06 Guia Dos Investimentos BQ

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página 1/2 + + O risco à lupa Se há lição que esta crise financeira ensinou é que não existem investimentos 100% seguros. Já que todos eles, por mais conservadores que sejam, têm sempre um nível de risco associado. No entanto, e apesar desta certeza, a verdade é que as aplicações financeiras não são todas iguais e há umas que comportam um nível de risco mais elevado do que outras. Conheça, então, os riscos associados os principais produtos de investimento. Para saber mais, consulte www.saldopositivo.cgd.pt 1. Certificados de Aforro Estas tradicionais aplicações finan- ceiras são asseguradas pelo próprio Estado. Basicamente, ao investir em certificados de aforro, o aforrador está a emprestar dinheiro ao Estado. Desta forma e à partida, apenas em caso de falência ou de ‘default’ do país é que as poupanças dos investidores feitas nesta aplicação estariam em risco. É considerado um dos produtos financei- ros mais seguros. 2. Depósitos a prazo Os depósitos são também uma das apli - cações mais seguras. O cliente deposita o seu dinheiro no banco e a instituição compromete-se a devolver o capital depositado acrescido de juros. O risco existe apenas no caso da instituição fi- nanceira falir. Mas mesmo neste cenário, os depositantes estão protegidos já que o fundo de garantia de depósitos garante até a um valor máximo de 100 mil euros por depositante. Guia Prático O termómetro de risco dos seus investimentos 4. Fundos de Investimento Com exceção dos fundos de investi- mento de capital garantido, por norma os fundos de investimento não garan- tem o capital aplicado. Quer isto dizer que o investidor poderá correr o risco de, ao resgatar o seu dinheiro, perder parte do capital aplicado. No entanto, nem todos os fundos de investimento são iguais, nem comportam os mesmos riscos. Por exemplo: os fundos do mer- cado monetário e de tesouraria têm um nível de risco associado mais baixo face ao verificado nos fundos de ações. 3. PPR sob a forma de seguro A generalidade dos PPR sob a forma de seguro garante o capital aplicado e alguns até preveem uma taxa mí- nima de remuneração anual. Neste caso, são as seguradoras que se comprometem a devolver ao inves- tidor o capital investido. Já os PPR sob a forma de investimento não têm garantia de capital, no entanto, (e como estão expostos à evolução dos ativos no mercado), têm potencial para gerar retornos médios no longo prazo mais atrativos.

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    O risco lupa Se h lio que esta crise financeira ensinou que no existem investimentos 100% seguros. J que todos eles, por mais conservadores que sejam, tm sempre um nvel de risco associado. No entanto, e apesar desta certeza, a verdade que as aplicaes financeiras no so todas iguais e h umas que comportam um nvel de risco mais elevado do que outras. Conhea, ento, os riscos associados os principais produtos de investimento.

    Para saber mais, consulte www.saldopositivo.cgd.pt

    1. Certificados de AforroEstas tradicionais aplicaes finan-ceiras so asseguradas pelo prprio Estado. Basicamente, ao investir em certificados de aforro, o aforrador est a emprestar dinheiro ao Estado. Desta forma e partida, apenas em caso de falncia ou de default do pas que as poupanas dos investidores feitas nesta aplicao estariam em risco. considerado um dos produtos financei-ros mais seguros.

    2. Depsitos a prazo

    Os depsitos so tambm uma das

    apli-

    caes mais seguras. O cliente dep

    osita

    o seu dinheiro no banco e a institui

    o

    compromete-se a devolver o capita

    l

    depositado acrescido de juros. O ri

    sco

    existe apenas no caso da institui

    o fi-

    nanceira falir. Mas mesmo neste ce

    nrio,

    os depositantes esto protegidos j

    que

    o fundo de garantia de depsitos ga

    rante

    at a um valor mximo de 100 mil e

    uros

    por depositante.

    Guia Prtico

    O termmetro de risco dos seus investimentos

    4. Fundos de InvestimentoCom exceo dos fundos de investi-mento de capital garantido, por norma os fundos de investimento no garan-tem o capital aplicado. Quer isto dizer que o investidor poder correr o risco de, ao resgatar o seu dinheiro, perder parte do capital aplicado. No entanto, nem todos os fundos de investimento so iguais, nem comportam os mesmos riscos. Por exemplo: os fundos do mer-cado monetrio e de tesouraria tm um nvel de risco associado mais baixo face ao verificado nos fundos de aes.

    3. PPR sob a forma de seguroA generalidade dos PPR sob a forma de seguro garante o capital aplicado e alguns at preveem uma taxa m-nima de remunerao anual. Neste caso, so as seguradoras que se comprometem a devolver ao inves-tidor o capital investido. J os PPR sob a forma de investimento no tm garantia de capital, no entanto, (e como esto expostos evoluo dos ativos no mercado), tm potencial para gerar retornos mdios no longo prazo mais atrativos.

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    5. Obrigaes

    Ao investir numa obrigao de uma

    empresa ou de um Estado, o investi-

    dor est a tornar-se um credor des

    sa

    entidade. Em troca do emprstimo,

    a

    empresa ou o Estado compromete

    -

    -se a entregar periodicamente juro

    s e

    a devolver o capital ao investidor no

    final do prazo acordado. No entanto

    ,

    e apesar deste compromisso, se

    o investidor quiser resgatar o seu

    dinheiro antes do prazo combinado

    e

    vender as suas obrigaes, elas se

    ro

    vendidas ao preo de mercado. Ou

    seja: o investidor poder perder pa

    rte

    do capital. Tambm aqui o risco n

    o

    igual para todas as obrigaes. H

    ttulos mais arriscados do que outro

    s.

    As obrigaes de emitidas por entid

    a-

    des com rating de AAA so vista

    s

    como sendo mais seguras.

    7. Produtos derivadosSo aplicaes cujo valor deter-minado pela evoluo de um ativo subjacente. Esses ativos podem ser aes, matrias-primas, ndices, moedas, etc. Entre os derivados mais conhecidos esto os contratos de futuros, opes, swaps, warrants, ou os CFD. So instrumentos que requerem um cautela na sua utilizao. Isto porque alm de no terem capital garantido, a maior parte tm associado um elevado nvel de alavancagem. A alavancagem permite multiplicar os ganhos quando o investimento corre bem. Mas quando a aposta corre mal, as perdas so muito severas.

    1 Os principais riscos:Risco de Crdito: Tem a ver com a possibilidade de um Estado, empresa ou banco em no con-seguir cumprir com os seus compromis-sos junto dos investi-dores. Por exemplo, uma empresa que emitiu obrigaes poder ver-se im-pedida de pagar os juros devidos ou de

    reembolsar o capital.Risco de Liquidez: o risco associado possibilidade do inves-tidor resgatar o capital investido. Por exemplo, se o investidor quiser levantar um depsito a prazo poder faz-lo de um dia para o outro. No entanto, se quiser vender uma casa, poder levar meses at conseguir efetuar a operao e obter o dinheiro.

    Risco de Mercado: o risco associado possibilidade de per-da de capital gerada pelas oscilaes de preos dos ativos no mercado.

    2 Risco-retorno No se pode dissociar o conceito de risco da ideia de retorno. Os dois termos esto interligados: os investimentos que comportam um nvel

    de risco mais elevado so tambm aqueles que tm potencial para gerar ganhos mais exuberantes. Pelo contrrio, as apli-caes mais conser-vadoras, com pouco risco, geram retornos mais modestos. 3 Mecanismos de proteo: Alm do Fundo de Garantia de Depsi-tos que protege os

    depositantes at a um valor de 100 mil euros, existe ainda um outro mecanismo de proteo para os investidores. o Siste-ma de Indemnizao dos Investidores (SII). Este mecanismo abrange as aplicaes feitas em instrumen-tos como as aes, obrigaes e fundos de investimento at ao valor mximo de 25.000 euros.

    6. Aes So ttulos representativos do capital social de uma empresa. O investi-mento em aes no tem garantia de capital. O valor do investimento est sujeito s oscilaes dirias do mercado. Isto significa que o valor de uma ao pode oscilar muito, num curto espao de tempo. Em 2011, por exemplo, o PSI 20, perdeu 28%. Pelo contrrio, o ano de 2006 foi extraordinariamente positivo para quem esteve investido nos ttulos portugueses: as aes valorizaram em mdia 30%. Os especialistas aconselham, por isso, os investido-res a fazerem aplicaes em aes com um horizonte de longo prazo.

    A ReteR