Post on 30-Jul-2020
Reflexões sobre Política e Justiça
. A contaminação da política é
a causa fundamental de todas as
contaminações: da eco nómica,
da estética, do simples vi ver diá-
rio. Se não conseguimos des -
contaminar a Política e mo ralizar
os políticos, qualquer outro es-
forço será inútil. Serão simples
faíscas individuais no meio da
noite destes tempos. E serão afo-
gados brutalmente pelos podero-
sos de moda, pais de todas as
trevas.
.O estado actual é um monstro
deformado e decadente, sempre
doente. Os seus órgãos revolve-
ram-se e permitiram a sobrevi-
vência no seu seio de formas
cadavéricas e retardatárias que
vampirizam as novas e travam a
evolução do conjunto. Por outra parte permitiu-se que su-
bestruturas demasiado jovens, quase em etapa infantil,
tomassem o controlo do Estado sem maturidade nem se-
riedade, carentes de experiências e desenvolvimento in-
terior, conduzem os povos de desastre em desastre, jogam
e ameaçam com armas assustadoras, desafiam o Universo,
mas retrocedem atónitas perante um círio aceso na escu-
ridão de um grande recinto, temem a morte e a pobreza.
. Os governos passam, mas a ignorância, a fome, o frio,
o desespero de não saber para que se vive, fica.
. Enquanto no mundo existir ignorância, sectarismo, fa-
natismo, racismo, postos de governo assalariados, haverá
desgraças para os povos e opróbrios vergonhosos para os
Governos.
. A autoridade não emana da opinião, mas do juízo. E o
juízo é o recto colocar da consciência da Natureza. Deste
modo, a autoridade emana da Natureza; o poder pertence
a quem sabe.
. Se se constrói uma moral forte,
uma boa economia e uma sociedade
justa, o banditismo político não tem
onde cravar as suas raízes. São ne-
cessárias menos palavras e trâmites
legais, e mais amor pela humani-
dade, mais ordem e honradez.
. Na Política, a primeira noção de
Indivíduo nasce de uma per cepção
de algo que rodeia e transcende o
próprio limite, quando se reconhece
o panorama social como algo alheio,
mas que ao mesmo tem po o contém
e do qual participa. Assim, o conhe-
cimento de si mesmo, está condicio-
nado à libertação do Eu da penumbra
biológica colectiva, não para se afas-
tar dos de mais, mas para integrar um
todo harmónico e inteligente.
. O Povo não vota em alguém que conhece, mas numa
imagem propagandística, num sorriso, ou em quem é su-
ficientemente imoral que prometa maravilhas obtidas sem
esforço.
. Nenhum tirano exercitaria as suas sangrentas tragico-
médias se não existisse o coro de imbecis que festejasse
isso, e o de cobardes que fogem disso. Um silêncio sereno
e um sorriso evidentemente forçado desarmariam o seu
braço, tornariam grotescas as suas arrogâncias e os seus
uivos de omnipotência.
. A economia é um meio de criação e preservação de
estruturas, mas jamais um fim em si.
. A riqueza não deve ser de quem a produz mas de
quem necessita dela. Na ordem e na boa vontade existem
imensos mananciais de bem-estar, não somente moral,
mas político e económico.
. Deitar abaixo uma casa velha e substituí-la por outra
mais nova não é desprezá-la, mas fazê-la reencarnar numa
Publicação da Associação Cultural Nova Acrópole | Distribuição gratuita | Jan’13 Nº 5
forma mais elevada. Assim, as presentes formas políticas,
com as suas estreitezas que enchem de angústia milhões
de homens de todas as condições, não podem durar muito
mais agregando «camadas de pintura»; urge renová-las
profundamente, urge uma renovação total.
. Compreendendo que o Governo não é o poder de uns
homens sobre outros, mas a imagem ordenadora e direc-
triz da vontade do conjunto, devemos considerar como
suas funções a obrigação de manter a unidade do Estado
e propiciar e expandir para a generalidade tudo o que de
positivo se manifeste nos seus integrantes. Devemos ver
mais de perto a conversão da potência em acto, da ideia
em palavra, da força em trabalho, do amor sentimental
em fraternidade total.
. Toda a melhoria da Sociedade começa com a melhoria
do Indivíduo; não existem fórmulas colectivas de salvação.
Mas existe a possibilidade individual de lutar contra a pró-
pria imperfeição para conseguir, assim, elevar-se sobre o
momento actual e sobre a própria derrota.
. Organização não é massificação, não é imposição de
uns sobre os outros, organização é ajuda. As mãos são
opostas mas, no entanto, organizam-se para pegar em
algo; se tivéssemos duas mãos dirigidas para o mesmo
lado, dificilmente poderíamos pegar em alguma coisa.
. Da mesma forma como os rios correm para o mar, os
Estados devem ir uns em direcção aos outros, e todos
rumo à Fraternidade Universal.
. A Justiça não é uma natureza, mas um atributo pró-
ximo e inerente a uma natureza. A Justiça é, na verdade,
o primeiro atributo de qualquer natureza ou existência, e
é o Ser da mesma. Esse Ser, enquanto objecto de conheci-
mento, é já uma relação e converte-se em Justiça sensível.
.Às vezes é mais fácil ser bom ou mau do que ser Justo.
Sem o sentido da Justiça, a verdadeira Bondade, a Justiça
espiritual, aquilo que pode dar a cada um o que lhe cor-
responde, num sentido de bondade e altruísmo, é o mais
difícil de alcançar.
. No homem, mais além do seu corpo, da sua vida, da
sua emoção e da sua razão, existe um Eu espectador e or-
denador de actos no qual radica o Ser-Justiça, e ao qual se
devem submeter as relações harmónicas dos seus pró-
prios reflexos nas quatro possibilidades assinaladas. Justiça
individual será, então, um coexistir de subestruturas de
acordo com as suas próprias naturezas particulares, mas
finalizadas num Eu que as unifica e que é o Ser-Justiça das
mesmas.
. Para a concepção de delito os factos não devem ser
considerados senão em relação directa com o actuante. E
quanto mais capacitado e mais qualificado for o mesmo,
mais estrita deverá ser a pena, pois ela não é aplicada como
uma vingança ou reprimenda, mas para a segurança de
todos e reprocessamento moral e psicológico do culpado.
. Se Justiça é dar a cada um o que lhe é próprio, não de-
vemos dar ao homem outra justiça senão a humana, ou
seja, a que pela sua natureza lhe corresponde. Não pode-
mos tratar o Homem como uma máquina, negando-lhe a
capacidade de se auto-melhorar, nem como a um Deus,
acreditando que pode fazê-lo sozinho e espontaneamente.
Jorge Angel Livraga
(1930-1991)
Fundador da Nova Acrópole
Nova Acrópole promove voluntariado«O autênico conhecimento interior começa pelo serviço aos outros.»
Jorge Angel Livraga
A Nova Acrópole desenvolve um trabalho coninuado de voluntariado em vários sectores de acividade, nomeada -men te no apoio aos mais carenciados e no âmbito ecológico. A sua acção estende-se a mais de sessenta países domundo e enquadra-se no actual fenómeno posiivo de uma cultura de voluntariado que invoca a necessidade de ir -mos construindo uma sociedade mais justa e humana.
Formamos parte desse núcleo da sociedade que nãose limita a falar de solidariedade, tolerância, generosi-dade, mas que praica esses valores e vai edificando umesilo de vida propício à descoberta da nossa verdadeirarealidade como seres humanos. Não se trata de umamoda, mas da necessidade de sermos coerentes, simples,autênicos, integrados com a Natureza, deitando por terraas máscaras que o consumismo e a comodidade criaramnas úlimas dé cadas.
Visite o nosso site e informe-se como paricipar nanossa área de voluntariado:
htp://www.nova-acropole.pt/voluntariado.html
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Acção de voluntariado na casa de Diana SantosOs membros da Nova Acrópole de Lisboa pariciparam numa acção de voluntariado social no passado mês de
Dezembro: a reconstrução de uma casa no Feijó para que esta ficasse adaptada e acessível às necessidades especiaisde uma das residentes.
Diana Santos, uma jovem de 28 anos que se encontra tetraplégica desde 9 de Abril de 2011, dia em que umtrágico episódio mudou drasicamente a sua vida: foi baleada pelo próprio pai. Foram três as balas que a aingiram,a úlima das quais foi fatal, visto que atravessou a ariculação do maxilar indo embater na quinta vértebra cervical.Diana vivia o dia-a-dia de tratamentos numa unidade de cuidados coninuados no Monijo sem esperança no futuro,pois a sua casa não estava funcional e adaptada à sua condição actual, pensando que teria que ali residir até ao fimda sua vida. No entanto, depois de a sua história ter sido exposta num programa de televisão, Carlos Fernandes, obenemérito desta acção, contando com a orientação de Rui Caldeira, o empreiteiro da obra, decidiu avançar com ainiciaiva de adaptar toda a estrutura da casa à circulação de uma cadeira de rodas, bem como tornar todos osequipamentos funcionais e acessíveis à condição actual da Diana. A Nova Acrópole aderiu à iniciaiva e contribuiucom aquilo que de melhor podia oferecer: mão-de-obra moivada e com grande força de vontade.
O programa «Querida Júlia» apresentou a reportagem desta acção de voluntariado no dia 4 de Janeiro, estandodisponível no site oficial da SIC:
htp://sic.sapo.pt/Programas/Queridajulia/2013/01/04/a-casa-nova-da-diana
ACTIVIDADES LISBOA | JANEIRO / FEVEREIRO 2013
www.nova-acropole.pt
Dia 23/1 | quarta-feira | 19h30
Conferência imprevista
A Felicidade e a Nova Idade Média
Por Paulo ALexandre LouçãoEscritor, invesigador e
Coordenador da Nova Acrópol de Lisboae
Entrada livre_______________
Dia 24/1 | quinta-feira | 17h30
Início de Curso
Como ler a ArteHindu e Budista
Por José Carlos Fernández
e Ricardo Louro Marins
Acividade organizada peloCentro de Estudos Orientais «Vyasa»
[Curso em 12 sessões; quintas das 17h30 às 19h30]
Inscrições abertas_______________
Dia 30/1 | quarta-feira | 19h30
Início de curso
Filosofia e Psicologia PráicasA sabedoria viva das anigas civilizações
Por Paulo Alexandre Loução
[Curso em 16 sessões; quartas das 19h30 às 21h30]
Inscrições abertas
Todas as quartas-feiras, às 19h, apresentaçãodeste curso com entrada livre
Dia 26 e 27/1Sábado 10h-13h - 15h-18h
Domingo 10h-13h
Workshop
Florais de BachPor Carmen Morales
Terapeuta e Formadora da Nova Acrópole
Inscrições abertas_______________
Dia 27/2 | quinta-feira | 18h30
Início de curso
Exercícios Práicos paraFalar Bem em Público
Por José Carlos Fernández
Director Nacional da Nova Acrópole
Inscrições abertas[Curso em 8 sessões; quintas das 18h30 às 20h30]
Nova Acrópole Lisboa
Av. António Augusto de Aguiar, 17 - 4º esq.1050-012 Lisboa(Perto da Estação de Metro «Parque»)Telefone 213 523 056E-mail: lisboa@nova-acropole.pt
Dia 15/2 | sexta-feira | 19h30
Conferência
Os Ideais do RenascimentoPor Harry Cosin
Professor Catedráico e Director doPrograma Internacional «Alexandria»
Entrada livre_______________
Dia 16/2 | sábado | 10h às 13h
Seminário
7 Chaves para Compreendero Renascimento
Por Harry Cosin
Inscrições abertas_______________
Dia 20/2 | quarta-feira | 19h00Conferência de apresentação pública
do programa de formação «Kairós»
Como Encontrar a Vocação --Desenvolvimento Pessoal
[Acividade a realizar em local a designar]
Entrada livre_______________
Dia 10/2 | domingo | 10h00
Visita guiada
Jardins Iniciáicosda Quinta da Regaleira
Por José Manuel AnesDoutor em antropologia da religião
Inscrições abertas
Dia 27/2 | quarta-feira | 19h00
Início de Curso
Programa «Kairós»*de Desenvolvimento Pessoal[Curso em 24 sessões; quartas das 19h às 22h]
Inscrições abertas*Programa para jovens até aos 30 anos
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