Post on 23-Jan-2019
Sumário APRESENTAÇÃO...........................................................................................................71- IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.........................8
1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO..........................................................................81.2 BIOGRAFIA DE AUGUSTO ANTONIO CÚNICO VANIN...............................91.3 ESTRUTURA DO CURSO..................................................................................121.4 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.........................................131.5 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS PEDAGÓGICOS.........................................15
1.5.1 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICO-TECNOLÓGICOS.................151.6 MATRIZ CURRICULAR ..................................................................................16
1.6.1 ENSINO FUNDAMENTAL.........................................................................171.6.2 ENSINO MÉDIO..........................................................................................18
1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR ..............................................................................192.OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................203. MARCO SITUACIONAL .................................................................................20
3.1 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS ......................................................243.2 DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA.....................................................................273.3 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.......................................................................................................283.4 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS.............293.5 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE/ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO.....................................................29
4. MARCO CONCEITUAL............................................................................................324.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA.................................................................................39
4.2.1 AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES :............................................................................................444.2.2 QUESTÃO AFRO-BRASILEIRA:..............................................................464.2.3 QUESTÃO INDÍGENA:..............................................................................53
5. MARCO OPERACIONAL.........................................................................................54 ........................................................................................................................................54
5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................................565.1.1 CONSELHO ESCOLAR..............................................................................565.1.2 CONSELHO DE CLASSE...........................................................................585.1.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS.....................605.1.4 GRÊMIO ESTUDANTIL.............................................................................635.1.5 REPRESENTANTES DE TURMA..............................................................64
6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO ................................................................................647. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP..............................................................688. PROPOSTA CURRICULAR .....................................................................................718.1ARTES........................................................................................................................71
8.1.1 Apresentação Geral da Disciplina .....................................................................71 ....................................................................................................................................718.1.2 Objetivos Gerais.................................................................................................748.1.3 Conteúdos..........................................................................................................778.1.4 Metodologia.....................................................................................................1068.1.5 Avaliação.........................................................................................................111
8.1.6 Referências.......................................................................................................1138.2 BIOLOGIA..............................................................................................................114
8.2.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1148.2.2 Objetivos Gerais...............................................................................................119 ..................................................................................................................................1198.2.3 Conteúdos........................................................................................................1198.2.4 Metodologia ....................................................................................................1278.2.5 Avaliação.........................................................................................................132 ..................................................................................................................................132 8.2.6 Referências......................................................................................................135
3. CIËNCIAS ................................................................................................................1368.3.1 Apresentação Geral da Disciplina ..................................................................1368.3.2 Objetivos Gerais ..............................................................................................1408.3.3 Conteúdos........................................................................................................1428.3.4 Metodologia ....................................................................................................1468.3.5 Avaliação ........................................................................................................1488.3.6 Referências ......................................................................................................151
8.4 EDUCAÇÃO FÍSICA ...........................................................................................1528.4.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1528.4.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1568.4.3 Conteúdos........................................................................................................1568.4.4 Metodologia ....................................................................................................1628.4.5 Avaliação.........................................................................................................1688.4.6 Referências.......................................................................................................171
8.5 ENSINO RELIGIOSO............................................................................................1728.5.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1728.5.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1748.5.3 Conteúdos........................................................................................................1748.5.4 Metodologia.....................................................................................................1758.5.5 Avaliação.........................................................................................................175
8.6 FILOSOFIA.............................................................................................................1768.6.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................1768.6.2 Objetivos Gerais ..............................................................................................178 ..................................................................................................................................1788.6.3 Conteúdos .......................................................................................................1808.6.4 Metodologia.....................................................................................................1848.6.5 Avaliação.........................................................................................................1868.6.6 Referências.......................................................................................................187
8.7 FÍSICA.....................................................................................................................1888.7.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................1888.7.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1908.7.3 Conteúdos .......................................................................................................1948.7.4 Metodologia.....................................................................................................1988.7.5 Avaliação.........................................................................................................2038.7.6 Referências.......................................................................................................206
8.8 GEOGRAFIA..........................................................................................................2078.8.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................207
8.8.2 Objetivos Gerais...............................................................................................2118.8.3 Conteúdos........................................................................................................2158.8.4 Metodologia.....................................................................................................2198.8.5 Avaliação.........................................................................................................2228.8.6 Referências.......................................................................................................224
8.9 HISTÓRIA...............................................................................................................2268.9.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................2268.9.2 Objetivos Gerais...............................................................................................2338.9.3 Conteúdos........................................................................................................2358.9.4 Metodologia.....................................................................................................2498.9.5 Avaliação.........................................................................................................2538.9.6 Referências.......................................................................................................256
8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS............................................2578.10.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2578.10.2 Objetivos Gerais.............................................................................................2608.10.3 Conteúdos......................................................................................................2608.10.4 Metodologia...................................................................................................2698.10.5 Avaliação ......................................................................................................273
8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL.....................................2758.11.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2758.11.2 Objetivos gerais.............................................................................................2768.11.3 Conteúdos .....................................................................................................2778.11.4 Metodologia...................................................................................................2838.11.5 Avaliação.......................................................................................................2858.11.6 Referências.....................................................................................................287
8.12 LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................2888.12.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2888.12.2 Objetivos gerais.............................................................................................2928.12.3 Conteúdos......................................................................................................2938.12.4 Metodologia...................................................................................................3058.12.5 Avaliação.......................................................................................................3118.12.6 Referências ....................................................................................................315
8.13 MATEMÁTICA....................................................................................................3168.13.1 Apresentação geral da disciplina ..................................................................3168.13.2 Objetivos Gerais.............................................................................................3228.13.3 Conteúdos......................................................................................................3258.13.4 Metodologia...................................................................................................330 8.13.5 Avaliação......................................................................................................3348.13.6 Referências.....................................................................................................338
8.14 QUÍMICA..............................................................................................................3398.14. 1 Apresentação Geral da disciplina .................................................................3398.14.2 Objetivos gerais.............................................................................................3418.14.3 Conteúdos ....................................................................................................3428.14.4 Metodologia...................................................................................................3498.14.5 Avaliação.......................................................................................................3538.14.6 Referências.....................................................................................................355
8.15 SOCIOLOGIA.......................................................................................................356
8.15.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................3568.15.2 Objetivos Gerais.............................................................................................3608.15.3 Conteúdos......................................................................................................3608.15.3 Metodologia...................................................................................................3618.15.4 Avaliação.......................................................................................................3628.15.6 Referências.....................................................................................................363
“A Educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo
o bastante para assumir a responsabilidade por ele, e, como
tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável, não fosse à
renovação e a vinda dos pequenos e dos jovens. A educação é
também, onde decidimos se amamos nossas crianças o
bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-
las a seus próprios recursos, tampouco arrancar de suas mãos
a oportunidade de empreender algo novo e imprevisto para
nós, preparando-as, em vez disso, com antecedência, para a
tarefa de renovar um mundo comum.”
(HANNAH ARENDT)
APRESENTAÇÃO
O presente projeto elaborado dentro do processo de
transformação que o mundo passa está voltado para uma educação
democrática e para a construção e o exercício da cidadania. Para sua
aplicação é necessário que haja coerência entre o que é estabelecido
e a ação educativa. Se queremos alunos participativos, éticos,
críticos, solidários, autônomos, responsáveis, e afetivos, devemos
proporcionar práticas educativas.
É no momento em que se propõe a elaboração de um projeto
como este, que deve se ter como ponto de partida o desenvolvimento
dos diversos setores que compõe a comunidade escolar para que, em
conjunto, se possa estabelecer os rumos a serem seguidos.
A função deste instrumento é de servir sempre como referencial
para se analisar a qualidade de ensino e propor transformações mais
efetivas. Transformações estas que propiciem um ensino mais real e
de qualidade, sempre voltado aos interesses significativos,
preservando também a história e a cultura de cada indivíduo.
Na elaboração deste Projeto Político Pedagógico, contamos com
a participação de todos os envolvidos no processo: professores,
funcionários, equipe pedagógica, alunos, direção e comunidade
escolar. Fizemos vários momentos de estudos de textos, análises e
reflexões da prática educativa, levantamento com a comunidade
escolar através de questionários voltados à qualidade de ensino,
melhorias que gostariam, para que o PPP assegure a efetivação das
ações contidas nesta Proposta.
1- IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Nome do Estabelecimento:Colégio Estadual Augusto Vanin – Ensino
Fundamental e Médio.
Endereço: Estrada da Sereia,140
Bairro: Rondinha
Município : Campo Largo
Telefone: (41) 3555-2807
E-mail : ceavanin@yahoo.com.br
Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)
Ensino Médio
Autorização de Funcionamento:Res. nº 8462693-7 DOE 16/02/05
Reconhecimento: Em Tramitação
Código do Estabelecimento: 04200148
Código do INEP: 41386221
Direção : Maristela E. Cosmo Benatto
Secretaria: Gisele Nascimento
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do
Paraná.Compartilhamento com a Escola Dr Caetano Munhoz da Rocha
que, tem como mantenedora a Prefeitura.
Pertence ao NRE – Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana
Sul. Código: 03. A distância da Escola do NRE é de aproximadamente
30 Km.
1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Augusto Vanin está situado na Estrada da
Sereia, 140 – Campo Largo - Paraná – CEP 83607-310. Foi criado para
suprir a demanda das localidades de Jardim Carmela, Jardim
Rondinha, Colônia Mariana e Sereia, cujos alunos eram transportados
para Colônia Dom Pedro II, Ferraria, Jardim Guarany e Cercadinho.
Consequentemente o gasto com o transporte escolar tornava se
excessivamente elevado, visto que são localidades distantes e a
escola mais próxima não tinha condições de comportar a demanda.
Mantido pelo Governo do Estado do Paraná e pertencente ao Núcleo
Regional da Área Metropolitana Sul. Atenderá alunos do Ensino
Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio.
Esta criação se deu a partir de Líderes comunitários e pais de
alunos, cujas solicitações foram prontamente atendidas pelo prefeito
recém eleito, Edson Basso.
1.2 BIOGRAFIA DE AUGUSTO ANTONIO CÚNICO VANIN
Neto de imigrantes italianos que se instalaram na colônia de
Rondinha, nasceu nesta localidade em l6 de agosto de 1926. Filho de
Daniel Vanin e Eugênia Cúnico, agricultores. Nasceu e vive até hoje
numa casa centenária construída em 1906, pelos seus avós, no
mesmo período em que estava sendo construída a Igreja Matriz de
Rondinha. Esta casa se destaca por sua arquitetura e também por ser
a primeira casa de alvenaria da região, onde hoje vive a Sexta
geração da família Vanin.
Toda sua vida, desde a infância, foi fundamentada nos
princípios religiosos e morais. A proximidade da igreja e dos
sacerdotes foram determinantes na formação de seu caráter. Quando
criança foi coroinha, tendo como companheiros Pedro Fedalto e
Agostinho Marochi, os quais se tornaram arcebispo e bispo,
respectivamente.
Serviu o exército no antigo quartel 15BC (hoje Shopping
Curitiba), no pós-guerra. Neste período adquiriu conhecimentos de
enfermagem, que somados aos conhecimentos da família (avô e
mãe), o tornaram enfermeiro e massagista conhecido, não só na
colônia, mas em todo o município. Isso porque sempre atendeu a
todos, gratuitamente, a qualquer hora do dia e da noite.
Foi a primeira pessoa da comunidade a aplicar injeções na veia,
inclusive a penicilina (procedimento difícil na época), chegando a
passar a noite na casa dos doentes.
Fundador do time de futebol da Congregação Mariana de
Rondinha, foi seu massagista, bem como do Fanático Futebol Clube e
do time da Porcelana Steatita, este último por mais de 20 anos.
Casou-se em 07 de abril de 1951 com Ester Abbud, filha de pai
sírio e mãe descendente de italianos. Teve quatro filhos: Maria
Elisabeth; Maria Margareth; Marcos Luís e Maria de Salete.
Augusto Vanin sempre trabalhou nos movimentos da igreja,
sendo várias vezes presidente da Congregação Mariana, da Comissão
da Igreja, vice-presidente do Ginásio de Desportos de Rondinha e
também o primeiro Ministro da Eucaristia de Campo Largo.
Na vida profissional trabalhou em Campo Largo por 32 anos na
“Granja”, antiga Estação de Viticultura e Enologia do Ministério da
Agricultura (posteriormente EMBRAPA), onde aposentou se. Como
chefe de cantina aperfeiçoou seus conhecimentos sobre as várias
castas de uvas e adquiriu a técnica do preparo do bom vinho, bebida
já produzida artesanalmente por sua família.
Pessoa simples, tranqüila, cultiva valores como honestidade,
solidariedade, seriedade e muitas amizades. Tornou se um líder da
comunidade, conselheiro em todas as situações e sempre foi muito
respeitado.
Por seu carisma e popularidade foi convidado, pelo então
prefeito, Newton Puppi, a ser candidato a vereador (cargo não
remunerado na época), ingressando assim, na carreira política. Fez
sua campanha de forma humilde, usando sua bicicleta para visitar as
comunidades e pedindo votos de porta em porta.
Em 15 de novembro de 1972 foi eleito vereador, com a maior
votação da época (811 votos), sendo até hoje o segundo vereador
mais votado do município em números percentuais de eleitores.
Neste mandato exerceu por dois anos a presidência da Câmara
Municipal e por outros dois, foi seu secretário.
Devido à sua grande amizade com Newton Puppi foi convidado,
em 1976, para ser seu vice na eleição para prefeito. Newton Puppi e
Augusto Vanin foram vitoriosos entre os cinco candidatos, obtendo
expressiva votação.
Esta administração foi marcada pela amizade, honestidade e
muitas obras: construção da Vila Olímpica; criação da Guarda Mirim;
inauguração da Escola Consolidada em Três Córregos; aquisição pelo
município dos 64 alqueires da EMBRAPA, etc.
No final de seu mandato, Newton Puppi foi convidado pelo então
governador, Ney Braga, a assumir um cargo no Tribunal de Contas,
em Curitiba. Assim, Augusto Vanin ficou 9 meses, prefeito da cidade.
Concluiu obras em andamento como a Capela Mortuária, nova
Delegacia Municipal e o DETRAN. Também realizou obras como a
construção do Colégio Djalma Marinho; a primeira rede de água
tratada e a instalação dos sinos elétricos na torre da Igreja de
Rondinha.
Convidado, posteriormente a ser deputado estadual, não
aceitou, mas continuou sempre atento à política municipal
participando ativamente das campanhas eleitorais, formando
opiniões.
Seguindo seu exemplo político, seu filho Marcos Vanin foi eleito
vereador para o mandato 1993/1996. Atualmente, seu genro, Mário
Rogiski é, também, vereador atuante da Câmara Municipal.
Ser carinho pela história de seus antepassados, pela Rondinha e por
Campo Largo continua vivo em sua memória e em seu coração. Sua
fama de bom “massagista”, trabalho ao qual se dedica até hoje,
mesmo aos 78 anos de idade, faz sua casa sempre cheia de pessoas
que o procuram para aliviar suas dores. Sua amizade Também atrai
vizinhos, que há mais de 20 anos, diariamente se reúnem para bons
papos na roda de chimarrão.
1.3 ESTRUTURA DO CURSO
O Ensino Fundamental será ministrado de forma seriada e terá
duração de 4 anos. O Ensino Médio terá duração de 3 anos.
O Curso terá a carga horária de 800h para cada série e 200 dias
letivos. A carga horária total do Curso será de 3840 horas relógio ou
3200 Horas.
O Estabelecimento funciona:
Período da manhã: das 7:20 h até 11:40 h
Período da noite : das 18:50h até 22:55 h
Temos 07 turmas ao todo, sendo 04 turmas de manhã e 03
turmas à noite. Este Estabelecimento de Ensino possui o espaço
compartilhado com o Município, estamos no aguardo para ocuparmos
as novas instalações,as quais ofertarão mais qualidade e
organização .
Tem por finalidade atender ao disposto nas Constituições
Estadual e Federal – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
O critério adotado para a distribuição de aulas no nosso
estabelecimento é feito seguindo a classificação enviada pela SEED,
inclusive das aulas extraordinárias. A composição das turmas é feita
de acordo com o número de alunos estipulados pela SEED no Estado
do Paraná. Quando temos problemas de indisciplina em alguma
turma, reunimos professores, equipe pedagógica, direção e pais, para
fazermos melhor redimensionamento das turmas, separando os,
quando possível.
As turmas distribuídas em 2010:
ENSINO TURMAS TURNO Nº DE ALUNOS
FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE MANHÃ 33
6ª SÉRIE MANHÃ 21
7ª SÉRIE MANHÃ 35
8ª SÉRIE MANHÃ 32
MÉDIO 1º SÉRIE NOITE 19
2ª SÉRIE NOITE 13
3ª SÉRIE NOITE 18
1.4 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Anderson Bonnet Docente Licenciatura em Educação Física
Arielma da Luz Ferreira Docente Licenciatura em Matemática
Bruno de Souza Nogueira Docente Licenciatura em Biologia
Cleumires Martins Pacheco Grolli
Docente Licenciatura em LetrasPós em Lit. Brasileira e Contrução de Texto
Daiane Cequinel Técnico Administrativo
PedagogiaPós em Educação Especial
Daiane Xavier Ferreira Docente Acadêmica em História
Débora Sabim Docente Licenciatura em Artes Visuais
Edith Terezinha de Oliveira Agente Educacional I
Ensino Médio
Edson Luiz Parchen Docente Acadêmica em História
Eliane maria Pellissari Gumurski
Pedagoga Pedagogia
Franciele Rompava Docente Licenciatura em Matemática
Gema Cosmo Docente Licenciatura em LetrasPós em Educação
Especial
Gisele Nascimento Secretaria Bacharel em Estatística
Itaboraí Silon Cordeiro Docente Licenciatura em Educação Física
Joseane do Rocio Seguro Docente Licenciatura em Matemática
Juraci Fialkoski Docente Acadêmica em Artes
Leonice Martins de Souza Agente Educacional I
Ensino Fundamental
Leonilde Thomé de Brito Zampier
Agente Educacional I
Ensino Fundamental
Lorena Baroni Damaso Docente Licenciatura em LetrasPós Psicopedagogia
Luiz Antonio Bonanato Docente Licenciatura em Estudos SociaisPós em Metodologia de Ensino de História
Márcia Cristina Kaminski Pedagoga PedagogiaPós em Gestão Escolar
Marilice Mazon Tigrinho Docente Licenciatura em História
Maristela Elisabete Cosmo Benatto
Diretora PedagogiaPós em Gestão Escolar
Michele Pissaia Docente Licenciatura em Geografia
Norma Portela dos Santos Agente Educacional II
Ensino Médio
Odete do Carmo Fabrício da Silva
Docente Pedagogia
Oscar Vinicius Schiavon Ferreira
Docente Licenciatura em CiênciasPós em Oficinas Naturais
Simone Machado Docente Licenciatura Português Espanhol
Vanderlei Retcio Docente Licenciatura em História
1.5 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS PEDAGÓGICOS
Este Estabelecimento de Ensino ainda não possui sede própria,
estamos aguardando a mudança para as novas instalações,onde não
teremos dualidade administrativa. Utiliza em conjunto com a Escola
Municipal Dr. Caetano Munhoz da Rocha: banheiros, cozinha,4 salas
de aula,banheiro dos professores e funcionários e não possuímos
quadra esportiva, laboratório de Ciências, Química e Física.
O laboratório de informática com 12 computadores do
programa Paraná Digital, que funciona ao lado de 1 sala de aula
compartilhada com a biblioteca/sala de apoio - anos iniciais.
O acervo de livros para a biblioteca foi obtido com recursos
próprios, doações governamentais e de terceiros.
1.5.1 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICO-TECNOLÓGICOS
A escola dispõe dos equipamentos que seguem na lista abaixo,
sendo alguns deles comprados com dinheiro arrecadado pela escola
junto a APMF através de promoções feitas na escola, ou adquiridos
com a verba do governo destino à compra de materiais permanentes.
Todos os equipamentos estão em condições de uso, em bom estado
de conservação.
• 01 Videocassete
• 02 DVD‟s
• 02 Aparelhos de televisão 20”
• 04 Aparelhos de televisão 29” (pendrive)
• 03 Impressoras
• 01 Mimeógrafo
• 01 Aparelho de fax
• 03 Rádios
• 16 Microcomputadores Paraná Digital
• 01 Câmera/filmadora digital
• 01 Balança de Plataforma
Acervo bibliográfico
O acervo bibliográfico consta com 2500 exemplares, entre: • literatura brasileira • literatura estrangeira • literatura infantil• literatura infanto – juvenil • dicionário: português e português/inglês • coleções • enciclopédias • apoio didático – pedagógico • livros didáticos: professor e aluno • periódicos: revistas e informativos Outros materiais CDs Rom • História do Brasil
• Mapas
1.6 MATRIZ CURRICULAR
A organização curricular do Ensino Fundamental e Médio segue
a Matriz Curricular, previamente aprovada pela SEED, dividida em
duas partes, sendo que a Base Nacional Comum representa 75% da
carga horária e da Parte Diversificada 25%.
Baseando se na Matriz Curricular, a unidade escolar deverá
garantir o desenvolvimento de 5 aulas diárias, com duração de
cinquenta minutos cada totalizando 25 aulas semanais.
1.6.1 ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 03 – ÁREA METROPOLITNA SUL
MUNICÍPIO: 0420 – CAMPO LARGO
ESTABELECIMENTO: 01481 – COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO VANIN – ENS. FUND. E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO:4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃANO DE IMPLEMENTAÇÃO: 2006 MÓDULO: 40 SEMANASFORMA: SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
AREAS DISCIPLINA/ SÉRIE
5 6 7 8
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO *
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
SUB-TOTAL
2
3
3
1
3
3
4
4
25
2
4
2
-
3
3
4
4
23
-
2
2
2
2
2
2
4
23
2
4
2
-
3
4
4
4
23
P
D
L.E.M. INGLÊS **
SUB-TOTAL
2
25
2
25
2
25
2
25
TOTAL GERAL 25 25 25 25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nª 9394/96* Não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.** O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino
1.6.2 ENSINO MÉDIO
NRE: 03 – ÁREA METROPOLITNA SUL MUNICÍPIO: 0420 – CAMPO LARGO
ESTABELECIMENTO: 01481 – COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO VANIN – ENS. FUND. E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO:009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLEMENTAÇÃO: 2011 MÓDULO: 40 SEMANASFORMA: SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
AREAS DISCIPLINA/ SÉRIE 1 2 3
ARTE
BIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
SUB-TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
4
3
2
2
25
-
2
2
2
2
2
2
4
3
2
2
23
-
2
2
2
2
2
2
4
3
2
2
23
P
D
L.E.M. INGLÊS
L.E.M. ESPANHOL
SUB-TOTAL
--
25
2-
25
-2
25
TOTAL GERAL 25 25 25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nª 9394/96Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR
2.OBJETIVOS GERAIS
O Projeto Político Pedagógico, deve ser visto como instrumento
crítico de transformação, a educação deve ser considerada como
processo para o desenvolvimento humano integral, instrumento
gerador das transformações sociais. Os objetivos a serem alcançados
por meio do Projeto Político Pedagógico são:
• Acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos,definindo
metas e objetivos comuns para melhorar o trabalho educativo,
possibilitando desta forma o acesso ao saber elaborado.
• Melhoria da qualidade de ensino – Oferecer um ensino que efetivamente atenda as necessidades e aspirações dos alunos e de suas famílias.
• Oportunizar o acesso ao conhecimento elaborado, assegurando ao
aluno o direito e as condições para permanência na escola.
• Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular de ser de
cada aluno,procurando expandir seus conhecimentos,para que o
mesmo possa agir e interagir com esse saber, atuando de forma
crítica tanto nas instâncias sociais,quanto políticas e econômicas.
3. MARCO SITUACIONAL
O Colégio atualmente está situado num bairro de classe
média, porém alunos provenientes de outros bairros, de famílias
com baixa renda o espaço físico é inadequado e dentro de suas
possibilidades procura se atender todos, respeitando as diferenças
individuais. Há falta de material didático, biblioteca, cancha para a
prática de esportes, laboratório de Ciências, etc.
Os professores da rede estadual procuram desenvolver o seu
trabalho, buscando a melhor maneira que atenda e se ajuste à
clientela. A dificuldade verificada é a respeito da rotatividade de
profissionais pois, temos poucos professores com padrão fixo. No
momento estamos aguardando a mudança para a unidade nova,
para que o nosso estabelecimento, de acordo com o que foi
almejado,seja efetivado .
Atualmente vivemos numa sociedade onde o ensino escolar
está fragmentado, pois nos deparamos com inúmeros obstáculos,
entre eles a desigualdade social em todos os seus aspectos. O corpo
discente deste estabelecimento de ensino é composto pela classe
média baixa, poucos são os que têm um poder aquisitivo mais alto e
inclusive, muitos pais sem renda familiar fixa. Os alunos vêm de
diferentes níveis, a minoria tem acesso às informações culturais,
incentivo e apoio no lar.
A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a
harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da
vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela
forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo
potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e
assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam
exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as
expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde
está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo
educativo.
Como a educação é um componente que se constrói na escola
onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o
processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos
primordiais para garantir o compromisso da aquisição de
conhecimentos.
É através da educação que ocorre o processo de transformação
do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para
que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um
processo de educação permanente. Onde este desenvolverá
potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o
exercício da cidadania.
A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos
reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem
se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação
capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de
qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.
A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto mediador
do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de
conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.
Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno
não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes
mudanças nos aspectos físico, social, emocional e cognitivo. Uma
pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e
é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e
através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de
organizar se melhor.
A sociedade e a escola deveriam caminhar juntas para que
solucionassem alguns problemas de ordem político-sociais. Não seria
utopia pensar numa sociedade em que a função da Escola fosse
“educar para a vida”. É lamentável perceber ainda que muitas
unidades escolares não se aperceberam da responsabilidade, pois
somente mantendo a organização e a participação de todos os
envolvidos no processo educacional, conseguiremos impor as
necessidades do grupo e assegurar os princípios da gestão
democrática em nossos ambientes escolares. Nesse sentido trabalha
se com o Conselho Escolar e APMF.
É importante ressaltar que se procura trabalhar com o
sentimento de equipe e nenhuma decisão é autoritária. Tudo é
decidido de comum, acordo e as ações são aplicadas a partir da
decisão tomada pelos pais, alunos, funcionários e pelo desejo
expresso pela comunidade, desde a decisão pela opção do modelo do
uniforme escolar e o uso da agenda escolar.
O trabalho de uma instituição escolar é um desafio muito
grande e ainda está longe de ser o ideal. Há muitos problemas a
serem enfrentados, estudos a serem realizados e muitas questões
que precisam ser discutidas. Essa instituição sofre consequências de
uma sociedade desestruturada, principalmente por se tratar de uma
clientela muito carente e isso interfere muito na aprendizagem.
Percebe se que muitos alunos da 5ª série no inicio do ano
demonstram dificuldades referente principalmente a escrita, cálculo
e interpretação. E as mudanças referentes ao cotidiano da nova etapa
escolar.
No período noturno constatamos dificuldades relacionadas
com : cumprimento do horário ,permanência do aluno na escola, falta
de interesse com os estudos (cansaço devido a jornada de trabalho).
3.1 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS
Resultado Final
2008
Ensino Fundamental Ensino Médio
5ª
série
6ª
série
7ª
série
8ª
série
1º
ano
2º
ano
3º
ano
Aprovados 33 32 36 21 14 23 29
Transferidos 3 2 1 2 7 3 2
Desistentes - - - - 6 7 5
Reprovados 3 1 1 - 1 2 1
Reprovados por
Freqüência
- - 3 - 3 3 2
Total 39 35 41 23 31 38 39
Ensino Fundamental 2008
AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência
Resultado Final
2009
Ensino Fundamental Ensino Médio
5ª
série
6ª
série
7ª
série
8ª
série
1º
ano
2º
ano
3º
ano
Aprovados 24 35 32 33 9 16 35
Transferidos 2 2 1 5 4 5 2
Desistentes - - 2 - 4 3 3
Reprovados 1 - 1 1 1 2 1
Reprovados por
Freqüência
- - - - - - 1
Total 27 37 36 39 18 26 42
Ensino Médio 2008
AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência
Ensino Fundamental 2009
AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência
Ensino Médio 2009
AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência
3.2 DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA
A população-alvo deste Estabelecimento advém principalmente
dos bairros Jardim Rondinha, Jardim Carmela, Colônia Mariana e
Sereia entre outros. O nível sócio econômico é baixo, a renda familiar
oscila entre dois a quatro salários mínimos. Muitos familiares dos
alunos não possuem emprego, outros exercem subempregos ou
empregos não formais e outros utilizam o bairro, onde o Colégio, está
situado como dormitório.
As mães trabalham como diaristas, serventes, operárias,
cozinheiras e os pais como operários, serventes, pedreiros.
O nível de escolaridade é caracterizado por semi alfabetizados ou
com primeiro grau incompleto e um índice relevante de analfabetos.
Dentro do município, destacam se alguns distritos e colônias
(áreas rurais) que se formaram em torno de atividades agropecuárias,
onde seus descendentes permanecem e cultivam diversos produtos
até então.
Campo Largo se desenvolveu num perfil industrial ligado à
cerâmica – devido a este fato é conhecido como “Capital da Louça” ,
embora nos dias atuais este perfil tenha sido alterado com a
instalação de indústrias no perímetro urbano da cidade.
O Colégio atende 121 alunos devidamente cadastrados no
Ensino Fundamental com idade a partir de 10 anos no período da
manhã, e 50 alunos de Ensino Médio no período noturno, oferecendo
a carga horária( mínima) de 800h/ anuais, ministradas em ( no
mínimo) 200 dias de efetivo trabalho escolar. Dispõe de professores
do Quadro Próprio do Magistério e conta também com uma equipe
técnico pedagógica.
3.3 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
Procurando tornar constante o aperfeiçoamento e a melhoria
da educação e de seus profissionais, e em conformidade com a
proposta de educação continuada, este Colégio oportunizará ao corpo
docente e demais funcionários atualização, aperfeiçoamento e
reflexão sobre o papel da disciplina e da escola no processo
educacional, através de reuniões pedagógicas, palestras, simpósios,
seminários, textos discutidos nas horas/atividade, grupos de estudos,
entre outros.
A formação continuada dos professores tem a escola como local
privilegiado devido às características de ter como eixo norteador a
demanda concreta e contextualizada dos professores que participam
da formação ofertada pela SEED. Como previsto em calendário
acontece a Capacitação em fevereiro e julho, que norteia o
planejamento .
Dá se oportunidade na hora atividade para que os professores
estudem documentos e textos pedagógicos, livros que auxiliem para
o repensar da prática pedagógica. Há momentos de reflexão para que
os mesmos exponham suas ideias levantando os pontos críticos, que
frequentemente surgem na prática do dia-a-dia. A Equipe Pedagógica
distribui material para estudo, incentiva todos a participarem de
grupos de estudos, qualificações, encontros de discussão sobre
dificuldades encontradas no trabalho entre outros. Neste ano letivo
repassamos aos pais, em reunião, um cronograma do horário de hora
atividade de cada professor para a possibilidade de algum dos pais,
em caso de necessidade possa vir conversar com o professor de seu
filho. Os pais comparecem sempre que solicitados e uma minoria nos
procura para saber como está o rendimento escolar dos filhos.
3.4 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
A organização e a distribuição das turmas decorrem do espaço
físico disponibilizado. O Ensino Fundamental atende alunos somente
no período da manhã, pois dependem do transporte escolar e as
vagas são ofertadas, primeiramente, aos alunos que frequentaram a
escola municipal da localidade e as demais vagas por ordem de
chegada na época das matrículas. No Ensino Médio, somente no
período da noite, as vagas são disponibilizadas uma grande parte
para alunos que trabalham ou estagiam durante o período da manhã
ou tarde e, para os que moram próximos ao Colégio pois não tem
transporte escolar.
repassamos aos pais, em reunião, um cronograma do horário de hora
atividade de cada professor para a possibilidade de algum dos pais,
em caso de necessidade possa vir conversar com o professor de seu
filho. Os pais comparecem sempre que solicitados e uma minoria nos
procura para saber como está o rendimento escolar dos filhos.
3.5 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE/ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO
Atualmente vivemos numa sociedade onde o ensino escolar
está fragmentado, pois nos deparamos com inúmeros obstáculos,
entre eles a desigualdade social em todos os seus aspectos. O corpo
discente deste estabelecimento de ensino é composto pela classe
média baixa, poucos são os que têm um poder aquisitivo mais alto e
inclusive, muitos pais sem renda familiar fixa. Os alunos vêm de
diferentes níveis, a minoria tem acesso às informações culturais,
incentivo e apoio no lar. Para o corpo docente trabalhar com
adolescentes no atual contexto social é um desafio, pois na
formação acadêmica não contempla uma fundamentação teórica que
lhes proporcione subsídios, para enfrentamento de tais situações de
conflito .
A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a
harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da
vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela
forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo
potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e
assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam
exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as
expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde
está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo
educativo.
Como a educação é um componente que se constrói na escola
onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o
processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos
primordiais para garantir o compromisso da aquisição de
conhecimentos.
É através da educação que ocorre o processo de transformação
do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para
que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um
processo de educação permanente. Onde este desenvolverá
potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o
exercício da cidadania.
A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos
reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem
se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação
capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de
qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.
A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto
mediador do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de
conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.
Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno
não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes
mudanças nos aspectos físico, social, emocional e cognitivo. Uma
pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e
é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e
através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de
organizar se melhor.
A sociedade e a escola deveriam caminhar juntas para que
solucionassem alguns problemas de ordem político-sociais. Não seria
utopia pensar numa sociedade em que a função da Escola fosse
“educar para a vida”. É lamentável perceber ainda que muitas
unidades escolares não se aperceberam da responsabilidade, pois
somente mantendo a organização e a participação de todos os
envolvidos no processo educacional, conseguiremos impor as
necessidades do grupo e assegurar os princípios da gestão
democrática em nossos ambientes escolares. Nesse sentido trabalha
se com o Conselho Escolar e APMF.
É importante ressaltar que se procura trabalhar com o
sentimento de equipe e nenhuma decisão é autoritária. Tudo é
decidido de comum, acordo e as ações são aplicadas a partir da
decisão tomada pelos pais, alunos, funcionários e pelo desejo
expresso pela comunidade, desde a decisão pela opção do modelo do
uniforme escolar e o uso da agenda escolar.
Para que os alunos não sintam a ruptura tão freqüente da
quarta série para a quinta série do ensino fundamental, no final do
ano letivo, procura-se realizar um trabalho com alunos levando-os a
sala da quarta série para que os alunos tirem suas dúvidas junto aos
alunos de quinta série.
O trabalho de uma instituição escolar é um desafio muito
grande e ainda está longe de ser o ideal. Há muitos problemas a
serem enfrentados, estudos a serem realizados e muitas questões
que precisam ser discutidas. Essa instituição sofre consequências de
uma sociedade desestruturada, principalmente por se tratar de uma
clientela muito carente e isso interfere muito na aprendizagem.
Buscando a superação entre a realidade - discurso - teoria e
prática docente, a escola pretende:
– organizar a hora atividade, visando a troca de experiências,
promovendo reflexão coletiva, favorecendo o diálogo e estudos;
– acompanhar as mudanças constantes nas famílias, na
economia, na política, na religião, entendendo e respeitando
as diferenças culturais, para melhor conviver com a diversidade
cultural ;
– incentivo ao uso dos recursos disponíveis na escola;
– construção coletiva de práticas de uma gestão democrática;
4. MARCO CONCEITUAL
Na concepção de educação, com a finalidade de formar
cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade,
visando ao bem – estar do homem, no plano pessoal e coletivo. Para
tanto, esse processo deve desenvolver a criatividade, o espírito
crítico, a capacidade para análise e síntese, o auto conhecimento, a
socialização, a autonomia e a responsabilidade. Desta forma, é
possível a formação de um homem com aptidões e atitudes para
colocar a serviço do bem comum, possuir espírito solidário, sentir o
gosto pelo saber, dispor se a conhecer se, a desenvolver a
capacidade afetiva, possuir visão inovadora. A função da educação é
a formação da pessoa para a autonomia, como construtor
de sua história e de seu entorno. Segundo Paulo Freire :
“educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o papel da história em que a questão da identidade cultural tanto em sua dimensão individual,como em relação a classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica em questão”
Esta tem validade em princípios que visam a aceitação das
diferenças individuais, a valorização da contribuição de cada pessoa,
a aprendizagem através da cooperação e a convivência dentro da
diversidade humana.
A Escola não exclui alunos candidatos à matrícula em razão de
qualquer atributo individual do tipo gênero, cor, deficiência, classe
social, condições de saúde e outros. Todos os alunos, com ou sem
alguns desses atributos individuais, estudam juntos nas mesmas
classes.
Isto se faz porque os atributos individuais não comprometem o
processo de ensino-aprendizagem, pois todos os estudantes só têm a
ganhar com a diversidade humana representada no alunado.
Como exemplos de benefícios pode se relatar a melhoria nas relações
entre os estudantes e entre estes e os professores, melhoria na
qualidade de ensino e no desempenho escolar de todos os alunos,
maior satisfação de alunos e professores e melhoria da imagem da
Escola perante a família e a comunidade.
O homem é um ser bio psico sócio cultural que possui
necessidades materiais, relacionais e transcendentais. Dentro deste
sentido amplo e complexo, o homem deve ser atendido em toda a
sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua
necessidade, para que analise, compreenda e intervenha na
realidade.
É fundamental que se garanta uma formação integral voltada
para a capacidade e potencialidades humanas. A formação integral
deve ser entendida como saber essencial, isto é, aquela que
proporciona ao ser humano o saber sentir, saber inovar, saber refletir,
saber fazer, saber ser crítico e saber ser ético.
Conforme PARO:
Dizer isso implica considerar o conceito de homem histórico, construtor de sua própria humanidade, ou seja, que é, ao mesmo tempo, natureza e transcendência da natureza. Ao transcender a natureza, ele se faz sujeito, condição inerente a sua própria constituição como ser histórico. Mas esse ser histórico só existe, só se constrói, de modo social, na relação com os demais seres humanos. (PARO; 2001)
A escola como instituição social, deve possibilitar o
crescimento humano nas relações interpessoais, bem como propiciar
a apropriação do conhecimento elaborado, tendo como referência a
realidade do aluno.
Neste contexto, deve possibilitar ao aluno a aquisição de uma
consciência crítica que lhe amplie a visão de mundo. Esta visão de
mundo deve dar lhe condições de uma leitura interpretativa dos fatos
sociais, das relações intra e interpessoais e dos homens com a
natureza.
O professor, como mediador entre o aluno e o conhecimento,
deve ser um profissional formador, reflexivo, consciente da
importância do seu papel, comprometido com o processo educativo,
integrado ao mundo de hoje, responsável socialmente, um eterno
aprendiz, aquele que busca “inovar e inovar se”. O ensino
corresponde a ações, meios e condições para a realização da
instrução; contém, pois, a instrução.
O aluno como ser humano, é um ser social e histórico. As
relações sociais formam o contexto de desenvolvimento dos alunos e
constituem a sua própria natureza. Vygotsky em seus estudos,
considerou o aluno como um indivíduo social, cujas relações sociais
constituem a sua psicologia, a sua subjetividade, desde o início de
sua vida. Para Vygotsky o ser humano estabelece seu processo de
humanização a partir das relações sociais.
“Quando vejo uma criança, ela inspira me dois sentimentos: ternura, pelo o
que é, e respeito pelo que pode vir a ser.” Louis Pasteur
A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de
situações contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do
aluno.
“É porque podemos transformar o mundo, que estamos com ele e com os outros. Não teríamos ultrapassado o nível de pura adaptação ao mundo se não tivéssemos alcançado a possibilidade, pensando a própria adaptação, nos servir dela para programar a transformação.”Paulo Freire
A aprendizagem é um processo social que se realiza por meio
das possibilidades criadas pelas mediações do sujeito nos diversos
contextos sócio histórico de que faz parte.Para tanto, há de
necessidade de um planejamento criterioso de conteúdos, de
objetivos, bem como de estratégias de ensino, de pesquisas e
elaborações de novos conhecimentos e que estes ultrapassem o
conhecimento empírico, o conhecimento do senso comum, para um
conhecimento mais científico, mais elaborado e significativo,
condizente com a prática social do aluno.
A função da escola que se deseja ter é de ajudar os indivíduos a
enxergar o mundo. Como nos diz Neidson Rodrigues, “através do
ensino, o que fazemos é abrir janelas para que as crianças vejam o
mundo. O currículo são as janelas que estamos abrindo para que
a criança veja, não a janela, mas o mundo.”Será através de um
currículo bem elaborado que esta visão será aberta. Sendo assim :
[...] o currículo como conjunto de conhecimento ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimento, valores e atitudes, o currículo como experiencia rescrita nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominada como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma (SACRISTAN,2000,p. 140).
A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem
informações e subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do
aluno. Ao se dispor dessas informações, é possível adotar
procedimentos para correções e melhorias no processo, planejando e
redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da
Instituição.
De nada adianta construirmos um processo ensino-
aprendizagem com base em propostas inovadoras se no final deste
utiliza se avaliações como mero elemento quantitativo, selecionador e
excludente. Faz se urgente uma avaliação que veja o ser humano
como capaz e reflexivo.
“Basear a avaliação apenas na aquisição de conhecimentos é supor uma concepção reducionista e tacanha dos objetivos da educação escolar que, como atualização histórica, deve visar a apropriação da cultura de um modo mais completo do que a simples transposição de informações”. (PARO, 2001:38).
Portanto, é de suma importância que na escola supere se a
prática da avaliação como instrumento de reprovação. E para isso é
necessário que ela deixe de ser “a posterori”, pois quando isso
acontece e os resultados não são os esperados percebe se que o
professor trabalhou em pura perda de tempo, ou como como nos diz
Lima, “como locutor que não estivesse sendo sintonizado por
ninguém...” (Lima, 1962:344).
Sendo a avaliação um dos aspectos fundamentais de um plano
pedagógico, é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica, justa,
criativa e coerente com a proposta pedagógica. Nesta perspectiva de
avaliação, devem ser envolvidos professores, alunos, coordenadores,
orientadores, direção, funcionários e pais.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das
pessoas e das sociedades amplia se ainda mais no despertar do novo
milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola
voltada para a formação de cidadãos.
Dentro deste contexto, a cultura é um processo de auto
liberação progressiva do homem, o que o caracteriza como um ser de
mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende,
quer ultrapassa a própria experiência. Não há modelos de conduta,
mas um processo contínuo de estabelecimento de valores,
produzindo a sua própria história.
O homem vive em sociedade e em função dessa relação social
desenvolve características específicas, que lhe são peculiares e que
possibilitam sua singularidade enquanto espécie. A maturação do ser
humano é decorrente de um processo de sociabilidade. È possível
afirmar que em função do estabelecimento da relação em sociedade,
o homem se humanizou. Essa humanização permite a cada nova
geração o conhecimento, adaptação e absorção do que a humanidade
construiu, possibilitando também a transformação e a reconstrução
dessa geração e consequentemente dessa sociedade.
A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os
instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade,
realizar escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que
deve estar implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem.
A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a
harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da
vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela
forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo
potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e
assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam
exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as
expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde
está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo
educativo.
Como a educação é um componente que se constrói na escola
onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o
processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos
primordiais para garantir o compromisso da aquisição de
conhecimentos.
É através da educação que ocorre o processo de transformação
do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para
que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um
processo de educação permanente. Onde este desenvolverá
potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o
exercício da cidadania.
A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos
reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem
se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação
capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de
qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.
Segundo Paulo Freire : “Não é no silêncio que os homens se
fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão.”
Tendo em vista que o Projeto Politico Pedagógico deve ser o
referencial do trabalho da escola, é de suma importância que toda a
comunidade escolar participe tanto de sua elaboração quanto de sua
realimentação. Desta forma, a função da escola democrática é
organizar se de maneira a superar conflitos.
“ se formarão as personalidades dos alunos e se fortalecerá cada um dos membros da escola que,conscientes dos objetivos a serem trabalhados, seu significado e os valores que o sustentam, reavaliarão, na sua própria prática, as suas vidas e a s suas prioridades. Reside aí, neste processo de gestão da Educação, o grande valor da construção coletiva e humana do projeto formador. Define se a responsabilidade e o compromisso do administrador educacional (…) na direção desse processo”. (FERREIRA, 2003 : 45)
Uma escola democrática baseada na participação de todos não
pode somente se limitar a dar a palavra, mas também deve colocar
em suas mãos a realização das tarefas que sejam realmente
possíveis de faze las. Tendo consciência do que realmente a escola
faz e como faz, qual é o lugar, o papel e a atitude de cada um, quais
são os caminhos e as possibilidades de modificar as práticas.
4.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Segundo Forest & Pearpoint ( 1997,p. 137): “ inclusão significa
convidar aquele que de alguma forma tem esperado para entrar e
pedir lhes para ajudar a desenhar o nosso sistema e que encorajem
todas as pessoas a participar da completude de suas capacidades,
como companheiros e como membros.”
A inclusão implica num processo profundo e abrangente de
reforma dos sistemas escolares .Pensando na escola como um espaço
que deve dar conta da diversidade humana e acreditando que a sala
de aula é o local privilegiado para a vivência destas diferenças, o
professor faz de seu papel a compreensão do aprender a ensinar um
processo que está presente em toda a sua trajetória profissional,
desde a sua formação acadêmica até as condições indispensáveis
para o ensino de qualidade.
Há necessidade de referendar a legislação vigente para situar o
processo inclusivo no contexto atual. A LDB – 9.394/ 96 – caracteriza
a educação especial como modalidade de ensino, a qual deve
permear todo o sistema. Com base nesta Lei, surge a Resolução de
nº 02 de 11/09/01, do Conselho Nacional de Educação. A presente
resolução instituídas Diretrizes Nacionais para a educação de alunos
que apresentem necessidades educacionais especiais enfocando a
aprendizagem em situação igualitária, efetivando se o processo
inclusivo.
Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a
atenção a diversidade é o eixo norteador do paradigma da educação
inclusiva, isto é, uma educação de qualidade para todos. O aluno é o
sujeito do processo ensino-aprendizagem. Como tal, suas
características e necessidades pessoais devem ser conhecidas e
respeitadas para a organização do ensino, com vistas à qualidade de
sua aprendizagem. Diante desses pressupostos, a educação
especial é definida na LDB N. 9394 como uma modalidade de
educação em interação com os demais níveis e modalidades da
educação escolar, conforme a definem as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial:
Art. 3º Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL, 2001).
A formação e a capacitação dos profissionais docentes é o
ponto fundamental para o ensino que atende diferentes
especificidades educativas e que, para sua efetivação, necessitam de
profissionais comprometidos e competentes na sua ação pedagógica.
A Educação Inclusiva é a garantia de acesso contínuo ao espaço
da escola por todos, levando a sociedade criar relações de
acolhimento à diversidade humana e aceitação das diferenças
individuais, representando um esforço coletivo na equiparação de
oportunidades de desenvolvimento, conforme registra a Declaração
de Salamanca.
Diante desse compromisso, é preciso que o trabalho de
Educação Inclusiva vá sendo implantado gradualmente, para que
tanto a educação especial, quanto o ensino regular, possam ir se
adequando a esta nova realidade, construindo políticas, práticas
institucionais e pedagógicas que garantam a qualidade de ensino
não só para os alunos portadores de necessidades especiais, como
para todo o alunado do ensino regular.
A escola necessita adequar se ao aluno providenciando meios e
recursos que garantam efetivamente a sua aprendizagem,
entendendo ser função dela essa garantia.
Esta visão nos leva a avaliar que nos parece seguro e certo,
evitando as verdades estabelecidas, além dos preconceitos, para que
se busque investir em um modo de organizar nossa escola, conforme
nos recomendou Paulo FREIRE:” Precisamos contribuir para criar a escola que
é ventura que marca, que não tem medo do risco, por isso recusa o imobilismo. A
escola em que se pensa, em que se atua, em que se fala, em que se ama, se
adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida”.
Pode se afirmar que é esta concepção de escola, enquanto
espaço social que precisa ser criada, e é nela que precisam estar
presentes a ousadia, a criatividade, os sonhos e as diferentes falas,
ou seja, é preciso criar uma escola que acredita nas possibilidades
dos alunos.
O trabalho pedagógico numa Escola Inclusiva deve partir de
uma avaliação que indique o caminho já percorrido pelos alunos,
apesar dos comprometimentos que apresentam, para que as
propostas a serem elaboradas sirvam de horizonte a ser atingido,
indicando, ainda, as metas seguintes.
A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto
mediador do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de
conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.
Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno
não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes
mudanças nos aspectos físicos, social, emocional e cognitivo. Uma
pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e
é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e
através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de
organizar se melhor.
Segundo a Constituição Federal, no artigo 205, “a
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade(...)”. E em
seu artigo 208 apresenta que o atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino. Já a Lei Federal 7853 dispõe sobre o apoio aos
deficientes e sua integração social, definindo o preconceito como
crime. Neste sentido, nenhuma escola ou creche poderá recusar, sem
justa causa, o acesso do deficiente à instituição.
A prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes
do convencional: aceitação das diferenças individuais, valorização de
cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana,
aprendizagem por meio da cooperação.
Atualmente não atendemos alunos com necessidades
especiais, no entanto sabemos que encontraremos dificuldades para
atender crianças com necessidades especiais, pois a escola foi
construída com muitas dificuldades arquitetônicas, . Porém as novas
instalações do novo prédio, a mantenedora promoveu algumas
adaptações os espaços existentes para que possamos atender aos
alunos que vierem a frequentar e tenham necessidades especiais.
Sendo o Brasil um país multi étnico e pluricultural, de
organizações escolares em que todos se vejam incluídos, em que
sejam garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos,
sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao grupo étnico/racial a que
pertencem e a adotar costumes, ideias e comportamentos que lhe
são adversos, seus professores e demais profissionais assumirão
como referência, os seguintes princípios, para garantir as Diretrizes
Curriculares para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei n°11.645 de 10 de março de 2008)
I – CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRIA DA DIVERSIDADE:
• à igualdade básica de pessoa humana como sujeito de
direitos;
• à compreensão de que a sociedade é formada por
pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais
distintos, que possuem cultura e história próprias,
igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na
nação brasileira, sua história;
• ao conhecimento e à valorização da história dos povos
africanos e da cultura afro-brasileira na construção
histórica e cultural brasileira;
• à superação da indiferença, injustiça e desqualificação
com que os negros, os povos indígenas e também as
classes populares às quais os negros, no geral,
pertencem, são comumente tratados;
• à desconstrução, por meio de questionamentos e
análises críticas, objetivando eliminar conceitos, ideias,
comportamentos veiculados pela ideologia do
branqueamento, pelo mito da democracia racial, que
tanto mal fazem a negros e brancos;
• à busca, da parte de pessoas, em particular de
professores não familiarizados com a análise das
relações étnico raciais e sociais com o estudo de
história e cultura afro-brasileira e africana, de
informações e subsídios que lhes permitam formular
concepções não baseadas em preconceitos e construir
ações respeitosas;
• ao diálogo, via fundamental para entendimento entre
diferentes, com a finalidade de negociações, tendo em
vista objetivos comuns, visando a uma sociedade
justa.
II – FORTALECIMENTO DE IDENTIDADES E DE DIREITOS:
• o desencadeamento de processo de afirmação de
identidades, de historicidade negada ou distorcida;
• o rompimento com imagens negativas forjadas por
diferentes meios de comunicação, contra os negros e
os povos indígenas;
• o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a
uma identidade humana universal;
• o combate à privação e violação de direitos;
• a ampliação do acesso a informações sobre a
diversidade da nação brasileira e sobre a recriação das
identidades, provocada por relações étnico raciais;
• as excelentes condições de formação e de instrução
que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos,
inclusive os localizados nas chamadas periferias
urbanas e nas zonas rurais;
4.2.1 AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES :
• a conexão dos objetivos, estratégias de ensino e
atividades com a experiência de vida dos alunos e
professores, valorizando aprendizagens vinculadas às
suas relações com pessoas negras, brancas, mestiças,
assim como as vinculadas às relações entre negros,
indígenas e brancos no conjunto da sociedade;
• a crítica pelos coordenadores pedagógicos,
orientadores educacionais, professores, das
representações dos negros e de outras minorias nos
textos, materiais didáticos, bem como providências
para corrigi las;
• condições para professores e alunos pensarem,
decidirem, agirem, assumindo responsabilidade por
relações étnico raciais positivas, enfrentando e
superando discordâncias, conflitos, contestações,
valorizando os contrastes das diferenças;
• valorização da oralidade, da corporeidade e da arte,
por exemplo, como a dança, marcas da cultura de raiz
africana, ao lado da escrita e da leitura;
• educação patrimonial, aprendizado a partir do
patrimônio cultural afro-brasileiro, visando a preservá
lo e a difundi lo;
• o cuidado para que se dê um sentido construtivo á
participação dos diferentes grupos sociais, étnico
raciais na construção da nação brasileira, aos elos
culturais e históricos entre diferentes grupos étnico
raciais, às alianças sociais;
• participação de grupos do Movimento Negro, e de
grupos culturais negros, bem como da comunidade em
que se insere a escola, sob a coordenação dos
professores, na elaboração de projetos político
pedagógicos que contemplem a diversidade étnico
racial.
Diante destes princípios e seus desdobramentos, a escola
tem como dever garantir aos seus alunos as seguintes determinações
da Lei de Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
( Lei n°11.645/08):
4.2.2 QUESTÃO AFRO-BRASILEIRA:
1. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana,
evitando se distorções, envolverá articulação entre o
passado,presente e futuro no âmbito de experiências,
construções e pensamentos produzidos em diferentes
circunstâncias e realidade do povo negro. É um meio
privilegiado para a educação das relações étnico raciais e tem
por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,
história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos
de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes
africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias,
asiáticas.
2. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana se fará
por diferentes meios, em atividades curriculares ou não, em
que: - se explicitem, busquem compreender e interpretar, na
perspectiva de quem o formule, diferentes formas de expressão
e de organização de raciocínios e pensamentos de raiz da
cultura africana; promovam se oportunidades de diálogo em
que se conheçam, se ponham em comunicação diferentes
sistemas simbólicos e estruturas conceituais, bem como
busquem formas de convivência respeitosa, além da construção
de projeto de sociedade em que todos se sintam encorajados a
expor, defender sua especificidade étnico racial e a buscar
garantias para que todos o façam; sejam incentivadas
atividades em que pessoas – estudantes, professores,
servidores, integrantes da comunidade externa aos
estabelecimentos de ensino – de diferentes culturas interatuem
e se interpretem reciprocamente, respeitando os valores,visões
de mundo, raciocínios e pensamentos de cada um.
3. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, a
educação das relações étnico raciais se desenvolverá no
cotidiano das escolas, nos diferentes níveis e modalidades de
ensino, como conteúdo de disciplinas, particularmente, Artes,
Literatura e História do Brasil, sem prejuízo das demais, em
atividades curriculares ou não, trabalhadas em sala de aula,
laboratórios de ciência e de informática, na utilização de sala de
leitura, biblioteca, “brinquedoteca”, áreas de recreação, quadra
de esportes e outros ambientes escolares.
4. O ensino de História Afro Brasileira abrangerá, entre outros
conteúdos, iniciativas e organizações negras, incluindo a
história dos quilombos, a começar pelo de Palmares, e de
remanescentes de quilombos, que têm contribuído para o
desenvolvimento de comunidades, bairros, localidades,
municípios, regiões (exemplos: associações negras recreativas,
culturais, educativas, artísticas, de assistência, de pesquisa,
irmandades religiosas, grupos do Movimento Negro). Será dado
destaque a acontecimentos e realizações próprios de cada
região e localidade.
5. Datas significativas de cada região e localidades serão
devidamente assinaladas. O 13 de maio, Dia Nacional de
Denúncia contra o Racismo, será tratado como o dia de
denúncia das repercussões das políticas de eliminação física e
simbólica da população afro-brasileira no pós abolição, e de
divulgação dos significados da Lei Áurea para os negros. No dia
20 de novembro será celebrado o Dia Nacional da Consciência
Negra. Entre outras datas de significado político e histórico
deverá ser assinalado o 21 de março, Dia Internacional de Luta
pela Eliminação da Discriminação racial.
6. Em História da África, tratada em perspectiva, não só de
denúncia da miséria e discriminações que atingem o
continente, nos tópicos pertinentes se fará articuladamente
com a história dos afrodescendentes no Brasil e serão
abordados temas relativos: - o papel dos anciãos e dos griots
como guardiões da memória histórica; - à história da
ancestralidade e religiosidade africana; - aos núbios e aos
egípcios, como civilizações que contribuíram decisivamente
para o desenvolvimento da humanidade; - às civilizações e
organizações políticas pré-coloniais, como os reinos de Mali, do
Congo e do Zimbabwe; - ao tráfico e à escravidão do ponto de
vista dos escravizados; - ao papel de europeus, de asiáticos e
também de africanos no tráfico; - à ocupação colonial na
perspectiva dos africanos; - às lutas pela independência política
dos países africanos; - - às ações em prol da união africana em
nossos dias, bem como o papel da União Africana, para tanto; -
às relações entre às culturas e as histórias dos povos do
continente africano e os da diáspora; - à formação compulsória
da diáspora, vida e existência cultural e histórica dos africanos
e seus descendentes fora da África; - à diversidade da diáspora,
hoje nas Américas, Caribe, Europa, Ásia; - aos acordos políticos,
econômicos, educacionais e culturais entre África, Brasil e
outros países da diáspora.
7. O ensino de Cultura Afro Brasileira destacará o jeito de ser,
viver e pensar manifestados tanto no dia-a-dia, quanto em
celebrações como congadas. Moçambiques, ensaios,
maracatus, rodas de samba, entre outras.
8. O ensino de Cultura Africana abrangerá: - as contribuições do
Egito para ciência e filosofia ocidentais, - as universidades
africanas Timbuktu, Gao, Djene floresciam no século XVI; - as
tecnologias de agricultura, de beneficiamento de cultivos, de
mineração e de edificações trazidas pelos escravizados, bem
como a produção científica, artística (artes plástica, literatura,
música, dança, teatro), política, na atualidade.
9. O ensino de História e de Cultura Afro Brasileira, se fará por
diferentes meios, inclusive, a realização de projetos de
diferentes naturezas, no decorrer do ano letivo, com vistas à
divulgação e estudo da participação dos africanos e de seus
descendentes em episódios da história do Brasil, na construção
econômica, social e cultural da nação, destacando se a atuação
de negros em diferentes áreas do conhecimento, de atuação
profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social
( tais como : Zumbi, Luiza Nahim, Aleijadinho, Padre Mauricio,
Luiz Gama, Cruz e Souza, João Cândido, André Rebouças,
Teodoro Sampaio, José Correia Leite, Solano Trindade,
Antonieta de Barros, Edison Carneiro, Lélia Gonzalés, Beatriz
Nascimeto, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clóvis Moura,
Abdias do Nascimento, Henrique , entre outros).
10. O ensino de História e Cultura Africana se fará por diferentes
meios, inclusive a realização de projetos de diferente natureza,
no decorrer do ano letivo, com vistas à divulgação e estudo da
participação dos africanos e de seus descendentes na diáspora,
em episódios da história mundial, na construção econômica,
social e cultural das nações do continente africano e da
diáspora, destacando se a atuação de negros em diferentes
áreas do conhecimento, de atuação profissional, de criação
tecnológica e artística, de luta social ( entre outros: rainha
Nzinga, Toussaint-L’Ouverture, Martin Luther King, Malcom X,
Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Léopold Senghor, Mariana Bâ,
Almícar Cabral, Cheik Anta Diop, Steve Biko, Nelson Mandela,
Aminata Traoré, Christiane Taubira).
Os professores da Colégio Estadual Augusto Vanin
adotarão em sua prática pedagógica uma análise mais consistente e
consciente sobre as questões acima descritas , pautando no plano de
aula pontos básicos para contribuir com a superação do mito de que
os “negros são uma raça inferior”, sendo eles:
• CONSCIÊNCIA: uma revisão crítica da escravidão, pois
seu advento foi a grande tragédia da população negra;
a professora precisa explicar, por exemplo numa
gravura, como a corda foi parar no pescoço do negro.
É preciso explicitar que os negros tiveram reis,
sociedade estruturadas, mas que depois da escravidão
não tiveram como retomar essa imagem.
• MITO: o Brasil é inegavelmente um país mestiço,
portanto é preciso desmascarar e desmistificar o mito
da democracia racial, fazer com que a população
negra tome consciência realista de sua situação e de
que lute para modificá la, para tanto a escola será um
importante segmento para colaborar na luta contra o
racismo.
• LITERATURA: muitos negros brasileiro talentosos são
obrigados a enfrentar preconceitos para realizarem
seus talentos. Assim como o poeta Cruz e Sousa teve
uma biografia trágica, muitos outros têm hoje e terão
ainda. Cabe a escola também o papel de colaborar
para que isso não ocorra mais em pleno século XXI.
• DANÇA: o povo africano tinha uma forma própria de
organização e uma maneira de se relacionar com o
meio ambiente muito diferente da propiciada pela
visão de mundo europeia. Toda a cultura africana é
representada no universo em que os valores morais,
sociais e ecológicos eram traduzidos por meio da
religiosidade, dos ritos e das artes em geral; valores
estes que estão intimamente representados na dança,
que é para os povos africanos o mais potente
elemento da aglutinação social. Representações e
ritos de passagem e do dia-a-dia, em que o corpo
aparecia livre e exuberante, foram reprimidos, como a
capoeira angola, de origem banto, cuja base foi n’golo,
um ritual de casamento praticado na África que
reproduzia as danças de acasalamento de alguns
animais.
A cultura de um povo, porém, pode ser mutilada, mas não
morre. Adapta se e sobrevive. As danças afro-brasileira estão por aí,
em muitos lugares e em manifestações de nossa dança, portanto
cabe a nós o resgate das mesmas, não apenas como “folclore” mas
como parte de nossa cultura.
• RELIGIÃO: a dimensão religiosa é um dos elementos
mais fortes de coesão e identidade cultural da
população afro-brasileira. No entanto a dimensão
religiosa da vida dos povos negros, com sua visão de
unidade e comunhão com a natureza, não interessava
aos senhores de escravos, pois era perigosa. Abafando
a, eles procuravam destruir a identidade dos negros
com sua cultura. Por isso, ainda em nossos dias a
recuperação da identidade negra passa pela
revalorização de suas raízes religiosas.
• LIVRO INFANTIL: os livros infantis jamais foram
inocentes. Como criações históricas que são,
manifestam tanto as grandezas quanto as feridas das
sociedades que os produzem. Assim, se os escritos
para crianças promovem muitas vezes valores
essenciais à dignidade humana,foram também, em
várias ocasiões, fontes de promoção dos mais
variados preconceitos. Hoje, o livro infantil já não
discrimina, como no passado, pela referência direta e
preconceituosa a negros, índios e mestiços. O que se
vê atualmente é menos o racismo explícito,
escancarado, e mais o seu oposto, ou seja, a omissão,
a falta de referências ao que não é branco, o racismo
pelo silêncio. Está na hora, pois, de questionar
caminhos, de imprimir e de assumir nossa “cara de
Terceiro Mundo” no livro infantil, não como versão de
“país da fome”, mas da afirmação da beleza do
diverso, do plural e do múltiplo.
• MÚSICA: “A música dos brancos é negra”. A frase é de
Negros, faixa de Senhas, disco de Adriana Calcanhoto,
e é perfeita para exemplificar a influência dos negros
na música. Tirando a música erudita os negros
mandam em tudo e a mãe África é o berço de todos os
ritmos. Na música brasileira, a contribuição negra é
enorme. África e Brasil estão unidos na sua música. A
escola deverá contribuir para criar mudanças no
sentido de que, os negros criam, os brancos copiam e
contabilizam.
• TECNOLOGIA: os negros trouxeram para o Brasil e
contribuíram para a Humanidade com muitas
invenções e avançados projetos na área tecnológica.
Cabe o professor mostrar aos alunos esta vasta
contribuição , principalmente no que diz respeito ao
Brasil , com a tecnologia para a extração do ferro,
mineração em geral, do café, algodão, cana-de-açúcar,
etc.
• OUTROS: Museus que guardam a história dos afro-
brasileiros; associações, centros culturais e entidades
do movimento negro voltados à valorização da
identidade étnico cultural dos afro-brasileiros e à luta
contra a discriminação racial.
4.2.3 QUESTÃO INDÍGENA:
É muito comum conhecermos a História dos Indígenas a partir
da chegada dos portugueses em 1500 no Brasil, descrevendo por
meio deste encontro e choque cultural uma ideia eurocêntrica de
sociedades tão diversas e ricas culturalmente. Apesar da história dos
indígenas vincular se com a ideia de ingenuidade, aculturação,
catequeses, exploração e escravidão, as resistências e a opção de
isolamento de muitas das sociedades indígenas em oposição à
assimilação, permitiu a manutenção e a continuidade de uma história
que parecia estar condenada.
O direito dos indígenas lhes foi negado na participação
enquanto cidadãos, e também no que se refere, ao acesso às terras
ao longo de todos estes anos de História. No entanto, a noção de
ingenuidade e assimilação acabou sendo substituída por uma ação
conjunta de tribos que resolveram reinvidicar sua cidadania por meio
do reconhecimento de sua identidade Cultural e Histórica
Assim em 10 de março de 2008,a lei 11.645/08 se
responsabilizou por alterar o artigo 26-A da Lei nº10639/03, que
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de
ensino médio, públicos e privados, torna se obrigatório o estudo da
história e cultura afro-brasileira e indígena.”
Entendemos que no currículo escolar deve ser ensinado
diversos aspectos da história e cultura, que caracterizam a formação
da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos,
enfatizando contribuições de ambas as culturas, no que se refere: às
áreas sociais, política, econômica e cultural da História do Brasil.
Se para os indígenas, a aprovação da lei, significa uma grande
vitória, para as escolas e educação em geral, significa também uma
conquista, trazendo a possibilidade de dialogarmos com a literatura e
mitologia indígena e africana, apresentando nas salas de aula novas
noções de história, tais como a história oral, onde novos olhares e
sujeitos históricos são introduzidos.
Do direito à ação implicam em passos longos, portanto a equipe
docente e pedagógica da Colégio Estadual Augusto Vanin estarão
atentos a novas didáticas para enriquecer o currículo e as temáticas
propostas pela lei, caso contrário, estaremos fadados a manter o
mesmo discurso eurocêntrico e etnocêntrico que a história escreveu
durante tantos anos.
5. MARCO OPERACIONAL
No início do ano letivo , a Direção , Equipe Pedagógica e o
Corpo Docente , reúnem se para planejar o Plano de Ação,
estabelecendo metas a serem atingidas no decorrer do mesmo .
Para que os alunos não sintam a ruptura tão frequente da
quarta série para a quinta série do ensino fundamental, no final do
ano letivo, procura se realizar um trabalho com alunos levando os a
sala da quarta série para que os alunos tirem suas dúvidas junto aos
alunos de quinta série e solicitar junto a equipe pedagógica das
escolas das séries iniciais relatório dos alunos que apresentam
dificuldades no processo ensino aprendizagem.
Para combater a evasão escolar, principalmente no Ensino
Médio é feito um acompanhamento diário das faltas dos alunos
através das agendas , do controle feito pelos representantes das
turmas e através do Livro Registro de Classe dos professores .
Quando são detectadas faltas consecutivas é feita a comunicação aos
pais buscando os motivos e fazendo registros; se necessário é
realizado o repasse do caso ao Conselho Tutelar (preenchendo a
FICA).
Percebe se que muitos alunos de quintas séries vêm das
séries iniciais sem os pré requisitos , prejudicando e atrasando o
desenvolvimento das aulas; para isso se faz necessário o
intercâmbio com os professores dos anos iniciais , mesmo que seja
através de relatórios individuais . Uma luta relevante seria a
conquista da implantação da Sala de Apoio para as 5ª séries , nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Percebemos que a falta de acompanhamento dos pais na vida
escolar de seus filhos, acarreta a falta de comprometimento dos
mesmos na realização de tarefas,trabalhos, horário de estudo ou o
descumprimento do Regimento Escolar . Para que haja mudança
nesta realidade, o apoio dos pais é fundamental, bem como a
solicitação da presença dos mesmos em reuniões , conversas com a
Direção , Equipe Pedagógica e professores, palestras para que
tenham conhecimento dos direitos e deveres dos alunos . O uso da
agenda escolar do aluno é tem como objetivo facilitar a comunicação
com os pais ou responsáveis.
O Colégio visa o desenvolvimento dos conteúdos necessários
para a vida em sociedade, fazendo com que o aluno direcione sua
energia e capacidade a uma consciência crítica levando o a uma outra
afirmação de cidadão respeitável. Dentro deste contexto oferecemos:
palestra, visita a museus e parques, teatros, empresas, sessões de
filmes, etc. dentro das possibilidades do Colégio. Buscando a
superação entre a realidade - discurso - teoria e prática docente, a
escola pretende:organizar a hora atividade, visando a troca de
experiências, promovendo reflexão coletiva, favorecendo o diálogo e
estudos;acompanhar as mudanças constantes nas famílias, na
economia, na política, na religião, entendendo e respeitando as
diferenças culturais, para melhor conviver com a diversidade
cultural ;incentivo ao uso dos recursos disponíveis na
escola;construção coletiva de práticas de uma gestão democrática.
Acreditamos que após a mudança para as novas instalações,
poderemos proporcionar melhores acomodações, tanto para
professores -alunos- funcionários. E implantarmos os programas
ofertados pela mantenedora, tais como: Viva Escola, CELEM, Sala de
apoio, FERA,COMCIÊNCIA entre outros.
5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
O Projeto Político Pedagógico garante a participação da
comunidade na gestão da escola através das instâncias colegiadas,
vislumbrando um avanço em termos de democratização da instituição
educativa.
A equipe pedagógica, a administrativa e a estrutura social são
formas representativas e, às vezes, operativas na tomada de decisões
onde todos se sentem responsáveis pela unidade escolar sem deixar
de delimitar o espaço de atuação das instituições auxiliares.
5.1.1 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e
fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade
com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o
Regimento do Colégio, para o cumprimento da função social e
específica da escola.
O conselho escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-
partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a
não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da
escola, prevista no seu Projeto Político Pedagógico.
É concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e
de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de
democratização da escola pública, constituindo se como órgão
máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
Sendo órgão colegiado de direção, deverá ser constituído pelos
princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da
coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político
pedagógica na gestão escolar.
Abrange toda a comunidade escolar e tem como principal
atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político
pedagógico da escola , eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida no estabelecimento de ensino.
A atuação e representação de qualquer dos integrantes do
Conselho Escolar visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas
finalidades e objetivos da educação pública, definida no seu Projeto
Político Pedagógico, para assegurar o cumprimento da função da
escola que é ensinar.
Os objetivos do Conselho Escolar são:
- realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática,
contemplando o coletivo, de acordo com as propostas
educacionais contidas no Projeto Político Pedagógico da Escola;
- constituir se em instrumento de democratização das relações no
interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da
comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a
especificidade do trabalho pedagógico escolar;
- promover o exercício da cidadania no interior da escola,
articulando a integração e a participação dos diversos segmentos
da comunidade escolar na construção de uma escola pública de
qualidade, laica, gratuita e universal;
- estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do
trabalho pedagógico na escola,a partir dos interesses e
expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações
da SEED e a legislação vigente;
- acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela
comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo
como pressuposto o Projeto Político Pedagógico da escola;
- garantir o cumprimento da função social e da especificidade do
trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização
das atividades educativas escolares estejam pautadas nos
princípios da gestão democrática.
5.1.2 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar
os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto
plano curricular, acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a
organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico,
utilizar o procedimento que assegure a comparação com os
parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,
evitando a comparação de alunos entre si, analisar os resultados da
avaliação do desempenho dos alunos com necessidades educacionais
especiais, considerando o respeito às diferenças individuais e as
dificuldades de aprendizagem, emitir parecer sobre assuntos
referentes ao processo ensino aprendizagem, respondendo a
consultas feita pela diretora e pela equipe pedagógica, analisar as
informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetam o rendimento
escolar, propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento
escolar, tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração
e relacionamento com os alunos na classe, estabelecer planos viáveis
de recuperação dos alunos, em consonância com o Plano Curricular
do estabelecimento de Ensino, decidir sobre a aprovação ou
reprovação do aluno que, após apuração dos resultados finais, não
atinja o mínimo necessário para continuar seus estudos na série
seguinte, levando se em consideração o desenvolvimento do aluno,
até então. Geralmente, o Conselho de Classe é constituído pelo
diretor, pela equipe pedagógica, e pelos professores e reúne se
ordinariamente em cada trimestre, em datas previstas em Calendário
Escolar, e extraordinariamente, sempre que há necessidade.
O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com
atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo
por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação
professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
Sendo o sistema de avaliação trimestral far se á um pré
conselho com os professores de cada disciplina e a participação dos
representantes de cada turma em momentos diferentes.
O pré conselho e o conselho de classe, propriamente ditos, serão
agendados previamente em reunião pedagógica realizada no início do
período letivo ou, então, extraordinariamente, sempre que um fato
relevante assim o exigir.
O Conselho Escolar tem por finalidade:
- estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação
com o trabalho do professor, na direção ensino-aprendizagem
proposto pela organização curricular;
- acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos;
- analisar os resultados de aprendizagem na relação com o
desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o
encaminhamento metodológico;
- utilizar procedimentos que assegurem a comparação como os
parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,
evitando a comparação dos alunos entre si.
As atribuições do Conselho de Classe são:
- emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino
aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo diretor e pela
Equipe Pedagógica;
- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico e processo de avaliação que
afetam o rendimento escolar;
- propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,
tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e
relacionamento com os alunos na classe;
- estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com o plano curricular do Colégio;
- colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução de
adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;
- decidir sobre aprovação ou reprovação de aluno que, após a
apuração dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo
Estabelecimento, levando se em conta o desenvolvimento do
aluno, até então.
5.1.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A APMF é um órgão de representação dos pais, professores e
funcionários da escola, não tendo caráter político-partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros.
Os objetivos da APMF são:
- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família –
escola – comunidade, enviando sugestões, em consonância com a
proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e
equipe pedagógica administrativa;
- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando lhes melhores condições de eficiência escolar em
consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
- Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando
sempre a realidade dessa comunidade;
- Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o
processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio
Estudantil com o apoio da APMF e o conselho Escolar;
- Representar os reais interesses da comunidade escolar,
contribuindo dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino,
visando uma escola pública, gratuita e universal;
- Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócio
educativa cultural desportivas, ouvido o Conselho Escolar;
- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes
forem repassados através de convênios, de acordo com as
prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho
Escolar, com registro em livro ata;
- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e
suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a
importância desta ação.
Compete à APMF:
- Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica,
sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho
Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento ou não;
- Observar as disposições legais e regulamentares vigentes,
inclusive resoluções emanadas da Secretaria de Estado da
Educação, no que concerne à utilização das dependências da
Unidade Escolar para realização de eventos próprios do
estabelecimento de ensino;
- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais,
alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade,
após análise do Conselho Escolar;
- Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo
pais, professores, alunos, funcionários, assim como para a
comunidade, após análise do Conselho Escolar;
- Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da
entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente
carentes;
- Reunir se com o Conselho Escolar para definir o destino dos
recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração
de planos de aplicação, bem como, reunir se para prestação de
contas desses recursos, com registro em ata;
A contribuição social voluntária será:
- Fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, e
Conselho Escolar, com a maioria de seus membros, no final do ano
letivo. Tal contribuição não poderá ultrapassar anualmente a 10%
do salário mínimo vigente;
- A contribuição voluntária não poderá ser vinculada ao ato de
matrícula, podendo acontecer em qualquer época do ano letivo;
- A contribuição social voluntária, poderá ser moeda corrente ou
outras formas de arrecadação, tais como: materiais de consumo,
de expediente e serviços;
5.1.4 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio é organização dos estudantes da Escola. Ele é
formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo
atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando
debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem
parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais
como compra de livros para biblioteca, transporte gratuito para
estudantes, etc.
È um órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar.
O Grêmio tem por objetivos:
- representar condignamente o corpo discente;
- defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do
Colégio;
- incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros;
- promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos;
- realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições de caráter educacional, assim
como a filiação às entidades geral UMES (União Municipal dos
Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos
Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas);
- lutar pela democracia permanente na escola, através do direito de
participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
5.1.5 REPRESENTANTES DE TURMA
Os representantes de turmas serão eleitos anualmente pelos
estudantes de cada turma com data fixada pelo Grêmio Estudantil
e/ou equipe pedagógica.
O representante de turma na escola tem a finalidade de:
- representar o corpo discente;
- colaborar com os professores, direção e equipe pedagógica;
- representar sua turma no pré conselho de classe;
- constituir a comissão Pró grêmio para organizar o Grêmio
Estudantil;
- participar da organização do Grêmio Estudantil através do CRT
(Conselho de Representantes de Turma).
6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Para que a avaliação escolar tenha função relevante e
significativa na prática escolar, é imprescindível entendê la como
instrumento de análise permanente do processo pedagógico que
revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se
aprimorando do conhecimento e mudanças que serão necessárias.
Assim a avaliação terá função diagnóstica, cumulativa,
identificando as dificuldades dos alunos para que os professores
possam intervir no processo ensino aprendizagem,não priorizando só
o acumulo de conhecimentos , mas, respeitando as dificuldades
individuais,possibilitando ao professor novas ações e ajustes no
planejamento. Para que a avaliação realizada expresse os princípios
filosóficos que sustentam o plano curricular, é necessário o
estabelecimento de critérios claros e decorrentes de conteúdos
significativos. Estes critérios fazem parte do planejamento de todos
os professores, independente da área de conhecimentos que atue.
Assim, a avaliação nas diferentes áreas do conhecimento tem a
função de obter informações relevantes do processo escolar, a fim de
permitir que as ações educativas não se afastem do projeto
pedagógico a que o currículo se propõe.
A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta
perspectiva, poderá sugerir estratégias de recuperação de conteúdos
muito mais ricas do que a mera repetição de conteúdos não
dominados. Dependendo das informações que a avaliação oferecer ao
professor, este poderá sentir se seguro diante do encaminhamento
adotado ou poderá ver se diante da necessidade de reformar no todo
ou em parte o seu trabalho, adequando o às necessidades que o
domínio de um conteúdo por uma determinada classe lhe exige.
É preciso, então, que todo processo avaliativo seja
conscientemente vinculado à concepção de ensino, que permeia a
prática pedagógica e, consequentemente, ao conhecimento
metodológico.
A avaliação deve ser considerada sobre dois aspectos: o nível
de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do
aluno,
O professor ciente destas dimensões no processo de avaliação,
pode interagir na apropriação do conhecimento, pelo aluno, não se
restringindo somente em identificar as dificuldades ou os critérios de
aquisição de conhecimento.
A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem é
contínua, é uma espécie de mapeamento que vai identificando as
conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento.
Dessa forma, tem caráter investigativo e processual. Ao invés de
estar a serviço da nota, a avaliação passou a contribuir com a função
da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e para o
professor transforma se num recurso precioso de diagnóstico. A
avaliação também tem orientado procedimentos de ensino em sala
de aula, pois, através dela, os professores têm obtido informações
básicas sobre quantos e quais alunos estão conseguindo realizar as
atividades, onde estão concentradas as dificuldades e de que
natureza são e para pensar até que ponto estas dificuldades estão
relacionadas com o que foi proposto, com os materiais utilizados,
com o tempo oferecido, ou com outras condições gerais do
funcionamento do Colégio. A partir daí, as atividades são
reprogramadas, para atingir as metas curriculares.
A prática da avaliação, como acompanhamento cotidiano da
aprendizagem, tem auxiliado o professor a emitir juízos de valor
( notas e conceitos trimestralmente) mais adequados sobre o
aproveitamento escolar do aluno, utilizando instrumentos
diversificados tais como: avaliações orais e escritas, pesquisas
teóricas e de campo, produção de texto, aulas passeio, observação
direta, relatórios, gincanas, concursos, jornal, mural e outros. Cabe ao
professor criar situações concretas, tais como: interpretações de
textos, produções de textos, experiências, entre outros, com critérios
selecionados em função dos conteúdos, considerando o nível de
aquisição de conhecimento já adquirido pelos alunos em
aprendizagens anteriores.
O sistema de registro de avaliação adotado pelo Colégio é
Trimestral, sendo os resultados da avaliação expressos através de
notas computados trimestralmente, em várias aferições na sequência
e ordenação dos conteúdos, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos .
O cálculo da Média Anual para efeito de promoção será feito na
forma de média aritmética simples, ou seja, soma se as notas do 1º
trimestre, do 2º trimestre e do 3º trimestre e divide por três, como
está representado na fórmula:
Média Anual = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre =6,0
3
Para a promoção, os alunos deverão atingir a média 6.0 (seis)
em todas as disciplinas e frequência superior a 75% do total da carga
horária do ano letivo, visto que é essa a exigência do sistema
educacional vigente.
A classificação é o procedimento que o Estabelecimento de
Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
• por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento,
a série ou fase anterior, no próprio Colégio;
• por transferência, para os alunos procedentes de outras
escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da
escola de origem;
• independentemente da escolarização anterior, mediante
avaliação para posicionar o aluno na série, compatível
ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos
por meios formais ou informais.
A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de
Ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado,
preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá lo à etapa de estudos
compatível com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos
professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e
com frequência na série, dar conhecimento à equipe pedagógica para
que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. O aluno
reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Este Estabelecimento de Ensino não oferece Regime de
Progressão Parcial, pois não temos contra turno e os alunos que
são transferidos de outro Estabelecimento que oferece este regime
serão matriculados na série e farão projetos de adaptação elaborados
pela equipe pedagógica.
Durante o Conselho de Classe é realizada a análise dos
resultados, num trabalho coletivo. São também analisadas todas as
dificuldades ocorridas e como lidaremos com elas no trimestre
seguinte. É também avaliado o trabalho da equipe e questões gerais
do Colégio. A avaliação tem servido para subsidiar a tomada de
decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico .
A recuperação de estudos está inserida no cômputo das 800
(oitocentas) horas anuais, é planejada, constituindo se num conjunto
integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades
dos alunos, atendendo a legislação em vigor. A recuperação
acontecerá sempre que forem constatadas dificuldades, falhas na
aprendizagem.
Os registros das avaliações são feitos nos Livros Registros,
sendo repassados aos alunos e responsáveis por meio dos boletins
entregues em reuniões individuais ou coletivas. Os resultados
finais são transcritos em Relatórios Finais, encaminhados para a
SEED, e no Histórico Escolar. Para maiores esclarecimentos sobre
quaisquer aspectos destas questões, pode se voltar a consultar o
Regimento Escolar.
7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP
A avaliação tem por objetivo diagnosticar o processo de
desenvolvimento não só dos alunos, mas de todo o processo que
envolve a Instituição Escolar, tendo em vista garantir a qualidade dos
resultados que está sendo desenvolvido.
A avaliação não possui finalidade em si mesma, ou seja, deve
estar articulada a um plano de ação, com objetivos, intenções,
seleções de metodologia, que refletem tanto na prática pedagógica,
quanto no processo de aprendizagem do aluno.
O processo de avaliação fundamenta se como parte integrante
do processo de aprendizagem, permitindo a constante revitalização
dos procedimentos pedagógicos, dos recursos utilizados e da
coerência entre os princípios e métodos que regem a educação.
Segundo LUCKESI (1995) “importa coleta, análise e síntese dos
dados que configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma
atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da
comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado
padrão de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de
objeto”.
Desse modo, para coletar dados, analisar e interpretar as
situações vividas a escola utiliza as seguintes estratégias:
Avaliação interna:
• Por meio de reuniões com a equipe pedagógica, professores e
demais funcionários que fazem parte da Instituição, para
estabelecer critérios a serem superados ou mantidos
dependendo das práticas sociais vividas na escola;
• Por meio de reuniões com a equipe pedagógica, professores e
demais funcionários para: cumprimento de datas previstas e
estabelecidas no Calendário Escolar, cumprimento das
concepções, metodologias, encaminhamento da proposta
pedagógica inserida no Projeto Político Pedagógico, discussão,
acompanhamento e avaliação permanente do mesmo;
• Feedback realizado permanentemente entre os professores,
equipe pedagógica e demais funcionários, garantindo a
avaliação no decorrer do processo;
• Conversas sobre o encaminhamento do planejamento, sobre as
dificuldades encontradas com os alunos (comportamental ou
cognitiva), contradições, dificuldades de aprendizagem,
realizada semanalmente com o Professor Pedagogo;
• Análise e melhorias dos processos existentes em cada um dos
processos do Colégio como: matrícula, reuniões de pais,
recepção de alunos, reuniões pedagógicas, atividades culturais
e recreativas, encaminhamento pedagógico, etc. As
dificuldades devem ser analisadas, oportunizando correções de
rumo, prevendo o bom andamento do trabalho e as melhorias
de qualidade.
Avaliação estabelecida aos pais e a comunidade escolar:
• Caixa com sugestões fixadas na entrada da escola, onde os pais
e a comunidade escolar pode manifestar se espontaneamente,
diante do trabalho pedagógico desenvolvido e realizado com o
aluno, tendo retorno por meio de ações de melhorias,
recebendo ainda retorno por escrito ou com diálogos com o
Diretor e Professor Pedagogo
• Os pais poderão manifestar se através de questionários de
pesquisa de satisfação que será realizado durante o processo
de aprendizagem, ou ao final do ano letivo, sendo considerados
os aspectos: merenda escolar, metodologia adotada, qualidade
de profissionais, horários, atividades culturais e recreativas,
aulas especiais, entre outros;
• Os pais têm espaço nas reuniões trimestrais, para posicionar se
diante da satisfação ou insatisfação no que se refere à
implementação do que foi proposto;
• Sempre que necessário os pais podem agendar horários para
esclarecer suas dúvidas, colocar suas insatisfações, entre
outros.
É importante ressaltar que todo o processo de
acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico deverá
acontecer anualmente, no coletivo com as instâncias colegiadas,para
que se possa fazer o diagnóstico da realidade, mobilizando para as
mudanças necessárias na re elaboração do Projeto Político
Pedagógico.
8. PROPOSTA CURRICULAR
8.1ARTES
8.1.1 Apresentação Geral da Disciplina
O trabalho de reestruturação do currículo do Ensino
Fundamental, na área de Artes, tem a pretensão de analisar o espaço
da arte na escola, a partir de uma perspectiva histórica. Para isso,
precisamos explicitar as relações da prática artística e o contexto em
qual se insere o aluno. A composição artística do aluno leva em
consideração o modo de percepção do mundo e que os trabalhos são
consequências da produção da arte que variam conforme a
necessidade de cada individuo, sendo que, em última instância, as
relações sociais de produção determinam as representações,
sistemas de idéias e imagens geradas na mesma sociedade.
Neste sentido, procura-se entender o processo histórico que
levou esta disciplina a se manter numa posição marginal dentro do
sistema educacional e buscamos valores estéticos que possibilitem a
democratização do saber artístico.
Na defesa de resgatar a arte de padrões estéticos superados, a
estética moderna privilegia a inspiração e a sensibilidade,
acentuando a subjetividade e a individualidade.
É justamente neste ponto que aparece muito clara a diferença
entre a concepção presente e a precedente. O ensino da arte,
desenvolvido sob a base da estética clássica, subordina a imagem à
observação na busca do domínio das leis que regem a forma a
procura da perfeição. É, o ensino regido sob a base da estética
moderna, subordina o conhecimento técnico e à criatividade e à
expressão, fundamentando-se na crença de que a arte não se ensina,
se expressa.
O ensino da arte deixa de ser tomado a partir do conhecimento
técnico e centra-se na expressão individual do aluno. Cabe à escola,
através do conhecimento artístico sistematizado, possibilitar ao
aluno, a partir da sua inserção social, as condições concretas para a
satisfação da necessidade humana de afirmação e interação com a
realidade, na atividade artística.
A arte tem sido tomada, ora como conhecimento técnico, ora
como expressão espontânea, perdendo-se de vista a sua totalidade.
Recuperar a Arte como forma de conhecimento, trabalho e
expressão, é buscar esta totalidade para dar conta da necessidade
humana de expressão, afirmação e interação com a realidade através
do trabalho artístico.
Esta disciplina, instrumento para apreensão do saber estético,
implica tanto na formação dos sentidos humanos, quanto na
compreensão mais efetiva da realidade humano-social. Isto significa
que a distinção entre as obras de arte e os demais objetos e a
especificação da atitude estética adequada para compreender o
artístico são resultados de convenções, cuja legitimidade é dada
pelas necessidades do sistema de produção e pela reprodução das
atitudes consagradas como estéticas.
Esta nova postura frente à análise da obra de arte, implica, de
um lado, em uma abordagem do valor estético do produto artístico, a
partir das relações entre os modos de compor e as relações sociais de
produção. De outro lado, implica em superar esta padronização
imposta pela classe dominante, no sentido de perceber que nenhum
modo de compor pode ser considerado absoluto, único e que o
conjunto de conhecimentos técnicos sistematizados e por cada uma
desses modos, servem de base para toda a criação artística.
Educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, a
interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e
expressão artísticaa procura de conhecimentos que mais tarde se
tornaram experiências. Para explicitar o encaminhamento necessário
para essa educação estética, constituem como base para a ação
pedagógica: a humanização dos objetos e dos sentidos, a
familiarização cultural e o saber estético, e também o trabalho
artístico.
É importante lembrar que não é possível trabalhar com a
educação estética tomando os três aspectos do encaminhamento
metodológico (Humanização dos objetos e dos sentidos,
Familiarização Cultural e o Saber Estético e Trabalho Artístico: da
prática imitativa à prática criadora) como etapas isoladas. Ao mesmo
tempo em que os sentidos humanos se formam e atuam e que, estes
se informam do saber estético que lhe corresponde, é indispensável a
prática artística. Consequentemente, não se deve tomar os três
aspectos do encaminhamento separadamente, pois seu trabalho
conjunto é condição básica para uma efetiva educação estética.
Cada linguagem artística possui um sistema organizado de
signos que possibilita a comunicação e a interação, estruturados
segundo princípios que cada cultura constrói. Desta forma, ensinar
arte é muito mais do que simplesmente apresentar certos elementos
da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se
transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar
diferentes representações culturais, analisando os processos de
criação e execução destas produções, pois a aprendizagem se nutre
da investigação, do diálogo e do olhar do outro.
Segundo Japiassu (2001:24), a necessidade de apropriação pelo
aluno das linguagens artísticas, são instrumentos poderosos de
comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo
com esta concepção, o objetivo das artes não é a formação de
artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas
complexas formas humanas de expressão que dinamizam processos
afetivos, cognitivos e psicomotores.
O conhecimento será realmente significativo, se o fazer
pedagógico do professor de Artes, através dos conteúdos, possibilite
aos alunos estabelecer as inter-relações entre os conhecimentos
adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes sejam
valorizados e tornem-se cheios de sentido.
8.1.2 Objetivos Gerais
• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem
artística;
• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma
atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção,
a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a
reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e
procedimentos artísticos diversos em artes (Artes Visuais,
Dança, Músicas, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos
pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e
contextualize-os culturalmente;
• Construir uma relação de autoconfiança com a produção
artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria
produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;
• Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando
e podendo observar as produções presentes no retorno, assim
como as demais do patrimônio cultural e do universo natural,
identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e
estéticos de diferentes grupos culturais;
• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,
investigando, indagando, com interesse e curiosidade,
exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e
apreciando arte de modo sensível;
• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da
arte, do trabalho e da produção dos artistas;
• Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte,
reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos
artísticos e concepções estéticas presentes na história das
diferentes culturas e etnias;
• Procurar e descobrir maneiras modernas de se representar arte,
• Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em
contato com artistas, obras de arte, fontes de comunicação e
informação.
• Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a
sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada,
enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a
linguagem.
• O ensino de Educação Artística deverá organizar-se de modo
que os alunos sejam capazes de:
• Adquiram competências de sensibilidade e de cognição em
artes visuais, dança, música e teatro, exercitando sua cidadania
cultural.
• Desenvolvam conhecimento estético e competência artística
nas diversas linguagens da área de Educação Artística, seja
para produzir trabalhos pessoais e grupais como para apreciar,
valorizar e emitir juízo sobre os bens artísticos de distintos
povos e culturas produzidos ao longo da história.
• Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio da
articulação de poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos
individuais e coletivos.
• Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais
articulando a percepção, a imaginação, a memória, a
sensibilidade e a reflexão, observando o próprio percurso de
criação e suas conexões com o de outros.
• Reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade
diversas técnicas de arte, com procedimentos de pesquisa,
experimentação e comunicação própria.
• Confeccionar, expressar e comunicar em artes plásticas e
visuais articulando a percepção, a imaginação, a memória, a
sensibilidade e a reflexão, observar o próprio percurso de
criação e suas conexões com o de outros.
• Utilizar maneiras atuais para as diversas representações de arte
(computador, DVD, TV, vídeos, cinema, fotografia), percebendo,
analisando para então realizar o fazer artístico.
• Reconhecer, diferenciar e saber utilizar inúmeras técnicas de
arte, com procedimentos de pesquisa.
• Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção
artística pessoal. Relacionar a própria produção com a de
outros. Valorizar e respeitar a diversidade estética artística e de
gênero.
• Identificar a diversidade e inter-relação de elementos da
linguagem visual que se encontram na realidade (vitrines,
cenários, roupas, adereços, objetos domésticos, movimentos
corporais, meios de comunicação), perceber, analisar e criticar.
• Conhecer, relacionar, apreciar imagens, concepções artísticas e
estéticas de distintos grupos étnicos.
• Freqüentar, saber utilizar e valorizar modos de preservação,
conservação e restauração dos acervos das imagens (museus,
praças, galerias, ateliês de artistas, centros de cultura, oficinas
populares, feiras, mercados).
• Compreender, analisar e observar as relações entre as artes
visuais com outras áreas de conhecimento humano (Educação
Física, matemática, ciências, filosofia etc)
•
8.1.3 Conteúdos
ARTES PLÁSTICAS5ª SérieA. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA
REALIDADE
1. Análise do modo de relação dos homens com os objetos e a
realidade.
Qualidades plásticas da Forma e do Espaço em relação a:
Posição:
- anterior, posterior,
- interior e exterior.
Proporção:
- relação das partes com o todo
Movimento:
- tensão
Ponto de Vista:
- frontal
- de topo
- de perfil
2. Análise da arte na consolidação da Sociedade Brasileira:
Apreciação estética da composição:
• compreensão da realidade expressa na obra.
Modos de compor
a Missão Francesa e a importação de modelos estéticos
europeus
a Semana de Arte Moderna de 1922.
Movimentos modernistas
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos Visuais:
- Ponto
- Linha
- Plano (superfície)
- Volume
- Luz (valor)
- Cor (escalas cromáticas)
- Textura (própria, produzida)
2. Qualidades Plásticas:
Equilíbrio
Harmonia
Dinâmica
3. Composição:
Bidimensional (duas dimensões):
• desenho
• pintura
• mural
• mosaico
• vitral
• gravura...
Tridimensional (três dimensões)
- modelagem
- escultura
- maquete
- móbile
- estábile...
C. TRABALHO ARTÍSTICO
- Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da
Linguagem Plástica.
6ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA
REALIDADE
1. Análise do modo de relação dos homens como os objetos e a
realidade.
Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação à:
Posição:
• anterior, posterior
• interior e exterior
Proporção:
- relação das partes com o todo
Movimento:
• tensão
• peso
Pontos de Vista:
- frontal
- de topo
- de perfil
2. Análise da Arte nas Sociedades Primitivas à Arte nas
Sociedades Antigas:
Apreciação estética da Composição:
- compreensão da realidade expressa na obra
Modos de compor:
• Arte Rupestre
• Arte Egípcia
• Arte Grega
• Arte Romana
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos visuais:
- ponto
- linha
- plano
- volume
- luz (contraste)
- cor (escalas cromáticas)
- textura (própria, produzida)
2. Qualidades Plásticas:
- equilíbrio
- harmonia
- dinâmica
3. Composição:
Bidimensional (duas dimensões):
- desenho
- pintura
- mural
- mosaico
- vitral
- gravura...
Tridimensional (três dimensões):
- escultura
- modelagem
- maquete
- módulos
- estrutura de encaixe...
C. TRABALHO ARTÍSTICO
1- Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da
Linguagem Plástica.
7ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS DA
REALIDADE
1. Análise do modo de relações dos homens com os objetos e a
realidade.
Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação à:
Posição:
- primeiro plano, segundo plano, terceiro plano...
Proporção:
- relação das partes com o todo
- escalas
Movimento:
- tensão
- peso
Pontos de Vista:
• um ponto de vista
• vários pontos de vista
2. Análise da Arte na Sociedade Feudal à Arte da Sociedade de
transição do feudalismo para o capitalismo:
Apreciação estética da composição:
- compreensão da realidade expressa na obra
Modos de Compor:
1- Arte Cristã Primitiva
2- Arte Bizantina
3- Arte Românica
4- Arte Gótica
5- Arte Renascentista
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos visuais:
- ponto (densidade, localização)
- linha (direção, extensão)
- plano (limites, dimensões)
- volume (desdobramento)
- luz (claro, escuro)
- cor (tonalidades, nuances)
- textura
2. Qualidades Plásticas:
• equilíbrio
• harmonia
• dinâmica
3. Composição:
Bidimensional (duas dimensões):
8 retrato
9 paisagem
10 natureza-morta
11 propaganda
12 fotografia
13 desenho
14 pintura....
Tridimensional (três dimensões)
• módulos
• estrutura de encaixe
• escultura
• maquete...
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da
Linguagem Plástica.
8ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA
REALIDADE
1. Análise do modo de relação dos homens com os objetos e a
realidade
Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço com relação à:
Posição:
simetria
assimetria
Proporção:
escalas
Movimento:
ritmo
tensão
peso
Pontos de Vista:
um ponto de vista
vários pontos de vista
2. Análise da Arte na Sociedade Capitalista:
Apreciação estética da composição:
- compreensão da realidade expressa na obra
Modos de Compor:
• Arte Neoclássica
• Arte Romântica
• Movimentos Modernistas
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos visuais:
• ponto (representação)
• linha (criação de planos e volumes)
• plano (criação de volumes)
• volume (profundidade, deformação)
• luz (claro, escuro, sombra)
• cor (escalas, valores)
• textura (condensação, rarefação)
2. Qualidades Plásticas:
- equilíbrio
- harmonia
- dinâmica
3. Composição:
Bidimensional (duas dimensões):
- desenho
- pintura
- propaganda
- paisagem...
Tridimensional (três dimensões)
8. escultura
9. módulos
10. estrutura de encaixe
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da
Linguagem Plástica.
TEATRO
5ª Série
A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO
DRAMÁTICA
1. Organização da Ação Dramática a partir da:
História:
8. textos da dramaturgia brasileira e universal
9. temas do folclore nacional
10. lendas brasileiras
11. mitologia grega...
Personagem:
Características ou possibilidades:
1- vocais
2- corporais
3- faciais
Limitações:
1. deformações sociais
2. estereótipos
Espaço cênico:
- elementos sonoros
- elementos visuais
2. Análise da produção teatral na consolidação da Sociedade
Brasileira:
Apreciação Estética:
- compreensão da realidade expressa na obra
A produção teatral:
- a poética brechtiana
- movimento modernista (pós 1922)
- renovação dos métodos de encenação (Augusto Boal)
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos da ação dramática:
História:
a) roteiro
b) enredo
Personagem:
Expressão Verbal:
- dicção
- articulação
- projeção
- ressonância
Expressão gestual:
- movimentos
- gestos
Espaço Cênico:
– cenário
– sonoplastia
– iluminação
2. A Ação Dramática:
• improvisação
• jogo dramático
• dramatização
• mímica...
3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação
Dramática:
- teatro imagem
- teatro simultâneo
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Leitura das relações do homem com os outros homens e com a
realidade através da Ação Dramática.
6ª Série
A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO
DRAMÁTICA
1. Organização da Ação Dramática a partir da:
História:
- temas de folclore
- lendas
- mitologia grega
- textos literários
- textos da dramaturgia brasileira e universal
- poesias
- músicas...
Personagem:
Características ou possibilidades:
- vocais
- corporais
- faciais
Limitações:
a) deformações sociais
b) estereótipos
Espaço Cênico:
• elementos sonoros
• elementos visuais
2. Análise da Arte nas Sociedades Primitivas à Arte das
Sociedades Antigas:
Apreciação Estética:
• compreensão da realidade expressa na obra
Modos de representar:
- a Tragédia Grega
- a poética de Aristóteles
- o teatro em Roma
- o drama litúrgico
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos da ação dramática:
História:
roteiro
enredo
Personagem:
Expressão verbal:
- dicção
- articulação
- projeção
- ressonância
Expressão gestual:
• movimentos
• gestos
Espaço Cênico:
• cenário
• sonoplastia
• iluminação
2. A Ação Dramática:
• improvisação
• jogo dramático
• mímica
• dramatização...
3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação
Dramática:
• teatro imagem
• teatro simultâneo
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Leitura das relações do homem com os outros homens e com a
realidade através da Ação Dramática
7ª Série
A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO
DRAMÁTICA
1. Organização da Ação Dramática a partir da:
História:
• temas de folclore
• mitologia grega
• textos literários
• textos dramatúrgicos
• poesia
• música...
Personagem:
Características ou possibilidades:
• vocais
• corporais
• faciais
Limitações:
• deformações sociais
• estereótipos
Espaço Cênico:
• elementos sonoros
• elementos visuais
2. A análise da Arte na Sociedade Feudal à Arte na Sociedade de
Transição do Feudalismo para o Capitalismo:
Apreciação Estética:
• compreensão da realidade expressa na obra
Modos de representar:
• teatro medieval
• teatro bizantino
• teatro renascentista
A comédia dell’arte
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos da Ação Dramática:
História:
• roteiro
• enredo
• drama
Personagem:
• expressão verbal
• expressão gestual
Espaço Cênico:
• cenário
• sonoplastia
• iluminação
2. A Ação Dramática:
• improvisação
• jogo dramático
• mímica
• dramatização...
3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação
Dramática:
• teatro imagem
• teatro simultâneo
• teatro debate
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Leitura das relações do homem com os outros homens e com a
realidade através da Ação Dramática.
8ª Série
A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO
DRAMÁTICA
1. Organização da Ação Dramática a partir da:
História:
• temas de folclore
• mitologia grega
• textos literários
• textos dramatúrgicos
• poesias
• músicas...
Personagem:
Características ou possibilidades:
• vocais
• corporais
• faciais
Limitações:
• deformações sociais
• estereótipos
• Espaço Cênico:
• elementos sonoros
• elementos visuais
2. Análise da Arte na Sociedade Capitalista:
Apreciação estética:
• compreensão da realidade de expressão
Modos de representar:
• teatro neoclássico
• teatro romântico
• teatro realista
• teatro de arena
• as vanguardas
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos da Ação Dramática:
História:
• roteiro
• enredo
• drama
Personagem:
• expressão verbal
• expressão gestual
Espaço Cênico:
• cenário
• sonoplastia
• iluminação
2. A Ação Dramática
• improvisação
• jogo dramático
• mímica
• dramatização
3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação
Dramática:
• teatro imagem
• teatro simultâneo
• teatro debate
C. TRABALHO ARTÍSTICO
Leitura das relações do homem com os outros homens e com a
realidade através da Ação Dramática.
MÚSICA
5ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE
1. Audição de diferentes padrões sonoros a partir da relação da
história do homem com a história da música:
• modal
• tonal
• contemporânea
B. SABER ESTÉTICO
1. Análise dos elementos sonoros a partir dos diferentes padrões das
qualidades sonoras.
• Altura - movimentos melódicos,(melodia)
• Duração - ritmo musical,
• Intensidade - planos sonoros,
• Timbre - instrumentos musicais,
• Densidade - texturas sonoras
2. Movimentos corporais em relação à:
Espaço:
• direção
• nível de altura
• dimensão
• distância
Dinâmica (intensidade do movimento):
• leve
• médio
• forte
Tempo (movimento com velocidade variada):
• lento
• médio
• rápido
3. Dança
4. Instrumentos Musicais:
• sopro
• corda
• percussão
C. TRABALHO ARTÍSTICO
1. Audição de diferentes sons:
Sons atuais:
• carro de corrida
• máquina de costura elétrica
• trovão...
Sons em extinção:
• calhambeque
• máquina de costura de pedal
• canto do galo...
2. Estruturação de diferentes sons (atuais, extinção,) através de:
Improvisação:
• livre
• dirigida
• registrada: (gráficos com melodia e acompanhamento)
• com diálogos
• descritiva
• vocal
• instrumental
• corporal
Com acompanhamento:
• mais de um ostinato
• mais de um bordum
3. Dança:
Músicas:
• folclóricas
• populares
Coreografia
Improvisada
• espaço
• nível de altura
• dimensão
• dinâmica
• tempo
Original
• postura
• qualidade de movimento
• face (rosto)
4. Construção dos instrumentos musicais de sopro, corda e
percussão:
Utilização:
• melodia
• acompanhamento
6ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE:
1. Audição de obras musicais:
Modal:
• Canto Gregoriano
• Música africana
• Música latino-americana
• japonesa
• chinesa
• árabe...
Tonal:
• renascentista
• barroca
• romântica
• clássica...
Contemporânea
• minimal
• concreta
• eletrônica
• serial...
2. Conhecimento das características das obras musicais a partir dos
elementos de arranjos formais:
Leitura do momento da produção da obra
• a relação entre o ritmo e a criação da obra
• o conhecimento técnico presente na obra
• a mensagem e o significado
Leitura das qualidades sonoras:
Utilização dos elementos sonoros:
• altura
• timbre
• densidade
• intensidade
• duração
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos Sonoros:
• altura
• duração
• timbre
• intensidade
• densidade
2. Qualidades Sonoras:
• melodia
• harmonia
• forma
• gênero (estilo)
• ritmo
3. Movimentos Corporais em relação à:
Espaço:
• direção
• nível de altura
• dimensão
• distância
Dinâmica (intensidade do movimento):
• leve
• médio
• forte
Tempo (movimentos com velocidade variada):
• lento
• médio
• rápido
4. Dança
5. Sonoplastia de:
• histórias
• situações sociais
• cotidiano...
7. Instrumentos Musicais:
• corda
• sopro
• percussão
C. TRABALHO ARTÍSTICO
1. Estruturação do Som a partir do conhecimento dos elementos de
arranjos formais através de:
Improvisação:
• livre
• dirigida
• registrada: (gráficos com melodia e acompanhamento)
• com diálogos
• descritiva
• narrativa
• vocal
• instrumental
• corporal
Com acompanhamento:
• ostinato
• borduns
3. Dança:
Músicas
• folclóricas
• populares
Coreografia:
Improvisada:
• espaço
• nível de altura
• dimensão
• dinâmica
• tempo
• fluxo do movimento
Original:
• postura
• qualidade de movimento
• face (rosto)
3. Sonoplastia
Composição sonora de:
• histórias
• situações sociais
• cotidiano
4. Instrumentos Musicais:
Análise de diferentes instrumentos musicais:
• corda
• sopro
• percussão
Utilização de formas de agrupamento destes instrumentos
7ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE
1. Conhecimento da estruturação do Som e seus elementos da
Cultura:
• tribal
• ocidental (antiga, moderna)
• oriental
2. Análise do modo de produção musical (modal, tonal,
contemporânea) a partir da estruturação do som e seus elementos
nas diferentes culturas:
Leitura do momento da produção da obra:
• a relação entre o ritmo e a criação da obra
• o conhecimento técnico presente na obra
• a mensagem e o significado
Leitura das qualidades sonoras:
Utilização dos elementos sonoros:
• altura
• timbre
• densidade
• intensidade
• duração
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos sonoros:
• altura
• timbre
• duração
• intensidade
• densidade
2. Qualidades sonoras:
• melodia
• harmonia
• forma
• gênero (estilo)
• ritmo
3. Movimentos corporais em relação à:
Espaço:
• direção
• nível de altura
• dimensão
• distância
Dinâmica (intensidade do movimento):
• leve
• médio
• forte
Tempo (movimentos com velocidade variada):
• lento
• médio
• rápido
4. Dança
5. Instrumentos Musicais:
• corda
• sopro
• percussão
C. TRABALHO ARTÍSTICO
1. Estruturação dos sons a partir das diferentes culturas através
da:
Improvisação:
• livre
• dirigida
• registrada: (diferentes formas de registro convencionadas)
• vocal
• instrumental
• corporal
• com diálogos
• descritiva
• narrativa
Com acompanhamento:
• visual
• instrumental
• com mais de um bordum
• com mais de um ostinato
2. Dança:
Músicas
• folclóricas
• populares
• diferentes culturas
Coreografia:
Improvisada:
• espaço
• nível de altura
• dimensão
• dinâmica
• tempo
• fluxo de movimento
Original:
• postura
• qualidade de movimento
• face (rosto)
3. Instrumentos musicais:
Conhecimento dos instrumentos musicais nas diferentes
culturas.
8ª Série
A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE
1. Análise dos elementos de arranjo formais de obras musicais atuais
e de culturas diferentes (eruditas, populares):
Leitura do momento da produção da obra:
• a relação entre o ritmo e a criação da obra
• o conhecimento técnico presente na obra
• a mensagem e o significado
Leitura das qualidades sonoras:
Utilização dos elementos sonoros:
• altura
• timbre
• densidade
• intensidade
• duração
2. Análise de textos escritos por críticos musicais a partir dos
elementos de arranjos formais.
B. SABER ESTÉTICO
1. Elementos sonoros:
• duração
• altura
• timbre
• intensidade
• densidade
2. Qualidades Sonoras:
• melodia
• harmonia
• forma
• gênero (estilo)
• ritmo
3. Movimentos corporais em relação à:
Espaço:
• direção
• nível de altura
• dimensão
• distância
Dinâmica (intensidade do movimento):
• leve
• médio
• forte
Tempo (movimento com velocidade variada):
• lento
• médio
• rápido
4. Dança
5. Instrumentos musicais:
Análise de formações instrumentais:
• atuais
• diferentes culturas
C. TRABALHO ARTÍSTICO
1. Estruturação dos sons a partir de arranjos formais através de:
Improvisação:
• livre
• dirigida
• registrada
• descritiva
• com diálogos
• narrativa
• vocal
• instrumental
• corporal
Com acompanhamento:
• vocal
• instrumental
• ostinatos
• borduns
2. Produção de textos musicais a partir dos elementos formais
3. Dança:
Músicas:
• folclóricas
• populares
Coreografia:
• improvisada
• original
Crítica:
• à coreografia improvisada
• à coreografia original
4. Instrumentos Musicais:
• atuais
• diferentes culturas
Crítica:
À formação instrumental para execução das músicas:
• atuais
• diferentes culturas
8.1.4 Metodologia
O método a ser aplicado, deve se fundamentar a todo o
trabalho do professor de Artes, pois, é este o elemento pedagógico
que está mais intimamente ligado a pratica em sala de aula.
Pode-se definir método como um modo planejado e
determinado para se atingir objetivos. Um procedimento racional para
o conhecimento seguindo um percurso fixado, tendo em vista: para
quem, como, porque e o quê.
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser
humano tem com a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho
artístico, produzir arte e de sentir e perceber os vários aspectos das
obras de arte, contextualizando-se e inteirando-se com os elementos
das diferentes linguagens.
No Ensino Fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões
em Arte, pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se
dar as reflexões sobre diversidade cultural e as produções/
manifestações culturais que dela decorrem.
Propomos educar no sentido estético: onde é ensinado a ver,
ouvir criticamente, interpretar a realidade, ampliar as possibilidades
de expressão artística.
O ver, o pensar e o fazer caminham juntos aprimorando a
percepção efetiva e a visão técnica. A produção artística é muito
importante para a formação estética do aluno.
Ao professor caberá responder a necessidade técnica do aluno,
levando em conta os modos de ver e compor que este já se utiliza; ao
mesmo tempo em que ele possibilita o contato com outros modos de
representação para que este educando seja conduzido desta maneira
a desenvolver o máximo dos saberes que são esperados, tais como:
trabalhar no sentido de desenvolver a imaginação, criação, ouvir e
ver com atenção.
Estes critérios junto com os elementos formais possibilitam ao
aluno expressar a realidade que desejam.
Deste modo procurando atingir a “percepção”, familiarização
dos objetos e coisas que o cercam determinando as qualidades
estéticas que estes realmente possuem.
É preciso realmente conduzir o aluno a perceber que a maioria
das manifestações sonoras estão sob controle das relações sociais;
sendo assim uma das tarefas da arte-educação, deve ser além do
exercício sistemático com estes conhecimentos, no sentido de
possibilitar; por outro a apropriação da história social, da arte
compreendendo o momento histórico de sua criação.
O trabalho artístico será voltado a uma assimilação criadora
sem cópias , visto que o ser humano busca criar, mudar, transformar,
e descobrir o que é existente demonstrando aquilo que pensa e
sente.
Precisamos aliar ao conhecimento artístico o trabalho, a
experimentação e expressão objetivando ao ser trabalhado Educação
Artística: ampliar o conhecimento do aluno no que se refere às
linguagens artísticas, dando a ele instrumentos para que possa fazer
uso destas linguagens observando de maneira diferente, compondo,
interpretando e interagindo com o universo artístico, incentivando o
desabrochar do potencial criativo de cada um.
No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, onde desta
forma torna-se necessário contemplar na metodologia do ensino da
arte, estas três dimensões, ou seja, estabelecer como eixo o
Produzir o fazer artistico , o Apreciar , que são formas sentir e
perceber a leitura dos trabalhos, e o Contexto histórico , que
fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho
mais sistematizado, superando-se o senso comum do conhecimento
baseado só através da experiência.
Para que a informação se transforme em conhecimento, é
necessário interpretar e questionar as diferentes representações
culturais, analisar os processos de criação e execução das produções,
nutrindo-se da investigação, da leitura e compreensão da realidade
humana e do diálogo que dinamiza os saberes, tornando-os
realmente significativos.
É importante compreender que os três eixos constituem uma
totalidade e que o trabalho em sala pode ser iniciado por qualquer
um deles, ou pelos três simultaneamente. Vale ressaltar que no final
do processo de trabalho dos conteúdos, tenham sido tratados os três
eixos com os alunos.
• Apreciar
Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que
possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte.
Envolve também a leitura dos objetos, da natureza e da cultura em
uma dimensão estética.
Inicialmente, a leitura das obras artísticas se dá pelos sentidos. A
percepção e a fruição serão superficiais ou mais aprofundadas, de
acordo com as experiências e conhecimentos estéticos que o aluno
tiver em sua vida.
O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar esta
leitura com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa
interpretar as obras de arte e a realidade, transcendendo as
aparências, apreendendo através da arte parte da totalidade da
realidade humano social.
A humanização dos objetos e dos sentidos, realiza-se tanto na
apreciação livre dos objetos, quanto na percepção mediada pelo
conhecimento estético sistematizado.
• Contexto histórico
Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade
opera para apreender o conhecimento historicamente produzido
sobre arte.
A Arte é um campo do conhecimento humano, que é estruturado
por um saber, que tem uma origem, cada conteúdo tem sua história,
que deve ser conhecida para melhor compreensão por parte do
aluno.
Este conhecimento transforma-se através do tempo em função
dos modos de produção social, o que implica para o aluno que
conhecer como se organizam as várias formas de produzir arte, é
conhecer também como a sociedade estrutura-se historicamente.
• Produzir
O trabalho criador (prática) é a expressão do aluno sendo
privilegiada. É o momento do exercício da imaginação e da criação.
Apesar das dificuldades de desenvolver estas práticas nas escolas, é
de fundamental importância, pois a arte não pode ser apreendida de
forma abstrata.
O processo de produção do aluno se dá quando ele interioriza e
se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.
Estes três eixos metodológicos são importantes e essenciais no
processo ensino-aprendizagem em arte, são interdependentes e
devem ser tratados de forma orgânica em vários momentos..
Pode-se iniciar o encaminhamento do trabalho pelo Produzir,
mas em todos os momentos é necessário tratar do Contexto
histórico, onde o aluno faz, mas sabe o que e o porque está fazendo,
construindo junto com o professor o conhecimento, inclusive, que
haja alguns momentos de aulas teóricas sobre o conteúdo e os
movimentos artísticos importantes na história.
Para complementar o eixo Apreciar, é fundamental que se
possibilite aos alunos, visitas à exposições, museus, que assistam
peças teatrais, apresentações musicais, dança, dentre outros, que
facilitem a análise, a descrição do contexto e a organização das
diferentes formas de linguagem.
8.1.5 Avaliação
Os critérios de avaliação em Artes decorrem dos conteúdos,
consistem em uma seleção de expectativas que evidenciam a
apropriação destes conteúdos pelos alunos.
Não se propõe aqui avaliar a expressão, ou o trabalho do aluno,
mas no seu trabalho avaliar o domínio que este vai adquirindo dos
modos de organização destes conteúdos ou elementos formais na
composição artística. Isto significa que há modos de organizar, de
expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons da realidade,
de forma que a resolução de uma proposta de representação artística
tem por base o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc..
Estes aspectos são o conhecimento que possibilitam ao aluno:
• expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no
trabalho artístico;
• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação
artística;
• fazer uma leitura da produção artística, a partir dos
procedimentos que foram usados;
• excluir a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;
• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que
tendem a ver os objetos somente sob seus aspectos prático-
utilitários;
• construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do
conhecimento técnico, o trabalho artístico, permitindo que este
venha a ser partilhado com os outros.
Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o
mediador da relação aluno-produção artística e a avaliação como
parte deste processo, deve possibilitar ao professor perceber em que
medida houve a apropriação do conteúdo proposto.
A avaliação será através da construção do conhecimento em
Arte, se efetivando na inter-relação de saberes que se concretiza na
experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação
/ produção e da contextualização histórica. Apesar de suas
especificidades, os campos conceituais são interdependentes e
articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do objetivo de
estudo.
A avaliação deve oportunizar ao aluno diferentes maneiras de
expressão, como imagens bidimensionais, tridimensionais e virtuais.
Dentro das avaliações, devemos considerar:
• as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e
na religião, as várias dimensões de cultura, entendendo toda
manifestação artística como produção cultural;
• as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de
partida para a ampliação dos saberes em arte;
• as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a
compreensão dos processos de criação e execução nas
linguagens artísticas;
• a experimentação como meio fundamental para a
ressignificação, levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio
dos sentidos.
Para avaliar em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos
experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação
consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada
linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores,
historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que
podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas
significações sobre a realidade.
Avaliar em Arte, acima de tudo, deve-se definir aonde se quer
chegar, o que o aluno irá aproveitar, o aproximando dentro de uma
reflexão sobre a diversidade das manifestações culturais, ou seja,
entrar em contato com aquilo que foi produzido pelo homem para dar
significado à suas ações e ao mundo em que vive.
A proposta da disciplina de Artes foi elaborada pretendendo
definir o complexo conceito de arte, e também para mostrar as
principais modalidades artísticas e a maneira com se originam e,
sobretudo, levar o aluno a desenvolver o interesse pela arte,
aprimorar a sua sensibilidade estética e também humana. Para o
aluno exercer seu juízo crítico, visando a formação, a expressão e a
opinião própria em relação a arte e o mundo que vivemos e mais,
permitir que o aluno possa fazer parte da sociedade como cidadão
participativo e que contribui para as mudanças, buscando uma
sociedade mais justa, mais humana, resgatando valores essenciais
para se viver.
Vendo desta forma a arte vem como processo
transformador, atingindo o seu alvo principal, o aluno, o cidadão
em formação.
8.1.6 Referências
- BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da
arte. São Paulo: Cortez, 2002.
- BARBOSA, A. M. (org.) A imagem do ensino da arte: anos
oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.
- CANDAU, V. M. (org.) Sociedade, educação e cultura (s):
questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
- DONDIS, D. Sintaxe da linguagem visual. Tradução de: Jéferson
Luiz Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
- FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2
ed. São Paulo: Cortez, 1993.
- JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. São Paulo:
Papirus, 2001.
- PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins
Fontes, 1984.
- OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a
influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese
de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.
- SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da educação fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná: Artes do Ensino Fundamental. Curitiba:
SEED, 2006.
8.2 BIOLOGIA
8.2.1 Apresentação Geral da Disciplina
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno
VIDA.
As reflexões sobre o fenômeno da vida, sua origem e processos,
emergiram em várias civilizações e culturas, ao longo do tempo
histórico. Em um primeiro momento, o objetivo do homem em obter
conhecimento sobre o mundo natural, voltava-se ao desenvolvimento
de técnicas que garantissem sua sobrevivência. Nos seus primórdios,
o ser humano aprendeu a utilizar as plantas e os animais em seu
proveito. Aprendeu a evitar plantas venenosas e como tratar os
animais. E ao observar o comportamento destes últimos, pode adotar
técnicas de caça. Partindo também dos conhecimentos acerca da
utilidade e da época de frutificação de diversos vegetais, desenvolveu
a agricultura, aprendendo assim, a garantir, de maneira mais regular
e segura o sustento das comunidades.
O estudo da vida emergiu em várias civilizações e culturas ao
longo do tempo histórico. Na Mesopotâmia, sabia-se já que o pólen
podia ser utilizado para fertilizar plantas. Elementos do mundo vivo
eram já utilizados como objetos de comércio em 1800 a.C., durante o
período de Hammurabi, especialmente as flores. Os povos orientais já
tinham conhecimento do fenômeno de polinização em palmeiras e do
fenômeno de dimorfismo sexual em variadas espécies vegetais.
Na Índia, textos descrevem variados aspectos da vida das aves.
Egípcios e babilônicos tinham já um conhecimento apreciável de
anatomia e fisiologia de várias formas de vida. Na Mesopotâmia,
animais eram mantidos naquilo que hoje podemos considerar como
sendo os primeiros jardins zoológicos.
No Egito, eram usados baixos relevos e papiros para fazer a
representação anatômica do corpo humano e de outros animais. A
prática do embasamento utilizado pelo povo egípcio requeria já um
amplo conhecimento das propriedades de plantas e óleos de origem
vegetal.
No entanto, nestas épocas, a superstição ainda vinha muitas
vezes associada ao conhecimento objetivo. Na Babilônia e Assíria,
órgãos de animais eram usados para prever o futuro, e no Egito, uma
grande dose de misticismo envolvia a prática médica.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA
tem origem na antiguidade, com contribuições do filósofo Aristóteles,
quanto a organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas
que buscavam explicações para a compreensão da natureza.
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da
Biologia considerando a comparação das espécies coletadas em
diferentes locais. Esta tendência reflete a atitude contemplativa
interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração
empírica do mundo natural pautado por um método baseado na
observação e descrição da natureza, caracterizando o pensamento
biológico descritivo.
Neste contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA
"como expressão da NATUREZA idealizada pelo sujeito racional"
(RUSS, 1994).
Em meio a tantas mudanças, contributos foram dados pelo
médico Willian Harvey (1578-1657) com a proposição de um novo
modelo referente à circulação do sangue. Este modelo, não o método,
foi acolhido por Descartes1 (1596-1650) como uma das bases mais
consistentes do pensamento biológico mecanicista.
Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o
pensamento mecanicista. Para entender o funcionamento da VIDA a
Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez mais
especializadas e menores procurando compreender as relações causa
e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes. No século XX,
a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel
provocando uma revolução conceitual da biologia. Esta concepção
contribui para a construção de um modelo explicativo dos
mecanismos evolutivos vinculando-os ao material genético, marcando
a influência do pensamento biológico evolutivo.
Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do
pensamento biológico da manipulação genética, demarcando a
condição do homem em compreender a estrutura físico-química dos
seres vivos e as consequentes alterações biológicas.
O momento histórico apontados têm como finalidade representar
como se deu a construção do pensamento biológico, identificando os
recortes históricos importantes para fundamentar a proposição dos
conteúdos estruturantes de Biologia.
1
Entretanto, para a Ciência, e em especial para a BIOLOGIA, esta
construção ocorre a partir de movimentos não-lineares, com
momentos de crise, de revoluções, de mudanças de paradigmas, de
questionamentos conflitantes, de busca constante por explicações
sobre o fenômeno VIDA.
Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos
construídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao
sistema de ensino requer compreensão dos contextos em que a
disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios do
Ensino de Ciências ficaram reduzidos a transmissão de um único
método científico, consistente no conjunto de passos perfeitamente
definidos e aplicados de modo mecanicista, ensinando o aluno a
pensar e agir como cientistas, numa visão positivista de Ciência. Esta
escola ainda estava voltada para atender os filhos da elite cultural
brasileira, iniciando o deslocamento do foco da formação humanista
para a científica.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas
com a promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava
Diretrizes e Bases do Ensino de 1 º e 2 º graus. Essa lei trazia
alterações no sentido de conter os aspectos liberais constantes na lei
anterior, estabelecendo um ensino tecnicista para atender ao regime
vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista
(AGOSTINI, 2000).
O Ensino de Ciências é reorganizado. “A escola secundária deve
servir agora não mais à formação do futuro cientista ou profissional
liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para
responder às demandas do desenvolvimento” (KRASILCHIK, 1987.
p.18).
Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base na
observação, a partir da qual, os mesmos poderiam ser explicados por
raciocínios lógicos comprovados pela experimentação. A
experimentação garantia também a descoberta de novos fatos, de
forma que o ciclo se fechava: voltava-se à observação, depois ao
raciocínio, depois à experimentação.
Surge no Brasil um novo campo de pesquisa sobre a aprendizagem
dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese dos conceitos e
suas implicações na aprendizagem das ciências. Decorrente dele, nos
anos 80 surge no Brasil um novo, utilizando a análise do processo de
produção do conhecimento na ciência como fonte de inspiração para
a proposição de modelos de aprendizagem.
Para o ensino da Biologia, a proposta estabelece seis temas que
envolviam as diferentes ciências de referência desta disciplina e
algumas noções do desenvolvimento científico e tecnológico. Este
documento tinha por finalidade a busca de uma alternativa
metodológica para o ensino de Biologia, oportunizando aos
professores e alunos a uma visão totalizante da Biologia.
Tal proposta, apesar da tentativa de superação do ensino
tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, apresentava
os conteúdos ainda divididos por blocos tradicionais do livro didático,
reunidos em temas geradores. A visão de totalidade caracterizava o
"conteudismo" dos conhecimentos da biologia.
Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram
identificados os marcos conceituais da construção do pensamento
biológico. Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha
dos Conteúdos Estruturantes e dos Encaminhamentos Metodológicos.
Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e
filosófica da Ciência está em conformidade com o atual contexto
sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da
concepção de Ciência enquanto construção humana.
8.2.2 Objetivos Gerais
• Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou
processo biológico.
• Elaborar questões, diagnósticos e propor soluções para
problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia;
• Estimular a Biologia como um fazer humano, e, portanto,
histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos,
econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos
• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de
transformações intencionais por ele produzidas no seu
ambiente.
• Produzir o conhecimento utilizando diferentes fontes de
pesquisa, da experimentação, da observação da natureza,
desde suas formas mais simples até as mais complexas.
8.2.3 Conteúdos
1ª Série
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos
Organização dos
Seres Vivos
- Introdução à Biologia
Características gerais dos seres
vivos;
- Citologia
diferenças entre células procarióticas
e eucarióticas.
Mecanismos
Biológicos
- Introdução à Biologia
Importância dos métodos científicos
para maior compreensão da vida e
dos fenômenos a ela relacionados;
- Origem e evolução dos seres vivos
Hipóteses sobre a origem da vida
- Ecologia
Conceitos;
Fluxo de energia e ciclo de
substâncias num ecossistema;
Ciclos biogeoquímicos;
Desequilíbrios ambientais;
- Citologia
Histórico da citologia e da
microscopia;
Divisões celulares;
Envoltórios celulares: composição
química e transporte de nutrientes;
Organelas celulares: constituição e
funções que desempenham nas
células;
Núcleo Celular:
estruturas do núcleo e suas
respectivas funções;
divisões celulares;
- Reprodução humana
orientação sexual ;
- Embriologia;
- Histologia animal.
Biodiversidade - Origem e evolução dos seres vivos
hipóteses sobre a origem da vida;
evidências da evolução;
teorias da evolução;
- Ecologia
Biomas;
- Citologia
diferenças entre células procarióticas
e eucarióticas;
- Reprodução humana
orientação sexual: métodos
contraceptivos, doenças
sexualmente transmissíveis;
- Embriologia comparada;
- Histologia comparada.
Manipulação
Genética
- Citologia
biotecnologia associada;
terapias gênicas
2ª. Série
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos
Organização dos
Seres Vivos
- Classificação dos seres vivos;
- Vírus
características gerais dos vírus;
- Reino Monera
características estruturais dos
moneras;
- Reino Protista
caracterização das algas;
caracterização dos protozoários;
- Reino Fungi
Características gerais e estruturas
dos fungos;
- Reino Plantae
características gerais das plantas;
- Reino Animmalia
Características gerais dos
invertebrados, específicamente aos
Filos: Porífera, Cnidaria,
Platyhelminthes, Nemathelminthes,
Mollusca, Annelida, Arthropoda e
Echonodermata;
Características gerais dos
vertebrados: Infrafilos Agnatha e
Gnatosthomata e Superclasse
Osteichthyes;
Características gerais dos
vertebrados: ênfase a SuperClasse
Tetrapoda: Amphibia, Reptilia, Aves
e Mammalia.
Mecanismos
Biológicos
- Sistemática
nomenclatura;
- Vírus;
estrutura dos vírus;
ciclo reprodutivo viral
- Reino Monera
nutrição das bactérias;
reprodução das bactérias;
importância das bactérias para a
humanidade;
- Reino Protista
Algas:
reprodução das algas;
importância econômica e
ambiental das algas;
Protozoários
reprodução dos protozoários;
- Reino Fungi
reprodução dos fungos;
prejuízos causados por fungos;
importância ambiental e econômica
dos fungos;
- Reino Plantae
Anatomia das plantas;
fisiologia das plantas;
importância econômica das plantas,
uso e manejo de solo e plantas
(agrotóxicos);
- Reino Animmalia
Invertebrados
Poríferos: importância ambiental e
econômica;
Cnidários: importância ambiental
e econômica;
Platelmintos: reprodução, nutrição
e ciclo de vida. Importância
ambiental;
Nematelmintos: reprodução,
nutrição e ciclo de vida;
Moluscos: Anatomia e fisiologia
dos moluscos. Importância
ambiental e econômica;
Anelídeos: Anatomia e fisiologia
dos anelídeos. Importância
ambiental e econômica;
Artrópodes: Anatomia e fisiologia
dos artrópodes. Importância
ambiental e econômica;
Equinodermos: Anatomia e
fisiologia dos equinodermos.
Importância ambiental e
econômica;
Vertebrados
Peixes: anatomia e fisiologia;
importância ambiental e
econômica;
Anfíbios: anatomia e fisiologia;
importância ambiental e
econômica;
Répteis: anatomia e fisiologia;
importância ambiental e
econômica;
Aves: anatomia e fisiologia;
importância ambiental e
econômica;
Mamíferos: anatomia e fisiologia;
importância ambiental e
econômica.
Biodiversidade - Vírus
vírus de DNA e RNA;
- Reino Monera
classificação das bactérias;
arqueas;
- Reino Protista
principais grupos de algas;
principais grupos de protozoários;
- Reino Fungi
classificação dos fungos;
- Reino Plantae
classificação das plantas: principais
grupos;
composições vegetacionais e
formação de biomas;
vulnerabilidade e ameaças a
espécies de plantas;
- Reino Animmalia
Invertebrados
Poríferos: principais
representantes;
Cnidários: principais
representantes;
Platelmintos: principais
representantes;
Nematelmintos: principais
representantes;
Moluscos: Classes dos Moluscos;
Artrópodes: classificação dos
artrópodes;
Equinodermos: classificação dos
equinodermos;
Vertebrados
Peixes: classificação dos peixes;
Anfíbios: principais
representantes;
Répteis: principais
representantes;
Aves: principais representantes;
Mamíferos: principais
representantes.
Manipulação
Genética
- Vírus
vírus e doenças;
- Reino Monera
doenças causadas por bactérias;
- Reino Protista
doenças causadas por protozoários;
- Reino Plantae
alimentos transgênicos;
- Reino Animmalia
melhoramento genético, raças.
3ª Série
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos
Organização dos
Seres Vivos
- Citogenética
Características do núcleo celular,
filamentos de DNA e RNA;
- Evolução e especiação.
Mecanismos
Biológicos
- Citogenética:
Cromossomos: conceitos básicos;
Divisão celular;
- Genética
Introdução e termos utilizados em
genética;
Histórico da genética;
Leis de Mendel:
1a. Lei de Mendel e 2a. Lei de
Mendel;
Herança ligada ao sexo;
Herança de grupos sangüíneos na
espécie humana;
- Anatomia e fisiologia humana
Sistemas de coordenação: nervoso e
endócrino;
Sistemas de nutrição: cardiovascular,
respiratório e digestório;
Sistema excretor;
Sistemas de relacionamento:
esquelético, muscular e órgãos dos
sentidos;
Sistema reprodutivo.
Biodiversidade - Evolução e especiação.
Manipulação
Genética
- Genética
terapias gênicas;
clonagem;
- Anatomia e fisiologia
Sistema reprodutivo: intervenções
durante desenvolvimento
embrionário.
8.2.4 Metodologia
A metodologia de ensino da Biologia envolve o conjunto de pro-
cessos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indiví-
duo, de organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas
relações sociais, políticas, econômicas e culturais.
Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma
crítica ao ensino com ênfase exclusiva na divulgação dos resultados
do processo de produção do conhecimento científico, e apontar solu-
ções que permitam a construção racional do conhecimento científico
em sala de aula, sem dissociar as implicações deste conhecimento
para o ser humano.
Dentro do contexto educacional o ensino da Biologia deve ter
papel fundamental na construção de uma mentalidade voltada à
vivência do aluno, colocando a disciplina, sempre que possível, a
serviço do estudante e conscientizando-o de sua importância,
utilidade e abrangência.
Os conteúdos a serem abordados devem ser feitos de forma
contextualizada, com aprofundamento de acordo com a realidade dos
alunos . Para promover um aprendizado ativo, que especialmente em
Biologia transcenda a memorização de nomes e organismos, sistemas
ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como
problemas a serem resolvidos de modo integrado.
Cabe ressaltar que uma aula deve introduzir momentos de re-
flexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experi-
mentação como possibilidade de superar o modelo tradicional das au-
las práticas dissociadas das teóricas. As aulas práticas passam a fazer
parte de um processo de ensino pensado e estruturado pelo profes-
sor, repensando-se inclusive, o local onde possam acontecer, não fi-
cando restritas ao espaço de laboratório. As aulas, desta forma, não
são apenas experimentais ou apenas teóricas, mas pensadas de
modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno,
ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito
das implicações de seus pressupostos e revê-los à luz das evidências
científicas.
Importa,também conhecer e respeitar a diversidade social, cul-
tural (Lei Nº 10.639/03 História e Cultura Afro-Brasileira) e “as ideias
primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir
obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à
compreensão do conceito VIDA. As leis 10.639/03 História e Cultura
Afro-Brasileira e indígena serão abordados dentro dos conteúdos de
Genética e Evolução.
Cada paradigma representa um marco conceitual da construção
do pensamento biológico identificado historicamente. De cada marco
define-se um Conteúdo Estruturante e destacam-se metodologias de
pesquisa utilizadas, à época, para a compreensão do fenômeno VIDA,
cuja preocupação está em estabelecer critérios para seleção de
conhecimentos desta disciplina à serem abordados no decorrer do
Ensino Médio.
O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve ocorrer
de forma integrada, propondo:
a. Organização dos Seres Vivos:
A metodologia descritiva, utilizada no momento histórico em
que esse Conteúdo Estruturante foi sistematizado no pensamento
biológico, propõe a observação e descrição dos seres vivos. Nesta
diretriz, busca-se partir desta metodologia ampliando a discussão
para a comparação das características estruturais anatômicas e
comportamentais dos seres, realizando discussões entre os critérios
usados desde Linné até a atualidade com a introdução da análise
genômica, propiciando a compreensão sobre como o pensamento
humano, partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao
modelo de mundo em constante mudança.
b. Mecanismos Biológicos:
Este Contéudo Estruturante fundamenta-se no paradigma
mecanicista para explicar os mecanismos biológicos. Por isso,
baseava-se na análise dos conhecimentos biológicos sob uma
perspectiva fragmentada, conhecendo-se as partes, utilizando as
idéias do método científico propondo hipóteses que permitam
analisar como os sistemas biológicos funcionam. Nesta diretriz,
considera-se que este conhecimento, isoladamente, é insuficiente
para permitir ao aluno compreender as relações que se estabelecem
entre os diversos mecanismos para manutenção da vida. É
importante que o professor considere o aprofundamento, a
especialização, o conhecimento objetivo como ponto de partida para
que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da interação
entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com
os demais componentes do seu meio;
c. Biodiversidade:
Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma
evolutivo. Sendo a concepção de Ciência entendida como construção
humana, a metodologia do ensino neste Conteúdo Estruturante
pretende caracterizar a diversidade da VIDA como um conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de
um indivíduo, ou, ainda, de organismos no seu meio. Nesta diretriz,
pretende-se que as reflexões propostas, neste Conteúdo Estruturante,
partam das contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias
fixistas, já superadas há muito pela ciência e supostamente pela
sociedade. Pretende-se a superação das concepções alternativas do
aluno com a aproximação das concepções científicas, procurando
compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia,
como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
d. Manipulação Genética:
Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma da
manipulação genética. Ao propor o paradigma da manipulação
genética não significa que esteja sendo proposto a manipulação do
material genético nos laboratórios escolares. O que se pretende,
nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações dos avanços
biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma possibilidade
metodológica a ser utilizada é a problematização. Esta proposta
metodológica parte do princípio da provocação e mobilização do
aluno na busca por conhecimentos necessários para resolução de
problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao
cotidiano do aluno para que ele busque compreender e atuar na
sociedade de forma crítica.
• Os recursos e as metodologias a serem utilizadas, incluem:
• Aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as
analogias, entre tantos outros, serão utilizados no sentido de
possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a
expressão de seus pensamentos, suas percepções,
significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a
produção/criação de novos significados, tendo em vista que
esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes
ideias que circulam em sala de aula. Imagens como vídeo,
transparências, fotos e as atividades experimentais, são
recursos utilizados para uma problematização em torno da
questão demonstração-interpretação.
• Aulas demonstrativas como um importante recurso, implicando
na ideia da existência de verdades definidas e formuladas em
leis já comprovadas, isto é, de uma ciência de realidade
imutável.
• Atividade prática, como resolução de problemas ou de
hipóteses, estabelecendo um maior contato do aluno com o
experimento.
• Jogos didáticos contribuem para gerar desafios , com
conteúdos culturais a serem veiculados na escola e finalidade
de desenvolver habilidades de resolução de problemas, o que
possibilita a oportunidade de traçar planos de ações para atingir
determinados objetivos.
• Confecção de Painéis e de histórias em quadrinhos do assunto
em questão.
• motivadores na construção do conhecimento.
• Aulas práticas envolvendo citologia e fisiologia humana e
utilização de materiais disponíveis em laboratório:microscópio
óptico, lâminas,corantes,painéis ilustrativos de fisiologia
humana.
• Utilização do livro didático e atlas são recursos eficientes e
devem ser utilizados no dia a dia para pesquisas, análises,
comparações,e organização de dados para apresentação de
trabalhos em equipe e individual.
• Confecção de modelos didáticos.
• Elaboração e resolução de cruzadinhas sobre diversos
assuntos como forma de fixação do conteúdo.
• Produção de cartazes informativos e folders.
• Debates envolvendo assuntos polêmicos.
• Produção de mapas conceituais.
• Utilização do laboratório de informática para pesquisas de
diversos assuntos.
• Leitura e análise de artigos.
Os encaminhamentos metodológicos expressos objetivam
potencializar o aprendizado e nesse sentido são indissociáveis do
processo ensino-aprendizagem de Biologia. Assim os experimentos
podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão de
conceitos ou a percepção de sua relação com as ideias discutidas em
aula, levando os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática e, ao
mesmo tempo permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus
alunos.
8.2.5 Avaliação
A avaliação como momento do processo ensino aprendizagem
abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos
impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento
de erros e dúvidas dos alunos constitui importantes elementos para
avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o
conhecimento e o aluno (DCE, 2008).
No processo de avaliação, é essencial que o professor
considere as diferentes maneiras de expressão: oral, escrita,
pictórica. È necessário também explicitar aquilo que está sendo
avaliado.
O processo de construção do conhecimento deve ser
estimulado por meio de atividades práticas que garantam maior
interação do aluno com os conteúdos específicos, por meio de
observações, análises, comparações e experimentos. Desta forma, há
maior envolvimento do educando e consequentemente maior
assimilação das informações que ele mesmo contribuiu para
disponibilizar. A apresentação de trabalhos, relatórios de
experimentos, resolução de problematizações e diagnósticos são
essenciais. Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-
aprendizagem. Provas escritas também são importantes
instrumentos, desde que sejam aplicadas juntamente com outros
mecanismos de avaliações. Dentro deste contexto, espera-se que o
aluno:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de
seres vivos;
- Estabeleça as características específicas dos microorganismos,dos
organismos vegetais e animais, e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células,tipo de
organização celular, forma de obtenção de energia, e tipo de
reprodução;
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética dos seres
vivos;
- Compreenda a anatomia ,morfologia ,fisiologia e embriologia dos
sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular,
respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e
nervoso);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas
citoplasmáticas;
- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos
e biofísicos que ocorrem no interior das células;
- Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos
celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia).
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida
e a evolução das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção
da diversidade diversidade dos seres vivos;
- Compreenda o processo de transmissão das características
hereditárias entre os seres vivos;
- Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
- Reconheça as alterações de interdependência entre os seres vivos
e destes com o meio em que vivem;
- Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético
e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização.
- Compreenda a evolução histórica da construção dos
conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade
de vida da população e à solução de problemas sócio ambientais;
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações
produzidas pelo homem na diversidade biológica;
- Analise e discuta interesses econômicos,políticos, aspectos éticos
e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação
genética.
Avaliar, nesse contexto, equivale a muito mais do que
simplesmente saber o resultado final do processo de aprendizagem
de um conjunto de conteúdos. Diz respeito ao acompanhamento
desse processo em suas múltiplas etapas, avaliando o que realmente
aconteceu durante a aprendizagem. Diz respeito ao
acompanhamento das dificuldades e dos progressos dos alunos à luz
da realidade local.
8.2.6 Referências
• AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna.
São Paulo: Moderna,1997.
• LOPES, Sônia. Bio : volume único. São Paulo: Saraiva, 2001.
• PAULINO, Nilson Roberto. Biologia: volume único. São Paulo:
Ática, 1998.
• SEED/PR. Diretrizes Curriculares de Biologia para a
Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2008.
• ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. in: Em
Aberto, ano 7, nº 40, out/dez, Brasília, 1988.
• ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus,
1991.
• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo:
Editora Moderna, 2004.
• FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na
disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de
Ensino de Biologia, ano 1, nº 0, ag/2005.
3. CIËNCIAS
8.3.1 Apresentação Geral da Disciplina
A influência cada vez maior da ciência e da tecnologia em
nossas vidas e a rapidez com que surgem as inovações nesses
campos vêm despertando um intenso debate acerca do ensino de
ciências. É fundamental uma reflexão a respeito da vasta abrangência
do conhecimento, que perpassa todas as dimensões da existência
humana em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações
da ciência com a cultura e com os problemas éticos e filosóficos.
Os avanços científicos propiciam um domínio cada vez maior
sobre a natureza. È possível modificar o código genético de seres
vivos, erradicar doenças como varíola e paralisia infantil, viajar para
fora de nosso planeta, construir eficientes computadores, entre tantas
outras coisas que pareciam impossíveis de ser praticadas até poucos
anos atrás. Entretanto, o conhecimento científico também foi usado
para produzir armas nucleares capazes de destruir a humanidade,
provocar contaminação radioativa e desequilíbrio ecológico, enfim,
prejudicar a vida em nosso planeta.
O conhecimento científico tem o mérito de ampliar nossa
capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. O
ensino de ciências deve estar relacionado a situações cotidianas, nas
quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de fatos e
fenômenos novos.
Contudo, o ensino de Ciências no Brasil vem se mostrando, de
modo geral, insatisfatório em resultados. Rápido esquecimento do
que se estudou e alunos desinteressados são alguns sintomas de um
ensino cujas falhas vêm sendo diagnosticadas com índices cada vez
maiores. É preciso que a aprendizagem escolar envolva conteúdos
relevantes à vida em sociedade. Questionar posições e opiniões
prévias, avaliar idéias e trabalhar as implicações sociais do
conhecimento científico são práticas indissociáveis de um ensino que
propicie aprendizagem significativa.
Sendo assim, deve contribuir para que os alunos compreendam
melhor o mundo e suas transformações, possam agir de forma
responsável em relação ao ambiente e aos seus semelhantes e
reflitam sobre as questões éticas que estão implícitas na relação
entre ciência e sociedade.
Para que a ciência seja aplicada de forma a atender as
necessidades do ser humano, é necessário que os cientistas, assim
como todos os cidadãos, não sejam apenas técnicos competentes. As
soluções para nossos problemas não dependem apenas da ciência e
da técnica, mas também da formação de responsabilidade social e de
princípios éticos que valorizem e respeitem todos os seres humanos.
A relação entre o conhecimento escolar e o de outras áreas do
conhecimento é indispensável. O aprendizado está impregnado,
portanto, de fatores sociais, econômicos, culturais, políticos,
históricos e afetivos. Espera-se que o educando se desenvolva mental
e socialmente, viabilizando e catalisando o pleno exercício da
cidadania, pois ele não se tornará cidadão, ele já é cidadão hoje.
Estimular nos alunos o gosto pelo aprendizado é uma das grandes
tarefas dos educadores, pois desta forma a sociedade será formada
por cidadãos com gosto por aprender, e aprender de maneira crítica e
significativa.
O ensino de Ciências, na atualidade, tem o desafio de
oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e
conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos
relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção
científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a
compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no
meio, bem como, instigará reflexões e a busca de soluções a respeito
das tensões contemporâneas.
Portanto, a mediação do professor é fundamental para a
aprendizagem do educando, pois ele informa, questiona e contribui
para prepará-lo na tomada de decisões conscientes do seu papel na
sociedade, como indivíduo capaz de provocar mudanças sociais na
busca da melhor qualidade de vida para todos.
Faz-se necessário também considerar alguns princípios
fundamentais para o ensino de Ciências:
O homem e demais animais relacionam-se com a Natureza para
satisfazerem suas necessidades. O que os diferencia é a forma de
atuação. Enquanto os animais apresentam uma atividade repetitiva,
determinada biologicamente e têm que se adaptar ao meio para
garantir a sobrevivência da espécie, o homem exerce uma ação
transformadora na Natureza, tornando-a humanizada e ao mesmo
tempo alterando a si próprio, através desta interação.
A ação humana sobre a Natureza visa a sobrevivência da
espécie, todavia ela é intencional e planejada, ultrapassando limites,
uma vez que não produz somente para si, como também não se
restringe apenas à satisfação dessas necessidades imediatas.
O processo de produção da existência humana se dá pela
interação homem-natureza, homem-homem, que por sua vez é um
processo de transformação mútua. Desta interação surgem as idéias,
dentre elas, uma parte constitui o conhecimento humano nas suas
diferentes formas (senso comum, científico, filosófico, etc.). Embora,
muitas vezes este conhecimento seja apresentado de modo
fragmentado, contraditório, composições divergentes expressam a
realidade de um dado momento histórico.
Uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no
decorrer da sua história é a ciência, “que se caracteriza por ser a
tentativa do homem e entender e explicar racionalmente a natureza
buscando formular leis que em última instância permitam a atuação
humana”.
Por ser uma produção humana, a ciência é determinada por
fatores sócio-econômicos, político-culturais, ao mesmo tempo em que
nelas interferem.
Se em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um
conhecimento absoluto e inquestionável, hoje, embora continue
procurando a verdade da natureza, admite a idéia de incerteza, de
probabilidade, de estar em permanente transformação reexaminando
e reavaliando seus produtos.
Nesta perspectiva, a proposta do ensino de Ciências tem por
objetivo fornecer subsídios para que os alunos possam compreender
o mundo através do entendimento e da apropriação das leis e
fenômenos que o regem, sem perder a visão de totalidade, ou seja,
sem deixar de explicitar as necessidades que movem a produção
humana.
Para que este ensino se concretize, é necessário que os
conhecimentos científicos não sejam mais trabalhados por meio de
monólogos, exposições repetitivas, ou de simples repasse de
fórmulas e conceitos descontextualizados. Esta forma de ensinar na
maioria das vezes leva o aluno a acreditar que tudo transcorre fora de
sua realidade, como se ele próprio não fizesse parte da dinâmica da
natureza.
Diante disso, a reflexão crítica sobre o processo histórico-
científico, onde ocorre a elaboração e evolução dos conceitos, pelo
homem, aliada à observação, à classificação de fatos e fenômenos
dentro do ensino de ciências, contribui para que o aluno interaja com
o mundo que o cerca de forma a interpretá-lo, conhecê-lo e
transformá-lo racionalmente.
A proposta do ensino de Ciências, propõem como conteúdos
estruturantes:
• Astronomia;
• Matéria;
• Sistemas biológicos;
• Energia;
• Biodiversidade;
Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos
estruturantes em todas as séries,a partir da seleção de conteúdos
específicosda disciplina de ciências adequados ao nível de
desenvolvimentocognitivo do estudante.
“Os conteúdos devem possibilitar os descobrimentos das
relações dentro de um mesmo eixo, permitindo formar-se o
encadeamento do conteúdo, na perspectiva mais abrangente da
realidade”.
Nesta visão de ciências, com o intuito de explicitar o critério
adotado para a organização dos conteúdos, devem ser levados em
consideração os seguintes pressupostos:
• que a ciência é uma produção humana, histórica, determinada
e determinante de fatores sociais, culturais e econômicos;
• que o conhecimento científico, é uma forma de conhecimento
mais organizado e consistente, devendo portanto ser,
“caracterizado como uma atividade não neutra, no sentido de
que o aluno perceba que não, para a compreensão da
totalidade que constitui a realidade social.
8.3.2 Objetivos Gerais
• Reconhecer a ciência como um processo de produção de
conhecimento e uma atividade humana de natureza social,
inserida num contexto econômico, político, cultural e histórico.
• Propiciar a aplicabilidade das noções e conceitos científicos pelo
educando em seu cotidiano, considerando a relevância dos
conteúdos envolvidos no processo ensino e aprendizagem.
• Levar o educando a compreender as relações e inter-relações
que se estabelecem na sociedade entre espécie humana
espécie humana e espécie humana natureza, bem como suas
respectivas implicações.
• Subsidiar os educandos na busca de argumentos para
posicionarem-se frente às produções científicas de seu tempo e
de seu contexto social, exercendo sua cidadania –
intencionalidade.
• Permitir a compreensão da historicidade da evolução do
conhecimento científico nos diferentes tempos da história da
humanidade, reconhecendo as contribuições que outras
civilizações deixaram como legado em outros contextos.
• Propiciar ao aluno refletir e propor idéias (hipóteses) para um
determinado fenômeno, resgatando o caráter contestável e
temporário da ciência – provisoriedade.
Nessa concepção, a principal finalidade é formar indivíduos
capazes de analisar, interpretar e transformar a realidade, visando o
bem-estar do ser humano, em nível pessoal e coletivo. Para isso,
deve-se desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a capacidade
para análise e síntese, o autoconhecimento, a sociabilização, a
autonomia e a responsabilidade.
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser
humano, em sociedade, como agente de transformações do
mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres
vivos e outros componentes do ambiente;
• Compreender a Ciência como um processo de produção de
conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a
aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de
tecnologia como meio para evolução histórica, e compreender a
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas
científico – tecnológicas;
• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens
individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de
diferentes agentes;
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para
problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais,
colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidos no aprendizado escolar;
• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à
energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,
equilíbrio e vida;
• Saber combinar leituras, observações, experimentações e
registros para coleta, comparação entre explicações,
organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e
cooperativa para a construção do conhecimento.
8.3.3 Conteúdos
5ª SÉRIE
Conteúdo estruturante;
• Astronomia;
• Conteúdos Básicos;
• Universo;
• Sistema solar;
• Movimentos terrestres;
• Movimentos celestes;
• Astros;
Conteúdo estruturante;
• Matéria;
Conteúdos básicos;
• Constituição da matéria;
Conteúdo estruturante;
• Sistemas biológicos;
Conteúdos básicos;
• Níveis de organização;
Conteúdo estruturante;
• Energia;
Conteúdos básicos;
• Formas de energia;
• Conversão de energia;
• Transmissão de energia;
Conteúdo estruturante;
• Biodiversidade;
• Conteúdos básicos;
• Organização dos seres vivos;
• Ecossistemas;
• Evolução dos seres vivos;
6ª SÉRIE
Conteúdo estruturante;
• Astronomia;
Conteúdo básico;
• Astros;
• Movimentos terrestres;
• Movimentos celestes;
Conteúdo estruturante;
• Matéria;
Conteúdo básico;
• Constituição da matéria;
Conteúdo estruturante;
• Sistemas biológicos;
• Célula;
• Morfologia e fisiologia dos seres
• vivos;
Conteúdo estruturante;
• Energia;
Conteúdos básicos;
• Formas de energia;
• Transmissão de energia;
Conteúdo estruturante;
• Biodiversidade;
Conteúdos básicos;
• Origem da vida;
• Organização dos seres vivos;
• Sistemática;
7ª SÉRIE
Conteúdo estruturante;
• Astronomia;
Conteúdos básicos;
• Origem e evolução do universo;
Conteúdo estruturante;
• Matéria;
Conteúdos básicos;
• Constituição da matéria;
Conteúdo estruturante;
• Sistemas biológicos;
Conteúdos básicos;
• Célula;
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Conteúdo estruturante;
• Energia;
Conteúdo básico;
• Formas de energia;
Conteúdo estruturante;
• Biodiversidade;
Conteúdo básico;
• Evolução dos seres vivos;
8ª SÉRIE
Conteúdo estruturante;
• Astronomia;
Conteúdo básico;
• Astros;
• Gravitação universal;
Conteúdo estruturante;
• Matéria;
Conteúdo básico;
• Propriedades da matéria;
Conteúdo estruturante;
• Sistemas biológicos;
Conteúdos básicos;
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
• Mecanismos da herança genética;
Conteúdo estruturante;
• Energia;
Conteúdos básicos;
• Formas de energia;
• Conservação de energia;
Conteúdo estruturante;
• Bioversidade;
Conteúdos básicos;
• interações ecológicas;
8.3.4 Metodologia
O emprego de múltiplas modalidades didáticas é fundamental
para dinamizar as aulas e, sobretudo motivar e facilitar a
aprendizagem dos alunos.
Os conhecimentos estão em contínua formação e
transformação. Não se pode mais conceber o ensino o como um
processo de transmissão de conhecimentos dogmáticos. Portanto a
escola deve atuar no sentido de estimular o pensamento e
desenvolvendo no aluno uma postura reflexiva, crítica, questionadora
e investigadora e não de passiva aceitação do que é estabelecido
como verdade.
Em Ciências Naturais, os procedimentos que correspondem aos
modos de buscar ou organizar conhecimentos são bastante variados:
a observação, a experimentação, a comparação, a elaboração de
hipóteses e suposições, o debate, o estabelecimento de relação entre
fatos, fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos,
a elaboração de roteiros de pesquisa, a busca de informações
variadas, a organização de informações em fontes variadas, a
organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos,
esquemas e textos, experimentos, são alguns exemplos entre
inúmeros métodos que podem ser utilizados na disciplina de
Ciências .
Os diferentes métodos utilizados na disciplina de Ciências
Naturais devem despertar o interesse dos educandos pelos conteúdos
e conferir sentido à natureza e Ciências.
É na interação com o meio que também se aprende. Sendo
assim, é no confronto, na troca de concepções, idéias e teorias que o
conhecimento se reestrutura. A responsabilidade maior ao ensinar
Ciências está intimamente ligada a um ensino que promova à
alfabetização científica, como um conjunto de conhecimentos que
facilitariam ao ser humano uma leitura crítica do mundo em que vive,
como também o entendimento da necessidade das transformações
que ocorrem no âmbito da Ciência.
Ao considerar a concepção e os princípios desta disciplina,
julga-se necessário a implementação de atividades que possibilitem
uma participação do aluno enquanto sujeito ativo que colabora
progressivamente na construção do seu conhecimento. Daí a
importância de propiciar atividades diversificadas e momentos de
aprendizagem também variados. É necessário considerar na sala de
aula o grupo de alunos como um todo, os pequenos grupos (forma
privilegiada de organização para favorecer a interação e a troca) e o
sujeito individualmente.
A todo momento deve ser oportunizado ao educando que se
expresse a partir de suas hipóteses. Ao aceitar esta hipótese como
construção lógica e inteligente, o professor deve considerar
positivamente o “erro construtivo” como evidência da incompletude
de raciocínio, o qual serve de referência para a ação didática.
Trabalhar com o que é significativo, conferindo uma função
social e cultural a tudo o que se faz, é essencial para despertar o
interesse e a busca incessante de atitudes críticas que contribuam
para o desenvolvimento da cidadania.
É imprescindível que os educandos, por meio das atividades
práticas, compreendam e reflitam as noções e conceitos pertinentes
ao fenômeno em estudo, bem como sobre o processo de extração e
industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais
decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os
procedimentos destas atividades e os mecanismos de descarte dos
resíduos.
Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos,
equipamentos, precisa ser reconhecido pelos estudantes,
considerando desde a sua origem, composição química,
funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da atividade
prática, para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida
cotidiana, sem deixar de considerar sempre, a concepção da
disciplina e os aspectos econômicos, políticos, sociais, ambientais e
éticos.
Com essa abordagem marcada por significados, sentidos e
aplicabilidade, a disciplina de Ciências deverá favorecer a
compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no
meio (local, regional, global), bem como reflexões e busca de
soluções para os problemas da sociedade atual.
Sendo assim, deve ser oferecido ao educando uma diversidade
de atividades que permitam a apropriação de noções e conceitos e
reflexão dos fenômenos envolvidos, tais como: produção de textos e
seminários, relatórios de leitura, vídeos e atividades práticas,
elaboração de painéis e folders, construção de maquetes, modelos
didáticos e jogos, visitas, saídas de campo, dentre outras
modalidades.
8.3.5 Avaliação
O professor deve entender a avaliação com função diagnóstica
no processo educativo.
Na concepção histórico-crítica, o conteúdo deve ser trabalhado
e desenvolvido tendo como determinante o fato da realidade ser
dinâmica. Tratando de um processo, é necessário que a avaliação se
consubstancie:
1. Num instrumento contínuo de aperfeiçoamento da prática
pedagógica, ou seja, ela deve estar centrada na totalidade da prática
escolar.
2. No estabelecimento de alguns critérios que permitam uma
unidade maior na abordagem pedagógica dentro da escola.
3. Num instrumento enfatizador de critérios qualitativos que
privilegiem aspectos como: capacidade de reflexão crítica sobre a
realidade, habilidade de julgar, analisar, apreciar uma situação.
Ainda, são considerados critérios qualitativos os conceitos
essenciais a serem dominados pelo aluno num determinado período
ou série.
Considerando os pressupostos teórico-metodológicos que
permeiam o ensino de ciências e a concepção de avaliação numa
perspectiva histórico-crítica de educação, faz-se necessário
estabelecer alguns critérios que norteiam este processo:
1. Compreensão e explicação científica da estrutura e
funcionamento dos ecossistemas, dos seus componentes, bem como
da interação e interdependência existente entre eles.
2. Compreensão de que sendo o homem parte integrante da
natureza, exerce sobre ela uma ação transformadora, visando a
sobrevivência de sua espécie.
3. Entendimento dos fatores sociais, políticos, econômicos e
culturais que determinam a relação homem-homem e homem-
natureza.
4. Análise crítica da relação entre ciência, tecnologia e
sociedade.
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as
pessoas. Desse modo, a sistemática do desempenho e do rendimento
escolar deve ocorrer o mais cumulativo possível, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, permitindo constatar
passo a passo o progresso do educando. Além disso, visa um
processo de ensino e aprendizagem que valorize a construção do
conhecimento científico, para que a prática da avaliação contínua e
de processo ocorra de forma diagnóstica, formativa e somativa.
Também é necessário estabelecer parâmetros para uma
avaliação mais competente, tornando possível um maior
desenvolvimento do indivíduo que se está avaliando. Assim sendo, a
avaliação deve ser:
• Um processo contínuo e sistemático: deve ser constante e
planejada.
• Funcional: pois verifica se os objetivos previstos estão sendo
atingidos.
• Orientadora: pois permite ao educando reconhecer erros e
corrigi-los o quanto antes.
• Integral: pois considera o aluno como um todo.
Ao avaliar o professor deverá:
• Tomar uma decisão sobre as condutas docentes e discentes a
serem seguidas, como:
• reorientação da aprendizagem, caso sua qualidade se mostre
insatisfatória e o conteúdo que esteja sendo ensinado seja
essencial para a formação do educando;
• encaminhamento dos educandos para passos subseqüentes da
aprendizagem, caso se considere que qualitativamente
atingiram um nível satisfatório.
Por meio de instrumentos avaliativos diversificados (seminários,
leituras e interpretações de textos, murais, folders, confecção de
painéis e modelos didáticos, resolução de exercícios, pesquisas
orientadas, entrevistas, relatórios de visitas, atividades práticas,
sínteses escritas e orais), os educandos podem expressar os avanços
na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e
argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
8.3.6 Referências
ALVARENGA, Jenner et al. Ciências Naturais no dia-a-dia. Curitiba:
Nova Didática, 2004.
AMARAL, Ivan Amorosino do. Currículo de Ciências: das tendências
clássicas aos movimentos atuais de renovação. Coleção Formação de
Professores. São Paulo: Autores Associados, 2000.
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. Ciências e o Meio Ambiente. São
Paulo: Ática, 2002.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências a Vida na Terra. São Paulo:
Ática, 2004.
PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências
para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências
para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Currículo Básico para a
Escola Pública do Estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.
VALLE, Cecília. Terra e Universo. Curitiba: Nova Didática, 2004.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino-
Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 7. ed. São Paulo:
Liberdad, 2000.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio. 18. ed. Porto Alegre:
Ed. Mediação, 1995.
8.4 EDUCAÇÃO FÍSICA
8.4.1 Apresentação Geral da Disciplina
A Educação Física no Brasil começou dentro de uma Escola
Militar, servindo aos propósitos militarista de adestramento e
preparação para a defesa da Pátria. A ginástica, antigo nome da
Educação Física, foi introduzida nos colégios brasileiros por volta de
1874.
A organização social dominante neste período fazia e levava em
conta a diferença entre o trabalho intelectual e trabalho manual,
última atribuição dos escravos e o primeiro da elite dominante.
A classe dirigente ofereceu grande resistência à introdução da
ginástica nas escolas por esta assemelhar-se ao labor manual, isto é,
por acharem-na desprovida de valores intelectuais.
A partir de então, a Educação Física, tornou-se obrigatória nos
primeiros anos escolares e secundários, posteriormente em todos os
outros níveis e graus de ensino. A Educação Física deve buscar
elementos das ciências da Motricidade Humana. Esta ciência trata da
compreensão e explicação do movimento humano e há dificuldade de
compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, na
dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada às
relações capital x trabalho para a dominação das classes
trabalhadoras.
Na escola tradicional, a Educação Física se apresentou como
militarista e higienista. Visa a preparação do indivíduo para a defesa
da Pátria.
Na Escola Nova, a Educação Física surge como uma disciplina
educativa por excelência, deixando-se os exercícios executados por
obrigação, pelos exercícios executados por prazer. O professor atuava
como um facilitador.
Os conteúdos eram relacionados a partir dos interesses dos
alunos com ênfase na sua postura física e psíquica.
A avaliação se dava através da valorização dos aspectos
afetivos, atitudes, freqüência e higiene.
Na Escola Tecnicista ou Competitivista tem-se o desporto como
conteúdo na escola, indicando a subordinação da Educação Física aos
códigos da instituição desportiva. Na Escola Tecnicista passou-se a
visão do aluno-recruta e professor-instrutor que se tinha na Escola
Tradicional, para a visão do aluno-atleta e professor-técnico.
A avaliação era feita sobre os objetivos propostos: não
atingindo, ressaltando a rentabilidade esportiva do aluno.
Em cada momento histórico a sociedade produziu no seu bojo
um conjunto de saberes sobre o corpo.
A Educação Física brasileira passa por um momento de
fundamental importância em sua história, onde se pretende
questionar a visão de corpo-espécie humana.
Além de trabalhar com o aluno os elementos que compõem seu
meio social e cultural, é importante oportunizar-lhes condições para
identificar o que existe, o que foi transformado, como, por quê e
quais os fatos que ocasionaram as transformações.
A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao
educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e
contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de
aprendizagem.
O professor de Educação Física é aqui entendido como
elemento chave para operacionalizar os valores e resgatar o trabalho
responsável pelo corpo dentro de uma constante dialética do homem
em relação com a natureza e com o próprio homem.
A Educação Física consciente é aquela que contribui para a
educação do indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de
um processo de ação dinâmica, onde os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam sua criticidade
durante todo o processo.
A Educação Física deve ser entendida como Princípio de
Liberdade. Desta forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores
éticos a morais, tais como: a verdade, a beleza, a eficiência da
sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio
ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da
prática de uma forma equilibrada e se completando, levam à
conquista da liberdade e da cidadania.
A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade
curricular dos estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos
da educação, ou seja, deve preocupar-se com o desenvolvimento
integral do ser humano, utilizando para isso, suas atividades -- meio
que se concretizam pelo movimento.
Como disciplina integrante do currículo, deve estar
fundamentada produção do conhecimento, tendo consciência de seus
condicionantes histórica – sociais e sendo um instrumento de
apropriação do saber. Deve ter como princípio a relação dialética de
compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico –
crítica de educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas
diversas relações, respeitando seus interesses, sua maturação e as
experiências anteriores adquiridas.
As transformações que se podem fazer no conhecimento de
forma duradoura para traduzir em qualidade de vida, precisam ser
medidas pela educação. A abordagem da relação entre “atividade
física e qualidade de vida” deverá ir além das próprias aulas de
Educação Física, mediante informações que evidenciem a
preocupação com a promoção da saúde e que forneçam subsídios
que possam levar os alunos a se conscientizarem da importância da
atividade física como uma prática regular no seu dia-adia.
Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática
para a percepção da atividade física e esportiva como um
componente cultural responsável pela cultura corporal e esportiva
presente na sociedade atual em que o aluno esta inserido. É por meio
da educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade
física como uma prática necessária e regular, proporcionando assim
uma política de melhoria na qualidade de vida durante e após sua
vida escolar.
Pensando, na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino
Fundamental, podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho
com os esportes e, principalmente, a mesma metodologia de ensino –
a execução de fundamentos, seguida de vivências de situações de
jogo. Contudo, é possível constatar em algumas escolas um
aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a impressão de
que o sentido da Educação Física passa a ser o comportamento
estratégico durante a prática desportiva.
Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a
excelência de conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de
uma concepção histórica – crítica de Educação. Para tanto o resgate
do compromisso social na ação pedagógica da Educação Física no
sentido da transformação do “como é , para o “como poderá ser “,
deve ser conquistado.
8.4.2 Objetivos Gerais
Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos
científicos, com relação a importância da atividade física e aos
desportos, a socialização, a consciência do respeito mútuo, a
dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem
como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo,
desenvolvendo hábitos de higiene e alimentação, e noções de
primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse desses
conhecimentos buscarem aplicá-los no seu cotidiano, vivenciando
sempre o processo de investigação científica e tecnológica.
Organizar os conhecimentos necessários para a continuidade
das discussões da versão preliminar das Diretrizes Curriculares de
Educação Física.
Propor ações pedagógicas para implementação das Diretrizes
Curriculares de Educação Física, em sua versão preliminar.
Retomar os conceitos específicos da área aprofundando a concepção
proposta nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, em sua
versão preliminar.
8.4.3 Conteúdos
• As MANIFESTACOES ESPORTIVAS: origem dos diferentes esportes e
sua mudança na história, o esporte como fenômeno de massa,
princípios básicos dos esportes, táticas e regras, o sentido da
competição esportiva, possibilidades dos arremessos,
deslocamentos, passes, fintas, práticas esportivas: esportes com
ou sem equipamentos.
• MANIFESTACOES DE GINÁSTICA; origem da ginástica e sua
mudança no tempo: diferentes tipos de ginástica, práticas de
ginásticas, cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia;
• BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS: a construção coletiva de
jogos a brincadeiras: por que brincar? Oficinas de construção de
brinquedos; brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos
cantados, rodas e cirandas, diferentes manifestações e tipos de
jogos, jogos e brincadeiras com ou sem materiais, diferenças entre
jogo e esporte;
• MANIFESTACOES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;
a dança e o teatro como possibilidades de manifestações
corporais, deferentes tipos de dança, por que dançamos? Danças
tradicionais e folclóricas, desenvolvimento de formas corporais
rítmo-expressivas: mímica, imitação e representação, expressão
corporal com ou sem materiais.
Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem
trabalhados no temos:
• Esporte: Consideram-se esportes as práticas que adotam regras
de caráter oficial e competitivo, ou seja, envolvem disputa
entre equipes e indivíduos, tendo como critério de julgamento
os pontos ou escores, dentro de uma prática social que
institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma
maneira geral, na Educação Física, o esporte subdivide-se em
coletivo ou individual de acordo com a atividade praticada.
• Esportes Coletivos: São atividades essencialmente de ataque e
defesa que se estruturam na disputa entre duas equipes com
enfoque no grupo dentro de uma organização técnica e tática.
• Esportes Individuais: São atividades que se estruturam na
disputa entre jogadores com um mesmo objetivo e
simultaneamente competem contra uma variável externa
( tempo e distancia ). Tem enfoque no indivíduo dentro de uma
organização técnica e tática.
• Danças: São atividades de manifestações da cultura corporal
que tem como características a intenção de expressão e
comunicação por meio de gestos e a presença de estímulos
sonoros como referencia para o movimento corporal. Trata-se
principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos
musicais.
• Ginástica: São atividades essencialmente acrobáticas com
técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um
caráter individualizado que, com ou sem uso de aparelhos, abre
a possibilidade de atividades que provoquem valiosas
experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para
as atividades do cotidiano e também para outras atividades,
como as recreativas, esportivas e competitivas.
• Lutas: São atividades essencialmente de ataque e defesa com
base nas artes marciais; são disputas em que os oponentes
devem ser subjugados, com técnicas e estratégias de
desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço na combinação de ações de ataque e
defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a
fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.
5ª SÉRIE
• Os movimentos;
• Alimentação:
• Benefícios da Educação Física;
• História da Educação Física;
• Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades
motoras, higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica
aeróbica.
• Atletismo: histórico, caminhadas, corrida de resistência, corrida
com barreiras, corrida de revezamento, saltos em distancia,
arremessos de peso, marcha atlética;
• Atividades pré-desportivas.
• Futsal: Histórico e considerações, fundamentos, regras básicas,
atividades pré-desportivas, o jogo.
• Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias
expressão corporal;
• Voleibol: Histórico e considerações, fundamentos, regras
básicas, atividades pré-desportivas, o jogo.
• Handebol: Histórico e considerações, fundamentos, regras
básicas, atividades pré-desportivas, o jogo.
• Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre,
jogos dramáticos e em sala.
6ª SÉRIE
• Conhecimento do corpo ( ossos ) e coluna vertebral;
• História da Educação Física no Brasil;
• Higiene e saúde;
• Efeitos do exercício físico no corpo humano;
• Capacidades físicas e suas definições;
• Exame biométrico;
• Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades
motoras, higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica
aeróbica.
• Atletismo: historia no Brasil;
• Controle de freqüência cardíaca;
• Caminhadas;
• Considerações sobre a corrida;
• Corrida de resistência, velocidade, revezamento;
• Atividades pré-desportivas;
• Futsal; histórico no Brasil e no mundo;
• Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos; jogo;
• Dança: histórico e evolução das formas de dança;
• Expressão corporal;
• Ritmo;
• Coreografia;
• Danças folclóricas;
• Voleibol: histórico no Brasil;
• Fundamentos técnicos e regras;
• Atividades pré-desportivas, jogo;
• Basquetebol: histórico e considerações;
• Fundamentos técnicos, regras;
• Atividades pré-desportivas, jogo;
• Xadrez e dama.
7ª SÉRIE
• Importância da atividade física;
• Identificação das capacidades físicas básicas;
• Exame biométrico;
• Ginástica: rítmica desportiva e olímpica; Ginástica Geral,
envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,
higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica
• Dança: ritmo, técnica, tipos;
• Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;
• Xadrez: formas de jogadas;
• Voleibol;
• Handebol;
• Basquetebol.
8ª SÉRIE
• Atividade física e qualidade de vida;
• Importância da regra nos jogos;
• Respeitando os limites pessoais;
• Ginástica: aeróbia e localizada; Ginástica Geral, envolvendo as
capacidades físicas, habilidades motoras, ginástica de solo,
alongamento.
• Atletismo: caminhadas, corrida rústica resistência e velocidade;
• Dança: coreografias, rítmicas e criatividade, expressão corporal;
• Futsal;
• Voleibol;
• Handebol;
• Basquetebol;
Conteúdos Estruturantes
1ª 2ª e 3ª séries do Ensino Médio
- Esportes
- Futebol
- Handebol
- Voleibol
- Basquetebol
- Atletismo e punhobol
Jogos
- Brincadeiras de ruas/populares;
- Brinquedos;
- Construção de brinquedos alternativos com sucata;
- Jogos de salão;
- Jogos pré-desportivos;
- Jogos de raquete e peteca;
- Jogos dramáticos e de interpretação;
- Jogos cooperativos
-
- Ginástica
- De academia;
- Rítmica;
- Artística
- Acrobática
- Relaxamento;
- Condicionamento;
- Geral
-
- Lutas
- Judô;
- Sumo;
- Karatê;
- Capoeira;
- Taekwondo
- Dança
- Cantigas de roda;
- Dança regional;
- Dança folclórica;
- Dança internacional;
- Dança de salão;
Expressão corporal
8.4.4 Metodologia Todas as metodologias surgidas nos últimos anos, não apenas
na Educação Física, têm orientado os professores para objetivar não
apenas a “instrução técnica” do aluno, mas a sua formação geral. Até
mesmo as metodologias mais conservadoras têm se preocupado com
isso. Portanto, atender a sua formação geral e ampla constitui o
princípio norteador do ensino escolar hoje. (KUNS, 1999)
Nas aulas de Educação Física, os aspectos
procedimentais são mais facilmente observáveis, pois a
aprendizagem desses conteúdos está necessariamente
vinculada à experiência prática. No entanto, a valorização do
desempenho técnico com pouca ênfase no prazer ou vice-
versa, a abordagem técnica com referência em modelos muito
avançados, e, principalmente, uma concepção de ensino que
deixa como única alternativa ao aluno adaptar-se ou não a
modelos predeterminados têm resultado, em muitos casos, na
exclusão de alunos.
Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de
movimentos, trata-se basicamente de acompanhar a experiência
prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de contextos
significativos.
Em alguns casos, julga-se adequado nas duas primeiras séries
do ensino fundamental, uma ênfase nas atividades lúdicas por meio
de jogos e brincadeiras, considerando os perigos de uma
especialização técnica precoce e seus efeitos deficientes.
Noutras, justamente em função da suposta precariedade
técnica dos jogos e brincadeiras exercidos nessas primeiras séries
propõem-se exercícios de habilidades e fundamentos esportivos como
construção de pré-requisitos para a aprendizagem de modalidades
esportivas nas séries posteriores.
Além da metodologia crítico-emancipatória, a construtivista
defende o método de integração com o mundo externo e com o
mundo interno do aluno, procurando o resultado de provocar o gosto
de aprender e a auto-suficiência na busca de respostas. O aluno é
tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio, o
professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem
criando situações estimulantes e motivadoras de respostas e a escola
é o espaço do saber e integração do indivíduo à sociedade e à
cultura.
Pode-se utilizar ainda a metodologia crítico-superadora, a de
situação problema, a da pesquisa e outras que poderão contribuir no
processo ensino-aprendizagem.
Para tanto serão utilizados recursos: audiovisuais, seleção de
textos, apostilas, material para manifestações esportivas(bolas, cones
e outros equipamentos); material para manifestações ginásticas e
danças(colchões, som, arcos, bolas, cordas...); material para jogos e
brincadeiras(bexigas, bolas, barbantes...), entre outros, que a escola
se dispõe para esta prática.
Em síntese, o que se quer ressaltar é que nem os alunos, nem
os conteúdos tampouco os processos de ensino e aprendizagem são
virtuais ou ideais, mas sim reais, vinculados ao que é possível em
cada situação e em cada momento.
A Educação Física objetiva atingir a consciência, o domínio e a
plenitude do movimento, trabalhando através dos pressupostos
existentes e nas amplas diversidade da ginástica, dança e dos
esportes.
Cabe o educando propiciar uma consciência e domínio do seu
corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas
possibilidades de aprendizagem permitindo a exploração motora,
vivenciada através das possibilidades propostas, oportunidades que
lhe dêem condições de criar novos caminhos para a prática esportiva.
Os métodos de ensino usados na Educação Física são :
• O global, onde ensina uma destreza motora demonstrando o
movimento por inteiro, do início ao fim, isto é, todo o seu
conjunto.
• Parcial, ensina uma destreza motora por partes para depois uní-
las entre si.
• O misto, ensina uma destreza motora pelo método global e
retorna alguma parte pelo método parcial onde o educando
teve disciplina e volta novamente ao método global.
Além desses métodos usamos o método esportivo, que é a
apresentação oral de um tema estruturado cujo recurso principal é a
linguagem oral; o método da leitura onde consiste em indicar textos
de estudo sobre um tema; método das aulas onde consiste levar o
aluno a estudar uma unidade de um trabalho e apresentá-lo a classe ;
o método da pesquisa onde o educando pesquisará na bibliografia
existente. Outro método é utilizar os recursos audiovisuais como
televisão, vídeo para a observação de diferentes modalidades e
diferentes táticas e técnicas de cada esporte.
A Educação Física consiste em vários métodos de
aprendizagem, depende da análise do educador em escolher o qual
será utilizado para que o ensino seja rápido e consistente. Esta
análise dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de
dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer
uma ressalva e verificar o desenvolvimento e o método que foram
utilizados, se estes foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.
Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos
aos alunos técnicas de trabalho corporal, podendo ser como
preparação para outras modalidades, como relaxamento, para
manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa,
repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de materiais ou
não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.
Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos
alunos com relação a consciência e domínio corporal, trabalhando
através dos percursores do movimento expressivo da ginástica,
dança e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades
motoras cisando a compreensão do disposto, transpondo para seu
cotidiano e facilitando nas atividades escolares e sociais.
A preocupação é ser coerente na concepção de efetivar os
objetivos, principalmente na questão espaço físico e necessidades
socioculturais, cuja aprendizagem favorece a ampliação das
capacidades da própria interação social do município.
Na modalidade de esportes radicais, o professor em conjunto
com os alunos deverá apresentar os diferentes esportes sugeridos na
sociedade moderna e inovadora. As metodologias utilizadas serão
aulas teóricas, práticas, pesquisas e vídeos específicos, sempre sendo
analisado o benefício que a prática do esporte traz.
O professor não apenas terá a preocupação em apresentar um
melhor rendimento, mas também observar o aluno em seu
desenvolvimento nos pressupostos do movimento humano, que são
condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema
corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.
Ao estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação
Física objetiva atingir a consciência, domínio e a plenitude do
movimento, trabalhando através dos pressupostos existentes e nas
amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.
Cabe ao educando propiciar uma consciência e domínio do seu
corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas
possibilidades de aprendizagem, deverão permitir ao aluno a
exploração motora, vivenciada através das possibilidades propostas,
oportunidades que lhe dêem condições de criar novos caminhos para
a prática esportiva..
A proposta para a Educação Física, propõe abordar os
conteúdos da disciplina destacando:
• Projetos de estímulo a prática de atividade física e esportiva;
• A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para
além das abordagens centradas na motricidade;
• O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de
maneira que sejam relevantes e estejam de acordo com a
capacidade cognitiva e sensitiva do aluno;
• As práticas corporais tendo como princípio básico o
desenvolvimento do sujeito;
• A superação do caráter da Educação Física como mera atividade;
• A Educação Física voltada à apitado física e a saúde;
• A integração no processo pedagógico como elementos
fundamentais para o processo de formação humana do aluno;
• Atividades esportivas;
• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na
qual está inserido;
• A Educação Física voltada à qualidade física;
• Cultura corporal;
• A interdisciplinariedade;
• Trabalhos individuais e em grupo;
• Atividades e complexidade progressiva.
Considerando estes apontamento, a Educação Física propiciará
a potencialização das formas de expressão do corpo. A importância,
seria:
• A importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo
que este reclama;
• Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os
participantes;
• Do respeito, por aqueles que de alguma forma, não conseguem
realizar o que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir,
com elementos que levem o sujeito a questionar formas de
preconceito, sobre a domesticação e a violência em relação ao
corpo.
A Educação Física consiste em vários métodos de
aprendizagem, dependerá da análise do educador em escolher o qual
se escolherá para que o ensino seja rápido e consistente. Esta análise
dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de dificuldade e
experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e
verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se estes
foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.
Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos
aos alunos técnicas de trabalho corporal, podendo ser como
preparação para outras modalidades, como relaxamento, para
manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa,
repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de materiais ou
não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.
Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos
alunos com relação a consciência e domínio corporal, trabalhando
através dos precursores do movimento expressivo da ginástica dança
e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades motoras
cisando a compreensão do disposto, transpondo para seu cotidiano e
facilitando nas atividades escolares e sociais.
O professor não apenas terá preocupação em apresentar um
melhor rendimento, mas também observar o aluno em seu
desenvolvimento nos pressupostos do movimento humano, que são
condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema
corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.
8.4.5 Avaliação
A proposta sugerida da Educação Física é democratizar,
humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando
sempre ampliar as dimensões afetivas, cognitivas e sociocultural dos
alunos, procurando sempre subsidiar as discussões, os planejamentos
e as avaliações da prática de Educação Física.
Em todas as atividades propostas tem-se por objetivo o
desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno. A avaliação,
neste sentido, visa diagnosticar como a disciplina está contribuindo
para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do ensino de
Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas
e intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.
A avaliação será contínua, buscando o desenvolvimento da
consciência corporal. Serão discutidos textos teóricos e analisado o
desenvolvimento individual do aluno. Sua participação e evolução
bio-psico-social será valorizada. Na dança, a relação que o indivíduo
faz com o ritmo do seu corpo, o envolvimento e interesse do aluno
sobre os diferentes tipos de dança, será alvo de observação.
O professor irá atuar na superação de dificuldades individuais e
de grupos, enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo
para que o aluno tenha apropriação do conhecimento e sua atuação
perante a sociedade.
Serão observados ainda, os seguintes aspectos:
• Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou
em grupos. Como complemento, poderão ser verificadas a
realização das atividades propostas nessas atividades e
também a verificação da pesquisa sugerida no decorrer dos
bimestres.
• Habilidade: serão realizadas testes práticos sobre os
fundamentos. O professor terá de elaborar testes sobre
fundamentos, táticas, técnicas dos esportes. Durante os testes
deverão ser observados principalmente, a naturalidade,
coordenação motora, domínio corporal e do movimento,
execução do movimento, grau de dificuldade individual e
outros. Cabe ao professor criar meios para que o aluno em
defasagem possa progredir e superar suas dificuldades.
• Atitude: deverá ser observado nas aulas. O professor terá como
base os seguintes aspectos: espírito de equipe, participação,
espírito de luta, espírito de liderança positiva, criatividade,
raciocínio rápido, acato as regras, respeito mútuo, com o
professor e com os colegas, espírito esportivo, a socialização, o
dinamismo, a capacidade de síntese e compreensão e a
organização em grupos.
Uma vez detectado o grau de conhecimentos e de dificuldades
dos educandos, são elaborados e sistematizados os conteúdos que
são aplicados no decorrer das aulas, mesmo que para isso, seja
necessário retomar conteúdos anteriores. É a partir deste primeiro
momento de avaliação diagnóstica que desencadeia a avaliação dos
conteúdos propostos de 5ª a 8ª série e que são encaminhados da
seguinte forma:
Na ginástica de solo o aluno será avaliado pelo seu grau de
desenvolvimento em sua consciência corporal. Na ginástica através
de aulas teórico-práticas, serão analisados e discutidos textos
referentes a assuntos em pauta. Será avaliado se o aluno foi capaz de
entender o que foi proposto; os novos conceitos produzidos, sua
participação efetiva na reelaboração do seu saber. Na dança será
avaliado no nível do envolvimento do aluno na análise crítica das
questões histórico-sociais sobre os movimentos folclóricos, danças
populares e danças em geral. Na expressão corporal o aluno será
avaliado quanto ao grau de superação de suas dificuldades de
expressão, sendo observado se o seu corpo está consciente para
expressar idéias, emoções, sentimentos, etc. na sugestão de
atividades que foram apresentadas como problemas a serem
resolvidos. Para a dramatização, a avaliação será feita no sentido de
verificar o grau de apropriação do conhecimento e sua atuação,
enquanto corpo em movimento na representação. Nos jogos
recreativos o aluno será avaliado de acordo com sua participação e
envolvimento no processo educacional, a partir de ações planejadas
que possam contribuir para a compreensão das regras e normas de
convivência social. Nos jogos desportivos deve-se levar em
consideração que aqui não estão sendo avaliados os gestos técnicos
específicos de cada modalidade esportiva. Nos esportes o aluno será
avaliado de acordo com o grau de apreensão, envolvimento e
participação na ação educativa.
A avaliação se dá através da compreensão do aluno sobre o
que foi proposto e seu conceito produzido a partir das discussões
desde as primeiras aulas.
O aluno tem o direito de aprender as diversas modalidades
esportivas, só não é avaliado por padrões técnicos considerados na
formação de atleta.
8.4.6 Referências
• Educação Física no cotidiano escolar, Solange Valadare e
Rogéria Araújo. Editora FAPI ltda
• Currículo Básico
• Regras oficiais do Atletismo. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
• Regras oficiais do handebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
• Regras oficiais do voleibol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
• Regras oficiais do futsal. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
• Regras oficiais do basquetebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005
• BORSARI, José Roberto. Educação Física da pré-escola à
universidade. São Paulo; Ed. EPU, 1980
• TIRADO E SILVA, Augusto e Wilson da. Meu primeiro livro de
xadrez. Paraná; Expoente.
• _____ Educação física, recreação e jogos. São Paulo; Cia Brasil
editora, 1981.
• MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade.
Goiânia, editora UFG, 2003.
• BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades
na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.
• BRACHT, Valter, Educação Física: conhecimento e
especificidade. 2ª Edição. Belo Horizonte: Cultura 1997.
• CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil – História
que não se conta. 2ª dição. Campinas: Papirus 1991.
• DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO
BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ.
• LIVRO PÚBLICO ESTADUAL – EDUCAÇÃO FÍSICA.
• LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ª Edição.
São Paulo: Cortez 1995.
• MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade.
Goiânia: UFG 2003.
• VAGO, Tarcício Mauro. Cultura Escolar, cultivos de corpos.
Bragança Paulista: USF 2002.
8.5 ENSINO RELIGIOSO
8.5.1 Apresentação Geral da Disciplina
O Ensino Religioso tem o compromisso de trazer a paz na Terra,
à pratica do bem entre as famílias e nações, consiste em sermos
amigos do mundo e em considerarmos toda a humanidade como
uma família,que seja verdadeira, e que todos os grupos e
comunidades reconheçam e respeitem a diversidade cultural e
religiosa dos povos. Partindo dessas considerações todos devem se
comprometer em amenizar toda a violência, respeitando o direito a
liberdade religiosa.
Essa disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração
cultural dos povos, visa também possibilitar o acesso às diferentes
fontes e culturas religiosas. O conhecimento religioso é um interesse
como patrimônio da humanidade, por isso também é estudado em
conformidade com as leis aqui em nosso país.
O Ensino Religioso pressupõe promover aos educandos a
oportunidade de processo de escolarização fundamental para se
tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos
de cada cultura, e de possuir o substrato religioso de nodo a
colaborar com a formação da pessoa.
Contribui também para superar a desigualdade étnica religiosa
e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão,
criar condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo
conhecimento, construir pressupostos para o dialogo, tudo
relacionado às diferentes manifestações religiosas presentes na
sociedade. Também refletindo e entendendo como os grupos sociais
se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado,
além de suas trajetórias históricas e suas manifestações e relações
pelo tempo.
Dentre os desafios para a disciplina na atualidade pode se
destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a
inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações
religiosas, seus ritos, suas passagens e símbolos, sem perder de vista
as relações culturais, sociais, políticas e econômicas que são nelas
impregnadas.
O Ensino Religioso adquire status de disciplina escolar, a partir
da definição mais consciente de seus conteúdos escolares da
produção de referenciais didático-pedagogicos e científicos bem como
da formação de professores. No ambiente escolar, as religiões
interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de
Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações religiosas
que delas decorrem e a constituem uma vez que o sagrado compõe o
universo cultural humano, fazendo-se modelo de organização de
diferentes sociedades, que devem ser analisadas a fim de criarem
uma interface de conhecimentos e constituição da sociedade.
8.5.2 Objetivos Gerais
- Refletir sobra a importância de viver valores na família, na escola e
na comunidade;
- Compreender a vida através da construção, reflexão e estudo dos
valores humanos;
- Aprender a respeitar as diversidades culturais, religiosas, políticas,
sociais e raciais;
- Conscientizar-se sobre a necessidade de conviver com as
diferenças;
- Conhecer os principais princípios religiosos das diferentes crenças.
8.5.3 Conteúdos
- Família;
- Respeito;
- Generosidade e caridade;
- Honestidade;
- Amar;
- Paciência;
- Responsabilidade;
- Amizade;
- Convivência com as diferenças;
- Tolerância;
- Solidão;
- Decepções;
- Paz
- Trabalho;
- Autodisciplina;
- Coragem;
- Compaixão; perdão;
- As tradições religiosas e sua relação entre as diferentes culturas;
- Principais princípios religiosos das religiões: Hinduismo, Budismo,
Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo, Espiritismo, Judaísmo,
Cristianismo, Religiões Afro-brasileiras.
8.5.4 Metodologia
A metodologia aplicada ao Ensino Religioso devera oportunizar
ao educando momentos de analise, reflexão, discussão,
sistematização e socialização do conhecimento religioso. Serão
utilizadas aulas expositivas dialogadas, pesquisas, atividades
individuais e em grupos, analises de filmes e textos em geral, aulas
com recursos tecnológicos.
8.5.5 Avaliação
Como o Ensino religioso não se constitui como disciplina que
possa ser objeto de reprovação escolar, não terá registro de notas ou
conceitos.
Avaliação pode ser feita através da observação das expressões
dos educandos em relação ao respeito com as diferentes tradições
religiosas, bem como do reconhecimento e compreensão dos
conceitos repassados.
8.6 FILOSOFIA
8.6.1 Apresentação Geral da Disciplina
Como todas as criações e instituições humanas, a Filosofia tem
uma história, e está na história.
Filosofia manifesta e evidencia os problemas e as questões
pertinentes de cada época, inseridas numa sociedade, diante do que
é novo e ainda não foi compreendido.
Segundo Chauí, os principais campos filosóficos relativos às
manifestações culturais são: a Filosofia das Ciências, das Artes, das
existências ética e política.
Portanto, a Filosofia teve seu campo de atividade aumentado no
séc. XVIII quando se desligam da filosofia a Biologia, Química, Física,
etc. e no séc. XX as chamadas Ciências Humanas: a História,
Psicologia, Antropologia, etc.
Dentro deste contexto a Filosofia procurou enfrentar essa
novidade proporcionando caminhos, respostas e, sobretudo novas
perguntas, num diálogo permanente com a sociedade e a cultura de
seu tempo da qual ela faz parte.
Nesta conjuntura em busca do conhecimento que transcende a
realidade imediata, a Filosofia constitui a essência do pensamento
filosófico que, ao longo da história, percorreu os mais variados
caminhos, elaborando métodos de reflexão, e chegando as mais
diversas conclusões em diferentes sistemas filosóficos.
Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no
Brasil e no mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de
abordagem, dentre as quais se destacam segundo Ferrater Mora
(2001):
• a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga,Filosofia
Medieval,Filosofia Renascentista,Filosofia Moderna e Filosofia
Contemporânea,etc.;
• a divisão geográfica : Filosofia Ocidental , Africana , Filosofia
Oriental, Filosofia Latino-Americana , dentre outras, etc.;
• a divisão por conteúdo: Teoria do Conhecimento , Ética ,
Filosofia Política , Estética , Filosofia da Ciência, Ontologia,
Metafísica , Lógica, Filosofia da Linguagem , Filosofia da Historia
, Filosofia da Arte , etc.
A filosofia africana traz como vantagem, a idéia de que o ser é
dinâmico e doado de forças, concepção essa que, aparece também
em algumas filosofias ocidentais. Todavia, é preciso considerar que a
sua função exclusiva na linguagem oral, ainda que pareça
interessante, acaba por apresentar-se como uma fragilidade,
evidenciada pela dificuldade com o idioma e também pela carência
bibliográfica. Por essa razão, esse conteúdo não está relacionado aos
estruturantes, mas cabe ao professor utilizá-los de maneira coerente
e pertinente as referentes diversidades.
A Filosofia do Ensino Médio traz como finalidade, levar o
educando a um posicionamento ativo em busca do conhecimento,
não sendo a tarefa da Filosofia, a solução de todos os problemas da
existência humana. A filosofia então se apresenta como uma
ferramenta, ou melhor, um instrumento de reflexão e análise crítica, e
ao mesmo tempo criativa, que leva o educando a desenvolver um
estilo próprio de pensamento.
Também a formação pluridimencional e democrática, capaz de
oferecer ao educando, a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo e suas múltiplas
particularidades e especificações.
Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma
fragmentada, o educando não pode prescindir de um saber que
oferece por questionamentos, conceitos e categorias com a finalidade
de busca articulada no espaço-temporal e sócio-histórico em que se
dá o pensamento e a experiência humana.
Como disciplina no Ensino Médio, considera-se que a Filosofia
pode viabilizar interfaces com outras disciplinas para compreender o
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a
clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar:
ensinamos a filosofar ou ensinamos a Filosofia? Para Kant (1985), só é
possível ensinar a filosofar, isto é, exercitando a capacidade da razão
em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo,
reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de investigar
as idéias até suas ultimas conseqüências, conservando-as ou
recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia
torna-se indispensável a sua prática.
Desta maneira, a Filosofia apresenta-se como conteúdo
filosófico e como exercício que possibilita ao educando desenvolver o
próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para analise e
criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividade
indissociável que dá vida ao ensino dessa disciplina, juntamente com
o exercício da leitura, análise e da escrita.
8.6.2 Objetivos Gerais
Levar o aluno a:
- Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da
Filosofia;
- Entender a reflexão crítica como processo sistemático e
interpretativo do pensamento;
- Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem
como métodos e técnicas de leitura e análise de textos;
- Produzir textos analíticos e reflexivos;
- Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos e procedimentos;
- Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e
problemas científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e
vivenciais;
- Entender a reflexão crítica como processo sistemático e
interpretativo do pensamento;
- Desenvolver discussão oral de modo sistemático;
- Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e
problemas científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e
vivenciais;
- Problematizar situações discursivas;
- Argumentar filosoficamente;
- Formular raciocínio lógico, coerente e crítico;
- Desmistificar a realidade;
- Perceber o que está por trás das ideologias e posicionar-se;
- Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico;
- Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para
empregá-la coletivamente de forma consciente e criativa;
- Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades
para encontrar o equilíbrio da existência enquanto ser humano –
subjetividade;
- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-
as, sem apontar uma hierarquia de valores, considerando-as
dentro do próprio contexto.
- Desenvolver a relação crítica pela busca do conhecimento, levando
em consideração outros campos de conhecimentos, como a
ciência, a religião, etc.
8.6.3 Conteúdos
1º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Específicos
♦ Mito e Filosofia
Atualidade do Mito
- Saber místico;
- O que é mito;
- Saber filosófico;
- O nascimento da filosofia;
- Os Pré – Socrático;
- Mito os Ilíadas;
- Mito da Caverna;
- Do senso comum ao crítico
filosófico;
- Concepção e Mitos
Contemporâneos;
- Saber filosófico
O que é filosofia
- Origem e linha do tempo
- Conceituação Importância,
- Aplicabilidade
-Primeiros Filósofos (Sócrates
470-399 a.C.) – maiêutica;
(Platão 427-347 a.C.) – Mito ou
Alegoria da Caverna; Aristóteles
(384-322 a.C.)
-Lógica, senso comum e
conhecimento filosófico.
- Possibilidade do - Conceituação, característica
Conhecimento
O problema da verdade
A questão do método
Conhecimento e Lógica
Empirismo- John Locke
David Hume
Racionalismo _Immanuel Kant
Método Cartesiano- René
Descartes
Ceticismo
Dogmatismo e Niilismo
- Conceito de concepção na
História Filosófica
- Diferenças de concepção
filosófica
- Lógica dialética (Platão)
- Lógica Matemática (Aristóteles)
2º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Específicos
- Ética
Ética e Moral
Pluralidade Ética
Ética e Violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia do
sujeito
e a necessidade das normas
- Conceitos e Diferenças;
Aristóteles, Santo Agostinho, Kant,
Sartre
Baruch Espinosa (1632-1677)
Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Jean Paul Sartre (1905-1980 )
- Política
Relação entre comunidade e
poder
Liberdade e igualdade
política
Política e Ideologia
Esfera Publica e Privada
Cidadania Formal e
Participativa
- Invenção da Política/ Introdução
a Política
- Política grega e Política
normativa
- Platão e a Republica
- O Pensamento político de
Aristóteles e as formas de
governo
- Idade Média ( A vinculação de
política à Religião)
- Estado e Igreja ( A cidade de
Deus-Santo Agostinho)
- Democracia (Jean-Jacques
Rousseau 1712-1778)
- Poder Nicolau Maquiavel
(1469-1527)
- Absolutismo – Thomas Hobbes
(1588-1679)
-A utopia de Thomas Morus
3º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Específicos
- Política
Relações entre comunidade
- Democracia – Jean Jacques
Rousseau (1712-1778)
- Poder – Nicolau Maquiavel
e poder
Liberdade e igualdade
política
Política e ideologia
Esfera Publica e Privada
Cidadania Formal e
Participativa
(1469-1527)
Liberalismo – John Locke (1632-
1704)
Absolutismo – Thomas Hobbes
(1588-1679)
- Ciência
- Concepção de Ciência
- A questão do Método
Cientifico
- Contribuição e Limite da
Ciência
- Ciência e Ideologia
- Concepção de ciência
- Do Senso comum e ciência
- Pensar a ciência e o seu
progresso;
- Ciência X Cientifico
- Dogmatismo científico e
fundamentos
Ideológicos
Da ciência.
Bioética, Clonagem
A tecnologia a serviço de
objetivos humanos e os riscos da
tecnologia
- René Descartes (1596-1650)
Karl Popper (1902-1994)
Tomas Kuhn (1922-...)
- Estética
- Natureza da Arte
- Filosofia e Arte
- Categoria Estética
Feio, belo, sublime, trágico,
cômico,
Grotesco, gostoso, etc.
- Estética e Sociedade
- Concepção de Estética (Pensar a
Beleza)
Estética e desenvolvimento da
sensibilidade e da imaginação,
- Belo - Immanuel Kant (1724
-1804)
- A arte como forma de conhecer
o mundo;
- O universo da arte
- A arte e a Filosofia
- Arte - Walter Benjamin (1892-
1940) Alexandre Baugarten
(1714-1762) Obra Estética (1750)
- Arte erudita, massa, popular.
8.6.4 Metodologia
Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar no horizonte dos
problemas contemporâneos científicos, tecnológicos, ético-políticos,
artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens e das
modalidades e sistemas de comunicação, implicam uma tomada de
posição para que sua contribuição seja significativa, enquanto aos
conteúdos e processos cognitivos.
Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da
conjugação de um repertório de conhecimentos que funcionam como
um sistema de referências para discussões, julgamentos, justificações
e valorações, e de procedimentos básicos de análises, leitura e
produção de textos. Tomando posse desse repertório de
conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo um
sistema discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos,
acontecimentos, opiniões e idéias para o estado reflexivo do
pensamento, para a atitude de discernimento que produz
configurações de pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado,
não se pode esquecer que a leitura filosófica retém o essencial da
atividade filosófica. Uma leitura não é filosófica apenas porque os
textos são filosóficos, podem-se ler textos filosóficos sem filosofar e
ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos, etc. Esta
leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de
leitura e análise de texto, mas pela atenção aos pressupostos
subentendidos do texto, pela reconstrução de um imaginário oculto
que ultrapasse a literalidade. É através das competências e
habilidades que os alunos capacitam-se para tratar os conteúdos
programáticos justificando tomadas de decisões e posições,
produzindo interpretações, transferindo conhecimentos de uma
dimensão a outra da realidade, estabelecendo articulações entre as
questões tratadas nas diferentes áreas do saber e da experiência.
Munidos de sistemas de referências e exercitando os requisitos
discursivos, podem aceder ao domínio das representações, isto é, à
elaboração teórica. Possa, assim, deslocar-se da apreensão
imediatista da realidade para uma disposição esclarecida, efeito da
criticidade.
Podem ser utilizadas como encaminhamento metodológico as
seguintes atividades:
• Leituras;
• Elaboração de textos;
• Cartazes;
• Transparências;
• Debates;
• Histórias em quadrinhos;
• Recortes de propaganda;
• Charges;
• Vídeos/outros recursos fornecidos pela mídia;
• Seminários;
• Músicas/paródias.
8.6.5 Avaliação
A avaliação da Filosofia, tenta desarmar as armadilhas da
opinião, identificando claramente o conceito imediato, sobre o
enunciado que se apresenta. Para tanto, não hesita em formulá-la
oralmente e por escrito, e, retoma-se o enunciado para dissecá-lo
friamente sem idéias pessoais, comparando as duas opiniões do
filosofar e da filosofia.
A avaliação para o ensino de Filosofia não deve se restringir ao
mero cumprimento de exigências legais, para mensuração de notas.
A avaliação deve estar inserida no contexto da própria aula de
Filosofia e sua especificidade.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto
é, ela não possui uma finalidade em sim mesma, mas tem por função
subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-
aprendizagem, tendo em vista, garantir a qualidade do processo
educacional, que professores estudantes e a própria instituição de
ensino, estão construindo coletivamente. No ensino de Filosofia,
a avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno
assimilou o conteúdo presente na história da filosofia, os problemas
dos filósofos, nem tão pouco, sua capacidade de tratar deste ou
daquele tema. Portanto, o pensamento crítico não surge apenas das
discussões sobre questões atinentes aos problemas culturais,
históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições
divergentes, nem da reprodução das soluções apresentadas pelo
professor.
O professor pode considerar também para avaliação os
trabalhos em grupos realizados em sala de aula e como atividade
extraclasse, nas quais os alunos deverão demonstrar intensa
atividade de pesquisa e capacidade de expor, por escrito e de forma
clara, as suas idéias.
Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos
programáticos, desenvolvidos de forma sistemática, nos quais se
procura levar em conta a participação do aluno, poderá ser outro
ponto para avaliação. Enfim, o professor organizará os instrumentos
de avaliação dos conteúdos de Filosofia, procurando constatar se o
aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a
capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada
e estruturada, procedendo de forma sistemática, com conteúdos
determinados, buscando as raízes e examinando as diversas
dimensões do problema num todo articulado. Através de exercícios
do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas, nas
discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor
poderá ir avaliando o grau de inteligibilidade alcançada pelos
educandos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no
processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão.
Neste sentido é possível entender a avaliação como um
processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um
momento em separado destinado a avaliar.
8.6.6 Referências
- CHAUÍ, M. O retorno teológico-político. In: Sérgio Cardoso
(org.). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.
- GALLO, S. ; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio.
Petrópolis: Vozes, 2000.
- LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI,
G.; DANELLON, M. (org.) Filosofia do ensino de Filosofia.
Petrópolis: Vozes, 2003.
- ROHAUT-AROBDEL MADELEINE Exercícios filosóficos.Tradução
Paulo Neves, Edit.Martins Fontes,São Paulo2007
- RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução
de Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org.; Ed. 34,
2005.
- RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução António Sérgio.
Coimbra: Almedina, 2001.
- SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da educação fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED,
2006.
8.7 FÍSICA
8.7.1 Apresentação Geral da Disciplina
A produção do conhecimento está diretamente ligada à
necessidade de sobrevivência do homem. À medida que ele busca
suprir estas necessidades práticas, ele soma ao senso comum o
conhecimento científico, consolidando-se, assim, a relação entre a
ciência, a tecnologia e a sociedade. Com isso pode ser construído
uma visão da Física que esteja voltada para a formação de um
cidadão contemporâneo, atuante e solidário, com instrumentos para
compreender, intervir e participar na realidade. Isso ocorrerá
mediante a escolha de conteúdos significativos aos alunos e recursos
adequados que estimulem este tipo de aprendizado. Sendo assim, é
de grande importância mostrar os aspectos históricos da Física.
O estudo da física tem como objeto de estudo as mudanças do
Universo no decorrer do tempo. No início do estudo do universo eram
os sacerdotes que elaboraram as ideias iniciais como a de contemplar
o firmamento, percebeu que o Sol, a Lua e as estrelas descreviam
movimentos cíclicos, como se todos estivessem incrustados em uma
grande esfera gigante (a esfera celeste). A duração do dia e do ano,
as estações e a melhor época para plantar e colher, tentativas de
resolver seus problemas e garantir sua subsistência.
Essa ciência que hoje conhecemos começou junto com os
filósofos gregos. A física começou a ser vista como um ramo da
ciência independente no século XVII com os cientistas Kepler, Galileu,
Newton entre outros formularam leis e princípios sistematizando o
estudo da física. No início do século XX houve mudanças na forma de
entender a física na natureza, por isso a importância da
contextualização da Física Moderna e Contemporânea no ensino
médio para o desenvolvimento do mundo moderno.
A Física pode ser dividida em três períodos pois é um
conhecimento que permite elaborar modelos de evolução, são eles:
Física Clássica que corresponde ao período compreendido entre o
estabelecimento da Física Newtoniana e Teoria Clássica do
Eletromagnetismo até o final do século XIX . A Física Moderna
corresponde ao período que vai desde o final do século XIX até a
Segunda Guerra Mundial. A Física Contemporânea inicia na década de
40, após o início da segunda guerra mundial e vai até os dias de hoje.
A Física Moderna pode ter sido considerado, seu início a produção da
ciência e tecnologia, abrangendo a sociedade. Para definir o início do
período da Física Contemporânea, tem-se como marco a Segunda
Guerra Mundial.
8.7.2 Objetivos Gerais
Dentro do papel da ciência no processo do desenvolvimento
tecnológico e social, a disciplina de física possibilita ao homem que se
coloque como agente cada vez mais atuante, pois lhe permite:
- conhecer cada vez mais seu universo físico e os
fenômenos que nele acontecem;
- desvendar a abstração de leis físicas;
- desmistificar o desconhecido;
- evoluir o seu espírito crítico;
- desenvolver o raciocínio associativo e as capacidades
dedutivas que possibilitem inserir novos conhecimentos no
contexto da tecnologia avançada, ou mesmo em simples
aplicações no cotidiano. Tais capacidades lhe proporcionarão
uma melhoria da qualidade de vida, como um escalonamento
planejado e seguro de seu desenvolvimento, usando as
contribuições da ciência.
O objeto do conhecimento da disciplina de Física é o
comportamento energético da matéria, visando à qualificação e à
quantificação das diferentes formas de energia envolvidas em todos
os fenômenos físicos. Sempre que possível, deve estar inserido num
contexto histórico, social, tecnológico e político e vinculado à
realidade imediata do educando.
A elaboração e a sistematização dos conteúdos da disciplina de
Física devem atingir, de maneira congruente, as várias dimensões da
inteligência humana em virtude das aptidões individuais e das
capacidades diferenciadas de aquisição dos conhecimentos. Para
atingir as finalidades citadas anteriormente, as abordagens que serão
consideradas no processo têm papel fundamental, pois possibilitam
estender a todos os alunos a construção do conhecimento. São elas :
• relacionar os conteúdos com fatos concretos e palpáveis do
dia-a-dia;
• mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a
aplicação do conhecimento físico;
• Identificar e reconhecer a Física como iniciativa para o
conhecimento científico, produções de tecnologia,
mostrando os benefícios que essas produções provocaram
no mundo de hoje;
• enfatizar o raciocínio lógico e reflexivo;
• priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução
das considerações matemáticas;
• utilizar a formulística mais como instrumento de
comprovação do que de dedução;
• Conduzir o aluno ao raciocínio lógico tornando-o mais
esclarecido, sempre visando a valorização do trabalho em
grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
construção coletiva do conhecimento;
• possibilitar a compreensão de determinada abstração física
mediante simples experimentação.
Acreditamos que, assim, a compreensão do todo possibilitará ao
aluno a certeza do papel da Física, como uma das ciências que mais
se destacam na modificação da realidade, por sua vasta aplicação
tecnológica e social.O estudo da Física no Ensino Médio tem como princípio o estudo
do universo e suas complexidades, contribuindo para formação de uma cultura científica e
crítica permitindo ao aluno a interpretação de fatos e processos naturais.
Sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico
uma construção humana com significado histórico, social e também
aberta a influências externas como qualquer atividade social, sendo
bem ou mal usada, podemos concluir que a ciência não está pronta
nem acabada e não absoluta, mas revela ao aluno o quanto é penoso,
lento, sinuoso e violento o processo de evolução das idéias científicas.
Produzido por sujeitos que vivem ou viveram num determinado
contexto histórico,o conhecimento físico faz parte de cultura social
humana e portanto, é direito do aluno conhecê-lo.
O ensino de Física no Ensino Médio deve contribuir para a
formação dos sujeitos através das “lutas pela escola e pelo saber, tão
legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma
possível redefinição da relação entre cidadania e educação(...) a luta
pela cidadania,pelo legítimo,pelos direitos, é o espaço pedagógico
onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do
cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da
participação ,mas é parte, fruto e expressão do processo de sua
constituição” ( ARROYO, 1995, p.79).
A trilha a ser seguida na área, deve demonstrar aos educandos
um novo pensar, de um novo modelo e de uma perspectiva realizável
do saber científico. Há a necessidade de um compromisso subjetivo
entre educador/educando, uma ruptura com o sistema atual e uma
mudança de atitude no tratamento de questões relevantes da área.
Os objetivos principais de serem alcançados na disciplina de
física estão citados abaixo:
• Desenvolver um método de aquisição, elaboração,
descoberta, construção de conhecimentos que foram descobertos e
elaborados por outras pessoas.
• Propiciar condições para o entendimento da natureza e
dos fatos tecnológicos ou culturais.
• Identificar regularidade na natureza.
• Interpretar e utilizar as leis e teorias.
• Compreender enunciados referentes a códigos e símbolos.
• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações
matemáticas gráficas para a expressão do saber físico. Ser capaz de
discriminar e traduzir as linguagens matemática e discursiva entre si.
• Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física
adequada e elementos de sua representação simbólica. Apresentar
de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido, através de tal
linguagem.
• Conhecer fontes de informações e formas de obter
informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas.
• Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas
físicos trabalhados.
• Desenvolver a capacidade de investigação física.
Classificar, organizar, sistematizar. Identificar regularidades.
Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito de
medir, fazer hipóteses, testar.
• Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar
grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.
Compreender e utilizar leis e teorias físicas.
• Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos
equipamentos e procedimentos tecnológicos. Descobrir o “como
funciona “ de aparelhos.
• Construir e investigar situações-problema, identificar a
situação física, utilizar modelos físicos, generalizar de uma a outra
situação, prever, avaliar, analisar previsões.
• Articular o conhecimento físico com conhecimentos de
outras áreas do saber científico.
• Reconhecer a Física enquanto construção humana,
aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social,
político e econômico.
• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo,
compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação
dinâmica com a evolução do conhecimento científico.
• Dimensionar a capacidade crescente do homem
propiciada pela tecnologia.
• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras
formas de expressão da cultura humana.
• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações
sociais que envolvam aspectos físicos e / ou tecnológicos relevantes.
8.7.3 Conteúdos
A disciplina foi dividida em três grandes áreas sendo: mecânica,
termodinâmica e eletromagnetismo. Estes conteúdos foram
escolhidos porque indicam campos de estudo da física que a partir de
desdobramentos pontuais, possam garantir o aprendizado dos alunos
de forma mais abrangente.
Como possíveis desdobramentos podemos citar o estudo da
diferentes formas de energia existente na natureza, que está contida
no campo da mecânica.
Conteúdos Estruturantes
- Movimento
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
- Momentun e Inércia
- Conservação da quantidade de movimento
- Variação da quantidade de movimento
- 2ª lei de Newton
- 3ª lei de Newton e condições e equilíbrio.
- Energia e principio da conservação de energia.
- Gravitação
- Leis da Termodinâmica
- Lei zero da termodinâmica
- 1ª lei da termodinâmica
- 2ª lei da termodinâmica
- Natureza da luz e suas propriedades
- Carga elétrica, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
- Força eletromagnética
- Equação de Maxwell
- Lei de Gauss para a eletrostática
- Lei de Coulomb
- Lei de Àmpere
- Lei de Gauss Magnética
- Lei de Faraday
Conteúdos Específicos
1ª Série
- Mecânica
- Introdução histórica da Física
- Unidades de medidas e sistema Internacional de unidades
- Cinemática
- Definições e conceitos
- Velocidade média
- Movimento Retilíneo Uniforme
- Aceleração
- Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
- Lançamento vertical
- Vetores
- Movimento Circular Uniforme
Dinâmica
- Leis de Newton ( Princípio da Inércia ou 1ª lei De Newton, Princípio
da Dinâmica ou 2ª lei de Newton, Lei da ação e reação ou 3ª lei de
Newton)
- Força peso
- Atrito
- Trabalho
- Potência e rendimento
- Energia Mecânica
- Impulso e quantidade de movimento
- Estática
- Hidrostática
2ª Série
• Termodinâmica
• Termometria
• Dilatação Térmica
• Calorimetria
• As Mudanças de Estado Físico das Substâncias
• Dilatação Térmica
• Transmissão de Calor
• Os Gases Perfeitos
Óptica
• Conceitos fundamentais
• Reflexão da luz
• Refração da luz
• Ondas
• Ondulatória
• Acústica
3ª Série
Eletrostática
Histórico da eletricidade e noções sobre estrutura da matéria.
Carga elétrica
Condutores e isolantes
Processos de eletrização
Eletroscópios
Lei de Coulomb (força elétrica)
Campo elétrico
Trabalho elétrico.
Potencial elétrico e diferença de potencial
Capacitância e Capacitores
Eletrodinâmica
Corrente elétrica
Resistores elétricos
Medidores elétricos
Potência elétrica
Energia elétrica
Geradores
Receptores
Circuitos elétricos simples
Eletromagnetismo
Noções de Magnetismo
Campo magnético criado por uma corrente elétrica
Força magnética.
Indução eletromagnética
8.7.4 Metodologia
O aprendizado de Física tem características específicas que
podem favorecer uma construção rica em abstrações e
generalizações, tanto de sentido prático como conceitual. Levando
em conta o momento de transformações em que vivemos, promover
a autonomia para aprender deve ser preocupação central, já que o
saber de futuras profissões pode ainda estar em gestação, devendo
buscar-se competências que possibilitem a independência de ação e
aprendizagem futura. O trabalho será desenvolvido através de aulas
teóricas e práticas, através de debate, da exposição, da discussão
sobre os mais variados temas, com objetivo de forma uma atitude
social que leve ao exercício pleno da cidadania.
A física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se
expressa não só através da forma como representa, descreve e
escreve o real, mas sobretudo na busca de regularidades, na
conceituação e quantificação das grandezas, na investigação dos
fenômenos, no tipo de síntese que promove.
Como ponto de partida, trata-se de identificar questões e
problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação
e organização dos fatos e fenômenos a nossa volta segundo os
aspectos físicos e funcionais relevantes. Isso inclui, por exemplo,
identificar diferentes imagens óticas, desde fotografias a imagens de
vídeos, classificando-as segundo as formas de produzi-las,
reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificá-los segundo sua
função, identificar movimentos presentes no dia-a-dia segundo suas
características, diferentes materiais segundo suas propriedades
térmicas, elétricas, óticas ou mecânicas. Mais adiante, classificar
diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano, como em
aquecedores, meios de transporte, refrigeradores, televisores,
eletrodomésticos, observando suas transformações, buscando
regularidades nos processos envolvidos nessas transformações.
Investigar tem, contudo, um sentido mais amplo e requer ir
mais longe, delimitando os problemas a serem enfrentados,
desenvolvendo habilidades para medir e quantificar, seja com réguas,
balanças, multímetros ou com instrumentos próprios, aprendendo a
identificar os parâmetros relevantes, reunindo e analisando dados,
propondo conclusões. Como toda investigação envolve a identificação
de parâmetros e grandezas, conceitos físicos e relações entre
grandezas, a competência em física passa necessariamente pela
compreensão de suas leis e princípios, de seus âmbitos e limites. A
compreensão de teorias físicas deve capacitar para uma leitura de
mundo articulada, dotada do potencial de generalização que esses
conhecimentos possuem.
Contudo, para que de fato possa haver uma apropriação desses
conhecimentos, as leis e princípios gerais precisam ser desenvolvidos
passo a passo, a partir dos elementos próximos, práticos e vivências,
por exemplo utilizando objetos ou equipamentos que propiciam o
manuseio , satisfazendo a curiosidade e diminuindo a abstração da
disciplina.
Em seu processo de construção, a Física desenvolveu uma
linguagem própria para seus esquemas de representação, símbolos e
códigos específicos. Reconhecer a existência mesma de tal
linguagem e fazer uso dela constitui-se em competência necessária,
que se refere à representação e comunicação.
Os valores nominais de tensão ou potência dos aparelhos
elétricos, os elementos indicados em receitas de óculos, os sistemas
de representação de mapas e plantas, a especificação de consumos
calóricos de alimentos, os gráficos de dados meteorológicos são
alguns desses códigos presentes no dia a dia e cujo reconhecimento
e leitura requerem um determinado tipo de aprendizado. Assim como
os manuais de instalação e utilização de equipamentos simples,
sejam bombas de água ou equipamentos de vídeo requerem uma
competência específica para a leitura dos códigos e significados
quase sempre muito próximos da física.
A física expressa relações entre grandezas através de fórmulas,
cujo significado pode também ser apresentado em gráficos. Utiliza
medidas e dados, desenvolvendo uma maneira própria de lidar com
os mesmos, através de tabelas, gráficos ou relações matemáticas.
Mas todas essas formas são apenas a expressão de um saber
conceitual cujo significado é mais abrangente. Assim, para dominar a
linguagem da Física é necessário ser capaz de ler e traduzir uma
forma de expressão em outra, discursiva, através de um gráfico ou de
uma expressão matemática, aprendendo a escolher a linguagem
mais adequada a cada caso.
Expressar-se corretamente na linguagem física requer
identificar as grandezas físicas que correspondem às situações dadas,
sendo capaz de distinguir, por exemplo, calor de temperatura, massa
de peso, ou aceleração de velocidade. Requer também saber utilizar
seus símbolos, como os de vetores ou de circuitos, fazendo uso deles
quando necessário.
Lidar com o arsenal de informações atualmente disponíveis
depende de habilidades para obter, sistematizar, produzir e mesmo
difundir informações, aprendendo a acompanhar o ritmo de
transformação do mundo em que vivemos. Isso inclui ser um leitor
crítico e atento das notícias científicas divulgadas de diferentes
formas: vídeos, programas de televisão, sites da internet ou notícias
de jornais.
Assim, o aprendizado de física deve estimular os jovens a
acompanhar as notícias científicas, orientando-os para a identificação
sobre o assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a
interpretação de seus significados. Notícias como uma missão
espacial, uma possível colisão de um asteróide com a Terra, um novo
método para extrair água do subsolo, uma nova técnica de
diagnóstico médico envolvendo princípios físicos, o desenvolvimento
da comunicação via satélite, a telefonia celular, são alguns exemplos
de informações presentes nos jornais e programas de televisão que
deveriam também ser tratadas em sala de aula.
O caráter altamente estruturado do conhecimento físico, requer
uma competência específica para lidar com o todo, sendo
indispensável desenvolver a capacidade de elaborar sínteses, através
de esquemas articuladores dos diferentes conceitos, propriedades ou
processos, através da própria linguagem da física. A física percebida
enquanto construção histórica, como atividade social humana,
emerge da cultura e leva à compreensão de que modelos explicativos
não são únicos nem finais, tendo se sucedido ao longo dos tempos,
como o modelo geocêntrico, a teoria do calórico pelo conceito de
calor como energia, ou a sucessão dos vários modelos explicativos
para a luz. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação
complexa com o contexto social em que ocorreram.
Observando à cultura e elaborando como instrumento
tecnológico, de acordo com a lei 13.381/01 o aluno deve ter
conhecimento da aplicado da Física em sua região, sendo assim, no
Paraná encontramos indústrias de cerâmicas e petróleo onde
podemos mostrar a aplicação do conteúdo específico da
termodinâmica, auto-automobilistas onde podemos aplicar a parte de
movimentos. E a Cocel onde podemos estudar a aplicação do
eletromagnetismo como exemplo a tarifa cobrada pelo gasto de
energia elétrica. E de acordo com a lei 9.795/99 é importante que o
aluno tenha consciência do seu papel para ajudar a melhorar o
ambiente, sendo assim, ele pode analisar as indústrias locais e sua
comunidade, criando projetos sociais para uma conscientização
ambiental, levando conhecimento as pessoas, entre elas, as que
tiveram pouco acesso a escola. Esse conhecimento tornou-se
indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Perceber essas dimensões históricas e sociais corresponde
também ao reconhecimento da presença de elementos da física em
obras literárias, peças de teatro ou obras de arte, como a discussão
sobre a participação dos físicos na fabricação das bombas atômicas.
Essa percepção do saber físico como construção humana
constitui-se em condição necessária, mesmo que não suficiente, para
que se promova a consciência de uma responsabilidade social. Nesse
sentido, devem ser consideradas habilidades que desenvolvam a
capacidade de preocupar-se com o todo, social e com a cidadania.
Isso significa, por exemplo, reconhecer-se cidadão participante,
tomando conhecimento das formas de abastecimento de água e
fornecimento das demandas de energia elétrica da cidade onde vive,
conscientizando-se de eventuais problemas e soluções. O ensino de
Física deve partir do conhecimento prévio do aluno, respeitando seu
contexto social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência.
Os alunos são elaboradores do saber físico sendo o professor
um mediador que, no processo ensino-aprendizagem compartilha
com os alunos significados e promove a aprendizagem. Essa
aprendizagem significativa só acontecerá quando as novas
informações adquirem significado por interação com o conhecimento
prévio do aluno e, simultaneamente, dão significados adicionais,
diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já
existente.
Na apresentação dos princípios, concepções e linguagem
utilizada pela Física o professor, através de seu discurso deverá
permitir que o aluno perceba as diferenças entre a sua forma e a
forma utilizada pela ciência para explicar um fenômeno. O aluno
deverá reelaborar seus conceitos sem necessariamente abandonar
suas idéias espontâneas. Seus conceitos serão mais elaborados ou
menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a
necessidade ou interesse deste aluno em utilizar esses
conhecimentos no contexto da comunidade científica.
Os experimentos são o ponto de partida para desenvolver a
compreensão de conceitos e para que os alunos percebam sua
relação com as ideias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de
experimentos, jogos a Física Moderna serão trabalhados com mídias
(vídeos). Utilizar os softwares educativos para o aprimoramento de
conceitos físicos e simulações de algumas situações, inseridos na
busca pedagógica do conhecimento físico, a serviço do sujeito,
proporcionando-lhe acesso ao conhecimento, segundo desafios,
interações e ações.
A Física deve educar para a cidadania contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, “... capaz de compreender a
cultura científica e tecnológica de seu tempo.” ( CHAVES &
SHELLARD, 2005, P.233)
8.7.5 Avaliação
O processo de avaliação deve ser visto como um diagnóstico
contínuo atuando como um instrumento fundamental para reformular
métodos e repensar estratégias de ensino para o aluno realmente
aprenda.
Quando o professor deseja que cada um dos seus alunos se
desenvolva da melhor maneira e saiba expressar suas competências,
avaliar é mais do que aferir resultados finais ou definir sucesso ou
fracasso, pois significa acompanhar o processo de aprendizagem e os
progressos de cada aluno, percebendo dificuldades e procurando
contorna-las ou supera-las continuamente. À medida que os
conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os
procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e
valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos
individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou
mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e mesmo a
pontualidade e a assiduidade. As avaliações realizadas em provas,
trabalhos ou por outros instrumentos, no decorrer dos semestres ou
em seu final, individuais ou em grupo, são essenciais para obter um
balanço periódico do aprendizado dos alunos, e também têm o
sentido de administrar sua progressão. Elas não substituem as outras
modalidades contínuas de avaliação, mas as complementam.
Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve
considerar que o objetivo maior é o desenvolvimento de
competências com as quais os alunos possam interpretar linguagens
e se servir de conhecimentos adquiridos, para tomar decisões
autônomas e relevantes.
Algumas características dessas avaliações podem ser
lembradas:
- toda avaliação deve retratar o trabalho desenvolvido;
- os enunciados e os problemas devem incluir a capacidade de
observar e interpretar situações dadas, de realizar
comparações, de estabelecer relações, de proceder registros
ou de criar novas soluções com a utilização das mais
diversas linguagens;
- Uma prova pode ser também um momento de aprendizagem,
especialmente em relação ao desenvolvimento das
competências de leitura e interpretação de textos e
enfrentamento de situações-problema;
- devem ser privilegiadas questões que exigem reflexão, análise
ou solução de um problema, ou a aplicação de um conceito
aprendido em uma nova situação;
- tanto os instrumentos de avaliação quanto os critérios que
serão utilizados na correção devem ser conhecidos pelos
alunos;
- deve ser considerada a oportunidade de os alunos tomarem
parte, de diferentes maneiras, em sua própria avaliação e na
de seus colegas;
- trabalhos coletivos são especialmente apropriados para a
participação do aluno na avaliação, desenvolvendo uma
competência essencial à vida que é a capacidade de avaliar
e julgar.
Diante do exposto há a necessidade de uma nova atitude diante
do ato avaliativo. Avaliações do tipo prova não realçam
qualitativamente o desempenho do aprendizado do aluno. Deve-se
tomar a postura de uma análise mais ampla e diagnóstica no sentido
de averiguar o real aprendizado do educando. Outro fato a realçar é a
posição do educando, que dentro de um contexto social já possui
relações e práticas na utilização e trato de informações e técnicas.
Como ao ensinar Física o professor deve relacionar o conteúdo
trabalhado com situações concretas da vida do aluno, ao avalia-los o
professor usará como parâmetros o seu desempenho em atividades
experimentais, práticas que de importância relevante, demonstrarão
até que ponto houve associação entre teoria e prática. Atividades
escritas devem sempre estar ligadas a situações concretas da vida do
aluno. A leitura de livros e artigos de divulgação científica, jornais e
revistas certamente contribuirão para a aquisição do conhecimento
científico. As pesquisas, realização de trabalhos e atividades
realizadas poderão ser apresentadas numa Feira de Ciências,
também serão realizados seminários sobre os conteúdos e provas
para avaliar o que o aluno conseguiu absorver do conteúdo.
8.7.6 Referências
- BONJORNO, Regina Azenha. Física Completa: volume único. 2ª
ed. São Paulo: FTD, 2001.
- BISCUOLA, Gualter, MAIALI, André. Física. São Paulo: Editora
Saraiva, 2000.
- CARON, Wilson. Física Volume Único. 2ª ed. São Paulo: Moderna,
2003.
- GASPAR, Alberto. Física. São Paulo: Editora Ática,2005.
- PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação fundamental
da rede de educação básica do Estado do Paraná: Física do
Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2009.
- SILVA, Djalma Nunes da. Física Paraná. 2ª ed. São Paulo: Ática,
2003.
- SAMPAIO, José Luiz, CALÇADA, Sérgio Calçada,
Universo da Física, 2ª ed. São Paulo, Editora Atual,2005./
8.8 GEOGRAFIA
8.8.1 Apresentação Geral da Disciplina
Conhecer para transformar o espaço geográfico é o objetivo
principal da Geografia. Cada espaço geográfico apresenta uma
dinâmica e particularidades próprias, não dissociadas de uma
dinâmica global. A localização, a caracterização sócio-cultural do
alunado, bem como suas origens são os elementos de base para se
construir os saberes fundamentais desta disciplina no ensino médio.
O homem desde sua forma primitiva de vida vem
estabelecendo contato com a natureza para sua sobrevivência,
extraindo recursos naturais, migrando à procura de alimento,
desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos, correntes
marítimas, regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação,
comércio, descrição e mapeamento de lugares.
Cada vez mais o homem explora o espaço organizando de
forma à satisfazer suas necessidades, aprimorando seus
conhecimentos geográficos, transformando lugares conforme o
aumento da população que passa a ser apropriar do espaço, criando
relações de convivência social diferentes em cada período , bem
como de domínio sobre os bens da natureza.
Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à
sociedade escravista, quando a terra passa a ser um bem acessível a
poucos, situações que perduram até nossos dias, onde o homem
delimita fronteiras políticas conforme seus interesses, gerando
conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista
que organiza o espaço em nome do “desenvolvimento”, que leva a
exploração da natureza, transformação do meio ambiente e
degradação de seus recursos, imposição de culturas, transformando
as sociedades locais e globais em função do desenvolvimento
desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte
econômica, onde se traçam teias de relações sociais, criando espaços
desiguais em função de grupos e nações dominantes.
Nesse contexto a geografia tem importante papel como “ciência
que estuda as relações entre a sociedade e a natureza” (Andrade,
1.988 p. 55) na condução da compreensão do espaço pelo homem,
devendo seu ensino considerar a realidade no seu conjunto, pois o
espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do homem .
Portanto o aluno ao longo do tempo deve ser orientado no sentido de
perceber-se como elemento de um processo histórico. Assim:
“... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma
geografia crítica, não se localiza no professor ou na ciência a ser
ensinada vulgarizada, e sim no real, no meio onde o aluno e o
professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos
sociais. Integrar o educando no meio significa deixa-lo descobrir que
pode tornar-se sujeito na História.” (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)
A contribuição da geografia para a formação do aluno está na
compreensão que ele terá da realidade. No estudo do espaço
geográfico, o aluno deverá refletir sobre a relação que existe entre os
seres humanos bem como na relação seres humanos – natureza.
“Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história,
pela mesma razão que a história da natureza é inseparável da história
dos homens”. (CORREA, et Al, 1980, p.25)
Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o
aluno compreenda as diversas formas como a ciência geográfica
contribui para o conhecimento da Terra e da sociedade atual,
valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,
interpretando, representando e localizando elementos e fenômenos
que ocorrem no espaço geográfico.
“Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como
espaço social, construído, pleno de lutas e conflitos sociais”.
(OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.36)
Dessa forma cabe à geografia proporcionar aos alunos a
possibilidade de observar, pensar, interpretar e discutir criticamente
o espaço geográfico numa busca constante de compreensão de suas
transformações.
A geografia passou por constantes modificações em virtude das
mudanças ocorridas no mundo ao longo do tempo , transformando a
Geografia Tradicional em uma Geografia Crítica , que busca
explicações utilizando a razão e o empirismo para analisar os fatos.
As mudanças ocorridas no final do século XX , e a mobilidade das
informações criaram a necessidade de um olhar com relação a
natureza , as práticas sociais e econômicas que nos leve a uma
compreensão e a construção do conhecimento.
As mudanças de tempo e espaço alteraram-se e as paisagens
sofreram transformações num ritmo mais intenso e o estudo da
Geografia será fator fundamental na formação de um aluno cidadão ,
na medida em que permite a ele apropriar-se desse conhecimento e
compreender e interpretar com um olhar crítico o mundo em que o
cerca. Tendo em vista , sua função enquanto agente transformador
do ensino e da escola e , em decorrência disso , da sua própria
sociedade.
A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro
no século XIX, aparecendo de forma indireta no ensino primário.
Apenas na década de 1930, com a criação do IBGE, da AGB e do
primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil. Nesse
contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e
descrever o ambiente físico nacional servindo os interesses políticos
do Estado, na visão do nacionalismo econômico – DCE, p.17,6º
parágrafo (exploração dos recursos minerais, indústria de base, dados
demográficos).
A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter
decorativo/enciclopedista, voltado para a descrição do espaço,
perpetuou-se por boa parte do século XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas
relacionadas aos modos de produção, trouxeram mudanças políticas,
econômicas, sociais e culturais na ordem mundial que interferiram no
pensamento geográfico da época. Tais transformações intensificaram-
se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos
enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações
no campo temático da Geografia – DCE, 2006, p.18.
A internacionalização da economia e as multinacionais
trouxeram para as discussões geográficas, assuntos ligados à
degradação da natureza, equilíbrio ambiental do planeta,
desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.
No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças
substanciais em todos os setores, inclusive no educacional, com a
valorização da formação profissional, afetando principalmente
disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de
Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os
estudos das disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram
impostas as disciplinas de OSPB e EMC, consideradas importantes
para a formação técnica.
Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o
desmembramento da disciplina de estudos sociais e o retorno da
Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1º Encontro
Paranaense de História e Geografia, originou um documento que
posteriormente permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar
Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História
separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas
autônomas ocorreu em 1986.
A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou
com força ao Brasil. A geografia Crítica, como linha teórico-
metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações
aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,
trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais
para a compreensão do espaço geográfico.
Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce
interpretativo o espaço geográfico produzido, espaço este composto
por objetos (naturais, culturais-técnicos) e ações (relações sociais,
culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.
O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a
construção de uma consciência crítica, coletiva e articulada,
buscando a totalidade do conhecimento acerca do espaço geográfico,
permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores
significativos da vida em sociedade.
8.8.2 Objetivos Gerais
Contribuir para o entendimento do mundo atual, da
apropriação dos lugares pelos homens, através de uma leitura crítica
das contradições e conflitos de toda ordem, implícitos e explícitos no
espaço geográfico de forma que sejam cidadãos críticos e agentes de
suas realidades.
Reconhecer, nas aparências das formas visíveis e concretas do
espaço geográfico atual, a sua essência, ou seja, os processos
históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos
contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que
resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do
espaço.
Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o
ajudem a compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar ,
espaço geográfico , território , região - , além de outros conceitos
importantes para a análise espacial , como tecnologia , relações
sociais , poder , política , Estado e trabalho. Isso o tornará capaz de
“pensar” esse espaço e o percebe como parte integrante e atuante
dele.
Identificar particularidades de uma paisagem , lugar ou
território no espaço geográfico , reconhecendo os fenômenos aí
encontrados , determinando o processo de sua formação e o papel da
tecnologia dos grupos que habitam ou já habitaram esse determinado
lugar , paisagem ou território . Além de comparar esses fenômenos
geográficos , reconhecendo as semelhanças e diferenças existentes
entre elas e porque elas existem.
Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser
usufruído por toda a humanidade. Esse é um assunto que deve ser
tratado interdisciplinarmente , pois ultrapassa o âmbito da geografia.
Evidenciando temas que são de interesse global , como a importância
da água , o efeito estufa , as várias formas de poluição (do ar , da
água , do solo) , transferindo-os para sua realidade.
Aplicar os conhecimentos específicos das linguagens geográfica
e cartográfica na interpretação de gráficos , mapas e tabelas que
permitam a compreensão e a relação entre os sistemas econômicos ,
conflitos mundiais e a postura geopolítica posta em prática pelas
nações que desempenham um papel central na política mundial.
Formar um cidadão crítico e com uma visão de mundo que lhe
permita participar ativamente da sociedade em que vive. Podemos
dizer que é o indivíduo capaz de entender os fatos que acontecem no
mundo , de interpreta-los e de estabelecer relações não só entre
esses fatos , mas deles com a realidade do local onde vive .
• Compreender o homem como ser social, responsável pela
produção histórica, espacial e cultural da humanidade;
• Reconhecer o homem como principal “ator” e “autor”
geográfico na relação com a natureza, na medida em que se
objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;
• Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana,
que se manifesta através de paisagens com maiores ou
menores graus de humanização, fruto de determinações
históricas e das “necessidades” sociais;
• Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço
geográfico;
• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia
(mapas, gráficos, tabelas etc.) considerando-os como
elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais
e/ou espacializados.
• Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e
interpretando diferentes paisagens e como se constroem.
• Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas,
ocorrem a nível mundial e que todos têm direitos políticos,
melhorar a condição de vida e acesso aos avanços tecnológicos.
• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa,
compreendendo e identificando o problema, suas relações com
o meio e buscar meios para resolução do mesmo.
• Entender os meios de comunicação, como meios para obter
informações e novos saberes, recebendo-os criticamente.
Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o
ajudem a compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar ,
espaço geográfico , território , região - , além de outros conceitos
importantes para a análise espacial , como tecnologia , relações
sociais , poder , política , Estado e trabalho, percebendo que todos
interagem com os espaço geográfico.
- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza
diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos
diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos
em sua produção;
- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos
históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do
discurso historiográfico;
- Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas
de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como
construções culturais e históricas;
- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a
partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos
históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos
mesmos;
- Atuar sobre os processos de construção da memória social,
partindo da crítica dos diversos “ lugares de memória “
socialmente instituídos;
- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a
filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras
manifestações sociais – nos contextos históricos de sua
constituição e significação.
- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e
nas relações de sucessão e /ou de simultaneidade;
- Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
- Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de
suas relações com o passado.
- Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempos, compreendendo que as histórias
individuais são partes integrantes de histórias coletivas;
- Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o
conhecimento e de enfrentar os desafios do mundo
contemporâneo;
- Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos,
etc.) enriquecendo a sua vivência como cidadão na sociedade
atual;
- Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de
análise historiográfica, mas como agentes que buscam a
construção do conhecimento através da reflexão teórica;
- Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a
partir de um processo de investigação que tem como objeto às
ações humanas.
8.8.3 Conteúdos
♦ Dimensão econômica da produção do espaço
♦ Dimensão política do espaço geográfico
♦ Dimensão socioambiental do espaço geográfico
♦ Dinâmica cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE:
A dimensão econômica da produção do/no espaço.
- Setores da Economia
- Extrativismo vegetal , mineral ,animal
- Agricultura e pecuária
- Indústrias
- Comércios e serviços
Dimensão Sócio-ambiental
- Estudo da paisagem
- Eras geológicas
- Movimentos da Terra (rotação/translação)
- Rochas e Minerais
- As camadas da Terra: Litosfera , Hidrosfera e Atmosfera
- Ambiente Urbano e Rural
- Meios de orientação
- Noções de cartografia
- Mudanças climáticas , classificação e fenômenos atmosféricos
Dinâmica Cultural Demográfica
- Campo Largo: organização do espaço geográfico a partir de
políticas econômicas , manifestações culturais e sócioambientais .
6ª SÉRIE:
A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço
- Tipos de indústrias , agroindústrias e sua distribuição no espaço
geográfico.
- Brasil: localização , divisão regional (relevo , clima , vegetação ,
recursos minerais)
- Rios e bacias hidrográficas
- Circulação e poluição atmosférica
- Desmatamento
- Chuva Ácida
- Efeito Estufa
- Paraná , localização e limites
Dinâmica Cultural Demográfica
• Êxodo rural no Brasil
• População brasileira/ miscigenação dos povos , diversidade cultural
– destaque para a contribuição do índio e do negro)
• Migração e emigração no Brasil
• Paraná: população , crescimento urbano , RMC.
Geopolítico:
Paraná no Mercosul
Biopirataria
Movimentos Sociais Brasileiros
7ª SÉRIE:
Dimensão Econômica do/no Espaço
- Continente americano e africano
- Atividades mais importantes
- Desigualdade social , IDH
- Acordos e blocos econômicos
- Dependência Tecnológica
Dimensão sócio-ambiental
Oceanos e Continentes
Espaço Mundial: diversidade de paisagens naturais
Continente Americano e Africano , posição geográfica , aspectos
naturais (relevo , vegetação, hidrografia , riquezas , questão
ambiental)
Dimensão Cultural Demográfica
• Continente Americano e Africano : características
populacionais , diversidade étnica e cultural.
Dimensão política
- Continente Americano e Africano: aspectos políticos
8ª SÉRIE:
A Dimensão Econômica na produção do/no Espaço
- Globalização
- As relações econômicas , a dependência tecnológica e a
desigualdade social do/no espaço geográfico.
- Europa , Ásia , Oceania e áreas polares: atividades econômicas
mais importantes , desigualdade social , IDH , acordos e blocos
econômicos , dependência e/ou supremacia tecnológica.
Dinâmica Cultural Demográfica
• Consumo , consumismo e cultura – a influência dos meios de
comunicação
• Europa , Ásia , Oceania e áreas polares: características
populacionais e diversidade étnica e cultural.
1º ANO
•
• Geografia: Objeto e objetivos
• Localização e orientação
• Formação da Terra
• Geologia: estrutura , origem e formação da litosfera
• Relevo: estrutura e processos de formação
• Atmosfera *Clima: fatores de formação do clima e tipologia
climática
• Vegetação: as grandes paisagens vegetais
• Ação antrópica nas paisagens
2º ANO
• Localização geográfica: formação e expansão do território
brasileiro
• População geral e do Brasil
• Teorias Demográficas e do Brasil
• Atividades Econômicas : extrativismo no Brasil , agropecuária,
pecuária : conceito e tipos ; pecuária no Brasil ; agricultura :
conceito e sistemas agrícolas ; erosão ; agricultura no Brasil ;
relações de trabalho no campo ; reforma agrária
• Indústria : conceito e tipos
• Fatores de instalação das indústrias
• Indústria no Brasil
• Fontes de Energia
3º ANO
• Meios de transporte
• Globalização : conseqüências da globalização
• Cidade : evolução urbana , problemas urbanos
• Poluição : conceito e tipos
• Problemas ambientais globais : El nino e La nina ; Efeito Estufa ,
Destruição da Camada de Ozônio
• Chuva Ácida
8.8.4 Metodologia
O ensino da Geografia deve possibilitar ao aluno a análise e a
crítica das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas
(do local ao global ao local). Neste nível de ensino, deve a Geografia,
contemplar uma abordagem metodológica que oriente para:
concepção de totalidade, articulação entre os conceitos e correntes
filosóficas, o homem (social) entendido como agente produtor do
espaço.
Considerando-se que o aprendizado é um processo e que ele
envolve a reflexão e o desenvolvimento do raciocínio lógico , não
pode-se perder de vista a necessidade de estímulos permanentes.
Mas para se atingir tais metas ou aprimorar as habilidades dos
estudantes , entre outros recursos , destaca-se a importância de que
os conceitos sejam aplicados em suas vidas práticas para que
percebam sua real utilidade e posteriormente para que se
conscientizem de sua validade a fim de auxilia-los na interpretação
dos processos e acontecimentos naturais ou ocasionados pela
intervenção da sociedade no meio ambiente , pois caso tais conceitos
deixarão de ter sentido.
Através de variados métodos tais como aulas expositivas ,
leitura de reportagens , apresentações de vídeos , realização de
entrevistas , visitas , debates , seminários , pesquisa , interpretação
de mapas , figuras , gráficos , tabelas , produção de maquetes e
mapas temáticos, poemas, charges paródias, histórias em
quadrinhos.
Assim, para melhor compreensão, o aluno precisa aprender a
dialogar com o grupo, partilhando saberes, entendendo como os
diferentes elementos desse espaço se relacionam. Nesse diálogo,
formula questões e tenta dar respostas, discutindo com o professor e
colegas suas idéias, compartilhadas e debatidas nas aulas de
Geografia.
O Espaço Geográfico precisa ser entendido pelo aluno como
uma construção humana que se desenvolveu sobre a superfície
terrestre que é um meio biofísico, o qual constitui o habitat das
comunidades animais e vegetais que povoam a Terra e que é desta
relação da sociedade com a natureza que o espaço geográfico é
formado.
Dentro dos conteúdos estruturantes dimensão econômica do
espaço geográfico, dimensão política do espaço geográfico, dimensão
cultural e demográfica do espaço geográfico, dimensão
socioambiental do espaço geográficos, serão trabalhados os temas
relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e
educação ambiental de acordo com os conteúdos específicos já
delimitados para atender às leis: LEI 10.639/03 História e Cultura
Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI 9.795/99
Educação Ambiental.
Cabe especificar que como processo metodológico as mesmas
serão contempladas ou como conteúdos específicos nas diversas
séries do ensino médio ou, quando não, serão abordadas no contexto
de conteúdos que assim o permitam de forma a não caracterizar
uma situação estanque ou fragmentada destes temas.
Como o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico,
os principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes e
específicos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica,
interligando teoria - prática – realidade, usando a cartografia como
ferramenta essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas
espaciais (local – regional – global).
Os conteúdos estruturantes devem ser abordados de uma
forma que se inter-relacionem.
Na 5ª série, o professor deve abordar conhecimentos
necessários para o aluno ampliar suas noções espaciais, como as
inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais, utilizando-se
da cartografia para mostrar como os fenômenos se relacionam no
espaço.
Na 6ª série, o professor deve levar o aluno, que já adquiriu
novos conhecimentos nos anos anteriores, a analisar os fenômenos
ocorridos na escala nacional (BR), relacionando-os com a realidade
mundial.
Quando compreendidas as noções sobre o território nacional, na
7ª e 8ª séries, o aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais
sobre: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões Polares,
sempre orientado pelo professor para que reflita sobre as
especificidades naturais/sociais, as relações de poder político e
econômico.
A cultura afrobrasileira e indígena, bem como a História do
Paraná serão abordadas nas séries do Ensino Fundamental no
desenvolvimento dos conteúdos .
Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo,
para que o aluno tenha maior compreensão do conteúdo, sendo que
esta aula deve ser planejada e contextualizada , fortalecendo a
relação entre a teoria e a prática.
O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todas as
séries, desde a forma rudimentar (o aluno representando seu espaço
vivido) até a interpretação de mapas que representem espaços e
realidades que ele não conhece de forma mais complexa.
Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas
devem ser materiais que utilizados, aperfeiçoarão o processo de
ensino-aprendizagem.
8.8.5 Avaliação
Os instrumentos avaliativos que devem ser utilizados, de acordo
com cada conteúdo e objetivo são:
- Avaliações, com ênfase a questões que impliquem
problematizações para serem solucionadas, questões que
envolvam conceitos inerentes à disciplina: observação,
comparação, descrição, interpretação de dados, mapas, tabelas,
opinião, síntese, análise, crítica, compreensão de textos.
- Seminários, micro-aulas, maquetes, ilustrações, cartazes, relatos
orais, debates, seminários, apresentação de trabalhos escritos e
orais.
Após todo esse processo de trabalho o aluno que atingir 60%
(sessenta por cento), de aproveitamento será atribuído a
recuperação, sendo esta com valor 10.
A reavaliação assegurará as condições pedagógicas para
acompanhar e aperfeiçoar o conhecimento do aluno, (porém
preservando a qualidade de ensino proposto pelo estabelecimento.)
Após a análise dos resultados, prevalecera sempre a maior
nota, sendo obrigatório a recuperação de estudos (independente do
tipo de avaliação), a todos os alunos.
A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem
deve ser diagnóstica e contínua, uma espécie de mapeamento que
vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos em seu
desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e
processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir
com a função básica da escola, que é promover o acesso ao
conhecimento; e, para o professor transforma-se num recurso
precioso de diagnóstico.
Por considerar a avaliação um momento fundamental e
privilegiado do processo ensino-aprendizagem, propõe-se atividades
que proporcionem uma integração dos alunos com os novos
conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de
ensino ao repertório que já possuem.
Para que se efetive é necessário que se perceba em que tempo
e forma nossos alunos aprendem em suas diferenças individuais, para
que possamos organizar intervenções necessárias ao longo do ano.
Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
• Relatos escritos onde se observem: capacidade de
memorização, observação, descrição, comparação,
interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises, síntese,
opinião, crítica...
• Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e
interpretação de imagens, compreensão de textos, construção
de maquetes, aulas de campo (quando possível), seminários,
historias em quadrinhos, poemas, paródias...
As avaliações serão feitas no decorrer do trimestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações
da aprendizagem.
8.8.6 Referências
CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo.
Quinteto Editorial, 2002.
CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel,
1982.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.
Versão Preliminar- SEED – , 2009.
Almanaque Abril, 2.006;
Revista Isto É;
National Geografic;
Caminhos da Terra;
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
Livros Didáticos:
LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora
Saraiva;
MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;
PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;
SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico
e Globalização, Editora Scipione;
ANDRADE,M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,
1987.
CEAD. Centro de Educação à distância. Apostila Educação
Africanidades Brasil. UNB – Universidade de Brasília, 2006.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e
dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário oficial da União, 23
de dezembro de 1996.
CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo.
Quinteto Editorial, 2002.
CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel,
1982.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.
Versão Preliminar- SEED – julho, 2006.
CIGOLINI, MELLO e LOPES, Adilar, Laércio e Nelci. Paraná – Quadro
Natural, transformações territoriais e economia. Paraná, Renascer.
VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo:
Contexto,1997
CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Ensino de Geografia: práticas e
contextualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.
CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Geografia em sala de aula, práticas e
reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Gioania:
Alternativa, 2002.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da
pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.
MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo –
não um acerto de contas. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
Almanaque Abril, 2.006;
Revista Isto É;
National Geografic;
Caminhos da Terra;
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
Livros Didáticos:
LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora
Saraiva;
MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;
PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;
SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico
e Globalização, Editora Scipione;
VESENTINI, José William, Sociedade e Espaço, Editora Ática.
8.9 HISTÓRIA
8.9.1 Apresentação Geral da Disciplina
A História não pode se prender a uma concepção tradicional,
onde é apresentada como uma sucessão cronológica de fatos, com
memorização de nomes e datas. É necessário também romper com
uma forma de ensino onde o aluno se encontre numa posição passiva
de aprendizagem, num círculo vicioso de reprodução de um
conhecimento fechado, enclausurado numa relação de causas e
conseqüências, onde a história é tão somente o conhecimento do
passado.
Esclarece-se que não se trata da história dos vencidos ou da
história dos vencedores, mas da história da relação entre um e outro.
Sabe-se que, na verdade, o que nos ficou do passado, muitas vezes,
são as memórias que se tornaram universais. É preciso abrir a
possibilidade de outras memórias, sem contudo, substituir uma
mistificação pela outra, isto é, contar o “outro lado” da história.
Torna-se, portanto, necessário conceituá-la podendo isto ser
feito a partir dos princípios, temas, objetos e métodos, essenciais
dessa renovação. Uma concepção renovada da história pressupõe
entender a “forma” da história, isto é, apreender de modo crítico, os
princípios que possibilitam a construção da história como ciência.
A história deveria ter uma vocação, a vocação de ser crítica,
isto é, levar os alunos a compreenderem o que são, a perceberem
que a história é mudança, transformação; a perceberem que, se
existem fatores que permanecem, deve-se entender por que
permanecem, explicar as razões de permanência.
É esta história que explica o que a sociedade é e o que ela não
é, que abre para os alunos e professores a possibilidade de se
compreenderem como sujeitos e agentes da transformação social.
A função de ensino de escola desejável, no entender dos
professores do Ensino Fundamental, deve dar conta de superar os
desafios de: desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização
do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica,
passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas
de como este se produz, formando um homem político capaz de
compreender e estrutura do mundo da produção onde ele se insere e
nela interferir.
É fundamental que haja, por parte dos agentes envolvidos na
relação ensino-aprendizagem da história, uma inserção crítica no
presente. Se se têm condições de nos referir ao nosso presente da
forma menos passiva e mais crítica, têm-se condições de nos
relacionar criticamente com o conhecimento histórico produzido e
com os conteúdos da história.
A proposta de história para o Ensino Fundamental, está
organizada em unidades anuais, temas, subtemas, e conteúdos que
se embasa na concepção de história já apresentada.
Precisamos construir uma nova visão de História, que contribua,
sim, na formação de cidadãos democráticos, que sejam tolerantes e
solidários, que respeitem os direitos universais, e saibam reivindicar
seus direitos. Como diz, Le Goff, “A velha utopia pedagógica, em
todas as culturas, deve ser especialmente orientada não apenas para
a aquisição do saber, mas também para a aquisição de
comportamentos, atitudes e idéias, que suscitem o diálogo e o
respeito ao outro”. (LE GOFF, J. Uma vida para a história.
Conversações com Marc Heurgon. São Paulo: Unesp. 1998.p.245).
Tomando como premissa básica que o papel fundamental da
educação escolar é o de preparar educando para o exercício da
cidadania, entendemos que a História contribui para que o educando
desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente participativo,
capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico
em que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer
com que o educando.
“produza uma reflexão de natureza histórica; {...} pratique
um exercício de reflexão que o encaminhará para outras
reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não
necessariamente só na escola; pois a Historia produz um
conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele
nos parece fundamental para a vida do homem, individuo
eminente histórico”.
(CABRINI, Conceição e outros. O ensino de História. São
Paulo, Brasiliense, 1987.p.23.).
É necessário que nas escolas, os educadores em geral,
assumam esse principio meta primordial, tendo como vista o
significado e a importância de seu papel na formação da cidadania,
que deve ser entendida também como um processo de participação
social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na
comunidade.
Com a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, instituída
através da Lei 10.639/03, percebe-se que para viver
democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e
valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua
formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de
diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de
diversas nacionalidades, religiões e línguas
A História contribui para que os educando ampliem a
compreensão da sua realidade e sejam capazes de estabelecer
relações com outras realidades históricas de respeitar os valores
culturais das diferentes sociedades, principalmente chegar a
interpretar sua própria historicidade, sobre a dimensão histórica ou
social de seu tempo como agente transformador.
O educando não aprende História apenas na escola, pois têm
acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio
social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e
mundial, no qual estão inseridos. `
Percebem as transformações sociais culturais econômicas e
política envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida
urbana e a globalização, nesse contexto os meios de comunicação de
massa a convivência de gerações através de fontes como: televisão,
videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema, vídeos
e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de
sua identidade cultural.
Queremos que o aluno ao sair do Ensino Fundamental, como diz
o filósofo Immanuel Kant, consiga superar a incapacidade de pensar
sem ser dirigido por alguém. Pensar por conta própria, questionar o
mundo, reconstruir a si mesmo e as suas relações com outros seres
humanos. A construção mais significava do Ensino de História ao
educando é a edificação da capacidade de pensar historicamente,
desde que este pensar seja sentir-se sujeito e agente transformador
do processo histórico.
Acreditamos que a disciplina de História no Ensino Médio esteja
intensamente compromissada com o pleno desenvolvimento da
cidadania, voltada à formação de um jovem crítico, que se perceba
agente construtor de sua própria história, instrumentalizado para
compreender, por contínua reflexão, as relações da sociedade em
que vive.
Não pretendemos, portanto, formar um cidadão apenas com
boa oratória e com maior bagagem intelectual, aumentando sua
cultura geral, mas, sim, formar um aluno com capacidade dirigente e
técnica, com formação científica e histórico-crítica, que lhe possibilite
aprender cada vez mais neste mundo dinâmico, competitivo, em
processo de constante transformação.
Dessa forma, estaremos contribuindo plenamente para o
desenvolvimento integral do educando, por uma prática educativa,
contextualizada e conscientizadora, problematizadora e crítica,
dialógica e participativa.
Pretendemos analisar, como objeto de estudo, as relações do
homem em sociedade, de forma que o aluno se identifique como
agente da história, uma vez que ela se faz a partir das relações que
os homens estabeleçam uns com os outros e com a natureza.
Contemplaremos, assim, uma história dinâmica, construída por
todos os homens e não somente por grandes heróis que a história
tradicional e factual sempre privilegiou. A proposta é superar a
“velha “ concepção de ensino da História, que apresenta o fato
histórico, as datas e os grandes personagens, como objetos
essenciais de análise.
Para atingirmos com êxito as finalidades a que nos propomos,
abordaremos os conteúdos programáticos de forma problematizadora,
isto é, pretendemos propiciar ao aluno a reflexão dos conteúdos
estudados, partindo, sempre que possível, de problemas propostos ao
longo do desenvolvimento das unidades temáticas ou enfatizando o
conjunto de questões ( exercícios ) que as acompanham.
Uma vez que o nosso objeto de estudo é o ser humano em
sociedade, devemos apresentar o fato como historicamente produzido
nas relações que ele estabelece com seu meio social, e não o fato
como pronto, absolutizado e inquestionável, pois o acontecimento
histórico não é um objeto dado e acabado, mas resultado da
construção do sujeito ( investigador ) em sua relação com o mundo.
Assim, o aluno será capaz de perceber que a sociedade se faz, se
constrói pelo homem em seu movimento histórico-dinâmico e em
constante transformação.
Para que o estudo da História se torne significativo para o aluno,
faz-se necessária a contextualização dos conteúdos, ou seja, é
imprescindível motivar o aluno a estabelecer relações da história do
passado com a do presente, para que ele possa construir sua visão de
mundo à luz de experiências concretas, fruto de suas relações em
sociedade, sentindo-se, desta forma, como sujeito atuante e
transformador do processo histórico.
Para tanto, consideramos essencial contemplarmos as novas
tendências e abordagens da historiografia contemporânea, tais como:
a história das mentalidades, das idéias e, sobretudo, a história do
cotidiano, ficando, assim, em plena sintonia com a atual produção
historiográfica.
Ao propormos a referida abordagem “com significado “, não
pretendemos analisar o conteúdo a partir do presente, como se a
finalidade única da História fosse a compreensão do mundo atual. O
tratamento destinado ao objeto deve proporcionar a relação com o
cotidiano do aluno, evitando, contudo, o “presentismo“, já que a
função da escola é possibilitar a construção do conhecimento
científico elaborado historicamente, superando – o empirismo e o
senso comum.
“Somos elos de uma mesma corrente que começou há muito
tempo e que não sabemos até quando continuará a ser construída.
Portanto, História é buscar o significado da nossa participação nessa
grande aventura da qual todo ser humano faz parte.” (Eduardo
Aparício Boez Ojeda)
A História é uma das disciplinas que apresenta maiores
possibilidades de criar situações pedagógicas para que o aluno
desenvolva suas capacidades intelectuais e transforme-se num
observador atento da realidade, capaz de estabelecer relações,
comparações e chegar a conclusões sobre o tempo e o espaço em
que vive.
Portanto, história é uma disciplina viva, que desempenha um papel
importante na configuração da identidade ao incorporar reflexão
sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo,
suas afetividades, sua participação no coletivo, cultura, favorecendo o
entendimento de como os homens se organizam e produzem sua
vida.
O trabalho na disciplina de História se preocupará em desenvolver
os conteúdos de forma crítica. Nesse sentido, o ensino de História
deve entendido como processo de investigação, identificando sua
dinâmica, sua historicidade e sua relação com a vida, enriquecendo a
construção do saber histórico significativo.
Dessa forma, o conhecimento histórico se dá através do uso do
subjetivo, mas sempre pautado nos fatos, analisando e refletindo
sobre o saber acumulado pela humanidade, construindo um saber
sistematizado.
8.9.2 Objetivos Gerais
- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na
localidade, na região e no país, e outras manifestações
estabelecidas em outros tempos e espaços;
- Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempos;
- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um
conhecimento interdisciplinar;
- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes
de histórias coletivas;
- Possibilitar que o aluno venha valorizar sua identidade étnica
cultural, bem como, o respeito à diversidade do “outro” e ao
diálogo nas diferenças;
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em
diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,,
econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e
diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos
e contradições sociais;
- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis
soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações
da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;
- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de
texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes
paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade
social, considerando critérios éticos;
- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos
povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,
mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as
desigualdades.
- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza
diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos
diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos
em sua produção;
- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos
históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do
discurso historiográfico;
- Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas
de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como
construções culturais e históricas;
- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a
partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos
históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos
mesmos;
- Atuar sobre os processos de construção da memória social,
partindo da crítica dos diversos “ lugares de memória “
socialmente instituídos;
- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a
filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras
manifestações sociais – nos contextos históricos de sua
constituição e significação.
- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e
nas relações de sucessão e /ou de simultaneidade;
- Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
- Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de
suas relações com o passado.
- Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempos, compreendendo que as histórias
individuais são partes integrantes de histórias coletivas;
- Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o
conhecimento e de enfrentar os desafios do mundo
contemporâneo;
- Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos,
etc.) enriquecendo a sua vivência como cidadão na sociedade
atual;
- Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de
análise historiográfica, mas como agentes que buscam a
construção do conhecimento através da reflexão teórica;
- Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a
partir de um processo de investigação que tem como objeto às
ações humanas.
8.9.3 Conteúdos
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos
construídos historicamente e considerados fundamentais para a
compreensão do objeto e organização dos campos de estudos de uma
disciplina escolar. Deles derivam os conteúdos específicos que
compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino aprendizagem
no cotidiano da escola.
Os conteúdos estruturantes na disciplina de História
constituem-se como a própria materialidade da formação do
pensamento histórico. A saber:
• Relações de trabalho;
• Relações de poder;
• Relações culturais.
No que diz respeito às relações de trabalho, expressam-se as
relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a
natureza seja no que se refere à produção material como à produção
simbólica.
As relações de trabalho permitem diversas formas de
organização social. No mundo capitalista, o trabalho assumiu
historicamente um estatuto muito específico, qual seja, do emprego
assalariado. Para entender como se formou este modelo e suas
conseqüências, faz-se necessário analisar alguns aspectos das
Relações de Trabalho.
Vale considerar as contribuições dos historiadores da corrente
historiográfica Nova Esquerda Inglesa, como Eric J. Hobsbawm e
Edward P. Thompson que da concepção marxista reviram e
superaram a abordagem economicista e determinista do processo
histórico.
O estudo das relações de poder geralmente remete à idéia de
poder político. Entretanto, elas não se limitam somente ao âmbito
político, mas também nas relações de trabalho e cultura.
É necessário entender que as relações de poder são exercidas
nas diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho,
as políticas públicas e as diversas instituições, permite ao aluno
perceber que tais relações estão em seu cotidiano. Assim, ele poderá
identificar onde estão as arenas decisórias, porque determinada
decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e
como, quando e onde reagir a ela.
Ao se propor a cultura como uma das dimensões culturais,
entende-se como aquela que permite conhecer os conjuntos de
significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar
o mundo. Essa dimensão perpassa desde a construção dos símbolos
até a sua apropriação pelos sujeitos em diversas sociedades ao longo
do tempo. Sendo assim, podem-se decifrar sentidos atribuídos às
palavras, ações e relações entre os diversos atores e os contextos
históricos. O uso dos conceitos como prática, representação,
apropriação, circularidade cultural e experiência, por exemplo, amplia
a abordagem da História na escola, na medida que contribui com as
novas leituras e interpretações do passado e valoriza diferentes
fontes e métodos de pesquisa.
A partir de recortes específicos, os conteúdos estruturantes,
tomados em conjunto articulam os conteúdos específicos e permitem
acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no
espaço. Por meio do processo pedagógico, busca-se construir uma
consciência histórica que possibilite compreender a realidade
contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – SÉRIES FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
Produção do conhecimento Histórico
• O historiador e a produção do conhecimento histórico
• Tempo e temporalidade
• Fontes, documentos
• Patrimônio material e imaterial
• Pesquisa
Articulação da História como outras áreas do conhecimento
• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,
sociologia etnologia, entre outras
Arqueologia no Brasil
• Lagoa Santa: Luzia (MG); e Serra da Capivara (PI)
• Sambaquis (PR)
Humanidade e História
• De onde viemos, quem somos, como sabemos?
Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações
• Teorias do surgimento do homem na América
• Mitos e lendas da origem do homem
• Desconstrução do conceito de pré-história
• Povos ágrafos, memória e história oral
Povos indígenas no Brasil e no Paraná
• Ameríndios do território brasileiro
• Kaingang, Guarani, Xeta e Xokleng.
As primeiras civilizações da América
• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas
• Ameríndios da America do Norte
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia
• Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali
• Fenícios, Hebreus, Gregos e Romanos
A Chegada dos europeus na America
• (des) encontros entre culturas
• Resistência e dominação
• Escravização
• Catequização
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política
• Reconquista do território
• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo
• Comercio (África, Ásia, América e Europa)
Formação da sociedade brasileira e americana
• America portuguesa
• America espanhola
• America franco-inglesa
• Organização político-administrativa (capitanias hereditárias,
sesmarias)
• Manifestações culturais (sagrado e profano)
• Organização social (família patriarcal e escravismo)
• Escravização de indígenas e africanos
• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar, minérios)
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros
• Comercio
• Organização político-administrativa
• Manifestações culturais
• Organização social
• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, batea, construção civil
Diáspora Africana
6ª SÉRIE
Consolidação dos estados nacionais europeus
- Reforma e Contra-Reforma.
- Causas que originaram a Reforma religiosa na Europa
- Precursores da Reforma religiosa
- Reivindicações as mudanças e as conseqüências da Reforma reli-
giosa
- A liberdade religiosa na sociedade atual
Expansão Marítima Européia
- Motivo da vinda dos europeus para a América
- Características da política mercantilista
- As sociedades coloniais americanas
- A colonização da América
- A escravidão no Brasil
A Escravidão no Brasil
- A resistência e os mitos da escravidão
- As Campanhas Abolicionistas
- A sociedade brasileira na metade do século XIX
- O trabalho escravo e as questões do Racismo e preconceitos e o
Quilombo dos Palmares
- O trabalho escravo atual
Iluminismo
- Fundamentos do Iluminismo
Independência das treze colônias inglesas da America do Norte
- A declaração de Independência
- A Economia americana
- A organização da nação americana
Revolução Francesa
- A sociedade francesa
- Os grupos políticos
- Declaração dos direitos do homem e do cidadão
Invasão Napoleônica na Península Ibérica
Expansão territorial da América Portuguesa
- Expansão da Pecuária
- As entradas e bandeiras
- O surgimento das primeiras cidades através da mineração
- Os movimentos emancipacionistas e reivindicatórios:
- Emboadas
- Inconfidência Mineira
- Conjuração Baiana e Pernambucana
- Revolta da cachaça
- Revolta do maneta
- Guerra dos mascates
- Manifestações religiosas – sincretismo
Movimentos de contestação
- Quilombos (Campo Largo, PR e BR)
Invasão Napoleônica na Península Ibérica
Chegada da família real ao Brasil
- A corte portuguesa chega ao Brasil
- A abertura dos portos
- Missões artístico-científicas
- Biblioteca Nacional
- Banco do Brasil
- Urbanização na capital
- Imprensa Régia
O Processo de Independência do Brasil
- Governo de D. Pedro I – Primeiro Reinado
- A abdicação
- Revoltas regenciais: Males, Sabinada, Balaiada, Cabanagem
- Farroupilha.
O processo de independência das Américas
- Haiti
- Colônias espanholas
Colonização do território "paranaense"
- A formação das cidades
- O tropeirismo paranaense
- Os engenhos de erva-mate no litoral e primeiro planalto
- As cidades paranaenses fundadas
- A propriedade coletiva entre os indígenas no Paraná
- As tribos indígenas paranaenses e sua situação na atualidade
7ª Série
A Construção da Nação
- Governo de D. Pedro II
- Criação da IHGB;
- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós - 1850
- Início da imigração européia
- Definição do território
- Movimento Abolicionista e Emancipacionista
Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX)
- Luddismo
- Socialismos
- Anarquismo
- Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo
Emancipação Política do Paraná - 1853
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização político-administrativa
- Migrações internas (escravizados, libertos e homens Iivres pobres)
e externas (europeus)
- Os povos indígenas e a política de terras
A Guerra do Paraguai
O Processo de Abolição da Escravidão
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos
- Abolição
- Imigração - Senador Vergueiro
- Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,
Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argenti-
na).
Colonização da África e da Ásia - Imperialismo
Guerra civil e Imperialismo estadunidense
Os Primeiros anos da República
- Idéias positivistas
- Imigração asiática
- Oligarquia, coronelismo e clientelismo
- Movimentos de contestação: campo e cidade
- Movimentos messiânicos
- Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro
- Movimento operário: anarquismo e comunismo
- Paraná
- Guerra do Contestado
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo (movimento regionalista - Romário Martins, Zaco Para-
ná, Langue de Morretes, João Turim).
Carnaval na América Latina : entrudo, murga e candomblé
- Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
8ª SÉRIE
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
- Economia
- Organização social
- Organização político-administrativa
- Manifestações culturais
- Coluna Prestes
Crise de 1929
A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45)
- Leis trabalhistas
- Voto feminino
- Ordem e disciplina no trabalho
- Mídia e divulgação do regime
- Criação do SPHAN, IBGE
- Futebol e carnaval
- Contestações a ordem
- Integralismo
Ascensão do Regime totalitário na Europa: Nazismo e Fascismo
Movimentos populares na América Latina
Segunda Guerra Mundial
A descolonização da África e da Ásia
Guerra Fria
Construção do Paraná Moderno
- Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Ro-
cha, Ney Braga
O Regime Militar no Brasil e no Paraná
Movimentos de contestação no Brasil
Movimentos de contestação no mundo
Paraná no contexto atual
- Cultura indígena, africana e participação dos imigrantes
Globalização e crise
- Contradições e dilemas de um mundo globalizado
Redemocratização
- Brasil de volta a democracia
Objetivos
- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na
localidade, na região e no país, e outras manifestações
estabelecidas em outros tempos e espaços;
- Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempos;
- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um
conhecimento interdisciplinar;
- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes
de histórias coletivas;
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em
diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,,
econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e
diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos
e contradições sociais;
- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis
soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações
da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;
- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de
texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes
paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade
social, considerando critérios éticos;
- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos
povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,
mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as
desigualdades.
1º ANO
- Historicidade
- Pré-História
- Antiguidade Oriental (Mesopotâmicos, Egípcios, Fenícios, Hebreus,
Persas, Chineses, Japoneses e Indianos)
- Antiguidade Ocidental (gregos e romanos)
- Bizâncio
- Islão
- Invasões Bárbaras
- Francos
- Feudalismo
- Igreja Medieval
- Estado Moderno
- Expansão Européia e Conquista da América
- Renascimento
- Reforma e Contra-Reforma
- Mercantilismo e Sistema Colonial
2º ANO
- Historicidade
- História do Brasil: Colonização da América Portuguesa
- África pré-colonial2
- Brasil: Conquista e organização política da colônia (escravidão
indígena3 e negra), produção açucareira.
- Domínio Espanhol e Brasil Holandês
2 Em conformidade com a Lei nº 11.645/08(História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena).3 Idem
- Brasil: mineração, sociedade colonial (ressaltando a contribuição
do negro na sociedade colonial4).
- Paraná no período colonial: os povos indígenas e suas culturas
(xetas, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis); povoamento no litoral,
ouro em Paranaguá, as origens de Curitiba, ocupação dos campos
gerais, tropeirismo e demais aspectos políticos, econômicos,
sociais e culturais da região5.
- Revolução Inglesa
- Iluminismo
- Revolução Industrial
- Independência dos Estados Unidos
- Revolução Francesa
- Era Napoleônica
- Brasil: crise do sistema colonial
- Independência do Brasil e Países da América Latina
- Revoluções Européias – Nacionalismo e Unificação da Itália e da
Alemanha
- Desenvolvimento dos Estados Unidos (expansão, povoamento e
Guerra de Secessão)
- Brasil: Primeiro Reinado, Período Regencial, Segundo Reinado,
Proclamação da República (enfatizar o Paraná nesse contexto).
3º ANO
- Historicidade
- Imperialismo
- Primeira Guerra Mundial
- Revolução Russa
- História do Brasil: República Velha
- Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários
4 Idem.5 Em conformidade com a Lei Estadual nº 13.381/01, que tornou obrigatório o ensino de conteúdos sobre a História do Paraná.
- Segunda Guerra Mundial
- Brasil: Era Vargas e Período Democrático (populismo)
- Guerra Fria
- Descolonização e Conflitos Regionais
- Brasil: Ditadura militar e contemporaneidade
- Desintegração da URSS
- Globalização e Atualidades
8.9.4 Metodologia
A integração da História com as demais disciplinas permite
sedimentar e aprofundar os temas históricos, redimensionando
aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do indivíduo nas
transformações do processo histórico, completando a
compreensão das relações do indivíduo – sujeito da história.
Se o objetivo do ensino da história é conduzir o aluno a
compreender fatos passados e relacioná-lo ao presente, a adequação
metodológica deverá acontecer tornando a realidade do aluno como
ponto de partida e através da mediação desse saber a ela retornar
nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim ao
aluno apoderar-se da pluralidade das memórias, proporcionando-lhe a
sua compreensão e do conflito que se produz nas relações sociais e
pelas relações sociais.
A disciplina de História nessa perspectiva dá para os alunos
condições de ampliar conceitos introduzidos nas séries anteriores
contribuindo substantivamente para a construção dos laços de
identidade e consolidar a formação da cidadania.
O ensino da História pode desempenhar um papel importante na
configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o indivíduo
nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas
afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de
compromisso com classes, grupos sociais, cultura, valores e gerações
do passado e do futuro.
A contribuição mais substantiva da história para melhor
compreensão da sociedade contemporânea e de nela o jovem se
situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de
desenvolver capacidades de apreensão do tempo em seu completo
das vivências humanas.
Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para as
novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um
presente contínuo, que tende a esquecer e anular a importância das
relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, a
cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma
valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma
ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e
com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos
imediatos
Após a apresentação do tema e coleta dos conceitos de cada
educando e sua realidade social o educador fará o registro através
das opiniões dos educandos e enriquecera com as mediações
pertinentes.
O educador ira propor expansão desses conceitos através da
leitura de livros, textos diversos, jornais e revistas e a pesquisa
do tema abordado. Visando uma analise e localização no tempo e
espaço histórico e social, busca através da analise de mapas
históricos e textos uma compreensão do processo evolutivo da
sociedade.
Buscando ampliar essa compreensão de mundo o educando usara
os recursos tecnológicos disponíveis como: filmes (VHS, DVD),
internet, televisão e rádio; também na musica, literatura, artes,
arquitetura, cultura e valores que compreendem a sociedade que
estão inseridos. O educando ira usar de seu conhecimento através da
produção de cartazes dramatizações e produções textuais artística
criticando de modo significativo o aprendizado adquirido.
Utilizar-se da metodologia no sentido de desenvolver o senso
crítico rompendo com o valor do saber enciclopédico socializando a
produção da ciência histórica, passando da reprodução do
conhecimento à compreensão das formas como este se produz,
formando um homem político.
A integração da história com as demais disciplinas permite
sedimentar e aprofundar temas estudados no ensino fundamental,
redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do
indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a
compreensão das relações do indivíduo – sujeito da história.
Se o objetivo do ensino da história no ensino médio é conduzir o
aluno a compreender fatos passados e relacioná-lo ao presente, a
adequação metodológica deverá acontecer tomando a realidade do
aluno nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim
ao aluno apoderar-se da pluralidade das memórias, proporcionando-
lhe a sua compreensão e do conflito que se produz nas e pelas
relações sociais.
A história nessa perspectiva dá para os jovens do Ensino Médio
condições de ampliar conceitos introduzidos nas série anteriores do
ensino fundamental contribuindo substantivamente para a construção
dos laços de identidade e consolidar a formação da cidadania.
O ensino da história pode desempenhar um papel importante
na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o
indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas
afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de
compromisso com classes, grupos sociais, cultura, valores e gerações
do passado e do futuro.
A contribuição mais substantiva da história para melhor
compreensão da sociedade contemporânea e de nela o jovem se
situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de
desenvolver capacidades e apreensão do tempo em seu completo das
vivências humanas.
Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para
as novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um
presente contínuo, que tende a aquecer e anular a importância das
relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, a
cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma
valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma
ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e
com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos
imediatos.
A produção das aulas de História se preocupará em desenvolver no
aluno a capacidade de pesquisar, comparar, de adquirir
conhecimento e estabelecer relações de confrontamento entre as
informações atuais e históricas de forma crítica e reflexiva.
As aulas de História no decorrer do ano acontecerão através de
estímulo ao aluno, levando-o a discernir limites e possibilidades de
atuação na permanência e na transformação da realidade,
comparando presente e passado e percebendo-se como agente
transformador da sociedade.
Para que tudo isso aconteça, o professor deverá incentivar o
aluno a investigação e a pesquisa, despertando assim, o gosto e o
prazer pela leitura e por novas descobertas.
As aulas de História devem dar condições a que o aluno possa
transformar a realidade do mundo de hoje, valorizando o convívio
pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade
cultural, evitando situações que podem resultar em discriminação e
injustiça social.
Portanto, cabe ao professor utilizar diversas maneiras de
desenvolver os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.
Desse devem ser trabalhados durante o ano. Desse modo, o professor
deve mediar os conteúdos estudados, facilitando a compreensão e
dando significado a eles, utilizando várias estratégias para produzir o
saber histórico como, atividades individuais, em grupo, pesquisa,
análise e reflexões de filmes, textos,, artigos de jornais, revistas,
documentários, entre outros.
Utilizar-se da metodologia no sentido de desenvolver o senso
crítico rompendo com o valor do saber enciclopédico socializando a
produção da ciência histórica, passando de reprodução do
conhecimento à compreensão das formas de como este se produz,
formando um homem político capaz de compreender a estrutura do
mundo da produção e suas inserções.
Entendemos que deve-se buscar a recuperação da dinâmica
própria das sociedades no tempo evitando trabalhar com base em
etapas ou apenas no presente. Deve-se ter como fundamento que
ensinar história é selecionar conteúdos, dividi-los programá-los de
maneira que acrescente algo nos educandos contemplando a
formação necessária à ser ensinada no ensino médio.
8.9.5 Avaliação
O principal critério de avaliação é o conteúdo, no seu papel de
mediador entre o sujeito que aprende e a realidade. É fundamental
enfatizar a relevância da relação conteúdo/forma na socialização do
saber, possibilitando ao aluno a reelaboração da sua visão de mundo,
assegurando-lhe o questionamento e o domínio da realidade
contemporânea.
Para a avaliação dever-se-á verificar a aprendizagem daquilo
que é básico, fundamental, para que ela se processe. Isto implica em
definir o que é necessário para que o aluno avance no caminho da
aquisição do conhecimento e envolve a participação efetiva dos
professores na definição dos conteúdos básicos, a democratização da
relação professor/aluno, o processo de construção do conhecimento
pelo aluno, uma nova concepção de História, e a definição de
estratégias de ensino.
O conteúdo deve ser avaliado no sentido de priorizar que o
aluno esteja compreendendo a unidade e a diversidade do social, nos
seguintes aspectos:
- as transformações, isto é, as diferenças e semelhanças, as
mudanças e permanências entre os diferentes grupos e entre as
sociedades urbana e rural, colonial e industrial, teocêntrica e
democrática;
- as relações, isto é, as diferentes formas das relações do homem
com a natureza e com os outros homens para satisfazer as suas
necessidades como um produto da História dos homens.
Ao avaliar-se é importante levar em consideração todas as
experiências culturais, explicitá-las, sistematizá-las, procurando levar
o aluno à construção da temporalidade e à compreensão de que a
própria temporalidade é uma construção histórica.
Através dos pressupostos de que o conhecimento foi construído
a partir da realidade do educando, dimensionado para a reflexão e
releitura de outras realidades o processo ensino aprendizagem será
avaliado através das construções orais, da elaboração de tipos
textuais diversos que registrem o processo da aquisição do
conhecimento já elaborado.
O educando registrará os conhecimentos adquiridos em forma de
conclusões, relatos históricos e contemporâneos, através de
argumentações e projetos que sugiram a prática sustentável na
sociedade atual.
Após a realização desses registros os educandos colocaram seus
registros para a apreciação do grupo em forma de
apresentações,debates e seminários.
O ensino da historia visa proporcionar subsídios para as
contextualizações, reflexões e aceitação das diversidades, buscando
diminuir o preconceito em todos os níveis sociais.
Como professores, precisamos levar em conta os conhecimentos
prévios do aluno, devemos trabalhar com a memória compreensiva,
promovendo a aprendizagem funcional a partir de situação.
O ponto de partida é o conhecimento prévio do aluno. Devemos
motivar os nossos alunos a aprenderem, ou seja, a adquirirem a
habilidade de realizar aprendizagens. Se isto ocorrer,
transformaremos a sala de aula num ambiente agradável, onde a
auto- estima e o auto conceito do aluno fluir naturalmente.
Devemos fazer tabula rasa do passado? Acreditamos que não.
Existem conteúdos que devem ser memorizados, só que não
mecanicamente. Devem ser memorizados para servir de ponte para
reflexões, análises e sobretudo de auxílio na busca de novos
conhecimentos. O processo de avaliação deve priorizar mecanismos
que detectem se o aluno compreendeu o processo histórico e se está
capacitado para emitir julgamentos críticos sobre os temas
estudados.
O processo de avaliação na disciplina de História acontecerá de
maneira contínua de acordo com as atividades desenvolvidas,
priorizando mecanismos que detectem se o aluno compreendeu o
processo histórico fazendo reflexões críticas sobre os conteúdos
estudados.
A avaliação dar-se-á em todos os momentos, valorizando a
participação do educando nas atividades individuais e grupos, a
iniciativa para a pesquisa, oralidade nas discussões, debates e
apresentações de trabalhos escritos. A avaliação também ocorrerá
através da escrita com produções de textos e análise de questões
subjetivas ou objetivas.
Portanto, todo o processo de avaliação será com o objetivo de
investigar e dar subsídios ao aluno para o exercício de sua cidadania.
8.9.6 Referências
• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes
Curriculares da educação básica: História. Curitiba: SEED,
2008.
• CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA,
Renan Garcia. O Jogo da História. São Paulo: Moderna. 2002.
• FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.
• MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do Tempo. São
Paulo: Moderna, 2002.
• ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do Futuro: História. São Paulo:
IBEP, 2003.
• ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo: Ática,
2003.
• COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo:
Saraiva, 2004.
• DIVALTE, Garcia Figueira. História, Novo Ensino Médio. São
Paulo: Saraiva, 2004.
• MORAES, José Geraldo Vinci. História Geral e Brasil. Editora
Atual.
• PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida. Vol. 3. São
Paulo: Ática, 2004.
• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes
Curriculares da educação básica: História. Curitiba: SEED, 2008.
• SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África
antes dos portugueses. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
• WACHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. 2 ed.
Curitiba, Ed. Dos Professores, 1968.
8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
8.10.1 Apresentação geral da disciplina
O ensino da Língua Estrangeira Moderna tem início no Brasil com
os jesuítas. O objetivo era, então, promover e difundir os
ensinamentos católicos. Ensinava-se o latim aos povos catequizados.
Entretanto, acusados de serem incentivadores da resistência dos
nativos aos espanhóis, foram expulsos. Sendo o ensino considerado
um fator essencial a dominação, em 1759 o ministro Marquês de
Pombal implantou o ensino régio no Brasil e o Estado passou a ser
responsável pela contratação de professores não-religiosos. As
Línguas Estrangeiras implantadas no currículo e foram o grego e o
latim.
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808
criou-se, com um decreto assinado pelo príncipe regente D. João VI, o
ensino de Inglês e Francês nas instituições públicas, atendendo as
demandas advindas da abertura dos portos ao comércio.
O Colégio Pedro II, inaugurado em 1837, passou a ser referência
no ensino de língua estrangeira e seu currículo foi adotado por quase
um século, com sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de
Alemão, prevalecendo a tradição das línguas clássicas grego e latim.
Esse ensino privilegiava a escrita pela concepção gramatical, sendo
que em1929 o Italiano passou a compor o currículo até 1931.
A partir do século XX fatores históricos na Europa, tais como guerras,
perseguições étnicas e demais fatores, contribuíram para a vinda de
imigrantes para o Brasil devido as propagandas do país no exterior
com o intuito de conseguir mão-de-obra para a cafeicultura e apoiar a
industrialização após a Primeira Guerra Mundial.
Como no Brasil a escola não era para todos, os imigrantes italianos,
alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses nas colônias
formadas, implantaram escolas para manter o ensino da sua cultura e
a língua do país de origem, sendo o ensino da Língua Portuguesa
considerado como ensino de Língua Estrangeira, formando-se várias
comunidades bilíngües no Paraná.
Em 1917 o governo federal mandou fechar as escolas dos imigrantes
ou estrangeiros e criou em 1918 escolas primárias mantidas por
recursos federais. Em 1920 decretou-se nas escolas, tanto públicas
quanto particulares, o ensino da Língua Portuguesa por professores
brasileiros natos e o ensino da Língua Estrangeira foi proibido para
crianças menores de dez anos que ainda não dominavam
corretamente o Português.
Em 1931, com uma reforma educacional intitulada Francisco Campos,
o Ministério da Educação e Cultura passou a indicar aos
estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas,
metodologia e programa curricular de cada série, contribuindo para a
formação da mentalidade, hábito de reflexão da língua, conhecimento
da civilização estrangeira e cultura de outros povos, tendo o Inglês
espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado
nas transações comerciais.
Na década de 50 surgiram novos métodos de aprendizagem da
Língua Estrangeira passando das regras memorizadas para sistemas
áudio-visuais e áudio-orais, surgidos nos Estados Unidos por ocasião
da Segunda Guerra Mundial em 1942, passando a língua a ser vista
como hábito.
O áudio-oral tinha como foco a pronúncia fluente pela repetição e o
áudio-visual deixava sentenças isoladas à dialógicas contextualizados.
A partir da década de 60 o método áudio-oral permaneceu em
evidência e Chomsky propôs a teoria inatista da linguagem, em que o
ser humano já nasce com capacidades de comunicação que são
desenvolvidas com o tempo.
Em 70 o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino
de Língua Estrangeira voltado apenas para as classes favorecidas e
apenas em 76 voltou a ser obrigatório somente no segundo grau com
uma aula semanal. Porém, com influência de métodos fundamentados
na lingüística estrutural, o ensino era voltado apenas na transmissão
do código, sem conexão com as culturas e sociedades nela
embutidos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) número 9394,
determinou em 1996 a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua
Estrangeira Moderna (LEM) no Ensino Fundamental a partir da quinta-
série, sendo a escolha do idioma feito pela comunidade escolar dentro
de suas possibilidades e o Ensino Médio além de uma obrigatória,
pode optar por outra Língua Estrangeira.
Já, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica propõem “a função
da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para
reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que
as apóiam (p.49).”
A língua é o fruto da cultura de um povo e variando de acordo
com seus usuários que diferem de grupos sócio-culturais históricos.
Através da sua característica dialógica (a língua) é possível analisar e
refletir sobre diferentes ideologias e vozes, condições sociais e grupo
social no qual o usuário da língua está inserido e o aprendizado da
Língua Estrangeira pode propiciar o desenvolvimento da consciência
sobre a importância do estudo de línguas estrangeiras em nossa
sociedade, visando a interação mundial proporcionada pela
globalização.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve possibilitar ao
aluno uma formação de percepção de mundo em seu contexto diário
e um desenvolvimento de consciência crítica na interação da língua e
sociedade, com o intuito de avaliar os paradigmas existentes e
compreender as transformações que ocorrem na sociedade como
construção de novas ações transformadoras.
A relação entre diversas sociedades de todo o globo terrestre é
apenas possível mediante a interação pela comunicação com textos
verbais e não-verbais. O aprendizado de uma Língua
Estrangeira,possibilita ao educando manter-se como agente ativo em
situações significativas, construindo e desconstruindo suas leituras de
mundo.
8.10.2 Objetivos Gerais
Observar e analisar os hábitos e modos de ler o mundo de
outros povos, bem como a influência dos mesmos em nosso
cotidiano.
Comparar as semelhanças e diferenças de outras culturas com a
cultura brasileira.
Reconhecer as influências políticas, sociais e econômicas entre
países.
Compreender o mecanismo que compõe as culturas de países de
língua inglesa e relacionar com o ensino de sua língua, pois a língua é
reflexo cultural e para assimilá-la é necessário saber sobre a nação
que a utiliza.
8.10.3 Conteúdos
Abordam os conteúdos específicos de cada série, porém são
provisórios e resultantes de uma interação social histórica e
processual, sendo estruturados de acordo com as necessidades
sociais do momento.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna possui como conteúdo
estruturante o DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL englobando os
eixos educacionais de LEITURA, ORALIDADE e ESCRITA.
A ORALIDADE é o uso funcional da língua, expressão de idéias e
adequação para um maior entendimento do texto.
Seguindo-se da ESCRITA que é uma atividade sociointeracionista no
qual seu uso caracteriza-se por objetivos claros e de uso real e
específico, que possibilita a concretização da teoria pressuposta
gramaticalmente.
Com a interação destes recursos, oralidade e escrita, visa-se uma
maior possibilidade de abranger conhecimentos com a interação de
outras disciplinas.
O conteúdo estruturante como os demais conteúdos devem
utilizar recursos lingüísticos como fonético-fonológico, léxico-
semântico e de sintaxe para ocorrer a percepção das vozes que
permeiam as relações sociais, as diversidades de gêneros textuais e
a especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática
pedagógica, resultando em um princípio de continuidade dos
conteúdos de acordo com o perfil dos alunos, as condições de
trabalho da região e do âmbito escolar e a faixa etária do grupo que
será ministrado as aulas.
-Conteúdos da 5ª série
LEITURA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico;
- Repetição proposital de palavras;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos.
Conteúdos da 6ª série
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Informações explícitas;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Repetição proposital de palavras;
- Léxico;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição,
semântica.
Conteúdos da 7ª série
- LEITURA
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, tra-
vessão, negrito, figuras de linguagem.
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
ESCRITA
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, das classes gramaticais no texto,
pontuação,
- Concordância verbal e nominal;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-
poral e gestual, pausas;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
- repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repe-
tições, etc);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral conectivos, gí-
rias, repetições, etc);
Conteúdos 8ª série
LEITURA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo notexto;
- Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
- Polissemia;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão,negrito), figuras de linguagem);
- Léxico.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos
do texto;
- Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
- Polissemia;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-
poral e gestual, pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Semântica;
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repe-
tições, etc);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Conteúdos Ensino Médio BÁ
LEITURA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Referência textual;
- Partículas conectivas do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
- Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
- Polissemia;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-
maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
- Léxico.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;Referência textual;
- Partículas conectivas do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
- Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
- Polissemia
8.10.4 Metodologia
Dar ao aluno a oportunidade de aprender uma Língua Estrangeira
Moderna que lhe sirva como mais um instrumento de comunicação,
contribuindo para sua auto-realização e qualificação para o trabalho.
Levar o aluno a ler e valorizar a leitura como fonte de informação e
prazer utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos
estudos avançados.
Focar a administração e a organização do ensino da segunda
língua segundo os olhos dos alunos. Pelas Diretrizes dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos do Ensino
Fundamental, espera-se que o educando seja capaz de saber
identificar línguas estrangeiras e perceber que vive em um mundo
plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel dominante
em determinado momento histórico.
Promover ao aluno uma experiência de se expressar e de ver o
mundo, ampliando a compreensão do próprio papel como cidadão de
seu país e do mundo.
Reconhecer que adquirir uma ou mais línguas permite acessar
bens culturais da humanidade. Lendo e valorizando a leitura como
fonte de informação e prazer, utilizar outras habilidades
comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.
Possibilitar atividades variadas com a Língua Estrangeira Moderna
como diálogos, trabalhos em grupo, traduções, interação com
tipologias textuais diversificadas e outros para que o educando possa
relacionar sua língua nativa com outra língua e construir
conhecimento reflexivo da própria, sendo que apenas se aprende
uma língua, fazendo uso dela por conversações e análises.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
A relação de ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira
Moderna deve embasar-se por meio do trabalho com diversidades
textuais que contemplem as práticas sociais e utilizando-se de
procedimentos interpretativos de contextualização, possibilitando
uma reflexão crítica e discursiva da língua e a construção da
linguagem no cognitivo de maneira clara e objetiva.
Utilizando-se das reflexões da língua e confrontos ideológicos entre
autor, texto e leitor que possam resultar destas ações, há uma
construção de sentidos da e na Língua Estrangeira Moderna. Jordão
(2004a, p.164), apresenta essa construção de sentidos que está na
língua:
[...] (ao) aprender uma língua estrangeira [...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir sentidos, que há outras
possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas mais [...] línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo.
O procedimento de leitura é interação partindo do pressuposto da
construção de sentidos englobando cultura, língua, pensamento
individualizado decorrente das vivências de cada indivíduo,
compreensão e assimilação de mundo, relação entre diversos
elementos envolvidos para o aprendizado como língua nativa, cultura
do meio que se está inserido, procedimentos interpretativos,
contextos e ideologias.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação para as LEM
“O trabalho com Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais de meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (p. 63).”
Sendo assim, mais do que transmitir o idioma como um código
fechado ou um apresentador de opiniões, as aulas de LEM devem,
acima de tudo, propiciar diferentes óticas de um mesmo tema. Para
que isso ocorra é a partir de idéias apresentadas nos mais diferentes
tipos de discursos e gêneros que serão construídas todas as reflexões
que devem ser feitas. Leitura, oralidade e escrita, bem como o código
lingüístico acontecerão sem jamais estar dissociados do fim maior
que é o conteúdo estruturante da disciplina: Discurso como prática
social.
As DCEs ainda apontam a necessidade do diálogo da LEM com
outras disciplinas. Impossível pensar que isso não venha ocorrer
quando os encaminhamentos metodológicos da disciplina têm como
foco o trabalho com o discurso. Aí está a grande possibilidade e
mérito de uma metodologia não hermética, é possível transitar nas
mais diferentes áreas do conhecimento, questões que são pertinentes
à escola e temas ou assuntos que se apresentam no dia-a-dia.
Diversidade cultura meio ambiente,urgências da comunidade
são contempladas de maneira real, pois o trabalho é desenvolvido
com algo vivo: “a língua”,sinônimo de comunicação e não sinônimo
de código. Assim há a possibilidade de atender as determinações das
DCEs que apontam a importância de se contemplar as leis 10.639/03
“História do Paraná e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente”.
Focar a administração e a organização do ensino da segunda
língua segundo os olhos dos alunos. Pelas Diretrizes dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos do Ensino
Fundamental, espera-se que o educando seja capaz de saber
identificar línguas estrangeiras e perceber que vive em um mundo
plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel dominante
em determinado momento histórico.
O entendimento do papel do ensino das línguas na sociedade
possibilita o conhecimento, a capacidade de expressar e transformar
modos de entender o mundo e de construir significados.
A utilização da intertextualidade, recursos coesivos, coerência e a
interação dos recursos gramaticais com o texto para que não se torne
uma ação fragmentada, mas com objetivos reais do uso da
gramática.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna deve vincular-se com a
língua materna, a qual serve de subsídio para o entendimento e
produção textual. O seu real entendimento e aprendizagem gradual
desenvolvem um montante positivo a partir do momento em que se
percebe a finalidade, ou seja, o escrever para alguém, um processo
dialógico.
O trabalho com a análise lingüística é usado como mecanismo
de compreensão dos significados e as necessidades específicas para
expressar e construir sentido no texto.
Transformar o indivíduo em leitor crítico e perceptivo de um
sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares,
necessidades e anseios relativos e frutos do processo de
aprendizagem.
Pelo conhecimento e utilização de diferentes gêneros textuais,
há uma abrangência em relação ao conhecimento de culturas e a um
universo sócio-histórico, pois não existem línguas neutras partindo do
pressuposto que toda língua advém da interação de outras culturas e
dialetos que são difundidos com o intercâmbio cultural entre os povos
por toda a história da humanidade em diferentes situações.
A percepção de diferentes formas lingüísticas permite ao
educando um novo modo de ver a realidade e as variações tanto
culturais quanto situacionais em que a língua pode estar envolvida.
Esses fatos, articulados com outras disciplinas, permite uma relação
de informações obtidas com outras já adquiridas para uma
complementação do aprendizado.
Utilizando-se de gêneros textuais diversificados, percebendo-se
a ideologia e o contexto incutidos no próprio texto e sua intenção,
abrangendo as variações lingüísticas sobre tudo as expressões
idiomáticas que permeiam a Língua Estrangeira Moderna como
também os lugares, situações e grupos sociais que as utilizam,
analisando a Língua como um todo e não fragmentada, por meio de
pesquisas e comparações das mesmas obtidas, discutindo-as por
vários pontos de vista, possibilita a produção e interação social da
língua – sociointeracionista ( dialogia com o texto como objeto de
estudo).
8.10.5 Avaliação
Nesta concepção de ensino de LEM proposto nas DCEs há de se
avaliar de maneira total, ou seja, não apenas usar o texto como
pretexto para conferência de aspectos lingüísticos, é necessário que
seja percebida a interação dos alunos com as ideias contidas nas
discussões. Não basta julgar o aluno, isto é, danificá-lo em termos de
rendimento, é preciso que algo seja feito para que o aluno progrida,
vindo atingir a competência necessária. Neste sentido a avaliação é
vista como um diagnóstico do aluno, facilitando ao professor tomar
decisões no sentido de levar o aluno a competência desejada.
A avaliação deve ser um processo dinâmico e portanto implica
em progresso. Sendo um processo contínuo, a observação na
utilização da língua estrangeira no cotidiano do aluno em relação ao
seu aumento vocabular por meio da utilização de dicionários e
questionamentos textuais, fazendo uma relação entre língua materna
e língua estrangeira.
O avanço vocabular deve estar relacionado com a ortografia e
gramática inglesa em exercícios que levem a reflexão da língua e da
cultura do povo ao qual ela pertence.
ABORDAGEMEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
8.11.1 Apresentação geral da disciplina
Tendo em vista as exigências do mundo contemporâneo e o
desenvolvimento tecnológico quase diário, a Língua Estrangeira
Moderna tem por finalidade instrumentalizar o aluno para
compreender e produzir texto de qualidade prática, ou seja, texto que
sirva para comunicar-se no seu dia a dia. Ao ensinar língua
estrangeira deve ser levado em conta o aluno e seu objetivo em
aprender, sua classe social e suas relações sociais. Para desenvolver
tal trabalho, deve-se propiciar ao aluno situações de comunicação
oral e escrita, oferecendo-lhe situações próximas da realidade. A
preocupação maior deve ser com o ato da fala, ou seja, o momento
do uso do texto e não com conteúdos gramaticais, pois
contextualizando os temas o aluno será inserido em ações autênticas
de comunicação.
Estas necessidades devem conscientizar o estudante de que o
conhecimento desta língua é requisitado cada vez mais pelos atuais
meios de comunicação, como a Internet, a TV a cabo, entre outros e
sua falta de impede as pessoas de aproveitar todo o potencial
oferecido por esses meios de comunicação.
Ao ler um texto o aluno busca na memória o seu "pré-
conhecimento" sobre o assunto para depois inter-relacionar-se com o
contexto, surgindo, assim, uma nova visão do mesmo texto. A partir
de tal texto, poderão ser produzidos outros novos textos de acordo
com a experiência prévia de cada leitor. Este trabalho é uma
ferramenta muito importante para o desenvolvimento cultural e
crítico do aluno. O aprofundamento dos conteúdos referentes à
interpretação e à extrapolação de textos será bastante enfatizado no
Ensino Médio, objetivando a vertente utilizada pelos grandes
vestibulares e a necessidade de compreender o texto em sua
totalidade histórica, social, cultural.
É preciso trabalhar com a "língua viva" do jornal, da televisão e
da leitura de conversas do dia-a-dia. Portanto, as estruturas
gramaticais não aparecem em seqüência gradual, mas de acordo com
as necessidades surgidas na realização da contextualização. As
noções gramaticais surgirão no processo dinâmico de funcionamento
da língua, onde a assimilação da estrutura da língua estrangeira é um
processo criativo de elaboração pessoal, partindo de generalizações,
o educando vai, aos poucos, dominando tal estrutura.
Desta forma, o educando estará se capacitando para a
utilização da Língua Estrangeira Moderna na percepção das idéias,
haja vista que, com as noções fundamentais, como vocabulário,
interpretação e compreensão de textos, ele teve contato ao longo do
Ensino Fundamental. Esta nova abordagem visa à busca da
compreensão que não é necessário somente a gramática normativa
para a produção de textos.
8.11.2 Objetivos gerais
• Utilizar os mecanismos de coerências e coesão na produção oral
e / ou escrita;
• Conhecer e usar as línguas estrangeiras modernas como
instrumento de acesso a informações a outras culturas e grupos
sociais;
• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal,
relacionando textos/ contextos mediante a natureza, função,
organização, estrutura, de acordo com as condições de
produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores
participantes da criação e propagação de idéias e escolhas,
tecnologias disponíveis);
• Reconhecer as palavras inglesas que fazem parte da vida do
brasileiro, através de embalagens e textos, verificando que o
Inglês está presente no dia-a-dia;
• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer,
utilizando-a como meio de acesso ao mundo de trabalho e de
estudos.
• Verificar em textos que há palavras que são parecidas com o
Português, porém nem sempre apresentam o mesmo significado;
• Incentivar a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever,
descobrir, interpretar situações, pensar criativamente, fazer
suposições e inferências relacionadas com o conteúdo é uma
forma que amplia a capacidade de abstrair elementos comuns em
diversas situações para que eles possam generalizar e melhorar as
possibilidades de comunicação,criando significados através da
linguagem.
• Incentivar os alunos a trabalhar de forma independente, de modo
a permitir-lhes identificar as suas potencialidades e
dificuldades no processo de aquisição do idioma espanhol.
8.11.3 Conteúdos
O conteúdo estruturante da língua é o discurso como prática
social, que a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de
leitura, de oralidade e de escrita.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
Tema do texto;
Interlucutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência Textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e / ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de
linguagem;
Léxico.
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguÍsticas;
• Marcas linguÍsticas;
• Adequação da fala ao contexto;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Referência textual;
- Partículas conectivas do texto;
- Discrurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
- Palavras e ou/ expressões que detonam ironia e humor no texto;
- Polissemia.
- Marcas linguÍsticas;
- Acentuação Gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
Repaso: ¿quién soy?
- el alfabeto, deletrear y grafía correcta de las palabras
- los saludos y las despedidas
- para conocerse. Presentarse, decir la edad, donde vive y la
nacionalidad
- buscar palabras en el diccionario
♦ vocabulario: “En clase”. Nombrar los objetos de clase, explicando
la importancia de ser estudiante en la actualidad
♦ los pronombres objeto indirecto
♦ los verbos “ser” y “estar” en presente de subjuntivo
♦ vocabulario: “La escuela”. Haciendo una maqueta de la escuela
que te gustaría tener.
- presente de subjuntivo de los verbos “andar, hablar y estudiar”
- vocabulario: “la casa”. Decir la dirección y buscar en el diccionario
los objetos de la casa, como si fueras un vendedor
- el género y el número
- la primera conjugación: verbos terminados en AR en presente de
subjuntivo
- los refranes y dichos espanõles.
- vocabulario: “la ciudad”. Nombrar todo que hay en una ciudad y
en un país
- las reglas de acentuación
- los numerales
- los colores y las ropas
- decir las horas en diferentes países
- los días de la semana (mi agenda)
- los meses del año y lo qué hago en ellos
vocabulario: “la comida”. Decir los nombres de las frutas y las
verduras
- las estaciones del año
- la segunda conjugación: verbos terminados en ER, en presente
de subjuntivo
- los pronombres objeto directo y indirecto
- vocabulario: “las profesiones”: ¿qué espero de mi futuro?
España: el mapa y las costumbres, incluyendo hispanoamérica
- Vocabulario: “razgos de carácter físicos y psicológicos”
- Los heterosemánticos
- Vocabulario: “los deportes” en la copa del mundo
La tercera conjugación: verbos terminados en IR en presente de
subjuntivo
• El verbo “ir” en presente de subjuntivo
• Vocabulario: comparando la vida en el campo y en la ciudad
• Vocabulario: “los animales” y su función en la naturaleza
• Las preposiciones
Verbo auxiliar “haber” en subjuntivo.
- leyendo cuentos
Revisión de los verbos en subjuntivo.
Revisión de los verbos en pretérito
Vocabulario: “Las fiestas en España y Hispanoamérica”
Diversidades que serán trabajadas en medio a los contenidos
durante todo el año:
Historia y cultura afrobrasileña y africana : rescatar la lengua de sus
ancestrales através de palabras que se establecerán en nuestro
idioma/ insertar la cultura africana y afrodescendente/ letras de
músicas respeto al tema/ textos sobre la vida de lideranzas como
Malcom X y Martin Luther King.
Imigrantes: respetando el escenario de imigración japonesa en Brasil,
trabajando con ideogramas , leyendas y mitos japoneses.
Indígenas: expresiones que influyeron en nuestro idioma/ leyendas y
mitos indígenas.
Género: trabajar con textos que hablen respecto a la mujer, a los
homosexuales y de las personas mayores en los países de habla
hispánica.
2ª SÉRIE
LEITURA
- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais
observando as características do texto e construção do
vocabulário no contexto do texto.
- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo
do texto e sua relação com a pontuação.
ORALIDADE
- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações
polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo o
vocabulário da língua inglesa.
ESCRITA
- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de
textos (estabelecer o tema, levantar as ideias e dados, planejamento,
produção, reescrita com a intervenção do professor e uso do
dicionário).
Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-
descendentes e indígenas como comportamento ético e expressão de
cidadania, usando a língua como forma de conhecer essas culturas e
visões de mundo.
3ª SÉRIE
LEITURA
- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais
observando as características do texto e construção do
vocabulário no contexto do texto.
- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do
texto e sua relação com a pontuação.
ORALIDADE
- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações
polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo a
língua inglesa.
ESCRITA
- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de
textos (estabelecer o tema, levantar as ideias e dados,
planejamento, produção, reescrita com a intervenção do
professor e uso do dicionário).
- Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-
descendentes e indígenas como comportamento ético e
expressão de cidadania, usando a língua como forma de
conhecer essas culturas e visões de mundo.
8.11.4 Metodologia
É necessária a revisão da postura metodológica, não
priorizando o ensino gramatical, nem o treinamento das habilidades
lingüísticas, ou pela imposição de conteúdos estanques, mas por uma
abordagem discursiva, mais crítica e mais integradora. Não se pode
pensar em desenvolver somente a competência gramatical, torna-se
imprescindível entender esse componente como um entre os vários a
serem dominados pelos alunos. Propõem-se inicialmente trabalhos
com textos para que o aluno se familiarize melhor com as situações
de leitura, reconhecendo as informações básicas de diversas formas
de textos. É necessário o uso de material paralelo ao livro didático,
sendo complementar aos conhecimentos, necessários a serem
ensinados.
Não se rejeitará a gramática, mas se atribuirá um tratamento
específico que exigirá maior competência do professor a fim de
ministrá-la uma vez que as noções gramaticais surgirão no processo
dinâmico de funcionamento da língua.
É necessário, adquirir o conhecimento de como essas frases
serão adequadas a um determinado contexto, atentar para a
adequada construção gramatical do enunciado, além de destacar a
correção lingüística, atentando para o contexto onde tal frase poderia
ser produzida e para as razões que conferiram importância ao fato de
que o aluno seja capaz de produzi-la e entendê-la.
A leitura também será privilegiada, mas as demais habilidades
lingüísticas não devem ser negligenciadas. A leitura é um veículo
eficaz para a aquisição de conhecimentos de diferentes culturas e de
assuntos diversos. Sendo a leitura uma situação de comunicação-
interação alunos/texto, alunos/professor e texto/professor - abre
caminhos ao professor para chegar à discussão, à reflexão e
posicionamento diante dos fatos. O professor será mediador entre o
autor do texto e o aluno no processo de compreensão da leitura.
A aquisição da competência comunicativa: o ouvir (entender), o
falar, o escrever e o ler são importantes, pois propiciam a
participação dinâmica e criativa a fim de atingir de forma satisfatória
a intenção de comunicar-se.
Além de capacitar o aluno a compreender e a produzir
enunciados coesos no novo idioma, propiciar ao aluno a possibilidade
de atingir um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe
acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que
contribua para sua formação enquanto cidadão.
Nessa linha de pensamento deixa de Ter sentido o ensino de
línguas que objetiva apenas o conhecimento metalingüístico e o
domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando
muito alcançar resultados medianos em textos escritos.
Na perspectiva atual o aluno será levado a comunicar-se de
maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.
Será proposto um ensino que organize experiências de aprender, em
termos de atividades de interação de real interesse do aluno,
buscando uma maior aproximação com a realidade: o aluno será
agente do processo ensino-aprendizagem, porque vivência o que
aprende.
8.11.5 Avaliação
A avaliação situa tanto o aluno quanto o professor no processo
de aquisição e elaboração dos conteúdos de ensino. Através do
esforço do aluno em comunicar-se (oral e/ou escrito) o professor
poderá perceber o seu avanço, bem como o seu interesse em
aprender. Um processo contínuo, contextualizado, dentro de sala de
aula, onde o professor observará o desempenho do aluno para
diagnosticar se ele está sendo capaz de relacionar sua própria cultura
com a estrangeira, analisar, interpretar e comparar todas as formas
de textos; utilizar o que está sendo estudado, dentro de novos
contextos, produzindo textos escritos e orais, através de um discurso
coerente e coeso, usando sua criatividade e raciocínio. O professor
observará se o aluno é capaz de compreender diferentes tipos de
mensagens e responder de forma coerente (escrita e/ou oralmente) e
a partir das dificuldades apresentadas, procurar superá-las.
A avaliação formativa pressupõe a inclusão; cabe, portanto, ao
professor de língua estrangeira administrar e gerenciar a
heterogeneidade de suas classes. O único e principal objetivo da
avaliação formativa é o de ajudar o aluno a aprender e a progredir
rumo aos objetivos propostos. No entanto, não pode ser objetivo do
professor de língua estrangeira propor o domínio integral da língua;
logo, as atividades de construção e de avaliação do conhecimento
propostas não devem voltar-se para esse fim.
Situações de aprendizagem são também situações de avaliação
e de auto-avaliação. O modo como o aluno constrói e gerencia sua
própria aprendizagem deve ser objeto de observação e apreciação
por parte do professor, o que implica exercer a regularização do
trabalho do aluno e prover apoio no contexto da atividade em curso,
encaminhar o aluno a outro grupo de trabalho e atividades de outro
tipo, sempre que for necessário, e monitorar os percursos individuais
de formação.
O professor utilizará diversos instrumentos de avaliação:
dialógos orais, pesquisas, interpretação através do contexto, testes,
em específico, transformam-se em exercícios de produção de
linguagem que será analisado pelo professor. O professor realizará um
acompanhamento permanente dos resultados das atividades e
deixará bem claro aos alunos os objetivos das aulas e quais objetivos
ele espera que sejam atingidos. Os alunos que não atingirem os
resultados esperados o professor planejará reavaliações de maneira
diversificada para que assim o aprendizado ocorra realmente.
8.11.6 Referências
CASTRO, G.; FARACO, C. A. Por uma teoria lingüística que
fundamente o ensino de língua materna (ou de apenas um
pouquinho de gramática nem sempre é bom. In: Educar em
Revista, Curitiba: UFPR, 1999.
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do
indivíduo. Curitiba: Mimeo, 2004.
PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua
estrangeira. In: SARMENTO S.; MÜLER, V. (org) O ensino do inglês
como língua estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS,
2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Paraná: 2006.
VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira
frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O
professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas:
EDUCAT, 2001.
8.12 LÍNGUA PORTUGUESA
8.12.1 Apresentação geral da disciplina
A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares
brasileiros como disciplina escolar, somente nas últimas décadas do
século XIX, depois de muito tempo organizado o sistema de ensino.
Historicamente o processo de ensino da Língua Portuguesa iniciou-se
com a educação jesuítica. Nesse período não havia uma educação
institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à
alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da
metrópole e da igreja. A formação da nação brasileira deve à língua
muito da sua identidade. Nesse aspecto, tensionando o uso culto da
língua, emergem, no nível popular, coloquial, práticas de língua que
definem muitos aspectos da tradição que, hoje, correm o risco de
desaparecer sob os influxos da indústria cultural massiva.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava
obrigatório o ensino da Língua Portuguesa no Brasil. Em 1837, o
estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob a forma das
disciplinas: Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a
Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por
decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica
elitista até meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir
de 1967, um processo de “democratização” do ensino, com a
ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão,
entre outros fatores. Como consequência desse processo, a
multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as
necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem
diferentes.
Estudos linguísticos centrados no texto e na interação social
das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da
língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de 70 e
contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de
um ensino baseado na memorização. Em 1971 o ensino voltou-se
para a qualificação para o trabalho decorrente da Pedagogia
Tecnicista, que pautava o ensino de Língua Portuguesa em exercícios
estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de
leitura.
A partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos
pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin a dimensão
tradicional do ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas,
envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como
unidade fundamental de análise.
Até meados do século XX para o ensino da Literatura vigorou a
predominância do cânone, onde o principal instrumento de trabalho
pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960 e
1970, a leitura do texto transmitia a norma culta da língua com base
em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos,
morais e cívicos. Com a tentativa de romper essa prática, a
abordagem do texto literário passou a centrar-se numa análise
literária simplificada estudando os elementos da narrativa. Quanto ao
texto poético adotava-se a análise da sua estrutura formal: rimas,
escansão, etc. A historiografia literária excluía o aluno de um papel
ativo no processo de leitura sem nenhum estímulo a reflexão crítica.
Pensar o ensino da Língua Portuguesa/Literatura atualmente,
significa pensar numa realidade que permeia todos os atos
cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha onde quer
que estejamos. A linguagem surge como uma necessidade para nos
organizar em sociedade, acompanhando a evolução histórica
acelerada; organizar a experiência e o conhecimento humano, no
domínio da natureza e da necessidade social, portanto, é um fato
eminentemente social. E através do conhecimento da Língua o aluno
deve ser capaz de relacionar-se plenamente com o mundo que o
cerca. Além disso,deve dominar o padrão culto da língua e o
conjunto de variedades linguísticas, de forma que seja capaz de ler,
entender e questionar os diversos níveis de comunicação, ou seja, a
Língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. Sendo assim,
temos que oportunizar: Prática da Leitura - como processo de busca
de si mesmo, de sentidos e de interações com o mundo, com o autor,
levando em consideração o espaço que ele está inserido; Prática (oral
e escrita) – baseado no domínio da Língua oral, valorizando os
diferentes falares onde o aluno adquire a confiança para a produção
do texto escrito. Deve-se despertar no aluno a motivação pelo ato de
escrever e falar, oferecendo as diversas possibilidades de
organização textual e de situações reais de uso da fala; Prática da
Reflexão ou Análise Linguística – valorizar o conhecimento prévio,
tendo em vista que o aluno é um ser social, portanto a escola tem
como função, estruturar esse conhecimento adquirido, de forma
criativa e reflexiva, envolvendo aspectos discursivos, estruturais e
ortográficos.
A literatura compreende o entendimento do mundo, a
capacidade de expressão e de crítica através da história, analisando
os aspectos geográficos e os inúmeros fatores que contribuíram para
a criação da literatura universal, portuguesa e brasileira.
Sendo assim, o aluno deve ser capaz de interpretar e produzir
textos de diversos gêneros/diferentes discursos, conseguir se localizar
diante do contextos histórico, social e humano, efetivando assim a
construção do pensamento crítico.
Portanto, o ensino da Língua não pode ser apenas o estudo da
gramática, mas sim uma abrangência maior, onde se possa despertar
o senso crítico, o valor da boa comunicação e dar as mesmas
oportunidades a todos. Desta forma se torna possível propiciar um
processo de ensino-aprendizagem de acordo com as situações reais
vividas em sala de aula, levando-se em conta a maneira pela qual a
língua é produzida e, a partir deste contexto, levar os educandos a
um desenvolvimento que lhes permita o contato da Língua como um
organismo vivo que se desenvolve e se transforma, contrário de algo
fixo e pronto.
O ensino da Língua Portuguesa/Literatura propõe desafios na
elaboração de uma prática pedagógica que se efetive através da
organização do pensamento e a implementação da comunicação, pois
é pela compreensão e uso das linguagens que é possível a prática
coletiva e a troca de informações tão necessárias ao acúmulo de
experiências vividas socialmente, sendo fator fundamental na
elucidação da realidade.
Nesse contexto, é fundamental destacar a prioridade da Língua
Portuguesa como língua materna, pois a língua é significação,
representação que se materializa através de signos sonoros e gráficos
em diferentes linguagens. Assim, a Língua Portuguesa não só será
complementada pelas outras disciplinas, mas também havendo
interdisciplinaridade.
Devemos reconhecer que a Língua Portuguesa vem
transformando-se através do tempo, e sofreu influências de outras
línguas e culturas como a Africana e Indígena. Com base na Lei nº
11645/08 o trabalho de Língua Portuguesa refletirá sobre a influência
e importância da história e cultura afro-brasileira e indígena, abordará
a história do Paraná quando estudar sobre autores paranaenses,
conforme Lei nº 13381/01, e abrangerá textos sobre o meio ambiente
de acordo com a Lei nº 9795/99, através da oralidade, leitura e
escrita.
Já o ensino de Literatura, dentro da disciplina de Língua
Portuguesa, faz a ponte entre a prática da leitura e o enriquecimento
cultural, no momento em que se faz a contextualização das obras.
Com isso permite ampliação e o crescimento linguístico e a leitura de
mundo se amplia. Visa também formar o hábito de leitura do aluno,
desenvolvendo a imaginação, a criatividade e percepção do real e do
imaginário, o lúdico, ou seja, trazendo sabor ao saber.
Assim, o ensino de Língua Portuguesa é entendido como uma
interação viva com as forças sociais que nos permite aprender não só
o sujeito contemporâneo, mas também as questões materiais e
simbólicas a partir dos quais esse sujeito esse exprime.
8.12.2 Objetivos gerais
- Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as
intenções que estão implícitas no discurso cotidiano e posicionando-
se diante dos mesmos;
- Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em
situações discursivas realizadas por meio de práticas textuais,
considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção-
leitura;
- Refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou
ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na organização do discurso ou texto, desenvolvendo
também a capacidade de auto-avaliação;
- Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação com
consciência, na escola, no trabalho e em outros contextos da sua
vida;
Desenvolver e aprimorar as capacidades de,
principalmente, ler o mundo, e assim representá-lo em diferentes
contextos;
Aprimorar o senso crítico do aluno em relação aos textos,
levando-o a compreender e avaliar a realidade;
Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita
como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte;
Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as
diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos;
Ver na leitura as possibilidades de expressão da cultura
de um povo;
Trocar impressões e informações com outros leitores bem
como com outras leituras;
Possibilitar espaços dedicados à leitura;
Resgatar por meio de elementos fornecidos pelo texto
valores humanos e aplica-los no dia-a-dia;
Valorizar a cultura afro-descendente e indígena, o meio
ambiente e a história do Paraná.
8.12.3 Conteúdos
Discurso como prática social para que o aluno aprenda a ler,
compreender e produzir textos orais e escritos, para defender seu
ponto de vista, e saber posicionar-se diante de diferentes situações
sociais.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se
efetiva nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de
estudo da disciplina é a Língua, e o Conteúdo Estruturante da Língua
Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido como prática
social contemplando nossas origens únicas (indígenas e africanas) e
os diferentes gêneros desdobrados em três práticas: leitura, escrita e
oralidade.
Conteúdos Específicos
5ª série
Leitura
• Identificação do tema;
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, intertextualidade, informatividade,
intencionalidade, marcas lingüísticas;
• Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários;
• Inferências;
• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o
valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com
os sinais de pontuação;
• Conhecer os conceitos básicos de Literatura;
• Reconhecer o Folclore como parte da cultura.
Oralidade
• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,
acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,
programas, relatos pessoais e outros;
• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular
na exposição de idéias;
• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,
considerando texto e contexto;
• Uso de recursos coesivos;
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Variedades lingüísticas;
• Intencionalidade do texto;
• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc.
Escrita
• Adequação ao tema: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Argumentação;
• Paragrafação;
• Clareza de idéias;
• Refacção textual.
Análise Lingüística
• Coesão e coerência;
• Pontuação e seus efeitos de sentido;
• Recursos gráficos: sílaba e divisão silábica;
• Siglas e abreviaturas;
• Gírias;
• Frase e oração;
• Tipos de frase;
• Relação entre fonema e grafema;
• Função do sujeito e do predicado;
• Função das classes gramaticais;
• Alguns procedimentos de concordância Nominal e Verbal e
conjugações verbais;
• Ortografia e Acentuação;
• Introdução a Figuras de Construção.
6ª série
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados,
intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas
lingüísticas.
• Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários;
• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o
valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com
os sinais de pontuação;
• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em
registro formal e informal;
• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,
intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;
• As diferentes vozes sociais representadas no texto;
• Pesquisar biografia e bibliografia de autores paranaenses.
Oralidade
• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,
acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,
programas, relatos pessoais e outros;
• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular
na exposição de idéias;
• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,
considerando texto e contexto;
• Uso de recursos coesivos;
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Coerência global do discurso oral;
• Variedades lingüísticas;
• Intencionalidade do texto;
• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Particularidades dos textos orais.
Escrita
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Argumentação;
• Paragrafação;
• Coerência e coesão;
• Paráfrase;
• Refacção textual.
Análise Lingüística
• Discurso direto e indireto;
• Função das classes gramaticais;
• Pontuação e seus efeitos de sentido;
• Recursos gráficos;
• Acentuação gráfica;
• Valor sintático e estilísticos dos modos, tipos e tempos verbais;
• Representação do sujeito no texto;
• Neologismo;
• Figuras de pensamento;
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica;
• Ortografia, encontros vocálicos, consonantais e dígrafos.
7ª série
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade,
informatividade, intencionalidade, marcas lingüísticas;
• Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários;
• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o
valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com
os sinais de pontuação;
• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em
registro formal e informal;
• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,
intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;
• As diferentes vozes sociais representadas no texto;
• Reconhecer o folclore brasileiro ressaltando a regionalidade,
principalmente a cultura paranaense.
Oralidade
• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,
acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,
programas, relatos pessoais e outros;
• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular
na exposição de idéias;
• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,
considerando texto e contexto;
• Uso de recursos coesivos;
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Coerência global do discurso oral;
• Variedades lingüísticas;
• Intencionalidade do texto;
• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Particularidades dos textos orais.
Escrita
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Argumentação;
• Paragrafação;
• Coerência e coesão;
• Paráfrase;
• Refacção textual.
Análise Lingüística
• As formas nominais do verbo;
• Verbos regulares, irregulares e auxiliares;
• Frase e oração;
• Período simples e composto;
• Sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto adverbial,
aposto e vocativo;
• Predicado verbo-nominal;
• Verbos com particípios duplos;
• Vozes do verbo;
• Imperativo;
• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
• Conotação e denotação;
• A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes,
substantivos...);
• Função das classes gramaticais;
• Recursos gráficos;
• Acentuação gráfica;
• Figuras de linguagem;
• Pontuação;
• Procedimentos de Concordância Verbal e Nominal;
• Estrangeirismos;
• As conjugações verbais;
• Complemento Verbal e Nominal;
• Ortografia;
• Crase.
8ª série
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade,
informatividade, intencionalidade, marcas lingüísticas;
• Identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários;
• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o
valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com
os sinais de pontuação;
• Informações implícitas em textos;
• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em
registro formal e informal;
• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,
intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;
• As diferentes vozes sociais representadas no texto;
• Estética do texto literário;
• Introdução à Literatura Universal e Escolas Literárias.
Oralidade
• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,
acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,
programas, relatos pessoais e outros;
• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular
na exposição de idéias;
• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,
considerando texto e contexto;
• Uso de recursos coesivos;
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Argumentação;
• Variedades lingüísticas;
• Paragrafação;
• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
• Intencionalidade do texto oral;
• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc.
Escrita
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos
composicionais, marcas lingüísticas;
• Argumentação;
• Resumo de textos;
• Paragrafação;
• Intertextualidade;
• Paráfrase;
• Refacção textual.
Análise Lingüística
• Conotação e Denotação;
• Coesão e Coerência textual;
• Vícios de Linguagem;
• Semântica;
• Função das Classes de Palavras;
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
• Recursos gráficos;
• Estrangeirismos, neologismos, gírias;
• Concordância Nominal e Verbal;
• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
• Função das conjunções coordenativas e subordinativas;
• Termos da oração;
• Coordenação e subordinação nas orações do texto;
• Estrutura das palavras;
• Formação das palavras;
• Radicais, prefixos e sufixos;
• Crase;
• Orações reduzidas;
• Figuras de linguagem, construção e pensamento;
• Regência Verbal e Nominal;
• Ortografia e Acentuação.
• 1ª SÉRIE
• ORALIDADE
• Debates
• Exposição individual
• Contação de histórias
• Declamação de poemas
• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)
•
• LEITURA
• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias
textuais: narrativas curtas e longas em prosa e verso (crônicas,
contos, poemas, romances...), textos informativos, de opinião,
resumos, publicitários ...
•
• ESCRITA
• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a
linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar
estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.
• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de Língua
Portuguesa adotado pelo Colégio:
• Origem da linguagem.
• Estrangeirismos
• Variação lingüística, geográfica, social, contextual, língua
padrão.
• Semântica
• Pragmática
• Morfologia
• Sintaxe
• Fonologia
• Análise do discurso e produção de texto
• Estudos Literários : Literatura Brasileira, Paranaense,
Portuguesa e Africana
•
• 2ª SÉRIE
• ORALIDADE
• Debates
• Exposição individual
• Contação de histórias
• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)
•
• LEITURA
• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias
textuais: narrativas longas (romances, contos, poemas, etc.),
informativos – jornais e revistas (notícia, reportagem,
reportagem com infográficos, entrevista, etc,)
•
• ESCRITA
• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a
linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar
estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.
• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de Língua
Portuguesa adotado pelo Colégio:
• Semântica
• Pragmática
• Morfologia
• Sintaxe
• Fonologia
• Análise do discurso e produção de texto
• Estudos Literários: Literatura Brasileira, Paranaense, Portuguesa
e Africana
•
• 3ª SÉRIE
• ORALIDADE
• Debates
• Exposição individual
• Representação teatral
• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)
•
• LEITURA
• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias
textuais: texto de opinião: editoriais e artigos, textos
publicitários, textos literários, informativos etc..
•
• ESCRITA
• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a
linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar
estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.
• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de
Língua Portuguesa adotado pelo Colégio:
•
• Semântica
• Pragmática
• Morfologia
• Sintaxe
• Fonologia
• Análise do discurso e produção de texto
• Estudos Literários : Literatura Brasileira, Paranaense,
Portuguesa e Africana
8.12.4 Metodologia
O aluno estará inserido nas práticas de leitura, produção (oral e
escrita) e reflexão. Nas aulas de Língua Portuguesa o trabalho com a
gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos
elementos gramaticais, através de Análise Lingüística.
A base de todo o ensino da Língua Portuguesa se constitui no
trabalho com textos de diferentes gêneros textuais. O professor
proporcionará situações de contato com visões do real e do
imaginário, para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, sua
criatividade e capacidade.
Por isso, o aluno deve ter contato com uma variedade de
textos: literário, informativo, publicitário (linguagem verbal e não-
verbal), dissertativo, entre outros, desafiando a percepção com a
intertextualidade, e com diferentes linguagens. Nesse sentido faz-se
necessário que o professor tenha consciência do seu papel, para
despertar no aluno que a linguagem é uma forma de atuar, de
influenciar, de intervir no comportamento alheio.
Na Prática da Leitura deve-se reconhecer a intencionalidade do
texto, ler as linhas, entrelinhas e além das linhas, considerando o
contexto vigente, promovendo assim a interação e a compreensão da
sociedade com o contexto escolar. Deve-se também utilizar materiais
gráficos diversos para interpretação de textos. Desenvolver o diálogo
sobre textos lidos e a valorização da literatura e de outras culturas,
desenvolvendo o interesse por ambos.
Na oralidade deve-se apresentar textos produzidos pelos
alunos, fazer contação de histórias, narração de fatos reais ou
fictícios, seleção de discurso de outros, análise dos recursos próprios
da oralidade e orientação sobre o contexto social do gênero
trabalhado.
Na escrita o professor deve desenvolver atividades de discussão
sobre o tema a ser produzido, seleção do gênero, finalidade e
interlocutores, orientação sobre o contexto social do gênero,
produção, revisão, reestrutura e reescrita textual.
Na Análise Lingüística o professor é o intermediador entre a
linguagem e as ferramentas para que ela se concretize nos diferentes
contextos. Não se vê mais os itens gramaticais destituídos de um
contexto.
Quanto aos Desafios Contemporâneos, serão desenvolvidas
atividades, para situar autores no contexto histórico, valorização da
História Paranaense, inclusive os autores, valorização da cultura afro-
brasileira e indígena e abordando temas do meio ambiente.
Para o ensino da Língua Portuguesa/Literatura, bem como as
atividades de produção textual e interpretação será considerado o
processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto
na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos, que por
meio dela interagem.
A reflexão do uso da linguagem será trabalhada através de
análise lingüística.
Os estudos literários anteriormente estudados através da biografia de
autores e fragmentos de romances e obras diversas, serão
globalizados através da apresentação de seminários, teatros e
leituras dramatizadas. Com o trabalho realizado em equipe, o aluno
passa a treinar as relações interpessoais. Assume lideranças e se
prepara para apresentações de relatórios.
Como complemento da interpretação de textos, serão incluídos
os textos literários, letras de músicas que relembram ou usam
características dos períodos literários estudados.
O uso de músicas, vídeo-clips, filmes relacionados ao contexto
histórico, serão importantes para as aulas.
São vários os filmes brasileiros que trazem clássicos da
literatura, assistindo aos filmes e lendo as obras, o aluno estará apto
a construir uma crítica e fazer seu próprio discurso.
A leitura de textos informativos que tratam da situação
econômica, política e social do país fazem o aluno compreender
melhor seu papel de cidadão, lutar por seus direitos e o que é mais
importante, sentir-se inserido neste contexto.
Assuntos como informática, roteiros de filmes, resenhas críticas
de músicas e livros também serão comuns na sala de aula.
Usando-se textos com nível vocabular diferenciado, estes não
se tornarão inacessíveis ao aluno, que passa a assimilar esta
oralidade e usá-la no seu cotidiano.
O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta para
uma opção metodológica de verificação do saber lingüístico do aluno,
como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido,
tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas
sociais.
A unidade básica da linguagem é o texto, compreendido como a
fala e o discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal
eixo de sua atualização e a razão do ato lingüístico.
O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele
que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem
como ser humano. O texto só existe na sociedade e é produto de uma
história social e cultural, único em cada contexto, porque marca o
diálogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros
textos que o compõem. O homem visto como um texto que constrói
textos.
O processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa deve
basear-se em propostas interativas língua/linguagem, consideradas
em um processo discursivo em construção do pensamento simbólico,
constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa da
linguagem, em contraposição às concepções tradicionais,
deslocadas do uso social. O trabalho do
professor centra-se no objetivo de desenvolvimento de
sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a
verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em
diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais em língua, ou
seja, nomenclatura gramatical e história da literatura, são deslocados
para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser uma
estratégia para a compreensão/interpretação/produção de textos e a
literatura integra-se à área de leitura.
A interação é o que faz com que a linguagem seja
comunicativa. Esse princípio anula qualquer pressuposto que tenta
referendar o estudo de uma língua isolada do ato interlocutivo.
Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos em
compreender estaticamente a gramática da língua que falam no
cotidiano.
A concepção geral parte do princípio de que o ensino de
Português, deve estar voltado para a formação de um cidadão
autônomo, capaz de interagir com a realidade do nosso milênio.
Nos diferentes campos que abrange – leitura/literatura,
produção de texto e língua – o ensino de Português, pelas diferentes
práticas de linguagem, pode participar ativamente do processo de
construção de valores e habilidades, tais como: solidariedade, ética,
aceitação do diferente, autonomia, afetividade, cidadania,
aprendizagem permanente, capacidade de adaptação a situações
novas, de estabelecer transferências e relações, de debater, de
argumentar, de interferir na realidade e transformá-la.
É com base nesses pressupostos que todo trabalho se volta
para tornar significativo para o aluno os conteúdos curriculares, a
partir de situações concretas de aprendizagem e de desenvolvimento
de projetos.
O trabalho com literatura prioriza a leitura e a análise do texto
literário. Essa leitura visa compreender de que forma cada
movimento ou cada autor literário organiza seus textos, definindo
assim um estilo de época ou um estilo individual.
Além de merecerem uma abordagem que dê destaque às suas
especificidades, os textos literários abrem um fértil espaço para um
trabalho integrado com textos verbais, oriundos de outras esferas da
atividade humana ( por exemplo do jornalismo ou da divulgação
científica ) criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e para
a compreensão e apreensão do potencial expressivo da linguagem.
Os textos literários permitem também um trabalho integrado
com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema), criando
condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas
especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais. O
primordial é conquistar os alunos para a leitura em geral e para a
incorporação da literatura (da arte) em suas vidas.
Deve-se aproveitar a história literária para uma compreensão
dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a
possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de
toda uma complexa história.
É importante a criação de um ambiente de oficina para as
práticas de escrita isto é, a escrita não deve ser encarada como uma
tarefa burocrática, mas como uma atividade em que a turma se sinta
coletivamente envolvida com a preparação, apreciação e releitura
dos textos.
Os alunos devem dominar as práticas de escrita que são
indispensáveis para a vida cidadã; a escrita argumentativa, a escrita
informativa, a escrita de apoio cognitivo (resumos e esquemas), sem
deixar de vivenciar, a escrita literária ( narrativa ou poética).
Abordar os temas gramaticais por meio de diferentes trajetos,
combinando percursos mais intuitivos (que estimulam a capacidade
de observação dos fenômenos da língua) e percursos mais
expositivos (que estimulam a construção de um saber mais
sistematizado daqueles mesmos fenômenos).
O importante em toda essa dimensão do ensino de
Português é que os tópicos sejam desenvolvidos sempre
subordinados ao domínio das atividades de fala e escrita, isto é,
sejam sempre pensados por um critério de efetiva relevância
funcional.
8.12.5 Avaliação
Considerando que a escola deve formar um cidadão para viver
em sociedade de mudanças aceleradas, a avaliação deve contemplar
a língua em todos os seus aspectos: oralidade, escrita, leitura e
análise linguística.
Sendo assim, a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e
priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,
considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza com que ele mostra ao expor suas idéias, a
influência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele
apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a
sua capacidade de adequar discurso-texto ao diferentes
interlocutores e situações.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões
abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a
compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema,
bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como
uma fase do processo de formação, nunca como produto final. É
importante ressaltar que, só se pode avaliar a qualidade e a
adequação de um texto quando ficam muito claras as regras da
produção. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção
textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar
bem definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais
de interação comunicativa para que os critérios de avaliação que
tomam como base as condições de produção tenham alguma
validade.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos – discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os
elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam
ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que
possibilite aos alunos a compreensão desses elementos no interior do
texto. Uma vez compreendidos os alunos podem utilizá-los em outras
operações lingüísticas.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo
avaliados continuamente em termos desse uso, efetuando operações
com a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de
uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam a almejada
proficiência em leitura e escrita.
Para atingir esses critérios de avaliação o professor deve dispor
de diversos instrumentos avaliativos: provas orais e escritas,
trabalhos orais e escritos, discussões, debates, apresentações orais,
entre outros.
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico,
discursivo, a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros,
precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno
está trilhando para aprimorar sua capacidade lingüística e discursiva
em praticas de oralidade, leitura e escrita.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e
processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua
condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita
que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os
sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e
tomarem decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente,
em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de idéias, numa entrevista, numa contação de história, as
exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é
necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de
textos orais com os quais convive ( noticiários, discursos políticos,
programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos
formais, tendo em vista o resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os
estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do
texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua
resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa
considerar as diferenças de leituras de mundo e repertorio de
experiências dos alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que
determina a adequação do texto escrito são as circunstancias de sua
produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto será
avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na
oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.
É importante que as práticas escolares, entre elas a avaliação,
sejam coerentes com os procedimentos descritos. Nesse sentido, é
recomendável que se amplie a noção de avaliação escolar, revendo a
pertinência de se avaliar exclusivamente um momento específico,
como o da prova semestral, em função da necessidade de se avaliar
todo o processo de aprendizagem vivido pelos alunos ao longo de
uma proposta de trabalho. Os procedimentos apresentados sugerem
que se avalie o aluno de diversas maneiras – alternando-se as
modalidades, os suportes, os interlocutores -, de forma a constituir
um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.
Em Língua Portuguesa e Literatura, considerando-se o
desenvolvimento das competências interativa, textual e gramatical,
podem-se propor diversos formatos de avaliação:
Aferição na produção de um texto oral, em apresentação
individual ou em grupo, de acordo com um gênero pré-estabelecido e
com o nível de formalidade exigido para a situação enunciativa;
Observação das habilidades de leitura dos alunos, que podem
ser medidas tanto por suas intervenções orais na discussão de uma
obra literária ou de uma matéria jornalística quanto por seu
desempenho escrito quando produzem uma resenha ou um texto
crítico;
Abertura para outras formas de representação das obras
originalmente lidas a partir de um suporte escrito: leitura dramática,
dramatização com bonecos, montagem teatral, pintura, fotografia,
entre outras;
Trabalho a partir de situações-problema que mobilizem uma
série de conhecimentos relacionados às três competências;
Implementação de centros de interesse e projetos cujos
processos ou produtos finais possam ser avaliados;
Abertura para momentos de auto-avaliação,avaliação mútua,
avaliação em grupo, de forma a deslocar a tarefa de avaliar como
exclusiva do professor.
Diferentemente do que ocorre no ensino tradicional, privilegia-
se hoje a avaliação do processo de aprendizagem como um todo,
durante seu desenvolvimento. Em função disso, ao propor
determinada atividade o professor precisa ter muita clareza sobre
suas intencionalidades bem como sobre os critérios que utilizará para
avaliar seus resultados.
Na contramão das práticas tradicionais - em que se buscava
encontrar os “erros “ mais do que os “acertos “ dos alunos - , o
professor de Língua Portuguesa e Literatura deve valorizar os ganhos
que o estudante obteve ao longo de seu processo de aprendizagem,
baseando-se nas matrizes de competências e habilidades, que
exigem um outro olhar sobre o ensino.
8.12.6 Referências
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
Diretrizes e Bases a Educação Nacional. Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Editora do Brasil S/A.
BRASIL. Lei nº. 11.645/08. Altera a Lei nº. 9.394,de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras
providências.
CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do Folclore Brasileiro –
Volume I e II. São Paulo: Global, 2003.
CASTILHO, Ernesto H. Lendas do Paraná. Curitiba, PR: Gráfica
Vitória, 1975.
SILVA, Alberto Costa e; MUNANGA, Kabengele, CASTRO; Yeda Pessoa
de; CHAVES, Rita. Vozes da África. São Paulo: Duetto, Edição
Especial n.º 6.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da
Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa.
Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Língua Portuguesa e
Literatura – Folhas II. Curitiba: SEED, 2006.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4ª ed. Campinas,
SP: Mercado das Letras, 1996.
SUASSUNA, Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma
abordagem pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995.
CEREJA,William Roberto.Portugues: Linguagens.4ªed.São
Paulo:Atual,2006
AMORA, Antônio S. (org.) Presença da Literatura portuguesa. São
Paulo: Difel, s.d. ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro &
interação. São Paulo: Parábola, 2003.
BAGNO, M. (org.) A lingüística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.
BOSI, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira. 39 ed. São
Paulo: Cultrix, 2001.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base,
2005.
GUEDES, Paulo c. Da redação escolar ao texto: manual de redação. 2.
Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
KUENZER, Acácia Z. (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta
para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
NEVES, Maria Helena de M. Gramática de usos do Português. São
Paulo: Editora da UNESP, 2000.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.
Campinas: Mercado de Letras, 1996.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
educação fundamental da rede de educação básica do Estado do
Paraná: Língua Portuguesa do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.
SEED.Secretaria do Estado da Educação.Diretrizes Curriculares da
rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Portuguesa do
Ensino Médio.Curitiba. SEED,2008
8.13 MATEMÁTICA
8.13.1 Apresentação geral da disciplina
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da
Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se
elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a
Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os
ideais e as exigências advindas das transformações sociais e
econômicas dos últimos séculos. Porém a escola não tem dado conta
de socializar o conhecimento, ou seja, não tem cumprido sua função
básica. Essa constatação assume características mais acentuadas em
relação ao conhecimento matemático, já que não se consideram
incorretas as estatísticas que mostram que ela é a disciplina que mais
reprova os alunos no ensino fundamental.
Para reverter esse quadro é necessário mudar a forma como os
professores e alunos vêem a Matemática, alterando a prática escolar.
O recurso à História da Matemática pode esclarecer idéias
matemáticas, contribuindo para a constituição de um olhar mais
crítico sobre os objetos do conhecimento, revelando o conhecimento
matemático como resultado de um processo evolutivo.
Os objetos de estudo da matemática são os conteúdos
historicamente construídos e sistematizados, sem perder o caráter
científico da disciplina e dos conteúdos matemáticos.
A Matemática não evoluiu de forma linear e logicamente
organizada. Freqüentemente um conhecimento foi amplamente
utilizado antes de ser incorporado a um dos sistemas lógicos
formais do corpo da Matemática. Ela é, portanto, uma construção
histórica das relações do homem com o mundo em que vive e de
suas relações sociais.
Numa concepção de educação Matemática no contexto
escolar, entende-se como fundamental a revisão dos critérios
para a seleção e organização dos conteúdos e a forma de
transmissão-assimilação desses conteúdos como questões
indissociáveis do currículo.
O professor ao ensinar Matemática, precisa levar em conta
que a escola onde leciona não é o mundo em si, isolado, mas faz
parte de uma organização mais ampla, a sociedade. Nesta
proposta, aprender Matemática é muito mais do que manejar
fórmulas, saber fazer contas, ou marcar “x” na resposta correta:
É interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para
perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio
lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente sensível.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada
através de situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar
consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto;
a partir desse saber, é que a escola promoverá a difusão do
conhecimento matemático já organizado.
Na prática escolar em matemática, tem predominado a
realização de exercícios baseados em modelos previamente
estabelecidos. Este procedimento de ensino mascara a aquisição
dos conceitos pelo aluno que , por um lado, dá respostas certas
que podem determinar a que tipo de modelo pode recorrer e, por
outro lado, mostrar-se impotente quando se encontra diante de
um “problema” ou exercício escrito de forma diferente, ainda
que esta dificuldade não seja maior que a dos problemas ou
exercícios anteriormente resolvidos.
É fundamental compreender que os problemas não são um
conteúdo e sim uma forma de trabalhar os conteúdos. Os
conteúdos básicos devem ser desenvolvidos a partir de
problemas e estes problemas podem ser utilizados também
como um desafio à reflexão dos alunos.
Ao longo do desenvolvimento dos conceitos devem estar
presentes novos problemas e estes podem aparecer também ao
fim do tratamento dado ao tópico em estudo, como uma forma
adicional de sistematização. O que se deve é evitar, a todo custo,
o uso de problemas modelo, uma vez que a resolução de
problemas implica no uso de raciocínio e depende do domínio
que o aluno possui nos conteúdos.
Visando superar os entraves e o formalismo, presentes nas
concepções de ensino tradicional, propõe-se a retomada dos
conteúdos, numa visão mais ampla do conhecimento
matemático. Essa concepção de ensino da matemática tem como
pressuposto o caráter social do conhecimento matemático, a
relação entre o conhecimento historicamente produzido e a
lógica de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados.
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de
pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, des-
dobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astrono-
mia.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da
Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigono-
metria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos
que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de
portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prá-
tica da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Mate-
mática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elabo-
raram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Mate-
mática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os
ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econô-
micas dos últimos séculos.
Esse avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos,
leis, teoremas e aplicações, fundamentadas na matemática,
transformando esta em ciência universal. Esses conhecimentos são
considerados instrumentos de compreensão e intervenção para a
transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na
economia, nas relações sociais e culturais. Através do conhecimento
matemático o ser humano quantifica, calcula, mede e organiza
informações e prevê situações. É impossível, não reconhecer o valor
educativo dessa ciência como indispensável para resolução e
compreensão de diversas situações do cotidiano.
O ser humano faz uso da matemática, independente do
conhecimento escolar, nas mais diversas atividades, Essa
“matemática” permite solucionar e compreender todos os problemas,
sendo em muitas situações, necessários conhecimentos
sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a
expandir o conhecimento. O conhecimento matemático quando
significativo para o aluno, contribui para o desenvolvimento de seu
senso crítico, na medida que proporciona as condições necessárias
para uma análise mais apurada da realidade que o cerca. A
matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização
das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços
profissionais, no que se refere ao uso dessas tecnologias pelos
alunos.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias
que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às
idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer rela-
ções, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino
baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e reso-
lver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exer-
cícios.
É imprescindível que o estudante se aproprie do conheci-
mento de forma que “compreenda os conceitos e princípios ma-
temáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáti-
cas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos
com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p.41).A Matemática
se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a
partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobra-
da nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da
Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigono-
metria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos
que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de
portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prá-
tica da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Mate-
mática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elabo-
raram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Mate-
mática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os
ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econô-
micas dos últimos séculos.
Esse avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos,
leis, teoremas e aplicações, fundamentadas na matemática,
transformando esta em ciência universal. Esses conhecimentos são
considerados instrumentos de compreensão e intervenção para a
transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na
economia, nas relações sociais e culturais. Através do conhecimento
matemático o ser humano quantifica, calcula, mede e organiza
informações e prevê situações. É impossível, não reconhecer o valor
educativo dessa ciência como indispensável para resolução e
compreensão de diversas situações do cotidiano.
O ser humano faz uso da matemática, independente do
conhecimento escolar, nas mais diversas atividades, Essa
“matemática” permite solucionar e compreender todos os problemas,
sendo em muitas situações, necessários conhecimentos
sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a
expandir o conhecimento. O conhecimento matemático quando
significativo para o aluno, contribui para o desenvolvimento de seu
senso crítico, na medida que proporciona as condições necessárias
para uma análise mais apurada da realidade que o cerca. A
matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização
das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços
profissionais, no que se refere ao uso dessas tecnologias pelos
alunos.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias
que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às
idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer rela-
ções, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino
baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e reso-
lver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exer-
cícios.
É imprescindível que o estudante se aproprie do conheci-
mento de forma que “compreenda os conceitos e princípios ma-
temáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáti-
cas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos
com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p.41).
8.13.2 Objetivos Gerais
Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da
matemática deve proporcionar aos alunos as aquisições claras,
críticas e aplicáveis de seus conhecimentos. Espera-se que se
desenvolvam nos educandos habilidades como:
- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o
caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como
aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas;
- Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento
organizado que lhe proporcione a construção de seu aprendizado;
- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles,
utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico,
métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);
- Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para
interpretá-las e avalia-las criticamente;
- Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e
resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como
intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando
conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos
tecnológicos disponíveis;
- Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas
conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo
relações entre ela e diferentes representações matemáticas;
- Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes
campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas
curriculares;
- Sentir-se seguro da própria capacidade de construir
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a
perseverança na busca de soluções;
- Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando
coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,
identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um
assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo
com eles.
- Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da
matemática, deve proporcionar aos alunos a aquisição clara,
crítica e aplicável de seus conhecimentos. Espera-se que
desenvolva-se nos educandos habilidades como:
- Ler e interpretar textos de Matemática;
- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,
gráficos, expressões, etc.);
- Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para
linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas,
tabelas etc.) e vice-versa;
- Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como
na linguagem matemática, usando a terminologia correta;
- Produzir textos matemáticos adequados;
- Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como
instrumentos de produção e de comunicação;
- Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho;
- Identificar o problema (compreender enunciados, formular
questões etc.);
- Procurar, selecionar e interpretar informações relativas ao
problema;
- Formular hipóteses e prever resultados;
- Selecionar estratégias de resolução de problemas;
- Interpretar e criticar resultados numa situação concreta;
- Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;
- Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a
modelos, esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;
- Discutir idéias e produzir argumentos convincentes;
- Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na
interpretação e intervenção no real;
- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais,
em especial em outras áreas do conhecimento;
- Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar a
história da matemática com a evolução da humanidade.
- Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo
suas limitações e potencialidades.
8.13.3 Conteúdos
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas
• Geometrias;
• Funções;
• Tratamento da Informação.
Conteúdos Específicos
5ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros
e
Álgebra
- Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e
radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais.Grandezas - Medidas de
E
Medidas
comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário.
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.Tratamento da Informação - Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros
e
Álgebra
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º
grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.Grandezas e
Medidas
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-
euclidianas.
Tratamento da Informação
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
7ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros
e
Álgebra
• Números Racionais e
Irracionais;
• Sistemas de Equações do
1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.Grandezas e
Medidas
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias
nãoeuclidianas.
Tratamento da Informação
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
8ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros
e
Álgebra
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três
Composta.Grandezas e
Medidas
• Relações Métricas no
Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no
Triângulo Retângulo.
Funções
• Noção intuitiva de Função
Afim.
• Noção intuitiva de Função
Quadrática.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias nãoeuclidianas.
Tratamento da Informação
• Noções de Análise
Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Números e Álgebra;
• Grandezas e Medidas
• Geometrias;
• Funções;
• Tratamento da Informação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra - Conjuntos Numéricos
Funções
- Função do 1o Grau
- Função do 2o Grau
- Função Exponencial
- Função Logarítmica
- Função Modular
- Função Inversa e Composta Grandezas e Medidas - Trigonometria no triângulo
retângulo. Geometria e Funções - Ciclo Trigonométrico
- Funções Trigonométricas.
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Funções - Progressão Aritmética
- Progressão GeométricaNúmeros e Álgebra - Matrizes
- Determinantes
- Sistemas LinearesTratamento da Informação - Binômio de Newton
- Probabilidade
- Noções de Estatística
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Geometria
e
Grandezas e Medidas
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
Números e Álgebra - Polinômios
- Números ComplexosTratamento da Informação - Matemática Financeira
8.13.4 Metodologia
A formalização do vocabulário matemático deve ser construída
gradativamente assim, a clareza, precisão e síntese na escrita
matemática ganhando aos poucos o seu significado, que têm,
em grande parte, sentido na vida e na matemática.
O aluno já possui uma bagagem de conhecimentos que
devem ser utilizados como ferramentas para produzir novos
conhecimentos. O aluno deve ser participante ativo do processo
de ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor desenvolver e explorar (de maneira
coerente) os diferentes temas para a compreensão dos
processos matemáticos, aproximando-os, sempre que possível,
da vida prática. O professor deve ser mediador entre este
conhecimento e o que se quer conhecer, propondo situações que
envolvam e permitam aos alunos construírem novas
ferramentas, avançando no conhecimento – para isto, ouvir o
aluno, suas percepções individuais, tentativas e estimativas,
validando ou mostrando as soluções corretas.
O pensamento deve ser voltado para desenvolver a
capacidade de resolver problemas e aproximar a Matemática do
dia a dia – alunos motivados são capazes de raciocínio coerente.
Incentivados e orientados não devem mobilizar-se em suas
capacidades o professor deve sempre procurar entender o
raciocínio dos alunos, pois existem diversas maneiras de resolver
um mesmo problema, e a finalidade é que os alunos adquiram
esta capacidade.
A história da matemática deve ser utilizada como um
instrumento de resgate da identidade cultural e pode esclarecer
idéias, matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, pois
conceitos abordados em conexão com sua história constituem
veículos de grande valor formativo. Os recursos tecnológicos
devem ser utilizados como meio facilitadores e incentivadores do
espírito de pesquisa.
Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e
devem ser utilizados sempre que possível, pois permitem que
problemas sejam apresentados de forma atrativa e que favoreçam a
criatividade na busca de soluções.
A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que
possível, pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando
o aluno a respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com
eles.
A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do
conhecimento e na formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos
do mundo real. Assim, a disciplina de Matemática desenvolverá seus
conteúdos fazendo a reflexão e contextualismo com os temas das
relações Étnico-Raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com a História do Paraná
conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99 que inclui
oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino destas
temáticas na rede de ensino.
A aprendizagem dos conceitos de matemática se dá pela
interação entre professor-aluno, onde o centro da atividade escolar
deve ser a possibilidade de o aluno compreender e utilizar os
conhecimentos de matemática em sua vida.
Ao organizar o seu trabalho o professor precisa:
- Estar convencido de que o conhecimento matemático deve estar
ao alcance de todos, e que, a garantia de todos os alunos aprenda,
deve ser uma de suas metas prioritárias;
- Considerar que a aprendizagem da matemática esta ligada a
compreensão, apreensão e atribuição de significados;
- Estimular processo de discussão e confrontação de idéias, de
registros diversos, de leitura e pesquisa;
- Considerar que os alunos têm ritmos, necessidades, tempos de
aprendizagem diferentes;
- Valorizar a utilização de atividades em grupos que forneçam a
discussão, a confrontação e a reflexão sobre as experiências da
matemática;
- Dar aos alunos oportunidade para que se construam conceitos e
aprendam procedimentos trabalhando amplamente sobre
problemas que lhes permitam dar significado a linguagem e as
idéias matemáticas;
Encontrar o melhor meio de transmitir um determinado
conteúdo, de maneira que todos os alunos possam usar e reter tais
informações, “abrindo” a mente de uma população diversificada de
alunos a fim de que eles possam aprender conceitos e técnicas que
irão abrir-lhes as portas ao longo de suas vidas é a maior
preocupação dos educadores.
Para que isso aconteça os alunos devem adquirir capacidade de
fazer conexões entre o que eles estão aprendendo e como esse
conhecimento será usado.
Efetivar o estudo cooperativo entre os estudantes, para que
num contexto de interação com outros alunos, seja uma estratégia
fundamental na aprendizagem contextual. A experiência de cooperar,
além de ajudar a maioria dos alunos a aprender o conteúdo, também
está de acordo com as atuais habilidades exigidas dos profissionais.
Promover atividades de laboratório, é um dos principais
métodos de ensino na aprendizagem contextual, essencialmente
cooperativo. Quando os alunos trabalham em grupos para realizar
atividades de laboratório, completar os experimentos corretamente
exige delegação, observação, sugestão e discussão. Em muitas
atividades a qualidade dos dados colhidos pelo grupo depende do
desempenho individual de cada membro.
Orientar o aprendizado para uma maior contextualização, uma
efetiva interdisciplinaridade e uma formação humana mais ampla,
não só técnica, mas incluindo uma maior relação entre teoria e
prática no próprio processo de aprendizado.
O ensino da Matemática pode contribuir para a formação ética
a medida que se direcione a aprendizagem para o desenvolvimento
de atitudes como a confiança dos alunos na própria capacidade e na
dos outros para construir conhecimentos matemáticos. Isso ocorrerá
à medida em que o professor valorizar a troca de conhecimentos e
experiências entre os alunos como forma de aprendizagem,
promovendo intercâmbio de idéias.
Reconhecer que o conhecimento matemático é fruto de
trabalho humano e que as idéias, conceitos e princípios surgiram de
necessidades e de problemas com os quais os homens deparam e
para os quais encontrou soluções graças a sua inteligência, esforço,
dedicação e perseverança.
Para que os alunos sejam motivados a estudar determinado
conteúdo é preciso primeiro atribuir significado a esse conteúdo,
através de suas aplicações e de sua importância histórica que implica
a possibilidade de o aluno saber porque e para que aprender
determinado tema, por isso é muito importante a contextualização
dos conteúdos.
A partir das descobertas e dificuldades, discutir, debater junto
com os alunos as possíveis maneiras de solução incentivando
também, o cálculo mental. A matemática é utilizada como base
nos diversos ramos do conhecimento e na formação do indivíduo, é
aplicada aos fenomenos do mundo real. Assim, a disciplina de
Matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e
contextualismo com os temas das relações Étnico-Raciais e a História
e Cultura Afro-Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com
a História do Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei
nº 9795/99 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do
ensino destas temáticas na rede de ensino.
8.13.5 Avaliação
A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos
princípios básicos das disciplinas. Deve-se adotar uma postura
que considere os caminhos percorridos pelos alunos, as suas
tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e, a
partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua
visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.
As idéias fundamentais para uma avaliação coerente são:
1- É necessário observar o processo de construção do
conhecimento e para isso a avaliação deverá ser
necessariamente diagnóstica;
2- Havendo uma diagnose, deve-se trabalhar os caminhos
trilhados pelos alunos e explorar as possibilidades advindas
destes erros;
3- A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de
aprendizagem;
4- Não se pode perder de vista que há um conhecimento
cuja apropriação pelo aluno é fundamental. É esse
conhecimento, sintetizado em um currículo básico, que irá dar o
critério final para a avaliação.
O objetivo não é verificar a quantidade de informações
retidas pelo aluno, mas de servir como um instrumento de
diagnosticar o processo como um todo, oferecendo elementos
para uma revisão de todos os componentes deste processo -
aluno –professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de
avaliação.
Ao propor questões que promovam a participação e
interação dos alunos, considerando o conhecimento já adquirido
por estes, o professor é capaz de acompanhar, orientando da
melhor forma possível, o raciocínio e o seu desenvolvimento
entre o certo e o errado.
De modo geral, espera-se que o aluno tenha o melhor
aproveitamento possível nas diversas atividades desenvolvidas.
O importante é que o resultado de qualquer avaliação sirva para
aprimorar o processo ensino-aprendizagem quando o
aproveitamento não for satisfatório.
Os instrumentos de avaliação serão através de provas,
trabalhos, atividades do livro, participação oral, resolução de
exercícios em sala. Aos alunos que apresentarem dificuldades na
aquisição dos conhecimentos, serão proporcionadas revisões de
conteúdos e recuperação paralela. Sendo a finalidade da
recuperação paralela:
• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se
limitar a recuperar apenas notas e conceitos;
• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não
castigo), para descobrir os próprios erros e reconstruir o
conhecimento;
• Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do
professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos, por
meio de intervenções, das quais destacam-se a retomada de
conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os
momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. com estes
princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque – da
nota para o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a
aprender (desenvolvendo suas habilidades na busca do
conhecimento).
• O aluno que constrói o seu saber matemático, cumprindo, por
isso mesmo, diferentes etapas, como leitura, discussão,
verbalização, resolução de situações-problema, sintetização,
redação, etc., não pode ser avaliado unicamente pela retenção
de regras e esquemas ou passar unicamente por avaliações
objetivas e individuais. Temos, portanto, dois fatores a
considerar : o que e como avaliar. Não resta dúvida de que
devemos avaliar se a compreensão do conceito trabalhado foi
ou não eficiente por parte do aluno. Mas também deve ficar
claro que não é esse o único aspecto a ser avaliado.
Precisamos, no dia-a-dia, durante o desenrolar de todo o
processo de ensino, observar a maneira como cada estudante
se envolve com o trabalho, como ele participa das atividades e
como contribui para que elas sejam realizadas
satisfatoriamente. Nesse sentido temos dois novos elementos a
serem avaliados, além do conteúdo propriamente dito: os
métodos e as atitudes.
• Durante o transcorrer das atividades de vários modelos e
objetivos que propomos, precisamos estar atentos aos métodos
e procedimentos que o aluno utiliza em cada uma delas e à
maneira como esses métodos vão se aperfeiçoando. Valorizar
propostas e caminhos que apareçam durante a resolução de
alguma situação, desde que corretos, sejam eles esperados ou
não, é nosso trabalho constante, permitindo que o aluno
desenvolva, com o passar do tempo, a sua capacidade de
escolha. A partir da observação sucessiva e constante da
eficácia e da evolução dos métodos e procedimentos adotados
nas mais diversas situações, vamos nos municiando de
elementos de avaliação.
• Dentro da proposta de ensino matemático que estamos
considerando, por inúmeras vezes os alunos estarão envolvidos
em situações de discussão e de participação em atividades de
grupo. Assim, devemos criar mecanismos para estimula-los,
orienta-los e avalia-los quanto às atitudes que esperamos e
julgamos corretas. De fato, imaginamos a sala de aula como um
modelo social reduzido, em que podemos exercitar deveres,
reivindicar direitos e praticar cidadania. Por isso precisamos
estar preparados e atentos para valorizar atitudes que
claramente contribuam para o crescimento do trabalho do
grupo em detrimento de outras que possam vir carregadas de
individualismo e preconceitos.
• Um dos desvios que normalmente cometemos na
avaliação do trabalho de um aluno é quando o comparamos aos
demais. Tomando a classe como referência única, atribuímos ao
trabalho avaliado um conceito negativo ou positivo caso ele
esteja abaixo ou acima da média dos demais trabalhos.
Devemos também, e isso é ainda mais importante, verificar a
evolução desse aluno no processo de construção do seu
conhecimento, tomado ele próprio como referencial,
independente do restante da classe, valorizando o seu
progresso.
• Dessa maneira estaremos reconhecendo os seus esforços
e respeitando o seu ritmo de aprendizagem.
• Os instrumentos de avaliação serão através de provas,
trabalhos, atividades do livro, participação oral. Aos alunos que
apresentarem dificuldades na aquisição dos conhecimentos,
serão proporcionadas revisões de conteúdos e recuperação
paralela. Sendo a finalidade da recuperação paralela:
• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se
limitar a recuperar apenas notas e conceitos;
• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não
castigo), para descobrir os próprios erros e reconstruir o
conhecimento;
• Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do
professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos, por
meio de intervenções, das quais destacam-se a retomada de
conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os
momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. com estes
princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque – da
nota para o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a
aprender (desenvolvendo suas habilidades na busca do
conhecimento).
8.13.6 Referências
- IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos. São Paulo:
Scipione, 2002.
- ISOLANI, Célia Maria Martins. Matemática e Interação. Curitiba:
Módulo, 1999.
- LIMA, Elon Lages. Temas e Problemas. Rio de Janeiro: SBM
(Sociedade BRAS/Letra de Matemática), 2005.
- PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática: uma análise da
influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 35-36.
(Coleção Tendências em Educação Matemática).
- BIGODE, A. J. L. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2002.
- DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.
- GIOVANII, B. C. & JÚNIOR, J. R. G. Coleção a conquista da
matemática.
São Paulo: FTD, 2002.
• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes
Curriculares da educação fundamental da rede de
educação básica do Estado do Paraná: Matemática do
Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.
8.14 QUÍMICA
8.14. 1 Apresentação Geral da disciplina
Situar o educando na realidade tecnológica,
proporcionando-lhe condições de reconhecer a Química como
ciência capaz de fornecer materiais, métodos e processos de
transformação, a fim de atender às necessidades da sociedade.
Situar o educando como um agente da História,
proporcionando-lhe um suporte para a construção de sua
profissão no futuro e, na interação com as demais disciplinas,
tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico,
compreender suas relações com o ambiente natural e social e,
desta forma, interagir construtivamente com ele.
A Química tem por objeto o estudo das substâncias
enquanto conteúdo específico da matéria, no que tange às suas
transformações, propriedades, características, composição e
estrutura. No entanto, o objeto deverá, sempre que possível,
estar inserido no contexto histórico, cultural, social e político do
educando, tendo em vista as aplicações no seu cotidiano e
também na participação da resolução das grandes questões da
sociedade.
A abordagem do ensino da Química será fundamentada
nos seguintes princípios norteadores:
• do universo macroscópico ao universo microscópico;
• do teórico aoexperimental-prático;
• do geral ao particular;
• do histórico ao conjuntural.
Partindo, sempre que possível, de fatos do cotidiano, de
experimentos intrigantes ou de questionamentos de falsos
conceitos oriundos do senso comum, construir a conceituação
fundamentada na ciência com o enfoque tecnológico e político
e destacar o papel da Química como modificadora da realidade,
seja pelo histórico de sua evolução, seja pela análise e
compreensão do impacto de suas ações sobre a sociedade.
Ligada diretamente à vida a Química desempenha papel
essencial na formação do indivíduo, levando-o ao estudo das
substâncias materiais e suas transformações.
Analisando-se a história da Química temos claro que seu estudo
foi extremamente ligado ao desenvolvimento das civilizações e às
necessidades humanas: comunicação, sobrevivência, etc.
A pedagogia sócio-histórica vem sendo um referencial teórico
que compreende uma proposta de ensino voltada ao trabalho na
perspectiva de formação de conceitos diretamente relacionados com
sua finalidade, construindo-se assim conceitos cientificamente
estabelecidos. Desta forma, o aluno aproxima-se cada vez mais
qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de
compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas
relações com os diversos campos do conhecimento.
O ensino de Química deve contribuir para a alfabetização
científica do cidadão através do inter-relacionamento do
conhecimento químico e o contexto social. Faz-se necessária a
compreensão mínima do conhecimento científico e tecnológico para
além do domínio estrito dos conceitos de Química. Diz respeito ao
entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao
desenvolvimento de sua capacidade de participação através de uma
atitude crítica e atuação transformadora na direção de uma
sociedade justa.
8.14.2 Objetivos gerais
Propiciar ao aluno condições para que domine os conhecimentos
científicos a partir dos quais poderá entender os fenômenos naturais,
interpretando o ambiente em que vive tendo oportunidades de
vivenciar o processo de investigação científica;
Desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se, lendo e
interpretando textos de interesse científico e tecnológico;
Desenvolver no aluno a capacidade de questionar os diferentes
processos naturais e tecnológicos, investigando e compreendendo
situações reais, relacionando com outras áreas do conhecimento.
- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas.
- Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual.
- Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da
Química e vice-versa. Utilizar a representação simbólica das
transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do
tempo;
- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em
Química: gráficos, tabelas e relações matemáticas.
- Identificar fontes de informação e formas de obter informações
relevantes para o conhecimento da Química (livro, computador,
jornais, manuais etc. );
- Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão
macroscópica
(lógico-empírica);
- Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (
lógico – formal );
- Compreender dados quantitativos, estimativa e medidas,
compreender relações proporcionais presentes na Química
( raciocínio proporcional );
- Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais
ou outros ( classificação, seriação e correspondência em Química );
- Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos ( leis, teorias,
modelos ) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos
em Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes.
- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à
Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes.
- Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões
acerca das transformações químicas;
- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e
coletiva do ser humano com o ambiente;
- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e
rural;
- Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e
tecnológico da Química e aspectos sóciopolítico culturais;
- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos
do desenvolvimento da Química e da tecnologia.
8.14.3 Conteúdos
1ª SÉRIE
Matéria e Sua Natureza
Introdução ao estudo da Química
- ciências - definições e históricos
- a química na abordagem do cotidiano
- aspectos da Química
- método científico
Propriedades da matéria
- características macroscópias e microscópias
- energia
- mudança de estado físico
- transformações da matéria
- fenômenos físicos e químicos
- densidades dos materiais
Substâncias e Misturas
- substâncias puras
- substâncias simples e compostas
- alotropia
- misturas - tipos
- sistemas
Processos de separação
- análise imediata
- separação de componentes de mistura heterogênea
- separação de componentes de mistura homogênea
- alguns aparelhos utilizados em laboratório e suas aplicações
Composição da matéria
- modelos científicos para o átomo
- partículas fundamentais
- caracterização do átomo
- comparação entre os átomos
- íons
- distribuição eletrônica – Linus Pauling
Biogeoquímica
Classificação Periódica dos Elementos
- introdução – bases da tabela periódica
- tabela atual – organização em grupos e séries
- localização dos elementos na tabela periódica
- ocorrência dos elementos – naturais e artificiais
- propriedades periódicas e aperiódicas
- obtenção dos elementos
Radioatividade
- radioatividade e estrutura atômica
- estudo das emissões
- poder de penetração
- transmutação nuclear
- fissão e fusão nuclear
- aplicações industriais da radioatividade
Matéria e Sua Natureza
Ligações Químicas
- ligações iônicas
- compostos iônicos – fórmulas e características
- ligações covalentes – fórmulas e características
- geometria molecular
- polaridade das ligações e de moléculas
- forças intermoleculares
- ligações metálicas
Química Inorgânica
- divisão histórica
- substâncias inorgânicas – nomenclatura, classificação,
formulação, aplicação
- ácidos
- bases
- sais
- óxidos
2ª SÉRIE
Matéria e sua Natureza
Reações Químicas
- aspectos qualitativos das reações
- tipos de reações
- equações químicas
- balanceamento das equações
- reação de óxido redução
Grandezas Químicas
- unidades de medida
- conceito de massa atômica
- massa de um elemento
- massa molecular
- número de Avogrado
- mol
- massa molar
- notação científica
- determinação de fórmulas centesimal e molecular
Estequiometria
- estudo das quantidades das substâncias
- os coeficientes e o número de mols
Oxi - redução
- transferência de elétrons
- número de nox
- reação de oxi redução
- agentes oxidantes e redutores
- balanceamento por óxido redução
Biogeoquímica
Eletroquímica
- isolantes e condutores
- potenciais de redução
- pilha elétrica ou galvânica
- espontaneidade das reações
- eletrólise
Estudo das Soluções
- tipos de soluções
- dispersões
- soluções
- coeficiente e curvas de solubilidade
- aspectos quantitativos das soluções
- preparo das soluções
- diluição
- misturas
- determinação da concentração por titulometria
Termoquímica
- definição da termoquímica
- entalpia
- valores da entalpia
- fatores que influenciam nos valores de entalpia
- transformação de energia
- calor de reação
- equação termoquímica
- processos endotérmicos e exotérmicos
- estado padrão
- lei de Hess
- entropia
- espontaneidade das reações
Cinética Química
- velocidade das reações
- conceito de velocidade
- como as reações se processam
- condições que influenciam a velocidade das reações
Equilíbrio Químico
- conceito de equilíbrio químico
- constantes de equilíbrio
- deslocamento de equilíbrio
- ocorrência das reações
- influência de água no equilíbrio
- medida de pH
3ª SÉRIE
Biogeoquímica
Eletroquímica
- isolantes e condutores
- potenciais de redução
- pilha elétrica ou galvânica
- espontaneidade das reações
- eletrólise
Química Sintética
Os compostos orgânicos
- definição
- histórico
- características dos compostos orgânicos
- características do átomo de carbono
- classificação do carbono na cadeia carbônica
- classificação das cadeias carbônicas
- classificação dos compostos orgânicos
Funções orgânicas
- nomenclatura oficial, aplicação dos principais compostos das
funções orgânicas
- hidrocarbonetos
- funções oxigenadas
- compostos halogenados
- compostos nitrogenados
- funções sulfuradas
- compostos organometálicos
- compostos de funções mistas
Comparação entre compostos orgânicos
- séries orgânicas
- propriedades físicas
Reações orgânicas
- reações de adição
- reações de substituição
- reações de eliminação
- reações de oxidação
- reações de redução
Isomeria
- isomeria plana
- isomeria espacial
Polímeros
- classificação
- principais polímeros
- obtenção e aplicação
Introdução à bioquímica
- substâncias bioquímicas
Química Orgânica e o meio ambiente
8.14.4 Metodologia
O ensino da Química na sua trajetória histórica foi conteudista
com a finalidade inicialmente de formar o aluno cientista e os
conteúdos trabalhados deslocados do contexto social e histórico de
sua produção o que acabou resultando ficarem pouco significativos
para os alunos que, desta forma, não entendiam porque estudar
Química e terminarem por não gostar da disciplina.
A experimentação desempenha função essencial no ensino de
Química. Seu papel investigativo auxilia o aluno na elaboração dos
conceitos, não sendo necessários laboratórios sofisticados, pois o
experimento faz parte do contexto normal de sala de aula. Há
também de se ter a clareza da necessidade de migração do
conhecimento químico do esoterismo (para poucos) exoterismo (para
todos). Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel
fundamental nesse movimento pois depende da forma como os
significados e os entendimentos são desenvolvidos no contexto social
da sala de aula. Mais do que a interação com o aluno para que o
mesmo possa encontrar sentido no que aprende o professor precisará
contemplar as diversas perspectivas no seu próprio discurso,
possibilitando/facilitando a leitura do mundo.
Diferentes realidades educacionais e sociais pressupõem
diversas percepções desses conhecimentos químicos e diversas
propostas de ação pedagógica. Tendo em vista essas considerações,
as reorganizações do conteúdo e da metodologia poderão ser fitas
dentro de duas perspectivas que se complementam: a que considera
a vivência individual de cada aluno e, a perspectiva que considera o
coletivo em sua interação com o mundo físico.
A Química é utilizada como base para explicar os fenômenos da
natureza e sua interferência na sociedade,sendo assim aplicada aos
fenomenos do mundo real. Assim, a disciplina de Química
desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e contextualismo
com os temas das relações Étnico-Raciais e a História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com a História do
Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99
que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino
destas temáticas na rede de ensino.
Utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia a dia, a
tradição cultural, a mídia, a vida escolar, busca-se reconstruir os
conhecimentos químicos que permitiriam refazer essas leituras de
mundo, agora com fundamentação também na Ciência. Buscam-se
enfim mudanças conceituais. Nessa etapa desenvolvem-se “
ferramentas químicas” mais apropriadas para estabelecer ligações
com outros campos de conhecimento. É o início da
interdisciplinaridade. O conteúdo a ser abordado, nessa fase, deve
proporcionar um entendimento amplo a cerca da transformação
química, envolvendo inicialmente seu reconhecimento qualitativo e
suas inter-relações com massa, energia e tempo.
É importante apresentar ao aluno fatos concretos, observáveis
e mensuráveis, uma vez que os conceitos que o aluno traz para a sala
de aula advém principalmente de sua leitura no mundo macroscópico.
O tratamento das relações entre tempo e transformação
química deve ser iniciado pela exploração dos aspectos qualitativos,
que permitem reconhecer, no dia a dia, reações rápidas, como
combustão e explosão, e lentas como o enferrujamento e
amadurecimento de um fruto, estabelecendo critérios de
reconhecimento. Controlar e modificar a rapidez com que uma
transformação ocorre são conhecimentos importantes sob os pontos
de vista econômico, social e ambiental.
Deve-se considerar que a química utiliza uma linguagem própria
para a representação do real, as transformações químicas, através de
símbolos, fórmulas, convenções e códigos. Assim, é necessário que o
aluno desenvolva competências adequadas para reconhecer e saber
utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender e empregar a partir
das informações, a representação simbólica das transformações
químicas. A memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas,
nomes de substâncias, não contribui para competências e habilidades
desejáveis no ensino médio.
Assim como os outros campos do conhecimento, a química
utiliza também uma linguagem matemática associada aos fenômenos
macro e microscópicos. O domínio dessa linguagem servirá para
desenvolver competências e habilidades referentes ao
estabelecimento relações lógico-empíricas, lógico-formais, hipotético-
lógicas e raciocínio proporcional
Os conteúdos devem ser abordados a partir de temas que
permitam a contextualização do conhecimento. Nesse sentido, podem
ser explorados, por exemplo, temas como metalurgia, solos e sua
fertilização, combustíveis e combustão, obtenção, conservação e uso
dos alimentos, chuva ácida, tratamento de água, etc.
Tratados dessa forma, os conteúdos ganham flexibilidade e
interatividade, deslocando-se do tratamento usual que procura
esgotar um a um os diversos " tópicos” da química, para o tratamento
de uma situação problemática, em que os aspectos pertinentes do
conhecimento químico, necessários para a compreensão e tentativa
de solução, são evidenciados.
A perspectiva de ensinar química ligada a sobrevivência, ao
desenvolvimento sócioambiental sustentável, oferece a oportunidade
do não estabelecimento de barreiras rígidas entre as assim chamadas
áreas da química, ou seja a orgânica, a físico-química, a bioquímica, a
inorgânica, etc. Dessa perspectiva, elimina-se a memorização
descontextualizada do ensino da química “descritiva”
Visando uma aprendizagem ativa-significativa, as abordagens
dos temas devem ser feitas através de atividades elaboradas para
provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias.
Dessa forma, os dados obtidos em demonstrações, em visitas, em
relatos de experimentos ou no laboratório, devem permitir, através
do trabalho em grupo, discussões coletivas, que se construam
conceitos e se desenvolvam competências a habilidades.
Deve ficar claro aqui que a experimentação na escola média,
tem função pedagógica, diferentemente da experiência conduzida
pelo cientista. A experimentação formal em laboratórios didáticos, por
si só, não soluciona o problema de ensino – aprendizagem em
química. As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de
aula, por demonstração, em visitas, e por outras modalidades.
Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a
necessidade de períodos pré e pós atividade, visando a construção
dos conceitos. Dessa forma, não se desvinculam “ teoria” e
“laboratório”.
Nunca se deve perder de vista que o ensino de química visa
contribuir para a formação da cidadania, e dessa forma deve permitir
o desenvolvimento de conhecimentos e valores que possam servir de
instrumentos mediadores da interação do indivíduo com o mundo.
Consegue-se isso mais efetivamente ao se contextualizar o
aprendizado, o que pode ser feito com exemplos mais gerais,
universais, ou com exemplos de relevância mais local, regional.
8.14.5 Avaliação
A avaliação é o ponto nevrálgico de todo e qualquer processo,
através dela se apura a validade e a eficiência das teorias, dos
recursos e das práticas. Leva-se em consideração o conhecimento
que o aluno traz previamente das suas relações com o mundo (senso
comum) e as superações que faz no decorrer do processo.
Quando o professor deseja que cada um dos seus alunos se
desenvolva da melhor maneira e saiba expressar suas capacidades,
avaliar é mais do que aferir resultados finais ou definir sucesso ou
fracasso, pois significa acompanhar o processo de aprendizagem e os
progressos de cada aluno, percebendo dificuldades e procurando
contorna las ou supera las continuamente. À medida que os
conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os
procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e
valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos
individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou
mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e mesmo a
pontualidade e a assiduidade. As avaliações realizadas em provas,
trabalhos ou por outros instrumentos, no decorrer dos semestres ou
em seu final, individuais ou em grupo, são essenciais para obter um
balanço periódico do aprendizado dos alunos, e também têm o
sentido de administrar sua progressão. Elas não substituem as outras
modalidades contínuas de avaliação, mas as complementam.
Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve
considerar que o objetivo maior é o desenvolvimento de
competências com as quais os alunos possam interpretar linguagens
e se servir de conhecimentos adquiridos, para tomar decisões
autônomas e relevantes.
Portanto, o objetivo maior da avaliação deve ser a verificação para
posterior melhoria do progresso do aluno com relação a
aprendizagem de conceitos, capacidades e atitudes.
Algumas características dessas avaliações podem ser lembradas:
• toda avaliação deve retratar o trabalho desenvolvido;
• os enunciados e os problemas devem incluir a capacidade de
observar e interpretar situações dadas, de realizar comparações, de
estabelecer relações, de proceder registros ou de criar novas
soluções com a utilização das mais diversas linguagens;
• uma prova pode ser também um momento de aprendizagem,
especialmente em relação ao desenvolvimento das competências de
leitura e interpretação de textos e enfrentamento de situações
problema;
• devem ser privilegiadas questões que exigem reflexão, análise
ou solução de um problema, ou a aplicação de um conceito aprendido
em uma nova situação;
• tanto os instrumentos de avaliação quanto os critérios que
serão utilizados na correção devem ser conhecidos pelos alunos;
• deve ser considerada a oportunidade de os alunos tomarem
parte, de diferentes maneiras, em sua própria avaliação e na de seus
colegas;
• trabalhos coletivos são especialmente apropriados para a
participação do aluno na avaliação, desenvolvendo uma competência
essencial à vida que é a capacidade de avaliar e julgar.
A avaliação em química deve informar sobre:
• conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos;
• capacidade de utilizar a linguagem química para expressar idéias;
Os critérios para a avaliação em química serão:
• provas objetivas e discursivas;
• listas de exercícios a serem desenvolvidos em sala de aula e como
tarefa doméstica;
• pesquisas de conteúdos.
Portanto, nessa visão de avaliação o professor se serve das
várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação
de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela
periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório
realizadas em sala, apresentação de seminários, entre.
8.14.6 Referências
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In:
Moreia, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre:
Sagra, 1991.
BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman,
2002.
BRADY, J. E HUMISTON, G. E. Química Geral. LTC, 1981.
Chassot, A. Educação conSciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC,
2003.
HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas
aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. Trad. B. V.
Boeira e N. Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de
professores de Química: professor/pesquisador. 2ª ed. Ijuí:
Editora Inijuí, 2003. P.120.
SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo:
Ática, 2004.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da educação fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná: Química do Ensino Média. Curitiba: SEED,
2006.
VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e
o futuro. São Paulo: Moderna, 2002.
8.15 SOCIOLOGIA
8.15.1 Apresentação geral da disciplina
O ensino da Sociologia no Brasil tem uma caminhada histórica
centenária com muitas lutas, com idas e vindas na matriz curricular
do Ensino Médio, o que demonstra a dificuldade em firmar-se como
área do conhecimento fundamental para a formação humana, como
forma de interpretação da realidade e, em outros momentos, sua
ligação a interesses e vontades políticas.
A primeira iniciativa da implantação da disciplina nas escolas
deu-se com o advento da República sob a influência de Augusto
Comte, considerado o fundador da ciência, o qual usou o termo
Sociologia para relacionar com a ciência da sociedade. Inicialmente a
disciplina estava vinculada a valores morais.
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes
transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade
e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência,
reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar
mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da
modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a
dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e
forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos
acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. Nos anos
30, com a criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola
Livre e Universidade de São Paulo houve o desenvolvimento da
pesquisa sociológica dando um caráter científico, abandonando a
tradição ensaísta, o que possibilitou a formação de quadros
intelectuais para pensar o país e técnicos para dar suporte às
políticas públicas. Possibilitou, também, a formação de professores
para o Ensino Médio, consolidando dessa forma a Sociologia como
disciplina.
No entanto, ela não se manteve no cenário educacional, porque
esteve sujeita aos interesses políticos, pois tratam de questões
polêmicas como os processos econômico, político e sócio-cultural.
Portanto, essa disciplina desde a sua sistematização tem
contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua
própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das
sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado
pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos
problemas da vida social.
Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade
através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres
humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no
interior e entre esses diferentes grupos, e as conseqüências dessas
relações para indivíduos e coletividades.
A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do
desenvolvimento e consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a
especificidade de fazer parte e procurar explicar a sociedade
capitalista como forma de organização social. Essa explicação
sociológica da realidade não é linear, porque depende de
posicionamentos políticos diferentes, confirmando o princípio de que
não existe neutralidade científica referente às análises sociais.
Temos três grandes paradigmas fundantes no campo de
conhecimento sociológico representados por Karl Marx, Max Weber e
Émile Durkheim, que apresentaram estudos sobre a sociedade
capitalista e o papel da educação inserida nesse contexto, sendo que
este último teve um papel importantíssimo, pois formulou as
primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos
sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são
estudados pelas outras ciências.
Outros pensadores contemporâneos deram sua contribuição no
que se refere à fundamentação e concepção sociológicas – Antonio
Gramsci, Pierre Bordieu, Florestan Fernandes – cada uma com sua
linha teórica concernentes ao contexto teórico.
Portanto, a Sociologia como disciplina escolar tem que destacar
esses teóricos ao tratar dos conteúdos pertinentes à disciplina
fundamentando-se e sustentando-se em teorias de diferentes
tradições sociológicas, cada uma com sua explicação, ressaltando
que a reflexão sobre a realidade vai além do senso comum, porque as
questões sociológicas são construídas em termos de explicação, pela
mediação teórico-metodológica de natureza própria, por ser um tipo
de conhecimento sistematizado da realidade social. Procurar analisar
essas particularidades e ao mesmo tempo recusar qualquer espécie
de síntese teórica e encaminhamentos pedagógicos sem método ou
rigor.
A proposta das Diretrizes Curriculares é de uma Sociologia
Crítica, caracterizada pelo questionamento do real e do pensado e da
relação entre ambos, questionamento que vai além do que está dado
como estabelecido e explicado, questionamento que descortine as
desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no
movimento histórico nos quais alunos e professores estão inseridos.
O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da
articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como
fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e
conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando
dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social
capitalista, como as desigualdades sociais e econômicas, a exclusão
imposta pelas mudanças no mundo do trabalho, as conflituosas
relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural, de
gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir
dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já
dispõe, uma vez que está imerso numa prática social, num outro nível
de compreensão: da consciência das determinações históricas nas
quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e
transformação dessa prática social. É o desenvolvimento, através da
apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama
das relações sociais da classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da
sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.São entendidas como
campos do conhecimento e se identificam pelos respectivos
conteúdos e por seus quadros teóricos conceituais. Considerando
esse constructo teórico, as disciplinas são o pressuposto para a
interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as relações
interdisciplinares se estabelecem quando:
• conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à
discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo
qualquer de outra disciplina;
• ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos
quadros conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos
que possibilitem uma
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de
que ela se constitui disciplina no debate entre diferentes concepções
teóricas responsáveis por respostas a questões que a sociedade se
coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de
contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória
de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do
país era adverso, apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995). A
Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de
democracia para uma ciência com baixo prestígio social e mercado
profissional escasso não foram decisórias, pois ela se cria e se
expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta e a dos
anos sessenta. abordagem mais abrangente desse objeto.
Sociologia moderna coube debruçar-se sobre todos os agentes
sociais que provocam profundas modificações na sociedade. Assim foi
consolidando o seu papel, a medida que definiu sua forma de
pesquisa, análise e interpretação dos fenômenos sociais.
8.15.2 Objetivos Gerais• Operacionalizar meios que levem o aluno a desenvolver um
espírito crítico face aos fenômenos sociais, proporcionando-lhe
uma cosmovisão capacitadora para questionar mudanças na
sociedade.
• Fornecer ao aluno elementos necessários para a formação de
um cidadão consciente de sua realidade social, econômica,
política, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir à essas
mesma realidade.
• Despertar o interesse e a curiosidade do aluno pela análise
objetiva da sociedade que o cerca e despertar o sentimento de
cidadania.
• Proporcionar reflexão sobre as relações de poder e ampliar a
noção política, enquanto processo de tomada de decisões que
afetam a coletividade.
8.15.3 Conteúdos
• O processo de socialização e as instituições sociais;
• Cultura e indústria cultural;
• Trabalho, produção e classes sociais;
• Poder, política e ideologia;
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
8.15.3 Metodologia
Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que
se tenha a clareza da necessidade do redimensionamento de
aspectos da realidade para uma análise didática e crítica das
problemáticas sociais.
Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para
desenvolver esses conteúdos como a leitura e esclarecimento do
significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos,
literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo, todos em
busca da formação do ser crítico com conteúdos sempre
problematizados com a realidade do aluno, enfatizando assuntos do
seu conhecimento.
Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a
construção da Sociologia e das teorias sociológicas fundamentais
fazendo a relação do passado com a atualidade numa perspectiva
crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias
possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes dos
conteúdos específicos.
Na medida do possível levar-se-á em consideração as
peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem
social do aluno, para que os conteúdos e a metodologia utilizada
possa responder a necessidades desse grupo social, colocando-o
como sujeito de seu aprendizado e que a todo momento é instigado a
fazer relações da teoria com o vivido, rever conhecimentos e
reconstruir coletivamente novos saberes.
Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de
conceitos sobre a construção do conhecimento sociológico vários
instrumentos metodológicos estão disponíveis para auxiliar a prática
pedagógica como a leitura e interpretação de gráficos, confecção de
tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural do
aluno, relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das
temáticas contempladas com a teoria sociológica; produção de texto;
análise e discussão de textos literários e letra de músicas e debates.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão
das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às
mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a
escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um
todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão
inseridos. Nesse procedimento metodológico estão embutidas como
premissas: a realidade social é composta por uma regularidade de
acontecimentos que podem ser observados, explicados e
classificados pelo cientista; a ciência constitui uma representação
teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente deve manter- se
neutro no processo de conhecimento; a meta do conhecimento é
atingir a objetividade científica, ou seja, uma ciência livre de
pressuposições, de ideologias; a Sociologia dispõe de caráter
normativo, capaz de ordenar a realidade social, seja estabelecendo
uma taxonomia científica dos fatos, seja pela possibilidade de prevê-
los.
8.15.4 Avaliação
Os estudos dos conteúdos de Sociologia passam
obrigatoriamente por avaliações a fim de acompanhar os avanços dos
alunos em relação ao que foi trabalhado, portanto o professor poderá
fazer avaliações através de produções de texto ou filmes onde poderá
perceber a capacidade de articulação entre teoria e prática, síntese
de temas referentes ao conteúdo para ver o que o aluno interpretou
como importante, debates para avaliar a reflexão crítica, análise de
coletânea de dados, trabalhos individuais e em grupo, testes escritos,
trabalhos em confecção de cartazes. Para concretizar esse objetivo, a
avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela
intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,
num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos
na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e
da escola. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação
percebida como instrumento dialético da identificação de novos
rumos, não significa menos rigor na prática de avaliar. Transposto
para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação
formativa,conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios
básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados
com a prática social; b) a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição
das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e
compreender os problemas sociais.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a
construção da autonomia do educando, acompanham as próprias
práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser
registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os
textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de
textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas,
desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos
objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,
expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
8.15.6 Referências
CARVALHO, L. M. G. de. (org) Sociologia e ensino em debate:
experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2004.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2005.
OLIVEIRA, P. S. de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ed. Ática,
2003.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da educação fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná: Sociologia do Ensino Médio. Curitiba: SEED,
2006.
ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da Ciência. Curitiba: Ed. UFPR,
2003.
BAKHTIN, Maxismo e filosofia da linguagem. 12a ed. São Paulo:
Hucitec, 2006.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
Brasília: MEC,
1996.
BRASIL/MEC. Decreto No 2.208, de 17 de abril de 1997. In:
BRASIL/MEC. Educação
Profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
CIAVATA, M. e FRIGOTTO, G. (Orgs) Ensino médio: ciência cultura e
trabalho,
Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem
matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e
sociedade. São Paulo: Scipione, 1988.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – arte ou técnica de explicar e
conhecer. São Paulo: Ática, 1998.
LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no
currículo de matemática da escola básica. In: Anais do VIII
Encontro Nacional de Educação Matemática. Recife: UFPE, 2004, p. 1-
30.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK. S.;
REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática escolar. São
Paulo: Atual, 1997.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da educação fundamental da rede de educação básica do
Estado do Paraná: Matemática do Ensino Médio. Curitiba: SEED,
2009.
VALENTE, V. R. Uma história da matemática escolar no Brasil
(1730-1930). São Paulo: Annablume/FAPESP, 1999.