Post on 18-Jul-2015
Time de resposta Rápida e escore NEWS
Enfo. Ms. Aroldo Gavioli
Parada cardíaca em pacientes hospitalizados
Mais complexa quando comparada à do ambiente extra-hospitalar, pois, mesmo dispondo-se de recursos de suporte de vida avançado, a comorbidade e gravidade das doenças nesses pacientes costuma ser maior, o que pode predizer pior prognóstico.
A PCR é um evento dramático,responsável pormorbimortalidade elevada,mesmo em situações deatendimento ideal.
PCR em pacientes hospitalizados
importância de uma equipe apta e
treinada para atuar na RCP.
Programas de
educação continuada.
Observação das alterações
apresentadas pelos pacientes antes da
PCR.
Vigilância.
Atendimento precoce.
Prevenção da PCR em
várias situações.
LUCENA, LUZIA, 2009
EPIDEMIOLOGIA
ESTADOS UNIDOS
370 mil a 750 mil pacientes
submetidos a RCP em razão de PCR extra-hospitalar a
cada ano.
Não existem estatísticas nacionais dos índices de sobrevida dos pacientes
após PCR extra-hospitalar.
Estudos comunitários evidenciaram
índices de 4% a 33% de sobrevida, com apenas 3% dos sobreviventes sem danos neurológicos
graves
Estados Unidos
Situações com Maior Risco de Evoluir para uma PCR
Cardiopatias (destas, a doença aterosclerótica coronariana é a mais importante);
Hipertensão arterial;
Diabetes;
Antecedentes familiares de morte súbita;
Anóxia;
Afogamento;
Pneumotórax hipertensivo;
Hemopericárdio;
Choque;
Obstrução das vias aéreas;
Broncoespasmo;
Reação anafilática.
Principais Sinais e Sintomas que Precedem uma PCR
Dor torácica; Sudorese; Palpitações;
Tontura;Escurecimento
visual;Perda de
consciência;
Sinais de baixo débito.
Sinais Clínicos de uma PCR
Ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e carótidas) ou ausência de sinais de circulação.
Ausência de movimentos respiratórios;
Inconsciência;
TIME DE RESPOSTA RÁPIDA - TRR
•É um time de profissionais que leva expertise em cuidados críticos/intensivos à beira do leito do paciente (ou onde for necessário).
Tem finalidade de identificar precocemente, de maneira
segura eficaz, aqueles pacientes que estão apresentando
deterioração do seu quadro clínico.
São utilizados indicadores fisiológicos para identificar
pacientes de risco.
As equipes de enfermagem são indispensáveis e fundamentais.
Os membros do TRR com conhecimento e habilidade
devem responder prontamente assim que o paciente for
identificado.
70% → evidências de deterioração respiratória nas 8 horas que antecedem uma parada cardiorrespiratória.
66% → sinais e sintomas anormais em até 6 horas antes da parada cardiorrespiratória, sendo que o médico é notificado em 25% dos casos
Seis anormalidades clínicas são associadas ao aumento do risco de mortalidade: ↓ do nível de consciência, inconsciência, hipóxia, hipotensão, taquicardia e taquipnéia. Dentro desses eventos, os mais comuns foram hipóxia (51% dos eventos) e hipotensão (17%).
Envolver a alta administração
• Determinar a melhor estrutura para a Equipe de Resposta Rápida
Estabelecer critérios para a chamada da Equipe de Resposta Rápida (Sinais de Alerta)
Estabelecer um processo simples para a chamada da Equipe de Resposta Rápida
Fornecer educação continuada e treinamento
• Utilizar ferramentas padronizadas
Estabelecer mecanismos de feedback
• Medir eficácia
6 parâmetros fisiológicos que
compõe o escore SAP (Sistema de
Alerta Precoce)
Fre
quência
re
spir
ató
ria • Elevada → é um forte sinal de doença
aguda e desconforto, em todos ospacientes.
• Dor e desconforto generalizado, sepseremoto a partir dos pulmões,perturbações do sistema nervoso central(SNC) e distúrbios metabólicos, tais comoa acidose metabólica.
• Reduzida → é um importante indicadorde depressão do SNC e narcose.
Satu
ração d
e
oxig
ênio •Medida prática e disponível em
todo o hospital.
•ferramenta poderosa para a avaliação integrada da função pulmonar e cardíaca.
•usado rotineiramente na avaliação clínica no quadro agudo.
Tem
pera
tura •os extremos de
temperatura são marcadores sensíveis da doença aguda, gravidade e perturbações fisiológicas.
Pre
ssão A
rteri
al
Sis
tólica • A hipotensão pode indicar comprometimento
circulatório devido a sepse ou depleção de volume, insuficiência cardíaca, perturbações do ritmo cardíaco, depressão do SNC ou efeito de medicamentos.
•Hipertensão grave (pressão arterial sistólica ≥ 200 mmHg) pode ocorrer como consequência da dor ou sofrimento e deve-se ter em mente que doenças agudas também podem ser consequência de, ou agravadas pela hipertensão grave.
Fre
quência
Card
íaca • A frequência cardíaca é um importante
indicador da condição clínica do paciente.Taquicardia pode ser indicativo decomprometimento circulatório devido asepticemia ou depleção do volume,insuficiência cardíaca, febre, dor esofrimento. Pode também ser devido aarritmia cardíaca, perturbaçõesmetabólicas, por exemplo, ohipertiroidismo, ou intoxicação pordrogas, por exemplo, simpatomiméticosou anticolinérgicos.
Nív
el de
Consc
iência • É um importante indicador de gravidade de
doenças agudas.
• Recomenda-se o uso da avaliação AVDI (alerta, voz, dor e irresponsividade) que avalia quatro resultados possíveis de medir e registrar nível de consciência de um paciente.
• A avaliação é feita em sequência e um único resultado é gravado. Por exemplo, se o paciente está alerta não é necessário avaliar a resposta seguinte.
Alerta
• a paciente completamente
acordado (embora não necessariamente orientado), que
apresenta abertura ocular espontânea e
responde a voz (embora possa ser confuso) e
tenha função motora.
Voz
• O paciente apresenta algum tipo de resposta quando se fala com ele, mesmo que seja um grunhido, ou se move, ou abre os olhos.
Dor
• O paciente responde apenas quando estimulado com dor (preensão esternal com a mão), podendo se mover, abrir os olhos, retirada à dor.
Ireesponsivo
• comumente referido como "inconsciente". Este resultado é registrado se os pacientes não apresentam qualquer resposta (voz ocular, motora ou de retirada a dor).
Parar a avaliação quando um item for satisfeito, por ex , se alerta não continua a avaliação
Levar ainda em consideração
O paciente necessita de
suplementação de oxigênio?
O Pacientetem DPOC e retenção de
CO2(hipercapnia)
Estar atento para
Idade
Débito urinário
Dor
Gravidez
Comorbidades incluindo imunossupressão
Avaliação do cliente –
parâmetros fisiológicos
Classificando o cliente –
escore NEWS/SAP
Atuando sobre o estado clínico do cliente à
partir dos dadosEscore Frequência de
monitoração
Resposta clínica
0 A cada 12 horas Continue com monitoração de rotina
1-4 A cada 6 horas Informe o enfermeiro do setor, que deve avaliar o paciente e decidir pelo
aumento na frequência da monitoração bem como no aumento da complexidade
do atendimento clínico necessário (momento de intervenção!);
5 ou >
Ou
3 em um
parâmetro
1/1 hora • Cientificar a equipe médica responsável pelo agravamento do quadro do paciente.
• Avaliação urgente por um clínico com as competências essenciais para
atendimento de pacientes graves;
• O atendimento clínico deve ser prestado em um ambiente com instalações
apropriadas para atendimento de urgência/emergência;
7 ou mais Monitoração
continua
• Enfermeiro deve informar imediatamente a equipe médica responsável pelo
paciente – a equipe deve contar com especialista em urgência/emergências;
• Avaliação de emergência por uma equipe clínica com competências de cuidados
intensivos, que inclua profissionais com habilidades das vias aéreas avançadas;
• Considerar a transferência do atendimento clínico para ambiente de urgência/emergência, ou mesmo UTI;
Referências
Royal College of Physicians. National Early Warning Score
(NEWS): Standardising the assessment of acuteillness severity in
the NHS. Report of a working party. London: RCP, 2012.
Material gratuíto disponível em:
https://www.rcplondon.ac.uk/sites/default/files/documents/national-
early-warning-score-standardising-assessment-acute-illness-
severity-nhs.pdf
OBRIGADO
“Se sonhar um pouco é
perigoso, a solução não é
sonhar menos é sonhar mais”.
Marcel Proust