Post on 05-Dec-2018
UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO NÃO FORMAL NO PROCESSO DE APRENIDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA
Josélia Domingos Pereira¹; Adriana de Souza Santos¹; Marques Francisco da Silva² ; Ivaneide Alves Soares da Costa³ Graduandos em Ciências Biológica, Bolsista em Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/Biologia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – josélia_papo@hotmail.com ; dhi-santos@uol.com.br
Supervisores do PIBID/Biologia e professores de Ciências e Biologia da Rede Estadual - mfrancisco.marques@gmail.com. Coordenadora do PIBID/Biologia. Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN - iasaores@cb.ufrn.br.
INTRODUÇÃO
Os museus como centros de ciências, enquanto espaços de educação não formal podem, por meio da participação ativa do público,
promover a compreensão da ciência ao aguçar a curiosidade do individuo e estimular o prazer pela descoberta (PEREIRA; SILVA, 2008). Entretanto, espaços não formais de educação podem ser utilizados para implementação de propostas de educação formal, como
ambientes de extensão da escola (OLIVEIRA; GASTAL, 2009), contribuindo na divulgação cientifica principalmente na área de difusão e
popularização da ciência e tecnologia. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso de espaço de ensino não formal, na
aprendizagem de conceitos, promovendo a alfabetização cientifica através de uma exposição em um museu de ciências e morfológicas.
METODOLOGIA
A visitação ao Museu de Ciências e Morfologia, da UFRN,
ocorreu em junho de 2012, com 38 alunos dos 1º anos do ensino
médio, turmas “A” e “B”, do turno vespertino, da Escola Estadual
Lourdes Guilherme.
A atividade foi mediada por quatro etapas distintas:
1. Divulgação do projeto na escola;
2. Aplicação de questionário pré-visita – análise de
conhecimentos prévios sobre os vertebrados;
3. Visita guiada no museu – sala dos vertebrados, e registro por
meio de fotografias e filmagem (Figuras 1 a, b, c, d)
4. Aplicação de questionário pós-visita – avaliar a aprendizagem
sobre grupos, características e adaptações evolutivas dos
vertebrados.
CONCLUSÃO Relacionando a porcentagem de acertos no questionário pré-
visita (8 a 68%) em relação ao conhecimento geral dos alunos
quanto à evolução dos vertebrados, com a porcentagem de acertos
pós-visita (16 a 90%), demonstra que o uso de espaços não
formais contribui para a aprendizagem significativa, além de
promover a alfabetização cientifica destes alunos.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, R. I. R.; GASTAL, M. L. A. - Educação formal fora da sala de aula – olhares
sobre o ensino de ciências utilizando espaços não-formais. Anais do VII Encontro Nacional
de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis, 2009.
PEREIRA, G. R.; SILVA, R. C. - Avaliação da metodologia científica itinerante por meio da
metodologia da lembrança estimulada. Anais do XI Encontro de Pesquisa em Ensino de
Física. Curitiba: Espaço Ciência Viva, 2008.
Questões Alternativas Pré-visita Pós-visita
Classificação das cobras Vertebrados 8% 42%
Invertebrados 23,6% 32%
Répteis 68,4% 57%
Mamíferos 8% 10%
Classificação dos morcegos Vertebrados 13% 16%
Invertebrados 11% 10%
Répteis 11% 0%
Mamíferos 61% 90%
Aves 21% 10%
Classificação do tatu Mamíferos 39% 26%
Répteis 13% 21%
Vertebrados 37% 52%
Invertebrados 13% 16%
Classificação das tartarugas Vertebrados 26% 37%
Invertebrados 13% 21%
Répteis 39% 31%
Anfíbios 45% 47%
Tabela 2 – Analise comparativa das questões comuns aos questionários
pré e pós-visita sobre a classificação dos vertebrados (subfilo e classe)
Figura 1 - Visita orientada ao museu. A) Momento livre de interação com o espaço. B e C)
Apresentação do monitor durante a visita. D) Momento de descontração ao término da visita.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Análise pré–visita:
55% dos alunos responderam que “o museu é um lugar de coisas antigas”, dentre outras respostas.
45% acertaram a questão quando referiram que o sapo era a
exceção ao grupo dos répteis (Figura 2).
>20 % erraram excluindo a tartaruga como grupo dos répteis.
2. Análise comparativa dos questionários pré e pós-visita em
relação aos conhecimento dos alunos sobre evolução e
classificação quanto ao subfilo (invertebrado ou vertebrado) e a
classe pertencente dos vertebrados (Tabela 2):
Antes da visita: 8 a 37% dos alunos conheciam a classificação
de subfilo e 39 a 67% conheciam a classe desses animais.
Após a visita: 16 a 52% conheciam a classificação, e 26 a 90%,
respectivamente conheciam a classe
26% reconheceram que a diferença morfológica entre tartaruga,
cágado e jabuti está nas patas desses animais.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Tartaruga Jacaré Sapo Cobra Lagarto
Figura 2 – Porcentagem das alternativas marcadas referentes à espécie excluída da
classe dos repteis.
A B
C D