Post on 08-Jan-2017
Valvulopatia das Semilunares
Enfª R2 Gabrielle Pessôa
Universidade de PernambucoPronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz
TavaresPrograma de Especialização em Cardiologia
Modalidade Residência
Abril2015
Objetivos• Elencar as valvulopatias mais comuns das valvas
semilunares pulmonar e aórtica.
• Apresentar conceitos, fisiopatologia, quadro clínico, exame físico e tratamento das valvulopatias semilunares.
• Descrever os principais cuidados de enfermagem nas valvulopatias semilunares.
Valvas Semilunares: Aórtica e Pulmonar
Fonte: auladeanatomia.com.br
Valvulopatia Semilunares
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Estenose x Insuficiência Pulmonar
x
Fonte: google imagens
Estenose Pulmonar• Lesão predominantemente congênita
• Alteração valvar, subvalvar ou supravalvar
• Manifestações: fadiga, taquicardia, síncope, dispneia e dor no peito
• Sopro sistólico em foco pulmonar
• Tratamento: valvuloplastia por cateter balão
(SBC, 2011)
Insuficiência Pulmonar• A principal etiologia em adultos é a HAP
• Outras causas: síndrome de Marfan; endocardite infecciosa, sequela de Febre Reumática, pós-operatório de T4F
• Manifestações: dispneia progressiva, sinais de disfunção de VD (congestão sistêmica)
• Sopro característico: diastólico + hiperfonese de B2
• Tratamento: Controlar situação predisponente
(SBC, 2011)
Estenose AórticaObstáculo ao fluxo de saída do ventrículo esquerdo por restrição, geralmente progressiva, do orifício
valvar aórtico.
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Fonte: google imagens
• Pode ser congênita (subvalvar, valvar e supravalvar) ou adquirida (reumática ou degenerativa);
Na doença reumática, as lesões da valva aórtica são comissuro-cuspidianas estenose + insuficiência
Na doença degenerativa: espessamento progressivo das cúspides aórticas fusão fibrose calcificação
Estenose Aórtica: Etiologia
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Estenose Aórtica: Fisiopatologia
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Estenose Aórtica: Quadro Clínico
- Capacidade de relaxamento diastólico comprometida
- Aumento da pressão venocpailar pulmonar
Desequilíbrio entre a oferta e demanda de O2 pelo miocárdio hipertrofiado
Perfusão cerebral inadequada secundária à hipotensão durante esforço físico (PEDROSA; JUNIOR, 2011)
• Pulso arterial eleva-se lentamente, é de pequena amplitude e tem onda de percussão retardada (pulso parvus e tardus)
• Pulso venoso jugular pode estar normal• Ictus ativo e desviado para baixo e lateralmente• Frêmito sistólico presente na base do coração,
na fúrcula e nas carótidas• Sopro sistólico de ejeção aórtica• B4 no ápice cardíaco em virtude da hipertrofia
ventricular
Estenose Aórtica: Exame Físico Cardiovascular
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
•ECG:
Estenose Aórtica: Exames Complementares
Fonte: google imagens
•Rx tórax:
Estenose Aórtica: Exames Complementares
• Ecocardiograma: Exame mais importante para diagnóstico de EAo Fornece a anatomia da valva, a quantificação dos
gradientes, da área valvar aórtica (difícil mensuração) e determinação da etiologia da EAo
ETE é o mais indicado para analisar melhor a valva aórtica
Estenose Aórtica: Exames Complementares
Estenose Aórtica Área Valvar Aórtica (cm²)
Leve > 1,5Moderada 1,0-1,5Grave <1,0
Área valvar aórtica normal:
2,6 a 3,5 cm²(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Clínico: • Assintomáticos- Acompanhamento clínico rigoroso
+ Evitar atividades físicas vigorosas e desidratação
• Sintomáticos:
O tratamento dos sintomas nos pacientes cirúrgicos serve como medida paliativa.
Redução da FE- digitálicosCongestão pulmonar- diuréticos• Profilaxia de endocardite bacteriana é mandatória
Estenose Aórtica: Tratamento
No paciente com sintomas decorrentes da EAo, o tratamento é eminentemente
cirúrgico
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Estenose Aórtica: Tratamento
(PEDROSA; JUNIOR, 2011; SBC, 2011)
Insuficiência Aórtica
Refluxo de sangue da aorta para o VE durante a diástole.
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Fonte: google imagens
• Dilatação idiopática da aorta• Anormalidades congênitas (valva bicúspide)• Calcificação da valva• Doença reumática• Endocardite infecciosa• Hipertensão arterial sistêmica• Degeneração mixomatosa• Dissecção da aorta ascendente • Síndrome de Marfan
Insuficiência Aórtica: Etiologia
(PEDROSA; JUNIOR, 2011, SBC, 2011)
Insuficiência Aórtica: Fisiopatologia
Aumento de pressão no AE, leito pulmonar,
VD e AD.
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Insuficiência Aórtica: Quadro Clínico
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
• Precórdio hiperdinâmico com ictus cordis aumentado e desviado inferior e lateralmente
• Frêmito sistólico na base do coração• Sopro diastólico agudo, suave, aspirativo, em
decrescendo melhor auscultado em foco aórtico acessório
• B4 ou B3 podem estar presentes• PAS maior causada pelo volume de ejeção e PAD
menor, devido regurgitação da aorta para o VE.
Insuficiência Aórtica: Exame Físico Cardiovascular
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Insuficiência Aórtica: Sinais Periféricos
(PEDROSA; JUNIOR, 2011)
Pulso de Corrigan Pulso com distensão abrupta e colapso rápido (martelo d’água)
Sinal de Musset A cabeça balança a cada movimento cardíaco
Sinal de Traube Sons sistólico e diastólico audíveis sobre artéria femoral (“sons de tiro de pistola”)
Sinal de Muller Pulsações visíveis da úvula
Sinal de Landolfi Mudança do tamanho pupilar sincrônica ao ciclo cardíaco
Sinal de Rosenbach Pulsação hepática
•ECG: Sobrecarga de
câmaras esquerdas com desvio de eixo para a esquerda
Distúrbios de condução intraventricular
Insuficiência Aórtica: Exames Complementares
Rx toráx:
(PEDROSA; JUNIOR, 2011; SBC, 2011)Fonte: google imagens
• Ecocardiograma:Método de escolha para avaliação dos pacientes
com IAoEco bidimensional + Eco doppler + ETE podem
avaliar a etiologia e a gravidade da lesão valvar
• Ressonância magnética:Técnica não invasiva mais precisa
Insuficiência Aórtica: Exames Complementares
(PEDROSA; JUNIOR, 2011; SBC, 2011)
• Profilaxia para febre reumática e endocardite infecciosa antes de procedimentos de risco
• HAS deve ser tratada adequadamente• Exercícios isométricos, esportes competitivos e
esforços físicos intensos devem ser evitados• Tratamento farmacológico: diuréticos, digitálicos
e vasodilatadoresIAo importante+Sintomáticos com disfunção do
VE Troca de Válvula Aórtica
Insuficiência Aórtica: Tratamento
(PEDROSA; JUNIOR, 2011; SBC, 2011)
Sistematização da Assistência de Enfermagem: Diagnósticos
NANDA, 2014
Orientar sobre a patologia, suas implicações e possível tratamento cirúrgico
Orientar o cliente quanto aos sinais de piora da dispneia e ofertar O2 suplementar
Orientar o cliente a evitar esforço físico intenso Orientar quanto a profilaxia de endocardite infecciosa e
febre reumática Ensinar ao cliente a conduta adequada em casa de pré-
síncope/síncope. Vigiar sinais de baixo débito cardíaco (hipotensão, pele
fria, cianose periférica, pulsos fracos) Atentar para a verificação adequada da Pressão arterial
Sistematização da Assistência de Enfermagem: Intervenções
NANDA, 2014
Referências Bibliográficas North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Diagnósticos
de Enfermagem da NANDA: Definições e classificação 2012-2014. Tradução de Cristina Correa. Porto Alegre: Artmed, 2014.
PEDROSA, L.C.; JUNIOR, W.O.; Doenças do coração diagnóstico e tratamento. Revinter, 2011.
TARASOUTCHI, F.; MONTERA, M.W.; GRINBERG, M.; BARBOSA, M.R.; PIÑEIRO, D.J.; SÁNCHEZ, C.R.M.; BARBOSA, M.M.; BARBOSA, G.V. et al. Diretriz Brasileira de Valvopatias - SBC 2011 / I Diretriz Interamericana de Valvopatias - SIAC 2011. Arq Bras Cardiol, v. 97, n. 5 supl. 1, p.1-67, 2011.
Obrigada!
pessoa.gabrielle@hotmail.com