Post on 07-Apr-2016
Prof. Angela VersianiProf. Angela Versiani
GESTÃO GESTÃO EDUCACIONAL: EDUCACIONAL:
OS DESAFIOS DO OS DESAFIOS DO ENSINO ENSINO
SUPERIORSUPERIOR
A CENTRALIDADE DO TRABALHO
Trabalho constitui o fato sociológico fundamental
Molda a estrutura social regula o seu desenvolvimento objetivo
Cria uma ética, trabalho livre solapa a hierarquia entre atividades nobres e não nobres
A dinâmica do desenvolvimento nasce dos conflitos de quem controla o capital
Modelo de pesquisa centrado no trabalho
Noção de qualificação do trabalho: pólo da positividade e negatividade
Desqualificação é inerente ao processo de trabalho capitalista
Trabalho articulador das noções de qualificação e desqualificação
Negatividade PositividadeTrabalho como atividade de
humanização
Trabalho alienado e desqualificante
Trabalho como recriador da condição humana
Força de trabalho barato e facilmente substituível
Apropriação criadora da relação entre os homens
Conceitos fundamentais
Evolução do capitalismo
Modos de produção
Modos de desenvolvimento
AS METAMORFOSES E A CENTRALIDADE DO MUNDO DO TRABALHO
NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL E O TOYOTISMO
Toyotismo
Produção conduzida pela demanda e pronta para suprir o consumo
Existência do estoque mínimo, just in time, kanban, CCqs
Flexibilização da organização do trabalho
DESCENTRALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
Processo produtivo flexível – operário opera várias máquinas
A troca de paradigmasFordismo Especialização
FlexívelMercado Consumo em massa Nichos de mercado,
fragmentação
Produção Bens padronizadosGrandes estoquesControle qualidade produto final
Bens variadosEstoques mínimosQualidade do processo
Trabalho Tarefas fragmentadasDivisão rígida de autoridadeControle por normas e estatutos
MultiespecializaçãoDivisão informalControle via cultura organizacional
Estado IntervencionismoPolíticas nacionais regulando capital e trabalho
DesregulamentaçãoAfastamento das questões trabalhistas
Gestão Hierarquias verticalizadasCentralização
Células e projetosTerceirização
O informacionalismo
A FORMAÇÃO DO PARADIGMA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
REESTRUTURAÇÃO DO MODELO CAPITALISTA DE PRODUÇÃO
Tecnologia de geração de conhecimentos
Processamento da informação
Comunicação de símbolos
Ação de conhecimento sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade
Valorização do trabalhador do conhecimento
O Trabalhador do Conhecimento
Para atingir “sucesso”, deve ser capaz de Para atingir “sucesso”, deve ser capaz de identificar em si:identificar em si:
Principais “forças” (via análise de feedback)Principais “forças” (via análise de feedback)Estilo de execução (desempenho)Estilo de execução (desempenho)Capacidades (concentração - leitor/ouvinteCapacidades (concentração - leitor/ouvinteEstilo de aprendizagem (organização cognitiva – Estilo de aprendizagem (organização cognitiva – registro, rascunho, falar em público, etc.)registro, rascunho, falar em público, etc.)Características de vínculo (trabalho individual / em Características de vínculo (trabalho individual / em grupo; empresa pequena / empresa grande; função de grupo; empresa pequena / empresa grande; função de decisão / função de aconselhamento)decisão / função de aconselhamento)Valores pessoais (compatibilidade com os da Valores pessoais (compatibilidade com os da empresa)empresa)
TRABALHADOR DO CONHECIMENTO
Conciliar interesses e expectativas das pessoas e da Conciliar interesses e expectativas das pessoas e da
organização, mantendo foco sobre sua competitividade.organização, mantendo foco sobre sua competitividade.
Gerir e ampliar produtividadeGerir e ampliar produtividade Resgate: fatores para a produtividade do trabalhador do Resgate: fatores para a produtividade do trabalhador do conhecimento conhecimento (P. Drucker)(P. Drucker)::
Qual é a tarefa?Qual é a tarefa?Responsabilidade + autonomia: auto-gestão.Responsabilidade + autonomia: auto-gestão.Inovação continuada.Inovação continuada.Qualidade, além de quantidade.Qualidade, além de quantidade.O trabalhador como um ativoO trabalhador como um ativo..Aprendizado e ensino contínuos.Aprendizado e ensino contínuos.
Serviços rotineiros de produção
Serviços pessoais
Analistas Simbólicos
Tarefas repetitivas, passos pré-definidos. Indústria e escritório (programadores de software, digitadores, contas pagar etc)
Tarefas simples e repetitivas. Contato pessoal com usuários (motoristas, trabalhadores domésticos, enfermagem e fisioterapia)
Identificação e solução de problemas, corretagem estratégica. Venda no mercado mundial
Categorias de trabalhadores
Tendências no Brasil
Categoria 1985 2001 Crescimento
Analista simbólico
755667 1201662 59%
Rotina 10344296 11898162 15%
Escritório 4218378 4821986 14,3%
Serviços pessoais
9638406 16799144 74,3%
Serviços públicos
1288405 2649981 105,7%
Artistas e esportistas
119019 181431 52,4%
Participação da categoria no mercado total
Categoria 1985 2001 CrescimentoSimbólico 2,6% 3,1% 17,7%
Rotina 50,5% 43% -15%Serviços pessoais
33,5% 43,2% 29,1%
Evolução nível de escolaridade
Escolaridade 1985 2001 Crescimento
Postos 28811320 38911176 78,4%
%nível superior pop
10,7% 14,1% 32,1%
O TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Há indicações de que o trabalho tem perdido
as forças como determinante do fato social .
Há uma metamorfose da centralidade do
trabalho no mundo contemporâneo
1º DEBATE
O deslocamento da noção de qualificação para competência
A EVOLUÇÃO
Período Pré-Taylorista – Trabalhadores qualificados e não especializadosPeríodo Taylorista – Trabalhadores especializados e não qualificados X trabalhadores especializados e qualificadosPeríodo Pós Taylorista – Trabalhadores não especializados e qualificados
Como encarar o fenômeno
Qualificação
Trabalho
Competência
Manifestação das relações de
produção
RELAÇÃO TRABALHO-EDUCAÇÃO
CONCEITO DE QUALIFICAÇÃO
Vinculo à sociologia
Referência a regulações sociais
Sentidos da qualificação
Método de análise ocupacional – identificação do perfil
Ótica do posto de trabalho - nível de saber acumulado – código
das profissões
Sistemas de apoio a qualificação
Convenções coletivas
Ensino profissional – o trabalhador desqualificado
pode vir a ser qualificado
Dimensões para tratar qualificação
QUALIFICAÇÃO
Experimental
(realização do trabalho)
Conceitual
(valor dos diplomas)
Social(grades de
classificação coletiva)
O deslocamento para a competência
Fase de automação predomina o sistema técnico
Abandono do conceito de qualificação como organizador das relações de
trabalho
Qualificação depende menos do saber técnico – remete à pessoa
Relativização do diploma
Valorização dos saberes tácitos
“ A visibilidade dada à qualificação real é operada pelas competências”Evocação dos saberes sociais e do saber-ser
Emergência do modelo de competências
Origens empíricas e histórias
Modelo de avaliação da mãode obra
Mutações no conteúdo do trabalho
Mutações no conteúdo do trabalho
Evento, comunicação e serviço
• Foco no imprevisto
• Intervenções humanas complexas
• Ciclo de confrontação com eventos solução de problemas
• Ciclo de confrontação com eventos mobilização para inovação
Evento
Mutações no conteúdo do trabalho
• Importância da comunicação X divisão do trabalho
• Noção de comunicação = construção de entendimento recíproco
• A implicação do conflito
• Consenso X compromisso
Comunicação
Mutações no conteúdo do trabalho
• o problema do usuário
• relação que o produto mantém com os usos do cliente
• a maneira que o cliente participa da definição do serviço
• modifica o estado do cliente, transforma seu modo de vida
Serviço
DEFINIÇÃO DE QUALIFICAÇÃO
CAPACIDADE POTENCIAL DO TRABALHADOR DE REALIZAR
ATIVIDADES DE TRABALHO – Definição da OIT
QUALIFICAÇÃO
DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA
Capacidade real do sujeito para atingir um objetivo dados o acervo
de conhecimentos e habilidades de sua capacidade. (Definição da
OIT).
COMPETÊNCIA
DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA
É TOMAR INICIAITIVA E O ASSUMIR RESPONSABILIDADE DO
INDIVIDUO DIANTE DE SITUAÇÕES PROFISSIONAIS COM
AS QUAIS SE DEPARA. (ZARIFIAN, 2001)
COMPETÊNCIA