Post on 21-Apr-2015
Projeto
Levantamento Epidemiológico das Condições de Saúde Bucal da População
de Montes Claros - MG/2008-2009
Profa. Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins
Coordenadora
Profa. Silvia Nietsche
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
46º Fórum Nacional de Reitores da ABRUEM
(OMS, 1997)
INTRODUÇÃO
Dados Epidemiológicos
Planejamento, organização e monitoramento de serviços
Contribuindo para a elaboração de políticas compatíveis com os reais problemas de
Saúde bucal de uma localidade
Estabelecimento de prioridades
Alocação de recursos
Orientação de programas
População: 363.227 habitantes
INTRODUÇÃO
Montes Claros
(IBGE, 2009)
GERAL
Produzir informações sobre as condições de saúde bucal da população e subsidiar o planejamento de ações de saúde bucal nos diferentes níveis de gestão do SUS.
Contribuir na perspectiva da estruturação de um sistema de vigilância epidemiológica em saúde bucal em Montes Claros.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Estimar
• A distribuição média da cárie dentária
• A prevalência
– da necessidades de tratamento dentário
– de alterações gengivais (5 anos)
– da doença periodontal (12, 15-19, 35-44 e 65-74 anos)
– de oclusopatias (5, 12 e 15 anos)
– de fluorose dentária (12 e 15-19 anos)
– da necessidade e do uso de prótese (15-19, 35-44 e 65-74 anos)
– das lesões da mucosa bucal e peribucal
• Subsidiar pesquisas e planejamento de ações em saúde bucal
Parceria entre Unimontes e Prefeitura Municipal
Financiado pela FAPEMIG / PMMC(Edital PPSUS nº005/2006)
Aprovado pelo Comitê de Ética da Unimontes(Parecer 318/06)
Metodologia baseada no SB Brasil e OMS
Amostra probabilística aleatória simples por conglomerados
Entrevistas e exames em idades índices e faixas etárias
MÉTODOS
MÉTODOS
19 examinadores
3 Instrutores
19 anotadores
Calibração
• 20 horas
• Exposição sobre
critérios diagnósticos
(OMS 1997)
• 30 horas
• Fixação
• Esclarecimentos
• Foram utilizados
- fotografias - formulários / exames
• Foram examinados
-120 escolares -120 adultos
1º Etapa: inter 2º Etapa : inter e intra • Cada voluntário
- Examinado/máximo 5 x
• CCI
• Kappa
• Kappa ponderado
Treinamento prático
Treinamento teórico
Coleta de dados
33 examinadores
20 anotadores
Cálculo da concordância
Foi desenvolvido para agilizar coleta de dados e construção simultânea do banco de dados em computador de mão (palmtop)
Possibilita a coleta de informações de 413 variáveis em 28 sessões
Propriedade intelectual da FAPEMIG, Unimontes e dos autores, com registro de direitos autorais (em andamento)
Maximiza a validade da pesquisa, podendo ser considerado “inteligente”
MÉTODOS
Programa de computador
Foram conduzidos 4509 exames e entrevistas em domicílios
MÉTODOS
Coleta de dados
SBMOC / SBBRASIL
• 18 a 36 meses: 0,30 (± 1,10) / 1,07 (± 2,40)
• 05 anos: 1,50 (± 2,60) / 2,80 (± 3,49)
• 12 anos: 1,25 (± 1,67) / 2,78 (± 3,12)
• 15 a 19 anos: 3,40 (± 3,60) / 6,17 (± 4,82)
• 35 a 44 anos: 16,50 (± 7,50) / 20,13 (± 7,74)
• 65 a 74 anos: 23,30 (±11,90) / 27,79 (± 6,71)
Distribuição média da cárie e desvios padrões
PRINCIPAIS RESULTADOS
ceo e CPOD foram menores / desvio padrão foi maior entre idosos
SBMOC / SBBRASIL
• 18 a 36 meses: 16,70 / 17,11
• 5 anos: 27,37 / 18,00
• 12 anos: 25,55 / 24,17
• 15 a 19 anos: 27,43 / 24,91
• 35 a 44 anos: 21,27 / 15,13
• 65 a 74 anos: 4,25 / 4,06
Média de dentes sem necessidade de tratamento
Só não foi maior entre crianças de 18 a 36 meses
PRINCIPAIS RESULTADOS
Idade
5 a 6 anosMontes Claros 2009 58,80% livres de cárie (ceo-d = 0)
Metas OMS 2000 50,00% livres de cárie (ceo-d = 0)
12 anosMontes Claros 2009 CPO-D médio = 1,25
Metas OMS 2000 CPO-D médio menor que 3,0
18 anos
Montes Claros 2009 84,20% com P=0 (todos os dentes presentes na boca)
Metas OMS 2000 80,00% com P=0 (todos os dentes presentes na boca)
35 a 44 anosMontes Claros 2009 78,00% com 20 ou mais dentes presentes na boca
Metas OMS 2000 75,00% com 20 ou mais dentes presentes na boca
65 a 74 anos
Montes Claros 2009 09,30% com 20 ou mais dentes presentes na boca
Metas OMS 2000 50,00% com 20 ou mais dentes presentes na boca
Metas propostas pela OMS/FDI para o ano 2000
PRINCIPAIS RESULTADOS
Só não foi alcançada entre idosos
SBMOC / SBBRASIL
• 15 a 19 anos: 84,07 / 69,17
• 35 a 44 anos: 50,42 / 31,11
• 65 a 74 anos: 7,75 / 7,00
PRINCIPAIS RESULTADOS
Proporção de sextantes sadios (CPI)
Foram superiores em todas as faixas etárias
SBMOC / SBBRASIL
• 15 a 19 anos superior: 2,10 / 9,26
• 15 a 19 anos inferior: 5,60 / 23,41
• 35 a 44 anos superior: 39,90 / 35,83
• 35 a 44 anos inferior: 62,60 / 70,99
• 65 a 74 anos superior: 53,60 / 32,40
• 65 a 74 anos inferior: 63,70 / 56,06
PRINCIPAIS RESULTADOS
Proporção de indivíduos que necessitavam de próteses
Foi maior entre adultos e idosos
SBMOC / SBBRASIL
• 12 anos: 41,00% / 58,14%
• 15 a 19 anos: 31,60% / 53, 23
PRINCIPAIS RESULTADOS
Proporção de indivíduos com maloclusão
Foi menor
SBMOC / SBBRASIL
• 12 anos: 46,10 / 8,56
• 15 a 19 anos: 43,80 / 5,14
PRINCIPAIS RESULTADOS
Proporção de indivíduos com fluorose
Foi expressivamente maior
• O projeto:
– Foi um marco na história da epidemiologia bucal de Montes Claros
– Trata-se da mais ampla e completa pesquisa sobre a saúde bucal já empreendida no
Município
– Permitiu conhecer as condições de saúde bucal da população do município
– É uma base para a estruturação da vigilância epidemiológica em saúde bucal
– Proporcionou aos participantes o pronto atendimento nos casos de lesões de mucosa,
principalmente as de comportamento cancerizável ou o câncer bucal
• Os profissionais da área da saúde, educação, planejamento e administração,
podem utilizar os resultados da pesquisa para planejar e executar atividades de
promoção de saúde, preventivas, curativas e de educação para a saúde
APLICABILIDADE NO SUS
Proporcionou a capacitação de 25 CDs do serviço público:
– para diagnóstico e possível tratamento das lesões de interesse estomatológico
– para participação e ou condução de futuros levantamentos epidemiológicos
• O projeto
– Estimulou a capacidade crítica e de planejamento dos profissionais da Odontologia
inseridos no serviço público de saúde e dos alunos envolvidos
– Promoveu aproximação da universidade com o serviço municipal de saúde
• O banco de dados poderá gerar outras produções científicas, permitindo
– maior compreensão dos fatores associados às condições de saúde bucal da população
– subsidiar o planejamento de futuras políticas de saúde
PRODUTOS
• Os resultados são de fácil compreensão e de interesse do público leigo e dos gestores
do serviço municipal de saúde
• O projeto alcançou seus objetivos
• Os dados permitiram situar o município em relação aos dados nacionais
• Os indicadores de saúde bucal foram, em geral, melhores que os registrados no Brasil
• Há ainda altas prevalências de doenças bucais, demandando atenção especial
• Os resultados subsidiarão planejamentos de ações
• O banco de dados será utilizado em pesquisas futuras
CONCLUSÃO
Coordenadora: Profa. Dra. Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins email: martins.andreamebl@gmail.com.br
Prof. Dr. Alfredo Mauricio Batista de Paula
Prof. Dr. André Luiz Sena Guimarães
Profa. Msa Cássia Pérola dos Anjos Braga
Profa. Msa Desirée Sant’Ana Haikal
Prof. Ms. José Mendes da Silva
Profa. Msa Marise Fagundes Silveira Profa. Msa Tânia Coelho Rocha Caldeira
Grupo de Pesquisa Vigilância da Saúde