0325 auto estima - Daniela
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AUTO-ESTIMA
Profa. Ms. Daniela Carrogi Vianna
A falta de Auto-estima está associada a transtornos mentais: depressão, suicídio, desmotivação e insatisfação geral com a vida .
A falta de Auto-estima está associada a transtornos fisiológicos: Disfunção têmpora mandibular, dor lombar, gastrite, cefaléia, entre outros.
(Harter, 1989; Rosemberg, 1986) – pioneiros nestes estudos.
Muitos autores contribuíram para a compreensão do conceito de auto-estima.
(Gobitta Guzzo, 2002)
Entre eles:
•Willian James - Conceito de Self.
•Alfred Adler - Com os trabalhos sobre sentimento de inferioridade e de aceitação de si mesmo.
•Carl Rogers – Na aceitação incondicional do outro.
Vários estudos apontaram a função moderadora da auto-estima em relação aos estressores no trabalho e também a auto-estima como função do processo de vulnerabilidade da pessoa ao estresse.
(Beck, 1967 , Rosemberg, 1965 et al.) – pioneiros nestes estudos.
AUTO-ESTIMA E AUTO-CONCEITO
Auto-conceito não é sinônimo de auto-estima, pois a auto-estima é mais ampla e global e depende dos auto-conceitos.
Auto-conceito : Sistema organizado e dinâmico de crenças, pensamentos e sentimentos que a pessoa mantém sobre si mesma.
AUTO-CONCEITOS
São construídos a partir de representação da relação com os outros e as experiências com o meio.
Representação interna de quem a pessoa é. Auto-percepção de várias áreas da vida escolar ,
atlética , social , etc... Também é resultado do nível de expectativa com
o nível de realização pessoal.
COMPÕEM OS AUTO-CONCEITOS:
Auto-conceito acadêmico Auto-conceito profissional Auto-conceito social Auto-conceito comportamental Auto-conceito físico Auto-conceito de atratividade
Auto-conceito surge da interrelação da percepção organizada de:
•Auto-imagem (corpo)
•Imagem social (sociedade)
•Imagem ideal (pretensão)
=> Eu real (o que sou)
•Eu ideal (o que pretendo ser)
•Ideal de Eu (o que sei que querem que eu seja)
Quando se avalia a auto-estima é necessário não só avaliar o conjunto de crenças, expectativas, mas também a importância que o sujeito atribui a essas áreas em particular.
Avaliação da Auto-estima
DEFINIÇÕES DE AUTO-ESTIMA: O sentimento de valor que uma pessoa tem
de si mesma, a auto-avaliação das características do indivíduo (Malle, 2001).
A auto-avaliação favorável das características individuais (Brockner, 2000).
Pessoas com baixa auto-estima estão mais vulneráveis a eventos adversos do que pessoas com nível elevado de auto-estima (Brockner, 2000).
Branden (2000) – Auto-estima se associa a 2 conceitos fundamentais:
1 – O Sentimento de competência pessoal;
2 – O Sentimento de valor pessoal.
COMPETÊNCIAS PESSOAIS:
Auto-confiança; Capacidade de pensar e confiança no direito
de vencer e ser feliz; Sentimento de adequação à vida e depende
da avaliação das experiências de sucessos e fracassos;
Aspirações e exigências que a pessoa se coloca para determinar o que é sucesso;
A forma de reagir às críticas e às rejeições.
VALOR PESSOAL:
O Auto-respeito; Autorização interna para defender seus
interesses e suas necessidades; Sensação de ter valor e ser capaz de alcançar
metas; O valor percebido dos outros em direção a si
mesmo expresso em afeto, elogios e atenção.
. O Valor pessoal é construído na infância.
. As crianças não nascem preocupadas em serem boas ou más , inteligentes ou incapazes . Essas idéias são desenvolvidas a partir dos relacionamentos estabelecidos e do hetero-conceito (a forma do outro percebê-lo).
(Gobitta Guzzo , 2002)
Construção do Valor Pessoal
Broos (1990) em seus estudos concluiu:
•Pessoas com boa auto-estima acreditam que o seu sucesso é determinado em grande parte por esforços e habilidades próprios.
•Pessoas com baixa auto-estima são propensas a acreditar que seus sucessos devem-se a sorte ou oportunidades, os fatos fora de seu controle, e baixo sentimento de que terão sucesso no futuro.
No contexto de trabalho o fenômeno se repete:
•Profissionais com boa auto-estima são motivados e interessados pelo ambiente, pelos
desafios, desde que este ambiente seja satisfatório e permita novas oportunidades de
crescimento e de desenvolvimento pessoal.
•Assumem para si a responsabilidade pelos seus sucessos e fracassos (Locus de Controle
Interno).
Profissionais com baixa auto-estima:
•Responsabilizam os fatores externos pelo seu sucesso ou fracasso (Locus de controle externo).
•Baixo envolvimento com o meio e as tarefas, maior desmotivação, menos desempenho.
•Baixo nível de realização pessoal e reconhecimento profissional.
•Rejeição a novos desafios.
•Atribuem aos outros a competência e habilidade para vencer desafios.
•Mais vulneráveis ao estresse , à depressão e às doenças psicossomáticas.
Coopersmith (2000):
•Pessoas dominadas , rejeitadas e sujeitas à punição severa têm a auto-estima debilitada.
•São mais submissas e passivas com os ímpetos de agressão e dominação.
•Menor possibilidade de serem realistas e efetivas no cotidiano.
•Maior probabilidade de apresentar comportamento anti-social.
Coopersmith (2000) – 5 Condições para formar a auto-estima:
1 – Experimentar uma aceitação completa de seus sentimentos, pensamentos e valores pessoais.
2 – Sentir-se inserido num contexto com limites claramente definidos.
3 – Ter tido pais não autoritários, nem violentos, que não humilham e nem ridicularizavam seus filhos.
4 – Ter tido pais com elevados padrões e expectativas em termos de comportamento e desempenho
5 – Ter tido pais com alto nível de auto-estima (modelo).
Ao mesmo tempo que vários pesquisadores estudam a função moderadora da auto-estima na ambiguidade e conceito de papéis (Brockner, 2000; Ganster e Schaubroek, 2001)...
...Outros pesquisadores estudam as influências dos fatores organizacionais na auto-estima dos trabalhadores (Rhodes, 2000).
Por ex: A falta de autonomia no ambiente de trabalho resulta em sentimentos de baixa auto-estima, frustração e baixa moral.
SHAUBROEK, ET AL. (2003):
A sensação de bem-estar físico e a satisfação das pessoas com baixa auto-estima podem melhorar a medida em que os estressores ligados aos papéis profissionais passem a ser reduzidos.
A Clarificação de papéis e a definição de responsabilidades reduzem os conflitos e ambiguidades dos papéis.
BROCKNER (2000) – FOMENTAR A AUTO-ESTIMA:
Sistema de supervisão adequado. Oferecimento de feedback da avaliação de
desempenho. Planos de melhoria contínua. Estabelecimento de metas; e mais... Papel claramente definido. Responsabilidade claramente definida. Possibilidade de decisão no meio ambiente.
CONCLUINDO... Todas estas colocações têm o objetivo de nos
fazer pensar sobre a importância de se fomentar a auto-estima no meio organizacional.
● Para que isso seja favorável ao funcionário e à organização, precisamos ter uma visão de homem sólida e clara, valorizando todos os momentos de busca de crescimento que eles apresentem, mesmo que sejam poucos, para incentivá-los a sempre tentarem.