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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES PÚBLICAS
AGÊNCIA: CONTATTO
RELATÓRIO DE PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2012-1
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Caroline Silva de Almeida
Cristiane Chrispim do Nascimento
Danilo de Lima Santos
Douglas Yudi Soares Makibara
Everton Lelis Arashiro
Jéssica Gonçalves de Almeida
Suely Santos de Araújo Dal Cortivo
Wellen Tarsila Sartori de Oliveira
RELATÓRIO DE PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA
Relatório de Pesquisa de Opinião Pública, que analisa a
participação da população de São Bernardo do Campo na
Gestão Participativa da Cidade. Da temática Opinião Pública,
ministrada pela professora Marli Santos, da Universidade
Metodista de São Paulo, no Curso Relações Públicas – 5º
Semestre.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2012
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SUMÁRIO Página
1. Apresentação ............................................................................................ 4
1.1 Sobre a agência .................................................................................... 4
1.2 Sobre a pesquisa: Participação Popular na Gestão da cidade ............ 4
2. Objetivo Geral ............................................................................................. 5
3. Objetivos Específicos ................................................................................ 5
4. Metodologia ................................................................................................. 5
4.1 Tipo de pesquisa ..................................................................................... 5
4.2 Amostra .................................................................................................. 6
4.3 Aplicação ................................................................................................ 6
4.4 Avaliação ................................................................................................ 6
5. Análise Geral ................................................................................................ 7
5.1 Pergunta 1 .............................................................................................. 7
5.2 Pergunta 2 .............................................................................................. 8
5.3 Pergunta 3 .............................................................................................. 9
5.4 Pergunta 4 ............................................................................................. 10
5.5 Pergunta 5 ............................................................................................. 11
5.6 Pergunta 6 ............................................................................................. 13
5.7 Pergunta 7 ............................................................................................. 14
6. Análise Psicológica ................................................................................... 15
7. Análise Ética e Legislação na Comunicação .......................................... 17
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 19
9. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 21
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1. Apresentação
1.1 Sobre a Agência
A Agência Contatto é uma agência experimental de comunicação, criada a
partir da proposta acadêmica do curso de Relações Públicas, visando preparar seus
alunos para o mercado de trabalho, através de ações práticas pertinentes à
profissão; Dessa maneira, para avaliação do V Semestre de curso, recebemos a
proposta de realização de uma pesquisa de opinião pública na cidade de São
Bernardo do Campo sobre um tema pré-determinado pela coordenação do curso, e
que posteriormente deverá ser analisada quanto à Influência da Mídia na Opinião
Pública, tema central do Projeto Integrado deste semestre.
1.2 Sobre a Pesquisa: Participação Popular na Gestão da Cidade
Quando um grupo de indivíduos interage com os administradores públicos
nas tomadas de decisões de seu município, e demonstram os anseios,
necessidades e prioridades representando a maioria de seus cidadãos de uma
forma que busque alcançar o cumprimento e ordem das propostas exigidas pela
população, de tal forma que não seja apenas um plano político, surgem à
participação popular na gestão da cidade.
Esse comportamento é importante para o progresso do processo democrático
e histórico da cidade; visando à fiscalização dos recursos aplicados no seu
desenvolvimento, e acompanhando e exigindo o cumprimento de medidas que foram
propostas no plano governamental que sejam benéficas para os cidadãos.
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2. Objetivo Geral
A pesquisa de opinião quanto à participação popular na gestão da cidade de
São Bernardo do Campo tem como objetivo geral identificar a influência da mídia na
formação da opinião pública.
3. Objetivos Específicos
Para avaliarmos os resultados obtidos após a realização desta pesquisa, foi
necessário observar, inicialmente, todos os aspectos a serem considerados ao longo
de sua realização, ou seja, seus objetivos específicos, estes foram:
• Determinar o grau de conhecimento detido pelos entrevistados quanto ao
tema abordado.
• Relacionar o conhecimento sobre o tema com a importância dada ao mesmo.
• Identificar o grau de relação e frequência de contato entre o entrevistado e os
meios utilizados por ele para obter informações.
• Analisar a influência dos meios citados como fonte de informações com a
opinião formada pelo entrevistado.
• Considerar os aspectos psicológicos e sociais na formação de opinião do
entrevistado.
4. Metodologia
4.1 Tipologia da Pesquisa
Foi utilizada a pesquisa do tipo exploratória para determinar o grau de
conhecimento e envolvimento dos entrevistados com o assunto. Dessa maneira, foi
possível fazer um aprofundamento na questão a cada resposta obtiva e,
consequentemente, acumular o máximo de dados possível para conclusão do
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problema principal da pesquisa, a influência da mídia no então posicionamento do
entrevistado.
4.2 Amostra
A amostra pesquisada foram vinte pessoas, homens e mulheres, subdivididos
de acordo com faixa etária e classe social da seguinte maneira:
5 Homens - com idade entre 18 e 25 anos Sendo: Classe A/B - 2 / Classe C - 2 / Classe D - 1 5 Homens - com idade entre 26 e 40 Sendo: Classe A/B - 2 / Classe C - 2 / Classe D - 1 5 Mulheres - com idade entre 18 e 25 anos Sendo: Classe A/B - 2 / Classe C - 2 / Classe D - 1 5 Mulheres - com idade entre 26 e 40 Sendo: Classe A/B - 2 / Classe C - 2 / Classe D - 1
4.3 Aplicação
A técnica utilizada nas entrevistas foi a realização de perguntas semi abertas,
permitindo ao entrevistado explicar o porque de sua posição através de exemplos e
situações vividas pelo mesmo. Na abordagem não teve um local pré-programado, já
que esta aconteceu de forma espontânea, em casa ou nos locais de trabalho dos
entrevistados.
4.4 Avaliação
Os resultados foram sistematizados do seguinte modo: foram colocadas em
tópicos todas as respostas obtidas a cada pergunta para que fossem localizados e
sistematizados os pontos em comum, onde houve resposta semelhante. Então, com
base nessas percepções, fizemos nossa análise e interpretação destes resultados.
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5. Análise Geral
5.1 Pergunta 1: COMO VOCÊ DEFINIRIA GESTÃO PARTICIPATIVA
Com as pesquisas realizadas notamos que não obtivemos respostas muito
pontuais, com uma definição precisa do conceito de gestão participativa. Poucos dos
entrevistados souberam responder à questão de maneira coerente, o que obrigava o
entrevistador a inicialmente dar exemplos de gestão participativa, e dessa maneira,
na maioria das vezes, a resposta obtida era uma síntese dos exemplos citados
anteriormente.
O que consideramos curioso em relação ao desconhecimento por esses
entrevistados, em sua maioria de classe mais baixa, tanto homens quanto mulheres,
foi o fato de que o assunto é bem divulgado pela cidade, item observado em
questões posteriores, em que os mesmos que não souberam definir o tema admitem
já ter observado o assunto em veículos de comunicação, portanto trata-se de uma
questão de interesse de cada um, ou da falta de estímulo à participação da gestão
da cidade.
Entretanto, os poucos entrevistados que não necessitaram de pré-definições,
em sua maioria de classes sociais mais altas e tanto homens quanto mulheres,
detinham pleno conhecimento sobre o assunto abordado, o que proporcionou
respostas de maior conteúdo intelectual e crítico para esta e as demais questões
realizadas.
“Trata-se de exercer o direito que todo cidadão possui de acompanhar os processos
e decisões tomadas ao que se refere ao bem estar do mesmo como um todo... A
gestão participativa visa assegurar ao cidadão o direito de cobrar por esses serviços
através do acompanhamento que é feito sobre os aspectos administrativos da
cidade”.
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5.2 Pergunta 2: COMO MORADOR DE SÃO BERNARDO DO CAMPO,
COMO AVALIA A GESTÃO PÚBLICA DA CIDADE?
Ao realizar esse questionamento aos entrevistados, pudemos observar, em
alguns deles, inicialmente uma dúvida quanto à definição de gestão pública,
resultando em respostas bem diferenciadas. Para alguns a gestão pública foi
resumida como sendo apenas a gestão política, e nesses momentos nos deparamos
com desabafos, críticas à gestão e acusações de que os governantes da cidade
trabalham apenas em defesa de seus interesses próprios, não levando em
consideração as necessidades da população. Esse aspecto se mostrou presente na
maior parte da amostra, principalmente entre os mais velhos e de menor renda.
“... ainda tem muito que melhorar, principalmente se os políticos dessem mais valor
para melhorar a vida das famílias mais pobres ao invés de facilitar as coisas apenas
para eles e para os ricos”.
Podemos notar que grande parte dos jovens, independentemente de classe
social, está mais atenta à prestação de contas dos gestores, e, além disso, cobram
de maneira aberta uma postura mais ética por parte do prefeito e secretários da
cidade. No entanto, entre os mais velhos observamos a característica de ceticismo
quanto às possíveis mudanças na gestão, com demonstrações de que não
acreditam que a cidade possa ter governantes diferentes dos que possuía no
passado, e, portanto, nunca terão acesso às informações claras da atual ou futura
gestão da cidade.
É necessário ressaltar que grande parte dos entrevistados admitiu mudanças
positivas na atual gestão da cidade, principalmente no se refere ao desenvolvimento
da cidada. As melhorias citadas abrangem a chegada de novas empresas e
comércios para a cidade, e aspectos como saúde e empregabilidade continuam
sendo criticados.
Entre os entrevistados mais velhos de maior renda, encontramos respostas
mais completas, levando-se em consideração não somente a gestão, mas a questão
da prestação de contas das mesmas por meio de informes na mídia, além de
convites aos habitantes da cidade para as reuniões deliberativas. Dessa maneira
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afirmam que os gestores estimulam a população a participar ativamente da
administração da cidade.
“Alguns dias atrás, estava em casa, toca o telefone, era uma gravação informando
que próximo da minha casa teria uma reunião para discutir alguns investimentos,
achei bem bacana”.
5.3 Pergunta 3: QUAIS SÃO OS PONTOS MAIS POSITIVOS DA GESTÃO
PARTICIPATIVA DA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO OU UMA
GESTÃO PARTICIPATIVA?
Sobre essa questão, a maior parte dos entrevistados enfatizou a importância
do direito de opinião dos habitantes da cidade em relação à gestão pública, e não
apenas ser um espectador, de maneira que as demandas da população são
discutidas e avaliadas, e de acordo com as prioridades e a viabilidade das ações
propostas, são desenvolvidos novos projetos de melhorias.
Notamos que todos os entrevistados mais jovens limitaram suas respostas
apenas à questão da comunicação que é feita entre gestores e população, porém
sem mencionar quais são os resultados disso e em quais setores ocorrem as
mudanças, enquanto os mais velhos entrevistados destacaram as melhorias
conquistadas, resultantes das reivindicações.
“Os pontos positivos são a divulgação das obras que estão sendo realizadas... como
exemplo o novo Hospital de Clínicas que está sendo construído no Bairro do
Alvarenga e que pode ajudar a melhorar a situação da saúde na cidade”.
Outro fator de destaque nesta questão é o fato de que os entrevistas optaram
por focar o tema de maneira geral. Isso pode indicar que ou esses entrevistados de
fato não acompanham os benefícios gerados pela participação popular na gestão da
sua cidade, ou consideram não haver tais benefícios na mesma.
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5.4 Pergunta 4: QUAIS SÃO OS PONTOS MAIS NEGATIVOS DA GESTÃO
PARTICIPATIVA DA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO OU UMA
GESTÃO PARTICIPATIVA?
Novamente, os entrevistados não focam suas respostas na cidade de São
Bernardo, e sim no contexto geral da questão. Obtivemos apenas uma resposta
referindo-se diretamente à gestão de São Bernardo do Campo. O entrevistado
afirma que a população da cidade ignora as informações prestadas pelos
governantes e, portanto, não pode se queixar depois que nada foi feito, pois lhe foi
dada a oportunidade de participar e esta não é aproveitada, depois só restarão
reclamações pelas coisas não feitas.
Já no contexto geral da questão, a maior parte dos entrevistados, cerca de
80%, mencionou o desinteresse da população referente às questões administrativas
da cidade, bem como o não uso do seu direito de opinião nas mesmas.
Além disso, observamos grande preocupação por parte dos entrevistados
mais velhos, de que os participantes da gestão da cidade exponham suas opiniões
de maneira que traga benefícios apenas para a sua região e não para a cidade como
um todo. Tal situação, ao invés de fortaceler o direito de opinião da população,
acaba enfraquecendo-o, visto que nas reuniões deliberativas serão apresentados
diferentes pontos de vista e prioridades, caracterizando assim uma postura
contraditória da população, onde cada um quer uma coisa, e todas não poderão ser
feitas de uma só vez.
“... a gestão participativa só provém vantagens, desde que seja levada a sério pelos
participantes, por exemplo, perde seu valor quando um determinado grupo de
determinada região ou bairro da cidade interfere nas decisões apenas preocupando-
se com a sua região”.
Em algumas respostas ficou claro a falta de conhecimento por parte dos
entrevistados mais jovens de como funciona o processo de participação popular na
gestão da cidade. Foi mencionado que deveriam existir divisões das regiões ou
bairros da cidade para que as pessoas pudessem deliberar sobre suas demandas, e
dessa maneira dar sua opinião sobre o que precisa ser feito em termos de melhorias
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para a cidade. Porém tudo isso já existe e é divulgado pela cidade, conforme
constatamos por meio de pesquisas prévias antes de falarmos com a população,
onde verificamos o quanto o tema é divulgado na cidade e também por meio dos
próprios entrevistados que participam da gestão da cidade.
Outro fator que nos chamou a atenção foi que alguns dos entrevistados, todos
de classes mais baixas, posicionaram-se de maneira descrente com relação à
participação popular, alegando que independentemente das reinvidicações da
população serem ouvidas, os governantes acabam fazendo o que lhes é
conveniente, sendo a gestão participativa apenas uma ferramenta do governo para
que a população não alegue que não tem o direito a opinião nas decisões tomadas.
“... acho que é tudo uma fachada, todas as mudanças já estão todas decididas da
maneira dos governantes”.
5.5 Pergunta 5: DE QUE MANEIRA VOCÊ ACOMPANHA OS
ACONTECIMENTOS E DECISÕES QUE OCORREM EM SUA CIDADE?
Nesta questão encontramos muita hesitação por parte de alguns dos
entrevistados, visto que não conheciam bem o assunto, e sendo assim obtivemos
respostas evasivas, sem sentido ou apenas “chutes” de veículos onde o assunto é
abordado, entre os quais jornais e internet foram os mais citados. De fato esses
entrevistados podem ter visto ou ouvido falar do acompanhamento da gestão
participativa, porém ficou claro que o assunto realmente não lhes chama atenção,
visto que alguns entrevistados afirmam que não existe divulgação de informações
sobre o assunto, ou que quando se deparam com elas simplesmente não dão
atenção, o que nos remete a conclusão de que essas informações não são
suficientes.
“Geralmente vejo o assunto nos jornais que distribuem na cidade, mas confesso que
nem sempre dou muita atenção quando falam de participação na gestão da cidade.
Só agora parei pra pensar mais nisso e em como é importante para nós cidadãos”.
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Aos que de fato acompanham o assunto, os jornais tiveram grande destaque,
principalmente entre os entrevistados mais velhos, que citaram principalmente
jornais regionais, como o Rudge Ramos jornal, por exemplo, que divulgou
recentemente as reuniões realizadas na associação do bairro para determinar as
necessidades da região, dando destaque para a questão da saúde, uma das
prioridades da população na região.
Além do jornal regional de bairro como o Rudge Ramos Jornal foram
mencionados jornais como ABCD Maior, que recentemente anunciou o início das
reuniões de Orçamento Participativo na cidade de São Bernardo, e os esforços para
divulgar e convidar a população para participar das pré-reuniões que ocorreram até
o final de Abril/2012. Essas ações foram concretizadas em Outdoors e até mesmo
carros de sons que passaram pela cidade informando sobre datas, locais e horários
de realização das pré-reuniões.
Entre os entrevistados mais jovens, tanto das classes altas como das mais
baixas, o destaque ficou por conta da internet, como sendo o meio utilizado para se
informarem sobre a gestão participativa da cidade, por ser mais prático e fácil de
encontrar as informações que se procura.
“... entrei no site da prefeitura para pesquisar sobre concursos públicos e de cara me
deparei com o anúncio da OP 2013 (Orçamento Participativo 2013), e vi que teria
uma reunião no EMEB ao lado da minha casa, coisa que eu nem estava sabendo
até então”.
É necessário ressaltar que alguns dos entrevistados mais jovens,
principalmente de classe baixa, deixaram claro que não procuram por informações
sobre o tema, e quando ouvem ou veem falar algo sobre o assunto geralmente não
dão importância. Enquanto os mais velhos, tanto das classes altas quanto das
classes baixas, demonstram maior interesse, não limitando a procura pelo assunto
somente à leitura de jornais ou anúncios espalhados pela cidade, em outdoors e
carros de sons. Eles utilizam boca a boca com vizinhos e familiares para a troca de
informações sobre o andamento das reuniões deliberativas que ocorrem na cidade.
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Alguns dos entrevistados mencionaram que ouvem falar sobre gestão
participativa na televisão, por exemplo, no Jornal do SBT, porém não falam
especificamente da cidade de São Bernardo. O assunto é abordado apenas de
maneira geral.
5.6 Pergunta 6: QUEM TEM MAIS INFLUÊNCIA EM SUA OPINIÃO SOBRE A
GESTÃO DA CIDADE?
Ao questionarmos nossos entrevistados sobre este assunto, obtivemos
respostas muito parecidas e enfáticas, pois de todas as questões realizadas esta foi
a que gerou as respostas mais convictas por parte dos entrevistados, visto que
todos atribuíram a maior influência, ou parte dela, ao prefeito da cidade, em seguida
aos empresários e, por último, poucos citaram a população como parte influente na
gestão da cidade.
Essa questão pode estar diretamente relacionada ao fato de que para a
população a maior autoridade é quem dá a palavra final sobre todas as decisões que
são tomadas.
“Os políticos, os empresários e as poucas pessoas que fazer parte dos comitês de
gestão dos bairros, mas por serem poucas nem sempre conseguem fazer muita
diferença”.
Talvez essa visão com relação à influência na gestão esteja associada aos
muitos escândalos envolvendo políticos e grandes empresários que estão sempre
em destaque na mídia. Dessa maneira, a população acredita que quem dá a última
palavra são aqueles que detêm os maiores poderes, sejam eles políticos ou
aquisitivos.
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5.7 Pergunta 7: QUE SUGESTÕES DARIA À PREFEITURA SOBRE A
DIVULGAÇÃO DA GESTÃO PARTICIPATIVA NA CIDADE?
Para essa questão foram apresentadas algumas sugestões que já são
utilizadas pela prefeitura, como outdoors e panfletos, o que demonstra novamente o
desinteresse por parte de alguns dos entrevistados, os mesmos que já vinham
dando respostas em dúvida ao longo da entrevista, justamente por não haver
interesse no tema, visto que muitas vezes se deparam com essas informações e
passam despercebidos. A novidade desta vez foi com relação a inserir esses meios
no ambiente educacional, de maneira que as crianças e adolescentes iniciem sua
participação nos acontecimentos relacionados à gestão da cidade antes mesmo de
poderem escolher seus governantes, de maneira que desenvolvam maior
capacidade de análise para o fazerem no futuro, visto que já terão contato com o
tema, além de compartilhar essas informações em casa com seus pais e demais
familiares.
“Eles podiam fazer jornais falando apenas sobre isso, e distribuir nos locais públicos
e nas escolas também, pois assim os filhos levariam para os pais e já ajudaria a
explicar ao menos do que se trata, porque tem muita gente nem sabe o que é gestão
participativa”.
Entre os entrevistados mais velhos foi unânime o incentivo à maior divulgação
do assunto em jornais, alguns deles sugerindo que fossem criados jornais
específicos sobre gestão participativa os quais fossem distribuídos periodicamente
para a população. Além disso, houve sugestões de que os políticos aproveitassem
os pronunciamentos em eventos públicos para convidar a população a participar da
gestão da cidade.
Entre os entrevistados mais jovens, e alguns dos mais velhos, tanto homens
quanto mulheres, mais uma vez o destaque ficou para o uso da internet como
ferramenta prática de divulgação, onde a prefeitura poderia inserir mais informações
no seu site e divulgar suas notícias também em anúncios de redes sociais, onde
hoje se encontram pessoas de todas as idades e classes sociais, visto que é um
meio de comunicação acessível até mesmo para aqueles que não possuem
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computador em casa, mas que acessam através de Lan House, bibliotecas e outros
estabelecimentos públicos.
6. Análise Psicológica
A análise de psicologia realizada na pesquisa que teve o tema: Participação
Popular na Gestão de São Bernardo do Campo começa a partir da percepção
interpretativa do entrevistado sobre o assunto. Às vezes ocorriam estímulos do
entrevistador, pois geralmente o entrevistado não sabia o que era gestão
participativa.
“Acho que é o que a população sabe sobre a política da cidade, sobre
administração da cidade até dos bairros e o cuidado com eles. Não sei se é mais ou
menos isso?!”
O motivo do desconhecimento do assunto é pelo fato da percepção seletiva
quando lê o jornal ou vê outro veículo de comunicação, somente procura assuntos
que aprecia ou chama sua atenção, pois o que determina essa atitude são as
necessidades, influências sociais e culturais de cada pessoa. Por isso não observam
que existem matérias sobre participação popular que foram publicadas nos jornais
dos bairros e no jornal regional ABCD Maior sobre as reuniões do orçamento
participativo nos dias 28/02/12, 15/04/12 e 21/04/12. E também estava anunciando
na home do site da prefeitura e em outdoors espalhados pela cidade.
“Geralmente nos jornais que distribuem na cidade, mas confesso que nem
sempre dou muita atenção quando falam de participação na gestão da cidade.”
Segundo Abraham Maslow, algumas atitudes do comportamento humano
podem ser explicadas pelos seus desejos e pelas suas necessidades. Diante disso,
o indivíduo define suas prioridades e daí nasce a vontade de buscar, de possuir.
São cinco níveis das necessidades que foram separados por Maslow, que:
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[...] apresentou uma teoria da motivação pela qual as necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de importância, como uma pirâmide. Na base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e, no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização) (CHIAVENATO, 2004, p.265).
Identificamos que a maioria dos entrevistados, mesmo sem conhecer o tema
da pesquisa, sente falta de segurança, segundo nível da pirâmide de Maslow,
alegaram falta de transparência com o destino dos investimentos, descrença e
insegurança quanto as informações divulgadas pelos gestores da cidade.
“...não existe muita prestação de contas para a população, não
que isso signifique que está ruim, mas acho que quando as coisas saem bem feitas
existe maior necessidade de mostrar para todos, e não é o que se percebe.”
“...ainda não temos acesso fácil às informações importantes. Muito do que temos o
direito de estar sabendo acaba sendo escondido e nos são prestadas apenas
informações convenientes à administração da cidade.
O fato de a mídia informar com frequência escândalos políticos seja no âmbito
regional ou nacional, porém raramente relata e não dão tanta ênfase para ações
populares contra as más condutas dos políticos. É percebível a descrenças dos
nossos entrevistados que estão frustrados perante a política, e rejeitam qualquer
assunto ligado, seja consciente ou inconsciente.
Isso é uma defesa do ego que ao observar um acontecimento que causa
incomodo, projeta este conteúdo indesejável em algo ou alguém.
“...apesar da oportunidade que é dada de participação da população, não acredito
que faça muita diferença, eu nunca presenciei nenhuma votação para nada, mas
acho que os governantes sempre agem de acordo com seus interesses próprios,
geralmente ligados a prosperidade da cidade através da economia, enfim, a
qualidade de vida da população não é uma prioridade, faz parte da administração e
é claro que dão atenção para isso de alguma forma, mas não é prioridade, na minha
opinião.”
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Esta atitude de expulsar de si a responsabilidade de que com a sua
participação mude algo, nos faz lembrar da Teoria da difusão de responsabilidade,
diante de uma situação complicada deixa para outra pessoa/grupo fazer, pois
acredita que não precisa realizar a ação ou não é qualificado.
7. Análise Ética e Legislação na Comunicação
Com o tema, Participação popular na gestão da cidade, nossa agência
buscou, através de entrevistas realizadas, saber: Há influência da mídia na opinião
pública?
Foi questionado se o entrevistado detinha conhecimento sobre o tema, suas
avaliações e quais meios de comunicação o mesmo utilizava para obter tais
respostas, porém a questão a ser destacada é qual a ética nos meios de
comunicação para divulgação de informações e resultados.
Grande parte dos entrevistados não soube conceituar o tema, porém em
questões posteriores percebemos que o assunto é divulgado, e que a questão era o
desinteresse pelo assunto.
A mídia, portanto, pratica a divulgação do assunto de maneira evasiva, talvez
por não chamar tanta atenção dos habitantes é percebível o desconhecimento sobre
gestão participativa. A maioria das informações obtidas pelo assunto surgia na
internet, jornais e outdoors, porém na internet o lugar que se consegue mais
informações é no próprio site da prefeitura. E é necessário ressaltar que a cidade de
São Bernardo do Campo informa e incentiva a população a participar.
Há casos em que o entrevistado recebeu um telefonema em sua residência o
informando sobre próximas reuniões. Este método, porém, acaba invadindo a
privacidade do cidadão, pois o mesmo não é consultado se gostaria ou não de ser
abordado dessa forma, é simplesmente sujeito à situação, o que gera
descontentamento com a ação, ou pior que isso, uma repugnação pelo assunto,
visto que essas ligações são direcionadas inclusive aos finais de semana para suas
residências.
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Um dos grandes motivos para esse desinteresse é a grande mídia, chamada
de quarto poder, que exerce sim uma grande influência sobre essa população, uma
vez que a imagem criada principalmente por líderes de opinião e estratégias de
comunicação faz com que o público generalize uma opinião seja ela sobre política,
administração pública ou outros assuntos. Muitas informações divulgadas de
maneira apelativa influenciam de maneira negativa a população, até porque utilizam
de critérios sociais e emocionais pata atingir o público, e dessa maneira torna-se
difícil distinguir a verdade da mentira, uma vez que a pessoa de identifica
emocionalmente com o assunto. Dessa maneira, a mídia que possui a obrigação de
informar, muitas vezes o faz de maneira descontrolada, não levando em
consideração o impacto que gera na sociedade, pois muitas informações são
divulgadas de maneira deturpada visando o interesse de alguns e não por ser
absolutamente verídico. Com isso, o cidadão que não se aprofundar nas questões
por meio de outras fontes, tende a formar sua opinião devido ter recebido a
informação de uma fonte “confiável”, devido sua popularidade, e dessa maneira a
toma como verdade única.
A grande mídia precisa ter condutas éticas para não deturpar assuntos
políticos ou diversos, pois não podemos negar que a maioria da população brasileira
é educada e informada pela televisão, e que não obtém recursos para outros
veículos de comunicação. Portanto a mídia e as prefeituras precisam desmistificar o
assunto de gestão participativa e mostrar o quanto é bom e importante a população
fazer parte da gestão pública.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a proposta estabelecida para a pesquisa de opinião pública,
abordamos o tema: “Participação Popular na Gestão da Cidade de São Bernardo do
Campo”. Dessa maneira, fomos incumbidos de aplicar uma pesquisa para uma
amostra de vinte pessoas. Considerando como tema principal a influência da mídia
na formação da opinião pública.
Com os dados obtidos nas pesquisas, percebemos que a maioria dos
entrevistados não possui conhecimento sobre o assunto abordado, por falta de
interesse e também pela percepção seletiva, mesmo com a grande quantidade de
divulgação do tema por toda a cidade. Notamos muita descrença por parte dos
entrevistados mais velhos com as possíveis mudanças na gestão, e nos jovens uma
maior atenção à prestação de contas pelos gestores.
Identificamos também que os entrevistados enfatizam que os políticos e os
grandes empresários exercem a maior influência sobre a gestão da cidade. E dentre
os meios de comunicação que afirmam acompanhar sobre a gestão participativa de
São Bernardo, os jornais e internet são os mais utilizados em razão de sua
praticidade.
A partir da análise das respostas obtidas, considerando-se aspectos sócio-
econômicos e etários, podemos concluir que a mídia local possui boa influência sob
os habitantes da cidade no que se refere à divulgação do tema, porém, não
deixamos de notar que boa parte dessa influência acaba sendo deturpada pela
chamada grande mídia, uma vez que a população tende a associar tudo o que
envolve política com os políticos, mesmo que sejam eles de outras cidades e
estados, o que nos remete aos muitos escândalos divulgados diariamente.
É necessário ressaltar que, a prefeitura da cidade de São Bernardo do Campo
vem trabalhando muito na divulgação da importância e incentivo à Participação na
Gestão da Cidade por parte de seus habitantes. Fato este que se mostrou presente
no desenvolver da pesquisa realizada, onde os entrevistados citaram métodos que
até pouco tempo não eram utilizados, tais como carros de som nas ruas e
telefonemas. Sendo assim, concluímos que apesar dessa boa divulgação do tema,
um ponto crucial para a aceitação dessas informações por parte da população, está
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diretamente atrelada ao pré conceito que a mesma detém sobre o tema gerado pela
grande mídia, e portanto, necessita ser trabalhado pela prefeitura a fim de
desmistificar o assunto de maneira que a população reconheça a gestão participativa
como sendo, de fato, uma forte aliada no exercício da cidadania.
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9. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. Edição Compacta. São Paulo, SP: Elsevier, 2004.
PSICOLOGIA. Wikipédia: A Enciclopédia Livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia>. Acesso em: 12 mai.2012.
A HIERARQUIA das Necessidades de Maslow: Pirâmide de Maslow. Cedet. Disponível em: <
http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Gestao-da-Qualidade/a-hierarquia-das-necessidades-de-maslow-piramide-de-maslow.html>. Acesso em: 12 mai.2012.
MARINHO vai debater o orçamento. Ao Todo, serão realizadas 20 reuniões com a participação da população. ABCD Maior. Disponível em: <
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=38637>. Acesso em: 11 mai.2012.
PLENÁRIAS DELIBERATIVAS do orçamento participativo de S. Bernardo começam dia 23. Etapa sucede reuniões preparatórias realizadas nas 20 regiões de São Bernardo. Disponível em: <http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=39991>. Acesso em: 11 mai.2012.
SÃO BERNARDO inicia discussão do orçamento. Plenárias do orçamento participativo começam na segunda-feira (23/04).Disponível em: <http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=40180>. Acesso em: 11 mai.2012.
CAMPOS, Fabio. Comunicações e negociações nas Organizações. Disponível em: <http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/comunica.htm>. Acesso em: 11 mai.2012.