Post on 07-Apr-2016
Os cenários de prática
Camila Cantarino Nascentes
Mestre em Enfermagem - DESP - EEAN - UFRJEnfermeira Estomaterapeuta - EEUSP - USP
Especialista em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social - ENSP - FIOCRUZ
REDE DE CUIDADOS DE ESTOMATERAPIA NO SUS:
Rede de Atenção à saúde
Articulação da RAS para garantir a continuidade do cuidado e a integralidade da assistência.
MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2.ª edição – 2011.
Feridas
Incontinências Estomias
Áreas de Abrangênciada Estomaterapia
Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. Competências do Enfermeiro Estomaterapeuta (ET) ou do Enfermeiro Pós-graduado em Estomaterapia (PGET). Rev Estima, v. 6, n.1, p. 33-43, 2008.
1993 Declaração Internacional
dos Direitos dos Ostomizados – IOA
2009
1993 PORTARIA SAS/MS nº 116, Inclui no SIA/SUS
concessão equipamentos, órteses, próteses e bolsas
de colostomia
1994 RESOLUÇÃO CIT nº 18
Determina que as Secretarias Estaduais e
Municipais de “Plano Operativo”
Financiamento
1993 PORTARIA SAS/MS nº
146, Estabelece as diretrizes gerais para a
concessão de Próteses e Órteses através da
Assistência Ambulatorial.
1999 DECRETO nº 3.298
Política Nacional para a Integração da
Pessoa com Deficiência - inclui as bolsas para ostomia como ajuda técnica.
2004 DECRETO nº 5.296, classifica as pessoas
com ostomia na categoria de
deficiência física
2005 SOBEST e ABRASO
Elaboração da Política Nacional das
Pessoas com Estomas
2007Portaria GM nº 2.848
Detalha os procedimentos e equipamentos e
adjuvantes na Tabela de procedimentos,
medicamentos, órteses, próteses e materiais
especiais
Principais Políticas Públicas voltadas às Pessoas com Estomia
2007 Lei nº 11.506
Dia Nacional dos Ostomizados
2009
2013ANS RN nº 325
Regulamenta o fornecimento dos equipamentos
2010Portaria SAS n
620CBO do
Enfermeiro Estomaterapeuta
2012 Portaria GM Nº 793
Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência – Centro
Especializado em Reabilitação
2014 Lei nº 13.031
Símbolo de identificação de local ou serviço habilitado ao uso por pessoas com ostomia - denominado Símbolo Nacional de Pessoa Ostomizada.
2013 Portaria GM/MS nº 874
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Câncer – Política
Nacional para Prevenção e Controle do Câncer
2013 Portaria GM/MS nº 252 Rede de Atenção à Saúde das Pessoas
com Doenças Crônicas - câncer é considerada doença
crônica prevenível.
2012Lei nº 12.738
Torna obrigatório o fornecimento de equipamento coletor e sondas
pelos Planos de Saúde.
Principais Políticas Públicas voltadas às Pessoas com Estomia
2014Portaria SAS/MS nº 140 estabeleceu
normas para o credenciamento/habilitação de UNACON e CACON
Redes de Atenção à Saúde
Política Nacional de Atenção Básica
Rede de Atenção à Saúde da Pessoa
com Câncer
Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência
Rede de Atenção à Saúde da Pessoa
com Doença Crônica
Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa
com Estomia
Portaria SAS/MS Nº 400 16 de novembro de 2009
Considera: Necessidade de garantir às pessoa estomizadas a atenção
integral, por meio de intervenções especializadas e interdisciplinar.
Preza pela qualidade e quantidade adequada dos equipamentos.
Área física, recursos materiais e profissionais capacitados.
Estabelece diretrizes para a organização dos Serviços de Atenção a Pessoas Estomizadas no país
Portaria SAS/MS Nº 400 16 de novembro de 2009
Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia
é definido por prestar assistência especializada interdisciplinar, objetivando a reabilitação das pessoas com estomia
com ênfase na orientação para o autocuidado e prevenção de complicações nas estomias
prescrição, fornecimento e adequação de equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança
organizar e promover a educação permanente de profissionais na atenção básica, média e alta complexidade para a adequada atenção às pessoas com estoma
BRASIL, 2009
Tabela Unificada
Descritivo dos ítens para a aquisição de acordo com a necessidade dos usuários.
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
“Eu fui lá (no Posto de Saúde) na época, pra eles olharem a ostomia. Não tinha ninguém capaz. É um caso especifico que devia ser tratado com mais cuidado né? Mas elas nem olham, nem dão importância, nem aparecem [...] pra dar uma atenção. [...] Às vezes eu vou lá pra pedir material pra limpar, dizem que não podem dar. Nem olham pra dizer ‘então eu faço’. Me tratam friamente. Parece que é mais um que passou por ali [...] as coisas vão revoltando a gente.” (Isabela)
Atenção Primária à Saúde
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
“Tem um Postinho lá. Mas é difícil eu ficar doente, então eu quase não uso. Eu uso mais pra minha família, pra minha esposa do que pra mim. Pra mim quando eu preciso a coisa é pesada (risos), é um câncer [...] Pra essa parte não. [...]. Depois que eu tive apoio no Polo, eu não ia procurar eles lá (equipe do Posto de Saúde). Pra ir lá pra eles mexerem nessas coisas? Eu não procurei, com medo até mesmo de procurar e não ter ninguém capacitado pra fazer esse serviço, né? ” (Icarus).
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
“É um trabalho nobre, porque quando você não tem um câncer de reto que você não precisa usar esses recursos, você nem passa perto, nem sonha, nem pensa nisso. Mas quando você tem um problema desse, encontrar alguém que te dê esse apoio, esse suporte, isso é muito importante [...] é um trabalho muito digno, muito nobre. Ah, eu saí daqui (polo) vamos dizer assim encantada, não só pelo atendimento humano, explicando tudinho, como é que faz, como é o cuidado que a gente tem que ter. Vocês ajudam a gente como vocês não imaginam o bem que vocês estão fazendo.” (Cláudia).
Serviço de Atenção à Pessoa Estomizada
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
“No polo não tem nada acima de (vínculo) forte não? Se tiver pode colocar. Porque só a gente saber o custo dessas bolsas e ter essa oportunidade de pegar de graça e ter o atendimento que tem... Isso aí eu não vou esquecer nunca. Não tem nem como expressar...” (Icarus).
Serviço de Atenção à Pessoa Estomizada
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
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Saú
de
Primário
Secundário
Terciário AcolhimentoCuidados Atenção CarinhoRespeito
Orientações Apoio Material
Falta de: escuta
atenção cuidado integral
Resultado de pesquisa noCenário de Prática
NASCENTES, C.C. Rede Social da Pessoa com Estomia: um subsídio para atuação do enfermeiro. Dissertação. Rio de Janeiro. EEAN. UFRJ, 2015.
O conhecimento técnico dos profissionais possibilitou a segurança para o autocuidado e incentivo ao retorno das atividades sociais.
Considerações Finais
Os profissionais dos níveis secundário e terciário representaram apoio emocional com cuidado humanizado, escuta, orientações e segurança.
NICHOLS, 2014; MAURICIO et. al., 2014; SHUARTZ, 2013
A APS deve ser considerada como a porta de entrada do sistema de saúde e estar articulada, na forma de rede, com os demais níveis de atenção, garantindo assim maior efetividade da equipe de saúde na assistência à população.
É necessário que os enfermeiros da APS participem de capacitações sobre o cuidado de pacientes oncológicos com estomias.
Considerações Finais
Polo de distribuição ?
Referencias BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009. Brasília – DF, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.htmlBRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Instrutivo Ostomia. Abril de 2012. Brasília – DF. 2012. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/redes-regionais-de-atencao-a-saude-no-estado-de-sao-paulo/rede-de-cuidados-a-pessoa-com-deficiencia/documentos/instrutuvo_ostomia_1107.pdf _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 793 de 24 de abril de 2012. Brasília – DF. 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html ________. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Centro de Documentação e Informação. Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004. Brasília – DF. 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm ________. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e pessoas com deficiência. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf ________. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva – INCA. Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2013/nova_politica_nacional_prevencao_controle_cancer. _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/estimativa-24042014.pdf _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colorretal/definicao _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS. Temático Promoção da Saúde IV. Painel de Indicadores do SUS Nº 6. – Brasília: 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/painel_indicadores_sus_promocao_saude _________. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014. Brasília – DF, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013. Brasília – DF, 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0874_16_05_2013.html _______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. Portaria nº 116, de 09 de setembro de 1993. Brasília – DF, 2009. Disponível em: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/beneficiosassistenciais/beneficioseventuais/arquivos/portaria-no-116-de-9-de-setembro-de-1993.pdf BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. Portaria nº 140, 27 de fevereiro de 2014. Brasília – DF, 2014. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0140_27_02_2014.html
MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2.ª edição – 2011.
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SCHWARTZ, M.P.; SÁ, S.P.C. Ação Educativa do Enfermeiro no Pré-Operatório na Confecção do Estoma Intestinal: Revisão Integrativa. Rev enferm UFPE on line, Recife, v.7, n.esp, p.6233-6237, out, 2013.
NICHOLS, T. R. Social Connectivity in Those 24 Months or Less Postsurgery. J Wound Ostomy Continence Nurs. v.38, n.1, p.63-68, jan-feb, 2011
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Referências