1. 2 Economia Brasileira O Desafio da Estabilidade e do Crescimento Sustentado.
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Economia Brasileira
O Desafio da Estabilidade e do Crescimento Sustentado
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O Plano Real Possui Três Objetivos:
• A inflação em trajetória declinante
• O crescimento sustentado a longo prazo do PIB, dos investimentos, emprego e produtividade.
• A redução dos desequilíbrios sociais de maneira importante.
4
Lançado em primeiro de julho de 1994, o Plano Real foi o mais bem sucedido no controle da inflação.
Inflação Mensal (%)
-20,00
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997
C
Cruzado
Bresser
Verão
Collor 1
Color 2
Real
IGP-DI mensal de Jan/85 à Abril/97
5
A média dos principais índices de preço foi de um dígito em 1996.
Acumulado IGP-DI IGP-M IPC-FIPE INPC Média
1993 2708,3 2567,3 2490,9 2489,1 2563,9
1 Semestre 1994 763,12 732,26 780,18 759,15 758,69
2 Semestre 1994 16,97 16,52 18,30 19,81 17,79
1995 14,78 15,24 23,17 21,98 18,79
1996 9,34 9,20 10,03 9,12 9,42
6
Em 1997, a inflação manterá a tendência de queda, já observada em 1996, havendo uma convergência entre os principais índices de preços.
Inflação Acumulada em Doze Meses (principais índices de preços)
0
5
10
15
20
25
30
0 95
N D J 96
F M A M J J A S O N D J 97
F M A
IGP-DI IGP-M IPC-FIPE INPC
7
O Brasil experimentou várias décadas de inflação alta e crescente. Isto foi devido, em parte, ao processo de indexação geral da economia, suprimido pelo Plano Real.
Inflação Anual Medida pelo IGP-DI
1
10
100
1000
10000
44 47 50 53 56 59 62 65 68 71 74 77 80 83 86 89 92 95
Escala logarítimica
8
De 1980 a 1993 o Brasil conheceu sete anos de redução do PIB per capita.
Variação Percentual Real
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96*
PBI PBI Per Capita * P reliminar
Fonte: IBGE
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Em 1996, o PIB cresceu 3,1%. Houve retomada do ritmo de atividade em relação à desaleceração imposta pelo governo em 1995. No quinquênio 93-94, o crescimento real será cerca de 24%.
Q193
Q2 Q3 Q4 Q194
Q2 Q3 Q4 Q195
Q2 Q3 Q4 Q196
Q2 Q3 Q4 Q1*97
Q2*
2,89
4,06 4,09 4,195,01
3,934,71
5,99
10,47
8,0
5,65
4,26
-2,27-0,07
2,1 2,9
5,13,9
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
%
Q193
Q2 Q3 Q4 Q194
Q2 Q3 Q4 Q195
Q2 Q3 Q4 Q196
Q2 Q3 Q4 Q1*97
Q2*
PIB:Crescimento Real Acumulado no Ano
* P rojeção do IP EA
Fonte: IBGE
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O desemprego se mantém em um nível médio de cerca de (5%), mesmo com a ampla restruturação do setor produtivo.
Taxa de Desemprego AbertoMédia em 12 Meses
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
J 91
M S J 92
M S J 93
M S J 94
M S J 95
M S J 96
M S J 97
Fonte: IBGE
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Desde a introdução do Plano Real, os agregados monetários se mantêm dentro dos limites apresentados ao Congresso Nacional. A taxa de juros continua com a tendência de queda em 1997.
Base Monetária Julho/95 a Março/97(R$ Milhões)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
j95
s n j96
m m j s n j97
m
M1
Base Monetária
Taxa de Juros Básica Nominal Efetiva-SELIC(% ao mês)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
J 95
A J O J 96
A J O J 97
Fonte: Banco Central
12
O regime cambial demonstrou sua eficácia e flexibilidade quando necessário e será mantido.
Taxa de Câmbio Real
60
70
80
90
100
110
120
d 89
d 91
j 93
m m j s n j 94
m m j s n j 95
m m j s n j 96
m m j s n j97
Efetiva R$/US$
Taxa Efetiva = R$/Cesta de 15 moedas poderada pelas exportações
J unho/94 = 100
Fonte: Banco Central
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O equilíbrio do setor público constitui o desafio mais importante . Em 1996 o resultado fiscal melhorou em relação a 1995.
Resultado do Setor Público Consolidado
3 2,3 2,65,1
0,41,4
-2,2
0,2 1,3
-24,34
-44,19 -43,74
-0,09
-4,8
-3,89
-6,09-7,05
-58,1-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
1991 1992 1993 1994 1995 1996
Primário Operacional Nominal
% do P BI
Corresponde ao Governo Federal, Estados e Municípios, Empresas Públicas e Previdência Social
Fonte: Banco Central
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O déficit do setor público consolidado apresenta tendência declinante, caindo a 5,75 % do PIB nos 12 meses terminados em fevereiro de 1997, em comparação com 7,33% no mesmo período de 1996...
Déficit Nominal do Setor Público ConsolidadoFluxos Acumulados em 12 Meses - % do PIB
5
5,5
6
6,5
7
7,5
8
j96
f m a m j j a s o n d j97
f
Fonte: Banco Central
Corresponde ao Governo Federal, Estados e Municípios, Empresas Públicas e Previdência Social
15
...e deverá seguir o padrão de queda gradual similar ao de alguns países da OCDE.
Resultado Fiscal Geral do Governo em Países Selecionados -% do PIB
Itália França Reino Unido Canadá
1992 -9.5 -4.0 -6.3 -7.4
1993 -9.6 -5.8 -7.8 -7.3
1994 -9.0 -5.8 -6.8 -5.3
1995 -7.1 -5.0 -5.6 -4.1
1996 -6.8 -4.1 -4.4 -1.8
Fonte:: FMI, World Economic Outlook, abril 1997
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Resultado fiscal do setor público, segundo o nível de governo, em percentual do PIB.
Nominal Operacional Primário
GovernoFederal
ÉstadosMunicíp
EmpresasPúblicas
GovernoFederal
ÉstadosMunicíp
EmpresasPúblicas
GovernoFederal
ÉstadosMunicíp
EmpresasPúblicas
1991 -6,42 -8,73 -9,20 0,31 1,18 -0,08 0,87 1,39 0,72
1992 -14,88 -16,39 -12,92 -0,80 -0,80 -0,62 1,31 0,35 0,65
1993 -20,36 -24,48 -13,26 0,00 0,23 0,02 1,42 0,55 0,65
1994 -17,11 -18,62 -8,01 1,57 -0,56 0,31 3,05 0,85 1,19
1995 -2,27 -3,50 -1,28 -1,64 -2,31 -0,83 0,56 -0,17 -0,04
1996 -2,64 -2,82 -0,63 -1,67 -1,89 -0,33 0,41 -0,57 0,07
Fonte: Banco Central
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Tem havido um grande esforço para aumentar a arrecadação fiscal. Atualmente esta representa cerca de 30% do PIB, considerados os três níveis de governo.
GovernoFederal
Estados Municípios Total
1986 16,7 5,1 0,6 22,4
1987 15,3 4,4 0,6 20,3
1988 14,9 4,5 0,6 20,0
1989 14,7 6,9 0,6 22,2
1990 19,9 8,8 0,8 29,5
1991 16,1 7,0 0,6 23,7
1992 17,0 7,2 1,0 25,2
1993 17,6 6,5 0,9 25,0
1994 19,9 7,8 1,3 28,9
1995 19,4 7,9 1,3 28,6
1996* 19,7 8,3 1,5 29,5
Fonte: SPE/IBGE
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A dívida do setor público aumentou nos últimos dois anos, mas se mantém ao nível histórico médio.
Divida Líquida do Setor Público
0
5
10
15
20
25
30
35
40
91 92 93 94 95 96
% d
o P
IB
Interna Externa
Corresponde ao Governo Federal, Estados e Municípios, Empresas Públicas e Previdência Social
Fonte: Banco Central
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A dívida líquida do setor público no Brasil (34.4 % do PIB) é relativamente modesta em termos internacionais
Endividamento Líquido em Países Selecionados% do PIB
Itália França Reino Unido Canadá
1992 103 30.2 28.1 56.9
1993 111.8 34.4 32.5 61.9
1994 117.3 40.2 37.7 64.7
1995 116.8 43.5 40.9 67.5
1996 118.4 46.9 43.9 68.7
Fonte: FMI, World Economic Outlook, Abril 1997
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Programa de Privatizações: Resultados Setoriais (US$ milhões)
Setor Receitas DívidasTransferidas
Total
Sider/mineração 8695 6726 15421
Petroquímico 2698 1003 3701
Fertilisantes 418 75 493
Energia 2716 588 3304
Ferroviário 1250 - 1250
Outros 746 268 1014
Total 16523 8660 25183
Fonte: BNDES
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O total do comércio exterior atingiu US$ 101 bilhões em 1996. Com o fim da crise da dívida externa, os mega-superávites do passado deixaram de ser necessários, abrindo a possibilidade de modernização da indústria.
Exportações e Importações -1994/97Acumulado em 12 Meses em US$ milhões
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
55000
60000
94/ju
n
out
fev
jun
out
fev
jun
out
fev
Exportações
Importações
Saldo Comercial 1994/96Acumulado em 12 Meses em US$ Milhões
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
94/ju
n
set
dez
mar
jun
set
dez
mar
jun
set
dez
mar
Fonte: SECEX
22
Depois de haver estagnado e declinado durante os anos 80, a produtividade da indústria brasileira, com a abertura da economia, vem crescendo acima de 6% ao ano na década de 90.
Produtividade Industrial Produção Física por Trabalhador
0
50
100
150
200
250
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96*
Índice: 1981=100
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
%
Índice
% Crescimento
Fonte: CNI/IP EA/IBGE * J an-Out comparado J an-Out/1995
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O déficit em conta corrente permanece em níveis controláveis
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
-0,14
-0,31
-2,48
-3,27
-7,00
-6,00
-5,00
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
Conta Corrente/PIB
Necessidade de Financiamento Externo (% do PIB) Acumulado em 12 Meses
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
1995 1996
Fonte: Banco Central
24
Os investimentos estrangeiros diretos aumentaram rapidamente nos últimos anos, atingindo níveis sem precedente. Os mesmos financiaram cerca de 40% do déficit em conta corrente em 1996.
Investimentos Estrangeiros DiretosFluxos Acumulados em 12 meses
(US$ bilhões)
0,71,3 0,9
2,2
3,9
9,4
12,1
0
2
4
6
8
10
12
14
1991 1992 1993 1994 1995 1996 Abr/97
Fonte: Banco Central
25
A entrada de capitais estrangeiros, em particular dos investimentos diretos, conduziu a uma acumulação sem precedentes das reservas internacionais.
89 90 91 92 93 94 95 96
9,6 9,9 9,4
23,7
32,2
38,8
51,8
60,5
0
10
20
30
40
50
60
70
89 90 91 92 93 94 95 96
Reservas Internacionais
Caixa Liq. Intern.
US$ bi Reservas Internacionais
20253035404550556065
Jun/9
4 s d m j s d m j s d m
Caixa Liq. Int.
US$ bi
Fonte: Banco Central
26
O comércio com os países membros do Mercosul triplicou desde 1991.
Comércio com o Mercosul
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
90 91 92 93 94 95 96
Exportações Importações
US$ Milhões
Fonte: SECEX
27
O Brasil mantém um comércio exterior diversificado.
Exportações ImportaçõesPaís US$ Milhões % US$ Milhões %
União Européia 12.836 26,88 14.088 26,44-Países Baixos 3.549 7,43 569 1,07
-Alemanha 2.083 4,36 4.775 8,96-França 912 1,91 1340 2,51
ALADI 10.928 22,89 11.575 21,72- Chile 1.055 2,21 918 1,72
-México 679 1,42 946 1,78- MERCOSUL 7.305 15,30 8.258 15,50
(Argentina) 5.170 10,83 6.775 12,71(Uruguai) 811 1,70 932 1,75(Paraguai) 1.325 2,78 551 1,03
USA 9..312 19,50 11.829 22,20Ásia 7.814 16,37 7.571 14,21
-Japão 3.047 6,38 2.756 5,17-China 1.114 2,33 1.129 2,12África 1.527 3,20 1.707 3,20
Oriente Médio 1.345 2,82 2.206 4,14Europa do Leste 1.056 2,21 977 1,87TOTAL 47.747 100 53286 100
Fonte: SECEX/SPE
Dados de 1996
28
De 1991 a 1996 as importações provenientes do Mercosul aumentaram rapidamente, ritmo acompanhado pelas importações do resto do mundo, o que confirma que a região não se fechou ao comércio de terceiros países.
Importações Segundo Origem(US$ Milhões)
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
1991 1992 1993 1994 1995 1996
Mercosul Resto do Mundo Total
29
Com o Plano Real, as condições de vida da população em geral melhorou.
1993 1995Água Potável 75,0 76,2Saneamento Básico 58,7 59,9Coleta de Lixo 69,9 72,0Energia Elétrica 90,0 91,7Telefone 19,8 22,3Fogão a Gás 95,5 96,4Geladeira 71,7 74,8Congelador 12,9 15,4Lava-Roupa 24,3 26,6Rádio 85,1 88,8Televisão 75,8 81,0
Percentual de Residências com:
Fonte: IBGE
30
Com a forte queda da inflação e a retomada do crescimento econômico, a renda média real das pessoas ocupadas aumentou cerca de 30% desde 1993.
Rendimento Médio Real das Pessoas Ocupadas - Dessazonalizado
80,00
90,00
100,00
110,00
120,00
130,00
Dez
/93
Jan/
95
Mar
Mai Jul
Set
Nov
Jan/
96
Mar
Mai Jul
Set
Nov Jan
Dez/93 = 100
Fonte: Bacen/IBGE
31
O valor da cesta básica se manteve relativamente estável em termos nominais, desde o lançamento do Plano Real em de julho de 1994.
Valor da Cesta Básica do 1º Dia Útil do Mês
90
95
100
105
110
115
120
R$
Fonte: PROCON/DIEESE
32
Considerações Finais
• As reformas da Previdência Social, do sistema fiscal e da administração pública deverão consolidar definitivamente a estabilidade macroeconômica.
• Paralelamente à estabilização, iniciativas importantes vêm sendo tomadas em matéria social, especialmente do campo da educação.
• O Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso conduzirá o Brasil no caminho da estabilidade, do crescimento sustentado e da justiça social, ao mesmo tempo permitindo ao país desempenhar um papel competitivo e dinâmico na economia global.
33
Na Internet, esta apresentação encontra-se em: http://www.fazenda.gov.br (Ministério da Fazenda).
Outros “sites” com informação econômica sobre o Brasil são: http://www.bcb.gov.br (Banco Central)
http://www.ibge.gov.br (Instituto de Geografia e Estatística)http://www.bndes.gov.br (Banco Nac. de Des. Econ. e Social)
http://www.mre.gov.br (Min das Relações Exteriores)http://www.mict.gov.br (Min. da Indústria do Comércio e do
Tur.)http://www.ipea.gov.br (Inst. de Pesquisa Econômica Aplicada)
http://www.fgvrj.gov.br (Fundação Getúlio Vargas)
LB