Post on 13-Dec-2014
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Publicidade e Cidadania
ConteúdoIntrodução
Publicidade e a propaganda de cigarros
Publicidade e a representação do negro
Publicidade e saúde pública
Conclusão
IntroduçãoO QUE É CIDADÃO?
Origem na Grécia Antiga
Consciência de que se é um sujeito de direitos
Direitos civis, sociais e políticos
IntroduçãoO QUE É CIDADANIA?
É uma AÇÃO
É uma CONSTRUÇÃO
É COLETIVA
Desde atos simples até lutas maiores
CIDADANIA X ASSISTENCIALISMO
Assistencialismo: resolução parcial do problema, medida emergencial
Cidadania: sempre em construção, resolve completamente o problema
Introdução
IMPORTÂNCIA DA CIDADANIAA cidadania é uma das bases da democracia
“(...) Estado democrático de direito e tem como fundamentos:A soberania;A cidadania;A dignidade da pessoa humana; Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;Pluralismo político.”
Introdução
PESQUISA IBOPEDe acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope e divulgada no dia 25/11/2003:
56% dos brasileiros não tem vontade de participar das práticas capazes de influenciar políticas públicas;26% acham o assunto “chato demais” para se envolverem;44% entendem que o poder emana do povo.
Introdução
CIDADANIA NA PUBLICIDADE
Ações cidadãs são vistas tanto em campanhas públicas como privadas
Mais exemplos
Cunho cidadão das revistinhas da turma da Mônica
Campanha do Ministério do Meio Ambiente com o apoio do Wal-mart
Introdução
Turma da Mônica, edição de 1993
WAL-MART E O MINISTÉRIO DO MEIO-AMBIENTE
De acordo com o site do Wal-mart, foi a partir de 2005 que a empresa que a sustentabilidade entrou no plano de marketing
Introdução
A publicidade e a propaganda de cigarrosO CIGARRO NA COMUNICAÇÃO
É Responsável por 23 mortes por hora – 200 mil por ano, no Brasil, 5 milhões no mundo
Associado a pelo menos 50 doenças crônicas
Também pode causar impotencia, complicaçõesna gravidez, aneurisma, ulcera, entre outrasfiguras presentes nas caixas
Possui mais de 4.7 mil substâncias tóxicas
A publicidade e a propaganda de cigarrosNADA DISSO É NOVIDADE PRA NINGUÉM
Mas por que, mesmo sabendo de tudo isso, as pessoas começam a fumar?
Marketing + publicidade + influência social
A publicidade e a propaganda de cigarros
NUM CONTEXTO ONDE A PROPAGANDA DE CIGARRO É PROIBIDA, COMO O MARKETING E A PUBLICIDADE PODEM PERSUADIR OS JOVENS A COMEÇAREM A FUMAR?
A publicidade e a propaganda de cigarrosFILMES
A publicidade e a propaganda de cigarrosDESENHOS
A publicidade e a propaganda de cigarrosQuase 40% dos adolescentes norte-americanos queexperimentaram cigarros fizeram isso porque viram nos filmes. (Dartmouth Medical School, 2005)
Adolescente com maior exposição a cigarros em filmes tinham 2,6 vezes mais probabilidade de experimentar o tabaco do que aquelesmenos expostos.
De cada 100 adolescentes que experimentaram cigarros, 38 fizeramisso porque viram gente fumando em filmes. (Pediatrics, 2005)
A publicidade e a propaganda de cigarrosMESMO SEM PROPAGANDA, OS VALORES ANTIGOS ATRELADOS AO CIGARRO AINDA ESTÃO PRESENTES.
James Dean, JuventudeTransviada, 1955
Robbert Pattinson, Lembranças, 2010
Rebeldia
A publicidade e a propaganda de cigarrosMESMO SEM PROPAGANDA, OS VALORES ANTIGOS ATRELADOS AO CIGARRO AINDA ESTÃO PRESENTES.
Glamour
Uma Thurman, Pulp Fiction, 1994
A publicidade e a propaganda de cigarrosMESMO SEM PROPAGANDA, OS VALORES ANTIGOS ATRELADOS AO CIGARRO AINDA ESTÃO PRESENTES.
Independência
Mélanie LaurantBastardos Inglórios, 2009
A publicidade e a propaganda de cigarrosMESMO SEM PROPAGANDA, OS VALORES ANTIGOS ATRELADOS AO CIGARRO AINDA ESTÃO PRESENTES.
Virilidade
Jeffrey Dean Morgan, Watchmen, 2008
Shean Connery, 007, 1962
A publicidade e a propaganda de cigarrosSOLUÇÕES?
Em 2008, a British Medical Association sugeriu o fim das cenas com cigarros emfilmes como forma de diminuir o vício, principalmente entre os jovens.
Declínio das cenas com cigarros entre 1950 e 1990.(Relatório Forever Cool, 2008)
Em São Paulo, a Lei Antifumo conseguiu diminuir os níveis de poluição emambientes fechados. (Instituto do Coração, 2010)
Além disso, a queda da contaminação no organismo de trabalhadores nãofumantes chegou a 52,6%.
A publicidade e a propaganda de cigarrosE NA COMUNICAÇÃO?
Na versão brasileira, Audrey segurauma caneta ao invés de um cigarro
A publicidade e a propaganda de cigarrosE NA COMUNICAÇÃO?
Mudança naconstrução de personagens
(Linda Hamilton, Exterminador do Futuro: O julgamento final)
(Lena Headay, The Sarah Connor Chronicles)
Fischer+Fala! e PIX
A publicidade e a propaganda de cigarrosE NA COMUNICAÇÃO?
Representação do negro na publicidadeSÉCULO XIX - POVOS CIVILIZADOS X ÁFRICANotícia de A província de São Paulo, de 24 de setembro de 1881:
Barbárie policial – Ainda que se tratasse de um grande criminoso,não há explicação possível para esbordoar-se assim tãoafricanamente a quem quer que seja... tais scenas sem dúvidadeshonram a sociedade e a civilização.
Representação do negro na publicidadeO NEGRO COMO SERViolento
Dependente, fiel e “amigo dos brancos”
Imoral e Degenerado
Mercadoria (anúncios de escravos)
Representação do negro na publicidade
1920: MODERNISMO E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL
1930: IMAGEM DE UM BRASIL MESTIÇO E O “MITO DA DEMOCRACIA RACIAL”
Representação do negro na publicidadePESQUISA SOBRE OS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS NAS EDIÇÕES DA REVISTA VEJA
“Racismo Anunciado: o negro e a publicidade no Brasil,1985-2005”
Representação do negro na publicidadeANÁLISE:
a) Gênero: mais homens negros do que mulheres
b) Tipo de empresa anunciante e produto anunciado: maioria eram de empresas privadas, mas 20% eram de empresas públicas ou capital misto e 12% de entidades não governamentais
c) Protagonismo e espaço “geográfico” do negro: se manteve a tendência de colocar o negro em segundo plano e ou afastado do centro do anúncio. O negro raramente aparece sozinho ou em pé de igualdade com o branco
Representação do negro na publicidadeANÁLISE:
Representação do negro na publicidade1 – O TRABALHADOR BRAÇAL OU POUCO QUALIFICADO
Representação do negro na publicidade1 – O TRABALHADOR BRAÇAL OU POUCO QUALIFICADO
Representação do negro na publicidade2 – O ATLETA
Representação do negro na publicidade2 – O ATLETA
Representação do negro na publicidade2 – O ATLETA
Representação do negro na publicidade2 – O ATLETA
Representação do negro na publicidade3 – O ARTISTA
Representação do negro na publicidade3 – O ARTISTA
Representação do negro na publicidade4 – A MULATA SENSUAL
Representação do negro na publicidade4 – A MULATA SENSUAL
Representação do negro na publicidadePREFERÊNCIA POR CARACTERÍSTICAS MENOS ANUNCIADAS
Representação do negro na publicidadeUSO DE EFEITOS TECNOLÓGICOS
Representação do negro na publicidade5 – O CARENTE SOCIAL
Representação do negro na publicidade5 – O CARENTE SOCIAL
Representação do negro na publicidade6 – O PRIMITIVO
Representação do negro na publicidade7 – O NEGRO VALORIZADO
Representação do negro na publicidade7 – O NEGRO VALORIZADO
Representação do negro na publicidadeANÚNCIOS ESTEREOTIPANTES DIMINUÍRAM
No entanto, o fato dos anúncios estereotipantes terem diminuído não significa necessariamente, que os anúncios “não-estereotipantes” contenham negros em papéis de prestígio social. Nota-se na verdade uma “neutralização” da figura do negro.
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
Seguiu uma tendência de estudos desenvolvimentistas
Estados Unidos da América, após a IIGM
Comunicação para o desenvolvimento
Influência nos estudos brasileiros de comunicação
Tendência instrumentista/funcionalista
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
Água, esgoto, resíduos sem coleta, cortiços aos montes
Sarampo, hanseníase, tuberculose, varíola, peste bubônica e febre amarela, entre outras
Prejuízos ao comércio exterior e às relações diplomáticas
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
E agora, José; digo, Oswaldo?
Fica sussa que eu tenho um
plano da hora!
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
Cortiços foram demolidos sumariamente
Casas foram invadidas para extermínio de mosquitos e ratos
Quem tava contaminado ia direto pra internação
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
TENSÃO SOCIALNoção MECANICISTA da saúde – doença = PESTE, CONTÁGIO
Carlos Finlay: Febre Amarela é culpa do Stegomiya fasciata SIM!
Oswaldo publica “Conselhos ao povo”
Reforma Carlos Chagas – Ténicas de propaganda à educação sanitária
Depto Nacional de Saúde Pública
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
31/10/1904 – LEI DA VACINA OBRIGATÓRIA
Destruição, tiros, gritaria, barricadas, incêndios, a la stallone
Rio de Janeiro entra em ESTADO DE SÍTIO
50 mortos e 110 feridos, centenas de presos e deportados
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
VOLTANDO NO TEMPO....
Rio de Janeiro, 1904: O túmulo dos estrangeiros
REVOLTA DA VACINA
Poderia ter sido evitada?
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
DE VOLTA ÀS VACAS FRIAS
Estados Unidos da América, após a IIGM
Comunicação para o desenvolvimento
Influência nos estudos brasileiros de comunicação
Tendência instrumentista/funcionalista
Comunicação para a educação
Moldar o comportamento do povo
Doenças da pobreza/comportamento
EDUCAÇÃO SANITÁRIA
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
NOVAS CONCEPÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE SAÚDE
Proposta Dialógica
Estabelecer um diálogo com o “receptor”
Invasão cultural -> ação cultural dialógica
Potencial interpretativo do receptor
Receptor: resistente à dominações e hegemonizações, ser pensante
Receptor como AGENTE de transformação
Contra a “domesticação”
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
NOVAS CONCEPÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE SAÚDE
Proposta Estruturalista
Influenciada por estudos de semiologia
Pensamento do conteúdo das mensagens
Conceitos de representação e hegemonização
Evolução para estudos das influências da cultura de massa na comunicação para a saúde
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
NOVAS CONCEPÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE SAÚDE
Pensar o ato do consumo midiático como construção da inteligibilidade (exemplos da parte de cigarro)
“Em cada ato de comunicação de mensagens sobre a saúde, por exemplo, há muito mais do que a absorção (ou não) de informações; há complexos processos sociais de instituição de imaginários, de trocas de significados, de fantasias e fantasmas, de usos, de resignificações culturais, a partir dos quais a saúde e a doença adquirem sentido.” (NATANSOHN, 2004)
A promoção da saúde é mais do que a instrução. Nela também se aplicam todos os conceitos que viemos estudando ao longo da disciplina
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
NOVAS CONCEPÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE SAÚDE
Em que condições a comunicação de hoje lida com os diversos aspectos que condicionam a promoção de saúde?
Representação da saúde/doençaAtoresConceitos de promoção/prevençãoAtitudesInformação / instruçãoAtores aptos a falar do tema
Publicidade e saúdeA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
NOVAS CONCEPÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE SAÚDE
Em que condições a comunicação de hoje lida com os diversos aspectos que condicionam a promoção de saúde?
Representação da saúde/doençaAtoresConceitos de promoção/prevençãoAtitudesInformação / instruçãoAtores aptos a falar do tema
Saúde e Doença são mais do que componentes biológicos/epidemiológicos, são produtos de uma complexa percepção, sobre a qual temos enorme influência e responsabilidade
ALGUMAS ESPECULAÇÕESAté que ponto a postura de empresas como Wal-Mart ou Bradesco tem primeiramente uma função de promoção da cidadania?
Conclusão
A cidadania, quando vinculada a um objetivo de VENDA, ainda é, genuinamente, CIDADANIA?
Se a Volkswagen promover a cidadania, e um Ministério promover a cidadania, qual das duas campanhas seria mais eficiente?
A vinculação de valores negativos ao governo prejudica campanhas de promoção da cidadania?
A promoção da cidadania deve ser extendida a outros tipos de produção midiática? (turma da mônica e afins)