprime a própria perplexidade diantedo discurso”.RESPOSTA O pronome relativo que pode ser substituído por a/o qual semprejuízo para o sentido e a correção. Nesse caso, temos a preposição em antesdos dois pronomes, o que não interfere na substituição. Alternativa E.

10239. (2011 – FCC) É preciso corrigir um equívoco de redação daseguinte frase:(A) Não houve ninguém que se furtasse em dar entrevista.(B) A força policial solidarizou-se com os moradores.(C) Correu o boato de que o objeto contava com poderes sobrenaturais.(D) Em nada perturbou os animais a aparição do exótico objeto.(E) Afrouxou-se a vigilância dos guardas, acometidos por letargia.RESPOSTA O verbo furtar-se exige preposição, mas não a “em”, e sim a “de”,pois quem se furta se furta de. Alternativa A.

10240. (2012 – FCC) “O que caracteriza essa luta é a crueza da publicidadea que todos os que entram nela estão expostos.”A frase acima permanecerá correta caso se substituam os elementos sublinhados,respectivamente, por:(A) de que – se confrontarão(B) pela qual – se sujeitarão(C) com a qual – não resistirão(D) à qual – estão sujeitos(E) de cuja – estão submetidosRESPOSTA O pronome “a que” vem antecedido de uma preposição devido àregência de “estão expostos”. Caso trocássemos por “estão sujeitos” a regênciaseria a mesma e o pronome “a qual” vem antecedido de artigo, tendo crasepor isso. Alternativa D.5270/5805

10241. (2012 – FCC) ... elas ainda sofrem de imensas deficiências denutrientes...A relação entre verbo e complemento, grifada acima, se reproduz em:(A) ... embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes ...(B) ... e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva.(C) ... a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problemaoposto.(D) ... e muitos não obtêm esses nutrientes.(E) ... menos da metade daqueles que mais precisam deles ...RESPOSTA Tanto o verbo destacado quanto o verbo “precisam” são transitivosindiretos que solicitam a preposição (de). Alternativa E.

10242. (2012 – FCC) ... deveria viver buscando a perfeição a que estariadestinado.O segmento grifado na frase acima preenche corretamente a lacuna da frase:(A) Os temas ...... tratava eram sempre ligados de algum modo à religião e a fenômenosque a ciência não conseguia explicar.(B) Preferia gastar todo o tempo necessário na minuciosa execução do trabalho...... não tivesse de refazê-lo depois.(C) Suas leituras e seus estudos, ...... nunca deixava de fazer alusão, eram o quehavia de mais caro para ele.(D) Mais do que um simples sonho, tinha sido um horrível pesadelo, ...... nãoconseguia mais deixar de pensar.(E) Os projetos mais mirabolantes e de mais difícil realização eram aqueles ......mais ficava entusiasmado.RESPOSTA O substantivo “alusão” exige a preposição “a”. Essa preposiçãodeve ser inserida antes do pronome relativo “que” para ficar de acordo com anorma-padrão. Alternativa C.

10243. (2012 – FCC) Na arte dos mamulengos, tornaram-se célebresalguns artistas, ....... .Preenche corretamente a lacuna da frase acima:(A) do nome deles que todos lembram5271/5805(B) de cujo nome todos se lembram(C) cujo o nome todos lembram(D) deles todos lembram os nomes(E) do qual os nomes se lembram de todosRESPOSTA Primeiramente, é necessário o uso do pronome relativo “cujo”para representar a relação possuído-possuidor (nome-alguns artistas). Apósisso, deve-se atentar ao verbo lembrar: como apresenta partícula (se), étransitivo indireto, exigindo, portanto, preposição “de” antes do pronome relativo.Alternativa B.

10244. (2012 – FCC) Está adequado o emprego do elemento sublinhado

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em(A) Mahler, compositor a quem as gerações seguintes fizeram justiça, foi muitoincompreendido em vida.(B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram incompreensão, acabou marcandoo século XX.(C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se inspirou musicalmente, o turistareconhecerá a paz de que se beneficiou o compositor.(D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu para concentrar-se ecompor.(E) O século XX, ao qual sobressaíram grandes compositores, como Mahler, foimarcado por criações bastante polêmicas.RESPOSTA O uso de preposição nos pronomes relativos é exigido pela palavrada oração em que ele se insere que necessite de complemento preposicionado.Entre as opções, apenas a alternativa A apresenta tal contexto linguístico,pois o verbo “fazer” está empregado em sentido bitransitivo: fazer algo(justiça) a alguém (a quem). Alternativa A.

10245. (2012 – FCC) Está INADEQUADO o emprego do elementosublinhado na frase(A) No ônibus de viagem, ao qual recorro regularmente, sou quase uma ilha emmeio às mais variadas conexões.(B) Ao contrário de outros tempos, já não é mais ao crepúsculo que me atenhoem minhas viagens.(C) A conectividade está nos conduzindo a um destino com o qual ninguém se arriscaa prever.5272/5805(D) As pessoas absortas em suas conexões parecem imergir numa espécie desolidão com cujo sentido é difícil de atinar.(E) O cronista considera que nossas necessidades permanentes, às quais aludeno último parágrafo, disfarçam-se em meio a tantas conexões.RESPOSTA Quem determina o emprego ou não de preposição antes do pronomerelativo é a regência do termo que vem depois, no caso “prever”. Comoesse verbo é VTD, não há preposição (com) antes do pronome. Alternativa C.

10246. (2012 – FCC) O restaurante Reis, ...... o poeta era assíduo frequentador,ficava no velho centro do Rio.Preenche corretamente a lacuna da frase acima:(A) o qual.(B) no qual.(C) de que.(D) de cujo.(E) em que.RESPOSTA Frequentador é substantivo que exige preposição para compor seucomplemento nominal. Por isso, diz-se que as pessoas são frequentadoras DEalgum local. Assim, como o pronome relativo retoma “o restaurante Reis”, devemospreencher a lacuna com “DE que” ou com “DO qual”. Alternativa C.

10247. (2012 – FCC) Está INADEQUADO o emprego do elementosublinhado na frase(A) A traição a que por vezes está sujeita nossa audição pode ter resultadosdivertidos.(B) Os sons das palavras, a cujos poucas vezes dedicamos plena atenção, podemser bastante enganosos.(C) A melodia e o ritmo de uma frase, em cujo embalo podemos nos equivocar,valem pelo efeito poético.(D) E afinal, por onde andará dona Ondirá, senhora misteriosa de quem o leitorfoi fã cativo, quando menino?(E) E dona Quiçás, a quem Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado,morará ainda em Madri?5273/5805RESPOSTA O uso de “cujos” restringe-se à relação de posse (possuído-possuidor),que não ocorre na frase B. O pronome correto para este caso seria “aque”/”aos quais”. Alternativa B.

10248. (2012 – FCC) Está correto o emprego de ambos os elementossublinhados na frase:(A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia emcuja pretendia confundir função técnica com função política.(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão aquem se promova apenas pela aclamação do voto.(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto doque a promoção pelo mérito onde nem todos confiam.(D) A má reputação de que se imputa ao “assembleísmo” é análoga àquela emque se reveste a “meritocracia”.(E) A convicção de cuja não se afasta o autor do texto é a de que a adoção de umou outro critério se faça segundo à natureza do caso.RESPOSTA Além de determinar a relação de posse entre os substantivos funçãoe desempenho, o pronome relativo “cujo” vem acompanhado da preposiçãopara, pois é exigido por “alta habilitação” (afinal, exige-se habilitaçãoPARA algo). No outro pronome, o uso de “a quem” se deve por fazermos referênciaa uma pessoa e por o verbo “caber” exigir a preposição “a”. AlternativaB.

10249. (2012 – FCC) Está empregado corretamente o elemento grifadona frase:(A) Adoniran Barbosa, a qual primeira tentativa de entrar para o rádio foimalsucedida, tornou-se um grande sucesso nesse veículo.(B) Em 1935, Adoniran ganhou um concurso com uma marchinha carnavalesca,pela qual foi eleita a melhor marcha do ano.(C) Nas canções de Adoniran, a linguagem, cujos traços coloquiais são facilmentepercebidos, reproduz o modo de falar de certas camadas sociais.(D) Adoniran Barbosa, o qual verdadeiro nome era João Rubinato, foi consideradopela crítica o maior sambista paulista.

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(E) Certas composições de Adoniran, nas quais incluem “Trem das onze” e“Saudosa Maloca”, são conhecidas pela maioria dos brasileiros.5274/5805RESPOSTA O pronome relativo “cujo” estabelece relação de posse (traçoscoloquiais – linguagem das canções de Adoniran). Uma vez que o elementoseguinte está no plural, a forma também se plurifica: cujos. Atenção: NUNCAusamos cujos os. Alternativa C.

10250. (2012 – FCC) Havia um tema urgente ...... Churchill precisavalidar enquanto era secretário da guerra: os constantes problemas da Irlanda.Preenche corretamente a lacuna da frase acima:(A) nos quais(B) do qual(C) com o qual(D) ao qual(E) para os quaisRESPOSTA A locução verbal “precisar lidar” exige a preposição “com”. Comoo complemento de ordem indireta (tema urgente) é retomado pelo pronome oqual na oração, tal pronome deve vir antecedido de preposição para ser consideradosintaticamente adequado. Alternativa C.

III. Pontuação

10251. (2013 – FCC) Sobre a pontuação empregada no texto, afirmasecorretamente:(A) Em Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentrodos olhos”, a justificativa para o emprego de aspas é o realce irônico quese quer dar à expressão que elas isolam.(B) Em Mas o ser humano, este continua desprotegido..., a vírgula poderia serretirada sem prejuízo para o sentido e a lógica.(C) Em Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção,as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízopara a clareza e a lógica.(D) Em um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizarapara Brasília..., uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois demonumentalidade, sem prejuízo para o sentido.(E) Em No Planalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil, a retiradada vírgula implicaria prejuízo para a clareza e a lógica.5275/5805RESPOSTA A expressão isolada por pontuação é uma ressalva inserida nomeio de uma oração. A substituição é possível nesse caso. Alternativa C.

10252. (2013 – FCC) Está plenamente adequada a pontuação doseguinte período:(A) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da linguagem, que por não haverdois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão os vocábulosde uma língua, ainda que com isso, se corra o risco de passar porpernóstico.(B) Acredita-se, sobretudo entre os estudiosos da linguagem que, por não haverdois sinônimos perfeitos há que se empregar, com toda a precisão, os vocábulosde uma língua ainda que com isso, se corra o risco de passar porpernóstico.(C) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da linguagem que, por não haverdois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão, os vocábulosde uma língua ainda que, com isso, se corra o risco de passar porpernóstico.(D) Acredita-se, sobretudo, entre os estudiosos da linguagem, que, por não haverdois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão, os vocábulosde uma língua, ainda que com isso, se corra o risco de passar porpernóstico.(E) Acredita-se, sobretudo entre os estudiosos da linguagem, que, por não haverdois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão os vocábulosde uma língua, ainda que com isso se corra o risco de passar porpernóstico.RESPOSTA Sobretudo entre os estudiosos da linguagem é uma expressão intercalada;deve, portanto, ser isolada por pontuação. Há também na fraseuma oração adverbial causal (por não haver) que necessariamente deve virentre vírgulas por estar deslocada. Na última frase, que é uma oração adverbialconcessiva, a pontuação é facultativa, visto que o lugar dessas orações ésempre no final do período. Alternativa E.

10253. (2013 – FCC) Está inteiramente correta a pontuação doseguinte período:(A) Não é fácil – confessemos logo – estabelecer uma clara linha divisória entre oque há de virtuoso na confiança, reconhecida como atividade positiva e5276/5805criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando isso significa problematizaruma decisão.(B) Não é fácil, confessemos logo, estabelecer uma clara linha divisória: entre oque há de virtuoso na confiança reconhecida como atividade positiva, e criativa,e o que há de meritório em desconfiar, quando isso significa problematizaruma decisão.(C) Não é fácil, confessemos logo: estabelecer uma clara linha divisória, entre oque há de virtuoso na confiança reconhecida, como atividade positiva e criativa,e o que há de meritório em desconfiar quando, isso, significa problematizaruma decisão.(D) Não é fácil, confessemos logo estabelecer, uma clara linha divisória, entre oque há de virtuoso, na confiança reconhecida, como atividade positiva e criativa,e o que há de meritório em desconfiar, quando isso significa problematizaruma decisão.(E) Não é fácil – confessemos logo – estabelecer uma clara linha divisória, entreo que há de virtuoso, na confiança reconhecida como atividade positiva e criativa,e o que há de meritório, em desconfiar quando isso significa problematizaruma decisão.

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RESPOSTA Temos um comentário paralelo que deve necessariamente virentre vírgulas (confessemos logo). A vírgula antes do “e” se deve ao fato deunir orações com sujeitos diferentes. A vírgula antes de “quando” é facultativapois introduz uma oração adverbial que está no final do período. Alternativa A.

10254. (2012 – FCC) Está plenamente adequada a pontuação doseguinte período:(A) O cronista, já no início do texto, deixa claro que o sentido das palavras, talcomo o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas múltiplasnuances, que somente o uso vivo dos vocábulos é capaz de contemplar.(B) O cronista já no início do texto, deixa claro que, o sentido das palavras, talcomo o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas múltiplasnuances que somente o uso vivo, dos vocábulos, é capaz de contemplar.(C) O cronista, já no início do texto deixa claro, que o sentido das palavras, talcomo o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas múltiplasnuances que, somente, o uso vivo dos vocábulos é capaz de contemplar.(D) O cronista já no início do texto deixa claro, que o sentido das palavras talcomo o estabelecem, os dicionários, não vem explorado em suas múltiplasnuances que, somente o uso vivo dos vocábulos, é capaz de contemplar.5277/5805(E) O cronista já no início, do texto, deixa claro, que o sentido das palavras talcomo o estabelecem os dicionários, não vem explorado, em suas múltiplasnuances, que somente o uso vivo dos vocábulos é capaz de contemplar.RESPOSTA “Já no início do texto” é um adjunto adverbial antecipado, por issoé isolado por pontuação. Temos uma oração intercalada explicativa (tal...dicionários)isolada também por vírgulas e uma oração adjetiva explicativa (que= pronome relativo) que sempre é isolada por vírgulas. Alternativa A.

10255. Está inteiramente adequada a pontuação da frase:(A) Como já se disse, poeta é aquele que, ao aplicar-se conscientemente à difícilarte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil, despido dascamadas de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa revelia, acumulamosao longo da vida adulta.(B) Como, já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se conscientemente à difícilarte do desaprender, passa a ver o mundo, com olhar infantil, despido dascamadas de preconceitos e prejuízos, que quase sempre à nossa revelia, acumulamosao longo da vida adulta.(C) Como já se disse poeta é aquele, que ao aplicar-se conscientemente à difícilarte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil despido das camadasde preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa revelia acumulamos,ao longo da vida adulta.(D) Como já se disse poeta, é aquele que ao aplicar-se conscientemente à difícilarte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil despido das camadasde preconceitos, e prejuízos, que quase sempre à nossa revelia acumulamosao longo da vida adulta.(E) Como já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se, conscientemente, à difícilarte do desaprender passa a ver, o mundo, com olhar infantil despido dascamadas de preconceitos e prejuízos que quase sempre, à nossa revelia, acumulamosao longo da vida adulta.RESPOSTA Há uma oração adverbial conformativa que deve vir obrigatoriamentemarcada por vírgula, por estar deslocada. “ao aplicar-se conscientementeà difícil arte do desaprender” é uma oração reduzida adverbial detempo deslocada também. “quase sempre à nossa revelia” é um adjunto adverbialdeslocado. Alternativa A.

10256. (2012 – FCC) Está plenamente adequada a pontuação daseguinte frase:5278/5805(A) O texto é polêmico, de vez que, busca estabelecer um equilíbrio de julgamento,num terreno em que via de regra dominam as paixões, já que tanto areligião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimentoverdadeiro.(B) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer, um equilíbrio de julgamento,num terreno em que via de regra dominam as paixões; já que tanto areligião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimentoverdadeiro.(C) O texto é polêmico, de vez que: busca estabelecer um equilíbrio de julgamentonum terreno em que, via de regra, dominam as paixões já que tanto areligião, como a ciência, advogam para si mesmas o estatuto do conhecimentoverdadeiro.(D) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de julgamentonum terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já que tanto a religiãocomo a ciência advogam para si mesmas o estatuto do conhecimentoverdadeiro.(E) O texto é polêmico de vez, que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento,num terreno em que via de regra, dominam as paixões já que, tanto areligião como a ciência, advogam, para si mesmas, o estatuto do conhecimentoverdadeiro.RESPOSTA As vírgulas depois de “polêmico” e antes de “paixões” isolam umaoração adverbial. “via de regra” é uma expressão intercalada que deve serisolada por pontuação. A última vírgula (depois de paixões) é facultativaporque isola uma oração adverbial causal, mas está na ordem correta. AlternativaD.

10257. (2012 – FCC) A frase que está pontuada segundo as orientaçõesdo padrão culto é:(A) Antecipando o destino que aquela relação amorosa conheceria – o convívioharmônico sempre celebrado –, os pais da jovem serenamente abençoarama união.(B) Identificados, os documentos originalmente dispersos, nas pastas, passou-sea catalogá-los; o que se fez no prazo mais curto, que as circunstânciaspermitiram.(C) A conferência que o autor pronunciou na Sorbonne, foi traduzida e publicada

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no Brasil, mas não, na íntegra.(D) Tanto os trajes masculinos quanto os femininos, foram incorporados aosbens da companhia, vendidos todos, a preço muito inferior ao de mercado.5279/5805(E) A promessa inicial feita a si mesmo e à irmã, cumpriu-se quando tinhamainda pouca idade mas ao que tudo indica, conseguiram mantê-la em segredopor décadas.RESPOSTA O termo entre travessões é um aposto e deve vir necessariamenteentre vírgulas ou travessões. Já a vírgula foi empregada para assinalar umaoração reduzida adverbial causal antecipada à oração principal. Alternativa A.

10258. (2012 – FCC) Sobre a pontuação empregada em um segmentodo texto, é correto afirmar:(A) Em mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuemde forma significativa..., a retirada da vírgula implicaria prejuízopara o sentido.(B) Em Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogointerior, os dois-pontos introduzem uma consequência do que foienunciado.(C) Em Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contraobstáculos como... (2º parágrafo), a retirada da vírgula implicaria prejuízopara a correção.(D) Em Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre como utilizaruma raquete ou um taco... (1º parágrafo), a vírgula isola um segmentoque indica causa em relação ao que vai ser enunciado.(E) Em Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador (2º parágrafo), umavírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo jogo, sem prejuízopara o sentido e a correção.RESPOSTA Na frase em questão, deixaríamos de ter uma oração adjetiva explicativa(sempre com pontuação) e passaríamos a ter uma oração adjetiva restritiva(sem pontuação). Alternativa A.

10259. (2012 – FCC) Está inteiramente adequada a pontuação dafrase:(A) Objetos voadores não identificados, mais conhecidos como óvnis foram, nãoapenas objeto, de acaloradas controvérsias, como tema de inúmeros filmesde sucesso, principalmente aqueles produzidos em Hollywood essa verdadeirafábrica de sonhos.(B) Objetos voadores, não identificados, mais conhecidos como óvnis foram, nãoapenas objeto de acaloradas controvérsias, como tema de inúmeros filmes5280/5805de sucesso, principalmente, aqueles produzidos em Hollywood essa verdadeirafábrica de sonhos.(C) Objetos voadores não identificados mais conhecidos, como óvnis foram nãoapenas, objeto de acaloradas controvérsias, como tema de inúmeros filmes,de sucesso, principalmente aqueles produzidos, em Hollywood, essa verdadeirafábrica de sonhos.(D) Objetos voadores não identificados, mais conhecidos como óvnis, foram nãoapenas objeto de acaloradas controvérsias, como tema de inúmeros filmesde sucesso, principalmente aqueles produzidos em Hollywood, essa verdadeirafábrica de sonhos.(E) Objetos voadores, não identificados, mais conhecidos como óvnis foram nãoapenas, objeto de acaloradas controvérsias, como tema de inúmeros filmes,de sucesso principalmente aqueles produzidos em Hollywood, essa verdadeirafábrica de sonhos.RESPOSTA No 1º caso, as vírgulas servem para separar um aposto (maisconhecidos como óvnis). Depois temos orações coordenadas aditivas (nãoapenas... como...) e outro aposto (essa ... sonhos). Alternativa D.

10260. (2012 – FCC) Atente para as afirmações abaixo.I. Ao velar para que o compromisso com os valores que nos definem como sociedadese traduza em atuação diplomática, o Brasil trabalha sempre pelofortalecimento do multilateralismo e, em particular, das Nações Unidas.Na frase acima, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente após sociedade,sem prejuízo para a correção e o sentido.II. O acolhimento da responsabilidade de proteger teria de passar, dessa maneira,pela caracterização de que, em determinada situação específica, violações dedireitos humanos implicam ameaça à paz e à segurança.As vírgulas que isolam o segmento em determinada situação específica podem sersubstituídas por travessões, sem prejuízo para a correção.III. Em meados da década de 90 surgiram vozes que, motivadas pelo justo objetivode impedir que a inação da comunidade internacional permitisse episódiossangrentos como os da Bósnia, forjaram o conceito de “responsabilidadede proteger”.Na frase acima, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente após 90, semprejuízo para a correção e o sentido.Está correto o que consta APENAS em(A) II.(B) I.5281/5805(C) I e III.(D) II e III.(E) I e II.RESPOSTA No item I, se colocarmos uma vírgula separaríamos o sujeito doseu verbo. No item II, as vírgulas podem ser substituídas por travessões semproblemas. No item 3, a vírgula após 90 serviria para indicar um adjunto adverbialdeslocado. Alternativa D.

10261. (2012 – FCC) Leia as afirmações abaixo, referentes à pontuaçãoempregada no 1º parágrafo do texto.I. A má fama dessa modalidade [...] – já tão disseminada em países de educaçãode alto nível – persiste até hoje no Brasil.Na frase acima, se os travessões fossem substituídos por vírgulas, haveria prejuízo

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para a correção e a lógica.II. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à velha ideia de que ensinobom, só na sala de aula.Mantendo-se a correção e o sentido, uma vírgula pode ser colocada imediatamenteapós turma.III. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita, retirou um conjuntodeles dessa zona de sombra.As vírgulas que isolam o segmento conduzida pela Fundação Victor Civita podemser suprimidas, sem prejuízo para a correção.Está correto o que se afirma APENAS em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA Todo elemento em questão é o sujeito da frase. Sendo assim,este aposto agora não isolado não traria prejuízo para o sentido e correção. AlternativaC.

10262. (2012 – FCC) Atente para as afirmações abaixo.I. Não ignoro que muitos tiveram e têm a convicção de que as coisas do mundosejam governadas pela fortuna e por Deus...5282/5805Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo convicção, semprejuízo para a correção e o sentido.II. Comparo-a a um desses rios devastadores que, quando se enfurecem, alagamas planícies, derrubam árvores e construções, arrastam grandes torrões deterra de um lado para outro: todos fogem diante dele, todos cedem a seu ímpetosem poder contê-lo minimamente.Os dois-pontos poderiam ser substituídos por um travessão, sem prejuízo para acorreção e a lógica.III. Algo semelhante ocorre com a fortuna, que demonstra toda sua potência alionde a virtude não lhe pôs anteparos...A retirada da vírgula implicaria alteração do sentido da frase.Está correto APENAS o que se afirma em(A) I e II.(B) II.(C) II e III.(D) III.(E) I e III.RESPOSTA No item I, se colocarmos uma vírgula depois de convicção, nós osepararíamos de seu complemento “de”... No item II, a troca não prejudicariaem nada essa expressão explicativa. No item III, a retirada da vírgula mudariasua classificação e sentido de explicativa para restritiva. Alternativa C.

10263. (2012 – FCC) Sobre a pontuação empregada em um segmentodo texto, é correto afirmar:(A) Em “um dos mais abrangentes relatórios sobre as áreas protegidas amazônicas,que acaba de ser publicado pelo ISA (Instituto Socioambiental) e peloImazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia)”, a vírgula poderiaser substituída por dois-pontos, sem prejuízo para a correção.(B) Em “Vários levantamentos apontam que formalizar a posse de certas áreaspor seus habitantes nativos é uma excelente maneira de evitar o desmatamentonelas”, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois deapontam, sem prejuízo para a correção.(C) O segmento isolado por parênteses no início do segundo parágrafo – as deproteção integral, cujo nome já diz tudo, e as de uso sustentável, nas quais épossível a extração controlada de madeira, por exemplo – constitui uma ressalvaao que se afirma.5283/5805(D) Em “E, de fato, a taxa de desmate de 1998 a 2009 é a menor nas terras indígenas:cerca de 1,5% da área”, os dois-pontos introduzem uma especificaçãodo que se acabou de afirmar.(E) No segmento “as de proteção integral, cujo nome já diz tudo”, a vírgula poderiaser retirada sem prejuízo para a correção e o sentido originais.RESPOSTA Os dois-pontos na frase estabelecem um aposto especificativo,fazem o esclarecimento da “taxa de desmate”. Alternativa D.

10264. (2012 – FCC) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estadosnacionais não foi um mero fantasma, mas ruiu exatamente conforme as previsõesde Kant.Outra pontuação para a frase acima, que mantém o sentido e a correção originais,é:(A) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais, não foi um merofantasma (mas: ruiu exatamente conforme as previsões de Kant).(B) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi: um merofantasma; mas ruiu, exatamente, conforme as previsões de Kant.(C) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um merofantasma. Mas ruiu exatamente, conforme as previsões de Kant.(D) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados, nacionais, não foi um merofantasma – mas ruiu; exatamente conforme as previsões de Kant.(E) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um merofantasma; mas ruiu, exatamente conforme as previsões de Kant.RESPOSTA É possível utilizar ponto e vírgula nas orações coordenadas. O advérbio“exatamente” não pode ser isolado por vírgula porque se relaciona com“conforme”. Alternativa E.

10265. (2012 – FCC) A afirmação INCORRETA sobre a pontuaçãoempregada em um segmento do segundo parágrafo do texto é:(A) Em A descoberta das terras americanas é, basicamente, um episódio dessaobra ingente, a retirada simultânea das vírgulas manteria, em linhas gerais,o sentido da frase.(B) Em De início pareceu ser episódio secundário, uma vírgula poderia ser colocada

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imediatamente depois do termo início, sem prejuízo para a correção e alógica.5284/5805(C) Em A Espanha – a quem coubera um tesouro como até então não se conhecerano mundo – tratará de transformar os seus domínios numa imensacidadela, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas, sem prejuízopara a correção e a lógica.(D) Em Esse interesse contrapõe Espanha e Portugal, “donos” dessas terras, àsdemais nações europeias, o emprego das aspas denota a atribuição de umsentido particular ao termo destacado.(E) Em A partir desse momento a ocupação da América deixa de ser um problemaexclusivamente comercial: intervêm nele importantes fatores políticos,os dois-pontos indicam uma quebra da sequência das ideias.RESPOSTA Os dois-pontos nesse caso introduzem uma explicação. Os doispontosjamais introduzem quebra de sequência das ideias. Alternativa E.

10266. (2012 – FCC) Está inteiramente adequada a pontuação doseguinte período:(A) A conectividade representa em nossos tempos, de fulminantes avançostecnológicos, mais do que um fenômeno da comunicação, constitui ummodo de viver, e de pensar de tal modo, que muitos dos nossos valores seculares,caem por terra, como vem ocorrendo por exemplo com o direito àprivacidade.(B) A conectividade representa, em nossos tempos de fulminantes avançostecnológicos, mais do que um fenômeno da comunicação, constitui ummodo de viver e de pensar, de tal modo, que muitos dos nossos valores secularescaem por terra, como vem ocorrendo por exemplo, com o direito àprivacidade.(C) A conectividade representa, em nossos tempos de fulminantes avançostecnológicos mais do que um fenômeno da comunicação; constitui, ummodo de viver e de pensar, de tal modo que muitos dos nossos valores seculares,caem por terra; como vem ocorrendo por exemplo, com o direito àprivacidade.(D) A conectividade representa, em nossos tempos de fulminantes avançostecnológicos, mais do que um fenômeno da comunicação: constitui ummodo de viver e de pensar, de tal modo que muitos dos nossos valores secularescaem por terra, como vem ocorrendo, por exemplo, com o direito àprivacidade.(E) A conectividade representa, em nossos tempos, de fulminantes avançostecnológicos: mais do que um fenômeno da comunicação; constitui ummodo de viver e de pensar, de tal modo que muitos dos nossos valores5285/5805seculares caem por terra, como vem ocorrendo por exemplo, com o direito àprivacidade.RESPOSTA “Em nossos tempos de fulminantes avanços tecnológicos” é umaadjunto adverbial deslocado; deve, portanto, ser isolado por pontuação. Osdois-pontos introduzem um detalhamento. E a expressão “por exemplo” é intercalada,sendo assim isolada também por pontuação. Alternativa D.

10267. (2012 – FCC) A pontuação está plenamente adequada noperíodo:(A) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso deveou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há quem não admitainterferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre aobrigação que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.(B) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço, que o ensino religioso deveou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admitainterferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, aobrigação que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.(C) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso, deveou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas, há quem não admitainterferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre aobrigação: que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.(D) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso deve,ou não, ocupar dentro, ou fora, das escolas públicas; há quem não admitainterferência, do Estado, nas questões de fé; como há quem lembre aobrigação, que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.(E) Muito se debate, nos dias de hoje acerca do espaço que o ensino religioso deve,ou não, ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admitainterferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, aobrigação, que ele tem de orientar as crianças, em idade escolar.RESPOSTA “Nos dias de hoje” é adjunto adverbial deslocado, por isso deveser isolado por pontuação.O ponto e vírgula separa orações independentes, e a vírgula antes de “como”isola uma oração adverbial. Alternativa A.

10268. (2012 – FCC) A pontuação está plenamente adequada naseguinte frase:5286/5805(A) O autor ainda que de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom OdiloScherer, que se pronunciou numa entrevista recente, a respeito da cobrançasegundo ele inadmissível por serviços de saúde.(B) O autor, ainda que de modo respeitoso não deixa de discordar de dom OdiloScherer, que se pronunciou, numa entrevista recente a respeito da cobrança,segundo ele inadmissível, por serviços de saúde.(C) O autor, ainda que, de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom OdiloScherer, que se pronunciou numa entrevista recente a respeito da cobrança,segundo ele inadmissível, por serviços de saúde.(D) O autor, ainda que de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom OdiloScherer, que se pronunciou, numa entrevista recente, a respeito da cobrança,segundo ele inadmissível, por serviços de saúde.(E) O autor, ainda que de modo respeitoso não deixa de discordar, de dom OdiloScherer, que se pronunciou, numa entrevista, recente, a respeito da cobrança

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segundo ele, inadmissível, por serviços de saúde.RESPOSTA “Ainda que de modo respeitoso” é uma oração adverbial concessivadeslocada, por isso isolada por pontuação.A vírgula antes do “que” isola uma oração adjetiva explicativa. A expressão“numa entrevista recente” é um adjunto adverbial deslocado, o que justifica apontuação. Alternativa D.

10269. (2002 – FCC) Leia o fragmentoO mercado não deixa de ser uma criatura assaz estranha, pois ela é apresentadacomo se fosse portadora de vontade. Ouvimos frequentemente que o mercado“quer” isto ou aquilo, que ele tem tal ou qual expectativa, como se tratássemoscom um ente volitivo, dotado de desejos, paixões e esperanças. Como uma criançamimada, se a sua vontade é contrariada, o seu mau humor imediatamente semanifesta, expressando-se na queda das bolsas, no aumento da cotação do dólare do dito risco Brasil.Não se trata, evidentemente, de negar que o mercado tenha regras que devem serobedecidas, sob pena de uma disfunção total do corpo social e econômico. Seguirregras faz parte de qualquer comportamento, sem que daí se infira necessariamenteque obedecer a um conjunto de regras torna esse conjunto um ser dotadode vontade. Se sigo regras de trânsito, daí não se segue que essas regras“queiram” tal ou qual coisa, senão no sentido derivado de que seres volitivos impuserama si mesmos esse conjunto de regras. (Denis Lerrer Rosenfeld, O Estadode S. Paulo, agosto de 2002)5287/5805... que o mercado “quer” isto ou aquilo... que essas regras “queiram” tal ou qualcoisa ... não “querem” a sua implementação.O uso das aspas nas frases acima, retiradas do texto,(A) mostra que estão sendo usadas formas de gíria que identificam o mercadofinanceiro.(B) indica a ausência do termo adequado ao sentido geral do texto.(C) busca chamar a atenção do leitor, para um sentido especial no emprego dosverbos.(D) assinala uma interrupção consciente na sequência lógica das ideias.(E) introduz uma hesitação quanto ao emprego correto do sentido das formasverbais.RESPOSTA As aspas foram utilizadas no texto para acentuar o valor significativoda palavra “quer”, já que o mercado não é um ser animado e, portanto,não tem vida própria, por isso realça o sentido figurado. As aspas estão sendoutilizadas para chamar a atenção do leitor para um sentido especial que estásendo atribuído a ela. Alternativa C.

IV. Acentuação e Ortografia

10270. (2012 – FCC) Segundo os preceitos da gramática normativado português do Brasil, a única palavra dentre as citadas abaixo que NÃO deveser pronunciada com o acento tônico recaindo em posição idêntica àquela em querecai na palavra avaro é:(A) mister.(B) filantropo.(C) gratuito.(D) maquinaria.(E) ibero.RESPOSTA A palavra avaro é uma paroxítona terminada em o, por isso nãoacentuada. Sílaba tônica –va. Já a palavra mister é uma oxítona terminada em–r, por isso não acentuada. Pronuncia-se a sílaba tônica na última sílaba. Todasas demais opções possuem palavras paroxítonas. Alternativa A.

10271. (2011 – FCC) Entre as frases que seguem, a única correta é:(A) Ele se esqueceu de que?5288/5805(B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes.(C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.(D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários.(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.RESPOSTA Note o que deve ser ajustado nas outras alternativas:(A) (quê?). (B) (ruim)/(distribuí-lo). (C) (devêssemos). (D) (juiz). AlternativaE.

10272. (2012 – FCC) É preciso corrigir deslizes relativos à ortografiaoficial e à acentuação gráfica da frase:(A) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora,mas igualmente pela apreensão do ritmo alucinante da existência moderna.(B) Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, aficção e a poesia modernista também, valorizavam as coisas mais quotidianase prosaicas.(C) Longe de ser uma excessão, a pintura modernista foi responsável, antesmesmo da literatura, por intênsas polêmicas entre artistas e críticosconcervadores.(D) No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essaextraordinária produção poética do que a opção quase incondicional peloverso livre.(E) O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista:parecia mesmo um dos objetivos precípuos de artistas dispostos a surpreendere a chocar.RESPOSTA (A) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática(proparoxítona) inovadora, mas igualmente pela apreensão do ritmo alucinanteda existência (paroxítona terminada em ditongo crescente) moderna. (B)Ainda que celebrassem as máquinas (proparoxítona) e os aparelhos da civilizaçãomoderna, a ficção e a poesia modernista também (oxítona terminada em–ém), valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas. (C) Longe de seruma excessão (exceção), a pintura modernista foi responsável, antes mesmoda literatura, por intênsas (intensas) polêmicas entre artistas e críticos concervadores(conservadores). (D) No que se refere à poesia modernista, nadaparece caracterizar melhor essa extraordinária (paroxítona terminada emditongo crescente) produção poética (proparoxítona) do que a opção quase incondicional

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pelo verso livre. (E) O escândalo (proparoxítona) não era apenasuma consequência (paroxítona terminada em ditongo crescente) da produção5289/5805modernista: parecia mesmo um dos objetivos precípuos (proparoxítona) deartistas dispostos a surpreender e a chocar. Alternativa C.

10273. (2010 – FCC) A frase totalmente correta do ponto de vista dagrafia e/ou da acentuação é:(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos dados.(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam – sua ascensão na empresa –, comum misto de humildade e prepotência.(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos derejuvenecimento.(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à elatranspareça.(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, por isso foi devolvidopelo banco.RESPOSTA (A) É o caso de se por (pôr) em discussão se ele realmente crê naveracidade dos dados. (B) Referiu-se àquilo que todos esperavam – sua ascensãona empresa –, com um misto de humildade e prepotência. (C) Enquantoconstruimos (construímos) esta ala, eles constroem a reservada aosaparelhos de rejuvenecimento (rejuvenescimento). (D) Ele é sempre muitocortês, mas não pode evitar que sua ogeriza (ojeriza) à (a: não existe craseantes de pronome pessoal) ela transpareça. (E) Assinou o cheque, mas ninguémadvinha (adivinhou) o valor registrado, por isso foi devolvido pelobanco. Alternativa B.

10274. (2009 – FCC) É adequado o emprego e correta a grafia de todasas palavras da frase:(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a distância,expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua,parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, quenossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amadalongeva a avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhosacusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.5290/5805RESPOSTA (A) Os poetas românticos eram obsecados (obcecados) por imagensque, figurando a distância, expressavam com ela a gososa (gasosa) inatingibilidadede um ideal. (B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoaque, surgindo longínqua, parece então mais próxima que nunca – paradoxopleno de poesia. (C) A abstensão (abstenção) da proximidade de alguém nãoimpede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e aja para promoveruma aproximação. (D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimentoda amada longeva a avisinha-a (avizinha-a) de nós, fá-la maispróxima que nunca. (E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distânciaque os olhos acusam não exclue (exclui) a proximidade que o nossocoração promove. Alternativa B.

10275. (2007 – FCC) Considerando-se ortografia, acentuação gráficae sinal de crase, a frase inteiramente correta é:(A) Na agricultura orgânica, os fertilizantes de laboratório cedem lugar a adubosnaturais, tais como esterco e restos de vegetação.(B) A agricultura orgânica passou a ser vista como algo menos nossivo anatureza, o que condiz com a atual conciência ecológica.(C) Ao invez de pesticidas sintéticos no combate à pragas da lavoura, surgiu anoção de se utilizarem predadores vivos, como vespas e joaninhas.(D) Graças as descobertas biológicas ressentes, é possível controlar as pragascom insétos que impedem sua disseminação nas plantações.(E) Resíduos tóxicos em alimentos produzidos pelo método convensional podemprovocar, desde um simples mau-estar, até graves doenças.RESPOSTA (A) Na agricultura orgânica, os fertilizantes de laboratório cedemlugar a adubos naturais, tais como esterco e restos de vegetação. (B) A agriculturaorgânica passou a ser vista como algo menos nossivo (nocivo) a (à)natureza, o que condiz com a atual conciência (consciência) ecológica. (C) Aoinvez (invés) de pesticidas sintéticos no combate à (preposição a) pragas dalavoura, surgiu a noção de se utilizarem predadores vivos, como vespas ejoaninhas. (D) Graças as (às – preposição a + artigo definido a) descobertasbiológicas ressentes (recentes), é possível controlar as pragas com insétos(insetos) que impedem sua disseminação nas plantações. (E) Resíduos tóxicosem alimentos produzidos pelo método convensional (convencional) podemprovocar, desde um simples mau-estar (mal-estar), até graves doenças. AlternativaA.5291/5805

10276. (2006 – FCC) Palavras que recebem acento gráfico pelamesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em:(A) negócios e únicos.(B) município e amazônica.(C) mantém e tamanduás.(D) tucunarés e santuários.(E) ecológicos e tuiuiús.RESPOSTA Jacaré é uma oxítona terminada em e, por isso leva acento.“mantém” e “tamanduás” são exemplos de oxítonas acentuadas. Lembre-se deque as terminações acentuadas das oxítonas são: a, e, o, em, ens. AlternativaC.

10277. (2004 – FCC) As palavras que recebem acento gráfico pelamesma razão que o justifica em vários, são(A) estômago e provável.(B) ocorrência e predatório.(C) influência e insaciável.

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(D) marítimas e também.(E) número e até.RESPOSTA Vários é uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Ocorrênciae predatório também são. Alternativa B.

10278. (2002 – FCC) As palavras acentuadas pela mesma razão quejustifica os acentos na expressão domínio econômico, são(A) história notável.(B) trânsito difícil.(C) prejuízo público.(D) experiência política.(E) heroísmo extraordinário.RESPOSTA “Domínio” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente e“econômico” é uma proparoxítona. Alternativa D.5292/5805

10279. (2002 – FCC) Todas as palavras recebem acento pela mesmarazão que o justifica em tendência na alternativa(A) fenômeno, aconselhável, espécie.(B) vítima, Taubaté, trajetória.(C) propício, públicos, fácil.(D) presídios, secretário, providências.(E) joias, trânsito, específicas.RESPOSTA Tendência é uma palavra paroxítona terminada em ditongo crescente,assim como as palavras constantes na Alternativa D.

10280. (2006 – FCC) A norma gramatical que justifica o acentográfico na palavra década é:(A) Monossílabos tônicos devem ser sempre acentuados.(B) Palavras oxítonas terminadas em a recebem acento agudo.(C) Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente recebem acentográfico.(D) O acento agudo é utilizado para assinalar a existência de um hiato numa palavraparoxítona terminada em a.(E) São acentuadas todas as palavras proparoxítonas.RESPOSTA Década é uma palavra proparoxítona. A regra é clara: todas asproparoxítonas são acentuadas. Alternativa E.

V. Concordância Verbal e Nominal

10281. (2013 – FCC) As normas de concordância verbal estão plenamenteobservadas na frase:(A) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que maislhes parecem convenientes.(B) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia certo,viessem a impressionar os ouvidos de meu pai.(C) As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no dicionário,mas também segundo o contexto em que se emprega.5293/5805(D) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o oponente,numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.(E) Não convém policiar as palavras que se pronuncia numa conversa informal,quando impera a espontaneidade da fala.RESPOSTA (A) Cabem (cabe) a cada um dos usuários de uma língua escolheras palavras que mais lhes parecem convenientes. (B) D. Glorinha valeu-se deum palavrório pelo qual, segundo lhe parecia certo, viessem (viesse) a impressionaros ouvidos de meu pai. (C) As palavras que usamos não valem apenaspelo que significam no dicionário, mas também segundo o contexto em que seemprega (empregam). (D) Muita gente se vale da prática de utilizar termos,para intimidar o oponente, numa polêmica, que demandem uma consulta aodicionário. (E) Não convém policiar as palavras que se pronuncia (pronunciam)numa conversa informal, quando impera a espontaneidade da fala. AlternativaD.

10282. (2013 – FCC) Estão plenamente acatadas as normas de concordânciaverbal na seguinte frase:(A) A virtude da confiança, assim como a da desconfiança, não independe dascircunstâncias que a requisitam.(B) As ações de confiar ou desconfiar constitui uma alternativa que não raro correspondea um dilema.(C) Destacam-se, no capítulo das desconfianças, a escola dos filósofos clássicosidentificados com o ideário do ceticismo.(D) Entre todas as virtudes, a da confiança é das que mais requer argumentospara se afirmarem junto aos críticos.(E) Aos desconfiados parecem inaceitável ingenuidade pensar que o otimismo e aesperança possam nutrir alguém.R ESPOSTA Note: sujeito de independe = a virtudeSujeito de requisitam = as circunstâncias. Alternativa A.

10283. (2013 – FCC) Substituindo-se o segmento em destaque pelocolocado entre parênteses ao final da frase, o verbo que deverá manter-se no singularestá em:(A) Houve um sonho monumental... (sonhos monumentais)(B) Bem disse Le Corbusier que Niemeyer... (os que mais conheciam a sua obra)(C) Assim pensava o maior arquiteto... (grandes arquitetos como Niemeyer)5294/5805(D) O comunismo resolve o problema da vida... (As revoluções vitoriosas daesquerda)(E) Niemeyer vira a possibilidade... (Os arquitetos da geração de Niemeyer)RESPOSTA O verbo “haver” sempre é impessoal (sem concordância) quandofor no sentido de “existir”. Alternativa A.

10284. (2013 – FCC) A frase redigida com correção e clareza é:(A) A longevidade de Oscar Niemeyer permitiu, à todos os que eventualmente

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criticavam as suas obras, que as revalorizasse enquanto ele ainda vivia e nãoapenas depois da sua morte.(B) Talvez ninguém tenha feito mais pela divulgação do país no exterior do queOscar Niemeyer, cujos projetos inconfundíveis, espalhados pelo mundo,nunca deixarão de aludir à paisagem brasileira.(C) Até mesmo o governo dos Estados Unidos, que pensamos estarem muitasvezes alheios as coisas que se passam no Brasil, lamentaram a morte de OscarNiemeyer, cuja nota dizia que ele inspirará gerações.(D) Quando se começar à refletir no fato de que tão grande número de templosreligiosos, tenham sido realmente construídos ou não, foram projetados porum arquiteto que abertamente se declarava ateu.(E) Grandes arquitetos do mundo todo manifestaram sua admiração pela genialidadede Oscar Niemeyer, onde muitos chegaram mesmo a declarar a inspiraçãode suas obras em seu trabalho.RESPOSTA Notemos alguns erros das outras para facilitar: (A) à todos – nãopode ter crase antes de palavras masculinas. (C) alheios as coisas – deveriater crase devido à regência de alheios. (D) à refletir – não vai crase antes deverbo. (E) onde – não está indicando um lugar fixo para ser empregado nafrase. Alternativa B.

10285. (2012 – FCC) As normas de concordância verbal estão plenamenteobservadas na construção da frase:(A) Não se devem àqueles que procrastinam suas tarefas nenhum respeito, poisjamais se importam com os prejuízos que acabam por acarretar a terceiros.(B) Qualquer consulta a quaisquer verbetes de quaisquer dicionários precisamlevar em conta a dificuldade de se aclarar o sentido de um vocábulo sem oamparo de um contexto.5295/5805(C) O fato de ensejarem as crônicas uma grande liberdade no rumo que lhestraçam os cronistas permite ao autor associá-las à circularidade e à dinâmicada Terra.(D) O autor sustenta a ideia de que mais vale, ao se adiar um trabalho, osprazeres da vagabundagem do que as recompensas da simplesprocrastinação.(E) Não cabem aos simplórios procrastinadores o prazer tão especial de quemadia uma tarefa tediosa apenas para desfrutar criativamente de um ócioverdadeiro.RESPOSTA Vejamos os erros das demais: (A) não se deve... nenhum respeito.(B) qualquer consulta... precisa. (D) valem,... os prazeres. (E) o prazernão cabe. Alternativa C.

10286. (2012 – FCC) A frase em que a concordância está em conformidadecom o padrão culto escrito é:(A) O seu intenso trabalho em favor das pessoas desassistidas pelas diferentes instânciasgovernamentais tornaram-se exemplos dignos de referência, merecedoresde aplausos.(B) Na região central, foi destinado aos jovens arquitetos uma área bastantegrande para que nela se fizessem o maior número de melhorias urbanaspossíveis.(C) Mais de um residente procurou o setor de instrumentos médico-cirúrgicospara solicitar que fosse preparados com urgência os que seriam utilizadospelo professor.(D) Apesar de ser os menos preparados tecnicamente, foram eles que se distinguiramno combate às chamas que, em segundos, chegou a destruírem umavila inteira de casas.(E) Fossem quais fossem os escolhidos para a tarefa, certamente não haveriam defaltar com a palavra dada, pois o grupo todo já tinha se comprometido emdar o melhor de si.RESPOSTA Note que o verbo “haver” não está sendo empregado com o sentidode “existir”, por isso ele concorda com o sujeito “os escolhidos”. AlternativaE.5296/5805

10287. (2012 – FCC) O verbo flexionado no singular que tambémpode ser corretamente flexionado no plural, sem que nenhuma outra alteraçãoseja feita na frase, está destacado em:(A) Para promover os direitos humanos, a consolidação da democracia em todosos países é extremamente necessária.(B) Cada um dos países do Conselho de Direitos Humanos da Organização dasNações Unidas (ONU) há de zelar pela manutenção dos Direitos Humanos.(C) A comunidade internacional trata os direitos humanos de forma global, justae equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase.(D) A maior parte dos países compreende que o direito ao trabalho é de vital importânciapara o desenvolvimento de povos e nações.(E) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de 1993, reconhece uma série dedireitos fundamentais, como o direito ao desenvolvimento.RESPOSTA Temos uma expressão partitiva. Nesse tipo de expressão, o verbotanto pode concordar com “parte” quanto com “países”. Alternativa D.

10288. (2012 – FCC) Os folheteiros vivem em feiras, mercados,praças e locais de peregrinação.O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o segmento grifadoseja substituído por:(A) Há folheteiros que(B) A maior parte dos folheteiros(C) O folheteiro e sua família(D) O grosso dos folheteiros(E) Cada um dos folheteirosRESPOSTA Nesse caso o núcleo do sujeito seria o numeral “um”, por isso overbo ficaria no singular. Alternativa E.

10289. (2012 – FCC) O verbo empregado no plural que também poderiater sido flexionado no singular, sem prejuízo para a correção, está em:

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(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ...(B) Todos os jogos se compõem de duas partes ...(C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ...5297/5805(D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ...(E) ... todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.RESPOSTA Temos uma expressão partitiva. Nesse tipo de expressão, o verbotanto pode concordar com “maioria” quanto com “pessoas”. Alternativa D.

10290. (2012 – FCC) As normas de concordância verbal estão plenamenteacatadas em:(A) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram vítimasos primeiros adeptos do cristianismo.(B) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças nosobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.(C) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma atenderas exigências do pensamento racional.(D) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que sebaseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.(E) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosaa reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.RESPOSTA Note que o verbo “faltaram” está no plural porque o sujeito écomposto, tendo como núcleos “recurso” e “empolgação”. Alternativa B.

10291. (2012 – FCC) A frase que mantém o respeito às normas deconcordância verbal é:(A) Como ocorre com um rio devastador, há de voltar-se os ímpetos da fortunapara onde não há barreiras e diques que possam detê-la.(B) Parece relativamente disseminada esta convicção: com nenhum remédio contaos homens para corrigir as coisas do mundo.(C) Devem-se às grandes mutações nas coisas que se viram e se veem todos os diasessa opinião a cada dia mais acreditada.(D) Ainda que possam decidir metade de nossas ações, a fortuna deixa sempre aoutra metade, ou quase, a nosso governo.(E) A maioria dos homens está inteiramente convencida de que são as coisas domundo governadas pela fortuna e por Deus.RESPOSTA Temos uma expressão partitiva. Nesse tipo de expressão, o verbotanto pode concordar com “maioria “quanto com “homens”. Alternativa E.5298/5805

10292. (2012 – FCC) Uma longa carta que ...... três semanas parachegar da Europa não ...... todos os encontros que nos ...... o e-mail em uma únicatarde. (Antonio Prata, op. cit)Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) levou – supera – proporciona(B) leva – superam – proporcionava(C) levaram – supera – proporcionam(D) levara – superarão – proporcionariam(E) levariam – superaria – proporcionaráRESPOSTA Note que os núcleos dos sujeitos são respectivamente: carta,carta, e-mail. Alternativa A.

10293. (2012 – FCC) O papel da mulher está definitivamente ligadoao grupo social no qual está inserido, à medida que a questão transcende o âmbitoda família.Considerado o padrão culto escrito, é correto afirmar sobre a frase acima:(A) Está redigida corretamente.(B) Necessita de uma alteração na pontuação – o emprego de vírgula depois de“social” – para que, do ponto de vista semântico, seja aceitável.(C) Necessita de duas correções: a substituição de “inserido” por “inserida” e asubstituição de “à medida que” por “na medida em que”.(D) Necessita de uma única correção: o emprego de “transcende ao âmbito” emlugar de “transcende o âmbito”.(E) Necessita de duas correções: a substituição de “no qual está inserido” por “emque se insere” e a substituição de “à medida que” por “a medida em que”.RESPOSTA Note que A mulher está inseridA e “à medida que” expressa aideia de proporção, já “na medida em que” estabelece o sentido de causa/consequência.Alternativa C.

10294. (2012 – FCC) Estão plenamente observadas as normas deconcordância verbal na frase:(A) Dentro da elite nunca se criticou, diante da rotina do sistema penitenciáriobrasileiro, os horrores a que os presos são submetidos.5299/5805(B) Reserva-se ao pobre, tantas vezes identificado como potencialmente perigoso,as opções da resignação ou da marginalidade social.(C) Sem altos investimentos não haverão como minimizar os horrores que vêmcaracterizando as nossas penitenciárias.(D) A nenhum dos intérpretes de um fato faltarão argumentos para considerá-losegundo seu interesse e sua conveniência.(E) Ainda que não lhes convenham fazer altos investimentos, as elites terão quecalcular os custos de tanta violência.RESPOSTA Que faltará? Argumentos = núcleo do sujeito. Alternativa D.

10295. (2012 – FCC) Uma vez ...... as limitações fundamentais dacondição humana, é possível dominar a fantasia e ...... as possibilidades concretasque se ...... para todos nós.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) aceita – testar – abrem(B) aceitas – testar – abrem(C) aceita – testarem – abre(D) aceitas – testar – abre(E) aceita – testarem – abrem

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RESPOSTA Note que “aceitas” concorda com “limitações”; já com o verbo noinfinitivo, temos uma questão de paralelismo: é possível DOMINAR e TESTAR;sujeito de “abrem” é as possibilidades. Alternativa B.

10296. (2012 – FCC) Entre os países mais poderosos do mundo, osEUA e a França ...... a indústria turística como prioritária. A França, líder mundialno receptivo turístico, ...... 80 milhões de visitantes estrangeiros em 2011, comcrescimento de 20% de brasileiros. Os EUA receberam 1.508.279 brasileiros noano passado, e os gastos desses turistas ...... US$ 8,4 bilhões. (Folha de S. Paulo,com adaptações)Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) enxergam – atraíram – totalizaram(B) enxerga – atraíram – totalizaram(C) enxerga – atraiu – totalizou(D) enxerga – atraíram – totalizou(E) enxergam – atraiu – totalizaram5300/5805RESPOSTA Note que o núcleo dos sujeitos é respectivamente: EUA e França,França e Gastos. O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Alternativa E.

10297. (2012 – FCC) A concordância verbal está plenamente observadana frase:(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o posicionamentode alguns religiosos e parlamentares acerca da educação religiosa nasescolas públicas.(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que são contra a obrigatoriedadedo ensino religioso, para se reservar essa prática a setores da iniciativaprivada.(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a favordo ensino religioso na escola pública, consistem nos altos custos econômicosque acarretarão tal medida.(D) O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vêm gradativamenteaumentando, em proporção maior do que ocorrem com o número deescolas públicas.(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural domercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do ensinoreligioso nas escolas públicas.RESPOSTA Perceba que o verbo “sinalizam” está no plural porque está concordandocom “Lei” e “regulação”. Temos um sujeito composto nesse caso. AlternativaE.

10298. (2012 – FCC) Para cada uma dessas questões, assinale a alternativaque preenche corretamente, na ordem, as lacunas da frase apresentada....... tomar medidas que ...... a sobrevivência de algumas espécies de aves naregião.(A) Eram necessários – garantissem(B) Eram necessárias – garantissem(C) Era necessário – garantisse(D) Eram necessárias – garantisse(E) Era necessário – garantissemRESPOSTA O sujeito de Era necessário é o verbo “tomar” e o de“garantissem” é “medidas”. Alternativa E.5301/5805

10299. (2012 – FCC) A frase em que as regras de concordância estãoplenamente respeitadas é:(A) Contam-se que o poeta Manuel Bandeira ficou extasiado e impressionado aoouvirem as novas batidas do violão de João Gilberto.(B) As canções de Caetano Veloso, cuja letra costumam despertar discussões acaloradas,são considerados por muitos grandes poemas da literaturanacional.(C) Já se passou vários anos do surgimento da bossa nova, mas Chega desaudade, de João Gilberto, continua a encantar os ouvidos ao redor domundo.(D) Além de uma canção de João Gilberto, Chega de saudade é o título do livro deRuy Castro em que o autor relembra os protagonistas da bossa nova.(E) Imagina-se que, embora pouco estudados, deve existir motivos sociais para aindiferença com que as camadas superiores durante muito tempo via osamba.RESPOSTA Vejamos alguns erros das outras opções nessa questão:(A) Conta-se que (o verbo concorda com a conjunção integrante). (B) letracostumava... (C) já se passaram vários anos... (E) ...devem existir motivossociais... Alternativa D.

10300. (2012 – FCC) O verbo que se mantém corretamente no singular,mesmo com as alterações propostas entre parênteses para o segmento grifado,está em:(A) quando a peste negra varreu populações inteiras (as epidemias)(B) quanto mais gente houvesse no mundo (mais habitantes)(C) O tom alarmista acerca do crescimento populacional arrefeceu (As profecias)(D) A humanidade terá de colocar toda sua inventividade à prova (Os homens)(E) Existe um consenso (hipóteses diversas)RESPOSTA O verbo “haver” é impessoal quando é empregado no sentido de“existir”. Portanto, ele não concorda. Alternativa B.

10301. (2012 – FCC) Substituindo-se o elemento grifado pelo segmentoque está entre parênteses, o verbo que deverá flexionar-se no plural estáem:5302/5805(A) Clarice (Juntamente com o marido, Clarice) se encontrava no exterior...(B) A voz nova e solitária (A voz que poucos conheciam) em seguida iria encontrarobstáculos ...(C) O nome de Clarice (A ficção de autoras intimistas) [...] tinha aqui pequena

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repercussão.(D) ... como está dito por toda parte (em todos os jornais).(E) Ao contrário do que se (os desavisados) pensa ...RESPOSTA O sujeito do verbo “pensa” teria o núcleo no plural (desavisados),sendo necessariamente flexionado no plural por isso. Alternativa E.

10302. (2012 – FCC) O verbo indicado entre parênteses deveráflexionar-se numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna dafrase:(A) É grande o prazer que ...... (proporcionar) ao professor valer-se de máquinasde escrever mecânicas para redigir textos mais complexos.(B) As tentações a que não ...... (costumar) furtar-se um usuário do computadornão se colocam para os que usam máquina de escrever.(C) Não ...... (competir) aos jovens de hoje ponderar as vantagens ou as desvantagensde uma engenhoca a que nunca foram apresentados.(D) Será que ...... (haver) de consolar um prisioneiro americano essas duvidosasvantagens do uso das máquinas de escrever?(E) Sobre muito poucos ...... (poder) ainda exercer algum fascínio o uso das já arqueológicasmáquinas de escrever mecânicas.RESPOSTA Note que o verbo “haver” não está sendo empregado com o sentidode “existir”. Nesse caso, ele é o auxiliar do verbo “consolar”, por isso concordacom o sujeito “essas duvidosas vantagens do uso das máquinas de escrever”.Alternativa D.

10303. (2012 – FCC) Em épocas passadas, alguns poetas se ...... atreladosa convenções literárias tão rígidas que, em alguns casos, os ...... de encontraruma voz original e única. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,na ordem dada:(A) mantém – impedirão(B) manteram – impediam(C) mantiveram – impediram(D) manteriam – impedira5303/5805(E) mantinham – impediaRESPOSTA O verbo “manter” concorda com o sujeito “alguns poetas” e assumea sua forma no subjuntivo. Já o verbo “impedir” concorda com “convençõesliterárias tão rígidas”. Alternativa C.

10304. (2012 – FCC) O verbo indicado entre parênteses deveráflexionar-se numa forma do singular para preencher adequadamente a lacuna dafrase:(A) Não ...... (corresponder) aos surpreendentes desdobramentos da descobertado DNA análoga evolução no plano das questões éticas.(B) Mesmo a um pesquisador de ponta não ...... (haver) de convir as disputas éticas,pois ele ainda engatinha nessa nova descoberta.(C) De todas as projeções que se ...... (fazer) a partir da manipulação do DNA, amais assustadora é a programação de tipos pessoais.(D) A um direitista não ...... (deixar) de assustar, quando isso não lhe convém,iniciativas econômicas que o Estado reivindica para si.(E) Não ...... (parecer) uma incongruência, para os esquerdistas, os excessos personalistasdo líder de um movimento socialista.RESPOSTA Que é que não corresponde? Análoga evolução = sujeito da frase.Logo, o verbo deve ser empregado no singular. Alternativa A.

10305. (2012 – FCC) Com as alterações propostas entre parêntesespara o segmento grifado nas frases abaixo, o verbo que se mantém corretamenteno singular é:(A) a modernização do Rio se teria feito (as obras de modernização)(B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores)(C) por que vem passando a mais bela das cidades do Brasil (as mais belas cidadesdo Brasil)(D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo dos Franceses (tradições noRio de Janeiro)(E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas da cidade)RESPOSTA O verbo “haver” é impessoal quando é empregado no sentido de“existir”. Portanto, ele não concorda. A frase inserida no plural desempenha afunção sintática de Objeto Direto. Alternativa D.5304/5805

10306. (2012 – FCC) A concordância verbal e nominal está inteiramentecorreta em:(A) O mundo moderno, apesar das pesquisas que se desenvolve atualmente,ainda dependem dos derivados de petróleo.(B) É sabido de todos as situações que resulta em desastre para o meio ambientedo uso excessivo de pesticidas agrícolas.(C) Tem sido feito, em todo o planeta, esforços no sentido de preservar os recursosnaturais, muitos dos quais já vem se esgotando.(D) A água, um dos recursos naturais essenciais à vida no planeta, já se mostramescassos em regiões bastante populosas.(E) A garantia de sobrevivência de nossa espécie deverá basear-se na conscientizaçãosobre a necessária preservação dos recursos naturais.RESPOSTA Notemos os erros das outras alternativas:(A) O mundo moderno ... depende. (B) ... as situações que resultam. (C) osesforços têm... (D) A água ... já se mostra. Alternativa E.

10307. (2012 – FCC) Estão plenamente observadas as normas deconcordância verbal em:(A) À noite, davam-se aos trabalhos de poucos e à diversão de muitos uma tréguaoportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.(B) Aos esforços brutais da jubarte não correspondiam qualquer efeito prático,nenhum avanço obtinha o gigante encalhado na areia.(C) Sempre haverá de aparecer aqueles que, diante de um espetáculo trágico,logram explorá-lo como oportunidade de comércio.

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(D) Como se vê, cabe aos bons princípios ecológicos estimular a salvação dasbaleias, seja no alto-mar, seja na areia da praia.(E) Da baleia encalhada em 1966 não restou, lembranos o autor, senão as postasem que a cruel voracidade dos presentes retalhou o animal.RESPOSTA Que é que cabe? A salvação das baleias = sujeito. Note que temosum sujeito posposto ao verbo, mas a concordância deve se manter. AlternativaD.5305/5805

10308. (2012 – FCC) O verbo indicado entre parênteses deveráflexionar-se numa forma do plural para preencher de modo adequado a lacuna daseguinte frase:(A) As acusações que ...... (promover) quem defende o “assembleísmo” baseiamsena decantada “soberania” das assembleias.(B) Não ...... (convir) aos radicais da meritocracia admitir que pode haver boasresoluções obtidas pelo critério do voto.(C) Por que ...... (haver) de caber a um simples passageiro as responsabilidadesdo comando de uma aeronave?(D) O que aos bons políticos não ...... (poder) faltar, sobretudo nos momentos dedecisão, é o espírito público.(E) Não ...... (caber) às associações de classe, em assembleias, avaliar o méritotécnico, julgar a qualificação profissional de alguém.RESPOSTA Note que o verbo “haver” não está sendo empregado com o sentidode “existir”. Nesse caso, ele é o auxiliar do verbo “caber”, por isso concordacom o sujeito “as responsabilidades do comando de uma aeronave”. AlternativaC.

10309. (2012 – FCC) As regras de concordância estão plenamenterespeitadas em:(A) A campanha das Diretas, de que os mais jovens participaram ativamente, terãosempre lugar especial nos registros de nossa história recente, ao lado deepisódios como o movimento caras-pintadas que, em 1992, levaram à deposiçãode um presidente.(B) Por mais diferenças que houvesse entre eles e o incansável dr. Ulysses, amaioria dos políticos que foram seus contemporâneos não lhe demonstravasenão grande admiração e profundo respeito.(C) A confusão entre as funções de jornalista e de militante, no caso de RicardoKotscho e de outros profissionais de nossa imprensa, tornaram possível umregistro muito mais vivaz de várias personagens da campanha das Diretas.(D) Poucos episódios na história mais recente do Brasil pode nos inspirar tantoorgulho quanto a campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e 1984,ainda que as eleições diretas para presidente, sua principal reivindicação, sótenha sido contemplada em 1989.5306/5805(E) Não se confunda os raríssimos casos em que a separação das funções de jornalistae de militante podem ser justificadas com aqueles que merecem acondenação mais enfática.RESPOSTA Notemos o sujeito de cada verbo:“houvesse” – como está sendo empregado com o sentido de “existir/ocorrer” éimpessoal.“foram” – sujeito = políticos“demonstrava” – sujeito = a maioriaAlternativa B.

10310. (2012 – FCC) Constante de correspondência oficial enviada aum Ministro de Estado, a frase redigida de modo correto e adequado é:(A) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexo à essedocumento.(B) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalies a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexada a estedocumento.(C) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalie a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexa a estedocumento.(D) Solicitamos a Vossa Senhoria, Senhor Ministro, que avalie a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexado à estedocumento.(E) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos em anexo a essedocumento.RESPOSTA Os pronomes de tratamento fazem a concordância como os pronomesde 3ª pessoa. Lembre-se de que “você” também é um pronome detratamento e poderia substituir qualquer outro para a simples conferência. AlternativaC.

10311. (2012 – FCC) O verbo que, dadas as alterações entreparênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, estáem:5307/5805(A) Não há dúvida de que o estilo de vida ... (dúvidas)(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta)(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo mundial de barrisde petróleo)(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais ... (a preocupaçãoem torno das mudanças climáticas)RESPOSTA O núcleo do sujeito, com a substituição, seria “aumentos”, alterando,assim, a concordância para o plural. Alternativa D.

10312. (2012 – FCC) As normas de concordância estão inteiramenterespeitadas neste livre comentário sobre o texto:

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(A) De bons livros dificilmente se faz bons filmes, costuma declarar, com a ênfasedas formulações paradoxais, importantes críticos de cinema.(B) É bastante incomum que se enalteça as adaptações cinematográficas de modotão enfático como se faz com os livros que lhes deu origem.(C) Hão de realizar grandes adaptações os diretores que somarem à cultura literáriaum profundo conhecimento da arte cinematográfica e das diferençasque as separam.(D) A manutenção da figura do narrador que há nos livros, com raríssimas exceções,dificilmente se justificam na adaptação que dele se faz para as telasdo cinema.(E) Mais de uma vez já foi dito que a obsessão pela fidelidade aos livros a ser adaptadossão o primeiro passo para o fracasso de um filme.RESPOSTA O verbo “haver” não é impessoal nessa frase, pois não está com osentido de “existir” e é auxiliar do verbo “realizar”. O verbo “somar” concordoucom “diretores”, e o verbo “separar” concordou com “diferenças”. AlternativaC.

10313. (2012 – FCC) A concordância verbal e nominal está inteiramenterespeitada em:(A) Os níveis alarmantes de poluição da água no planeta, resultante da atividadehumana, está dando sinais de que ela poderá faltar em boa parte do globoterrestre, que já sofre com sua escassez.5308/5805(B) A proporção entre número de habitantes e oferta de recursos naturais estãoem descompasso, levando à necessária redução no consumo desses recursosque garantem a vida no planeta.(C) Ambientalistas já alertam para os perigos à sobrevivência da humanidade,caso os habitantes do planeta continue a consumir de modo irresponsável osrecursos naturais, muitos dos quais já escassos.(D) Existe programas de conscientização da população mundial que busca divulgarformas de consumo sustentável dos recursos naturais e respeito ao ritmoda natureza, para permitir que ela o reponham.(E) É necessário que haja medidas que busquem controlar o consumo predatóriodos recursos da natureza que, cada vez mais escassos, estão sujeitos a umalenta reposição.RESPOSTA O verbo “haver” foi empregado com o sentido de “existir”, porisso é impessoal. O verbo “busquem” concordou com “medidas”, e o verbo“estão sujeitos” concordou com “recursos da natureza”. Alternativa E.

10314. (2012 – FCC) As normas de concordância verbal estão plenamenteobservadas na frase:(A) Evitem-se, sempre que possível, qualquer excesso no convívio humano: nemproximidade por demais estreita, nem distância exagerada.(B) Os vários atrativos de que dispõem a vida nas ilhas não são, segundo ocronista, exclusividade delas.(C) Cabem aos poetas imaginar espaços mágicos nos quais realizemos nossosdesejos, como a Pasárgada de Manuel Bandeira.(D) Muita gente haveriam de levar para uma ilha os mesmos vícios a que sehouvesse rendido nos atropelos da vida urbana.(E) A poucas pessoas conviria trocar a rotina dos shoppings pela serenidade absolutade uma pequena ilha.RESPOSTA Temos uma frase com a ordem invertida! Que é que conviria trocar?A rotina... = sujeito! Alternativa E.

10315. (2012 – FCC) As normas de concordância estão plenamenteatendidas em:(A) Sempre houveram pessoas sensíveis o suficiente para perceberem a enormeriqueza e a profundidade que poderiam atingir a música de Mahler.5309/5805(B) Entre os que reconheceram o talento de Mahler em vida está o escultorfrancês Auguste Rodin, que esculpiu, em 1909, vários bustos do compositor.(C) Prematuramente falecido, Mahler não chegou a usufruir do prestígio que lhededicaram, anos depois de sua morte, a geração seguinte.(D) Mahler foi regente titular da Ópera Imperial de Viena, da qual se tornou diretorartístico em 1897, sendo que, depois de anos no cargo, certasperseguições os fizera abandonar a função.(E) Não couberam aos contemporâneos de Mahler prestar-lhe as justas homenagensque cabem a um gênio artístico de sua envergadura.RESPOSTA O sujeito do verbo “reconheceram” é o pronome demonstrativo“o” (= aqueles), já o sujeito de “esculpiu” é “o escultor”. Alternativa B.

10316. (2012 – FCC) As normas de concordância verbal e nominalestão inteiramente respeitadas em:(A) A vontade maior de governantes autoritários se opõem ao sistema democráticode governar, baseado no respeito à voz dos cidadãos e na aplicaçãoda justiça.(B) Não é permitido alterações nas regras de um jogo já iniciado, inclusive napolítica, devendo os que dele participa considerar os interesses da maioriados cidadãos.(C) Em um jogo, ainda que tenha importância a integração de todos os atletas,sobressaem os talentos individuais, que podem definir o resultado final dapartida.(D) Em toda prática esportiva, assim como na política, torna-se necessário os esforçosde todos os envolvidos para que sempre se alcance os objetivosprevistos.(E) A variada gama de interesses de povos e nações devem ser consideradas naocasião de se firmar os acordos diplomáticos entre governantes.RESPOSTA Quem tenha importância? A integração de todos os atletas =sujeito!Quem é que sobressaem? Os talentos individuais = sujeito!Quem podem definir? Os talentos individuais = sujeito! Alternativa C.

10317. (2012 – FCC) O verbo empregado no plural que também poderia

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ter sido flexionado no singular, sem prejuízo para a correção, está em:(A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ...5310/5805(B) Todos os jogos se compõem de duas partes ...(C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ...(D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ...(E) ... todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.RESPOSTA Concordância com expressões partitivas (a maioria de, grandeparte de) pode ser feita com o núcleo do sujeito, que é a regra geral, ou com aexpressão que o acompanha. Nessa questão, o verbo “ter” concordou com“pessoas”. Alternativa D.

VI. Conjunções

10318. (2013 – FCC) Como a agremiação partidária não corresponderaa seu sonho, descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990.Sem prejuízo para a correção e o sentido, a frase acima pode ser reescrita doseguinte modo: Descolara-se da agremiação partidária, na companhia de seulíder, em 1990,(A) contanto que ela não correspondera a seu sonho.(B) conquanto ela não correspondera a seu sonho.(C) por conseguinte ela não correspondera a seu sonho.(D) se bem que ela não correspondera a seu sonho.(E) visto que ela não correspondera a seu sonho.RESPOSTA Neste contexto, ambas as conjunções “como” quanto “visto que”contêm ideia de razão para o que ocorre na oração principal. São classificadascomo conjunções adverbiais causais. Alternativa E.

10319. (2012 – FCC) Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo,cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas.Desta forma valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação.Considerado o trecho acima, afirma-se com correção que(A) a forma verbal implícita em cada uma das duas frases iniciais é “concedemse”.(B) os dois-pontos introduzem uma síntese coerente e precisa das coisas referidasgenérica e informalmente por tudo.5311/5805(C) ao encadear dois segmentos, a conjunção “ou” vem reposicionar o primeirotermo na argumentação, colocando-o, então, como a primeira de duaspossibilidades.(D) ao caracterizar o silêncio, a expressão quando muito equivale a “no máximo”.(E) o emprego simultâneo de valorizam-se e valores constitui redundância condenável,visto que, nesse caso, o excesso não confere maior vigor ao que seexprime na frase.RESPOSTA Quando utilizada com sentido de opção, a conjunção “ou” semprereposiciona os elementos da argumentação, ordenando-os. Essa conjunção éclassificada como coordenada alternativa e é a única delas que não precisa virrepetida para manter o paralelismo. Alternativa C.

10320. (2012 – FCC) Não teria graça se só melhorasse.O elemento grifado na frase acima pode ser corretamente substituído por:(A) conquanto.(B) porquanto.(C) caso.(D) pois.(E) embora.RESPOSTA A conjunção “se”, quando denota condição, pode ser, sem prejuízoàs relações semânticas estabelecidas no texto, substituída por “caso”.São classificadas como subordinadas condicionais. Alternativa C.

10321. (2012 – FCC) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruçõessobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar osbraços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por algummotivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas instruçõesdo que para executá-las.Os elementos grifados no trecho acima podem ser substituídos corretamente, naordem dada, por:(A) a respeito de – a fito de – Ademais(B) em torno de – afim de – Não obstante(C) acerca de – a fim de – Porém(D) a cerca de – a fim de – Conquanto(E) em torno de – a fito de – Porém5312/5805RESPOSTA As três substituições propostas na alternativa C estão corretas,uma vez que o sentido do texto se manteria, devido ao uso de conjunções demesma classificação, o que não aconteceria com as outras substituições propostas.Sobre indica o assunto, para indica a finalidade, mas indica umaoposição. Alternativa C.

10322. (2012 – FCC) Aos poucos, contudo, fui chegando à constataçãode que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós mesmos.Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra alteração seja feita na frase, oelemento grifado pode ser substituído por:(A) ademais.(B) conquanto.(C) porquanto.(D) entretanto.(E) apesar.RESPOSTA Contudo e entretanto são conjunções adversativas. Alternativa D.

10323. (2012 – FCC) E assim, num impulso, lança a primeira pinceladaque, embora imprevista....Mantendo-se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita nafrase, o elemento grifado acima pode ser substituído por:(A) contudo.

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(B) entretanto.(C) apesar de.(D) porém.(E) enquanto que.RESPOSTA As expressões “apesar de” e “embora” são conjunções adverbiaisconcessivas. Indicam uma ressalva, uma ponderação que poderia opor-se àideia expressa na oração anterior. Alternativa C.

10324. (2012 – FCC) Quase metade da Amazônia brasileira pertencehoje à categoria de área protegida por lei contra a devastação, ainda que essasreservas continuem sofrendo com gestão precária e com a falta de pessoalpara monitorá-las.5313/5805O segmento grifado na frase acima pode ser substituído corretamente, sem alteraçãodo sentido, por(A) embora essas reservas continuam sofrendo.(B) conquanto que essas reservas continuem sofrendo.(C) apesar de que essas reservas continuam sofrendo.(D) mesmo que essas reservas continuassem sofrendo.(E) porquanto essas reservas continuem sofrendo.RESPOSTA A única alternativa que manteria a correção do trecho propostosem alterar-lhe o sentido é a “C”, por apresentar conjunção adverbial concessivae não apresentar erro no uso do modo verbal (uso da preposição e domodo indicativo). Alternativa C.

10325. (2012 – FCC) “O que se tem hoje são pessoas que, devido aomeio em que estão inseridas, se tornaram “multitarefeiras crônicas”, mas nãoconseguem ser boas nos atributos relacionados ao multitarefismo.O segmento denota, no contexto, noção de(A) causa.(B) condição.(C) consequência.(D) finalidade.(E) temporalidade.RESPOSTA A oração destacada é uma reduzida (sem conjunção) de particípio(ido, ado, ito...). Se desenvolvermos, teremos uma causa expressa: “... já queestão inseridas ao meio ...”. Alternativa A.

10326. (2012 – FCC) Os resultados preocupam. É indiscutível que aprática de esportes, associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligadaa uma vida mais saudável.Transformando as duas afirmativas acima em um só período, com as alteraçõesnecessárias, a conjunção que deverá uni-las está grifada em(A) Os resultados preocupam, pois é indiscutível ...(B) Os resultados preocupam, contanto que seja indiscutível ...(C) Os resultados preocupam, caso seja indiscutível ...(D) Os resultados preocupam, porém é indiscutível ...(E) Os resultados preocupam, para que seja indiscutível ...5314/5805RESPOSTA A segunda afirmativa é justificativa do argumento apresentado naprimeira. Assim, a maneira mais adequada de uni-las é por meio da conjunção“pois”, que, quando anteposta ao verbo, expressa tal sentido. Alternativa A.

10327. (2012 – FCC) Vencido o estágio mais básico da sobrevivência,esse grupo passa a se preocupar com o futuro ...Iniciando-se o período acima por “Esse grupo passa a se preocupar com o futuro”,o elemento grifado pode ser corretamente alterado para(A) para vencer(B) enquanto vencia(C) à medida que vencia(D) conquanto vencesse(E) depois de vencerRESPOSTA O uso da forma verbal no particípio de “vencer”, como é o caso doperíodo em destaque, tem função de marcar tempo decorrido, podendo, assim,ser substituída por conjunção adverbial temporal. Dentre as alternativas,a conjunção temporal cujo sentido é de tempo decorrido é “depois de”. Noteque depois de vencer... o grupo passa a se preocupar... Alternativa E.

10328. (2012 – FCC) Já o mamulengo urbano adota novas personagense circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantémum enredo, embora não abra mão do improviso.As palavras grifadas acima denotam, considerando-se o contexto em que se apresentam,respectivamente, noção de(A) consequência da afirmativa anterior e conformidade com o fato expresso nomesmo segmento.(B) comparação com a declaração anterior e conclusão coerente para o que estásendo afirmado.(C) causa que justifica a declaração anterior e sua consequência imediata.(D) temporalidade e oposição ao que vem sendo expresso no parágrafo.(E) oposição ao que foi expresso na afirmativa anterior e ressalva que não invalidaa declaração feita.RESPOSTA No contexto em que está inserida, a palavra já, geralmente usadapara indicar tempo, tem sentido de oposição (semelhante a “No entanto”, por5315/5805exemplo). A conjunção “embora” caracteriza-se por introduzir oração subordinadaconcessiva, isto é, apresenta ressalva quanto àquilo que se afirma naoração principal à qual está subordinada. Alternativa E.

10329. (2012 – FCC) No entanto, da Antiguidade aos tempos modernosa história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras.Mantendo-se a correção e a lógica, sem que qualquer outra alteração seja feita nafrase, o segmento grifado acima pode ser substituído por(A) Todavia.(B) Conquanto.

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(C) Embora.(D) Porquanto.(E) Ainda que.RESPOSTA A conjunção “no entanto” tem sentido adversativo, assim como aconjunção “Todavia”. As outras conjunções apresentadas têm caráter concessivo(embora, conquanto, ainda que) ou apresentam relação de causa-consequência(porquanto). Alternativa A.

10330. (2012 – FCC) “Elas são expressões legítimas da alma coletiva,embora não literárias...”Considerando-se o contexto, o elemento grifado pode ser substituído corretamentepor(A) ainda que(B) entretanto(C) portanto(D) por conseguinte(E) enquanto queRESPOSTA Das alternativas, assim como a conjunção “embora”, a única queestabelece relação concessiva, ou seja, de ressalva ao que é dito, é “aindaque”. Alternativa A.

10331. (2012 – FCC) ... por volta de 2100, ano em que, segundo asprojeções da ONU, a Terra terá completado seu décimo bilhão de habitantes.5316/5805O segmento grifado acima preenche corretamente a lacuna da frase:(A) Os dados ...... se baseavam os cientistas para prever a escassez de alimentosainda não estavam inteiramente catalogados(B) Será necessário investir cada vez mais na agricultura, ...... a oferta de alimentosatinja toda a população do planeta.(C) O aumento de habitantes exige uma produção de alimentos mais ampla evariada, ...... sejam oferecidos a toda essa população.(D) O desafio de aumentar a oferta de alimentos, ...... se necessita atualmente,justifica os múltiplos investimentos na produção agrícola.(E) A explosão do número de habitantes no planeta, ...... contam alguns cientistas,parece estar atualmente sob certo controle.RESPOSTA O vocábulo em destaque “segundo”, no contexto em que se insere,tem sentido semelhante a “de acordo com”. Das alternativas apresentadas,só seria possível inseri-lo sem acarretar erro semântico na primeira (A).Alternativas A e E.

10332. (2012 – FCC) Nascidas do povo mais humilde doBrasil, as Escolas afirmam a vocação dos brasileiros, de todos os brasileiros,para a grandeza.A oração grifada acima tem sentido ...... e, ao reescrevê-la com o emprego da conjunçãoadequada, a oração resultante deverá iniciar-se por ...... .As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por(A) final – Para que tivessem nascido(B) temporal – Enquanto tinham nascido(C) concessivo – Ainda que tenham nascido(D) consecutivo – Desde que tenham nascido(E) condicional – Caso tenham nascidoRESPOSTA A construção com verbo no gerúndio + preposição de, geralmente,apresenta caráter concessivo, podendo ser substituída pelas expressõesadverbiais concessivas “Ainda que”, “Embora” etc., desde que feitasas alterações sintáticas pertinentes. Alternativa C.

10333. (2012 – FCC) Atente para estas frases:I. Não podemos contar com a sorte.II. Daqui para frente, preservar é suor.5317/5805Para articulá-las de modo a preservar o sentido do contexto, será adequado unilaspor intermédio deste elemento:(A) no entanto.(B) ainda assim.(C) haja vista que.(D) muito embora.(E) por conseguinte.RESPOSTA A oração II é um resultado, uma consequência do argumento apresentadona oração I. Assim, para uni-las, de forma adequada, deve-se utilizarconjunção “por conseguinte”. Alternativa E.

10334. (2012 – FCC) Preços mais altos proporcionam aos agricultoresincentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentaro mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando apobreza e o descontentamento.A 2ª afirmativa introduz, em relação à 1ª, noção de(A) condição.(B) temporalidade.(C) consequência.(D) finalidade.(E) restrição.RESPOSTA Embora a conjunção “mas”, geralmente, introduza relação opositiva,neste contexto, tal vocábulo introduz restrição, isto é, restringe o sentidodo primeiro período ao introduzir informação adicional. Alternativa E.

10335. (2012 – FCC) “Embora a maioria das pessoas consuma caloriassuficientes, elas ainda sofrem de imensa deficiência de nutrientes.”A conjunção grifada acima imprime ao contexto noção de(A) finalidade de uma ação.(B) temporalidade relativa a um fato.(C) concessão quanto à afirmativa que a segue.(D) conjectura que não se realiza.(E) incerteza quanto à comprovação de um fato.

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5318/5805RESPOSTA O vocábulo “embora”, por ser conjunção adverbial concessiva, introduzressalva em relação àquilo que o segue. Alternativa C.

10336. (2012 – FCC) Com o avançar da idade, eles precisam demais cálcio e vitaminas...Iniciando o período por “Eles precisam de mais cálcio e vitaminas”, o segmentogrifado poderá passar corretamente a(A) à medida que a idade vai avançando.(B) conquanto a idade avance.(C) se a idade for avançando.(D) ainda que a idade vá avançando.(E) em comparação à idade que avança.RESPOSTA A construção “Com + forma nominal de verbo ou substantivo” expressarelação semelhante àquelas das conjunções adverbiais proporcionais (àmedida que, conforme etc.). Note que a necessidade de mais cálcio e vitaminasvai proporcionalmente aumentando com o tempo. Alternativa A.

10337. (2012 – FCC) O desenvolvimento corresponde a uma matrizendógena, gerada em nossas próprias sociedades, e [que] portanto não é possívelimportar.Propõe-se outra redação para a frase acima, a ser iniciada com “Não é possívelimportar o desenvolvimento...”. Para que o sentido e a correção originais sejammantidos, a conexão desse início com o segmento destacado deve ser feita medianteo uso de(A) contudo.(B) dado que.(C) se bem que.(D) no caso de.(E) onde.RESPOSTA Se considerarmos a conjunção “portanto” utilizada em “e portantonão é possível importar” como conjunção que denota relação de causa-consequência,teremos de substituí-la por expressão equivalente na reescrita doperíodo. Dadas as alternativas, a única que apresenta relação semelhante é“dado que”. Alternativa B.5319/5805

10338. (2012 – FCC) ... principalmente porque as organizações precisamda dedicação de tempos longos a reuniões extensas.A grafia e o emprego da palavra grifada acima estarão respeitados na lacuna dafrase(A) A assembleia foi rapidamente encerrada, sem que os participantes da mesadissessem aos presentes ...... .(B) A reunião foi suspensa por uma hora ...... os participantes davam mostra decansaço e de desatenção.(C) Muitos trabalhadores têm demonstrado estresse em suas atividades, mas nãose identifica exatamente o ...... .(D) ...... teria sido convocada uma reunião extraordinária urgente neste final desemana?(E) Os executivos se reuniram e tomaram algumas decisões polêmicas, sem quese soubesse ...... motivo.RESPOSTA O porquê empregado na frase de comparação é uma conjunçãocausal. Uma conjunção desse tipo poderia ser substituída por “já que”. AlternativaB.

VII. Pronomes

10339. (2012 – FCC) Atenção: a questão trata das impressões recolhidas,em 1900, pelo político, diplomata e historiador brasileiro JoaquimNabuco, acerca de uma viagem que acabara de fazer aos Estados Unidos.À época de Nabuco, os Estados Unidos despontavam já como um país poderoso, omoralismo desse país representando, no entanto, um entrave para que se promovessenesse país uma disputa eleitoral em alto nível.Evita-se a viciosa repetição de palavras na frase acima substituindo-se, de modoadequado, as expressões sublinhadas, respectivamente, por(A) cujo moralismo representaria – lá se promovesse(B) aonde o moralismo representa – ali se promova(C) no qual o moralismo representasse – neles se promovam(D) em cujo moralismo representa-se – neste se promovesse(E) conquanto seu moralismo representa – lá se promova5320/5805RESPOSTA “Desse país”, por indicar posse, deve ser substituído por um pronomerelativo que tenha este mesmo caráter semântico: cujo; “para que sepromovesse nesse país” deve ser substituído por “lá se promovesse”, pois ovocábulo “lá” retoma o substantivo “país”. Alternativa A.

10340. (2012 – FCC) As decisões mais graves são sempre difíceis: osque devem tomar tais decisões medem essas decisões pelos mais variados critérios,avaliam essas decisões conforme algum interesse em vista.Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados,na ordem dada, por(A) as devem tomar – medem-nas – avaliam-nas(B) devem tomá-las – lhes medem – as avaliam(C) lhes devem tomar – medem-nas – avaliam-nas(D) devem as tomar – medem-lhes – avaliam-lhes(E) devem tomar-lhes – as medem – as avaliamRESPOSTA “Tais decisões” e “essas decisões” são Objetos Diretos. Podem sersubstituídos, no caso oblíquo (quando o pronome é objeto), por “as”, “las” ou“nas”. Considerando-se que o pronome “que” é atrativo aos outros pronomes,a reescritura certa é “que AS devem tomar”. Nos outros casos, como os verbosterminam com a letra m, devemos adaptar o pronome “a” na forma “na”. AlternativaA.

10341. (2012 – FCC) Ao se substituir o elemento grifado em um segmento

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do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em(A) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-no(B) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a(C) desarticular as palavras = desarticular-lhes(D) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz(E) não só encantou o menino = não só o encantouRESPOSTA Desarticular é VTD, portanto exige complemento verbal sem preposição(objeto direto). O uso de “lhe” como pronome oblíquo é destinado àsubstituição de objetos indiretos. A forma correta seria: desarticulá-las. AlternativaC.5321/5805

10342. (2012 – FCC) O segmento grifado foi substituído por um pronomede modo INCORRETO em:(A) publicou um estudo em vermelho = o publicou(B) fazer as pessoas acreditarem = fazê-las acreditarem(C) resolveu tentar a sorte = resolveu tentá-la(D) citar os três detetives fictícios mais famosos = citar-lhes(E) tivera mais sucesso na medicina = tivera-oRESPOSTA “Citar” é VTD, portanto exige complemento verbal sem preposição(objeto direto). O uso da partícula “lhe” como pronome oblíquo é destinado àsubstituição de objetos indiretos. A forma correta seria: citá-los. Alternativa D.

10343. (2012 – FCC) Substituindo-se os elementos grifados em segmentosdo texto, com os ajustes necessários, ambos os pronomes foramempregados corretamente em(A) como posicionar os braços/alcançar os melhores resultados = comoposicioná-los/alcançar-lhes(B) não encontraremos maestria/negligenciarmos as habilidades = nãoencontraremo-la/negligenciarmonas(C) especialistas dão instruções/como utilizar uma raquete = especialistasdão-nas/como utilizá-la(D) superar obstáculos exteriores/atingir uma meta externa = superar-nos/ atingi-la(E) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhesacrescentem / elas as trazemRESPOSTA Os complementos dos verbos transitivos diretos podem ser substituídospelas formas oblíquas os, as, los, las, nos e nas. (as formas “lo” ou“la”, quando a forma verbal terminar em R, S e Z; as formas “no” e “na”,quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE). Os complementos de verbostransitivos indiretos, por lhe. Alternativa C.

10344. (2012 – FCC) Fazendo-se as alterações necessárias, o segmentogrifado está substituído corretamente por um pronome em(A) alçar a turma = alçar-lhe(B) retirou um conjunto deles = retirou-nos5322/5805(C) guiar os estudantes = guiar-os(D) desconstruir a visão = desconstruir-lhe(E) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nosRESPOSTA Os complementos dos verbos transitivos diretos podem ser substituídospelas formas oblíquas os, as, los, las, nos e nas. Analisar é VTD e aforma termina em “m”, portanto a forma oblíqua correta é “nos”. AlternativaE.

10345. (2012 – FCC) Ao se substituir um elemento de determinadosegmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em:(A) e têm a convicção = e têm-na(B) que demonstra toda sua potência = que lhe demonstra(C) alagam as planícies = alagam-nas(D) só resta aos homens = só lhes resta(E) providenciar barreiras e diques = providenciá-losRESPOSTA Os complementos de verbos transitivos indiretos são substituídospor “lhe”. Demonstrar é VTD, portanto seu complemento não pode ser substituídopor lhe. A forma correta seria “que a demonstra”, pois a palavra “que”atrai o pronome. Alternativa B.

10346. (2012 – FCC) ... relataram o descobrimento de continentes,alimentaram amores impossíveis...Os elementos grifados estão corretamente substituídos por pronomes em(A) relataram-no – alimentaram-nos(B) relataram-no – alimentaram-lhes(C) o relataram – alimentaram-os(D) os relataram – lhes alimentaram(E) relataram-lhe – os alimentaramRESPOSTA Os complementos dos verbos transitivos diretos podem ser substituídospelas formas oblíquas os, as, los, las, nos e nas. (as formas “lo” ou“la”, quando a forma verbal terminar em R, S e Z; as formas “no” e “na”,quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE). Alternativa A.5323/5805

10347. (2012 – FCC) Fazendo-se as alterações necessárias, o termogrifado foi corretamente substituído por um pronome em(A) decidido a inventar uma noite = decidido a inventá-la(B) expressar [...] seu fascínio pelo céu constelado = expressar-lhe(C) tem diante de si a tela em branco = tem-a diante de si(D) Imagino o momento = Imagino-lhe(E) definiu uma paisagem noturna = definiu-naRESPOSTA Os complementos dos verbos transitivos diretos podem ser substituídospelas formas oblíquas os, as, los, las, nos e nas. (as formas “lo” ou“la”, quando a forma verbal terminar em R, S e Z; as formas “no” e “na”,quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE). “Decidir” é verbo transitivodireto e sua terminação é R, por isso a forma oblíqua adequada é “la”. AlternativaA.

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10348. (2012 – FCC) A substituição do elemento grifado pelo pronomecorrespondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada demodo INCORRETO em(A) único veículo que mandava repórteres = único veículo que os mandava(B) Impunha logo respeito = Impunha-o logo(C) fazia questão de anunciar minha presença = fazia questão de anunciá-la(D) um telefone para passar a matéria = um telefone para passar-lhe(E) sugerir caminhos para as etapas seguintes = sugeri-losRESPOSTA Os complementos dos verbos transitivos diretos podem ser substituídospelas formas oblíquas os, as, los, las, nos e nas. As formas “lo” ou“la”, quando a forma verbal terminar em R, S e Z. “Passar” é VTD, logo deveriaser “...passá-la”. Alternativa D.

10349. (2012 – FCC) Na frase “eles são, finalmente, a classe animalsem redenção possível que o país passou quinhentos anos formando”, deve-se entenderque(A) o sujeito da forma verbal formando é a classe animal(B) a ação verbal expressa em passou (...) formando está na voz passiva.(C) a expressão sem redenção possível qualifica país.(D) o pronome que retoma o termo antecedente redenção.5324/5805(E) a classe animal é complemento da expressão verbal passou (...) formando.RESPOSTA O pronome relativo (que) retoma a função sintática para a locuçãoverbal “passou formando” (VTD), por isso “a classe animal” é o OD da locução.Alternativa E.

10350. (2012 – FCC) Levando-se em conta as alterações necessárias,o termo grifado foi substituído corretamente por um pronome em:(A) A Inveja habita o fundo de um vale = habitá-lo(B) jamais se acende o fogo = lhe acende(C) serviu de modelo a todos = serviu-os(D) infectar a jovem Aglauros = infectá-la(E) ao dilacerar os outros = dilacerar-lhesRESPOSTA Infectar é VTD e a forma verbal em questão termina em R, devendo,por conseguinte, seu complemento verbal (OD) ser substituído pelaforma oblíqua “la”. Alternativa D.

10351. (2012 – FCC) Levando-se em conta as alterações necessárias,o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em:(A) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono(B) dirige o País = lhe dirige(C) integrando os regimentos = integrando-lhes(D) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na(E) registrar certo número de guerreiras = registrá-loRESPOSTA Registrar é VTD. Além disso, a forma verbal em questão terminaem R, devendo, assim, ter como forma que substitui seu objeto o pronome oblíquo“lo”. Alternativa E.

10352. (2012 – FCC) Ao se substituir um elemento de determinadosegmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em:(A) e mantém seu ser = e lhe mantém(B) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado(C) reviver acontecimentos passados = revivê-los(D) para criar uma civilização comum = para criá-la(E) que provê o fundamento = que o provê5325/5805RESPOSTA Os complementos de verbos transitivos indiretos são substituídospor lhe. No entanto, o verbo “manter” é VTD. A conjunção “e” atrai o pronomepara posição de próclise, mas este deveria ser “o” (OD). Alternativa A.

10353. (2012 – FCC) A substituição do segmento grifado por umpronome, com as necessárias alterações, foi efetuada de modo correto em:(A) criar um mundo melhor = criar-lhe(B) divertir os espíritos preocupados = divertir-lhes(C) condenar os romances policiais = condenar-nos(D) resolver todos os problemas = lhes resolver(E) devoram romances = devoram-nosRESPOSTA Devorar é VTD e a forma verbal termina em M; assim, paramanter-se a correção, o pronome oblíquo adequado para a substituição do OD(romances) é “nos”. Alternativa E.

10354. (2012 – FCC) A substituição do termo grifado por um pronome,com as necessárias alterações, foi efetuada de modo correto em(A) traçar a linha divisória = traçar-lhe(B) arrebatou a plateia = lhe arrebatou(C) levar a cabo essa tarefa ociosa = levá-la a cabo(D) segue o seu caminho = segue-no(E) Arranhava o seu violão = lhe arranhavaRESPOSTA Levar é VTD e “essa tarefa ociosa” é seu objeto direto. Quando overbo está no infinitivo, a letra R deve ser cortada. Assim, a forma verbal deveaceitar como substituição ao complemento o pronome oblíquo “la”. AlternativaC.

10355. (2012 – FCC) Constante de correspondência oficial enviada aum Ministro de Estado, a frase redigida de modo correto e adequado é(A) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexo à essedocumento.5326/5805(B) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalies a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexada a estedocumento.

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(C) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalie a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexa a estedocumento.(D) Solicitamos a Vossa Senhoria, Senhor Ministro, que avalie a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexado à estedocumento.(E) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta depauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos em anexo a essedocumento.RESPOSTA Quando nos referimos a alguém indiretamente em um diálogo(não presencial), usamos vossa. Utilizamos “excelência” para funcionários empoderes de chefia nos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e das ForçasArmadas. Além disso, por ser pronome de tratamento, é conjugado na terceirapessoa do singular. Ou seja, todos os verbos e os pronomes devem concordarda mesma maneira que o pronome “você”. Alternativa C.

10356. (2012 – FCC) A conectividade está na ordem do dia, não háquem dispense a conectividade, seja para testar o alcance da conectividade, sejapara alçar a conectividade ao patamar dos valores absolutos.Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados,na ordem dada, por(A) lhe dispense – testá-la o alcance – alçá-la(B) a dispense – lhe testar o alcance – alçá-la(C) a dispense – a testar no seu alcance – lhe alçar(D) dispense-a – testá-la o alcance – alçá-la(E) dispense-lhe – lhe testar o alcance – lhe alçarRESPOSTA Dispensar é VTD e seu complemento é atraído pelo pronomequem. Testar é VTD, pois a forma lhe refere-se a uma ideia de posse (adjuntoadnominal). Alçar é VTDI e o complemento sublinhado é o direto; como overbo termina em R, seu OD deve ser substituído pela forma oblíqua “la”. AlternativaB.

10357. (2012 – FCC) Atente para as afirmações a seguir.5327/5805I. No segmento “fazia as vezes de agente literário da amiga, nem sempre bem-sucedido”,a falta do sinal de crase no trecho grifado indica que seu uso é facultativonessa expressão.II. Em “quem sabe das dificuldades que Clarice enfrentou vê com alegria o reconhecimentoque seu nome alcança e sua irradiação pelo mundo”, o pronomegrifado pode se referir tanto a Clarice como a nome.III. Em “já não faz sentido manter o erro por simples respeito a uma faceiricemomentânea”, o segmento grifado pode ser substituído, sem prejuízo paraa correção e o sentido original, por um breve ardil.Está correto o que se afirma APENAS em(A) II e III.(B) I e II.(C) I e III.(D) II.(E) III.RESPOSTA O pronome “sua” gera ambiguidade no contexto inserido, podendofazer referência a qualquer um dos dois. Alternativa D.

VIII. Vozes do Verbo

10358. (2012 – FCC) A frase que NÃO admite transposição para avoz passiva está em:(A) Quando Rodolfo surgiu...(B) ... adquiriu as impressoras...(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.(D) ... acolheu-o como patrono.(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...RESPOSTA Por ser verbo intransitivo, não é possível de ser apassivado. SóVTD e VTDI podem ser apassivados. Alternativa A.

10359. (2013 – FCC) É exemplo de construção na voz passiva o segmentosublinhado na seguinte frase:(A) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um trechinho de crônica.(B) A Solange toma especial cuidado com a escolha dos vocábulos.(C) D. Glorinha e sua filha não partilham do mesmo gosto pelo requinte verbal.5328/5805(D) O enrubescimento da mãe revelou seu desconforto diante da observação dafilha.(E) Lembro-me de uma visita que recebemos em casa, há muito tempo.RESPOSTA A construção da voz passiva dá-se estruturalmente pela presençade um verbo auxiliar (ser) e um verbo no particípio, como se vê na alternativaA. Note também que o sujeito (eu) sofre a ação verbal. Alternativa A.

10360. (2013 – FCC) ... aquelas que um observador pode vislumbrara partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói...Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) pode ser vislumbrado.(B) vislumbra-se.(C) podem ser vislumbradas.(D) pode-se vislumbrar.(E) podem vislumbrar.RESPOSTA A construção da voz passiva dá-se estruturalmente pela presençado verbo ser e de um verbo no particípio, como se vê na alternativa C. A concordânciaocorre com o objeto direto da oração na voz ativa, que, na voz passiva,faz papel de sujeito paciente (aquelas). Alternativa C.

10361. (2011 – FCC) Está plenamente adequada a transposição deuma voz verbal para outra no segmento:(A) transformou de repente a vida dos moradores = a vida dos moradores fora derepente transformada

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(B) Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato = o fato foi cobrido por repórterese cinegrafistas(C) foi obstado pelo juiz de paz = obstou-o o juiz de paz(D) ao tombar não ferira ninguém = ninguém se ferira ao tombar(E) foram tomados de letargia = tomaram-se de letargiaRESPOSTA O agente da passiva (pelo juiz de paz) vai se tornar o sujeito davoz ativa. O verbo ser (foi) deve sair da frase, deixando o tempo e o modopara o verbo principal. Alternativa C.5329/5805

10362. (2012 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase “Oautor admite que cultiva as vagabundagens deleitosas”, a forma verbal resultanteserá:(A) terá admitido cultivar.(B) tem admitido que fossem cultivadas.(C) está admitindo que fossem cultivadas.(D) admite que tenha cultivado.(E) admite que são cultivadas.RESPOSTA Atenção para um detalhe importante! Temos dois verbos transitivosdiretos nessa questão!Mas a FCC quis apassivar com o “cultivar”, logo o OD dele (as vagabundagensdeleitosas) passa a ser o sujeito da voz passiva. Alternativa E.

10363. (2012 – FCC) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer aresponsabilidade de proteger pela via militar, a comunidade internacional [...]observe outro preceito ...Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal resultanteserá:(A) é observado.(B) seja observado.(C) ser observado.(D) é observada.(E) for observado.RESPOSTA O objeto direto da ativa se transforma no sujeito da passiva: ofundamental é que outro preceito seja observado pela comunidade internacional.Alternativa B.

10364. (2012 – FCC) ...se negligenciarmos as habilidades do jogointerior.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) forem negligenciadas.(B) fosse negligenciado.(C) sejam negligenciadas.(D) for negligenciado.5330/5805(E) serem negligenciadas.RESPOSTA “Se as habilidades do jogo interior forem negligenciadas...” é aforma passiva da frase. Mantêm-se o tempo e o modo do verbo principal daoração na voz ativa, transpondo-os para o verbo auxiliar (ser) da voz passiva.Após isso, o verbo principal da voz ativa é colocado no particípio na voz passiva.Alternativa A.

10365. (2012 – FCC) ... ela nunca alcançava a musa.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) alcança-se.(B) foi alcançada.(C) fora alcançada.(D) seria alcançada.(E) era alcançada.RESPOSTA “A musa nunca era alcançada...” é a forma passiva da frase.Mantêm-se o tempo e o modo do verbo principal da oração na voz ativa,transpondo-os para o verbo ser (era – pretérito imperfeito) da voz passiva.Após isso, o verbo principal da voz ativa é colocado no particípio na voz passiva.Alternativa E.

10366. (2011 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase “Umfigurante pode obscurecer a atuação de um protagonista”, a forma verbal obtidaserá:(A) pode ser obscurecido.(B) obscurecerá.(C) pode ter obscurecido.(D) pode ser obscurecida.(E) será obscurecida.RESPOSTA Para a formação da voz passiva, mantêm-se o tempo e o modo doverbo principal da oração na voz ativa, transpondo-os para o verbo auxiliar(ser) da voz passiva. Após isso, o verbo principal da voz ativa é colocado noparticípio na voz passiva. Assim, temos “A atuação de um protagonista podeser obscurecida (por um figurante)”. Alternativa D.5331/5805

10367. (2012 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a construção“Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático”, a forma verbal obtida será:(A) seria despertada.(B) teria sido despertada.(C) despertar-se-á.(D) fora despertada.(E) teriam despertado.RESPOSTA Para a construção da voz passiva, mantêm-se o tempo e o mododo verbo principal da oração na voz ativa (futuro do pretérito do indicativo),transpondo-os para o verbo auxiliar (ser) da voz passiva. Após isso, o verboprincipal da voz ativa é colocado no particípio na voz passiva. Assim, temos “Aira de qualquer fanático seria despertada (por ateus)”. “a ira de qualquerfanático” (OD) deve ser agora o sujeito da passiva. Alternativa A.

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10368. (2012 – FCC) A carta, essa personagem central dos últimosséculos, foi solapada pelo e-mail...A frase acima está corretamente transposta para a voz ativa em:(A) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solapa o e-mail.(B) O e-mail, essa personagem central dos últimos séculos, a carta solapou-o.(C) O e-mail solapou a carta, essa personagem central dos últimos séculos.(D) O e-mail solapara essa personagem central dos últimos séculos, a carta.(E) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solaparia o e-mail.RESPOSTA Ao manter-se o tempo verbal do verbo auxiliar da voz passiva (foi– pretérito perfeito do indicativo) no verbo principal da voz ativa, mantém-se acorreção gramatical. O sentido correto é assegurado pela troca dos papéissujeito-agente da passiva e objeto direto-sujeito paciente. Alternativa C.

10369. (2012 – FCC) E assim, num impulso, lança a primeirapincelada...Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) foi lançada.(B) é lançada.(C) fora lançada.5332/5805(D) lançaram-se.(E) era lançada.RESPOSTA Para a construção da voz passiva, mantém-se o tempo e o modo(presente do indicativo) do verbo principal da oração na voz ativa, transpondoopara o verbo auxiliar (ser) da voz passiva. Após isso, o verbo principal davoz ativa é colocado no particípio na voz passiva. Assim, temos “E assim, numimpulso, a primeira pincelada é lançada”. Alternativa B.

10370. (2012 – FCC) ... mas exige em troca um punhado de moedasde ouro.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) são exigidos.(B) é exigida.(C) é exigido.(D) foi exigido.(E) foram exigidas.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo, por isso overbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim a frase:“...mas um punhado de moedas de ouro é exigido em troca”. Alternativa C.

10371. (2012 – FCC) ... Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentasrevoltas contra os romanos...Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) foram liderados.(B) é liderada.(C) foi liderada.(D) lideram-se.(E) eram lideradas.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no pretérito perfeito do indicativo, porisso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim afrase: “...uma das mais sangrentas revoltas contra os romanos foi liderada porBoadiceia...”. Alternativa C.5333/5805

10372. (2012 – FCC) Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgraveacompanhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, sobretudoeclipses lunares e solares.Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais resultantesserão(A) eram anotados e acompanhados.(B) fora anotado e acompanhado.(C) foram anotados e acompanhados.(D) anota-se e acompanha-se.(E) foi anotado e acompanhado.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no pretérito perfeito do indicativo, porisso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim afrase: “... alguns fenômenos celestes, sobretudo eclipses lunares e solares, foramanotados e acompanhados por Marcgrave, sempre sozinho, da sede dopoder no Brasil holandês”. Alternativa C.

10373. (2012 – FCC) Em 1909 ele introduziu as “Câmaras deprofissões”...Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:(A) são introduzidas.(B) foram introduzidas.(C) se introduz.(D) foi introduzido.(E) seja introduzida.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no pretérito perfeito do indicativo, porisso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim afrase: “Em 1909, as ‘câmaras de profissões’ foram introduzidas por ele”. AlternativaB.

10374. (2012 – FCC) Caducas as classificações, sua arte aniquilatoda e qualquer discriminação.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será(A) aniquilou-se.5334/5805(B) são aniquiladas.(C) aniquilam-se.(D) foi aniquilada.(E) é aniquilada.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo, por isso o

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verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim a frase:“Caducas as classificações, toda e qualquer discriminação é aniquilada por suaarte”. Alternativa E.

10375. (2012 – FCC) ... vê com alegria o reconhecimento que seunome alcança e sua irradiação pelo mundo.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será(A) são vistos.(B) é visto.(C) é vista.(D) eram vistos.(E) viam-se.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo (vê), por issoo verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim afrase: “...o reconhecimento que seu nome alcança e sua irradiação pelo mundosão vistos com alegria”. Alternativa A.

10376. (2012 – FCC) NÃO admite transposição para a voz passiva oque se lê emI. A partir daí, a intermediação da mecânica foi dando saltos.II. Ainda há quem a usa.III. Máquinas de escrever mecânicas são para os ousados.IV. Sua principal clientela é cativa.Atende corretamente ao enunciado APENAS o que está em(A) I e II.(B) I e III.(C) III e IV.(D) II e IV.(E) II e III.5335/5805RESPOSTA Apenas admitem voz passiva os verbos transitivos diretos oubitransitivos – os verbos que têm OD –, o que não ocorre nas orações III e IV,pois os verbos nelas empregados são de ligação. Alternativa C.

10377. (2012 – FCC) A frase que admite transposição para a vozPASSIVA é:(A) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes...(B) O chapéu dele está aí...(C) ... chegou à conclusão de que o funcionário...(D) Leio a reclamação de um repórter irritado...(E) ... precisava falar com um delegado...RESPOSTA O verbo “ler” é o único transitivo direto e, portanto, admite vozpassiva. Alternativa D.

10378. (2012 – FCC) ... ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tãopaulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será(A) foi expressa.(B) exprimia-se.(C) é exprimida.(D) vem sendo exprimida.(E) era expressa.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no pretérito perfeito do indicativo(exprimiu), por isso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo,ficando assim a frase: “ao fazer isso, a realidade tão paulista do italiano [...]foi expressa”. Alternativa A.

10379. (2012 – FCC) A frase cujo verbo permite transposição para avoz passiva é(A) ... nenhuma passagem que trate da desobediência a Deus...(B) O filme começa com um prólogo...(C) ... porque cedeu a uma predisposição da natureza humana...(D) O Frankenstein original de Shelley é um livro rico...(E) ... e não cumpriu o dever de qualquer criador...5336/5805RESPOSTA Cumprir exige objeto direto e, por isso, sua oração pode ser passadapara a voz passiva. Alternativa E.

10380. (2012 – FCC) Atentando-se para a voz verbal, é corretoafirmar que em(A) “Por bondade abstrata nos tornamos atrozes” ocorre um caso de voz passiva.(B) “A ideia de fuga tem sido alvo de crítica severa” o elemento sublinhado éagente da passiva.(C) “Amemos a ilha” a transposição para a voz passiva resultará na forma verbalseja amada.(D) “E por que nos seduz a ilha?” não há possibilidade de transposição para a vozpassiva.(E) “tudo isso existe fora das ilhas” a transposição para a voz passiva resultará naforma verbal tem existido.RESPOSTA O verbo da ativa (amemos) está no presente do subjuntivo (quenós amemos). A frase na voz passiva seria “Que a ilha seja amada por nós”.Alternativa C.

10381. (2012 – FCC) ... com que abro a minha crônica.Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal encontrada é(A) é aberta.(B) foi aberta.(C) havia sido aberta.(D) tinha aberto.(E) abriu-se.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo (abro), porisso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assim afrase: “...com que minha crônica é aberta”. Alternativa A.

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10382. (2012 – FCC) ... que a expansão do consumo de energia dosbrasileiros será atendida por outras fontes ...Transposta para a voz ativa, a forma verbal grifada acima passará a ser(A) atenderão.(B) atenderiam.5337/5805(C) se atendesse.(D) serão atendidas.(E) deverá ser atendida.RESPOSTA Para a construção da ativa, devemos eliminar o verbo ser (será) e“devolver” ao verbo principal o tempo e o modo (futuro do presente do indicativo).Assim, temos “outras fontes atenderão a expansão do consumo de energia...”.Alternativa A.

10383. (2012 – FCC) Há 40 anos, a mais célebre crítica de cinemados Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), publicava seu artigo mais famoso.Transpondo a frase destacada para a voz passiva, a forma verbal encontrada é:(A) publicaram.(B) havia sido publicado.(C) publicou-se.(D) tinha publicado.(E) era publicado.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no pretérito imperfeito do indicativo(publicava), por isso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo,ficando assim a frase: “...seu artigo mais famoso era publicado”. Alternativa E.

10384. (2012 – FCC) As demandas, a tensão, a pressa da existênciamoderna perturbam esse precioso repouso.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será(A) tem sido perturbado.(B) são perturbadas.(C) perturbam-no.(D) perturbam-se.(E) é perturbado.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo (perturbam),por isso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assima frase: “Esse precioso repouso é perturbado pela pressa da existênciamoderna...”. Alternativa E.5338/5805

10385. (2012 – FCC) Direitos, por isso, sustentam uma espécie deargumentação pública permanente [...]Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal obtida é(A) sustentam-se.(B) é sustentada.(C) foi sustentada.(D) sustentara-se.(E) haviam sido sustentadas.RESPOSTA O verbo da voz ativa está no presente do indicativo (sustentam),por isso o verbo ser da passiva deve assumir esse tempo e modo, ficando assima frase: “Por isso, uma espécie de argumentação pública permanente ésustentada...”. Alternativa B.

10386. (2012 – FCC) Existe transposição de uma voz verbal paraoutra em(A) Variam os níveis de percepção de uma fotografia = São vários os níveis depercepção de uma fotografia.(B) As fotografias são uma espécie de espelhos = As fotografias tornam-se umaespécie de espelhos.(C) A percepção de uma imagem muda com o passar do tempo = O passar dotempo muda a percepção de uma imagem.(D) Os olhares hão de descongelar cada imagem = Cada imagem há de serdescongelada pelos olhares.(E) Certas fotos se assemelham a espelhos = Há espelhos aos quais certas fotos setornam semelhantes.RESPOSTA Apenas na afirmativa D há mudança da voz ativa para a voz passiva.“hão de descongelar” é uma locução transitiva direta, logo pode serapassivada. Alternativa D.

10387. (2012 – FCC) ... uma cena da vida cotidiana, uma paisagemou natureza morta poderiam constituir uma grande pintura tanto quanto umaimagem da história ou do mito.Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será5339/5805(A) poderiam serem constituídas.(B) poderia vir a ser constituída.(C) teria podido constituir.(D) poderia ser constituída.(E) poderiam ter sido constituídas.RESPOSTA Na locução verbal “poderiam constituir”, o verbo principal (constituir)está no infinitivo. Ao passarmos para a voz passiva analítica, essaforma deve ficar com o verbo ser e o verbo principal deve ficar no particípio.Assim, temos “uma grande pintura [...] poderia ser constituída por uma cenada vida cotidiana, uma paisagem [...]”. Alternativa D.

IX. Emprego dos Tempos e Modos Verbais

10388. (2013 – FCC) Assim pensava o maior arquiteto e mais invocadosonhador do Brasil.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima estáem:(A) Houve um sonho monumental...(B) ... descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990.

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(C) ... com que a vida seja mais justa.(D) ... Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos”...(E) ... este continua desprotegido, entregue à sorte que o destino...RESPOSTA O “tinha” é o único que está no mesmo tempo e modo do verbo“pensava”, ou seja, no pretérito imperfeito do indicativo. Alternativa D.

10389. (2012 – FCC) A forma destacada que apresenta o processoverbal em potência, aproximando-se, assim, do substantivo, é:(A) Creio ser razoável perguntar...(B) Há uma passagem...(C) “Os historiadores quebram a cabeça procurando a melhor maneira deformular...”(D) “... que eram, à época, o núcleo do capitalismo mundial.”(E) “Definir a diferença entre partes avançadas e atrasadas...”5340/5805RESPOSTA O verbo “definir” está na sua forma nominal (infinitivo) e, poressa razão, possui valor de substantivo. Alternativa E.

10390. (2012 – FCC) Ou pretendia.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... ao que der ...(B) ... virava a palavra pelo avesso ...(C) Não teria graça ...(D) ... um conto que sai de um palíndromo ...(E) ... como decidiu o seu destino de escritor.RESPOSTA O “virava” é o único que está no mesmo tempo e modo do verbo“pretendia”, ou seja, no pretérito imperfeito do indicativo. Alternativa B.

10391. (2012 – FCC) Os verbos empregados nos mesmos tempo emodo estão agrupados em:(A) foi – estava – adquiriu(B) viviam – estava – torna(C) pode – vivem – torna(D) adquiriu – foi – pode(E) apareceu – pode – eramRESPOSTA Todos os verbos estão no presente do indicativo. Alternativa C.

10392. (2012 – FCC) ... e anjos desciam até a superfície da Terra ...O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... que simplesmente desistimos deles?(B) Cresci no auge da boataria.(C) .. que não se veem discos voadores.(D) As religiões não deixavam sequer ...(E) ... seria coisa dos russos ou de outro planeta.RESPOSTA O verbo “deixavam” também está no pretérito imperfeito do indicativo.Alternativa D.5341/5805

10393. (2012 – FCC) ... os cursos de graduação a distância estavamem instituições pequenas e pouco conhecidas.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... sobre os caminhos que elevam o nível.(B) Durante cinco meses, os especialistas analisaram os cursos de oito faculdades...(C) Hoje, esparramaram-se pelas grandes ...(D) Os casos bem-sucedidos indicam ainda ...(E) Lutava-se contra a sua regulamentação ...RESPOSTA O verbo “lutava-se” também está no pretérito imperfeito do indicativo.Alternativa E.

10394. (2012 – FCC) Inclusão das terras indígenas na conta fazmuito sentido, embora os povos que habitam tradicionalmente essas áreas tenhamo direito de caçar e pescar nelas, por exemplo.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) Quase metade da Amazônia brasileira pertence hoje à categoria de áreaprotegida...(B) Em unidades de conservação integral, como parques nacionais, esse númerono mesmo período foi de 2,1%.(C) Vários levantamentos apontam que...(D) Terras indígenas e unidades de conservação contribuem de modo quaseparelho....(E) Essa dicotomia entre copo meio cheio e meio vazio talvez seja a principalmensagem...RESPOSTA O verbo “seja” está no mesmo tempo e modo: presente do subjuntivo.Alternativa E.

10395. (2012 – FCC) ... não disponham de nenhum remédio...O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... derrubam árvores e construções...(B) ... nas coisas que se viram...(C) ... quando vierem as cheias...5342/5805(D) ... todos fogem diante dele...(E) ... eles escoem por um canal...RESPOSTA O verbo “escoar” está no presente do subjuntivo. Se fossepresente do indicativo, seria “eles escoam”. Alternativa E.

10396. (2012 – FCC) ... ou se porque preferia guardá-lo...O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está tambémgrifado em:(A) ... se dispôs a pintar uma noite estrelada...(B) ... em que fixava a beleza do céu noturno...(C) ...se assistíssemos ao nascer do Universo.

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(D) ... acordara, naquele dia...(E) ... mas deveria existir...RESPOSTA O verbo “fixava” está também no pretérito imperfeito do indicativo.Alternativa B.

10397. (2012 – FCC) Essas são as principais conclusões da maiorpesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos brasileiros.O verbo que NÃO se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo do grifadoacima é:(A) ... que a prática de esportes [...] está diretamente ligada a uma vida maissaudável.(B) A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil.(C) Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas decada região.(D) A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividadesfísicas.(E) ... o sedentarismo figura na quarta posição ...RESPOSTA O verbo “traçar” está no pretérito perfeito do indicativo, e não nopresente do indicativo. Alternativa B.

10398. (2012 – FCC) Está inteiramente adequada a correlação entretempos e modos verbais na frase:5343/5805(A) Seria impossível que a gente imagine o que venha a ser essa subcivilizaçãoque se cria dentro dos presídios brasileiros.(B) A ideia de reabilitação dos prisioneiros, sendo bonita, poderia ser tambémimplementada, não contrariasse a índole da nossa gente.(C) Como costuma ocorrer, a interpretação a ser feita de cada fato teria variadode acordo com as conveniências de quem o analise.(D) Por mais ferozes que sejam, as leis de uma sociedade são vistas como parâmetroslegais de julgamento e punição, e acabariam justificando os excessosde violência.(E) Os que vivemos aqui em cima desfrutaríamos do ar limpo que se nega aos quese encontrassem como prisioneiros, em nossas cadeias.RESPOSTA A correlação entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (-sse) e ofuturo do pretérito (-ria) está correta. O pretérito imperfeito do subjuntivo estabeleceuma condição que não é atendida, e o futuro do pretérito algo queocorreria se uma condição fosse atendida. Alternativa B.

10399. (2012 – FCC) ... que já detestava a jovem...O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) A Inveja habita o fundo de um vale...(B) ... todos os que falaram desse sentimento...(C) ... porque esta a espionara...(D) ... que interceda junto a Hersé...(E) Não admitia que a mortal...RESPOSTA O verbo “admitia” está no pretérito imperfeito do indicativo. AlternativaE.

10400. (2012 – FCC) Os livros de história sempre tiveram dificuldadeem...O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... por mais desagradável que essa verdade soe.(B) ... que liderou uma das mais sangrentas revoltas...(C) ... que não respeitam os padrões de gênero.(D) ... no que se refere ao manejo de armas.(E) ... as guerreiras que atuam como simples soldados...5344/5805RESPOSTA O verbo “liderar” está no pretérito perfeito do indicativo, damesma forma que “ter”. Alternativa B.

10401. (2012 – FCC) Atente para as seguintes frases:I. Seria ótimo que a Igreja Católica venha a escolher, no próximo ano, um tematão importante como o que já elegera para a campanha da fraternidade desteano.II. Se todas as religiões adotassem exatamente o mesmo sentido para o termodignidade, este alcançaria o valor universal que cada uma delas postula.III. Quando viermos a nos entender quanto ao que fosse dignidade, esse termopoderia ser utilizado sem gerar tantas controvérsias.Ocorre adequada correlação entre os tempos e os modos verbais no que está em(A) I, II e III.(B) I e II, apenas.(C) II e III, apenas.(D) I e III, apenas.(E) II, apenas.RESPOSTA A correlação entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (-sse) e ofuturo do pretérito (-ria) está correta. O pretérito imperfeito do subjuntivo estabeleceuma condição que não é atendida, e o futuro do pretérito algo queocorreria se uma condição fosse atendida. Alternativa E.

10402. (2012 – FCC) ... pois assim se via transportado de volta “àglória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) Poe certamente acreditava nisso...(B) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa...(C) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro, embora não demodo consciente.(D) ... como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades.(E) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da princesa homérica?RESPOSTA O verbo “acreditar” está no pretérito imperfeito do indicativo. AlternativaA.5345/5805

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10403. (2012 – FCC) Apenas exigem imperiosamente um final feliz...O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:(A) Leitores de romances policiais não são exigentes.(B) ... e os meios para obtê-la.(C) ... que contribua com eficiência maior...(D) Os leitores contemporâneos acreditam firmemente na onipotência...(E) ... porque lhes falta o valor literário.RESPOSTA O verbo “obter” é verbo transitivo direto, da mesma forma que overbo “exigir”. Alternativa B.

10404. (2012 – FCC) ... que estabeleciam salários mínimos nasindústrias-chave.O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) ... que muito mais tarde se tornaria o Serviço consultivo de conciliação...(B) ... embora o meu escritório e alguns de meus colegas estejam indignados...(C) ... de um esquema que pertence ao Ministério da Saúde...(D) Em 1908, também apresentou a Corte permanente de arbitragem...(E) ... porque limitava o tempo que os mineiros ...RESPOSTA O verbo “limitar” está no pretérito imperfeito do indicativo. AlternativaE.

10405. (2012 – FCC) Winston Churchill, primeiro-ministro que ......a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, ...... mais do quetodos que o país ...... os alemães.Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:(A) conduzia – acredita – venceriam(B) conduziu – acreditou – venceria(C) conduz – acreditavam – venceria(D) conduziu – acreditaram – venceu(E) conduzira – acreditou – venceu5346/5805RESPOSTA A correlação correta e coerentemente perfeita está com os verbos“conduzir” e “acreditar” no pretérito perfeito do indicativo e “vencer” no futurodo pretérito do indicativo. Alternativa B.

10406. (2012 – FCC) Leia o texto abaixo:“O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul,próxima a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastose campos de produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espéciesavaliadas poderiam usar as plantações de tangerina, que são culturas permanentes,como acréscimo ao seu hábitat natural − ou até substituí-lo.”... se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina ... Oemprego da forma verbal grifada acima indica, no contexto,(A) certeza.(B) situação passada.(C) hipótese.(D) fato habitual.(E) ação presente.RESPOSTA O futuro do pretérito, apesar de ser classificado como modo indicativo,traz a ideia de hipótese, dúvida, possibilidade, incerteza. Alternativa C.

10407. (2012 – FCC) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentemnovos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, [...] que contribuemde forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadracomo fora dela.Mantêm-se adequados o emprego de tempos e modos verbais e a correlação entreeles, ao se substituírem os elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada,por:(A) tivessem acrescentado – trariam – contribuírem(B) acrescentassem – têm trazido – contribuírem(C) tinham acrescentado – trarão – contribuiriam(D) acrescentariam – trariam – contribuíram(E) tenham acrescentado – trouxeram – contribuíramRESPOSTA A frase original traz os verbos no presente do indicativo. A únicaalternativa que possui correlação verbal perfeita e coerente semanticamente éa letra “e”. Os verbos têm os seguintes tempos e modos:5347/5805tenham acrescentado – pretérito perfeito composto do subjuntivotrouxeram – pretérito perfeito do indicativocontribuíram – pretérito perfeito do indicativo.Alternativa E.

10408. (2012 – FCC) Pouco importam as fontes de onde procedem.Mantendo-se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita, overbo grifado na frase acima pode ser substituído APENAS por:(A) produzem.(B) derivam.(C) efetuam.(D) imergem.(E) originam.RESPOSTA Quem deriva deriva DE algum lugar. É o único verbo que mantéma lógica e, principalmente, a correção. Note que a preposição do verbo “procedem”está antes do pronome relativo “onde”. Alternativa B.

10409. (2012 – FCC) Manuel Bandeira tirava o chapéu, respeitoso,para Sinhô, Pixinguinha, Noel.O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifadoacima está em:(A) ... mais que um adjetivo, era um estigma.(B) Dos poetas, foi dos mais musicais.(C) Em princípio, a arte deveria permanecer ao relento.(D) ... que lhe proporciona o reconhecimento nacional.

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(E) Quem ousaria classificá-lo?RESPOSTA O verbo “era” está no pretérito imperfeito do indicativo. AlternativaA.

10410. (2012 – FCC) A voz nova e solitária em seguida iria encontrarobstáculos na publicação de seus outros livros.O tempo verbal empregado pelo autor na frase acima indica5348/5805(A) ação posterior a outra, ambas localizadas no passado.(B) dúvida sobre a possibilidade de um fato vir a ocorrer.(C) forma polida de indicar um desejo no presente.(D) fato que depende de certa condição para ocorrer.(E) ação anterior a outra ocorrida no passado.RESPOSTA Em alguns momentos, a escritora teve problemas para conseguirpublicar seus livros. A história já aconteceu, mas está sendo contada como seestivéssemos vivendo no momento passado. Aqui se cobra o sentido dalocução verbal dentro do contexto, ou seja, futuro do pretérito do indicativo.Alternativa A.

10411. (2012 – FCC) Em épocas passadas, alguns poetas se ...... atreladosa convenções literárias tão rígidas que, em alguns casos, os ...... de encontraruma voz original e única. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,na ordem dada:(A) mantém – impedirão(B) manteram – impediam(C) mantiveram – impediram(D) manteriam – impedira(E) mantinham – impediaRESPOSTA Os verbos estão de forma lógica e correta com o mesmo tempo emodo – no pretérito perfeito do indicativo – e com a concordância verbal correta.Alternativa C.

10412. (2012 – FCC) ... dia em que a circulação duplicava.O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifadoacima está em:(A) ... e já fez muitas moçoilas e rapazes barbados chorarem.(B) ... editaria a obra às próprias custas ...(C) ... a produção jornalística é pouco divulgada.(D) Macedo era mesmo um agitador.(E) Nosso escritor usaria de suas boas relações ...RESPOSTA O verbo “era” está no pretérito imperfeito do indicativo. AlternativaD.5349/5805

10413. (2012 – FCC) Está adequada a correlação entre tempos emodos verbais em:(A) Os cientistas devem, a partir de agora, tratar de mudar o ser humano, mesmoque até hoje não revelariam mais do que um pálido esforço ao buscarcompreendê-lo.(B) O que for de esquerda ou de direita teria sido agora relativizado pelasdescobertas do DNA, cujas projeções têm esvaziado essa clássica divisão.(C) Se os cientistas vierem a se preocupar com as questões ideológicas de que asfuturas descobertas se revestissem, terão corrido o risco de partidarizar aciência.(D) Felizes são as moscas, que nem precisavam saber nada de política ou de DNApara irem levando sua vida em conformidade com o que a natureza lhes determinassecomo destino.(E) A esquerda já chegou a glorificar a ação de líderes personalistas, cujo autoritarismoobviamente excedia os limites de uma sociedade que se queria justa eigualitária.RESPOSTA A correlação verbal está adequada na medida em que os verbosestão todos no passado (o primeiro no pretérito perfeito do indicativo e os últimosno pretérito imperfeito do indicativo) de forma lógica e correta. AlternativaE.

10414. (2012 – FCC) ... e ele pretendia fazer o terceiro filme seguidolá...O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:(A) Houve um tempo em que eu...(B) ... o sucesso crítico e financeiro de Match Point deu origem a outraspossibilidades.(C) ... mas você gostaria de fazer alguma observação?(D) ... estava ligado em comédia...(E) Mas não sinto mais a mesma coisa.RESPOSTA O verbo “estava” está no pretérito imperfeito do indicativo como overbo “pretendia”. Alternativa D.5350/5805

10415. (2012 – FCC) Se eu perder esse trem, que sai agora às onzehoras, só ...... pegar outro trem amanhã de manhã.A forma verbal que preenche corretamente a lacuna da frase acima, em que foramreescritos em prosa alguns versos de Adoniran, é:(A) conseguiria.(B) conseguirei.(C) conseguia.(D) consegui.(E) consiga.RESPOSTA A ideia de futuro apresentada pelo contexto pode ser reforçadapelo advérbio “amanhã de manhã”. Alternativa B.

X. Sintaxe da Oração e do Período

10416. (2012 – FCC) Todas as cartas de amor são RidículasNão seriam cartas de amor

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Se não fossem Ridículas.Fernando PessoaO segmento grifado acima expressa, de acordo com o contexto, uma(A) explicação.(B) finalidade.(C) oposição.(D) restrição.(E) condição.RESPOSTA O “se”, nesse contexto, é um nexo subordinativo que indica condição.Alternativa E.

10417. (2012 – FCC) ... quando vierem as cheias...O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que oelemento grifado exerce em:(A) ... todos fogem diante dele...(B) .. as coisas do mundo sejam governadas pela fortuna e por Deus...5351/5805(C) ... mas deixa a nosso governo a outra metade...(D) ... sem poder contê-lo minimamente...(E) ... só resta aos homens providenciar barreiras e diques...RESPOSTA O pronome indefinido “todos” exerce a função de sujeito simples,da mesma forma que “as cheias”. Alternativa A.

10418. (2011 – FCC) Interiorização das universidades federais e acriação de novos institutos tecnológicos também mudam a cara do Nordeste...O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase:(A) ... que mexeram com a renda ...(B) ... que mais crescem na região.(C) ... que movimentam milhões de reais ...(D) A outra face do “novo Nordeste” está no campo.(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ...RESPOSTA O complemento verbal “a cara do Nordeste” exerce a função deobjeto direto de “mudam”. Do mesmo modo que a expressão “milhões dereais” completa o verbo “movimentam”. Alternativa C.

10419. (2012 – FCC) ... 43,9% do território amazônico estáprotegido.O elemento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que osegmento grifado exerce em:(A) ... Amapá, Roraima, Pará e Amazonas possuem mais da metade de seu territórionessa categoria.(B) E, de fato, a taxa de desmate de 1998 a 2009 é a menor nas terrasindígenas...(C) Terras indígenas e unidades de conservação contribuem de modo quaseparelho para o número total de áreas protegidas na Amazônia.(D) ... nas quais é possível a extração controlada de madeira, por exemplo...(E) Quase metade da Amazônia brasileira pertence hoje à categoria de área protegidapor lei contra a devastação...RESPOSTA A única alternativa que possui um verbo de ligação e a funçãosintática de predicativo do sujeito. Alternativa B.5352/5805

10420. (2012 – FCC) ... intervêm nele importantes fatores políticos.O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que oelemento grifado exerce em:(A) A partir desse momento a ocupação da América deixa de ser um problemaexclusivamente comercial...(B) A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansãocomercial da Europa.(C) A legenda de riquezas inapreciáveis por descobrir corre a Europa...(D) O comércio interno europeu [...] havia alcançado um elevado grau de desenvolvimentono século XV...(E) Outros países tentarão estabelecer-se em posições fortes.RESPOSTA A única alternativa que possui a função sintática de sujeito. Noteque na frase em destaque o sujeito está posposto ao verbo. Alternativa B.

10421. (2012 – FCC) Graças aos avanços na medicina e na agricultura,as previsões funestas de Malthus não se confirmaram ...O segmento grifado exprime, em relação à afirmativa seguinte, noção de(A) condição.(B) tempo.(C) proporção.(D) causa.(E) finalidade.RESPOSTA A oração grifada possui ideia de causa, isto é, evidencia um fatoanterior ao da outra oração. Alternativa D.

10422. (2012 – FCC) Nascidas do povo mais humilde do Brasil, asEscolas afirmam a vocação dos brasileiros, de todos os brasileiros, para agrandeza.A oração grifada acima tem sentido ...... e, ao reescrevê-la com o emprego da conjunçãoadequada, a oração resultante deverá iniciar-se por ...... .As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:(A) final – Para que tivessem nascido(B) temporal – Enquanto tinham nascido(C) concessivo – Ainda que tenham nascido(D) consecutivo – Desde que tenham nascido(E) condicional – Caso tenham nascidoRESPOSTA A oração concessiva nos dá a ideia de contrariedade entre nascerem lugar pobre e ter vocação para grandeza. Essa oração é classificada em reduzidade particípio. Poderíamos desenvolvê-la com a conjunção “embora”,“ainda que” etc., por exemplo. Veja o exemplo abaixo:Nascido no meio da pobreza, andava em carros de luxo.

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(Ainda que tenha nascido em meio da pobreza, andava em carros de luxo). AlternativaC.

10423. (2012 – FCC) Devemos até comprar um chapéu especialmentepara deixá-lo. Assim dirão...Mantendo-se a correção e o sentido original, as frases acima estão reunidas numúnico período em:(A) Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo e ainda assimdirão...(B) Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo, pois assimdirão...(C) Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo, conquanto assimdirão...(D) Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo: porquanto assimdirão...(E) Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo, por que assimdirão...RESPOSTA O nexo “pois” é explicativo e, na proposta feita pela banca,mantém a correção e o sentido original. “Ainda assim” e “conquanto” são concessivas.“Porquanto” é causal e “por que” não está correto nessa frase. AlternativaB.

10424. (2012 – FCC) Na frase O compositor dedicava inteiramente àcriação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma funçãosintática que o termo em destaque na frase:(A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui.(B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.(C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.5354/5805(D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiraçãopara grandiosas sinfonias.(E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.RESPOSTA A expressão “os meses de verão” é objeto direto do verbo “dedicar”,da mesma forma que “influência central” é complemento de “ter”. AlternativaA.

10425. (2012 – FCC) Analisando-se aspectos sintáticos de frases dotexto, é correto afirmar que em(A) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladasda vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.(B) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminaçãodo sujeito.(C) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal éativa, sendo umas bugigangas o objeto direto.(D) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposiçãopara outra voz verbal.(E) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjuntoadverbial de tempo.RESPOSTA O verbo “anunciava” tem como complemento verbal direto “umasbugigangas”. Além disso, o verbo pratica a ação. Alternativa C.

10426. (2012 – FCC) “Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigonão cai”, procurava me tranquilizar dr. Ulysses...O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que oelemento grifado exerce em:(A) Como a Folha era o único veículo ...(B) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter.(C) ... em que tudo devia estar acertado...(D) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados...(E) ... quem era o comandante.RESPOSTA “Quem” exerce a função sintática de sujeito. Alternativa E.5355/5805

10427. (2012 – FCC) Mas, embora ele não tivesse sido nomeado, todossabiam quem era o comandante.Em relação à frase em que está inserido, o segmento grifado acima possui umsentido(A) condicional.(B) causal.(C) concessivo.(D) comparativo.(E) conclusivo.RESPOSTA A oração subordinada é introduzida pelo nexo concessivo“embora”. Portanto, traz sentido de contrariedade. Alternativa C.

10428. (2012 – FCC) Este conceito é relativo, pois em arte não háoriginalidade absoluta.... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função de(A) adjunto adverbial.(B) objeto direto.(C) complemento nominal.(D) predicativo.(E) objeto indireto.RESPOSTA A expressão sublinhada é predicativo do sujeito de “a sua maiorcontribuição”. Alternativa D.

10429. (2012 – FCC) Trecho de Trem das Onze[...] Minha mãe não dormeEnquanto eu não chegar,Sou filho únicoTenho minha casa para olharE eu não posso ficar.

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Sou filho único ...5356/5805O segmento acima expressa, de acordo com o contexto, uma(A) consequência.(B) finalidade.(C) oposição.(D) restrição.(E) justificativa.RESPOSTA A expressão “sou filho único” justifica o que foi dito anteriormenteem relação à sua mãe, pelo fato de ter que voltar para casa. Alternativa E.

10430. (2012 – FCC) ... o tema das mudanças climáticas pressionaos esforços mundiais para reduzir a queima de combustíveis.A mesma relação entre o verbo grifado e o complemento se reproduz em:(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras ...(B) ... o estilo de vida e o modo da produção [...] são os principais responsáveis...(C) ... que ameaçam a nossa própria existência.(D) ... e a da China triplicou.(E) Mas o homem moderno estaria preparado ...RESPOSTA Os verbos “pressionar” e “ameaçar” são verbos transitivos diretose, por essa razão, possuem complementos verbais objetos diretos. O doprimeiro é “os esforços mundiais” e do segundo é “a nossa própria existência”.Alternativa C.

10431. (2012 – FCC) ... uma espécie de religiosidade de resultados,que invoca as forças celestes para garantir as ambições terrenas dos fiéis.No contexto da frase acima, é correto dizer que o segmento grifado possui sentidode(A) consequência.(B) finalidade.(C) concessão.(D) proporção.(E) condição.RESPOSTA A oração sublinhada é introduzida por nexo final “para”. Dessaforma, o sentido é de finalidade. Essa oração é classificada como reduzida deinfinitivo. Alternativa B.5357/5805

10432. (2012 – FCC) Para isso existe a Associação Casa Azul, umaorganização da sociedade civil de interesse público. Aqui, criamos projetos eatividades que mantenham o tecido urbano e social de Paraty em harmonia.Nesta casa, o tempo pulsa com cuidado, sem apagar as pegadasAtente para estas frases:I – Não podemos contar com a sorte.II – Daqui para frente, preservar é suor.Para articulá-las de modo a preservar o sentido do contexto, será adequado unilaspor intermédio deste elemento:(A) no entanto.(B) ainda assim.(C) haja vista que.(D) muito embora.(E) por conseguinte.RESPOSTA Para a preservação do sentido do texto, a relação estabelecidaentre as orações é de conclusão da segunda em relação à primeira. “Por conseguinte”é nexo coordenativo conclusivo. Alternativa E.

10433. (2011 – FCC) A oração sublinhada exerce a função de sujeitodentro do seguinte período:(A) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levarpelo finalismo religioso.(B) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieubuscando apoio espiritual.(C) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dosmétodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.(D) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreucom as ciências naturais.(E) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismoteológico e moral.RESPOSTA A oração “ler um filósofo como Montesquieu” exerce a função desujeito de “convém”. Alternativa B.5358/5805

10434. (2012 – FCC) A frase em que ambos os elementos sublinhadossão complementos verbais é:(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniõesem contrário.(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho cronista,leitor amigo.(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres numcemitério.(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando descea um porão...(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou evocaçãomágica numa casa moderna.RESPOSTA O pronome oblíquo “vos” (OI) e “de arquitetura” (OI) são complementosverbais, respectivamente, dos verbos “confessar” e “entender”. AlternativaA.

10435. (2011 – FCC) O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramenteos ingleses subjugaram os hindus exerce a função de ......, a mesma funçãosintática que é exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violênciascontra os hindus.Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente

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(A) objeto direto – os hindus(B) sujeito – os hindus(C) sujeito – violências(D) agente da passiva – os hindus(E) agente da passiva – violênciasRESPOSTA Em “cometeram-se incontáveis violências”, trata-se da voz passivasintética: verbo + se + sujeito. O clássico exemplo que demonstra essaconstrução é o “alugam-se casas”; temos “casas” como sujeito da oração. “osingleses” desempenha a função sintática de sujeito do verbo subjugaram. AlternativaC.

10436. (2011 – FCC) Mas o sistema, por muito tempo restrito apenasà tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das5359/5805indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo,da televisão, do show business.Na frase acima, o segmento destacado equivale a:(A) por conta de ter ficado muito tempo restrito.(B) ainda que tenha ficado muito tempo restrito.(C) em vez de ter ficado muito tempo restrito.(D) ficando há muito tempo restrito.(E) conforme tendo ficado muito tempo restrito.RESPOSTA Há ressalva entre ficar restrito por um bom tempo e progredir edesenvolver-se. A locução conjuntiva concessiva “ainda que” introduz essaideia entre as orações. Alternativa B.

10437. (2011 – FCC) Mal sugeria imagem de vida (Embora a figurachorasse).É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido(A) adversativo.(B) concessivo.(C) conclusivo.(D) condicional.(E) temporal.RESPOSTA O nexo concessivo “embora” traz esse sentido na oração entreparênteses. Alternativa B.

10438. (2011 – FCC) Destes proviriam as pistas que indicariam ocaminho...O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento que o grifadoacima está também grifado em:(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades demudança social.(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala.(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos...(D) ... sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem necessidadessociais.(E) Era engajado o seu modo de escrever história.5360/5805RESPOSTA A frase “Destes proviriam as pistas” está em ordem inversa. Naordem direta “As pistas proviriam destes”, pode-se perceber que o complementodo verbo é indireto (verbo + preposição + OI). A única alternativa quecontempla a mesma regência é a de letra A. O que consiste consiste EM algumacoisa. Do mesmo modo que as pistas proviriam DE algum lugar ou DEalguém. Alternativa A.

XI. Temas Combinados1 Senhores:Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a AcademiaBrasileira de Letras pela consagraçãoda idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os maisvelhos. É simbólico da parte deuma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de umespírito eminente exerceria5melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida dopossível corresponderà vossa confiança.Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completadapor moços, a Academia nascecom a alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar,no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige não só acompreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância.10A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentosde toda a casta, às escolasliterárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmasfeições de estabilidade e progresso.Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos daficção, da lírica, da crítica e da eloquêncianacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazercom que ele perdure. Passai avossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles ostransmitam também aos seus, e a15vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vidabrasileira. Está aberta a sessão.5361/5805(ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mêsde julho de 1897. Obra completa, vol. III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926).

10439. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Agoraque vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponderà vossa confiança.A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado de Assisdeclarou que,

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(A) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei namedida do possível corresponder à vossa confiança.(B) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na medida dopossível corresponder à sua confiança.(C) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria namedida do possível corresponder à confiança deles.(D) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-lhesia:na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança.(E) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos dizer quebuscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.RESPOSTA Na conversão do discurso direto para o indireto, devemos observaras seguintes alterações no trecho destacado:1) “Agora” cede lugar a “Naquele momento”, “Naquela ocasião”, etc;2) A primeira pessoa do singular (eu) se converte em 3ª pessoa do singular(ele);3) A segunda pessoa – “vos” e “vossa” – se converte em 3ª pessoa – “lhes” e“deles”;4) O presente do indicativo – “agradeço” e “digo” – se converte em pretéritoimperfeito do indicativo –”agradecia” e “dizia”;5) O futuro do presente do indicativo – “buscarei” – se converte em futuro dopretérito do indicativo –”buscaria”.Assim, teríamos a forma: “Machado de Assis declarou que, naquele momentoem que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria na medidado possível corresponder à confiança deles.”. Alternativa C.5362/5805

10440. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Não épreciso definir esta instituição.As alternativas apresentam variantes da frase acima que, considerado o contexto,poderiam substituí-la. Em algumas a quebra da ordem sintática está justificadapelo bom estilo adotado.A ÚNICA estruturação que, fugindo às regras gramaticais, não se justifica e, porisso, está INCORRETA é:(A) Esta instituição? Não é preciso que se a defina.(B) Esta instituição que ora inauguramos, não é preciso defini-la.(C) Se definições são necessárias, não a desta instituição.(D) Se necessário for definir, não a esta instituição.(E) Se defina qualquer coisa, não sendo essa instituição.RESPOSTA A banca anulou a questão, pois esta apresentava duas possibilidadesde resposta: as letras D e E. Na letra D, há uma impropriedade no uso dapreposição “a”, uma vez que ela não é solicitada pela regência do verbo“definir” (definir algo), verbo transitivo direto implícito na segunda oração. Ocorreto seria: Se necessário for definir, não (é necessário definir) esta instituição.Já na letra E, inicia-se a frase com o pronome oblíquo “Se”, o quese configura como equívoco de colocação pronominal. O correto seria: Definasequalquer coisa, não sendo essa instituição.

10441. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Consideradaa ocorrência destacada, e sempre a norma-padrão da Língua Portuguesa, écorreto afirmar:(A) a expressão há de querer (linha 11) exprime futuridade promissiva com ideiade “desejar com intensidade”.(B) o advérbio Já (linha 12) foi empregado com a acepção de “nesse instante”,como se nota em “Já consigo vê-la ao longe”.(C) o pronome suas (linha 12), em de suas cadeiras, refere-se aos colegas do oradorpresentes na Academia.(D) o adjetivo preclaros (linha 12) foi empregado como antônimo de “insigne”.(E) a expressão é indício (linha 13) pode ser substituída, com correção, por “é fatorà sinalizar”, sem que nenhuma outra alteração seja necessária na frase.5363/5805RESPOSTA (A) Verdadeira. (B) Falsa – O advérbio “já” assume um valor enfáticono contexto, não de tempo. (C) Falsa – O pronome “suas” refere-se àAcademia Brasileira de Letras. (D) Falsa – Os dois adjetivos são sinônimos esignificam “notáveis, distintos, ilustres”. (E) Falsa – Antes de verbos não seemprega a crase. Alternativa A.

10442. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Consideradasa ocorrência citada e a norma-padrão da Língua Portuguesa, é corretoafirmar:(A) Os dois-pontos após o vocativo “Senhores” (linha 1)exemplificam equívoco dequem transcreveu o discurso, pois o desejável seria o uso da vírgula.(B) O emprego concomitante de vossos e nossos exemplifica, no estilo oratório, alicença que o autor se concede para fazer uso do tom informal.(C) Na frase Tal obra... constância (linha 9), usou-se a correlação entre não só emas ainda para aproximar os termos a que se atribuiu absoluta igualdade devalor.(D) A frase pela qual esta se modelou (linha 10) pode ser substituída, sem prejuízodo sentido e da correção originais, por “a qual esta quer se equiparar”.(E) As expressões às escolas literárias e às transformações civis (linha 10) −diferentemente de de toda a casta − não complementam o sentido de osacontecimentos.RESPOSTA (A) Falsa – Na redação da carta, também se admitem dois-pontosapós o vocativo da saudação inicial. (B) Falsa – Continua sendo formal o texto,pois se trata de tratamento distintos. Quando o autor usa “vossos”, ele está sereferindo aos colegas (no caso, os interlocutores;), quando ele usa “nossos”,ele se inclui entre seus colegas. (C) Falsa – É errado dizer que há igualdadeabsoluta de valor entre “compreensão pública” e “vossa constância”, pois esteúltimo vem reforçado pelo advérbio “principalmente”. (D) Falsa – É necessárioo acréscimo da preposição “a” antes do pronome relativo “a qual”, resultandona forma “à qual”. A preposição é exigida pela forma verbal “equiparar-se” (oque se equipara, se equipara A algo). (E) Verdadeira – Os termos “às escolasliterárias” e “às transformações civis” funcionam sintaticamente como complementosverbais de “sobrevivem”. Alternativa E.

10443. (Analista – TRF-2 – 2007 – FCC) Cabe-vos fazer com

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que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais,5364/5805para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entreas sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira.Observados o fragmento acima e a norma-padrão da Língua Portuguesa, é corretoafirmar:(A) A supressão da preposição em fazer com que altera o sentido original e prejudicaa correção da frase.(B) Mantendo o tempo e o modo, a forma verbal correspondente a Passai, no singular,é “passe”.(C) A conjunção e (em e a vossa obra) adita duas ideias que expressam a mesmanoção de finalidade da ação.(D) Na frase para que eles os transmitam também aos seus, os pronomesdestacados remetem a três referentes que não têm relação entre si.(E) O deslocamento do adjetivo iniciais, com as devidas alterações, produz “osiniciais pensamento e vontade”, com prejuízo do sentido original.RESPOSTA (A) Falsa – A supressão da preposição “com” não prejudica a correçãoda frase. Ela é apenas um recurso de ênfase. (B) Falsa – “Passai” éflexão de 2ª pessoa do plural do Imperativo Afirmativo. A segunda pessoa dosingular tem a forma “Passa”. (C) Verdadeira – A conjunção “e” tem valor aditivoe conecta duas orações adverbiais finais: “para que eles os transmitamtambém aos seus” e “(para que) a vossa obra seja contada entre as sólidas ebrilhantes páginas da nossa vida brasileira”. (D) Falsa – O pronome “os” remetea “pensamentos e vontades iniciais”; já os pronomes “eles” e “seus” sereferem a “vossos sucessores”. É errado, portanto, dizer que não há relaçãoentre os referentes. (E) Falsa – A concordância, com o deslocamento, deve serfeita com o núcleo mais próximo, assim: “o inicial pensamento e vontade”. AlternativaC.

10444. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Considereas assertivas abaixo.I. Machado de Assis não explicita, mas deixa subentendida, sua convicção de quea Academia Brasileira de Letras chegava para permanecer.II. Machado de Assis parte da pressuposição de que a Academia por si só manifestavasua natureza.III. Machado de Assis deixa implícita a ideia de que a ambição é leviandade quedeve ser creditada à imaturidade.O texto abona SOMENTE(A) I.5365/5805(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA (I) Falsa – A permanência das vontades e pensamentos iniciais daAcademia Brasileira de Letras, segundo Machado de Assis, está condicionada àtransmissão desses valores às sucessivas gerações (vide trecho que inicia com“Cabe-vos fazer com que ele perdure...”). (II) Verdadeira – O batismo das cadeirascom os grandes nomes e a alma nova e naturalmente ambiciosa deseus participantes deixam explícito o objetivo de conservar uma unidade literáriana federação política, não sendo, portanto, necessário definir a instituição(“Não é preciso definir esta instituição”). (III) Falsa – A ambição é apresentadano texto como uma virtude, haja vista o grandioso objetivo dos fundadores daAcademia Brasileira de Letras. Alternativa B.1Existe um tipo de experiência vital – experiência detempo e espaço, de si mesmo e dos outros, daspossibilidades e perigos da vida – que é compartilhada porhomens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei5esse conjunto de experiências como “modernidade”. Sermoderno é encontrar-se em um ambiente que prometeaventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação etransformação das coisas em redor – mas ao mesmo tempoameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos,10tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidadeanula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe enacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-sedizer que a modernidade une a espécie humana.(BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 15).

10445. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Uma dasalternativas abaixo constitui continuação do excerto de Berman acima transcrito.A coerência com o exposto no texto permite dizer que o período que dá continuidadecorreta ao fragmento é:(A) Une de tal forma que adquire o perfil de seio acolhedor de tudo e de todos,ventre onde a segurança do homem nunca é posta em risco, a não ser, evidentemente,naquele momento fatal, único, em que cada um assume a eternasolidão.5366/5805(B) Trata-se, na verdade, de uma coesão incomum, jamais experimentada pelaespécie humana: a unidade moderna aproxima raças, religiões, ideologias,em nome de um compartilhamento ambiental que dissipa toda e qualquercontingência.(C) Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despejaa todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de lutae contradição, de ambiguidade e angústia.(D) É, de certo modo, perversa essa modernidade, na medida em que, assegurandoa todos tudo aquilo que o homem comum almeja − poder, alegria, crescimentopessoal etc.− acaba por isolá-lo no labirinto que ela própria, a modernidade,construiu.(E) Mas, antes que seja entendida de maneira errônea, é necessário assinalar queessa união aparenta ser contraditória: o poder que ela afiança, gerador doêxito de homens e mulheres de tantas raças, credos e ideologias, desembocanuma estabilidade que se traduz em apatia.

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RESPOSTA (A) Incorreta – Afirma-se que a segurança do homem nunca éposta em xeque, mas o que ocorre são as mudanças constantes promovidaspela modernidade, que destroem aquilo que construímos. (B) Incorreta – Segundoo texto, não é garantia a dissipação das contingências (eventualidades)devido às constantes mudanças de paradigmas promovidas pela modernidade.(C) Correta – Está de acordo com o texto a afirmação de se tratar de umaunião paradoxal, visto que as constantes mudanças promovidas pela modernidadenão são garantias de estabilidade nas relações. (D) Incorreta – Amodernidade não assegura poder, alegria ou crescimento pessoal, e sim promete.A modernidade pode, inclusive, destruir tudo aquilo que construímos.(E) Incorreta – Estabilidade não é mesmo o que define a modernidade, segundoo texto. Alternativa C.

10446. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) Cada alternativaapresenta um segmento do texto e uma alteração nele efetuada. A alteraçãoapresentada não supõe outras e deve manter o sentido original. Observado ocontexto, a transformação que se dá em conformidade com a norma-padrão é:(A) experiência (...) de si mesmo e dos outros / experiência de si próprios e dosoutros.(B) é compartilhada por homens e mulheres / é partilhada reciprocamente entrehomens e mulheres.(C) Designarei esse conjunto de experiências / Designar-lhes-ei.5367/5805(D) um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento / um ambientepromissor: por aventura, poder, alegria, crescimento.(E) anula todas as fronteiras geográficas e raciais / anula-as todas.RESPOSTA (A) Incorreta – Deveria ser flexionado no singular “próprio” paramanter a concordância original de “mesmo”. (B) Incorreta – O termo “reciprocamente”é redundante. (C) Incorreta – O pronome “lhes” não é o substitutopara objetos diretos. Deve-se empregar o pronome “os”, assim: “Designá-losei”.(D) Incorreta – O uso dos dois-pontos é errado, pois está isolando nome ecomplementos nominais. (E) Correta. Alternativa E.

10447. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) O texto ea norma-padrão da Língua Portuguesa abonam a seguinte assertiva:(A) o uso das aspas em “modernidade” (linha 5) se justifica pelo mesmo motivoque explica seu emprego na palavra destacada em: ‘Na agricultura, “cavalo”designa a planta em que se faz enxerto’.(B) respeitando-se o emprego de hoje (linha 4) exatamente como se dá no texto −separado de mundo pela vírgula −, este advérbio pode ser substituído, semprejuízo do sentido e da correção originais, por “hodierno”.(C) a exclusão dos travessões e dos termos que eles abrigam (linhas 1 e 3) exigiria,por força do sentido e da correção, que fosse colocada uma vírgula depoisde vital.(D) para que fosse mantido o sentido e a correção originais, a substituição dotravessão depois de em redor (linha 8) por ponto-e-vírgula tornaria obrigatóriamais uma única alteração: que depois de mas (linha 8) fosse colocadauma vírgula.(E) o emprego dos dois-pontos, na linha 12, é obrigatório; sua substituição, porexemplo, por ponto-e-vírgula afetaria a correção original.RESPOSTA (A) Correta – As aspas são empregadas para destacar o vocábuloque está sendo definido. (B) Incorreta – “Hodierno” é adjetivo e equivale a“atual”, não sendo possível, assim, empregá-lo no lugar do advérbio “hoje”sem fazer grandes alterações na sintaxe do texto. (C) Incorreta – Para semanter o sentido original, é necessário que a oração adjetiva “que é compartilhadapor homens e mulheres em todo o mundo hoje” seja restritiva, nãosendo possível, assim, o emprego da vírgula depois de “vital”. (D) Incorreta –Não seria uma única alteração. Seria necessária uma correção adicional: umavírgula depois de “tempo”, isolando-se, assim, o adjunto adverbial “ao mesmo5368/5805tempo”. (E) Incorreta – Não é obrigatório o uso dos dois-pontos. Poderia sermuito bem empregado um ponto final ou um ponto-e-vírgula. Alternativa A.

10448. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A fraseISENTA de ambiguidade é:(A) Assim que soube da possibilidade de seu envolvimento, mesmo que indireto,naquela ilegalidade, comentou com seu assessor pessoal a necessidade de elepedir demissão.(B) Membro atuante do grupo formado por muitas pessoas idealistas, a que já mereferi várias vezes, penso que a moça tem o perfil necessário para integrar acomissão especial.(C) A construção anexa à sede da organização, projetada e decorada por brilhantearquiteto, foi o lugar escolhido pelos coordenadores do grupo dejovens para sua reunião.(D) Instado pelos colegas a decidir acerca da formatação gráfica dos projetos, nãoteve dúvidas, por considerá-los urgentes, em tomá-la como menos prioritárianaquele momento.(E) Enquanto analisava minuciosamente o relatório, o alto funcionário interpelavao auxiliar com perguntas que, na verdade, ele não via necessidade deserem respondidas de pronto.RESPOSTA (A) Incorreta – Não se sabe a quem se refere o pronome “ele”: seà 3ª pessoa sujeito de “comentou” ou ao “assessor”. (B) Incorreta – Não sesabe a quem a oração adjetiva “a que já me referi várias vezes” se refere: sea “membro” ou a “grupo”. (C) Incorreta – Não se sabe se o possessivo “sua”se refere ao “grupo de jovens” ou “organização”. (D) Correta. (E) Incorreta –Não se sabe se o pronome “ele” se refere ao “auxiliar” ou ao “alto funcionário”.Alternativa D.

10449. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A fraseredigida de maneira clara e absolutamente correta, segundo a norma-padrão, é:(A) Se mudanças eram ou por que se fizeram necessárias, não sei, mas que ashouve, as houve, e não quiseram referir a contingência que lhes determinouas alterações.(B) Após as informações sobre os objetivos do trabalho terem sido expostos, doiscolaboradores as comentaram, cada um a seu modo, sem entretanto se oporem

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entre si e com os demais.5369/5805(C) As marcas que a passagem do tempo nos trazem são as testemunhas maisverdadeiras de nossa trajetória, como as mechas de cabelo branco, o andarvagaroso ou as mãos trêmulas, agora sempre afáveis.(D) Mesmo repetindo, a explicação de um estudioso sempre será diferente de umoutro, o que deixa explícita a subjetividade dos pontos de vista, aindaquando não se a deseje.(E) No debate, houve muitos a fazerem uso da palavra, participantes a que, naverdade, foi atribuída absoluta liberdade quanto ao teor e ao tempo da fala,o que muito os honraram.RESPOSTA (A) Correta. (B) Incorreta – Há um erro de concordância. Deveriaser “expostas” em vez de “expostos” para se manter a concordância com osubstantivo “informações”. (C) Incorreta – Há um erro de concordância.Deveria ser “traz” em vez de “trazem” para se manter a concordância com onúcleo do sujeito “passagem”. (D) Incorreta – Há a necessidade de termos oacréscimo da forma contraída “da”, assim: “Mesmo repetindo, a explicação deum estudioso sempre será diferente da de um outro...”. (E) Incorreta – Há umerro de concordância. Deveria ser “honrou” em vez de “honraram” para semanter a concordância com o núcleo do sujeito “liberdade”. Alternativa A.

10450. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A alternativaque apresenta redação totalmente conforme a norma-padrão é:(A) Foi o tempo de, dirigindo-se ao reitor, dizer “Vossa Eminência, senhor reitor”e logo interrompeu-se o som. Retomando a palavra, brincou: “Essa censuraé que eu não contava”.(B) Toda e qualquer reclamação deve ser feita por escrito, disse o funcionário queeu falei com ele; é onde eu percebi que não era a melhor pessoa com quemeu deveria ter falado.(C) Recordo de dois mestres; um, por cuja orientação sempre me guiei, me faziarir dos meus erros. O que me fazia chorar por causa deles, o outro, é responsávelpor muito do meu crescimento.(D) Imaginei que ele era o mentor de tudo, como realmente o era isto; pedi-lheque explicasse o ocorrido antes a mim do que aos outros, que havia chegadoantes de todos.(E) Antes deles saírem conosco, vi-me tentada a lembrar-lhes de que éramos nósas convidadas, e, por isso, poderíamos sugerir o programa, mas, calei-me.RESPOSTA As redações propostas apresentam pelo menos uma falha relativaà norma culta. Daí o motivo de a banca ter anulado essa questão. Abaixo, emdestaque, seguem sugestões de correção:5370/5805(A) Foi-se o tempo de, dirigindo-se ao reitor, dizer “Vossa Magnificência,Senhor Reitor” e logo interromper-se o som. Retomando a palavra, brincou:“Essa censura é com que eu não contava”. (B) Toda e qualquer reclamaçãodeve ser feita por escrito, disse o funcionário com que eu falei comele; foi quando eu percebi que não era a melhor pessoa com quem eu deveriater falado. (C) Recordo de dois mestres; um, por cuja orientação sempre meguiei, fazia-me rir dos meus erros. O outro, que me fazia chorar por causadeles, o outro, é responsável por muito do meu crescimento. (D) Imagineique ele era o mentor de tudo, como realmente o era isto; pedi-lhe que explicasseo ocorrido antes a mim do que aos outros, pois havia chegado antes detodos. (E) Antes de eles saírem conosco, vi-me tentada a lembrar-lhes de queéramos nós as convidadas, e, por isso, poderíamos sugerir o programa, mascalei-me.

10451. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A frasetotalmente em consonância com as normas gramaticais é:(A) É notável o vêso que eles têm de se degladiarem por tudo e nada, excedendosena fala e nos gestos, e, se alguém intervir, sentem-se mais justificadospara acirrar a rixa e exaltar os ânimos.(B) A maversação dos bens públicos requer de todos os cidadãos bem-intencionadosações rigorosas em busca da decência e da honradez daqueles que osrepresentam no âmbito dos três poderes, sejam qual forem as esferas deatuação.(C) Nunca desejou viver a expensas de ninguém, nem mesmo ter privilégios − oque, aliás, é consenso entre os que o conhecem −, por isso não se abstem dereinvindicar o pleno gozo da autonomia que conquistou a duras penas.(D) Em comentário aspicioso, manifestou-se favorável pela execução imediatadas ações programadas, oferecendo sucinta relação de pessoas que o apoiame que garantem a inexistência de empecilhos ao seu anseio.(E) Amante inveterado da etimologia, não perdia oportunidade de suscitarquestões que lhe dessem oportunidade de manifestar seu fascínio pelas palavras,e àqueles em quem reconhecia particular receptividade oferecia omelhor de seus conhecimentos.RESPOSTA (A) Incorreta – A flexão correta é “intervier”, e não “intervir”. (B)Incorreta – A flexão deve ser “quais”, visando a manter a concordância com“esferas”. (C) Incorreta – São dois os erros observados: a falta do acentoagudo na flexão da 3ª pessoa do singular do verbo “abster” (o correto é5371/5805“abstém”) e a grafia errada em “reinvindicar” (o correto é “reivindicar”). (D)Incorreta – A grafia correta é “auspicioso”. (E) Correta. Alternativa E.

10452. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) As frasesabaixo, com exceção de uma, apresentam comprometimento da lógica poremprego inadequado da palavra destacada. A frase totalmente coerente é:(A) É prescindível a opinião dele na avaliação do projeto, por isso não temoscomo evitar de pedi-la imediatamente, o que teremos de fazer passando porcima de ressentimentos.(B) No momento de sua contratação, tinha-se pleno conhecimento de sua vidapregressa, por isso houve tantos e tão entusiasmados elogios e reverências asua pessoa.(C) A vulnerabilidade dos argumentos do rapaz é de tal ordem − o que explicasuas longas horas de pesquisa sobre o assunto − que nenhuma defesa estaráà altura de contestá-los.

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(D) Não há incompatibilidade entre a linha de ação dos dois planos, o que justificaplenamente a escolha de um em detrimento do outro, pois se deve preservara eficiência.(E) No esforço de radicar a doença, para que, só assim desalijada, fosse definitivamenteconsiderada extinta, contou com a prestimosa colaboração de muitosagentes de saúde.RESPOSTA (A) Incorreta – Para manter a coerência com o imediatismo dopedido, deve-se empregar “imprescindível”, que significa “de que não se podeprescindir, indispensável”. (B) Correta. (C) Incorreta – Para manter a coerênciacom a incontestabilidade dos argumentos do rapaz, deve-se empregar “invulnerabilidade”,que significa “inatacável”. (D) Incorreta – Mantendo a coerênciacom a expressão “em detrimento”, deve-se empregar “Não há compatibilidade...”.(E) Incorreta – Mantendo a coerência com “extinta”, deve-seempregar “erradicar”, que significa “eliminar, extinguir”. Alternativa B.

10453. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A fraseque está redigida de forma totalmente clara e correta é:(A) Pelo fato do ambiente em que se deu a tragédia ser uma universidade éirônico, afinal é nesse espaço que, a princípio, cada um pode viver sua singularidadedignamente.5372/5805(B) O modo que a mídia trata questões de agressão, no plano individual oucoletivamente, nos deixa bem próximo do acontecimento, o que tem seulado positivo e negativo.(C) A descrição detalhada dos momentos que antecedem certos gestos traumáticosatravés das palavras da vítima mostram que muita coisa acontece quenunca teremos acesso a elas.(D) Sempre surgem, em situação limite, ideias criativas sobre como evitar violência,mas logo em seguida torna-se mais discreta, me acanho de dizer, essalegítima preocupação.(E) Existem pessoas que advertem que o registro de ações hostis contribuem paraa divulgação de modos criminosos de agir, o que não é desejável mesmo anenhum título.RESPOSTA (A) Incorreta – Além de ser confusa a frase, percebem-se algunsequívocos relativos à norma culta. Não devemos, por exemplo, preposicionar osujeito “o ambiente”, pois ele é o sujeito do verbo “ser”. Além disso, torna-semais coerente a frase, se considerarmos “o fato” sujeito da forma verbal “é”.Resumindo: “O FATO É IRÔNICO” e “O AMBIENTE SER UMA UNIVERSIDADE”.Corrigindo: O fato de o ambiente em que se deu a tragédia ser uma universidadeé irônico, afinal é nesse espaço que, a princípio, cada um pode viver suasingularidade dignamente. (B) Incorreta – Essencialmente temos um problemade regência: “o modo que” não poderia substituir “o modo como”. (C) Incorreta– O sujeito do verbo “mostrar” é “a descrição”. Dessa forma, o verbodeveria estar no singular, e não no plural. A banca contaminou a frase commuitos plurais e acabou criando uma armadilha para o candidato. (D) Correta.(E) Incorreta – Mais uma vez a banca usou de contaminação de plural e confundiuo candidato: Existem pessoas que advertem que o registro de açõeshostis contribuem para a divulgação de modos criminosos de agir, o que não édesejável mesmo a nenhum título. “de ações hostis” não pode ser sujeito de“contribuem”, mas sim “O REGISTRO”. Assim, deve-se empregar a formaverbal singular “contribui”. Alternativa D.

10454. (Analista Judiciário – TRF-2 – 2007 – FCC) A fraseque está integralmente de acordo com a linguagem formal no que se refere àflexão é:(A) Poucos foram os tabeliões que se insurgiram contra as novas orientações,mas é possível que outros adiram à reação, dado o que se apreende dosaltosfalantes.5373/5805(B) Ingiro muitas calorias, por isso, se continuar a comer todos os alimentos queme aprazerem, se não me abster um pouco, chego a temer de que tereiproblemas.(C) Se repensarem e, assim mesmo, manterem a disposição de não trabalhar àssegundas-feiras, sem considerar os inúmeros pró e contra dessa atitude, serãoseriamente combatidos.(D) Sempre que chega a hora de votar a matéria, o grupo obstrói a votação, e, setudo continuar a depender de seus bel-prazeres, logo eles serão inúmerosex-colarinho-brancos.(E) Com tantos disse-me-disse acerca do tema, não sabemos se eles se abstiveramde dar opinião ou se se propuseram a assinar alguns dos abaixoassinadosque circulavam.RESPOSTA (A) Incorreta – Adequando-a à norma culta, teríamos: “Poucos foramos tabeliães que se insurgiram contra as novas orientações, mas é possívelque outros adiram à reação, dado o que se apreende dos altofalantes.”.(B) Incorreta – Adequando-a à norma culta, teríamos: “Ingiromuitas calorias, por isso, se continuar a comer todos os alimentos que meaprouverem, se não me abster um pouco, chego a temer que terei problemas.”.(C) Incorreta – Adequando-a à norma culta, teríamos: “Se repensareme, assim mesmo, mantiverem a disposição de não trabalhar às segundasfeiras,sem considerar os inúmeros prós e contras dessa atitude, serão seriamentecombatidos.”. (D) Incorreta – Adequando-a à norma culta, teríamos:“Sempre que chega a hora de votar a matéria, o grupo obstrui a votação, e,se tudo continuar a depender de seus bel-prazeres, logo eles serão inúmerosex-colarinhos-brancos.”. (E) Correta. Alternativa E.A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humanaque, pela própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciênciadaqueles que a recebem e praticam, sendo, por isso, relativamente tardio oseu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo, aproximadamenteo mesmo em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático.Também entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos,como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros;consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidadeexterna e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmentepelos séculos afora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentose aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é

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transmissível, os Gregos deram o nome de techné.Os preceitos elementares do procedimento correto para com os deuses, ospais e os estranhos foram mais5374/5805tarde incorporados à lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoriapopular, mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de prudênciaenraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez à luzdo dia, através de uma antiquíssima tradição oral, na poesia rural gnômicade Hesíodo. As regrasdas artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua próprianatureza, à exposição escrita dos seus segredos, como esclarece, no que serefere à profissão médica, a coleção dos escritos hipocráticos.Da educação, neste sentido, distingue-se a formação do Homem por meioda criação de um tipo ideal intimamente coerente e claramente definido.Essa formação não é possível sem se oferecer ao espírito uma imagem dohomem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos,não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentidonormativo da imagem desejada, do ideal. A formação manifesta-se naforma integral do Homem, na sua conduta e comportamento exterior e nasua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas sãoantes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramentode cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-se auma reduzida classe social, a nobreza.Obs: gnômico = sentencioso(Adaptado de Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem grego. Tradução deArtur M. Parreira, 4. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 23-24).

10455. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Também entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos,como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros;consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade externa eem regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculosafora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidõesprofissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deramo nome de techné.Considerados o fragmento acima e o contexto, é correto afirmar:(A) Na frase Também entre os gregos foi assim, o termo grifado refere-se ao queserá caracterizado posteriormente.(B) O período iniciado por Reveste constitui uma explicação.(C) O como (em destaque) foi empregado com o mesmo valor que adquire em“Explicou detalhadamente o modo como tratar os animais recém-nascidos”.5375/5805(D) A correlação entre Reveste, em parte e consiste, por outro lado denota que aeducação entre os gregos tinha uma aparência que não corresponde totalmenteà sua essência.(E) Em apresenta-se ainda, o termo grifado introduz um fator que, na escala argumentativa,é considerado como o mais relevante de todos.RESPOSTA (A) Incorreta – O termo “assim” é anafórico e se refere ao tardiovestígio na literatura das práticas adquiridas com a educação. (B) Correta – Nasequência, tem-se a confirmação de que o mesmo processo de registro tardioda educação dos povos se aplica aos gregos. (C) Incorreta – O “como” temvalor semântico de exemplificação, enquanto o “como” da frase “Explicou detalhadamenteo modo como tratar os animais recém-nascidos” tem valorsemântico de modo, maneira. (D) Incorreta – A educação entre os gregos, segundoo que consta no parágrafo, transmitia entre as gerações preceitos elementares.(E) Incorreta – O termo “ainda” tem valor aditivo, e não enfático.Alternativa B.

10456. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné está corretamentereformulada, mantendo o sentido original, em:(A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”.(B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”.(C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”.(D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”.(E) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”.RESPOSTA (A) Incorreta – O trecho “a que os gregos deram de techné” estámal conectado ao restante do texto. Uma possibilidade de reescrita que tornariaclara a redação seria: “de cujo conjunto se sabe o nome, dado pelos gregosde “techné.”. (B) Incorreta – Deve-se empregar o pronome relativo “cujo”,uma vez que se trata de uma relação de posse, assim definida: “conjunto deconhecimentos e aptidões profissionais...” = “conhecimentos e aptidões profissionaiscujo conjunto...”. A forma pronominal “o qual” não consegue simplesmenteocupar o lugar do pronome “cujo”, sendo necessárias mais alteraçõesna sintaxe da frase. (C) Incorreta – Na redação original, não foi pelo fato deser um conjunto (causa) que se recebeu o nome de techné. Os conhecimentose aptidões profissionais em conjunto é que receberam essa denominação porparte dos gregos. Não se trata, assim, de uma justificativa, como a redação5376/5805proposta quer induzir. (D) Incorreta – Não há nenhuma razão para a presençada preposição “pelo” antes da palavra conjunto. (E) Correta. Alternativa E.

10457. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considerado o processo de argumentação desenvolvido no texto, é corretoafirmar:(A) Deuses e pais foram citados como modelos do procedimento correto, origemdos preceitos elementares do comportamento grego.(B) A menção à lei dos Estados foi feita para realçar um típico traço da culturagrega, o cultivo da legalidade.(C) A poesia rural gnômica de Hesíodo foi citada como confirmação da riquezada sabedoria popular.(D) A referência à palavra de Hipócrates constitui argumento de reforço para oque se diz acerca das artes e ofícios.(E) A alusão feita a Platão constitui argumento de autoridade para fundamentar a

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ideia de que a educação despreza o pragmatismo.RESPOSTA (A) Errada – O respeito aos deuses e aos pais foi tomado comoexemplo de conteúdo moral e prático, presente nas mais diversas formas deeducação dos povos ao longo da história. Não está limitada, assim, ao povogrego. (B) Errada – A menção à inserção dos preceitos morais e práticos nasleis dos Estados está mais ligada a uma evolução do registro escrito dessesprocedimentos do que a um traço particular do Estado grego. (C) Errada – Areferência à poesia gnômica de Hesíodo está ligada aos primeiros registros dasmanifestações da sabedoria popular, e não propriamente à sua riqueza. (D)Certa. (E) Errada – A citação de Platão é um argumento de autoridade parafundamentar que tanto a educação como a formação humana são possíveis apartir de uma disciplina consciente. Alternativa D.

10458. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Está corretamente entendida a seguinte expressão do texto:(A) tipo ideal intimamente coerente e claramente definido = modelo de perfeiçãocoeso na sua essência e fixado com nitidez.(B) na medida em que é transmissível = à proporção que se torne compreensível.(C) enraizados em superstições populares = fundamentados em profecias dasmassas incultas.(D) neste sentido = com essa finalidade.5377/5805(E) série de preceitos sobre a moralidade externa = conjunto de presunções desfavoráveisao modo de agir alheio.RESPOSTA (A) Correta – O termo “ideal” refere-se a um paradigma de perfeição;“intimamente coerente” é bem parafraseado pela expressão “coeso nasua essência”; “claramente definido” encontra equivalência na expressão “fixadocom nitidez”. (B) Incorreta – A locução conjuntiva “na medida em que”não transmite ideia de proporcionalidade, e sim de causa. (C) Incorreta – Notexto, não se associa o atributo inculto às massas populares. (D) Incorreta – Aexpressão “neste sentido”, no texto, equivale a “desta forma”, “destamaneira”. (E) Incorreta – Não se pode inferir que se trata de presunções desfavoráveis,e sim de basicamente ensinamentos (preceitos) sobre o modo deagir alheio. Alternativa A.

10459. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios resistiam naturalmentee a sua própria natureza estão em relação, respectivamente, de(A) fato e hipótese.(B) consequência e causa.(C) condição e conclusão.(D) fato e conclusão.(E) hipótese e consequência.RESPOSTA Causa e consequência (efeito) sempre aparecerão associados namesma frase. Assim, é possível pensar na “natureza própria das artes e dosofícios” como uma causa que leva a um efeito: “a resistência natural a registaresses conhecimentos de forma escrita”. Alternativa B.

10460. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não essencial.É correto afirmar que, na frase acima,(A) o pronome pessoal oblíquo refere-se a “homem”.(B) o lhe foi empregado com o mesmo valor que tem na frase “Ouviram-lhe ochoro convulsivo”.(C) a conjunção ou tem valor enfático (como em “ou ficar a pátria livre, ou morrerpelo Brasil”), porque introduz uma ratificação integral do que foi afirmadoantes.5378/5805(D) a expressão pelo menos assinala que o elemento referido corresponde, numahierarquia, àquele que pode ser desconsiderado.(E) a expressão não essencial é sinônima de “não é indispensável”.RESPOSTA (A) Incorreta – O pronome “lhe” se refere a “formação doHomem”. (B) Incorreta – Na frase “Ouviram-lhe o choro convulsivo”, o “lhe”tem valor possessivo, equivalendo a “seu”. Já na frase “A utilidade lhe é indiferenteou, pelo menos, não essencial.”, o “lhe” é pronome oblíquo e equivalea “a ela”. (C) Incorreta – A conjunção “ou”, na frase: “A utilidade lhe é indiferenteou, pelo menos, não essencial”, não introduz uma ratificação integraldo que foi afirmado antes, mas sim uma relativização ao flexibilizar o conteúdoanterior. (D) Incorreta – Há uma diferença semântica entre considerar algocomo “não essencial” e como “descartável”. Este último é mais enfático, enquantoo primeiro soa mais suave. (E) Correta – O fato de não ser essencialsignifica que é possível prescindir da utilidade. Alternativa E.

10461. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Essa formação não é possível sem se oferecer ao espírito uma imagem dohomem tal como ele deve ser.A alternativa que traduz corretamente a ideia expressa no segmento destacadoacima, considerado o contexto, é:(A) não prescinde da propositura ao espírito de uma imagem ideal de homem.(B) só é possível porque uma imagem do homem desejado como tal é oferecidaao espírito.(C) implica a impossibilidade de se oferecer ao espírito uma ideia do homemsonhado.(D) exige a isenção da oferta ao espírito de uma representação ideal de homem.(E) impossibilita-se quando não se oferece ao espírito uma reprodução dohomem como tal.RESPOSTA De acordo com o contexto, para se ter uma formação, é condiçãonecessária oferecer ao espírito do homem um paradigma (modelo a serseguido) de uma imagem a ser buscada. A alternativa que está de acordo comessa interpretação é a primeira. Alternativa A.

10462. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de umadisciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de raça. A5379/5805

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princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, anobreza.Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento transcrito, respeitadosempre o contexto.I. A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original, por“entretanto”.II. O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão percebera a similaridadeque o autor comenta, baseado na comparação feita pelo filósofo entre “cãesde raça” e “nobreza”.III. A expressão A princípio leva ao reconhecimento de duas informações distintasna frase, uma das quais está subentendida.Está correto o que se afirma APENAS em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA I. Falsa – A conjunção “mas” não possui um valor propriamenteadversativo, uma vez que não contrasta com a oração anterior. A oração poressa conjunção introduzida endossa (reforça) o conteúdo da oração anterior.Dessa forma, não é mantido o sentido original, se a substituirmos por“entretanto” – conjunção adversativa. II. Falsa – O advérbio “Já” apresentavalor comparativo, equivalendo a “Por sua vez”. III. Verdadeira – A expressão“A princípio” significa “Primeiramente”, “Inicialmente”. Dizer que, inicialmente,esse adestramento se limitava à nobreza subentende que, posteriormente, elefoi expandido a outras classes sociais. Alternativa C.

10463. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A frase Platão a comparou ao adestramento de cães de raça está corretamentetransposta para a voz passiva em:(A) O adestramento dos cães de raça é comparado a ela por Platão.(B) A comparação entre ela e o adestramento de cães tinha sido feito por Platão.(C) Comparou-se o adestramento de cães e ela, feito por Platão.(D) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de cães de raça.(E) Haviam sido comparados por Platão o adestramento de cães de raça e ela.5380/5805R ESPOSTA Na transposição para a voz passiva, devemos observar osseguintes procedimentos:1. O objeto direto da voz ativa se torna sujeito na voz passiva;2. O sujeito da voz ativa se torna o agente da passiva;3. Acrescenta-se o verbo SER, flexionado no mesmo tempo e modo do verboprincipal da voz ativa;4. O verbo principal na voz passiva assume a forma nominal particípio.Sendo assim, a forma que corresponde corretamente a essa transposição é:“Ela foi comparada por Platão ao adestramento de cães de raça.”. AlternativaD.

10464. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A afirmativa correta é:(A) Em A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humanaque, pela própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciênciadaqueles que a recebem e praticam, sendo, por isso, relativamentetardio o seu primeiro vestígio na tradição literária, os termos destacadosremetem ao mesmo referente.(B) Em O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, é aomesmo tempo moral e prático, se o termo destacado fosse substituído por“A sua essência”, a palavra mesmo, nas duas ocorrências, não precisaria sofrernenhuma alteração, para que fosse mantida a correção da frase.(C) Em As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da suaprópria natureza à exposição escrita dos seus segredos, se outra vírgulafosse posta antes de naturalmente, o sentido original não sofreriaalteração.(D) Em resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza à exposiçãoescrita, na substituição do segmento destacado por “expor na escrita”,o acento indicativo da crase deveria permanecer, conforme o padrãoculto da língua.(E) A frase O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, é aomesmo tempo moral e prático está clara e corretamente reescrita assim:“Confrontando os povos, vê-se que o mesmo conteúdo é bem próximo,sendo simultâneos o moral e o prático”.5381/5805RESPOSTA (A) Correta. (B) Incorreta – Na primeira ocorrência, haveria a necessidadede empregar a forma flexionada “mesma” para se fazer a concordânciacom o termo elíptico “essência”. (C) Incorreta – Isolando o termo“naturalmente” entre vírgulas, ele deixa de significar “de forma natural” parasignificar “obviamente”. (D) Incorreta – Não há crase antes de verbos deacordo com a norma culta. (E) Incorreta – De acordo com os preceitos de concordâncianominal, o adjetivo anteposto aos substantivos concorda com o maispróximo. Sendo assim, devemos empregar a forma “simultâneo”, em vez de“simultâneos”. Alternativa A.1Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não éindiferente. O momentoque elegemos como originário depende certamente da ideia de nós mesmosque preferimos, hoje, contemplar.E vice-versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos(ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidasque contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em5função da imagem de nós mesmos de que gostamos e que queremos divulgar. Ascoisas funcionam domesmo jeito para os tempos que consideramos “nossos”, ou seja, para amodernidade.Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento damodernidade era um espirrocartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade

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começou em outubro de 1492. Nos livrosda escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos eram e são as grandesexplorações. Entre elas, a viagem10de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro ou intermináveiscaravanas por montese desertos até a China de nada valiam comparadas com a aventura do genovês.Precisa ler “Mediterrâneo”de Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além deGibraltar, não costeando, mas retopara frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo – estepátio comum navegável e navegadopor milênios, espécie de útero vital compartilhado − para entender porque a viagem de Colombo acabou15e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono dacasa materna e paterna.5382/5805(Contardo Calligaris, A Psicanálise e o sujeito colonial. In: Psicanálise e colonização:leituras do sintoma social no Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, p.11-12).

10465. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) No primeiro parágrafo, o autor deixa claro que(A) sua indagação é meramente retórica, pois imediatamente a seguir justificatanto a sua escolha do evento inicial da modernidade, quanto a importânciade não sermos indiferentes à data.(B) a eleição de uma data ou evento é sempre relativa, pois aquele que elege o fazsob a pressão da imagem de si mesmo que é veiculada em seu tempo.(C) o jogo intermitente entre presente e passado obscurece o sentido original doseventos, motivo pelo qual deve ser constantemente controlada a imagemque se tem dos marcos iniciais.(D) há um mecanismo comum na demarcação de datas inaugurais: elas flutuamna dependência do aspecto particular de si mesmo que o sujeito desejaressaltar.(E) existem distintos marcos de origem, tanto na história individual quanto nahistória das nações, determinados pela indiferença com que, mais dia,menos dia, as balizas são tratadas.RESPOSTA (A) Incorreta – De fato, a afirmação é retórica, porém o autor nãoexplicita um evento que seria para ele o início da modernidade. (B) Incorreta –A eleição de uma data ou evento se faz conforme o desejo daquele queescolhe. É uma questão de preferência, e não exatamente de pressão. (C) Incorreta– O autor não ajuíza o controle das imagens que se tem dos marcosiniciais como uma medida que deva ser tomada. Ele apenas argumenta que aeleição dos marcos iniciais é fruto dos desejos e preferências dos indivíduos.(D) Correta. (E) Incorreta – De forma explícita, na primeira frase do parágrafo,o autor afirma que a escolha de uma data ou evento não se dá de formaindiferente, o que torna falsa a sentença. Alternativa D.

10466. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Entende-se corretamente do segundo parágrafo que(A) Colombo, célebre pelas navegações no Mediterrâneo, deve o caráter simbólicode sua viagem à memória dos que celebram a notável transposiçãodesse mar de uma extremidade a outra.5383/5805(B) o convencimento do autor acerca da importância da viagem de Colombo ficouabalado quando descobriu travessias de outra ordem – de montes e desertos–, tão ou mais relevantes que a do genovês.(C) o autor defende que o conhecimento exato do trajeto de Colombo e da geografiado Mar Mediterrâneo só é possível a partir da dimensão simbólica dosespaços conquistados.(D) o lugar especial que Colombo ocupa entre os exploradores não é legitimadopelo autor, que o atribui a uma compreensão equivocada da viagem, apoiadaem imagens fantasiosas.(E) a viagem de Colombo, comumente associada ao início da modernidade, éuma travessia cujo caráter simbólico só pode ser elaborado quando se tempresente a imagem do Mediterrâneo.RESPOSTA (A) Incorreta – O alcance simbólico da viagem de Colombo está,segundo o texto, no “pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto parafrente”. A façanha de Colombo foi, portanto, ter navegado para além do Mediterrâneo,tido como “casa materna e paterna” dos navegantes. Esse é, de fato,o caráter simbólico de sua viagem. (B) Incorreta – O autor, mesmo notando aausência de travessias importantes nos registros históricos, não desconsideraa importância e o alcance simbólico do feito de Colombo. (C) Incorreta – Não énecessário o conhecimento exato do trajeto e da geografia do percurso de Colombopara se entender o alcance simbólico de sua viagem. É necessário, sim,entender o significado do “pulo além de Gibraltar”. (D) Incorreta – O autor nãodeixa, em nenhum momento, de legitimar a façanha de Colombo. Ao contrário,dá a ela um significado simbólico. (E) Correta – É necessário, segundo otexto, ter ideia da dimensão histórica do Mediterrâneo, para entender ocaráter simbólico da façanha de Colombo. Alternativa E.

10467. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo − este pátiocomum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado− para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendouma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna epaterna.É correto afirmar que, no fragmento acima,(A) navegável e navegado por milênios equivale a “que poderia, um dia, não sópermitir a navegação, como também chegar a ser navegado durantemilênios”.(B) para entender equivale a “para traduzir corretamente em palavras”.5384/5805(C) acabou e continua sendo é expressão que alia um fato considerado pontual(ocorreu num momento preciso do passado) e um fato considerado em sua

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permanência.(D) casa materna e paterna equivale a “casa da mãe e do pai”, assim como dofim equivale a “final”.(E) a composição da metáfora baseia-se na aproximação, por semelhança, entreviagem de Colombo e mundo fechado.RESPOSTA (A) Incorreta – O trecho “navegável e navegado por milênios”equivale a “que permaneceu navegável e, de fato, foi navegado por milênios”.(B) Incorreta – O trecho “para entender” significa “para compreender”. (C)Correta. (D) Incorreta – A expressão “casa materna e paterna” é empregadade forma conotativa e deve ser entendida como algo próximo a “terra natal”.Já “do fim” não pode ser substituído por “final”, pois ocorreria alteração desentido: em vez de transmitir a ideia de que o mundo fechado chegara ao fim,ficaria entendido que se tratava da última metáfora do mundo fechado. (E) Incorreta– Ocorre não uma semelhança, mas uma oposição entre o mundofechado e a simbologia da viagem de Colombo. Alternativa C.

10468. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) ...para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendouma metáfora...No que se refere à grafia, para estar de acordo com o padrão culto, a frase que deveser preenchida com forma idêntica à destacada acima é:(A) Alguém poderá perguntar: − O autor citou Braudel,...?(B) Gostaria de saber...... ele se interessou especificamente por essa obra deBraudel acerca do mar Mediterrâneo.(C) Quem sabe o...... da citação da obra de Braudel?(D) Referências são sempre interessantes,...... despertam curiosidade acerca daobra.(E) −... foi a obra que mais o teria impressionado sobre o assunto, respondeu alguémquando indagado sobre o motivo da citação.RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: “Alguém poderá perguntar: − Oautor citou Braudel, por quê?”. O uso do “por quê” se dá nas interrogativasem final de frase. (B) Correta – “Gostaria de saber por que ele se interessouespecificamente por essa obra de Braudel acerca do mar Mediterrâneo”. O usodo “por que” se dá nas interrogativas diretas e indiretas e equivale a “porque motivo”. (C) Incorreta – O correto seria: “Quem sabe o porquê da5385/5805citação da obra de Braudel?”. A forma “porquê” é substantiva e equivale a“razão”, “motivo”. (D) Incorreta – O correto seria: “Referências são sempre interessantes,porque despertam curiosidade acerca da obra”. O uso do“porque” se dá na introdução das explicações ou causas. (E) Incorreta – O corretoseria: “− Porque foi a obra que mais o teria impressionado sobre o assunto,respondeu alguém quando indagado sobre o motivo da citação”. O usodo “porque” se dá na introdução das explicações ou causas. Alternativa B.

10469. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação empregadosno texto é:(A) Os dois-pontos após vice-versa (linha 3): anunciam um esclarecimentoacerca do que foi enunciado.(B) Os parênteses em (ou até inventamos) (linha 3) incluem comentário consideradoum viés do que se afirma.(C) As aspas em “nossos” (linha 6) firmam o caráter irônico da expressão, exigindoque se entenda o enunciado em sentido contrário (trata-se, assim, de“tempos que nos são estranhos”).(D) Os travessões em − este pátio comum... compartilhado (linhas 13 e 14) −isolam uma apreciação acerca do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas.(E) A vírgula antes de não costeando (linha 12) pode ser substituída, sem prejuízoda correção, por travessão.RESPOSTA (A) Correta – Os dois-pontos podem ser substituídos por vírgulaseguida da conjunção explicativa “pois”. (B) Correta – O comentário parentéticoé uma possível ressalva do que se afirma anteriormente. (C) Incorreta– Podemos até considerar irônico, pois os tempos, de fato, não são “nossos”,porém é errado dizer que nos são estranhos, pois se trata da modernidadevivenciada. (D) Correta – Trata-se de um aposto, que tanto pode ser isoladopor vírgulas como por travessões. (E) Correta – É possível sim a separação portravessões, pois se trata de um comentário explicativo. Alternativa C.

10470. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A frase em que a regência está totalmente de acordo com o padrão culto é:(A) Esperavam encontrar todos os documentos que os estudiosos se apoiarampara descrever a viagem de Colombo.5386/5805(B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer para conseguir os registros deque dependiam.(C) Encontraram-se referências à coerção que marinheiros mais experientesfaziam contra os mais novos que trabalhassem mais arduamente.(D) Foram informados que esboços da inóspita região circundada com imensaspedras podiam ser consultados.(E) Havia registro de uma insatisfação em que os insurretos às atitudes arbitráriasde um navegante foram impedidos de lhe inquirir.RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: “Esperavam encontrar todos osdocumentos em que os estudiosos se apoiaram para descrever a viagem deColombo.”. (B) Correta. (C) Incorreta – O correto seria “Encontraram-se referênciasà coerção que marinheiros mais experientes faziam contra os mais novospara que trabalhassem mais arduamente.”. (D) Incorreta – O correto seria:“Foram informados de que esboços da inóspita região circundada com imensaspedras podiam ser consultados.”. (E) Incorreta – O correto seria: “Havia registrode uma insatisfação em que os insurretos contra as atitudes arbitrárias deum navegante foram impedidos de lhe inquirir.”. Alternativa B.

10471. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto da língua é:(A) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito da exiguidade do vossotempo, sempre recebeu os estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.(B) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor leu muito do que lhe sucitou

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interesse pelo tema e desejo de pôr em discussão algumas questões.(C) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em associar o início da modernidadeà Descartes, mas a questão não para por aí: há pontos mais complexosem discussão.(D) As reflexões do iminente estudioso, insertas em texto bastante acessível aoleigo, nada têm daquele teor iracível e tendencioso que se nota em algumasobras polêmicas.(E) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acerca de questões polêmicascomo a de rever o significado assente de fatos históricos: “é mera questão dequerer auferir prestígio”.RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: Todos reconheceram que VossaSenhoria, a despeito da exiguidade do seu tempo, sempre recebeu os estudiososdo assunto e lhes deu grande apoio. (B) Incorreta – O correto seria:Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor leu muito do que lhe5387/5805suscitou interesse pelo tema e desejo de pôr em discussão algumas questões.(C) Incorreta – O correto seria: Certas pessoas consideram ultraje a hesitaçãoem associar o início da modernidade a Descartes, mas a questão nãopara por aí: há pontos mais complexos em discussão. (D) Incorreta – O corretoseria: As reflexões do eminente estudioso, insertas em texto bastanteacessível ao leigo, nada têm daquele teor irascível e tendencioso que se notaem algumas obras polêmicas. (E) Correta. Alternativa E.

10472. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:(A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professorvisitante diz que medeia as sessões.(B) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões divergentes,como as que interviram no último debate público.(C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniõescontrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu.(D) Em troca-trocas acalorados de ideias, poucos se ateem às questões mais relevantesda temática.(E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometidanos últimos revés, certamente apresentará com mais tranquilidade suacontribuição.RESPOSTA (A) Correta. (B) Incorreta – O correto seria: “Chegam a constituirsecomo clãs os grupos que defendem opiniões divergentes, como as que intervieramno último debate público.”. (C) Incorreta – O correto seria: “Ele eraa mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões contrárias,de que advieram os textos de difusão que produziu. (D) Incorreta – O corretoseria: “Em troca-trocas acalorados de ideias, poucos se atêm às questõesmais relevantes da temática.”. (E) Incorreta – O correto seria: “Quando aquelegrupo de pesquisadores reouver a credibilidade comprometida nos últimosreveses, certamente apresentará com mais tranquilidade sua contribuição.”.Alternativa A.

10473. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A frase em que a concordância está em conformidade com o padrão cultoé:5388/5805(A) Os advogados reclamaram da indecisão do depoente, sem perceber que asperguntas que a ele eram dirigidas lhes parecia obscura, difíceis de seremcompreendidas.(B) Era intrincada a associação de ideias do promotor e o apelo que fazia aosjurados, o que, consideradas as circunstâncias, os conduziram a uma decisãoquestionável.(C) É sempre falível, a meu ver, os juízos que se fundamentam mais na verve doorador que no conteúdo de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lheneguem aquele predicado.(D) Suponho que devem existir sérias razões para ele ter-se comportado assim:todas as questões que lhe eram postas ele julgava irrelevantes.(E) O relatório, de cujo dados discordou-se, foi rejeitado imediatamente, tendosido sugerido, em caráter de urgência, a sua plena revisão ou até mesmo suasubstituição.RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: “Os advogados reclamaram da indecisãodo depoente, sem perceber que as perguntas que a ele eram dirigidaslhe pareciam obscuras, difíceis de serem compreendidas.”. (B) Incorreta –O correto seria: “Era intrincada a associação de ideias do promotor e o apeloque fazia aos jurados, o que, consideradas as circunstâncias, os conduziu auma decisão questionável.”. (C) Incorreta – O correto seria: “São sempre falíveis,a meu ver, os juízos que se fundamentam mais na verve do orador queno conteúdo de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe neguem aquelepredicado.”. (D) Correta. (E) Incorreta – O correto seria: “O relatório, de cujosdados discordou-se, foi rejeitado imediatamente, tendo sido sugerida, emcaráter de urgência, a sua plena revisão ou até mesmo sua substituição.”. AlternativaD.Acerca do bem e do malFulano é “do bem”, Sicrano é “do mal”. Não, não são crianças comentandoum filme de mocinho e bandido; são frases de adultos, reiteradas apropósito das mais diferentes pessoas, nas mais diversas situações. O julgamentodefinitivo e em preto e branco que elas implicam parece traduziro esforço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da sociedade moderna,um princípio básico de qualificação moral e ética. Essa oposiçãorudimentar revela a necessidade que temos de estabelecer algum juízo devalor para a orientação da nossa própria conduta. Tal busca de discernimentoé antiga, e em princípio é legítima: está na base de todas as culturas,dá sustentação a religiões e inspira ideologias, provoca os filósofos, osjuristas, os políticos. O perigo está em que o movimento de busca cesse edê lugar à paralisia dos valores estratificados.5389/5805O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosa nação passa aclassificar países inteiros como integrantes do “eixo do mal”, está-se proclamandocomo representante dos que constituiriam o “eixo do bem”.Essa divisão tosca é, de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais forte

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a iniciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, sob a alegação deque o faz para preservar os chamados “valores fundamentais da humanidade”.Interesses estratégicos e econômicos são, assim, mascarados pelasuposta preservação de princípios da civilização. A História já nosmostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, que se atribuemo direito de julgar o outro segundo o critério da religião que esteprofessa, do regime político que adota, da etnia a que pertence. A intolerânciaem relação às diferenças culturais, por exemplo, acaba levando omais forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais fracas. É quandoa ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigoum dilema: por um lado, não podemos dispensar alguma bússola deorientação ética e moral, que aponte para o que parece ser o justo,o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízosfor inflexível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez a dinâmicaque é própria da história e dos valores humanos. Não há, na rota da civilização,leis eternas, constituições que não admitam revisões, costumes inalteráveis.A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida,quando responsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessaescolha, restará a terrível fatalidade dos dogmas. Lembrando o instiganteparadoxo de um filósofo francês, “estamos condenados a ser livres”. Nessacompulsória liberdade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é “dobem” e o que é “do mal” é uma questão sempre viva, que merece ser analisadae enfrentada em suas particulares manifestações históricas. Se assimnão for, estará garantido um espaço cada vez maior para aação dos fundamentalistas de todo tipo.(Cândido Otoniel de Almeida)

10474. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Na argumentação com a qual o autor desenvolve o tema central do texto,há a preocupação constante de(A) acusar a maleabilidade dos princípios jurídicos, da qual decorrem indesejáveisambiguidades na interpretação das leis.(B) defender a necessidade de paradigmas éticos e morais que desprezem diferençasculturais e políticas entre os povos.5390/5805(C) condenar a estratificação dos princípios éticos, que se devem estabelecer nodinamismo que é próprio da história e da análise crítica.(D) relativizar a importância dos valores éticos e morais, uma vez que não é dadaao homem a faculdade de adotá-los livremente.(E) suprimir a diferença entre o que é o bem e o mal, em vista da impossibilidadede fixação de valores éticos e morais permanentes.RESPOSTA O termo “estratificação” significa, no contexto, “paralisia”. É o queo autor condena: não se podem considerar imutáveis os princípios éticos (o“bem” e o “mal”), pois a história humana tem por característica básica o dinamismo– as constituições mudam, os costumes mudam, enfim, não hápadrões éticos estáticos atemporais. Alternativa C.

10475. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considere as seguintes afirmações:I. A referência a um chefe de poderosa nação (2º parágrafo) abre a demonstraçãode que há ideologias absolutistas e intolerantes que se sustentampela força.II. Julgamento (...) em preto e branco (1º parágrafo) e divisão tosca (2º parágrafo)são expressões que ajudam a esclarecer o sentido de norteamento(...) inflexível (3º parágrafo).III. A frase “estamos condenados a ser livres” (3º parágrafo) instiga o autor dotexto a justificar a posição dos fundamentalistas de todo tipo (3ºparágrafo).Em relação ao texto, está correto o que se afirma em(A) I, II e III.(B) I e II, somente.(C) I e III, somente.(D) II e III, somente.(E) II, somente.RESPOSTA I. Verdadeira – É feita uma referência indireta à administraçãoBush. Por meio dessa referência, criticam-se governos que, de forma unilaterale autoritária, classificam regimes como “do bem” ou “do mal”. II. Verdadeira –O “norteamento inflexível” diz respeito a um direcionamento intransigente decertos julgamentos, que dividem, de forma rudimentar e grosseira (“preto ebranco” e “tosca”), o mundo entre “bem” e “mal”. III. Falsa – O autor, ao enfatizara necessidade por liberdade, desqualifica os fundamentalistas, que secomportam de forma intransigente e atemporal. Alternativa B.5391/5805

10476. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar lugar estabelece umarelação(A) de justaposição de fatos independentes.(B) entre uma hipótese e um fato que a confirma.(C) de simultaneidade entre duas ocorrências interdependentes.(D) de causalidade entre valores antagônicos.(E) de alternância entre duas situações semelhantes.RESPOSTA Nota-se uma relação de causalidade: a ética sai de cena, porquenecessita dar lugar à barbárie. Ética e barbárie estão em campos semânticosdistintos (antagônicos). Alternativa D.

10477. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considerando-se o contexto do primeiro parágrafo, traduz-se corretamenteo sentido de uma frase ou expressão em:(A) essa oposição rudimentar = esse grosseiro maniqueísmo.(B) tal busca de discernimento = essa tentativa de relativização.

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(C) em princípio é legítima = inicialmente é irredutível.(D) paralisia dos valores estratificados = imobilização dos atributosimprovisados.(E) provoca os filósofos = dissimula-se entre os pensadores.RESPOSTA (A) Certa – O termo maniqueísmo está associado à tendência dese dividir qualquer questão entre o bem e o mal, o certo e o errado, o pró e ocontra. Traduz, dessa forma, a ideia original de oposição. Da mesma forma,“grosseiro” traduz perfeitamente a ideia de “rudimentar”. (B) Errada – O termo“discernimento” significa “juízo”. Já “relativização” significa “atenuação”. (C)Errada – O termo “irredutível” significa “imutável”, “intolerante”, chocando-se,assim, com o sentido de “legítima”. (D) Errada – O termo “estratificados” significa“paralisados”, “imutáveis”, chocando-se, assim, com o sentido de“improvisados”. (E) Errada – O termo “dissimular” significa “fingir”, chocandose,assim, com o sentido de “provocar” (estimular). Alternativa A.5392/5805

10478. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considere a seguinte frase: A busca de distinção entre o que é “do bem” e oque é “do mal” traz consigo um dilema (...).O verbo trazer deverá flexionar-se numa forma do plural caso se substitua oelemento sublinhado por(A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o bem e o mal (...).(B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as más ações (...).(C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes situações, (...).(D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se acentua nos indivíduos,(...).(E) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre o bem e o mal (...).RESPOSTA (A) Incorreta – O verbo “trazer” concorda com o núcleo do sujeito“fato”. (B) Incorreta – O verbo “trazer” concorda com o núcleo do sujeito “dificuldade”.(C) Incorreta – O verbo “trazer” concorda com o núcleo do sujeito“alternativa”. (D) Incorreta – O verbo “trazer” concorda com o núcleo dosujeito “divisão”. (E) Correta – O verbo “trazer” concorda com o núcleo dosujeito “oscilações”. Alternativa E.

10479. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, quandoresponsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restaráa terrível fatalidade dos dogmas.Mantêm-se o sentido e a correção da frase caso se substitua(A) dispensando-se, porém por dispensarem-se, ademais.(B) dispensando-se, porém por uma vez dispensado, no entanto.(C) quando responsável por desde que responsável.(D) quando responsável por posto que responsável.(E) quando responsável por conquanto seja responsável.RESPOSTA (A) Incorreta – A forma verbal “dispensarem-se” não concordariacom o núcleo do sujeito “responsabilidade”. Além disso, “ademais” teria valoraditivo, diferentemente de “porém”, de valor adversativo. (B) Incorreta – Aforma nominal “dispensado” não concordaria com o substantivo “responsabilidade”.O correto seria “dispensada”. (C) Correta. (D) Incorreta – A locução conjuntiva“posto que” tem valor semântico concessivo, e não adversativo,5393/5805equivalendo a “embora”. (E) Incorreta – A conjunção “conquanto” tem valorsemântico concessivo, e não adversativo. Alternativa C.

10480. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).Numa nova redação da frase acima, mantém-se corretamente a expressão sublinhadacaso se substitua fala o filósofo por(A) se refere o filósofo.(B) cuida o filósofo.(C) investiga o filósofo.(D) aflige o filósofo.(E) disserta o filósofo.RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: Nessa compulsória liberdade, aque se refere o filósofo (...). (B) Correta. (C) Incorreta – O correto seria:Nessa compulsória liberdade, que investiga o filósofo (...). (D) Incorreta – Ocorreto seria: Nessa compulsória liberdade, que aflige o filósofo (...). (E) Incorreta– O correto seria: Nessa compulsória liberdade, sobre a qual dissertao filósofo (...). Alternativa B.

10481. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Na transposição de uma voz verbal para outra, ocorre uma impropriedadeno seguinte caso:(A) a necessidade que temos de estabelecer algum juízo de valor = a necessidadeque temos de que houvesse sido estabelecido algum juízo de valor.(B) passa a classificar países inteiros = países inteiros passam a serclassificados.(C) segundo o critério da religião que este professa = segundo o critério da religiãoque por este é professada.(D) que constituiriam o “eixo do bem” = o “eixo do bem” que seria constituído.(E) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é por nós de vezcomprometida.RESPOSTA O correto seria: a necessidade que temos de estabelecer algumjuízo de valor = a necessidade que temos de ser estabelecido algum juízo devalor. A voz passiva analítica é formada da seguinte maneira:5394/5805O verbo auxiliar SER é conjugado da mesma forma que o verbo principal navoz ativa.O verbo principal é flexionado no particípio.Alternativa A.

10482. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Alterando-se a pontuação de um segmento do texto, ela permanecerá defensávele coerente, considerado o contexto, em:(A) A busca de distinção, entre o que é “do bem”, e o que é “do mal”, traz consigo,

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um dilema.(B) Não, não, são crianças comentando um filme de mocinho e bandido, sãofrases – de adultos, reiteradas a propósito, das mais diferentes pessoas.(C) A escolha do critério de julgamento, é, sempre, crítica e sofrida quandoresponsável.(D) Tal busca de discernimento é antiga e, em princípio, é legítima.(E) Interesses estratégicos e econômicos são assim mascarados, pela supostapreservação, de princípios da civilização.RESPOSTA (A) Incorreta – Em “A busca de distinção, entre o que é “do bem”,e o que é “do mal”, traz consigo, um dilema.”, a primeira vírgula separa nomee complemento, o que é reprovável; a segunda vírgula separa dois termosaditivos, o que é dispensável; a terceira vírgula separa sujeito e predicado, oque é reprovável; a quarta vírgula separa verbo e complemento verbal, o queé reprovável. (B) Incorreta – Em “Não, não, são crianças comentando umfilme de mocinho e bandido, são frases – de adultos, reiteradas a propósito,das mais diferentes pessoas.”, a segunda vírgula altera o sentido da frase original;o travessão separa nome e adjunto adnominal, o que é reprovável; aquarta vírgula separa nome e complemento nominal, o que é reprovável. (C)Incorreta – Em “A escolha do critério de julgamento, é, sempre, crítica e sofridaquando responsável”, a primeira vírgula separa sujeito e verbo, o que éreprovável. (D) Correta. (E) Incorreta – Em “Interesses estratégicos e econômicossão assim mascarados, pela suposta preservação, de princípios dacivilização”, as duas vírgulas mudam o sentido da frase original.

10483. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) O perigo está em que o movimento de busca cesse e dê lugar à paralisiados valores estratificados.5395/5805Alterando-se os tempos dos verbos da frase acima, a articulação entre suas novasformas estará correta em:(A) O perigo estava em que o movimento da busca cessava e desse lugar àparalisia dos valores estratificados.(B) O perigo estará em que o movimento de busca cessasse e tivesse dado lugar àparalisia dos valores estratificados.(C) O perigo estaria em que o movimento da busca cessar e dar lugar à paralisiados valores estratificados.(D) O perigo estava em que o movimento da busca cessou e dera lugar à paralisiados valores estratificados.(E) O perigo estaria em que o movimento da busca cessasse e desse lugar àparalisia dos valores estratificados.RESPOSTA A correlação de tempos verbais mais adequada para a construçãofrasal em questão seria entre o futuro do pretérito do indicativo (estaria) eo pretérito imperfeito do subjuntivo (cessasse e desse).(A) e (D) A melhor redação seria: O perigo estava em que o movimento dabusca cessasse e desse lugar à paralisia dos valores estratificados. (B) Amelhor redação seria: O perigo estará em que o movimento de busca cesse edê lugar à paralisia dos valores estratificados. (C) A melhor redação seria: Operigo estaria em que o movimento da busca cessasse e desse lugar àparalisia dos valores estratificados (igual à redação da letra E). Alternativa E.O fiscal e o meninoJá pelos meus dez anos ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda. Aocupação era informal, não implicava proventos ou tempo para aaposentadoria, mas o serviço era regular: acompanhava meu pai, que erafiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos comerciantes da cidade.Cada passada dele exigia duas das minhas, e eu ainda fazia questão de carregarsua pasta, pesada de processos. Tanto esforço tinha suas compensações:nos bares ou padarias, o proprietário lembrava-se de meagradar com doce, salgado ou refrigerante – o que configurava, como sevê, uma espécie de pacto entre interesseiros. Outra compensação encontravaeu em desfrutar, ainda que vagamente, da sombra da autoridade queemana de um fiscal de rendas. Para fazer justiça: autoridade mesmo meupai só mostrava diante desses grandes proprietários arrogantes, que se julgamacima do bem, do mal e do fisco. E ai de quem se atrevesse a sugerirum “arranjo”, por conta da sonegação evidente...Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos e com a mulher, intempestivoe por vezes injusto ao julgar os outros, revelava-se um coraçãomole diante de um comerciante pobre e em débito com o governo. Nessas5396/5805situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e instruía opobre-diabo acerca da melhor maneira de proceder. Ao dono de umbotequim da zona rural – homem viúvo, carregado de filhos pequenos, emsituação quase falimentar – ajudou com dinheiro do próprio bolso, para aquitação da dívida fiscal.Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu vocabulário: conhecipalavras como sisa, sonegação, guarda-livros, estampilha, mora eoutras tantas. A intimidade com esses termos não implicava que lhes conhecesseo sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mimaté hoje. De qualquer modo, não posso dizer que nunca me interessou aprofissão de fiscal de rendas.(Júlio Pietrobon das Neves)

10484. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Dado o contexto, é correto afirmar que, na frase(A) o serviço era regular (1º parágrafo), há o mesmo grau de fantasia que nafrase ocupava eu um posto na Secretaria da Fazenda.(B) Tanto esforço tinha suas compensações (1º parágrafo), o termo esforço jáanuncia as duras atividades do menino, discriminadas a seguir.(C) Outra compensação encontrava eu (...) (1º parágrafo), o elemento sublinhadoindica uma alternativa que exclui a compensação já mencionada.(D) Gostava daquele fiscal (2º parágrafo), o emprego do pronome acentua a distânciaque o tempo imprimiu entre o narrador e seu pai.(E) Não posso dizer que nunca me interessou a profissão de fiscal de rendas, adupla negativa tem o efeito de intensificação do interesse negado.RESPOSTA (A) Incorreta – Não se pode dizer que há o mesmo grau de

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fantasia. Em “o serviço era regular”, há até um traço de realidade, uma vezque o menino acompanhava rotineiramente seu pai no serviço e tinha o trabalhode carregar pastas cheias de processos. Não era de fato uma profissão,mas era uma espécie de tarefa rotineira. (B) Incorreta – Não se pode dizerque eram duras as atividades do garoto, uma vez que ele desfrutava de algunsbenefícios, como os lanches pagos pelo pai nos bares e restaurantes e asensação de segurança por acompanhar uma autoridade em serviço. (C) Incorreta– O pronome “outra” não tem caráter excludente, e sim aditivo. (D)Correta – O uso do pronome “daquele” revela um certo distanciamento entrepai e filho, uma vez que o pronome demonstrativo “aquele” se refere a elementosdistantes espacial e/ou temporalmente do enunciador. (E) Incorreta –Não há na dupla negação a intensificação do interesse negado. Há sim a5397/5805intensificação do interesse (o garoto de fato já mostrara interesse pela carreirade fiscal de rendas). Negar duas vezes resulta numa afirmação mais enfática.Alternativa D.

10485. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) As seguintes expressões do texto mantêm entre si uma relação marcadapor oposição de sentido:(A) ocupação informal e não implicava proventos.(B) um coração mole e condescendia no prazo.(C) intimidade com esses termos e continuam obscuros.(D) Duro no trato e intempestivo por vezes.(E) pobre-diabo e situação falimentar.RESPOSTA Embora o garoto tivesse intimidade com os termos empregadospelo pai (sisa, mora, estampilha, etc.), ainda desconhecia o preciso significadode alguns deles. Temos, portanto, uma relação de oposição entre as duas ideias.Alternativa C.

10486. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:(A) Essa pequena crônica é reveladora do modo que guardamos as imagens maisintensas da infância, de cujos encantos continuam a nos fascinar pelo tempoa fora, sobretudo quando se tratam de relações familiares.(B) Relatos como este vão de encontro à tese de que não se perdem em nossasmemórias aquilo que realmente nos marcou, confirmando-se assim o poderseletivo demonstrado pelas mais fortes lembranças.(C) Uma das artimanhas da memória aqui se confirmam por que somos capazesde guardar palavras e detalhes reveladores dos tempos da infância, ondenem suspeitávamos de quão importantes viriam a ser os mais simpleselementos.(D) Ao deter lembranças de seu pai e dele mesmo, o narrador enfatisa nos traçosem que melhor se definia ele, sem forçar qualquer idealização, uma vez quechega a salientar no pai seus traços mais duros, de pouca animosidade.(E) Fica flagrante a admiração do menino pelo pai, conservada no tempo, capazde estimular uma crônica cujo sentimento básico é o de um antigo companheirismo,materializado numa rotina de trabalho.5398/5805RESPOSTA (A) Incorreta – O correto seria: “Essa pequena crônica é reveladorado modo como guardamos as imagens mais intensas da infância, decujos encantos continuam a nos fascinar pelo tempo afora, sobretudo quandose trata de relações familiares.”. (B) Incorreta – O correto seria: “Relatoscomo este vão ao encontro da tese de que não se perde em nossas memóriasaquilo que realmente nos marcou, confirmando-se, assim, o poder seletivodemonstrado pelas mais fortes lembranças.”. (C) Incorreta – O correto seria:“Uma das artimanhas da memória aqui se confirma, porque somos capazesde guardar palavras e detalhes reveladores dos tempos da infância, quandonem suspeitávamos de quão importantes viriam a ser os mais simples elementos.”.(D) Incorreta – O correto seria: “Ao deter lembranças de seu pai e delemesmo, o narrador enfatiza nos traços em que melhor ele se definia, semforçar qualquer idealização, uma vez que chega a salientar no pai seus traçosmais duros, de pouca animosidade.”. (E) Correta. Alternativa E.

10487. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente,da sombra da autoridade que emana de um fiscal de rendas.Todas as palavras da frase acima poderão permanecer rigorosamente as mesmascaso as formas verbais sublinhadas sejam substituídas por, respectivamente,(A) incorporar e projeta.(B) usufruir e provém.(C) beneficiar e instila.(D) comprazer-me e esparge.(E) deleitar-me e se associa.RESPOSTA As formas verbais que mantém a mesma significação e regênciasão respectivamente “usufruir” e “provém”. A título de conhecimento, “instilar”significa “persuadir, convencer”; “comprazer-se” significa “achar prazeroso”;“espargir” significa “difundir”; “deleitar-me” significa “usufruir”. Alternativa B.

10488. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Uma outra redação correta do que se afirma na frase Cada passada deleexigia duas das minhas é:(A) Duas das minhas passadas exigia cada uma das dele.(B) Exigiam-se duas das minhas passadas cada uma das dele.(C) Era exigido, a cada passada dele, duas das minhas.5399/5805(D) Duas passadas minhas exigiam cada uma das dele.(E) A cada passada dele exigia-se duas das minhas.RESPOSTA Observe que, na frase original, “cada passada dele” é o sujeito.Deste modo, se a frase for reescrita, também na voz ativa, tal sujeito deve sermantido. Se a frase for reescrita na voz passiva, então o termo “duas das minhas(passadas)”, que era objeto direto, passa a ser o sujeito.(A) Correta – O sujeito aparece depois do predicado, e o verbo concorda como sujeito: Duas das minhas passadas (predicado) exigia cada uma das dele(sujeito). Observe que o sujeito não pode ser “duas das minhas passadas”,

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pois, para tanto, o verbo deveria estar no plural. (B) Incorreta – Em vez de“exigiam-se”, o correto seria “exigia”, para que houvesse a concordância como sujeito “cada uma das dele”. (C) Incorreta – Em vez de “era exigido”, o corretoseria “eram exigidas”, para que houvesse a concordância com o sujeito“duas das minhas”. (D) Incorreta – Ocorre mudança do sentido original (poisagora as passadas minhas é que fazem a exigência). (E) Em vez de “exigiase”,o correto seria “exigiam-se”, para que houvesse a concordância com osujeito “duas das minhas”. Alternativa A.O século XX: vista aéreaA destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculamnossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenosmais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todosos jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, semqualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem.Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem,tornam-se mais importantes que nunca no final do segundo milênio. Poresse mesmo motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas,memorialistas e compiladores. Em 1989 todos os governos do mundo, eparticularmente todos os ministérios do Exterior do mundo, ter-se-iambeneficiado de um seminário sobre os acordos de paz firmados após asduas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente haviaesquecido.(Eric Hobsbawm, Era dos extremos – o breve século XX. Tradução de MarcosSantarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 13).

10489. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considere as seguintes afirmações:5400/5805I. O pensamento do autor vai ao encontro do que afirma a seguinte frase, relativamentepopularizada: Estamos condenados a repetir os erros daHistória que foi esquecida.II. Entre as funções essenciais de um historiador, destaca-se a de compreenderrigorosamente em si mesmos os valores históricos e sociais de seu própriopresente.III. A referência aos acordos de paz firmados depois das duas guerras mundiaisvem a propósito da importância que eles deveriam conservar em todas asresoluções de política externa, em nível global.Em relação ao texto, está correto o que se afirma em(A) I e II, apenas.(B) I, apenas.(C) II e III, apenas.(D) I e III, apenas.(E) I, II e III.RESPOSTA I. Verdadeira. O exemplo dos ministérios do Exterior, que aparentementese esqueceram dos tratados de paz firmados no pós-guerra, ilustraessa afirmação. II. Falsa. O texto afirma literalmente que a função dos historiadoresé lembrar o que os outros esquecem. III. Verdadeira. O texto afirmaque um seminário que tivesse discutido esses acordos poderia beneficiar muitospaíses. Alternativa D.

10490. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Depreende-se da leitura do texto que, se fossem simples cronistas, memorialistase compiladores, os historiadores, no final do segundo milênio,(A) estariam restritos à tarefa de estabelecer uma relação orgânica com o passadopúblico de sua época.(B) se limitariam a recompor os mecanismos sociais que vinculam as experiênciasde seu tempo às das gerações passadas.(C) não estariam comprometidos com o esclarecimento da nossa relação orgânicacom o passado público que foi esquecido.(D) não saberiam arrolar os fatos mais remotos de um passado, em vista daperda de sua relação orgânica com esses fatos.(E) ficariam restritos a tarefas acadêmicas, como os seminários, insuficientespara avivar os mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoalà das gerações passadas.5401/5805RESPOSTA Sendo simples cronistas, memorialistas ou compiladores, os historiadoresestariam apenas relatando fatos do passado, sem relacioná-los como presente. Alternativa C.

10491. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem,tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio.Considerando-se o contexto, não haverá prejuízo para a correção e o sentido dafrase acima se se substituir(A) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por a quem cabe resgatar o queé esquecido.(B) Por isso por pela razão que se exporá.(C) tornam-se mais importantes que nunca por mais do que nunca fazem-se deimportantes.(D) cujo ofício é lembrar o que outros esquecem por aos quais cabem resguardaro que foi esquecido.(E) tornam-se mais importantes do que nunca por nunca se tornaram maisimportantes.RESPOSTA (A) Correta. (B) Incorreta – “Por isso” faz uma remissãoanafórica, enquanto “pela razão que se exporá” faz uma remissão catafórica.(C) Incorreta – Há uma mudança de sentido, pois ‘’fazem-se de importantes”passa a ideia de juízo próprio, que conflita com a ideia original. (D) Incorreta –O verbo adequado seria “resgatar”, e não “resguardar”. (E) Incorreta – Ocorrecompleta mudança de sentido, pois se afirma que os historiadores não conseguiramser mais importantes do que são. Alternativa A.

10492. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão flexionar-se numaforma do plural para preencherem corretamente as lacunas da frase:

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(A) ...... (ser) de se lamentar que aos jovens de hoje ...... (restar) viver o tempocomo uma espécie de presente contínuo, sem qualquer conexão com opassado.(B) Ao historiador ...... (dever) sensibilizar as omissões de toda e qualquer experiênciaque ...... (sofrer) nossos antepassados.(C) ...... (aprazer) aos governantes fazer esquecer o que não lhes ...... (interessar)lembrar, para melhor se valerem da falta de memória histórica.5402/5805(D) ...... (avultar), aos olhos dos próprios historiadores contemporâneos, a figurade Eric Hobsbawm como um dos intérpretes que melhor ...... (compreender)o século XIX.(E) Não ...... (competir) aos historiadores exercer a mera função de arquivistaspúblicos; mais que isso, .....-se (esperar) deles uma compreensão participativada história.RESPOSTA (A) Incorreta – A redação correta seria: “É de se lamentar queaos jovens de hoje reste viver o tempo como uma espécie de presente contínuo,sem qualquer conexão com o passado.”. (B) Correta – “Ao historiadordevem sensibilizar as omissões de toda e qualquer experiência que sofremnossos antepassados.”. (C) Incorreta – A redação correta seria: “Apraz aosgovernantes fazer esquecer o que não lhes interessa lembrar, para melhor sevalerem da falta de memória histórica.”. (D) Incorreta – A redação correta seria:“Avulta, aos olhos dos próprios historiadores contemporâneos, a figura deEric Hobsbawm como um dos intérpretes que melhor compreendeu o séculoXIX.”. (E) Incorreta – A redação correta seria: “Não compete aos historiadoresexercer a mera função de arquivistas públicos; mais que isso, esperasedeles uma compreensão participativa da história.”. Alternativa B.

10493. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2006 –FCC) Considere as seguintes frases:I. O autor lamenta a situação dos jovens de hoje, que vivem o tempo como umaespécie de presente contínuo.II. Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento dos mecanismos sociais quevinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas.III. Preservemos a memória do passado, cujas experiências encerram liçõesainda vivas.A eliminação da vírgula acarretará alteração de sentido APENAS para o que estáem(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) I e III.RESPOSTA Se ausentarmos as vírgulas das frases I e III, transformaremosorações adjetivas explicativas (“que vivem o tempo como uma espécie depresente contínuo” e “cujas experiências encerram lições ainda vivas”) em5403/5805restritivas. Assim, em I, estaríamos falando não acerca dos jovens em geral,mas de alguns; em III, estaríamos falando não acerca do passado de formageral, mas de um passado específico. Em II, a ausência da vírgula diante doadjunto adverbial deslocado (“Ao final do século XIX”) não alteraria o sentido.Alternativa E.1Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando etendo decidido serpreferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de1520 o rei asteca Montezuma, prisioneiro dos espanhóis, concordou ementregar a Hernán Cortés o vasto tesouro que seu pai, Axayáctl, reuniracom tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele monarcadistante e invisível cujo5poder Cortés representava. Comentando a cerimônia, o cronista espanholFernando de Oviedo relataque Montezuma chorou o tempo todo, e, apontando a diferença entre oencargo que é aceito voluntariamente por uma pessoa livre e o que épesarosamente executado por alguém acorrentado, Oviedo cita o poeta romanoMarcus Varro, “O que é entregue à força não é serviço, masespoliação”.Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico e aoser reunido diante dos espanhóis10formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande parte, de utensíliosrequintados, que sugeriamsofisticadas cerimônias sociais: colares intrincados, braceletes, cetros e lequesdecorados com penasmulticoloridas, pedras preciosas, pérolas, pássaros e flores cuidadosamentecinzelados. Essas peças, segundoo próprio Cortés, “além de seu valor, eram tais e tão maravilhosas, que,consideradas por sua novidadee estranheza, não tinham preço, nem é de acreditar que algum entre todosos Príncipes do Mundo de que15se tem notícia pudesse tê-las tais, e de tal qualidade”.Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo de sua corte ao reiespanhol. Mas os soldados de Cortésexigiram que o tesouro fosse tratado como butim e que cada um deles recebesseuma parte do ouro.Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés e tantos outrosenvolvidos, chegava-se a cem pesos5404/5805para cada soldado raso, uma soma tão insignificante diante de suas expectativasque, no fim, muitos se20recusaram a aceitá-la.Cedendo à vontade de seus homens, Cortés ordenou aos afamados ourivesde Azcapotzalco que convertessemos preciosos objetos de Montezuma em lingotes, em que se estamparam asarmas reais. Os ourives levaram trêsdias para realizar a tarefa. Hoje, os visitantes do Museu do Ouro de SantaFé de Bogotá podem ler, gravados na

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pedra sobre a porta, os seguintes versos, dirigidos por um poeta asteca aosconquistadores espanhóis:25“Maravilho-me de vossa cegueira e loucura, que desfazeis as joias bem lavradaspara fazer delas vigotes”.(Adaptado de Alberto Manguel, À mesa com o Chapeleiro Maluco: ensaios sobrecorvos e escrivaninhas. Tradução de Josely Vianna Baptista. São Paulo: Companhiadas Letras, 2009, p. 21-22).

10494. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) No texto o autor(A) atribui à diferença de cultura a capitulação de Montezuma ao soberano espanhol,figura de contornos fantasmagóricos ao olhar do rei asteca.(B) evidencia que homens que se dedicam às armas, como o poderoso Cortés, porforça do próprio ofício, não manifestam sensibilidade para as formasartísticas.(C) disserta sobre a apreciação da matéria-prima de tesouros em distintas sociedades,circunscrevendo seus comentários ao século XVI.(D) relata e comenta um episódio histórico que torna clara a ideia de queproduções culturais e ações humanas não têm valor absoluto.(E) toma o caráter mercenário do colonizador como causa do seu olhar apurado,responsável, em última instância, pela sofisticação dos artífices em metaispreciosos.RESPOSTA (A) Incorreta – O motivo da capitação, como o texto bem cita, foio esgotamento resultado de inúmeras batalhas. (B) Incorreta – O próprioCortés manifesta admiração pelo tesouro asteca, considerando-o difícil até deprecificar. Não está, assim, imune à sensibilidade para julgar as formasartísticas. (C) Incorreta – O foco do texto está centrado no magnífico tesouroasteca. O texto é mais narrativo do que dissertativo. (D) Correta – O magníficotesouro asteca foi transformado em meros lingotes de ouro. A5405/5805declaração citada ao final do texto deixa claro como é relativo o valor que sepode dar a uma obra artística. (E) Incorreta – O autor transparece no texto,principalmente no final, sua reprovação ao ato do colonizador de converter otesouro asteca em lingotes. Alternativa D.

10495. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) “Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidadede seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perdernão só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto tesouroque seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade aorei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortésrepresentava.”Sobre o fragmento acima, em seu contexto, é correto afirmar:(A) As orações iniciais (linhas em destaque da transcrição acima) constituem sequênciaque vai do acontecimento mais determinante para o menos determinanteda ação de “concordar”.(B) não só e como introduzem os complementos verbais exigidos por serpreferível.(C) As formas verbais tendo decidido e concordou expressam açõesconcomitantes.(D) Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor efunção dos notados na frase “Estava só, mas bastante tranquilo”.(E) Em tanto esforço, está expresso um juízo de valor.RESPOSTA (A) Incorreta – A sequência de orações está em uma gradaçãocrescente, ou seja, parte do fato menos determinante para o mais. (B) Incorreta– Os termos “não só” e “como” introduzem complementos do verbo perder.(C) Incorreta – A ação “tendo decidido” é anterior à ação “concordou”. (D)Incorreta – O termo “só”, no texto, é advérbio e significa “apenas”; já nafrase, “só” é adjetivo e significa “sozinho”. (E) Correta. Alternativa E.

10496. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) No contexto do primeiro parágrafo, é aceitável – por resguardar o sentidooriginal – a substituição de(A) Comentando (linha 5) por “Mesmo ao comentar”.(B) o tempo todo (linha 6) por “intermitentemente”.5406/5805(C) voluntariamente (linha 6) por “obstinadamente”.(D) o por “aquilo” (linha 7).(E) acorrentado por “subjugado” (linha 7).RESPOSTA (A) Incorreta – A adição do termo “mesmo” confere valor concessivo,enquanto o valor original é temporal. (B) Incorreta – As expressões “otempo todo” e “intermitentes” traduzem ideias antônimas. (C) Incorreta –“Voluntariamente” transmite uma ideia de espontaneidade, enquanto que “obstinadamente”transmite uma ideia de persistência. (D) Incorreta – No texto,“o” é artigo e define o substantivo elíptico “encargo”. (E) Correta. AlternativaE.

10497. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) No início do parágrafo 2, o segmento que corresponde a uma circunstânciade tempo é(A) Segundo todos os testemunhos.(B) o tesouro real asteca era magnífico.(C) ao ser reunido diante dos espanhóis.(D) formou três grandes pilhas de ouro.(E) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais.RESPOSTA O trecho “Segundo todos os testemunhos.” tem valor de conformidade,concordância; “o tesouro real asteca era magnífico” é oração principal;“formou três grandes pilhas de ouro” é oração principal; “que sugeriamsofisticadas cerimônias sociais” tem valor adjetivo. Já “ao ser reunido diantedos espanhóis” tem valor temporal e pode ser reescrito assim: “quando foramreunidos diante dos espanhóis”. Alternativa C.

10498. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –

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FCC) Afirma-se com correção que, no segundo parágrafo do texto,(A) houve um deslize com relação ao padrão culto escrito – os testemunhos(linha 9) –, pois “testemunha” é palavra usada somente no feminino.(B) houve deslize com relação ao padrão culto escrito – formou (linha 10) –, poisa única forma aceita como correta é “formaram-se”.(C) os dois-pontos (linha 11) introduzem citação direta do depoimento de umatestemunha.(D) a determinação de Príncipes – algum entre todos os Príncipes do Mundo deque se tem notícia (linhas 14 e 15) – inclui uma condição restritiva.5407/5805(E) o pronome as (tê-las – linha 15) remete a tão maravilhosas.RESPOSTA (A) Incorreta – O termo “testemunhos” é empregado no sentidode “relatos”, “depoimentos”. (B) Incorreta – A concordância correta é no singular(“formou”), para que haja a concordância com o núcleo do sujeito “tesouro”.(C) Incorreta – Os dois-pontos antecedem uma enumeração. (D) Correta– O artigo definido faz referência a um grupo específico de príncipes. (E)Incorreta – O pronome “as” refere-se a “peças”. Alternativa D.

10499. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Pode-se entender corretamente como expressão de causa a seguinte passagem,em seu contexto:(A) Montezuma pretendia que o tesouro fosse um tributo de sua corte ao rei espanhol(linha 16).(B) chegava-se a cem pesos para cada soldado raso (linhas 18 e 19).(C) no fim, muitos se recusaram a aceitá-la (linhas 19 e 20).(D) Cedendo à vontade de seus homens (linha 21).(E) dirigidos por um poeta asteca aos conquistadores espanhóis (linha 24).RESPOSTA Redigindo de outra forma o trecho, teríamos: “Cortés ordenou aosafamados ourives de Azcapotzalco que convertessem os preciosos objetos deMontezuma em lingotes, porque cedeu às vontades de seus homens...”.Alternativa D.

10500. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Está corretamente entendida a seguinte expressão do texto:(A) que o tesouro fosse tratado como butim / que o tesouro fosse consideradopilhagem.(B) sugeriam sofisticadas cerimônias sociais / convidavam a comemorações daalta sociedade.(C) pássaros e flores cuidadosamente cinzelados / pássaros e flores soberbamenteadornados.(D) tendo decidido ser preferível capitular / tendo optado por fazer conchavo.(E) soma tão insignificante diante de suas expectativas / quantia irrisória consideradaa carência dos espanhóis.RESPOSTA (A) Correta – O termo “butim” faz referência ao conjunto de benstomados do inimigo ou ao produto de roubo (pilhagem). (B) Incorreta –5408/5805Quando se afirma que se tratava de sofisticadas cerimônias sociais, significadizer que tais cerimônias eram bem luxuosas, requintadas. (C) Incorreta –Quando se afirma que os pássaros e flores eram cuidadosamente cinzelados,significa que eles eram esculpidos com rigor, zelo, de forma apurada, diferentedo que é sugerido pelo advérbio “soberbamente”, que dá ideia de luxo. (D) Incorreta– O verbo “capitular” significa ceder, ser derrotado; já “fazerconchavo” significar no contexto “fazer acordo”. (E) Incorreta – Quando seafirma que a soma era insignificante diante das expectativas, significa dizerque os espanhóis esperavam uma soma maior. Isso não quer dizer, porém,que se tratasse de algo irrisório tendo em vista suas necessidades. AlternativaA.

10501. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) “Feita a partilha entre o rei da Espanha, o próprio Cortés e tantos outrosenvolvidos, chegava-se a cem pesos para cada soldado raso, uma soma tão insignificantediante de suas expectativas que, no fim, muitos se recusaram aaceitá-la.”É afirmação correta sobre o fragmento acima:(A) muitos se recusaram a aceitá-la expressa uma finalidade.(B) a correlação instaurada por tão cumpre-se pela associação entre esse termo eno fim.(C) no fim equivale a “finalmente”, exprimindo que o desenlace da situação ocorreuexatamente como todos desejavam.(D) chegava-se a cem pesos para cada soldado raso exprime consequência decondição anteriormente cumprida.(E) a eliminação da primeira vírgula em que, no fim, muitos se recusaram aaceitá-la mantém a pontuação correta.R ESPOSTA (A) Incorreta – Expressa uma consequência do fato de ser tão irrisóriaa quantia. (B) Incorreta – Existe uma correlação entre tão (advérbio intensificador)e que (conjunção subordinativa consecutiva). (C) Incorreta –Havia uma expectativa dos espanhóis de que a quantia fosse maior, o que resultounuma frustração. (D) Correta. (E) Incorreta – É necessário o empregodas duas vírgulas para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta.Alternativa D.5409/5805

10502. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) “Maravilho-me de vossa cegueira e loucura, que desfazeis as joias bemlavradas para fazer delas vigotes.”Se o poeta asteca tivesse se dirigido a seus interlocutores, os conquistadores espanhóis,por meio de outro pronome, a correlação entre esse novo pronome e aforma verbal, respeitado o contexto, estaria totalmente adequada ao padrão cultoescrito em:(A) Maravilho-me de sua cegueira e loucura, que desfaz as joias...(B) Maravilho-me da cegueira e loucura de vocês, que desfazeis as joias...(C) Maravilho-me de tua cegueira e loucura, que desfaz as joias...(D) Maravilho-me de sua cegueira e loucura, que desfazem as joias...(E) Maravilho-me de sua cegueira e loucura, que desfazes as joias...

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RESPOSTA O pronome relativo “que” retoma “sua cegueira e loucura”.Portanto, deve-se empregar a forma verbal na 3ª pessoa do plural“desfazem”, para que haja concordância com esse sujeito composto representadopelo “que”. O interlocutor, como se vê pelo uso do pronome possessivo“sua”, é tratado por “você”. Alternativa D.

10503. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) ... aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava.Considerado do ponto de vista estritamente gramatical, o segmento acimamantém a correção se a forma verbal representava for substituída por(A) contestava.(B) se curvava.(C) desconfiava.(D) fazia frente.(E) se apoiava.RESPOSTA (A) Correta – Embora haja mudança de sentido em relação aocontexto, o enunciado da questão frisa a análise estritamente gramatical.(B) Incorreta – O correto seria: “... aquele monarca distante e invisível a cujopoder Cortés se curvava.”. (C) Incorreta – O correto seria: “... aquele monarcadistante e invisível de cujo poder Cortés desconfiava.”. (D) Incorreta –O correto seria: “... aquele monarca distante e invisível a cujo poder Cortés5410/5805fazia frente.”. (E) Incorreta – O correto seria: “... aquele monarca distante einvisível em cujo poder Cortés se apoiava.”. Alternativa A.A arrogância da interpretação a posteriori1A história não se repete, mas rima.Mark TwainA história repete-se; essa é uma das coisas erradas da história.Clarence Darrow5A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia podeser considerada um alertacontra duas tentações, mas eu, devidamente alertado, flertarei cautelosamentecom ambas. Primeiro, o historiador é tentado a vasculhar opassado à procura de padrões que se repetem; ou, pelo menos, comodiria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetitepor padrões afronta quem acha quea história não vai a lugar nenhum e não segue regras – “a história costumaser um negócio aleatório,10confuso”, como também disse o próprio Mark Twain. A segunda tentação dohistoriador é a soberba dopresente: achar que o passado teve por objetivo o tempo atual, como se ospersonagens do enredo da histórianão tivessem nada melhor a fazer da vida do que prenunciar-nos.Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimasna história humana, e surgem maisfortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A históriaevolutiva pode ser representada como15uma espécie depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar comigoque se trata de uma ideia tacanha.Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do queé importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmentepor acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo razõesdarwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmoda física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionaisbem informados no ramo, embora em várias versões e20interpretações. Ao escrever a história evolutiva, não me esquivo a buscarpadrões e princípios, mas procurofazê-lo com cautela.E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, aideia de que o passado atua para produzir nosso presente específico? O falecidoStephen Jay Gould salientou, com acerto, que um ícone dominante5411/5805da evolução na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíquaquanto a de lemingues25atirando-se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de ancestraissimiescos a andardesajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura que os encabeçanum andar ereto e vigoroso:o Homo sapiens sapiens – o homem como a última palavra da evolução (enesse contexto é sempre umhomem, e não uma mulher), o homem como o alvo de todo o empreendimento,o homem como um magneto,atraindo a evolução do passado em direção à proeminência.Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história daevolução: na trilha dos nossos ancestrais. Tradução de Laura Teixeira Motta. SãoPaulo: Companhia das Letras, 2009, p. 17-18).

10504. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Entende-se corretamente que, no texto, o autor(A) parte de uma concepção bastante difundida e analisa meticulosamente assuas facetas, provando sua definitiva inaceitabilidade.(B) declara sua disposição para enfrentar com estilo próprio práticas suscetíveisde serem tomadas como não recomendáveis.(C) faz um alerta contra a aceitação de conceito ultrapassado sobre a história, responsável,inclusive, por alguns equívocos em sua própria atitude deestudioso.(D) assume a posição de defensor intransigente da pesquisa feita sob critérioscontroversos, considerada perspectiva ímpar a garantir qualidade.(E) repele veementemente o comportamento de pesquisadores que veem o passadocomo fonte de qualquer benefício para o avanço da ciência.RESPOSTA As duas tentações citadas no texto – a de o historiador buscarpadrões de repetição no passado e a de ele achar que o passado teve por objetivoexplicar o tempo atual – não são descartadas por completo pelo autor,

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que chega a flertar com essas duas hipóteses, buscando justificativas que dãoa elas validade.Dessa forma, descarta-se a letra A, pois esta afirma que o autor prova a inaceitabilidadedessas hipóteses. A letra C também é equivocada, pois o autorassume o risco e vai em busca de validar as duas hipóteses. A letra D dá ao5412/5805autor características de intransigente (intolerante), o que não é o caso. A letraE contradiz o texto.É a alternativa B, portanto, que traduz corretamente a postura do autor diantedas duas tentações: disposição em aceitá-las como válidas. Alternativa B.

10505. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) No primeiro parágrafo,(A) ao citar duas vezes Mark Twain, o autor busca legitimação para seu entendimentode que o já vivido não é passível de cognição.(B) o autor cita Mark Twain (linha 10) como prova inconteste de que a históriadefinitivamente não pode oferecer paradigmas.(C) ao valer-se de Mark Twain (linha 8) o autor busca expressar metaforicamentecerta limitação a pensamento enunciado antes.(D) o autor usa tom coloquial – como se os personagens do enredo da histórianão tivessem nada melhor a fazer da vida – para reforçar o desacerto dequem atribui soberba a historiadores.(E) o autor toma como afronta pessoal a sugestão para a busca de modelos comportamentais,ideia que rejeita sem concessões.RESPOSTA (A) Falso – Não faz parte do posicionamento do autor invalidarqualquer tipo de explicação racional do passado. Tanto é assim, que ele flertacom duas hipóteses tentadoras que visam a explicar a influência do passadonos momentos atuais. (B) Falso – A citação de Mark Twain é passível de contestaçãopelo próprio autor, que assim o faz no texto. Não é, portanto, umaprova inconteste. (C) Verdadeiro – As afirmações de Mark Twain, de certaforma, tentam enfraquecer a tese de que há repetição de padrões do passado,haja vista que a história, segundo Twain, é confusa e incerta. Twain é irônicoao dizer que os historiadores buscam razão e rima em tudo, dando a entenderque não se pode tratar a história dessa forma. (D) Falso – Essa forma de expressãoé favorável àqueles que julgam que os historiadores agem de formasoberba. (E) Falso – O autor flerta com essa hipótese, admitindo haver sentidonela. Alternativa C.

10506. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Considere o segundo parágrafo e as afirmações que seguem.I. Na frase Sob nomes que não vêm ao caso para nós, o autor exprime opção pelosilêncio, mas sinaliza ter conhecimento acerca do que silencia.5413/5805II. No parágrafo, o autor realiza um afunilamento do assunto “história”, com que,no primeiro parágrafo, iniciou sua exposição.III. O emprego do pronome nós é recurso para promover aproximação mais estreitacom o leitor, tornando o discurso mais íntimo.IV. Em A história evolutiva pode ser representada como uma espécie depois daoutra, o autor explicita que a ideia de sucessão é inerente à evolução dosseres vivos e exclusiva dela.O texto abona a correção do que se afirma APENAS em(A) I e II.(B) I, II e III.(C) I, III e IV.(D) II e III.(E) II, III e IV.RESPOSTA I. Verdadeiro – Usando deste artifício, o autor insinua não desejarrevelar nomes. De fato, ele os conhece, mas prefere omiti-los. II. Verdadeiro –Há um detalhamento do que vem a ser o processo histórico na visão do autor,enfatizando-se a relação próxima com a Teoria da Evolução. III. Verdadeiro –O uso do pronome “nós” faz referência ao autor e a seus leitores. Trata-se deuma estratégia para induzir os leitores a compartilhar da mesma visão doautor. IV. Falso – O uso do verbo “poder” transmite a ideia de possibilidade,abrindo, assim, espaço para outras opções. É equivocado, portanto, afirmaruma relação de exclusividade. Alternativa B.

10507. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimasna história humana, e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporalmais longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como umaespécie depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar comigo que setrata de uma ideia tacanha.Considerado o fragmento, em seu contexto, é correto afirmar:(A) em essas são questões atualíssimas, o pronome remete a assuntos que serãoanunciados a seguir.(B) nele está rejeitada, de modo subentendido, a ideia de que a história humanapoderia abrigar mais de uma escala de tempo.(C) como está empregado com o mesmo valor e função observados no primeiroparágrafo (linha 10).5414/5805(D) a expressão hão de concordar expressa convicção acerca da inevitabilidadeda ação.(E) como uma espécie depois da outra pode ser substituído, sem prejuízo da correçãoe do sentido originais, por “como espécies contíguas das outras”.RESPOSTA (A) Falso – O pronome “essas” é anafórico, ou seja, refere-se atermos já citados no texto. (B) Falso – Quando se fala “escala temporal maislonga”, dá-se a entender que existam outras gradações de escalas temporais,não tão longas assim. (C) Falso – No primeiro parágrafo, a conjunção “como”tem valor conformativo (= conforme); já no trecho destacado, o “como” temvalor comparativo, modal. (D) Verdadeiro – Dá-se a entender que ninguémseria capaz de discordar da afirmação, o que evidencia convicção por parte doautor. (E) Falso – O termo “contíguas” tem como sinônimos “vizinhos”,“próximos”, o que distancia seu significado da ideia de sucessão (uma depoisda outra) explicitada no fragmento. Alternativa D.

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10508. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) No segundo parágrafo, a alteração que mantém o sentido e a correção originaisé a de(A) Mas (linha 15) por “Apesar de”.(B) Quem (linha 16) por “Muitos biólogos”.(C) embora (linha 19) por “não obstante”.(D) Ao escrever (linha 20) por “Salvo se escrever”.(E) mas procuro (linha 20) por “ainda que procure”.RESPOSTA “Embora” e “não obstante” são expressões conjuntivas de valorconcessivo.(A) Incorreta – “mas” é adversativo e “apesar de”, concessivo. (B) Incorreta –“quem” dá ao fragmento uma ideia de indeterminação, podendo referir-se aqualquer um que dessa forma pense. (D) Incorreta –”ao escrever” transmiteuma ideia de tempo, ao passo que “Salvo se escrever” transmite uma ideia decondição, exceção. (E) Incorreta – “mas procuro por” transmite uma ideia deoposição adversativa, ao passo que “ainda que procure” transmite uma ideiade oposição concessiva (= embora procure). Alternativa C.

10509. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Sobre a presunção da interpretação a posteriori (linha 22), é legítimoafirmar que:5415/5805(A) traduz apreciação crítica sobre tomar o momento presente como fim últimoda história.(B) é ideia adotada pelo autor como decorrência de sua cautela.(C) é negada pelo que se afirma acerca da caricatura da fila de ancestraissimiescos.(D) por efeito da argumentação desenvolvida no texto, é concepção que contradiza anunciada no título.(E) denomina o raciocínio que, à luz das conquistas teóricas do presente,apreende adequadamente o passado.RESPOSTA A expressão “interpretação a posteriori” refere-se, no texto, à segundatentação a que é submetido o historiador: a de crer que o passado éconstruído simplesmente de forma a explicar o presente. Isso, de certa forma,significa dizer que o presente corresponde ao fim (objetivo, meta) da história,o que torna coerente a alternativa A. (B) Incorreta – Pois não se trata decautela, e sim de constatação por parte do autor. (C) Incorreta – Pois a caricaturada fila de ancestrais reforça essa visão da interpretação a posteriori, emque os membros da fila se subordinam ao primeiro. (D) Incorreta – Pois essainterpretação revela a soberba dos historiadores em considerar o passadocomo simplesmente uma preparação para o presente. (E) Incorreta – Pois setrata exatamente do oposto: é por meio do entendimento do passado, comsuas conquistas teóricas, que se constrói o presente. Alternativa A.

10510. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Está corretamente entendida a seguinte expressão do texto:(A) soberba do presente (linhas 10 e 11) / aura de mistério com que os fatosatuais desafiam o conhecimento do historiador, seduzido pelo passado.(B) ícone dominante (linhas 23 e 24) / imagem emblemática pelo acerto e belezada representação.(C) quase tão ubíqua (linha 24) / próxima da perfeição desejável da reprodução.(D) como um magneto (linha 28) / à semelhança de um material imantado.(E) em direção à proeminência (linha 29) / com vistas ao que está por vir.RESPOSTA (A) Errado – O vocábulo “soberba” tem significado próximo de“arrogância” e se refere, no contexto, ao fato de muitos historiadores privilegiaremo presente, como se o passado tivesse simplesmente por objetivo ostempos atuais. (B) Errado – Não é a beleza, mas sim a representatividade e aaceitação pelos outros que tornam algo um “ícone dominante”. (C) Errado –Ubiquidade diz respeito à propriedade de algo estar presente em muitos5416/5805lugares ao mesmo tempo. (D) Certo – É feita uma associação metafórica entreo homem e o magneto, um material imantado. Essa comparação se dá em virtudede ambos exercerem um tipo de atração. (E) Errado – Proeminência significadestaque, notoriedade, importância. Alternativa D.

10511. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) É correto afirmar que, independentemente do estrito significado do verbo,a estrutura que expressa continuidade da ação é:(A) o passado atua (linha 22).(B) para produzir (linhas 22 e 23).(C) a andar (linha 25).(D) os encabeça (linha 26).(E) nesse contexto é (linha 27).RESPOSTA As alternativas A, B, D e E expressam ideias estáticas ou factuais.Já a alternativa C indica movimento, e a ideia de continuidade da ação (andar)é reforçada pela preposição “a”. É possível substituir a forma “a andar” por“andando”, ficando mais evidente a ideia de continuidade. Alternativa C.

10512. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Afirma-se corretamente que, no último parágrafo,(A) o ponto de interrogação (linha 23) sinaliza a pergunta que foi diretamente respondidapor Stephen Jay.(B) os parênteses (linha 25) acolhem retificação, realizada de modo idêntico aoque se nota em “Eu a vi ontem, aliás, anteontem”.(C) os dois-pontos (linha 26) introduzem uma citação latina que é traduzida comobjetividade no trecho após o travessão.(D) a colocação de uma vírgula antes do pronome que (linha 26) é optativa, porisso a frase alterada manteria rigorosamente o sentido original.(E) os parênteses (linhas 27 e 28) acolhem comentário considerado pertinente,mas digressivo com relação ao fio principal da argumentação.RESPOSTA (A) Errado – É equivocado afirmar que a pergunta foi diretamenterespondida por Stephen Jay, pois o questionamento não foi dirigido a Stephennem a resposta dele foi dirigida especificamente à pergunta que introduz oparágrafo. (B) Errado – O comentário dos parênteses é uma ressalva, que

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descredita a afirmação anterior. Já, no exemplo, temos uma correção, fruto de5417/5805um equívoco. (C) Errado – Os dois-pontos antecedem um nome científico queidentifica a espécie humana. O que vem na sequência não é uma tradução objetiva,portanto. (D) Errado – Não seriam equivalentes, pois a ausência da vírgulacria um sentido de restrição (uma entre outras figuras majestosas), e apresença, um sentido de explicação ou informação adicional. (E) Certo – Ocomentário dos parênteses é digressivo, pois se muda o tema tratado noparágrafo: falava-se da relação entre história e evolução e agora se falaacerca da preferência pela figura masculina em detrimento da feminina. AlternativaE.

10513. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte doque é importante.Alterando-se as formas verbais da frase acima, a correlação entre as novas formasainda estará em conformidade com o padrão culto escrito em:(A) olharia – deixava passar – foi(B) olhasse – deixaria passar – é(C) olhe – deixava passar – seja(D) olharia – deixou passar – fosse(E) olhar – deixou passar – eraRESPOSTA Duas correlações são cabíveis:I. Quem olhar a evolução dessa perspectiva deixará passar a maior parte doque é importante.Aqui se nota a correlação entre futuro do subjuntivo (olhar) com o futuro dopresente do indicativo (deixará).II. Quem olhasse a evolução dessa perspectiva deixaria passar a maior partedo que é importante.Aqui se nota a correlação entre pretérito imperfeito do subjuntivo (olhasse)com o futuro do pretérito do indicativo (deixaria). Alternativa B.

10514. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Essa ideia pode ser considerada um alerta contra duas tentações, mas eu,devidamente alertado, flertarei cautelosamente com ambas.Uma outra redação correta para o que se afirma no segmento destacado é:(A) mas, quanto à mim, alerta que estou, terei cautela ao flertar com ambas.5418/5805(B) mas eu, consciente do dever, busco flertar com as duas, embora cauteloso.(C) mas dado a mim, vigilante na medida certa, flertarei com uma ou outracuidadosamente.(D) mas no que se refere à minha pessoa, já advertido somente flertarei e comambas, cautelosamente.(E) mas eu, convenientemente prevenido, flertarei cautelosamente com uma eoutra.RESPOSTA (A) Errado – Está incorreto o emprego do acento grave antes dopronome “mim”, pois este não solicita artigo. (B) Errado – A ideia de consciênciado dever não está presente no trecho original. (C) Errado – A ideia de “medidacerta” quanto à vigilância não está presente no trecho original. Alémdisso, a presença da conjunção “ou” dá ideia de alternância, diferente da ideiade adição presente no trecho original. (D) Errado – É necessária uma vírguladepois de “advertido”. Além disso, para manter o sentido original, deveríamoseliminar o advérbio “somente” e a conjunção “e”. (E) Certo. Alternativa E.

10515. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Mas muitos biólogos hão de concordar...Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante o padrão culto escrito,exige o emprego do verbo “haver” no singular é:(A) Muitas teorias já...... sido submetidas à sua análise quando ele expressou essaconvicção.(B) Talvez...... algumas versões da teoria citada, mas certamente poucos asconhecem.(C) Quantos biólogos...... pesquisado o assunto e talvez não tenham a mesmaopinião.(D) Alguns mitos falsos...... merecido representação artisticamenteirrepreensível.(E) Nós...... de corresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.RESPOSTA (A) Errado – O verbo “haver” funciona como auxiliar e concordacom o sujeito: “Muitas teorias já haviam sido submetidas à sua análisequando ele expressou essa convicção.”. (B) Certo – O verbo “haver” éempregado no sentido de “existir”, sendo, portanto, impessoal e conjugado na3ª pessoa do singular: “Talvez haja algumas versões da teoria citada, mascertamente poucos as conhecem.”. (C) Errado – O verbo “haver” funcionacomo auxiliar e concorda com o sujeito: “Quantos biólogos hão pesquisado o5419/5805assunto e talvez não tenham a mesma opinião.”. (D) Errado – O verbo “haver”funciona como auxiliar e concorda com o sujeito: “Alguns mitos falsos haviammerecido representação artisticamente irrepreensível.”. (E) Errado – O verbo“haver” funciona como auxiliar e concorda com o sujeito: “Nós havemos decorresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.”. Alternativa B.1Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homemque as vende na calçada daRua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulhersimples e dizer ao vendedorcom voz descansada:− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.5− Quem?− Me esqueceu o nome dele.Leitor obtuso, se não percebeste que “esse homem que briga lá fora” énada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda maisobtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviufalar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola,muita lenda, disseram-lhe que10algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorandoque nas ruas só se vendem as

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folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é “esse homem que briga láfora”. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome deAntônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta mulher anônima,e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha; um diacontará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quartoem que residirem.(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, v.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763).

10516. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Está correto afirmar que, nesse fragmento da crônica,(A) são essenciais tanto a caracterização da mulher, quanto a presença da filha aseu lado, para a construção do conceito de celebridade de que trata o autor.(B) é essencial a caracterização da mulher em oposição à do leitor-interlocutor naconstrução do conceito de celebridade de que trata o autor.(C) se estabelece tensão contínua entre o que o autor vê e o que imagina, fato queobriga qualquer leitor crítico a rejeitar a assertiva Conheci ontem o que écelebridade.5420/5805(D) a sequência Não sabe o nome do Messias; é “esse homem que briga lá fora”possibilita ao autor ressaltar, ironicamente, a falta de inteligência que atribuiao leitor.(E) a cena descrita, captada pelo autor como síntese de um comportamento exemplar,restringe o sentido atribuído à palavra celebridade pelo sensocomum: fama.RESPOSTA (A) Certo – A caracterização da mulher, que desconhecia o nomede Antônio Conselheiro, e a presença de sua filha ao seu lado constroem oconceito de celebridade segundo o autor: de repente se passa a conhecer onome de uma pessoa, que não mais fugirá da memória e que também serálembrada pelas futuras gerações. (B) Errado – Faz parte da construção do conceitode celebridade a caracterização do leitor, qualificado de obtuso (rude, insensível),tapado, ignorante, de forma similar à caracterização da mulher anônima.(C) Errado – O leitor crítico tende a concordar com a criação do conceitode celebridade pelo autor. A tensão entre o que o autor vê e o que imaginaé uma estratégia usada para alcançar esse objetivo. (D) Errado – Comessas expressões, o autor reforça a falta de inteligência da mulher anônima, enão a do leitor. (E) Errado – O conceito de celebridade trabalhado pelo autordo texto vai bem mais além do que aquele simplesmente restrito à fama, poisesta pode ser passageira, ao passo que, no texto, temos algo firme eduradouro. Alternativa A.

10517. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:(A) Estava comprando (linha 1) indica, entre ações simultâneas, a que se estavaprocessando quando sobrevieram as demais.(B) dera (linha 10) exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram (linha 9).(C) acabará por entrar (linha 12) expressa um desejo.(D) levava (linha 13) designa fato passado concebido como permanente.(E) residirem (linha 14) exprime fato possível, mas improvável.RESPOSTA (A) Certo – O narrador-personagem executava essa ação(comprar), quando sobrevieram as demais (“vi chegar uma mulher”, “dizerao vendedor”). (B) Errado – A forma “dera” – pretérito mais-que-perfeito –exprime uma ação anterior à forma “disseram” – pretérito perfeito. (C) Errado– A forma “acabará por entrar” expressa inevitabilidade. (D) Errado – A forma“levava”, conjugada no pretérito imperfeito, indica uma ação duradoura, quese estende, sendo equivocado dizer, no entanto, que seja permanente. (E)5421/5805Errado – A forma “residirem”, conjugada no futuro do subjuntivo, expressafato possível e relativamente provável. Alternativa A.

10518. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que amulher disse ao vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ...quandovi chegar uma mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderiacorretamente ao padrão culto escrito é:(A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora.(B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava láfora.(C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.(D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora.(E) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.RESPOSTA Na conversão do discurso direto para o indireto, devemos estaratentos às seguintes mudanças:1) A primeira pessoa (“me”) cede lugar à terceira pessoa (“lhe”);2) O imperativo afirmativo (“dá”) cede lugar ao pretérito imperfeito do subjuntivo(“desse”);3) O presente do indicativo (“traz”, “briga”) cede lugar ao pretérito imperfeitodo indicativo (“trazia”, “brigava”);4) O demonstrativo “esse” cede lugar a “aquele”.Assim, com essas alterações, teríamos a seguinte redação: ... quando vichegar uma mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada que lhedesse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora.Alternativa B.

10519. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) ...crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces.Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total conformidadecom o padrão culto escrito em:(A) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece.(B) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei.(C) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece.5422/5805(D) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei.(E) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei.RESPOSTA 1) A forma “crê-me” está conjugada na 2ª pessoa do singular do

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imperativo afirmativo; se a levarmos para a 3ª pessoa, teríamos a forma“creia-me”;2) A forma “és” está conjugada na 2ª pessoa do singular do presente do indicativo:se a levarmos para a 3ª pessoa, teríamos a forma “é”;3) A forma “pareces” está conjugada na 2ª pessoa do singular do presente doindicativo: se a levarmos para a 3ª pessoa, teríamos a forma “parece”.Assim, a nova redação ficaria: “...creia-me que é ainda mais obtuso do queparece.”. Alternativa A.

10520. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) ... um dia contará a história à filha, depois à neta.Transpondo para a voz passiva a frase acima, a forma verbal obtida corretamenteé:(A) seriam contadas.(B) haverá de ser contada.(C) será contada.(D) haveria de ser contada.(E) poderiam ser contadas.RESPOSTA Na conversão da voz ativa para a voz passiva analítica,acrescenta-se o verbo auxiliar “ser”, conjugado no mesmo tempo do verboprincipal na voz ativa, e conjuga-se o verbo principal no particípio. Além disso,o objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito paciente na voz passiva,e o sujeito da voz ativa se transforma no agente da passiva (acompanhado dapreposição “_________________por”). Assim, transpondo para a voz passiva “... um dia contará ahistória à filha, depois à neta.”, teremos: “um dia a história será contadapor ela (mulher anônima) à filha, depois à neta.”. Alternativa C.

10521. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) Está clara e em total conformidade com o padrão culto escrito a seguinteredação:5423/5805(A) A comparação que os artistas fizeram entre as duas peças foi possível perceberque materiais distintos exigem a mesma dedicação, ainda que especificidadessejam atendidas de outra maneira.(B) O talentoso pintor, aos 13 de idade, partilhou com o trabalho do mestre por 7anos, experiência que rendeu conhecimento de recursos expressivos que dispôsem produções posteriores.(C) Aludiu de maneira discreta àquele que o havia contestado, mas reconheceutanto a pertinência quanto a importância do discordar, pois a isso, muitasvezes, devem-se avanços na ciência.(D) As ações levadas a efeito pelo grupo junto aos jovens possibilitaram reconhecimentoe respeito de seus direitos, o que lhes mobilizou a dar transparênciaao movimento e resultados.(E) A rapidez das ações é relevante para essa iniciativa, aonde o sucesso dependeda interferência imediata, pois, caso uma das atitudes for adiada, muito,muitas etapas mesmo, se deixariam sem resolver.RESPOSTA (A) Errado – Temos um nítido problema de coesão, e uma evidênciadisso é uma descontinuidade na leitura depois de “peças”. O correto, então,seria: “Na comparação que os artistas fizeram entre as duas peças,foi possível perceber que materiais distintos exigem a mesma dedicação, aindaque especificidades sejam atendidas de outra maneira.”. (B) Errado – Há equívocosna regência do verbo “partilhar” e na ausência do elemento prepositivoexigido pelo verbo “dispor”. O correto, então, seria: “O talentoso pintor, aos13 de idade, partilhou o trabalho do mestre por 7 anos, experiência querendeu conhecimento de recursos expressivos de que dispôs em produçõesposteriores.”. (C) Correto. (D) Errado – Há um equívoco de regência em “reconhecimentoe respeito de seus direitos”, uma vez que não se pode usar amesma preposição quando há termos que pedem preposições diferentes.Ocorre também uma quebra de paralelismo sintático em “transparência aomovimento e resultados”. Além disso, utilizou-se equivocadamente o pronome“lhes” com função de objeto direto. O correto, então, seria: “As ações levadasa efeito pelo grupo junto aos jovens possibilitaram reconhecimento de seusdireitos e respeito a seus direitos, o que os mobilizou a dar transparênciaao movimento e resultados.”. (E) Errado – Utiliza-se de forma equivocada“aonde” para substituir algo que não se refere a lugar. Além disso, outro erroé a vírgula depois de “mesmo”, separando sujeito e predicado. Vale ressaltarque ficaria mais bem construído se “muito” viesse antecedendo “adiada”. Finalmente,o correto é “caso seja”. O correto, então, seria: “A rapidez das açõesé relevante para essa iniciativa, em que o sucesso depende da interferência5424/5805imediata, pois, caso uma das atitudes seja muito adiada, muitas etapasmesmo se deixariam sem resolver.”. Alternativa C.

10522. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) A frase que está em total conformidade com o padrão culto escrito é:(A) A sua crescente habilidade para o diálogo ao mesmo tempo franco e polidofoi atribuído aos ambientes em que frequentava por conta da profissão.(B) Não vai fazer diferença, a essa altura, os pareceres desfavorável ao projeto,pois grande parte dos consultores reconheceu a possibilidade deimplementá-lo.(C) Esses argumentos em estilo tão requintado é fatal para convencer aquelesque os consideram mais pela aparência que pela consistência, que é umgrande equívoco.(D) Em favor à ideia ele expôs uma dezena de fatores, cujo teor poucos tinhamtido acesso antes da polêmica reunião.(E) O foco dos debates era aquela teoria, e ninguém dentre eles poderia alegarque não fora avisado da necessidade de a ele se ater, para que se evitassemsituações embaraçosas.RESPOSTA (A) Errado – Há um erro de concordância em “atribuído”, quedeveria concordar com “habilidade”. Além disso, a preposição “em” foi malempregada, pois não foi solicitada por nenhum termo (nome ou verbo). O correto,então, seria: “A sua crescente habilidade para o diálogo ao mesmotempo franco e polido foi atribuída aos ambientes que frequentava por contada profissão.”. (B) Errado – Há vários equívocos: a forma “vai” deveria concordarcom o sujeito “os pareceres”; a forma “desfavorável” deveria concordarcom o substantivo “pareceres”; a forma “lo” deveria estar no plural, pois substitui

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“pareceres”. O correto, então, seria: “Não vão fazer diferença, a essa altura,os pareceres desfavoráveis ao projeto, pois grande parte dos consultoresreconheceu a possibilidade de implementá-los.”. (C) Errado – Há umerro de concordância, pois as formas “é” e “fatal” deveriam concordar com osujeito “Esses argumentos”. Além disso, deveria haver um demonstrativo “o”antes de “que” para que se entenda todo o fato (considerar mais pela aparênciaque pela consistência) como um equívoco. O correto, então, seria: “Essesargumentos em estilo tão requintado são fatais para convencer aqueles queos consideram mais pela aparência que pela consistência, o que é um grandeequívoco.”. (D) Errado – Há um problema de pontuação, pois deveria haveruma vírgula depois de “ideia”. Há também um problema de regência, uma vez5425/5805que a expressão correta é “em favor de”, e não “em favor a”. Além disso,deveria ser usada a preposição “a” antes de “cujo”, uma vez que há a solicitaçãopor parte de “acesso”. O correto, então, seria: “Em favor da ideia, eleexpôs uma dezena de fatores, a cujo teor poucos tinham tido acesso antes dapolêmica reunião.”. (E) Correto. Alternativa E.

10523. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP – 2009 –FCC) A frase que respeita inteiramente o padrão culto escrito é:(A) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais de dez dias, mas elesquizeram que eu reiterasse a sua disposição de manter o que foiestabelecido.(B) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos que cultivavam antigaricha, reforçando a convicção de que dali há anos ainda estariam de ladosopostos.(C) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os acionistas mais antigos sedisporam a oferecer, se, e só se, os mais novos não detiverem o curso dasnegociações.(D) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de acordo com os itens consideradosprioritários, nem que para isso precisamos apelar para a decência detodos.(E) Vocês divergem, mas agora é necessário que se remedeie a situação; por isso,façam novos contratos e provejam o setor de profissionais competentes.RESPOSTA (A) Errado – Temos dois erros de ortografia em “influe” e“quizeram”. O correto, então, seria: “Nada disso influi no que foi acordado jáfaz mais de dez dias, mas eles quiseram que eu reiterasse a sua disposiçãode manter o que foi estabelecido.”. (B) Errado – Notam-se erros de ortografiaem “lacrimogênio” e “richa”. Além disso, a forma “há” foi empregada incorretamente,pois não está se referindo a tempo passado. O correto, então, seria:“Gás lacrimogêneo foi usado para dispersar os grupos que cultivavam antigarixa, reforçando a convicção de que dali a anos ainda estariam de ladosopostos.”. (C) Errado – Há um erro de conjugação na forma “disporam”. Ocorreto, então, seria: “Ficou na dependência de ele redigir tudo o que osacionistas mais antigos se dispuseram a oferecer, se, e só se, os mais novosnão detiverem o curso das negociações.”. (D) Errado – Há um equívoco no usodo modo Indicativo na forma “precisamos”, uma vez que se trata de umahipótese, e não de uma afirmação segura. O correto, então, seria: “Semeemosa ideia de que tudo será resolvido de acordo com os itens considerados5426/5805prioritários, nem que para isso precisemos apelar para a decência de todos.”.(E) Correto. Alternativa E.1As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio nanegação de suas própriasbases possibilitadoras. Quero dizer que o único pressuposto históricoviável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questãoestá na ausência de liberdade. Mas isso não no sentido preconizadopor um Fichte que, sem estar totalmente desprovido de razão, jogava coma oposição entre o livre e o5não livre, no sentido de que a liberdade se faz a partir do elemento não livre, dapresença de umobstáculo sem o qual nem se poderia conceber o surgimento da liberdade.A tese de Fichte, entretanto,se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade,válida para todos os tempose todos os lugares, enraizada na existência de um eu puro. Nosso ponto departida é bem outro; claroque a educação para a liberdade deve pressupor a frequentação de elementosnão livres vistos como10o solo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que atese nada tem a ver com umsuposto eu puro, pois ela se mostra essencialmente e antes de tudo em seucaráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutiva danatureza humana considerada em si mesma. Para nós, longe disso, aliberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que ohomem em suas origens nada ostenta que poderia insinuar a presença daliberdade.15Um eu puro – mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de suaeclosão a ser provocada porcoisas que lhe seriam totalmente estranhas, determinadas por uma exterioridadecega. Portanto, já nesseponto de partida histórico, parece evidente que as origens situam-se emtrês níveis principais: um, de ordem propriamente biológica, a confundirseem suas primícias com os enredos da evolução das espécies; já osegundo aferra-se aos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivode uma longa e laboriosa20conquista. Certamente cabe asseverar que aquele elemento biológico integra-sea seu modo nos processos5427/5805de sociabilização política do homem. E é por aí que deve surgir também,em terceiro lugar, a lenta especificação das concordâncias psicológicas.Por tais caminhos, nem há liberdade, mas liberdades que se vão fazendo;não existe a história de uma liberdade única, e sim a grande diversidade,as histórias das liberdades, sempre no plural.Obs.: Johann Gottlieb Fichte (1762-1814), filósofo alemão.

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(Gerd Bornheim, As medidas da liberdade, In: Adauto Novaes (Org.). O avesso daliberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 41-42).

10524. (Analista do MPU – 2007 – FCC) As discussões sobre aliberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de suas própriasbases possibilitadoras.Considerado o contexto, a frase acima está corretamente entendida em:(A) Antes de qualquer consideração particular, importa assumir que a discussãosobre liberdade implica obrigatoriamente conceber sua ausência.(B) A princípio, pensou-se que reflexões sobre liberdade implicassem a consideraçãodos fundamentos a partir dos quais elas seriam feitas.(C) Questões relacionadas à liberdade devem ser genericamente pensadas, vistoque ela depende das bases em que se manifesta.(D) Questionar o sentido de liberdade depende de ajustamento de princípios: énecessário que suas bases constituintes sejam passíveis de controvérsias.(E) É indispensável que, desde o início, o questionamento acerca do direito àliberdade contemple a definição das condições em que ele possa existir.RESPOSTA (A) Certo – De fato, a liberdade é entendida por meio das condiçõesinibitórias ao seu exercício. (B) Errado – A redação original assume que,para se entender a liberdade, é necessário conhecer as causas que inibem oseu exercício. Difere, assim, da redação da assertiva, que afirma ser necessárioconhecer os fundamentos da liberdade para entendê-la. (C) Errado –O conteúdo da assertiva não é o mesmo da redação original: enquanto estadiz respeito à definição da liberdade baseada no não livre, aquela faz referênciaa uma forma genérica de definição. (D) Errado – O conteúdo da assertivanão é o mesmo da redação original: enquanto esta diz respeito à definição daliberdade baseada no não livre, aquela faz referência a controvérsias surgidasa partir da definição de liberdade. (E) Errado – Segundo a redação original, énecessário entender a liberdade por meio das condições em que ela é inibida.Alternativa A.5428/5805

10525. (Analista do MPU – 2007 – FCC) O autor do texto, nasprimeiras 8 linhas,(A) cita um Fichte para alertar acerca de certos filósofos que costumam estabelecerjogos de oposições sem consistência lógica, apesar da aparenteracionalidade.(B) desvaloriza as ideias de Fichte por julgar que os contrastes do seu raciocíniosão próprios de um espírito desprovido de razoabilidade, carência que nãoatribui a esse filósofo.(C) nega qualquer concordância com as ideias de Fichte, visto que este filósofopensa a liberdade na sua relação com os obstáculos que a impedem.(D) apresenta a premissa de suas reflexões e alerta para que não seja confundidacom ideia de Fichte, cujo discernimento relativiza.(E) detalha as ideias de Fichte e, por aproximações, defende a convergência depressupostos e pontos de vista entre ele e o filósofo, sem negar, entretanto,diferenças de métodos.RESPOSTA (A) Errado – O autor não concorda integralmente com Fichte, masnão nega certa razão nas opiniões do filósofo. Isso fica bem evidente no trecho“Mas isso não no sentido preconizado por um Fichte que, sem estar totalmentedesprovido de razão, jogava com a oposição entre o livre e o não livre”. (B)Errado – O autor considera sim a existência de certa razão na opinião deFichte, o que pode ser evidenciado em “... Fichte que, sem estar totalmentedesprovido de razão...”. (C) Errado – O autor mostra concordância com a ideiade Fichte associada à definição de liberdade baseada na não liberdade. (D)Certo – Exato. O autor não concorda integralmente com Fichte, relativizando(= enfraquecendo) sua ideia de que a liberdade deve ser entendida como umprincípio geral, aplicado a todos, em qualquer tempo e lugar. (E) Errado – Hádiscordâncias entre os dois acerca da abrangência dos conceitos de liberdade:enquanto um – Fichte – a entende de forma mais generalista, o outro – oautor – a entende de forma mais diversificada. Alternativa D.

10526. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A argumentação doautor revela(A) um espírito grandemente instigado a definir a liberdade de modo a atribuirlheum sentido universal e permanente.(B) a rejeição à existência de um eu puro, cuja essência se constrói a partir dasrelações humanas estabelecidas em precisos tempo e lugar.5429/5805(C) sua dificuldade em definir o eu puro, conceito que lhe permitiria expressar osentido que atribui à liberdade, visto que os considera em relação de causa eefeito.(D) sua crença em realidades que, exteriores ao homem, podem fazer desabrocharo eu puro ainda não manifesto.(E) sua discordância em pensar a liberdade a não ser como inserida na tessiturada realidade humana.RESPOSTA (A) Errado – O autor nega Fichte, ao entender que o conceito deliberdade não pode ser tomado como universal. (B) Errado – Segundo Fichte, oconceito de eu puro se aplicaria a qualquer tempo e lugar, o que gera a discordânciapor parte do autor, que não considera factível a existência de um eupuro. (C) Errado – O autor nega a existência de um eu puro, contrapondo-seàs definições de Fichte. (D) Errado – Mais uma vez, o eu puro é negado peloautor, haja vista que ocorre a diversidade de manifestações de liberdade aolongo do tempo. (E) Certo – De fato, o autor nega a existência de um conceitode liberdade atemporal. Sua definição está condicionada ao tempo e ao lugar.Alternativa E.

10527. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Considere as 7 linhasfinais do texto, o contexto e as afirmações que seguem.I. O segmento já nesse ponto de partida histórico expressa uma hipótese que,caso fosse acatada pelo autor, permitiria o entendimento do período iniciadocom Portanto como uma conclusão, fato que não ocorre, como o comprova ouso de parece.II. Dos três níveis principais citados pelo autor, apenas um é caracterizado comode natureza essencialmente individual, tornando inadmissível qualquer possibilidade

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de vínculo entre ele e os demais.III. A frase a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquistaexpressa noção de consequência.Está correto o que se afirma SOMENTE em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA I. Falsa – Trata-se de uma conclusão com base no que foi expostopelo autor ao longo do texto. Não se trata de uma hipótese, mas sim de uma5430/5805dedução com base nas premissas trabalhadas pelo autor. II. Falsa – O autornão deixa claro que se trate de três níveis inconciliáveis. Deixa, inclusive, explícitaa possibilidade de que o primeiro motivo – atrelado ao contexto biológico– pode influenciar (e ser influenciado) pelo segundo – atrelado ao contextosocial. É o que fica bem evidente no segmento “Certamente cabe asseverarque aquele elemento biológico integra-se a seu modo nos processos de sociabilizaçãopolítica do homem”. III. Verdadeira – No segmento “o segundo aferraseaos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa elaboriosa conquista”, é possível identificar uma relação de causalidade (causae efeito) entre os dois segmentos. Isso fica mais evidente se reescrevermosassim o texto original: “a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosaconquista, uma vez que pode ser associada aos contextos sociais”.Dessa forma, o trecho destacado traz consigo a ideia de consequência. AlternativaC.

10528. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Por tais caminhos, nemhá liberdade, mas liberdades que se vão fazendo; não existe a história de umaliberdade única, e sim a grande diversidade, as histórias das liberdades, sempreno plural.Sobre o período acima é correto afirmar:(A) o duplo paralelismo estabelecido articula-se por meio do mesmo instrumento,a correlação entre nem e mas.(B) a ideia de “pluralidade” está explicitamente referida, mas está presente, também,na própria composição dos paralelismos.(C) mas foi empregado com o mesmo valor encontrado em “Estou impressionada,mas muito impressionada mesmo!”.(D) a substituição de tais por “semelhantes” mantém o sentido original da frase.(E) a substituição de que se vão fazendo por “contínuas” mantém o sentido originalda frase.RESPOSTA (A) Errado – Contribuem para os paralelismos (conexão entre oraçõescoordenadas) não só a correlação “nem... mas”, mas também a correlação“não... e sim” (“não... mas sim”). (B) Certo – De fato, as expressões“nem há liberdade” e “não existe a história de uma liberdade única” evidenciama pluralidade de liberdades. (C) Errado – No trecho “nem há liberdade,mas liberdades” o “mas” assume um valor semântico de ressalva (consideração,observação). Já em “Estou impressionada, mas muito impressionadamesmo!”, o “mas” assume um valor semântico de ênfase, intensidade. (D)5431/5805Errado – No texto, o pronome demonstrativo “tais” equivale ao anafórico“esses”. (E) Errado – A expressão “que se vão fazendo” assume o sentido de“que se vão construindo”. Dessa forma, a ideia de “estar em processo” não étraduzida de forma efetiva por “contínuas” – associada à ideia de“ininterruptas”. Alternativa B.

10529. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Está corretamente entendidaa seguinte expressão do texto:(A) único pressuposto histórico viável – singular e exequível conjecturahistórica.(B) não no sentido preconizado – negando o caráter problematizado.(C) instaurar a inteireza do entendimento da questão – promover a compreensãodo problema em sua totalidade.(D) se move dentro do âmbito de uma teoria geral – tem como parâmetro os rígidospreceitos da teoria universal.(E) solo em que medra – superfície em que míngua.RESPOSTA (A) Errado – O vocábulo “pressuposto” significa “algo já sabido”.Dessa forma, não é corretamente traduzido pelo vocábulo “conjectura”, quesignifica “hipótese”. (B) Errado – O vocábulo “preconizado” significa “recomendado”.Dessa forma, não é corretamente traduzido pelo vocábulo “problematizado”.(C) Certo – De fato, o vocábulo “inteireza” está associado à ideiade “inteiro”, “total”. (D) Errado – A ideia de rigidez não está contemplada naredação original. (E) Errado – O verbo “medrar” significa “crescer”,“desenvolver-se”, opondo-se, assim, à ideia de “minguar”, que significa “retrair”,“diminuir”. Alternativa C.

10530. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A tese de Fichte, entretanto,se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade,válida para todos os tempos e todos os lugares, enraizada na existência deum eu puro. Nosso ponto de partida é bem outro; claro que a educação para aliberdade deve pressupor a frequentação de elementos não livres vistos como osolo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que a tesenada tem a ver com um suposto eu puro, pois ela se mostra essencialmente eantes de tudo em seu caráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutivada natureza humana considerada em si mesma.Considerado o fragmento acima e o contexto, é correto afirmar:5432/5805(A) a conjunção entretanto equivale a “por conseguinte”.(B) em é bem outro, o advérbio foi empregado para demarcar, com nitidez, adiferença alegada.(C) a frase pois ela se mostra essencialmente e antes de tudo em seu caráterhistórico expressa uma consequência.(D) no segmento em seu caráter histórico, o termo destacado refere-se a umsuposto eu puro.(E) os dois-pontos anunciam uma enumeração, série com a qual se deseja apresentar

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uma explicação convincente.RESPOSTA (A) Errado – A conjunção adversativa “entretanto” equivale a “noentanto”, “porém”, etc. Já “por conseguinte” é conjunção conclusiva e equivalea “por isso”, “portanto”, etc. (B) Certo – De fato, o advérbio “bem” assume umvalor semântico de intensidade, destacando a diferença citada. (C) Errado – Aconjunção coordenada “pois” estabelece uma relação de explicação. (D) Errado– O pronome anafórico “seu” referencia no trecho citado o vocábulo“liberdade”. (E) Errado – Os dois-pontos cumprem uma função explicativa. Emseu lugar, é possível a substituição pela conjunção “pois” antecedida de vírgula.Alternativa B.

10531. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Para nós, longe disso, aliberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que o homemem suas origens nada ostenta que poderia insinuar a presença da liberdade.Um eu puro – mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de suaeclosão a ser provocada por coisas que lhe seriam totalmente estranhas, determinadaspor uma exterioridade cega.Considerado o fragmento acima e o contexto, é correto afirmar:(A) A substituição de Para nós por “Quanto à nós, entendemos que” mantém acorreção da frase e o sentido original.(B) Invertendo a ordem dos segmentos iniciais – “Longe disso, para nós” –, umavírgula depois de nós estaria em desacordo com as normas gramaticais.(C) O pronome que destacado refere-se a o homem.(D) O pronome lhe destacado refere-se a esse eu.(E) Formas como poderia e seriam denotam que o autor lida meramente comhipóteses, o que o impede de fazer informações categóricas sobre o tema.RESPOSTA (A) Errado – Não é justificado o emprego da crase diante do pronome“nós”, uma vez que este repele o artigo “a”. (B) Errado – Com a5433/5805alteração proposta, a vírgula após “nós” torna-se necessária, uma vez que otrecho “para nós” foi deslocado da ordem direta. (C) Errado – O pronome relativo“que” retoma anaforicamente “nada” (nada poderia insinuar a presençada liberdade). (D) Certo. (E) Errado – A presença dessas hipóteses não impedeo autor de afirmar categoricamente, por exemplo, que o eu puro não existe.Alternativa D.

10532. (Analista do MPU – 2007 – FCC) ... a liberdade se faz apartir do elemento não livre, da presença de um obstáculo sem o qual nem sepoderia conceber o surgimento da liberdade.Considerado o contexto, outra redação que, clara e correta, preserva o sentidooriginal do segmento grifado acima é:(A) de um obstáculo sem cuja presença nem se poderia conceber o surgimento daliberdade.(B) de um obstáculo a qual a presença seria necessária para se conceber o surgimentoda liberdade.(C) da presença de um obstáculo com o qual, faltando, nem se poderia concebero surgimento da liberdade.(D) de um obstáculo que a presença dele não poderia faltar para se conceber osurgimento da liberdade.(E) da presença de um obstáculo que se depende para conceber o surgimento daliberdade.RESPOSTA (A) Certo – Trata-se de uma perfeita paráfrase, ou seja, cópia doconteúdo original com outras palavras. (B) Errado – Como se trata de uma relaçãode posse entre “presença” e “obstáculo” (presença do obstáculo), o pronomerelativo adequado para expressar esse fim é o “cuja” (obstáculo cujapresença). (C) Errado – A redação é confusa, principalmente o trecho “... como qual, faltando,...”. Fica muito mais clara a mensagem substituindo essetrecho por “sem o qual”. (D) Errado – Deve-se empregar o pronome relativo“cujo” – e suas variações – para se referir a relações de posse. Assim, ficariamais adequada a redação “obstáculo cuja presença”, em vez de “obstáculo quea presença dele”. (E) Errado – A forma verbal “se depende” solicita a regênciada preposição “de”, que deve ser posicionada antes do pronome relativo “que”.Assim, a redação correta seria “da presença de um obstáculo de que se dependepara conceber o surgimento da liberdade.”. Alternativa A.5434/5805

10533. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A afirmação correta é:(A) No texto, o adjetivo viável está empregado de acordo com as normas gramaticais,assim como em “Os projetos se tornaram, depois do acordo, totalmenteviável”.(B) Transposta a frase a educação para a liberdade deve pressupor a frequentaçãode elementos não livres para a voz passiva, a forma verbal obtidaé: “devem ser pressupostos”.(C) Se no segmento não existe algo o termo grifado fosse substituído por “evidênciasde nenhuma ordem”, a forma verbal deveria permanecer a mesmapara que a correção da frase fosse preservada.(D) Se, em a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa caminhada,o termo destacado fosse substituído por “as liberdades”, a correçãoseria mantida com a locução verbal alterada para “passam a serem”.(E) Em nem há liberdade, o verbo está empregado conforme as normas gramaticais,assim como em “Eles hão de reconhecer o engano cometido”.RESPOSTA (A) Errado – É necessário empregar a forma plural “viáveis”, paraque haja a concordância com o substantivo “projetos”. Assim, o correto seria:“Os projetos se tornaram, depois do acordo, totalmente viáveis.”. (B) Errado– O sujeito na voz passiva é o paciente da ação verbal: a frequentação de elementosnão livres. Quanto às formas verbais, soma-se o auxiliar “ser”, flexionadono mesmo tempo do verbo principal na voz ativa, acompanhado do verboprincipal na forma nominal particípio. Dessa forma, a frase transposta para avoz passiva fica da seguinte forma: a frequentação de elementos nãolivres deve ser pressuposta pela educação. (C) Errado – Com a substituiçãoproposta, é necessário empregar a forma plural “existem”, para que hajaconcordância entre o verbo – existem – e o sujeito – evidências. (D) Errado –O verbo principal infinitivo numa locução verbal não é flexionado. Assim, ocorreto seria “passam a ser”. (E) Certo – No segmento “nem há liberdade”, overbo “haver” está empregado no sentido de “existir”, comportando-se, portanto,

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como impessoal. Nessas condições, conjuga-se o verbo somente na 3ªpessoa do singular. Já em “Eles hão de reconhecer o engano cometido”, overbo “haver” está empregado como auxiliar do verbo principal “reconhecer”,concordando, assim, com o sujeito “Eles”. Alternativa E.1A história dos países atrasados nos séculos XIX e XX é a história da tentativa dealcançar o mundomais avançado por meio de sua imitação. Os japoneses do século XIX tomavama Europa como modelo;5435/5805os europeus ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, imitavam aeconomia norteamericana. Aexperiência da Europa Central e Oriental no século XX é, genericamentefalando, a de tentar atualizar-se5mediante a sucessiva adoção e fracasso de vários modelos. Depois de 1918,quando a maioria dos paísessucessores constituía-se de países novos, o modelo foi o da democracia edo liberalismo econômico do Ocidente. O presidente Wilson – a estaçãoprincipal de Praga está batizada novamente com o seu nome?– era o santo padroeiro da região, menos para os bolcheviques, queseguiam seu próprio caminho.(Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau eHenry Ford.) Isso não funcionou.10Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos.A Grande Depressãoacabou destruindo a democracia multinacional até mesmo naTchecoslováquia.(Eric Hobsbawm, Dentro e fora da história, In: Sobre história. São Paulo: Companhiadas Letras, 1998, p. 15).

10534. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A alternativa que apresenta,de modo claro e correto, adequado resumo das principais ideias do textoé:(A) Os países novos, depois de 1918, tentando progredir como os mais avançados,seguiam à risca os modelos eficientes, fossem da Europa, fossem norteamericanos,fossem democratas e liberais na economia, como o de Wilson(para alguns, para outros, não), e a Grande Depressão (de 20 a 30) provouque não era certo.(B) Nações atrasadas permaneceram nos séculos XIX e XX de sua história imitandoa Europa, mais especificamente, além do modelo norte-americano,porque, depois de insucessos, restou a democracia e o liberalismo econômico,que, com o presidente Wilson – e alternativamente Ratheau e Ford–, fracassou com a Grande Depressão.(C) A específica questão dos japoneses e europeus ocidentais, depois da SegundaGuerra Mundial, constitui-se em imitar os modelos que elegiam comopadrão de avanço e, com permanentes fracassos, optaram finalmente pelademocracia e liberalismo econômico, que acabou por provocar o colapso dosistema nas décadas de 20 e 30.5436/5805(D) Nos séculos XIX e XX, as nações atrasadas queriam o progresso, mas por viada imitação, cada uma elegendo seu modelo, quer europeu, quer norteamericano;no século passado, nem mesmo o modelo da democracia e do liberalismoeconômico do Ocidente produziu êxito, pois ele conheceu a decadêncianos anos 20 e 30.(E) As nações atrasadas nos séculos XIX e XX têm sua história marcada pelo progresso,mas sempre imitando paradigmas, o que produziu fracassos eacabou, no caso da Europa Central e Oriental, por abraçar a democracia e oliberalismo econômico do Ocidente, que também se revelou inconsistente.RESPOSTA (A) Errado – No trecho “como o de Wilson”, não está claro a quetermo se refere o pronome demonstrativo “o” (= aquele), prejudicando aclareza do texto. O comentário parentético “para alguns, para outros, não”também é confuso, pois não se sabe o que é (e o que não é) Wilson para uns.(B) Errado – É incoerente o trecho “porque, depois de insucessos, restou ademocracia e o liberalismo econômico”. Não traz o texto essa relação decausa, evidenciada pela conjunção “porque”. A relação trazida pelo texto é detempo, como pode ser observado no trecho “Depois de 1918, quando amaioria dos países sucessores constituía-se de países novos, o modelofoi o da democracia e do liberalismo econômico do Ocidente.”. (C) Errado – Otrecho “que acabou por provocar o colapso do sistema nas décadas de 20 e30” passa uma ideia de consequência, como se a opção pela democracia e peloliberalismo econômico é que tenha levado ao colapso do sistema, o que não éverdade de acordo com o texto. As causas desse colapso foram outras e nãoforam explicitadas no texto (Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modeloentrou em colapso, em termos políticos e econômicos.). (D) Certo – O trecho“Nos séculos XIX e XX, as nações atrasadas queriam o progresso, mas por viada imitação, cada uma elegendo seu modelo, quer europeu, quer norteamericano;”sintetiza a primeira parte do texto, que vai de “A história dos paísesatrasados nos séculos XIX e XX...” até “... adoção e fracasso de vários modelos”.Já o trecho “no século passado, nem mesmo o modelo da democracia edo liberalismo econômico do Ocidente produziu êxito, pois ele conheceu adecadência nos anos 20 e 30.” resume a segunda parte do texto, que vai de“Depois de 1918, quando a maioria dos países sucessores...” até “... a democraciamultinacional até mesmo na Tchecoslováquia.”. (E) Errado – O trecho“As nações atrasadas nos séculos XIX e XX têm sua história marcada pelo progresso,...”não está amparado pelo texto. Afirma-se nele que as nações atrasadas,no século XIX e XX, tentaram imitar as nações desenvolvidas, mas,em momento algum, afirmou-se que esses atrasados tinham como marca oprogresso. É o que se pode verificar no trecho “A história dos países atrasados5437/5805nos séculos XIX e XX é a história da tentativa de alcançar o mundo maisavançado por meio de sua imitação.”. Alternativa D.

10535. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Na organização dotexto,(A) a frase os europeus ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, imitavama economia norte-americana (linha 3) constitui mais um dado da

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análise do que ocorreu com a nação japonesa no século XIX.(B) a expressão genericamente falando (linha 4) constitui estratégia do autorpara orientar o processo de leitura do trecho.(C) a expressão a sucessiva adoção e fracasso de vários modelos (linha 5) constituium paradoxo.(D) a expressão vários modelos (linha 5) equivale a “modelos plurais”.(E) a expressão Depois de 1918 (linha 5) constitui parâmetro temporal e pode sersubstituída, sem prejuízo da correção e clareza, por “Sucedendo 1918”.RESPOSTA (A) Errado – De forma alguma, já que a frase (linha 3) faz referênciaa países europeus. (B) Certo. (C) Errado – De forma alguma, haja vistaque um – o fracasso – ocorreu após o outro – a adoção. Como o paradoxo sedá quando coexistem no mesmo ínterim oposições inconciliáveis, não se podeconsiderar que o ocorra na frase (linha 5). (D) Errado – O posicionamento de“vários” antes de “modelos” dá a ideia de quantidade (foram muitos os modelos);já o posicionamento de “plurais” depois de “modelos” dá a ideia de diversidade(diferentes um do outro, mas não necessariamente em grande quantidade).(E) Errado – Dá-se a entender que o sujeito da forma “Sucedendo” é“modelo” (o modelo sucedeu 1918), enquanto, na redação original, o termo“Depois de 1918” (linha 5) é um adjunto adverbial. Alternativa B.

10536. (Analista do MPU – 2007 – FCC) O presidente Wilson –a estação principal de Praga está batizada novamente com o seu nome? – era osanto padroeiro da região, menos para os bolcheviques, que seguiam seupróprio caminho. (Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenaue Henry Ford.)No fragmento acima,(A) os travessões desempenham função análoga à dos parênteses.(B) a retirada da vírgula depois de bolcheviques não altera o sentido original.5438/5805(C) se a frase entre travessões fosse iniciada com “gostaria de saber se”, o pontode interrogação deveria ser preservado.(D) considerada a argumentação desenvolvida, os parênteses contêm ideia que,se não for considerada à parte, anula o que se afirmou anteriormente.(E) se a expressão Na verdade fosse deslocada para imediatamente depois dosdois-pontos, o sentido original não seria prejudicado.RESPOSTA (A) Certo – De fato, tanto os travessões, como os parêntesescumprem a função de isolar um comentário do conteúdo do texto. (B) Errado –A retirada da vírgula faria com que a oração adjetiva “que seguiam seu própriocaminho” deixasse de ser explicativa e passasse a ser restritiva. Dessa forma,não seriam mais todos os bolcheviques que seguiam o mesmo caminho, masapenas alguns. (C) Errado – Não haveria mais a necessidade do ponto de interrogação,pois teríamos uma interrogativa indireta, que não requer esse sinal:gostaria de saber se a estação principal de Praga está batizada novamentecom o seu nome. (D) Errado – O comentário entre parênteses se soma à discussão,e não anula o conteúdo anterior. (E) Errado – Seria sim completamentealterado o sentido original, pois daria a entender que Rathenau e HenryFord não são modelos estrangeiros. Alternativa A.

10537. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Isso não funcionou.Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos eeconômicos.A relação estabelecida no texto entre as duas frases acima está corretamente expressapor:(A) à proporção que.(B) no entanto.(C) por conseguinte.(D) se bem que.(E) uma vez que.RESPOSTA Há uma relação de causa e efeito entre as duas frases. Isso ficamais evidente reescrevendo as frases da seguinte maneira: Isso não funcionou,uma vez que, nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termospolíticos e econômicos.(A) A locução conjuntiva “à proporção que” tem valor semântico proporcional.(B) A locução conjuntiva “no entanto” tem valor semântico de oposição adversativa.(C) A locução conjuntiva “por conseguinte” tem valor semântico5439/5805conclusivo. (D) A locução conjuntiva “se bem que” tem valor semântico deoposição concessiva. Alternativa E.

10538. (Analista do MPU – 2007 – FCC) (Na verdade, tambémeles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou.Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos.A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional atémesmo na Tchecoslováquia.Observado o fragmento acima, é correto afirmar:(A) A palavra também foi empregada para dar ênfase à ideia apresentada, expressandoo mesmo sentido que se nota em “Essa história também já édemais!”.(B) O vocábulo colapso estaria corretamente separado em sílabas assim: “co – la– pso”.(C) A expressão até mesmo assinala que, no processo de defesa da ideia, o elementocitado constitui-se como o argumento mais forte.(D) A expressão acabou destruindo exprime a mesma ideia que a forma verbal“destruíra”.(E) A expressão entrou em colapso foi empregada para exprimir que a perda daeficiência ocorria paulatinamente.RESPOSTA (A) Errado – No texto, a palavra “também” foi empregada no sentidode “da mesma forma”, “do mesmo modo”, enquanto, na frase trazida pelaassertiva, seu uso está associado à ideia de ênfase, destaque. (B) Errado – Aseparação correta é co – lap – so. (C) Certo – De fato, a expressão “atémesmo” destaca o ocorrido na Tchecoslováquia. (D) Errado – A forma“destruíra” é conjugação do pretérito mais-que-perfeito do indicativo e equivalea “tinha destruído”. (E) Errado – A palavra “colapso” enfatiza o caráter repentinocom que se deu a mudança, e não paulatino (gradualmente). AlternativaC.

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10539. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A frase que está totalmentecorreta quanto à grafia e acentuação é:(A) O excesso de fracassos às vezes leva o governante de uma nação a por a culpaem pessoas ou sistemas, sem a mínima exitação.(B) A parte teórica estava sucinta, mas o grande número de notas incertas demodo desorganizado no texto provocou um desequilíbrio desastrozo.5440/5805(C) Não se conseguiu reconhecer quem fez as rúbricas, por isso ninguém pode,ontem, ser admoestado.(D) A análise dos obstáculos não para aí, por isso não é mau conselho sugerir quese aceite a colaboração espontânea dos especialistas na área.(E) Alguns contratos foram recindidos porque a assessoria considerou certosvalores extorsivos, chegando à sugerir uma auditoria no setor.RESPOSTA (A) Errado – O correto seria: O excesso de fracassos às vezes levao governante de uma nação a pôr a culpa em pessoas ou sistemas, sem amínima hesitação. Observação: hesitação = temor, medo. (B) Errado – Ocorreto seria: A parte teórica estava sucinta, mas o grande número de notasinsertas de modo desorganizado no texto provocou um desequilíbrio desastroso.Observação: insertas = inseridas. (C) Errado – O correto seria:Não se conseguiu reconhecer quem fez as rubricas, por isso ninguém pôde,ontem, ser admoestado. Observação: rubricas – palavra paroxítona;pôde – pretérito perfeito do indicativo / pode – presente do indicativo.(D) Certo. Observação: com o novo acordo ortográfico, o acento diferencial do“para” / “pára” não é mais utilizado. (E) Errado – O correto seria: Alguns contratosforam rescindidos porque a assessoria considerou certos valores extorsivos,chegando a sugerir uma auditoria no setor. Observação: não seemprega crase antes de verbos. Alternativa D.

10540. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A concordância estátotalmente de acordo com a norma-padrão da língua em:(A) Tudo indica que vai ser questionado, em cada setor, a decisão de ser prorrogadoo início das férias de todos os funcionários.(B) Ela quer que seja pedido aos encarregados, o mais rapidamente possível, aslistas de compras, para que seja possível atender-lhe as solicitações antes dofim do mês.(C) Exige-se, sim, de toda a equipe, as maneiras mais polidas no trato com os visitantes,pois a eles se devem as possibilidades de manutenção do parque.(D) Tratam-se de questões espinhosas, incluindo as que diz respeito aos novostermos da lei, por si sós bastante discutíveis.(E) Deve-se aos trâmites internos, mais do que às argumentações produzidas noprocesso, a demora do julgamento, visto que os analistas ainda não aspuderam ter em mãos.RESPOSTA (A) Errado – Deve-se empregar a forma “questionada”, para quehaja a concordância com o substantivo feminino “decisão”. (B) Errado – Deve-5441/5805se empregar a forma “sejam pedidas” para que haja concordância com o substantivofeminino núcleo do sujeito “listas”. (C) Errado – Deve-se empregar aforma plural “Exigem-se”, para que haja concordância com o núcleo do sujeitopaciente “maneiras” (Excluem-se as maneiras = São excluídas as maneiras).(D) Errado – Emprega-se a forma invariável “Trata-se”, haja vista que setrata de uma indeterminação do sujeito, mais precisamente o 2º caso (verbona 3ª pessoa do singular + índice de indeterminação do sujeito se). Alémdisso, deve-se empregar a forma verbal plural “dizem”, para que haja concordânciacom o antecedente de “que”: o pronome demonstrativo “as” (=aquelas). Por fim, deve-se empregar “só” em vez de “sós”, uma vez que temosa equivalência com “somente”. (E) Certo. Alternativa E.

10541. (Analista do MPU – 2007 – FCC) A redação que estáclara e totalmente correta é:(A) Devido aos novos rumos dos negócios que as pessoas devem se precaver, poisa mudança na Economia é entendida, cada vez menos, por um númeropequeno de pessoas.(B) Sendo, ou não, influenciados pelo grande público, os rapazes representavamentusiasmadamente o texto que lhes possibilitava a manifestação completado talento.(C) Embora a doença seja erradicada facilmente, no ano anterior, registraram-senesta semana alguns casos de recaída, do qual muitos deles, foram atendidosprontamente.(D) São visões diferente ao que Machado manifestou em seus romances, indo,mesmo, na direção contrária das suas obras.(E) O desastre foi violento e as vítimas foram socorridas ao hospital mais próximo,onde, perante os quadros, foram tomadas as medidas emergenciaismais adequadas.RESPOSTA (A) Errado – A frase é incompleta, pois não há nela uma oraçãoprincipal. Além disso, a forma verbal “se precaver” solicita a regência da preposição“de”, que deve ser posicionada antes do pronome relativo “que”. (B)Certo. (C) Errado – A presença simultânea dos adjuntos adverbiais temporais“no ano anterior” e “nesta semana” torna confuso o enunciado. Além disso, éincorreta a vírgula depois de “deles”, uma vez que ela isola sujeito – muitosdeles – e verbo – completa. (D) Errado – Deve-se empregar a forma plural“diferentes”, para que haja concordância com o substantivo “visões”. Alémdisso, o nome “diferente” solicita a regência da preposição “de” (diferente do5442/5805que Machado... no lugar de diferente ao que Machado). (E) Errado – Deve-seempregar a preposição “em” em vez de “a”, resultando na construção“socorridas no hospital”. Alternativa B.

10542. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Empregou-se de acordocom o padrão culto a forma grifada em:(A) Provi os voluntários de todos os instrumentos necessários para o bomatendimento.(B) Se eles se indisporem com o atual diretor, terão problemas no fim do ano.(C) Caso ele se abstém de votar, será difícil justificar sua atitude.(D) Quando satisfazerem plenamente suas vaidades, entenderão que foram

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fúteis.(E) Sofreram tantos e tão variados revés na vida, que fortaleceram suaresistência.RESPOSTA (A) Certo – Trata-se da 1ª pessoa do singular do pretérito perfeitodo indicativo do verbo “prover”. (B) Errado – O correto seria “se indispuserem”– futuro do subjuntivo do verbo “indispor-se”. (C) Errado – O correto seria “seabstenham” – presente do subjuntivo do verbo “abster-se”. (D) Errado – Ocorreto seria “satisfizerem” – futuro do subjuntivo do verbo “satisfazer”. (E)Errado – O correto seria “reveses” – plural de do substantivo “revés”. AlternativaA.

10543. (Analista do MPU – 2007 – FCC) Empregou-se de acordocom o padrão culto a forma grifada em:(A) Afirmou que a analogia pelas duas obras é claramente notada.(B) Habituou-se em observar os menores detalhes de cada tela do pintor.(C) O portão era ladeado com duas guaritas.(D) O susto emudeceu-lhe.(E) Desconfio que ele seja espião.RESPOSTA (A) Errado – Deve-se empregar a preposição “entre”: analogia(semelhança) entre as duas obras. (B) Errado – Deve-se empregar a preposição“a” (habituar-se a algo). (C) Errado – Deve-se empregar a preposição“de” (ladeado de alguém, de algo). (D) Errado – Deve-se empregar o pronomeoblíquo “o”, haja vista que o verbo “emudecer” solicita um objeto direto.(E) Certo – Trata-se de uma conjunção integrante, que introduz uma oração5443/5805subordinada substantiva objetiva indireta. Diante da conjunção integrante, épossível omitir o elemento prepositivo. Alternativa E.O valor da informaçãoUm indivíduo participa da vida social em proporção ao volume e à qualidadedas informações que possui,mas, especialmente, em função de suas possibilidades de aproveitá-las e,sobretudo, de sua possibilidade de nelas intervir como produtor do saber.Isso significa que, nas discussões acerca das condições sociais da democracia,algumas questões merecem ser focalizadas.Como os indivíduos recebem a informação? Quais as informações que lhessão dadas? Quando o são?Quem as dá? Com que fim são fornecidas – para serem fixadas mecanicamenteou para lhes dar liberdadede escolha e margem de iniciativa?São questões decisivas, se a discussão da democracia for a sério.(Adaptado de Marilena Chauí, Cultura e democracia)

10544. (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN-RO –2010 – FCC) O valor da informação, segundo a autora,I. é absoluto numa democracia, cabendo apenas atentar para aspectos mais circunstanciaisdos canais de informação e avaliar a eficácia destes no processocomunicativo.II. deve ser permanentemente avaliado, para se saber se entre o emissor e o receptorda informação não há dificuldades operacionais ou técnicas a seremsuperadas.III. está vinculado a uma série de condicionantes, que devem ser reconhecidospara se avaliar qual a efetiva participação dos indivíduos na vidademocrática.Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA I. Falsa – Não se restringe esse valor aos canais de informação.A questão é bem mais abrangente, englobando aspectos ligados à função das5444/5805informações e à forma como ela é processada pelos indivíduos. II. Falsa –Novamente, a questão não se restringe a aspectos técnicos. Ela engloba, porexemplo, questões ligadas à livre-escolha e à margem de iniciativa por partedos indivíduos que têm acesso à informação. III. Verdadeira – Trata-se daredação apropriada, pois não restringe o valor da informação a uma ou outraquestão específica. Faz referência ao seu caráter abrangente. Alternativa C.

10545. (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN-RO –2010 – FCC) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre otexto.(A) Ao em vez de propor a euforia das informações, a autora adverte de que setrata muito mais de investigar suas condicionantes do que aceitar seusefeitos.(B) A euforia das informações que correm em nossos dias passam a contaminar atodos, de tal modo, que uma espécie de ruído comunicativo sobrepõe-se àlímpidas mensagens.(C) Para a autora do texto o valor da informação antes de mais nada,circunscreve-se a uma série de pré-requesitos, ou não há participação efetivada sociedade.(D) Sem poder intervir no processo de informações, um indivíduo não estará participandoda vida social, mas apenas integrando-a de modo passivo eacrítico.(E) Um pressuposto da vida democrática é a informação; sem elas, ou ainda melhor,sem investigar-lhes, não há participação que seja condigna a essadesignação.RESPOSTA (A) Errada – Deve-se grafar “Ao invés de” no lugar de “Ao em vezde”. (B) Errada – Está equivocado o emprego da crase, pois o substantivo“mensagens” solicita o artigo definido “as”, e não o artigo “a”, presente nacontração “à”. Ou se emprega “sobrepõe-se a límpidas mensagens” ou“sobrepõe-se às límpidas mensagens”. (C) Errada – A expressão adverbial intercalada“antes de mais nada” deve ser isolada por vírgulas. Além disso,deve-se observar a grafia correta “pré-requisitos”. (D) Certa. (E) Errada –

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Deve-se empregar “ela”, para que haja concordância com o substantivo“informação”. Além disso, em vez de “investigar-lhes”, deve-se empregar“investigá-las”, pois se trata de um verbo transitivo direto. Portanto, o seucomplemento deve ser representado pelo pronome oblíquo “as”, resultando naforma “investigá-las”. Alternativa D.5445/5805

10546. (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN-RO –2010 – FCC) Estão inteiramente adequadas a regência e a concordância verbalna frase:(A) Dependem do volume e da qualidade das informações a participação em quese espera numa autêntica sociedade democrática.(B) Estão na base mesma da sociedade, cujo espírito democrático se pretende íntegro,os valores fundamentais da informação aberta e bem qualificada.(C) As várias perguntas em que se desenvolve a preocupação da autora do textoparece ancorar-se na estratégia de um questionamento socrático.(D) Caso não se avalie as condições em que transitam as informações numa sociedade,que garantia teremos que se trata de uma democracia?(E) A leitura do texto permite depreender de que nem toda informação, aindaque multiplicada, tornam-se fatores de democratização.RESPOSTA (A) Errada – Deve-se empregar a forma singular “Depende”, paraque haja concordância com o núcleo do sujeito “participação”. Além disso, apreposição “em” não é solicitada pela regência da forma verbal “espera-se”(participação que se espera = participação que é esperada). (B) Certa. (C)Errada – Deve-se empregar a flexão plural “parecem”, para que haja concordânciacom o núcleo do sujeito “perguntas”. (D) Errada – Deve-seempregar a forma plural “se avaliem”, para que haja concordância com onúcleo do sujeito paciente “condições” (se avaliem condições = condições sejamavaliadas). (E) Errada – A preposição “de” deve ser omitida, uma vez queo verbo “depreender” é transitivo direto. Além disso, deve-se empregar aforma “torna-se fator”, para que haja concordância com o núcleo do sujeito“informação”. Alternativa B.

10547. (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN-RO –2010 – FCC) São questões decisivas, se a discussão da democracia for a sério.Numa nova redação da frase acima, mantêm-se o sentido e a adequada correlaçãoentre tempos e modos verbais em:(A) Sempre que a discussão da democracia for levada a sério, questões como essasserão decisivas.(B) Mesmo sendo decisivas tais questões, a discussão da democracia é levada asério.(C) Fossem questões decisivas, e a discussão da democracia será levada a sério.5446/5805(D) Caso se levasse a sério a discussão da democracia, ainda assim seriamquestões decisivas.(E) Conquanto decisivas, tais questões serão levadas a sério na discussão dademocracia.RESPOSTA (A) Certa – Mantém a correlação entre o Futuro do Subjuntivo –for – e o Futuro do Presente do Indicativo – serão. (B) Errada – O sentido originalé alterado. Em vez de termos uma condição, a forma “mesmo” é responsávelpor introduzir uma ideia de concessão. (C) Errada – Não é mantida acorrelação entre os tempos e modos verbais. A forma “Fossem” – Pretérito Imperfeitodo Subjuntivo – requer a correlação com “seria” – Futuro do Pretéritodo Indicativo. Além disso, o sentido original é alterado, pois se trata comocondição o fato de serem questões decisivas, e não o fato de a discussão dademocracia ser levada a sério, conforme a redação original. (D) Errada –Houve uma alteração do sentido original. A construção “ainda assim” introduzuma ideia de concessão. (E) Errada – Houve uma alteração do sentido original.A conjunção “Conquanto” introduz uma ideia de concessão. Alternativa A.

10548. (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN-RO –2010 – FCC) É preciso corrigir a redação da seguinte frase:(A) Por meio das perguntas que formula, a autora chama a atenção para as diferentescondições implicadas no processamento das informações.(B) Ao contrário do que pensa a autora, muitas pessoas julgam que o simplesacesso às informações já evidencia uma sociedade democrática.(C) Se o indivíduo não intervier na vida social, as informações de que dispõetornam-se inoperantes, não representando ganho de qualquer espécie.(D) A fonte das informações deve ser absolutamente confiável, para que os indivíduosnão sejam ludibriados e levados a interpretações errôneas.(E) Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação, éuma condição pela qual o cidadão consciente não deve se abster.RESPOSTA É equivocado o emprego da vírgula após “informação”, haja vistaque esta isola o sujeito oracional – Investigar detalhadamente os aspectos emque se envolve a informação – do seu verbo – é. Além disso, em vez de seempregar a construção “pela qual”, devemos empregar a forma “da qual”,haja vista que a preposição “de” é exigida pela regência da forma verbal“abster-se” (abster-se de algo). Alternativa E.1 “Ocorreu em nossos países uma nova forma de colonialismo, com a imposiçãode uma cultura alheia à própria5447/5805da região. Cumpre avaliar criticamente os elementos culturais alheios quese pretendam impor do exterior.O desenvolvimento corresponde a uma matriz endógena, gerada emnossas próprias sociedades, e queportanto não é possível importar. Precisamos levar sempre em conta ostraços culturais que nos caracterizam,5que hão de alimentar a busca de soluções endógenas, que nem sempre têm porque coincidir com as do mundoaltamente industrializado.”1O que há de extraordinário nessa citação? Nada, exceto a data. Ela não foiredigida no princípio do séculoXIX e sim no dia 29 de maio de 1993, exatamente um mês antes daredação deste artigo. Trata-se de umdocumento aprovado por vários intelectuais ibero-americanos, na

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Guatemala, como parte da preparação10da III Conferência de Cúpula da região, a realizar-se em Salvador, na Bahia.Conhecemos bem essa linguagem no Brasil. É o discurso do nacionalismocultural, que começou a ser balbuciado com os primeiros escritores nativistas,e desde a independência não cessou, passando por váriosavatares, com tons e modulações diversas. Ao que parece, nada envelheceunessas palavras. Quase todosos brasileiros se orgulhariam de repeti-las, como se elas fossem novas ematinais, como se fôssemos15contemporâneos do grito do Ipiranga. Nesses 171 anos, o Brasil passou doPrimeiro para o Segundo Reinado,da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado Novo, destepara a democracia, desta para aditadura militar, e desta para uma nova fase de democratização. Passamosdo regime servil para o trabalholivre – ou quase. De país essencialmente agrário transitamos para a condiçãode país industrial, e sob algunsaspectos nos aproximamos da pós-modernidade. Só uma coisa nãomudou: o nacionalismo cultural.20Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-americana)deve desfazer-se dosmodelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural.1 Relato general de la Cumbre Del pensamiento, Antígua-Guatemala, p.88 e ss.5448/5805(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet. Elogio do incesto. In: Mal-estar na modernidade:ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 346-347).

10549. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Afirma-se com correção:(A) A referência às diversas formas de governo no Brasil demonstra o profundoconhecimento do autor acerca da realidade brasileira, o que torna consistenteseu juízo positivo a respeito do que considera “nosso ritual”.(B) O que há de extraordinário nessa citação? é uma pergunta retórica, pois oautor, ao formulá-la, não tem como objetivo receber uma resposta, masapenas valer-se do questionamento como recurso argumentativo.(C) A referência à data em que foi escrito o artigo permite ao autor evidenciar aatualidade de suas ideias, devido à aproximação temporal entre seu texto e odocumento aprovado por vários intelectuais ibero-americanos.(D) O segmento não foi redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 demaio de 1993 mostra que o autor considera o Brasil um país sempre em atrasono que se refere à exposição de conceitos.(E) Ao referir-se à III Conferência de Cúpula da região, o autor sinaliza que aassembleia não contempla territórios que não sejam guatemaltecos.RESPOSTA (A) Errado – Não fica evidente um juízo positivo por parte doautor do texto. Ao mencionar que a citação por ele apresentada – datada de29 de maio de 1993 – se assemelha muito aos discursos nacionalistas doséculo XIX e de épocas seguintes, dá a entender que se trata de algo já previsívele nem um pouco inovador.(B) Certo – Trata-se apenas de um recurso argumentativo, que destaca ocaráter pouco inovador da citação apresentada no início do texto. Não se tratade um questionamento que manifesta dúvidas por parte do autor, uma vezque este já tem plena ciência da resposta.(C) Errado – Essa aproximação entre as ideias defendidas na citação e os discursosde outros tempos demonstra o caráter pouco inovador das ideias acercada cultura nacional.(D) Errado – Não há evidências de que o autor julgue o Brasil um país atrasadoem relação a conceitos de forma geral, até porque se analisa no textoapenas um conceito específico: o da cultura nacional. Trata-se, assim, de umageneralização sem fundamento.5449/5805(E) Errado – A conferência é realizada na Guatemala, porém dela participamoutras nações ibero-americanas. Alternativa B.

10550. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP– 2012 – FCC) Compreende-se corretamente que Sergio Paulo Rouanet(A) retifica equívoco sobre época de registro oficial de importante documento,pois considera que balizar corretamente é atitude essencial a intelectuais analistasda cultura.(B) faz uma citação e a desqualifica, pelo fato de expressar ideias consideradasultrapassadas, embora reconheça seu mérito de datar o início de uma específicavisão de colonialismo.(C) se respalda em renomados intelectuais ibero-americanos para defender oposicionamento adotado no documento preparatório à III Conferência deCúpula.(D) inicia seu artigo com citação que apresenta fatos e descrição de processos,citação em que não se reconhece qualquer marca de atitude prescritiva sobreesses ou aqueles.(E) desenvolve raciocínio que legitima a seguinte compreensão: o título do artigocaracteriza o que está denominado no texto como discurso do nacionalismocultural.RESPOSTA (A) Errada – Não há propriamente uma retificação (correção) nemhá também um equívoco, como afirma a assertiva. O que o autor faz é destacaro caráter pouco inovador da citação, comparando-a a discursos nacionalistasde outros tempos. (B) Errada – A citação apresentada não demarca o iníciode uma visão de colonialismo. Na verdade, ela expressa a ideia de nacionalismocultural, que teve suas primeiras manifestações no século XIX, com escritoresnativistas. (C) Errada – O autor não assume o posicionamento dosconferencistas. Dá a entender que critica o conteúdo dessas ideias, julgandoasultrapassadas. (D) Errada – O trecho da citação “Cumpre avaliar criticamenteos elementos culturais alheios que se pretendam impor do exterior.” éum exemplo de prescrição (ordem) nela presente. (E) Certa – O título “Mal-estarna modernidade” remete ao conteúdo do texto. Nele, fica claro que asdefinições e preocupações (mal-estar) em torno das ideias ligadas ao nacionalismocultural ainda persistem nos dias atuais, tendo suas origens no período

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colonial. Desde esse período, pouco se alterou o conteúdo desse discurso. AlternativaE.5450/5805

10551. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O texto legitima o seguinte comentário:(A) Em hão de alimentar (linha 5), a forma verbal exprime, além da ideia de futuro,a de que o evento é desejado.(B) Em Continuamos repetindo (linha 20), a ideia de ação em processo é decorrênciaexclusiva da forma Continuamos.(C) A forma verbal foi redigida (linha 7) exprime fato passado consideradocontínuo.(D) A forma a realizar-se em Salvador (linha 10) exprime fato futuro em relaçãoà data de redação do documento, mas passado em relação à data do artigo.(E) Em se orgulhariam de repeti-las (linha 14), tem-se a expressão de um fatopossível, mas considerado de pouca probabilidade.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – A ideia de ação em processo também estápresente no verbo “repetir”, que é principal. O verbo auxiliar “continuar” reforçaa ideia de que, há tempos, ocorre essa ação. (C) Errado – O verbo auxiliar“foi”, conjugado no pretérito perfeito do indicativo, indica que a ação“redigir” já foi concluída. (D) Errado – A forma verbal “realizar-se” indica umfato de acontecimento futuro em relação não só à data do documento, mastambém em relação à data do artigo. (E) Errado – De acordo com o texto, nãose trata de fato com pouca probabilidade de ocorrer. Ao contrário, são muitosos brasileiros que se repetiriam o discurso de nacionalismo cultural. AlternativaA.

10552. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) É correto afirmar:(A) Se da Monarquia (linha 16) fosse substituído por desta, forma que se tem emoutros trechos da sequência, o paralelismo no que se refere à forma de governonão seria prejudicado.(B) O emprego de Quase (linha 13) impede que o leitor esclarecido atribuacrédito à afirmação feita, dado o valor de dúvida que se insere na frase.(C) Na correlação estabelecida pelo duplo emprego de como (linha 14), explicitaseque o autor considera a autonomia política da nação como marco de uminício.(D) Ao mencionar como se fôssemos contemporâneos do grito do Ipiranga (linhas14 e 15), o autor critica os que consideram os brasileiros um povoretrógrado.5451/5805(E) Nesses 171 anos (linha 15) é abrangência temporal cujo balizamento se dá, emlinha que vai do presente para o passado, a partir do ano em que ocorre oato da leitura.RESPOSTA (A) Errado – Não seria possível a substituição por “desta”, umavez que o antecedente imediato é “Segundo Reinado”, que exigiria “deste”como anafórico. (B) Errado – A expressão “Quase todo” transmite a ideia desegurança, e não dúvida. (C) Certo – A repetição de “como” enfatiza a retomadado discurso de nacionalismo, cujas origens, segundo o texto, remontamà época da independência política brasileira. (D) Errado – O autor dáa entender que o povo brasileiro se porta de forma retrógrada, ao retomar umdiscurso de nacionalismo já tão antigo. (E) Errado – A linha do tempo vai dopassado até o momento presente, iniciando em 1822 e se estendendo até adata do artigo, em 1993. Alternativa C.

10553. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) “Ocorreu em nossos países uma nova forma de colonialismo,com a imposição de uma cultura alheia à própria da região. Cumpreavaliar criticamente os elementos culturais alheios que se pretendam impor doexterior. O desenvolvimento corresponde a uma matriz endógena, gerada emnossas próprias sociedades, e que portanto não é possível importar. Precisamoslevar sempre em conta os traços culturais que nos caracterizam, que hão de alimentara busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidircom as do mundo altamente industrializado.”A citação acima transcrita deixa entrever alguns de seus pressupostos. A alternativaque NÃO apresenta um desses pressupostos é:(A) Países desenvolvidos com base no crescimento industrial nem sempre sãoparâmetro para o desenvolvimento de outras nações.(B) A prática do colonialismo supõe a sujeição de uma comunidade, território,país ou nação realizada por outra geralmente mais desenvolvida.(C) Uma nova forma, seja qual for a natureza do fenômeno, constitui sempre umexperimento, fato que justifica sua falta de aprimoramento, geradora derejeições.(D) Nações podem lançar mão de mais de uma orientação política ou ideológicapara manter sob seu domínio os destinos de uma outra.(E) A avaliação de elementos culturais nem sempre é realizada de formacompetente.5452/5805RESPOSTA (A) Certo – É possível inferir essa conclusão a partir do trecho:“... soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidir com as domundo altamente industrializado.”. São essas soluções endógenas, segundo otexto, que fomentam o desenvolvimento de uma nação. (B) Certo – O modeloimportado de nações industrializadas é definido pelo autor como uma novaforma de colonialismo. Segundo o autor, é necessária uma análise crítica dessasinfluências e a adoção de soluções endógenas. (C) Errado – A assertivaafirma que uma nova forma, seja qual for sua natureza, gera rejeições. No entanto,o exemplo apresentado se mostra contrário a essa tese, pois a culturaimposta provinda do exterior tem sido recebida de forma muitas vezes passivapela sociedade. (D) Certo – É o que fazem as nações ditas industrializadas,que tentam impor seus traços culturais em outras nações. (E) Certo – Segundoo trecho, é necessário analisar criticamente a adoção de modelos culturaisimportados, o que dá a entender que nem sempre essa escolha se dá deforma correta. Alternativa C.

10554. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-

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SP – 2012 – FCC) É correta a seguinte assertiva:(A) Em começou a ser balbuciado com os primeiros escritores nativistas (linhas11 e 12), a palavra destacada exprime simultaneidade.(B) O segmento não é possível importar (linha 4) é proposição que decorre necessáriae logicamente das ideias, implícitas ou explícitas, presentes nosenunciados imediatamente anteriores.(C) Se o autor se referisse a mais de um documento, a frase estaria correta assim:“Tratam-se de uns documentos aprovados por vários intelectuais...” (linhas8 e 9).(D) Se, em vez de O que há de extraordinário nessa citação? (linha 7), houvesse“Existe, nesta citação, aspectos extraordinários?”, a correção original seriamantida.(E) Em Ela não foi redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 de maiode 1993 (linhas 7 e 8), a correlação entre as proposições ficaria mais evidentese houvesse uma vírgula depois do e, uso também correto.RESPOSTA (A) Errado – A preposição “com” introduz o agente da ação“balbuciar”. (B) Certo – O sujeito da oração “não é possível importar” é “matrizendógena”, que, por sua vez, retoma “desenvolvimento”. (C) Errado – Aexpressão “Trata-se de” é invariável, pois faz parte de uma construção frasalde sujeito indeterminado. O verbo, acompanhado do índice de indeterminação5453/5805do sujeito “se”, deve ser conjugado na 3ª pessoa do singular. (D) Errado – Overbo “existir” é pessoal e, portanto, concorda com o sujeito. Nesse caso, énecessário empregar a flexão plural “Existem”, para que haja a concordânciacom o sujeito “aspectos”. (E) Errado – A vírgula seria necessária antes da conjunção“e”. A expressão “e sim” tem valor corretivo e equivale a “mas sim”.Alternativa B.

10555. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A afirmação correta é:(A) Do ponto de vista estritamente gramatical, a substituição de deve desfazer-sedos modelos importados por “se acaso se desfazerem dos modelos importados”preserva a correção.(B) Do ponto de vista estritamente gramatical, a substituição de os elementosculturais alheios que se pretendam impor por “os elementos culturais alheiosque se imporem” preserva a correção.(C) Do ponto de vista estritamente gramatical, a substituição de hão de alimentara busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por “hão de alimentara busca de uma solução, que nem sempre se mantém” preserva acorreção.(D) A grafia de envelheceu está correta, como o está a de “rejuveneceu”.(E) Em Passamos do regime servil para o trabalho livre − ou quase, o ajuste queo segmento destacado realiza recai sobre o segmento regime servil.RESPOSTA (A) Errado – Deve-se empregar a flexão “desfizerem”, que correspondeao futuro do subjuntivo. (B) Errado – Deve-se empregar a flexão“impuserem”, que corresponde ao futuro do subjuntivo. (C) Certo – A forma“mantém” – com acento agudo – é flexão de 3ª pessoa do singular. Essaforma verbal concorda com o sujeito “solução”. (D) Errado – A grafia correta é“rejuvenescer”. (E) Errado – O segmento “ou quase” recai sobre “trabalholivre”. Alternativa C.

10556. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O segmento do texto que está adequadamente compreendidoé:(A) Continuamos repetindo, ritualmente (linha 20) / Continuamos a reiterar,como numa liturgia.5454/5805(B) uma cultura alheia à própria da região (linhas 1 e 2) / um cabedal de conhecimentosdesenraizado do seu lugar de origem.(C) passando por vários avatares (linhas 12 e 13) / resistindo a diversos crivos.(D) Passamos do regime servil para o trabalho livre (linhas 17 e 18) / Do trabalhoque exige força muscular para ser executado passamos para o trabalhoindustrializado.(E) país essencialmente agrário (linha 18) / nação que não reconhece outrostatus social, político e econômico que não seja o dos habitantes das áreasagrícolas.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – A expressão “uma cultura alheia à própriada região” (linhas 1 e 2) significa “uma outra cultura que não mantém relaçãoou não se mostra interessada com a cultura local”. (C) Errado – O termo“avatar” (linha 13) é empregado no sentido de “transformação”,“representação”. (D) Errado – A nova redação dá a entender que o trabalho industrializadonão exige de forma alguma força muscular, o que é equivocado.A oposição trabalho escravo versus trabalho livre não é equivalente a trabalhomuscular versus trabalho industrializado. (E) Errado – Quando se diz “país essencialmenteagrário” (linha 18), significa que a atividade econômica do paísestá muito concentrada na agricultura. Alternativa A.

10557. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-americana)deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua própriatradição cultural.Considerado o trecho acima, é correto afirmar:(A) Se o autor fizesse referência a “povos”, em vez de à “cultura” latino-americana,a correção exigiria que ambos os termos do gentílico estivessem nomasculino e no plural.(B) A palavra Só está empregada com o mesmo valor do notado na frase “É ela sóque arranja as flores nas cerimônias”, isto é, como reforço demonstrativo dopronome, equivalendo a “mesmo”, “próprio”.(C) A elipse da vírgula que antecede ritualmente não prejudica o sentido e a correçãooriginais.(D) Em (ou latino-americana), ou explora mais a aproximação dos conceitosque enlaça que a distinção entre eles.(E) É legítima a substituição dos parênteses unicamente por travessões, pois

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somente eles manteriam o sentido e a correção originais.5455/5805RESPOSTA (A) Errado – Somente o segundo elemento do gentílico seria flexionado:“latino-americanos”. (B) Errado – No trecho original a palavra “Só” éadvérbio e equivale a “Somente”. (C) Errado – Ou se empregam as duas vírgulas– antes e depois de “ritualmente” – ou se omitem ambas. Se mantivermosapenas a vírgula que está depois de “ritualmente”, a forma verbal“Continuamos repetindo” será separada do seu complemento “que a culturabrasileira...”, o que configura erro de pontuação. (D) Certo. (E) Errado – Épossível também isolar a expressão “ou latino-americana” por vírgulas. AlternativaD.

10558. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O desenvolvimento corresponde a uma matriz endógena,gerada em nossas próprias sociedades, e [que] portanto não é possível importar.Propõe-se outra redação para a frase acima, a ser iniciada com “Não é possívelimportar o desenvolvimento...”. Para que o sentido e a correção originais sejammantidos, a conexão desse início com o segmento destacado deve ser feita medianteo uso de(A) onde.(B) contudo.(C) dado que.(D) se bem que.(E) no caso de.RESPOSTA É estabelecida uma relação de causa com o trecho destacado. Dosconectores destacados, “dado que” é o único que introduz essa ideia. O trechoreescrito, ficaria assim: “Não é possível importar o desenvolvimento, dadoque este corresponde a uma matriz endógena, gerada em nossas próprias sociedades”.Alternativa C.1 Para combater o totalitarismo, basta compreender uma única coisa: o totalitarismoé a negação mais radicalda liberdade. No entanto, a negação da liberdade é comum a todas as tiraniase não é de importânciafundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo. Contudo,quem não se mobiliza quandoa liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará por coisa alguma.Mesmo as admoestações morais, os5456/58055protestos contra crimes sem precedentes na história, e não previstos nos DezMandamentos, serão de poucavalia. A própria existência de movimentos totalitários no mundo não totalitário,isto é, o apelo que ototalitarismo exerce sobre as pessoas que dispõem de todas as informaçõese que são alertadas diariamentecontra ele, dá provas eloquentes da falência de toda a estrutura da moralidade,de todo o corpo demandamentos e proibições que tradicionalmente traduziam e encarnavamas ideias fundamentais de liberdade10e justiça em termos de relações sociais e instituições políticas.Mesmo assim, muitos duvidam que essa falência seja real. Essas pessoascostumam achar que aconteceu algumacidente e que agora o dever é restaurar a ordem antiga, apelar ao antigoconhecimento do certo e do errado,mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança. Rotulam quem fala epensa de outra maneira de “profetada catástrofe”, cuja sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o beme o mal por toda a eternidade.15O cerne da questão é que os “profetas da catástrofe”, os pessimistas históricosdo final do século XIX e começodo século XX, de Burckhardt a Splengler, foram ultrapassados pela concretudede catástrofes de dimensões ehorrores jamais previstos. No entanto, alguns desdobramentos poderiamser e foram previstos. Embora poucose tenham feito ouvir no século XIX, essas previsões se encontram noséculo XVIII, e foram negligenciadasporque nada poderia justificá-las. Vale a pena saber, por exemplo, o queKant tinha a dizer, em 1793, sobre o20“equilíbrio de poder” como solução para os conflitos do sistema do Estadonacional europeu: “O chamadoequilíbrio dos poderes na Europa é como a casa de Swift, que foi construídanuma harmonia tão perfeita comtodas as leis do equilíbrio que, quando um pássaro pousou sobre ela, ruiuimediatamente − um simplesfantasma”. O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais nãofoi um mero fantasma, mas ruiuexatamente conforme as previsões de Kant. [...]5457/5805(Hannah Arendt. Sobre a natureza do totalitarismo: uma tentativa de compreensão.In: Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios) 1930-54.Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte:Editora UFMG, 2008, p. 347-348).

10559. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A autora entende que(A) as relações sociais e políticas contemporâneas estão falidas, como o comprovamos sistemas totalitários, que são evolução natural dos tradicionaismovimentos totalitários no mundo.(B) as ideias de “liberdade” e “justiça” são intraduzíveis, pois distintas configuraçõesde mundo estruturam divergentes sistemas de valores.(C) pessoas que cotidianamente têm acesso a meios de comunicação de massasão mais esclarecidas, por isso percebem mais rapidamente as ameaças à integridadehumana pela tirania.(D) o desejo do totalitarismo em contextos que propiciam a conscientizaçãosobre os seus malefícios evidencia a carência dos princípios que já alicerçaram

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a ideia de liberdade e de justiça.(E) o poder é mais atraente para os que vivem num mundo livre do que paraaqueles que vivem num mundo totalitário, por isso, para que se preservem aliberdade e a justiça, a vigilância dos primeiros deve ser maior.RESPOSTA (A) Errado – Há uma generalização: não é toda a gama de relaçõespolíticas e sociais que demonstram estar falidas, mas sim a estrutura demoralidade e as ideias relativas à liberdade e justiça que regem essas relações.(B) Errado – Não é o que dá a entender o texto. Ao citar que “quemnão se mobiliza quando a liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará porcoisa alguma”, transmite a ideia de que o conceito de liberdade e justiça estápresente no senso comum. (C) Errado – Não se pode afirmar isso necessariamente.O próprio texto relativiza essa bagagem de informações de que aspessoas dispõem, uma vez que são muitas que se deixam influenciar por ideiastotalitárias, mesmo sendo bem informadas e instruídas. (D) Certo. É o quedispõe a seguinte passagem do texto: A própria existência de movimentos totalitáriosno mundo não totalitário, isto é, o apelo que o totalitarismo exercesobre as pessoas que dispõem de todas as informações e que são alertadas diariamentecontra ele, dá provas eloquentes da falência de toda a estrutura damoralidade, de todo o corpo de mandamentos e proibições que tradicionalmentetraduziam e encarnavam as ideias fundamentais de liberdade e justiçaem termos de relações sociais e instituições políticas. O texto sublinhado se5458/5805refere às pessoas que vivem em contextos que propiciam a conscientizaçãosobre os malefícios do totalitarismo, mas que ainda assim sofrem seu apelo. Otexto em itálico nos diz que o fato de existir tal apelo evidencia a falência deprincípios (estrutura da moralidade, corpo de mandamentos e proibições) queusualmente suportam a ideia de liberdade e justiça. É exatamente o queafirmou a alternativa. (E) Errado – Não é o que dá a entender o texto, poiseste considera a negação da liberdade como algo intrínseco aos sistemas totalitários,o que torna a distribuição de poder desigual nessas sociedades. AlternativaD.

10560. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP– 2012 – FCC) Compreende-se corretamente do primeiro parágrafo:(A) todos os sistemas sociais opressores e violentos caracterizam-se por idênticaforma de aprisionamento.(B) o totalitarismo é derrotado quando se capta sua verdadeira essência, quandose entende como ela pode ser ampla.(C) a capacidade de reação das pessoas ao que as cerceia depende diretamente deterem tido experiências no enfrentamento de instituições políticas.(D) manifestações de repulsa contra massacres históricos não podem alertar ahumanidade contra futuros crimes, se não estiverem apoiadas em preceitosreligiosos.(E) ainda que a negação da liberdade exista no totalitarismo em seu mais altograu, não é ela que o define.RESPOSTA (A) Errado – O que se menciona como comum aos sistemas totalitáriosé a negação à liberdade. (B) Errado – O parágrafo não explicita possibilidadesde enfrentamento das ideias totalitárias. (C) Errado – O parágrafo relativizaessas experiências ao citar que “Mesmo as admoestações morais, osprotestos contra crimes sem precedentes na história, e não previstos nos DezMandamentos, serão de pouca valia.”. (D) Errado – Não se estabelece uma relaçãodireta entre as manifestações de repulsa aos massacres e a obediênciaaos preceitos religiosos. (E) Certo – Essa afirmação é uma paráfrase de “Noentanto, a negação da liberdade é comum a todas as tiranias e não é de importânciafundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo.”.Alternativa E.5459/5805

10561. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Considere o trecho em que Kant é citado e as assertivasabaixo.I. É plausível o entendimento de que a autora considera as palavras de Kant expressivoexemplo porque foram confirmadas posteriormente pelos fatos,mesmo não tendo, talvez, ecoado no momento em que ele as expressou, emfunção do contexto europeu.II. A autora cita Kant como comprovação tanto da existência de previsões noséculo XVIII, quanto do fato de que as antecipações do filósofo sobre oequilíbrio dos poderes na Europa não se tenham feito ouvir no século XIX.III. Com a expressão um simples fantasma, Kant não somente encerra o paralelismoestabelecido entre O chamado equilíbrio dos poderes na Europa e acasa de Swift, quanto caracteriza ambos os elementos.O texto legitima o que se afirma em(A) I, II e III.(B) I, apenas.(C) I e II, apenas.(D) I e III, apenas.(E) III, apenas.RESPOSTA I. Verdadeira – As previsões de Kant pouco ecoaram no séculoXIX, mas existiam desde o século XVIII. Não havia na época motivo algumpara lhes conferir validade. No entanto, conforme o próprio texto explicita, “Oequilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um mero fantasma,mas ruiu exatamente conforme as previsões de Kant. [...]”. II. Falsa –A autora cita as previsões de Kant como forma de se opor àqueles que desqualificamos mais pessimistas, rotulados pejorativamente de “profetas dacatástrofe”. III. Verdadeira – A expressão “fantasma” confere a ambos –equilíbrio dos poderes na Europa e a casa de Swift – a ideia de ilusão. AlternativaD.

10562. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) No segundo parágrafo,(A) a sequência que caracteriza o dever (linha 12) tem rigorosa equivalênciasintática e semântica.(B) Mesmo assim (linha 11) tem valor concessivo.5460/5805(C) assim retoma exclusivamente o segmento em termos de relações sociais e instituiçõespolíticas (linha 10).

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(D) o demonstrativo, em Essas pessoas (linha 11), remete ao substantivo que serádefinido posteriormente, pois não há menção anterior alguma que o pronomepossa retomar.(E) agora (linha 12) tem valor adversativo, como em “Dar palpite é fácil, agorafazer é difícil”.RESPOSTA (A) Errado – Podemos entender que a sequência “restaurar a ordemantiga”, “apelar ao antigo conhecimento do certo e do errado” e “mobilizaros velhos instintos de ordem e segurança” (linhas 12 e 13) mantém umauniformidade (paralelismo) de construção sintática (todas as três orações sãoformadas por verbo no infinitivo acompanhado de complemento verbal). Noentanto, afirmar que ocorre uma rigorosa equivalência semântica torna a assertivaerrada: a oração introduzida pelo verbo “apelar” aponta numa direçãoum pouco distinta da direção das demais orações. (B) Certo – A locução“Mesmo assim” (linha 11) equivale a “Apesar de”, “Ainda que”, “Embora”, etc.(C) Errado – O termo “assim” retoma toda a ideia desenvolvida no último períododo primeiro parágrafo. (D) Errado – O termo “Essas pessoas”, (linha 11),introduzido por um pronome anafórico – Essas – retoma aqueles que duvidamda falência tanto das estruturas de moralidade como dos conceitos de mandamentose proibições. (E) Errado – O valor de “agora” (linha 12) presente notexto é temporal, diferente do exemplo. Alternativa B.

10563. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O texto abona o seguinte entendimento:(A) a noção de dever que aqueles que duvidam desenvolvem quanto a relaçõessociais e políticas é falha na origem, pois a dúvida permanente que caracterizaos céticos imobiliza sua ação.(B) os denominados “profetas da catástrofe” estão arraigados a práticas poucoracionais, como está sugerido em apelar ao antigo conhecimento do certo edo errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança.(C) a questão crucial a ser considerada no que se refere a profecias é que, pordefinição, ficam aquém dos fenômenos desastrosos que anunciam.(D) o maniqueísmo expresso em [d]o certo e [d]o errado e ordem e segurança éo sustentáculo da sociedade efetivamente livre e justa proposta pela autora.(E) há pessoas que entendem como fortuito e efêmero o esvaziamento dos tradicionaisconceitos de liberdade e justiça, o que as motiva a reaverem os antigosvalores que os alicercem novamente.5461/5805RESPOSTA (A) Errado – Os céticos não se mostram passivos. Tanto é quepropõem como dever algumas ações, como “restaurar a ordem antiga, apelarao antigo conhecimento do certo e do errado, mobilizar os velhos instintos deordem e segurança.”. (B) Errado – Essas práticas são atribuídas aos céticos,não aos “profetas da catástrofe”. (C) Errado – Não foi o que ocorreu com osexemplos apresentados no texto. As previsões de Kant mencionadas no texto,por exemplo, concretizaram-se. (D) Errado – Essa visão é atribuída aos céticos,que descreem da ideia de falência de valores de justiça e liberdade. Aautora do texto mostra-se divergente em relação a esse pensamento. (E)Certo – Trata-se dos que se opõem à ideia de falência dos princípios de liberdadee justiça. Alternativa E.

10564. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Rotulam quem fala e pensa de outra maneira de “profetada catástrofe”, cuja sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o bem e omal por toda a eternidade.Sobre a frase acima, em seu contexto, afirma-se com correção:(A) sugere que os temerosos do “profeta da catástrofe”, tendo como eternas assuas concepções, não as consideram passíveis de relativização.(B) contém paráfrase literal da expressão “profeta da catástrofe”.(C) a ação de “toldar” é considerada como tendo efetivamente atingido seuobjetivo.(D) o emprego das aspas sinaliza que a autora defende o sentido pejorativo que aexpressão adquiriu.(E) a substituição de cuja sombra ameaça toldar o sol por “a sombra dos quaisameaça toldar o sol” mantém o sentido e a correção originais.RESPOSTA (A) Certo – A redação dessa opção é uma paráfrase do trecho apresentado:aqueles que rotulam os pessimistas de “profetas da catástrofe”temem que estes enfraqueçam (=relativizem) convicções tidas como eternas.(B) Errado – Há sim uma informação de caráter explicativo – cuja sombraameaça toldar... –, e não uma paráfrase. (C) Errado – Trata-se de umaameaça, não de um fato consumado. (D) Errado – O uso das aspas se dá nosentido de destacar a denominação criada por terceiros. (E) Errado – Não semantém a correção com o emprego da forma “dos quais”, haja vista a necessidadede emprego do pronome “cuja”, indicado para estabelecer relaçõesde posse. Alternativa A.5462/5805

10565. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) No terceiro parágrafo,(A) foram negligenciadas (linha 18) exprime o resultado da particular condiçãoexpressa em nada poderia justificá-las (linha 18).(B) o segmento os pessimistas históricos do final do século XIX e começo doséculo XX, de Burckhardt a Splengler (linhas 15 e 16) restringe a abrangênciada expressão os “profetas da catástrofe”, mencionada anteriormente.(C) No entanto (linha 17) indica, nesse particular emprego, a transição de umpensamento a outro, sem estabelecer, entre as ideias que articula, outro tipode relação que não seja a de adição.(D) no segmento poderiam ser e foram previstos (linha 17), a correlação entre ahipótese expressa e a sua efetivação é firmada pela combinação entre ser eforam previstos.(E) o que se tem em Embora pouco se tenham feito ouvir no século XIX (linhas18 e 19) põe sob suspeição que essas previsões se encontram no séculoXVIII.RESPOSTA (A) Certo – O fato de não ser possível justificá-los é a causa, cujoefeito é a negligência. (B) Errado – O trecho “os pessimistas históricos do finaldo século XIX e começo do século XX” é explicativo – está isolado por vírgulas.(C) Errado – O conector “No entanto” estabelece a relação de oposição adversativa.

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(D) Errado – A correlação entre hipótese e efetivação é dada pela combinaçãoentre os verbos “poderiam” e “foram”. (E) Errado – Essa oração apenasafirma que não foi dada atenção suficiente a essas previsões no século XIX.Alternativa A.

10566. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionaisnão foi um mero fantasma, mas ruiu exatamente conforme as previsões deKant.Outra pontuação para a frase acima, que mantém o sentido e a correção originais,é:(A) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um merofantasma; mas ruiu, exatamente conforme as previsões de Kant.(B) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais, não foi um merofantasma (mas: ruiu exatamente conforme as previsões de Kant).5463/5805(C) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi: um merofantasma; mas ruiu, exatamente, conforme as previsões de Kant.(D) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um merofantasma. Mas ruiu exatamente, conforme as previsões de Kant.(E) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados, nacionais, não foi um merofantasma − mas ruiu; exatamente conforme as previsões de Kant.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – A vírgula depois de “Estados nacionais” éequivocada, pois isola sujeito e predicado. Além disso, não fazem sentido osdois-pontos após “mas”. (C) Errado – O emprego dos dois-pontos depois de“foi” é equivocado, pois se está isolando verbo e predicativo. (D) Errado – Oemprego da vírgula após “exatamente” altera o sentido original.Originalmente, diz-se que “ruiu de forma exata ao previsto por Kant”. Com aalteração, dá-se a entender que “ruiu literalmente, conforme previsto porKant”. (E) Errado – Está equivocado o emprego das vírgulas isolando o termo“nacionais”, pois se trata de um adjunto adnominal. Também não faz sentido oemprego do ponto e vírgula depois de “ruiu”. Alternativa A.

10567. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Considerado o seu emprego no texto, está adequadamentetraduzido o seguinte segmento:(A) ultrapassados pela concretude de catástrofes (linha 16) / tornados obsoletospela magnitude de desastres naturais.(B) quem não se mobiliza quando a liberdade está sob ameaça (linhas 3 e 4) /quem não se põe em ação quando há ameaça à liberdade.(C) as admoestações morais (linhas 4 e 5), os protestos contra crimes sem precedentesna história / os preceitos morais, as revoltas contra crimes históricoshediondos.(D) serão de pouca valia (linhas 5 e 6) / terão valor venal irrisório.(E) dá provas eloquentes da falência (linha 8) / demonstra de modo exuberantea insolvência.RESPOSTA (A) Errado – O termo “concretude” está associado a algo concreto,real. Já o termo “magnitude” está associado à ideia de intensidade,tamanho, relevância. (B) Certo. (C) Errado – O termo “admoestações” significa“repreensão”, “advertência”. (D) Errado – O termo “valia” está relacionado avalor num sentido geral, enquanto “valor venal” está associado ao valor devenda. (E) Errado – O termo “eloquente” equivale no contexto a“convincente”. Alternativa B.5464/5805

10568. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) É correta a seguinte afirmação:(A) A sintaxe da frase quando um pássaro pousou sobre ela (linha 22) propiciaque seja transposta para a voz passiva.(B) Em aconteceu algum acidente (linhas 11 e 12), o pronome tem valor idênticoao que tem na frase “Com essa dedicação, tem obtido algum elogio da críticaespecializada”.(C) Em alguns desdobramentos (linha 17), o pronome foi usado para indicar, demodo indeterminado, indivíduos da espécie referida pelo substantivo.(D) A classe de palavras a que pertencem bem e mal (linha 14) é distinta daclasse a que pertence a palavra destacada em “Disse-lhe um sim bastanteacanhado”.(E) Em Vale a pena saber (linha 19), o acento indicativo da crase não é exigido,por isso, em “Quanto à pena de perda de liberdade: é de rigor menor que oda pena de reclusão”, seu uso está incorreto.RESPOSTA (A) Errado – Como o verbo “pousar” é intransitivo, não é possívelse fazer a conversão para a voz passiva analítica. (B) Errado – No primeirotrecho, o pronome indefinido “algum” transmite uma ideia de indeterminação– não se sabe ao certo que acidente foi esse. Já no segundo trecho, o pronomeindefinido “algum” transmite uma ideia de discrição, pouca quantidade – sãodiscretos e pontuais os elogios recebidos da crítica. (C) Certo – Não se especificaquais os desdobramentos gerados. (D) Errado – As palavras “bem”,“mal” e “sim” são empregadas como substantivos. Uma evidência disso é ofato de elas serem antecedidas por artigo. (E) Errado – No primeiro trecho,não ocorre crase, pois o verbo “valer” é transitivo direto, não exigindo, assim,preposição. Já no segundo trecho, é necessário o emprego da crase, poisocorre a fusão do artigo “a” – solicitado pelo nome “pena” – com a preposição“a” – solicitada pelo nome “Quanto”. Alternativa C.[...] Canções não resolvem nenhum problema nem aliviam qualquer sofrimento− elas não podem dominar o passado de uma vez por todas oudesfazê-lo em nenhuma de suas partes. Mas podem, à maneira deHomero, “endireitar a história com palavras mágicas para encantar os homenspara sempre”. E podem, muitas vezes, reconciliar cada um de nóscom seu próprio passado, narrando-o a nós mesmos e a outros. A narrativamoldada pela canção tem sempre o mundo como ponto de partida:ela abre trilhas no emaranhado das coisas humanas, opina sobre elas, discutequanto valem, dá caráter público àquilo cujo conhecimento estaria,5465/5805num primeiro momento, fechado no coração do homem, e expõe de modotransparente a verdade íntima dos sentimentos humanos.

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(Heloisa Maria Murgel Starling. Música popular brasileira: outras conversassobre os jeitos do Brasil).

10569. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Dentre as frases abaixo, que reduzem o que se tem notrecho, a que mais abrange ideias fundamentais é:(A) A narrativa que uma canção emoldura, endireitando o que passou com palavrasmágicas que encantam os homens para sempre, tem sempre a realidadecomo ponto de partida.(B) A canção, ao tratar das coisas humanas, o faz de maneira a procurar entendêlas,propiciando o compartilhamento de experiências, até as mais íntimas.(C) Mesmo não podendo curar nossas dores, a canção nos faz compreender melhornosso passado, propiciando um apaziguamento de nossas inquietações.(D) Homero encanta os homens para sempre, assim como pode fazer a canção,mesmo não tendo o poder de dominar efetivamente o passado ou de anularuma das suas partes.(E) A canção não tem a capacidade de agir diretamente sobre a realidade, mas, aomodelar uma história, magicamente ilumina o que está obscuro, em nóspróprios ou no que está a nosso redor.RESPOSTA (A) É equivocado afirmar que a canção tem sempre como pontode partida a realidade. Segundo o texto, o ponto de partida é o próprio“mundo”. (B) e (C) Trazem ideias presentes no texto, mas nem todas as ideiassão contempladas. Na alternativa B, por exemplo, não se fala da limitação dacanção em tentar modificar o passado ou eliminar os sofrimentos. Já na alternativaC, não se cita o fato de a canção expor de forma transparente para opúblico as intimidades humanas. (D) Restringe-se a um exemplo presente notexto, não abrangendo as outras ideias referentes à canção. Não se cita, porexemplo, as razões de a canção ter um efeito encantatório sobre os homens.(E) Expõe perfeitamente todas as ideias presentes no texto. Vejamos:A canção não tem a capacidade de agir diretamente sobre a realidade– [...] Canções não resolvem nenhum problema nem aliviam qualquer sofrimento− elas não podem dominar o passado de uma vez por todas oudesfazê-lo em nenhuma de suas partes.mas, ao modelar uma história, magicamente ilumina o que está obscuro,em nós próprios ou no que está a nosso redor – mas podem, àmaneira de Homero, “endireitar a história com palavras mágicas para encantar5466/5805os homens para sempre”. E podem, muitas vezes, reconciliar cada um de nóscom seu próprio passado, narrando-o a nós mesmos e a outros. A narrativamoldada pela canção tem sempre o mundo como ponto de partida: ela abretrilhas no emaranhado das coisas humanas, opina sobre elas, discute quantovalem, dá caráter público àquilo cujo conhecimento estaria, num primeiro momento,fechado no coração do homem, e expõe de modo transparente a verdadeíntima dos sentimentos humanos. Alternativa E.

10570. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) O papel da mulher está definitivamente ligado ao gruposocial no qual está inserido, à medida que a questão transcende o âmbito dafamília.Considerado o padrão culto escrito, é correto afirmar sobre a frase acima:(A) Necessita de duas correções: a substituição de “no qual está inserido” por“em que se insere” e a substituição de “à medida que” por “a medida emque”.(B) Está redigida corretamente.(C) Necessita de uma alteração na pontuação − o emprego de vírgula depois de“social” − para que, do ponto de vista semântico, seja aceitável.(D) Necessita de duas correções: a substituição de “inserido” por “inserida” e asubstituição de “à medida que” por “na medida em que”.(E) Necessita de uma única correção: o emprego de “transcende ao âmbito” emlugar de “transcende o âmbito”.RESPOSTA Há um equívoco de concordância em “inserido”. Deve serempregada a forma “inserida”, para que haja concordância com o substantivo“mulher”. Além disso, deve ser empregada a locução conjuntiva “na medidaem que” – causal – no lugar de “à medida que” – proporcional. A ideia introduzidapela locução é de causa e, no seu lugar, seria possível empregar asformas “uma vez que”, “já que”, etc.Vale ressaltar que a oração “no qual está inserida” é adjetiva restritiva, nãodevendo, assim, ser isolada por vírgulas. A vírgula após “social” está isolandoa oração adverbial causal “na medida em que a questão transcende o âmbitoda família”.Assim, o correto seria: “O papel da mulher está definitivamente ligado aogrupo social no qual está inserida, na medida em que a questão transcendeo âmbito da família”. Alternativa D.5467/5805

10571. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO estácomprometida é:(A) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.(B) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir,pode correr perigo de morte.(C) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência meangustia.(D) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.(E) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiuimediatamente.RESPOSTA (A) Errado – “Delatar” significa “denunciar”. No caso, deve serempregada a forma “Dilatada”, que significa “ampliada”, “alargada”. (B) Errado– O verbo “imergir” significa “mergulhar”, “afundar”. Devemos empregara forma “emergir”, que significa “vir à tona”. (C) Errado – O termo“intermitência” está incoerentemente empregado na frase, pois significa“descontinuidade”. Deveria ser empregada a forma “ininterrupção”, “continuidade”,etc. (D) Errado – O verbo a ser empregado é “destratar”, que significa“maltratar”. (E) Certo – O verbo “arrear” significa “pôr arreios”. Alternativa E.Acredito que os interessados se mostram aptos à função para a qual estãose candidatando quando agem com ponderação diante de cada desafio, ou

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seja, reflete-se sobre o caso proposto e procura-se avaliar de forma imparcialos possíveis aspectos divergentes que nele estejam em jogo. Esse bomsenso lhes permitirá antecipar consequências futuras. Quando expressamsua opinião, que o faça com decoro e cuidado, para garantir sua realintenção.

10572. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP– 2012 – FCC) Considerados os dois últimos períodos, é correto afirmar:(A) para evitar repetição e propiciar maior clareza, seria cabível a substituição dosegmento para garantir sua real intenção por “para garantir a própriaintenção”.(B) ambas as frases não necessitam de aperfeiçoamento, pois apresentam-seclaras e corretas.5468/5805(C) o emprego de Esse é equivocado, pois o pronome não pode retomar palavra(bom senso) que não tenha sido mencionada explicitamente antes.(D) com o intuito de observar maior clareza, seria cabível a substituição de anteciparconsequências futuras por “prever desdobramentos das ações a seremrealizadas”.(E) o segmento que o faça com decoro e cuidado contém uma impropriedade,que seria sanada com a substituição de “o” por “a”.RESPOSTA (A) Errado – A modificação que se faz necessária é na flexão daforma verbal “garantir”. Deve ser empregada a forma plural “garantirem”,para que haja concordância com o sujeito “interessados”. (B) Errado – Háequívocos gramaticais nas duas frases. (C) Errado – O pronome anafórico“Esse” retoma a postura descrita na frase anterior. (D) Certo – Não faz sentido“antecipar as consequências”. O que faz sentido é prever as possíveis consequências,resultado das ações tomadas. (E) Errado – A impropriedade estána concordância, no uso da forma “faça”. Em seu lugar, deve ser empregada aforma plural “façam”, para que haja concordância com o sujeito“interessados”. Alternativa D.

10573. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) No primeiro período do texto,(A) com o intuito de observar-se a adequada correlação entre as formas verbaisempregadas, e notando-se o emprego de se mostram e estão, no início dafrase, teria de haver obrigatoriamente a substituição de estejam por “estão”.(B) com o intuito de observar-se o paralelismo de construção, seria cabível a substituiçãode reflete-se e procura-se avaliar por, respectivamente, “quandorefletem” e “quando procuram avaliar”.(C) há um equívoco de construção, pois temos dois segmentos preposicionados −à função e para a qual estão se candidatando − em relação de dependênciacom a mesma palavra − aptos.(D) nenhuma alteração merece ser sugerida, pois o conjunto está organizado emconformidade com as diretrizes do padrão culto escrito.(E) a frase introduzida por ou seja poderia ser eliminada, pois seu conteúdo épleonástico, nada acrescentando ao já dito: “ponderar” implica, por si só, aideia de “refletir” e “avaliar de forma imparcial”.RESPOSTA (A) Errado – Devemos empregar a forma verbal no modo Subjuntivo“estejam”, já que se trata de uma suposição: possíveis aspectos divergentesque nele estejam em jogo. (B) Certo – É necessário seguir a5469/5805formatação da oração “quando agem com ponderação...”. Assim, justificam-seas construções: “quando refletem” e “quando procuram avaliar”. (C) Errado –O termo preposicionado “à função” é complemento nominal de “aptos”; já“para a qual estão se candidatando” é oração adjetiva restritiva que modifica osubstantivo “função”. (D) Errado – Como vimos nas alternativas anteriores,são necessárias algumas modificações nos dois períodos. (E) Errado – O verbo“ponderar” não necessariamente deve ser associado a um julgamento imparcial.Alternativa B.

10574. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A frase que se apresenta redigida de forma clara e corretaé:(A) O indivíduo contribui com a cidadania, quando se posiciona a favor dosdireitos, porém corrompe com a ética, se fizer contra os preceitos morais.(B) Não quero e não devo contar qual foi a confusão em que me meti, nemporque idas e vindas acabei percebendo o real perigo que corria.(C) Todos estando bastante, ou excessivamente, contrariados, nesse diapasãonada se podia fazer para acalmar o representante dos funcionários, cujoapoio sustentaria o evento.(D) O debate seguia acalorado entre o jornalista e o entrevistado, sendo por essarazão o convite feito a um mediador, pois de sua presença dependia oimpasse.(E) Pior do que hostilizá-los é fazer os trabalhadores acreditarem que qualqueroutro modo de reconhecimento pelo seu esforço, que não seja a justa remuneração,é tão honesto quanto ela.RESPOSTA (A) Errado – O verbo “corromper” é transitivo direto (quem corrompe,corrompe algo), o que torna errado o emprego da preposição “com”.Além disso, fica estranha a ausência do complemento verbal de “fizer”, prejudicando,assim, a clareza da frase. (B) Errado – Deve-se empregar a forma“por que” – separado e sem acento –, uma vez que esta equivale à construção“por quais”. (C) Errado – É necessário isolar a oração adverbial reduzida degerúndio “Todos estando bastante, ou excessivamente, contrariados” por vírgula,o que justifica o uso desta depois de “contrariados”. Além disso, devehaver vírgula após “diapasão”, haja vista que o adjunto adverbial “nessediapasão” está deslocado da ordem direta. (D) Errado – Haveria a necessidadede isolar por vírgulas o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “por essa5470/5805razão”. Além disso, o trecho final está incoerente, pois se espera de um mediadora resolução do impasse. (E) Certo. Alternativa E.

10575. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A frase em que a ortografia está adequada ao padrão cultoescrito é:

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(A) A obra faraônica será uma excressência naquela paisagem bucólica, mas ninguémteve hêsito em convencer os responsáveis da necessidade de revisãodo projeto.(B) À mínima contrariedade, exarcebava-se de tal maneira que seus excessosverbais eram já conhecidos de todos.(C) A expontaneidade com que se referiu ao local como “impesteado” fez que todoo auditório explodisse em risos.(D) Quanto à infraestrutura, será necessário reconstrui-la em prazo curto, massem que haja qualquer tipo de displiscência.(E) O docente não viu como retaliação a rasura no cartaz que afixara, mas sua intençãoera advertir quanto ao desleixo com a coisa pública.RESPOSTA (A) Errado – Há alguns equívocos ortográficos: “excressência” e“hêsito”. As grafias corretas são “excrescência” e “êxito”. (B) Errado – Há errona grafia de “exarcebava-se”. A grafia correta é “exacerbava-se”. (C) Errado –Há alguns equívocos ortográficos: “expontaneidade” e “impesteado”. As grafiascorretas são “espontaneidade” e “empesteado”. (D) Errado – É necessárioatentar para o acento em “reconstruí-la”. Além disso, há erro de grafia em“displiscência”. O correto é “displicência”. (E) Certo. Alternativa E.

10576. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) A frase em que a palavra destacada está empregada corretamenteé:(A) Depois de anos, resignou-se definitivamente àquele modo de vida precário.(B) Só mesmo ele, com sua ousadia, podia ter-se arrogado em certos direitos.(C) Percebeu que o que fizera era uma exorbitância com suas funções.(D) No dia seguinte da postagem da carta, ela já a recebia em casa.(E) Sua função lhe incompatibilizou com muitos colegas.RESPOSTA Tem-se a contração da preposição “a”, solicitada pelo verbo“resignar-se”, com o pronome demonstrativo “aquele”, resultando na forma5471/5805“àquele”. (B) Errado – O verbo “arrogar-se” é transitivo direto. Portanto, estáequivocado o emprego da preposição “em”. O correto seria “ter se arrogadocertos direitos”. (C) Errado – No lugar da preposição “com”, deve-se empregara preposição “de”. (D) Errado – Em vez de “No dia seguinte da postagem”,deve-se escrever “No dia seguinte à postagem”. (E) Errado – Em vez do pronome“lhe”, deve-se empregar o pronome “o”, já que se trata de um objetodireto (incompatibilizou alguém com alguém). Alternativa A.

10577. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Os artesãos mais velhos não queriam deixar a praça.Os artesãos jovens queriam deixar a praça.O espaço público oferecido em troca da praça era mais precário que ela.A proposta é organizar as frases acima num único período, com os arranjos necessáriospara que o conjunto fique claro, sem repetições e correto. A alternativaque atende a esses quesitos é:(A) Embora o espaço oferecido sendo mais precário que o outro, os artesãosjovens queriam deixar em troca a praça, que os mais velhos não desejavam.(B) Artesãos mais velhos e mais jovens eram contraditórios: os primeiros nãoqueriam deixar a praça, enquanto os outros não se importavam, mesmo aoreceber em troca um espaço mais precário.(C) Contrariamente ao que desejavam os artesãos mais velhos, os artesãos jovensqueriam deixar a praça, ainda que o espaço público oferecido em troca fossemais precário.(D) Foi oferecido um espaço público, entretanto precário, para os artesãos deixarema praça, mas os mais velhos não quiseram, diferente dos jovens queaceitaram.(E) De um lado, os artesãos mais velhos, do outro os jovens, que queriam deixar apraça e ir para o espaço público oferecido em troca, mas os primeiros, não,que era mais precário.RESPOSTA (A) e (E) Apresentam redações confusas. (B) Modifica o sentidooriginal, ao afirmar que os artesão mais jovens não se importavam com a precariedadedo novo local. Nas frases originais, isso não fica nem um poucoevidente. (C) É a que relaciona de forma lógica e coerente as três frases numúnico período. Essa opção apresenta a oposição de opiniões entre os artesãosmais jovens e os mais velhos, relacionando, assim, as duas primeiras frasespor meio da expressão “Contrariamente”. Além disso, estabelece uma relação5472/5805de concessão entre os conteúdos da 2ª e da 3ª frase, por meio do conectorconcessivo “ainda que”. (D) Também há uma mudança em relação ao sentidooriginal. É necessário dizer que o espaço concedido é precário, porém deforma comparativa, em relação à praça (é mais precário do que a praça). Anão citação dessa informação dá a entender algo diferente: o espaço éprecário, independente de comparações, o que não é o caso do texto original.Alternativa C.

10578. (Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo-SP – 2012 – FCC) Considerado o padrão culto escrito, a alternativa que apresentafrase correta é:(A) As terras de que essa espécie de vinho provêm são as do tipo mais recomendáveispara a cultura da videira, motivo pelo qual são tão valorizadase desejadas por viticultores.(B) Depois de muita hesitação, convim com as condições da compra e assinei umdocumento, cuja linguagem é bastante técnica, declarando irrevogáveis ascláusulas do contrato.(C) Por mais que queiramos negar envolvimento dos menores no distúrbio, podemhaver fatos que desconheçamos, por isso acataremos as orientações queadvenham do episódio.(D) Pelo que dissestes sobre a incrustação das joias, mereces parabéns, e tambémpela competência, pois, sem tê-las sequer mostrado à interessada, a tornouuma feliz compradora.(E) A especialista à qual se deve as pesquisas educacionais diz que cada uma dasescolas que se proporam a fornecer dados declararam o motivo particularque as pôs em movimento.RESPOSTA (A) Errado – Em vez da forma “provêm” – com acento circunflexo,

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na 3ª pessoa do plural –, deve-se empregar a forma “provém” – com acentoagudo, na 3ª pessoa do singular –, para que haja concordância com o sujeito“espécie de vinho”. (B) Certo. (C) Errado – Em vez da forma “podem haver”,deve-se empregar “pode haver”. O verbo “haver” está empregado no sentidode “existir”, sendo, portanto, impessoal. O verbo auxiliar de um verbo principalimpessoal também assim se torna e sua conjugação passa a ser fixada na 3ªpessoa do singular. (D) Errado – Não se emprega próclise após vírgula. Assim,em vez de “a tornou”, deve-se empregar “tornou-a”. (E) Errado – Em vez de“proporam”, a conjugação correta é “propuseram”. Alternativa B.Perspectiva de Montesquieu5473/5805O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais importantesintelectuais na história das ciências jurídicas. A grande originalidadede sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revoluçãometodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos interrelacionados,que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro excluida ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta oautor das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagemdescritiva e comparativa dos fatos sociais.Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico emoral que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimentohistórico do homem estaria subordinado ao cumprimento dedesígnios divinos. Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causaspuramente humanas. Segundo ele, introduzir princípios teológicos nodomínio da história, como fatores explicativos, é confundir duas ordensdistintas de pensamento. Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nosestritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandona tal projeto.Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contraum possível mal-entendido no que diz respeito à palavra “virtude”, queemprega amiúde com significado exclusivamente político, e não moral.Para Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos só pode serrealizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são enão como deveriam ser. Enquanto não forem abordados como independentesde fins religiosos e morais, jamais poderão ser compreendidos. Asciências humanas deveriam libertar-se da visão finalista, como já haviamfeito as ciências naturais, que só progrediram realmente quando se desvencilharamdo jugo teológico.Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre osâmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendoum provocador de alto nível.(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril, 1973).

10579. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) Ométodo original pelo qual Montesquieu se orienta ao escrever O espírito dasleis tem como primeira característica promover(A) uma convergência mais natural entre as bases do pensamento teológico e asdas instituições civis.(B) o caráter dedutivo dos estudos jurídicos, a se desenvolverem com base emteses e hipóteses investigativas.5474/5805(C) a separação radical entre o âmbito dos valores teológicos e morais e o daspolíticas e ciências humanas.(D) a supressão dos valores éticos morais, em nome de uma exclusiva ordem constitucionalanticlerical.(E) o confronto entre as prioridades de um Estado religioso e as de um Estadolaico, tendo em vista uma síntese conciliatória.RESPOSTA A primeira das características que torna a obra de Montesquieuoriginal é a separação que há entre a ciência social e a perspectiva moral e/oureligiosa. É isso que está dito no primeiro parágrafo: “O primeiro [aspecto] excluida ciência social toda perspectiva religiosa ou moral”.(A) Errada – Montesquieu não considera a convergência, mas sim a divergênciaentre essas duas formas de interpretação. (B) Errada – No primeiro parágrafo,o texto cita que Montesquieu foi original em sua obra ao afastar opensamento jurídico das teorias abstratas e dedutivas. (C) Certa. (D) Errada –Os valores éticos não são suprimidos. São sim os morais e os religiosos. (E)Errada – Não há a intenção de conciliar, mas sim de separar o Estado da religião.Alternativa C.

10580. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC)Atente para as seguintes afirmações:I. Foi a grande importância que Montesquieu atribuía aos estudos de filosofiapura que o levou a compor um tratado como O espírito das leis, ummonumento dedicado à metafísica do Direito.II. Para Montesquieu, as instituições humanas devem ser vistas como tais, ouseja, criações do homem, devendo por isso ser tratadas como fenômenospolíticos, e não como manifestações místicas.III. Montesquieu, em suas reflexões sobre as instituições e as leis, deixava-se orientarpelo pensamento utópico, prefigurando, como homem de imaginaçãoque era, a realização espiritual e ideal dos homens.Em relação ao texto está correto SOMENTE o que se afirma em(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.RESPOSTA I. Falsa – Como se afirma no primeiro parágrafo, Montesquieutem por princípio se isolar das teorias abstratas e dedutivas. Sua abordagem5475/5805se baseia numa mera comparação entre os fatos sociais. II. Verdadeira –Montesquieu trata as instituições como frutos de causas humanas, completamentedissociadas de razões místicas ou religiosas. III. Falsa – Montesquieuassume uma postura meramente pragmática, desvencilhada de abstrações epresa à concretude das comparações entre os fatos sociais. Alternativa B.

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10581. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC)Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moralque ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimentohistórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos.Com base no trecho acima, é correto afirmar:(A) a palavra solapamento está empregada no sentido de implementação ousuprimento.(B) na expressão segundo o qual, o elemento sublinhado reporta-se diretamentea desenvolvimento histórico.(C) a expressão desígnios divinos tem sentido oposto ao da expressão finalismoteológico.(D) o desenvolvimento histórico do homem era visto, até então, em função do finalismoteológico e moral.(E) a expressão cumprimento de desígnios divinos deve ser entendida como extensãoda autoridade de Deus.RESPOSTA (A) Errada – O termo “solapamento” está empregado no sentidode “arruinamento”, “enfraquecimento”. (B) Errada – O termo “o qual” se reportaa “finalismo teológico e moral”. (C) Errada – Essas duas expressões seaproximam quanto ao sentido, referindo-se à influência da religiosidade nasjustificativas das instituições. (D) Certa. (E) Errada – A expressão deve ser entendidacomo “cumprimento dos propósitos, das vontades divinas”. AlternativaD.

10582. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) Estáinteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:(A) Montesquieu valeu-se, em O espírito das leis, do conceito político de “virtude”,escoimando essa palavra de qualquer ressonância de ordem moral oureligiosa.5476/5805(B) Para que não se confundissem os leitores, Montesquieu advertiu-os que a palavra“virtude” ali empregada não detinha terminologia religiosa, conquantoapenas política.(C) Era mister de Montesquieu desconsiderar o desígnio divino, razão pela qualfixou no termo “virtude” o censo de sentido político que a palavra deveriatranspirar.(D) Em O espírito das leis, propunha Montesquieu a tratar das instituições defato humanas, tendo por isso empregado a palavra “virtude” em sentido material,e não teológico.(E) Ao conceito moral de “virtude” opôs-se Montesquieu, preterindo-o uma vezque lhe preferia no sentido político, tendo para isso alertado seus leitores emO espírito das leis.RESPOSTA (A) Correta. (B) “...advertiu-os de que a palavra...” / a palavra“conquanto” indica concessão, mas a frase indica oposição, logo deveria sertrocada por “mas”. (C) Deveríamos trocar “ser mister”, que significa “serforçoso”, por “era necessário”. Além disso, “censo” deveria ser substituído por“senso” = juízo. (D) “...Montesquieu propunha (VTD) tratar...”. (E) “...que opreferia...”. Alternativa A.

10583. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) Asnormas de concordância verbal estão plenamente observadas em:(A) Para os leitores de qualquer época seriam úteis reconhecer os dois métodosque regiam Montesquieu em O espírito das leis.(B) Muito terão a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma época, quemse disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu.(C) À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de Montesquieuhaverão sempre, para endossar com ânimo suas teses.(D) Segundo Montesquieu, não cabem aos homens preocupar-se com a finalidadereligiosa das instituições, mas sim com a finalidade política.(E) No século XVIII não se ateve aos princípios morais religiosos quem, comoMontesquieu, os preterisse para priorizar os princípios da política.RESPOSTA (A) Errada – Deve-se empregar a construção singular “seria útil”,para que haja a concordância com o sujeito oracional “reconhecer os doismétodos...”. (B) Errada – Deve-se empregar a forma singular “terá”, para quehaja concordância com o sujeito “Muito”. (C) Errada – Deve-se empregar aforma verbal singular “haverá”, haja vista que o verbo “haver”, no sentido de“existir”, é impessoal, sendo somente flexionado na 3ª pessoa do singular. (D)5477/5805Errada – Deve-se empregar a forma singular “não cabe”, para que haja a concordânciacom o sujeito oracional “preocupar-se com a finalidade...”. (E)Certa. Alternativa E.

10584. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) A oraçãosublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período:(A) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levarpelo finalismo religioso.(B) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieubuscando apoio espiritual.(C) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dosmétodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.(D) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreucom as ciências naturais.(E) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismoteológico e moral.RESPOSTA (A) Errada – A oração destacada exerce a função de objeto direto(oração subordinada substantiva objetiva direta) do verbo “preferir”. (B)Certa. (C) Errada – A oração em destaque funciona como adjunto adnominal(oração subordinada adjetiva restritiva) do nome “métodos”. (D) Errada – Aoração em destaque funciona como adjunto adverbial (oração subordinada adverbialcomparativa). (E) Errada – A oração em destaque é coordenada sindéticaaditiva. Alternativa B.

10585. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) Estáinteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

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(A) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, porum método original composto por dois aspectos inter-relacionados: que serviama seu propósito condenável para muitos, de ver como excludentes o finalismoreligioso e o fenômeno político.(B) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar porum método, original, composto por dois aspectos inter-relacionados, queserviam a seu propósito condenável, para muitos, de ver como excludentes,o finalismo religioso e o fenômeno político.(C) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar porum método original, composto por dois aspectos inter-relacionados que5478/5805serviam a seu propósito, condenável para muitos, de ver como excludentes ofinalismo religioso e o fenômeno político.(D) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar porum método original, composto, por dois aspectos inter-relacionados, queserviam a seu propósito condenável para muitos: de ver como excludentes, ofinalismo religioso e o fenômeno político.(E) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, porum método original, composto por dois aspectos inter-relacionados, queserviam a seu propósito, condenável, para muitos de ver como excludentes ofinalismo religioso, e o fenômeno político.RESPOSTA Deve-se atentar para as seguintes necessidades de pontuação:i) Deve haver uma vírgula após “Luzes”, para isolar o adjunto adverbial deslocadoda ordem direta “No século das Luzes”.ii) O termo “em sua obra maior” deve ser isolado por vírgulas, pois encontraseintercalado entre o sujeito – Montesquieu – e o verbo – deixou-se.iii) Não se deve separar por vírgula o nome “método” de seu adjunto adnominal“original”.iv) Deve-se isolar por vírgulas o termo de caráter explicativo “composto pordois aspectos... seu propósito”.v) Deve-se isolar por vírgulas o termo “condenável para muitos”, devido aoseu caráter explicativo e ao fato de estar intercalado entre nome – propósito –e complemento nominal – de ver como excludentes... fenômeno político.Dessa forma, a opção que atende a todos critérios de pontuação é aterceira. Alternativa C.

10586. (Analista de Controle – TCE-PR – 2011 – FCC) EstáINADEQUADA a correlação entre tempos e modos verbais na frase:(A) Enquanto não fossem abordados como independentes de fins religiosos emorais, os fatos humanos jamais seriam compreendidos, acreditavaMontesquieu.(B) Deliberadamente, Montesquieu dispunha-se a permanecer nos estritosdomínios dos fenômenos políticos, e jamais abandonaria tal projeto.(C) Ele mais de uma vez advertiu o leitor contra um possível mal-entendido noque dizia respeito à palavra “virtude”, que empregava amiúde com significadoexclusivamente político.5479/5805(D) O primeiro aspecto do método excluía da perspectiva social todo valor religioso,ao passo que o segundo afastasse o autor das abstrações teóricas.(E) Segundo a moral que predomina na época, o desenvolvimento histórico dohomem deve subordinar-se ao cumprimento dos desígnios divinos.RESPOSTA (A) Certa – Há a correta correlação entre o pretérito imperfeito dosubjuntivo – fossem – e o futuro do pretérito do indicativo – seriam. (B) Certa– Há a correta correlação entre o pretérito imperfeito do indicativo – dispunhase– e o futuro do pretérito do indicativo – abandonaria. (C) Certa – Há umacorreta correlação entre os pretéritos “advertiu” – pretérito perfeito do indicativo– e “dizia” e “empregava” – pretérito imperfeito do indicativo. (D) Errada –Em vez de “afastasse” – pretérito imperfeito do subjuntivo –, deveria serempregada a forma verbal “afastava” – pretérito imperfeito do indicativo –,mantendo-se, assim, o paralelismo com a oração anterior formada pelo verbo“excluía”. (E) Certa – Há uma correta correlação entre os presentes do indicativo“predomina” e “deve”. Alternativa D.5480/5805

OUTRAS BANCASI. Crase

10587. (2012 – CESGRANRIO) O uso do sinal indicativo da crase éobrigatório em:(A) A metrópole exerce influência social e administrativa sobre a maioria das cidadesda região.(B) Cada vez mais, os moradores têm acesso a bens de consumo como eletrodomésticose celulares.(C) Nas grandes cidades, o crescimento populacional é sempre aliado a índiceseconômicos altos.(D) O governo precisa investir na saúde para corresponder a expectativa dapopulação.(E) O planejamento familiar é necessário para não levar o mundo a uma situaçãoinsustentável.RESPOSTA O verbo “corresponder” é transitivo indireto, ou seja, exige umcomplemento com preposição. Além disso, a palavra que segue esse verbo,“expectativa”, é uma palavra feminina. Assim teremos a fusão da preposiçãocom o artigo! Alternativa D.

10588. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “50% e 70% das falhasocorridas no passado em linhas de transmissão brasileiras estavam relacionadasàs condições climáticas”, o sinal indicativo da crase deve ser empregadoobrigatoriamente.Esse sinal também é obrigatório na palavra destacada em:(A) O Brasil sofreu as consequências da grande perda de carbono da florestaAmazônica.(B) A transformação acelerada do clima deve-se as estiagens em várias partes domundo.(C) Alguns tipos de vegetação dificilmente resistem a uma grande mudançaclimática.

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(D) As usinas hidrelétricas, a partir de 1920, estavam associadas a regiõesindustriais.(E) O aumento da temperatura do planeta causará danos expressivos a seushabitantes.RESPOSTA O verbo “dever”, neste caso, exige um complemento com preposição,pois quem deve algo o deve a alguém. Além disso, a palavra quesegue este verbo, “estiagens”, é feminina e está acompanhada do artigo plural“as”, como podemos ver. Alternativa B.

10589. (2012 – CESGRANRIO) No texto, a expressão às vezes apresentao sinal indicativo de crase.Na seguinte frase, o a deveria também apresentar esse sinal:(A) A partir de hoje, não quero enviar mais mensagem de texto.(B) Ele pediu a todos os funcionários que enviassem notícias por e-mail.(C) Os jovens postam mensagem em redes sociais a mais de cem pessoas.(D) Podem-se trocar mensagens a vontade, mas não existe muita segurança.(E) Quero que a empresa tome medidas sobre trocas de mensagens dosfuncionários.RESPOSTA As locuções adverbiais de tempo, modo e lugar que são femininoslevam crase para diferenciarmos do substantivo feminino. Exemplo: à vontadeé o modo, por isso leva crase. “A vontade de comer chocolate só aumentou!”,nessa frase não leva porque é apenas o substantivo. Alternativa D.

10590. (2012 – CESGRANRIO) As crases grafadas no início decada uma das seguintes frases se justificam pela exigência do verbo acostumar:“Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dosrios.”Uma quarta frase que poderia estar nessa sequência, grafada de acordo com anorma-padrão, seria a seguinte:(A) À ver injustiças.(B) À vida sem prazer.(C) À alguma forma de tristeza.(D) À todas as mazelas do mundo.(E) À essa correria em busca do sucesso.5482/5805RESPOSTA Sendo o verbo “acostumar” um transitivo indireto, e seguindo amesma lógica das frases do enunciado da questão, a frase da alternativa Bleva crase porque a palavra “vida” é um substantivo feminino. Alternativa B.

10591. (2010 – FGV) Em “ofereceram à equipe chilena de salvamento[...]”, o emprego do acento grave:(A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definidofeminino antes de “equipe”.(B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.(C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muitodinheiro à custa de mentiras”.(D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.(E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.RESPOSTA O verbo “oferecer”, como o enunciado já sugere, é transitivo indireto,e a palavra que o segue, “equipe”, é uma palavra feminina que exige oartigo A. Alternativa A.

10592. (2010 – FGV) Na frase “é ingênuo creditar a posturabrasileira apenas à ausência de educação adequada” foi corretamente empregadoo acento indicativo de crase.Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está corretamenteempregado.(A) O memorando refere-se à documentos enviados na semana passada.(B) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiência urgente.(C) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com pessoas jádesestimuladas.(D) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome consta na lista.(E) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário flexível e sãoresponsáveis.RESPOSTA O verbo “falar”, neste caso, exige complementos um sem preposiçãoe outro com preposição, pois quem fala algo o fala a alguém. O pronome“aquele”, portanto, configura-se como parte do objeto indireto desteverbo, pois a preposição “a” encontra-se com o “a” inicial do pronome emquestão. Note que poderíamos trocá-lo por “a este” para confirmar o empregoda crase. Alternativa D.5483/5805

10593. (2010 – FGV) Assinale a alternativa em que está correto o usodo acento indicativo de crase:(A) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.(B) Ele se referiu às pessoas de boa memória.(C) As pessoas aludem à uma causa específica.(D) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.(E) Os livros foram entregues à ele.RESPOSTA O verbo “referir-se” (VTI) exige a preposição “a”, que se encontracom o artigo que antecede a palavra feminina “pessoas”. Alternativa B.

10594. (2010 – FGV) O acento indicativo de crase foi corretamenteempregado apenas em:(A) o cidadão não atende à apelos sem fundamento.(B) no artigo, o autor citou à necessária reforma do Estado.(C) convencemos à todos da necessidade de um pacto social.(D) o debatedor não se rendeu àqueles discursos demagógicos.(E) os governantes dispuseram-se à colaborar.RESPOSTA O verbo “render-se” (VTI) exige a preposição “a”, que se liga ao“a” inicial do pronome “aqueles”. O emprego de crase nos pronomes demonstrativosfica fácil de confirmar quando conseguimos aplicar a troca por “aestes”, no caso. Alternativa D.

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10595. (2012 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase está adequadamenteusado em:(A) Os pesquisadores dedicaram um estudo sobre games à um conjunto de pessoasidosas.(B) Daqui à alguns anos, os pesquisadores pretendem verificar por que os gamessão viciantes para os jovens.(C) Muitos dos idosos pesquisados obtiveram resultados positivos e passaram àse comportar de nova maneira.(D) A escolha de um determinado game se deveu à preocupação dos pesquisadorescom as características que tal jogo apresentava.(E) Os estudos dos efeitos dos jogos eletrônicos sobre os idosos vêm sendo realizadosà vários anos.5484/5805RESPOSTA A regência do verbo “deve-se” exige a preposição A. A palavra nasequência é um substantivo feminino que exige o artigo A. Alternativa D.

10596. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo da crase estáempregado de acordo com a norma-padrão em:(A) Depois de aportar no Brasil, Cabral retomou à viagem ao Oriente.(B) O capitão e sua frota obedeceram às ordens do rei de Portugal.(C) O ponto de partida da frota ficava no rio Tejo à alguns metros do mar.(D) O capitão planejou sua rota à partir da medição de marinheiros experientes.(E) Navegantes anteriores a Cabral haviam feito menção à terras a oeste doAtlântico.RESPOSTA A regência do verbo obedecer é indireta, ou seja, esse verbo pedepreposição. “ordens” é um substantivo feminino no plural. Note que podemosobservar o emprego do artigo mais facilmente por ele estar no plural. AlternativaB.

10597. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo da crase é necessárioem:(A) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando.(B) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de umcolecionador.(C) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais,é valorizar o passado.(D) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX eXX, uma forma de amor.(E) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocarcartões-postais permaneceu.RESPOSTA Enviar (VTDI) um cartão-postal (OD) A + aquela pessoa... (OI) =crase no pronome demonstrativo “aquela”. Alternativa D.

10598. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase é necessárioem:(A) A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento.(B) Os atendentes devem vir a ter novo treinamento.5485/5805(C) É possível ir as aulas sem levar o notebook.(D) Não desejo a ninguém uma vida infeliz.(E) A instrutora chegou a tempo para a prova.RESPOSTA Ir é um verbo intransitivo geralmente acompanhado de um adjuntoadverbial que exige a preposição A. O substantivo “aulas” está acompanhadodo artigo no plural. Alternativa C.

10599. (2011 – CESGRANRIO) Em qual dos pares de frases abaixoo a destacado deve apresentar acento grave indicativo da crase?(A) Sempre que possível não trabalhava a noite./Não se referia a pessoas que nãoparticiparam do seminário.(B) Não conte a ninguém que receberei um aumento salarial./Sua curiosidadeaumentava a medida que lia o relatório.(C) Após o julgamento, ficaram frente a frente com o acusado./Seu comportamentodescontrolado levou-o a uma situação irremediável.(D) O auditório IV fica, no segundo andar, a esquerda./O bom funcionário vive aespera de uma promoção.(E) Aja com cautela porque nem todos são iguais a você./Por recomendação domédico da empresa, caminhava da quadra dois a dez.RESPOSTA Nesses dois casos temos exemplos de locuções adverbiais. À esquerdaindica lugar e à espera indica o modo. Alternativa D.

10600. (2010 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase deve serusado somente no a presente em(A) Mas a dor de dente pode passar a ser um problema.(B) Os pais costumam levar a seus filhos a obrigação de serem felizes.(C) Não se deve dar importância a chamada da capa da revista.(D) Os livros publicados por universidades devem ser levados a sério.(E) O dinheiro não traz a felicidade que se imagina, quando se luta por ele.RESPOSTA Não se deve dar o quê? Importância (OD) A quem? (à) chamadada capa da revista (OI). Alternativa C.

10601. (2010 – CESGRANRIO) O acento indicativo da crase só estácorretamente empregado em5486/5805(A) Só consegui comprar a televisão à prestações.(B) O comerciante não gosta de vender à prazo.(C) Andar à pé pela orla é um ótimo exercício.(D) Entregue o relatório à uma das secretárias.(E) Chegaremos ao trabalho à uma hora da tarde.RESPOSTA A crase deve ser usada no emprego de hora determinada. Noteque “uma”, nesse caso, não é um artigo indeterminado, mas sim um numeral.Alternativa E.

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10602. (2010 – CESGRANRIO) Leia as frases abaixoA Inglaterra aprovou uma lei pela qual o país terá de cortar em 80% ____ suasemissões de carbono.O fato de as cifras virem ____ tona antes da conferência é outro sinal alentador.Esse cipoal de números torna complexa _____ discussão em Copenhague, masnão a inviabiliza. O Presidente Barack Obama anunciou que vai _____ Copenhaguee que se compromete com um corte de 17% até 2020.As palavras que, na sequência, preenchem as lacunas acima corretamente são(A) as – à – a – a.(B) às – à – a – a(C) às – a – à – à.(D) as – a – a – à.(E) as – a – a – a.RESPOSTA “...terá de cortar...”: essa locução verbal é transitiva direta – “as”= artigo.“virem à tona” é uma locução adverbial com crase.“a discussão” é o sujeito do verbo “torna”, por isso não pode ter crase (onúcleo do sujeito não pode ser preposicionado).“vai a Copenhague” e volta DE Copenhague = sem crase. Alternativa A.

10603. (2013 – CESGRANRIO) Segundo a norma-padrão, o sinalindicativo da crase não deve ser utilizado no seguinte trecho: “Certamente porquenão é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumasafirmações”.A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:5487/5805(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nosdão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chãode sob nossos pés.”(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezasinquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a umnovo modo de lidar com as certezas e os valores.”(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistandoposições estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novasgerações, menos resistentes a visões questionadoras.”(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de acharque quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmenteerrado.”(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seriacaótica e, por isso mesmo, inviável”.RESPOSTA Não ocorre crase antes de verbos. A palavra “a” presente nasfrases é apenas uma preposição. Alternativa A.

10604. (2013 – CESGRANRIO) Há omissão do sinal indicativo dacrase em:(A) Os vizinhos tomaram providências a respeito dos latidos.(B) O autor se refere a dupla de artistas como adoráveis.(C) Agradeci a ele pelo magnífico presente.(D) Os cães continuaram a latir sem parar.(E) Ela visita a avó todos os domingos.RESPOSTA A regência do verbo “referir-se” exige uma preposição “a”, e a palavra“dupla” é um substantivo feminino antecedido de artigo, portanto deveriaocorrer crase. Alternativa B.

II. Regência

10605. (2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração doverso da canção tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em contapossível alteração de sentido.(A) Nosso amor que eu não esqueço/Nosso amor de que eu não esqueço(B) Que você lhe diga/Que você lhe encontre(C) Diga que você me adora/Diga que você adora-me5488/5805(D) Às pessoas que eu detesto/Às pessoas que não gosto(E) a comida que você pagou pra mim/a comida por que você optou para mimRESPOSTA O verbo optar exige a preposição “por”. Como temos um pronomerelativo (que) na frase, a preposição fica antes dele para identificar a funçãosintática por ele retomada, no caso um objeto indireto. Alternativa E.

10606. (2011 – FGV) Leia o fragmento abaixoInfelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos que há muito deveriamter sido excluídos da vida política nacional, como a compra de votos e a atitude dediversos candidatos, durante as campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas etoda a sorte de brindes em troca da promessa de voto dos eleitores.(Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral.Disponível em: www.ethos.org.br. Com adaptações.)No trecho destacado acima, foi empregada a regência do verbo em completoacordo com a norma culta. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenhaocorrido.(A) O povo aspira a governos menos corruptos.(B) Ele assiste em Belém.(C) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas.(D) As empresas pagaram aos funcionários na data correta.(E) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos.RESPOSTA A regência da frase da alternativa C não está correta porque overbo “implicar” não admite preposição, pois é um verbo transitivo direto quesignifica “acarretar”, “provocar”, “ter como consequência”. Alternativa C.

10607. (2010 – FGV) A construção da frase “tentará descobrir algumacoisa que possuam em comum – um conhecido, uma cidade da qualgostam”, está correta em relação à regência dos verbos possuir e gostar.De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa que apresente erro deregência.

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(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar.(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas.(C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade.(D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento.(E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas.5489/5805RESPOSTA A frase expressa na alternativa A apresenta erro de regênciaporque o pronome “cuja” não pode ser preposicionado, pois o verbo “procurar”pede, neste caso, um complemento direto. Alternativa A.

10608. (2010 – FGV) “Eu não atino com a das que enfiei ontem”; autilização da preposição “com” nesse fragmento, é devida à presença do verbo“atinar”. A frase a seguir em que a preposição destacada está mal empregada é:(A) Azul é a cor de que mais gosto.(B) Essa é a menina de quem estamos falando.(C) Ela estará aqui em uma hora.(D) Esses são os retratos de que tiraram.(E) Essa é a história a que aludi.RESPOSTA O uso da preposição está incorreto na frase da alternativa Dporque o verbo “tirar” é transitivo direto. O pronome relativo retoma a funçãosintática do verbo posterior, por isso não pode haver aquela preposição. AlternativaD.

10609. (2012 – CESGRANRIO) A leitura do trecho“A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutarpara ganhar o dinheiro com que pagar. [...] E a procurar mais trabalho, para ganharmais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. [...]”permite concluir que as preposições são exigidas, respectivamente, pelosseguintes verbos:(A) desejar e ganhar.(B) desejar e pagar.(C) pagar e desejar.(D) necessitar e ganhar.(E) necessitar e pagar.RESPOSTA O verbo “necessitar” é sempre transitivo indireto, ou seja, sempreexige uma preposição. Já o verbo “pagar” pode admitir as duas transitividades,mas neste caso fala-se em pagar com algo, que é com o dinheiro ganho.Alternativa E.5490/5805

10610. (2012 – CESGRANRIO) Considere o comportamento doverbo em destaque quanto à sua regência, em “para dar sabor e aroma aosalimentos”.O trecho do texto cujo verbo apresenta a mesma regência é:(A) “Quando você lê ‘aroma natural’”(B) “‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas”(C) “que não existem na natureza”(D) “O processo encarece o produto”(E) “enviar as moléculas às fábricas de alimentos”RESPOSTA Assim como o verbo destacado no enunciado da questão (VTDI), aalternativa E é correta porque o verbo “enviar” exige dois complementos: umdireto (as moléculas) e outro indireto (às fábricas de alimentos). Alternativa E.

10611. (2012 – CESGRANRIO) A frase cuja regência do verbo respeitaa norma-padrão é:(A) Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.(B) Os professores avisaram aos alunos da prova.(C) Deve-se obedecer o português padrão.(D) Assistimos uma aula brilhante.(E) Todos aspiram o término do cursoRESPOSTA A frase da alternativa A está de acordo com a norma-padrãoporque o verbo “esquecer-se” exige um complemento indireto (com preposiçãode); a ênclise, que é o uso do pronome em relação ao verbo, está sendo usadaadequadamente e as palavras que compõem o objeto indireto concordam emgênero, número e pessoa. Alternativa A.

10612. (2010 – FGV) Leia o fragmento abaixo:“[...] Só o Estado, reformado e renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário,poderá dispor dos meios e recursos, articulado à opinião pública, para reverteressa ameaça de colapso.”A regência do verbo dispor é a mesma de:(A) O artigo defende a necessidade de uma nova ética social.(B) Convém atualizar velhas formas de comportamento.5491/5805(C) O autor expressa suas ideias de forma clara e objetiva.(D) O palestrante fugiu ao foco dos debates.(E) Busca-se uma saída para a crise institucional.RESPOSTA Os verbos exigem, nesse caso, um complemento com preposição(objeto indireto). Alternativa D.

10613. (2011 – CESGRANRIO) Dentre os períodos compostosabaixo, qual foi elaborado de acordo com a norma-padrão da língua?(A) Entrei e saí do escritório hoje correndo.(B) O relatório que te falei está em cima da mesa.(C) Esse é o colega que dei meu endereço novo.(D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim.(E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande.RESPOSTA Nós aprendemos pelo (por + o) manual, certo? Ao usarmos o pronomerelativo para a construção da frase, ele retoma também a função sintática,por isso a preposição (por) vem antes dele. Alternativa D.

10614. (2011 – CESGRANRIO) Considere as frases abaixo.I. Manuel aspira ........................ cargo de gerente na empresa.II. Quem quiser assistir .......................... filme, deve permanecer em silêncio.

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III. Certamente, essa decisão implicará ........................... dissolução do grupo.IV. Ao chegar ............................ casa, verificarei se os documentos estão em ordemalfabética.Em relação à regência verbal, a sequência que preenche corretamente as lacunasé:(A) o – ao – na – em(B) o – o – a – a(C) ao – o – na – em(D) ao – ao – a – a(E) ao – ao – na – emRESPOSTA O verbo “aspirar” no sentido de “desejar” é transitivo indireto,exigindo preposição A.O verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto, exigindo preposiçãoA.5492/5805O verbo “implicar” no sentido de ter como consequência, acarretar, gerar étransitivo direto.O verbo “chegar” exige que o adjunto adverbial seja com a preposição A,nunca EM. Alternativa D.

10615. (2011 – CESGRANRIO) “Se ainda restassem dúvidas, elasacabariam no alvorecer do dia seguinte...”O verbo acabar apresenta-se com a mesma regência com que aparece na acima:(A) O cantor mostrou muito talento e acabou aplaudido entusiasticamente.(B) As fortes chuvas acabaram com as plantações de grãos.(C) Eles acabaram de saber que foram aprovados no concurso.(D) Acabou por reconhecer que o adversário era superior.(E) A comemoração dos formandos acabou de madrugada.RESPOSTA O verbo “acabar” está sendo empregado como intransitivo,seguido de adjunto adverbial. Alternativa E.

10616. (2011 – CESGRANRIO) Em qual das sentenças abaixo, aregência verbal está em DESACORDO com a norma-padrão?(A) Esqueci-me dos livros hoje.(B) Sempre devemos aspirar a coisas boas.(C) Sinto que o livro não agradou aos alunos.(D) Ele lembrou os filhos dos anos de tristeza.(E) Fomos no cinema ontem assistir o filme.RESPOSTA O verbo “fomos” exige que o adjunto adverbial seja com a preposiçãoA, nunca EM.O verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto, exigindo preposiçãoA. Alternativa E.

10617. (2011 – CESGRANRIO) Substituindo o verbo destacado poroutro, a frase, quanto à regência verbal, torna-se INCORRETA em:(A) O líder da equipe, finalmente, viu a apresentação do projeto./O líder daequipe, finalmente, assistiu à apresentação do projeto.(B) Mesmo não concordando, ele acatou as ordens do seu superior./Mesmo nãoconcordando, ele obedeceu às ordens do seu superior.5493/5805(C) Gostava de recordar os fatos de sua infância./Gostava de lembrar dos fatosde sua infância.(D) O candidato desejava uma melhor colocação no ranking./O candidato aspiravaa uma melhor colocação no ranking.(E) Naquele momento, o empresário trocou a família pela carreira./Naquelemomento, o empresário preferiu a carreira à família.RESPOSTA O verbo “lembrar” sem o pronome é transitivo direto. O corretoseria “Gostava de lembrar os fatos... ou gostava de lembrar-se dos fatos...”.Alternativa C.

10618. (2013 – CESGRANRIO) “... aquelas que de algum modoatendem a suas necessidades e a fazem avançar.”, o verbo atender exige apresença de uma preposição para introduzir o termo regido.Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendema aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.”(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.”(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança éinerente à realidade tanto material quanto espiritual.”(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedira mudança é impossível.”(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças.”RESPOSTA Na alternativa A, o verbo também é transitivo indireto com a preposição“A”. Alternativa A.

10619. (2010 – CESGRANRIO) Em relação à regência verbal enominal, o emprego do pronome relativo, segundo o registro culto e formal dalíngua, está INCORRETO em:(A) A conclusão que chegamos é que o fracasso ensina ao homem comorecomeçar.(B) O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar a navegar.(C) O ideal por que lutamos norteia nossos projetos.(D) O infortúnio a que está sujeito o empreendedor motiva-o.(E) Após o término da pesquisa, informei-lhe que tomasse cuidado para nãoerrar.5494/5805RESPOSTA O verbo chegar solicita a preposição “a”, que deve ser inseridaantes do pronome relativo “que”. Alternativa A.

10620. (2010 – CESGRANRIO) O período escrito de acordo com anorma-padrão é(A) O formigueiro, sobre cuja a destruição foi atribuída às crianças, era muitoantigo.

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(B) O astrônomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no próximo semestre.(C) O planeta que moramos tem condições para abrigar várias formas de vida.(D) A constelação cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica noHemisfério Sul.(E) O planeta Marte, cujo é vizinho próximo da Terra, não parece ter água em suasuperfície.RESPOSTA O verbo “falar” exige a preposição “de” para introduzir o adjuntoadverbial de assunto. Essa preposição deve ser posicionada antes do pronomerelativo (cuja). Alternativa B.

III. Pontuação

10621. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “Conversamos com sociólogos,arquitetos, economistas, urbanistas e representantes de organizações internacionaissobre o assunto”, as vírgulas são empregadas para separar itens deuma enumeração, assim como em:(A) “Virou hábito na mídia e, provavelmente, em conversas cotidianas o uso doadjetivo ‘sustentável’.”(B) “Para alguns urbanistas, um elemento fundamental para ser levado em conta,quando se fala de sustentabilidade urbana, é o futuro.”(C) “Uma metrópole sustentável é aquela que, na próxima geração, tenha condiçõesiguais ou melhores que as que temos hoje.”(D) “Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, educação e outrosserviços públicos sejam acessíveis em toda a metrópole.”(E) “A rede de transportes, por exemplo, é um dos aspectos a serem observadosna constituição das cidades.”RESPOSTA Assim como na frase expressa no enunciado da questão, a alternativaD está correta porque apresenta itens de uma enumeração (separação5495/5805de elementos de mesma função sintática), o que não ocorre nas demais alternativas.Alternativa D.

10622. (2012 – CESGRANRIO) No seguinte trecho “Entretanto,para que possamos usufruir dessa energia, precisamos transportá-la a longas distâncias– muitas vezes, milhares de quilômetros – por meio de linhas de transmissãoaéreas, expostas ao tempo e a seus caprichos”, o travessão serve para delimitaruma informação intercalada no discurso (que pode ser um adendo, umcomentário, uma ponderação).Em situação semelhante, a vírgula pode ser substituída por travessão, com essamesma função, em:(A) “Com o aquecimento global, o desmatamento e alguns fenômenos atmosféricos,esse número tende a aumentar nas próximas décadas.”(B) “Se as alterações do clima podem causar problemas na transmissão de energia,na distribuição a situação não é diferente.”(C) “Nessas áreas, as edificações, a substituição de vegetação por asfalto, a poluiçãodos automóveis e das fábricas causam alterações atmosféricas quefavorecem a ocorrência de fortes tempestades.”(D) “a busca de maior comodidade para os consumidores, maior controle operacionalpelas empresas, maior eficiência e maior flexibilidade da rede.”(E) “Outro aspecto relevante está na necessidade, cada vez maior, de adequar taisredes às normas legais de proteção e conservação ambiental.”RESPOSTA A vírgula que aparece na frase da alternativa E pode ser substituídapelo travessão porque isola uma informação, uma reflexão, acrescentadaàs informações consideradas essenciais. As trocas de pontuação,nesse caso, são possíveis. Alternativa E.

10623. (2012 – CESGRANRIO) Considere a pontuação empregadanos trechos transcritos abaixo:Antes do advento da internet, “bate-papo” significava conversa informal entreduas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo e voz presentes. Um casalde mãos dadas na rua. Uma discussão animada de bar.Tal trecho está reescrito, sem alteração do sentido e de acordo com a normapadrão,em:5496/5805(A) Antes do advento da internet, “bate-papo” significava: conversa informalentre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo e voz presentes.Isso podia se dar com um casal de mãos dadas na rua ou uma discussão animadade bar.(B) “Bate-papo” significava, antes do advento da internet, conversa informalentre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo e voz presentes.Por exemplo: um casal de mãos dadas na rua ou uma discussão animada debar.(C) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, emvisitas e encontros de corpo e voz presentes: um casal de mãos dadas na ruae uma discussão animada de bar, antes do advento da internet.(D) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, emvisitas e encontros de corpo e voz presentes, antes do advento da internet;um casal de mãos dadas na rua e uma discussão animada de bar.(E) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, antesdo advento da internet, em visitas e encontros de corpo e voz presentes –um casal de mãos dadas na rua – uma discussão animada de bar.RESPOSTA A reescrita proposta na alternativa B está correta porque a pontuaçãoutilizada auxilia na construção de um novo trecho (vide os dois-pontos,por exemplo). A nova disposição empregada aos termos mantém o significadooriginal do trecho porque as vírgulas colocadas em posições determinadas permitemque isso ocorra. Além disso, os novos verbetes apresentados tambémnão alteram o significado. Alternativa B.

10624. (2012 – CESGRANRIO) “Hoje, informação é poder.”No fragmento acima, a vírgula é empregada para separar o adjunto adverbial detempo deslocado.Outro exemplo do texto em que a vírgula é utilizada com a mesma funçãoencontra-se em:(A) “nomes e números em profusão, que nos chegam por jornais.”

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(B) “O estado de nossas células cerebrais, as nossas emoções.”(C) “Para quem, como eu, viaja bastante e tem de trabalhar em aviões ou emhotéis.”(D) “De repente eu me dava conta de como nossa existência é frágil, de comosomos governados pelo acaso e pelo imprevisto.”(E) “meu palpite é que, no dia do Juízo Final, cada um de nós vai inserir o pendrive de sua vida no Grande Computador Celestial.”5497/5805RESPOSTA As vírgulas utilizadas na frase apresentada na alternativa E isolamum adjunto adverbial de tempo; portanto, esse sinal gráfico isola a mesmafunção que a apresentada no enunciado da questão. Alternativa E.

10625. (2013 – FGV) Comenta o autor do livro: “Todos têm a mesmavisão, todos sentem idêntico terror, todos colaboram na construção do santuário.Mas o que ocorre se não existem argonautas, se não existem mais testemunhas detal experiência?”No fragmento acima, as aspas são empregadas para(A) destacar palavras importantes do texto.(B) indicar o motivo de o autor ter escrito o texto.(C) mostrar que a parte entre aspas é um resumo.(D) registrar que as palavras ditas pertencem a outra pessoa.RESPOSTA As aspas, além de isolarem uma citação, podem ser empregadaspara palavras estrangeiras, neologismos, ironia, gírias, por exemplo. AlternativaD.

10626. (2011 – FGV) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modeloslegislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, nãotardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidasa diversos outros segmentos da economia.Assinale a alternativa em que a alteração do período acima tenha mantido adequaçãoquanto ao seu sentido original e correção quanto à pontuação.(A) Sofrendo o Brasil, no entanto, os influxos de modelos legislativos estrangeiros– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aquioperam sujeitas às normas de seus países de origem –, não tardará para queas práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(B) Entretanto, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(C) Sofrendo, contudo, o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui5498/5805operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para queas práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(D) Todavia, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem –, não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(E) Contudo, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.RESPOSTA A alteração do período proposta na alternativa A mantém o sentidodo trecho original porque a pontuação utilizada nessa reescrita (as vírgulase o travessão) desloca alguns termos (por exemplo, a conjunção adversativa)de modo que o significado permaneça o mesmo. Os novos termosempregados (como a substituição do “porém” pelo “no entanto”) também auxiliampara que não haja alteração de significado. Alternativa A.

10627. (2011 – FGV) É certo que a separação dos valores e princípiospessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, maisainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada dedecisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidatoainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o períodoacima.(A) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato, ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.(B) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e – mais ainda – a transformaçãodessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato aindaé uma atitude difícil para grande parte dos empresários.5499/5805(C) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e – mais ainda –, a transformaçãodessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato aindaé uma atitude difícil para grande parte dos empresários.(D) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.

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(E) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios da empresas, e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões, sobre aspectostão sensíveis, como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.RESPOSTA Os travessões utilizados no trecho da alternativa B apenas substituemas vírgulas do trecho original, que têm a função de isolar uma reflexãoque é acrescentada à ideia do texto.Note também que a ordem direta (sujeito + verbo + complemento + adjuntoadverbial) nas outras alternativas sempre é “quebrada” por uma pontuação incorreta.Alternativa B.

IV. Acentuação Gráfica

10628. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “É imperativo democratizaro acesso aos serviços básicos de uma metrópole e diminuir as desigualdades”,as palavras são acentuadas graficamente.O grupo em que as palavras devem ser acentuadas em virtude da mesma regra é(A) água, sustentável(B) automobilística, também(C) automóvel, saúde(D) expansão, precário(E) índice, perímetroRESPOSTA As palavras apresentadas na alternativa E são acentuadas pelomesmo motivo que as expostas no enunciado porque ambas são proparoxítonas,as quais todas são acentuadas. Alternativa E.5500/5805

10629. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com as regras de acentuação,o grupo de palavras que foi acentuado pela mesma razão é:(A) céu, já, troféu, baú(B) herói, já, paraíso, pôde(C) jóquei, oásis, saúde, têm(D) baía, cafeína, exército, saúde(E) amiúde, cafeína, graúdo, sanduícheRESPOSTA O grupo de palavras apresentado na alternativa E é acentuadopela mesma razão porque todos os termos ali expostos configuram a regra dohiato (tônico, não seguido de NH, formando sílaba sozinho ou com “s”). AlternativaE.

10630. (2012 – CESGRANRIO) Algumas palavras são acentuadascom o objetivo exclusivo de distingui-las de outras.Uma palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte:(A) pôr(B) ilhéu(C) sábio(D) também(E) lâmpadaRESPOSTA A palavra exposta na alternativa A é acentuada porque distinguesede outra, chamada regra dos acentos diferenciais, uma vez que “pôr” configuraum verbo e “por” uma preposição. Essa regra foi mantida após o acordoortográfico de 2009. Alternativa A.

10631. (2011 – CESGRANRIO) As palavras que, na sequência, recebemacento gráfico são:(A) hifens – latex – avaro(B) gratuito – video – recem(C) benção – egoista – vies(D) martir – item – economia(E) caracteres – seca – rubrica5501/5805RESPOSTA A palavra “bênção” recebe acento gráfico porque é uma paroxítonaterminada em “ão”; a palavra “egoísta” recebe acento gráfico porque éum hiato; e a palavra “viés” recebe acento gráfico porque é uma oxítona terminadaem “e” seguido de “s”. Alternativa C.

10632. (2011 – FGV) Assinale a palavra que tenha sido acentuadaseguindo a mesma regra que distribuídos.(A) sócio(B) sofrê-lo(C) lúcidos(D) constituí(E) órfãosRESPOSTA A palavra apresentada na alternativa D é acentuada pela mesmaregra que a palavra “distribuídos”: regra do hiato (tônico, não seguido de NH,formando sílaba sozinho ou com “s”). Alternativa D.

10633. (2010 – FGV) Assinale a palavra que tenha sido acentuadapor regra DISTINTA das demais.(A) relógio(B) deficiências(C) distância(D) nível(E) níveisRESPOSTA Todas as palavras apresentadas nas alternativas da questão sãoparoxítonas terminadas em ditongo crescente, o que não ocorre na alternativaD, que expõe uma palavra acentuada por ser uma paroxítona terminada em“l”. Alternativa D.

10634. (2010 – FGV) Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuadapela mesma regra que as demais.(A) até(B) está(C) país(D) biogás

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5502/5805(E) contaráRESPOSTA Todas as palavras apresentadas nas alternativas da questão sãoacentuadas porque são oxítonas, o que não ocorre na alternativa D, que expõeuma palavra acentuada pela regra do hiato (tônico, não seguido de NH, formandosílaba sozinho ou com “s”). Alternativa C.

10635. (2013 – CESGRANRIO) O grupo em que ambas as palavrasdevem ser acentuadas de acordo com as regras de acentuação vigentes na línguaportuguesa é(A) aspecto, inicio(B) instancia, substantivo(C) inocente, maiuscula(D) consciente, ritmo(E) frequencia, areasRESPOSTA As duas palavras apresentadas na alternativa E são paroxítonasterminadas em ditongo crescente. Alternativa E.

10636. (2011 – CESGRANRIO) Em qual das frases abaixo, a palavradestacada está de acordo com as regras de acentuação gráfica oficial da línguaportuguesa?(A) Vende-se côco gelado.(B) Se amássemos mais, a humanidade seria diferente.(C) É importante que você estude êste item do edital.(D) Estavam deliciosos os caquís que comprei.(E) A empresa têm procurado um novo empregado.RESPOSTA “Amássemos” é uma proparoxítona, e todas as proparoxítonas sãoacentuadas. Alternativa B.

10637. (2011 – CESGRANRIO) Que palavra obedece à mesma regrade acentuação que país?(A) Compôs(B) Baú(C) Índio(D) Negócios5503/5805(E) ÁguiaRESPOSTA A regra dos hiatos tônicos I e U justifica essa acentuação: sãotônicos, formam sílaba sozinhos ou com S e não vêm seguidos de NH. AlternativaB.

10638. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que ocorre ERROquanto à acentuação gráfica é:(A) Eles têm confiança no colega da equipe.(B) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.(C) O seu sustento provém da aposentadoria.(D) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.(E) Alguns ítens do edital foram retificados.RESPOSTA As paroxítonas terminadas em “ens” não são acentuadas. Essaterminação justifica o acento apenas das oxítonas. Alternativa E.

10639. (2011 – CESGRANRIO) Em relação às regras de acentuaçãográfica, a frase que NÃO apresenta erro é:(A) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.(B) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.(C) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o local?(D) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar para o exterior.(E) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das crianças.RESPOSTA As palavras “alguém”, “além” e “helicóptero” estão corretamenteacentuadas. As duas primeiras por serem oxítonas terminadas em “em”, já aúltima é uma proparoxítona – todas são acentuadas. Alternativa C.

10640. (2011 – CESGRANRIO) O par de palavras que NÃO deveser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua, é(A) interim – polen.(B) itens – pudico.(C) juizes – prototipo.(D) economico – refem.(E) heroi – biceps.5504/5805RESPOSTA As duas palavras têm a sílaba tônica na posição de paroxítona.Estas não podem ser acentuadas com as terminações “ens” e “o”, por issoficam sem acento. Alternativa B.

10641. (2010 – CESGRANRIO) De acordo com o registro culto eformal da língua, os vocábulos que são acentuados, respectivamente, pelas mesmasregras de “aí” e “até” são(A) sabiá – fé.(B) café – além.(C) diário – reféns.(D) egoísta – você.(E) consciência – três.RESPOSTA As palavras “aí” e “egoísta” são acentuadas pela regra dos hiatostônicos I e U. Já “até” e “você” são oxítonas terminadas em “e”. Alternativa D.

10642. (2008 – CESGRANRIO) A retirada do acento traz uma palavrade sentido diferente em(A) árido(B) reúne(C) árvore(D) técnico(E) pássaroRESPOSTA A palavra da letra C é uma proparoxítona, e não um hiato. Há

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diferença de sentido e classe gramatical entre “árvore” (substantivo) e“arvore” (do verbo “arvorar-se”). Alternativa C.

10643. (2010 – CESGRANRIO) As palavras que se acentuam pelasmesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente,são(A) trajetória, inútil, café e baú.(B) exercício, balaústre, níveis e sofá.(C) necessário, túnel, infindáveis e só.(D) médio, nível, raízes e você.(E) éter, hífen, propôs e saída.5505/5805RESPOSTA Médio – paroxítona terminada em ditongo crescente.Nível – paroxítona terminada em LRaízes – acentuada pela regra dos hiatos tônicos I e U.Você – oxítona terminada em “e”. Alternativa D.

V. Concordância Verbal e Nominal

10644. (2012 – CESGRANRIO) A concordância verbal está usadade acordo com a norma-padrão, EXCETO em:(A) 80% da população brasileira mora nas regiões urbanas, expondo-se à poluiçãoatmosférica e sonora.(B) A maioria das cidades brasileiras de grande porte possui uma rede de transportesque abrange todo o perímetro urbano.(C) Cada cidade brasileira receberão verbas especiais para promover programasvoltados à sustentabilidade.(D) Mais de um país latino-americano apresentou altos índices de desigualdadesocial.(E) Nem os ambientalistas nem os arquitetos conseguem definir o melhor modelode metrópole sustentável.RESPOSTA A frase apresentada na alternativa C não está correta porque overbo não está concordando com o sujeito; o correto seria “receberá”.Lembre-se de que a regra é clara: o verbo deve concordar com o núcleo dosujeito. Alternativa C.

10645. (2012 – CESGRANRIO) A concordância verbal está deacordo com a norma-padrão, EXCETO em:(A) 50% dos danos à rede de distribuição elétrica no Brasil têm sido provocadospor raios e chuvas intensas.(B) A maioria das tempestades severas causa prejuízos incomensuráveis às redesde transmissão de energia.(C) Muitos dos problemas de queda de energia no ano de 2011 foram gerados portemporais nas regiões urbanas.(D) Está comprovado que a maior parte da energia elétrica consumida no paístem origem em fontes hidrelétricas.5506/5805(E) Cerca de 20 estados brasileiros precisa modernizar suas redes de distribuiçãopara garantir mais eficiência.RESPOSTA A frase apresentada na alternativa E, porque o verbo não concordacom o sujeito; o correto seria “precisam”. Quem precisa? Os 20 estadosbrasileiros = sujeito. Alternativa E.

10646. (2012 – CESGRANRIO) Considerando-se que há palavrasvariáveis e palavras invariáveis na língua portuguesa, qual é a frase que está emDESACORDO com a norma-padrão, no que diz respeito à concordância?(A) Estamos todos alerta em relação ao problema dos menores de rua.(B) A população está meio descrente em relação a soluções de curto prazo.(C) As organizações que cuidam das crianças receberam bastantes recursos esteano.(D) A partir de hoje, é proibido a adoção de crianças que tenham pais biológicosvivos.(E) No caso de crianças sob maus-tratos, muitas vezes, elas próprias fogem paraas ruas.RESPOSTA Expressões como “é bom, é necessário, é permitido, é proibido”são invariáveis quando não determinamos o sujeito da frase. Entretanto, naletra D, temos “adoção” sendo determinada pelo artigo A; sendo assim, a expressãodeveria fazer a concordância: ... é proibidA A adoção. Alternativa D.

10647. (2012 – CESGRANRIO) Os verbos irregulares oferecemuma dificuldade a mais em relação a sua conjugação, uma vez que não seguem omodelo mais comum dos verbos regulares.Que forma verbal destacada abaixo está conjugada de acordo com a normapadrãoda língua portuguesa?(A) Se essas crianças podessem, certamente não estariam nas ruas.(B) O que a sociedade deseja é que cada criança esteje em sua família.(C) É preciso que não meçamos esforços para tirar as crianças das ruas.(D) Se eu ver uma criança maltrapilha chorando na rua, não mais a ignorarei.(E) Seria importante que o Congresso proposse uma lei de proteção aos menoresde rua.RESPOSTA O verbo que se configura de forma irregular (verbos irregularessão aqueles que sofrem alguns acidentes e que têm os seus morfemas5507/5805modificados, de modo que não podemos estabelecer um paradigma entreeles), que está apresentado corretamente na alternativa C é “medir” – ou,como é conjugado aqui, “meçamos”. Alternativa C.

10648. (2012 – CESGRANRIO) A forma verbal utilizada no trechodo texto poderia estar tanto no singular quanto no plural, conforme a concordânciaexigida na norma-padrão.“A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializadosnão vêm de ingredientes de verdade.”Um outro exemplo dessa dupla possibilidade é:(A) A metade dos jovens compareceram ao campeonato no fim de semana.

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(B) Mais de 80 países participaram da olimpíada de informática.(C) Muitos de nós gostamos de comidas típicas de países orientais.(D) Naquela tarde, menos de cem mil pessoas foram ao estádio de futebol.(E) Os menores preços daquele antivírus estão disponíveis na internet.RESPOSTA A frase exposta na alternativa A admite essa dupla possibilidadeporque se trata de uma expressão partitiva. As expressões partitivas ou fracionáriaspermitem a dupla concordância do verbo, ou seja, ele tanto podeconcordar com “metade” quanto com “jovens”. Alternativa A.

10649. (2012 – CESGRANRIO) A seguinte frase apresenta concordâncianominal de acordo com as regras da norma-padrão da língua portuguesa,já que o adjetivo anteposto concorda com o primeiro dos dois substantivosque o seguem.“Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeçãodo Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.”No caso de um adjetivo vir posposto a dois substantivos, as seguintes expressõesapresentam concordância de acordo com a norma-padrão, EXCETO(A) empresas e consultorias renomadas(B) consultorias e bancos renomadas(C) consultorias e bancos renomados(D) bancos e consultorias renomadas(E) economistas e bancos renomados5508/5805RESPOSTA A alternativa B apresenta uma concordância incorreta porque oadjetivo, nesse caso, deve concordar com o substantivo mais próximo ou comtodos eles, assumindo forma masculina plural se houver substantivo femininoe masculino. Alternativa B.

10650. (2012 – CESGRANRIO) Algumas formas verbais na 3ªpessoa do plural terminam com -êm conforme o exemplo destacado no trecho “Amaior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados nãovêm de ingredientes de verdade”.Um verbo que também apresenta essa grafia na 3ª pessoa do plural é(A) crer(B) ler(C) manter(D) prever(E) verRESPOSTA Quando conjugado na terceira pessoa do plural, o verbo apresentadona alternativa C mostra-se como “mantêm”. Quando no singular,esse verbo diferencia-se do plural apenas pela acentuação: mantém. AlternativaC.

10651. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com a norma-padrão, afrase que não precisa ser corrigida é:(A) Houveram muitos acertos naquela prova.(B) Existia poucos alunos com dúvidas na sala.(C) Ocorreram poucas dúvidas sobre a matéria.(D) Devem haver muitos aprovados este ano.(E) Vão fazer dois anos que estudei a matéria.RESPOSTA Todas as frases apresentadas nas alternativas da questão têmproblemas de concordância, os quais afetam a norma-padrão da língua, excetona alternativa C, já que a forma verbal “ocorreram” concorda com o sujeito“poucas dúvidas”. Alternativa C.

10652. (2011 – FGV) No Brasil, por exemplo, existem regras decriminal compliance [...]5509/5805Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha provocadoINADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta a alteração de sentido.(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance [...](B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance [...](C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance [...](D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance [...](E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance [...]RESPOSTA A alteração feita na frase apresentada na alternativa C está inadequadaporque a expressão “há de existir” não concordou com o sujeito “regrasde criminal compliance”. Note também que neste caso o verbo “haver”não é usado como impessoal, pois está exercendo a função de verbo auxiliardo “existir”. Alternativa C.

10653. (2011 – FGV) Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos doOrçamento da União [...]Assinale a alternativa em que se tenha mantido correção gramatical ao se alteraro trecho acima.(A) Desse valor, R$ 1,9 milhões são oriundos do Orçamento da União [...](B) Desse valor, R$ 0,25 milhões são oriundos do Orçamento da União [...](C) Desse valor, R$ 1,3 milhões é oriundo do Orçamento da União [...](D) Desse valor, R$ 0,98 milhão são oriundos do Orçamento da União [...](E) Desse valor, R$ 1,25 milhão é oriundo do Orçamento da União [...]RESPOSTA A alteração proposta na alternativa E é adequada porque a palavra“milhão” e o verbo “é” concordam com o número exposto, que é “1”. AlternativaE.

10654. (2010 – FGV) A Carta de Pero Vaz de CaminhaDe ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão,pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos versenão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, nãopudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem deferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados,como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assimos achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosaque, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.5510/5805

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(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982.p. 12-23. Literatura Comentada.Com adaptações)“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhumacoisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.”Sobre as estruturas linguísticas do trecho em destaque, assinale a afirmativacorreta:(A) Os pronomes “nela” e “as” se referem à nova terra.(B) Uma opção correta de acordo com a norma culta seria substituir “nem as vimos”por “nem vimos elas”.(C) É possível trocar a expressão “nem as vimos” por “nela” na ordem em queaparecem no período preservando a coerência do texto.(D) O pronome “nela” tem como referência a “terra”.(E) Neste trecho, a palavra “nem” pode ser suprimida a partir do 2º registro semque haja prejuízo de coesão ou coerência textual.RESPOSTA O adjunto adverbial “nela” retoma a expressão “terra muitolonga”. Alternativa D.

10655. (2010 – FGV) Contar é muito dificultoso. Não pelos anos quejá se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê,de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechosdiversos; uns com outros acho que nem se misturam [...] Contar seguido, alinhavado,só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas queficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade éuma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância nãocomo um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, naordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mascomo um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendoo sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cujamemória se encontram as coisas eternas, que permanecem...(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus,2003. p. 139).Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque concorda com a expressãoindicada entre parênteses:(A) “Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê [...]” –(astúcia)(B) “... uns com outros acho que nem se misturam [...]” – (uns com outros)(C) “Toda saudade é uma espécie de velhice.” – (velhice)5511/5805(D) “[...] não como um filme em que a vida acontece no tempo [...]” – (filme)(E) “[...] em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem [...]”– (memória)RESPOSTA A forma verbal “misturam”, exposta na alternativa B, com “unscom outros”, ou seja, concorda com “eles”. Alternativa B.

10656. (2010 – FGV) Quanto às estruturas linguísticas e informaçõesexpressas no fragmentoUm total de 33 mineradores presos há mais de duas semanas em uma mina noChile, após um desmoronamento, disseram estar todos vivos em uma mensagemenviada por meio de uma sonda de perfuração, afirmaram neste domingo autoridadeschilenas.pode-se afirmar que:(A) As formas verbais “disseram” e “afirmaram” dizem respeito a informaçõestrazidas por diferentes grupos.(B) A forma verbal “disseram” tem como sujeito “autoridades chilenas”.(C) As autoridades chilenas foram responsáveis pelo envio da mensagem que diziaque os 33 mineradores estavam vivos.(D) A afirmação feita por autoridades chilenas dá ao texto uma característicaargumentativa.(E) A expressão “após um desmoronamento” indica imprecisão quanto ao tempoem que o fato ocorreu.RESPOSTA A forma verbal “disseram” diz respeito à mensagem enviada pelospróprios mineradores, e a forma verbal “afirmaram” diz respeito à afirmaçãofeita pelas autoridades chilenas. Esses verbos têm, portanto, sujeitos diferentes.Alternativa A.

10657. (2010 – FGV) “No título do texto (A era do insustentável)ocorre o seguinte fato gramatical:(A) a modificação de classe gramatical do vocábulo sustentável.(B) o uso indevido de uma forma verbal como substantivo.(C) a utilização de um substantivo por outro.(D) o emprego inadequado de um adjetivo.(E) um erro de concordância nominal.5512/5805RESPOSTA A palavra “sustentável” é, originalmente, um adjetivo, mas notítulo do texto é usada como um substantivo, pois há um artigo que a antecede(do = preposição + artigo), provocando a substantivação do termo. AlternativaA.

10658. (2010 – FGV) “A maioria dessas pesquisas aponta para umaumento...”; no caso desse segmento do texto, há uma dupla possibilidade deconcordância, como no seguinte trecho:(A) As pesquisas sobre o tema privilegiaram a estética.(B) Um milhão de pesquisas já mostrou essa verdade.(C) Bandos de pesquisadores trabalhavam sobre o tema.(D) Os telefones celulares são um problema para a segurança.(E) Milhares de telefones celulares são empregados no Brasil.RESPOSTA O verbo “mostrar”, na alternativa B, pode concordar com a palavra“milhão”, como é o caso, e com a palavra “pesquisas”, sendo conjugadocomo “mostraram”. Neste caso, chamamos de concordância atrativa. AlternativaB.

10659. (2012 – FGV) Assinale a alternativa cujo termo sublinhadodesempenha uma função textual diferente de todas as demais.

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(A) Consumo de cocaína.(B) Combate ao tráfico.(C) Busca de aperfeiçoamento.(D) Enfrentamento da questão.(E) Custo da operação.RESPOSTA Nessa questão temos um comparativo de adjunto adnominal ecomplemento nominal. Uma maneira rápida de resolver é tentar fazer uma relaçãopassiva (forma que caracteriza o complemento nominal): cocaína é consumida,o tráfico é combatido, aperfeiçoamento é buscado, a questão é enfrentada,mas note que não temos como inverter a operação é custada. Então,neste caso, temos um adjunto adnominal. Alternativa E.

10660. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que a concordâncianominal está INCORRETA é:5513/5805(A) Bastantes feriados prejudicam, certamente, a economia de um país.(B) Seguem anexo ao processo os documentos comprobatórios da fraude.(C) Eles eram tais qual o chefe nas tomadas de decisão.(D) Haja vista as muitas falhas cometidas, não conseguiu a promoção.(E) Elas próprias resolveram, enfim, o impasse sobre o rumo da empresa.RESPOSTA A expressão “anexo” é um adjetivo e deve concordar com “osdocumentos comprobatórios da fraude”, ficando no plural. Alternativa B.

10661. (2012 – CESGRANRIO) No poema, o verso “O portuguêssão dois” está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.A frase em que também se respeita a norma-padrão, com relação à concordância,é:(A) Na reunião, houveram muitos imprevistos.(B) Estranhou-se as mudanças na empresa.(C) Devem fazer cinco meses que não o vejo.(D) Precisam-se de vendedores nesta loja.(E) Pensou-se muito nas sugestões dos funcionários.RESPOSTA Na alternativa E, o verbo fica no singular porque temos um Índicede Indeterminação do sujeito (se), logo não há concordância. Alternativa E.

10662. (2012 – CESGRANRIO) A língua portuguesa conhece situaçõesde dupla possibilidade de concordância. A modificação possível do termodestacado, mantendo-se a concordância, de acordo com a norma-padrão,encontra-se em:(A) Jogar games de computador pode fazer bem à saúde – podem(B) um dos títulos mais populares do gênero no mundo, produzido pela Blizzard– produzidos(C) escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo – integrarem(D) o grupo de controle não progrediu – progrediram(E) é preciso interagir socialmente – interagiremRESPOSTA Nesse caso, temos a concordância do verbo no infinitivo (ar, er,ir) que pode ser feita ou não. No caso podemos concordar diretamente com“escolhidos”, ou simplesmente deixar como está. Alternativa C.5514/5805

10663. (2012 – CESGRANRIO) A frase em que a presença ou ausênciada preposição está de acordo com a norma-padrão é:(A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.(B) Preciso de que me arranjem um emprego.(C) Convidei à Maria para vir ao escritório.(D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.(E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.RESPOSTA A utilização da preposição, quando nos é apresentada uma oraçãosubstantiva (introduzida por conjunção integrante – que), é facultativa. AlternativaB.

10664. (2011 – CESGRANRIO) A concordância do verbo destacadoestá correta em:(A) Diante do acontecido, todos houveram por bem participar da campanha dedoação.(B) Com o passar dos dias, percebia-se os estragos causados pela chuva emtoda a região.(C) Hoje, já fazem dois meses que aguardo notícias de meus compatriotas.(D) Choveu convites para o evento mais importante da minha cidade natal.(E) Agora, já não existe mais dúvidas de que precisamos economizar água.RESPOSTA Note que, nesse caso, não temos um verbo impessoal. Haver nãoestá com sentido de existir ou ocorrer, assim ele faz a concordância naturalmente.Alternativa A.

10665. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que a concordâncianominal está INCORRETA é:(A) A confusão formada diante do prédio da instituição era meio grande.(B) Enviaremos incluso no imposto a taxa de iluminação pública.(C) Ela não devia deixar as crianças sós por tantas horas.(D) Finalmente, meu colega está quite com a Receita Federal.(E) Elas próprias descobriram o teor daquele documento.RESPOSTA A palavra “incluso” é um adjetivo e deve concordar com “taxa”;ficando, portanto, no feminino. Alternativa B.5515/5805

10666. (2011 – CESGRANRIO) Em uma mensagem de e-mailbastante formal, enviada para alguém de cargo superior numa empresa, estariamais adequada, por seguir a norma-padrão, a seguinte frase:(A) Anexo vão os documentos.(B) Anexas está a planilha e os documentos.(C) Seguem anexos os documentos.(D) Em anexas vão as planilhas.(E) Anexa vão os documentos e a planilha.

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RESPOSTA A expressão “anexos” é um adjetivo e deve, por isso, concordarcom “os documentos”. Alternativa C.

10667. (2011 – CESGRANRIO) Em que sentença a concordânciasegue os parâmetros da norma-padrão?(A) Paguei a dívida e fiquei quites com minhas obrigações.(B) A secretária disse que ela mesmo ia escrever a ata.(C) Junto com o contrato, segue anexo a procuração.(D) A vizinha adotou uma atitude pouca amistosa.(E) Após a queda, a criança ficou meio chorosa.RESPOSTA Note que a palavra “meio” se refere ao vocábulo “chorosa” (adjetivo),sendo por isso um advérbio. Os advérbios não flexionam, ou seja, nãoconcordam. Alternativa E.

10668. (2011 – CESGRANRIO) O plural, de acordo com a normapadrão,do trecho “Foi um momento mágico, pois, apesar de bastante jovem, eujá vinha de uma experiência de vida cheia de mudanças e recomeços.” é(A) Foi momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovens, nós já vínhamos deuma experiência de vida cheia de mudanças e recomeços.(B) Foi um momento mágico, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinha de umaexperiência de vidas cheias de mudanças e recomeços.(C) Foi um momento mágico, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinha de experiênciasde vidas cheia de mudanças e recomeços.(D) Foram momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovens, nós já vínhamosde experiências de vida cheias de mudanças e recomeços.5516/5805(E) Foram dois momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinhade uma experiência de vida cheia de mudanças e recomeços.RESPOSTA Os verbos – foram, vínhamos – concordaram com o sujeito plural,e os nomes também fizeram as devidas mudanças. Alternativa D.

10669. (2011 – CESGRANRIO) A concordância verbal está corretamenteestabelecida em:(A) Foi três horas de viagem para chegar ao local do evento.(B) Há de existir prováveis discussões para a finalização do projeto.(C) Só foi recebido pelo coordenador quando deu cinco horas no relógio.(D) Fazia dias que participavam do processo seletivo em questão..(E) Choveu aplausos ao término da palestra do especialista em Gestão.RESPOSTA O verbo “fazer” é impessoal (sem sujeito) quando indicar tempo,temperatura ou fenômeno da natureza. Alternativa D.

10670. (2011 – FGV) Na expressão “votação do Código Florestal”, otermo sublinhado é paciente do termo anterior, ou seja, o Código Florestal évotado. Assinale a alternativa em que o termo destacado exerce essa mesmafunção.(A) Exploração de terras.(B) Competitividade do setor.(C) Tamanho de interesses divergentes.(D) Funcionamento da base aliada.(E) Leque de simpatizantes.RESPOSTA A alternativa A apresenta o mesmo tipo de transformação: terrassão exploradas! Trata-se de um complemento nominal. Alternativa A.

10671. (2011 – CESGRANRIO) A sentença em que o verbo estácorretamente flexionado de acordo com a norma-padrão, sem provocar contradiçãode significado, é:(A) O acaso ou a intencionalidade foi a causa da descoberta do Brasil.(B) Haviam 60% de possibilidades de o Brasil ter sido descoberto por acaso.(C) Eu e vocês acreditam na descoberta casual do nosso país.5517/5805(D) Não gastava a corte tempo com as preocupações que ocupava oshistoriadores.(E) Devem haver mais evidências para a tese de desco-berta casual do Brasil.RESPOSTA A palavra OU ao ligar sujeito expressando exclusão de algumdeles para o sentido deixará o verbo no singular. Alternativa A.

10672. (2013 – CESGRANRIO) A concordância nominal NÃO estáde acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:(A) A falta de infraestrutura e o tamanho das cidades são culpados pelo fracasso.(B) Cidades e regiões rurais parecem ser afetadas por problemas de tiposdiferentes.(C) Os grandes centros mundiais e as cidades brasileiras estão destinadas ao caosurbano.(D) Os shopping centers e os condomínios residenciais são fechados ao públicoexterno.(E) Transportes públicos de qualidade e organização do espaço são necessários àurbanização.RESPOSTA O adjetivo, por fazer referência a um substantivo masculino(centros) e outro feminino (cidades), deve ser empregado no masculino plural(destinados). Alternativa C.

V. Conjunção

10673. (2012 – CESGRANRIO) Leia o fragmento abaixo:“Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, educação e outros serviçospúblicos sejam acessíveis em toda a metrópole, a manutenção da cidade setorna cada vez mais cara. É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicosde uma metrópole e diminuir as desigualdades. No entanto, como fazer issoquando o dinheiro é limitado? [...]”No texto, a expressão “No entanto” pode ser substituída, sem alteração do sentido,por(A) Desde que(B) Entretanto(C) Porque

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(D) Quando5518/5805(E) Uma vez queRESPOSTA A conjunção “no entanto” pode ser substituída por “entretanto”porque são classificadas como adversativas. Ambas procuram ligar ideiasopostas, sendo, assim, sinônimas. Alternativa B.

10674. (2012 – CESGRANRIO) Um dos aspectos responsáveis porassegurar a coerência textual é a relação lógica que se estabelece entre as ideiasdo texto.No que diz respeito ao termo ou expressão destacada, essa relação lógica está explicitadaadequadamente em:(A) “Essa fonte responde, atualmente, por cerca de 70% da energia elétrica consumidano país. Entretanto, para que possamos usufruir dessa energia,precisamos transportá-la a longas distâncias” – (relação de causalidade)(B) “99% da distribuição de energia elétrica no Brasil é aérea e concentra-se emgrandes áreas urbanas” – (relação de conclusão)(C) “Os danos provocados por raios nas redes de distribuição podem se tornarainda mais frequentes se levarmos em consideração o novo modelo” – (relaçãode condição)(D) “Essa transformação se dará tanto na disponibilização quanto no consumo deenergia, levando, inclusive, à economia desse recurso.”– (relação detemporalidade)(E) “tende a tornar a distribuição mais sofisticada e, ao mesmo tempo, mais vulnerávela descargas elétricas, devido à utilização de componentes que contêmsemicondutores, mais suscetíveis a danos por raios.” – (relação deoposição)RESPOSTA A relação de condição é estabelecida na alternativa C porque hána frase apresentada o nexo “se”. São também conjunções condicionais, porexemplo, caso, desde que, contanto que. Alternativa C.

10675. (2012 – CESGRANRIO) Em um texto, as frases relacionamseumas com as outras, estabelecendo entre si relações que contribuem para aconstrução do sentido do texto. Essas relações podem não ser explicitadas pormeio do uso de um conectivo, como é o caso das duas frases do fragmento abaixo.“Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Nãoestava.”5519/5805A relação construída entre essas duas frases pode ser expressa, sem alteração desentido, pelo seguinte conectivo:(A) onde(B) como(C) contudo(D) portanto(E) conformeRESPOSTA O conectivo apresentado na alternativa C estabelece uma relaçãode oposição, que é justamente o sentido original expresso pelas frases dotexto. Alternativa C.

10676. (2011 – CESGRANRIO) Na passagem “Você tem sido umvizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos meus cachorros.Isso vai mudar!” a conjunção que permite a junção da última oraçãoacima com sua antecedente, sem alterar o sentido, é(A) logo(B) porque(C) mas(D) pois(E) emboraRESPOSTA A conjunção “mas” mantém a relação expressa, que seria a de asorações apresentarem ideias divergentes. Agora o “relapso” não mais existirá,mudará a situação. Alternativa C.

10677. (2012 – FGV) “A ação da polícia ocorre em um ambiente deincertezas, ou seja, o policial, quando sai para a rua, não sabe o que vai encontrardiretamente;”.A expressão sublinhada indica a presença de uma(A) retificação.(B) conclusão.(C) oposição.(D) explicação.(E) enumeração.5520/5805RESPOSTA O “ou seja” procura dar uma ideia de complemento à palavra “incertezas”;fica mais evidente o que se quer comunicar na frase anterior. AlternativaD.

10678. (2011 – FGV) É certo que a mudança do enfoque sobre otema, no âmbito das empresas – principalmente, as transnacionais –, decorrerátambém de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção decritérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países de origem.Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativasde suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilizaçãoem sua matriz.No trecho acima, as ocorrências da palavra QUE classificam-se, respectivamente,como(A) pronome relativo e preposição.(B) conjunção integrante e preposição.(C) conjunção integrante e conjunção integrante.(D) pronome relativo e conjunção integrante.(E) preposição e pronome relativo.RESPOSTA O primeiro “que” é considerado uma conjunção integrante (=isso) porque introduz uma oração subordinada substantiva. O segundo “que” éconsiderado uma preposição porque é parte do objeto indireto da oração, podendo

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ser substituído, de forma a sanar a questão, por “de”. Alternativa B.

10679. (2011 – FGV) Ficam hibernando à espera do momento eleitoralquando deveriam estar em praça pública em busca de militantes e se expondoao debate.A conjunção quando, no período acima, tem valor(A) proporcional.(B) comparativo.(C) consecutivo.(D) temporal.(E) concessivo.RESPOSTA A conjunção “quando” tem valor concessivo (= embora) porqueexpressa uma ideia de contraste, de quebra de expectativa. Alternativa E.5521/5805

10680. (2010 – FGV) No período: “Demorará, mas não importa oquanto demore para termos um final feliz”, “mas” e “para” estabelecem relaçõesde sentido que indicam, respectivamente:(A) Conclusão, explicação.(B) Explicação, consequência.(C) Oposição, finalidade.(D) Causa, consequência.(E) Causa, explicação.RESPOSTA A conjunção “mas” sempre estabelece uma relação de oposição àsideias apresentadas em determinado texto. A preposição “para” estabeleceuma relação de finalidade porque o objetivo buscado, e isso pode ser observadopelo contexto do trecho destacado, é o final feliz para aquela situação,independente do tempo que leve para isso acontecer. Alternativa C.

10681. (2012 – CESGRANRIO) “Eu sei que a gente se acostuma.Mas não devia.”A palavra que tem o mesmo valor sintático e morfológico do que se destaca em:(A) Vamos ao Maranhão, que a passagem está barata.(B) Ainda que chova, irei ao encontro.(C) Há mais razões para sorrir que para chorar.(D) Ele espera que tudo dê certo.(E) A cidade em que nascemos só prospera.RESPOSTA No trecho destacado e na alternativa D, a palavra “que” é umaconjunção integrante (= isso). Na letra A, temos uma conjunção explicativa (=pois); na B, conjunção concessiva; na C, conjunção comparativa; na E, pronomerelativo. Alternativa D.

10682. (2012 – CESGRANRIO) Os conectivos são responsáveis porrelacionar termos e orações, criando entre eles relações de sentido, conforme seobserva no trecho abaixo.“É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinhanum shopping center ou num supermercado”Os sentidos expressos por se e ou são, respectivamente,5522/5805(A) tempo e lugar(B) causa e adição(C) concessão e modo(D) proporção e oposição(E) condição e alternânciaRESPOSTA “Se” é uma conjunção condicional e “ou” é uma conjunção alternativa.Alternativa E.

VI. Pronomes

10683. (2012 – CESGRANRIO) “A gente se acostuma a morar emapartamentos de fundos.”Nós nos acostumamos a morar em apartamentos de fundos.A troca de pronomes também respeita as regras de concordância estabelecidas nanorma-padrão em:(A) Tu te acostuma/Você se acostuma.(B) Tu se acostuma/Você se acostumas.(C) Tu te acostumas/Você se acostuma.(D) Tu te acostumas/Você vos acostuma.(E) Tu te acostumas/Você vos acostumais.RESPOSTA A alternativa C apresenta o verbo e o pronome concordando coma pessoa à qual se referem. Alternativa C.

10684. (2013 – FGV) Assinale a alternativa em que o pronomedemonstrativo sublinhado foi empregado por referir-se a um momento distanteno tempo.(A) “E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à culturadentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outraspela cidade, marcaram infâncias, proporcionaram outras leituras domundo...”(B) “...a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixão pelos livrosa muitas outras crianças!”(C) “Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamoscampainhas”5523/5805(D) “Mas a vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deveser perdida”RESPOSTA O pronome “aquela”, empregado na frase da alternativa A, é,neste caso, um indicativo de espaço, mais especificamente um espaço que estálonge de quem relata o acontecido e de quem o ouve. Alternativa A.

10685. (2012 – FGV) “No momento em que começa a existir essatransformação política e social, a compreensão da sociedade como um ambienteconflitivo, no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos[...]”

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A presença do pronome demonstrativo essa na primeira frase desse segmentomostra que(A) a transformação aludida está presente no momento em que o texto foicomposto.(B) esse segmento do texto não é o segmento inicial, já que se refere a algo ditoantes.(C) a transformação política e social acontecerá em futuro próximo.(D) o autor apresenta uma visão depreciativa sobre a transformação referida.(E) o autor do texto considera a transformação algo conhecido de todos.RESPOSTA O pronome em questão (essa) refere-se a algo dito anteriormente,ou seja, retoma a ideia já apresentada. Alternativa B.

10686. (2012 – CESGRANRIO) O pronome se, em relação aoverbo, desempenha o mesmo papel que se verifica em “se indignar” (... falar maldos outros ou se indignar com os preços...) em(A) “trocavam-se” (...por cartas não batiam papo, no máximo trocavam-semensagens.)(B) “inicia-se” (... a qualquer hora do dia inicia-se uma conversa.)(C) “continua-se” (continua-se uma conversa)(D) “com que se escreve” (a velocidade frenética com que se escreve o que vai àmente...)(E) “se lembre” (é possível até que o emissor sequer se lembre da maioria...)RESPOSTA Os pronomes “se” são partes integrantes dos verbos. Nas outrasalternativas, pronomes apassivadores. Alternativa E.5524/5805

10687. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com a norma-padrão opronome se pode ser deslocado para depois do verbo destacado em:(A) “não se batia papo”(B) “estão se transformando”(C) “que se escreve”(D) “mal se conhecem”(E) “o emissor sequer se lembre”RESPOSTA O pronome “se” pode ser deslocado para depois do verbo na alternativaB porque se trata de uma locução verbal em que o último verbo estáno gerúndio (não poderia se fosse no particípio). Alternativa B.

10688. (2013 – FGV) Assinale a alternativa em que o pronome relativosublinhado tem seu antecedente corretamente indicado.(A) “Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cadavez mais vorazes de velocidade, ...”./velocidade.(B) “Primeiro veio a grande notícia, uma praça, onde era a caixa d’água do Bigorrilho,hoje pomposamente chamado de Reservatório Batel.”/praça.(C) “E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficávamos sabendo de todasas notícias do bairro, Inaugurou uma biblioteca!!!”/bairro.(D) “Foram tantas as referências, não só literárias, que me acompanharam a vidatoda!”/literários.RESPOSTA O pronome relativo “onde” retoma lugar fixo e se refere, comosugere a alternativa B, à palavra “praça”. Alternativa B.

10689. (2011 – CESGRANRIO) A palavra em destaque na frase:“As coisas novas que aprendo exercitam o cérebro.” tem a mesma classe da palavradestacada em:(A) “[...] um sintoma de que eu me tornaria”(B) “[...] um teste vocacional que, para minha imensa surpresa, deu arquitetura”(C) “Tenho a comunicar que – aos 58 anos – comecei a ter aulas de piano”(D) “Dizem que, quando chegamos a uma certa idade, é bom aprendermos”(E) “Acho que nunca vou conseguir fazer piruetas patinando, [...]”5525/5805RESPOSTA No trecho em destaque e na alternativa B, a palavra “que” é pronomerelativo, além de retomar a expressão anterior “um teste vocacional”;poderíamos trocá-lo por “o qual”. Nas outras alternativas, temos conjunçõesintegrantes (= isso). Alternativa B.

VII. Vozes do Verbo

10690. (2012 – CESGRANRIO) A frase “os alunos desfizeram oequívoco antes que ele se criasse” apresenta voz passiva pronominal no trechoem destaque.A seguinte frase apresenta idêntico fenômeno:(A) Necessita-se de muito estudo para a realização das provas.(B) É-se bastante exigente com Língua portuguesa nesta escola.(C) Vive-se sempre em busca de melhores oportunidades.(D) Acredita-se na possibilidade de superação do aluno.(E) Criou-se um método de estudo diferente no curso.RESPOSTA A frase da alternativa E apresenta voz passiva pronominal porqueé formada por um verbo principal conjugado na terceira pessoa acrescido dopronome “se”. Nas demais alternativas, temos um índice de indeterminação dosujeito. Alternativa E.

10691. (2011 – CESGRANRIO) O verbo em negrito é o verbo principalda expressão na voz passiva em “O documento foi publicado pela primeiravez em 1817 [...]”.Integra igualmente uma expressão da voz passiva o item destacado em:(A) “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século [...]”(B) “Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte [...]”(C) “[...] por quase três séculos estivera perdida [...]”(D) “[...] não puderam [...] ser definitivamente comprovadas”(E) “Por mais profundas e detalhadas que sejam [...]”RESPOSTA A alternativa D apresenta voz passiva porque o sujeito sofre aação, porque temos o verbo ser e um verbo seguido de particípio. AlternativaD.5526/5805

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10692. (2011 – CESGRANRIO) Segundo os compêndios gramaticais,existem duas possibilidades de escritura da voz passiva no português. Nafrase abaixo, encontra-se uma delas:“A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil.”A outra possibilidade de escritura, na forma passiva, na qual o sentido NÃO se alteraé:(A) A palavra nunca se usou até então com viés pejorativo no Brasil.(B) A palavra nunca se usara até então com viés pejorativo no Brasil(C) A palavra nunca se tem usado até então com viés pejorativo no Brasil.(D) A palavra nunca se usava até então com viés pejorativo no Brasil.(E) A palavra nunca se usaria até então com viés pejorativo no Brasil.RESPOSTA A frase da alternativa B é adequada porque mantém a voz passiva(agora sintética) e, mesmo com a alteração da forma verbal, o tempo(pretérito-mais-que-perfeito) não é alterado. Alternativa B.

10693. (2011 – CESGRANRIO) O trecho em que se encontra vozpassiva pronominal é:(A) “[...] feito hamsters que se alimentam de sua própria agitação.”(B) “Recolher-se em casa [...].”(C) “[...] sinal de que não se arrumou ninguém”(D) “Mas, se a gente aprende a gostar [...]”(E) “[...] nela a gente se refaz [...]”RESPOSTA A alternativa C apresenta voz passiva pronominal porque o verboestá conjugado na terceira pessoa e é acrescido do pronome “se”. Poderíamosfazer a forma analítica: sinal de que não foi arrumado ninguém. Alternativa C.

10694. (2009 – FGV) Leia o fragmento abaixo:“O Fórum Social Mundial (FSM) de Belém abre um novo ciclo do movimento altermundialista.O FSM acontecerá na Amazônia, no coração da questão ecológicaplanetária, e deverá colocar a grande questão sobre as contradições entre a criseecológica e a crise social. Será marcado ainda pelo novo movimento social a favorda cidadania na América Latina, pela aliança dos povos indígenas, das mulheres,dos operários, dos camponeses e dos sem-terra, da economia social e solidária.”5527/5805A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:I. O termo altermundialista remete à expressão um outro mundo é possível.II. Há uma ocorrência de voz passiva.III. O plural de sem-terra poderia ser também “sem-terras”.Assinale:(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA “Altermundialista” significa exatamente “outro mundo é possível”;a voz passiva pode ser encontrada em “O Fórum Social Mundial [...] Será marcado(verbo ser + verbo no particípio) ainda pelo novo movimento social a favorda cidadania na América Latina [...]”; e o termo “sem-terra” apresenta amesma forma para singular e plural. Alternativa A.

10695. (2009 – FGV) O segmento “...deixam de ser percebidas comorevoluções” mostra uma forma de voz passiva com auxiliar (verbo ser); a frase aseguir em que a troca de voz passiva pronominal pela passiva com auxiliar não foicorretamente feita é:(A) Os ministérios são organizados para se demitirem./serem demitidos.(B) Nada se deve imputar aos homens dementes e aos enamorados./deve serimputado.(C) O diabo não é tão feio como se pinta./é pintado.(D) O louvor e a censura fazem-se com poucas palavras./foram feitos.(E) Para dar justificação à união dos sexos inventou-se o amor./foi inventado.RESPOSTA Pode-se dizer que a troca de vozes não é adequada porque otempo verbal é modificado. O correto seria “são feitos”. Alternativa D.

10696. (2008 – FGV) “A tutela dos direitos sociais [...] está devidamenteresguardada [...] pelo princípio de proteção das minorias, [...] e o estabelecimentoda igualdade étnica.”Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação gramaticalà norma culta, correspondente semanticamente ao trecho do texto alteradoacima.5528/5805(A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnicaresguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.(B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnicaresguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.(C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnicaresguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.(D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnicaresguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.(E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnicaresguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.RESPOSTA A alternativa B apresenta um período de voz ativa sem alterar osignificado do trecho, sem alterar o tempo verbal (presente do indicativo). Emoutras alternativas, é apresentado o tempo verbal correto, mas a concordânciaverbal inadequada. Alternativa B.

VIII. Emprego dos Tempos e Modos Verbais

10697. (2012 – CESGRANRIO) No trecho abaixo, as formasverbais destacadas estão correlacionadas.“Mudanças estruturais e na ordem do pensamento são fundamentais para que,se não garantida, a sustentabilidade seja ao menos possível.”Ao substituir a forma verbal são por seriam para expressar uma hipótese, afrase deve ser modificada, de acordo com a norma-padrão, para:

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(A) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais paraque, se não garantida, a sustentabilidade era ao menos possível.(B) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais paraque, se não garantida, a sustentabilidade for ao menos possível.(C) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentaispara que, se não garantida, a sustentabilidade fosse ao menos possível.(D) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentaispara que, se não garantida, a sustentabilidade será ao menos possível.(E) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais paraque, se não garantida, a sustentabilidade seria ao menos possível.RESPOSTA O verbo “ser”, conjugado na forma “seriam” (futuro do pretéritodo indicativo), indica algo que ocorreria, se uma condição fosse atendida. Já overbo “fosse” (no pretérito imperfeito do subjuntivo) indica a condição não5529/5805atendida. Esse paralelismo –ria/–sse é considerado o ideal na linguagempadrão.Alternativa C.

10698. (2012 – CESGRANRIO) O seguinte verbo em destaqueNÃO está conjugado de acordo com a norma-padrão;(A) Se essa tarefa não couber a ele, pedimos a outro.(B) Baniram os exercícios que não ajudavam a escrever bem.(C) Assim que dispormos do gabarito, saberemos o resultado.(D) Cremos em nossa capacidade para a realização da prova.(E) Todos líamos muito durante a época de escola.RESPOSTA A conjugação do verbo pôr no subjuntivo é puser. Como “dispusermos”é um verbo derivado dele, usamos a mesma relação. Alternativa C.

10699. (2012 – CESGRANRIO) O verbo entre parênteses está conjugadode acordo com a norma-padrão em:(A) Desse jeito, ele fale a loja do pai. (falir)(B) O príncipe branda a sua espada às margens do rio. (brandir)(C) Os jardins florem na primavera. (florir)(D) Eu me precavejo dos resfriados com boa alimentação. (precaver)(E) Nós reouvemos os objetos roubados na rua. (reaver).RESPOSTA A conjugação do verbo “reaver” (verbo defectivo, ou seja, de umverbo que não tem conjugação completa), na primeira pessoa do plural dopretérito perfeito do indicativo, é “reouvemos”. Alternativa E.

10700. (2013 – FGV) Os verbos de estado podem significar estadopermanente, estado transitório, mudança de estado, aparência de estado e continuidadede estado. Assinale a alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhadoestá incorreto.(A) “Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cadavez mais vorazes de velocidade, ...”/mudança de estado.(B) “Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada”/continuidade de estado.(C) “E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio...”/estadopermanente.5530/5805(D) “Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha...”/aparência deestado.RESPOSTA No caso da alternativa B, poderíamos trocar “fiquei encantada”por “tornei-me encantada”. Portanto, existe a ideia de mudança de estado momentâneo;existe uma transformação, e não uma continuidade de estado. AlternativaB.

10701. (2013 – FGV) “Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamose apertávamos campainha”. O emprego do pretérito imperfeito do indicativonesses casos mostra ações que(A) ocorreram antes de outras ações passadas.(B) foram interrompidas por outras ações.(C) se passaram na dependência de outras ações.(D) aconteciam de forma habitual no passado.RESPOSTA Uma das características do pretérito imperfeito do indicativo é denotarações que ocorriam com frequência no passado, ações que eram habituais,que era rotina. Alternativa D.

10702. (2013 – FGV) “[...] trazendo crianças e suas famílias paradesfrutarem do que jamais poderiam ter em casa [...]”. O segmento sublinhadoapresenta uma forma reduzida (infinitivo). A sua forma desenvolvida adequada é(A) para que desfrutassem.(B) para que desfrutaram.(C) para que desfrutem.(D) para que desfrutariam.RESPOSTA A forma desenvolvida ficaria no pretérito imperfeito do subjuntivo“desfrutassem”. Note que nas orações reduzidas não usamos as conjunções(para = preposição); ao colocarmos a conjunção (para que) devemos fazerajustes nos tempos verbais. Alternativa A.

10703. (2011 – FGV) Que eu não mereço a comida que você pagoupra mim.Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita deacordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.5531/5805(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim(B) Que vós pagaste pra mim(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim(D) Que tu pagastes pra mim(E) Que tu pagáreis pra mimRESPOSTA Os verbos devem concordar com o sujeito (pronomes, no caso).Todos os pronomes de tratamento (Vossa Excelência) são de 3ª pessoa (= você/ele), assim a letra A não apresenta problemas. Alternativa A.

IX. Temas Combinados

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Leia o texto para responder as questões 10704 a 10709Com a criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, em 1947,instituiu-se a recomendação de que os centros de saúde contassem comum “Serviço de Higiene Bucodentária”. Desde então, sucessivos arranjosinstitucionais marcaram a organização da assistência odontológicapública, tanto em São Paulo como em outras unidades federativas.Embora os profissionais buscassem desenvolver ações educativas, suaprática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam os dentistas nosconsultórios particulares. A abordagem era individual e não se logravarealizar um diagnóstico de situação em termos populacionais e, menosainda, se utilizava qualquer tecnologia de programação resultante de processosde planejamento que considerassem a saúde bucal da populaçãocomo um todo.Tal cenário mudou radicalmente quando, em 1952, o SESP – ServiçoEspecial de Saúde Pública – implementou os primeiros programas deodontologia sanitária, inicialmente em Aimorés, MG, e em seguida emvários municípios do Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. O alvo principaldesses programas era a população em idade escolar, tida como epidemiologicamentemais vulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervençõesde saúde pública. Assim, métodos e técnicas de planejamento eprogramação em saúde passaram a fazer parte do cotidiano de dezenas deprofissionais de odontologia em várias regiões do País.A odontologia de mercado seguia absolutamente majoritária, mas deixoude ser a única modalidade assistencial neste segmento do setor saúde.(NARVAI, P.C. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade(com adaptações). Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006.Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf).5532/5805

10704. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) De acordo com o texto, a organização da assistência odontológicapública, antes da implantação dos primeiros programas de odontologia sanitária,estava caracterizada pela atuação dos profissionais de forma(A) distinta do que havia em relação aos consultórios particulares, nos quais sedava menos atenção ao planejamento da saúde bucal.(B) bastante engajada aos preceitos das ações educativas, tal como era comumnos consultórios particulares.(C) articulada com os propósitos de diagnóstico de situação em termos populacionais,com mais prevenção do que atendimento.(D) análoga ao que se vivenciava nos consultórios particulares, com ações queprivilegiavam a abordagem individual.(E) alternativa ao tipo de atendimento dos consultórios particulares, privilegiandoabordagens preventivas e coletivas.RESPOSTA (A) Errado – Não havia muitas diferenças em relação aos procedimentosadotados nos consultórios particulares, haja vista que a abordagemera individual e não contemplava diagnósticos em termos populacionais. (B)Errado – No trecho “Embora os profissionais buscassem desenvolver açõeseducativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam osdentistas nos consultórios particulares.”, dá-se a entender que os consultóriosparticulares não costumavam privilegiar ações de cunho educativo. (C) Errado– As similaridades com o atendimento realizado em consultórios particularestornavam os procedimentos mais individualizados do que propriamente focadosno coletivo. (D) Certo. (E) Errado – A abordagem, de forma similar aopraticado nos consultórios particulares, privilegiava o indivíduo, não o coletivo.Alternativa D.

10705. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) As ações educativas, no período relativo ao contexto da criação daSecretaria Estadual de Saúde paulista, eram(A) organizadas e assinalavam o desejo do poder público para se diminuir a abordagemindividual.(B) incipientes e ainda estavam distantes de considerar a saúde bucal da populaçãoem sua totalidade.(C) inexistentes, e a população tinha de recorrer às orientações dos profissionaisnos consultórios particulares.5533/5805(D) previstas no serviço público e no particular, que privilegiavam a conscientizaçãoda população como um todo.(E) exclusivas dos profissionais de consultórios particulares, a quem cabia o trabalhode prevenção.RESPOSTA De acordo com o texto, quando da criação da Secretaria Estadualde Saúde paulista, não havia uma organização das ações educativas voltadaspara a população. Essas ações, embora fossem tencionadas pelos profissionaisenvolvidos, não diferiam muito da abordagem individualizada praticada nosconsultórios particulares, que não levavam em consideração políticas de planejamentoda saúde populacional.Para validar esse pensamento, o texto foca sua atenção no exemplo da saúdebucal.Dessa forma, desconsideramos as letras A, C, D e E, por irem de encontro aoque foi exposto anteriormente.A letra B é, portanto, a que melhor resume as ideias trabalhadas no texto: asações educativas eram incipientes (iniciantes, embrionárias, amadoras) e nãoabrangiam na sua completude a população. Alternativa B.

10706. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Segundo o texto, o que justificava a escolha da população em idadeescolar como alvo das ações dos programas de odontologia sanitária era(A) a impossibilidade dos indivíduos de entenderem essas ações, o que decorriada ausência de problemas de saúde bucal.(B) a falta de acesso a esse tipo de ação, o que tornava os indivíduos menospropensos aos problemas de saúde bucal.(C) a tendência natural dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, concomitantemente,a recusa por ações preventivas.(D) a fragilidade dos indivíduos, vítimas de problemas bucais, e, ao mesmo

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tempo, a tradição das ações sanitárias.(E) a suscetibilidade dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, simultaneamente,a forma como reagiam a essas ações.RESPOSTA De acordo com o texto “O alvo principal desses programas era apopulação em idade escolar, tida como epidemiologicamente mais vulnerávele, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúdepública.”.5534/5805Isso quer dizer que esse público-alvo se mostrava mais suscetível aos problemasde saúde bucal e respondia mais facilmente às intervenções do poderpúblico nessa área.Isso é plenamente traduzido na letra E.Não se menciona no texto que esses indivíduos se mostravam resistentes aesses tratamentos ou que não entendiam o propósito das ações. Também nãose menciona o acesso restritivo a esses tratamentos como justificativa para aescolha do público-alvo em questão. Alternativa E.

10707. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Observe três reescritas com base no trecho: … instituiu-se a recomendaçãode que os centros de saúde contassem com um “Serviço de HigieneBucodentária”.I. … recomendava-se que os centros de saúde contassem com um “Serviço de HigieneBucodentária”.II. … recomendou-se que os centros de saúde contavam com um “Serviço de HigieneBucodentária”.III. … recomenda-se de que os centros de saúde contam com um “Serviço de HigieneBucodentária”.Tendo por referência a regência verbal e o emprego dos verbos, está correto ocontido em(A) I, apenas.(B) III, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) I, II e III.RESPOSTA Como a oração introduzida pelo “que” levanta uma possibilidade,exige-se que o verbo “contar” seja conjugado no modo Subjuntivo.Assim, são inválidas as construções II e III, em que as formas verbais“contavam” e “contam” estão flexionadas respectivamente no pretérito imperfeitodo indicativo e no presente do indicativo.A construção I é a única válida, pois nela correlacionam-se de forma adequadaos tempos pretérito imperfeito do indicativo – recomendava-se – e pretéritoimperfeito do subjuntivo – contassem. Alternativa A.5535/5805

10708. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Em voz passiva, a frase – … em 1952, o SESP […] implementou osprimeiros programas de odontologia sanitária … – assume a seguinte forma:(A) … em 1952, implementaram os primeiros programas de odontologia sanitáriapelo SESP…(B) … em 1952, o SESP foi implementando os primeiros programas de odontologiasanitária…(C) … em 1952, os primeiros programas de odontologia sanitária foram implementadospelo SESP…(D) … em 1952, houve a implementação dos primeiros programas de odontologiasanitária no SESP…(E) … em 1952, os primeiros programas de odontologia sanitária implementou-seo SESP…RESPOSTA Na conversão da voz ativa para a passiva analítica, devem ser observadosos seguintes procedimentos:1) O sujeito da voz ativa (no caso, “SESP”) se converte no agente da passiva(“pelo SESP”);2) O objeto direto (paciente) da voz ativa (no caso, “os primeiros programasde odontologia sanitária”) se converte em sujeito na voz passiva;3) O verbo “ser” é acrescentado como auxiliar e é flexionado no mesmo tempodo verbo principal da voz ativa (no caso, pretérito perfeito do indicativo –tempo de “implementou”);4) O verbo principal da voz ativa (no caso, “implementar”) assume a formaparticípio na voz passiva.Assim, seguindo os procedimentos descritos, temos a seguinte construção emvoz passiva analítica: “em 1952, os primeiros programas de odontologia sanitáriaforam implementados pelo SESP”. Alternativa C.

10709. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) A abordagem era individual e não se lograva realizar um diagnósticode situação em termos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquertecnologia de programação resultante de processos de planejamentoque considerassem a saúde bucal da população como um todo.5536/5805No trecho, se o termo tecnologia for empregado na forma plural, a oração emdestaque deverá ser redigida, quanto à concordância verbal e nominal, daseguinte forma:(A) … se utilizava quaisquer tecnologias de programações resultante de processosde planejamento…(B) … se utilizavam qualquer tecnologias de programações resultantes de processosde planejamento…(C) … se utilizava quaisquer tecnologias de programação resultante de processosde planejamento…(D) … se utilizavam quaisquer tecnologias de programação resultantes de processosde planejamento…(E) … se utilizava qualquer tecnologias de programação resultantes de processosde planejamento…RESPOSTA Devem ser observados os seguintes procedimentos:1) Emprego da forma plural “se utilizavam”, para que haja concordância com onúcleo do sujeito paciente “tecnologias” (se utilizavam quaisquer tecnologias...= quaisquer tecnologias ... eram utilizadas).

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2) Emprego do plural “quaisquer”, concordando com o substantivo plural“tecnologias”.3) Emprego da forma plural “resultantes”, concordando com o substantivoplural “tecnologias”.Assim, temos a seguinte redação: “… se utilizavam quaisquer tecnologiasde programação resultantes de processos de planejamento…” Alternativa D.As questões 10710 a 10713 referem-se ao texto que segue.A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema desaúde brasileiro. Em linhas gerais, sua concepção de prática centrada naassistência odontológica ao indivíduo doente, realizada com exclusividadepor um sujeito individual no restrito ambiente clínico-cirúrgico, não apenaspredomina no setor privado, como segue exercendo poderosa influênciasobre os serviços públicos. A essência da odontologia de mercado está nabase biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico e em suaorganicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação doscuidados de saúde em mercadorias, solapando a saúde como bem comumsem valor de troca, e impondo-lhes as deformações mercantilistas e éticassobejamente conhecidas.5537/5805Neste início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicosbrasileiros reproduz, mecânica e acriticamente, os elementos nucleares domodelo de prática odontológica do setor privado de prestação de serviços.(NARVAI, P. C. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade(com adaptações). Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006.Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf).

10710. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Conforme as informações apresentadas no texto, entende-se que(A) há uma crítica ao sistema de saúde brasileiro, que ignora a odontologia demercado e deixa a população sem o devido atendimento.(B) a lógica da odontologia de mercado, com a transformação da saúde emmercadoria, impõe-se no serviço público de forma inovadora e crítica.(C) há explicitamente uma crítica à odontologia de mercado, pois esta comprometea qualidade da saúde da população brasileira.(D) se faz apologia à essência da odontologia de mercado, que minimiza as práticasque reproduzem o mecanicismo e a acriticidade.(E) a odontologia dos serviços públicos do início do século XXI apresenta encaminhamentosdiversos do que se postula no sistema capitalista.RESPOSTA (A) Errado – O sistema de saúde brasileiro é adepto da odontologiade mercado e, por isso, é criticado. (B) Errado – A odontologia de mercadotambém está presente no setor privado, não se constituindo, assim, uma práticainovadora, e sim contestável. (C) Certo. (D) Errado – Fazem-se críticas àodontologia de mercado, e não apologia (elogio). (E) Errado – A odontologiade mercado está ancorada nas práticas regidas pela lógica capitalista. AlternativaC.

10711. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Observe as frases:• A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúdebrasileiro.• … solapando a saúde como bem comum sem valor de troca…Os sinônimos dos termos hegemonia e solapando são, respectivamente,(A) influência e construindo.(B) supremacia e enfraquecendo.(C) reclusão e ocultando.5538/5805(D) constituição e reforçando.(E) superioridade e reformulando.RESPOSTA O termo “hegemonia” apresenta aproximação semântica com “liderança”,“supremacia”. Já o termo “solapando” é gerúndio do verbo “solapar”,que significa “enfraquecer”, “destruir”. Alternativa B.

10712. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Analise as afirmações.I. Em – odontologia de mercado – e – realizada com exclusividade – as expressõespreposicionadas estão empregadas com valor de adjetivo e de advérbio,respectivamente.II. Na oração – … solapando a saúde como bem comum… – os termos bem ecomum devem ser classificados, respectivamente, como advérbio e adjetivo.III. Na oração – … sobre a qual constrói seu fazer clínico… – o pronome seu retomaa expressão serviços públicos.Está correto o que se afirma em(A) I, apenas.(B) III, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) I, II e III.RESPOSTA (I) Verdadeira – O termo “de mercado” exerce função sintática deadjunto adnominal, modificando o substantivo “odontologia”, desempenhando,assim, função adjetiva. Já o termo “com exclusividade” exerce função de adjuntoadverbial, modificando a forma verbal “realizada”, desempenhando, assim,função adverbial. (II) Falsa – O termo “bem” é classificado como substantivoe o termo “comum”, adjetivo. (III) Falsa – O pronome “seu” retoma“odontologia de mercado”. Alternativa A.

10713. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 –VUNESP) Assinale a alternativa em que a frase contém informações em conformidadecom o sentido do texto.(A) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setorprivado, apesar de não continuar exercendo poderosa influência sobre osserviços públicos.5539/5805(B) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setorprivado, mas continua exercendo poderosa influência sobre os serviços

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públicos.(C) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setorprivado nem continua exercendo poderosa influência sobre os serviçospúblicos.(D) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setorprivado, porque continua exercendo poderosa influência sobre os serviçospúblicos.(E) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setorprivado e continua exercendo poderosa influência sobre os serviçospúblicos.RESPOSTA A odontologia de mercado não apenas predomina no setorprivado, mas também continua a exercer uma forte influência no setor público.Alternativa E.O difícil equilíbrio1“As tecnologias digitais aumentam a democratização infinitamente, e vão emcaminho contrário ao daintervenção do Estado”, afirma o cientista político Alexandre Barros. Exemplodas mudanças em curso,“o governo do Egito caiu em uma revolta sem líder”, aponta Paulo TonetCamargo, diretor da Associação Nacional de Jornais (ANJ). “Assistimos aum fenômeno fantástico no mundo, das revoluções sem líder”,5diz ele. “As pessoas querem viver de acordo com sua própria consciência, daropinião, exercer seu livre- -arbítrio. Esse é o novo modelo”. Para o diplomataMarcos Troyjo, o mundo vive o momento da fundação dealgo novo, em plena construção e ainda desconhecido. Os três participaramdo seminário Liberdade emDebate, promovido pelo Instituto Millenium, ao lado do jornalista RicardoGandour, diretor de conteúdo doGrupo Estado, que destacou, nessa virada de paradigma, a necessidade defortalecer as instituições para a10mediação equilibrada do exercício do poder em suas diferentes esferas. ParaTroyjo, o novo ambiente políticoe social em formação vai se basear em alguns parâmetros principais, entreeles a dinâmica altamente aceleradadas tecnologias, crucial para a liberdade de expressão e um desafio para asempresas de comunicação.5540/5805Ao permitir que cada vez mais gente tenha seu próprio canal de expressão,seja uma rádio on-line ou um blog,a Internet, segundo Barros, tornaria obsoletas as tradicionais alegações éticase morais para a intervenção do15Estado na sociedade por meio de veículos públicos de comunicação. “A tecnologiatorna a justificativa moralpara intervenções nessa área menos crível”. Mas é preciso que a rede sejaneutra e livre. “Por isso, a grandebatalha para não controlar a Internet; por enquanto, dá para termos oJulian Assange no Wikileakes; daqui apouco, não se pode mais”.Precisamos fortalecer nossa democracia, resgatando e restaurando, comforça máxima, esses cânones básicos:20equilíbrio e representatividade dos poderes; o poder mediador das instituições”,diz Gandour. Na avaliaçãodele, a Internet multiplica os canais de repercussão e interatividade erealimenta a produção de notícias, masa maior parte do que se gera de informação primária na rede ainda nascedas redações tradicionais. ParaTroyjo, passo importante para deixar o modelo de Estado Babá é a sociedaderecusar a tutela, ou, no casoda mídia, o excesso de investimento publicitário estatal.25Na análise de Alexandre Barros, os estados são quase sempre arbitrários edesmedidos quando tentam intervirnas ações da sociedade ou do indivíduo. Na opinião do cientista político,“é fundamental que exista liberdadetanto de pensamento como de circulação de ideias, de associação e de dissociação– quando alguém podedeixar uma religião, por exemplo, mesmo tendo sido batizado.Atualmente, qualquer esforço de controlar conteúdos na sociedade “éridículo”, na opinião do diretor da ANJ.30“Antigamente, o que não saía no Repórter Esso, ninguém ficava sabendo. Hoje,se algum telejornal não der anotícia, milhares de sites vão furá-lo em dois segundos”.(Jornal O Globo, Projetos de Marketing, 23 de março de 2011).

10714. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)De acordo com o contexto, o “difícil equilíbrio”, explicitado no título do texto,ocorre entre:5541/5805(A) o uso das tecnologias digitais e o poder de expressão dos cidadãos.(B) a tradição de estabelecer limites sociais e a restrição ao emprego de tecnologiasdigitais.(C) a cultura da intervenção do Estado e a soberania popular.(D) a necessidade de fortalecer as instituições e a mediação equilibrada do exercíciodo poder.(E) o exercício do poder em suas diversas esferas e a intervenção do Estado navida dos cidadãos.RESPOSTA O texto põe em campos opostos as justificativas éticas e moraispara a intervenção do Estado na sociedade e a soberania desta, construída pormeio da liberdade de expressão e pensamento. O emprego das tecnologias digitaisse daria no sentido de potencializar o poder contestador da sociedade,em oposição às tentativas de controle da informação pelo Estado. AlternativaC.

10715. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)

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De acordo com o contexto, a afirmação segundo a qual “As tecnologias digitaisaumentam a democratização infinitamente...” (linha 1) se justifica no seguintetrecho:(A) “As pessoas querem viver de acordo com sua própria consciência, dar opinião,exercer seu livre-arbítrio.” (linhas 5 e 6).(B) “...necessidade de fortalecer as instituições para a mediação equilibrada doexercício do poder...” (linhas 9 e 10).(C) “o novo ambiente político e social em formação vai se basear em alguns parâmetrosprincipais, entre eles a dinâmica altamente acelerada das tecnologias...”(linhas 10 a 12).(D) “Precisamos fortalecer nossa democracia, resgatando e restaurando, comforça máxima, esses cânones básicos...” (linha 19).(E) “os estados são quase sempre arbitrários e desmedidos quando tentam intervirnas ações da sociedade ou do indivíduo.” (linhas 25 e 26).RESPOSTA De acordo com o texto, as tecnologias digitais favorecem a democratização,haja vista que as pessoas encontram nela um meio para livrementese expressarem, emitindo juízos, opiniões, de acordo com o que suas consciênciasdesejam. Essa democratização ganha uma amplitude infinita com ainternet, e o exemplo da Primavera Árabe ilustra bem isso – uma revoluçãosem líder, amplificada em seu teor pela internet. Alternativa A.5542/5805

10716. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)A ideia contida no segmento “...o mundo vive o momento da fundação de algonovo...” (linhas 6 e 7) pode ser inferida da expressão:(A) “mediação equilibrada” (linha 10).(B) “parâmetros principais” (linha 11).(C) “excesso de investimento” (linha 24).(D) “virada de paradigma” (linha 9).(E) “intervenção do Estado na sociedade” (linhas 14 e 15).RESPOSTA O trecho “... o mundo vive o momento da fundação de algonovo...” traz a ideia de mudança, observada com a utilização dos meios digitaispara divulgação de informações, opiniões e ideias em geral. Esse conteúdose aproxima da expressão “virada de paradigma”, que significa umamudança nos padrões de acesso e de divulgação tradicionais da informação.Alternativa D.

10717. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)De acordo com o contexto, a expressão em destaque no segmento “...e vão emcaminho contrário ao da intervenção...” (linhas 1 e 2) não significa:(A) opor-se a(B) estar em desacordo com(C) ir em contradição a(D) ir ao encontro de(E) ir de encontro aRESPOSTA A expressão “ao encontro de” é equivalente à ideia de “a favorde”, contrária, portanto, à ideia presente no trecho original. Não se deve confundiressa expressão com “de encontro a”, que significa “em oposição a”. AlternativaD.

10718. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Acerca das ideias e estruturas linguísticas do segmento “Assistimos a um fenômenofantástico no mundo, das revoluções sem líder...” (linha 4), é correto afirmarque:(A) Não acarretaria prejuízo sintático-gramatical ao segmento a omissão da preposiçãorequerida pelo verbo.5543/5805(B) Não acarretaria prejuízo semântico-gramatical ao segmento a inserção doartigo o após a vírgula.(C) Está subentendida a contração da preposição a com o artigo o, antes da expressão“das revoluções”.(D) Poder-se-ia flexionar o verbo na 3ª pessoa do plural, acrescido do pronomeapassivador se – “Assistiram-se” –, para concordar com o sujeito da voz passiva“revoluções sem líder”.(E) Poder-se-ia substituir a vírgula por ponto e vírgula.RESPOSTA (A) Errado – A omissão da preposição “a” acarreta um problemade regência. O verbo “assistir”, no sentido de “presenciar”, é transitivo indiretoe exige a regência da preposição “a”. (B) Errado – Deveríamos também acrescentara preposição “a”, resultando na contração “ao”. Isso se dá em virtudede o verbo “assistir” – no sentido de “presenciar” – exigir a regência da preposição“a”. (C) Certo – “Assistimos a um fenômeno fantástico no mundo, (aofenômeno) das revoluções sem líder...”. (D) Errado – Devido ao fato de overbo ser transitivo indireto, não é possível haver uma construção passivasintética. Tem-se, na verdade, um caso de indeterminação do sujeito, o quefaz com que o verbo seja necessariamente conjugado na 3ª pessoa do singular:Assistiu-se a um fenômeno fantástico... (E) Errado – A elipse da formaverbal é demarcada pela vírgula, e não pelo ponto-e-vírgula. Alternativa C.

10719. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Considerando o uso correto do recurso de coesão referencial anafórica, observaseo uso inadequado do pronome demonstrativo no seguinte segmento:(A) “Esse é o novo modelo.” (linha 6).(B) “...nessa virada de paradigma...” (linha 9).(C) “...nessa área menos crível...” (linha 16).(D) “Por isso, a grande batalha...” (linhas 16 e 17).(E) “...esses cânones básicos:...” (linha 19).RESPOSTA O pronome “esse” – e suas variações – funciona como elementocoesivo anafórico, que cumpre a função de retomar aquilo já explicitado notexto. É o que ocorre nas letra A, B, C e D: o emprego das formas anafóricasse dá pela retomada de termos, expressões ou ideias anteriores – na letra A,retoma-se “revoluções sem líder”; na letra B, retoma-se “fundação de algonovo”; na letra C, retomam-se as intervenções do Estado na sociedade viameios públicos de comunicação; na letra D, retoma-se o conteúdo “É precisoque a rede seja neutra e livre”. Já o pronome “este” – e suas variações –5544/5805

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funciona como elemento coesivo catafórico, que cumpre a função de anteciparaquilo que ainda será citado no texto. No caso, da letra E, deveria serempregada a construção “estes cânones básicos”, uma vez que ela está antecipandoa citação de “equilíbrio e representatividade dos poderes”. AlternativaE.

10720. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)“...os estados são quase sempre arbitrários e desmedidos quando tentam intervir...”(linha 25) – o verbo em destaque está incorretamente conjugado nafrase:(A) Futuramente nós interviremos nas ações das instituições públicas.(B) Hoje nós é que interviemos nas ações das instituições públicas.(C) Se possível, nós interviríamos nas ações das instituições públicas.(D) Agora nós intervimos nas ações das instituições públicas.(E) Antes nós já tínhamos intervindo nas ações das instituições públicas.RESPOSTA (A) Certo – Trata-se da 1ª pessoa do plural do futuro do presentedo indicativo. (B) Errado – Deve-se conjugar a 1ª pessoa do presente do indicativo,cuja grafia correta é “intervimos”. O presente do indicativo é uma necessidade,haja vista a presença do advérbio “Hoje”. (C) Certo – Trata-se da1ª pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo. (D) Certo – Trata-seda 1ªpessoa do plural do presente do indicativo. (E) Certo – Trata-se da 1ªpessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo na sua formacomposta. Alternativa B.

10721. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)“Hoje, se algum telejornal não der a notícia, milhares de sites vão furá-lo...” (linhas30 e 31) – apresenta concordância incorreta a seguinte frase:(A) As milhares de matérias que publicamos são interessantes.(B) Os milhares de sites que visitamos são conhecidos.(C) Os milhares de provedores que consultamos são estrangeiros.(D) Os milhares de pessoas que consultam a rede são inteligentes.(E) Os milhares de usuários da rede são beneficiados.RESPOSTA Como “milhar” é um numeral masculino, ele deve ser acompanhadodo artigo definido “o”. Assim, está correta a concordância em “Os milharesde sites”, “Os milhares de provedores”, “Os milhares de pessoas” e “Os5545/5805milhares de usuários”. Porém, está errada a construção “As milhares dematérias”, devendo-se corrigi-la para “Os milhares de matérias”. Alternativa A.

10722. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)A regência nominal determina o emprego da expressão sublinhada no segmento:(A) “...no mundo, das revoluções sem líder” (linha 4).(B) “...nessa virada de paradigma, a necessidade...” (linha 9).(C) “...obsoletas as tradicionais alegações éticas e morais...” (linha 14).(D) “...com força máxima, esses cânones básicos...” (linha 19).(E) “...recusar a tutela...” (linha 23).RESPOSTA Nas alternativas B, C, D e E, as construções destacadas são resultadodas respectivas regências verbais – em B, o verbo “destacar” solicitaum adjunto adverbial regido pela preposição “em”; em C, o verbo “tornar” exigeum objeto direto acompanhado de predicativo; em D, o verbo “restaurar”solicita um adjunto adverbial regido pela preposição “com”; em E, o verbo“recusar” exige um objeto direto.Já na alternativa A, a construção destacada é resultado da regência do nome“fenômeno”, que exige um complemento nominal regido pela preposição “de”– fenômeno das revoluções sem líder. Alternativa A.

10723. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)A preposição presente no segmento “alegações éticas e morais para a intervenção...”(linha 14) tem o mesmo valor semântico que a preposição sublinhadaem:(A) “...vão em caminho contrário...” (linha 1).(B) “...caiu em uma revolta...” (linha 3).(C) “...de acordo com sua...” (linha 5).(D) “Na análise de Alexandre...” (linha 25).(E) “...qualquer esforço de controlar...” (linha 29).RESPOSTA A preposição “para”, presente no trecho destacado, possui o sentidode finalidade, propósito. (A) Errado – A preposição “em” possui valorsemântico de direção. (B) Errado – A preposição “em” possui valor semânticode complementaridade. (C) Errado – A preposição “com” possui valorsemântico de aproximação, concordância. (D) Errado – A preposição “de” possuivalor semântico de posse. (E) Certo – A preposição “de” possui valorsemântico de finalidade e equivale a “para”. Alternativa E.5546/5805Quando a infelicidade da pergunta é a resposta1O que é o desenvolvimento sustentável? Não sabemos, felizmente. Como dissecerta vez o psicanalistafrancês André Green, “a infelicidade da pergunta é a resposta”. E essa nãoé uma pergunta qualquer. É apergunta. Com o Livro aprendemos que a revelação se dá pela História. E,mesmo a da humanidade, temseus momentos definidores.5Os próximos muitos anos são um desses momentos decisivos da história.Sabemos que estamos consumindode uma forma insustentável os recursos que a natureza nos oferece e renova.E que, com o crescimentoda população e a desejável elevação dos padrões de consumo de bilhões depessoas, essa tendência seráfortemente acelerada.O rumo atual é insustentável! Pode causar estranheza tal assertividade.Afinal, não apenas não sabemos com10clareza o significado do conceito de desenvolvimento sustentável, como tambémnão sabemos medir a noçãode sustentabilidade com precisão.Há muitos esforços importantes sendo despendidos para nos aproximarmos

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de melhores mensurações daideia de sustentabilidade. A medição do Produto Interno Bruto dos paísesestá sob implacável crítica porsuas grandes fragilidades, e a forma insuficiente e equivocada de as contasnacionais considerarem os recursos15naturais é uma das razões mais importantes.Também a Comissão de Estatística das Nações Unidas tem promovido aelaboração de uma família deindicadores de desenvolvimento sustentável pelas instituições nacionaisde estatística. E muitos indicadoressintéticos e outras formas de avaliar a sustentabilidade do desenvolvimentoatual estão sendo aprimorados.Esses esforços têm dado origem a ferramentas importantes e úteis. Aspesquisas científicas, assim como as20estatísticas e indicadores, sugerem cenários com forte tendência à degradaçãoda capacidade da natureza derenovar serviços fundamentais à qualidade da vida humana (clima, águadoce, solos férteis, biodiversidade,5547/5805etc.) em velocidade condizente com as taxas previstas para sua utilização.Essa é a crise ambiental do séculoXXI em sua dimensão conhecida.Somos, contudo, muito ignorantes sobre a realidade natural do planeta ehá um risco acima do aceitável de25estarmos gerando processos irreversíveis que trariam no futuro consequênciaspotencialmente catastróficaspara a civilização e a espécie humana. Para qualquer mentalidade racional,o princípio da precaução é oimperativo aplicável.É importante lembrar que esse processo é insustentável para a civilizaçãoe para a biodiversidade do nossotempo, mas não para a natureza. Na escala de tempo do planeta, contadaem milhões e de milhões de anos,30a humanidade é impotente para gerar dano significativo à natureza.Não sabemos o que é o desenvolvimento sustentável e tampouco temosclaro o que significa desenvolvimento.A identidade entre crescimento econômico e desenvolvimento é o produtode uma época histórica, que, comotodas as demais, será superada.Desenvolvimento, como observou notavelmente Jean Claude Carriérre, éetimologicamente inequívoco em35várias línguas. Desenvolver não significa apenas “ampliar, crescer” e, sim,“des(fazer) o que está envolvido; ou,em espanhol, des(arrollar) o que está arrollado; ou ainda, em francês ouinglês, development/développement,isto é, des-envelopar”. Desenvolvimento, para a sabedoria da linguagem, éum processo de libertação de umpotencial contido, aprisionado pelas circunstâncias da história.Finalmente, sustentável é muito mais do que simplesmente duradouro. Esignifica mais, até, do que40compromisso com as futuras gerações. Sustentável diz respeito ao tempo. Aconsciência humana também dizrespeito ao tempo e o que distingue o homem é a consciência.Chegou o momento de a humanidade deixar a adolescência, reconhecer aexistência de limites e ampliar asfronteiras de sua relação com o tempo, isto é, assumir um pouco mais conscientementea sua história em umtempo mais longo.5548/580545A questáo do desenvolvimento sustentável confunde-se com a questão da consciênciahumana. A pergunta:“O que é o desenvolvimento sustentável?” é também a pergunta “Quem é oHomem?” A resposta para apergunta sobre o que é o desenvolvimento sustentável é também a respostasobre quem será o homem queo homem construirá.(Sérgio Besserman, Jornal O Globo, 15-8-2010, com adaptações).

10724. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)As expressões “contas nacionais” (linha 14) e “instituições nacionais” (linha 17)são uma referência a contas:(A) de uma nação específica.(B) da nação brasileira.(C) de nações não especificadas.(D) de nações desenvolvidas.(E) de nações em desenvolvimento.RESPOSTA O adjetivo “nacionais” está sendo empregado no sentido genérico,não se referindo a nenhuma nação em específico. O termo “nacionais” setraduz corretamente por “referente a qualquer país”. Alternativa C.

10725. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Com base na coesão e coerência textuais, a alternativa correta quanto ao empregoda pontuação e de palavras ou expressões é:(A) No segmento “Os próximos muitos anos ...” (linha 5), a palavra em destaquepode ser substituída por “seguintes”.(B) A expressão “uma forma insustentável” (linha 6) está empregada em sentidoconotativo.(C) No segmento “esforços importantes sendo despendidos” (linha 12), a palavraem destaque está grafada no lugar de “dispendidos”.(D) A expressão “muito ignorantes” (linha 24) significa muito estúpidos, muitogrosseiros.(E) O emprego da vírgula antes da conjunção e em “por suas grandes fragilidades,

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e a forma insuficiente e equivocada ...” (linhas 13 e 14) é adequado.RESPOSTA (A) Errado – Se substituirmos por “seguintes”, será necessário alterara colocação desse termo na frase. Para manter a coesão, devemos5549/5805escrever “Os muitos anos seguintes...”. (B) Errado – Trata-se de uma expressãoempregada em seu sentido denotativo, ou literal. (C) Errado – A grafiacorreta é “despendidos” e significa “gastos”, “desembolsados”, “empregados”,etc. (D) Errado – No contexto, a expressão “muito ignorantes” significa “muitoleigos”, “pouco conhecedores”, etc. (E) Certo – A vírgula diante da conjunçãoaditiva “e” se justifica pelo fato de ela conectar orações de sujeitos diferentes:“a medição do Produto Interno Bruto”, na 1ª oração, e “a forma insuficiente eequivocada”, na 2ª oração. Alternativa E.

10726. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)De acordo com a sequência lógica do texto e com a coesão e a coerência textuais,o parágrafo que constitui contraponto ao parágrafo que o antecede é o:(A) 3°(B) 4°(C) 5°(D) 6°(E) 7°RESPOSTA O 7º parágrafo é introduzido pela conjunção coordenativa adversativacontudo. O conteúdo desse parágrafo é uma ressalva (oposição) em relaçãoaos conteúdos dos parágrafos anteriores. Alternativa E.

10727. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)De acordo com a “sabedoria da linguagem” (linha 37), a palavra desenvolvimentosignifica:(A) ampliação(B) crescimento(C) liberação(D) aumento(E) progressoRESPOSTA Por meio do trecho “Desenvolvimento, para a sabedoria da linguagem,é um processo de libertação de um potencial contido, aprisionadopelas circunstâncias da história.”, é possível associar a palavra desenvolvimentoà ideia de liberação. Alternativa C.5550/5805

10728. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)A expressão “Esses esforços” (linha 19) retoma as ações explicitadas nosparágrafos:(A) 1° e 2°(B) 2° e 3°(C) 3° e 4°(D) 4° e 5°(E) 5° e 6°RESPOSTA A expressão “Esses esforços” retoma o conteúdo do 4º e 5º parágrafos.Neles, são apresentadas ideias dos esforços no sentido de mensurarmelhor a ideia de sustentabilidade: no 4º parágrafo, cita-se a forma frágil damedição do Produto Interno Bruto dos países, que não leva em consideração adisponibilidade de recursos naturais; já no 5º parágrafo, cita-se o esforço daComissão de Estatística das Nações Unidas de criar indicadores de mediçãopara a sustentabilidade. Alternativa D.

10729. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Acarretaria prejuízo à clareza, à coesão e à coerência do texto caso se omitisse apalavra sublinhada no trecho:(A) “O que é ...” (linha 1).(B) “E mesmo a da humanidade ...” (linha 3).(C) “... de uma forma insustentável ...” (linha 6).(D) “... natureza nos oferece ...” (linha 6).(E) “O que é o desenvolvimento ...” (linha 45).RESPOSTA (A) Errado – Omitindo o termo destacado, não se desfaz a ideiaoriginal de questionamento. (B) Certo – É necessário o artigo “a”, pois este érequerido pelo substantivo elíptico “história”. (C) Errado – A omissão do artigoindefinido “uma” não desfaz a ideia original de indeterminação. (D) Errado – Aomissão do pronome “nos” apenas confere mais impessoalidade ao trecho,mas não compromete a clareza, a coesão e a coerência. (E) Errado – Omitindoo artigo definido “o”, não se desfaz a ideia original de questionamento. AlternativaB.5551/5805

10730. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Em “Afinal, não apenas não sabemos com clareza o significado do conceito dedesenvolvimento sustentável, como também não sabemos ...” (linhas 9 e 10),entre as duas orações se estabelece relação semântica de:(A) adição(B) explicação(C) causa(D) comparação(E) finalidadeRESPOSTA A locução não só ... como também tem valor aditivo. De acordocom o trecho, não sabemos nem o significado de desenvolvimento sustentável,nem como medi-lo. Alternativa A.

10731. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)“As pesquisas científicas, assim como as estatísticas e indicadores, sugerem ...”(linhas 19 e 20) – assim como nesse trecho, a concordância está correta na frase:(A) Eu, como ela, lutamos pelas causas ambientais.(B) Eu, como eles, lutamos pelas causas ambientais.(C) Ele, como tu, lutais pelas causas ambientais.(D) Tu, como ele, lutas pelas causas ambientais.(E) Nós, como eles, lutam pelas causas ambientais.RESPOSTA A forma verbal “sugerem” concorda com o núcleo do sujeito

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“pesquisas”. O trecho entre vírgulas “assim como as estatísticas e indicadores”é uma oração adverbial comparativa deslocada da ordem direta.Dessa forma, (A) Errado – O correto seria: Eu, como ela, luto pelas causasambientais. (B) Errado – O correto seria: Eu, como eles, luto pelas causasambientais. (C) Errado – O correto seria: Eu, como tu, luto pelas causas ambientais.(D) Certo. (E) Errado – O correto seria: Nós, como eles, lutamospelas causas ambientais. Alternativa D.

10732. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)Não ocorre mudança de voz verbal em:(A) “... os recursos que a natureza nos oferece e renova ...” (linha 6) / os recursosque nos são oferecidos e renovados pela natureza ...5552/5805(B) “Também a Comissão de Estatística das Nações Unidas tem promovido aelaboração ...” (linha 16) / Também a Comissão de Estatística das NaçõesUnidas promove a elaboração ...(C) “Há muitos esforços importantes sendo despendidos ...” (linha 12) /Despendem-se muitos esforços importantes ...(D) “Afinal, não apenas não sabemos com clareza o significado ...” (linhas 9 e 10)/ Afinal, não apenas não se sabe com clareza o significado ...(E) “... reconhecer a existência de limites ...” (linha 43) / a existência de limitesser reconhecida ...RESPOSTA (A) Errado – A primeira construção está na voz ativa, pois osujeito – natureza – é agente das ações verbais “oferecer” e “renovar”. Já asegunda construção está na voz passiva, pois o sujeito – recursos – é pacientedas ações verbais “oferecer” e “renovar”. (B) Certo – Em ambas as construções,temos como sujeito “Comissão de Estatísticas das Nações Unidas”,agente da ação verbal “promover”. Dessa forma, temos ambas as construçõesna voz ativa. (C) Errado – A primeira construção está na voz ativa: não hásujeito, pois se trata de uma oração com verbo impessoal “haver”. Já a segundaoração está na voz passiva, pois o sujeito – esforços – é paciente daação verbal “despender”. (D) Errado – A primeira construção está na vozativa, pois o sujeito – nós – é agente da ação verbal “saber”. Já a segundaconstrução está na voz passiva, pois o sujeito – significado – é paciente daação verbal “saber”. (E) Errado – A primeira construção está na voz ativa, poiso sujeito – humanidade – é agente da ação verbal “reconhecer”. Já a segundaconstrução está na voz passiva, pois o sujeito – existência – é paciente daação verbal “reconhecer”. Alternativa B.

10733. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ)A preposição para tem valor semântico de consequência no trecho:(A) “... previstas para sua utilização ...” (linha 22).(B) “... catastróficas para a civilização ...” (linhas 25 e 26).(C) “Para qualquer mentalidade ...” (linha 26).(D) “... é impotente para gerar ...” (linha 30).(E) “Desenvolvimento, para a sabedoria ...” (linha 37).RESPOSTA (A) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de finalidade.(B) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de complementaridade.(C) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de5553/5805complementaridade. (D) Certo. (E) Errado – A preposição “para” estabeleceuma relação de conformidade (equivale a “de acordo”). Alternativa D.Leia o texto a seguir e responda as questões 10734 a 10741.1Quem fala palavrão no dia a dia de trabalho pode ser preterido na hora da promoção.É o que mostrapesquisa feita pelo site americano CareerBuilder. O estudo, que ouviumais de dois mil gerentes de RH e 3.800trabalhadores, indica que 64% dos gestores analisam negativamente umempregado que use termos chulos comfrequência, enquanto 57% disseram ser menos propensos a promover essapessoa. Descontadas as diferenças5culturais entre Brasil e Estados Unidos, especialistas confirmam que, aqui também,o palavrão, especialmentequando não é usado com moderação, pode ser prejudicial à imagemprofissional. Principalmente em empresasgrandes e com estruturas hierárquicas mais formais.– Nos Estados Unidos, é possível notar que esse tipo de linguajar é evitadopor questão de respeito, o que estáassociado ainda à cultura jurídica do país, muito rígida quanto a temascomo o assédio moral – afirma Jorge10Martins, consultor de Recrutamento da Robert Half, ao fazer a comparação. –Já no Brasil, o repúdio a essetipo de comportamento tem mais a ver com o conservadorismo, que aindapredomina nas empresas grandes.Martins diz, ainda, que, por aqui, e nos países latinos de maneira geral,ainda existe uma grande confusãoentre o ambiente corporativo e o caseiro, o que pode explicar uma maiorincidência de palavrões no mercadode trabalho nacional. Mas, para o especialista, o que pesa mesmo são asdiferenças entre os setores, seja lá ou cá.15– Em empresas como agências de publicidade ou da área de TI, as pessoas sesoltam mais e o palavrão é maiscomum e tolerado. Já em outras indústrias mais tradicionais, que têmuma cultura corporativa forte, a coisafunciona de forma diferente. De todo modo, é fundamental sempre saberse posicionar frente ao seu interlocutor.Ou seja: saber com quem está falando. É a regra que segue Conceição dosSantos, gerente de Departamento5554/5805Pessoal de uma empresa de bebidas. Na sala que compartilha com cincocolegas, com quem tem intimidade,20às vezes fala um palavrão, sem temer represálias.– Afinal, ninguém é de ferro. Mas, quando preciso atender ao público externoou conversar com um

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coordenador de outra área, evito. Tem que falar com as pessoas certas –acredita Conceição, que tambémfaz uma diferenciação entre diferentes tipos de palavrão. – Nunca xingoninguém ou uso um palavrão paraofender. Eu falo em momentos de estresse ou de raiva, mas sempre emtom alto, e é comigo mesma.25A gerente de DP está na estatística americana dos 51% dos empregados queusam palavrão no trabalho e dos95% que só falam na frente dos colegas, como ainda mostra a pesquisa doCareerBuilder. E, embora os númerossejam altos, quando o uso é exagerado pode criar problemas. O coach e sócioda Alliance Coaching, AlexandreRangel, relata duas situações em que o palavreado afetou a carreira dedois profissionais. A primeira foi a deum diretor de marketing, demitido por um novo vice-presidente da companhia,entre outros motivos, por30causa de seu linguajar chulo e agressivo. Já em outro caso, quando fazia umcoaching para um grupo de oitosupervisores, uma das questões com que Rangel precisou lidar foi a faltade tolerância de um participantecom a boca suja de um dos seus pares.– Muitas vezes, as pessoas não percebem a necessidade de mudança namaneira de agir em função doambiente em que está. Não dá para levar o comportamento de arquibancadapara o trabalho – afirma Rangel.35E, embora a maioria dos funcionários admita falar palavrão no trabalho, elespróprios se incomodam quandoos colegas exageram. É o que relata uma funcionária de uma empresa daárea de TI, que prefere não seidentificar. Recém-chegada ao escritório, já conseguiu se incomodar com ocomportamento pouco amigávelde um integrante da equipe.– Mas não sou só eu. Houve uma rearrumação na sala, e ninguém quissentar ao lado dessa pessoa. Para a5555/580540coach Waleska Farias, especializada em gestão de carreira e imagem, uma palavrachula, muitas vezes, éutilizada como mecanismo de defesa, por quem busca mascarar algumtipo de sentimento. E, como notrabalho, nem sempre dá para botar em prática a máxima “os incomodadosque se mudem”, ela sugere que,quando esse tipo de comportamento atrapalha o bom humor alheio, oideal é tentar conversar com quemprovoca a discórdia.45– O primeiro passo é dizer diretamente para o “boca suja” que não gosta de palavrões.Se, ainda assim, elenão maneirar, pode ser o caso de ir falar com o chefe. A linguagem refleteo estado emocional das pessoase a energia negativa pode acabar sendo reproduzida no entorno, o quenem sempre é bom – diz Waleska.(Uso de palavrões no trabalho pode diminuir chances de promoção. Disponívelem: <http://oglobo.globo.com/emprego/uso-depalavroes-no-trabalho-podediminuir-chances-de-promocao-5833571#ixzz24BQYLtAU>. Acesso em: 12 set.2012).

10734. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Sobre a substituição, sem prejuízo do sentido original, dos termos “preterido”(linha 1), “repúdio” (linha 10), “incidência” (linha 13) e “represálias” (linha 20)considere as afirmativas a seguir.I. “preterido” pode ser substituído por “desfavorecido”.II. “repúdio” pode ser substituído por “reiteração”.III. “incidência” pode ser substituído por “intermitência”.IV. “represálias” pode ser substituído por “retaliações”.Assinale a alternativa correta.(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.RESPOSTA I. Verdadeira. II. Falsa – O termo “repúdio” (linha 10) pode sersubstituído por “desprezo”, “rejeição”. Já “reiteração” significa “repetição”. III.Falsa – O termo “incidência” (linha 13) pode ser substituído por “repetição”,5556/5805“ocorrência”. O termos “intermitência”, por sua vez, quer significa “descontinuidade”.IV. Verdadeira. Alternativa B.

10735. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Assinale a alternativa que explica, corretamente, a frase: “De todo modo, é fundamentalsempre saber se posicionar frente ao seu interlocutor.” (linha 17).(A) Antecipa o caráter saudável do uso de palavrões no ambiente de trabalhoquando se busca proporcionar descontração e assegurar a intimidade com oscolegas e com o público.(B) Resume a recomendação de reprimir com rigor o uso de palavrões diante doschefes e de altos funcionários e relaxar nas demais circunstâncias detrabalho.(C) Identifica a variedade de situações e circunstâncias do trabalho que devemser diferenciadas pelo trabalhador através da adequação da linguagem e damoderação do uso de palavrões em certas ocasiões.(D) Sintetiza a necessidade de moderar o uso de palavrões perante o público externoe de liberá-lo diante de colegas de trabalho e de funcionários hierarquicamentesuperiores.(E) Sugere que o trabalhador deve impor seus hábitos linguísticos, mesmo queentre eles esteja o uso de palavrão, no ambiente de trabalho, a fim de

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garantir sua afirmação.RESPOSTA Essa frase faz referência às diversas situações em que é necessárioidentificar qual a mais adequada variedade de linguagem. Em situaçõesmais informais, com falantes de maior intimidade, é até possível oemprego de um ou outro palavrão sem que isso seja julgado como inconveniente.Já em situações formais, diante de chefes ou pessoas de convívio nãotão próximo, o emprego de palavrões se torna inadequado e deselegante.(A) Errada – De acordo com o texto, dependendo da situação de comunicação,não é saudável o emprego de palavrões no ambiente de trabalho. (B) Errada –Não se trata de rigor, e sim de discernimento. É preciso identificar as situaçõesem que o emprego de palavrões não é adequado. (C) Certa. (D) Errada – Nãose trata de liberar o uso de palavrões no ambiente de trabalho, pois, emmuitas situações, o uso de uma linguagem chula pode ser desagradável no diaa dia profissional. (E) Errada – De forma alguma o texto sugere a imposiçãodo linguajar chulo como forma de afirmação. É necessário haver discernimentoe cautela no emprego de palavrões. Alternativa C.5557/5805

10736. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Com base no texto, assinale a alternativa correta.(A) A pesquisa apontou que mais da metade dos gestores entrevistados admitiuque o uso de palavrões pelo trabalhador tem má repercussão.(B) A pesquisa comprovou que o risco de avaliação negativa atribuída aos trabalhadoresque usam palavrões sobe a mais da metade, de acordo com osgestores entrevistados.(C) Mais da metade dos consultores brasileiros entrevistados para o texto admitiufazer uso de palavrão no ambiente de trabalho.(D) O texto indicou que mais da metade dos candidatos a emprego nos EstadosUnidos é descartada na entrevista de admissão em decorrência do hábito defalar palavrões.(E) O texto revelou que mais da metade dos trabalhadores americanos estásujeita à demissão por proferir palavrões no ambiente de trabalho.RESPOSTA (A) Certa – De fato, 64% dos gestores analisam negativamenteum empregado que use termos chulos com frequência, enquanto 57% disseramser menos propensos a promover essa pessoa. (B) Errada – A avaliaçãonegativa é mais provável em profissionais que empregam frequentemente palavrõesno ambiente de trabalho. É possível ocasionalmente se falar um palavrãono ambiente de trabalho sem que isso acarrete má avaliação. Há de setomar cuidado para não se tornar frequente e inconveniente esse uso. (C) Errada– A estatística de 51% diz respeito aos empregados americanos que admitemfazer uso de palavrões no trabalho. (D) Errada – O resultado dapesquisa diz respeito a profissionais já empregados, e não a candidatos a vagasde emprego. (E) Errada – O risco de demissão se aplica aos que falam palavrõescom frequência e de forma inadequada no ambiente de trabalho. AlternativaA.

10737. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Sobre os termos “profissional” (linha 6) e “profissionais” (linha 28), assinale a alternativacorreta.(A) Os dois são adjetivos variáveis, isto é, ora aparecem no singular, ora aparecemno plural, conforme os substantivos que eles acompanham.(B) Os dois são substantivos que podem variar do singular para o plural, acarretandoa mudança de significado e a perda do vínculo com a ideia deprofissão.5558/5805(C) “profissionais” é um substantivo no plural que tem uma carga de significadoambígua em decorrência do comportamento amador das pessoas designadaspelo termo.(D) “profissional”, no singular, é um adjetivo por ser invariável, isto é, o pluralcontrariaria as normas gramaticais, mesmo que o substantivo “imagem” estivesseno plural.(E) “profissional” está no singular para concordar com o substantivo “imagem”,mas poderia ser um substantivo, caso a construção fosse “imagem doprofissional”.RESPOSTA O termo “profissional” é adjetivo e modifica o substantivo“imagem”. Já “profissionais” é substantivo, determinado pelo numeral adjetivo“dois”.(A) e (B) Falsas, por classificarem os dois termos como pertencentes à mesmaclasse gramatical. (C) Falsa, pois “profissionais” é usado para designar osempregados citados no texto. (D) Afirma equivocadamente que o adjetivo“profissional” é invariável. (E) Em “imagem do profissional”, o termo“profissional” é substantivo determinado pelo artigo definido “o”. Alternativa E.

10738. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Sobre a frase “E, embora os números sejam altos, quando o uso é exagerado podecriar problemas.” (linhas 26 e 27), considere as afirmativas a seguir.I. Fica subentendida a expressão “de palavrões” logo após “uso”.II. Fica subentendido que “uso exagerado” é aquele que excede os númerosapurados na pesquisa.III. O conectivo “embora” pode ser substituído por “a despeito de”, sem necessidadede alteração na flexão verbal.IV. O conectivo “embora” pode ser substituído por “ainda que”, sem prejuízo dosentido original.Assinale a alternativa correta.(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.RESPOSTA I. Verdadeiro – O fato de tornar elíptico o termo “de palavrões”após “uso” se dá no sentido de evitar a repetição de “palavrão” (e suas variações),já citado algumas vezes no texto. II. Falso – O uso exagerado de5559/5805palavrões é o alvo da pesquisa, que mostra que os profissionais com essehábito são malvistos pelos gestores. III. Falso – Com o emprego da locução “a

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despeito de”, é necessário se alterar a construção para “E, a despeito de osnúmeros serem altos...”. IV. Verdadeiro – Os conectores “Embora” e “Aindaque” têm valor concessivo. Alternativa B.

10739. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Sobre o sentido do trecho “E, como no trabalho, nem sempre dá para botar emprática a máxima ‘os incomodados que se mudem’...” (linhas 41 e 42), assinale aalternativa correta.(A) Nas relações de trabalho, é recomendável buscar um paliativo, antes de sugerirao chefe que transfira ou demita o funcionário que se excede nospalavrões.(B) Nas relações de trabalho, pode haver um inconveniente que inviabilize amudança do funcionário incomodado com os palavrões proferidos pelocolega.(C) Nessas circunstâncias, cabe verificar se o funcionário que fala palavrões emexcesso é um protegido do chefe, antes de solicitar uma transferência desetor.(D) No ambiente de trabalho, é necessário ponderar se o colega de trabalho estápassando por alguma crise íntima ou pessoal, antes de tomar uma atitudedrástica.(E) No ambiente de trabalho, é sugerido que o trabalhador dê preferência amudar de emprego, evitando criar constrangimento ou inimizade com umcolega de trabalho.RESPOSTA É possível concluir, pelo contexto, que os incomodados com oscompanheiros de trabalho que insistem em proferir palavrões nem sempre encontrammobilidade dentro da empresa. Não é possível, assim, criar um paliativo,sendo necessária uma conversa franca que manifeste a insatisfação.(A) Errada – Não é recomendável um paliativo, e sim uma conversa francaantes de se levar ao conhecimento dos superiores. (B) Certa. (C) Errada – Nãose menciona no texto essa precaução de se verificar se o falante de palavrõesé ou não um protegido do chefe. (D) Errada – Não se menciona no texto essaprecaução de se verificar se o falante de palavrões está ou não passando porproblemas íntimos. (E) Errada – Não se menciona no texto essa recomendaçãode se mudar de emprego. Alternativa B.5560/5805

10740. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Arespeito da ideia de tolerância, que aparece duas vezes ao longo do texto, considereas afirmativas a seguir.I. Nas agências de publicidade, as pessoas são mais indulgentes com o uso depalavrões.II. Os palavrões são recebidos com menos intransigência em empresas da área deTI.III. Um dos participantes do treinamento demonstrou pouca condescendênciacom o colega que abusava dos palavrões.IV. Um participante do treinamento exibiu falta de suscetibilidade ao excesso depalavrões proferidos pelo colega.Assinale a alternativa correta.(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.RESPOSTA I. Verdadeiro – É o que se afirma no 4º parágrafo: “Em empresascomo agências de publicidade ou da área de TI, as pessoas se soltam maise o palavrão é mais comum e tolerado.”. II. Verdadeiro – É o que se afirmano 4º parágrafo: “Em empresas como agências de publicidade ou da área deTI, as pessoas se soltam mais e o palavrão é mais comum e tolerado.”. III.Verdadeiro – É feita uma menção no antepenúltimo parágrafo a umaempregada recém-chegada que se incomodou com os exageros de um colega:“Recém-chegada ao escritório, já conseguiu se incomodar com o comportamentopouco amigável de um integrante da equipe. ... Houve uma rearrumaçãona sala, e ninguém quis sentar ao lado dessa pessoa.”. IV. Falsa – Aocontrário: a funcionária recém-chegada se mostrou suscetível aos excessos depalavrões proferidos por um colega: “Recém-chegada ao escritório, já conseguiuse incomodar com o comportamento pouco amigável de um integranteda equipe.”. Alternativa D.

10741. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL)Sobre a expressão “boca suja”, que aparece duas vezes no texto (linhas 32 e 45),assinale a alternativa correta.5561/5805(A) A atribuição do sentido conotativo à expressão depende da subjetividade doleitor, que pode interpretá-la em seu sentido denotativo e preservar ossignificados.(B) A linguagem conotativa ocorre somente na segunda vez, porque as aspas sãousadas e porque a expressão personifica quem a proferiu.(C) O sentido conotativo aparece na primeira ocorrência porque não é da boca dofalante que saem os palavrões pronunciados.(D) O uso da linguagem figurada está nas duas ocorrências, embora, na segunda,a expressão significa “aquele que fala palavrões”.(E) O uso da linguagem figurada na expressão consiste na transferência da ideiade sujeira, de quem ouve para quem fala.RESPOSTA A expressão “boca suja” está empregada em linguagem conotativa(figurada) nas duas aparições. Não há margem para ambiguidade, pois ainterpretação literal (denotativa) não se aplica ao contexto. Na segunda aparição– o “boca suja” –, é feita uma menção àqueles que proferem palavrões deforma muito frequente.(A) Errada – Não há cabimento cogitar uma interpretação literal à expressão“boca suja”. Não é uma questão de escolha do leitor, interpretá-la como denotativaou conotativa. (B) Errada – A conotação ocorre nas duas construções.Na segunda, tem-se uma substantivação da expressão. (C) Errada – O simplesfato de os palavrões serem pronunciados por terceiros não é a justificativapara considerar conotativa a expressão “boca suja”. Ela é uma metáfora dapessoa que faz uso de linguagem chula. (D) Certa. (E) Errada – Não é propriamente

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a ideia de sujeira, e sim a de linguagem chula que está presente nametáfora “boca suja”. Alternativa D.Texto para as questões 10742 a 10751Do campo para a cidadeAté 1940, os migrantes se dirigiam predominantemente para a cidade doRio de Janeiro, então Distrito Federal, e também para a cidade e o estadode São Paulo, e eram em grande parte oriundos de Minas Gerais e doNordeste. Desde então, seriam os estados dessa região os principais responsáveispela expulsão de populações, que se dirigiriam primeiro paraSão Paulo e, após 1950-60, também para o Paraná, Goiás, Mato Grosso eRondônia. Estabeleceram-se assim novos polos de atração de migrantes enovas áreas de expansão das fronteiras agrícolas, o que se acentuou apósa instauração do regime militar em 1964. (...)Os anos 1970 assinalaram um ponto de inflexão extremamente significativoem nosso perfil demográfico, na medida em que começou a se inverter5562/5805a relação entre população rural e urbana, ficando esta cada vez mais concentradano que passava a ser, genérica e simbolicamente, denominadocomo Sul ou Sul Maravilha, numa alusão às possibilidades reais ou sonhadasque a região oferecia.Toda essa situação passaria a produzir desdobramentos econômicos e sociaisgraves, que seriam identificados e avaliados, cada vez mais, comonegativos para o país. De um lado, o que se verificava era o esvaziamento eo empobrecimento do campo; de outro, com o inchamento das grandescidades, um agravamento dos problemas de habitação, educação, saúde esegurança.Mais recentemente, os deslocamentos não se fizeram tanto de áreas ruraispara urbanas, mas sim entre áreas urbanas e, nesse caso, não mais tendocomo destino preferencial as cidades metropolitanas, e sim aquelas de médioporte, que se tornaram polos de atração de fluxos migratórios. (....)Todas essas transformações desenham um novo mapa e um novo perfilpara a população brasileira. Somos, na virada do século XX para o XXI,um novo Brasil urbano, inclusive com uma diferenciação bem menor entrecampo e cidade. Nosso povo deixou de ser jovem e começou a envelhecer.Sem dúvida, é hora de o Brasil amadurecer.(GOMES, 2002).

10742. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Até 1940, os migrantes se dirigiampredominantemente para a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, etambém para a cidade e o estado de São Paulo, e eram em grande parte oriundosde Minas Gerais e do Nordeste”.Sobre esse segmento inicial do texto, a inferência correta é:(A) os migrantes, inicialmente dirigidos ao Rio de Janeiro, passaram a mudar seudestino para o Distrito Federal.(B) o fluxo migratório até 1940 seguia o padrão de partida de regiões mais pobrespara regiões mais ricas.(C) a cidade e o estado de São Paulo atraíam predominantemente migrantes daregião Nordeste.(D) os migrantes que se dirigiam ao Sul eram oriundos de grande parte de Minase do Nordeste.(E) Minas Gerais e o Nordeste eram as únicas fontes dos migrantes para o Sul.5563/5805RESPOSTA (A) Errado – O Rio de Janeiro era naquela época denominado deDistrito Federal. (B) Certo – A região Nordeste e o sertão de Minas Gerais concentramgrande parte da população na zona de pobreza. (C) Errado – Não épossível afirmar que a maioria dos migrantes para São Paulo (capital e Estado)seja oriunda do Nordeste. O texto afirma que se trata de “uma grande parte”,o que não implica necessariamente maioria. (D) Errado – Rio de Janeiro e SãoPaulo estão situados na região Sudeste. Não é possível afirmar qual a composiçãodos migrantes para a região Sul, com base nas informações disponibilizadasno texto. (E) Errado – Não se pode afirmar qual a composição dos migrantespara a região Sul, uma vez que o trecho somente faz menção a Rio deJaneiro e São Paulo, situados na região Sudeste. Alternativa B.

10743. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Num texto, a fim de ser criada coesãoe coerência, estabelecem-se relações formais e semânticas entre elementos dotexto. A alternativa em que o termo destacado do primeiro e segundo parágrafosdo texto tem seu referente indicado de forma INADEQUADA é:(A) que − populações.(B) então − desde o ano de 1940.(C) a região − Sul ou Sul Maravilha.(D) dessa região − Minas Gerais e Nordeste.(E) o que − o estabelecimento de novos polos de atração de migrantes.RESPOSTA A expressão “dessa região” retoma apenas “Nordeste”, haja vistaque Minas Gerais é um Estado. Alternativa D.

10744. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Até 1940, os migrantes se dirigiampredominantemente para a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, etambém para a cidade e o estado de São Paulo, e eram em grande parte oriundosde Minas Gerais e do Nordeste. Desde então, seriam os estados dessa região osprincipais responsáveis pela expulsão de populações, que se dirigiriam primeiropara São Paulo e, após 1950-60, também para o Paraná, Goiás, Mato Grosso eRondônia. Estabeleceram-se assim novos polos de atração de migrantes e novasáreas de expansão das fronteiras agrícolas, o que se acentuou após a instauraçãodo regime militar em 1964. (...)”5564/5805Por tratar-se de um texto didático, os vocábulos nele empregados têm caráterpreponderadamente objetivo; o vocábulo desse primeiro parágrafo que acrescentauma opinião do autor ao dado objetivo é:(A) região.

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(B) atração.(C) expulsão.(D) expansão.(E) instauração.RESPOSTA Com o emprego do vocábulo “expulsão”, tem-se a inserção deuma opinião implícita ao texto.O autor deixa a entender que as pessoas que migravam da região Nordeste ofaziam a contragosto, de forma “forçada”.Esse posicionamento é reforçado pelo trecho “seriam os estados dessa regiãoos principais responsáveis pela expulsão de populações”.Os outros vocábulos assumem o seu sentido próprio, isento de parcialidade.Alternativa C.

10745. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Estabeleceram-se assim novos polosde atração de migrantes e novas áreas de expansão das fronteiras agrícolas, oque se acentuou após a instauração do regime militar em 1964. (...)”.A relação estabelecida pelo autor do texto entre o segmento negritado e o anterioré a de que:(A) o regime militar, citado no segundo segmento, foi a razão do surgimento denovos polos de atração de migrantes e novas áreas de expansão das fronteirasagrícolas.(B) ainda que não sejam explicitadas as razões, o segundo segmento é apontadocomo causa de maior intensidade nas mudanças apontadas anteriormente.(C) tanto o primeiro quanto o segundo segmento indicam consequências do estabelecimentode novos polos de atração para os migrantes de Minas eNordeste.(D) o primeiro segmento indica uma das razões para o surgimento de um regimemilitar de exceção, em 1964.(E) o segundo segmento (negritado) é apontado como a condição das alteraçõescitadas no segmento anterior.RESPOSTA Após instauração do regime militar, acentuaram-se o surgimentode novos polos de atração de migrantes e a expansão de novas áreas5565/5805agrícolas. Isso quer dizer que o regime militar foi o principal desencadeadordesse processo, configurando, assim, a causa de maior relevância (não a única,mas a de efeitos mais intensos).(A) Inválida, uma vez que limita o regime militar como a única razão, o quenão é verdade. (C) e (D) Estabelecem uma equivocada relação de causa econsequência. (E) Explora uma relação de condição não existente no texto. AlternativaB.

10746. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Há um conjunto de fatores apontadoscomo marcas de desdobramentos econômicos e sociais graves (3º parágrafo). Aalternativa em que o problema apontado está corretamente definido é:(A) problemas de saúde − falta de pessoal e material para o atendimento de umnúmero cada vez maior de migrantes, necessitados de assistência médica.(B) problemas de habitação − construção rápida demais de pequenas habitaçõespara os migrantes, tendo como consequência uma série de acidentes.(C) empobrecimento do campo − a população rural, sem o apoio dos mais jovens,ficava restrita ao recebimento de valores dos programas sociais.(D) problemas de educação − dada a pobreza cultural dos migrantes, sobretudoos nordestinos, o nível de aprendizado caiu vertiginosamente.(E) esvaziamento do campo − reduzida utilização de máquinas agrícolas,mostrando defasagem na agricultura.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – Problemas de habitação – com o crescentefluxo de migrantes para as grandes metrópoles, começa haver o povoamentode áreas impróprias para moradia ou, então, o aumento do número de “semteto”.(C) Errado – Empobrecimento do campo – com a concentração daatividade econômica nas grandes cidades e a migração para estas de grandeparte da mão de obra, a economia do campo fica restrita a atividades de baixovalor agregado, resultando no seu empobrecimento. (D) Errado – Problemasde educação – com o crescente fluxo de migrantes para as grandes metrópoles,a rede de ensino destas não consegue atender toda a demanda. (E) Errado– Esvaziamento do campo – Com a concentração das principais atividadeseconômicas nas grandes metrópoles, ocorre para estas uma considerávelmigração da mão de obra, resultando no esvaziamento do campo. AlternativaA.5566/5805

10747. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) O texto lido é um exemplo de textodidático, retirado de um livro de História do Brasil para o ensino médio. Entre ascaracterísticas apontadas abaixo, aquela que corresponde mais especificamenteao texto lido é:(A) identificação clara das fontes dos conhecimentos transmitidos ao leitor.(B) a tentativa de mostrar a utilidade das informações prestadas para o conhecimentoda realidade atual do país.(C) exposição de fatos históricos em ordem cronológica, identificando aqueles demaior importância para o assunto tratado.(D) linguagem clara e de uso coloquial a fim de que todos os leitores possam decodificarfacilmente as informações prestadas.(E) a preocupação de explicar as razões dos fatos apontados, além de, com a preocupaçãode clareza, exemplificar continuamente.RESPOSTA (A) Errado – Embora a citação das fontes da informação seja umacaracterística presente no texto de caráter didático, o autor não a emprega notexto. (B) Errado – Não é objetivo do texto mostrar a utilidade das informaçõesprestadas, mas somente as expor. (C) Certo – O autor expõe uma ordemcronológica de acontecimentos, destacando período de regime militar. (D)Errado – A linguagem empregada no texto não é rebuscada, mas mantém otom formal. É equivocado afirmar que a linguagem predominante é a coloquial.(E) Errado – O texto até cita as razões, mas não se aprofunda nas explicações.Por exemplo, é citado que o regime militar acentuou o surgimentode novos polos de atração para migrantes, mas não se explicam as razões de

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isso ter ocorrido. Alternativa C.

10748. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Há uma série de transformações citadasno texto como marcas de um novo perfil para nosso país; a transformaçãoque está indicada de forma INCORRETA é:(A) migração da área rural para as áreas urbanas / migração entre áreas urbanas.(B) cidades metropolitanas como alvo de migrações / cidades de médio portecomo alvo de migrações.(C) distinções bem acentuadas entre campo e cidade / diferenciação bem menorentre campo e cidade.5567/5805(D) país de marcante distinção entre ambiente rural e urbano / menor diferenciaçãoentre campo e cidade.(E) povo jovem e de grande dinamismo / povo mais maduro e consciente de suasresponsabilidades.RESPOSTA O último período do texto afirma que o povo brasileiro começou aenvelhecer, porém não é possível inferir, com base nas informações contidasno texto, que esse amadurecimento foi acompanhado de uma maior conscientizaçãosocial por parte da população brasileira. Alternativa E.

10749. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Toda essa situação passaria aproduzir desdobramentos econômicos e sociais graves”. Esse segmento do textopode ser reescrito, conservando-se o seu sentido, de várias formas distintas; afrase em que a modificação proposta conserva esse sentido original é:(A) Desdobramentos econômicos e sociais graves passariam a ser produzidos portoda essa situação.(B) Graves desdobramentos sociais e econômicos viriam a ser produzidos portoda essa situação.(C) Graves desdobramentos econômicos e sociais seriam modificados por todaessa situação.(D) Toda essa situação seria levada a produzir graves desdobramentos econômicose sociais.(E) Toda essa situação chegaria a produzir desdobramentos econômicos e sociaisgraves.RESPOSTA O trecho original está construído na voz ativa. Para convertê-lopara a voz passiva, as seguintes modificações são necessárias:1) O paciente (alvo da ação) “desdobramentos econômicos e sociais graves”torna-se sujeito na voz passiva.2) Insere-se o verbo auxiliar “ser” conjugado no mesmo tempo do verbo principalna voz ativa – no caso, “produzir”. Como este está no infinitivo, devemossomar a forma verbal “ser”.3) O verbo principal da voz ativa – produzir – assume a forma particípio –produzido – na voz passiva.Assim, temos: Toda essa situação passaria a produzir desdobramentoseconômicos e sociais graves = Desdobramentos econômicos e sociaisgraves passariam a ser produzidos por toda essa situação. Alternativa A.5568/5805

10750. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Nosso povo deixou de ser jovem ecomeçou a envelhecer. Sem dúvida é hora de o Brasil amadurecer”; o final dotexto nos diz que:(A) é chegado o momento de o Brasil amadurecer, pois a maioria de nossa populaçãojá chegou à terceira idade.(B) apesar de o nosso povo ter deixado de ser jovem e ter começado a envelhecer,é hora de o nosso país amadurecer.(C) como nosso povo já deixou de ser jovem e começou a envelhecer, o momentode amadurecimento já deveria ter ocorrido.(D) certamente nosso país deve amadurecer, aproveitando-se do fato de que amaioria de nossa população é de jovens e ainda tardará muito emenvelhecer.(E) é certo que nosso país deve amadurecer, visto que nossa população já deixoude ser predominantemente jovem e iniciou processo de envelhecimento.RESPOSTA Como os brasileiros já não estão mais concentrados de forma predominantena faixa etária jovem, o país está passando por um processo de envelhecimento,que resultará certamente no amadurecimento da populaçãobrasileira. Alternativa E.

10751. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais –Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Nos segmentos abaixo, as preposiçõesnegritadas têm seu emprego justificado por algum termo anterior; o segmento emque o emprego da preposição (ou combinação de preposição + artigo) NÃO pertencea esse caso é:(A) inchamento das grandes cidades.(B) polos de atração de migrantes.(C) empobrecimento do campo.(D) a cidade do Rio de Janeiro.(E) expulsão de populações.RESPOSTA Não há necessidade da contração “do” (de + o) antes de “Rio deJaneiro”. É possível ligar o substantivo “cidade” a seu aposto especificador “Riode Janeiro” sem a necessidade de emprego da preposição.5569/5805Nos demais casos, a preposição “de” é solicitada pelo termo antecedente – expulsãode quem? empobrecimento de quê ou de quem? atração de quê? inchamentode quê? Alternativa D.A polícia e a violência na escolaMiriam Abramovay e Paulo GentiliEm alguns países, a presença da polícia dentro das escolas tem sido umadas respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas. A proposta parece ser a maneira mais elementar deoferecer proteção às crianças e aos jovens, as principais vítimas da violência.Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando

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o interior das escolas parecem brindar aquilo que desejamospara nossos filhos: segurança e amparo.Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foram demonstrados.Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuirsua existência. Precisamos compreender a origem e as razões da violênciano interior do espaço escolar para pensar soluções que não contribuampara aprofundá-las.Nesse sentido, quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituiçõeseducacionais são transferidas para pessoas exteriores a elas, cria-se apercepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes ou carecemde poder suficiente para resolver os problemas que emergem. Instala-se aideia de que a visibilidadede uma arma ou a presença policial tem mais potência que o diálogo ou osmecanismos de intervenção que a própria escola pode definir. A medidacontribui para aprofundar um vácuo de poder já existente nas relaçõeseducacionais, criando um clima de desconfiança entre os que convivem noambiente escolar.A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidadese tensões. Estabelecer os limites da intervenção do agente policial ésempre complexo num espaço que se define por uma especificidade que apolícia desconhece. Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiaisque estarão agora dentro das escolas, o que constitui enorme risco.As pesquisas sobre juventude evidenciam um grave problema nas relaçõesentre a polícia e os jovens, particularmente quando eles são pobres, comuma reação de desconfiança e desrespeito promovendo um conflito latenteque costuma explodir em situações de alta tensão entre os jovens e a polícia.Reproduzir essa lógica no interior da escola não é recomendável.5570/5805A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras.A escola deve ser um local de proteção e protegido, e a presença da políciapode ser uma fonte de novos problemas.Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas cotidianoscom a principal riqueza que elas têm: sua comunidade de alunos,docentes, diretivos e funcionários. Programas de Convivência Escolar eoutras alternativas têm demonstrado um enorme potencial para enfrentara dimensão educacional da violência social. O potencial da escola está naostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade. Nãodas armas.

10752. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “Em alguns países, a presença da polícia dentro das escolas tem sidouma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas”. Nesse primeiro período do texto, deslocou-se o termo “em algunspaíses” para outras posições na frase; a nova posição que pode ALTERAR osentido da frase original é:(A) A presença da polícia dentro das escolas, em alguns países, tem sido uma dasrespostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas.(B) A presença da polícia dentro das escolas tem sido, em alguns países, uma dasrespostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas.(C) A presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes,em alguns países, para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas.(D) A presença da polícia, em alguns países, dentro das escolas tem sido uma dasrespostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas.(E) A presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentespara enfrentar a violência das sociedades contemporâneas em algunspaíses.RESPOSTA Nas alternativas A, B, C e D, há a especificação de que a presençada polícia nas escolas se dá em alguns países. Já na alternativa E, o que se especificaé que a violência ocorre em alguns países.Nas alternativas A, B, C e D, o adjunto adverbial “em alguns países” modifica a1ª oração – a presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostasmais recorrentes. Na alternativa E, o adjunto adverbial “em alguns países”5571/5805modifica a 2ª oração – para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas.Alternativa E.

10753. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Ao dizer que “a presença da polícia dentro das escolas tem sido umadas respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas”,o autor do texto pretende dizer, com o segmento sublinhado, que essatem sido uma das formas:(A) mais atuais;(B) mais avançadas;(C) mais frequentes;(D) mais eficazes;(E) mais ineficientes.RESPOSTA O termo “recorrentes” significa “repetitivos”, “frequentes”,“reiteradas”. Assim, mais recorrentes significa mais frequentes. AlternativaC.

10754. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Em muitas passagens do texto, o autor constrói frases com o auxíliode formas verbais no infinitivo. Se substituirmos essas formas pelo substantivocognato correspondente, a única forma INADEQUADA da nova frase é:(A) “...para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas” / para o enfrentamentoda violência das sociedades contemporâneas;(B) “...parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção às crianças e aosjovens” / parece ser a maneira mais elementar de oferta de proteção às crianças

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e aos jovens;(C) “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos” / parecem umbrinde àquilo que desejamos para nossos filhos;(D) “Precisamos compreender a origem e as razões das violências” / Precisamosda compreensão da origem e das razões das violências;(E) “...para pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las” / parapensar soluções que não contribuam para o seu aprofundamento.RESPOSTA Nas alternativas A, B, D e E, a substituição pelos substantivoscognatos preserva o sentido original.Já na alternativa C, isso não ocorre. O verbo “brindar”, presente notrecho “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos”, adquireo significado de “homenagear”, “cumprimentar”, “felicitar”. O substantivo5572/5805cognato “brinde”, no entanto, pode assumir significação associada a “pequenopresente”, “regalo”, “prenda”, como em “ganhou de brinde um convite para oshow”.Pode ocorrer, assim, alteração do sentido original, em virtude da polissemia dosubstantivo “brinde”, que pode significar “ato de brindar” ou “prenda”. AlternativaC.

10755. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiaispatrulhando o interior das escolas parecem brindar aquilo que desejamos paranossos filhos: segurança e amparo”. As vírgulas empregadas nesse segmento dotexto, justificam-se pela mesma razão das que são empregadas em:I. “...com a principal riqueza que elas têm: sua comunidade de alunos, docentes,diretivos e funcionários”.II. “As pesquisas sobre juventude evidenciam um grave problema nas relaçõesentre a polícia e os jovens, particularmente quando eles são pobres, comuma reação de desconfiança...”.III. “A escola deve ser um local de proteção e protegido, e a presença da políciapode ser uma fonte de novos problemas”.IV. “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogoe da criatividade”.(A) I e II;(B) II e III;(C) III e IV;(D) I e IV;(E) I, II, III e IV.RESPOSTA As vírgulas se justificam pelo fato de estarem isolando termos coordenadosentre si, componentes de uma enumeração. I. Verdadeira – As vírgulasseparam os termos coordenados entre si: alunos, docentes, diretivos efuncionários. II. Falsa – As vírgulas são justificadas pelo fato de isolarem umaoração adverbial intercalada “particularmente quando eles são pobres”. III.Falsa – A vírgula se justifica pelo fato de estar separando uma oração decaráter adversativo, introduzida pelo conector “e” (= mas). IV. Verdadeira –As vírgulas separam os termos coordenados entre si: saber, conhecimento,diálogo e criatividade. Alternativa D.5573/5805

10756. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) O segundo parágrafo do texto começa com o conectivo “todavia”,que mostra a oposição entre dois elementos do texto. A frase construída abaixoque mostra adequadamente a oposição presente no texto é:(A) Apesar de a presença da polícia nas escolas ser essa uma medida muito recorrente,os efeitos da medida nunca foram demonstrados.(B) Embora a presença da polícia no interior das escolas diminua a violêncianesse espaço, muros altos e grades imensas podem colaborar na mesmatarefa.(C) Ainda que os efeitos positivos nunca tenham sido demonstrados, a construçãode muros altos e de grades imensas nem sempre traz segurança eamparo.(D) Policiais no espaço escolar dá segurança, mas essa medida não costuma serempregada isoladamente.(E) Mesmo que a segurança nas escolas tenha aumentado, isso não ocorre emfunção de medidas adotadas até agora.RESPOSTA O tópico frasal do 1º parágrafo diz respeito à presença cada vezmais recorrente da polícia nas escolas. Já o tópico frasal do segundo parágrafodiz respeito à pouca efetividade dessas medidas.Unindo esses dois tópicos por meio de um conector de oposição, temos comouma das possibilidades de construção a frase da letra A: Apesar de apresença da polícia nas escolas ser essa uma medida muito recorrente, osefeitos da medida nunca foram demonstrados. Alternativa A.

10757. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foramdemonstrados. Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir suaexistência”.O segundo período desse fragmento do texto, em relação ao período anterior,funciona como:(A) causa;(B) consequência;(C) explicação;(D) comparação;(E) modo.5574/5805RESPOSTA O 2º período é uma justificativa do 1º. É possível conectar os doisperíodos da seguinte forma: Os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nuncaforam demonstrados, pois, conforme evidenciam pesquisas e experiências nocampo da segurança pública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuirsua existência. Alternativa C.

10758. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –

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FEMPERJ) Se “o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência”,a única medida realmente positiva entre as que estão abaixo é:(A) programas de convivência escolar;(B) construção de muros e grades;(C) patrulhamento ostensivo no espaço escolar;(D) melhorar a relação entre policiais e jovens;(E) terceirizar as medidas de segurança.RESPOSTA O texto julga como ineficaz a presença da polícia no ambienteescolar com o propósito de diminuir a violência. A essa ideia, somam-se asmedidas de construção de muros e grades e patrulhamento ostensivo no espaçoescolar. A convivência entre policiais e jovens é, assim, prejudicada, poisnão causa boa impressão a terceirização da segurança nas escolas.Em contraposição a essas medidas, estão os programas que visam à melhoriada convivência no espaço escolar. Eles se mostram bem mais efetivos. Issofica bem evidenciado no seguinte trecho: Programas de Convivência Escolar eoutras alternativas têm demonstrado um enorme potencial para enfrentar a dimensãoeducacional da violência social. Alternativa A.

10759. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) O segmento do texto em que a forma verbal sublinhada pode tambémser empregada, na frase, em número diferente (singular ou plural) é:(A) “Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando ointerior das escolas parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos:segurança e amparo”.(B) “Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir suaexistência”.(C) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policialtem mais potência que o diálogo ou os mecanismos de intervenção que aprópria escola pode definir”.5575/5805(D) “...cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes oucarecem de poder suficiente para resolver os problemas que emergem”.(E) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policialtem mais potência...”.RESPOSTA (A) Errado – A forma verbal “parecem brindar” também pode serempregada na forma “parece brindarem”. Note, porém, que, para flexionar overbo auxiliar – parecer – no singular, é necessário obrigatoriamente flexionaro verbo principal – brindar – no plural. Dessa forma, não é possível alterarisoladamente a forma verbal sublinhada “parecem”. (B) Errado – Não há comoflexionar a forma verbal “costuma” de maneira diferente, haja vista que eladeve concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito “ataque”. (C)Certo – Há duas possibilidades: se os núcleos conectados pela conjunção “ou”– “visibilidade de uma arma” e “presença policial” – forem excludentes, overbo “ter” assume a forma singular “tem”; se eles não forem excludentes, overbo “ter” assume a forma plural “têm”. (D) Errado – Não há como flexionara forma verbal “cria-se” de maneira diferente, haja vista que ela deve concordarem número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente“percepção” (cria-se a percepção = a percepção é criada). (E) Errado –Não há como flexionar a forma verbal “instala-se” de maneira diferente, hajavista que ela deve concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente“ideia” (instala-se a ideia = a ideia é instalada). Alternativa C.

10760. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) No terceiro parágrafo do texto, há a menção à medida decontratarem-se pessoas externas à escola para serviços de segurança; entre asconsequências dessa medida, segundo o texto, NÃO se inclui:(A) o descrédito na competência do pessoal escolar;(B) o reconhecimento da falta de poder de decisão da própria escola;(C) a crença na exibição ostensiva de armas como medida de proteção;(D) a confiança na presença do poder policial;(E) a maior confiança no diálogo ou em mecanismos escolares de intervenção.RESPOSTA (A) Certo – É o que fica bem evidente no seguinte trecho “cria-sea percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes... para resolveros problemas que emergem”. (B) Certo – É o que fica bem evidente noseguinte trecho “cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham...carecem de poder suficiente para resolver os problemas que emergem”. (C)Certo – É o que fica bem evidente no seguinte trecho “Instala-se a ideia de5576/5805que a visibilidade de uma arma... tem mais potência que o diálogo ou osmecanismos de intervenção que a própria escola pode definir.”. (D) Certo – Éo que fica bem evidenciado no seguinte trecho: “Instala-se a ideia de que... apresença policial tem mais potência que o diálogo ou os mecanismos de intervençãoque a própria escola pode definir.”. (E) Errado – É justamente o que éposto em xeque. Com a presença de pessoas externas à escola para serviçosde segurança, cria-se a impressão de falta de autonomia por parte da direçãoescolar. Alternativa E.

10761. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Marque o item em que as palavras sublinhadas nas duas frases possuamo mesmo valor semântico:(A) “...tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência...”/ “a visibilidade de uma arma ou a presença policial tem mais potência que odiálogo...”.(B) “Precisamos compreender as origens e a razão das violências no interior doespaço escolar...” / “...para enfrentar a dimensão educacionalda violência social”.(C) “Precisamos compreender a origem e a razão das violências no interior do espaçoescolar para pensar soluções...” / “...quando as próprias tarefas de segurançadentro das instituições de segurança são transferidas para pessoasexteriores a ela...”.(D) “...num espaço que se define por uma especificidade...” / “Devemos contribuirpara que as escolas solucionem seus problemas...”.(E) “...cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes...” /“Estabelecer os limites da intervenção do agente policial é sempre complexo

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num espaço que se define por uma especificidade...”.RESPOSTA (A) Errado – A palavra “mais”, na primeira construção, possui valorde intensidade, modificando o adjetivo “recorrentes”; já a palavra “mais”,na segunda construção, possui valor de quantidade, modificando o substantivo“potência”. (B) Errado – Na primeira construção, dá-se a entender que há váriostipos de violência no ambiente escolar; já na segunda construção, faz-sereferência a um tipo específico de violência. (C) Errado – Na primeira construção,a preposição “para” dá a ideia de finalidade (transferida para quê?);já na segunda construção, a preposição “para” dá a ideia de posse (transferidapara quem?). (D) Errado – Na primeira construção, o “que” é pronome relativoe possui valor adjetivo restritivo; já na segunda construção, o “que” é5577/5805conjunção e estabelece relação de finalidade. (E) Certo – O “se”, presente nasduas construções, é partícula apassivadora e cria o efeito de impessoalizaçãoda linguagem. Alternativa E.

10762. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) A frase abaixo que apresenta voz verbal diferente das demais é:(A) “Programas de Convivência Escolar e outras alternativas têm demonstradoum enorme potencial...”.(B) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades etensões”.(C) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presençapolicial...”.(D) “...quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionaissão transferidas para pessoas exteriores a elas...”.(E) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foramdemonstrados”.RESPOSTA (A) A frase está na voz ativa, pois o sujeito “Programas de ConvivênciaEscolar e outras alternativas” é agente da ação verbal “demonstrar”.(B) A frase está na voz passiva analítica (verbo auxiliar + verbo principal noparticípio). Seu sujeito – A presença da polícia no contexto escolar – é pacienteda ação verbal “marcar”. (C) A frase está na voz passiva sintética(verbo principal + se). Seu sujeito – a ideia de que a visibilidade de uma armaou a presença policial – é paciente da ação verbal “instalar”. (D) A frase estána voz passiva analítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio). Seusujeito – as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionais– é paciente da ação verbal “transferir”. (E) A frase está na voz passivaanalítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio). Seu sujeito – osefeitos positivos desse tipo de iniciativa – é paciente da ação verbal “demonstrar”.Alternativa A.

10763. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foramdemonstrados. Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência.Precisamos compreender a origem e as razões da violência no interior doespaço escolar para pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las”.5578/5805Sobre a estrutura argumentativa desse parágrafo, pode-se dizer que:(A) os argumentos apresentados na defesa da tese se localizam no terreno dasopiniões pessoais;(B) a autoridade dos argumentos apresentados está ligada à experiência profissionaldo autor do texto;(C) a presença de certos argumentos mostra a necessidade de combaterem-se ascausas e não os efeitos da violência;(D) a opinião do autor é que devemos fazer pesquisas e experiências a fim de nãohaver o aprofundamento da violência;(E) segundo o autor, as soluções para os problemas detectados já foram encontradas,mas falta vontade política para aplicá-las.RESPOSTA (A) Errado – Segundo o texto, essas opiniões são endossadas porpesquisas e experiências na área de segurança pública e não se limitam ameras opiniões pessoais. (B) Errado – A autoridade dos argumentos se dá pelasua fonte – pesquisas e experiências na área de segurança pública –, e nãopropriamente pela experiência profissional do autor. (C) Certo – É o que ficabem explicitado no seguinte trecho: “...o ataque aos efeitos da violênciacostuma não diminuir sua existência. Precisamos compreender a origeme as razões da violência no interior do espaço escolar para pensarsoluções que não contribuam para aprofundá-las.”. (D) Errado – A opinião doautor é que devemos compreender as verdadeiras razões da violência,baseando-se nas diversas experiências já bem-sucedidas. Não se entende quedevamos experimentar sem antes de fato compreender as razões. (E) Errado –Segundo o autor do texto, ainda não conhecemos as verdadeiras razões da violência.Alternativa C.

10764. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteçãoàs crianças e aos jovens”. Se substituirmos o termo sublinhado por um pronomepessoal oblíquo átono, a forma correta da frase seria:(A) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção a elas ea eles.(B) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer-lhes proteção.(C) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer a eles proteção.(D) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção a eles,crianças e jovens.(E) A proposta parece ser a maneira mais elementar de lhes oferecer proteção àscrianças e aos jovens.5579/5805RESPOSTA É possível substituir o objeto indireto “às crianças e aos jovens”pelo pronome oblíquo “lhes”, resultando na construção A proposta parece ser amaneira mais elementar de oferecer-lhes proteção. Alternativa B.

10765. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “Nesse sentido, quando as próprias tarefas de segurança dentro dasinstituições educacionais são transferidas para pessoas exteriores a elas, cria-se a

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percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes ou carecem de podersuficiente para resolver os problemas que emergem”.Sobre os componentes sublinhados desse fragmento do texto, a única afirmativaEQUIVOCADA é:(A) o pronome pessoal “elas” se refere às pessoas anteriormente citadas;(B) a primeira ocorrência da preposição “de” é devida à presença anterior dotermo “percepção”;(C) a primeira ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente“adultos”;(D) a segunda ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente“problemas”;(E) a segunda ocorrência da preposição “de” é devida à presença anterior doverbo “carecer”.RESPOSTA (A) Errado – O pronome “elas” se refere a “instituições escolares”.(B) Certo – De fato, a preposição “de” é requisitada pela regência donome “percepção” (percepção de algo). (C) Certo – De fato, oprimeiro “que” é pronome relativo e retoma “adultos”. (D) Certo – De fato, osegundo “que” é pronome relativo e retoma “problemas”. (E) Certo – De fato,a preposição “de” é requisitada pela regência do verbo “carecer” (carecer dealgo). Alternativa A.

10766. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) O título dado ao texto – a polícia e a violência na escola – conduz auma discussão cuja solução é a seguinte:(A) “A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras”.(B) “Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas cotidianoscom a principal riqueza que elas têm: sua comunidade de alunos, docentes,diretivos e funcionários”.5580/5805(C) “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogoe da criatividade”.(D) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades etensões”.(E) “Estabelecer os limites da intervenção do agente policial é sempre complexonum espaço que se define por uma especificidade que a polícia desconhece”.RESPOSTA O texto julga como ineficaz as medidas de policiamento ostensivonas escolas. Elas geram falsas ilusões, atuando nos efeitos da violência, nãoem suas causas. A solução sugerida está nos programas de convivência escolar,comprovada no seguinte trecho: “Devemos contribuir para que as escolassolucionem seus problemas cotidianos com a principal riqueza que elas têm:sua comunidade de alunos, docentes, diretivos e funcionários”. Alternativa B.

10767. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Num comentário sobre o texto lido nesta prova, um leitor do jornalonde a polícia e a violência na escola foi publicado escreveu: “Apoio a medida delevar policiais à escola, pois assim os marginais não terão coragem de invadi-la”.Tal comentário:(A) apoia a opinião do autor do texto diante do problema discutido;(B) sugere uma nova medida para solucionar o problema da violência na escola;(C) contraria a opinião das autoridades policiais;(D) opõe-se frontalmente à opinião dos autores do texto;(E) critica as medidas até agora tomadas para combater a violência nas escolas.RESPOSTA O texto explicita opiniões contrárias à presença ostensiva de policiaisno ambiente escolar. Isso pode ser comprovado em alguns trechos,como “os efeitos positivos desse tipo de iniciativa [presença ostensiva da polícianos ambientes escolares] nunca foram demonstrados.” e “A presença dapolícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões.”. AlternativaD.

10768. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) “...a presença da polícia pode ser uma fonte de novos problemas”. Ofragmento do texto que NÃO serve de apoio para essa ideia é:(A) “...quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionaissão transferidas para pessoas exteriores a elas, cria-se a percepção deque os adultos que ali trabalham são incapazes...”.5581/5805(B) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policialtem mais potência que o diálogo...”.(C) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades etensões”.(D) “Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiais que estarão agoradentro das escolas,...”.(E) “Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando ointerior das escolas parecem brindar aquilo que desejamos para nossosfilhos”.RESPOSTA (A) Certo – A menção a pessoas exteriores é uma referência negativaà presença ostensiva de policiais no ambiente escolar. (B) Certo – Defato, trata-se de uma falsa ilusão, consequência da presença de policiais noambiente escolar. (C) Certo – De fato, trata-se de uma consequência negativadessa escolha de segurança. (D) Certo – Trata-se de um risco, que pode trazerproblemas na relação entre policiais e estudantes. (E) Errado – Essa declaraçãovai contra a tese presente no texto de que a presença da polícia noambiente escolar pode trazer problemas. Essa declaração se limita a afirmarque se trata de uma medida segura e confiável. Alternativa E.

10769. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Assinale a alternativa em que o valor do tempo verbal sublinhado foicorretamente indicado.(A) “Em alguns países, a presença da polícia dentro das escolas tem sido uma dasrespostas mais recorrentes...” / ação encerrada em tempo recente.(B) “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos” / ação habitualno passado.(C) “Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública...” / ação que se iniciou no passado e continua no presente.

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(D) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades etensões” / ação futura que se realizará na dependência de outra ação futura.(E) “Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiais...” / ação completamenterealizada no passado.RESPOSTA (A) Errado – A forma verbal “tem sido” faz referência a ações quetêm acontecido e que ainda continuam a acontecer. (B) Errado – A formaverbal “desejamos”, no presente do indicativo, tem noção atemporal (ou seja,independente do tempo), referindo-se a um hábito. (C) Errado – A formaverbal “evidenciam”, no presente do indicativo, tem noção atemporal (ou seja,5582/5805independente do tempo), referindo-se a uma definição. (D) Errado – A formaverbal “será marcada” corresponde a uma ação futura. No contexto, a realizaçãodessa ação não é dependente da concretização de outra. (E) Certo – Aforma verbal “foi oferecida”, com o auxiliar flexionado no pretérito perfeito doindicativo, corresponde a uma ação verbal já concluída no passado. AlternativaE.

10770. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) Em todas as alternativas abaixo, foram reescritas frases com a finalidadede eliminar a presença do vocábulo “não”, mas mantendo-se o sentido originaldo texto. A alternativa em que a reescritura ALTERA o sentido original é:(A) “...o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência” / oataque aos efeitos da violência costuma aumentar sua existência.(B) “...pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las” / pensarsoluções que sejam indiferentes a seu aprofundamento.(C) “Reproduzir essa lógica no interior da escola não é recomendável” / Reproduziressa lógica no interior da escola é desaconselhável.(D) “A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras” /para tornar as escolas mais seguras devemos deixar de lado a políticarepressiva.(E) “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogoe da criatividade. Não das armas”. / A ostentação das armas é o contrárioda escola, onde está a ostentação do saber, do conhecimento, do diálogoe da criatividade.RESPOSTA (A) Certo – Ocorre mudança de sentido, pois “não diminuir” nãonecessariamente significa “aumentar”. (B) Errado – A ideia de “não contribuir”encontra equivalência de sentido na construção “sejam indiferentes”. (C) Errado– A ideia de “não é recomendável” encontra equivalência de sentido naconstrução “desaconselhável”. (D) Errado – A ideia de “não é o caminho” encontraequivalência de sentido na construção “deixar de lado”. (E) Errado – Aideia de “Não das armas” encontra equivalência de sentido na construção “Aostentação das armas é o contrário da escola”. Alternativa A.

10771. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 –FEMPERJ) A alternativa cuja indicação gráfica está corretamente expressa é:(A) RIQUEZA – o sufixo -EZA forma substantivos abstratos a partir de adjetivos;5583/5805(B) CONHECIMENTO – o sufixo -MENTO forma substantivos a partir deadjetivos;(C) POLICIAL – o sufixo -AL forma adjetivos a partir de verbos;(D) PROTEÇÃO – o sufixo -ÇÃO forma adjetivos a partir de verbos;(E) DESCONFIANÇA – o sufixo -ANÇA forma substantivos a partir de adjetivos.RESPOSTA (A) Certo – Deriva RIQUEZA do substantivo RICO. Trata-se de umsubstantivo abstrato, cuja existência está restrita a uma qualidade. (B) Errado– O sufixo -MENTO forma substantivos a partir de verbos. É o que ocorre comCONHECIMENTO, derivado de CONHECER. (C) Errado – O sufixo -AL forma adjetivosa partir de substantivos. É o que ocorre com POLICIAL, derivado dePOLÍCIA. (D) Errado – O sufixo -ÇÃO forma substantivos a partir de verbos. Éo que ocorre com PROTEÇÃO, derivado de PROTEGER. (E) Errado – O sufixo -ANÇA forma substantivos a partir de verbos. É o que ocorre com CONFIANÇA,derivado de CONFIAR. Alternativa A.Rumo à civilização da religaçãoAnalistas, especialmente vindos da biologia, das ciências da Terra e dacosmologia, nos advertem que o tempo atual se assemelha muito às épocasde grande ruptura no processo da evolução, épocas caracterizadas porextinções em massa. Efetivamente, a humanidade se encontra diante deuma situação inaudita. Deve decidirse quer continuar a viver ou se escolhe sua autodestruição.O risco não vem de alguma ameaça cósmica – o choque de algum meteoroou asteroide rasante – nem de algum cataclismo natural produzido pelaprópria Terra – um terremoto sem proporções ou algum deslocamentofenomenal de placas tectônicas. Vem da própria atividade humana. O asteroideameaçador se chama homo sapiens demens, surgido na África hápoucos milhões de anos.Pela primeira vez no processo conhecido de hominização, o ser humano sedeu os instrumentos de sua autodestruição. Criou-se verdadeiramente umprincípio, o de autodestruição, que tem sua contrapartida,o princípio de responsabilidade. De agora em diante, a existência da biosferaestará à mercê da decisãohumana. Para continuar a viver, o ser humano deverá querê-lo. Terá quegarantir as condições de sua sobrevida. Tudo depende de sua própria responsabilidade.O risco pode ser fatal e terminal.Resumidamente, três são os nós problemáticos que, urgentemente, devemser desatados: o nó da exaustão dos recursos naturais não renováveis, o nóda suportabilidade da Terra (quanto de agressão ela pode suportar?) e onó da injustiça social mundial.5584/5805Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos. Apenasqueremos compartilhar e reforçar a convicção de muitos, segundo aqual a solução para os referidos problemas não se encontra nos recursosda civilização vigente. Pois o eixo estruturador desta civilização reside navontade de poder e de dominação. Assujeitar a Terra, espoliar ao máximoseus recursos, conquistar os povos e apropriar-se de suas riquezas, buscara prosperidade mesmo à custa da exploração da força do trabalho e da

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dilapidação da natureza: eis o sonho maior que mobilizou e continua mobilizandoo mundo moderno. Ora, esta vontade de poder e de dominaçãoestá levando a humanidade e a Terra a um impasse fatal. Ou mudamos ouperecemos.Temos que mudar nossa forma de pensar, de sentir, de avaliar e de agir.Somos urgidos a fazer uma revolução civilizacional. Sob outra inspiração ea partir de outros princípios mais benevolentes para com a Terra e seus filhose filhas. Por ela os seres humanos poderão salvar-se e salvar também oseu belo e radiante planeta Terra.Mais ainda. Esposamos a ideia de que os sofrimentos atuais possuem umasignificação que transcende a crise civilizacional. Eles se ordenam a algomaior. Revelam o trabalho de parto em que estamos, sinalizando o nascimentode um novo patamar de hominização. Estão surgindo os primeirosrebentos de um novo pacto social entre os povos e de uma nova aliança depaz e de cooperação com a Terra, nossa casa comum.Recusamo-nos à ideia de que os 4,5 bilhões de anos de formação da Terratenham servido à sua destruição. As crises e os sofrimentos se ordenam auma grande aurora. Ninguém poderá detê-la. De uma época de mudançapassamos à mudança de época. Estamos deixando para trás umparadigma que plasmou a história nos últimos quinze mil anos.(Adaptação de BOFF, Leonardo. O despertar da águia: o dia-bólico e o sim-bólicona construção da realidade. Petrópolis: Vozes, 1998).

10772. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2009 – FGV) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos, analise asafirmativas a seguir:I. Os três primeiros parágrafos em conjunto apresentam e descrevem o risco deautodestruição que acomete a humanidade.II. O quarto e o quinto parágrafos em conjunto apresentam os problemas e assoluções advindos do princípio de responsabilidade.III. O sexto, o sétimo e o oitavo parágrafos em conjunto advertem sobre a necessidadede mudança de paradigma e anunciam o início de novos tempos.5585/5805Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Correto. Vamos transcrever os três primeiros parágrafos paraanalisar: “Analistas, especialmente vindos da biologia, das ciências da Terra eda cosmologia, nos advertem que o tempo atual se assemelha muito às épocasde grande ruptura no processo da evolução, épocas caracterizadas porextinções em massa. Efetivamente, a humanidade se encontra diante deuma situação inaudita. Deve decidir se quer continuar a viver ou seescolhe sua autodestruição. O risco não vem de alguma ameaça cósmica –o choque de algum meteoro ou asteroide rasante – nem de algum cataclismonatural produzido pela própria Terra – um terremoto sem proporções ou algumdeslocamento fenomenal de placas tectônicas. Vem da própria atividade humana.O asteroide ameaçador se chama homo sapiens demens, surgido naÁfrica há poucos milhões de anos. Pela primeira vez no processo conhecido dehominização, o ser humano se deu os instrumentos de sua autodestruição.Criou-se verdadeiramente um princípio, o de autodestruição, que tem sua contrapartida,o princípio de responsabilidade. De agora em diante, a existênciada biosfera estará à mercê da decisão humana. Para continuar a viver, oser humano deverá querê-lo. Terá que garantir as condições de suasobrevida. Tudo depende de sua própria responsabilidade. O risco pode serfatal e terminal”. (II) Incorreto. Os parágrafos reforçam ainda mais a problemáticado princípio da autodestruição, e no final afirmam: ou mudamos ouperecemos. Há apenas esse reforço da gravidade do problema, sem haver, noentanto, proposições que visem a solucioná-lo. (III) Correto. Vamos analisaros parágrafos:Temos que mudar nossa forma de pensar, de sentir, de avaliar e de agir.Somos urgidos a fazer uma revolução civilizacional. Sob outra inspiraçãoe a partir de outros princípios mais benevolentes para com a Terra e seus filhose filhas. Por ela os seres humanos poderão salvar-se e salvar também oseu belo e radiante planeta Terra. Mais ainda. Esposamos a ideia de que os sofrimentosatuais possuem uma significação que transcende a crise civilizacional.Eles se ordenam a algo maior. Revelam o trabalho de parto em que estamos,sinalizando o nascimento de um novo patamar de hominização.Estão surgindo os primeiros rebentos de um novo pacto social entre os5586/5805povos e de uma nova aliança de paz e de cooperação com a Terra, nossa casacomum.Recusamo-nos à ideia de que os 4,5 bilhões de anos de formação da Terratenham servido à sua destruição. As crises e os sofrimentos se ordenam auma grande aurora. Ninguém poderá detê-la. De uma época de mudançapassamos à mudança de época. Estamos deixando para trás umparadigma que plasmou a história nos últimos quinze mil anos”. AlternativaD.As categorias da éticaA vida humana se caracteriza por ser fundamentalmente ética. Os conceitoséticos “bom” e “mau” podem ser predicados a todos os atos humanos, esomente a estes. Isso não ocorre com os animais brutos. Um animal queataca e come o outro não é considerado maldoso, não há violência entreeles.Mesmo os atos de caráter técnico podem ser qualificados eticamente.Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação do ser humano.Sob a perspectiva ética, o que importa nas ações técnicas não é a suatrama lógica, adequada ou eficiente para obter resultados, mas sim a qualificaçãoética desses resultados.A eficiência técnica segue regras técnicas, relativas aos meios, e não normaséticas, relativas aos fins. A energia nuclear pode ser empregada para obem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada paraalgum resultado, que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do

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ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio;mas o uso de energia nuclear, para ser considerado bom ou mau, devereferir-se aos fins humanos a que se destina.Vê-se, pois, que o plano ético permeia todas as ações humanas. Isso ocorreporque o homem é um ser livre, vocacionado para o exercício da liberdade,de modo consciente. Sem liberdade não há ética. A liberdade supõea operação sobre alternativas; ela se concretiza mediante a escolha, a decisão,a consciência do que se faz. Isso implica refugir à determinação unilinearnecessária, à determinação meramente causal. É a afirmação dacontingência, da multiplicidade. Diante da multiplicidade de caminhos anossa disposição, avaliamos e escolhemos.Na verdade, somos obrigados a escolher. Somos obrigados a exercer aliberdade. Assim, a decisão supõe a possibilidade e, paradoxalmente, a necessidadede estimar as coisas e as ações humanas para atender as nossasdemandas; supõe a avaliação de múltiplos fatores que perfazem uma situaçãohumana complexa. Aí, portanto, temos também compreendida a5587/5805esfera do valor. Não há liberdade sem valoração. Essa esfera, entretanto, émuito ampla, pois envolve não só o mundo da ética, mas também o dautilidade, da estética, da religião etc.Sob o ângulo especificamente ético, não haverá escolha, exercício da liberdade,definição ética quando não houver avaliação, preferência a respeitodas ações humanas. Eis por que na base da ética, como dissemos,encontram-se necessariamente a liberdade e a valoração; a ética só se põeno mundo da liberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.A escolha, a decisão, que é manifestação de nossa liberdade, só é possíveltendo por fundamento o mundo axiológico, tanto quanto este tem porcondição de possibilidade a liberdade. Não se pode estimar sem alternativaspossíveis.Na medida em que se escolhe, se avalia para obter a consciência do que épreferido. Ao escolher um caminho, pondera-se que, de algum modo ousob algum prisma, é o melhor em relação a outro; o caminho escolhidomata outras possibilidades. Na escolha não pode haver indiferença. Ela estádirigida à ação, à exteriorização, à tomada de posição. Isto significa quea escolha, a decisão, nos leva à determinação normativa ou imperativa deuma via em detrimento de outra.O mundo oferece resistências e determinações necessárias e, por meiodestas, as ações éticas se realizam precisamente enquanto as contrariam.As ações éticas brilham justamente quando se opõem às tendências “naturais”do homem. Assim, a liberdade não só se contrapõe à necessidade,como sua negação, mas também existe em função desta. Não há liberdadesem necessidade. Não há ética sem impulsão, sem desejo. A melhor provada liberdade é o esforço de superação da necessidade, afirmando-a enegando-a dialeticamente, a um só tempo. Então, o mundo ético só é possívelno meio social, no bojo das determinações sociais.O fenômeno ético não é um acontecimento individual, existente apenas noplano da consciência pessoal. Isso porque o ente singular do homem só semanifesta, como ser autêntico, em suas relações universais com a sociedadee com a natureza. Esse fenômeno é resultante de relações sociais ehistóricas, compreendendo também o mundo das necessidades, danatureza. A ética só existe no seio da comunidade humana.Os homens ou grupos de homens que controlam a produção e os meios decirculação econômica dos bens possuem maior liberdade do que aquelesque não têm o poder desse controle. Por aí se vê também que a liberdade ea ética não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos; elas têmsempre dimensões sociais, históricas e objetivas.5588/5805Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político para se obter umadistribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer dentro dascomunidades, quer entre as comunidades. Na verdade existe uma éticasobre a ética, uma metaética. A metaética é utópica, crítica, subversiva etranscende as condições mais imediatas da vida social. No entanto, elaprecisa ser possível no mundo dos fatos sociais, sob pena de se perdercomo uma utopia de meros sonhos.(Adaptado de ALVES, Alaôr Caffé. In: www.centrodebate.org).

10773. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) A partir da tese defendida pelo autor, é correto afirmar que:(A) a ética é condicionante da existência humana e fundamenta qualquer tipo deação que envolva uma escolha entre “certo” e “errado”.(B) o conceito de ética aplica-se sobretudo aos seres humanos que praticam atosde natureza técnica e atuam profissionalmente.(C) a violência entre animais brutos decorre da inexistência de uma noção éticaque regule suas relações.(D) as noções de “bom” e “mau” estão na base das organizações sociais, sejamelas humanas ou não.(E) o princípio ético que orienta os atos técnicos está menos nos seus resultados emais na própria concepção desses atos.RESPOSTA (A) Certo – No parágrafo de abertura, o autor esclarece que “osconceitos éticos ‘bom’ e ‘mau’ podem ser predicados a todos os atos humanos(...)”, enfim, o ser humano está apto a separar o certo do errado. E conclui noquarto parágrafo que “(...) o plano ético permeia todas as ações humanas.”.(B) Errado – Parafraseando o texto, os princípios éticos permeiam todos osâmbitos de ações humanas, até mesmo os de natureza técnica ou profissional.Não significa, assim, que estes últimos se destaquem frente aos demais. A expressão“até mesmo” enfatiza a inclusão, e não a relevância. (C) Errado – Segundoo texto, no primeiro parágrafo, não existe violência entre os animaisbrutos, pois inexistem para estes os conceitos de “bom” e “mau”. (D) Errado –Segundo o texto, os conceitos de “bom” e “mau” somente se aplicam às relaçõeshumanas. (E) Errado – No trecho “A eficiência técnica segue regras técnicas,relativas aos meios, e não normas éticas, relativas aos fins.”, fica evidenteque os princípios éticos se concentram mais nos resultados (fins) do quenos meios. Alternativa A.5589/5805

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10774. (Auditor Fiscal da Receita Estadual– SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Com relação aos terceiro e quarto parágrafos, analise as afirmativasa seguir.I. O objetivo principal do terceiro parágrafo é conceituar regras técnicas e normaséticas.II. O plano do terceiro parágrafo inclui uma exemplificação para sustentar a teseanteriormente explicitada.III. O início do quarto parágrafo apresenta uma conclusão acerca das ideias apresentadasno terceiro.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Falsa – O objetivo central do texto é defender a seguinte tese:“A eficiência técnica segue regras técnicas, relativas aos meios, e não normaséticas, relativas aos fins.”. Até se trabalham sutilmente os conceitos de “regrastécnicas” e “normas éticas”, mas a serviço do objetivo principal. (II) Verdadeira– A exemplificação do emprego da energia nuclear serve para diferenciara regra técnica da norma ética, evidenciando, dessa forma, que a eficiênciatécnica leva em consideração a primeira em detrimento da segunda. (III)Verdadeira – Isso fica bem evidente com o emprego da conjunção “pois”, posicionadaapós o verbo (Vê-se, pois, que...). Trata-se de uma conjunção conclusiva,equivalente a “portanto”. Alternativa E.

10775. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) A escolha, a decisão, que é manifestação de nossa liberdade, sóé possível tendo por fundamento o mundo axiológico.Considerando o contexto da frase, o vocábulo sublinhado tem significado equivalentea:(A) das normas.(B) dos mercados.(C) dos indivíduos.(D) das liberalidades.5590/5805(E) das verdades.RESPOSTA De acordo com a definição dicionária, “axiológico” está relacionadoa “axioma”, ou seja, a algo que deve ser tomado como regra, norma, eque não requer comprovações. Diz respeito às normas morais que devemreger a escolha dos indivíduos. Essa acepção se distancia das expressões “dosmercados”, pois esta se refere unicamente ao mundo dos negócios; “dos indivíduos”,pois as normas éticas são de cunho coletivo, e não individual; “dasliberdades”, pois o texto regulamenta o exercício das liberdades individuais pormeio das normas éticas; por fim, “das verdades”, já que o processo de escolhaé pautado por aquilo que representa a melhor opção do ponto de vista ético,não tendo uma relação necessariamente restrita ao conceito de verdade. AlternativaA.

10776. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Da compreensão adequada de conceitos apresentados pelo texto,analise as afirmativas a seguir.I. O senso comum de liberdade é reconstruído e passa a incluir a noção de quenem todos são livres na mesma medida.II. O conceito de ética fundamenta-se numa perspectiva naturalista e põe em segundoplano seu viés social.III. As ideias de liberdade e obrigação não são concepções excludentes; ao contrário,envolvem implicação necessária.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeira – De acordo com o texto, a ideia de que todos sãoigualmente livres não é verdade. Isso fica bem evidente no trecho: “Os homensou grupos de homens que controlam a produção e os meios de circulaçãoeconômica dos bens possuem maior liberdade do que aqueles que nãotêm o poder desse controle.”. (II) Falsa – Essa afirmativa é contradita naseguinte passagem do texto: “O fenômeno ético não é um acontecimentoindividual, existente apenas no plano da consciência pessoal. Isso porque oente singular do homem só se manifesta, como ser autêntico, em suasrelações universais com a sociedade e com a natureza.”. Dessa forma,5591/5805só faz sentido se falar em ética quando esta é abordada sob um ponto de vistacoletivo, social. (III) Verdadeira – De acordo com o texto, somos obrigados abuscar a liberdade e a escolher. Dessa forma, os termos “obrigação” e“liberdade” se relacionam entre si por meio de uma implicação. Alternativa D.

10777. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou para omal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, quelhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valerpela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para serconsiderado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativacujo pronome não se refere à expressão energia nuclear:(A) ela.(B) lhe.(C) si.(D) sua.(E) que.RESPOSTA O pronome relativo “que” retoma o antecedente “fins humanos”(... se destina aos fins humanos). Já os demais pronomes de terceira pessoa –

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ela, lhe, si e sua – referem-se a “energia nuclear”. Alternativa E.

10778. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Sob o ângulo especificamente ético, não haverá escolha, exercícioda liberdade, definição ética quando não houver avaliação, preferência a respeitodas ações humanas. Eis por que na base da ética, como dissemos,encontram-se necessariamente a liberdade e a valoração; a ética só se põe nomundo da liberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.Com relação à estrutura e à compreensão do trecho transcrito, é correto afirmarque:(A) a grafia de por que justifica-se por se tratar, morfologicamente, de uma conjunçãosubordinativa explicativa.(B) a oração como dissemos é do tipo intercalada e expressa uma retificação aoque foi dito.(C) as palavras escolha e exercício classificam-se sintaticamente como núcleos desujeito.5592/5805(D) o deslocamento do vocábulo só para a posição anterior ao artigo a não alterao sentido original da frase.(E) a conjunção quando introduz uma oração que exprime condição para a realizaçãodo fato anteriormente expresso.RESPOSTA (A) Errado – A grafia “por que” se justifica por este introduzir umainterrogativa indireta – “Eis por que... encontram-se necessariamente a liberdadee a valoração”. É possível substituir a forma “por que” por “por quemotivo”, ficando, assim, mais evidente a indagação indireta. (B) Errado – Nãohá uma retificação (correção), e sim uma ratificação (confirmação) do que foidito antes. (C) Errado – Os termos “escolha” e “exercício” se classificam comoobjetos diretos do verbo impessoal “haver”. (D) Errado – Muda-se o sentidocom essa alteração. Originalmente se diz que a ética está presente apenas nomundo da liberdade. Com a alteração, dá-se a entender que somente a éticaestá presente no mundo da liberdade. (E) Certo – Embora seja costumeiramenteempregada com valor temporal, a conjunção “quando” introduz umaideia de condição, equivalendo a “se”, “caso”. Alternativa E.

10779. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Quanto à estrutura e formação do vocábulo metaética, é corretoafirmar que:(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero feminino.(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra“metafísica”.(D) apresenta uma vogal de ligação -a, necessária em razão do hífen.(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.RESPOSTA A palavra metaética é formada pela junção do prefixo “meta” –que significa “além de” – com o radical formador da palavra “ética”. Assim,temos um processo de derivação prefixal. Não se pode confundir com o processode composição, uma vez que este exige a união de dois radicais, o quenão é o caso da palavra metaética. Alternativa C.

10780. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) De acordo com o contexto, observa-se emprego não literal de vocábuloou expressão em:(A) Isso não ocorre com os animais brutos.5593/5805(B) supõe a avaliação de múltiplos fatores.(C) Na escolha não pode haver indiferença.(D) o caminho escolhido mata outras possibilidades.(E) O fenômeno ético não é um acontecimento individual.RESPOSTA Entende-se por linguagem literal aquela que deve ser entendidaao “pé da letra”, ou seja, trata-se da linguagem denotativa. Já a linguagemnão literal, ou conotativa, diz respeito àquela em que o sentido empregadodifere do literal. No caso da letra D, o vocábulo “mata” não está empregado noseu sentido dicionário – tirar a vida de um ser. Esse vocábulo é empregado nosentido de “elimina”. Alternativa D.

10781. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Na medida em que se escolhe, se avalia para obter a consciênciado que é preferido. Ao escolher um caminho, pondera-se que, de algum modo ousob algum prisma, é o melhor em relação a outro; o caminho escolhido mataoutras possibilidades.Na escolha não pode haver indiferença.Com relação à forma e à significação do trecho acima, analise as afirmativas aseguir.I. A oração reduzida Ao escolher um caminho informa circunstância de tempo.II. A locução na medida em que poderia ser substituída, sem prejuízo da estruturae do sentido, por à medida que.III. Nas duas ocorrências, a partícula se é analisada como parte integrante doverbo.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeira – A oração “Ao escolher um caminho” é adverbialtemporal reduzida de infinitivo. Desenvolvida, poderia ser escrita da seguinteforma: “Quando se escolhe um caminho”. (II) Verdadeira – A locução conjuntiva“Na medida em que” é empregada com sentido causal, porém, no contexto,assume valor proporcional. Assim, faz sentido substituí-la pela locuçãoadequada para esse sentido: “à medida que”. (III) Falsa – Nas aparições “se5594/5805escolhe (algo)”, “se avalia (algo)” e “pondera-se (algo)”, o “se” desempenhapapel de partícula apassivadora. Alternativa D.

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10782. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Dos trechos transcritos do texto, assinale aquele em que se poderiaempregar opcionalmente o acento indicativo de crase.(A) Preferência a respeito das ações humanas.(B) Diante da multiplicidade de caminhos a nossa disposição.(C) Na verdade, somos obrigados a escolher.(D) Podem ser predicados a todos os atos humanos.(E) Não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos.RESPOSTA (A) Errado – Como a palavra “respeito” é substantivo masculino,não se admite o emprego da crase em “a respeito”. (B) Certo – Antes de pronomespossessivos femininos, é facultativo o emprego da crase. As construções“a nossa disposição” e “à nossa disposição” são admitidas. (C) Errado– Não se emprega a crase antes de verbos. Assim, não se admite o seuemprego em “a escolher”. (D) Errado – Os pronomes indefinidos repelem oartigo definido. Assim, não se admite crase em “a todos”. (E) Errado – Não seemprega crase antes de substantivos masculinos (no caso, “fenômenos”). AlternativaB.

10783. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Os homens ou grupos de homens que controlam a produção e osmeios de circulação econômica dos bens possuem maior liberdade do queaqueles que não têm o poder desse controle.Assinale a alternativa em que se apresenta correta a reescrita do trecho acimaquanto ao padrão escrito culto e ao sentido construído.(A) Os homens ou grupos de homens cujo o controle da produção e dos meios decirculação econômica dos bens é maior possuem mais liberdade do queaqueles que não tem o poder de controlá-lo.(B) Os homens ou grupos de homens que o controle da produção e dos meios decirculação econômica dos bens é maior possuem mais liberdade do que osque não têm o poder de o controlar.(C) Os homens ou grupos de homens para os quais o controle da produção e dosmeios de circulação econômica dos bens é mais livre possuem mais liberdadedo que aqueles que não tem aquele poder.5595/5805(D) Os homens ou grupos de homens cujo controle da produção e dos meios decirculação econômica dos bens é maior possuem mais liberdade do que osque não têm esse poder de controle.(E) Os homens ou grupos de homens com controle da produção e dos meios decirculação econômica dos bens maiores possuem mais liberdade do que osque não têm o poder de controlar isto.RESPOSTA (A) Errado – A construção “cujo o” é inadequada, uma vez que oartigo é repelido por esse pronome relativo. Em vez da forma “tem” – semacento –, deve-se grafar a forma “têm” – com acento –, para que haja concordânciacom o sujeito “aqueles”. Além disso, deve-se empregar a flexão “os”(controlá-los), para que haja a concordância com os referentes “produção” e“meios de circulação econômica”. (B) Errado – Em vez do pronome relativo“que”, devemos empregar a forma “cujo” – “Os homens ou grupos de homenscujo controle” –, uma vez que este pronome relativo é o indicado para relaçõesde posse. Além disso, deve-se empregar a flexão “os” (os controlar),para que haja a concordância com os referentes “produção” e “meios de circulaçãoeconômica”. (C) Errado – Em vez da forma “tem” – sem acento –, devesegrafar a forma “têm” – com acento –, para que haja concordância com osujeito “aqueles”. (D) Certo. (E) Errado – Em vez de “maiores”, deve-se usar“maior”, para que haja a concordância com o substantivo “controle”. Alémdisso, deve-se empregar o pronome demonstrativo “isso”, em vez de “isto”,pois há referência a algo já citado no texto. Alternativa D.

10784. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Vê-se, pois, que o plano ético permeia todas as ações humanas.Com relação à frase transcrita e à análise sintática tradicional, considere as afirmativasa seguir.I. O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e presta-se a articular a oraçãosubjetiva ao núcleo verbal que a subordina.II. A forma verbal vê-se está na voz ativa e seu sujeito recebe a classificação desujeito indeterminado.III. O período estrutura-se por coordenação, sendo a segunda oração coordenadasindética conclusiva introduzida pela conjunção pois.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.5596/5805(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeira – Temos uma oração principal – Vê-se – e uma oraçãosubordinada substantiva subjetiva (função sintática de sujeito) – que oplano ético permeia todas as ações humanas. A conjunção “que” é, portanto,subordinativa integrante. (II) Falsa – A forma verbal “Vê-se” está na voz passivasintética. (Vê-se algo = Algo é visto). O seu sujeito é oracional – que oplano ético permeia todas as ações humanas. (III) Falsa – Trata-se de um períodocomposto por coordenação e por subordinação. Temos uma oração principale, ao mesmo tempo, coordenada sindética conclusiva “Vê-se” e uma oraçãosubordinada substantiva subjetiva – “que o plano ético permeia todas asações humanas.”. Alternativa A.

10785. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) O advérbio Aí, no quinto parágrafo, refere-se ao processo compreendidonas etapas assim apresentadas pelo autor.(A) situação humana / múltiplos fatores / demandas(B) liberdade / decisão / avaliação(C) decisão / possibilidade / liberdade(D) decisão / possibilidade / avaliação(E) múltiplos fatores / demandas / ações humanasRESPOSTA Seguindo a ordem adotada no texto, o autor defende que a decisão

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de escolha deve envolver a possibilidade (e, ao mesmo tempo, a necessidade)de se estimar pessoas ou coisas e a avaliação de inúmerosfatores. Ou seja, podemos concluir que o processo resumido pelo advérbio “Aí”é descrito pela sequência decisão-possibilidade (e necessidade) de estimar –avaliação de inúmeros fatores. Dessa forma, temos na letra D a resposta. Observemosque a letra C até se aproxima da sequência, porém “liberdade” é decorrênciade “valor”, que, por sua vez, é consequência do processo retomadopelo advérbio “Aí”. Alternativa D.

10786. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Da leitura do quarto parágrafo, deduz-se que o autor:(A) afirma-se perplexo ante a unilateralidade das escolhas.(B) contraria a ideia de liberdade como ação racionalmente concebida.(C) opõe-se à aceitação do determinismo como fonte das ações humanas.(D) defende a vocação como forma de realização pessoal.5597/5805(E) situa na determinação causal a origem da infelicidade humana.RESPOSTA (A) Errado – O autor, em nenhum momento, transparece perplexidade.O seu ponto de vista é defendido de maneira harmônica e racional. (B)Errado – O autor afirma que a liberdade se concretiza a partir da consciênciadaquilo que se faz, ou seja, supõe que a liberdade seja resultado de um raciocíniode escolha. (C) Certo – A determinação unilinear e a mera determinaçãocausal são insuficientes, segundo o autor, para que concretizemos aliberdade de escolha e de avaliação. (D) Errado – O autor não se concentra emaspectos de realização nem de vocação pessoal. Sua análise se concentra emaspectos gerais, ligados às escolhas humanas. (E) Errado – Não se cita noparágrafo uma relação entre a determinação causal e a infelicidade. AlternativaC.

10787. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Mesmo os atos de caráter técnico podem ser qualificados eticamente.Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação do ser humano.Sob a perspectiva ética, o que importa nas ações técnicas não é a sua trama lógica,adequada ou eficiente para obter resultados, mas sim a qualificação éticadesses resultados.No trecho acima, está implícita uma posição contrária à concepção de neutralidadeatribuída aos atos de caráter técnico. O instrumento linguístico que permite aconstrução desse implícito é o emprego do vocábulo:(A) qualificados.(B) limitação.(C) mesmo.(D) não.(E) mas.RESPOSTA Das opções de termos apresentadas, a que quebra a ideia deneutralidade é a letra C. O termo “Mesmo” reforça a inclusão dos atos decaráter técnico no grupo de ações humanas que são passíveis de avaliaçãocom base em critérios éticos. Alternativa C.

10788. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Nas alternativas a seguir, ambas as expressões servem essencialmenteà articulação sequencial das ideias do texto, à exceção de uma. Assinalea.5598/5805(A) pois / porque (4º parágrafo).(B) assim / entretanto (5º parágrafo).(C) quando / eis por que (6º parágrafo).(D) mas também / então (9º parágrafo).(E) por aí / sempre (11º parágrafo).RESPOSTA Todos os termos apresentados nas letras A, B, C e D contribuempara a progressão textual, estabelecendo coesão entre as partes que compõemo texto. Já na letra E, a expressão “por aí” desempenha função coesiva,mas o mesmo não pode ser dito do advérbio “sempre”. Este apenas funcionacomo um modificador da ação verbal, não exercendo, assim, papel coesivo. Asua ausência apenas alteraria o sentido da ação verbal, mas não afetaria acontinuidade entre as partes do texto. Alternativa E.

10789. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político para seobter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer dentro dascomunidades, quer entre as comunidades.Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho mantém o padrão escritoculto e o sentido proposto pelo autor.(A) Existe, assim, um grande esforço, um esforço ético-político a fim de que seobtenha uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, seja dentrodas comunidades, seja entre as comunidades.(B) Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político afim de se obter umadistribuição igualitária dos direitos entre os homens, ora dentro dascomunidades, ora entre as comunidades.(C) Tem, assim, um grande esforço, um esforço ético-político em obter uma distribuiçãoigualitária dos direitos entre os homens, ou dentro das comunidades,ou entre as comunidades.(D) A, desta feita, um grande esforço, um esforço ético-político para obtenção deuma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer dentro dascomunidades, quer entre as comunidades.(E) Existem, entretanto, um grande esforço, um esforço ético-político por obteruma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, mais dentro dascomunidades que entre as comunidades.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – Deve-se empregar a construção “a fim de”– locução conjuntiva final – em vez da grafia errada “afim de”. Além disso, a5599/5805construção “ora... ora” exprime ideia de alternância, de exclusão, o que contrariao sentido original de simultaneidade. (C) Errado – De acordo com opadrão formal, não se emprega o verbo “ter” no sentido de “haver”. Alémdisso, a construção “ou... ou” exprime ideia de alternância, de exclusão, o quecontraria o sentido original de simultaneidade. (D) Errado – Em vez de “A”,deve-se empregar a forma verbal “Há”, flexão do verbo “haver”. (E) Errado –

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Deve-se empregar a forma verbal “Existe” – no singular –, para que haja concordânciacom o sujeito “esforço”. Além disso, a conjunção “entretanto” temvalor semântico de oposição, diferente da conjunção “assim”, de caráter conclusivo.A expressão “mais... do que” traz uma ideia de superioridade que nãoconsta na redação original. Alternativa A.

10790. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2010 – FGV) Na frase do 4º parágrafo do texto “A liberdade supõe a operaçãosobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado corretamente.Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma verbal.(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa.(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigmacientífico.RESPOSTA A forma verbal “se disporem” está incorretamente conjugada. Porse tratar do futuro do subjuntivo da forma verbal “dispor-se”, devemosempregar a flexão “se dispuserem”. Alternativa D.Corrupção, ética e transformação social1Em toda História do Brasil, talvez nunca tenhamos visto um momento em quenotícias de corrupção tenhamsido tão banais nos meios de comunicação, e tão discutidas por grandeparte da população. Em qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, porexemplo), sempre há alguém falando sobre a crise na saúde, a crise naeducação e, inclusive, a crise ética na política brasileira.5Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto cidadãos, nósmesmos raramente decidimosfazer alguma coisa pela transformação da realidade – isso, quandofazemos algo. Certo comodismo nos toma5600/5805de assalto e reveste toda a nossa fala de uma moral vazia, estéril, que se reduzà crítica que não busca alterara realidade. Afinal de contas, em época de eleições, como a que estamosprestes a vivenciar, nós notamos nas propagandas políticas dos partidos apresença dos mesmos políticos e das mesmas propostas políticas, as10mesmas já prometidas nas eleições anteriores, e que jamais foram executadas.Logicamente há as exceçõesde certos governantes que fazem por onde efetivar suas promessas, masesses, infelizmente, continuam sendo uma minoria em todo o Brasil.Numa outra perspectiva, é interessante perceber também quão contraditóriaconsiste ser a distância entre o que nós criticamos em nossospolíticos e as ações que nós reproduzimos em nosso cotidiano. De umaforma ou de15outra, reproduzimos a corrupção que nós percebemos na administraçãopública nacional quando empregamoso chamado jeitinho brasileiro, em que o peso de um sobrenome ou o pesoda influência do status socialpassa a ser um dos elementos determinantes para a obtenção de certosfins. É nesse sentido que podemos apontar aqui um grave problema socialbrasileiro, uma das principais bases para se buscar o fim dacorrupção política no Brasil: a existência de uma ética baseada em umafalta de ética. Como poderemos20superar essa incongruência?Com certeza, a Educação pode ser a saída ideal. Mas tem de ser uma Educaçãovoltada para desenvolvernas crianças, nos jovens e até mesmo nos universitários – independentementede frequentarem instituições públicas ou privadas – uma preocupaçãopara com o bem público, isto é, para com a sociedade. UmaEducação que os leve a superar uma concepção de mundo utilitarista, segundoa qual toda sociedade25humana não passa de um somatório de indivíduos e seus interesses pessoais,que tão bem se acomodaao jeitinho brasileiro, será o primeiro passo para se desenvolver uma sociedademais justa, uma sociedadeem que a preocupação com o público, com o coletivo, será a forma idealpara buscar a felicidade individual,que tanto preocupa certos conservadores.Para tanto, sabemos que é preciso não uma “educação política”, mas simuma educação politizada. Uma5601/580530educação que reconheça que a solução para a corrupção centra-se em concebera política não apenas comoum instrumento para se alcançar um determinado fim, consolidando-se,portanto, numa mera razão instrumental. Uma educação na qual a própriapolítica, a partir do momento em que buscar ser de fatoum meio para se alcançar o bem de todos – como ao que se propõe onosso modelo democrático –,vai estruturar uma ética que localizará no comodismo e no jeitinhobrasileiro as raízes de nosso35analfabetismo político, substituindo-os por outras formas de ação social aolongo da construçãode uma cultura cívica diferente.(adaptado de MOREIRA, Moisés S. In www.mundojovem.com.br).

10791. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:(A) A concepção de democracia no Brasil inclui, contraditoriamente, a razão instrumentalcomo filosofia.(B) O fato de fazermos uso do jeitinho como instrumento é uma das evidênciasde nosso analfabetismo político.(C) O conceito de Educação politizada implica a negação do modelo de civismoem voga na sociedade atual.

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(D) A ideia de justiça social deve ter como corolário a noção de que a felicidadede um é a felicidade de todos.(E) A equivalência entre bem público e sociedade é um dos pontos de partidapara o sucesso da educação pública.RESPOSTA (A) Certo – O autor rejeita o emprego da política como unicamenteum instrumento para se alcançar um determinado fim. Dessa forma,deixa claro que o brasileiro associa o conceito de democracia a uma razãomeramente instrumental. (B) Certo – O autor considera o jeitinho brasileirouma manifestação de corrupção, incoerente com as reivindicações em prol daética no período de eleições. (C) Certo – O autor critica a forma de civismo adotadapelos brasileiros, que ainda privilegia o jeitinho brasileiro. (D) Certo – Édefendida a ideia de uma sociedade que se preocupe com o público, o coletivo.(E) Errado – Essa ideia engloba todas as esferas de educação, independentede instituições públicas ou privadas. Alternativa E.5602/5805

10792. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos, analise as afirmativasa seguir:I. O primeiro parágrafo introduz o tema, situando historicamente a origem dacorrupção no Brasil.II. O terceiro parágrafo opõe a capacidade de criticar o outro à incapacidade deobservar a própria forma de agir.III. Do quinto parágrafo deduz-se que uma educação politizada ensina que osfins não justificam os meios.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Falsa – Não se fala no parágrafo da origem histórica da corrupçãono Brasil. Apenas se afirma que ela tem sido bem mais comentada doque antes. (II) Verdadeira – Compara-se o comportamento do brasileiro noperíodo de eleições, que reivindica a ética por parte dos políticos, com as atitudesdo dia a dia, que privilegiam o jeitinho brasileiro. (III) Verdadeira – Oautor defende que a política não se resume a um conjunto de instrumentospara a busca de um determinado fim. Alternativa D.

10793. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Com relação aos processos de formação de palavras, analise as afirmativasa seguir:I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir doradical alfabet-.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.5603/5805RESPOSTA (I) Falsa – O sufixo – inho é marca de diminutivo pejorativo. (II)Falsa – Trata-se de um processo de derivação, com acréscimos de sufixos (útil– utilitário – utilitarista). (III) Verdadeira – Acrescentaram-se o prefixo -a(n) eo sufixo -ismo. Alternativa C.

10794. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) O emprego correto da vírgula verifica-se apenas em:(A) A educação, saída ideal para diversos problemas sociais, requer empenhocoletivo, e a sociedade deve oferecê-lo.(B) A administração do dinheiro público que é bem de todos, precisa ser controlada,e regulada por leis adequadas.(C) Embora sejam instrumentos democráticos as leis não garantem a ética nagestão pública, fato incontroverso no Brasil.(D) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos sofreriam sançõesdiariamente.(E) O tempo não para, as transformações sociais são urgentes mas há quem nãoperceba, que isso é evidente.RESPOSTA (A) Certo – O termo “saída ideal para diversos problemas sociais”é um aposto e, portanto, deve ser isolado por vírgulas. Já a vírgula antes do“e” aditivo é facultativa e se justifica pelo fato de serem diferentes os sujeitosdas orações conectadas por essa conjunção. (B) Errado – Deveria haver umavírgula depois de “público”, para isolar a oração explicativa “que é bem de todos”.Além disso, está equivocada a vírgula antes do “e” aditivo, uma vez queo sujeito das orações conectadas por essa conjunção é o mesmo. (C) Errado –Deveria haver uma vírgula depois de “democráticos”, para isolar a oração adverbialdeslocada da ordem direta “Embora sejam instrumentos democráticos”.(D) Errado – A vírgula depois de “claro” deveria ser posicionada depois de“que”, para isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta “se fôssemoslevar a lei ao pé da letra”. (E) Errado – Deveria haver uma vírgula antes daconjunção adversativa “mas”. Além disso, é equivocado o emprego da vírguladepois de “perceba”, visto que ela está isolando a oração principal – perceba –da oração subordinada substantiva objetiva direta – que isso é evidente. AlternativaA.5604/5805

10795. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) De acordo com a norma gramatical, o item em que se substituiu corretamenteo complemento verbal sublinhado por um pronome é:(A) buscar a felicidade individual / buscar-la.(B) preocupa certos conservadores / preocupa-lhes.(C) localizará as raízes de nosso analfabetismo político / localizará elas.(D) sabemos que é preciso uma educação politizada / sabemo-lo.

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(E) tenhamos visto um momento / tenhamos-no visto.RESPOSTA (A) Errado – O pronome oblíquo “a” é o indicado para substituir otermo grifado, que é um objeto direto. Como “buscar” tem no final “r”, aforma resultante é “buscá-la”. (B) Errado – O pronome oblíquo “os” é o indicadopara substituir o termo grifado, que é um objeto direto. A forma resultanteé “preocupa-os”. (C) Errado – O pronome oblíquo “as” é o indicado parasubstituir o termo grifado, que é um objeto direto. Como a forma verbal estáno tempo futuro, é necessário empregar a mesóclise nesse caso, resultando naforma “localizá-las-á”. (D) Certo. (E) Errado – O pronome oblíquo “o” é o indicadopara substituir o termo grifado, que é um objeto direto. Como não seadmite ênclise depois de particípio, devemos posicionar o pronome enclítico aoverbo auxiliar “tenhamos”. Como este tem final “s”, a forma resultante é“tenhamo-lo visto”. Alternativa D.

10796. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) A conjunção Contudo (linha 5) conecta:(A) a oração subordinada aditiva à oração principal: sempre há alguém falando.(B) os parágrafos um e dois, introduzindo valor de consequência entre os fatos.(C) os parágrafos um e dois, apresentando uma conclusão acerca do que se disse.(D) a oração subordinada subjetiva à principal: é preciso notar.(E) os parágrafos um e dois, informando contraste entre as ideias expostas.RESPOSTA A conjunção “Contudo” é coordenada adversativa. Nesse caso, estásendo empregada para conectar o 1º e o 2º parágrafos do texto, estabelecendoentre as ideias neles expostas uma relação de oposição ou contraste.Alternativa E.5605/5805

10797. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) De acordo com a norma-padrão, o pronome relativo está corretamenteempregado na seguinte alternativa:(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – A forma verbal “se identifica” solicita aregência da preposição “com” (identificar-se com algo, com alguém). Assim,deve-se posicioná-la antes do pronome relativo, resultando nas construções“características com que um povo se identifica” ou “características com asquais um povo se identifica”. (C) Errado – O pronome relativo “cujo” e suasvariações repelem o artigo definido posicionado após. (D) Errado – A construção“se tem conhecimento” exige a regência da preposição “de” (tem-seconhecimento de algo). Assim, deve-se posicioná-la antes do pronome relativo,resultando na construção “poemas nacionalistas dos quais se tem conhecimento”ou “poemas nacionalistas de que se tem conhecimento”. (E) Errado –O pronome “cujo” e suas variações devem ser acompanhados necessariamentepor substantivo. Alternativa A.

10798. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Na frase “as ações que nós reproduzimos em nosso cotidiano”, a regênciado verbo em destaque é a mesma de:(A) Alguns atribuem valor positivo ao famoso jeitinho.(B) Essa crítica, sem dúvida, cabe a todos os brasileiros.(C) Prefiro oposição inteligente a adesões inseguras.(D) Sem dúvida, a noção de civismo está na pauta de debates.(E) O comodismo contamina o indivíduo cansado de lutar em vão.RESPOSTA A forma verbal “reproduzimos” é transitiva direta e tem comocomplemento – objeto direto – o termo “ações”. (A) Errado – O verbo“atribuir” está sendo empregado como transitivo direto e indireto e tem comocomplementos “valor positivo” – objeto direto – e “ao famoso jeitinho” – objetoindireto. (B) Errado – O verbo “caber” é transitivo indireto e tem como5606/5805complemento – objeto indireto – o termo “a todos os brasileiros”. (C) Errado –O verbo “preferir” é transitivo direto e indireto e tem como complementos“oposição inteligente” – objeto direto – e “a adesões inseguras” – objeto indireto.(D) Errado – O verbo “estar” é verbo de ligação. (E) Certo – O verbo“contaminar” é transitivo direto e tem como objeto direto o termo “o indivíduo”.Alternativa E.

10799. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Ao substituir a expressão sublinhada no fragmento “se reduz à crítica quenão busca alterar a realidade”, assinale a alternativa em que o acento indicativode crase deve ser empregado.(A) se reduz a mesma crítica.(B) se reduz a certa crítica.(C) se reduz a qualquer crítica.(D) se reduz a alguma crítica.(E) se reduz a toda crítica.RESPOSTA Os pronomes indefinidos “certa”, “qualquer”, “alguma” e “toda”repelem o artigo definido “a”, não havendo, assim, possibilidade de empregoda crase. Já o pronome demonstrativo “mesma” solicita o artigo “a”. Isso ficaevidente com a substituição pela forma masculina “mesmo” acompanhada deum substantivo masculino – se reduz ao mesmo problema. Assim, temos afusão da preposição “a” com o artigo “a”, resultando na contração “à”. AlternativaA.

10800. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) “Como poderemos superar essa incongruência?”Assinale a alternativa que não tem significação semelhante à do termosublinhado:(A) Inconveniência.(B) Incompatibilidade.(C) Indolência.(D) Impropriedade.(E) Inadequação.

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5607/5805RESPOSTA A palavra “indolência” significa “preguiça”, “falta de disposição”.Seu significado se distancia, assim, dos demais vocábulos, que apontam nosentido de “erro”, “inconsistência”. Alternativa C.O jeitinho brasileiro e o homem cordialO jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de poucainfluência social. Em nada se relaciona com um sentimento revolucionário,pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que sebusca é obter um rápido favor para si, às escondidas e sem chamar aatenção; por isso, o jeitinho pode ser também definido como “molejo”,“jogo de cintura”, habilidade de se “dar bem” em uma situação “apertada”.Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial, fala sobre o brasileiroe uma característica presente no seu modo de ser: a cordialidade. Porém,cordial, ao contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latinacor, cordis, que significa coração. Portanto, o homem cordial não é umapessoa gentil, mas aquele que age movido pela emoção no lugar da razão,não vê distinção entre o privado e o público, detesta formalidades, põe delado a ética e a civilidade.Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um supostocaráter emocional do brasileiro, descrito como “o homem cordial” pelo antropólogo.No livro Raízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduobrasileiro teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade.Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas deforma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes egovernados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradasartificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elitespolíticas e econômicas de então. Daí a grande tendência fratricida observadana época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos episódios conhecidoscomo Guerra dos Farrapos e Confederação do Equador.Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades.Desmoralizadas, incapazesde se impor, as leis não tinham tanto valor quanto, por exemplo, a palavrade um “bom” amigo. Alémdisso, o fato de afastar as leis e seus castigos típicos era uma prova de boavontade e um gesto de confiança,o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência. Deacordo com testemunhos de comerciantes holandeses, era impossívelfazer negócio com um brasileiro antes de fazer amizade com ele. Um adágioda época dizia que “aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo”. A informalidadeera – e ainda é – uma forma de se preservar o indivíduo.5608/5805Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta “cordialidade” não deve ser entendidacomo caráter pacífico. O brasileiro é capaz de guerrear e atémesmo destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais,ou seja, emocionais.(In: www.wikipedia.org – com adaptações).

10801. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:(A) o jeitinho brasileiro é um comportamento típico de indivíduos de pouca influênciasocial e avessos a formalidades.(B) a instituição do jeitinho tem origem, segundo os antropólogos, no comprovadocaráter emocional do brasileiro.(C) a imposição de leis e de ordens tidas como artificiais pode explicar apropensão do brasileiro para driblar normas.(D) na sociedade colonial, era comum observar que o brasileiro tendia a valorizara amizade em detrimento da própria lei.(E) o indivíduo que utiliza a ferramenta do jeitinho age por emoção, ignorando oslimites entre as esferas pública e privada.RESPOSTA (A) Certo – Trata-se de um comportamento típico de pessoas depouca influência social, que não desejam obedecer aos rigores formais das leise vão em busca discretamente de favorecimentos imediatos. (B) Errado – Otexto apresenta esse comportamento como suposto, e não como já comprovado.É o que fica evidenciado no trecho: Em termos antropológicos, o jeitinhopode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro. (C)Certo – É o que se afirma no 3º parágrafo: as instituições e as leis muitasvezes foram impostas aos brasileiros, sem haver um diálogo prévio entre governantee governado. (D) Certo – Em virtude do caráter coercitivo das leis,tornava-se uma prova de amizade driblar os rigores formais para favorecer umconhecido. (E) Certo – O indivíduo não obedece aos rigores previstos de formaobjetiva nas leis, deixando-se levar pela necessidade de ser cordial em suasrelações. Alternativa B.

10802. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos, analise as afirmativasa seguir:I. O segundo parágrafo introduz o tema, discorrendo sobre a origem etimológicade jeitinho.5609/5805II. O quarto parágrafo apresenta um fato que busca explicar a disposição para ainformalidade nas relações comerciais.III. O quinto parágrafo esclarece as diferenças entre as noções de cordialidade epassividade, que não são sinônimas.Assinale:(A) se somente a afirmativa I está correta.(B) se somente a afirmativa II está correta.(C) se somente a afirmativa III está correta.(D) se somente as afirmativas II e III estão corretas.(E) se todas as afirmativas estão corretas.RESPOSTA (I) Falsa – Discorre-se sobre a origem etimológica de cordial. (II)Verdadeira – Apresentam-se exemplos de fatos cotidianos observados no períodocolonial que endossam a tese do jeitinho brasileiro: a necessidade de sefazer amizade com os brasileiros, citada pelos comerciantes holandeses, e amenção de aplicar as leis aos inimigos, citada pelo adágio da época. (III) Verdadeira

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– Nesse parágrafo, cita-se a menção de Sérgio Buarque de Holanda,que estabelece diferenciação entre tom cordial e tom pacífico. O brasileiro temda primeira característica, mas não necessariamente da segunda. AlternativaD.

10803. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidasde forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados,mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais,quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicasde então.A respeito do uso do vocábulo quando no fragmento acima, pode-se afirmar quese trata de uma conjunção:(A) subordinativa com valor semântico de condição.(B) coordenativa com valor semântico de tempo.(C) coordenativa com valor semântico de finalidade.(D) subordinativa com valor semântico de concessão.(E) coordenativa com valor semântico de explicação.RESPOSTA De acordo com o contexto, a expressão quando não assume valorcondicional, equivalendo a desde que não. Lê-se no texto que são impostasleis e ordens consideradas artificiais, desde que não sejam5610/5805inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas. Vale ressaltarque a ideia de tempo está associada a uma relação de subordinação, e não coordenação,como se afirma na letra B. Alternativa A.

10804. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Assinale a alternativa que complete corretamente as lacunas do fragmentoa seguir:____ que ____ ao mínimo as exigências de documentos autenticados paracompra e venda de imóveis.(A) Foi divulgado – seria reduzida.(B) Foi divulgada – seria reduzidas.(C) Foi divulgado – seria reduzido.(D) Foi divulgada – seriam reduzida.(E) Foi divulgado – seriam reduzidas.RESPOSTA A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “Foi divulgado”,para que haja concordância com o sujeito oracional “que seriam reduzidasao mínimo as exigências...”. O verbo de sujeito oracional deve ser conjugadona 3ª pessoa do singular. Já a segunda lacuna deve ser preenchidocom “seriam reduzidas”, para que haja concordância com o substantivo enúcleo do sujeito “exigências”. Alternativa E.

10805. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um supostocaráter emocional do brasileiro /o que favorecia boas relações de comércio etráfico de influênciaQuanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechos sublinhados foram corretamentereescritos em:(A) pode ser-lhes atribuído / as favorecia.(B) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia.(C) pode ser atribuído a ele / as favorecia.(D) pode-o ser atribuído / as favorecia.(E) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia.RESPOSTA O termo “a um suposto caráter emocional do brasileiro” exercefunção sintática de objeto indireto. Dessa forma, deve-se representá-lo pelo5611/5805pronome oblíquo “lhe” ou pela forma “a ele”, apropriados para esse fim. Sãopossíveis, assim, as seguintes construções: pode ser-lhe atribuído, pode lheser atribuído, lhe pode ser atribuído, pode ser atribuído a ele, pode ser a eleatribuído, etc. Já o termo “boas relações de comércio e tráfico de influência”exerce função de objeto direto. Dessa forma, deve-se representá-lo pelo pronomeoblíquo “as”, apropriado para esse fim. Como o pronome relativo “que”atua como fator de próclise, deve-se posicionar o pronome oblíquo antes doverbo, resultando na construção “o que as favorecia”. Alternativa C.

10806. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidasde forma coercitiva e unilateral.Tem significação oposta à do termo sublinhado o vocábulo:(A) licenciosa.(B) tirana.(C) normativa.(D) proibitiva.(E) repressora.RESPOSTA O adjetivo “coercitiva” é derivado do substantivo “coerção”, quesignifica “proibição”, “repressão”, “norma”, etc. Dessa forma, a única opçãoque se afasta desse significado associado à imposição é a letra A: a ideia de“licenciosa” está associada à ideia de “concessão”, “liberação”. Alternativa A.

10807. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) O emprego correto da vírgula verifica-se apenas na frase:(A) Quando as instituições falham o cidadão que é sempre o maior prejudicado,perde, pois deixa de ter garantidos os caminhos legais para o amplo exercícioda cidadania.(B) A democracia brasileira embora já esteja consolidada, é recente pois o paísviveu um longo período sob comando de dirigentes não escolhidos poreleições diretas.(C) A lei determina que, todos os cidadãos, independentemente de sua condiçãosocial, têm direito à educação gratuita e de qualidade em todos os níveis,mas nem todos podem usufruir desse direito.5612/5805(D) O jeitinho, fenômeno generalizado no Brasil, dificilmente é avaliado comodano social, isto é, quase nunca é associado a comportamentos que podem

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ferir interesses coletivos.(E) Terminado o debate foi a vez de todos se confraternizarem numa agradávelparada para o cafezinho, que já se encontra na lista das instituiçõesnacionais.RESPOSTA (A) Errado – Deve-se empregar uma vírgula após “falham”, parase isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta “Quando as instituiçõesfalham”. Já a oração adjetiva “que é sempre o maior prejudicado” deve serisolada por vírgulas, por ter caráter explicativo. O correto, então, seria:Quando as instituições falham, o cidadão, que é sempre o maior prejudicado,perde, pois deixa de ter garantidos os caminhos legais para o amplo exercícioda cidadania. (B) Errado – Deve-se isolar por vírgulas a oração adverbial deslocadada ordem direta “embora já esteja consolidada”. Além disso, deve-seempregar vírgula após “recente”, para isolar a oração coordenada explicativa“pois o país viveu um longo período sob comando de dirigentes não escolhidospor eleições diretas.”. Assim, o correto seria: A democracia brasileira, emborajá esteja consolidada, é recente, pois o país viveu um longo período sobcomando de dirigentes não escolhidos por eleições diretas. (C) Errado – Éequivocado o emprego da vírgula após “que”, uma vez que a ligação do verbocom o seu complemento se dá de forma direta. Assim, o correto seria: A leidetermina que todos os cidadãos, independentemente de sua condição social,têm direito à educação gratuita e de qualidade em todos os níveis, mas nemtodos podem usufruir desse direito. (D) Certo – As vírgulas que isolam o termo“fenômeno generalizado no Brasil” se justificam por se tratar de um aposto explicativo.Já as vírgulas que isolam a expressão “isto é” se justificam por setratar de uma expressão interpositiva. (E) Errado – Deve-se empregar a vírgulaapós “debate”, para isolar a oração adverbial reduzida deslocada da ordemdireta “Terminado o debate”. Assim, o correto seria: Terminado o debate,foi a vez de todos se confraternizarem numa agradável parada para o cafezinho,que já se encontra na lista das instituições nacionais. Alternativa D.

10808. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmentoa seguir:O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______todos que se dispuserem ______ investigar a história do jeitinho brasileiro.(A) as – à – à.5613/5805(B) às – a – à.(C) às – a – a.(D) as – à – a.(E) às – à – a.RESPOSTA A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “às”, resultadoda contração da preposição “a” – exigida pela regência da forma verbal“referir-se” (referir-se a algo) – com o artigo definido “as” – solicitado pelosubstantivo feminino plural “teses”. Já a segunda lacuna deve ser preenchidacom a preposição “a”, exigida pela regência do verbo “informar” (informaralgo a alguém). Não ocorre crase, pois o pronome indefinido “todos” repele oartigo definido. Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida com a preposição“a”, exigida pela regência do verbo “dispor-se” (dispor-se a algo).Não ocorre crase, pois o verbo “investigar” repele o artigo definido. AlternativaC.

10809. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo está corretamenteempregado apenas na seguinte alternativa:(A) essas são algumas ideias por cujos os ensinamentos procuro me guiar.(B) aquelas são as mais antigas histórias de comércio as quais se tem memória.(C) apresentou um projeto que a principal filosofia dele é a democratização dosaber.(D) o comportamento ético por que um povo se orienta define seu caráter.(E) o filósofo onde me refiro defendeu tese recentemente.RESPOSTA (A) Errado – O pronome relativo cujo (e suas variações) repele oartigo definido posicionado depois dele. (B) Errado – A construção se temmemória exige a regência da preposição de (se tem memória de algo). Dessaforma, devemos empregar a contração das quais (aquelas são as mais antigashistórias de comércio das quais se tem memória). (C) Errado – Deveriaser empregado o pronome relativo cujo para indicar a relação de posse (apresentouum projeto cuja principal filosofia é a democratização do saber). (D)Certo – A preposição por é solicitada pela forma verbal se orienta (se orientapor algum caminho). (E) Errado – O pronome relativo onde é empregadoapenas para se referir a lugar. Devemos empregar, no trecho transcrito, o pronomerelativo que (o filósofo a que me refiro defendeu tese recentemente).Alternativa D.5614/5805

10810. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 –FGV) Assinale a alternativa que apresenta uma concordância nominalincorreta.(A) Persistência é necessário à obtenção de resultados positivos na carreiraprofissional.(B) As questões definidas serão bastantes para a arguição do doutorando.(C) Vão incluídos na pasta do congressista a programação e o mapa dos locaisdos eventos.(D) Consideraram-se satisfatórios os resumos encaminhados à organização dosimpósio.(E) Anexo à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.RESPOSTA (A) Certo – Como o substantivo “persistência” não está determinadopor artigo, emprega-se a forma invariável “é necessário”. (B) Certo – Otermo “bastantes” tem função adjetiva e equivale a “muitas”, “suficientes”. (C)Certo – Opta-se pela flexão masculino plural “Vão incluídos”, para que haja aconcordância com os núcleos do substantivo composto “programação” e“mapa”. Outra possibilidade é efetuar a concordância com o núcleo mais próximo:Vai incluída na pasta do congressista a programação e o mapa... (D)Certo – Emprega-se a forma plural “Consideraram-se satisfatórios”, para quehaja concordância com o núcleo do sujeito paciente “resumos”(Consideraram-se satisfatórios os resumos = Foram considerados satisfatórios

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os resumos). (E) Errado – Deve-se empregar a forma plural “Anexas”,para que haja concordância com o substantivo “cópias”. Outra possibilidade éutilizar a expressão invariável “Em anexo”. Alternativa E.Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica1No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para responsabilizaçãopenal daspessoas jurídicas em casos de crimes ambientais (artigo 225, parágrafo3º), é certo que a adoção, na prática, dessa possibilidade vem se dando deforma bastante tímida, muito em razão das inúmeras deficiências de técnicalegislativa encontradas na Lei 9.605, de 1998, que a tornam quaseque inaplicável neste âmbito.5A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates travadosno âmbito doutrinárionacional, insuflados pelos também acalorados debates em plano internacionalsobre o tema e pela crescente aceitação da possibilidade da responsabilizaçãopenal da pessoa jurídica em legislações de países de5615/5805importância central na atividade econômica globalizada, é possível vislumbrarque, em breve, discussõessobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo de responsabilizaçãopenal ganhem cada vez10mais espaço no Brasil.É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas– principalmente, astransnacionais –, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativadecorrentes da adoçãode critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus paísesde origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticasadministrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo,15a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal – queatende diretivas da União Europeiasobre o tema – trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilizaçãopenal da pessoa jurídica(por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais,ou por conta, nome, ou em proveitodelas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização seráaferida nos casos concretos20(ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais,sobre atividades desempenhadaspelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigênciana nova norma penal já trouxeefeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam,naquele país, ciclos de debates acercados instrumentos de controle da administração empresarial, promovidospor empresas que pretendemimplementar, o quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevençãode qualquer tipo de25responsabilidade penal.Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode inferir,ganham importância, noespectro de preocupação não só das empresas estrangeiras situadas noBrasil, mas também das própriasempresas nacionais, as práticas de criminal compliance.Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversasobrigações impostas às empresas5616/580530privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciaisadequados, com a finalidadede detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próximado direito administrativo, isto é,vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normasregulatórias estatais, como formade reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados.Muitas vezes, o mero35descumprimento doloso dessas normas e diretivas administrativas estataispode conduzir à responsabilizaçãopenal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria responsabilizaçãoda pessoa jurídica,quando houver previsão legal para tanto.Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como práticasistemática de controles internoscom vistas a dar cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividadeeconômica, objetivando prevenir40possibilidades de responsabilização penal decorrente da prática dos atos normaisde gestão empresarial.No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstasna Lei dos Crimes de Lavagem deDinheiro – Lei 9.613, de 3 de março de 1998 – que sujeitam as pessoasfísicas e jurídicas que tenhamcomo atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicaçãode recursos financeiros,compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliários,à obrigação de comunicar45aos órgãos oficiais sobre as operações tidas como “suspeitas”, sob pena de seremresponsabilizadaspenal e administrativamente.Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,assim como estando as matrizesdas empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seuspaíses de origem, não tardarápara que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas

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a diversos outros segmentos50da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para asempresas nacionais e estrangeiras que5617/5805atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na áreacriminal, que atuarão cada vezmais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...)(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. Valor Econômico. 29/03/2011 – comadaptações).

10811. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir:I. Nas empresas transnacionais, políticas de criminal compliance devem serpensadas em adequação às diferentes legislações que podem ser adotadasnos diversos países em que atuam.II. Para evitar que bens juridicamente tutelados sejam atingidos, o direito penalvem se aproximando cada vez mais do direito administrativo.III. No tocante ao modelo de criminal compliance adotado hoje no Brasil,percebe-se a nítida influência da reforma do Código Penal espanhol.Assinale(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeiro – O 3º parágrafo deixa bem evidente essepensamento, ao afirmar que “Tais mudanças, inevitavelmente, terão queabranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelomundo”. (II) Verdadeiro – Tal ideia vem bem explícita no 7º parágrafo. (III)Falso – Não há essa influência citada no texto. A Espanha é apresentadasomente como um exemplo dentre países que adotaram práticas de “criminalcompliance”. Alternativa D.

10812. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) É correto afirmar que o sexto parágrafo do texto, quanto à sua tipologiae à sua função discursiva em relação ao texto como um todo, mantémmaior aproximação com o(A) quinto parágrafo.(B) sétimo parágrafo.(C) oitavo parágrafo.(D) quarto parágrafo.5618/5805(E) segundo parágrafo.RESPOSTA O sexto parágrafo tem características expositivas, com a apresentaçãode uma definição acerca do que vem a ser “compliance”.Aproxima-se, dessa forma, quanto à tipologia e à forma do discurso, ao oitavoparágrafo, que define a expressão “criminal compliance”. Alternativa C.

10813. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale a alternativa em que se tenha indicadoINCORRETAMENTE a relação entre vocábulo e o termo a que ele se refere.(A) seus (linha 13) – das empresas(B) a (linha 4) – Lei 9.605(C) dela (linha 26) – da tendência político-criminal(D) sua (linha 15) – das empresas(E) delas (linha 19) – das atividades sociaisRESPOSTA O termo “dela” refere-se a “realidade legal”. O trecho “... datendência político-criminal que dela se pode inferir”, dito de outra forma,equivale a”... “da tendência político-criminal que se pode inferir da realidadelegal”. Alternativa C.

10814. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Por ínsitos (linha 39), NÃO se pode entender(A) inerentes.(B) peculiares.(C) típicos.(D) adventícios.(E) característicos.RESPOSTA O vocábulo “ínsitos” significa “implantados”, “inseridos”, “inatos”etc. Assim, as letras A, B, C e E apresentam possíveis sinônimos. Já na letraD, o vocábulo “adventício” significa “anormal”, “exótico”, “estranho”,“acidental”. Alternativa D.

10815. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) A palavra sujeitas (linha 48) exerce, no texto, função sintática de(A) complemento nominal.5619/5805(B) objeto direto.(C) predicativo do objeto.(D) predicativo do sujeito.(E) adjunto adverbial de modo.RESPOSTA O termo “sujeitas” concorda com o substantivo “empresastransnacionais”, desempenhando, assim, função adjetiva. No trecho “empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem”,é possível identificar um verbo de ligação implícito: “empresastransnacionais que aqui operam (e estão) sujeitas às normas de seus paísesde origem”. O termo “sujeitas” exerce, assim, função sintática de predicativodo sujeito. Alternativa D.

10816. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale a palavra que, no texto, NÃO tenha valor adverbial.(A) mais (linha 10).(B) bastante (linha 3).(C) penal (linha 46).

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(D) só (linha 27).(E) antes (linha 24).RESPOSTA (A) O termo “mais” modifica o substantivo “espaço”, desempenhando,assim, função adjetiva. (B) O termo “bastante” modifica o adjetivo“tímida”, desempenhando, assim, função adverbial. (C) O termo“penal(mente)” modifica o adjetivo “responsabilizadas”, desempenhando, assim,função adverbial. (D) O termo “só” modifica o verbo “ganham”, desempenhando,assim, função adverbial. (E) O termo “antes” modifica o verbo“implementar”, desempenhando, assim, função adverbial. Alternativa A.

10817. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,assim como estando as matrizes das empresas transnacionais queaqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para queas práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia (linhas 47 a 50).Assinale a alternativa em que a alteração do período acima tenha mantido adequaçãoquanto ao seu sentido original e correção quanto à pontuação.5620/5805(A) Sofrendo o Brasil, no entanto, os influxos de modelos legislativos estrangeiros– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aquioperam sujeitas às normas de seus países de origem -, não tardará para queas práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(B) Entretanto, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros,– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(C) Sofrendo, contudo, o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(D) Todavia, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem -, não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.(E) Contudo, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros –assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operamsujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que aspráticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversosoutros segmentos da economia.RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – É equivocada a posição da vírgula após“estrangeiros”. Esta deveria ser posicionada após o segundo travessão. (C) Errado– É necessário haver uma vírgula após o segundo travessão, para separaras orações adverbiais reduzidas da oração principal “não tardará...”. (D) Errado– É equivocada a posição da vírgula após “estrangeiros”. (E) Errado – Énecessária a presença do segundo travessão depois de “países de origem”. AlternativaA.

10818. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse paraas empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para osprofissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vez maisveementemente na prevenção dos riscos da empresa (linhas 50 a 53).5621/5805No período destacado acima, o SE classifica-se como(A) pronome reflexivo.(B) partícula apassivadora.(C) parte integrante do verbo.(D) pronome oblíquo.(E) indeterminador do sujeito.RESPOSTA A construção “Trata-se de”, formada por verbo transitivo indiretoflexionado na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula “se”, é configuraçãodo 2º caso de indeterminação do sujeito. O “se” recebe a classificação,portanto, de índice de indeterminação do sujeito. Alternativa E.

10819. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance...(linha 41).Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha provocadoINADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta a alteração desentido.(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance...(B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance...(C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance...(D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance...(E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance...RESPOSTA Deve-se empregar a forma verbal “hão de existir” no lugar de “háde existir”, para que haja concordância com o núcleo do sujeito “regras”. AlternativaC.

10820. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale o termo que, no texto, desempenhe função sintáticaidêntica à de à obrigação (linha 44).(A) às normas (linha 48).(B) de ajustamentos (linha 12).(C) a diversas obrigações (linha 29).(D) da adoção (linha 12).(E) dessa possibilidade (linha 3).5622/5805RESPOSTA O termo “à obrigação” desempenha função sintática de objeto indireto

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do verbo bitransitivo “sujeitar” (sujeitar alguém a algo). (A) Errado – Otermo “às normas” desempenha função sintática de complemento nominal de“sujeitas”. (B) Certo – O termo “de ajustamentos” é objeto indireto do verbo“decorrer”. (C) Errado – O termo “a diversas obrigações” é complemento nominalde “obediência”. (D) Errado – O termo “da adoção” é complemento nominalde “decorrentes”. (E) Errado – O termo “dessa possibilidade” é complementonominal de “adoção”. Alternativa B.

10821. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale a alternativa em que o elemento in- tenha valor idênticoao de insuflados (linha 6).(A) influxos (linha 47).(B) intermediação (linha 43).(C) inaplicável (linha 4).(D) inúmeras (linha 3).(E) inferir (linha 26).RESPOSTA O prefixo “in-” em “insuflados” transmite a ideia de “entrada”,“interior”. (A) Certo. (B) Errado – O prefixo é “inter-”, e não “in-”. (C) Errado –Tem-se o prefixo “in-”, mas ele indica a ideia de negação. (D) Errado – Tem-seo prefixo “in-”, mas ele indica a ideia de negação (inúmeras = não é possívelnumerar). (E) Errado – Não há a presença do prefixo “in-”. Alternativa A.

10822. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do CódigoPenal – que atende diretivas da União Europeia sobre o tema – trouxe, noartigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoajurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais,ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras decomo essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável[...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividadesdesempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome)(linhas 16 a 21).A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada sindéticaalternativa.5623/5805II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passivaexplícito.III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração subordinadaadjetiva reduzida.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeiro – A oração “não só...mas também estabelece regras...”é coordenada sindética aditiva; já a oração “ou (que sejam cometidos)por conta, nome, ou em proveito delas” é coordenada sindética alternativa.(II) Verdadeiro – As orações na voz passiva são: “por delitos que sejamcometidos no exercício”, “regras de como essa responsabilização será aferidanos casos concretos”, “ela será aplicável [...], em função da inoperância”. Aprimeira traz o agente explícito – “pessoas jurídicas”. (III) Verdadeiro – As oraçõesadjetivas desenvolvidas são: “que atende diretivas da União Europeiasobre o tema”, “que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais...”,“que as dirigem” e “que agem em seu nome”. Já a oração adjetiva reduzidaé “desempenhadas pelas pessoas físicas”. Alternativa E.

10823. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito dasempresas – principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de ajustamentosde postura administrativa decorrentes da adoção de critérios de responsabilizaçãopenal da pessoa jurídica em seus países de origem. Taismudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas desuas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilizaçãoem sua matriz (linhas 11 a 14).No trecho acima, as ocorrências da palavra QUE classificam-se, respectivamente,como(A) pronome relativo e preposição.(B) conjunção integrante e preposição.(C) conjunção integrante e conjunção integrante.(D) pronome relativo e conjunção integrante.(E) preposição e pronome relativo.5624/5805RESPOSTA A oração “que a mudança do enfoque...” é subordinada substantivasubjetiva (sujeito). Portanto, o “que” que a introduz é uma conjunção integrante.Já em “terão que abranger”, o “que” simplesmente conecta o verboauxiliar ao principal, funcionando, assim, como preposição. Alternativa B.(Rodrigo Zoom. http://www.flickr.com/photos/rodrigozoom).

10824. (Auditor – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A respeito da interpretaçãodo quadrinho, analise as afirmativas a seguir:I. Associando texto e imagem, é correto afirmar que o uso da ironia é a chave parao entendimento do quadrinho.II. Na fala do homem, o humor reside em um trocadilho com relação à fala damulher.III. Não há elementos textuais que indiquem ser possível afirmar com certeza se ohomem entendeu ou não a mensagem da mulher.Assinale(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.

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RESPOSTA A fala do homem é ambígua, ou seja, dá margem a mais de umainterpretação. Uma possibilidade é ele ter de fato entendido o correto significadode “sedentária” e ter se expressado de forma irônica na sua resposta àmulher. Outra possibilidade é ele ter entendido errado o significado de“sedentária”, associando essa palavra a sede, gerando, assim, um efeito dehumor. Assim, temos: (I) Falso – A ironia é uma possibilidade de interpretação.A outra é o trocadilho “sedentária” por “sedenta”, que gera o efeito5625/5805de humor. (II) Verdadeiro – O humor pode ser gerado da troca de “sedentária”por “sedenta”. (III) Verdadeiro – Conforme explicado, há duas interpretaçõespossíveis para a fala do homem. Não se pode afirmar qual delas é a que cabede fato ao contexto do quadrinho. Alternativa B.

10825. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) A respeito do quadrinho, analise as afirmativas a seguir:I. Ao passar parte da fala do homem para o discurso indireto, ficaria correta afrase “O homem pediu à mulher que trouxesse um copo de água bem geladapara ele”.II. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria.III. Há marcas linguísticas na fala do homem que caracterizam o registrocoloquial.Assinale(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeiro – A forma “traga” – imperativo afirmativo –,presente no discurso direto, converte-se em “trouxesse” – pretérito imperfeitodo subjuntivo – no discurso indireto. (II) Verdadeiro – É frequente na linguagemcoloquial a troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito. (III)Verdadeiro – A redução de “está” para “tá” é uma marca de registro coloquial.Alternativa C.

10826. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração da fala do homem doquadrinho NÃO tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em contapossível alteração de sentido.(A) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!(B) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!(C) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!(D) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para mim!(E) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para mim!5626/5805RESPOSTA A flexão da 2ª pessoa do plural do Imperativo Negativo do verbo“trazer” é “não tragais”. Alternativa E.Último Desejo1Nosso amor que eu não esqueçoE que teve o seu começoNuma festa de São JoãoMorre hoje sem foguete5Sem retrato e sem bilheteSem luar, sem violãoPerto de você me caloTudo penso e nada faloTenho medo de chorar10Nunca mais quero o seu beijoMas meu último desejoVocê não pode negarSe alguma pessoa amiga pedirQue você lhe diga15Se você me quer ou nãoDiga que você me adoraQue você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detesto20Diga sempre que eu não prestoQue meu lar é o botequimQue eu arruinei sua vidaQue eu não mereço a comidaQue você pagou pra mim(Noel Rosa)

10827. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração do verso da cançãotenha sido feito com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteraçãode sentido.(A) Nosso amor que eu não esqueço (v.1) / Nosso amor de que eu não esqueço(B) Que você lhe diga (v.14) / Que você lhe encontre(C) Diga que você me adora (v.16) / Diga que você adora-me(D) Às pessoas que eu detesto (v.19) / Às pessoas que não gosto(E) Que você pagou pra mim (v.24) / Por que você optou para mim5627/5805RESPOSTA (A) Errado – O verbo “esquecer”, quando pronominal, é transitivoindireto e solicita a regência da preposição “de”. Assim, a correta reescrita seria“Nosso amor de que eu não me esqueço”. (B) Errado – O verbo “encontrar”é transitivo direto. Portanto, o seu complemento deve ser substituído pelo pronomepessoal oblíquo “o(a)(s)”. Assim, a correta reescrita seria “Que você oencontre”. (C) Errado – Orações subordinadas fazem com que empreguemos apróclise (pronome oblíquo antes do verbo), e não a ênclise (pronome oblíquodepois do verbo). (D) Errado – O verbo “gostar” solicita a regência da preposição“de”. Portanto, a reescrita correta seria “Às pessoas de que nãogosto”. (E) Certo – “Por que” equivale a “Pela qual”. A preposição “por” é exigidapelo verbo “optar”. Alternativa E.

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10828. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) A respeito da composição de Noel Rosa, analise as afirmativas aseguir:I. É possível inferir pela leitura da composição que se trata do último desejo davida de um dos amantes.II. Não é possível identificar textualmente se a voz que fala na composição é masculinaou feminina.III. O último desejo é constituído por dois pedidos.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Falso – Não se pode afirmar que seja o último desejo da vidade um dos falantes. É sim apenas o último pedido que ele faz à amada. (II)Verdadeiro – É possível inferir contextualmente que se trata de uma figuramasculina. Porém, textualmente, não há elementos indicadores de gênero queidentifiquem essa pessoa. (III) Verdadeiro – São dois pedidos: um, caso as indagaçõespartam de pessoas amigas, e outro, caso as indagações partam depessoas que o personagem detesta. Alternativa B.

10829. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV)5628/5805Diga que você me adoraQue você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detestoDiga sempre que eu não presto(versos 16-20)No trecho acima há quantas ocorrências, respectivamente, de pronomes econjunções?(A) Sete e cinco.(B) Cinco e cinco.(C) Seis e cinco.(D) Sete e quatro.(E) Seis e quatro.RESPOSTA Em destaque, temos os pronomes: pronome pessoal do caso reto“eu”, pronome pessoal do caso oblíquo “me”, pronome de tratamento “você”,pronome possesivo “nossa” e pronome relativo “que” (substituindo “pessoas”).Sublinhado, temos as conjunções: conjunção integrante “que” introduzindo oraçõessubordinadas substantivas objetivas diretas e a conjunção coordenativaaditiva “e”.Diga que você me adoraQue você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detestoDiga sempre que eu não prestoAlternativa D.

10830. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ –2011 – FGV) Que você pagou pra mim (verso 24)Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita deacordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim(B) Que vós pagaste pra mim(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim(D) Que tu pagastes pra mim(E) Que tu pagáreis pra mim5629/5805RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – O correto seria “Que vós pagastes pramim”. (C) Errado – O correto seria “Que Vossa Senhoria pagou pra mim”. (D)Errado – O correto seria: “Que tu pagaste pra mim”. (E) Errado – O corretoseria “Que tu pagaras pra mim”. Alternativa A.Cidadania e Responsabilidade Social do Contador como agenteda conscientização tributária das empresas e da sociedade1Entende-se que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos énecessária para a manutençãoda máquina governamental, para a sustentação do Estado em suas atribuiçõessociais e para aplicação namelhoria da qualidade de vida da população. É imprescindível que a tributaçãoseja suportável e mais bemdistribuída e que contribuam com justiça e se beneficiem dessacontribuição.5A conjuntura atual exige maior qualificação em todas as áreas do conhecimento;assim, a profissão contábildeve despertar para a conscientização tributária. Conceitos como parceriae corresponsabilidade no sistematributário somente podem ser efetivados se a sociedade como um todo estivermais esclarecida e comprometida.Apresentar alguns fatores como a falta de conscientização tributária e participaçãocidadã pode representarum alerta, mas não é o suficiente.10Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento sociale econômico foi possívelporque o homem sistematizou formas de organização entre os povos. Anecessidade de organização fez comque o Estado se tornasse o elemento direcionador desse processo. E, comoforma de se autofinanciar, criou otributo a fim de possibilitar as condições mínimas de sobrevivência para asociedade civil. E, como partícipee ponto referencial de controle, exatidão e confiança, surgiu o profissional

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contábil.15O contador – aqui citado na forma masculina sem querer suscitar questões degênero – não pode mais servisto como o profissional dos números, e sim um profissional que agregavalor, espírito investigativo,consciência crítica e sensibilidade ética. Se a atual conjuntura exige maiorqualificação profissional, o5630/5805conhecimento contábil deve transcender o processo específico e visualizarquestões globais pertinentes aonovo mundo do trabalho, que exige criatividade, perfil de empreender ehabilidade de aprender,20principalmente nas relações sociais.Sendo assim, alguns conceitos tornam-se essenciais para estabelecer a relaçãoentre Estado, sociedade,empresa e o contador. O Estado tem por missão suprir as necessidadesbásicas da população; assim, suaeficiência e transparência tornam-se mister do processo.Entre a sociedade, a empresa e o Estado, está o profissional contábil, que,por sua vez, é o elo entre Fisco25e contribuinte. É de fundamental importância que esse profissional aprimoreseu entendimento tributário,percebendo sua necessidade. Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientizaçãotributária poderepresentar um ponto de partida para a formação cidadã como uma dasformas eficazes de atender àsdemandas sociais, com maior controle sobre a coisa pública.É dever do Estado manter as necessidades básicas da população; e, paraisso, são impostas obrigações.30Os contribuintes, porém, não possuem apenas deveres, mas também plenosdireitos.Se o Fisco – aqui referenciando-se o estadual – é por demais significativopara o funcionamento da máquinaadministrativa, sua eficiência e transparência tornam-se mister do processo.Nesse sentido, se a evasãotributária é uma doença social, seu combate ou tratamento não pode ficarrestrito aos seus agentes; é necessárioo envolvimento de toda a sociedade. Entretanto, interesses diversossempre deixaram a sociedade à margem35do processo, como se ela não precisasse participar de forma efetiva das decisõeseconômicas e, emcontrapartida, contribuir de forma direta e irrestrita para a própriasustentação.(...)(MERLO, Roberto Aurélio; PERTUZATTI, Elizandra. Disponível em:<www.rep.educacaofiscal.com.br/material/fisco_contador.pdf>. Comadaptações).5631/5805

10831. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir:I. Aponta-se, no texto, uma nova perspectiva de atuação do profissional contábil,diferente da concepção tradicional de profissional dos números.II. O texto defende a necessidade de se desenvolver no profissional contábil umaconsciência tributária.III. O contador deve igualmente se envolver no combate à evasão tributária.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeira – É o que se menciona no quarto parágrafo: o contadordeve agregar ao seu trabalho valor, espírito investigativo, consciênciacrítica e sensibilidade ética. (II) Verdadeira – Cita-se de forma explícita essainformação no 2º parágrafo: “a profissão contábil deve despertar para a conscientizaçãotributária.”. (III) Verdadeira – Não só o contador, mas toda a sociedade,segundo o texto, deve se envolver no combate à evasão tributária.Alternativa E.

10832. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) O contador – aqui citado na forma masculina sem querer suscitarquestões de gênero – não pode mais ser visto como o profissional dos números,e sim um profissional que agrega valor, espírito investigativo, consciência críticae sensibilidade ética (linhas 15 a 17).A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:I. O par de travessões poderia ser substituído por um par de parênteses.II. As duas ocorrências da conjunção E têm valor aditivo.III. A primeira oração do período está na voz passiva.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.5632/5805(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeiro – O trecho “aqui citado... questões de gênero”, decaráter explicativo, pode ser demarcado por vírgulas, travessões ou porparênteses. (II) Falso – O primeiro “e” tem caráter adversativo, equivalendo a“mas”; o segundo “e” tem valor aditivo. (III) Verdadeiro – A oração “O contador...não pode ser mais visto...” está na voz passiva analítica, com o sujeitopaciente “O contador”. Alternativa E.

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10833. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a alternativa correta a respeito da relação entre o quinto e o sextoparágrafos.(A) O sexto parágrafo estabelece uma relação de oposição com o parágrafoanterior.(B) O quinto e o sexto parágrafos poderiam ser fundidos num só.(C) O quinto parágrafo apresenta uma definição, que será desdobrada no parágrafoseguinte.(D) Os dois parágrafos apresentam aspectos semelhantes em relação ao mesmoassunto, sendo um paráfrase do outro.(E) O sexto parágrafo apresenta uma ressalva em relação ao parágrafo anterior.RESPOSTA O quinto parágrafo traz no seu primeiro período uma afirmaçãogeral, que cita a existência de relações entre Estado, sociedade, empresa e ocontador. O segundo período inicia a explicação dessas relações, que é continuadano sexto parágrafo. Dessa forma, poderíamos fundir quinto e sextoparágrafos num só, pois eles têm uma ideia central única – o primeiro períododo 5º parágrafo. Alternativa B.

10834. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Entre a sociedade, a empresa e o Estado, está o profissional contábil,que, por sua vez, é o elo entre Fisco e contribuinte. É de fundamental importânciaque esse profissional aprimore seu entendimento tributário, percebendo suanecessidade. Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributáriapode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma dasformas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle sobre acoisa pública (linhas 24 a 28).As ocorrências do QUE no período acima classificam-se, respectivamente, como(A) pronome relativo – pronome relativo – pronome relativo5633/5805(B) pronome relativo – conjunção – conjunção(C) conjunção – conjunção – conjunção(D) conjunção – pronome relativo – pronome relativo(E) pronome relativo – pronome relativo – conjunçãoRESPOSTA O primeiro “que” é pronome relativo e substitui o termo antecedente“profissional contábil”. O segundo “que” introduz a oração subordinadasubstantiva subjetiva (sujeito) “que esse profissional aprimore seu entendimentotributário”. Portanto, trata-se de uma conjunção integrante. Porfim, o terceiro “que” introduz a oração subordinada substantiva completivanominal “de que a conscientização tributária pode trabalhar...”. Portanto,trata-se de uma conjunção integrante. Alternativa B.

10835. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) A respeito da estrutura do texto e suas ideias, analise as afirmativas aseguir:I. O texto apresenta apoio em trajetória histórica para abordar seu tema.II. Há trechos de autorreferencialidade (metalinguagem) no texto.III. O texto não apresenta argumentos, limita-se à exposição de fatos.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeira – É o que se faz, por exemplo, no 3º parágrafo, noqual é feita uma contextualização histórica que justifica a necessidade de criaçãodo tributo e sua função social. (II) Verdadeira – Podemos citar como exemplosalguns trechos isolados entre travessões, como “aqui citado na formamasculina sem querer suscitar questões de gênero” e “aqui referenciando-se oestadual”. Neles, há uma explicação para o que se disse, o que caracteriza ametalinguagem. (III) Falsa – O texto apresenta sim posicionamentos. Umdeles se refere à necessidade de o profissional contábil não se restringir a umprofissional de números. Alternativa C.

10836. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o5634/5805desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem sistematizouformas de organização entre os povos (linhas 10 e 11).A oração sublinhada no período acima tem valor(A) causal.(B) concessivo.(C) comparativo.(D) temporal.(E) consecutivo.RESPOSTA A oração reduzida “Ao analisar o progresso da humanidade” podeser desenvolvida da seguinte forma: “Quando se analisa o progresso da humanidade”.A oração em destaque, portanto, tem valor temporal. AlternativaD.

10837. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) É imprescindível que a tributação seja suportável e mais bem distribuídae todos contribuam com justiça e se beneficiem dessa contribuição (linhas 3 e 4).Em relação ao período acima, atribua a seguinte convenção: QUE = Δ e E = +.Assinale a alternativa que melhor represente a estrutura do período.(A) É imprescindível Δ [a tributação (A + B) + todos (D + E)].(B) É imprescindível Δ (a tributação A + B + todos D + E).(C) É imprescindível Δ (a tributação A + B) + (todos D + E).(D) É imprescindível Δ (a tributação A) + (B) + (todos D) + (E).(E) É imprescindível Δ a tributação (A + B) + [todos (D + E)].RESPOSTA O melhor esquema que traduz a sintaxe do período é a letra A. O“que” é uma conjunção integrante, responsável por introduzir o trecho “que atributação seja... dessa contribuição”, que funciona como sujeito da oraçãoprincipal “É imprescindível”. Internamente a esse trecho, podemos identificar

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trechos coordenados entre si (ligados, portanto, pelo +):1) “que a tributação seja... mais distribuída” e “(que) todos contribuam...dessa contribuição”2) “suportável” e “mais bem distribuídas” – predicativos de “seja”3) “todos contribuam com justiça” e “(todos) se beneficiem dessa contribuição”.Alternativa A.5635/5805

10838. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a alternativa em que a oração desempenhe função sintáticaDISTINTA da de que o desenvolvimento social e econômico foi possível (linha10).(A) que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é necessáriapara a manutenção da máquina governamental, para a sustentação doEstado em suas atribuições sociais e para aplicação na melhoria da qualidadede vida da população (linhas 1 a 3).(B) que a tributação seja suportável (linha 3).(C) manter as necessidades básicas da população (linha 29).(D) que esse profissional aprimore seu entendimento tributário (linha 25).(E) participar de forma efetiva das decisões econômicas (linha 35).RESPOSTA A oração “que o desenvolvimento social e econômico foi possível”é subordinada substantiva subjetiva, ou seja, desempenha função sintática desujeito. As orações apresentadas nas letras A, B, C e D também desempenhamfunção sintática de sujeito. Já na letra E, a oração “participar de formaefetiva das decisões econômicas” é subordinada substantiva objetiva indiretareduzida de infinitivo. Alternativa E.

10839. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a palavra formada pelo mesmo processo que corresponsabilidade(linha 6).(A) necessidades (linha 22).(B) qualificação (linha 17).(C) imprescindível (linha 3).(D) irrestrita (linha 36).(E) governamental (linha 2).RESPOSTA Em “corresponsabilidade”, temos um processo de derivação, como acréscimo do prefixo “co-” e do sufixo”-dade” ao radical formador de“responsável”. Da mesma forma, temos “imprescindível”, formado pela somado prefixo “im-” e do sufixo “-vel” ao radical formador de “prescindir”. Nas demaisopções, temos apenas o acréscimo de prefixos ou sufixos aos radicaisformadores. Alternativa C.5636/5805

10840. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença social, seu combate outratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessário o envolvimentode toda a sociedade (linhas 32 a 34).Assinale a alternativa em que a alteração do trecho destacado no período acimaNÃO tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta alteraçãode sentido.(A) é necessária a discussão aberta entre todos os membros da sociedade.(B) é necessário debate com toda a sociedade.(C) é necessário abertura política para se discutir a questão.(D) é necessária participação de toda a sociedade.(E) é necessária a organização de um debate público a respeito da questão.RESPOSTA A expressão “é necessário” é invariável quando o substantivo pospostonão é determinado. Flexiona-se apenas quando o substantivo é determinadopor artigo, pronome ou numeral. Dessa forma, é equivocada a construçãoapresentada na letra D. Em vez de “É necessária participação...”,deve-se empregar a construção “É necessário participação...”. Alternativa D.

10841. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária poderepresentar um ponto de partida para a formação cidadã como uma dasformas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle sobre acoisa pública (linhas 26 a 28).No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômenoda crase.Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente.(A) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova.(B) Esta prova vai de 13h às 18h.(C) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova.(D) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h.(E) Pedimos um bife à cavalo.RESPOSTA (A) Certo – O nome de lugar “Copacabana da Bossa Nova” solicitao artigo definido “a”. Isso pode ser evidenciado por meio do seguinte artifício:“fomos à Copacabana da Bossa Nova” = “voltamos da Copacabana da Bossa5637/5805Nova”. Notemos que, alterando-se a preposição “a” pela preposição “de”, oresultado é a contração “da”, evidenciando, assim, a necessidade do artigodefinido por parte do nome. (B) Errado – Como “13h” está antecedido pelapreposição “de” – não contraída com artigo –, devemos anteceder a preposição“a” a “18h” – sem contração com o artigo “as”. (C) Errado – Não seemprega crase em expressões formadas por palavras repetidas. (D) Errado –Não se emprega crase antes de verbos – no caso, “partir”. (E) Errado – Não seemprega crase antes de palavra masculina – no caso, “cavalo”. Alternativa A.

10842. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a palavra que, no texto, NÃO desempenhe papel adjetivo.(A) suficiente (linha 9).(B) alguns (linha 8).(C) sua (linha 24).(D) própria (linha 36).(E) diversos (linha 1).

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RESPOSTA (A) O termo “suficiente” é substantivo. (B) O termo “alguns”modifica “fatores”, desempenhando função adjetiva. (C) O termo “sua” modifica“vez”, desempenhando função adjetiva. (D) O termo “própria” modifica“sustentação”, desempenhando função adjetiva. (E) O termo “diversos” modifica“setores”, desempenhando função adjetiva. Alternativa A.

10843. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimentosocial e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas deorganização entre os povos (linhas 10 e 11).Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura destacada no períodoacima tenha provocado alteração sintática e semântica.(A) porquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre ospovos.(B) pois o homem sistematizou formas de organização entre os povos.(C) conquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre ospovos.(D) já que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.(E) uma vez que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.5638/5805RESPOSTA As conjunções e locuções conjuntivas “porque”, “pois”,“porquanto”, “já que” e “uma vez que” têm valor semântico causal ou explicativo.Já a conjunção “conquanto” tem valor semântico concessivo, equivalendoa “embora”. Alternativa C.

10844. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença social, seu combate outratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessário o envolvimentode toda a sociedade (linhas 32 a 34).Assinale o termo que NÃO poderia ser colocado após o ponto e vírgula sob penade provocar grave alteração de sentido.(A) portanto,(B) não obstante,(C) logo,(D) nesse sentido,(E) assim,RESPOSTA A oração após o ponto-e-vírgula tem valor semântico conclusivo.Dessa forma, os conectores “portanto”, “logo”, “nesse sentido”, “assim” sãoadequados para introduzir essa oração. A locução conjuntiva “não obstante”,por sua vez, tem valor concessivo, equivalendo a “embora”. Alternativa B.5639/5805(Rodrigo Zoom. http://tirasnacionais.blogspot.com).

10845. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Pela leitura do quadrinho, é possível inferir que(A) o menino não gosta do seu pai.(B) o menino não acredita na explicação da mãe.(C) a mãe percebe a ironia na fala do filho.(D) o pai do menino é feio.(E) o pai do menino havia sido uma pessoa bonita.RESPOSTA A mãe justifica ser bonita por ser uma boa pessoa. Seguindo essalógica, como o pai do garoto não é bonito, é de se esperar que ele não sejauma boa pessoa. Essa é a interpretação ingênua do garoto. Alternativa D.

10846. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a alternativa em que a alteração da última fala do menino tenhasido feita mantendo-se a equivalência de tempos verbais.(A) Não sabia que o papai é uma pessoa tão ruim assim.(B) Não sabia que o papai fora uma pessoa tão ruim assim.(C) Não sabia que o papai era uma pessoa tão ruim assim.5640/5805(D) Não sabia que o papai foi uma pessoa tão ruim assim.(E) Não sabia que o papai seria uma pessoa tão ruim assim.RESPOSTA A forma composta “havia sido” corresponde à forma simples dopretérito mais-que-perfeito do modo indicativo. Alternativa B.

10847. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Assinale a alternativa em que se tenha feito corretamente a transposiçãoda primeira fala do menino para o discurso indireto.(A) O filho perguntou à mãe como é possível ela ser tão bonita, tão magrinha eter os cabelos com tanto brilho.(B) O filho perguntou à mãe como era possível a senhora ser tão bonita, tão magrinhae ter os cabelos com tanto brilho.(C) O filho perguntou à mãe como seria possível a senhora ser tão bonita, tãomagrinha e ter os cabelos com tanto brilho.(D) O filho perguntou à mãe como seria possível ela ser tão bonita, tão magrinhae ter os cabelos com tanto brilho.(E) O filho perguntou à mãe como era possível ela ser tão bonita, tão magrinha eter os cabelos com tanto brilho.RESPOSTA Na conversão do discurso direto para o indireto, a forma verbal“é” – presente do indicativo – se converte na forma “era” – pretérito imperfeitodo indicativo. Além disso, o pronome de tratamento “senhora” se converteem “ela”. Assim, a construção adequada seria: “O filho perguntou à mãecomo era possível ela ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tantobrilho.”. Alternativa E.

10848. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Em relação à fala da mãe, analise as afirmativas a seguir:I. Há quatro orações.II. Todas as orações da fala são coordenadas.III. Todas as orações são desenvolvidas.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

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(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.5641/5805RESPOSTA (I) Falso – Há 5 (cinco) orações: a oração principal “Basta” e asorações subordinadas “ser uma boa pessoa”, “fazer o bem ao próximo”, “nãomentir” e “comer os legumes”. (II) Falso – Há 1 oração principal – “Basta” –e 5 orações subordinadas coordenadas entre si. (III) Falso – As orações subordinadassão reduzidas de infinitivo. Alternativa C.

10849. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Na fala da mãe, há(A) um artigo.(B) dois artigos.(C) três artigos.(D) cinco artigos.(E) quatro artigos.RESPOSTA Os artigos estão identificados em destaque: “Basta ser uma boapessoa, fazer o bem ao próximo, não mentir e comer os legumes”. AlternativaE.5642/5805

10850. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 –FGV) Em relação à expressão Putz!, enunciada pelo menino, analise as afirmativasa seguir:I. Constitui exemplo de palavra formada por onomatopeia.II. Classifica-se como interjeição.III. É exemplo de estrangeirismo.Assinale(A) se apenas a afirmativa III estiver correta.(B) se apenas a afirmativa I estiver correta.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se apenas a afirmativa II estiver correta.(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.RESPOSTA (I) Falso – Não se trata da imitação de um som de um animal ouobjeto. (II) Verdadeiro – Trata-se de uma interjeição, indicativa de umareação de surpresa. (III) Falso – Não se trata de uma palavra estrangeira. AlternativaD.Financiamento de campanhas eleitorais: aspectos éticos1Além dos aspectos legais, as empresas que decidirem participar do processoeleitoral devem buscarprocedimentos éticos na tomada de decisões relacionadas ao financiamentode candidatos e partidos políticos.Tradicionalmente, os controladores das empresas são os responsáveis peladecisão de como os recursos devemser distribuídos entre candidatos e partidos. Os sócios e colaboradores dificilmentesão consultados, e muitas5vezes o apoio reflete mais as posições pessoais dos controladores do que osvalores e princípios das empresas.A consulta aos sócios e colaboradores sobre candidatos e partidos que aempresa deve apoiar não implica,necessariamente, transformar a decisão desse apoio em algo coletivo. Osimples fato de consultá-los ajudaa criar um ambiente socialmente responsável nas empresas. É certo que aseparação dos valores e princípiospessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, maisainda, a transformação dessa10dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tãosensíveis como o apoio adeterminado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grandeparte dos empresários. Tambémé certo, por outro lado, que, ao aumentarem a transparência do processode tomada de decisões, as empresasadquirem o respeito das pessoas e comunidades que são impactadas porsuas atividades e são gratificadascom o reconhecimento e engajamento dos seus colaboradores e a preferênciados consumidores, em15consonância com o conceito de responsabilidade social, o qual, é sempre bomlembrar, está se tornandocada vez mais fator de sucesso empresarial e abrindo novas perspectivaspara a construção de um mundoeconomicamente mais próspero e socialmente mais justo.Outra iniciativa que pode ter grande impacto junto aos colaboradores,parceiros e sócios das empresas é apromoção de debates sobre o processo eleitoral e o funcionamento e atribuiçõesdas instâncias de poder20em jogo nas eleições (Presidência da República, Senado, Câmara Federal eAssembleias Legislativas). Asempresas podem convidar candidatos, cientistas políticos, jornalistas e administradorespúblicos para adiscussão de ideias, propostas e conceitos. Também podem incentivar debatespolíticos dentro da empresa,bem como trazer matérias sobre o tema em publicações internas. É importantedesmistificar a ideia de quepolítica é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuirpara aumentar a consciência política25e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros ecolaboradores. Esseprocedimento ajuda a criar na sociedade ambiente ético e transparente,acentuando a democracia nasrelações sociais e políticas.Além de consultar sócios, parceiros e colaboradores e de realizar debates,as empresas podem também

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promover campanhas de esclarecimento junto a seus colaboradores. Umconceito útil para ser adotado é30o do voto consciente.Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos que há muitodeveriam ter sido excluídos da vida5644/5805política nacional, como a compra de votos e a atitude de diversos candidatos,durante as campanhas eleitorais,de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em troca da promessa devoto dos eleitores. O conceito devoto consciente é justamente o contraponto dessas práticas, visando estabelecercritérios racionais que façam35do voto um instrumento de cidadania. Voto consciente é aquele em que o cidadãopesquisa o passado doscandidatos, avalia suas histórias de vida e analisa se as promessas e programaseleitorais são coerentes comas práticas dos candidatos e de seus partidos.(Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral.Disponível em: <www.ethos.org.br>. Com adaptações).

10851. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Combase na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir:I. Tradicionalmente, a decisão de uma empresa apoiar determinado candidato noprocesso eleitoral tem mais relação com uma concepção individual do queempresarial.II. As consultas a sócios e colaboradores e debates com os candidatos ajudam apromover a responsabilidade social das empresas.III. É possível, dentro do conceito ético de responsabilidade social, que a empresaapoie candidato que não represente a convicção pessoal de seuscontroladores.Assinale(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.RESPOSTA (I) Verdadeira – Geralmente são os controladores que tomamesse tipo de decisão, sem que sejam consultados sócios e colaboradores. (II)Verdadeira – É o que se afirma no terceiro parágrafo: “O simples fato deconsultá-los ajuda a criar um ambiente socialmente responsável nas empresas.”(III) Verdadeira – Dentro da lógica de não se confundirem os interessesdos controladores com os da empresa, torna-se possível sim um apoio por5645/5805parte da empresa que divirja dos interesses de seus controladores. AlternativaA.

10852. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) O textose classifica como(A) narrativo.(B) injuntivo.(C) descritivo.(D) dissertativo.(E) epistolar.RESPOSTA O texto analisa o tema das questões éticas que envolvem a participaçãodas empresas no apoio a candidatos e no financiamento de campanhaspolíticas. Propõe procedimentos que podem contribuir para que os princípioséticos sejam atendidos plenamente. Essa forma de abordagem caracteriza otexto como dissertativo. Vale ressaltar que texto narrativo se caracteriza porcontar uma história e texto injuntivo, por instruir. Já no texto descritivo,caracteriza-se algo e o texto epistolar corresponde ao padrão da carta. AlternativaD.

10853. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Tambémé certo, por outro lado, que, ao aumentarem a transparência do processode tomada de decisões, as empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidadesque são impactadas por suas atividades e são gratificadas com o reconhecimentoe engajamento dos seus colaboradores e a preferência dos consumidores,em consonância com o conceito de responsabilidade social, o qual, ésempre bom lembrar, está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresariale abrindo novas perspectivas para a construção de um mundo economicamentemais próspero e socialmente mais justo (linhas 11 a 17).O período acima é composto por(A) seis orações.(B) oito orações.(C) nove orações.(D) sete orações.(E) dez orações.RESPOSTA É possível identificar as seguintes orações:1) Também é certo, por outro lado5646/58052) ao aumentarem a transparência do processo de tomada de decisões3) que as empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidades4) que são impactadas por suas atividades5) e são gratificadas com o reconhecimento e engajamento dos seus colaboradorese a preferência dos consumidores, em consonância com o conceito deresponsabilidade social6) é sempre bom7) lembrar8) o qual está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial9) e abrindo novas perspectivas para a construção de um mundo economicamentemais próspero e socialmente mais justo.Vale ressaltar que, em “está se tornando”, temos uma locução verbal, queconta como uma única oração. Alternativa C.

10854. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Voto

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consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avaliasuas histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais sãocoerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos (linhas 35 a 37).A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:I. O adjetivo eleitorais refere-se sintaticamente tanto a promessas quanto a programas,mas semanticamente diz respeito somente a programas.II. Há somente uma conjunção integrante.III. Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Falso – O adjetivo “eleitorais” se refere tanto sintática comosemanticamente aos substantivos “promessas” e “programas”. (II) Verdadeiro– Trata-se da conjunção “se”, que introduz a oração subordinada substantivaobjetiva direta “se as promessas e os programas eleitorais são coerentes com5647/5805as práticas dos candidatos e de seus partidos.”. (III) Verdadeiro – São pronomessubstantivos “aquele” e “que”, que substituem “voto consciente”. E ospronomes adjetivos são “suas” e “seus”, que acompanham, respectivamente,os substantivos “promessas” e “programas eleitorais”. Alternativa E.

10855. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Infelizmente,ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos... (linha 31).No trecho acima, foi empregada a regência do verbo em completo acordo com anorma culta. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.(A) O povo aspira a governos menos corruptos.(B) Ele assiste em Belém.(C) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas.(D) As empresas pagaram aos funcionários na data correta.(E) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos.RESPOSTA (A) Certo – O verbo “aspirar”, no sentido de “almejar”, é transitivoindireto e é regido pela preposição “a”. (B) Certo – O verbo “assistir”, nosentido de “morar”, “residir”, é intransitivo e é regido pela preposição “em”.(C) Errado – O verbo “implicar”, no sentido de “acarretar”, é transitivo direto.Assim, o correto seria “implica medidas éticas”. (D) Certo – O verbo “pagar” ébitransitivo e solicita como objeto direto um nome de coisa e como objeto indiretoum nome de pessoa (pagar algo a alguém). (E) Certo – O verbo esquecer,quando não pronominal, é transitivo direto (Esquecer algo). Quando pronominal,é transitivo indireto e é regido pela preposição “de” (Esquecer-se dealgo). Alternativa C.

10856. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Essa éuma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade dovoto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores (linhas24 e 25).A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise as afirmativas aseguir:I. O pronome Essa tem valor anafórico.II. Em toda a cadeia produtiva, a supressão do artigo “a” não provoca alteração desentido.III. O período é todo composto por subordinação.Assinale5648/5805(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Verdadeiro – O pronome “essa” é anafórico, ou seja, retomauma ideia já citada no texto. No caso, a expressão “essa forma” retoma a ideiade “desmistificar a ideia de que a política é uma sujeira só e sem utilidade”.(II) Falso – Com a presença do artigo definido, trata-se de uma cadeia específica;sem a presença do artigo definido, trata-se de uma cadeia qualquer.(III) Verdadeiro – Temos a oração principal “Essa é uma forma” e a oraçãosubordinada substantiva completiva nominal “de contribuir”; esta última oraçãose comporta como principal da oração subordinada substantiva objetivaindireta “para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro detoda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores”. Alternativa A.

10857. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Ossócios e colaboradores dificilmente são consultados, e muitas vezes o apoio refletemais as posições pessoais dos controladores do que os valores e princípiosdas empresas (linhas 4 e 5).A respeito da vírgula no período acima, é correto afirmar que(A) está correta, pois se trata de vírgula antes da conjunção E com valoradversativo.(B) está correta, pois é caso de vírgula antes da conjunção E que inicia oraçãocom sujeito diferente do da anterior.(C) está incorreta, uma vez que não é necessário usar vírgula já havendo a conjunçãoE, mesmo sem valor aditivo.(D) está incorreta, já que introduz oração aditiva, mesmo que os sujeitos sejamdiversos.(E) é facultativa, pois as orações apenas se justapõem e não se coordenam.RESPOSTA Não ocorre vírgula antes do “e” aditivo. No entanto, seu uso é facultadocaso essa conjunção conecte orações com sujeitos diferentes. Se, porventura, as orações tiverem o mesmo sujeito, torna-se proibitivo o empregoda vírgula. Alternativa B.5649/5805

10858. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Assinalea palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos

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(linha 4).(A) sócio(B) sofrê-lo(C) lúcidos(D) constituí(E) órfãosRESPOSTA O termo “distribuídos” é acentuado pelo fato de o “i” formar hiatoe estar isolado em uma sílaba (dis – tri – bu – í – dos). (A) Errado – A palavra“sócio” é acentuada pelo fato de ser paroxítona terminada em ditongo crescente.(B) Errado – O termo “sofrê-lo” é acentuado pelo fato de ser oxítonaterminada em “e”. (C) Errado – A palavra “lúcidos” é acentuada pelo fato deser proparoxítona. (D) Certo – A forma verbal “constituí” – 1a pessoa do singulardo pretérito perfeito do indicativo – é acentuada pelo fato de o “i” formarhiato e estar isolado numa sílaba (cons – ti – tu – í). (E) Errado – A palavra“órfãos” é acentuada devido ao fato de ser paroxítona terminada em “ão(s)”.Alternativa D.

10859. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) É corretoafirmar, em relação ao texto, que o quinto parágrafo(A) retoma o parágrafo anterior, relativizando-o.(B) tem papel aditivo em relação aos dois parágrafos anteriores.(C) explicita o parágrafo anterior.(D) explica os dois parágrafos anteriores.(E) dá continuidade ao parágrafo anterior, exemplificando-o.RESPOSTA O quinto parágrafo é iniciado pelo conector aditivo “Além disso”.Ele soma informação aos dois parágrafos anteriores: o 3º, que aponta a necessidadede se consultarem sócios ou colaboradores da empresa sobre quecandidato apoiar; e o 4º, que aponta a necessidade de se promoverem debatesnas empresas, com convites aos candidatos participantes do pleito. AlternativaB.5650/5805

10860. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) É certoque a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valorese princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação emum novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como oapoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil paragrande parte dos empresários (linhas 8 a 11).Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o períodoacima.(A) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato, ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.(B) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e − mais ainda − a transformaçãodessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato aindaé uma atitude difícil para grande parte dos empresários.(C) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas e − mais ainda −, a transformaçãodessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato aindaé uma atitude difícil para grande parte dos empresários.(D) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectostão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.(E) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladoresdos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessadissociação em um novo critério para a tomada de decisões, sobre aspectostão sensíveis, como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é umaatitude difícil para grande parte dos empresários.RESPOSTA (A) Errado – A vírgula antes de “ainda” é equivocada, pois separao sujeito – “a separação dos valores e princípios... o apoio a determinadopartido ou candidato” – do respectivo predicado – “ainda é uma atitude difícil5651/5805para grande parte dos empresários.”. (B) Certo. (C) Errado – É equivocado oemprego da vírgula após “– mais ainda –”, pois se isola a conjunção “e” dorestante da oração aditiva. (D) Errado – Está equivocado o emprego da vírgulaantes da conjunção “e”, pois esta tem caráter aditivo e está conectando doistermos coordenados entre si: os núcleos do sujeito. (E) Errado – Está equivocadoo emprego da vírgula antes da conjunção “e”, pois esta tem caráter aditivoe está conectando dois termos coordenados entre si: os núcleos do sujeito.Também está equivocada a vírgula depois de “decisão”, pois esta isola nome –decisão – e complemento nominal – sobre os aspectos tão sensíveis. AlternativaB.

10861. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) No últimoparágrafo, as aspas em doar confirmam, para o vocábulo, seu aspecto de(A) polifonia.(B) coloquialismo.(C) antonímia.(D) metáfora.(E) ironia.RESPOSTA O verbo “doar” foi empregado num sentido irônico. Isso quer dizerque não se pode levar a sério o que é dito, pois não se trata propriamente deuma doação. Se analisarmos o contexto, as cestas básicas e os vários brindessão apresentados como instrumentos de chantagem eleitoral – e não umadoação ou ato de caridade -, servindo como moeda de troca para a obtençãodo voto do eleitor. Alternativa E.

10862. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) Assinale

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a palavra em que o prefixo tenha o mesmo valor semântico que o de dissociação(linha 10).(A) dissolver(B) dispor(C) discordar(D) disenteria(E) dissimularRESPOSTA O prefixo “dis-” em “dissociação” tem valor semântico de negação.(A) Errado – O valor semântico do prefixo é de separação,5652/5805espalhamento. (B) Errado – O valor semântico do prefixo é de organização, arranjo.(C) Certo – O valor semântico do prefixo é de negação. (D) Errado – Ovalor semântico do prefixo é de “mau estado”, “mau funcionamento”. (E) Errado– O valor semântico do prefixo é de ênfase, reforço da ação – no caso,reforço da ação simular. Alternativa C.

10863. (Analista Judiciário – TRE-PA – 2011 – FGV) É importantedesmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade(linhas 23 e 24).Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:I. É possível deslocar o vocábulo só para antes do verbo sem provocar alteraçãode sentido.II. Há uma oração subjetiva.III. Há uma oração completiva nominal.Assinale(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.RESPOSTA (I) Falso – Se deslocarmos o advérbio “só” para antes da formaverbal “é”, tal advérbio assume o significado de “somente” – “a política é só (=somente) uma sujeira”. Na redação original, por sua vez, o advérbio tem valorde intensidade. (II) Verdadeiro – Trata-se da oração reduzida “desmistificar aideia de que...”, que exerce função sintática de sujeito. (III) Verdadeiro –Trata-se da oração “de que política é uma sujeira só e sem utilidade”. AlternativaA.

10864. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Naquestão, assinale a opção que está de acordo com as ideias do texto.A mobilização permanente dos movimentos proletários estimulou o aparecimentode um Estado cada vez mais interventor, que, em meados doséculo XX (também por conta de outros fatores), realizou-se plenamente:o Estado Social. O Direito e a Justiça do Trabalho são, em última análise,uma das expressões desse Estado Social (menos liberal e mais interveniente),uma vez que um dos pressupostos do direito trabalhista é que há,5653/5805entre empregado e empregador, um desnível de poder que deve ser sanado,inclusive por meio da atuação jurídica estatal. Dessa forma, não é exagerodizer, a pressão dos trabalhadores ao longo dos séculos XIX e XXajudou a democratizar várias sociedades capitalistas no Ocidente – dadoque fez surgir, como consequência de suas lutas, as primeiras normas doDireito do Trabalho, materializadas nos primeiros acordos entre trabalhadorese patrões. A existência dos movimentos proletários é, portanto, acausa histórica da formação do Direito e da Justiça do Trabalho nomundo.(Raquel Veras Franco, Breve histórico da justiça e do direito do trabalho nomundo – http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico).(A) As primeiras normas do Direito do Trabalho impulsionaram as lutas dos trabalhadorespor sua revogação.(B) O Estado Social, como menos liberal e mais interveniente, ainda ignora oDireito e a Justiça do Trabalho.(C) Entre empregado e empregador, segundo os pressupostos do direito trabalhista,há uma simetria que deve ser mantida.(D) A pressão dos trabalhadores ao longo dos séculos XIX e XX prejudicou ademocratização das sociedades capitalistas do Ocidente.(E) A realização do Estado Social decorre, em parte, da mobilização permanentedos movimentos proletários do século XX.RESPOSTA (A) Errado – Os trabalhadores se sentiram privilegiados com asprimeiras normas do Direito do Trabalho, sendo equivocado afirmar que esteslutaram pela revogação (anulação). (B) Errado – São o Direito e a Justiça doTrabalho uma das expressões do Estado Social. (C) Errado – Há sim uma assimetria,visto que há um desnível na relação de poder entre patrões eempregados. (D) Errado – Foi essa pressão dos trabalhadores que estimulou ademocratização em muitas sociedades capitalistas. (E) Certo. Alternativa E.

10865. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Naquestão, assinale a opção que está de acordo com as ideias do texto.O exame sereno dos fatos mostra que o Movimento dos Sem-Terra – MSTtem sido, ao longo dos anos, instrumento de contenção política da revoltadesesperada dos que se encontram sem lugar no mundo. Sem o MST,provavelmente haveria hordas de excluídos saqueando e incendiando oscampos, como em outros tempos históricos. Fala-se muito no direito depropriedade como extensão natural da liberdade dos homens. Mas o5654/5805direito à propriedade não é o direito que a herança atribui. O acesso à propriedadeda terra, que é, em princípio, direito de todos os homens, nãopode ser impedido pela voracidade ambiciosa de alguns. A terra não deveservir ao enriquecimento, porque é o único meio de sobrevivência de todosos seres. A terra e a água são indispensáveis à vida, e o direito à vida, deacordo com os mais antigos princípios de justiça, é anterior ao direito àpropriedade e sobre ele prevalece.(Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 19/04/2006).(A) A atuação do MST tem sido benéfica à sociedade, pois contém a possível onda

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de saques e incêndios no campo.(B) O MST permite a explosão da revolta desesperada dos que se encontram semlugar no mundo.(C) O direito à propriedade deve ser circunscrito ao que a herança atribui aosbeneficiários.(D) A terra deve servir ao enriquecimento e ao desenvolvimento de apenas algunssetores da sociedade.(E) O direito à propriedade deve prevalecer sobre o direito à vida, em qualquercircunstância.RESPOSTA (A) Correto. (B) Errado – Segundo o texto, o MST atua no sentidode conter uma revolta explosiva por parte dos sem-terra. (C) Errado – O quese afirma no texto é justamente o oposto: “...o direito à propriedade não é odireito que a herança atribui”. (D) Errado – Segundo o texto, o direito à terra éde todos os homens e não pode ser instrumento das ambições de alguns indivíduos.(E) Errado – É o oposto: o direito à vida é anterior ao da propriedade.Alternativa A.

10866. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Assinalea opção que representa continuidade coesa e coerente para o texto abaixo.Em 1850, o Brasil tinha dois milhões de escravos. Na Europa, a revoluçãoindustrial passou a exigir cada vez mais mão de obra, que se tornou escassa.Por outro lado, a mão de obra livre do país não servia aos propósitos daplantação cafeeira. A solução preconizada então foi a imigração europeia.Começam a criar, na época imperial, colônias de imigrantes, trazidos coma convicção de uma natural superioridade da raça com uma ética própriapara o trabalho. Em 1824, foi criada a primeira colônia alemã em São Leopoldo,no Rio Grande do Sul.5655/5805(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463).(A) Por meio de contratos de parceria, os imigrantes europeus vendiam seu trabalhofuturo.(B) Contanto que, em 1852, Vergueiro, comece a contratar diretamenteimigrantes na Europa, financiado pelo governo.(C) Ficava devendo as passagens, transporte, comissões de contrato, além de outrasdespesas.(D) Porquanto, nesse contexto, os escravos libertos passaram a não ter trabalho,ficando sem condições de inserção social e de sobrevivência.(E) No entanto, o trabalho foi fornecido ao trabalhador europeu, pois era maisvantajoso ao proprietário, dadas as condições contratuais onerosas impostasaos imigrantes.RESPOSTA Na letra B, temos uma frase incompleta, que apresenta somenteuma oração subordinada condicional (“Contanto que, em 1852...”) sem sua respectivaoração principal. Na letra C, não está claro qual é o sujeito de“ficava”. Na letra D, temos uma frase incompleta, que apresenta somente oraçãosubordinada causal (“Porquanto, nesse contexto,..”) sem sua respectivaoração principal. Na letra E, não há compatibilidade semântica em iniciar afrase pelo conector adversativo “No entanto”. Alternativa A.

10867. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Julguecomo verdadeiros (V) ou falsos (F) os itens a respeito do texto abaixo.1Uma única inovação ocorrida no século XV teve enorme influência para o progresso,a inclusão social e a reduçãoda pobreza. Foi a invenção do conceito de capital social pelo frei Luca Paccioli,o criador da contabilidade.Antes de Luca Paccioli, um comerciante ou produtor que não pagasse suasdívidas poderia ter todos os benspessoais, como casa, móveis e poupança, arrestados por um juiz ou credor.5Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital social de formaequivocada, numa tentativadeliberada de confundir o leitor.(Adaptado de Stephen Kanitz, O capital social. Veja, 12 de abril, 2006).( ) Depreende-se da expressão “Uma única inovação” (linha 1) que as demais inovaçõesocorridas no século XV não resistem até hoje.5656/5805( ) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao trocar “invenção”(linha 2) por criação e “criador” (linha 2) por inventor, respectivamente.( ) Apesar de se classificar como artigo indefinido, o artigo “um” tem a função dedeterminar ou identificar, no texto, “comerciante” (linha 3) e “produtor”(linha 3).( ) Por integrar uma enumeração, a vírgula depois de “poupança” (linha 4) é facultativae pode ser suprimida sem que se prejudique a correção gramaticaldo texto.( ) Por constituir um valor oposto às informações do primeiro parágrafo, o períodofinal do texto admite ser iniciado pelo conectivo No entanto, seguidode vírgula, fazendo-se os ajustes nas iniciais maiúsculas.A sequência correta é(A) V V F V F.(B) F V F F V.(C) V F F F V.(D) F V V F F.(E) F F V V F.RESPOSTA (I) Falso – Foi essa única inovação que, diferentemente das demais,foi significativa para o progresso, a inclusão social e a redução dapobreza. (II) Verdadeiro – São palavras sinônimas que, no contexto, mantêmo mesmo sentido. (III) Falso – O artigo indefinido “um” tem sentido equivalentea “qualquer cidadão” ou “qualquer produtor”, não se especificando quem.(IV) Falso – Se retirarmos a vírgula, transformaremos a oração adjetiva explicativa“arrestados por um juiz ou credor” em adjetiva restritiva, mudando, assim,o sentido da frase original. (V) Verdadeiro – Enquanto o primeiro parágrafoaborda a criação do conceito de capital social e suas contribuições, o segundoinsere a ressalva de que muitos cientistas e políticos empregam esseconceito de forma equivocada. Alternativa B.

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10868. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta errogramatical.(A) No livro Breve História do Trabalho no Brasil, Almir Pazzianotto esboça atrajetória da classe trabalhadora, da colonização portuguesa ao último governomilitar. Mostra como se explorou, sem limites éticos e humanos, a mãode obra indígena e negra e como, durante a Primeira República, as oligarquias,com medo das ideias revolucionárias trazidas pelos imigrantes, procurarambloquear as tentativas de organização dos trabalhadores.5657/5805(B) Mostra também como se desenhou o modelo sindical brasileiro, a partir doprimeiro governo de Getúlio Vargas, e por que esse modelo se manteve incólumeaté a Constituição de 1988, apesar das profundas transformaçõespolítico-institucionais pelas quais passou o País nesse período.(C) Registra, também, que a redemocratização do Brasil significou apenas umaatenuação do modelo anterior, sendo ainda marcante a participação doEstado na vida sindical, por meio de normas obrigatórias relativas a modelode organização, registro, quotas compulsórias, negociações salariais e dissídioscoletivos.(D) O autor dedica atenção especial à figura marcante de Getúlio Vargas, suasideias sobre o movimento trabalhista e sobre o papel reservado às classesoperárias no desenvolvimento nacional, trazendo o livro, em apêndice, a íntegrada Carta Testamento e de três célebres discursos proferidos no Dia doTrabalho.(E) Embora fundamentado em sólida bibliografia, o livro não tem a aridez dostextos acadêmicos. Almir Pazzianotto Pinto, como advogado trabalhista noABCD paulista, como Ministro do Trabalho ou como Ministro do TribunalSuperior do Trabalho, conviveu com muitos dos personagens que retratam efoi testemunha de outras tantas histórias que registra, emprestando, assim,um calor especial à narrativa.(http://www.stpinf.com:8080/producao/genadm.nsf/Paginas)RESPOSTA Há um erro de concordância verbal em “retratam”, que deveriaestar no singular, por concordar com o sujeito “Almir Pazzianotto Pinto”. Ocorreto, portanto, seria:“Embora fundamentado em sólida bibliografia, o livro não tem a aridez dostextos acadêmicos. Almir Pazzianotto Pinto, como advogado trabalhista noABCD paulista, como Ministro do Trabalho ou como Ministro do Tribunal Superiordo Trabalho, conviveu com muitos dos personagens que retrata e foitestemunha de outras tantas histórias que registra, emprestando, assim, umcalor especial à narrativa”. Alternativa E.

10869. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro.(A) A Primeira Revolução Industrial pode ser entendida como uma guinada detodos os indicadores econômicos ingleses, sobretudo nas duas últimas décadasdo século XVIII.(B) Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões: a intensificaçãodo Comércio Internacional desde o século XVI, a Revolução Agrícola5658/5805(e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades), o surgimentode uma indústria têxtil inglesa etc.(C) Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawmchama de a “partida para o crescimento autossustentável”. Por “crescimentoautossustentável” entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas,até então sujeito a variáveis climáticas ou demográficas, tornou-se crescentee constante – livre de epidemias, fomes, pestes ou intempéries, que regularmenteceifavam grandes contingentes de mão de obra em quase toda aEuropa.(D) Contraposto à Idade Média, em que o problema crônico da produção era afalta de homens e mulheres nos campos (e não de terras), o período que sesegue à Revolução Industrial é aquele em que o homem começa a tornar-seum pouco mais supérfluo.(E) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes massas dedesempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabrilmecanizado que produzia “em quantidades tão grandes e a um custo tãorapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente,mas de criar o seu próprio mercado”.(Raquel Veras Franco, Breve histórico da justiça e do direito do trabalho no mundo – http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico).RESPOSTA Ocorre um erro de concordância verbal em “tiveram”, que deveriaestar no singular, por concordar com o núcleo do sujeito “avanço”. O correto,portanto, seria: “Tal avanço dos indicadores econômicos teve várias razões:a intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, a RevoluçãoAgrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades),o surgimento de uma indústria têxtil inglesa etc.”. Alternativa B.

10870. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos a seguir constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro deconcordância.(A) As riquezas geradas eram, de fato, imensas e as condições de vida nas cidadescostumavam ser horríveis. Para se ter ideia, alguns recenseamentos ingleses,da década de 1840, relatam que o homem do campo vivia, em média, 50anos e o da cidade, 30 anos.(B) Talvez esses números sejam indicadores da dramaticidade das modificaçõesocasionadas, na vida de milhões de seres humanos, pela RevoluçãoIndustrial.5659/5805(C) Essa dramaticidade que, muitas vezes, nos escapa, mas que podemos entrever,como nos informa Hobsbawm, se levarmos em conta que era comum,nas primeiras décadas dos oitocentos, encontrar trabalhadores citadinosvivendo de forma que seria absolutamente irreconhecível para seus avós oumesmo para seus pais.(D) A fragmentação das sociedades campesinas tradicionais, que originou as

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grandes massas nas cidades, fazem com que, nas palavras de Hobsbawm,“nada se tornasse mais inevitável” do que o aparecimento dos movimentosoperários.(E) Aqueles trabalhadores, que viviam em condições insuportáveis, não tinhamquaisquer recursos legais, somente alguns rudimentos de proteção pública.(Raquel Veras Franco, Breve histórico da justiça e do direito do trabalho no mundo – http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico).RESPOSTA A forma verbal “fazem” deveria estar no singular, uma vez que háde se manter a concordância com o núcleo do sujeito “fragmentação”. O correto,então, seria: “A fragmentação das sociedades campesinas tradicionais,que originou as grandes massas nas cidades, faz com que, nas palavras deHobsbawm, ‘nada se tornasse mais inevitável’ do que o aparecimento dos movimentosoperários”. Alternativa D.

10871. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmente correta.(A) O primeiro interesse dos espanhóis e portugueses pela América foi o ouroacumulado. A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugala manutenção da colônia, ameaçada de ocupação. Nesse período,somente a ocupação representava verdadeiro domínio. Por outro lado, osgastos de defesa eram bastante elevados.(B) Como os portugueses já possuíam experiência no cultivo do açúcar emgrande escala nas ilhas do Atlântico, a junção desse conhecimento técnicodos portugueses com a capacidade de transporte dos holandeses na Europapermitiriam a produção do açúcar em larga escala no Brasil.(C) O principal problema para essa expansão seria a mão de obra, pois nãohaviam na colônia e o transporte de Portugal era economicamente inviável.(D) Na expansão da plantação do açúcar no Brasil, Portugal utilizou-se, inicialmente,do trabalho de índios escravizados. Mas o sistema de monopólio daprodução do açúcar entraram em decadência com o início da produção nasilhas das Antilhas, fazendo com que o preço do produto caísse.5660/5805(E) A necessidade política de colonização das terras e a ausência de mão de obraexcedente na Península Ibérica, na época, levaram Portugal a optar pela introduçãoda mão de obra escrava africana (negra).(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/ article/viewPDFInterstitial/1766/1463).RESPOSTA (A) Errado – É equivocado o emprego do acento grave antes de“Portugal”, que não pede artigo definido “a” (“Fui a Portugal” sem crase, pois“Voltei de Portugal” sem artigo definido). (B) Errado – Há um equívoco deconcordância no uso da forma “permitiriam”, que deveria estar no singularpara concordar com o núcleo do sujeito “junção”. (C) Errado – Há um equívocona flexão da forma “haviam”, uma vez que o verbo “haver” é impessoal (sentidode “existir”) e só admite flexão no singular (havia na colônia...). (D) Errado– Há um equívoco na flexão da forma “entraram”, que deveria estar nosingular para concordar com o núcleo do sujeito “sistema”. (E) Certo. AlternativaE.

10872. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos a seguir foram adaptados de uma reportagem da Folha de S.Paulo, 30 deabril de 2006. Assinale aquele que não apresenta erro de natureza gramatical.(A) Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantiasque os salários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos decrise, pois as maiores perdas entre 2002 e 2006, ocorreram nos trabalhadorescom mais de 11 anos de estudo.(B) A maior perda real da remuneração das pessoas, com maior nível de instruçãoocorre em razão da grande oferta de mão de obra qualificada, semter a contrapartida da expansão das vagas “de classe média”.(C) À força de trabalho “abundante” traz-se um alto nível de competição no mercadode trabalho que “achatam” os salários, especialmente em períodos defraco nível de atividade econômica.(D) Com farta oferta de mão de obra no Brasil, as empresas podem selecionarprofissionais qualificados pagando-lhes salários mais baixos e, muitas vezes,contratar um profissional mais capacitado do que a função exigiria.(E) O fenômeno não é uma tendência mundial: trata-se de uma anomalia domercado de trabalho brasileiro, que existe uma redução de postos de trabalhopossuindo remunerações mais elevadas por que o modelo econômicobrasileiro destrói empregos de classe média.5661/5805RESPOSTA (A) Errado – Há um equívoco no emprego da vírgula depois de“2006”, uma vez que esta separa sujeito – as maiores perdas entre 2002 e2006 – e verbo – ocorreram. (B) Errado – Há um equívoco no emprego da vírguladepois de “pessoas”, uma vez que esta separa nome – pessoas – e adjuntoadnominal – com maior nível de instrução. (C) Errado – Há um erro deflexão na forma “achatam”, que deveria estar no singular para concordar como núcleo do sujeito “nível”. (D) Certo. (E) Errado – Há vários equívocos:primeiro, a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”; segundo,a forma “por que” está mal empregada. Há a necessidade de empregoda forma “porque”, uma vez que se trata de uma explicação. Também serianecessária uma vírgula antes da forma explicativa “porque”. Assim, o corretoseria: “O fenômeno não é uma tendência mundial: trata-se de uma anomaliado mercado de trabalho brasileiro, em que existe uma redução de postos detrabalho possuindo remunerações mais elevadas, porque o modelo econômicobrasileiro destrói empregos de classe média”. Alternativa D.

10873. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Assinalea opção que corresponde a erro gramatical.A história do petróleo no Brasil, dos primeiros passos até este (1) novodegrau, que é a conquista da autossuficiência, não tem nome oufisionomia particular. Pertence, na verdade, a todos os (2) brasileiros eadministradores que acreditaram na possibilidade de o nosso país desenvolvero seu setor de petróleo com competência e talento. Ela foi escrita,capítulo a (3) capítulo, por valorosos trabalhadores de várias categorias,do técnico de ponta ao mais modesto operário, e não somente (4) poresses, que labutam na linha de frente, nos trabalhos de pesquisas e análises,

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como também, com igual dedicação e entusiasmo, pelos que lhe (5)dão suporte, na retaguarda, inclusive no plano administrativo, essencialquando eficiente.(Joel Mendes Rennó, Jornal do Brasil, 19/04/2006).(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.(E) 5.5662/5805RESPOSTA (1) Correto – A forma “este” é catafórica, ou seja, antecipa umtermo ainda a ser citado – no caso, “conquista da autossuficiência”. (2) Correto– A forma “os” é pronome demonstrativo e equivale a “aqueles”. (3) Correto– Não se emprega acento grave em expressões formadas por palavras repetidas:capítulo a capítulo. (4) Correto – Emprega-se a vírgula antes do “e”,pois este tem valor adversativo (= mas). (5) Errado – Há um equívoco de concordância:deveria ser empregada a forma “lhes”, uma vez que esta substitui“trabalhadores”. Alternativa E.

10874. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Em relaçãoao texto a seguir, assinale a opção incorreta.1O Estado Contemporâneo enfrenta desafios maiores do que os do EstadoModerno. Se o segundo deveria,precipuamente, garantir o funcionamento da concorrência mercantil, oEstado Contemporâneo deve garantir, ao mesmo tempo, liberdade eigualdade; deve equilibrar os interesses entre capital e trabalho, tornandose,para isso, cada vez mais intervencionista – o que o faz passar, aliás, porduas crises: a da legitimação (dessa5intervenção) e a fiscal (diferença crescente entre as saídas necessárias e as entradasinsuficientes à distribuiçãode recursos).(Raquel Veras Franco, Breve histórico da justiça e do direito do trabalho nomundo – http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico).(A) Em “maiores do que” (linha 1), a eliminação de “do” mantém a correção gramaticaldo período.(B) A expressão “segundo” (linha 1) retoma o antecedente “Estado Moderno”(linha 1).(C) O sinal de dois-pontos isola citação de outra voz que não a do autor do texto.(D) Em “que o faz passar” (linha 4), o pronome “o” retoma o antecedente “EstadoContemporâneo” (linha 2).(E) Os parênteses podem ser eliminados, sem prejuízo para a correção gramaticaldo período, desde que se coloque um travessão antes de “diferença”(linha 5).RESPOSTA O uso dos dois-pontos antecede uma enumeração, que explicitaas duas crises: a primeira, referente à crise da legitimação; e a segunda,5663/5805referente à crise fiscal. Além disso, o discurso (a “voz”) após os dois-pontospermanece o do autor. Alternativa C.

10875. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Assinalea opção que não está de acordo com as estruturas do texto.1A relação conflituosa entre fazendeiros e colonos, aliada à crescente dificuldadede importação de escravosnegros da África a partir da década de 60, exige que se use a mão de obranativa, forçando-a ao trabalho na lavoura. Os fazendeiros também reclamavamuma legislação que permitisse garantias dos investimentos namão de obra, do cumprimento dos contratos, da repressão às greves e,ainda, que lhes propiciasse adequada5produtividade. A promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, sinalizando aabolição da escravidão, criouas condições para uma legislação que, ao mesmo tempo em que fazia aregulação minuciosa da contratação do trabalho livre, previa a obrigaçãode o homem livre contratar, como mecanismo de combate à vadiagem.(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/ article/viewPDFInterstitial/1766/1463).(A) A forma verbal “exige” (linha 2) está no singular para concordar com “relaçãoconflituosa” (linha 1).(B) A expressão “reclamavam” (linha 3) está sendo empregada com o sentido delamentavam.(C) A substituição de “se use” (linha 2) por seja usada mantém a correção gramaticaldo período.(D) Em “que lhes propiciasse” (linha 4) o pronome “lhes” refere-se a “Osfazendeiros”.(E) As vírgulas após “1871” (linha 5) e após “escravidão” (linha 5) isolam oraçãoreduzida de gerúndio.RESPOSTA A expressão “reclamavam” possui o sentido de “pedir com insistência”,“exigir”. Na letra A, temos um sujeito simples com núcleo no singular(“relação”). Na letra C, a construção passiva pronominal “se use” equivaleà passiva analítica “seja usada”. Na letra D, o pronome “lhes” é pessoal oblíquoanafórico e retoma “fazendeiros”. Na letra E, a oração “sinalizando a aboliçãoda escravidão” é subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio.Alternativa B.5664/5805

10876. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Assinalea opção que apresenta justificativa correta para o emprego da vírgulacorrespondente.O setor de petróleo brasileiro merece legitimamente a comemoração pelosucesso presente, (1) e as perspectivas do futuro contemplam êxito no trabalhode todas as empresas que atuam nessa área no Brasil, em especial, aPetrobras. Este futuro terá, com certeza, a marca do realismo e da humildade,(2) que são duas virtudes que, invariavelmente, andam juntas.Realismo no reconhecimento das possibilidades e limitações de todas ascoisas. Humildade na renúncia a qualquer espécie de soberba, (3) de cega

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arrogância, (4) entendendo que a construção de uma nação e a consolidaçãode empresas fortes não são façanhas apenas de um punhado de homens,mas, sim, do esforço de uma sociedade inteira, (5) unida pelos laçosmultiplicadores da solidariedade nacional.(Joel Mendes Rennó, Jornal do Brasil, 19/04/2006).(A) 1 – Isola oração subordinada adjetiva explicativa.(B) 2 – Isola oração subordinada adjetiva restritiva.(C) 3 – Isola complemento circunstancial.(D) 4 – Isola oração reduzida de gerúndio.(E) 5 – Isola oração apositiva.RESPOSTA (1) Errado – Emprega-se a vírgula para separar orações coordenadasaditivas com sujeitos diferentes. Vale ressaltar que esse uso é facultativo.(2) Errado – Emprega-se a vírgula para separar uma oração subordinadaadjetiva explicativa da oração principal. (3) Errado – Emprega-se a vírgulapara isolar o aposto explicativo “de cega arrogância”. (4) Correto. (5) Errado –Não se trata de uma oração, uma vez que não há verbo. Trata-se simplesmentede um aposto. Alternativa D.

10877. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Avalie asafirmações abaixo, a respeito do emprego das estruturas linguísticas no texto,para assinalar a opção correta.1Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras imagens que invadem nossamente são as de cartazes de5665/5805liquidação, máquinas registradoras, cheques e cartões de crédito. Mesmonas sociedades orientais, menos capitalistas que a nossa, a ideia de preço ésempre ligada à noção de objeto de valor.Porém, diferentemente do que a mídia informa, nem tudo pode ser compradoe parcelado em três vezes no5cartão. As coisas realmente importantes da vida têm seu preço, isso é certo, masa forma de pagamento ébem diversa das praticadas nos shopping centers. Na infinita negociaçãoque é viver, se sairá melhor aquele que possuir uma sólida conta correntede reservas emocionais e de bom senso do que aquele que confia apenasem sua coleção de cartões de plástico. Lucrará mais aquele que souber respondercom sabedoria a pergunta: vale a pena pagar o preço?(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006).I. Para a coerência textual, o vocábulo “as” tanto pode ser interpretado como umpronome, substituindo o substantivo “imagens” (linha 1), quanto como umartigo definido que deixa implícita a concordância com “imagens” (linha 1).II. O acento indicativo de crase em “à noção” (linha 3) decorre da presença dapreposição a, exigida por “ligada” (linha 3) e do artigo determinante de“noção” (linha 3).III. Por ser expressa a comparação em estrutura oracional, o termo “do que”(linha 4) pode ser escrito apenas como “que”, sem prejuízo da correção gramaticaldo texto.IV. A retirada do pronome em “isso é certo” (linha 5) resulta em erro gramatical,porque a oração fica sem sujeito; o que prejudica a coesão textual.V. Devido ao emprego da vírgula, mantêm-se a coerência textual e a correção gramaticalao empregar o pronome átono depois do verbo em “se sairá” (linha6): sairá-se.VI. As regras gramaticais possibilitam também o emprego do acento indicador decrase em “a pergunta” (linha 8): à pergunta.Estão corretos apenas os itens(A) I, II e VI.(B) I, II, III e V.(C) I, IV e VI.(D) II, III, V e VI.(E) III, IV e V.RESPOSTA (I) Correto – O vocábulo “as” tanto pode exercer sua função usualde artigo definido como também de pronome demonstrativo, equivalendo a“aquelas”. (II) Correto – O vocábulo “ligada” é regido pela preposição “a”5666/5805(ligada a algo). Como “noção” é palavra feminina, há também a exigência doartigo “a”. Sendo assim, emprega-se o acento grave para marcar a fusão dosdois elementos (a + a = à). (III) Errado – A preposição “de” é exigida pelotermo “diferentemente” (diferentemente de algo), não sendo possível, assim,a omissão dela na frase. (IV) Errado – Não seria erro gramatical e nem osujeito passaria a ser inexistente. Seria possível depreender o sujeito elíptico,não havendo, portanto, equívocos de coerência. (V) Errado – Não se usa êncliseapós verbo conjugado no futuro. (VI) Certo – O verbo “responder” possibilitaduas regências – responder algo a alguém ou responder a algo. AlternativaA.

10878. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Naquestão, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.A Revolução Industrial também causou a formação de enormes aglomeradosde desempregados nas cidades, ___1___, em geral, cresciam semnenhum planejamento urbano. Esse fenômeno, ___2___ não passou despercebidoa escritores como Émile Zola ou Alexis de Toqueville, propiciouo surgimento de fenômenos ___3___desconhecidos, ___4___ o alcoolismoe a demência em massa.(Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho noMundo – http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico).1 2 3 4(A) as quais cujo já seja(B) que que até então como(C) cujas porém então tais como(D) e todavia antes sejam(E) quando entretanto anteriormentequaissejam5667/5805RESPOSTA O campo (1) pode ser preenchido com “que” ou “as quais”. Não

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é possível usar “cujas”, pois este pronome não vem acompanhado de um substantivo.Não se pode usar “e”, pois, além de ser incoerente, não se empregavírgula para separar aditivas de mesmo sujeito. Não é possível usar “quando”,pois criaria incoerência. O campo (2) pode ser preenchido com “que”. Não épossível usar “porém”, “todavia” e “entretanto”, pois haveria a necessidade deuma vírgula antes de “não passou”. Não é possível usar “cujo”, pois este pronomenão vem acompanhado de um substantivo. O campo (3) é correto e coerentementepreenchido com o termo “até então”. O campo (4), para mantera coerência com o restante do texto, deve ser preenchido com um conector deexemplificação (no caso, “como”). Alternativa B.

10879. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Naquestão, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.A extinção do uso da mão de obra escrava no Brasil se deu por um processolento, com vistas à transição para a formação de um mercado de trabalholivre.___1___, a segunda metade do século XIX é um período marcadopela preocupação de constituição e regulamentação legal do uso dotrabalho livre no Brasil. A regulação dessas novas modalidades de uso damão de obra contou com a mediação do Estado (Império), que disciplinavaos contornos do trabalho livre. ___2___ haja uma inexplicável lacunana bibliografia do direito do trabalho, as leis de locação e serviços de1830, 1837 e 1879 representam o principal marco na experiência de intervençãoestatal na contratação do trabalho livre no Brasil. O período detransição da escravidão ___3___ adoção do trabalho livre é longo. A importaçãode mão de obra europeia tem início no ano de 1850, ___4___talvez a primeira experiência na importação de colonos pela firmaVergueiro & Cia. Os colonos eram cativados para o paraíso de terras férteise abundantes ___5___ oferta de trabalho livre e passavam a convivercom a mão de obra escrava nas fazendas.(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463).1 2 3 4 55668/5805(A) Todavia Contudo na eracoma(B) Por isso Conquanto para a sendo pela(C) Porquanto No entanto com a é da(D) Conquanto Desde que até a seria na(E) No entanto Porquanto pela foi eRESPOSTA O campo (1) exige, para se manter a coerência, um conectorconclusivo (no caso, “por isso”). O campo (2) exige, para se manter a coerência,um conector concessivo (no caso, “conquanto” = “embora”). O campo(3) exige, para se manter a coerência, o conector prepositivo “para”. Ocampo (4) exige, para se manter a coerência, a forma no gerúndio “sendo”,que introduz uma oração adverbial temporal reduzida. O campo (5) exige,para se manter a coerência, a presença da forma “pela”, que introduz o agenteda passiva “pela oferta de trabalho livre”. Alternativa B.

10880. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Naquestão, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, emgeral, obrigados ___1___ assinar contratos de parceria com o importadorpara trabalharem nas lavouras do café do estado de São Paulo. O contratanteadiantava ___2___ despesas de transporte da Europa ___3___colônias e o necessário ___4___subsistência inicial. Nas colônias, oimigrante recebia determinado número de pés de café para cultivar. Tinhadireito ___5___ meação no resultado da venda.(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463).5669/58051 2 3 4 5(A) à as as à a(B) à às às à à(C) a as as a a(D) a às às a à(E) a as às à àRESPOSTA Em (1), não se emprega crase antes de verbos (no caso,“assinar”). Em (2), a forma verbal “adiantava” pede objeto direto, não havendo,assim, necessidade da preposição “a”, o que implica não ocorrer crase.Em (3), há a fusão da preposição “a” (exigência de “transporte”) com o artigo“as” (exigência de “colônias”), o que implica crase (no caso, “às”). Em (4), háa fusão da preposição “a” (exigência de “necessário”) com o artigo “a”(exigência de “subsistência”), o que implica crase (no caso, “à”). Em (5), há afusão da preposição “a” (exigência de “direito”) com o artigo “a” (exigência de“meação”), o que implica crase (no caso, “à”). Alternativa E.

10881. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos a seguir constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nosparênteses e assinale a resposta correta.( ) Essa meta, alcançada 53 anos depois, começou a ganhar contornos de realidadenos anos 80, quando a empresa atingiu a produção de 500 mil barris/dia.( ) Criada pelo decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas, em 3 de outubrode 1953, a Petrobras já nasceu com a missão de alcançar a autossuficiênciana produção brasileira de petróleo.( ) Entretanto, foi no início da década de 70 que começou a ser delineada a estratégiaque resultaria nas primeiras conquistas da empresa. Na época, opaís crescia a taxas de 10% ao ano, o que contribuiu para que, naqueladécada, o consumo de derivados duplicasse.5670/5805( ) Porém, foi depois do alinhamento de preços dos combustíveis às cotações internacionaisque a empresa conseguiu maior acesso ao mercado de capitaisinternacional. Com isso, obteve os recursos para financiar os investimentos

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necessários que resultaram na autossuficiência.( ) Assim, ao longo das últimas cinco décadas, diante do nacionalismo que cerca opetróleo no Brasil, os interesses da Petrobras confundiram-se com os dopaís.(Jornal do Brasil, 23/04/2006).(A) 3º, 1º, 4º, 2º, 5º.(B) 1º, 2º, 3º, 4º, 5º.(C) 2º, 1º, 3º, 5º, 4º.(D) 4º, 5º, 1º, 3º, 2º.(E) 5º, 3º, 2º, 1º, 4º.RESPOSTA A sequência correta é 2º – 1º – 3º – 5º – 4º. Note que, noprimeiro parágrafo, apresenta-se a Petrobras, referenciada direta e indiretamenteem todos os outros parágrafos. No segundo parágrafo, a expressão“Essa meta” retoma a expressão ao final do primeiro parágrafo “autossuficiênciana produção brasileira de petróleo”. No terceiro parágrafo, a conjunção“entretanto” cria uma ressalva semântica entre as décadas de 80 e 70. Oquarto parágrafo retoma os dois anteriores, ratificando o alinhamento da Petrobrascom o nacionalismo. Já no quinto parágrafo, há uma ressalvasemântica entre “nacionalismo” e “mercado de capitais internacional”. AlternativaC.

10882. (Auditor Fiscal do Trabalho – 2006 – ESAF) Ostrechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro depontuação.(A) As dívidas contraídas na imigração eram pagas com juros de 6% ao ano, nãopodendo o colono deixar de cumprir o contrato antes de saldá-las integralmente,além de ter de comunicar o contratante com seis meses deantecedência.(B) O não cumprimento do contrato gerava multa para o colono. Outras cláusulasapareciam nos regulamentos das colônias, tais como as que impunham umcontrole disciplinar rigoroso, com aplicação de penas severas aos infratores.(C) As experiências iniciais do trabalho livre do colono foram marcadas por inúmerosconflitos, desentendimentos, greves, denúncias de cobranças detaxas abusivas pelo importador, rebeldia contra controle moral e disciplinarsevero imposto nas colônias.5671/5805(D) Esses fatos redundaram na acusação de Portugal ao Brasil da prática de escravidãodisfarçada. O descumprimento do contrato pelo colono, por exemplo,poderia representar, além da rescisão, a multa e a pena de prisão de oitodias a três meses.(E) Contudo, para os fazendeiros, o clima era, de insegurança generalizada nocumprimento dos contratos, o que reclamaria uma regulamentação jurídicamais eficiente do que a então vigente.(Sidnei Machado – http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463).RESPOSTA É equivocado o emprego da vírgula depois da forma verbal “era”,pois esta isola verbo de ligação e predicativo, termos que deveriam ser ligadosdiretamente. Alternativa E.

10883. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Em relação às informações do texto, assinale a opção correta.A produção brasileira de petróleo e gás certamente dará um salto quandoestiverem em operação os campos já descobertos na chamada camada dopré-sal. Embora essa expansão só possa ser efetivamente asseguradaquando forem delimitadas as reservas, e os testes de longa duração confirmarema produtividade provável dos campos, simulações indicam que oBrasil terá um saldo positivo na balança comercial do petróleo (exportaçõesmenos importações), da ordem de 1 milhão de barris diários.Com isso, o petróleo deverá liderar a lista dos produtos que o Brasil estaráexportando mais ao fim da próxima década. O petróleo é negociado parapagamento à vista (menos de 90 dias). Então, é um volume de recursosque pode ter, de fato, forte impacto nas finanças externas do país.Como é uma riqueza finita, a prudência e a experiência econômica recomendamque o Brasil tente poupar ao máximo essa renda adicionalproveniente das exportações de petróleo. O mecanismo mais usual é conhecidocomo fundo soberano, por meio do qual as divisas são mantidas emaplicações seguras que proporcionem, preferencialmente, bom retorno eainda contribuam positivamente para o desenvolvimento da economiabrasileira. Os resultados dessas aplicações devem ser direcionados parainvestimentos internos que possibilitem avanços sociais importantes (educação,infraestrutura, meio ambiente, ciência e tecnologia).(O Globo, Editorial, 13/10/2009).5672/5805(A) É indiscutível que, quando estiverem em operação os campos da camada dopré-sal, o Brasil terá um saldo na balança comercial do petróleo da ordem de1 milhão de barris diários.(B) É recomendável que os recursos arrecadados com a exploração do petróleoda camada do pré-sal sejam mantidos num fundo seguro, que proporcioneretorno garantido e contribua favoravelmente para o desenvolvimento daeconomia brasileira.(C) Somente quando estiverem em operação os campos da camada do pré-sal, opetróleo será negociado para pagamento à vista.(D) Estima-se que, no final da próxima década, com os campos do pré-sal já emoperação, o Brasil lidere a lista dos países importadores de petróleo, comforte impacto na balança comercial.(E) A renda adicional proveniente da exportação do petróleo da camada do présaldeverá ser aplicada diretamente em investimentos com repercussão naárea social.RESPOSTA (A) Errado – Não se pode afirmar que se trate de algo indiscutível,pois, segundo o texto, essa estimativa somente será efetivamente asseguradaquando forem delimitadas as reservas de pré-sal. Trata-se, portanto, de umasimulação, que precisará ser confirmada. (B) Certo. (C) Errado – Segundo otexto, o petróleo já é assim negociado, independentemente de estarem ou nãoem operação os campos de exploração do pré-sal. (D) Errado – Segundo o

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texto, ao fim da próxima década, o petróleo deverá liderar a lista de produtosexportados (e não importados) pelo Brasil. (E) Errado – Segundo o texto, osrecursos provenientes do pré-sal devem ser, antes, aplicados de forma segura,preferencialmente em fundos soberanos. Daí é que seus rendimentos (resultadosdessas aplicações) seriam direcionados a investimentos em avanços sociais.É equivocado dizer, portanto, que os recursos do pré-sal seriam diretamentedirecionados à área social, sem passar por etapas intermediárias. AlternativaB.

10884. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito do texto.Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svâmi garante que“só o presente é real”, o que equivale a considerar o passado e o futurocomo puras ilusões. Viver no presente implica aceitar o primado da ação(o ato) sobre a esperança, o que equivale a trocar a passividade do estadode espera pela manifestação ativa da vontade de fazer. Em outras palavras,importa a flecha mais do que o alvo, o ato mais do que a expectativa.5673/5805Como bem acentua Comte-Sponville, a ausência pura e simples de esperançanão corresponde à mágoa, traduzida na acepção comum da palavradesespero. O desespero/desesperança é, antes, o grau zero da expectativa,portanto um regime de acolhimento do real sem temor, sem desengano,sem tristeza. Esse regime, ou essa regência, pode ser chamado debeatitude ou de alegria: uma aceitação e uma experiência da plenitude dopresente.(Muniz Sodré. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes,2006, p. 206).(A) O autor do texto defende a ideia de que o ser humano, ao criar expectativasem relação ao futuro, não deve desesperar-se, mas, sim, manter-se passivono estado de espera.(B) A ideia central desenvolvida no texto baseia-se no pressuposto de que se vive,atualmente, uma era em que predomina o desespero.(C) Uma das ideias secundárias desenvolvidas no texto é a de que os fins justificamos meios, como se depreende do trecho “importa a flecha mais do queo alvo”.(D) Uma das ideias desenvolvidas no texto é a de que o real só é, de fato, apreendidoquando o indivíduo compreende o passado e o futuro como ilusões.(E) Para sustentar a ideia apresentada no primeiro parágrafo, o autor do texto argumentaque é o medo do futuro que motiva os indivíduos a viverem intensamenteo aqui e agora.RESPOSTA (A) Errado – O que o texto afirma é justamente o oposto: deve-setrocar a passividade do estado de espera pela manifestação ativa da vontadede fazer. (B) Errado – Não se pode afirmar que se parte desse pressuposto,pois não há uma referência a um padrão de comportamento predominante nasociedade. Há, sim, a explicitação da visão de um teórico, o indiano Svâmi. (C)Errado – A metáfora “importa mais a flecha do que o alvo” faz referência à valorizaçãodo ato (“a flecha”) em detrimento da expectativa (“o alvo”). (D) Certo– No primeiro período, há uma pista que torna essa inferência coerente: considerarsó o presente como real significa considerar futuro e passado merasilusões. Essa, de fato, é a tese do texto. (E) Errado – O que motiva as pessoasa viverem plenamente o presente é a vontade ativa de fazer, valorizando maiso ato do que a expectativa, e não necessariamente o medo do futuro. AlternativaD.5674/5805

10885. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção que apresenta corretamente ideia contida notrecho abaixo.O período a que, hoje, assistimos se caracteriza pela perda de legitimidadedos governos e dos modelos neoliberais, mas, ao mesmo tempo, por dificuldadesde construção de projetos alternativos. Uma das barreiras paraa construção de tais projetos é o próprio fato de esses governos estaremengajados em uma estratégia de disputa hegemônica contínua, convivendocom o poder privado da grande burguesia – das grandes empresasprivadas, nacionais e estrangeiras, dos bancos, dos grandes exportadoresdo agronegócio, da mídia privada. Se essa elite econômica não dispõe degrande apoio interno, conta com grandes aliados no plano internacional,especialmente entre os países globalizadores.(Emir Sader. A nova toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana. SãoPaulo: Boitempo, 2009).(A) Quanto maior o engajamento de um país em disputas por hegemonia, maiora crise de legitimidade das políticas neoliberais por ele desenvolvidas.(B) A elite econômica de um país globalizado prescinde de apoio interno paramanter seu poder hegemônico sobre os governos carentes de legitimidade.(C) O poder hegemônico dos países globalizadores dificulta o avanço de projetosque visem à superação dos modelos neoliberais.(D) A maior dificuldade dos governos de países globalizados é enfrentar a aliançada mídia privada com os países globalizadores.(E) Na elite econômica de um país, é a mídia privada que mais poder exercesobre o governo de um país.RESPOSTA Conforme afirma o texto, a constante disputa dos países porposições hegemônicas dificulta o surgimento de projetos alternativos que substituamo modelo neoliberal. A letra A é falsa, pois os dois eventos (a disputapor posições hegemônicas e o desgaste de legitimidade) envolvendo os paísesde modelo neoliberal são concomitantes (simultâneos). Um não implica o outronecessariamente, como se afirma na assertiva A. A letra B é falsa, pois não sepode afirmar que um país globalizado prescinde de apoio interno. O textoafirma que, não havendo este, há apoio de grandes grupos internacionais. Éuma compensação, não significando, no entanto, que o apoio interno seja desnecessário.A letra D e a letra E são falsas, pois simplesmente não é possível5675/5805inferir essas interpretações com base nas informações disponíveis no texto. AlternativaC.

10886. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –

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2009 – ESAF) Assinale a opção que reproduz corretamente ideia contida notrecho abaixo.A realidade dos juros não se restringe ao mundo das finanças, como supõeo senso comum, mas permeia as mais diversas e surpreendentes esferas davida prática, social e espiritual.A face mais visível dos juros monetários – os juros fixados pelos bancoscentrais e os praticados nos mercados de crédito – representa apenas umaspecto, ou seja, não mais que uma diminuta e peculiar constelação novasto universo das trocas intertemporais em que valores presentes e futurosmedem forças.Pode-se, por exemplo, examinar a moderna teoria biológica do envelhecimentocomo uma troca intertemporal cuja síntese é “viver agora, pagardepois”. A senescência dos organismos é a conta de juros decorrente doredobrado vigor e aptidão juvenis.(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre anatureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005).(A) Ao se fazer analogia entre os juros pagos em transações financeiras e os pagosem relações sociais, verifica-se que, apesar de, nestas, eles estarem embutidos,não há interesse da sociedade em desvelar esse fato.(B) A moderna teoria biológica prioriza as análises que abordam as mudanças nocorpo do ser humano como trocas intertemporais às quais é inerente o pagamentode juros.(C) Os juros mais altos pagos pelos cidadãos são aqueles que, sorrateiramente,resultam da própria natureza finita dos seres humanos, determinada pelo irreversívelenvelhecimento do corpo.(D) O conceito de juros tem sido aplicado restritamente às situações do mercadofinanceiro porque, via de regra, prevalecem, nas sociedades, as noções estabelecidaspelo senso comum.(E) Prevalecendo a característica dos juros de que eles sempre envolvem umatroca intertemporal, a aplicação do conceito de juros pode ser estendida aoutras situações da vida dos indivíduos.5676/5805RESPOSTA Segundo o texto, o conceito de juros extrapola as finanças e seaplica às mais diversas situações que envolvam trocas intertemporais. É ocaso da moderna teoria biológica do envelhecimento, que pode ser resumidapor “viver agora, pagar depois”. A letra A é incorreta, pois não se pode inferir,pelas informações contidas no texto, que há desinteresse da sociedade em aplicaro conceito de juros às diversas situações. Há possivelmente um desconhecimento,e não uma falta de interesse. A letra B é falsa, pois, no texto, nãose afirma que a teoria biológica priorize as análises das mudanças no corpocomo trocas intertemporais. Trata-se apenas de uma possível abordagem,dentre outras. A letra C é falsa, pois não há elementos no texto que afirmemque tais juros são os mais altos pagos pelos cidadãos. A letra D é falsa, pois opróprio texto exemplifica situações, diferentes das do mercado financeiro, queempregam o conceito de juros em suas abordagens. Alternativa E.

10887. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Nas opções, são apresentadas propostas de continuidade doparágrafo abaixo. Assinale aquela em que foram atendidos plenamente os princípiosde coesão e coerência textuais.Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de trocaentre presente e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valordemasiado ao que está próximo de nós no tempo, em detrimento doque se encontra mais afastado. A hipermetropia é a atribuição de um valorexcessivo ao amanhã, em prejuízo das demandas e interesses correntes.(Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. SãoPaulo: Companhia das Letras, 2005).(A) Contudo, a miopia temporal nos leva a subestimar o futuro, e a hipermetropiaa supervalorizar o futuro, o que desfaz, em parte, a referida simetria.(B) Por serem ameaças cujo resultado é idêntico, tanto a miopia temporal quantoa hipermetropia tornam irrelevante o fenômeno dos juros nas situações detroca entre presente e futuro.(C) Apesar dessa simetria, não existe uma posição credora – pagar agora, viverdepois –, mesmo porque sempre abrimos mão de algo no presente sem a expectativade recebermos algo no futuro.(D) Diante dessas ameaças, cabe perguntar se existe um ponto certo – umequilíbrio estável e exato – entre os extremos da fuga do futuro (miopia) eda fuga para o futuro (hipermetropia).5677/5805(E) Essa simetria conduz, portanto, à conclusão de que vale mais a pena subordinaro presente ao futuro, e não, o contrário, o que nos fará atribuir valorexcessivo ao futuro, sem risco de incorrermos em hipermetropia temporal.RESPOSTA A letra A quebra a coesão devido ao uso do conector de oposição“Contudo”. Seria mais apropriado um conector conclusivo. Além disso, otrecho final contradiz o início do parágrafo, ao afirmar que se desfaz a simetria.A letra B é incoerente, pois essas duas ameaças reforçam a aplicabilidadedo conceito de juros nas situações de troca entre presente e futuro. A letraC é incoerente, pois é de se esperar que a miopia temporal torne mais difícilpara o indivíduo abrir mão de algo no presente. O trecho final afirma queisso ocorreria sempre. A letra D é coerente e mantém a coesão com o início doparágrafo. A letra E quebra a coesão, pois a afirmação ao final de que “valemais a pena subordinar o presente ao futuro, e não, o contrário” não pode serdepreendida do restante do texto. Alternativa D.

10888. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção que constitui continuação coesa, coerente egramaticalmente correta para o texto de Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do ValorEconômico de 14 de outubro de 2009.A marca registrada das crises capitaneadas pela finança é o colapso dos critériosde avaliação da riqueza que vinham prevalecendo. As expectativas dos possuidoresde riqueza capitulam diante da incerteza e não é mais possível precificar osativos. Os métodos habituais que permitem avaliar a relação risco/rendimentodos ativos sucumbem diante do medo do futuro. A obscuridade total paralisa asdecisões e nega os novos fluxos de gasto.

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(A) Essa decisão pela corrida privada para as formas imaginárias, mas socialmenteincontornáveis do valor e da riqueza vai afetar negativamente a valorizaçãoe a reprodução da verdadeira riqueza social, ou seja, a demanda de ativosreprodutivos e de trabalhadores.(B) Em contraposição a esse fenômeno, depois do colapso financeiro deflagradopela quebra do Lehman Brothers, os preços dos ativos privados foram atropeladospelos mercados em pânico, na busca impossível da desalavancagemcoletiva. Vendedores em fúria e compradores em fuga fizeram evaporar a liquidezdos mercados e prometiam uma deflação de ativos digna da GrandeDepressão dos anos trinta.(C) Contanto que a reação das autoridades dos países desenvolvidos foi menoseficaz para restabelecer a oferta de crédito no volume desejado e impotentepara reanimar o dispêndio das famílias e dos negócios. Empresas e5678/5805consumidores trataram de cortar os gastos (e, portanto a demanda decrédito) para ajustar o endividamento contraído no passado à renda queimaginam obter num ambiente de desaceleração da economia e de queda doemprego.(D) Essas intervenções dos bancos centrais e dos Tesouros, sobretudo nos EstadosUnidos, conseguiram, aos trancos, barrancos e trombadas legais, estancara rápida deterioração das expectativas. Contrariando os augúrios maispessimistas, a ação das autoridades foi capaz de afetar positivamente astaxas do interbancário e restabelecer as condições mínimas de funcionamentosdos mercados monetários.(E) Em tais circunstâncias, a tentativa de redução do endividamento e dos gastosde empresas e famílias em busca da liquidez e do reequilíbrio patrimonial éuma decisão “racional” do ponto de vista microeconômico, mas danosa parao conjunto da economia, pois leva necessariamente à deterioração dos balanços.É o paradoxo da “desalavancagem”.RESPOSTA Na letra A, a expressão “Essa decisão” não referencia nenhumtermo no trecho anterior. Na letra B, há um problema de coesão, pois a conexãoestabelecida por “Em contraposição a” estabelece uma equivocada relaçãode oposição. Há, sim, uma concordância entre os trechos, e não umaoposição. Na letra C, a primeira frase está incompleta, uma vez que é compostasomente por orações subordinadas. Além disso, o emprego do conectorcondicional “Contanto que” gera prejuízos à coerência e à coesão textuais. Naletra D, a expressão “Essas intervenções” não referencia nenhum termo notrecho anterior. A letra E é a correta. O termo “tais circunstâncias” retoma todoo trecho anterior, contribuindo, dessa forma, com a coesão textual. AlternativaE.

10889. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de MunizSodré (As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política), mas estão desordenados.Ordene-os, indique a ordem dentro dos parênteses e assinale a opção que correspondeà ordem correta.( ) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”,organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidadeocidental.( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particularesda sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos5679/5805direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel daimprensa.( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, aimprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação,e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o quenão deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamentecomunicativas.( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídiaou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente oalargamento da ação política.( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motorpolítico do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno queremonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteuem puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.(A) 2, 4, 1, 3, 5.(B) 2, 1, 5, 4, 3.(C) 1, 2, 4, 5, 3.(D) 2, 1, 3, 5, 4.(E) 3, 5, 1, 2, 4.RESPOSTA A alternativa que apresenta a sequência mais lógica e coerente éa letra D. Vejamos:Em (1), é explicitada a tese do texto, que confere à imprensa importante papelna preservação das garantias dos direitos individuais frente ao poder doEstado. Em (2), os termos “imprensa de opinião” e “publicismo” dão continuidadeà ideia do último período de (1). Em (3), a conjunção “contudo” estabeleceuma ressalva entre o que será dito e o que foi dito com respeito à importânciada imprensa nos dois trechos anteriores. Em (4), a expressão “poroutro lado” relativiza a ideia exposta em (3), reafirmando mais uma vez o importantepapel da imprensa na sociedade. Por último, em (5), a conjunção“assim” dá ao texto tons conclusivos. Alternativa D.

10890. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Globo,Editorial, 14/10/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indiquea sequência correta.( ) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção nacional depetróleo vem se mantendo próxima aos patamares de consumo doméstico. Aredução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por umsalto expressivo nas exportações brasileiras (que cresceram uma vez e meia5680/5805na última década), com razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturadosna pauta de vendas.

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( ) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura relativamentepequeno para o exterior – se comparado à média internacional –, o câmbiosempre foi apontado como um dos fatores mais vulneráveis do país. No passado,o Brasil era muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciaispara a indústria.( ) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm garantidouma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e aspossibilidades de um desenvolvimento sustentável de longo prazo.( ) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira àrecente crise financeira, a mais grave que o mundo atravessou desde o fimda Segunda Guerra Mundial.( ) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economiabrasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidoresestrangeiros.(A) 2, 1, 3, 5, 4.(B) 5, 3, 4, 1, 2.(C) 4, 5, 2, 3, 1.(D) 3, 2, 1, 4, 5.(E) 4, 1, 2, 3, 5.RESPOSTA A alternativa que traz a sequência mais lógica e coerente é a letraA. Vejamos:Em (1), é feita uma apresentação da temática do texto, que gira em torno dainfluência do câmbio na economia brasileira com as mudanças no cenário econômico.Em (2), a expressão “Esse quadro” retoma o último período de (1):“No passado, o Brasil... de insumos essenciais para a indústria”. Em (3), a expressão“desse equilíbrio” retoma o último período em (2), que afirma ter opaís alcançado um equilíbrio na pauta de vendas entre produtos básicos emanufaturados. Em (4), a conjunção “Assim” confere tons conclusivos aotexto. Em (5), a expressão “Tal promoção” retoma a ideia desenvolvida em(4). Alternativa A.

10891. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas dotexto adaptado do Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009.Vários, e de distintos naipes, foram os questionamentos ___1___ construção doIDH como tal. Por que não mortalidade infantil de crianças abaixo de 5 anos de5681/5805idade em vez de expectativa de vida? Por que não incluir outros indicadores, taiscomo nível de pobreza, déficit habitacional, acesso ___2___ água potável esaneamento básico? Por que não acrescentar outras dimensões relacionadas___3___ meio ambiente (que afeta o padrão de vida desta e das próximas gerações),aos direitos civis e políticos, ___4___ segurança pessoal e no trabalho,___5___ facilidade de locomoção? Qual a confiabilidade dos dados fornecidospor quase duas centenas de países? Há uma escassez de informação em relação___6___ maioria das dimensões sugeridas para uma comparação internacional,sem contar ___7___ confiabilidade dos dados.1 2 3 4 5 6 7(A) à a ao à à à a(B) da à com ocomadacomada(C) a na pelo da na da à(D) na da no na de a uma(E) pela de a emcomapelacomaRESPOSTA Em (1), há a necessidade de emprego da preposição “a” em virtudeda regência exigida em “questionamentos a algo”. Como se está diantede uma palavra feminina – “construção” –, há também a necessidade deemprego do artigo “a”. Sendo assim, temos as condições necessárias para oemprego da crase (a + a = à). Em (2), para manter o paralelismo,empregamos somente a preposição “a”. Não se emprega o artigo “a” antes de“água”, uma vez que não foi empregado o artigo “o” antes de “saneamento”.Em (3), (4) e (5), há a necessidade da preposição “a”, em virtude da regênciaexigida em “relacionada a algo”. Além disso, para manter o paralelismo, devemosanteceder artigos em todos os substantivos coordenados entre si. Assim,teremos as construções: “ao meio ambiente”, “à segurança pessoal” e “à facilidadede locomoção”. Em (6), há a presença da preposição “a”, exigida pelaregência “em relação a algo”, e do artigo “a”, exigido pelo substantivo5682/5805feminino “maioria”. Em (7), temos somente a necessidade do artigo “a”, quedefine o substantivo “confiabilidade”. Alternativa A.

10892. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Em relação ao texto, assinale a opção correta.1Sintoma do arrefecimento da ideologia nos mais variados âmbitos da vida social,há uma distinção,presente no meio acadêmico, segundo a qual, enquanto nas décadas passadasas grandes celeumas intelectuais tinham como pano de fundo embatesideológicos, hoje as disputas girariam basicamente em torno de divergênciasmetodológicas. A discussão em torno do Índice de DesenvolvimentoHumano (IDH) – cujo5ranking divulgado este ano mostra um ligeiro avanço da pontuação do Brasil,embora o país continuena 75ª colocação – não poderia fugir à regra.Criado pelos economistas Mahbub ul Haq e Amartya Sen e calculado peloPrograma das Nações Unidas para

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o Desenvolvimento (Pnud), o Índice de Desenvolvimento Humano, aolongo dos anos, vem recebendo umasérie de críticas da comunidade científica internacional. Críticas metodológicas,por pressuposto. Baseado em10três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano, o IDH combina indicadoressocioeconômicos,relacionados à renda (medida pelo Produto Interno Bruto per capita), àsaúde (entendida como a capacidade de se levar uma vida longa esaudável, expressa pela expectativa de vida ao nascer) e à educação (medidapela alfabetização da população acima de 15 anos associada às taxasde matrícula do ensino fundamental ao superior).(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009).(A) A expressão “arrefecimento” (linha 1) está sendo empregada com o sentido deaquecimento, fortalecimento.(B) O cálculo do IDH leva em consideração índices relativos à renda, à saúde e àeducação no país.(C) Pelos sentidos do texto, percebe-se que há unanimidade na comunidadecientífica internacional quanto à correção da metodologia adotada para determinaro Índice de Desenvolvimento Humano.5683/5805(D) No meio acadêmico, os atuais embates ideológicos passam ao largo das divergênciasmetodológicas.(E) A palavra “celeumas” (linha 2) está sendo empregada com o sentido deconsenso.RESPOSTA (A) Errado – A expressão “arrefecimento” é empregada no sentidode “resfriamento”, “desaquecimento”. (B) Certo. (C) Errado – Não se podeafirmar que há unanimidade. Quando se afirma que o IDH vem recebendomuitas críticas da comunidade científica internacional, não se deve entenderque toda a comunidade está a criticar. (D) Errado – O que se afirma no texto éque os grandes embates se reduzem basicamente a divergências metodológicas.Sendo assim, há uma proximidade, e não um distanciamento, como seafirma na assertiva (“passa ao largo de”). (E) Errado – A palavra “celeumas”está sendo empregada no sentido de “divergências”, “polêmicas”,“discussões”. Alternativa B.

10893. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a justificativa correta para o emprego de vírgula.A economia real nos Estados Unidos e na Europa segue em compasso deespera. Isso significa que o produto e o emprego seguem em declínio, (1)mas a uma velocidade menor.Seja como for, as injeções de liquidez, os programas de compra de ativospodres, (2) as garantias oferecidas pelas autoridades e a capitalização dasinstituições financeiras não fizeram pouco. Além de construir um pisopara a deflação de ativos, as intervenções de provimento de liquidez suscitaram,(3) diriam os keynesianos, (3) um movimento global no interiorda circulação financeira. O inchaço da circulação financeira teve efeitosmesquinhos sobre a circulação industrial, (4) ou seja, (4) sobre a movimentaçãodo crédito e da moeda destinada a impulsionar a produção e oemprego.Observa-se, (5) no entanto, (5) um rearranjo dentro do estoque de riquezaque responde aos preços esperados dos ativos “especulativos” por partedos investidores que sobreviveram ao colapso da liquidez. Agarrados aossalva-vidas lançados com generosidade pelo gestor em última instância dodinheiro – esse bem público objeto da cobiça privada – os senhores da finançatratam de restaurar as práticas e operações de “normalização dosmercados”, isto é, aquelas que levaram à crise.(Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do Valor Econômico de 14 de outubro de 2009).5684/5805(A) (1) A vírgula separa oração coordenada assindética.(B) (2) A vírgula separa elementos de mesma função sintática componentes deuma enumeração.(C) (3) As vírgulas isolam uma expressão apositiva.(D) (4) As vírgulas isolam conjunção coordenativa conclusiva.(E) (5) As vírgulas isolam conjunção subordinativa concessiva intercalada na oraçãoprincipal.RESPOSTA (A) Errado – A vírgula em (1) separa uma oração coordenadasindética adversativa. (B) Certo – Os termos “as injeções de liquidez”, “os programasde compra de ativos podres”, “as garantias oferecidas pelas autoridades”e “a capitalização das instituições financeiras” são integrantes de umsujeito composto. Entre eles, deve haver separação por vírgula, com exceçãodos dois últimos termos, conectados pela conjunção “e”. (C) Errado – As vírgulasempregadas em (3) isolam uma expressão de valor conformativo – “(conforme)diriam os keynesianos”. (D) Errado – As vírgulas em (4) são empregadaspara isolar uma expressão interpositiva. (E) Errado – As vírgulas em (5)isolam uma conjunção coordenativa adversativa intercalada. Alternativa B.

10894. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Em relação aos elementos do texto, assinale a opção correta.1Um ano após o agravamento da crise financeira, o Brasil tem mais de US$ 230bilhões em reservas. Tantoo Tesouro como grandes empresas voltaram a lançar títulos no exterior,com sucesso. A valorização do real se tornou, então, um fenômeno inevitável,que reflete o enfraquecimento do dólar no mercado internacional eo fluxo positivo de capitais no país.5No entanto, dado o ritmo de crescimento projetado para o ano que vem, o maisprovável é que a demandapor importações aumente e a pressão em favor do real diminua.Enquanto isso, além de uma paulatina liberalização do câmbio, o que podeser feito no curto prazo é a continuidade da acumulação de reservas cambiais,com o Banco Central comprando no mercado excedentesde divisas. Qualquer invencionice só estimularia operações especulativasno câmbio, que acabariam10provocando uma valorização ainda mais indesejável da moeda nacional.(O Globo, Editorial, 14/10/2009, adaptado).

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5685/5805(A) A expressão “No entanto” (linha 5) estabelece, no texto, uma relação decomparação.(B) O emprego do subjuntivo em “aumente” (linha 6) e em “diminua” (linha 6)justifica-se por se tratar de fatos de realização garantida.(C) A expressão “Enquanto isso” (linha 7) estabelece no texto uma relação decondição.(D) A palavra “invencionice” (linha 9) está sendo empregada no sentido de iniciativarotineira, previsível.(E) O emprego do futuro do pretérito em “estimularia” (linha 9) indica umacontecimento futuro em relação a um ato passado que se configura no fatorelacionado aos termos “Qualquer invencionice” (linha 9).RESPOSTA (A) Errado – A expressão “No entanto” estabelece com o restantedo texto uma relação de oposição. (B) Errado – Emprega-se o modo subjuntivopara indicar possibilidade, hipótese, e não certeza. (C) Errado – A expressão“Enquanto isso” estabelece uma relação de concomitância (simultaneidade).(D) Errado – A expressão traz um sentido associado a algo repentino,imprevisível. (E) Certo. Alternativa E.

10895. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Em relação à função do “se”, assinale a opção correta.A queda de rentabilidade das exportações se agrava (1) a cada dia emrazão da valorização do real. Tudo indica que a moeda nacional deve continuara se valorizar (2) e o Banco Central (BC), apesar das suas intervençõescada vez maiores, está impotente diante dessa valorização, quetorna mais difícil a exportação e favorece a importação, ameaçando o crescimentoda indústria nacional. O governo se mostra (3) incapaz de encontrarum modo de compensar esse efeito.Está-se (4) observando também uma queda no quantum das exportaçõesde manufaturados, de 17,4% nos sete primeiros meses do ano, junto comuma queda de preços de 5,5%, enquanto nos produtos básicos umaumento de 6,5% no quantum correspondeu a uma queda de 16,1% nospreços.Não se pode (5) pensar que o fluxo de dólares possa diminuir nos próximosanos e, assim, criar um ambiente muito favorável a uma desvalorização,pois os Investimentos Diretos Estrangeiros devem crescer, a Bolsa deValores acompanhará a melhora da economia e a produção de petróleo,apesar da criação de um fundo especial, aumentará as receitas.5686/5805(O Estado de S. Paulo, Editorial, 14/10/2009).(A) (1) Indica voz passiva analítica.(B) (2) Indica sujeito indeterminado.(C) (3) Funciona como objeto indireto.(D) (4) Indica voz reflexiva.(E) (5) Indica sujeito indeterminado.RESPOSTA Em (1), temos uma voz passiva sintética (se agrava = éagravada). O “se” é, portanto, pronome apassivador (Alternativa A – Incorreta).Em (2), temos uma voz passiva sintética (se valorizar = ser valorizada).O “se” é, portanto, pronome apassivador (Alternativa B – Incorreta). Em (3),temos o “se” desempenhando papel de objeto direto (“quem mostra, mostraalguém”). (Alternativa C – Incorreta). Em (4), temos uma voz passiva sintética(está-se observando = está sendo observada). O “se” é, portanto, pronomeapassivador (Alternativa D – Incorreta). Em (5), temos uma voz passivasintética (não se pode pensar = não pode ser pensado). O “se” é, portanto,pronome apassivador. (Alternativa E – Incorreta). Todas as alternativas estãoincorretas. Logo, a questão foi anulada.

10896. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção que apresenta proposta de substituição corretade palavra ou trecho do texto.1Há sociedades que têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da espera.E a resultante, quandonão é inflação ou crise do balanço de pagamentos, é uma só: juros altos.O conflito entre as demandas do presente vivido e as exigências do futurosonhado é um traço permanente da condição humana. Evitar excessos einconsistências dos dois lados é um dos maiores desafios em qualquer5sociedade. No afã de querer o melhor de dois mundos, o grande risco é terminarsem chegar a mundo algum:a cigarra triste e a formiga pobre.(Texto adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre anatureza dos juros. São Paulo: Companhia das Letras, 2005).(A) “Há” (linha 1) por “Existe”.(B) “que têm a vocação do crescimento” (linha 1) por “cuja vocação de crescimento”(linha 2).(C) “No afã de querer” (linha 5) por “No equívoco de visar”.5687/5805(D) “E a resultante, quando não é” (linha 2) por “E se caso a resultante não seja”.(E) “mas sem a vocação da espera” (linha 2) por “mas não, a da espera”.RESPOSTA (A) Errado – Com a substituição sugerida, é necessário flexionarno plural o verbo “existir” (existem), para que haja concordância com o sujeito“sociedades”. (B) Errado – Com a substituição sugerida, teríamos uma fraseincompleta (“Há sociedades cuja vocação de crescimento, mas sem a vocaçãoda espera.”). (C) Errado – O termo “afã” significa “ânsia”, “ímpeto”. (D) Errado– Com a substituição sugerida, teríamos um problema de flexão verbal. Em “Ese caso a resultante não seja inflação ou crise do balanço de pagamentos, éuma só: juros altos.”, seria necessário empregar a forma verbal “for” no lugarde “seja” e “será” no lugar de “é”. (E) Certo – A vírgula se justifica pela elipseda forma verbal “tem”. Alternativa E.

10897. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Com relação a aspectos semânticos e sintáticos do texto,assinale a opção correta.1Aconteceu poucos dias após o início do governo Collor, a partir do congelamentodos depósitos bancários.

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Estávamos na longa e irritante fila de um grande banco, em busca da minguadanota de cinquenta a que cada um tinha direito.Uma fila pode ser tomada como um exercício de psicologia comparada. Se,por absurdo, uma fila assim tivesse5de ser formada em um banco americano, aposto que nela reinaria a frustraçãocontrolada e a incomunicação.A cena no banco brasileiro era diferente. Quase todos conversavam animadamente,irmanados na dor de ver seu dinheiro distanciar-se para, quemsabe, não mais retornar.Havia os ministros da Fazenda, que mediam as possibilidades incertas derecuperar os depósitos, havia os conformados, que aceitavam tudo, se essefosse o preço a ser pago pela morte do dragão inflacionário. Havia10os que ficavam especulando sobre as alternativas que poderiam ter adotadopara escapar ao sequestro. Aopção mais aceita punha nas nuvens o português dono de padaria. Ele,sim, fizera o certo, guardando seu dinheiro debaixo do colchão.(Boris Fausto. Memória e história. São Paulo: Graal, 2005).(A) Atendidas as prescrições gramaticais, o 2º período do 2º parágrafo assim poderiaser reescrito: Aposto que, se, por absurdo, tal fila tivesse sido formada5688/5805em um banco dos Estados Unidos, teriam, nela, reinado a frustração controladae o silêncio.(B) Atendidos os preceitos gramaticais, é uma construção alternativa para a oração“a que cada um tinha direito” (linhas 2 e 3): a qual cada um de nós tínhamosdireito.(C) São duas formas corretas de substituição do segmento “pode ser tomadacomo” (linha 4): pode suscitar; pode ser comparada a.(D) Como o verbo da primeira oração do texto é impessoal, não há expressão queexerça a função de sujeito, o que não acarreta prejuízo semântico nemsintático para o parágrafo, porque, no período seguinte, é explicitado o fatonarrado pelo autor do texto.(E) São exemplos de expressões empregadas no texto com sentido denotativo econotativo, respectivamente: “os ministros da Fazenda” (linha 8) e “mortedo dragão inflacionário” (linha 9).RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – Haveria a necessidade de empregar a preposição“a” antes de “a qual”, uma vez que ela é solicitada pelo nome “direito”(direito a algo). Assim, o correto seria: “à qual cada um de nós tínhamosdireito”. (C) Errado – O emprego de “suscitar” não mantém o sentido original,uma vez que significa “provocar”, “fazer aparecer”. (D) Errado – O verbo“acontecer” não é impessoal. O sujeito da oração, no caso, está apenas oculto.(E) Errado – O termo “Fazenda” não é empregado em seu sentido literal (denotativo).O uso dessa expressão, para se referir ao Ministério da Economia,foi consagrado pelo tempo. Alternativa A.

10898. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de LuizGonzaga Beluzzo, Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. Assinale a opçãoque apresenta erro gramatical.(A) Os movimentos observados no interior da circulação financeira, em si mesmos,não prometem à economia global uma recuperação rápida e brilhante,mas indicam que os mercados não temem a formação de novas bolhas de ativosnos mercados emergentes.(B) Diante do frenesi que ora turbina as bolsas, as moedas dos emergentes e ascommodities não faltam prognósticos que anunciam o fim da crise e preconizamuma recuperação rápida da economia global, liderada pelosemergentes.(C) Nas circunstâncias atuais, a realocação de carteiras favorecem as bolsas, asmoedas dos emergentes e as commodities, enquanto o dólar segue uma5689/5805trajetória de declínio, depois da valorização observada nos primeiros mesesde crise.(D) No rol de vencedores da batalha contra a depressão global, figuram, emposição de respeito, a China, a Índia e o Brasil, cada qual com suas forças efragilidades.(E) Entre as fragilidades, sobressaem a pressão para valorização das moedasnacionais e as ações de esterilização dos governos, com efeitos indesejáveissobre a dinâmica da dívida pública dos países receptores da “chuva de dinheiroexterno”.RESPOSTA De fato, há um equívoco de flexão da forma verbal “favorecem”.Esta deveria estar no singular, para que houvesse a concordância com onúcleo do sujeito “realocação”. Porém, a letra B também apresenta umerro gramatical. Deveria haver uma vírgula após commodities, para assinalaro deslocamento da oração adverbial “Diante do frenesi que ora turbina as bolsas,as moedas dos emergentes e as commodities”. A questão deveria, portanto,ser anulada. Alternativa C.

10899. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente,tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicasna área social, o que não é pouco, levando-se em consideração que hárespaldo científico.No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder(3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade devida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é umabem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples doProduto Interno Bruto, no qual (4) pode camuflar o real nível de bemestarda maioria da população. Com o IDH, medir desenvolvimento humanopassou a ser tão ou mais importante que aferir (5) o mero, e àsvezes enganador, desenvolvimento econômico.(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado).(A) (1).(B) (2).

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(C) (3).(D) (4).(E) (5).5690/5805RESPOSTA Está incorreto o uso da preposição “em” antes de “o qual”, umavez que nenhum verbo ou nome a solicita. É possível ler a oração da seguinteforma: “O PIB pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da população.”.Assim, o correto seria: “...Produto Interno Bruto, o qual pode camuflaro real nível de bem-estar da maioria da população”. (1) está correto, poiso oblíquo “se” é atraído pelo pronome relativo “que”, resultando na próclise.(2) está correto, pois, após vírgula, emprega-se a ênclise. (3) está correto,pois o pronome “se” é atraído pela palavra negativa “não”, resultando napróclise. (5) está correto. O verbo “aferir” foi empregado corretamente, significando“verificar, comparar com padrões”. Alternativa D.

10900. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (Otempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo, 2009) em que,na transcrição, foram plenamente atendidas as regras de concordância e regênciada norma escrita formal da Língua Portuguesa.(A) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos pouparo tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vemproduzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Talsentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração.(B) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subprodutodas ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, aomáximo, cada momento da vida.(C) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, sofregamente,para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da duração.Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que sustenta os atossignificativos da existência.(D) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre oinstante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no entanto, nadaindica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que alongam opresente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do brevíssimoinstante.(E) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhecom o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embalaum grande número de pessoas ligado entre si pela experiência.RESPOSTA (A) Errado – Há um equívoco na flexão da forma verbal “vem”,que deveria estar conjugada no plural (vêm), haja vista que necessita haver5691/5805concordância com o núcleo do sujeito “inovações”. (B) Errado – Não está corretoo emprego da crase em “às quais”, haja vista que nenhum verbo ou nomeestá solicitando a preposição “a”. Assim, o correto seria “as quais”. Além disso,deve-se empregar a forma “se deve aproveitar” em vez de “se devem aproveitar”,para que haja concordância com o núcleo do sujeito paciente “momento”(se deve aproveitar... cada momento da vida = cada momento davida... deve ser aproveitado). (C) Certo. (D) Errado – Há uma incorreção naflexão do adjetivo “próximos”, que deveria estar no singular para concordarcom o substantivo “futuro”. (E) Errado – Há dois equívocos: para manter oparalelismo, é necessário usar a preposição e o artigo “com o” no lugar dacontração “do” (...mas com o tecer de uma rede...); para manter a concordânciacom o substantivo “pessoas”, é necessário flexionar o adjetivo“ligado” no feminino plural (“ligadas”). Alternativa C.

10901. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale a opção em que o trecho do texto de Emir Sader (Anova toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana) foi transcrito comcorreção gramatical.(A) Atualmente, as alternativas de contraposição a hegemonia enfrentam os doispilares centrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a hegemoniaimperial estadunidense. É no confronto com aqueles que se tem de medir oprocesso de construção de “outro mundo possível”, para se analisar seusavanços, revezes, obstáculos e perspectivas.(B) De certa maneira, pode-se resumir os eixos que articulam o poder atual nomundo à partir de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e oda palavra. O primeiro reflete a política de militarização dos conflitos, emque os Estados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável.(C) A região tem-se mostrado refratária a política de guerra infinita promovidapelos Estados Unidos. Internamente, a Colômbia, epicentro regional dapolítica estadunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, aAmérica Latina produziu espaços de autonomia relativa no tocante a hegemoniaeconômica e política dos Estados Unidos, o que a torna o elo maisfrágil da cadeia neoliberal no século XXI.(D) O terceiro trata-se do monopólio da mídia privada no processo – profundamenteseletivo e antidemocrático – de formação da opinião pública. Palcoinicial da implantação do modelo neoliberal e sua vítima privilegiada, aAmérica Latina passa por uma espécie de ressaca do neoliberalismo, com5692/5805governos que rompem com o modelo e com outros que buscam readequaçõesque lhe permitam não sucumbir com ele.(E) O segundo retrata a política neoliberal de mercantilização de todas as relaçõessociais e dos recursos naturais, que tem buscado produzir um mundoem que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra e cuja utopia são osgrandes centros de compras.RESPOSTA (A) Errado – É necessário o emprego da crase antes de“hegemonia”, pois, nesse caso, tem-se a fusão da preposição “a”, exigida pelaregência de “contraposição” (contraposição a algo), com o artigo “a”, exigidopelo substantivo “hegemonia”. Além disso, deve-se flexionar a forma verbal“analisar” no plural, para haver concordância com o sujeito paciente “seusavanços, revezes, obstáculos e perspectivas”. Assim, o correto seria: “Atualmente,as alternativas de contraposição à hegemonia enfrentam os dois pilarescentrais do sistema dominante: o modelo neoliberal e a hegemonia imperialestadunidense. É no confronto com aqueles que se tem de medir o processo

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de construção de ‘outro mundo possível’, para se analisarem seusavanços, revezes, obstáculos e perspectivas”. (B) Errado – É necessário flexionarno plural a forma verbal “pode-se resumir”, para haver concordânciacom o sujeito paciente “os eixos”. Além disso, está incorreto o emprego dacrase antes do verbo “partir”. Assim, o correto seria: “De certa maneira,podem-se resumir os eixos que articulam o poder atual no mundo a partirde três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o da palavra. Oprimeiro reflete a política de militarização dos conflitos, em que os Estados Unidosacreditam dispor de superioridade inquestionável”. (C) Errado – É necessárioo emprego da crase antes de “política”, resultado da fusão da preposição“a”, exigida pela regência de “refratária” (refratária a algo), e doartigo “a”, exigido pelo substantivo “política”. Também se faz necessário oemprego da crase antes de “hegemonia”, resultado da fusão da preposição“a”, exigida pela regência de “no tocante” (no tocante a algo), e do artigo “a”,exigido pelo substantivo “hegemonia”. Assim, o correto seria: “A região tem-semostrado refratária à política de guerra infinita promovida pelos Estados Unidos.Internamente, a Colômbia, epicentro regional da política estadunidense,permanece isolada. No entanto, em seu conjunto, a América Latina produziuespaços de autonomia relativa no tocante à hegemonia econômica e políticados Estados Unidos, o que a torna o elo mais frágil da cadeia neoliberal noséculo XXI”. (D) Errado – O único erro presente diz respeito à flexão do pronome“lhe”, que deveria estar no plural para concordar com o referente “outros(governos)”. Assim, o correto seria: “...e com outros que buscam readequaçõesque lhes permitam não sucumbir com ele”. (E) Certo. Alternativa E.5693/5805

10902. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2009 – ESAF) Assinale o trecho do texto adaptado de Boris Fausto (Memóriae história) em que, na transcrição, foram plenamente atendidas as regras depontuação.(A) Em uma fila no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento dosdepósitos bancários, uma jovem, de traços orientais, permanecia calada e,aparentemente, atenta aos movimentos de todos, como se a qualquer momento,alguém pudesse passar à sua frente.(B) Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos japonesesno Brasil estava longe de representar um desastre. No entanto,bastou olhar para a neta do sol nascente e, logo, perceber que ela se transportarapara outras esferas, alheia à fila e a tudo o mais que a rodeava.(C) Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em tom suspiroso, explicandoque, no começo dos anos de 1930, grande parte da família decidiraemigrar para a Califórnia, mas seu avô meio aventureiro, optara infelizmente,pelo Brasil.(D) Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando, que os imigrantes japoneseslocalizados na costa do Pacífico, tinham atravessado momentos adversos,especialmente, no curso da Segunda Guerra Mundial, quando muitosdeles foram transferidos para campos de confinamento no meio-oesteamericano.(E) De repente, sua voz se ergueu enigmática: “A culpa de tudo isso é do meuavô”. Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela cabeça,foi a de um avô conservador, aconselhando a neta a poupar, em vez degastar, apoiado em uma versão japonesa da fábula da cigarra e da formiga.RESPOSTA (A) Errado – Deveria haver uma vírgula depois de “como se”, paraisolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “a qualquer momento”.(B) Certo. (C) Errado – Há um equívoco de pontuação com a vírgula depois de“aventureiro”. Se desejarmos mantê-la, devemos pôr necessariamente umavírgula depois de “avô”, transformando o termo “meio aventureiro” em apostoexplicativo. Outra solução é retirar a vírgula, transformado, assim, o termo“meio aventureiro” em adjunto adnominal. (D) Errado – Há alguns equívocosde pontuação: a vírgula depois de “ponderando” está errada, pois separa oraçãoprincipal e oração subordinada substantiva objetiva direta (“que osimigrantes japoneses...”); a vírgula depois de “Pacífico” está errada, pois separasujeito (“os imigrantes japoneses... costa do Pacífico”) e verbo (“tinham”).(E) Errado – Há um equívoco no uso da vírgula depois de “cabeça”, pois ela5694/5805separa sujeito (“a melhor ideia que me passou pela cabeça”) e verbo (“foi”).Alternativa B.

10903. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Deacordo com as ideias do texto, assinale a afirmativa correta.Face mais cruel de qualquer período recessivo na economia, o desempregoé chaga social que propaga desalento coletivo, além de contribuir para aformação do círculo vicioso que começa com a queda do consumo, passapela inibição da produção e termina em mais desemprego. Mas é exatamentenesse setor que as previsões mais otimistas para 2010 começam ase confirmar. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, mostram que o saldoentre a admissão e a demissão de empregados com carteira assinada somou181.419 vagas, um recorde que deixou longe os até então festejados142 mil empregos formais registrados em janeiro de 2008, último mês deexpansão antes da crise mundial.Detalhes reforçam o otimismo quanto à continuidade desse desempenho.Em janeiro de 2010, quando 1.410.462 postos formais de trabalho forampreenchidos, a indústria de transformação voltou a dar sinais de forte retomada.O setor tinha sido o mais atingido pela recessão, mas compareceucom 68.920 contratações, 17% acima do recorde anterior, de janeiro de2008.(Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010, com adaptações).(A) O Brasil não apresentou taxa de desemprego durante a crise econômica de2008/2009.(B) O desemprego contribui para o círculo vicioso constituído pela queda do consumo,da produção e novamente pelo aumento do desemprego.(C) A indústria de transformação continua a demonstrar sinais da recessão e nãoapresenta retomada de crescimento.(D) Em janeiro de 2008 as taxas de emprego do Brasil foram as mais altas dahistória.

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(E) A demissão de empregados com carteira assinada chegou quase a 200.000vagas em janeiro de 2010.RESPOSTA (A) Errado – É lógico que houve desemprego em 2008/2009. Oque o texto afirmou é que, nesse período, o saldo entre admissões e demissõeshavia atingido um recorde até então. (B) Certo. (C) Errado – O último5695/5805parágrafo desmente essa afirmação quando diz que a indústria de transformação“volta a dar sinais de forte retomada”. (D) Errado – Esse antigo recordefoi quebrado pelos índices de 2010. (E) Errado – O saldo entre admissões edemissões é que chegou a cerca de 200 mil vagas (181.419 vagas). AlternativaB.

10904. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Leia otexto abaixo para responder às questões a seguir.1A segunda metade dos anos 1990 foi caracterizada por crises nos países emergentes:México, Rússia, Brasile Argentina. Em todos os casos, os países recorreram ao Fundo MonetárioInternacional (FMI) para resolver seus problemas de endividamento externoe tiveram que se submeter a rigorosos programas de ajuste fiscal (reduçãode gastos públicos e aumento de impostos) e das contas externasexigidos pela organização. Após o5período de retração do nível de atividade e aumento do desemprego, durante oqual a relação dívida/PIBe os déficits fiscais se acomodaram em níveis compatíveis com a capacidadede financiamento, todos os países, à exceção da Argentina, entraramem trajetória de crescimento, com estabilidade de preços. Como os fundamentosfiscais e monetários destes países estavam fortes, com equilíbriofiscal, relação dívida/PIB e inflação sob controle, seus governos e bancoscentrais puderam adotar políticas fiscais, monetárias, de crédito10mais frouxas, que reverteram a trajetória de queda já no segundo trimestre de2009.(José Márcio Camargo, Tragédia grega. IstoÉ, 10/02/2010, com adaptações).Assinale a relação lógico-semântica que se infere a partir da argumentação dotexto.(A) Para todos os países que se submetem aos rigorosos programas do FMI, éválido dizer que ele chega a uma trajetória de crescimento que o leva a superarcrises.(B) Quanto maior a obediência aos rigorosos programas de ajuste fiscal impostospelo FMI, maior a possibilidades de um país conhecer crises financeiras.(C) Enquanto existirem crises nos países emergentes, os problemas de endividamentoexterno e a necessidade de ajustes fiscais continuarão a provocarcrises financeiras.5696/5805(D) Sem a acomodação dos déficits fiscais não há aumento da capacidade de financiamento;sem esta não há crédito, estabilidade de preços ou crescimento.(E) Se um país tem fortes fundamentos fiscais e monetários, então ele tem condiçõesde adotar as políticas necessárias para reverter a trajetória da quedajá em 2009.RESPOSTA Segundo o texto, um país que não adote medidas que visem a racionalizarsuas políticas monetária e fiscal terá mais dificuldades para superaruma crise econômica. É essa argumentação presente no texto que é parafraseadana letra E. Vale, contudo, ressaltar a letra D. Esta é falsa, pois nelahá uma generalização não presente no texto. Afirma-se, de forma absoluta,que o não aumento de capacidade de financiamento elimina o crédito, a estabilidadede preços e o crescimento. O que o texto afirma é que esses são dificultados(e não eliminados) por essa condição. Alternativa E.

10905. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo referente.(A) “países emergentes” – “os países” – “se”(B) “todos os casos” – “problemas de endividamento externo” – “seus”(C) “Fundo Monetário Internacional” – “seus” – “organização”(D) “desemprego” – “o qual” – “se”(E) “equilíbrio fiscal” – “políticas...de crédito” – “que”RESPOSTA (A) Correto. (B) Errado – A expressão “todos os casos” retoma“crises nos países emergentes”; já o pronome “seus” retoma “países emergentes”.(C) Errado – O pronome “seus” retoma “países emergentes”. (D) Errado– O pronome relativo “o qual” retoma o antecedente “período”; já o pronome“se” retoma “relação dívida/PIB” e “déficits fiscais”. (E) Errado – Otermo “equilíbrio fiscal” é independente dos demais. Alternativa A.

10906. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) O textoRaio X do mercado, de Luiz Alberto Marinho, publicado na RevistaGOL, novembrode 2009, p. 138, foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os,de acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um texto coeso ecoerente.( ) Outra tendência fala de “identidade e autoestima”. Isso significa que essaspessoas estão mais conscientes da sua importância para a economia, masnão querem abrir mão de suas origens, história e características.5697/5805( ) Portanto, para vender para pessoas de todas as classes sociais, será precisoantes afastar ideias preconcebidas e entender melhor quem são, o que quereme como compram os brasileiros.( ) O instituto de pesquisa Data Popular, especializado na baixa renda, apresentouum conjunto de dez tendências que vão impactar os negócios na classe C.( ) Uma terceira tendência explica o papel da beleza como fator de inclusão: afinal,estar bem-arrumado ajuda a diminuir as barreiras sociais.( ) Entre elas, está o “consumo de inclusão”, que mostra que o mercado emergentedesenvolveu um jeito diferente e inclusivo de comprar.A sequência correta é(A) 1, 2, 5, 4, 3(B) 3, 5, 1, 4, 2(C) 3, 1, 2, 5, 4(D) 4, 2, 1, 5, 3

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(E) 4, 5, 2, 3, 1RESPOSTA A sequência que se apresenta de forma mais coesa e coerente é ada letra B. Vejamos:Em (1), cita-se haver dez tendências que vão impactar a classe C. É de se esperarque o restante do texto detalhe cada uma (ou, pelo menos, algumas)delas. Em (2), a expressão “Entre elas” retoma “dez tendências” em (1). Em(3), a expressão “Outra tendência” estabelece com (2) uma relação de adição.Em (4), o numeral “terceira” dá continuidade à enumeração iniciada em (2).Em (5), a conjunção “Portanto” dá tons de conclusão ao texto. Alternativa B.

10907. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que constitui continuação coesa, coerente e gramaticalmente correta parao trecho a seguir.No Brasil, tudo indica que o endividamento pessoal vai crescer nos próximosanos: uma ligeira melhora de rendimentos se traduz, em nosso país,por um aumento desproporcional do endividamento, em razão do uso disseminadodos cartões de crédito que o sistema financeiro incentiva.(O Estado de S. Paulo, Editorial, 18/02/2010, com adaptações).(A) Por isso conseguimos até agora escapar de um surto de desemprego degrande proporção, o que permite que o consumo continue crescendo.(B) Sendo assim, esse exemplo dos Estados Unidos mostra que, num período decrise, com crescimento do desemprego, têm registrado forte queda do consumoe aumento da inadimplência.5698/5805(C) Mas isso se traduz por uma ampliação involuntária da poupança com a forteredução do uso dos cartões de crédito.(D) Além desse fator, a expansão dos financiamentos imobiliários nas instituiçõesfinanceiras essencialmente públicas também contribui para o aumentodo endividamento de longo prazo.(E) Isso é consequência de uma campanha em favor de uma poupança maior, quecertamente tem por efeito uma redução dos custos e um crescimento dosinvestimentos.RESPOSTA (A) Errado – A conclusão estabelecida pelo conector “Por isso” nãofaz sentido com o que foi exposto até então pelo texto. (B) Errado – Não háreferência anterior a “Estados Unidos”, quebrando, assim, a coesão textual.(C) Errado – Há uma contradição nessa continuidade, haja vista que se mencionouanteriormente uma disseminação no uso do cartão de crédito. (D) Correto– A expressão “Além desse fator” estabelece uma relação de adição com otrecho anterior, ao citar outro desencadeador de endividamento – o financiamentoimobiliário. (E) Errado – A consequência apresentada não é coerentecom o que foi exposto até então pelo texto. Alternativa D.

10908. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Em relaçãoàs ideias e estruturas linguísticas do texto, assinale a opção incorreta.1As exportações brasileiras de serviços têm sido uma atividade limitada praticamenteàs grandes empresasde construção pesada. Com a experiência adquirida no País, elas ganhavamconcorrências internacionais para execução de obras de infraestruturaem países em desenvolvimento da América Latina, do Oriente Médioe da África, valendo-se do “know-how” de trabalhar nos trópicos, em condiçõesmuitas vezes inóspitas, com mão5de obra local e prontificando-se também a transferir tecnologia para os paísescontratantes. Essasconstrutoras brasileiras continuam muito ativas no mercado externo,agora não apenas nos países em desenvolvimento, mas também nos maisdesenvolvidos. Além disso, deixaram de ser as únicas exportadoras deserviços.Com a internacionalização da economia, está em curso uma significativaexpansão, no exterior, de empresas10brasileiras de Tecnologia da Informação (TI) e de instituições financeiras. Emmenor escala, de empresas da5699/5805área de logística e transporte, de arquitetura e engenharia, redes de franquiasetc.Recente estudo sobre comércio internacional da Comissão Econômicapara a América Latina (Cepal) revela que o avanço do Brasil nas exportaçõesde serviços, nos últimos anos, só perde para as da China e da Índiaentre os países emergentes.(O Estado de S. Paulo, Editorial, 17/02/2010, com adaptações).(A) Depreende-se das informações do texto que na atualidade os bancosbrasileiros e empresas de Tecnologia da Informação estão se expandindosignificativamente no exterior.(B) A forma verbal “têm” (linha 1) está flexionada no plural para concordar com“As exportações brasileiras de serviços” (linha 1).(C) O emprego do acento grave indicativo de crase em “às grandes” (linha 1)justifica-se pela presença de preposição exigida pela regência de “atividade”e pelo emprego de artigo definido feminino.(D) O emprego de vírgula após “nos países em desenvolvimento” (linhas 7 e 8)justifica-se porque antecede conjunção coordenativa adversativa.(E) Em “para as da China” (linha 13) subentende-se, após “as”, a elipse da expressãoexportações de serviços.RESPOSTA A questão foi anulada de forma equivocada, uma vez que hásomente uma alternativa incorreta: a letra C. Nela, o emprego do sinal indicativode crase se deve à exigência da preposição “a” por parte de “limitada”(limitada a algo) e do artigo “as” por parte do substantivo “empresas”. As demaisestão corretas.

10909. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização dasideias do texto.1Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, índices de renda, emprego e mobilidadesocial retornaramaos mesmos patamares de antes da queda. Em uma analogia com umapartida de futebol, o coordenador da pesquisa afirmou que o Brasil teve

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um “tropeço no começo do jogo”, mas depois conseguiu se recuperar: “Podemosdizer que é um empate com muitos gols. Começamos o ano levandouma goleada, mas depois nos5recuperamos. Foi um empate generalizado: desigualdade, pobreza, mobilidade.”O índice de mobilidade social5700/5805foi um dos destaques do levantamento.(Correio Braziliense, 11 de fevereiro, 2010, com adaptações).(A) De maneira a explicitar as relações entre as ideias do primeiro períodosintático, subentendem-se, depois de “patamares” (linha 2), os termos quetinha.(B) Por retomar um termo já presente no texto, o nome “Brasil” (linha 3), o pronome“se” (linha 3) admite ser omitido, sem prejudicar a coerência da argumentaçãoou a correção gramatical do texto.(C) Como a comparação com o jogo de futebol ressalta o “empate” (linha 4), paraefeito de argumentação, é irrelevante se a expressão “muitos gols” (linha 4)for substituída por alguns gols ou por poucos gols.(D) A relação de explicação que o período iniciado por “Começamos” (linha 4) estabelececom o período que o antecede permite substituir o ponto depois de“gols” (linha 4) pelo sinal de dois pontos, fazendo os devidos ajustes na letrainicial maiúscula desse verbo.(E) A relação de sentidos entre a fala do coordenador da pesquisa e a última oraçãodo texto permite iniciá-la pelo conectivo Por isso, fazendo ajustes napontuação e nas letras maiúsculas, escrevendo-se: Por isso, o índice.RESPOSTA (A) Errado – Deveria se subentender a forma “que tinham”, paraque houvesse a concordância com o antecedente “patamares”. (B) Errado –Não é possível omitir o pronome “se”, pois este é reflexivo, equivalendo a “a simesmo”. Sua ausência tornaria o verbo carente de um objeto direto (recuperaro quê?). (C) Errado – O fato de se empatar uma partida que se perdia pormuitos gols mostra uma recuperação bem maior e mais difícil. (D) Certo. (E)Errado – Seria conveniente o emprego da expressão “por exemplo”, para semanter uma adequada coesão. Alternativa D.

10910. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Julguecomo verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações a respeito do uso das estruturaslinguísticas no texto abaixo. Em seguida, assinale a opção correta.1Houve uma grande queda da taxa de natalidade a partir de meados da década de80. Vinte anos depois,tal fenômeno praticamente ausente dos debates econômicos resultounoutra tendência: a redução da população mais jovem. O efeito tem sidouma menor pressão por empregos, o que vai levar a aumento dos saláriosreais. Produtividade maior na economia, mais renda e melhores empregosestão promovendo uma revolução ainda55701/5805pouco compreendida e estudada.(Antônio Machado, Mundo invisível. Correio Braziliense, 14 de fevereiro de 2010,com adaptações).( ) Mantém-se a coerência entre os argumentos, mas provoca-se erro gramatical,ao usar o termo “uma grande queda” (linha 1) no plural sem o artigo indefinido:grandes quedas.( ) Provoca-se erro gramatical e, por consequência prejudica-se a coerência textual,ao inserir uma vírgula antes de “praticamente” (linha 2) e outra depois de“econômicos” (linha 2).( ) Explicitam-se relações de sentido entre os termos, preservando a coerência e acorreção gramatical do texto ao substituir “O efeito” (linha 3) por Um dosefeitos dessa redução.( ) Alteram-se as relações de sentido no período sintático, mas preserva-se a coerênciatextual e o respeito às regras gramaticais ao retirar o pronome dotermo “o que” (linha 3).( ) Preservam-se as relações gramaticais, bem como a coerência textual, ao deslocar“na economia” (linha 4) para depois de “promovendo” (linha 4), desdeque se coloque tal termo entre vírgulas.A sequência obtida é(A) V, F, F, V, V(B) V, F, V, V, F(C) F, V, V, F, F(D) F, V, F, F, V(E) F, F, V, V, VRESPOSTA (I) Falso – A noção de indefinição estabelecida pelo artigo indefinido“uma”, em “uma grande queda” é equivalente ao plural genérico “grandesquedas”. (II) Falso – Não causa alteração de sentido considerar o termo “praticamente...debates econômicos” adjunto adnominal – sem vírgulas – ouaposto – com vírgulas. (III) Verdadeiro – Mantém-se a correção gramatical,assim como a coerência. Em “Um dos efeitos dessa redução”, há uma conexãoexplícita com o período anterior por meio do pronome anafórico “essa”. (IV)Existem dois pronomes: o demonstrativo “o” e o relativo “que”. Não se especificouqual dos pronomes deve ser excluído, dificultando, assim, a análise daassertiva. Como a banca considerou a letra E como resposta, é de se esperarque a alternativa esteja se referindo ao pronome “o”. Partindo dessa premissa,realmente ocorre uma alteração de sentido. Com o pronome “o” (= aquilo =efeito), a oração adjetiva “que vai levar a aumento dos salários reais” é restritiva.Se o pronome “o” for excluído, a mesma oração se torna explicativa.5702/5805(V) Verdadeiro – Com a mudança sugerida, o termo “na economia” fica posicionadoentre verbo – promovendo – e complemento verbal – uma revoluçãoainda... estudada, o que justifica o emprego das vírgulas. Com a imprecisão naredação da assertiva IV, deveria ser anulada a questão. A banca, no entanto,considerou a letra E como resposta.

10911. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção incorreta a respeito das relações de concordância no texto abaixo.1Quando se pensa em classe A, vem logo à cabeça a lembrança de gentemilionária, que passa todos os finsde semana em Paris e compra as melhores marcas do mundo. No entanto,

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nossa classe A representa apenas 5% da população e possui rendimentosbem menores do que muita gente imagina. O que acontece frequentementeé uma confusão entre o brasileiro classe A e o consumidor de luxo,este sim cliente de marcas sofisticadas que5movimenta um mercado de R$ 6 bilhões anuais.(Luiz Alberto Marinho, Raio X do mercado. RevistaGOL, novembro de 2009, p.138).(A) Preserva-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do textoao substituir “gente milionária” (linha 1) por milionários, desde que seflexionasse também “passa” (linha 2) e “compra” (linha 2) no plural, passame compram.(B) A forma verbal “possui” (linha 3) estabelece concordância com “da população”(linha 3); no entanto, também estaria correta a concordância com“5%” (linha 2), com o uso da flexão de plural, sem prejudicar a coerência dotexto.(C) Preserva-se a coerência na argumentação, bem como a correção nas relaçõesgramaticais do texto, ao retirar o termo “nossa classe A” (linha 2) do texto,deixando-o apenas subentendido na flexão de “representa” (linha 2).(D) Seria preservada a coerência na argumentação com a substituição de “umaconfusão” (linha 4) por confusões, desde que o verbo ser fosse usado tambémno plural: são confusões.(E) A opção pelo uso da flexão de plural em “movimenta” (linha 5), movimentam,preservaria a correção gramatical do texto, mas alteraria as relaçõessignificativas entre os argumentos.5703/5805RESPOSTA A letra B apresenta uma incorreção, uma vez que a forma verbal“possui”, assim como “representa”, devem ser flexionadas no singular, paraque haja concordância com o sujeito “classe A”. A letra A está correta. De fato,“gente milionária” equivale a “milionários”. Com essa alteração, há de se observara concordância verbal: as formas “passam” e “compram” devem estarno plural, para concordarem com o núcleo do sujeito “milionários”. A letra Cestá correta. De fato, pelo contexto, é possível sim subentender que o sujeitoda forma “representa” é a “classe A brasileira”. A letra D está correta. De fato,o grau de indeterminação de “uma confusão” é equivalente ao plural genérico“confusões”. Com essa alteração, há de se observar a flexão verbal no pluralda forma “são”, para que haja concordância verbal. A letra E está correta. Defato, do ponto de vista normativo, a alteração proposta mantém a correção.Se analisarmos, no entanto, os sentidos, veremos que antes era o cliente (=perfil de cliente) que movimentava um mercado de 6 bilhões anuais; com a alteração,são as marcas sofisticadas que movimentam essas cifras. AlternativaB.1Nos países em geral, economistas, políticos e o noticiário gostam é de índicessobre macroeconomia,números abstratos que indicam a situação geral da economia, mas nãorevelam o que se passa em seu interior. A internet, por exemplo, apareceuem grande escala em 1992, e o mundo se deu conta da revolução que elafizera nos negócios, na cultura e na vida das pessoas 10 anos depois.(Antônio Machado, Mundo invisível. Correio Braziliense, 14 de fevereiro de 2010,com adaptações).

10912. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) No textoacima, provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação do texto ao(A) inserir “os” antes de “economistas” (linha 1) e de “políticos” (linha 1).(B) retirar “é” (linha 1).(C) retirar o pronome “o”, do termo “o que” (linha 2).(D) substituir “fizera” (linha 4) por havia feito.(E) inserir apenas depois de “pessoas” (linha 4).RESPOSTA (A) Correto – A inserção do artigo “os” antes de “economistas” e“políticos” contribui com o paralelismo sintático entre os termos coordenadosentre si: economistas, políticos e noticiário. (B) Correto – A forma verbal “é”cumpre apenas um papel expletivo, contribuindo para gerar ênfase. (C) Errado5704/5805– O pronome “o” é demonstrativo e equivale a “aquilo”. É com ele que a formaverbal “se passa” concorda. A ausência desse pronome geraria problemas decoesão gramatical e de concordância. (D) Correto – A forma “havia feito” é aforma composta do pretérito mais-que-perfeito “fizera”. (E) Correto – O advérbio“apenas” cumpre apenas função de ênfase. Alternativa C.

10913. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que ao substituir a oração sublinhada, no texto abaixo, provoca erro gramaticale/ou incoerência textual.Sem vitória ou derrota, na comparação entre o pré e o pós-crise, a turbulênciafinanceira que abalou o mundo trouxe perdas ao Brasil, mas nodecorrer de 2009 os prejuízos foram recuperados e, se o país não cresceu,conseguiu ao menos fazer com que importantes indicadores econômicos esociais empatassem com os que eram registrados em 2008 – ano do picode desenvolvimento brasileiro.(Correio Braziliense, 11 de fevereiro, 2010, com adaptações).(A) caso o país não cresceu(B) apesar de o país não crescer(C) mesmo o país não crescendo(D) embora o país não crescesse(E) ainda que o país não tenha crescidoRESPOSTA A oração “se o país não cresceu” estabelece uma relação deoposição concessiva com a oração seguinte. Essa relação fica mais explicitadacom o emprego dos conectores “apesar de”, “embora”, “mesmo”, “ainda que”.O conector “caso” é condicional e o seu emprego forçaria a conjugação doverbo no modo Subjuntivo - “caso o país não cresça”, “caso o país não crescesse”,“caso o país não tenha crescido”, etc. Alternativa A.

10914. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Em relaçãoàs estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.1Dados do Sine – uma rede pública de agências de emprego, associada ao Ministériodo Trabalho – mostramque apenas 39% das vagas ali oferecidas em 2009 foram preenchidas. Em

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2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterior, 48%.Ou seja, mesmo com um índice de desemprego ainda relativamente alto,5705/5805de 8,9% no ano passado, o país vive o paradoxo de criar vagas e não encontrarprofissionais que as preencham.5A explicação, dizem as empresas, está, sobretudo, na escolaridade precária dostrabalhadores.O fenômeno já se fazia sentir com força, no final de 2009, na procura porengenheiros. Agora se vê que a carência de profissionais se espraia paravários níveis de formação – sobram vagas para farmacêuticos, mas tambémpara eletricistas e torneiros.10Trata-se de um problema grave, para o qual não há solução simples nem imediata.A rede educacional do país,com suas falhas e distorções distribuídas do ensino fundamental àuniversidade, mostra-se incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mãode obra competente.(Folha de S. Paulo, Editorial, 17/02/2010, com adaptações).(A) Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessõesda linha 1 por vírgulas.(B) O termo “ali” (linha 2) retoma o antecedente “Ministério do Trabalho” (linha1).(C) O termo “as” (linha 4) funciona como pronome e retoma o antecedente “vagas”(linha 4).(D) Em “se espraia” (linha 8) o termo “se” (linha 8) funciona como indicador desujeito indeterminado.(E) A forma verbal “mostra-se” (linha 11) tem como sujeito “distorções distribuídasdo ensino fundamental à universidade” (linha 11).RESPOSTA (A) Errado – O aposto – no caso, “uma rede pública... Ministériodo Trabalho” – tanto pode ser isolado por vírgulas como por travessões. (B)Errado – O advérbio “ali” retoma o termo “Sine”. (C) Correto. (D) Errado – Otermo “se” é partícula integrante na forma verbal “se espraia”, que tem comosujeito “a carência de profissionais”. (E) Errado – A forma verbal “mostra-se”tem como sujeito “A rede educacional do país”. Alternativa C.

10915. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Ostrechos a seguir constituem um texto adaptado do Correio Braziliense, Editorial,18/02/2010.Assinale a opção transcrita com erro gramatical.(A) Operação destinada a facilitar a vida do contribuinte coloca a Receita Federalna vanguarda das iniciativas que, ao longo dos últimos anos, objetivam5706/5805reduzir a ineficiência operacional de agências públicas. É o que se materializaagora com as medidas que desobrigam cerca de 10 milhões de brasileirosde prestar declaração de renda.(B) A inovação é aplicável aos rendimentos auferidos em 2010 (ano-base 2009) eaos que serão obtidos em 2011 (ano-base 2010). Os principais beneficiáriosdas novas regras são sócios de empresas ou pessoas que tenham patrimônioinferior a R$ 300 mil. Basta que os ganhos estejam dentro do limite de isenção(R$ 17.215,08, em 2009, e de R$ 22.487,25, em 2010).(C) Há outras condicionantes que, previstas nas mudanças, não chegam a alteraros efeitos práticos. Foram obrigadas a explicar-se ao fisco, por serem qualificadascomo integrantes de sociedades comerciais, em 2009, nada menosde 5 milhões de pessoas. Agora, estão livres da obrigação, segundo o supervisornacional do Programa do IR.(D) Os trabalhadores com remuneração anual abaixo do teto de isenção previstopara 2010 desde logo estão dispensados de entregar a declaração. Apenasdeverão fazê-lo os que tivessem IR retido na fonte e pleiteam restituição.(E) Outra mudança importante: este ano será o último em que a Receita aceitaráformulários de papel. Também é decisão compatível com a necessidade deelevar os padrões operacionais do órgão. Hoje, apenas 127 mil pessoasfísicas optam por semelhante forma de declarar a renda.RESPOSTA Há alguns equívocos gramaticais na letra D. São eles:I) A expressão “desde logo” deveria ser isolada por vírgulas, uma vez que setrata de um adjunto adverbial deslocado da ordem direta, intercalado entresujeito – “Os trabalhadores... para 2010” e verbo – “estão”. II) Deve-seempregar “fazê-la” em vez de “fazê-lo”, uma vez que o pronome “a” substitui“declaração”. III) Deve-se usar a forma “tiverem” e “pleitearem” – futuro dosubjuntivo – em vez de “tivessem” e “pleiteam”, para estabelecer a correlaçãocom a forma “deverão” – futuro do presente do indicativo. Outra possibilidadeé empregar as formas “tenham” e “pleiteem” – presente do subjuntivo – ou,então, “têm” e “pleiteam” – presente do indicativo. Assim, o correto seria: “Ostrabalhadores com remuneração anual abaixo do teto de isenção previsto para2010, desde logo, estão dispensados de entregar a declaração. Apenas deverãofazê-la os que tiverem (tenham, têm) IR retido na fonte e pleitearem(pleiteiem, pleiteiam) restituição.” Alternativa D.

10916. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção em que o texto foi transcrito com erro gramatical no termo sublinhado.A historiografia econômica já explorou detidamente os mecanismos pelosquais (A) as eras históricas, que são nomeadas pelos respectivos sistemas5707/5805de produção, ganharam uma fisionomia própria, uma identidade, entraramem crise, sendo (B) enfim substituídas implacavelmente em escalamundial. O feudalismo foi dissolvido pelo capital mercantil, e este, passadoo processo de acumulação, deu lugar ao capitalismo industrial. O imperialismoé o ápice do processo capitalista e, até a bem (C) pouco tempo,o pensamento de esquerda ancorava-se na certeza de que o socialismouniversalizado tomaria o lugar dos imperialismos em luta de morte. Asdúvidas são hoje graves, mas a hipótese de que (D) as fases não só se encadeiammas se ultrapassam é ainda um cânon de leitura poderoso, parecendoimbatível quando se examinam (E) os períodos de transição.(Alfredo Bosi, O tempo e os tempos. In: Adauto Novaes (org.), Tempo e história.São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 21, com adaptações).(A) (A)

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(B) (B)(C) (C)(D) (D)(E) (E)RESPOSTA É equivocado o uso da forma “até a bem pouco tempo”, pois,como se faz referência a tempo passado, é necessário empregar o verbo“haver”. Assim, o correto seria “até há bem pouco tempo...”. Alternativa C.

10917. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Ostrechos a seguir constituem um texto adaptado de O Estado de S. Paulo, Editorial,18/02/2010.Assinale a opção gramaticalmente correta.(A) A decisão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos deconsiderar o etanol produzido à partir da cana-de-açúcar um biocombustívelavançado, que reduz a emissão de dióxido de carbono em pelo menos 40%na comparação com a gasolina, derruba uma das principais barreiras à entradado álcool brasileiro no mercado americano e, desse modo, pode representara abertura do mercado global para o produto nacional.(B) Para entrar no mercado americano, no entanto o etanol brasileiro precisavencer outros obstáculos, alguns criados pela política externa do Brasil,como a aproximação ao Irã, que causou a perda do apoio ao produtobrasileiro até agora dada pelo Congresso Americano.(C) A certificação do etanol de cana como biocombustível avançado pela EPA éimportante para o Brasil. O Ato de Segurança e Independência Energética,5708/5805de 2007, que define regras para os EUA alcançarem as metas de segurançaenergética e redução da emissão de gases de efeito estufa, estabelecem umconsumo mínimo de biocombustíveis de 45 bilhões de litros em 2010 e de136 bilhões de litros daqui a 12 anos.(D) Do total de biocombustíveis a ser consumido em 2022, 80 bilhões de litrosestá reservado para os avançados, que são o celulósico (ainda em fase experimental)e o diesel de biomassa, entre outros. A EPA incluiu o etanol decana-de-açúcar entre os biocombustíveis avançados, ao reconhecerem que,em relação à gasolina, ele reduz a emissão de dióxido de carbono em 61%,bem mais que o mínimo exigido de 40%.(E) Por isso, do total de 80 bilhões que serão consumidos anualmente daqui a 12anos, o etanol responderá por 15 bilhões de litros. Esse volume correspondea três vezes o total exportado pelo Brasil em 2008. Em decisão anterior, aEPA contabilizara os efeitos de emissões associadas ao desmatamento provocadopela expansão das áreas plantadas com cana, e considerara que a reduçãoda emissão de dióxido de carbono em relação à gasolina seria deapenas 26%.RESPOSTA (A) Errado – Não há emprego do sinal indicativo de crase em “àpartir”, uma vez que verbos repelem o artigo definido. (B) Errado – A locuçãoconjuntiva “no entanto” deve ser isolada por vírgulas, por estar deslocada daordem direta. Além disso, é conveniente empregar a forma “do” em vez de“ao”, resultando na forma “aproximação do”. (C) Errado – Deve-se empregar aforma singular “estabelece” em vez de “estabelecem”, para que haja a concordânciacom o núcleo do sujeito “Ato”. (D) Errado – Deve-se empregar aforma “estão reservados” em vez de “está reservado”, para que haja a concordânciacom o sujeito “80 bilhões de litros”. Além disso, deve-se empregar aforma “reconhecer” em vez de “reconhecerem”, para que haja a concordânciacom o sujeito “EPA”. (E) Correto. Alternativa E.

10918. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra inserido notexto.A manutenção dos empregos é um atestado de que (1) os agentes econômicos,embora (2) assustados com as repecurssões (3) da crise nos paísesmais desenvolvidos, não perderam a confiança na economia brasileira.Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio governo deque a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à (4) inflação,no câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política5709/5805de superávits primários, já se sabia que a economia brasileira teria condiçõesinéditas de escapar dos piores efeitos da situação. Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo doPIB por dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudançasno câmbio, o governo sustentou a política econômica.(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010).(A) 1(B) 2(C) 3(D) 4(E) 5RESPOSTA A grafia correta é “repercussão”. Os substantivos derivados deverbos com terminação -cutir são grafados com final -cussão. Exemplos:repercutir > repercussão; discutir > discussão, etc. Alternativa C.

10919. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que completa corretamente a sequência de lacunas no texto a seguir.O que aconteceria no mundo ___(1)___, num determinado período,nada, nem pessoas, nem patrimônios, nem atividades econômicastivessem a cobertura de uma apólice de seguro? Se isso ___(2)___, osaviões não levantariam voo, os navios não deixariam os portos e o transportede pessoas não funcionaria ___(3)___ falta de proteção da suavida. Milhares de atendimentos médico-hospitalares deixariam de ser feitossem seguro saúde. Milhares de veículos provavelmente não circulariam___(4)___ seus proprietários não correriam o risco de acidentes sem oseguro de automóveis. Consequentemente, milhares de oficinas e seusempregados não teriam trabalho e poucos carros novos seriam vendidos.As grandes indústrias parariam de produzir porque os empresários, certamente,não iriam admitir que seus investimentos e empregados ficassem

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expostos ___(5)___ riscos de trabalhar sem a proteção do seguro.(Discurso de João Elisio Ferraz de Campos no Senado. ViverSeguro, http://www.fenaseg.org.br, acesso em 11 fev. 2010).1 2 3 4 55710/5805(A) se acontecer por pois em(B) caso acontecer devido à por que a(C) onde acontecesse emrelaçãoapoisa(D) se acontecesse pela porque aos(E) caso aconteceria devido à porque emRESPOSTA Em (1), como se trata de uma possibilidade, é interessante oemprego de algum conector condicional: “se” e “caso” são algumas das opçõesdisponíveis. Em (2), devemos empregar a forma “acontecesse” – pretérito imperfeitodo subjuntivo -, para que se mantenha a correlação com as formas“levantariam”, “deixariam” e “funcionaria” – futuro do pretérito do indicativo.Em (3), é necessário empregar alguma conexão que introduza uma ideia decausa. Isso pode ser feito por meio da preposição “pela” ou da locução conjuntiva“devido à”. Em (4), é necessário empregar a forma “porque” – junto esem acento -, pois se trata de uma explicação. Em (5), o termo “expostos”solicita a regência da preposição “a”. Com base nessas considerações, a alternativaque apresenta uma sequência possível é a da letra D. Alternativa D.

10920. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que preenche, de maneira coerente e gramaticalmente correta, as lacunasdo texto.O que contribui para fortalecer o mercado formal de trabalho não___1___ imposições legais, mas sim a liberação dos caminhos ___2___aumento da produção e mais qualificação da mão de obra. Dados dopróprio Ministério do Trabalho, recém divulgados, confirmam que 1,66milhão de postos oferecidos no ano passado não foram preenchidossimplesmente devido ___3___ ausência da qualificação mínima exigidapor parte dos pretendentes. Isso significa que o país deve persistir nabusca de taxa de juros e carga fiscal baixas, ___4___ de investimentoscontinuados em formação e treinamento de profissionais, ___5___ a5711/5805população possa aproveitar ao máximo as oportunidades abertas por esteano de projeções particularmente tão favoráveis.(Adaptado de Zero Hora (RS), Editorial, 19/02/2010).1 2 3 4 5(A)se tratamdeao uma e mesmode formaque(B) deve ser no em e tambémde modoque(C) eramcomuma alémde jeitoque(D) sãoparaumàmastambémpara que(E) foram do com e ainda eRESPOSTA Em (1), devemos empregar a forma plural do verbo “ser”, pois,neste caso, prevalece a concordância com o predicativo – que está no plural -,e não com o sujeito oracional. Dessa forma, descarta-se a letra B. Além disso,a letra A não se aplica, pois a expressão “trata-se de” é empregada comsujeito indeterminado. Em (2), a preposição “para” é a mais indicada paraque a coerência e a coesão textual sejam atendidas. Em (3), deve-seempregar a contração “à”, resultado da fusão da preposição “a” – requeridapor “devido” (devido a algo) – e do artigo definido “a” – requerido pelo substantivo“ausência”. Em (4), a forma “mas também” estabelece uma relaçãode adição com a oração anterior. Em (5), a forma “para que” introduz umarelação de finalidade com a oração anterior. Sendo assim, a alternativa quetraz uma combinação possível é a letra D. Alternativa D.

10921. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que apresenta trecho adequado para ser inserido, de forma gramaticalmentecorreta, coesa e coerente, na lacuna do texto abaixo.5712/5805Bancos públicos e privados do País se expandem no mercado externo. Arede de bancos de capital nacional no exterior ampliou-se a partir dadécada de 1990, buscando, inicialmente, atrair depósitos e aplicações deimigrantes brasileiros espalhados pelo mundo, responsáveis por umvolume considerável de remessas financeiras para suas famílias, oumesmo para seus negócios, no Brasil. (...)Já é clara, assim, a tendência para uma expansão global. O objetivo éclaro: há todo o interesse dos bancos em acompanhar um número crescentede clientes empresariais brasileiros que já atuam nos quatro cantosdo mundo, além de buscar novos negócios onde quer que se instalem.(O Estado de S. Paulo, Editorial, 17/2/2010, com adaptações).

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(A) Posteriormente, houve uma tendência para a regionalização das operaçõesdos bancos, tendo por base o Mercosul, com a abertura de escritórios e agências.E os bancos brasileiros, mais recentemente, têm feito aquisições de instituiçõesfinanceiras em outros países, para onde levam a sua marca.(B) Diferentemente do que ocorre com essa infraestrutura de transportes, queapresenta ainda graves deficiências, o setor financeiro e de mercado de capitaisno Brasil conta com estrutura para atrair investidores.(C) Criou-se, assim, um ambiente favorável para que médias e grandes empresasdo Brasil da área de Tecnologia da Informação, com subsidiárias em outrospaíses, principalmente a Argentina e o México, possam competir com êxitocom grandes multinacionais.(D) Prevendo-se que o mercado mundial de tecnologia tenha um crescimento de4,6% em 2010, que deverá ser liderado pelos países emergentes, a associaçãobrasileira do setor estima que as vendas externas de softwares e serviçosde comunicação e tecnologia possam atingir US$ 5 bilhões este ano.(E) Além desse bem-vindo estímulo governamental ao empreendedorismo o desafiodo Brasil nessa área, como em tantas outras, é a formação de mão deobra qualificada em quantidade suficiente para continuar avançando.RESPOSTA Na letra A, o advérbio “Posteriormente” estabelece uma coesãotemporal com o primeiro parágrafo, que descreve os objetivos iniciais da expansãobancária no exterior. Na alternativa B, há uma quebra de coesãocom o emprego do pronome anafórico “essa” em “essa infraestrutura de transportes”,uma vez que não se fez menção a essa ideia no parágrafo anterior.As alternativas C e D também apresentam equívocos de coesão, haja vistaque não se faz referência alguma a empresas de tecnologia nem 1º nem no 3ºparágrafo. Na letra E, há uma quebra de coesão com o emprego do pronome5713/5805anafórico “esse” em “desse bem-vindo estímulo governamental”, uma vez quenão se fez menção a essa ideia no parágrafo anterior. Alternativa A.

10922. (Analista Técnico da SUSEP – 2010 – ESAF) Assinalea opção que corresponde a erro gramatical inserido no texto.O etanol ainda está longe de ter um mercado global. Apresentado desde o(1) início da década como a grande solução energética para o mundo, parasubstituir uma fonte não renovável (o petróleo) e reduzir a emissão (2) depoluentes, o etanol ainda não conquistou os fabricantes de veículos e osconsumidores do mundo inteiro. Falta uma padronização internacionalpara transformar-lhe (3) em uma commodity facilmente comercializávelnos diferentes mercados e ainda persistem barreiras protecionistas emmuitos países. Nos EUA, por exemplo, há uma tarifa de importação deUS$ 0,54 por galão. Para entrar na União Europeia, o etanol brasileiropaga 19 centavos de euro por litro.É grande o potencial de mercado para o etanol brasileiro nos EUA. Na UniãoEuropeia, o potencial é menor, pois lá (4) o programa energético prevêa utilização de 10% de combustíveis renováveis no consumo total em2020. Cálculos da União da Indústria da Cana-de-Açúcar – Unica indicamque isso resultaria na demanda de 14 bilhões de litros de etanol por ano(outra parte seria atendida (5) por biodiesel).(O Estado de S. Paulo, Editorial, 18/02/2010, com adaptações).(A) 1(B) 2(C) 3(D) 4(E) 5RESPOSTA Ocorre erro no emprego do pronome oblíquo “lhe” em (3). Este éusado para substituir objetos indiretos, enquanto que os pronomes oblíquos“o(s)”, “a(s)” substituem objetos diretos. Como o verbo “transformar” é transitivodireto (quem transforma, transforma algo, alguém), devemos empregara forma “transformá-lo”. Alternativa C.5714/5805

10923. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Considereo texto abaixo para responder à questão.Entrevistador – O que caracteriza o capitalismo brasileiro atual, que explica osrumos que ele vem tomando desde a crise financeira internacional em 2008?1Ladislau Dowbor – O capitalismo brasileiro descobriu o mercado interno e a importânciade responderàs necessidades internas do país. O segundo eixo é que ele descobriu quenós não podemos explorar indefinidamente os recursos naturais sem prejudicara sustentabilidade a médio e longo prazo. Essa tomada de consciênciana área do grande capital, de que há necessidades da populaçãoinsatisfeitas – e isso pode ser um5problema, mas pode ser uma oportunidade em termos de expansão de fronteiras-, e a tomada de consciênciada problemática ambiental são os principais eixos de mudança. É lógicodo ponto de vista do capitalista individual pensar que o aumento dosalário mínimo tornará a mão de obra mais cara. Só que, ao multiplicarem todas as empresas essa atitude, não teremos desenvolvimento do mercadointerno e todo mundo entra em crise. Quando se pensa fora de umaunidade empresarial, entendemos que esse aumento do salário mínimo edos10direitos sociais gera capacidade de compra por parte dos trabalhadores. E essacapacidade de compra dinamizao mercado. Todos vão poder produzir mais. É justamente esse o“casamento estranho” que as pessoas não imaginavam, de que ajudar aparte de baixo da sociedade também ajuda na parte de cima. Entendemosque temos que generalizar o bem-estar para toda a sociedade e não só paraalguns. E isso tem que ser feito de maneira sustentável.(Adaptado da entrevista de Ladislau Dowbor a IHU On-line. http://www.ihuonline.unisinos.br, acesso em 20 out. 2010).Provoca-se erro gramatical e, consequentemente, incoerência textual ao(A) tornar a ideia indeterminada pelo pronome se, escrevendo tornar-se-á, emlugar de “tornará” (linha 7).

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(B) enfatizar as relações de coesão, inserindo a antes de “de que há” (linha 4).(C) manter a ideia de modo, substituindo “ao multiplicar” (linha 7) pormultiplicando.5715/5805(D) incluir o leitor na argumentação, substituindo “se pensa” (linha 9) porpensamos.(E) substituir a conjunção em “tem que” (linha 13) pela preposição de, escrevendotem de ser feito.RESPOSTA (A) Incorreta – Não é possível o uso do índice de indeterminaçãodo sujeito “se”, pois já há um sujeito determinado para o verbo “tornará”: “oaumento do salário mínimo”. Além disso, o verbo “tornará” está empregadocomo transitivo direto, o que impossibilita a indeterminação do sujeito pelouso do “se”. (B) Correta – O pronome demonstrativo “a” (= “aquela”) retomaria“tomada de consciência na área do grande capital”. (C) Correta – Asduas formas são equivalentes, não ocorrendo alteração na construção original.(D) Correta – Enquanto a forma “se pensa” é impessoal, a forma “pensamos”evidencia uma tentativa do autor de aproximar o leitor para uma linha argumentativadefendida no texto. (E) Correta – As construções são equivalentes.Alternativa A.

10924. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Assinalea opção segundo a qual provoca-se incoerência entre os argumentos e/ouincorreção gramatical ao fazer a alteração sugerida na pontuação do texto.1A institucionalização de alguns aspectos morais da sociedade é capaz de transformarcompletamenteuma sociedade, é fato. Transformar certas atitudes e preceitos em hábitosnos leva ao passo contrário do questionamento e da capacidade de reinventaro cotidiano. Por aqui, potencializou-se no decorrer dos anos a necessidadede ostentação.5Patrimônio no Brasil se compreende como quantos carros, móveis e imóveis sepossui. Pior, o brasileiroquer possuir esses bens ainda que seus pagamentos sejam arrastados duranteanos, num ciclo completamente automatizado. Isso não é construirpatrimônio. Pense que essa estratégia envolve diversos custos e que, paramanter tal raciocínio vicioso, você precisará estar sempre se vendo assalariadoou com uma fonte fixa de renda. Não sou contra o emprego, soucontra a acomodação. Onde fica a qualidade de vida? Seu maior patrimônioé10você mesmo. Qualidade de vida é ter o que você merece, mas também ter responsabilidadee preparo para5716/5805poder lutar pelo que merece. Qualidade de vida é gastar seu dinheiro comvocê, desde que você não entre em conflito com você mesmo.(Adaptado de Conrado Navarro. Educação financeira e qualidade de vida. http://dinheirama.com/blog/2007/09/19/educacao-financeira-e-qualidade-devida,acesso em 20 out. 2010).(A) Reescrever o final do primeiro período do texto, como: [...] uma sociedade;isso é fato (linha 2).(B) Isolar por vírgulas a expressão “no decorrer dos anos” (linha 3).(C) Substituir a conjunção em “Pense que essa estratégia” (linha 7) pelo sinal dedois pontos, escrevendo: Pense: essa estratégia.(D) Substituir a vírgula depois de “Pior” (linha 5) pelo sinal de dois pontos.(E) Inserir um travessão antes de “ou com uma fonte” (linha 8).RESPOSTA (A) Certo – A inserção do pronome anafórico “isso” justifica umapausa maior, marcada pelo ponto-e-vírgula. (B) Certo – As vírgulas se justificampara isolar o adjunto adverbial temporal deslocado da ordem direta “nodecorrer dos anos”. (C) Errado – A presença dos dois-pontos faz com que a oração“que essa estratégia envolve diversos custos” tenha valor explicativo. Notrecho original, no entanto, essa mesma expressão tem valor de complemento.(D) Certo – Os dois-pontos, assim como a vírgula original, subentendemuma explicação. (E) Certo – Em ambos os casos, mantém-se o valor deexplicação original, que introduz uma paráfrase. Alternativa C.

10925. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Aquestão toma por base o seguinte texto:1Tradicional defensor de instrumentos ortodoxos de política econômica, o FundoMonetário Internacional(FMI) admitiu o uso de controles de capital para combater a formação debolhas financeiras e o fluxo exagerado de investimentos estrangeiros quevalorizam excessivamente as moedas nacionais em relação ao dólar. Entreas opções, está a tributação do ingresso de recursos, caminho escolhidopelo Brasil, que elevou de 4% para 6% a5alíquota do imposto de operações financeiras (IOF) nas aplicações de renda fixa.Outra possibilidade é a proibiçãode retirada do dinheiro por um tempo determinado, como fez o Chile. Porenquanto a equipe econômica brasileira resiste em adotar este passo, pois,para o economista americano J. L., o reforço no balanço orçamentário e as5717/5805ações de caráter mais estrutural são, muitas vezes, as respostas mais adequadaspara o10aumento de fluxos. “Mas pode haver circunstâncias em que os controles cambiaissejam úteis, numamedida temporária, para lidar com esse crescimento de capital”, afirma.(Adaptado de Correio Braziliense, 19/10/2010).Na organização das relações de coesão e coerência no texto, a expressão(A) “caminho escolhido pelo Brasil” (linha 4) retoma a ideia de “tributação do ingressode recursos” (linha 4).(B) “fluxo exagerado de investimentos estrangeiros” (linhas 2 e 3) retoma a ideiade “bolhas financeiras” (linha 2).(C) “ações de caráter mais estrutural” (linha 9) retoma a ideia de “bolhasfinanceiras”.(D) “controles cambiais” (linha 10) retoma a ideia de “ações de caráter mais estrutural”

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(linha 9).(E) “esse crescimento de capital” (linha 11) retoma a ideia de “aplicações de rendafixa” (linha 5).RESPOSTA As expressões “bolhas financeiras” e “fluxo exagerado de investimentosestrangeiros” são termos coordenados entre si, sendo, portanto, falsaa afirmação da letra B. As “ações de caráter mais estrutural” visam a evitar as“bolhas financeiras”, sendo, portanto, falsa a afirmação da letra C. Há no textouma diferença entre as medidas que se classificam como “ações de carátermais estrutural” e aquelas que são caracterizadas como “controles cambiais”,sendo, portanto, falsa a afirmação da letra D. A expressão “esse crescimentode capital” retoma “aumento de fluxos”, sendo, portanto, falsa a afirmação daletra E. Alternativa A.

10926. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Assinalea opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto.(A) Por integrar um termo que complementa “combater”, o artigo em “a formação”poderia receber o sinal indicativo de crase, o que indicaria a inserçãoda preposição a no texto.(B) Apesar da extensão do período sintático, a inserção de uma vírgula depois de“estrangeiros” provocaria erro gramatical e incoerência textual.5718/5805(C) Como a expressão “imposto de operações financeiras” está escrita, no texto,com iniciais minúsculas, sua sigla também deveria ser grafada com letrasminúsculas para atender às regras de ortografia.(D) O uso do modo subjuntivo em “sejam” ressalta a ideia de uma hipótese, umapossibilidade; para se fazer uma afirmação, o desenvolvimento textual admitiriaa forma de indicativo: são ou serão.(E) Preserva-se a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do textoao usar o verbo existir em lugar de “haver”, desde que se faça a concordânciaadequada, escrevendo pode existirem circunstâncias.RESPOSTA (A) Errado – Não é possível a inserção da preposição, uma vezque o verbo “combater” é transitivo direto. (B) Errado – Não ocorreria errogramatical. Haveria, sim, uma mudança de sentido, uma vez que a oração“que valorizam excessivamente as moedas nacionais em relação ao dólar”deixaria de ser adjetiva restritiva e passaria a ser explicativa. (C) Errado – Assiglas necessariamente são grafadas com letras maiúsculas. (D) Certo. (E) Errado– Para manter a correta concordância, deveríamos escrever “podem existircircunstâncias”. Alternativa D.

10927. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Assinalea opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto de ConjunturaEconômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9.O mecanismo de câmbio flutuante, quando acompanhado de razoável mobilidadede capitais, provê um meio automático através do qual o equilíbrio se configura(a). Elevações de consumo ou investimento da parte de residentes geram pequenaselevações de juros que majoram a entrada de capitais externos, desta formavalorizando (b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações eaumenta as importações, meio pelos quais (c) se compensa, liquidamente, apreços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviçosprovocado por possíveis expansões de absorção interna. Tudo pode ocorrermuito bem até o ponto em que (d) os déficits na conta corrente do balanço depagamentos passem (e) a gerar um montante do passivo externo líquido do país,que dá início a um processo de desconfiança dos provedores de crédito líquidoem moeda estrangeira. Quando isso ocorre, há uma necessidade de reverter taisdéficits, configurando, em última instância, que o sucesso no combate à inflaçãono período inicial pode ter significado, em boa parte, uma transferência de problemaspara o futuro.(A) a5719/5805(B) b(C) c(D) d(E) eRESPOSTA Na letra C, o substantivo “meio” deve ser retomado pelo pronomerelativo “o qual”, no singular. O resultado é a construção “meio pelo qual”.Alternativa C.

10928. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Assinalea opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas do texto, demodo a manter a coesão e a coerência entre as ideias.Quando uma pessoa compra uma ação de uma empresa, torna-se sóciadessa companhia. Significa que ___(1)___ se beneficia de seu sucesso ousofre as consequências ___(2)___ fracasso. Funciona assim: ao ganhardinheiro, uma corporação com ações cotadas em bolsa remunera melhorseus acionistas. O inverso também é verdadeiro.No mercado acionário, é impossível dizer ___(3)___ um investimentodará retorno líquido e certo. Uma série de fatores ___(4)___ levada emconta. Desde ___(5)___ que a empresa pode controlar (lançamento deprodutos e projetos de sucesso, boa performance financeira) até aspectosexternos (crise global, acidentes), ___(6)___ muitas vezes independemde uma boa administração da companhia.(Adaptado de IstoÉ, 15/9/2010).1 2 3 4 5 6(A) esta do se será os os quais(B) esta de seu quandodeverãoseràqueles o que(C) ela desse quandodeverãoser

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os que5720/5805(D) o sócio desse quedeverãoseràqueles o que(E) ela de seu sedeveráseraqueles queRESPOSTA Em (1), o uso de “esta” pode remeter a “companhia”, o que comprometea coerência do texto. Dentre as possibilidades apresentadas, pode-seempregar “o sócio” ou “ela”. Em (2), não faz sentido empregar “desse”, poiseste anafórico teria que retomar algo já citado. E, até o momento, não se fezreferência a fracasso algum. O uso do possessivo “seu” é, portanto, mais adequado.Em (3), cabe a presença da conjunção integrante “se”, uma vez quehá dúvidas quanto ao retorno do investimento. Em (4), cabe a forma “deveráser”, para que se mantenha a concordância com o sujeito “Uma série defatores”. Em (5), cabe a forma “aqueles”, para retomar “fatores”. Em (6), cabeo pronome relativo “que”, para retomar o substantivo “aspectos” no restanteda oração. Alternativa E.

10929. (Inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, Analistada Comissão de Valores Mobiliários – 2010 – ESAF) Assinalea opção que, ao preencher as lacunas do texto provoca erro gramatical.Baixo em termos internacionais, o salário brasileiro é apontado pelasempresas multinacionais como um dos atrativos para os investimentos nomercado nacional, além da perspectiva de crescimento doméstico acimada média global, ___(a)___ também pelos investimentos, mas principalmentepela alta salarial em massa, responsável por mais de 85% do PIB, omercado interno em ebulição, segundo os economistas, foi um fator decisivopara o Brasil ___(b)___ da crise que eclodiu em setembro de 2008. Eos salários mais robustos, por sua vez, ___(c)___ como um colchão paragarantir a recuperação acelerada do nível de atividade econômica. Aumentossalariais são importantes porque elevam o consumo e o crescimentoeconômico. Mas do ponto de vista macroeconômico é importanteque ___(d)___ em linha com os ganhos de produtividade. Caso contrário,a tendência é que eventuais excessos ___(e)___ aos preços.(Adaptado de Carta Capital, 20/10/2010).5721/5805(A) sustentado(B) se recuperar(C) acontecem(D) funcionaram(E) sejam repassadosRESPOSTA Em A, “sustentado” concorda com o substantivo “crescimento”.Em B, a forma verbal “se recuperar” concorda com o sujeito “Brasil”. Em C, aforma verbal “acontecem” concorda com o sujeito “salários”. Em D, a formaverbal “funcionaram” concorda com o sujeito oculto “aumentos salariais”. EmE, a forma verbal “sejam repassados” concorda com o sujeito “excessos”. Aquestão foi anulada porque nenhuma opção provoca erro gramatical.1A experiência da modernidade é algo que só pode ser pensado a partir de algunsconceitos fundamentais.Um deles é o conceito de civilização. Tal conceito, a exemplo dos que constituema base da estrutura da experiência ocidental, é algo tornado possívelapenas por meio de seu contraponto, qual seja, o conceito debarbárie.5Assim como a ideia de civilização implica a ideia de barbárie, a experiência damodernidade (que não deveser pensada como algo que já aconteceu, mas como algo que deve estarsempre acontecendo, um porvir) implica a experiência da violência que atornou possível – a violência fundadora da modernidade. O processo civilizatóriose constitui a partir da conquista de territórios e posições ocupadospela barbárie. Tal processo se10dá de forma contínua, num movimento insistente que está sendo sempre recomeçado.Pensando em termos deexperiência moderna, todas as grandes conquistas ou invasões das terrasalheias tiveram como justificativa a ocupação dos espaços da barbárie.(Adaptado de Ruberval Ferreira, Guerra na língua: mídia, poder e terrorismo,2007, p. 79-80).

10930. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticasno texto.(A) A flexão de masculino no termo “pensado” (linha 1) indica que o pronome relativo“que” retoma, nas relações de coesão, o pronome “algo” e não o substantivo“experiência”.5722/5805(B) O uso da voz passiva em “ser pensada” (linha 6) indica que o verbo pensarestá empregado como pensar em, e a oração na voz ativa correspondente deveser escrita como pensar na experiência da modernidade.(C) O sinal de travessão, na linha 5, exerce função semelhante ao sinal de doispontos, que é a de introduzir uma explicação ou uma especificação para aideia anterior.(D) As estruturas sintáticas do texto permitem o deslocamento do pronomeátono em “se constitui” (linha 9) e “se dá” (linhas 9 e 10) para depois doverbo, escrevendo-se, respectivamente, constitui-se e dá-se, sem que comisso se prejudique a correção ou a coerência do texto.(E) Embora a substituição de “está sendo” (linha 10) por “é” respeite a correçãogramatical e a coerência do texto, a opção pelo uso da forma durativa enfatizaa ideia de continuidade do processo civilizatório.RESPOSTA O verbo “pensar” foi empregado como transitivo direto, obedecendoà seguinte regência: “pensar algo como alguma coisa”. Sabemos quenão é possível haver construção passiva com verbo transitivo indireto, o que

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torna errada a afirmação que diz ter o verbo pensar o mesmo sentido de“pensar em”. Além disso, ao converter a forma passiva “(a experiência damodernidade) não deve ser pensada como algo que já aconteceu”, teremos aseguinte construção: “não deve pensar a experiência da modernidadecomo algo que já aconteceu”. Alternativa B.

10931. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) A partir das ideias do texto, julgue como verdadeiras (V) ou falsas(F) as inferências abaixo, em seguida, assinale a opção correta.( ) A conquista dos espaços ocupados pela barbárie constitui uma das manifestaçõesda violência que está na origem da modernidade.( ) A experiência ocidental estrutura-se por meio de conceitos em contraponto,ilustrados no contraponto entre civilização e barbárie.( ) O processo civilizatório constitui um movimento de constante recomeçoporque espaços de violência devem ser ocupados.( ) A ausência da oposição no conceito de modernidade tornaria injustificável aocupação de espaços de violência pelo processo civilizatório.A sequência correta é(A) V, V, V, F(B) V, V, F, V(C) V, V, F, F(D) F, V, F, V5723/5805(E) F, F, V, VRESPOSTA (I) Verdadeira – Segundo o texto, a violência fundadora da realidadese manifesta nas ocupações e conquistas de territórios ocupados pela barbárie.(II) Verdadeira – Já no primeiro parágrafo, apresenta-se um contraponto:a civilização versus a barbárie. (III) Falsa – Não existe a relação decausa explicitada pela assertiva. Segundo o texto, “O processo civilizatório seconstitui a partir da conquista de territórios e posições ocupados pela barbárie”,o que implica uma relação de mediação (a partir de = por meio de).(IV) Falsa – Não é possível estabelecer essa inferência a partir do texto. Nele,afirma-se que “todas as grandes conquistas ou invasões das terras alheiastiveram como justificativa a ocupação dos espaços da barbárie”, porém não épossível garantir que não possam existir outras justificativas. Alternativa C.1O desenvolvimento é um processo complexo, que deriva de uma gama de fatores– entre os quais se realçaa educação – e precisa de tempo para enraizar-se. É obra construída pelacontribuição sistemática de vários governos. Depende da produtividade,que se nutre da ciência, das inovações e, assim, dos avanços da tecnologia.Na verdade, a humanidade somente começou seu desenvolvimento depoisda Revolução Industrial,5iniciada no século XVIII, na Inglaterra. A estagnação da renda per capita haviasido a característica da história.A Revolução desarmou a Armadilha Malthusiana e deu início à GrandeDivergência. A Armadilha deve seu nome ao demógrafo Thomas Malthus,para quem o potencial de crescimento era limitado pela oferta de alimentos.A evolução da renda per capita dependia das taxas de natalidade emortalidade. A renda per capita da Inglaterra começou a crescer descoladada demografia, graças ao aumento da produtividade na agricultura10e da exploração do potencial agrícola da América.(Adaptado de Maílson da Nóbrega, Lula e o mistério do desenvolvimento. Veja,26/8/2009, p. 74).

10932. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) A partir da argumentação do texto apresentado anteriormente,infere-se que(A) a Grande Divergência falhou em suas previsões, porque se baseou apenas naevolução histórica da renda per capita.(B) as previsões de Malthus sobre o processo do desenvolvimento foram confirmadasapenas nos países que não exploravam a agricultura.5724/5805(C) a educação, associada ao desempenho dos governos, mostrou a falsidade dasprevisões de Thomas Malthus.(D) a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverter previsõesquanto ao processo de desenvolvimento.(E) a Revolução Industrial, ao mostrar o potencial ilimitado de desenvolvimentoda humanidade, tornou-se prioridade de governo.RESPOSTA De acordo com o texto, o desenvolvimento depende intrinsecamentedo fator produtividade. Quando se cita a Teoria Malthusiana, mostra-seque certas previsões podem ser revertidas por esse fator. No caso, Malthusafirmava que o crescimento estava limitado pela oferta de alimentos e pelastaxas de natalidade e mortalidade, o que foi falsificado ao longo do tempoquando taxas de crescimento se descolaram da demografia. Como aprodutividade é uma das derivações dos avanços científicos, pode-se inferirque “a contribuição da ciência para os avanços da tecnologia pode reverterprevisões quanto ao processo de desenvolvimento.” Quanto à letra A, aGrande Divergência se fez presente com o descolamento entre demografia eaumento da renda per capita. Quanto às letras B e C, trata-se justamente dooposto: a teoria de Malthus se mostrou limitada, ao ser confrontada com osavanços em termos de produtividade e educação. Quanto à letra E, não é possívelinferir que os avanços decorrentes da Revolução Industrial são ilimitados.Alternativa D.

10933. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentaçãodo texto ao(A) substituir os dois travessões das linhas 1 e 2 por vírgulas.(B) deixar subentendido o sujeito da oração, retirando o pronome “se” antes de“realça”.(C) iniciar o terceiro período sintático pelo termo Esse processo, escrevendo“Depende” com letra inicial minúscula.(D) substituir “havia sido” (linha 5) por fora.(E) ligar os dois últimos períodos sintáticos, pela conjunção porquanto, escrevendo

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o artigo em “A renda” com letra minúscula.RESPOSTA (A) Correta – O aposto explicativo “entre os quais se realça a educação”tanto pode ser isolado por vírgulas como por travessões. (B) Correta –Mantém-se o mesmo sentido, pois o agente de “realçar” está subentendidonos dois casos. (C) Correta – “Esse processo” é uma expressão anafórica que5725/5805retoma toda a informação citada anteriormente. (D) Correta – A forma “haviasido” é a forma composta do pretérito mais-que-perfeito “fora”. (E) Errada – Oconector “porquanto” é causal e a conexão entre os dois últimos períodos pedeum conector com valor semântico de oposição. Alternativa E.1Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os dados darealidade, garantir a generalidadee a objetividade do conhecimento. No afã da universalidade do sabercientífico, do cognoscível como representação do real, excluía-se o sujeitodo conhecimento, sua subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais.Na base desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí,pronto para ser apreendido5por uma consciência cognoscente. O cientificismo não leva em conta que tanto oprocesso de percepção comoo do pensamento têm seus próprios mecanismos de produção. Hoje,ignorá-los significa negar conquistas relevantes da psicologia contemporânea.Os objetos da percepção e os objetos do pensamento não nos sãodados da mesma maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondênciaentre a realidade e sua representação, mesmo porque nem tudoque existe é representável.(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: Lúcia Ferreira& Evelyn Orrico (Org.), Linguagem, identidade e memória social, 2002, p.53-54).

10934. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito das estruturas linguísticasdo texto.(A) No desenvolvimento do texto, a expressão “desta perspectiva” (linha 4) apontapara uma concepção de fazer ciência que se opõe à quantificação dos “dadosda realidade” (linha 1).(B) De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional o usoda preposição de antes do pronome relativo “que” (linha 4); mas seu usoressalta as relações de coesão entre “crença” (linha 4) e “do saber científico”(linha 2), “do cognoscível” (linha 2).(C) A vírgula depois de “aí” indica que a oração iniciada por “pronto” constituiuma explicação, um esclarecimento sobre a afirmação de que o “mundo estáaí”.5726/5805(D) Na linha 6, a flexão de plural no verbo ter, indicada pelo uso do acento circunflexoem “têm”, estabelece a concordância com o termo posposto, “seuspróprios mecanismos”.(E) Na articulação da progressão das ideias no texto, o pronome átono em“ignorá-los” (linha 6) retoma “condicionamentos histórico-sociais” (linhas 3e 4); por isso está flexionado no plural.RESPOSTA (A) Errada – A expressão “desta perspectiva” retoma a caracterizaçãoda ciência como uma quantificadora dos dados da realidade. (B) Errada –É necessário o emprego da preposição “de”, pois se trata de uma exigência donome “crença”. Além disso, ela atua na coesão entre o termo “crença” e a oração“que o mundo está aí”. (C) Certa – Trata-se de uma oração adjetiva decaráter explicativo. (D) Errada – A concordância se dá entre a forma verbal noplural “têm” e o sujeito composto “tanto o processo de percepção como o(processo) do pensamento”. (E) Errada – A forma oblíqua “los” retoma otermo “tanto o processo de percepção como o (processo) do pensamento”. AlternativaC.

10935. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale que alteração proposta para estruturas sintáticas dotexto preserva sua correção gramatical e coerência argumentativa.(A) A troca de posição entre “fazer ciência” (linha 1) e “quantificar os dados darealidade” (linha 1): quantificar os dados da realidade significoupoder fazer ciência.(B) A troca de posição entre “do saber científico” (linha 2) e “do cognoscível”(linha 2): do cognoscível, do saber científico como representação doreal.(C) A troca de posição entre “do pensamento” (linha 6) e “de percepção” (linha5): tanto o processo do pensamento como o de percepção.(D) O deslocamento do pronome átono “nos” para depois de “dados”, usando-seênclise: não são dados-nos da mesma maneira.(E) O deslocamento de “nem” para depois de “existe”: porque tudo que existenem é representável.RESPOSTA (A) Incorreta – A troca de sujeito com complemento (“fazer ciência”e “quantificar os dados da realidade”) altera a relação de ênfase, que permaneceno sujeito. Além disso, o verbo “significar” traz consigo de forma implícitauma relação de causa e consequência, tendo o sentido de “ser resultadode”. Tudo isso implica alteração do sentido original caso haja a troca de5727/5805posição entre os termos. (B) Incorreta – Ocorre alteração do sentido original,uma vez que “como representação do real” está ligado a “do cognoscível”. (C)Correta – Os termos “do pensamento” e “de percepção” estão coordenados poradição, o que faz com que a alteração de posição não resulte em alteração desentido. (D) Incorreta – Não se emprega ênclise diante de verbo no particípio.(E) Incorreta – Ocorre alteração do sentido original, uma vez que, com amudança de posição, dá-se a entender que não é possível representar nada doque existe. Alternativa C.

10936. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) A partir do artigo “Olhando o futuro”, de José Márcio Camargo,publicado em IstoÉ 2077, de 2/9/2009 foram construídos pares de fragmentosque compõem as opções abaixo. Assinale a opção em que a transformação dosperíodos sintáticos em apenas um período, no segundo termo de cada par, resulta

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em incoerência ou erro gramatical.(A) A economia mundial começa a dar sinais de recuperação. São sinais aindatênues que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundo do poço.Mas muitos dos problemas que originaram a crise continuam preocupando.A economia mundial começa a dar sinais de recuperação, embora são sinaisainda tênues, que podem estar sugerindo que a economia chegou ao fundodo poço, porém muitos dos problemas que originaram a crise continuampreocupando.(B) O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas. Houveredução do comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e quedados rendimentos reais ao redor do mundo.O colapso do final de 2008 e início de 2009 adicionou novas mazelas, como reduçãodo comércio internacional, aumento da taxa de desemprego e quedados rendimentos reais ao redor do mundo.(C) A pergunta é quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscaise quanto é sustentável sem eles. Por quanto tempo os bancos centrais e osgovernos ainda poderão manter estes estímulos sem gerar pressõesinflacionárias?Pergunta-se quanto da retomada da economia depende dos estímulos fiscais equanto é sustentável sem eles e, ainda, por quanto tempo os bancoscentrais e os governos poderão manter estes estímulos sem gerar pressõesinflacionárias.(D) Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para ospróximos meses são variados, com enorme incerteza. Não podemos5728/5805descartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas, comcrescimento forte.Ainda que a pior crise pareça estar para trás, os possíveis cenários para ospróximos meses são variados, com enorme incerteza, pois não podemosdescartar cenários de estagnação, assim como cenários mais otimistas,com crescimento forte.(E) O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente baixo,devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e àqueda da renda real. Isso deverá reduzir a taxa de crescimento do consumonos próximos anos.O cenário mais provável parece ser de crescimento relativamente pequeno,devido à baixa oferta e demanda de crédito, ao aumento do desemprego e àqueda da renda real, o que deverá reduzir a taxa de crescimento do consumonos próximos anos.RESPOSTA (A) Incorreta – Há um erro gramatical na conjugação da formaverbal “são”, que deveria estar na forma subjuntiva “sejam”. (B) Correta – Háentre o primeiro e o segundo período uma relação de exemplificação. (C) Correta– Há entre os dois períodos uma relação de adição. (D) Correta – É possívelestabelecer uma relação de explicação entre o primeiro e o segundo período.(E) Correta – O segundo período representa uma consequência do quefoi enumerado no período anterior. Alternativa A.

10937. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticasno texto.1Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da crise, na propostade meios e modosde contorná-la. Com isso, não levam em conta dois pontos. O primeiro éque as medidas contra a crise, que vêm sendo adotadas tanto em paísessubdesenvolvidos como desenvolvidos, são fundamentalmente corretas.O segundo ponto é que a crise atual, como todas as anteriores, acabará,mais cedo ou mais tarde, por ser5corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas neoliberais apenas comregulamentação mais estritada atividade bancária.(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. Correio Braziliense,12/9/2009).5729/5805(A) Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao usar opronome em “contorná-la” (linha 2) antes do verbo, escrevendo: modos dea contornar.(B) Para evitar as três ocorrências consecutivas de “que”, a retirada dessa conjunçãoantes de “a crise atual” (linha 4) manteria a correção gramatical e a coerênciado texto.(C) O acento circunflexo em “vêm” (linha 3) indica que a concordância se faz com“medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a argumentaçãoescrever o verbo sem acento, optando, então, pela concordância com “crise”.(D) O pronome em “quando isso” (linha 5) resume e retoma, em relações decoesão, o mesmo referente do pronome em “Com isso” (linha 2), ou seja, oexame da crise feito pelos economistas.(E) Seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre os argumentos aoempregar o verbo em “se voltará” (linha 5) no plural, escrevendo voltarãose.RESPOSTA (A) Correta. (B) Incorreta – Se retirarmos o segundo “que”, criaremosum problema de coesão, haja vista a necessidade de um conectorentre o verbo de ligação “é” e “crise mundial”. (C) Incorreta – Não faria sentidofazer a concordância com “crise”. Seria estranho afirmar que a crise vemsendo adotada tanto em países desenvolvidos como subdesenvolvidos. (D) Incorreta– Em “quando isso”, o pronome retoma o fato de a crise atual sertambém corrigida, como todas as anteriores. Já em “Com isso”, o pronomeretoma o fato de os economistas brasileiros se concentrarem na proposta demeios e modos de contornar a crise. (E) Incorreta – Não se emprega ênclisediante de verbo no tempo futuro. Além disso, trata-se de uma construção desujeito indeterminando, o que força o verbo acompanhado de “se” ser conjugadono singular. Alternativa A.1O efeito da supervalorização cambial sobre a indústria atinge muito mais fortementeos níveis da produçãoe do emprego que os demais setores. Essa é uma situação que precisa serrepensada. É claro que não se trata de um problema simples, que seresolva com providências rápidas, pois exige medidas que às vezes podem

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ser classificadas como heterodoxas. Mas tem de ser enfrentado com corageme inteligência. Não pode ser deixado5ao sabor dos ventos, pois os custos virão no seu devido tempo, como nossa trajetóriaeconômica bem mostra.Também não podemos deixar nos envolver por uma falácia que diz quequalquer desvalorização resulta em diminuição do bem-estar da sociedadebrasileira. É verdade que, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma5730/5805redução do salário real. É preciso acrescentar, no entanto, que se reduz osalário real e se aumenta o nível geral do desemprego.(Adaptado de Antonio Delfim Neto, Fábrica de desemprego. CartaCapital, 16/9/2009).

10938. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticasno texto.(A) Por se estabelecer, na estrutura sintática, uma relação de comparação, seriampreservadas a correção gramatical e a coerência do texto ao inserir do antesde “que os demais setores” (linha 2).(B) Nas relações de coesão, a ideia explicitada na primeira oração do texto é váriasvezes retomada: apontada pelo pronome “Essa” (linha 2), resumida por“situação”, referida pelo pronome “que” e substituída pelo termo “problema”(linha 3).(C) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “resolva” (linha 3) indica que setrata de uma hipótese ou possibilidade, pois a estrutura sintática estariaigualmente correta com o uso do modo indicativo, resolve.(D) Com o objetivo de evitar a repetição de dois vocábulos de escrita e somsemelhantes, seriam respeitadas as regras gramaticais e as relações entre osargumentos substituindo-se “que diz que” (linha 6) por ao dizer que.(E) No desenvolvimento das ideias do texto, além de ligar duas orações pelaadição, o valor semântico da conjunção “e” é o de estabelecer uma relação decausa e consequência.RESPOSTA As duas informações têm caráter apenas aditivo. Não se podeidentificar uma relação de causa e consequência, pois o fato de haver reduçãodo salário real não gera como resultado imediato o aumento desemprego. AlternativaE.A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras estácada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em númeroe modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos,tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortementeligada a (2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionadosa (3) alterações no planeta, podem colocar em risco nossa própriasobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos ocrescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questõesambientais. O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aqueleviável economicamente, justo socialmente e correto ambientalmente,5731/5805levando em consideração não só as (4) nossas necessidades atuais, mastambém as (5) das gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemosquanto no planeta como um todo.(Adaptado de A. P. FOLTZ, A crise ambiental e o desenvolvimento sustentável: ocrescimento econômico e o meio ambiente. Disponível em http://www.iuspedia.com.br, acesso em 22 jan. 2008).

10939. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrãoculto da Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de craseem(A) 1, 2 e 3(B) 1 e 2(C) 1, 3 e 5(D) 2 e 4(E) 3, 4 e 5RESPOSTA Em (1) devemos empregar a crase, haja vista que há a presençada preposição “a”, exigência de “deixaremos” (deixaremos algo a alguém), edo artigo “as”, exigência do substantivo “gerações”. Em (2) devemosempregar a crase, haja vista que há a presença da preposição “a”, exigênciade “ligada” (ligada a algo ou a alguém), e do artigo “a”, exigência do substantivo“sobrevivência”. Em (3), não se emprega a crase, pois está ausente oartigo “as”, que poderia ser exigido pelo substantivo “alterações”. O “a”presente é apenas preposição, exigência de “relacionados” (relacionados aalgo). Em (4), não se emprega a crase, pois temos apenas o artigo “as”. Aforma verbal “levar em consideração” pede objeto direto, não havendo, assim,a presença da preposição. Em (5), não se emprega crase, pois temospresente apenas o artigo “as”, que antecede o substantivo elíptico“necessidades”. Alternativa B.

10940. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunasno texto abaixo.Se hoje ___(1)___ é mais fácil, pelo menos para boa parte dahumanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmosboa parte das doenças que ___(2)___ a humanidade no decorrer dahistória, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do5732/5805desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência,do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar:é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa visãode mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)___mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a questionarse não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de modificarnossa própria visão de mundo, e ___(6)___ modificar o própriomundo.(Filosofia, ciência&vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações).

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1 2 3 4 5 6(A) nostemassoladoconsigamos pela as em(B)paranósassolam consigamos pela à em(C) lhestemassoladoconseguimoscomaas em(D) nos assolaram conseguimos pela a de(E)paranósassolam conseguíssemoscomaà deRESPOSTA Em (1), é mais conveniente empregar a forma “nos” para mantero paralelismo de construção em “Se hoje nos é mais fácil, pelo menos paraboa parte da humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácildebelarmos boa parte das doenças...”. Porém, também é possível empregar aforma “para nós”. Em (2), a forma verbal deve estar conjugada no passadopara fazer sentido com a expressão “no decorrer da história”. Admitem-se, assim,as formas “assolaram” ou “tem assolado”. Em (3), a forma presente“conseguimos” confere coerência ao texto. Em (4), a forma “responsável”pede a regência da preposição “por”, resultando na contração “pela”. Em (5),a forma verbal “conduz” solicita um complemento do tipo objeto indireto.Assim, emprega-se a preposição “a” para preencher o espaço. Vale ressaltar5733/5805que, se desejarmos definir “mudanças” pelo artigo “as”, temos como resultadoa contração “às” (a + as). Em (6), para manter o paralelismo com as formas“o poder de mudar..., (o poder) de modificar”, emprega-se a preposição“de” para preencher o espaço. Alternativa D.

10941. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Assinale a opção em que as duas possibilidades propostaspara o preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e gramaticalmentecorreto.O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atreladoa seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente,___(a)___ performance econômica invejável, porém ___(b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutemuma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os índicesde sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais.A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidadesbásicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimentosustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar___(e)___crise financeira que assombra as economias mundiais, osemergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos eminfraestrutura básica tornam-se primordiais para assegurar asustentabilidade.(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do desenvolvimentosustentável? Correio Braziliense, 7/9/2009).(A) e apresentar/apresentando(B) a/às(C) o que leve/levando(D) de/com(E) da/de aRESPOSTA (A) Correta – As duas construções mantêm a coesão do textual.(B) Incorreta – A locução “às custas de” requer necessariamente o artigo “as”.(C) Incorreta – A presença do demonstrativo “o” (=aquele) cria um problemade coesão, uma vez que o pronome relativo “que” já é responsável por retomaro substantivo “maneira”. Em vez de “o que leve”, deveria ser empregadasomente forma “que leve”. (D) Incorreta – Trata-se da expressão “ao encontrode”, que significa “a favor de”. (E) Incorreta – Não é permitido o emprego da5734/5805forma “da”, uma vez que não se contrai preposição com pronome ou artigoantes de um sujeito. Alternativa A.

10942. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaioLula e o mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicadoem VEJA, de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, numeradacomo (1), de modo a formar um parágrafo coeso e coerente.(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam osromanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o séculoXVIII.( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes,adquiriram importância para a Revolução Industrial.( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento:trabalho, racionalidade e valorização da educação.( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência epreguiça.( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores comopoupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nassociedades bem-sucedidas.

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A sequência obtida é(A) (1) (2) (4) (5) (6) (2)(B) (1) (3) (2) (6) (4) (6)(C) (1) (4) (2) (6) (5) (3)(D) (1) (3) (5) (4) (2) (6)(E) (1) (2) (6) (4) (3) (5)Observação: as alternativas “a” e “b” têm números repetidos. Deixamos destaforma para ficar igual ao constante do arquivo disponibilizado pela banca.RESPOSTA A opção D apresenta a sequência mais lógica e coerente.Vejamos:Em (2), o pronome reto “Elas” retoma “mudanças” e o pronome “os” retoma“países ricos” em (1). Em (3), a expressão “De fato” enfatiza os instintos primitivosde violência, impaciência e preguiça, referenciados em (2). Em (4), a expressão“Esses instintos” retoma “lutas mortais dos gladiadores” e “execuçõespopulares”, referenciados em (3). Em (5), o pronome anafórico “isso” retomao fato, referenciado em (4), de os instintos de violência terem sido5735/5805substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento. Em (6), a expressão“essas mudanças” retoma todas as transformações descritas de (1) a(5).Obs.: A letra A apresentou duas vezes o número (2). Provavelmente houveum erro de digitação, pois faltou o (3). Alternativa D.

10943. (Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG –2010 – ESAF) Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto eforam adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória ehistória: o enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., Linguagem,identidade e memória social, p. 2-25).Assinale a opção que apresenta o trecho transcrito com erros gramaticais.(A) O termo fantasme é, importado da psicanálise, para expressar a inquietaçãoque os professores deveriam apresentar no momento exato de decidir sobrea direção do seu trabalho. Desta forma o professor desviaria-se do lugar deonde sempre é esperado.(B) Poderíamos conceber o nosso fantasme – a nação – como um fenômeno dotadode historicidade e cuja compreensão é central para a história. Por outrolado, podemos considerá-lo como um artefato cultural vinculado à históriado próprio conhecimento histórico.(C) Construído pela via do imaginário, esse artefato precisou da história para selegitimar e fazer crer que a identidade dos países estava assentada em umpassado frequentemente anterior à própria existência do Estado.(D) É preciso observar que toda interpretação dos fenômenos históricos pelaHistória introduz uma transcendência da duração vivida em um tempoconstruído, o tempo da história, para realizarmos a reconstrução ideal.(E) Na verdade, não podemos deixar de enfrentar nossos fantasmas, identificandoo teatro das ilusões das construções historiográficas. Talvez porquenossa tarefa mais contemporânea seja, exatamente, discutir a natureza doconhecimento histórico.RESPOSTA A letra A apresenta alguns desvios em relação à norma culta.Vejamos:1) É equivocada a vírgula entre a forma verbal “é” e o particípio adjetivo“importado”. Não se separa por vírgula verbo de ligação e predicativo. 2) Em“Desta forma”, deveríamos grafar “Dessa” no lugar de “Desta”, uma vez quehá a necessidade de empregar uma forma anafórica que retome a informaçãodo período anterior. Além disso, é necessário empregar uma vírgula depois de5736/5805“forma”. 3) Não se emprega ênclise depois de verbo no futuro. Assim, deveríamosempregar “se desviaria” (próclise) ou “desviar-se-ia” (mesóclise) emvez de “desviaria-se”. Alternativa A.

10944. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Na seção Tendências/Debates da Folha de S. Paulo, 21/10/2006, A3, foi formulada a pergunta: “A publicidade infantil deve ser proibida porlei? Sim ou Não?” Dos argumentos expostos abaixo, assinale o que não serve parafundamentar a resposta pelo Sim.(A) O princípio da liberdade de expressão e informação não se aplica àpublicidade.(B) Eleger uma programação televisiva livre de conteúdos publicitários direcionadosa crianças e adolescentes é uma opção por colocar os direitos dessaspopulações acima de outros interesses.(C) Há uma compreensão deturpada do poder e alcance da comunicação mercadológicaque confunde a publicidade com o ato de consumir.(D) Problemas sérios de saúde pública, como a obesidade em crianças e jovens,têm sido associados à vinculação de uma publicidade danosa que associa,por exemplo, quesitos de magreza, cabelos lisos e brancura da pele apadrões de beleza e aceitabilidade social.(E) Declarações públicas como as de Cheryl Idell, executiva do setor de pesquisade mercado nos EUA (disse ela que a publicidade é eficaz quando se vale dascrianças como instrumentos capazes de levar os pais a adquirirem produtosem oferta) estão em desarmonia com a ética centrada nos direitos da criançae do jovem.RESPOSTA O argumento exposto na letra C põe em xeque aqueles que defendema proibição da publicidade infantil. Segundo esse argumento, quem assimse porta, comete um equívoco, pois distorce (= deturpa) o real poder e alcanceda comunicação mercadológica. Alternativa C.

10945. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Leia um trecho da entrevista da escritora Lia Luft à Revista doCorreio (22/10/2006, p. 4). A seguir, assinale a asserção correta.Um dos papéis do escritor é ser um pensador do seu tempo e dasua sociedade. O que pensa sobreos tempos de hoje, sobre o Brasil com seus problemas e suaspotencialidades?5737/58051Eu exerço minha escrita como arte, pelo puro prazer que isso me dá. Lúdico, intrigante,

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estimulante.Como colunista, comento também coisas do meu tempo e do meu país,mas como brasileira que tem voz,nada mais. Penso que estamos num momento de caída, de decadência.Precisamos dar a volta por cimadepressa e lindamente. Ou em algum tempo ser brasileiro será infamante,vergonhoso e humilhante.(A) Analisam-se sintaticamente os termos da oração que isso me dá (linha 1)desse modo: que=sujeito; isso=objeto direto; me= objeto indireto, sendo overbo dar transitivo direto e indireto.(B) Subentende-se da resposta da escritora que se o Brasil não sair rapidamenteda fase de rebaixamento e afrouxamento em que se encontra será motivo deindignidade, degradação e mortificação dizer-se brasileiro.(C) Ao adjetivar sua escrita como intrigante (linha 1), entende-se que a escritorabusca, em sua literatura, “malquistar com intrigas, mexericar, inimizar-se”,que são alguns sentidos de intrigar, conforme o Dicionário AurélioEletrônico.(D) Pertencem à mesma etimologia de decadência (linha 3) os termos: decadentismo,decálogo, decantação.(E) O entrevistador, em sua pergunta, faz uma assertiva que não é contestadapela entrevistada, pois coincide com a função que ela admite estar desempenhandono papel de escritora.RESPOSTA (A) Incorreta – O pronome relativo “que” substitui o termo“prazer”, exercendo função sintática de objeto direto na oração em que estáinserido. Já o pronome demonstrativo “isso” exerce função de sujeito. (B) Correta.(C) Incorreta – O termo “intrigante” assume o sentido de “que despertacuriosidade”. (D) Incorreta – Os termos “decantação” e “decadentismo” derivamde “cair”; já “decálogo” apresenta o radical formador de “dez”. (E) Incorreta– A entrevistada, de certa forma, contesta o entrevistador, uma vezque que esta define sua escrita (logo o papel do escritor) como arte, geradorasomente de um puro prazer. As críticas e análises presentes nos textos da entrevistadaestão associadas simplesmente ao fato de ela ser brasileira, e nãoao fato de ela ser uma escritora. Alternativa B.

10946. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Leia o trecho a seguir, extraído de discurso do governador do5738/5805Ceará, Dr. Lúcio Alcântara, e assinale a asserção que interpreta e/ou reproduz erroneamenteas ideias do texto.Um dos capítulos mais tristes da nossa História é aquele que se refere àescravidão de homens e mulheres, arrancados de suas terras, mantidos emcativeiro e forçados a trabalhos insalubres até quase o final do século 19.Essa parte da nossa crônica social, feita de perseguições, rebeliões, fugas,quilombos e injustiças, ainda está sendo revista, mas infelizmente nãopode ser modificada.No Ceará, a vergonha do passado é encoberta pelo orgulho de termos sidoos primeiros a abolir o trabalho escravo em 25 de março de 1884, portanto,quatro anos antes do resto do País. Aqui, o movimento abolicionistacontou com o reforço heróico dos jangadeiros, liderados por FranciscoJosé do Nascimento, o Chico da Matilde, nosso mitológico Dragão do Mar.Em protesto ao cruel tráfico de seres humanos, Chico e seus seguidoresrecusaram-se a continuar embarcando escravos no porto de Fortaleza. Foium exemplo e uma inspiração.O jornalista José do Patrocínio tratou de divulgar a decisão solidária dosjangadeiros cearenses, e logo o Ceará passou a ser chamado de “Terra daLuz”. Políticos, advogados, artistas, escritores e intelectuais de destaque,como Joaquim Nabuco, já haviam criado, no Rio de Janeiro, a SociedadeBrasileira Contra a Escravidão, que resultou no surgimento de dezenas degrêmios semelhantes, cuja missão consistia também em arrecadar fundospara pagamento de cartas de alforria. Assim, também, o jornal O Abolicionista,de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Angelo Agostini, serviram demodelo para publicações antiescravagistas.Essa história de lutas levou o Governo do Estado a instituir, em 1963, aMedalha da Abolição, que celebra o pioneirismo dos nossos abolicionistase promove os ideais de justiça e fraternidade, homenageando cearenses enão cearenses que tenham dado a sua contribuição para as mais diversasáreas do conhecimento humano. Já receberam a Medalha da Abolição intelectuaiscomo o professor Antônio Martins Filho e a escritora Rachel deQueiroz; artistas como Aldemir Martins, Eleazar de Carvalho e RenatoAragão; líderes espirituais como os arcebispos Dom Aloísio Lorscheider eDom Hélder Câmara; além de homens de visão como os industriais EdsonQueiroz e José Macedo. A mais alta distinção concedida pelo Governo doEstado já foi entregue também à Academia Cearense de Letras, ao Institutodo Ceará, à Associação Cearense de Imprensa e a outras instituiçõesligadas ao progresso cultural, científico e educacional do Ceará.5739/5805(http://www.ceara.gov.br/pls/portal/PORTAL.wwv_media.show?p_id=306260&p_settingssetid=290100&p_settingssiteid=213 p_siteid=213&p_type=basetext&p_textid=306261, pesquisa em 20/10/2006).(A) O texto inicia com uma referência consternada e pesarosa à escravidão noBrasil.(B) Instituída em homenagem aos heróis abolicionistas, a Medalha da Aboliçãoagracia personalidades e instituições que fomentam o espírito de solidariedadee igualdade.(C) A atitude libertária de Francisco José do Nascimento influenciou pessoasproeminentes da época, o que deu origem a diversas ações abolicionistas.(D) O Ceará se orgulha de ter sido precursor na luta contra a escravatura.(E) A menção ao fato de o Ceará ter sido o primeiro estado a se insurgir contra otráfico de escravos constitui uma forma de desculpa pela mancha vergonhosaque a escravidão imprimiu na nossa história.RESPOSTA De acordo com o discurso, o pioneirismo cearense não pode serconsiderado uma desculpa que atenua as atrocidades aqui cometidas, mas,sim, um motivo de orgulho do Estado. Tanto é que esse orgulho encoberta avergonha do passado. Alternativa E.

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10947. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Na seção Tendências/Debates da Folha de S. Paulo, 21/10/2006, A3, foi formulada a pergunta: “A publicidade infantil deve ser proibida porlei? Sim ou Não?” Gilberto C. Leifert respondeu Não, no artigo intitulado: Educar,sim; proibir, não.Um trecho de seu artigo está reproduzido abaixo. Complete as lacunas com aopção que preserve a coerência e a coesão no desenvolvimento das ideias.Até recentemente, a sociedade entendia ser a educação tarefa exclusiva de pais eprofessores. ______(1)______ esse conceito evoluiu. Cobra-se, agora, o compromissode educar ______(2)______ de veículos de comunicação, publicidade,das artes etc. Não poderia haver ______(3)______ mais justa, dada a importânciada educação – desde que não se esqueça o essencial: a responsabilidadede pais e professores continua sendo ______(4)______.(1) (2) (3) (4)5740/5805(A) Infelizmente apenas restrição prioritária(B) Sabiamente também reivindicação intransferível(C) Tardiamente exclusivamente demanda escamoteada(D) Concomitantemente inclusive exigência subtraída(E) Ultimamente tão somente modificação limitadaRESPOSTA Em (1), não faz sentido empregar “Infelizmente”, pois esse advérbioé incompatível com a ideia do verbo “evoluir”. Também não faz sentidoempregar “Ultimamente”. Para esse advérbio, seria mais apropriada a formaverbal “tem evoluído” em vez de “evoluiu”. Em (2), é necessária a inclusão deum elemento coesivo de adição. Por esse raciocínio, restam-nos as letras B eD. A letra D, no entanto, é inconsistente, pois, no campo (4), a inserção de“subtraída” quebra a coerência do texto, uma vez que a ideia é que a responsabilidadede pais e professores se mantenha importante. Assim, a combinaçãoadequada é a presente na letra B. Alternativa B.

10948. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Com base nesta definição de paráfrase: “dizer a mesma coisacom outras palavras”, aponte a opção que não constitui paráfrase do segmentosublinhado correspondente (segmento identificado com a mesma letra). Ignorequestões de estilo e mudanças mínimas de significação que não alteram as ideiasprincipais do texto.O estado de Rondônia quase sempre aparece nos meios de comunicação(a) devido a notícias negativas, como os incêndios provocados porqueimadas, (b) que devastam grandes áreas da floresta amazônica, e os violentosconflitos ocorridos em reservas controladas pela Fundação Nacionaldo Índio (Funai), (c) que opõem garimpeiros e indígenas por causada busca de diamantes. Também são frequentes as notícias sobre as disputasde terras envolvendo posseiros, indígenas, fazendeiros e grileiros, àsvezes com muitos mortos, (d) e sobre a libertação de trabalhadores submetidosao regime de semiescravidão, (e) o que mostra a gravidade daquestão fundiária ao sul da Amazônia.5741/5805(Jacob Binsztok, Camponeses de Rondônia, Ciênciahoje, julho/2006, p. 30).(A) vinculado a um noticiário desfavorável.(B) que assolam largas extensões da nossa hileia.(C) que fazem garimpeiros e íncolas se estremarem em razão da procura pordiamantes.(D) bem como a denúncia de pessoas sendo mantidas à força para trabalharquase como escravos.(E) o que revela quão profundo é o problema agrário na Amazônia austral.RESPOSTA No texto, fala-se em libertação de trabalhadores mantidosem regime de semiescravidão. Já no trecho sugerido, fala-se apenas emdenúncia dessa prática. Não se trata, assim, de uma paráfrase.Observações:“Hileia” significa “floresta equatorial”;“Íncola” significa “indígena”;“Austral” significa “que fica do lado sul”.Alternativa D.

10949. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Assinale o período que, ao dar continuidade ao trecho abaixo,respeita o padrão morfossintático da língua portuguesa escrita, a coesão textuale/ou a coerência entre as ideias.O panorama atual no Brasil não é dos mais animadores. O rebaixamentoda exigência para se entrar (e sair) de um curso superior tem criado umaenorme quantidade de bacharéis e licenciados que não conseguem entrarno mercado de trabalho em suas áreas de especialização. Assim, já se encontramem nosso país muitos motoristas de táxi que fizeram direito, telefonistasque concluíram comunicação, digitadoras que terminarampsicologia.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(Jaime Pinsky. O Japão não é aqui. Correio Braziliense, 17/9/2006, p. 17).(A) Trabalhar em atividades “menores” que sua formação universitária lhes qualifica,não tem nada de errado, mas há, no caso, um investimento excessivopara uma formação que poderia ser obtida com menos esforço, tempo edinheiro.5742/5805(B) Para muitos desses profissionais, que buscam no diploma de curso superior abase para a ascensão social, aspiração legítima de um segmento que vemsendo excluído das universidades há décadas, realizam o sonho de melhoraro padrão de vida e de consumo.(C) Seria melhor que tais profissionais, em vez de perseguirem o sonho de cursaruma faculdade, se dediquem desde cedo a uma formação técnica, paraatender à uma demanda crescente do País por quadros técnicos.(D) Ora, como dizia Octavio Ianni, nem todos precisam ou devem fazer uma faculdade.Ao Estado cabe o dever de proporcionar educação fundamental dequalidade a todos, instrumento básico para o jovem prosseguir nos estudos,

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se tiver talento para tanto.(E) Pelo contrário, mesmo quando conseguem trabalhar em sua área de formação,muitos desses diplomados recebem salários ínfimos, muitas vezes emfunção da baixa qualificação que receberam nos bancos universitários.RESPOSTA (A) Errado – O pronome “lhes” deve ser substituído pelo pronome“os”, pois o verbo “qualificar” exige objeto direto. (B) Errado – A frase foi malconstruída. Não há coesão adequada entre trechos subordinados e oraçãoprincipal. (C) Errado – Está incorreto o emprego da crase antes do artigo indefinido“uma”. O “a” presente é apenas uma preposição, não devendo, assim,ser marcado com acento grave. (D) Correto. (E) Errado – A expressão “Pelocontrário” não estabelece a coesão adequada com o restante do texto. Seriamais apropriado o emprego de “Além disso”. Alternativa D.

10950. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Os fragmentos transcritos abaixo em sequência aleatória devemconstituir um texto. Numere os parênteses de modo a se obter um texto com umsequenciamento correto das ideias, além de respeitadas a coerência e a coesãotextuais.( ) Ao longo de cinquenta anos, estudiosos de diversos centros de pesquisa peregrinarampelas regiões mais geladas do planeta em busca de exemplares preservadosdo vírus da gripe espanhola.( ) Graças aos avanços no campo da biologia molecular e ao desenvolvimento desequenciamento genético, foi possível reativar o vírus da gripe espanhola edescobrir, em experimento com ratos de laboratório, que o H1N1 tem poderde destruição mais alto do que se supunha.( ) Entre setembro de 1918 e abril de 1919, 50 milhões de pessoas morreram emtodo o mundo, o equivalente a 4% da população mundial de então. Só no Rio5743/5805de Janeiro a gripe fez 15 mil vítimas fatais em apenas um mês, entre elas opresidente Rodrigues Alves.( ) Pesquisadores americanos deram um grande passo na elucidação de um dosmaiores enigmas da medicina do século XX – o que fez do influenza H1N1um vírus tão letal, responsável pela pior pandemia da história, a gripeespanhola.( ) Em 1997, no cemitério de um pequeno vilarejo do Alasca, foram encontradosfragmentos do vírus no cadáver exumado de uma senhora bastante gorda –este detalhe é importante porque o acúmulo de tecido adiposo ajudou a preservaras partículas da ação do tempo.(Giuliana Bergamo, Letal por natureza. Veja, 18/10/2006, p. 117, com adaptações).A sequência numérica correta é:(A) 5-4-2-3-1(B) 1-4-3-2-5(C) 3-5-2-1-4(D) 1-2-3-5-4(E) 4-5-1-3-2RESPOSTA A letra C é que traz a sequência coesa e coerente. Vejamos:Em (1), é feita a apresentação do fato, que será detalhado nos parágrafosseguintes.(1) Pesquisadores americanos deram um grande passo na elucidação de umdos maiores enigmas da medicina do século XX – o que fez do influenza H1N1um vírus tão letal, responsável pela pior pandemia da história, a gripeespanhola.Em (2), há uma exemplificação e justificativa para o fato descrito ao final de(1): a pior pandemia da história.(2) Entre setembro de 1918 e abril de 1919, 50 milhões de pessoas morreramem todo o mundo, o equivalente a 4% da população mundial de então. Só noRio de Janeiro a gripe fez 15 mil vítimas fatais em apenas um mês, entre elaso presidente Rodrigues Alves.Em (3), há um enfoque em como evoluiu a pesquisa em torno da gripe H1N1.(3) Ao longo de cinquenta anos, estudiosos de diversos centros de pesquisaperegrinaram pelas regiões mais geladas do planeta em busca de exemplarespreservados do vírus da gripe espanhola.Em (4), há a continuidade da descrição iniciada em (3).5744/5805(4) Em 1997, no cemitério de um pequeno vilarejo do Alasca, foram encontradosfragmentos do vírus no cadáver exumado de uma senhora bastante gorda– este detalhe é importante porque o acúmulo de tecido adiposo ajudou a preservaras partículas da ação do tempo.Em (5), há a retomada do que foi citado em (1): “Pesquisadores americanosderam um grande passo na elucidação de um dos maiores enigmas da medicinado século XX”. Essa retomada encerra o texto.(5) Graças aos avanços no campo da biologia molecular e ao desenvolvimentode sequenciamento genético, foi possível reativar o vírus da gripe espanhola edescobrir, em experimento com ratos de laboratório, que o H1N1 tem poderde destruição mais alto do que se supunha. Alternativa C.

10951. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) As estrofes abaixo pertencem ao Hino do Estado do Ceará (letrade Thomaz Lopes e música de Alberto Nepomucemo). Assinale a asserção incorretaa respeito de sua significação e estruturação linguística.Terra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que a tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha – esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousadaQue importa que teu barco seja um nada,Na vastidão do oceanoSe à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?(http://www.ceara.gov.br/portal/page?_pageid=214,300680&_dad=portal&_schema=PORTAL, pesquisa em 20/10/2006).

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(A) O primeiro verso está composto de vocativos.(B) Em ordem sintática direta, o segundo verso se transforma em: O clarim queconta a tua glória soa!5745/5805(C) Os adjetivos das expressões “jangada afoita” e “vela ousada” (versos 7/8) pertencemao mesmo campo de significação, podendo ser trocados entre si, semprejuízo da significação geral da estrofe.(D) “Enfune” e “conduza” (versos 7/8) são formas verbais flexionadas, respectivamente,no presente do indicativo e no presente do subjuntivo.(E) Nos dois últimos versos, exercem a função de sujeito as expressões “heróis emarinheiros” e “corações guerreiros”.RESPOSTA (A) Certo – De fato, trata-se de formas de evocar (chamar) oCeará: Terra do Sol, Terra do Amor, Terra da Luz. (B) Certo – De fato, temoso sujeito “O clarim que conta a tua glória” acompanhado de seu verbo “soa”.(C) Certo – De fato, no contexto, os dois adjetivos citados expressam amesma carga semântica, associada à bravura. (D) Errado – As duas formasverbais estão conjugadas no presente do subjuntivo e estão inseridas emfrases volitivas (frases que expressam desejo). (E) Certo – De fato, o sujeitoda forma verbal “vão” presente no penúltimo verso é “heróis e marinheiros”;já o sujeito da forma verbal “vão” no último verso é “corações guerreiros”. AlternativaD.

10952. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Os fragmentos a seguir reproduzem parcialmente o texto de umrecurso contra a avaliação de uma prova discursiva. Assinale o fragmento que respeitaintegralmente as normas do padrão formal escrito da língua portuguesa.(A) Nos termos do Edital n. xx, de 15 de fevereiro de 2006, e do item 4.2 do Editaln. yy, de 12 de dezembro de 2005, dirijo-me, mui respeitosamente, ànobre Banca Examinadora do concurso, para recorrer, tempestivamente, danota atribuída à prova dissertativa da Fase 2 no tocante ao uso do idioma.(B) Não entendi a nota que tirei. Colegas erraram mais do que eu e não tiraramnota tão baixa. Eu escrevo há muito tempo, escrevo bem! É o que todomundo diz, e não coaduna com meu conhecimento da língua portuguesa teruma nota de português inferior à média.(C) Por não ser divulgado os critérios de desconto por erro encontrado, supõe ocandidato que a nobre Banca na aplicação das penalidades dos erros consideraa natureza e a gravidade deste no conjunto de toda a dissertação.(D) Diante disso, requeiro seja revisto os valores retirados pelos erros apontadosno segundo e terceiro parágrafo da dissertação, que não podem ser tãograves a ponto de retirar da nota penalização tão alta de dois pontos e meio.(E) Pelo exposto, a exceção dos erros que concorda o candidato, ele atendeu devidamentea todas as outras exigências da norma culta da língua portuguesa,5746/5805portanto bem como as relativas à adequação ao tema, coerência, coesão,pertinência argumentativa, adequação vocabular, pelo que merece ter suanota aumentada.RESPOSTA (A) Correto. (B) Errado – Deveria ser empregada a forma“Português”, com inicial maiúscula, por se tratar de um nome de disciplina.Assim, “nota de Português” em vez de “nota de português”. (C) Errado –Deve-se empregar a forma “Por não serem divulgados”, para que haja a concordânciacom o sujeito paciente “critérios”. O termo “na aplicação das penalidadesdos erros” deve ser isolado por vírgulas, por estar intercalado entresujeito – Banca – e verbo – considera. Por último, deve ser empregada aforma plural “destes”, pois esta referencia “erros”. (D) Errado – Há um problemade construção frasal na passagem “requeiro seja revisto os valores”.Deve ser empregada a construção “requeiro que sejam revistos os valores”,atendendo à coesão textual. (E) Errado – Deve haver sinal indicativo de craseem “à exceção”. Além disso, está ausente a preposição “com” antes de “que”,uma vez que esta é solicitada pelo verbo “concordar” – à exceção dos erroscom que concorda o candidato. Por último, deve-se eliminar a conjunção“portanto”. Alternativa A.

10953. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Assinale o trecho inteiramente correto quanto à pontuação,grafia e estruturação morfossintática.(A) Estou falando de educação, como prioridade nacional. Educação que concorrapara a democratização da sociedade. Educação como meta estratégicado governo. E isso, evidentemente, não existe no Brasil. Pelo contrário, emvez de escola pública de boa qualidade para todos, há um investimentomassivo em cursos superiores que acaba não alcançando seus objetivoseducacionais.(B) Estou falando de educação como prioridade nacional: educação que concorrapara a democratização da sociedade, que seja meta estratégica do governo.Evidentemente, isso não existe no Brasil. Pelo contrário: ao invez de escolapública de boa qualidade para todos, há um investimento maciço em cursossuperiores, os quais, acabam não alcançando seus objetivos educacionais.(C) Estou falando de educação como prioridade nacional – educação que concorrapara a democratização da sociedade, educação como meta estratégicado governo. E isso, evidentemente, não existe no Brasil. Pelo contrário. Emvez, de escola pública de boa qualidade para todos, há um investimento5747/5805massiço em cursos superiores que acabam não alcançando seus objetivoseducacionais.(D) Estou falando de educação como prioridade nacional, educação, que concorrapara a democratização da sociedade, educação, como meta estratégicado governo – o que, evidentemente, não existe no Brasil. Pelo contrário, emvez de escola pública de boa qualidade para todos há um investimento emmassa em cursos superiores dos quais acabam não alcançando seus objetivoseducacionais.(E) Estou falando de educação como prioridade nacional, educação que concorrapara a democratização da sociedade. Educação como meta estratégica dogoverno. E isso não existe no Brasil, evidentemente. Pelo contrário, em vezde escola pública de boa qualidade para todos há um forte investimento emcursos superiores que acabam não alcançando seus objetivos educacionais.

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(Jaime Pinsky. O Japão não é aqui. Correio Braziliense, 17/9/2006, p. 17, comadaptações).RESPOSTA A banca marca como gabarito a letra E. No entanto,percebe-se um equívoco de pontuação nesse item: deveria haver vírgulaapós “todos”, para isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta “emvez de escola... todos”. Na letra B, deve haver vírgula após “contrário”, e nãodois-pontos. Além disso, a grafia correta é “invés” em vez de “invez”. Na letraC, é equivocada a vírgula depois de “vez”. Além disso, a grafia correta é“maciço”, e não “massiço”. Na letra D, há várias correções necessárias: i)deve-se eliminar as duas vírgulas depois de “educação”; ii) deve haver vírgulaapós “todos”; iii) deve-se eliminar a preposição “de” em “dos quais”, uma vezque ela não é solicitada por nenhum termo. A letra A é a correta no nossoentendimento. Poderia haver polêmica quanto à flexão singular em “acaba”,haja vista que somos levados a crer na concordância com “cursos superiores”.No entanto, é possível justificar a flexão no singular tendo em vista a concordânciacom o possível sujeito “investimento” (investimento que acaba nãoalcançando seus objetivos educacionais). Alternativa A.

10954. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Foram introduzidos erros morfossintáticos, de pontuação e/oude falta de paralelismo em artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis doEstado do Ceará. Assinale o único artigo inteiramente correto.(A) Os deveres do funcionário são gerais, quando fixados neste Estatuto e legislaçãocomplementar, e especiais, cujos são as peculiaridades das atribuiçõesfuncionais.5748/5805(B) É dever de o funcionário levar, por escrito, ao conhecimento da autoridadesuperior irregularidades administrativas que tiver ciência em razão do cargoque ocupa, ou da função que exerça.(C) Deve o funcionário guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos denatureza reservada que tem conhecimento em razão do cargo que ocupa, ouda função que exerce.(D) É dever de o funcionário atender, nos prazos que lhe for definido por lei ouregulamento, os requerimentos de certidões para defesa de direitos e esclarecimentosde situações.(E) Deve o funcionário atender, prontamente, e na medida de sua competência,os pedidos de informação do Poder Legislativo e às requisições do PoderJudiciário.(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm).RE S POSTA (A) Errado – É errado o emprego do “cujo” não acompanhadoposteriormente de um substantivo. (B) Errado – Deve-se contrair a preposição“de” e o artigo “o”. A forma “de o” somente faria sentido se o artigo fizesseparte do sujeito, o que não é o caso, pois o que se tem é uma oração substantivasubjetiva “levar, por escrito,...”. (C) Errado – Está ausente a preposição“de” antes de “que”, uma vez que esta é solicitada pela construção“tem conhecimento” (ter conhecimento de algo). (D) Errado – Algumas correçõessão necessárias, a saber: i) Deve-se contrair a preposição “de” e oartigo “o”; ii) Deve-se empregar “forem definidos” em vez de “for definido”,para que haja a concordância com o antecedente sujeito “prazos”. (E) Correto.Alternativa E.

10955. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequaçãovocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos FuncionáriosPúblicos Civis do Estado do Ceará).Art. 192 – O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superiorquando:(A) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;(B) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionárioseu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições doservidor;(C) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;5749/5805(D) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ouvisar a fins não estipulados na regra de competência da autoridade da qualpromanou ou do funcionário a quem se dirige;(E) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm, pesquisaem 20/10/2006).RESPOSTA O termo “expendida” está grafado erradamente. Trata-se do particípiodo verbo “expedir”. Portanto, a grafia correta é “expedida”. AlternativaC.

10956. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Analise o texto abaixo e considere as seis propostas de alteração.Faça, a seguir, o que se pede.1A Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará ou simplesmente SEFAZ-Ceará, éuma das mais antigasinstituições públicas da administração estadual. Foi criada pela Lei n. 58de 26 de setembro de 1836 dataem que José Martiniano de Alencar – pai do escritor cearense José deAlencar – era o Presidente da Provínciado Ceará. Desde então são decorridos 170 anos de uma história institucionalque se confunde com a do próprio5Estado de incontáveis serviços em defesa dos reais interesses dos cearenses,haja vista que muitos “cobradoresde impostos e taxas”, como são chamados os agentes do fisco, perderam avida no cumprimento do dever.(Adaptado de http://www.sefaz.ce.gov.br/comunicacaosocial/sefaznot.asp#, consultaem 20/10/2006).Propostas de alteração da pontuação:I. Eliminar a vírgula que está depois da palavra “Ceará” (linha 1)II. Manter apenas a inicial maiúscula da sigla. Assim: Sefaz-CearáIII. Colocar uma vírgula antes e outra depois da expressão: de 26 de setembro de1836 (linha 2)

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IV. Substituir o duplo travessão por parêntesesV. Colocar vírgula depois da palavra “Estado” (linha 5)VI. Excluir as aspas das linhas 5 e 6Assinale a opção que contém apenas e tão somente as propostas que deverão serimplementadas para tornar o texto correto.5750/5805(A) I, III e V.(B) I, IV, V e VI.(C) II, III e V.(D) III, IV e VI.(E) II, IV e VI.RESPOSTA (I) Verdadeiro – Só seria possível manter a vírgula após “Ceará”se houvesse uma vírgula antes de “ou”. Do jeito que está, sujeito e predicadoestão sendo isolados por vírgula. Assim, é necessário efetuar essa alteraçãopara tornar o texto correto. (II) Falso – Devem ser empregadas letras maiúsculasnas siglas. O texto original é correto. Assim, a alteração proposta o tornariaincorreto. (III) Verdadeiro – As vírgulas devem intercalar a expressãoapositiva “de 26 de setembro de 1836”. Assim, a alteração sugerida torna corretoo texto. (IV) Falso – Tanto os travessões como os parênteses podem serempregados. A alteração proposta não torna o texto correto, pois este já o está.(V) Verdadeiro – A vírgula deve isolar a expressão apositiva “de incontáveis...dos cearenses”. Assim, a alteração proposta torna o texto correto. (VI)Falso – A presença ou ausência das aspas mantém o texto correto. O quemuda é o sentido. Assim, a alteração proposta não torna o texto correto, poiseste já o está. Alternativa A.

10957. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Assinale a única reescritura do segmento sublinhado que, emvez de corrigi-lo, introduz erro de natureza morfossintática ao texto.A campanha “Sua Nota Vale Dinheiro. Ganha você. Ganha o Ceará”,desenvolvida pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará – SEFAZ, atingeo seu primeiro ano de atividades, (a) cujo crescimento de suas estatísticasrevela o sucesso da campanha. Ela premia os participantes com0,5% do valor das operações constantes nos cupons e notas fiscais enviadose digitados na SEFAZ.(b) Participantes de todo Ceará tem aderido à campanha de educaçãotributária, (c) que objetiva a conscientizar à população acerca da importânciada emissão de documentos fiscais nas compras no comércioatacadista e varejista, além de incentivar projetos sociais desenvolvidospor entidades sem fins lucrativos.Para se ter uma amostra do alcance da “Sua Nota”, 286 entidades, deacordo com os dados consolidados até o dia 16 de agosto, (d) procederamo cadastramento na coordenação-executiva da promoção, o que perfaz umtotal de 70.354 participantes indiretos e 47.297 pessoas diretamente5751/5805cadastradas na SEFAZ. Números que, certamente, podem mudar (e) à medidaque novos cadastramentos se forem concretizando.(Adaptado de http://www.sefaz.ce.gov.br/comunicacaosocial/sefaznot.asp#,consultaem 20/10/2006).Reescrituras:(A) com estatísticas cujo crescimento revela o sucesso da campanha.(B) Participantes de todo o Ceará têm aderido à campanha de educação tributária(C) que objetiva conscientizar a população sobre a importância da emissão dedocumentos fiscais(D) procederam ao cadastramento junto à coordenação-executiva da promoção(E) à medida em que se for concretizando novos cadastramentos.RESPOSTA A letra E apresenta alguns equívocos: primeiramente, a locuçãoconjuntiva proporcional é “à medida que”, e não “à medida em que”. Alémdisso, a forma “se for concretizando” deve ser substituída por “se forem concretizando”,para haver concordância com o sujeito paciente “novos cadastramentos”(... se forem concretizando novos cadastramentos = novos cadastramentosforem sendo concretizados). Alternativa E.

10958. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-CE –2007 – ESAF) Aponte o período no qual a concordância verbal e/ou nominalnão segue o padrão culto do idioma escrito.(A) Para o europeu, o Renascimento é um período de transição e compromisso.Resultado de lenta evolução, ele rompe os valores, ideais e instituições quederam origem à civilização ocidental e cristã do tipo medieval, sem interrupçãoe quebra de continuidade histórica.(B) Caracterizam esse período histórico como de compromisso entre o medieval eo moderno um predomínio de interesses que até então havia desempenhadopapel secundário na vida da Europa Ocidental: interesse pelo indivíduo esua vida terrena.(C) Embora os fundamentos econômicos da civilização medieval continuassesendo a posse e o cultivo da terra, a economia rural passa a oferecer um excedentede produção capaz de fomentar um início de troca comercial que vaise intensificar e tornar-se internacional e marítimo.(D) Desde o fim da Idade Média é perceptível as transformações que atingem asrelações humanas básicas nos centros de atividades comerciais quecomeçam a aparecer nas cidades.5752/5805(E) Desenvolvem-se, entre a classe dos senhores e servos, uma nova camada social– a burguesia, que agrupa comerciantes, artesãos livres e funcionáriospúblicos para os quais não haviam funções reconhecidas na sociedade dualda Idade Média.(Casemiro dos Reis Filho, O transplante da educação europeia no Brasil. Em Saviani, D.(org.) Intelectual, educador, mestre: presença do professor Casemiro dos Reis Filho naeducação brasileira. Campinas/SP: Autores Associados, 2003, p. 55/56).RESPOSTA A questão foi anulada, pois o enunciado foi construído de formaequivocada. Muito provavelmente, o objetivo da questão era o de selecionar aopção CORRETA, e não a incorreta, haja vista que apenas a letra A apresentacorreção no que se refere à concordância verbal e nominal. (A) Correta. (B)Incorreta – No lugar da forma verbal “caracterizam”, deveria ser empregada aforma “caracteriza”, para que houvesse a concordância com o núcleo do

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sujeito “predomínio”. No lugar da forma verbal “havia”, deveria ser empregadaa forma “haviam”, para que houvesse a concordância com o núcleo do sujeito“interesses”. (C) Incorreta – No lugar da forma verbal “continuasse”, deveriaser empregada a forma “continuassem”, para que houvesse a concordânciacom o núcleo do sujeito “fundamentos”. (D) Incorreta – No lugar de “é perceptível”,deveria ser empregada a forma “são perceptíveis”, para quehouvesse a concordância com o substantivo núcleo do sujeito“transformações”. (E) Incorreta – No lugar de “Desenvolvem-se”, deve serempregada forma singular “Desenvolve-se”, para que haja a concordância como núcleo do sujeito paciente “camada” (Desenvolve-se... uma nova camadasocial = uma nova camada social... é desenvolvida). Além disso, o verbo“haver” tem que ser flexionado no singular – “havia” -, pois é verbo impessoal(haver = existir).Leia o texto para responder às questões a seguir.1O memorando técnico de entendimento que fixa as metas até setembro desteano, resultado da terceira revisãodo acordo do Fundo Monetário Internacional com o Brasil, parece cópiado que foi publicado em 26 de março,na segunda revisão. Uma leitura atenta permite verificar, no entanto, queo organismo internacional aceitouflexibilizar suas exigências, a pedido do Governo brasileiro.5Constatam-se três modificações importantes: exclusão dos investimentos daPetrobras do cálculo do ajustefiscal do setor público; redução do piso de reservas internacionais;maiores exigências sobre as informações5753/5805relativas aos contratos futuros de câmbio, que passaram a ser mais amplamenteaceitos do que nomemorando anterior.O FMI entendeu que, na situação atual,___________________________, o nível de reservas estabelecido10anteriormente não poderia ser mantido. Por outro lado, o Fundo reconheceque o Banco Central tem deintervir no mercado de câmbio, em caráter excepcional, para conter a altado dólar que afeta os preços internos.(O Estado de S. Paulo, 22/6/2002).

10959. (Analista de Comércio Exterior – 2002 – ESAF) Assinalea opção que não preenche, com coesão e correção gramatical, a lacuna dotexto.(A) devido às dificuldades de captação de recursos no exterior e à opção de antecipaçãode reembolso presente em alguns contratos de crédito(B) com as dificuldades de captação de recursos no exterior e à opção de antecipaçãode reembolso existente em alguns contratos de crédito(C) em que há dificuldades de captação de recursos no exterior e há opção deantecipação de reembolso em alguns contratos de crédito(D) com a evidência de dificuldades de captação de recursos no exterior e dianteda opção de antecipar reembolso existente em alguns contratos de crédito(E) dadas as dificuldades de captação de recursos no exterior, e constando opçãode antecipação de reembolso em alguns contratos de créditosRESPOSTA Há uma quebra de paralelismo sintático, uma vez que se empregaa preposição “_________________a” antes de “opção”. A preposição “com” é a exigida, estabelecendo,assim, o paralelismo de construção entre os termos coordenados entresi “com as dificuldades de captação de recursos...” e “(com) a opção de antecipaçãode reembolso...”. Alternativa B.

10960. (Analista de Comércio Exterior – 2002 – ESAF) Emrelação às estruturas do texto, assinale a afirmativa incorreta.(A) Ao substituir a palavra “resultado” por resultantes, o período permanecegramaticalmente correto, embora seja alterada a referência ao antecedente.(B) Entre o primeiro e o segundo período do texto há uma relação de oposição deideias configurada pelo articulador sintático “no entanto”.5754/5805(C) Nas duas ocorrências de “do que”, o “do” pode ser eliminado sem prejuízopara a correção dos períodos em que ocorre.(D) A expressão “Constatam-se” corresponde à estrutura sintática Sãoconstatadas.(E) A palavra “aceitos” está no masculino plural para concordar com o antecedente“contratos futuros de câmbio”.RESPOSTA (A) Correto – O termo “resultado” faria referência a“memorando”, enquanto “resultantes” faria referência a “metas”. (B) Correto –De fato, a locução conjuntiva “no entanto” é adversativa. (C) Errado – Naprimeira aparição, “do” equivale a “de + aquele = daquele”, não sendo possível,assim, eliminá-lo sem comprometer a coesão. Já na segunda aparição, otermo “do” pode ser omitido, resultando na também correta construção comparativa“passaram a ser mais amplamente aceitos (do) que no memorandoanterior.” (D) Correto – A construção “Constatam-se três modificações” estáempregada na voz passiva sintética e corresponde à forma passiva analítica“Três modificações são constatadas”. (E) Correto – O adjetivo ou a forma adjetiva– no caso, “aceitos” – deve concordar com o substantivo correspondente– no caso, “contratos”. Alternativa C.

10961. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2012 – ESAF) Assinale a opção que preenche a lacuna do texto de forma gramaticalmentecorreta, coesa e coerente.A necessidade de uma reforma tributária é quase uma unanimidadenacional. Na área federal, a que mais pesa na carga tributária, certamenteé possível simplificar a estrutura de impostos e contribuições que incidemsobre os mesmos fatos geradores. Mas é a esfera estadual que concentra asmaiores dificuldades do sistema produtivo no que se refere a tributos. Écomo se o país estivesse dividido em 27 “nações”, cada qual com uma interpretaçãoda legislação que deveria, no entanto, ser comum a todas. Nãodeixa de ser salutar que as unidades da federação tenham políticas de atraçãode investimento.

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_____________________________________________________É o que poderia ocorrer também no Brasil, mas para isso é preciso uma reformaque estabeleça novas regras de convivência tributária entre os entesfederativos.(Editorial, O Globo, 29/7/2012).5755/5805(A) A tentativa de se promover a reforma por meio de um projeto do governo federalnão avançou no Congresso.(B) Governadores se mostraram temerosos diante das mudanças, ainda que aUnião se dispusesse a compensar eventuais perdas durante um período detransição.(C) Como as bancadas estaduais se mantiveram relutantes diante do projeto,criou-se um impasse.(D) A reforma poderia ter sido feita em uma conjuntura de vacas gordas, quandoa arrecadação bateu sucessivos recordes nas várias esferas de governo.(E) Na China, embora governada por um regime centralizador, existe hoje umadisputa entre as províncias, e o país não se ressente dessa competição.RESPOSTA Para que se mantenha a coesão textual com a última frase – “É oque poderia ocorrer também no Brasil, mas para isso é preciso uma reformaque estabeleça novas regras de convivência tributária entre os entesfederativos” – é necessário mencionar na lacuna um exemplo de ação ocorridaem algum outro lugar, que deveria ser replicada no Brasil. Das opções apresentadas,a única que atende a essa demanda é a letra E. Nela, fala-se doexemplo da China, com a competição salutar entre suas províncias. AlternativaE.

10962. (Analista de Comércio Exterior – 2012 – ESAF) Assinalea opção que constitui continuação coesa, coerente e gramaticalmente corretapara o texto abaixo.Em um cenário internacional ainda inspirando muitos cuidados, com a zona doeuro anestesiada após o choque da operação de resgate da Grécia e a preocupaçãocom outros membros doentes como Portugal, e a China desacelerando, um soprode alento vem dos Estados Unidos.(A) Mesmo que a economia americana tenha começado a sair da lama em meadosde 2009, mas escorregou várias vezes. Em alguns momentos pesaram osmotivos externos, como a crise da zona do euro e a alta do preço do petróleo.(B) Por outro lado, a taxa de desemprego saiu dos 9% em que permaneceu congeladapor muito tempo e recuou para 8,3%. Neste ano, o número de vagas criadasestá reagindo e as informações indicam que o motivo não é que as pessoasse desanimaram e não procuram mais emprego.(C) Quando certamente esses entraves mais sérios estavam no próprio mercadodoméstico, onde bancos cheios de créditos duvidosos negaceavam crédito, econsumidores atolados em dívidas evitavam comprar e tentavam sedesalavancar.5756/5805(D) Portanto, essa receita familiar real ficou estável e o acesso ao crédito continuourestrito. Alguns desses problemas acabaram ou perderam a intensidade.E há números positivos. O mais otimista, provavelmente, é o nível deemprego.(E) A boa notícia, como destaca reportagem da mais recente revista The Economisté que a recuperação da economia americana não é robusta nem dramática,mas é real.RESPOSTA Novamente, um tipo clássico de questões da ESAF. É importanteencontrar o segmento que contenha um elemento que permite a correta ligaçãocom o trecho anterior. No excerto do enunciado, a expressão “um soprode alento vem dos Estados Unidos” apresenta um contraponto positivo às ideiaspessimistas apresentadas anteriormente. Sendo assim, é preciso encontrarum trecho que se ligue a esse país. É o que encontramos na assertiva E, poishá referência à expressão “economia americana” e leva-se em conta um aspectopositivo retomando a expressão “um sopro de alento” no período anterior.Assim, essa opção se mostra coesa e coerente com o restante do texto. Hánela, no entanto, um equívoco relativo à correção gramatical: deveria haveruma vírgula antes da expressão “é que”, para denotar o deslocamento da oraçãosubordinada adverbial conformativa “como destaca reportagem da maisrecente revista ‘The Economist’”. Assim, conclui-se que não há uma opçãototalmente coesa, coerente e correta, o que resulta na anulação daquestão.

10963. (Analista de Comércio Exterior – 2012 – ESAF) Emrelação à pontuação do texto, assinale a opção incorreta.1O tempo em que o sistema financeiro apresentava sérios problemas e em que osclientes dos bancos sofriampesadas perdas pertence ao passado. Hoje, quando o sistema financeiromundial passa por graves problemas,o do Brasil é brilhante exceção. Missão conjunta do Fundo Monetário Internacional− FMI e do Banco Mundial− Bird, depois da avaliação do nosso sistema financeiro, concluiu que ele éestável, com baixo nível de riscos5e evidente capacidade de amortizá-los numa eventualidade. O Relatório de EstabilidadeFinanceira que oBanco Central − BC acaba de divulgar justifica amplamente a avaliaçãodos dois organismos internacionais.5757/5805A explicação de como nosso sistema evoluiu da fase dos problemas para aestabilidade atual deita raízes, numprimeiro momento, numa forte concentração dos estabelecimentos, que,reunindo recursos importantese desenvolvendo toda uma engenharia para atrair mais recursos, puderamatravessar diversas fases delicadas.10O papel do Banco Central foi decisivo.(Adaptado do Editorial de O Estado de S.Paulo de 23/3/2012).(A) As vírgulas após “Hoje” (linha 2) e após “problemas” (linha 2) isolam oraçãosubordinada anteposta à principal.(B) As vírgulas após “que” (linha 8) e após “recursos” (linha 9) isolam oração

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subordinada de gerúndio.(C) A vírgula após “estável” (linha 4) isola elementos de uma enumeração.(D) As vírgulas após “raízes” (linha 7) e após “momento” (linha 8) isolam adjuntoadverbial intercalado na oração principal.(E) As vírgulas após “− Bird” (linha 4) e após “financeiro” (linha 4) isolam adjuntoadverbial intercalado em oração subordinada.RESPOSTA (A) Correto – Trata-se da oração “quando o sistema financeiromundial passa por graves problemas”. (B) Correto – Trata-se da oração “reunindorecursos importantes e desenvolvendo toda uma engenharia para atrairmais recursos”. (C) Errado – A vírgula após “estável” tem a finalidade de isolaro termo “com baixo nível de riscos e evidente capacidade de amortizá-losnuma eventualidade.”, de caráter explicativo. (D) Correto. (E) Errado – O adjuntoadverbial “depois da avaliação do nosso sistema financeiro” está intercaladodentro da oração principal “Missão conjunta do Fundo Monetário Internacional...concluiu que ele é estável”, e não subordinada, como se afirma naassertiva. Sendo assim, como há duas opções que atendem ao enunciado daquestão, esta deve ser anulada.Considere o texto abaixo para responder às questões a seguir.1Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas próximasdécadas. Muitas vezes nem seprevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio. Mesmo com acapacitação e o preparo dos técnicosdos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis independentesque interferem nos planos e projetoselaborados pelos legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamentenão se prevê o malfadado caos5758/58055urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos eventos e tome medidaspreventivas ao desarranjoeconômico, que teria consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasiltem condições propícias para criarthink tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou institutos de políticaspúblicas. Essas instituições podemantecipar-se ao que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras,deseja-se o retorno ao planejamentourbano e regional visando o bem-estar da sociedade. Medidas nessadireção podem (e devem) estar em10consonância com a projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandasdos destinatáriosda gestão urbana − os cidadãos, urbanos ou não.(Adaptado de Aldo Paviani. Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense,8/12/2011).

10964. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Infere-se da argumentaçãodo texto que(A) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser maiscapacitados para realizar os projetos encaminhados ao Executivo.(B) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo variáveisque devem constar dos planos e projetos de cada período legislativo.(C) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento urbano eregional, antecipando-se a um possível desarranjo econômico.(D) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos anos terá odesarranjo econômico como uma de suas piores consequências.(E) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades contrastam coma baixa demanda dos cidadãos não urbanos.RESPOSTA (A) Errado – O autor considera capacitados e preparados os técnicosdos órgãos envolvidos com a questão urbana. É o que se se pode inferir daoração “Mesmo com a capacitação e o preparo dos técnicos dos órgãos envolvidoscom a questão urbana...”. (B) Errado – O texto cita a existência devariáveis externas independentes que interferem nos planos e projetos urbanoselaborados pelo Legislativo e encaminhados ao Executivo. E isso, quandohá planos e projetos. (C) Certo – Seria função desses institutos antever5759/5805possíveis mudanças pelas quais o país passará. (D) Errado – Há um jogo depalavras que confunde o candidato. O texto afirma que é o desarranjo econômicoque poderá ter consequências nefastas. E uma dessas consequências éo caos urbano, que deve servir de ensejo para que medidas preventivas sejamadotadas. (E) Errado – Não há elementos no texto que permitam inferir que asdemandas dos cidadãos não urbanos sejam baixas. Alternativa C.

10965. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Provoca-se erro gramaticale incoerência textual ao fazer a seguinte alteração nos sinais de pontuação dotexto:(A) substituir o ponto depois de “quinquênio”, por vírgula.(B) substituir o ponto depois de “décadas” pelo sinal de dois-pontos.(C) inserir uma vírgula depois de “Logicamente”.(D) retirar os parênteses que destacam “e devem”.(E) substituir o travessão depois de “urbana” por vírgula.RESPOSTA (A) Errado – Se usarmos vírgula depois de “quinquênio”, teremosum problema de coesão frasal. Além disso, a oração “mesmo com a capacitação...questão urbana” parece ser subordinada a ‘’Muitas vezes nem se prevê...quinquênio”, diferindo do trecho original que a subordina à oração “hávariáveis independentes... Executivo”. (B) Correto – O sinal de dois-pontos introduzuma justificativa, estando de acordo, portanto, com a ideia do trechooriginal. Assim, “Sabe-se muito pouco... próximas décadas: muitas vezes nemse prevê... do próximo quinquênio.” é equivalente a “Sabe-se muito pouco...próximas décadas, pois, muitas vezes nem se prevê... do próximo quinquênio.”(C) Correto – A vírgula após “Logicamente” isola um adjunto adverbialdeslocado da ordem direta, estando, assim, de acordo com os princípios danorma culta. (D) Correto – Não causaria erro gramatical ou incoerência textuala retirada dos parênteses em “e devem”, uma vez que a função deles é de

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apenas destacar o conteúdo. (E) Correto – O termo “os cidadãos, urbanos ounão” é um aposto explicativo e pode ser demarcado tanto por vírgulas comopor travessões. Alternativa A.Considere o texto abaixo para responder às questões a seguir.1A vida em um país nórdico, como a Finlândia, nos faz refletir mais profundamentesobre a relação entre5760/5805liberdade, igualdade, autonomia e formatos sociais que podem propiciarvidas mais plenas e felizes aos seuscidadãos. Para alguém habituado a desigualdades, uma sociedade igualitária,com amplo respeito pela vidahumana, excelentes índices de educação, burocracia inteligente e serviçospúblicos voltados (de fato) para5melhorar a vida do cidadão, soa como um caminho para a produção de seres humanosmais plenos esociedades mais inspiradoras. Talvez não seja assim. Quando nos referimosà igualdade, não tratamos de meradistribuição equitativa da renda. A igualdade e a dignidade humana queuma sociedade pode produzirreferem-se à possibilidade de o cidadão ter condições materiais e subjetivasà sua disposição, para que,atendidas suas necessidades básicas e diárias de bem-estar, ele se ocupecom questões outras que a10sobrevivência. Essas necessidades básicas de bem-estar incluem uma ilimitadaoferta de bens públicos:de excelentes creches, escolas, universidades, sistema de saúde e previdênciaa todos, piscinas públicas,parques, transporte confortável e excelente, seguro-desemprego portempo indefinido, licença-maternidadede 10 meses, muitas bibliotecas públicas…No entanto, a Finlândia tornou-se uma sociedade tão igualitária quantoapática. Pouco criativa, reproduz o15mundo com extrema facilidade, mas tem limitada capacidade transformadora.A maioria de seus educadoscidadãos são seres pouquíssimo críticos: questionam pouco a vida quelevam e são fisicamente contidos.E isso não parece ter forte relação com o frio. É um acomodamento social,um respeito quase inexorável pelasregras. Esse resultado não foi causado, é evidente, pelo formato socialigualitário. Em outros termos, não foi aigualdade que deixou o país apático. Ademais, sociedades desiguais podemser tão ou mais acríticas e20reprodutoras. O ponto que nos intriga é que a igualdade, o respeito e a dignidadedados a todos não levaramà autonomia, ao pensamento criativo e crítico, e a processostransformadores.5761/5805(Adaptado de Isabela Nogueira, Do bem-estar ao pensamento crítico: um olharsobre o norte, outubro 3, 2009 por Coletivo Crítica Econômica – http://criticaeconomica.wordpress.com/2009/10/03/, acesso em 12 dez. 2011).

10966. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a interpretaçãoda oração “Talvez não seja assim.” (linha 6) que respeita as relações semânticasentre as ideias do texto e mantém a coerência entre os argumentos.(A) A relação entre formatos sociais e os excelentes índices de educação équestionável.(B) A vida em um país nórdico nem sempre faz refletir sobre a relação entreigualdade e liberdade.(C) Não é comum que serviços públicos voltados para melhorar a vida do cidadãocaracterizem países nórdicos.(D) Nem sempre uma sociedade igualitária tem como consequência a formaçãode seres humanos plenos e sociedades transformadoras.(E) O hábito da desigualdade pode impedir uma reflexão mais profunda sobre osvalores de uma sociedade igualitária.RESPOSTA A expressão “Talvez não seja assim” retoma o seguinte trecho doperíodo anterior: “uma sociedade igualitária... soa como um caminho para aprodução de seres humanos mais plenos e sociedades mais inspiradoras.”, relativizandoo seu conteúdo. O advérbio ‘’talvez” estabelece a relação dehipótese, entendendo-se, dessa forma, que não necessariamente uma sociedadeigualitária levará a seres humanos mais plenos e sociedades mais inspiradoras.Alternativa D.

10967. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a opção corretaa respeito das relações de concordância no texto.(A) A flexão de singular em “soa” (linha 5) justifica-se pela concordância com“uma sociedade igualitária” (linha 3).(B) A enumeração de vários elementos, “liberdade, igualdade, autonomia e formatossociais” (linha 2) justifica a flexão de plural em “podem” (linha 2).(C) Devido ao uso do pronome “se” (linha 8), o plural em “referem-se” é opcional:estaria igualmente correto empregar o singular: refere-se.5762/5805(D) Por se referir a “sociedades desiguais” (linha 19), o infinito em “podem ser”(linha 19) admitiria também a flexão de plural, serem.(E) O plural no pronome “todos” (linha 20) justifica a flexão de plural em“levaram” (linha 20).RESPOSTA (A) Correto. (B) Errado – A flexão “podem” justifica-se pela concordânciacom o antecedente do pronome relativo “que” – “formatos sociais”–, que funciona sintaticamente como seu sujeito. (C) Errado – O “se” é apenasuma partícula integrante do verbo pronominal “referir-se”. Este é flexionadono plural para que haja a concordância com o sujeito composto de núcleos

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“igualdade” e” dignidade”. (D) Errado – Não se flexiona o infinitivo que, comum verbo auxiliar, forma uma locução verbal. (E) Errado – A flexão no pluralda forma “levaram” se justifica pela concordância com o sujeito composto denúcleos “igualdade”, “respeito” e “dignidade”. Alternativa A.

10968. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Na organização das relaçõesde coesão e coerência do texto,(A) O pronome “todos” (linha 20) retoma e sintetiza os termos da enumeração “aigualdade, o respeito e a dignidade” (linha 20).(B) a expressão “tem limitada capacidade transformadora” (linha 15) retoma,com outras palavras, a ideia de “reproduz o mundo com extrema facilidade”(linhas 14 e 15).(C) o substantivo “seres” (linha 16) e o pronome “que” (linha 16) retomam a expressão“seus educados cidadãos” (linhas 15 e 16).(D) a expressão “Esse resultado” (linha 18) retoma a ideia de “sociedade tãoigualitária” (linha 14), já sintetizada em “isso” (linha 17).(E) os pronomes “sua” (linha 8), “suas” (linha 9), “ele” (linha 9) e “se” (linha 9)referem-se a “o cidadão” (linha 8).RESPOSTA (A) Errado – O pronome “todos” é complemento da forma “dados”(dados a alguém). (B) Errado – As duas construções se opõem entre si, fatoeste que é comprovado pelo emprego do conector “mas”. (C) Errado – O substantivo“seres” retoma sim “seus educados cidadãos”, porém o pronome relativo“que” retoma o antecedente “vida”. (D) Errado – A expressão “Esse resultado”e o pronome “isso” retomam o fato de os finlandeses serem, de certaforma, apáticos e acríticos. (E) Correto. Alternativa E.5763/5805

10969. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a opção em queocorre erro na transcrição e adaptação do texto “O real valor das coisas”, de LíviaLisboa, publicado em Vida simples, dezembro 2011, edição 113, p. 44.Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, bem alémdo (A) preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do livro O valor denada, investigou a distorção que existe quando ignoramos os custos escondidosalém do binômio oferta-procura. “A eterna busca por (B) crescimento econômicotransformou a humanidade em um agente da extinção, por meio da contínua desvalorizaçãodos serviços ecossistêmicos que mantém (C) nossa Terra viva”, dizPatel. “Muitas vezes não nos damos conta de que (D) nossa escolha por uma ououtra marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago nomeio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações do mundotodo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao longo do processo:desde a produção de cada item, e seu transporte, até chegar às (E) gôndolas, passandopela forma como o usamos, até seu descarte.(A) A.(B) B.(C) C.(D) D.(E) E.RESPOSTA A forma “mantém” – com acento agudo – é flexão de 3ª pessoado singular. No texto, deve-se empregar a flexão de 3ª pessoa do plural“mantêm” – com acento circunflexo –, para que haja a concordância com oantecedente do pronome relativo “que” e o sujeito “serviços ecossistêmicos”.Alternativa C.

10970. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) O texto Grandes cidadesnem sempre são as mais poluentes diz estudo, da France-Presse,publicado em http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/866228 (com acesso em29/12/2011) foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os, de5764/5805acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um texto coeso ecoerente.( ) Nesse estudo, enquanto cidades do mundo todo foram apontadas como culpadaspor cerca de 71% das emissões causadoras do efeito estufa, cidadãos urbanosque substituíram os carros por transporte público ajudaram a diminuiras emissões per capita em algumas cidades.( ) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em busca depistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e por que, deacordo com estudo publicado na revista especializada Environment andUrbanization.( ) “Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a produção deeletricidade, uma base industrial significante em muitas cidades e uma populaçãorural relativamente grande e pobre”, informa o estudo.( ) Por fim, quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, latino-americanase africanas, descobriram emissões menores por pessoa. A maior partedas cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões inferiores porpessoa. O desafio para elas é manter essas emissões baixas, apesar do crescimentode suas economias.( ) O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas friosterem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissõesper capita inferiores aos países desenvolvidos.A sequência correta é(A) (1) (2) (5) (4) (3)(B) (2) (1) (3) (5) (4)(C) (2) (5) (1) (3) (4)(D) (4) (1) (2) (5) (3)(E) (4) (2) (1) (3) (5)RESPOSTA A opção que apresenta a sequência mais coesa e coerente é a daletra B.

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(2) Nesse estudo, enquanto cidades do mundo todo foram apontadas comoculpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito estufa, cidadãosurbanos que substituíram os carros por transporte público ajudaram adiminuir as emissões per capita em algumas cidades.(1) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em buscade pistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e por que, deacordo com estudo publicado na revista especializada Environment andUrbanization.5765/5805(3) “Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para aprodução de eletricidade, uma base industrial significante em muitas cidades euma população rural relativamente grande e pobre”, informa o estudo.(5) Por fim, quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, latinoamericanase africanas, descobriram emissões menores por pessoa. A maiorparte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões inferiores porpessoa. O desafio para elas é manter essas emissões baixas, apesar do crescimentode suas economias.(4) O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas friosterem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissõesper capita inferiores aos países desenvolvidos.Em (1), é apresentado o fato central que será detalhado ao longo do texto: apesquisa sobre poluição em cem cidades de 33 países. Em (2), a expressão“Nesse estudo” retoma em (1) o estudo publicado na revista Environment andUrbanization. Em (3), o pronome anafórico “isso” retoma todo o conteúdodescrito em (2), introduzindo os fatos que são explicados pelos dadospresentes no parágrafo anterior. Em (4), o termo “também” estabelece umnexo aditivo com os conteúdos de (2) e (3). Em (5), a expressão “por fim” introduzo desfecho do texto. Alternativa B.

10971. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a opção que, nasequência, preenche corretamente as lacunas do texto, de modo a manter o corretouso dos modos e tempos verbais e a coerência entre as ideias.Assim que o governo divulgou o crescimento zero do produto internobruto brasileiro no terceiro semestre, não faltaram prognósticos negativosa respeito da economia do país e houve até quem _____(1)_____ emrisco de recessão no futuro próximo. Basta um olhar mais atento aosnúmeros de 2011 para _____(2)_____ que o pessimismo não se justifica.Entre os empresários não são poucas as vozes que _____(3)_____ dosalarmistas. Não faltam motivos para supor que, em 2011, os números daeconomia brasileira _____(4)_____ vir ainda mais fortes. Além dos jurosmenores, conforme _____(5)_____ a maioria dos economistas, docrédito em expansão, e dos incentivos fiscais, está previsto para janeiroum reajuste no salário mínimo, o que _____(6)_____ impactos5766/5805significativos à renda dos trabalhadores e aposentados. Nesse ciclo, o mercadointerno seguirá aquecido.(Mariana Queiroz Barbosa, O país não vai parar. Isto É, 14/12/2011).(1) (2) (3) (4) (5) (6)(A) fale percebermos discordassem possam prevera trará(B) falasse perceberem discordassem pudessem prevê trouxera(C) falasse perceber discordam possam prevê trará(D) falou percebermos discordaram podem prevera traria(E) falou perceberem discordaram podem previssem trouxeraRESPOSTA Em (1), deve-se empregar a forma “falasse”, flexionada noPretérito Imperfeito do Subjuntivo, para que haja a correlação com a forma“houve até que...”. Em (2), como o sujeito não está explicitado, deve-seempregar o infinitivo impessoal “perceber”. Em (3), deve-se empregar oPresente do Indicativo “discordam”, para que haja a correlação com a forma“não são poucas as vozes”. Em (4), deve-se empregar o Presente do Subjuntivo“possam”, já que se trata de uma suposição: “Não faltam motivos parasupor que...”. Em (5), deve-se empregar o Futuro do Presente do Indicativo,para que se mantenha a ideia de certeza expressa no trecho (de fato, essereajuste trará impactos significativos). Alternativa C.

10972. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Considere o texto abaixopara responder à questão.1A teoria econômica evoluiu muito desde 1776, quando Adam Smith, em célebreobra investigou as causas dasriquezas das nações. A teoria mostrou como funcionam os mercados, o papelda produtividade, as formas deaumentá-la e a função das instituições. Contribuiu, assim, para a formulaçãodas políticas que trouxeram mais5767/5805desenvolvimento e bem-estar. No Brasil, os economistas também contribuempara o desenvolvimento.5Acontece que, se defenderem reformas em favor das maiorias, que causam perdasa minorias, os economistasserão rotulados de socialmente insensíveis. Quando um médico prescreveum tratamento, o objetivo é obem-estar do paciente. Ninguém dirá que ele planeja o sofrimento. Mas,se os economistas sugerem medidasde austeridade para resolver desequilíbrios e restabelecer o crescimentosustentável, diz-se que eles propugnamações para promover a recessão, o desemprego e a destruição de conquistassociais. O receituário do médico10incorpora esperança e simpatia, pois se sabe que o objetivo dele é a cura dadoença. Sua ação é mais percebidapor todos. A expectativa maior é de êxito. O diagnóstico é mais preciso, especialmentecom os avanços datecnologia. O economista não tem essas vantagens. No tratamento decrises, lida com incertezas,

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complexidades e situações inéditas. Os economistas tendem a errar maisque os médicos, mas seu focojamais será a recessão pela recessão ou a austeridade sem propósito.(Adaptado de Maílson da Nóbrega, A recessão é uma política ou o efeito? Veja, 14/12/2011).Preserva-se a coerência entre os argumentos do texto, bem como sua correçãogramatical, ao(A) empregar um conectivo de valor condicional, como Se, em lugar de “Quando”(linha 5).(B) substituir a conjunção condicional “se” (linha 5) pelo conectivo caso.(C) explicitar o valor explicativo da oração, inserindo a conjunção pois para ligara oração iniciada por “Sua ação” (linha 10) com a anterior, mudando paraminúscula a letra inicial de “Sua”.(D) ligar as orações iniciadas por “O economista...” (linha 12) e “No tratamento”(linha 12), em um mesmo período sintático, retirando o ponto final emudando para minúscula a letra inicial maiúscula de “No”.(E) inserir a conjunção Embora no início do último período sintático do texto,mudando para minúscula a letra inicial de “Os” (linha 13).RESPOSTA (A) Correto – Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original,uma vez que “se” e “quando” estão sendo empregados para indicar a5768/5805ocorrência de uma situação (a prescrição de um tratamento). (B) Errado – Énecessário, com a inserção do conector condicional “caso”, que se façam alteraçõesna forma do verbo “defender” para “defendam”. Assim, o correto seria:“caso defendam”. (C) Errado – A oração tem valor de consequência ou conclusão.Se fôssemos explicitar algum conector, este seria a conjunção “logo”,“portanto” ou, então, a expressão “consequentemente”. (D) Errado – Fazendosea modificação proposta, teríamos: “O economista não tem essas vantagensno tratamento de crises, lida com incertezas, complexidades e situações inéditas.”.Se assim o fizéssemos, o termo “no tratamento” seria complementodo nome “vantagens”. Além disso, estaríamos dizendo que o economista, pordefinição, lida com incertezas, complexidades e situações inéditas, independentementedo contexto. Essas alterações na frase mudam o sentido do trechooriginal, no qual o termo “no tratamento” é adjunto adverbial modificador daforma verbal “lida”. Isso significa dizer que o lidar com incertezas, complexidadese situações inéditas ocorre no contexto do tratamento de crises. (E) Errado– Com a inserção do “embora”, é necessário fazer alterações adicionais: aforma verbal “tendem” deve ser alterada para “tendam”; e a conjunção “mas”deve ser eliminada. Assim, teríamos a seguinte adaptação: “Embora os economistastendam a errar mais que os médicos, seu foco jamais será a recessãopela recessão ou a austeridade sem propósito.”. Alternativa A.

10973. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) De acordo com a organizaçãodos argumentos no texto, provoca-se erro ao(A) empregar o verbo provocar antes de “o desemprego” (linha 9).(B) explicitar o termo às nações depois de “bem-estar” (linha 4).(C) usar o artigo antes de “minorias” (linha 5), escrevendo às minorias.(D) inserir o termo do país depois de “sustentável” (linha 8).(E) repetir o termo como funcionam antes de cada um dos termos da enumeração:“o papel da produtividade” (linha 2), “as formas de aumentá-la” (linhas2 e 3) e “a função das instituições” (linha 3).RESPOSTA A repetição de “como funcionam” antes de cada termo enumerado,além de ser uma repetição desnecessária e entediante, resulta emproblemas de concordância, uma vez que a forma verbal “funcionam” não concordariacom os núcleos de sujeito que estão flexionados no singular “papel” e“função”. Alternativa E.5769/5805

10974. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a opção que, aopreencher a lacuna do texto, provoca erro gramatical.Em comparações internacionais, os países latino-americanos em geral, emais particularmente o Brasil, _____(a)_____ pela elevadadesigualdade da distribuição da renda. A explicação dessa desigualdade_____(b)_____ na formação e evolução econômico-social dessas antigascolônias de Portugal e Espanha. Um aspecto fundamental foi, sem dúvida,a elevada concentração da posse da terra, especialmente quando a economiadesses países tinha como núcleo a produção e exportação deprodutos primários. No livro intitulado Um projeto para o Brasil, publicadoem 1968, Celso Furtado discute como a elevada desigualdade da distribuiçãoda renda no país condiciona um perfil da demanda global queinibe o crescimento econômico. Ele mostra como a tendência estrutural_____(c)_____ da renda favorece o subemprego característico das economiassubdesenvolvidas. Assinala que a concentração da renda causauma grande diversificação das formas de consumo de grupos privilegiados.Isso _____(d)_____ indústrias produtoras de bens de consumoduráveis, mas as dimensões reduzidas do mercado de cada produto impedemo aproveitamento das economias de escala, fazendo _____(e)_____estas indústrias operem com custos relativamente altos.(Adaptado de Rodolfo Hoffmann, Distribuição de renda e crescimento econômico– http://www.scielo.br/scielo.php, acesso em 11 dez. 2011).(A) destacam-se(B) teria de ser procurada(C) à concentração(D) beneficia às(E) com queRESPOSTA (A) Correto – A forma “destacam-se” concorda com o núcleo dosujeito “países”. (B) Correto – A forma “teria de ser procurada” concorda como núcleo do sujeito “explicação”. (C) Correto – O emprego da crase em “à concentração”resulta da fusão da preposição “a”, requerida pelo nome“tendência” (tendência a algo), com o artigo “a”, requerido pelo substantivofeminino “concentração”. (D) Errado – Não faz sentido o emprego da crase em

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“às indústrias”, uma vez que o verbo “beneficiar” se apresenta como transitivo5770/5805direto (beneficiar algo ou alguém). Isso significa dizer que o “as” é somenteartigo definido de “indústrias”. (E) Correto – O emprego da expressão“fazendo com que” indica consequência, resultado. Alternativa D.

10975. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale o trecho em quea transcrição do texto adaptado de Rodolfo Hoffmann, Distribuição de rendae crescimento econômico (http://www.scielo.br/scielo.php) desrespeita asregras gramaticais no uso das estruturas linguísticas(A) Embora haja consenso (pelo menos aparente) sobre a necessidade de diminuira desigualdade, toda medida específica gera polêmica. Muitaspesquisas mostram uma associação da desigualdade da distribuição darenda no Brasil com o nível e a distribuição da escolaridade. O aumentoacelerado da escolaridade é uma estratégia que levaria ao crescimento econômicocom menor desigualdade.(B) É provável que a importância da educação como determinante do rendimentodas pessoas e da sua desigualdade está superestimada nas análiseseconométricas, simplesmente porque não se dispõem de boas medidas paravários outros determinantes da renda, que estão positivamente correlacionadoscom a escolaridade.(C) Muitas dessas pesquisas se baseiam na teoria do capital humano. É desnecessáriodizer que a própria expressão “capital humano” é contraditória como conceito marxista de capital. Mas, a ideia de que a remuneração de um trabalhadordeva crescer com a sua escolaridade é perfeitamente compatívelcom essa corrente de pensamento.(D) Mas, o aumento da escolaridade também é um objetivo em si, considerandoseque ela favorece a participação mais plena do cidadão na economia e nasociedade modernas. Assim, apesar das divergências teóricas, há um consensosobre a necessidade de aumentar rapidamente a escolaridade. Ummovimento no sentido de diminuir a desigualdade da distribuição da rendano país certamente não pode se basear apenas em determinada políticaeconômica.(E) Na realidade, praticamente toda política econômica tem um impacto, maiorou menor, sobre a distribuição da renda: política fiscal, previdência social,política de crédito, política educacional, reforma agrária etc. Alterações nalegislação também podem ter impacto importante. A dificuldade na análise5771/5805de cada medida é levar em consideração seus diversos efeitos diretos e indiretos,como fica claro na discussão sobre o aumento do salário mínimo.RESPOSTA A questão foi anulada pela banca, pois tanto a letra B como a letraD apresentam equívocos bem discretos. Na letra B, deve-se flexionar aforma verbal “dispor-se” no singular, uma vez que se trata de um verbo transitivoindireto acompanhado da partícula “se”. Essa configuração resulta no 2ºcaso de indeterminação do sujeito, no qual o verbo se flexiona obrigatoriamentena 3ª pessoa do singular. Assim, o correto seria: “... simplesmenteporque não se dispõe de boas medidas...”. Na letra D, a presença do fator depróclise “não” diante da locução verbal “pode se basear” força duas colocaçõespossíveis do pronome oblíquo “se”: não se pode basear ou não podebasear-se.O texto abaixo é base para as questões a seguir.1Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para odesenvolvimento econômico esocial de qualquer cidade no mundo. O planejamento urbano não pode serseparado da política habitacionalou de mobilidade. Em última instância, uma importante decisão políticadeve ser tomada em relação aomodelo de cidade em que queremos viver e ao destino dos investimentospúblicos em mobilidade. Construir5mais infraestrutura viária só consegue aliviar congestionamentos temporariamente.Nenhuma cidade domundo conseguiu resolver os desafios da mobilidade construindo mais oumaiores avenidas. Existe consensoentre especialistas de que aumentar a densidade habitacional ao redor dosgrandes eixos de transporte público,bem como ampliar os investimentos no modelo que realmente podechegar a todos os cantos da cidade – oscorredores de ônibus –, será a chave do sucesso para qualquer cidade quealmeja ser líder global.(Adaptado de Adalberto Maluf Filho, A eficiência operacional pela superfície échave para o futuro – http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16470,acesso em 29 dez. 2011).

10976. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,5772/5805Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Constitui uma continuidadegramaticalmente correta e coerente com a argumentação do texto o seguinteparágrafo:(A) Assim, buscar uma gestão democrática do espaço viário urbano pela superfície,com a escolha do modelo correto para cada realidade financeira, seráprimordial para a competitividade das cidades e para manter uma vida dequalidade.(B) Por essa razão, uma análise detalhada do estudo internacional Observatóriode Mobilidade Urbana (CAF 2009) nos permite concluir significativamenteentre uma alta densidade habitacional e um alto uso do transporte privado.(C) Assim, correlações significativas entre baixa densidade habitacional e altouso do transporte privado, como em Buenos Aires, por exemplo, líder embaixa densidade e grandes congestionamentos.(D) Portanto, várias cidades se destacam por estarem fora da tendência, uma vezque, apesar da baixa densidade habitacional, conseguiram manter altos índices

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de transporte público com infraestrutura viária.(E) Por essa razão, são explicados pela prioridade dos investimentos nos corredoresexclusivos de ônibus a alta movimentação de pessoas em cidades maisdensamente povoadas com bom fluxo de transportes públicos.RESPOSTA A letra A mantém a correção e a coesão com as ideias desenvolvidasno texto. A letra B não mantém a coesão com o restante do texto,uma vez que não se citou anteriormente em momento algum o “Observatóriode Mobilidade Urbana (CAF 2009)”. Logo, não faz sentido essa conclusão apresentada.A letra C não está correta, uma vez que a frase está incompleta.Carece esse texto de uma oração principal. A letra D não está coesa com orestante do texto, pois, de acordo com o que foi exposto, não é possível concluirque várias cidades conseguiram manter altos índices de transportepúblico com infraestrutura. A letra E, além de incoerente, apresenta um equívocogramatical: a forma verbal “são explicados” não concorda com o seusujeito “movimentação”. É incoerente, pois a alta movimentação de pessoasnão é explicada pela prioridade dos investimentos nos corredores de ônibus. Ocontrário, sim. Alternativa A.

10977. (Analista de Sistemas, Analista Técnico Administrativo,Assistente Social, Estatístico, Geólogo, Meteorologista,Químico, Engenheiro – MIN – 2012 – ESAF) Assinale a opção que interpretade maneira incorreta o uso das estruturas linguísticas no texto.5773/5805(A) Considerando que o uso do presente do indicativo também preservaria a correçãogramatical do texto, a opção pelo futuro do presente em “será” (linha1) indica que a argumentação focaliza situações futuras.(B) A relação semântica entre as ideias do texto mostra que o termo “em que”(linha 4) corresponde a onde.(C) O emprego da preposição a antes de “o destino” indica que esse termo complementaa expressão “em relação” (linha 3), assim como “o modelo” (linha4) também a complementa.(D) A presença do travessão depois de “ônibus” (linha 9) torna desnecessário ouso da vírgula; por isso, sua omissão manteria a correção gramatical dotexto.(E) O valor semântico que o gerúndio assume em “construindo” (linha 6) correspondeao valor da expressão porque construiu.RESPOSTA (A) Correto – A argumentação do texto se desenvolve de maneiraa expor a necessidade de se ter a política de mobilidade sincronizada com apolítica habitacional nos espaços das cidades. Como bem afirma o texto, essanecessidade será crucial. (B) Correto – O pronome relativo “onde” equivale àforma “em que” quando esta indica lugar. É o caso, já que o pronome relativo“que” substitui “cidade” (lugar em que se vive). (C) Correto – Os termos “aodestino” e “ao modelo” são complementos nominais de “relação” (em relação aalgo). (D) Errado – A vírgula deve se manter, pois ela é necessária para isolaro trecho intercalado “bem como ampliar os investimentos no modelo que realmentepode chegar a todos os cantos da cidade – os corredores de ônibus”.(E) Correto – O valor semântico do gerúndio “construindo” é de modo,maneira. Alternativa D.Leia o texto abaixo para responder às questões a seguir.1Exatamente na medida em que não mais podemos identificar um paradigmadominante em nosso contextode pensamento − referência básica para nossos projetos científicos, políticos,éticos, pedagógicos e mesmoestéticos − é que nos caracterizamos como vivendo uma crise de paradigmas,e até mesmo uma crise daprópria necessidade e possibilidade de um paradigma hegemônico.Estamos, portanto, em busca de caminhos,5de respostas. A história das ideias e, mais especificamente, a história da ciêncianos revelam, entretanto, queos períodos de crise são extremamente férteis porque abrem novas possibilidadesao pensamento. Nesse5774/5805sentido, eles permitem o surgimento de alternativas aos modos de pensaranteriores.(Danilo Marcondes, A crise de paradigmas e o surgimento da Modernidade. In:Zaia Brandão (org.), A crise dos paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez,1994, p. 28-29, com adaptações).

10978. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Infere-se da argumentação do texto queviver “uma crise de paradigmas” (linha 3) caracteriza-se(A) pela falta de clareza suficiente para identificar as referências básicas dominantesem nossos projetos.(B) pela supervalorização de um paradigma hegemônico para a interpretação denossas necessidades.(C) pela dificuldade para aceitar novas alternativas aos modos de pensamentoanteriores.(D) por não se saber dissociar as perspectivas teóricas das perspectivas empíricasde realização de projetos.(E) por construir argumentos para evitar a ruptura entre a tradição e a inovaçãona construção do conhecimento.RESPOSTA De acordo com o texto, o fato de haver uma crise de paradigmastem a ver com a dificuldade de se achar um padrão de comportamento e deideologia hegemônico. É esse padrão que rege nossos projetos, sejam elespolíticos, éticos, pedagógicos ou estéticos. Assim, a redação da letra A é a queatende a essa interpretação. Alternativa A.

10979. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito douso das estruturas linguísticas na organização das ideias do texto.(A) A retirada da preposição “em” (linha 1), antes do pronome “que” (linha 1),preservaria o respeito às regras gramaticais, com a vantagem de tornar otexto mais objetivo e simplificar as relações semânticas.(B) Embora as regras gramaticais permitam substituir os dois travessões (linhas

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2 e 3), por vírgulas, tal substituição deveria ocorrer apenas na primeiradelas, pois uma vírgula depois de “estéticos” (linha 3) provocaria errogramatical.(C) A retirada da expressão “e até mesmo” (linha 3) preservaria a correção gramaticaldo texto; mas, do ponto de vista textual, sua retirada prejudicaria a5775/5805argumentação porque a complexidade da crise de paradigmas seriaenfraquecida.(D) Apesar de o substantivo “possibilidades” (linha 6) admitir a preposição “de”na regência de seus complementos, a organização do texto impede a substituiçãode “ao pensamento” (linha 6) por do pensamento, pois os argumentosse tornariam incoerentes.(E) Na organização da argumentação, a retirada do pronome “eles” (linha 5) provocariadificuldade de interpretação do texto porque seu referente estámuito distante: “nossos projetos científicos” (linha 2).RESPOSTA (A) Errado – Não é possível omitir a preposição “em”, uma vezque esta é parte integrante da locução conjuntiva causal “Na medida em que”.(B) Errado – As duas vírgulas são necessárias, pois elas isolam o aposto explicativo“referência básica para nossos projetos... estéticos”. (C) Certo – Aexclusão da expressão “até mesmo” alteraria o sentido original, uma vez queela enfatiza o quão complexa é a crise de paradigmas. (D) Errado – Não segera incoerência se houver a substituição da preposição “a” pela “de”. A alteraçãose dá apenas no nível sintático, porém a mensagem transmitida pelotexto continua a ser a mesma. (E) Errado – O pronome “eles” retoma “períodosde crise”. Alternativa C.Para responder às questões a seguir, leia o texto abaixo.1Conciliar desenvolvimento e conservação da natureza é o dilema fundamentaldo mundo neste século. Para oBrasil é mais do que isso, é uma equação muito mais complexa do que amédia mundial. O país abriga 60%da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta e o maior repositório deespécies animais e vegetais aindadesconhecidas, um tesouro genético de extraordinário significado para asobrevivência e bem-estar das futuras5gerações. Essa preciosidade biológica insubstituível tem sido queimada para abrirespaço para a pata do gado,como lenha para carvão sem valor algum. A incineração da florestaamazônica, ecossistema que uma vezperdido não pode ser reposto artificialmente, é ainda mais perversa porjogar na atmosfera volumes gigantescosde gases que aumentam o ritmo do temido aquecimento global.Mas as pressões mais fortes sobre a mata rica e frágil vêm do Sul. O Brasilque necessita desenvolver-se olha5776/580510para a Amazônia como a solução também para seus problemas de escassez energética.Para crescer no mesmoritmo dos últimos dois anos, o país tem de aumentar em 50% sua capacidadede geração de energia. Nessecontexto, conciliar desenvolvimento e preservação talvez seja o desafio dageração atual de brasileiros comalgum poder nas mãos.(Veja, 21/06/2009, com adaptações).

10980. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) De acordo com a argumentação do texto,para o Brasil a equação é “muito mais complexa do que a média mundial” (linha2) porque(A) as queimadas na Amazônia brasileira são responsáveis por sessenta por centodos gases que aumentam o ritmo do aquecimento global.(B) é nas mãos de brasileiros que está se deteriorando o extraordinário legadobiológico que a floresta amazônica poderia deixar para o mundo.(C) a preciosidade de espécies que se abriga no ecossistema amazônico, uma vezperdido, não pode ser reposto no atual estado das pesquisas biológicas noBrasil.(D) o país sofre pressões de organismos externos de preservação ambiental, queo acusam de transformar em lenha o grande manancial da maior florestatropical do mundo.(E) o país é responsável pela maior parte da maior floresta tropical, preciosidadebiológica em processo de degradação, ao mesmo tempo em que deveaumentar sua capacidade de geração de energia.RESPOSTA A alternativa que sintetiza melhor a argumentação do texto é a daletra E. A complexidade em conciliar desenvolvimento e preservação danatureza se mostra para o Brasil com mais ênfase, pois a Amazônia é umgrande repositório de biodiversidade ainda inexplorado – o que justifica suapreservação – e, ao mesmo tempo, pode ser uma das soluções para o problemade geração de energia no Brasil – o que justifica sua exploração. Conciliaressas duas frentes é o desafio para as autoridades tomadoras de decisão.Alternativa E.5777/5805

10981. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito dasrelações de coesão que as estruturas linguísticas estabelecem no texto.(A) o pronome “isso” resume a ideia que o texto passa a desenvolver a partir dalinha 2: as consequências de o Brasil abrigar grande parte da maior florestatropical do mundo.(B) a expressão figurada “pata do gado” (linha 5) refere-se às “espécies animais”(linha 3) que compõem o “tesouro genético” (linha 4) da Amazônia.(C) a flexão de feminino em “perversa” estabelece ligações de coesão gramaticalcom o substantivo “floresta amazônica” (linha 6).(D) o termo “O Brasil que necessita desenvolver-se” (linha 9) especifica o referenteantes designado como “Sul” (linha 9).(E) a expressão “Nesse contexto” (linhas 11 e 12) resume a ideia anteriormentegeneralizada de “incineração da floresta amazônica” (linha 6).

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RESPOSTA (A) Errado – O pronome anafórico “isso” retoma o fato de a preservaçãoda natureza ser um dilema fundamental do mundo neste século. (B)Errado – A expressão faz referência às atividades pecuárias, que têm se expandidopela Amazônia. (C) Errado – A flexão no feminino se justifica pelaconcordância com o substantivo “incineração”. (D) Correto. (E) Errado – A expressãoretoma a situação atual de escassez energética no Brasil e a necessidadede aumento em 50% da capacidade de geração de energia no país. AlternativaD.

10982. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Para responder à questão, leia o seguintetexto.1Sob o influxo dos outros, o indivíduo adquire as marcas da identidade coletiva:superexcitação da vontade que,tangida pela afetividade, impele à ação sem possibilidade de raciocínio;credulidade e, em consequência,suscetibilidade à sugestão de um líder manipulador de imagens e palavrasde ordem simples e expressivas, queconstituem o único material simbólico a ser processado sem reflexão; ausênciade barreira para atos violentos5(e eventualmente heroicos segundo a mesma lógica). A “alma da multidão” dizrespeito a fenômenos de5778/5805imitação pensados a partir da metáfora da hipnose tornada o operador lógicocentral. O comportamento damultidão explica-se por algo como o processo de mesmerização coletiva,em que a autonomia da vontadesubmerge diante da vontade de obedecer dirigida ao líder sugestionador.(Fernando Antônio Pinheiro Filho, A alma da raça. A especificidade do funcionamentoindividual sob o influxo da multidão. Jornal de Resenhas, maio de 2009, n.2, com adaptações).A partir da argumentação do texto, analise as seguintes inferências para, a seguir,assinalar a opção correta.I. Marcas de identidade coletiva são explicadas por atos heroicos, muitas vezes violentos,que superexcitam a vontade e a emoção de um indivíduo ao vernessa situação simbólica a oportunidade de liberar seus instintos.II. Mais do que sobre a ação guiada pelo raciocínio, o comportamento damultidão apoia-se na credulidade sem reflexão e na suscetibilidade à sugestãomanipuladora de palavras, ou imagens, que induzem a fenômenos deimitação.III. Comportamentos em assembleias de diversos tipos ou de manifestações derua constituem exemplos de comportamentos coletivos nos quais se criamcondições para que a autonomia da vontade individual venha a submergirdiante da vontade de um líder sugestionador.(A) Apenas I está correta.(B) Apenas II está correta.(C) Apenas III está correta.(D) Apenas I e II estão corretas.(E) Apenas II e III estão corretas.RESPOSTA (I) Falso – Os atos heroicos não são explicações para as marcasde identidade coletiva, mas sim uma de suas formas, assim como a superexcitaçãoda vontade e a credulidade. (II) Verdadeiro – A credulidade, uma dasmarcas da identidade coletiva, tem como uma de suas consequências tornar oindivíduo mais suscetível a líderes manipuladores, o que privilegia a simplesimitação de comportamentos e atos em detrimento da autonomia depensamento. (III) Verdadeiro – É possível pensar nesses exemplos como momentospropícios à formação de uma identidade coletiva orientada por umlíder sugestionador. Alternativa E.5779/5805

10983. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção em que a alteração propostapara estruturas linguísticas do texto provoca erro gramatical e/ou incoerênciatextual.(A) Transformação do aposto “único material simbólico” (linha 4) em oraçãodesenvolvida, escrevendo-se que são o único material simbólico.(B) Omissão da marca de temporalidade, retirando-se a ser de “a ser processado”(linha 4).(C) Inserção de artigo definido, em “diz respeito a fenômenos” (linha 5),escrevendo-se diz respeito aos fenômenos.(D) Omissão da indeterminação em “explica-se por algo” (linha 7), escrevendo-seO comportamento da multidão explica algo.(E) Substituição do pronome “em que a autonomia” (linha 7) por pronome comartigo, escrevendo-se no qual a autonomia.RESPOSTA A questão foi anulada pela banca, muito possivelmente devido aequívocos nos enunciados das letras A e D. Vejamos:(A) O termo “único material simbólico” não é aposto, e sim complementoverbal de “constituem”. O enunciado, portanto, é equivocado. (B) Retirandoa marca de temporalidade – a ser –, a ideia original de futuro deixa deexistir, subentendendo-se já ter ocorrido o processamento do material simbólico.Isso muda o sentido original, mas sem comprometer a coerênciae a correção textuais. (C) Ao inserir o artigo definido, pressupõe-se o conhecimentoprévio dos fenômenos citados. Isso muda o sentido original, massem comprometer a coerência e a correção textuais. (D) Não há indeterminaçãodo sujeito, mas sim uma construção frasal na voz passiva sintética:“O comportamento da multidão explica-se por algo...” = “O comportamentoda multidão é explicado por algo...”. O enunciado, portanto, éequivocado. (E) Tanto a construção “em que” como “no qual” são possíveis,uma vez que podem remeter a “processo”.

10984. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) O primeiro fragmento de cada opçãoabaixo foi adaptado do texto Famintos e milionários, editorial de Carlos JoséMarques, na revista Isto É, de 1º/7/2009. Assinale a opção que apresenta, no segundofragmento, uma reescrita coerente e gramaticalmente correta para o

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trecho original.5780/5805(A) Quase 40 milhões de pessoas passam fome no Brasil. No mundo, são mais deum bilhão de famintos. Isso significa que para cada seis pessoas que habitamo planeta hoje, uma não tem o que comer.No mundo, são mais de um bilhão de famintos; no Brasil, um contingente dequase 40 milhões de pessoas passam fome. Isso significa que um sexto daspessoas, que habita o planeta hoje, não têm o que comer.(B) A proporção brasileira é ainda pior. Os números absurdos, inaceitáveis noescopo de uma população que vive o século XXI, com avanços de toda ordem,foram divulgados recentemente pela Organização das Nações Unidaspara a Agricultura e Alimentação (FAO).A proporção brasileira é ainda pior: foram divulgados recentemente, pela Organizaçãodas Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO),números absurdos e inaceitáveis para uma população que vive o séculoXXI com avanços de toda ordem.(C) E justamente o Brasil, celeiro do mundo, líder da produção de alimentos emvários itens, maior exportador global de carne, maior produtor de soja, trigoe similares, traz índices típicos de terceiro mundo logo neste quesito.E justamente o Brasil, trazendo índices típicos de terceiro mundo logo nestequesito: o celeiro do mundo, líder da produção de alimentos em váriositens, maior exportador global de carne, maior produtor de soja, trigo esimilares.(D) O Brasil também contribui com 131 mil milionários e está entre os dezprimeiros na classificação de países com mais milionários. Até quando serápossível viver indiferente ao estado de desnutrição de tantas pessoas? Éplausível admitir um país das dimensões e riquezas do Brasil no blocodaqueles com maior disparidade?Na classificação de países com mais milionários o Brasil ocupa uma das dezprimeiras posições: existe 131 mil. Pergunta-se até quando será possívelviver indiferentemente ao estado de desnutrição de tantas pessoas e se éplausível admitir um país das dimensões e com as riquezas do Brasil nobloco daqueles com maior disparidade?(E) Se cada um parar para pensar sobre o que fazer, desencadeando uma correntede solidariedade intercontinental, com ações concretas, haverá maisesperanças para o fim do flagelo da fome. É tudo uma questão de prioridadese o mundo tem de despertar para a constatação de que essa é a maiordelas.Se cada um parar para pensarmos sobre o que fazer, e desencadear uma correntede solidariedade intercontinental, que tenham ações concretas, terãomais esperanças para o fim do flagelo da fome. Como é tudo uma questão5781/5805de prioridade, o mundo terá de despertar e constatar de que essa é a maiordelas.RESPOSTA (A) Errado – São necessárias as seguintes correções: deve-seusar a flexão “passa” em vez de “passam”, para que se faça a concordânciacom o núcleo do sujeito “contingente”; deve-se usar a flexão “habitam” emvez de “habita”, para que se faça a concordância com o antecedente“pessoas”; devem-se excluir as vírgulas que isolam a oração “que habitam oplaneta hoje”, pois esta é adjetiva restritiva. Assim, o correto seria: “Nomundo, são mais de um bilhão de famintos; no Brasil, um contingente dequase 40 milhões de pessoas passa fome. Isso significa que um sexto daspessoas que habitam o planeta hoje não têm o que comer”. (B) Correto.(C) Errado – O emprego dos dois-pontos é incoerente, pois parece o trechoseguinte uma especificação do termo “quesito”. Temos, de fato, uma relaçãode oposição entre os dois trechos, sendo, dessa forma, mais conveniente aseguinte construção: “...o Brasil, trazendo índices típicos de terceiro mundologo neste quesito, mesmo sendo o celeiro do mundo, líder da produção dealimentos em vários itens, maior exportador global de carne, maior produtorde soja, trigo e similares”. (D) Errado – São necessárias as seguintescorreções: deve-se empregar uma vírgula após “milionários”, para isolar a oraçãoadverbial deslocada da ordem direta “Na classificação de países com maismilionários”; deve-se usar a flexão “passam” em vez de “passa”, para que sefaça a concordância com o sujeito “131 mil”; deve-se empregar o ponto finalno lugar do ponto de interrogação, uma vez que o último período é uma interrogativaindireta. Assim, o correto seria: “Na classificação de países commais milionários, o Brasil ocupa uma das dez primeiras posições: existem131 mil. Pergunta-se até quando será possível viver indiferentemente ao estadode desnutrição de tantas pessoas e se é plausível admitir um país das dimensõese com as riquezas do Brasil no bloco daqueles com maior disparidade”.(E) Errado – São necessárias as seguintes correções: deve-se excluir avírgula depois de “fazer”, uma vez que esta separa uma oração assindética deuma sindética aditiva de mesmo sujeito; deve-se excluir a vírgula depois de“intercontinental”, uma vez que a oração “que tenha ações concretas” é adjetivarestritiva; deve-se usar a flexão “tenha” em vez de “tenham”, para quese faça a concordância com o antecedente “solidariedade”; deve-se empregara forma “haverá” ou “existirão” para que haja conformidade com a linguagemformal; deve-se excluir a preposição “de”, pois esta não é requerida pelasregências dos verbos “despertar” e “constatar”. Assim, o correto seria: “Secada um parar para pensarmos sobre o que fazer e desencadear uma correntede solidariedade intercontinental que tenha ações concretas, haverá5782/5805(existirão) mais esperanças para o fim do flagelo da fome. Como é tudo umaquestão de prioridade, o mundo terá de despertar e constatar de que essa é amaior delas.” Alternativa B.

10985. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Em relação ao uso das estruturas linguísticasno texto, assinale a opção correta.1É próprio das grandes crises despertar o potencial criativo dos governos parareduzir-lhes os efeitos e, sepossível, contorná-las. No Brasil, a utilização de meios inovadores paraconter consequências mais dramáticasdos graves desacertos nas finanças internacionais prodigalizou, também,lições úteis a mudanças futuras na

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política econômico-financeira. Resta agora evidente que o alívio da cargatributária e das taxas de juros,5medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura adversa, é necessário, como instrumentoeficaz, para assegurardinamismo à atividade econômica. A decisão de maior impacto favorávelao desempenho do setor industrial seconfigurou na redução de 10,25% ao ano para 4,5% nos juros cobradospelo BNDES na aquisição e produçãode máquinas e equipamentos. Trata-se de taxa real zero, se comparada aomesmo percentual previsto na metade inflação para este ano. Em patamares variáveis, 70 produtos industrializadospassarão a pagar menos IPI.10Aí está outro benefício carregado de impulso ao avanço da economia.(Correio Braziliense, Editorial, 1/7/2009).(A) Os pronomes “-lhes” e “-las” se referem a antecedentes diferentes: “governos”e “crises” (linhas 1 e 2), respectivamente.(B) Estaria gramaticalmente correto e de acordo com as ideias originais do textose a expressão “a fim de” (linha 5) estivesse grafada da seguinte forma: afimde.(C) O termo “é necessário” (linha 5) está no masculino porque concorda com“juros” (linha 4).(D) Em “se comparada” (linha 8), o pronome “se” confere ao período a noção decondição.5783/5805(E) Estaria gramaticalmente correto se em “a pagar” (linha 9) fosse colocado sinalindicativo de crase.RESPOSTA (A) Errado – Ambos os pronomes referenciam “crises”. O pronome“lhes” tem valor possessivo (reduzir-lhes os efeitos = reduzir os seus efeitos).(B) Errado – Com o sentido de finalidade, deve-se empregar a forma “afim de”. (C) Errado – A expressão “é necessário” concorda com o núcleo desujeito “alívio”. (D) Correto. (E) Errado – Não se emprega a crase antes deverbos. Alternativa D.

10986. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Em relação ao uso das estruturas linguísticasdo texto, assinale a opção correta.1A pior fase da crise foi superada, a reação começou e a produção brasileira devecrescer neste ano 0,8%, segundoa nova projeção do Banco Central (BC), contida no Relatório de Inflação,uma ampla análise trimestral daeconomia nacional e do cenário externo. A estimativa é mais animadoraque a dos especialistas do setorprivado. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma contraçãode 0,4%. No setor financeiro, a5bola de cristal dos economistas indicava, no começo da semana, um PIB 0,57%menor que o de 2008. Seriaum exagero, no entanto, qualificar como otimista a avaliação dos técnicosdo BC. A recuperação, segundo eles,dependerá principalmente do consumo e o resultado poderá ser inferiorao previsto, se as condições deemprego piorarem e os incentivos fiscais forem revertidos. Além disso, oinvestimento privado continua baixoe deve recuperar-se lentamente, porque ainda há muita capacidade ociosanas empresas. Quanto às10exportações, continuarão afetadas pela retração da economia internacional enão se pode esperar do setorexterno nenhuma contribuição ao crescimento da atividade industrial.(O Estado de S. Paulo. Editorial, 29/6/2009).(A) A expressão “A estimativa” (linha 3) retoma o antecedente “uma ampla análisetrimestral da economia nacional” (linhas 2 e 3).5784/5805(B) A expressão “bola de cristal” (linha 5) está sendo empregada no sentido denotativode transparência.(C) O emprego do subjuntivo em “piorarem” e “forem” (linha 8) justifica-seporque se trata de orações que apresentam ideia de suposição.(D) O termo “porque” (linha 9) confere ao período em que ocorre a ideia de conclusão,justificando as razões para a superação da pior fase da crise.(E) Em “se pode” (linha 10), o pronome “se” indica voz passiva.RESPOSTA Há dois itens corretos, o que justifica a anulação da questão pelabanca. (A) Errado – A expressão “A estimativa” retoma a projeção anteriormentecitada de 0,8% de crescimento neste ano da economia brasileira. (B)Errado – A expressão “bola de cristal” é uma conotação para “previsão”. (C)Correto – As duas formas são sim do modo Subjuntivo. Isso pode ser evidenciadopela conjunção condicional “se” em “...se as condições de emprego piorareme os incentivos fiscais forem revertidos”. (D) Errado – A conjunção“porque” introduz uma relação de causa. (E) Correto – A construção “não sepode esperar do setor externo nenhuma contribuição” – voz passiva sintética– é equivalente a “nenhuma contribuição pode ser esperada do setorprodutivo” – voz passiva analítica.

10987. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção correta a respeito dasestruturas linguísticas do seguinte texto.1Publicidade, do latim, publicus e do verbo publicare, é um termo originalmentevocacionado para a vida pública,a livre e plural circulação das ideias. Portanto, para a democracia, publicarera próprio dos reinos, impérios,estados e, por fim, das repúblicas. Antítese de segredo, a publicidade atendiaaos interesses de governantes aoinformar e aos das pessoas em querer saber dos assuntos importantes. Talcomo Janus, a divindade mitológica5de duas faces, o interesse público tanto serve ao Estado como ao cidadão e,modernamente, de forma acombinar accountability, ou responsabilização − a obrigação legal de publicar

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(do Estado) − e o direito legal desaber (do cidadão). Publicistas foram ‘ilustres homens públicos’, difusoresde grandes propostas de mudanças.Grandes persuasores de ideias avançadas e emancipatórias, faziam uso dasua capacidade de falar, de escrever,5785/5805de publicar para liderar grandes mudanças de governos, de regimes políticos,etc.(Discutindo Língua Portuguesa, ano 2, n. 14, com adaptações).(A) Por atender a regras obrigatórias da gramática do padrão culto da língua, aretirada da vírgula depois de “latim” (linha 1) provocaria erro gramatical e,consequentemente, incoerência textual.(B) As relações de significação que o aposto “a livre e plural circulação das ideias”(linha 2) estabelece na organização sintática do período em que ocorre indicamque “vida pública” (linha 1) deve ser entendida como essa circulaçãolivre e plural das ideias.(C) A repetição da preposição “a”, em “aos interesses”, “ao informar” e “aos daspessoas” (linhas 3 e 4) indica que se trata de três complementos para overbo ATENDER, pois no padrão culto da língua portuguesa é obrigatório ouso dessa preposição.(D) Por meio da expressão “Tal como” (linha 4), o texto compara as duas faces deJanus à possibilidade de a publicidade ter tanto consequências negativasquanto positivas na vida das pessoas.(E) As relações de coesão do segundo parágrafo do texto, focalizando“Publicistas” (linha 7), permitem iniciar o último período sintático do textocom um conectivo, escrevendo Ao passo que grandes persuasores...RESPOSTA (A) Errado – É possível a retirada da vírgula após “latim”,mantendo o paralelismo com a construção seguinte “do verbo publicare”. (B)Correto. (C) Errado – Em “ao informar”, a preposição “a” estabelece uma relaçãotemporal. (D) Errado – A analogia das duas faces de Janus se dá com ointeresse público, que tanto pode servir ao Estado como ao cidadão. (E) Errado– Se iniciássemos o último período pela locução conjuntiva “Ao passoque”, teríamos uma frase incompleta, apenas com orações subordinadas semoração principal. Alternativa B.

10988. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Os trechos a seguir constituem um textoadaptado de Marco Antonio Rocha, O Estado de S.Paulo, 22/06/2009. Assinale aopção em que o fragmento apresenta erro gramatical.(A) No começo do século passado, a economia mundial se dividia entre países ricose países atrasados. Os ricos eram os mesmos que hoje formam o G-7(EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão), mais alguns daEuropa ocidental, como Áustria, Holanda, Bélgica, Espanha e Portugal.5786/5805(B) A Rússia dos czares estava se acabando naquela época e ninguém sabia o queviriam a ser. Hoje, aderiu ao G-7 − é o “oitavo dos sete”, diz a piada. O Japãoapenas colhia os primeiros resultados da Restauração Meiji − essa, sim, umarevolução que arrancou o país da sua Idade Média e abriu caminho para oque ele é hoje.(C) O resto era, então, o resto. Países “atrasados”, ou países pobres, que não tinhamlugar no pôquer internacional. O Brasil entre eles, com sua iniciante edesorganizada República.(D) Mais adiante, já depois da 2ª Guerra Mundial, os atrasados começaram a serchamados de países “de desenvolvimento médio”; os pobres, de “subdesenvolvidos”;e os ricos, de “plenamente desenvolvidos”.(E) Palavrório diplomático para distinguir os que ditam as cartas daqueles quenão ditam nada. Mais recentemente ainda, um grupo dos “de desenvolvimentomédio” passou a ser chamado de “emergentes”.RESPOSTA São necessárias as seguintes correções: deve-se usar a flexão“viria” em vez de “viriam”, para que se faça a concordância com o sujeito“Rússia”; deve-se usar “esta” no lugar de “essa”, para que se faça a referênciapor proximidade com “Restauração Meiji”. Assim, o correto seria: “A Rússiados czares estava se acabando naquela época e ninguém sabia o que viria aser. Hoje, aderiu ao G-7 – é o ‘oitavo dos sete’, diz a piada. O Japão apenascolhia os primeiros resultados da Restauração Meiji – esta, sim, uma revoluçãoque arrancou o país da sua Idade Média e abriu caminho para o queele é hoje.”. Alternativa B.

10989. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Os fragmentos abaixo constituem umtexto adaptado de Luiz Carlos Bresser Pereira, Folha de S.Paulo, 22/06/2009.Assinale a opção em que o trecho está gramaticalmente correto.(A) Ainda estamos em plena crise financeira global. A previsão de crescimentopara os países ricos é negativa; para os países em desenvolvimento, excluídosa China e a Índia, deverão estar próximas de zero. O Brasil, ainda quemenos atingido, não é exceção: ficará também sem crescimento do PIB em2009.(B) Em toda parte, o desemprego continua a aumentar. Para os países ricos, aprevisão é que em meados de 2010 suas economias começarão a reagirem,mas só saberemos se isso é verdade no último quartil do ano. É consensoque esta é a crise econômica mais grave que o mundo enfrenta desde aGrande Depressão de 1930.5787/5805(C) Existe também razoável consenso em relação às suas principais causas. Nãose limitam apenas ao fato de que os sistemas financeiros são inerentementeinstáveis, de que os mercados financeiros são opacos, facilitando a especulaçãoe o surgimento de euforias ou de bolhas seguidas por pânico erecessão.(D) Depois de 1929, os países compreenderam que precisavam criarem instituiçõespara prevenir crises: bancos centrais que assegurasse liquidez e forteregulação das instituições financeiras. Por outro lado, surgiu uma nova teoriaeconômica − a macroeconomia keynesiana − para orientar a políticaeconômica.(E) Entretanto, quando o neoliberalismo se tornou dominante, nos anos 1980, a

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nova teoria foi arrogantemente rejeitada, e os mercados financeiros foramirresponsavelmente desregulados. A causa da crise, portanto foi a desregulaçãoneoliberal.RESPOSTA (A) Errado – São necessárias as seguintes correções: deve-seempregar “excluídas” em vez de “excluídos”, para que haja a concordânciacom “China” e “Índia”; deve-se empregar a construção “deverá estar próximade zero”, para que haja concordância com o substantivo núcleo do sujeito“previsão”. Assim, o correto seria: “Ainda estamos em plena crise financeiraglobal. A previsão de crescimento para os países ricos é negativa; para ospaíses em desenvolvimento, excluídas a China e a Índia, deverá estar próximade zero. O Brasil, ainda que menos atingido, não é exceção: ficará tambémsem crescimento do PIB em 2009”. (B) Errado – São necessárias asseguintes correções: deve-se empregar vírgulas para isolar o adjunto adverbialdeslocado da ordem direta “em meados de 2010”; deve-se empregar o infinitivoimpessoal “reagir”, pois está antecedido por preposição numa locuçãoverbal – começarão a reagir. Assim, o correto seria: “Em toda parte, odesemprego continua a aumentar. Para os países ricos, a previsão é que, emmeados de 2010, suas economias começarão a reagir, mas só saberemos seisso é verdade no último quartil do ano. É consenso que esta é a crise econômicamais grave que o mundo enfrenta desde a Grande Depressão de 1930”.(C) Correto. (D) Errado – São necessárias as seguintes correções: deve-seempregar o infinitivo impessoal “criar”, pois este é verbo principal de umalocução verbal, flexionando-se no plural apenas o verbo auxiliar; deve-seempregar a flexão “assegurassem” em vez de “assegurasse”, para que haja aconcordância com o antecedente “bancos centrais”. Assim o correto seria:“Depois de 1929, os países compreenderam que precisavam criar instituiçõespara prevenir crises: bancos centrais que assegurassem liquidez e forte regulaçãodas instituições financeiras. Por outro lado, surgiu uma nova teoria5788/5805econômica − a macroeconomia keynesiana − para orientar a política econômica”.(E) Errado – A conjunção “portanto”, por estar intercalada entre sujeito everbo, deve ser isolada por vírgulas. Assim, o correto seria: “Entretanto,quando o neoliberalismo se tornou dominante, nos anos 1980, a nova teoriafoi arrogantemente rejeitada, e os mercados financeiros foram irresponsavelmentedesregulados. A causa da crise, portanto, foi a desregulação neoliberal”.Alternativa C.

10990. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) O trecho abaixo foi transcrito comadaptações.Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.O surto de pânico que acometeu (1) as instituições financeiras passou, masdesse trauma restou um padrão bem mais (2) criterioso, da parte dos bancos,na concessão de empréstimos. Grandes empresas, capazes de oferecermais garantias de pagamento, sofrem menos. Para as companhiasmenores, mais afetadas, o governo, há duas semanas, criou, por medidaprovisória, fundos que (3) na prática farão as vezes de avalistas de empréstimostomados por essa categoria de firmas.A ideia do Planalto, agora, é repetir o modelo na agricultura, e instituir alium fundo de aval. Normalizar a oferta de crédito nesse setor certamentetrará (4) benefícios na próxima safra − embora questões bem mais decisivaspara a agricultura, como o estabelecimento de um seguro com regrasclaras e escala nacional, continua pendente. (5)(Adaptado de Folha de S.Paulo, Editorial, 23/6/2009).(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.(E) 5.RESPOSTA A oração introduzida pela conjunção “embora” faz com que overbo se flexione no modo Subjuntivo. Além disso, é necessário haver a concordânciaadequada com o núcleo do sujeito “questões”. Com base nessas observações,temos a seguinte correção: “embora questões bem mais decisivas...continuem pendentes”. Alternativa E.5789/5805

10991. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção que preenche corretamenteas lacunas do texto.Uma nova rodada de programas federais de incentivo ___1___ setoresainda afetados pela crise está na praça. Entre medidas lançadas e prometidaspara logo, o objetivo é amparar as empresas menores, a agropecuária eo segmento que produz máquinas e equipamentos, os chamados bens decapital.Como a capacidade do governo federal de abrir mão de receita tributária –a fim de dar incentivos econômicos pontuais – chegou ___2___ limite daresponsabilidade fiscal, o recomendável ___3___, a partir de agora, deixede recorrer ___4___ mecanismo. Os minipacotes em tela, ___5___ainda falte informação sobre alguns deles, parecem respeitar essas limitações.Optam pelo incentivo ao crédito bancário.Apesar da volta paulatina dos empréstimos ___6___ pessoas físicas, depoisdo tombo de setembro do ano passado, as operações com micro epequenas empresas continuam restritas e caras.(Folha de S.Paulo, Editorial, 23/6/2009).1 2 3 4 5 6(A) a ao é que a esse embora às(B)paraosao mesmo nesse todavia das(C)comosno portanto por esse no entantopara

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as(D) pelos em emboracomesseconquantocomas(E) nos com o então desse porém a5790/5805RESPOSTA Em (1), é possível o emprego de “a”, “para os” ou “nos”. Sãoregências possíveis para o nome “incentivo”. Em (2), o verbo “chegar” solicitapara o seu adjunto de destino a regência da preposição “a”. Em (3), deve-seempregar o verbo de ligação “é” acompanhado da conjunção integrante “que”.Em (4), deve-se empregar a preposição “a” – exigida pelo verbo “recorrer”(recorrer a algo) – acompanhada do pronome anafórico “esse”. Em (5), oemprego da conjunção “embora” estabelece uma ressalva com a oração anterior.Em (6), deve-se empregar somente a preposição “a”, solicitada pelaregência do nome “empréstimo” (empréstimo a algo). Assim, a letra A apresentauma possível combinação. Alternativa A.

10992. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção que completa corretamentea sequência de lacunas no texto abaixo.A crise financeira e econômica nos induz ____(1)____ a Educação para oDesenvolvimento Sustentável (EDS) sem mais tardar. Não conseguiremosreduzir a pobreza e construir sociedades mais equitativas, duradouras efocalizadas na paz se ____(2)____ os indivíduos, em todas as épocas davida, com conhecimentos, competências, valores que ____(3)____permitam informar-se e tomar decisões de maneira responsável. Umaeducação de qualidade que facilite a tomada de consciência, a abertura, asolidariedade e a responsabilidade deve fazer parte de qualquer resposta àatual crise mundial. Mas, acima de tudo, é necessário que os dirigentes eos tomadores de decisão ____(4)____ as condições indispensáveis a fimde que a educação se oriente para a construção de uma maior equidadeentre as sociedades.(Eduardo Araia, Educar para salvar a Terra. Revista Planeta, julho de 2009, p. 76,com adaptações).1 2 3 4(A) a aplicação dotamos os estabeleçam(B) à aplicação não dotamos os estabelecessem5791/5805(C) a aplicar dotarmos lhes estabelecem(D) a aplicarmos não dotamos lhe estabelecessem(E) a aplicar não dotarmos lhes estabeleçamRESPOSTA Em (1), o verbo “induzir” solicita a regência da preposição “a”.Para manter a coesão, deve-se empregar o infinitivo – pessoal ou impessoal –do verbo “aplicar”. Em (2), o verbo “dotar” deve ser conjugado no futuro dosubjuntivo – dotarmos. Em (3), devemos empregar o pronome oblíquo “lhes”,que exerce função de objeto indireto do verbo “permitir”. Em (4), a expressão“é necessário” faz com que o verbo “estabelecer” seja conjugado no presentedo subjuntivo – estabeleçam. A combinação que atende a essas possibilidadesé a da letra E, portanto. Alternativa E.

10993. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção que constitui continuaçãocoesa e coerente para o texto a seguir:O governo federal prorrogou a redução de impostos sobre veículos, materialde construção e aparelhos domésticos da linha branca. Além disso, adotouincentivos fiscais e financeiros para a compra de máquinas e equipamentos.As medidas anunciadas são parte do esforço para enfrentar acrise, combater o desemprego e facilitar a retomada do crescimento.(Folha de S.Paulo, Editorial, 30/6/2009).(A) É cedo para dizer se com essas medidas a economia terá alguma expansão em2009. Mas o desempenho será certamente melhor do que seria sem o cortede impostos e o crédito mais barato oferecido pelo BNDES.(B) Entre janeiro e março, portanto, o investimento produtivo foi 12,6% menorque no trimestre final de 2008 e 14% inferior ao de um ano antes. Os novosincentivos poderão “dar algum oxigênio” ao setor, segundo o presidente daAssociação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.(C) Portanto, falta ver se os empresários terão otimismo suficiente para investirnos próximos meses. Há muita capacidade ociosa em vários segmentos e aprodução poderá atender a uma demanda crescente, na fase inicial, semnovos investimentos.5792/5805(D) Conquanto, levará vantagem quem estiver mais preparado para acompanharde forma sustentável a recuperação dos mercados interno e externo. Nestemomento, a indústria brasileira depende principalmente da demanda interna,por causa da recessão internacional.(E) Mas, ainda assim, é forçada a enfrentar, mesmo no Mercosul e no mercadolocal, a poderosa concorrência dos produtores chineses. É prudente, portanto,pensar no investimento também como forma de ganhar produtividade.RESPOSTA (A) Correto. (B) Errado – É incoerente o emprego do conector“portanto”. Não é possível concluir a informação acerca do investimentoprodutivo entre janeiro e março a partir do que foi exposto. (C) Errado – É incoerenteo emprego do conector “portanto”, uma vez que não é possível concluiresse conteúdo a partir do que foi exposto no texto. (D) Errado – O conector“conquanto” é concessivo, não fazendo sentido seu emprego. No seulugar, seria mais conveniente o uso do conector “portanto”. (E) Errado – Nãohá coesão com o restante do texto, uma vez que não há elementos suficientespara afirmar quem é o sujeito da forma verbal “é forçada”. Alternativa A.

10994. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) O trechos abaixo constituem um textoadaptado de Yoshiaki Nakano, publicado no jornal Valor Econômico, dia 30/06/

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2009, e estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a resposta correspondenteà ordenação do texto de forma coesa, coerente e gramaticalmentecorreta.( ) Tanto é que alguns analistas já se apressam em afirmar que já estamoschegando ao “fundo do poço” e que no final deste ano aquelas economiasvão iniciar a recuperação cíclica.( ) Há concordância de que existem sinais de que o ritmo de queda nas economiasdesenvolvidas está reduzindo.( ) É natural que as opiniões dos economistas sejam conflitantes, pois existem divergentesvisões de mundo e diferentes percepções sobre a natureza da crisee, consequentemente, da saída da crise.( ) Outros analistas mais críticos afirmam que não há nenhuma indicação de queo “pior já passou”, de que a recuperação virá, ou de que a recuperação se iniciaráainda neste ano.( ) Assim, alguns analistas acreditam que já em 2010 as economias voltarão acrescer, enquanto outros pintam um quadro mais difícil em que a recuperaçãonão virá sem mudanças estruturais e reformas.(A) 4-2-1-5-3.5793/5805(B) 2-1-5-3-4.(C) 1-3-4-2-5.(D) 3-1-2-5-4.(E) 5-3-4-1-2.RESPOSTA A sequência que mantém a coerência e a coesão textuais é a daletra B. Vejamos:Em (1), é apresentado o fato principal – existem sinais de que o ritmo dequeda nas economias desenvolvidas está reduzindo – que norteará os parágrafosseguintes. Em (2), a expressão “Tanto é” reforça o fato citado em (1).Em (3), há uma ressalva em relação ao conteúdo citado em (1) e (2). Em(4), há uma reunião das opiniões citadas em (2) e (3). Em (5), há uma explicaçãopara o fato citado em (4). Alternativa B.

10995. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Os trechos abaixo constituem um textoadaptado do Editorial de O Globo, publicado dia 28/06/2009, e estãodesordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a resposta correspondente àordenação do texto de forma coesa, coerente e gramaticalmente correta.( ) Diante desse fato, para que realmente as autoridades consigam influenciar asexpectativas dos agentes econômicos quanto ao comportamento futuro dospreços, as metas precisam ser factíveis e os instrumentos de política monetária(especialmente os juros básicos) devem estar direcionados para o seualcance.( ) Conclui-se que o ajuste pelo qual a economia brasileira teve de passar para assegurara estabilidade da moeda exigiu uma política de juros altos, o que,por sua vez, impediu o estabelecimento de metas mais ousadas para ainflação.( ) Mas tal equilíbrio depende de muitas condições prévias sobre as quais a políticamonetária nem sempre tem ingerência.( ) O regime de metas de inflação busca, como um dos seus objetivos, influenciaras expectativas dos agentes econômicos de modo a facilitar a difícil tarefadas autoridades monetárias de manter diferentes variáveis econômicas emrelativo equilíbrio.( ) Sendo assim, a área de ação do Banco Central acaba se restringindo ao controledo crédito, tendo como um dos principais instrumentos a fixação dosjuros básicos − o que somente é possível devido à correlação entre essastaxas e a remuneração dos títulos públicos federais, que se reflete sobre osrendimentos dos demais papéis e ativos financeiros.(A) 2-4-3-1-5.5794/5805(B) 3-1-5-4-2.(C) 5-3-1-2-4.(D) 4-5-2-1-3.(E) 1-2-4-3-5.RESPOSTA A sequência que mantém a coerência e a coesão textuais é a daletra D. Vejamos:Em (1), há a apresentação da tese (posicionamento) do texto que norteará aargumentação nos parágrafos seguintes. Em (2), há a retomada da ideia apresentadaem (1) por meio do termo “equilíbrio”. Em (3), a expressão “Sendoassim” estabelece uma relação de consequência para o fato descrito em (2) deque nem sempre a política monetária tem ingerência. Em (4), a expressão“comportamento futuro dos preços” retoma em (3) “rendimentos dos demaispapéis e ativos financeiros”. Em (5), a expressão “Conclui-se que” confere umdesfecho lógico ao texto. Alternativa D.

10996. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Os trechos abaixo constituem um textoadaptado de Luiz Carlos Bresser Pereira, Folha de S.Paulo, 27/07/2009. Assinalea opção em que o fragmento apresenta emprego correto dos sinais de pontuação.(A) A emigração dos povos pobres para os países ricos é hoje, fenômeno socialglobal que mostra o caráter inescapável do nacionalismo. O mundo seriamais belo se fosse uma grande comunidade e não existissem nações, masisso só acontecerá quando as desigualdades diminuírem a ponto de se estabelecerum Estado mundial.(B) Enquanto isso não ocorrer, o nacionalismo estará entre nós e tanto poderásignificar a legitimação do poder, dos povos mais poderosos sobre os demais(imperialismo) quanto a ideologia necessária para que os povos mais fracosse defendam. Tanto poderá ser um nacionalismo étnico, e agressivo quantoum patriotismo defensivo.(C) O nacionalismo é a ideologia de formação do Estado-Nação. Alguém énacionalista se preenche duas condições: primeiro, se entende que éobrigação do governo de seu país defender os interesses dos seus habitantese, segundo, se considera que, ao tomar decisões, esse governo deve pensarpor conta própria em vez de se submeter aos conselhos e pressões dos paísesmais ricos.

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(D) Assim definido, o nacionalismo é econômico e pode ser apenas defensivo. Jáo nacionalismo econômico agressivo, caracteriza os países ricos que exploramos mais fracos, mas seus cidadãos acreditam que os estão ajudandoou bem orientando.5795/5805(E) Quanto ao nacionalismo étnico, é o nacionalismo perverso das pessoas e povos,que discriminam de acordo com o critério da raça, da religião ou da origemnacional. É o nacionalismo que afirma que cada conjunto étnico homogêneodeve ter seu próprio Estado-Nação; é o nacionalismo que, ao rejeitar aimigração, se confunde com o nacionalismo econômico.RESPOSTA (A) Errado – Pode-se isolar por vírgulas (antes e depois) o adjuntoadverbial deslocado da ordem direta “hoje”. Também é possível não empregaras vírgulas, por se tratar de um elemento adverbial de curta extensão. O quenão é permitido é o emprego de apenas uma vírgula, como ocorre na redaçãoda letra A. (B) Errado – Está incorreta a vírgula após “poder”, uma vez que elaestá separando nome – poder – e adjunto adnominal – dos povos mais poderosos.É também equivocado o emprego da vírgula depois de “étnico”, uma vezque esta não é empregada antes de “e” aditivo, que conecta termos coordenadosentre si. Com as correções apontadas, a nova redação ficaria: “Enquantoisso não ocorrer, o nacionalismo estará entre nós e tanto poderá significar alegitimação do poder dos povos mais poderosos sobre os demais(imperialismo) quanto a ideologia necessária para que os povos mais fracosse defendam. Tanto poderá ser um nacionalismo étnico e agressivo quantoum patriotismo defensivo.” (C) Correto. (D) Errado – É equivocado o empregoda vírgula depois de “agressivo”, uma vez que esta isola sujeito – o nacionalismoeconômico agressivo – e verbo – caracteriza. (E) Errado – É necessáriosuprimir a vírgula depois de “povos” para que a oração “que discriminam deacordo com o critério da raça” seja adjetiva restritiva. Se mantivermos a vírgula,a oração seria explicativa, o que daria a entender que todos os povosdiscriminam de acordo com os critérios da raça. É conveniente, portanto,referir-se a uma parcela desses povos, sendo necessário suprimir a vírgulapara criar a ideia de restrição. Alternativa C.

10997. (Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental – 2009 – ESAF) Assinale a opção em que o comentáriosobre o emprego dos sinais de pontuação do texto abaixo está incorreto.1Têm sido notáveis os avanços no Poder Judiciário, desde a aprovação daemenda constitucional da sua reforma,em dezembro de 2004, após longa tramitação. Com a criação de instrumentoscomo a súmula vinculante −decisões tomadas no Supremo que valem para processos de temas comunsnas instâncias inferiores −, com o5796/5805princípio da “repercussão geral”, com base no qual o STF define sua própriaagenda, e com a criação de filtros5contra recursos repetitivos, começou a ocorrer o inimaginável: o esvaziamentodas prateleiras no STF e noSuperior Tribunal de Justiça (STJ). O volume de recursos nas Cortes altas,no segundo semestre de 2008, já foi38% menor que no mesmo período de 2007. Em todo esse processo demodernização, destaca-se o ConselhoNacional de Justiça (CNJ), criado também pela reforma, e inicialmenteconsiderado o “controle externo” damagistratura. O termo criou resistências corporativistas na Justiça, mas,com o tempo, o Conselho ocupou10espaços e hoje é um organismo muito atuante. Mesmo com uma composiçãoeclética − há representantes devários ministérios e da sociedade civil −, o Conselho é conduzido pelopresidente do STF, e isto o ajuda a semanter sintonizado com a real agenda de problemas da Justiça. No início,pensava-se que já seria grandeavanço se o CNJ funcionasse como uma espécie de supercorregedor daJustiça. O Conselho, de fato, tem sidoimportante na aplicação de regras-chave nos tribunais. Por exemplo, nocombate ao nepotismo, praga que15também se abate sobre a Justiça.(O Globo, Editorial, 26/7/2009).(A) Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessõesdas linhas 2 e 3 por parênteses.(B) O sinal de dois-pontos indica que a informação subsequente é uma explicaçãodo sentido do termo “inimaginável” (linha 5).(C) A expressão “criado também pela reforma” (linha 8) está isolada por vírgulaspor se tratar de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida departicípio.(D) A expressão “com o tempo” (linha 9) está entre vírgulas por se tratar deaposto explicativo.(E) a expressão “de fato” (linha 13) vem isolada por vírgulas pelo mesmo motivoque a expressão “Por exemplo” (linha 14) vem seguida de vírgula.RESPOSTA (A) Correto – É possível isolar termos explicativos (aposto explicativoou orações adjetivas explicativas) por vírgulas ou por travessões. (B)Correto – A oração após os dois-pontos é apositiva, sendo necessário o uso5797/5805desse sinal de pontuação para isolá-la da oração principal. (C) Correto –Desenvolvendo a oração, teríamos “que foi criado também pela reforma”. (D)Errado – A expressão “com o tempo” está entre vírgulas por se tratar de umadjunto adverbial deslocado da ordem direta. (E) Correto – As duas expressõessão interpositivas. Alternativa D.Com base na leitura do texto abaixo, responda às questões aseguir.1No período de 1727 a 1760, auge da produção aurífera, a Coroa havia cunhado,em média, 01 (um) conto e1555 mil réis em moedas de ouro por ano, uma fortuna. Daí por diante,porém, a quantidade de dinheiro quecirculava na economia sofreu um impacto tremendo. No decênio1761-1770, a cunhagem anual de moedas de

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ouro caiu 18%. A queda continuaria no período 1771 a 1790. Ou seja, napenúltima década do século XVIII,5a injeção de moedas de ouro que a economia portuguesa recebia anualmente eraum quinto do que fora trêsdécadas antes. O dinheiro estava desaparecendo.Num primeiro momento, a reação de funcionários graduados da Coroa foiatribuir a queda nas remessasde ouro para Lisboa a um suposto aumento da sonegação no Brasil.(...)10Fiando-se que a causa central do problema era a sonegação, a Coroa acochou(ainda mais) a colônia. Logono primeiro ano em que os mineradores não conseguiram cumprir integralmentea cota do quinto, Lisboaaplicou um instrumento de cobrança fiscal que se tornaria sinônimo detirania: a derrama. O objetivo daderrama era obrigar os colonos a completarem a parcela do quinto não recolhido.Os meios utilizados iamda pressão à violência física. (...) Havia formas de coleta ainda mais abusivas.Sem nenhum aviso prévio,15guardas armados costumavam invadir residências para efetuar o confisco, operaçõesque acabavam emviolência e prisões.A inquietude, é claro, tomou conta das sociedades que viviam em áreas demineração, mas a Coroa não seimportava com isso. A única meta era irrigar as finanças reais. (...)5798/5805A intenção era recolher 634 quilos de ouro referentes ao pagamento amenor, ocorrido no período 1769-1771.20Mesmo com toda a violência, o resultado da derrama foi pífio: 147 quilos, o quenão chegava a um quartodo volume pretendido.(Adaptado de: Figueiredo Lucas, Boa Ventura! A corrida do ouro no Brasil(1697-1810). São Paulo: Record, 2011. Capítulo 15, p. 284 e capítulo 16, p. 292).

10998. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2012 – ESAF) Infere-se das ideias do texto lido que:(A) Todas as regiões brasileiras sofreram pressões do fisco português.(B) Portugal devia à Inglaterra e a colônia precisava produzir essa riqueza.(C) A derrama foi um instrumento de pouca valia para as finanças portuguesas.(D) Os métodos de arrecadação dos impostos na colônia serviram de modelopara outras nações.(E) O pagamento do quinto foi elevado a partir de 1769.RESPOSTA (A) Errado – De acordo com o texto, o problema foi de fato sentidonas regiões próximas às áreas de mineração. (B) Errado – Não se mencionamno texto as dívidas de Portugal com a Inglaterra. (C) Certo – De fato,as metas de arrecadação não eram atingidas. (D) Errado – Não se mencionano texto o fato de outras nações terem adotado esse padrão de cobrança. (E)Errado – Não houve a redução do valor do quinto, mas sim o não pagamentointegral desse imposto no período de 1769-1771. Alternativa C.

10999. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2012 – ESAF) Marque a opção que fornece a correta justificativa para as relaçõesde coesão referencial no texto.(A) “era um quinto do que fora três décadas antes” (linha 5) refere-se à economiaportuguesa.(B) “Fiando-se que a causa central do problema era a sonegação” (linha 10)refere-se às áreas de mineração.(C) “auge da produção aurífera” (linha 1) refere-se à quantidade de dinheiro quecirculava na economia.(D) “a reação de funcionários graduados” (linha 7) refere-se à aplicação de uminstrumento de cobrança.(E) “mas a Coroa não se importava com isso” (linha 17) refere-se à inquietude.5799/5805RESPOSTA (A) Errado – Refere-se a “cunhagem anual de moedas”. (B)Errado – Refere-se à “Coroa”. (C) Errado – Refere-se a “período de 1727 a1760”. (D) Errado – Refere-se ao fato de os funcionários da Coroa terem atribuídoa queda nas remessas de ouro ao aumento da sonegação no Brasil. (E)Certo. Alternativa E.

11000. (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –2012 – ESAF) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticasdo texto.(A) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a expressão: “a Coroahavia cunhado” (linha 1) por “a Coroa cunhara”.(B) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a expressão: “O objetivoda derrama era obrigar os colonos a completarem” (linhas 12 e 13)por: “O objetivo da derrama era obrigar os colonos a completar”.(C) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a expressão: “era umquinto do que fora três décadas antes” (linha 5) por: “era um quinto do quetinha sido três décadas antes”.(D) Preservam-se a correção e a coerência, se substituirmos a expressão: “147quilos, o que não chegava a um quarto do volume pretendido” (linha 20)por: “147 quilos, os quais não chegavam em um quarto do volumepretendido”.(E) Preservam-se a correção e a coerência se substituirmos a expressão: “a reaçãode funcionários graduados da Coroa foi atribuir” (linha 7) por: “a reação defuncionários graduados da Coroa foi a de atribuir”.