Post on 10-Nov-2018
Mini currículoAgar Costa Alexandrino de Pérez
• Médica Veterinária - UNESP Botucatu - SP
• Mestre em Histologia - USP - SP, 1984
• Doutor em Patologia - UFF - RJ , 1994
• Pesquisador Científico - Nível VI- APTA – SAA-SP
• Presidente do Colégio Brasileiro de Aquicultura
• Especialista em Ictiopatologia – FAO
• Presidente da Comissão de Aquicultura do CRMV-SP
• Membro da Comissão Nacional de Especialidades Emergentes - CFMV
• Consultora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
• Professora de Pós Graduação
• Orientadora de Estagiários e Graduandos
• Revisora de Revistas Científicas
• Coordenador de Projetos de Pesquisa
• Participação e congressos nacionais e internacionais
• Participação em vários cursos de Higiene e Inspeção da FAO
• Coordenadora do Projeto de Controle de Qualidade de Pescado
• Responsável pelo Laboratório de Parasitologia do Pescado-IP/ Santos
• Resumos publicados em congresso
• Trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais
• Palestras ministradas
AQUICULTURA
• Atividade produtiva que mais se desenvolve
• Taxa de crescimento médio = 10% ao ano
• Abastece até 50% do pescado consumido
no mundo
IMPORTÂNCIA DA AQUICULTURAIncontestável
►Fonte de proteína animal
►Declínio dos recursos pesqueiros
►Exigências da população mundial
cada vez > por produtos aquáticos
►Aquicultura
potencial significativo para atender essa demanda
DESAFIOS DO SETOR PRODUTIVO• Regulamentação e administração do setor
• Intensificar e diversificar as criações
• (recorrer a novas espécies)
• Modificar sistemas de manejo e práticas utilizadas
• Atender as preferências dos mercados, comércios e consumo
produção de pescado seguro e de qualidade
• Participação dos produtores nos processos de tomada de decisões e
regulamentação (FAO,2008)
A aquicultura brasileira representa:
Agronegócio
Crescimento desordenado e falha nocontrole sanitário
Altas taxas de mortalidade e produção depescado
Procedência duvidosa
Baixa produtividade
METAS DA AQUICULTURA
• Aplicação de BPA para salvaguardar o
produto.
• BPA Ferramenta responsável pela
sustentabilidade ambiental, econômica e
social
pequenos aquicultores
alimento inócuo
Importância de BPA
• Promover o desenvolvimento e gestão do setor da
aquicultura de forma responsável e em conformidade com os
critérios de qualidade de produção alimentar,bem como com
as considerações ambientais e exigências do consumidor.
BPA :
• mais que um atributo
• componente competitivo
m e l h o r q u a l i d a d e
A c e s s o a n o v o s m e r c a d o s
C o n s o l i d a ç ã o d o s a t u a i s
R e d u ç ã o d e c u s t o s , e t c .
FATORES QUE FAVORECEM O SURGIMENTO
DAS DOENÇAS EM CULTIVO
• Fatores ambientais ou de manejo
• Fatores próprios do agente patogênico
• Fatores próprios do peixe
FATORES DE MANEJO
• Densidade populacional
• Alimentação incorreta
• Temperatura incorreta
• Acúmulo de substâncias tóxicas na água
• Policultivo com espécies incompatíveis
• Estresse por manejo indevido
• Falta de medidas profiláticas
FATORES PRÓPRIOS
DO AGENTE PATOGÊNICO
• Introdução do agente no viveiro
• Virulência do agente
• Quantidade do agente patogênico no meio
• Presença de veículos ou vetores
FATORES DE IMUNIDADE DO PEIXE
• Suscetibilidade ao agente (idade, espécie, etc.)
• Nível de defesa do peixe
• Temperatura - fator limitante para a criação de
animais aquáticos
• Temperatura - atua direta sobre a atividade
total dos animais aquáticos
Função cardíaca
Função respiratória
Digestão
Imunidade
Produção de hormônios
Reações sensoriais
SANIDADE
Ausência de BP
Doenças
Contaminação do pescado
Contaminação ambiental
Risco para o consumidor
IMPACTO ECONÔMICO
DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
• 1994 - cultivo de camarões _3 bilhões de dólares (doença da
mancha branca e taura)
• 1987/88 – cultivo de camarão
Penaeus monodon
Taiwan_0,5 bilhões dólares
(diversas infecções virais)
• 1985 - Salmão - Noruega - Vibrio monicida __
33 milhões de dólares
IMPORTÂNCIA DA DEFESA SANITÁRIA
NA AQUICULTURA
A agilização dos processos e o melhor
gerenciamento da criação
para aprimorar e fortalecer a aquicultura.
RESOLUÇÃO CFMV - Nº 1165,
DE 11 DE AGOSTO DE 2017
• Art. 1º Os estabelecimentos que cultivam ou mantêm
organismos aquáticos, tais como os de reprodução,
produção, aquários de visitação, estabelecimentos de
comércio de animais aquáticos ornamentais, pesquisa,
ensino, recreação, aglomeração e quarentena, terão a
responsabilidade técnica regulamentada conforme
disposto nesta Resolução.
DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES
• Acompanhamento dos
• Auto-controles sanitários
Cadastrar e georeferenciar os estabelecimentos
Realizar monitoramento sanitário nos plantéis de
reprodução
Conhecer e analisar a água de origem
DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES
Adquirir animais com status de saúde superior.
Notificar casos de doença ou surto.
Realizar diagnóstico clínico laboratorial.
Registrar informações de produtividade e saúde.
Controlar e fiscalizar o trânsito
Fiscalizar as ações de vazio sanitário
Fornecer alimento registrado aos animais
Controlar o uso de medicamentos veterinários
DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES
DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES
Padronizar medidas de biosseguridade
Realizar sacrifício sanitário
Capacitar mão de obra
Tratar da água de transporte
Tratar efluentes
• Inocuidade
Garantia de que um
determinado
alimento não
causará dano ao
consumidor quando
seja preparado ou
ingerido
(Codex Alimentarius)
Qualidade
É um conjunto de
propriedades
inerentes a uma
coisa que permite ser
apreciada como
igual, melhor ou pior
que as restantes de
sua espécie
DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA
Trânsito de animais aquáticos
Aumenta a probabilidade de introdução de patógenos
Gera consequências na aquicultura e nos peixes nativos e na
subsistência da atividade
CONTROLE DO TRÂNSITO
Minimizar ou evitar o risco de transferência de patógenos
Deve contar com indivíduos, sindicatos, associações,
instituições de pesquisa, instituições oficiais envolvidos com
a aquicultura
Garantia do manejo sanitário
IMPACTOS ADVERSOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E AMBIENTAIS
São resultados da :
falta de responsabilidade e de conhecimento em trânsito de
animais aquáticos vivos e seus produtos, agentes, doença e
as espécies suscetíveis
Solução:
Criar protocolos para proteger:
aquicultura
animais aquáticos nativos
ambiente aquático
COMO MINIMIZAR?
Medidas de quarentena efetivas
Certificação sanitária
Criar guias reconhecidas internacionalmente baseadas
na OIE:
Código Sanitário
Manual de diagnóstico
Impedir Barreiras Sanitárias
PONTOS DE APLICAÇÃO DO
MANEJO SANITÁRIO
• Nos bioagressores
• No meio ambiente
• Nos animais aquáticos
TRIÂNGULO EPIZOOTIOLÓGICO
(EPIDEMIOLÓGICO)
AGENTES
PATOGÊNICOS AMBIENTE
COMPONENTES
SOCIAIS
HOSPEDEIRO
MEDIDAS SANITÁRIAS NA
PROPRIEDADE
• Animais
• Fundo de viveiros – Vazio sanitário
• Desinfecção de tanques, viveiros, equipamentos,
pessoas e etc
MEDIDAS SANITÁRIAS
REFERENTES À INTRODUÇÃO DE:
• Gametas
• Ovos
• Peixes
• Material de transporte
• Água
ENFOQUE SANITÁRIO NA
AQUICULTURA FAO/NACA/OMS
• Infecções zoonóticas parasitárias
• Infecções causadas por bactérias e vírus patógenos
• Intoxicações causadas por resíduos de agroquímicos
• Metais pesados
• Medicamentos veterinários
• Aditivos alimentares.
Devem cumprir recomendações do Código de Conduta
para a Pesca Responsável (FAO – Roma, 1995)
Para reduzir ao mínimo todos os perigos de sua
atividade
Para a saúde humana e para o ambiente
Estabelecimentos aquícolas
Sanidade (Codex alimentarius FAO x OMS, 2005)
Operação de produção
• Administração de alimentação
• Medicamentos veterinários
• Captura
• Manutenção e transporte
Comissão do Codex Alimentarius (FAO x OMS)
2005
Qualidade de água X Sanidade
• Água adequada: obtenção de produtos inócuos para o consumo
• Análise: periódica a fim de garantir bem-estar e produtos daaquicultura inócuos
• Localização: Locais isentos de risco de contaminação
• Desenho e construção: medidas apropriadas para assegurar ocontrole dos perigos e evitar a contaminação da água.
PONTOS BÁSICOS:
• 1 - Origem dos reprodutores:
• 2 – Isolamento
• 3 - Conhecimento das condições climáticas e sua interação com
os agentes infecciosos.
• 4 Conhecimento da qualidade físico-química e microbiológica da
água disponível em quantidade suficiente para a utilização na
propriedade.
ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS
• Destruição do estoque infectado
• Desinfecção das instalações
• Reestocagem com peixes de fontes aprovadas
como livre de doenças
DISSEMINAÇÃO DE PATÓGENOS
• Intensificação na movimentação internacional paracultivo ou ornamental
• Melhoramento genético com fins esportivos ourecreações
• Para a pesquisa
• Para uso como alimento vivo ou iscas vivas
DISSEMINAÇÃO DE PATÓGENOS
• Liberação ou fuga de formas vivas para omeio ambiente
• Introdução de produto de origem animalaquático congelado, resfriado, salgado,defumado de forma não adequada
• Movimentação de navios
RISCOS DE DISSEMINAÇÃO DE
PATÓGENOS
• Procedimentos que ocorrem fora do controle
legal:
• Cultivos não licenciados
• Movimentação não autorizada
• Ingresso clandestino
CONTROLE DE MOVIMENTAÇÃO DE
ANIMAIS AQUÁTICOS E PLANTAS
AQUÁTICAS
• Objetivo:
Controle de doenças e proteção ao meio ambiente
e à biodiversidade.