Post on 14-Dec-2014
ESCOLA ESTADUAL JOHN KENNEDY- INEP: 29153913
AV. PROFESSOR MESQUITA, 471
INHAMBUPE –BAHIA
MARIA EUNICE LIMA SALDANHA
MARIA LEIDE JESUS DE FIGUEIRÊDO
MARIA JOSÉ TORRES DA CRUZ
MARIA JOSÉ NASCIMENTO ROCHA BRAGANÇA
RAFAEL DA SILVA JÚNIOR
VALDELEIDE JESUS DE FIGUEIRÊDO MARTINS
PREVENÇÃO DO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
INHAMBUPE2013
1. Introdução
Este projeto foi elaborado pelos professores da Escola Estadual John Kennedy
em Inhambupe – Bahia, participantes do Curso de Prevenção do Uso de Drogas para
Educadores de Escolas Públicas, uma parceria da Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça com a Secretaria de Educação Básica do
Ministério da Educação (MEC), executado pelo Programa de Estudos e Atenção às
Dependências Químicas (PRODEQUI)/PCL/IP da Universidade de Brasília - UnB.
Para o desenvolvimento deste projeto foi escolhido como Eixo principal de Ação:
Integrando a prevenção no currículo escolar – Eixo 2. Para inserir o educando como
protagonista do processo de construção da sua própria aprendizagem foi escolhido
também o Eixo: 1 – Participação juvenil e a formação de multiplicsdores, com o
propósito de instigar o educando a atuar de forma ativa e participativa na luta contra as
drogas. Para tanto, todas as disciplinas podem fazer a articulação da temática
enfatizando a prevenção do uso de droga com os conteúdos curriculares, tendo como
um dos focos a prevenção da saúde.
A implementação deste projeto tem início no ano letivo de 2013 e, de acordo a
comunidade escolar pode ser integrado nas ações pedagógicas desta instituição de
ensino nos anos subseqüentes.
Com este trabalho pretende-se promover, uma educação preventiva e a
conscientização sobre os efeitos e consequências maléficas causadas pelas drogas. Para
tanto, é preciso desenvolver ações conjuntas entre família, escola e comunidade.
Também, visa conscientizar os educandos sobre os fatores de riscos, prejuízos e efeitos
que as drogas causam às pessoas e a sociedade.
1.2 Contextualização
1.2.1 Conhecendo o educando e identificando a rede social da escola
Com relação ao nível socioeconômico e aos aspectos socioculturais desse
público, é uma clientela carente e que não demonstra sonhar com um futuro promissor
por falta de incentivo da família (muitos vêm à escola por causa da bolsa escola). Uns
residem perto da escola e outros na Zona Rural. Os alunos do noturno têm a
aprendizagem lenta, pois chegam à escola cansados, depois de enfrentarem uma jornada
de trabalho árdua no campo e em casa de família.
A escola conhece uma boa parte das famílias dos estudantes, pois são sempre
convidadas para participar de reuniões e eventos. Essa participação é de mais ou menos
50%. O não comparecimento é justificado devido ao trabalho dos pais.
O desempenho dos educandos dos turnos diurnos é regular, as atividades
escolares que demonstram maior interesse são: jogos, gincanas, pesquisas, atividades
práticas individuais e coletivas. Também demonstram interesse ao participarem das
atividades de coletas de alimentos (prova antecipada da gincana) com a finalidade de
doar às famílias carentes.
Como educadores cremos que não conhecemos nossos alunos como deveríamos
conhecê-los, pois só nos encontramos aqui na escola. Porém, no espaço escolar sempre
estamos observando as atitudes e o comportamento deles tentando ajudá-los.
Entendemos que é fundamental a escola estar atenta ao comportamento dos
alunos que uma grande parte é adolescente, observando-os para desenvolver as ações
condizentes com as necessidades, tendo como “objetivo compreender o papel do
adolescente como cidadão e sujeito ativo na transformação da escola e da comunidade.”
(MÓDULO 2 - Conhecendo o adolescente. Curso de drogas).
1.2.2 A escola: o uso de drogas e fatores de risco e proteção do contexto escolar
A Escola Estadual John Kennedy está situada na Avenida Professor Mesquita
471, em Inhambupe-Bahia. Foi construída na administração do prefeito Tenório Batista
Lima. Recebeu esse nome para homenagear o Presidente dos Estados Unidos John
Kennedy, que na década de 60 através de uma aliança entre os países da América
agraciou algumas cidades do Brasil com verbas para a construção de escolas, praças e
outras entidades públicas. Inhambupe recebeu a verba destinada para a construção da
nossa escola.
Esta Unidade Escolar possui oito salas de aula, uma sala de direção, uma
secretaria, uma sala para encontro de professores, uma cozinha, dois depósitos, três
banheiros (um masculino, um feminino e um para professores e funcionários), uma
biblioteca, um laboratório de informática, uma quadra de esporte e uma área coberta
para recreação e eventos.
Trata-se de uma escola de Médio Porte, que desenvolve as atividades
pedagógicas para alunos do Ensino Fundamental II e EJA II - Educação de Jovens e
Adultos de 5ª a 8ª série. Funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno, com
setecentos e noventa e quatro alunos, com a faixa etária de dez a cinquenta anos de
idade, dentre os quais o maior número é do sexo feminino.
Também possui uma equipe de vinte e três funcionários: uma diretora, uma vice-
diretora, quatorze professores (com a formação em licenciatura plena e com pós-
graduação), um secretário, dois servidores administrativos, uma cozinheira e sete
servidores em serviços gerais (porteiros e zeladores).
Na comunidade escolar, observamos como fatores de risco (aspectos frágeis) a falta de
interesse pelo estudo, mudanças de comportamento, alunos que filam aula, não aceitam
repreensão, conselho, e com isso, o risco de violência e fracasso na aprendizagem.
1.3.3 Justificativa
Na comunidade escolar, observamos como maiores fatores de risco que podem
gerar a violência, problema de saúde, problema social e o fracasso na aprendizagem.
Assim, este projeto surgiu da compreensão sobre a necessidade de conscientizar os
adolescentes no que se refere ao perigo que as drogas causam aos indivíduos.
A escola é o lugar idôneo para um trabalho educacional de prevenção do uso de
drogas, pois quem compõe a escola são pessoas, e estas podem ou não ter idoneidade,
por isso à escola tem um papel básico no processo educativo. (ANTÓN, 2000).
Adriana Dias, em seu artigo Educação e Prevenção: A Questão Drogas nas
Escolas, para discorrer sobre a questão das drogas nas escolas, se fundamenta em
(ÁVILA, 1998, p.152), que explica “[...] a iniciação do consumo de drogas está em torno
dos 12 anos, e que a escola tem certa vulnerabilidade em relação a isso, já que a escola
faz uma ligação entre família, sociedade, cultura e profissão; e o tráfico encontra em
suas proximidades sua melhor clientela [...]”.
Assim, por se tratar de uma clientela de adolescentes sem maturidade, cheios de
sonhos, fantasias, com carência afetiva, dentre outros problemas, são vulneráveis a
sedução para experimentar a droga.
A escola tem um papel muito importante que é o de formar cidadãos autônomos,
autores na construção do saber sistematizado. Por isso, esse assunto deve ser trabalhado
no contexto escolar com a finalidade de contribuir para auxiliar os educandos na
prevenção, como caminho necessário para evitar entrar no mundo das drogas, bem como
para os já viciados refletir sobre os prejuízos que as drogas causam ao indivíduo.
2. Aspectos Teóricos
Droga é qualquer substância que administrada ao organismo produz
modificações em suas funções. Mas o que usualmente é chamado de droga equivale em
Medicina, à “droga psicotrópica” conhecida também como “tóxico”. “Psico” vem de
uma palavra grega que significa “mente” e “tropica” quer dizer “atração”. Essas drogas
agem no sistema nervoso e modificam a maneira de sentir, pensar ou agir. (LINHARES;
GEWANDSZNAJDER, 2005, p. 526)
Algumas drogas podem provocar tolerância, outras podem provocar
dependência. Segundo Valadão, (2005:116-117 apud SILVEIRA; CEBRID, 2000):
“[...] tolerância é a necessidade de aumentar progressivamente a dose da droga para
conseguir o mesmo efeito. Já a dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma
droga, de forma contínua ou periódica. [...] As duas formas principais em que ela se
apresenta são a dependência física e a dependência psicológica”.
O conceito de dependência está ligado necessariamente às ações farmacológicas
conhecidas e à integração entre os efeitos do produto e da vida pessoal e social do
individuo que a utiliza. (ÁTON, 2000, p.23 apud ALARCÁN, FREIXA E SOLER
1981). Para o autor, a dependência não é o produto que apresenta efeito imediato ou
agudo da substância nem do comportamento que leva o indivíduo a experimentar
repetidamente esses efeitos. Segundo Áton (2000, p.23 apud ALARCÁN, FREIXA E
SOLER 1981): “É uma situação complexa na qual a estrutura social em que o individuo
está imerso, as relações grupais e a exposição do produto por interesses econômicos
formam um feixe que expressa às dificuldades de comportamento do toxicômano.“
A Organização Mundial de Saúde entende por farmacodependência o estado
psíquico, e às vezes físico, provocado pela reação recíproca entre um organismo vivo e
uma droga. Esse estado se caracteriza por alterações de comportamento e outra reações,
compreendendo sempre um impulso e irreprimível de tomar a droga de maneira
contínua ou periódica, a fim de experimentar seus efeitos psíquicos e, às vezes para
evitar o mal estar produzido pela privação. As características da substância são
importantes para explicar o vicio de consumi-la, mas há outras variáveis fundamentais
que explicam esse processo. Entre elas estão a função inicial desse consumo e as
característica pessoais do individuo (repertórios básicos de conduta). ÁTON (2000,
p.22)
Antón, explica que, KRAMER e CAMERON (1975), indicaram quatro
tendências para entender a magnitude do problema sobre as drogas com base em
sondagem epidemiológica.
1. A partir dos anos cinqüenta observaram-se em muitos países um aumento do consumo de drogas e novas tendências com relação a seu uso. Na maioria dos casos, os novos usos vieram somar-se aos modos tradicionais de consumo de cada cultura ou sociedade. Assim, drogas que há muito tempo têm sido utilizadas em lugares (álcool).2. Outra nova tendência é o uso de todos os tipos de drogas que causa dependência pelos pré-adolescentes e adolescentes.3. Uma terceira característica nova é que muitos adolescentes e jovens manifestam pouco interesse em manter o status social.4. Em quarto lugar, observa-se a tendência ao consumo de diversas drogas pela mesma pessoa. (ÁNTON apud KRAMER e CAMERON 1975, p. 35)
Para o autor, essas tendências, além da disponibilidade de uma grande variedade
de drogas psicoativas e da rapidez e facilidade das comunicações e dos transportes,
contribuíram para aumentar a complexidade do problema da droga.
Dentro do âmbito escolar as drogas também podem causar dependência e, seus
malefícios não se limitam apenas aos usuários, mas atinge de forma danosa toda a
comunidade e ambiente. Dessa forma, é fundamental entender que a escola constitui-se
como um espaço prioritário para desenvolver ações de prevenção e implantação de
intervenções no combate a droga, de forma que transforme a escola em um lugar
prazeroso, que promova bem-estar a toda a comunidade escolar. Para tanto, também é
interessante fornecer subsídios aos educandos para a compreensão sobre a importância
da saúde.
O tema saúde está integrado a outros fatores que compõem a vida (cultura,
valores, espaço social) e não pode ser visto de modo isolado, portanto, há necessidade
de se estabelecer um elo entre eles. A articulação desses fatores no currículo da escola,
com incorporação de todas as áreas do conhecimento que o estruturam, dá formato a um
currículo “vivo”, em que os conteúdos curriculares não são vistos como um fim em si
mesmo, mas como meios básicos para constituir competências cognitivas ou sociais.
(MÓDULO 4, Unidade 12, p. 202)
Prevenção do uso de Álcool e outras Drogas, é um tema interdisciplinar e, sendo
assim, pode ser integrado ao tema saúde bem como às diferentes áreas do conhecimento
de forma motivadora e coerente com os interesses e com as necessidades dos alunos. A
escola como parte de um conjunto social deve ter o compromisso com a melhoria da
qualidade de vida das pessoas da comunidade e para isso, é importante que também
participe de projetos mais amplos nas políticas públicas.
3. Objetivos
3.1 Objetivo Geral
Desenvolver no indivíduo a consciência crítica e a capacidade de escolha, de forma que tenha possibilidade de tomar decisões que evitem riscos e favoreçam a saúde.
3.2 Objetivos Específicos
Reunir com os gestores e educadores para planejarem o projeto sobre as drogas;
Aplicar um questionário com os alunos para coletar informações sobre os suspeitos usuários;
Fazer a abertura do projeto com um profissional da saúde fazendo uma palestra com o tema em questão para a prevenção;
Reconhecer o conceito de drogas;
Identificar os tipos de drogas e os prejuízos a saúde que elas causam, levando até a morte;
Desenvolver as produções dos textos;
Confeccionar painéis e cartazes;
Fazer a exposição das atividades desenvolvidas por cada grupo;
Desenvolver o senso crítico sobre as drogas;
Estudar e debater o tema (drogas), levando todos os participantes dos grupos a participarem, dando sugestões, para que aconteça um bom desempenho durante o seu aprendizado;
Exercitar a expressão e o raciocínio;
Dividir as oficinas em equipes e cada uma desenvolver temas diferentes;
Reconhecer a importância dos alimentos para uma boa saúde;
Demonstrar interesse na construção da feira livre;
Demonstrar o gosto pelos jogos, músicas, danças, brincadeiras, teatro e pela dramatização;
Reconhecer que através dos esportes, do lazer, da cultura e da arte podemos ser cidadão construtor da nossa identidade e que somos responsáveis pelas ações praticadas na sociedade que vivemos.
4. Metodologia
O Projeto Interdisciplinar: Saúde integral e prevenção do uso de álcool e outras drogas, no primeiro momento problematizará o tema Drogas para fazer um diagnóstico sobre o conhecimento prévio dos alunos, que servirá para a sistematização das ações preventivas que serão desenvolvidas durante o ano letivo e terá continuidade nos anos seguintes (ver cronograma).
Para embasamento das atividades propõe-se para ações preventivas por meio de cinco grandes eixos de ação que organizam intervenções preventivas em diferentes áreas de atuação:
EIXO 1 – Participação juvenil e a formação de multiplicadores.
EIXO 2 – A integração da prevenção no currículo escolar.
Estes eixos seguem a proposta metodológica das redes sociais, visando o
fortalecimento da ESCOLA EM REDE. Esta atividade pode ser desenvolvida mediante
diversas intervenções, as quais, por sua vez, envolvem diferentes atores e atividades.
(MÓDULO 4, Atividade colaborativa de Aprendizagem). Os educadores podem
escolher um ou mais eixos, dependendo da ação pedagógica que será desenvolvida.
A partir da segunda etapa as atividade serão desenvolvidas com base nas
orientações do MÒDULO 4, Unidade 12, p. 202. Uma ação de prevenção na escola
alcança melhores resultados quando fundamentada em princípios como o descrito
abaixo:
1) Planejamento que envolva a integração de representantes dos diferentes
segmentos da escola: diretores, coordenadores, professores, funcionários, estudantes,
famílias e comunidade.
2) Ações direcionadas para os estudantes, as famílias e a própria comunidade
escolar.
3) Programas desenvolvidos em longo prazo, durante todo o processo escolar,
com ações específicas para cada faixa etária.
4) Intervenções projetadas para reduzir fatores de risco de abuso de drogas e
aumentar fatores de proteção à saúde.
5) Conteúdo que abranja as diferentes formas de abuso de drogas, incluindo as
legais e as ilegais e dando prioridade às mais consumidas na comunidade.
6) Integração do trabalho de prevenção em um conjunto de ações de promoção à
saúde.
7) Busca do fortalecimento da autoestima e do desenvolvimento da capacidade
de enfrentar problemas e de tomar decisões.
8) Inclusão de métodos interativos e informações objetivas e verdadeiras, sem a
intenção de amedrontar por meio de informações desatualizadas e preconceituosas.
Tendo conhecimento de que para preparar o aluno de forma que contribua para
sua saúde e segurança para minimizar os riscos ou danos associados ao álcool e outras
drogas, propomos algumas atividades também sugeridas no (MÓDULO 4, Unidade 12,
p. 202 - 203), que podem ser articuladas com as disciplinas do currículo.
1- Conhecer o que os alunos pensam. Em vez de preparar um discurso sobre
drogas e seus efeitos, ou trazer pessoas de fora para fazerem palestras, funciona melhor
dispor os alunos em círculo e estimular a participação de todos em um debate livre,
mediado e facilitado pelo professor. Por meio dessa atividade, é possível avaliar os
conhecimentos e as crenças dos alunos sobre as drogas, suas principais dúvidas e
necessidades e planejar atividades adequadas.
2- Considerar a realidade do aluno. Pedir aos alunos que, sem se identificar,
anotem em pequenos pedaços de papel quais as razões que levam as pessoas a abusarem
das drogas e quais os motivos que teriam para não fazê-lo. Recolher as respostas e, num
debate aberto, discutir com os alunos as suas observações, identificando os fatores de
risco e de proteção em relação ao uso de álcool e outras drogas e as maneiras de agir
diante deles.
3- Incentivar a reflexão. Trazer situações-problema sobre adolescentes que
usam exageradamente álcool ou outras drogas. Dividir em pequenos grupos e pedir que
façam uma dramatização sobre essas situações, dando um desfecho para a história.
Discutir a relação entre as histórias e a vida deles, procurando fazê-los pensar sobre os
efeitos e as consequências do uso do álcool e como reduzir os riscos. Essas ações
favorecem o desenvolvimento do senso crítico sobre a própria realidade e vivência, bem
como sobre as realidades locais e globais do problema.
4- Desenvolver o autoconhecimento. Fazer dinâmicas de grupo, discussões,
dramatizações e jogos que estimulem a reflexão dos alunos sobre seu comportamento e
sobre as influências que eles sofrem e exercem na sociedade, relativas ao uso de drogas,
bem como incentivar a busca de comportamentos saudáveis. Essas atividades devem
evitar depoimentos pessoais sobre o uso e em contrapartida favorecer uma análise
pessoal.
5- Estimular a construção do conhecimento. Levantar as dúvidas e as
informações que os alunos têm sobre as diferentes drogas. Motivar a curiosidade e o
interesse em buscar informações. Disponibilizar material de cunho científico, com
linguagem acessível, sobre as principais drogas usadas na nossa realidade. Dividir os
alunos em pequenos grupos e pedir que cada um estude algumas drogas e faça uma
síntese para os colegas, abordando os efeitos, as formas de uso, o status legal, a
disponibilidade, os riscos à saúde e à sociedade. No final, comentar cada síntese,
corrigindo as distorções e preconceitos.
6- Estimular a expressão de sentimentos e opiniões. Utilizar atividades
extraclasses como teatro, esportes, música, voluntariado, grêmios, artes plásticas,
gincanas, para promover o desenvolvimento da autoestima, da criatividade e da
participação social. Essas atividades, mesmo que não falem sobre drogas, são
importantes no desenvolvimento de habilidades sociais e de interesses que servem como
alternativas ao uso de drogas.
7- Apresentar conceitos realistas e não preconceituosos. Discutir com os
alunos os diferentes tipos do uso de drogas (uso esporádico, frequente, prejudicial,
crônico e dependência) e fazê-los entender que há drogas que podem fazer bem, como
medicamentos controlados por meio de prescrição médica, e que podem fazer mal,
como o uso abusivo de álcool, cigarro e outras drogas. Mostrar também que cada tipo de
uso tem diferentes consequências.
8- Desenvolver o tema “drogas” integrado aos conteúdos pedagógicos.
Explorar a transversalidade do tema relacionando-o com a vivência dos alunos e com os
conteúdos abordados em sala de aula. Exemplos: na aula de português, trabalhar a
interpretação de textos, com base em informações atuais e fundamentadas
cientificamente sobre o uso e abuso de drogas; na aula de ciências, fazer uma pesquisa
sobre a constituição e os efeitos do uso das principais drogas psicotrópicas; na aula de
educação física, relacionar a capacidade respiratória com o uso de cigarro, discutir o uso
de anabolizantes etc. Integrar o tema das drogas com outros conteúdos de saúde, como
alimentação, atividade física, orientação sexual, entre outros.
9- Estimular o interesse do aluno e o senso crítico. Promover jogos com
informações sobre drogas e discussões de notícias apresentadas pela mídia, fazendo os
alunos refletirem sobre a veracidade das informações, os exageros, os preconceitos e a
necessidade de se ter uma visão realista e correta a respeito do assunto.
5. CRONOGRAMA
ETAPAS DATA PROCEDIMENTO ATIVIDADES RECURSOS
Primeira Fevereiro
Reunião para apresentação do projeto e solicitar sugestões com a equipe de gestores, coordenadora e educadores.
Início do projeto (Drogas) (Planejamento das aulas e atividades).
Material humano
Quadro branco Papel ofício Apagador Piloto Caderno Caneta
Segunda Março
Aplicar questionário para coletar dados e sugestões sobre suspeitas de usuários na comunidade.
Questionário Papel ofício Caneta Lápis Borracha Apontador
Terceira Abril
Abertura do projeto.(Projeto Interdisciplinar: Saúde Integral e Prevenção do uso de Álcool e outras Drogas).
Palestra (com um enfermeiro)Depoimento de um ex-usuário.Distribuição de panfletos, folder, apresentação de Slaid.
Material humano
Papel ofício Computador Data shoou Pen drive
Quarta Maio
Os professores irão trabalhar com textos que façam articulação com o tema toda semana pelo menos uma aula na semana.
Textos (diversificados)Conceito de drogas.Identificar os tipos (licitas e ilícitas).Atividades extra-classe: músicas,danças,dramatização.
Livros Internet Papel ofício Material
humano Computador
Quinta Agosto
Os alunos em grupos vão produzir textos diversificados, fazer pesquisas na internet.
Exposições das atividades. (produção de textos, confecção de painéis e cartazes.)Músicas, danças e brincadeiras.
Material humano
Jornais Revistas Papel cartaz Piloto Cola Régua Livros
Sexta Setembro 1-juiz: Dirige e coordena o andamento do júri.2-Advogado de acusação: Formula as acusações contra o réu ou ré.3-Advogado de
Júri simulado
Recursos humanos
Pátio da escola Mesa Carteira Cadeira Caneta Papel ofício
defesa: Defende o réu ou ré e responde às acusações formuladas pelo advogado de acusação.4-Testemunhas: falam a favor ou contra o réu ou ré, de acordo com o que tiver sido combinado, pondo em evidências as contradições e enfatizando os argumentos fundamentais.5-Corpo de jurados: Ouve todo o processo e a seguir vota: Culpado ou inocente, definindo a pena. A qualidade do corpo de jurados deve ser constituído por número impar.6-Público: Dividido em dois grupos da defesa e da acusação, ajudam seus advogados a prepararem os argumentos para acusação ou defesa. Durante o júri,acompanham em silêncio.7- O promotor acusa ou defende o réu ou a ré.
Computador Internet Revista Jornais Livros
Sétima Outubro Os alunos formarão a divisão dos grupos com seus respectivos temas para fazerem as referidas produções dos trabalhos que serão desenvolvidos durante o período das oficinas. Em outro momento realização de exposição e
Oficina de:ÁlcoolFumoMaconhaCocaínaCrackRemédios controlados e outros.Atividades extra-classe (jogos).
Material humano Espaço para a
construção das oficinas.
Papel ofício Piloto Caneta Textos xerocados Cartolinas Caixas de
papelão Papel metro.
apresentações das atividades construídas pelos educandos.
Oitava Novembro
Dividir os trabalhos com os grupos que vão montar os stands. Distribuição de panfletosDivulgar informações à população sobre o uso indevido das drogas e onde encontrar ajuda.Pedir a presença dos pais para nós auxiliar e ajudar seus filhos.Pedir ajuda aos: Secretários municipais de saúde.Conselho tutelarAção socialPolícia militarTeatro durante a feira livre com ex- alunos da escola.
Feira Livre Tema: Saúde e Prevenção
Material humano Cartazes Fotos Material de
divulgação: Jornais Revistas Panfletos Outros Cadeiras Mesas
6. SUGESTOES DE CONTEÚDOS
O sucesso de uma proposta de trabalho como esta exige esforço integrado de toda a comunidade escolar, por meio de uma prática pedagógica dinâmica e que integre os conteúdos do tema ao currículo, de forma que promovam a valorização da saúde.
A - LINGUA PORTUGUESA
- Leitura de textos sobre violência no trânsito e álcool;- Elaboração de redações e poesias com essa temática,- Debates e apresentação de vídeos.
B – MATEMÁTICA
- Organizar gráficos com números de acidentes de trânsito e consumo de álcool;- Organizar tabelas com dados de ocorrências policiais nos dias de festas e feriados.
C – INGLÊS
- Tradução de textos com a temática “educação antidrogas”;- Traduzir e comparar letras de músicas que falam de problemas sobre drogas;- Propor aos alunos que pesquisem artistas e músicos de língua inglesa que tiveram problemas com abuso de remédios, álcool e drogas.
D – CIÊNCIAS
- Composição dos remédios;- Males do consumo excessivo de remédios;- Males do consumo de drogas;- Risco do consumo de álcool e cigarro durante a gravidez.
E – HISTÓRIA- História da produção de medicamentos;- Drogas nas civilizações antigas (gregos, romanos, babilônios, egípcios etc.);- Drogas em rituais mágicos nas comunidades indígenas;
F – GEOGRAFIA
- Origem das drogas no mundo e no Brasil;- Tráfico Internacional de drogas;
G - EDUCAÇÃO FÍSICA
- Doping nos esportes nacionais e internacionais;- Prejuízos do uso de anabolizantes.
H - EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
- Desenhos com a temática “educação antidrogas” e vida saudável;- Compor músicas, no estilo “hip hop” ou “repente do nordeste”.
I- NOVAS TECNOLOGIAS
- Males das drogas na história da humanidade;
- Origem do carnaval e demais festas nacionais e estaduais.
J- CONSUMO E CIDADANIA
- Patentes de medicamentos e biopirataria;
- Visão das religiões e o consumo de álcool e fumo.
L – MEIO AMBIENTE
- Poluição do ar;- Componentes do cigarro;- Processo de destilação e fermentação de bebidas;- Verificar o teor alcoólico de soluções (perfume, vinagre, vinho etc.).
M- IDENTIDADE E CULTURA
- A visão da bebida e do fumo nas religiões;- O papel das igrejas no apoio aos usuários de drogas;
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANTÓN, Diego Macià. Drogas: conhecer e educar para prevenir. São Paulo - SP: Scipione, 2000.
LINHARES, Sérgio, GEWA NDSZNADER, Fernando. Biologia: volume único: livro do professor. São Paulo: Ática, 2005.
MÓDULO 2 - Conhecendo o adolescente. Curso de drogas. Ministério da Educação e Cultura, 2012.
MÓDULO 4 – Integrando a prevenção no currículo escolar. Curso de drogas. Ministério da Educação e Cultura, 2012.