Post on 27-Jun-2015
DIVERSIDADEE INCLUSÃO EDUCACIONAL
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE
Faxinal do Céu, Abril de 2009
VORTEI NESSE
LUGAR I COMECEI
OIÁ E RECODAR AS
COISA QUE AQUI
VIVI.
SÓ RESTA
LEMBRANCA E
SARDADE
DAQUELE
TEMPO QU NUCA
ESQUECI.
O progresso chegou, mas
onde? Falam em médico
de cabeça e do coração.
Médico melhor que esse
não há. Aqui bato as
mágoas, a raiva,
a tristeza de não ter
dinheiro, saúde, trabalho
descente e nem um
alimento bom. Uma casa
pra morar.
Mas a água que toca meu
pé me dá força pra lutar.
Veni Moreira Sena Educanda
As cancelas são assim
Dão passagem aos humanos e aos animais. Abrindo e fechando sem cansar.Ler e escrever, também quero
tentar.Lutar, não desistir.E as cancelas da
vida abrir
Iraci Chagas Valez
Educanda
Quem são Quem são
esses esses
sujeitos?...sujeitos?...
Quem são Quem são
esses esses
sujeitos?...sujeitos?...
Para quem Para quem
é a escola?é a escola?
Para quem Para quem
é a escola?é a escola?
A Política A Política de de
Educação Educação e e
DiversidadDiversidade na e na
perspectivperspectiva da a da
superação superação da da
inclusão inclusão perversaperversa
OS SUJEITOS DA DIVERSIDADEOS SUJEITOS DA DIVERSIDADE
POPULAÇÕES POPULAÇÕES REMANESCENTES REMANESCENTES
DE QUILOMBOSDE QUILOMBOS
POPULAÇÕES POPULAÇÕES INDÍGENASINDÍGENAS
KAINGANG, GUARANI KAINGANG, GUARANI E XETÁE XETÁ
ACAMPADOS E ACAMPADOS E ASSENTADOS DA ASSENTADOS DA
REFORMA REFORMA AGRÁRIAAGRÁRIA
JOVENS E ADULTOS JOVENS E ADULTOS DO CAMPODO CAMPO
COMUNIDADESCOMUNIDADESFAXINALENSESFAXINALENSES
GAYS, GAYS, LÉSBICAS, LÉSBICAS,
TRAVESTIS E TRAVESTIS E TRANSEXUAISTRANSEXUAIS
JOVENS, ADULTOS JOVENS, ADULTOS E IDOSOS E IDOSOS
NÃO ALFABETIZADOSNÃO ALFABETIZADOS
ILHÉUS E ILHÉUS E RIBEIRINHOSRIBEIRINHOS
ASSALARIADOS ASSALARIADOS RURAIS RURAIS
TEMPORÁRIOS TEMPORÁRIOS (BÓIAS-FRIAS)(BÓIAS-FRIAS)
POPULAÇÕES POPULAÇÕES NEGRASNEGRAS
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTODEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE DA DIVERSIDADE
COORDENAÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS
COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
NUCLEO DE EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS E AFRODESCENDÊNCIA
NUCLEO DE GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL
Possibilitar a visibilidade cultural, política e pedagógica aos
diferentes sujeitos educandos e educadores presentes nas
escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná.
OBJETIVOSOBJETIVOS
Instituir política pública de educação e diversidade,
influenciando e orientando as ações dos diversos
Departamentos, Coordenações e NREs para o
reconhecimento e atendimento às diversidades culturais.
Organizar a oferta de educação escolar à populações
específicas, fortalecendo suas identidades, suas lutas,
seus processos de aprendizagem e de resistência.
Foi Foi
sempre sempre
assim?...assim?...
Foi Foi
sempre sempre
assim?...assim?...
1960-64 - Movimentos de Cultura Popular de Recife, Centros Populares de Cultura (UNE), Comissão Nacional de Cultura Popular e Plano Nacional da Alfabetização.
Visibilidade do Movimento Negro, Movimento Feminista e Movimentos Gays nos EUA e instituição de políticas afirmativas pelo Governo Americano (voltadas aos negros)
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEDIVERSIDADE
Década de 1960 a 1970Década de 1960 a 1970
Movimentos de resistência contra a Ditadura Militar
Visibilidade do apartheid na África do Sul e as lutas de resistência
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEDIVERSIDADE
Abertura democrática no país, pós Anistia e os movimentos pelas Diretas Já.
Década de 1980Década de 1980
Constituição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Missionário Indigenista (CIMI)
Constituição dos Movimentos Feministas e do Movimento Gay no Brasil
Assembléia Constituinte Nacional – promulgação da Constituição Federal de 1988
- Decênio Mundial para o Desenvolv. Cultural da UNESCO (1988-1997)
- Cúpula Mundial pelas Crianças (1990)
- Decênio Mundial para o Desenvolvimento do PNUD (1991-2000)
- Conferência do Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)
- Conferência Mundial de Direitos Humanos (1993)
- Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais da Educação (1994)
- Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (1994)
- Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (1995)
- IV Conferência Mundial da Mulher (1995)
- Conferência sobre o Hábitat (1996)
- Conferência Internacional de Educação de Adultos (1997)
- Conferência Internacional sobre o Trabalho Infantil (1997)
- Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEDIVERSIDADE
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Década de 1990Década de 1990
Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena
Plano Nacional de Educação
Lei de Diretrizes Nacionais da Educação Nacional/1996 - visibilidade da Educação Escolar Indígena, da Educação de Jovens e Adultos (modalidades da educação básica) e da Educação do Campo
Conferência Nacional Por uma Educação Básica do Campo
Conferência Mundial de Educação para Todos, Jomtiem, Tailândia (UNESCO, UNICEF, PNUD, BIRD), com 155 países representados
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Anos 2000Anos 2000
III Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban, África do Sul, em 2001.
Diretrizes Nacionais da Educação de Jovens e Adultos
Diretrizes Operacionais Nacionais da Educação do Campo
Diretrizes Nacionais da Educação Escolar Indígena e orientações para estadualização das escolas indígenas e habilitação de professores indígenas
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Anos 2000Anos 2000
Promulgação das Leis Federais n. 10.639/2003 e 11.645 que instituem a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a História e Cultura Indígena no currículo da educação básica e ensino superior (1ª. Lei promulgada pelo Governo Lula)
Criação da SEPPIR – Secretaria de Políticas Públicas de Igualdade Racial e da Secretaria de Políticas da Mulher
Criação da SECAD/MEC - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade- Diretoria de EJA/Programa Brasil Alfabetizado- Coordenação Geral da Educação do Campo- Coordenação Geral da Educação Escolar Indígena- Coordenação Geral de Políticas Étnico-Raciais e de Gênero
TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Anos 2000Anos 2000
Deliberação 04/2006, do CEE-PR que orientam a implantação daHistória e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Rede Estadual de Educação do Paraná.
Criação do Departamento da Diversidade/SEED
- Coordenação de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos
- Coordenação da Educação do Campo
- Coordenação de Educação Escolar Indígena
- Núcleo de Educação das Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência
- Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual
PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕESPRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEDIVERSIDADE
Um dos pontos altos da política educacional brasileira é a inclusão. Nesse sentido, a criação da SECAD configura-se como uma grande inovação. Abrindo espaços para a diversidade criadora do país, ela possibilita que segmentos historicamente excluídos tenham pela educação a oportunidade de conquistar uma vida digna. Vincent Defourny, representante da UNESCO no Brasil.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Qual tem sido a medida de todos nós? [...] a medida tem sido sempre o homem de meia idade, branco, cristão de origem européia, [heterossexual], que é tomado como equivalente ao humano. A mesma medida serve para definir as identidades nacionais. Em geral a mulher não faz parte desse cenário, senão como exceção. Nesse sentido, as mulheres são significantes de uma identidade masculina. Onde existe identidade existe diferenciação, que emerge do poder de representar. Marcar as diferenças implica incluir e excluir, por para dentro e deixar fora; abaixar ou elevar, classificar, enfim supõe criar uma aparência de ordem, pois o homem não consegue sobreviver com o caos e por isto nomina e classifica. O conceito de representação como sistema de significação cultural entra na equação identidade e diferença como elemento que designa os modelos de normalidade.
Como representamos os índios? [...] Como
representamos os negros? Os idosos? Até mesmo os
anjos? Nos desenhos os anjos são figurados como
brancos, de olhos azuis e cabelos loiros encaracolados.
Essa representação expressa os nossos preconceitos,
pois a criança negra sente que está impedida de ser
anjo porque suas feições não se enquadram nos
moldes da representação social.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Como representamos e classificamos nossos alunos? Quais são suas caras? São muitas e desiguais, mas em nossas representações aparece uma imagem – a do aluno branco que pode ser “pobre”, mas deve ser “limpinho” e se possível deve ter uma “cara” (aparência) de intelectual. [...] As marcas das diferenças estão por toda a parte assim como as desigualdades e, se assim é na sociedade mais ampla, o mesmo acontece nas escolas. Na maquinaria escolar de natureza burguesa, a hegemonia é desempenhada pelos adultos, principalmente por adultos, brancos, cristãos, [heterossexual] homens de preferência (embora o magistério seja essencialmente feminino). Então a escola é adultocentrada e como tal, os estudantes (crianças, jovens, diferentes, idosos etc.) ficam em situação de subalternidade. Como essa escola que subalterniza pode ensinar para uma sociedade democrática? Como é possível pensar em emancipação se a escola subalterniza?
Maria Regina Clivati Capelo
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADEE DIVERSIDADE
Alfabetização
de Jovens, Adultos
e Idosos
INSPIRAÇÃO...INSPIRAÇÃO...
Vida Maria!
“Analfabetismo é o cancro que aniquila o
nosso organismo, com suas múltiplas
metáteses, aqui a ociosidade, ali o vício,
além do crime. Exilado dentro de si mesmo
como em um mundo desabitado, quase
repelido para fora da sua espécie pela sua
inferioridade, o analfabeto é digno de pena
e a nossa desídia indigna de perdão
enquanto não lhe acudimos com o remédio
do ensino obrigatório.”
Miguel Couto
CONCEPÇÃO DE PESSOA NÃO CONCEPÇÃO DE PESSOA NÃO ALFABETIZADAALFABETIZADA
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesiddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO
Ler é muito mais do que juntar letras Ler é muito mais do que juntar letras
e ensinar a ler é muito mais do que e ensinar a ler é muito mais do que
ensinar o alfabeto e a silabação. ensinar o alfabeto e a silabação.
Ler é perceber que em todo o texto Ler é perceber que em todo o texto
há alguém, em um determinado há alguém, em um determinado
tempo e lugar, que expressa suas tempo e lugar, que expressa suas
visões de mundo e reflete sobre visões de mundo e reflete sobre
elas. elas.
CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOSALFABETIZAÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOSESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO NA ESCOLAESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO NA ESCOLA
A escola estadual como espaço de acolhimento dos jovens, adultos e idosos não alfabetizados.
O papel da Direção, dos Documentadores Escolares e dos Agentes Mobilizadores nas Escolas.
A merenda escolar aos alfabetizandos(as)
A importância da formação continuada dos professores coordenadores locais
O desejo de conquistar uma comunidade e uma escola livre de analfabetismo
Relações Étnico-Raciais,
de Gênero e
de Diversidade Sexual
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, DE GÊNERO E DE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL DIVERSIDADE SEXUAL
A superação de toda forma de preconceito e de discriminação e a abordagem nas disciplinas da Educação Básica e no espaço escolar (alunos, professores, pedagogos e funcionários): • negros, • mulheres,• gays,• lésbicas,• bissexuais,• travestis,• transexuais
A implementação das Equipes Multidisciplinares para a discussão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e da História e Cultura Indígena
Reorganização das Escolas
do Campo
EDUCAÇÃO DO CAMPOEDUCAÇÃO DO CAMPO
Reorganização da oferta da Educação do Campo:
• identificação oficial das escolas do campo
• elaboração de proposta pedagógica por áreas de conhecimento
• re-nuclearização das escolas em municípios com alto fluxo de
deslocamento de alunos e professores (criação ou dualidade,
reformas, ampliação)
• definição de política de fixação para professores
• complementação de alimentação escolar aos alunos com
permanência de longos trajetos
A POLÍTICA DE INCLUSÃO E A POLÍTICA DE INCLUSÃO E DIVERSIDADEDIVERSIDADE
DESSA OFICINA O QUE DESSA OFICINA O QUE
LEVAMOS PARA A LEVAMOS PARA A
ESCOLA?ESCOLA?
“E será lançada uma estrela
Pra quem quiser enxergar
Pra quem quiser alcançarE andar abraçado nela”.
Pablo MilanêsChico Buarque
CONTATOSCONTATOS
DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADEDEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE
Chefe: Wagner Roberto do AmaralChefe: Wagner Roberto do Amaral
(41) 3340.1712/1710 ou 0800 416200 (ligação (41) 3340.1712/1710 ou 0800 416200 (ligação
gratuita) - E-mail: wramaral@pr.gov.brgratuita) - E-mail: wramaral@pr.gov.br
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSÃO EDUCACIONALINCLUSÃO EDUCACIONAL
Chefe: Angelina Mattar MatiskeiChefe: Angelina Mattar Matiskei
(41) 3340.1763/1764(41) 3340.1763/1764
E-mail: angelmatis@seed.pr.gov.brE-mail: angelmatis@seed.pr.gov.br