Post on 07-Apr-2016
O Brasil em perspectivaRaul Henry
A grande janela de oportunidades
(O Brasil decola)
A grande janela de oportunidades
A consolidação democrática e institucional
DÉCADA DE 80 DÉCADA DE 90 ANOS 2000
A estabilização da moeda e da economia
Os programas sociais, o crescimento econômico e redução da desigualdade. Receita do Governo Federal cresce de 500 bi para 1,2 tri
Linha do tempo das conquistas da sociedade brasileira
... ...
O Brasil não aproveitou a janela de oportunidades para construir os
pilares do desenvolvimento sustentado:
• A infraestrutura
• As reformas institucionais de 2ª geração
• A reforma educacional para formação de capital humano
• Manter os fundamentos da economia
O que deixou de ser feito
Apesar do crescimento da receita, o
Governo continua investindo apenas 1,4%
do PIB em infraestrutura. O setor privado
investe 1%. Total de 2,4% é muito baixo
(Abdib). A média mundial é de 3,8% (The Economist)
O que deixou de ser feito: a infraestrutura
• Déficit em energia e logística:1 tri e 800 bi (CNI)
• Déficit em saneamento: 313 bi (Instituto Trata Brasil/Cebds)
40 anos para universalizaçãoFo
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Brasil não simplificou seu ambiente de negócios para torná-lo mais atrativo ao investimento e aumentar a produtividade da economia
• O Brasil é o 120º entre 189 países de melhores ambientes para negócios: (Doing Business 2015 -BIRD)
O que deixou de ser feito: as reformas
Colômbia 34º
Peru 35º
Chile 41º
Uruguai 82º
Paraguai 92º
Equador 115º
Brasil 120º
Argentina 124ºFont
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• Ranking do Brasil, segundo levantamento realizado entre 144 países pelo World Economic Forum:(Global Competitiveness Report)
Burocratização 137º
Regulamentação 143º
Transparência 128º
BRASIL
Brasil: evolução carga tributária bruta
O que deixou de ser feito: Reforma Tributária
Fonte: Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros/Ministério da Fazenda
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 20130.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
20.0 19.4 19.7 20.4 22.5 22.8 23.6 22.1 21.5 22.2 23.3 23.8 24.2 24.0 23.0 23.2 24.7 24.8 24.8
9.8 9.6 9.4 9.39.7 10.2 10.8
9.8 10.0 10.0 10.1 10.5 10.3 10.5 10.3 10.410.6 11.1 11.229.8 29.0 29.0 29.8
32.2 32.934.4
31.9 31.5 32.2 33.4 34.2 34.5 34.5 33.3 33.535.3 35.9 36.0
União Estados e Municípios Total
+ 1,4
+ 4,8
+ 6,2
Font
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Carga Tributária: Brasil, América Latina, BRICS e médias OCDE e América Latina
O que deixou de ser feito: Reforma Tributária
37.3 35.9 35.5
28.726.3 26.0 25.8
22.2 20.8 20.2 19.6 19.4 18.1 17.613.7
7.3
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Sistema Tributário injusto, complexo, burocrático e pouco transparente:
• Quem ganha até 2 salários mínimos, paga 48,8% da renda em tributos
• Quem ganha mais de 30 salários, paga 26,3%
• Estudo do IBPT mostra que depois da Constituição foram editada 4.960.610 normas tributárias, federais, estaduais e municipais
“Impor regras rígidas em situações voláteis e heterogêneas, conspira contra a
eficiência dos negócios e a qualidade de vida dos trabalhadores. Ao mesmo
tempo, inibe a inovação e encarece a produção.”
“Para vencer a concorrência externa, o Brasil terá que elevar muito o atual nível
de produtividade, que hoje é de 20% da produtividade americana. Admitir a
terceirização, praticar a produção em rede e abrir espaços para contratação
(legal) de novas formas de trabalhar exige a modernização da legislação
trabalhista.
José Pastore
O que deixou de ser feito: Reforma Trabalhista
O que deixou de ser feito: Reforma da Previdência
Déficit da Previdência Social
• Os adultos crescem a taxas decrescentes,
enquanto os idosos crescem a uma taxa quatro
vezes maior
• O INSS deverá aumentar sua despesa de 7,14 em
2014 para 8,67 em 2030 e 12,63 do PIB em 2050
• Com a extinção do fator previdenciário, a despesa
aumentará, pelo menos, 0,3% do PIB a cada ano
O Ajuste Inevitável (Folha de São Paulo, 19/07/15) Mansueto Almeida, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa
Percentual de alunos com aprendizado adequado3º Ano do Ensino Médio
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Percentual de alunos com aprendizado adequado9º Ano (8ª série) do Ensino Fundamental
Percentual de alunos com conhecimento adequadoProva Brasil 2013
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Fonte: Todos Pela Educação
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Jogamos fora nossa grande janela de oportunidades
(O Brasil estragou tudo?)
Os pilares da macroeconomia foram demolidos:
• Modelo baseado no aumento do consumo das famílias e do custeio do Estado: famílias endividadas (46,3% da renda) e Estado com déficit primário pela primeira vez, desde 1994 (32,5 bi)
• Baixa poupança, baixa taxa de investimento e baixo crescimento (0,1% em 2014)
• Aumento do déficit em conta corrente
• Fraudes fiscais
• Aumento da dívida pública
• Aumento da inflação
• A desigualdade parou de cair depois de uma década (Pnad 2012)
• Populismo tarifário custa 100 bi a Petrobras e 105 bi ao setor elétrico (Petrobras - 2010: US$ 228,2 bi / 2015: US$ 44,4 bi | Eletrobras - 2010: R$ 46 bi / 2014: R$ 11 bi)
• Agroindústria do álcool sofre os efeitos: 70 usinas fechadas e 67 em recuperação judicial
Jogamos fora nossa grande janela de oportunidades
GréciaParaguaiPortugual
BrasilArgentina
ItáliaBolívia
EspanhaAlemanha
África do SulEstados Unidos
Costa RicaJapão
MéxicoFrançaRússia
UruguaiChile
CanadáColômbia
PeruAustráliaEquador
CoreiaÍndia
China
0 10 20 30 40 50 60
121515
181818
191919
2020
2121
2222
23242424
252828
2929
3349
Fonte: Banco Mundial
Taxa de Investimento no Mundo (% PIB) - 2013 Jogamos fora nossa grande janela de oportunidades
Brasil: Dívida Pública Bruta (% do PIB)
Dívida Pública Bruta (% do PIB)
Países/Áreas Dívida Bruta/PIB (%)
Brasil 65,8
Índia 60,5
África do Sul 47,9
China 40,7
Emergentes 40,1
Rússia 15,7 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 -
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
50.4 53.1
59.9 56.0 56.4 56.4 58.0 57.7
60.9
53.4 54.2 58.8
56.7
63.4
Fonte: Banco Central do Brasil Fonte: World Economic Outlook/IMF
Brasil: Saldo da Balança de Transações Correntes (US$ bilhões) – 2000 a 2014
Queda da Conta Corrente
-104,8
A Crise
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01/
07/2
015
• Governo Federal insolvente corta todos os investimentos e reduz meta do superávit primário de 66,3 para 8,7 bi
• Receita do primeiro semestre cai 3% e custeio aumenta 4%
• Inflação ultrapassa teto da meta
• Taxa de juros sobe: aumentam o endividamento das famílias e a dívida pública
• Desemprego aumenta. Renda cai
• Aumenta a reprovação do Governo
• A crise econômica instala a crise política
• Cai o nível de confiança na economia
A Crise
Brasil: IPCA acumulado (%) – Jan/2010 a Jun/2015
Crise: Inflação
TETO DA META
CENTRO DA META
PISO DA META
Brasil: Taxa Selic (% a.a) - 2000 a 2015
Crise: Taxa de Juros
19,0017,50
15,25
16,75
19,00
18,00
21,00
25,00
26,50
24,50
22,00
19,0017,50
16,0016,75
17,75
19,75
18,5017,25
15,2513,25
12,00
11,25
13,0013,75
11,25
9,258,75
10,75
12,5012,00
11,009,75
8,50
7,258,50
10,0010,50
11,00 11,2511,75 13,25
13,75
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20082009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Taxa (%) SELIC
Fonte: BCB. Elaboração Ceplan
Crise: Desemprego Aumenta, Renda Cai
A crise econômica instala a crise política
Cai o nível geral de confiança na economia
Vendo-se enganada, e diante do maior
escândalo de corrupção da história, a
população reprova o Governo. Instala-se a
crise política. O Congresso Nacional passa
a votar sistematicamente contra os
interesses do país, aumentando o rombo
das contas públicas
A Crise: Aumenta a Reprovação do Governo
Font
e: O
Pov
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“O Brasil já apresenta a maior carga tributária entre os países emergentes, mas a
trajetória de despesas previstas para os próximos anos requer expressivos
aumentos de tributos para evitar o aumento da dívida e a insolvência”.
“Os 12 anos de comportamento extraordinário da receita parecem ter entorpecido a
sociedade, os políticos e os formuladores da política econômica”.
“Somos um país que prometeu mais do que podia entregar. O custo do populismo
não deveria surpreender. A recessão será prolongada e o ajuste inevitável”.
O Ajuste Inevitável - Folha de São Paulo, 19/07/15 (Mansueto Almeida Júnior, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa)
O que fazer?
Apesar do desastre das políticas populistas, há um processo de
correção dos rumos.
O Brasil, entre os grandes países em desenvolvimento do mundo, é
o que tem as melhores e mais estáveis instituições.
O Brasil ainda é considerado pelos grandes agentes econômicos
internacionais como um país das oportunidades. Com o retorno da
confiança, os investimentos voltarão.
A Esperança
raulhenry.rh@gmail.com