Post on 07-Apr-2016
Primavera árabePrimavera árabeLevantes no mundo Árabe: Levantes no mundo Árabe:
da Revolução do Jasmim aos da Revolução do Jasmim aos bombardeios da OTANbombardeios da OTAN
Professor ReginaldoProfessor ReginaldoGeopolítica/AtualidadesGeopolítica/Atualidades
O mundo árabe: O mundo árabe: Oriente Médio e Oriente Médio e África Branca.África Branca.
As “duas Áfricas”África Branca
África Negra
Tabela comparativa entre países africanos selecionados e o Brasil (dados de 2012) PAÍS EXPECTATIVA
DE VIDAMORTALIDADE INFANTIL
RENDA PER CAPITA
NOVO IDH
Líbia 73,4/ 77,2 anos 13 por mil US$ 12.930 64°0,769
Egito 68,7 / 73,5 anos 18 por mil US$ 3.000 112°0,662
Etiópia 61,7 / 65 anos 47 por mil US$ 410 173°0,396
Níger 58 / 58,4 anos 63 por mil US$ 370 186°0,304
Brasil 70,2 / 77,5 13 por mil US$ 11.630 85°0,730
A região é marcada pelo predomínio de população:
- de origem árabe;- branca;- islâmica.
A África Branca
Atenção: ocupam a região desde o século VII (expansão islâmica). Rica em petróleo, esta porção apresenta indicadores socioeconômicos melhores que os da África Negra (subsaariana);
MOTIVOS MOTIVOS das revoltas no mundo das revoltas no mundo
Árabe:Árabe: Consequências da crise econômica global iniciada 2008:
desemprego, inflação (aumento no preço dos alimentos), além da corrupção dos governos ditatoriais da região;
Os jovens com cada vez mais acesso à informação, através da internet, utilizaram as redes sociais para praticarem o ativismo político;
Insatisfação com as restrições à liberdade e aos direitos civis; aumento da pobreza/miséria (ex.: metade da população
egípcia vivia com apenas dois dólares por dia em 2010); mudança de posição dos EUA na geopolítica da região – do
apoio aos regimes ditatoriais (G. W. Bush), à pressão diplomática pelas renúncias (B. Obama);
Obs.: Estados Unidos e países europeus toleravam as Obs.: Estados Unidos e países europeus toleravam as ditaduras objetivando conter o avanço dos radicais ditaduras objetivando conter o avanço dos radicais islâmicos na região.islâmicos na região.
A Revolução do Jasmim na A Revolução do Jasmim na TunísiaTunísia Pela primeira vez na história, um líder árabe foi
deposto por força de movimentos populares: o presidente Zine Al-Abdine Bem Ali da Tunísia, renunciou em 14/01/2011 após um mês de violentos protestos contra o governo. Ele estava há 23 anos no poder.
Como se deu a Revolução na Como se deu a Revolução na Tunísia?Tunísia? 17/12/2010, o primeiro mártir: Mohamed
Bouazizi, 26 anos, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid, depois que a polícia o impediu de vender frutas e verduras em uma barraca de rua em Túnis, capital da Tunísia;
Efeito dominóEfeito dominó O incidente motivou passeatas
no país, disseminadas primeiramente pelas redes sociais na internet;
ATENÇÃO: a história do país é parecida com as demais das nações árabes: foi domínio otomano, colônia europeia e, depois... DITADURA; Obs.: a falta de liberdades
civis em países como a Tunísia era compensada
pelo progresso econômico.
O caso do EgitoO caso do Egito As manifestações se alastraram
para o Egito. Em 25/01/2011 ocorreu o primeiro protesto pedindo a saída do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder;
01/02/2011: um milhão de pessoas lotaram a Praça Tahrir, no centro do Cairo (manifestação de 1 milhão) – as redes sociais como o Twitter e o Facebook, mais uma vez foram importantes ferramentas para organização das manifestações;
11/02/2011: após 18 dias de manifestações e 300 mortos, encerra-se três décadas de ditadura. O presidente egípcio Hosni Mubarak renunciou ao cargo;
PROBLEMA Quem assumiria o poder nos países onde
os tiranos já foram depostos?R: iminente risco dos Radicais Islâmicos tomarem o
poder;Exemplo: o Egito, atolado em uma recessão econômica e
abalado por tensões religiosas, viveu uma complicada transição após a queda de Mubarak;
Importante: sociedades árabes conheciam apenas 2 formas de governo: monarquias absolutistas e ditaduras (militares ou teocráticas). Assim, nessas nações não existiam partidos fortalecidos que pudessem disputar eleições após a queda de um ditador. O mais comum, nestes casos, é que o Estado secular seja substituído por um sistema fundamentalista.
Ascensão e queda de um radical islâmico no Egito• Entre 30 de abril de 2011
e junho de 2012, Moramed Morsi foi presidente do Partido da Liberdade e da Justiça, fundado pela Irmandade Muçulmana após a Revolução Egípcia de 2011.
• Foi o primeiro presidente civil e primeiro ativista islâmico eleito democraticamente em seu país em 2012. Depois de pouco mais de um ano no poder, foi deposto por um golpe militar.
• Atual presidente do Egito: Abdul Fatah Saeed Hussein Khalil Al-Sis, eleito em 2014.
Egito: uma peça-chave no Egito: uma peça-chave no conturbado tabuleiro conturbado tabuleiro geopolítico do mundo árabegeopolítico do mundo árabe No governo de Mubarak, o
Egito era aliado tanto dos Estados Unidos quanto de Israel e contra governos radicais como o do iraniano Mahmoud Ahmadinejad;
O contexto da LíbiaO contexto da Líbia Muammar Kadhafi foi o mais longevo ditador no
mundo árabe, permanecendo 42 anos no poder; A "revolução do povo" teve a maior repressão
entre os governos autoritários do mundo árabe, tornando-se um conflito civil;
A manifestação de 17/02/2011 conta o regime de Muammar Kadhafi marca o início das sucessivas revoltas violentas com confrontos sangrentos e conseqüente queda de ministros e diplo- matas do governo.
A oposição avançava dominando inúmeras cidades.
Muammar Kadhafi
O início da ingerência O início da ingerência internacionalinternacional 26/02/2011: pedido de saída imediata de Kadhafi
do poder por Barack Obama. Inúmeros refugiados se deslocam para o Egito e Tunísia;
Começa a “guerra” na Começa a “guerra” na LíbiaLíbia 17/03/2011: a ONU aprova uma resolução que
autoriza o uso de quaisquer medidas para a proteção de civis na Líbia em relação aos ataques das forças de Kadhafi;
19/03/2011: países da OTAN, liderados pelos EUA, França e Reino Unido começam a atacar o país, com caças partindo de bases na Itália.
20/10/2011: captura e morte de Kadafi e o fim do
regime
A tragédia A tragédia na Síriana Síria
Mais de 210 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra na Síria, até 02/2015. Os protestos se iniciaram pacificamente em janeiro de 2011, se tornando luta armada em Março;
A Síria está em estado de emergência desde 1962;
Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos.