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Retiro de Jovens _______________________
_____________________________ Cerejais, 16 e 17 de março de 2013
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NÃO TENHAS MEDO (Lc5, 10) - Eis-me aqui! (Is 6,8)
Retiro para Jovens
16 e 17 de março, Santuário dos Cerejais
PROGRAMA Dia 16 de março
Hora Atividade Notas
9.30h Acolhimento
10.00h Oração Inicial do Retiro / Oração da Manhã
10.30h – 11.15h Tema 1 – Restolho – Rom 8 Do tema da Mafalda Veiga até à Palavra de Deus. Da Palavra para a Vida
11.30h – 12.30h Celebração penitencial Com Sacramento da Reconciliação, se possível
13.00h Almoço partilhado Trabalho comunitário na arrumação do espaço
14.30h “Nascer de Novo” – Passeio em reflexão pelo espaço envolvente (Santuário)
Em dois grupos com trabalho orientado
16.30h – 17.15h Tema 2 – O lume – Lc 5 Do tema da Mafalda Veiga até à Palavra de Deus. Da Palavra para a Vida
17.30h – 18.00h Trabalho de grupo Construir o tempo de adoração: poemas, espaço e orações. Com orientação.
18.15h – 19.00h Tempo de adoração Na capela construída numa das salas da casa.
19.00h Jantar Trabalho comunitário na arrumação do espaço
20.30h Filme – A Invenção de Hugo
22.30h À volta do Lume Construção de uma fogueira e reflexão do filme à volta da fogueira.
Dia 17 de março
Hora Atividade Notas
09.00h Pequeno Almoço Trabalho comunitário na arrumação do espaço
09.30h Oração da Manhã Com as leituras do Domingo
10.00h – 10.45h Tema 3 – O Lume – Is 6 Do tema da Mafalda Veiga até à Palavra de Deus. Da Palavra para a Vida
11.00h Preparação da Liturgia da Eucaristia Dominical:
Ato penitencial, Ação de Graças, Oração Universal, cânticos e leituras
12.00h Eucaristia Integração do grupo na Eucaristia da Paróquia e sua dinamização.
13.00h Almoço Trabalho comunitário na arrumação do espaço
14.30h Partilha – Avaliação
15.30h Oração vocacional de envio
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Não existo sem Ti Deus pronuncio o Teu nome na escuridão
Na escuridão do meu medo
Nas trevas da minha culpa
Na minha necessidade de questionar e duvidar.
Deus, deposito em Ti, toda a minha confiança,
A minha esperança na protecção,
A minha sede de um Tu, o meu desejo de ser aceite.
Pergunto por Ti, perco-me no mistério de Ti,
Sinto a Tua falta.
Não existo sem Ti.
(Alfons Hofer)
O Espírito vem em nosso auxílio 26É assim que também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que
havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com
gemidos inefáveis. 27E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque
é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos. 28Sabemos que tudo contribui para
o bem daqueles que amam a Deus...
(Rom 8, 26-28a)
Silêncio A minha intensão para este retiro…
Pai nosso, que estais nos céus...
Seja feita a Tua vontade Senhor, seja em mim feita a Tua vontade.
Quero caminhar segundo a Tua vontade.
Ajuda-me a entender apenas a Tua vontade!
Senhor, se é da Tua vontade é bom,
E se é da Tua vontade tenho coragem
De entregar o meu coração nas Tuas mãos. Amen.
(Rupert Mayer)
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RESTOLHO - Rom 8
Cântico
Tu és Fonte de Vida. Tu és Fogo. Tu és Amor.
Vem Espírito Santo. Vem Espírito Santo.
Tu sei sorgente viva. Tu sei fuoco. Sei carita.
Vieni Spirito Sancto. Vieni Spirito Sancto.
Renúncia e Profissão de Fé
V. Renunciais ao Pecado para viverdes na liberdade de Filhos de Deus?
R. Sim, renuncio.
V. Renunciais às seduções do mal para que o pecado vos não escravize?
R. Sim, renuncio.
V. Renunciais a Satanás, que é o autor do mal e o pai da mentira?
R. Sim, renuncio.
V. Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
R. Sim, creio.
V. Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que nasceu da Virgem
Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
R. Sim, creio.
V. Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na
remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna?
R. Sim, creio.
V. Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar, em Jesus
Cristo, Nosso Senhor.
R. Amen.
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Leitura da Epístola do Apóstolo S. Paulo aos Romanos
Rom 8, 14-23
Irmãos:
Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Vós não
recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adoção
filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai». O próprio Espírito dá testemunho, em união
com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus. Se somos filhos, também somos
herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo; se sofrermos com Ele, também
com ele seremos glorificados.
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas
estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele
que as submeteu, com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas
da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só
ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente,
esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo.
Palavra do Senhor
Reflexão/Partilha
A vida espiritual é a vida segundo o Espírito, e viver segundo o Espírito é deixar-se
conduzir, guiar pelo Espírito Santo. Só assim seremos filhos de Deus, como nos ensina
S. Paulo no trecho que nos acompanha neste momento: «Todos os que são conduzidos
pelo Espírito de Deus são filhos de Deus» (Rom 8, 14).
Ora, é na redescoberta da filiação divina que se celebra este tempo da Quaresma. Reza
assim, na Eucaristia, uma oração do Missal (I prefácio da Quaresma): «Senhor… todos
os anos, concedeis aos vossos fiéis a graça de se prepararem para celebrar as festas
pascais, a fim de que, pela oração mais intensa, pela caridade mais diligente,
participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina».
A meta está traçada, alcançar a plenitude da filiação divina. Esta é a meta da vida da fé,
este é o destino da vida espiritual. Que este retiro e esta quaresma ajudem a isso.
No entanto, na nossa vida espiritual esbarramos algumas vezes com os sofrimentos,
com o que eles pressupõem de tristeza, de solidão, de abandono, de indolência e de
mágoa. E em relação a isto tudo canta, tão bem, a seguinte música de Mafalda Veiga.
Pensemo-nos restolho e vejamos se, como segue descrito, algum dia o fomos:
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Restolho, de Mafalda Veiga
Quando eu sou o restolho… Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração
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Cabe perguntar: nos momentos em que somos este restolho, que fazer? Como agir?
Como entender a vida? Por vezes, dá-se lugar à revolta e, juntamente com ela,
perguntamo-nos por Deus: Onde está Deus? Por que tarda? Se Deus existe, por que
existe o sofrimento, por que me atingiu este mal? Mas diante desta pergunta podemos
fazer ecoar outra: Se o sofrimento existe, por que é que não existe Deus? Para nós que
temos fé, uma coisa é certa: Deus não é o Autor do Mal nem o Pai da Mentira; Deus é o
Criador da Vida, o Autor da Salvação, o Senhor da Verdade.
Mafalda Veiga canta «é preciso morrer e nascer de novo, semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho há que penar para aprender a viver». De facto, não
importa, só, nascer pelo Batismo como filhos de Deus, importa, sobretudo, crescer
como filhos de Deus. Para isso, não desperdicemos a dor e o sofrimento, porque
também ajudam a esse crescimento, fazem-nos amadurecer, sobretudo se os soubermos
viver com Cristo e, consequentemente, como Cristo. A Quaresma traz essa vantagem,
todos os anos. Pela oração da Via Sacra, pela maior aproximação ao mistério da Cruz do
Senhor, somos iluminados, na nossa cruz, pelo amor dos sofrimentos de Cristo, e, como
nos ensinava S. Paulo «se sofrermos com Ele, também com ele seremos glorificados»
(Rom 8, 17). O sofrimento prova-nos a nós mesmos a qualidade da nossa fé. Como é a
nossa fé? Interesseira? Acredito, para usar Deus? Acredito, para fazendo o jeito a Deus
e depois lhe exigir o que me apetece? Um pai não gosta só dum filho quando este está
bem e sem crises. E nós, como filhos de Deus? Acreditamos apenas, gostamos só de
Deus, quando estamos nos “dias sim”, quando somos trigo numa ceara ao vento?
S. Paulo entende a nossa dor e o nosso sofrimento como sendo a dor e o sofrimento
típicos do tempo da conceção, próprios de uma mãe quando dá à luz um filho. O
nascimento de uma nova vida implica sempre as dores da maternidade. Porque assim é,
somos convidados a deixar que o Espírito de Deus dê à luz, em nós, a plenitude da
filiação divina. A dor, o sofrimento, as dificuldades, na vida pessoal, na nossa família,
na descoberta da nossa vocação, são oportunidades de crescer de novo, de nascer
espiritualmente, se nos deixarmos guiar, aí, pelo Espírito de Deus.
«A vida não é existir sem mais nada, a vida não é dia sim, dia não, é feita em cada
entrega alucinada pra receber daquilo que aumenta o coração». Será que a minha vida é
um mero existir, sem a cor e o sabor do sentido? Será que os “dias não” não podem ser
resgatados pela presença salvífica de Cristo na minha vida? Será que terei tanto medo de
perder a vida, que não ouso receber aquilo que aumenta o coração e traz a vida?...
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Sentir-me presente
Escutar Restolho, Mafalda Veiga.
Concentrar-se da expressão em negrito:
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Fazer silêncio e deixar essa frase ecoar
dentro.
Cântico inicial
Saudação inicial
Leitor 1 – Ó Jesus, Senhor ressuscitado
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Leitor 2 – Ó Jesus, bom pastor
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Leitor 3 – Ó Jesus, Palavra de vida
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Leitor 4 – Ó Jesus, amigo dos pecadores
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Leitor 5 – Ó Jesus, fonte de perdão
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Leitor 6 – Ó Jesus, príncipe da paz
Todos – Estamos aqui, reunidos em teu nome.
Oração Coro 1 – Pai Santo, Deus de bondade sem fim, Tu chamas os pecadores a renovarem-se no teu
Espírito. Tu manifestas o teu poder, apagando o pecado e perdoando-nos.
Coro 2 – Muitas vezes traímos a Aliança.
Mas em vez de desistires de nós, Tu nos enviaste o teu Filho e fizeste uma nova aliança de
amor.
Coro 1 – Também nós nos afastámos de Ti, mas Tu vieste ao nosso encontro, para
encontramos o caminho de regresso.
Coro 2 – Ajuda-nos a aprender com Cristo, a voltar ao teu amor, para podermos amar os
nossos irmãos.
Coro 1 – Reconhecemos o teu amor de Pai quando dobras a dureza do nosso coração e lanças
sementes de reconciliação num mundo rasgado por lutas e divisões.
Coro 2 – Pai Santo, dá-nos o Teu Espírito para que se apaguem os obstáculos da concórdia e a
Igreja possa brilhar como sinal de unidade e instrumento da tua paz.
Coro 1 – Com a força do Espírito age no íntimo dos corações para que os inimigos se abram ao
diálogo, os adversários se abracem, o amor vença o ódio, o trigo volte a germinar.
Todos – Ámen.
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Cântico
Proclamação do Evangelho Do Evangelho segundo S. Lucas
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei
e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei de fazer para receber como
herança a vida eterna?».
Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma,
com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás».
Exame de consciência Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração
• Reconheço verdadeiramente Deus como o único Senhor da minha vida ou há outras coisas
e/ou pessoas no primeiro lugar?
• Encontro-me com o Senhor em oração de manhã e à noite?
• Vivo na presença de Deus procurando transformar cada momento de trabalho, de estudo, de
tempo livre... em louvor ao Senhor?
• O que faço para que a minha vida seja cada vez mais ao estilo de Jesus de Nazaré? Leio e
medito a Palavra de Deus para viver em conformidade com ela?
• Sei ver em mim os dons que Deus me deu e procuro pô-los a frutificar com responsabilidade,
na busca da minha vocação?
• Sei testemunhar com as palavras e sobretudo com a vida o dom da fé que recebi?
Canto
Senhor tem piedade de nós
Amarás o próximo como a ti mesmo
• Cultivo na minha vida o amor a todos, sem discriminar ninguém, à maneira de Jesus que
acolhia a todos?
• Estou atento aos mais fracos e àqueles que mais precisam de ajuda?
• Como contribuo para criar comunhão na minha família? E com os meus amigos?
• Respeito os outros? Tenho o hábito de semear discórdias ou críticas injustas?
Canto
Senhor tem piedade de nós
Os primeiros cristãos eram assíduos em escutar o ensinamento dos apóstolos, na união
fraterna, na fracção do pão e nas orações.
• Santifico o dia do Senhor participando conscientemente na missa?
• Participo nas atividades do meu grupo e procuro alimentar a minha fé?
• Amo a Igreja, corpo de Cristo? Sinto-me parte viva, activa e responsável da Igreja? Dou o
meu contributo para aumentar a comunhão entre todos?
Canto
Senhor tem piedade de nós
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Presidente – De tantas maneiras faltámos aos nossos compromissos baptismais. Só nos resta
oferecer ao Senhor o nosso arrependimento.
Coro 1 – Confessamos-Te, ó Deus amor, que preferimos viver em egoísmo.
Coro 2 – Confessamos-Te, ó Deus da verdade, que não escutámos nem seguimos a Tua
Palavra.
Coro 1 – Confessamos-Te, ó Deus da vida, a nossa incapacidade em viver como teus filhos e
como irmãos uns dos outros.
Coro 2 - Confessamos-Te, ó Deus da vocação, que não pusemos a render os dons que nos
deste.
Coro 1 - Dá-nos perdão e liberdade do amor.
Coro 2 – E faz brilhar a tua luz sobre nós.
Todos – Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos...
Presidente – Deus todo-poderoso tenha piedade de nós, perdoe os nossos pecados e nos
conduza à vida eterna.
Todos – Ámen.
Reconciliação individual
Cântico
Sou assim...ConTigo…
(completo individualmente as frases)
Geme o restolho, preso de saudade
Gemo, Senhor, porque...
esquecido, enlouquecido, dominado
Sinto-me esquecido, Senhor, quando...
Muitas vezes, louco, faço...
Deixo-me dominar, Senhor, por...
escondido entre as sombras do montado
Tenho vergonha, Senhor, sempre que…
sem forças e sem cor e sem vontade
Tudo parece escuro, sem cor, sem vontade, porque...
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Comentar as frases a partir da Natureza e de Maria de Nazaré:
- É preciso morrer e nascer de novo, semear no pó e voltar a colher.
Na natureza:
Em Maria de Nazaré:
- A vida não é existir sem mais nada, a vida não é dia sim, dia não.
Na natureza:
Em Maria de Nazaré:
Trazer elementos da natureza para construir o espaço da oração para o final da tarde.
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O LUME - Lc 5, 1-11
Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus,
onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo.
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna. Amen.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 5, 1-11
Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de
Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados
no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu
para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra.
Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse
a Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe Simão:
«Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes,
lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que
as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro
barco, para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos, de tal modo que
quase se afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e
disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na verdade, o
temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca
realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram
companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás
pescador de homens». Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e
seguiram Jesus.
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Se, de manhã, Mafalda Veiga nos ajudou com o tema Restolho, agora recorrermos a um
outro tema seu, o Lume. Escutemos:
O Lume
Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter
Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
Não percas tempo
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Pouco nos diriam estas letras, se nelas não víssemos traduzidas algumas passagens do
Evangelho.
Com muita propriedade podemos considerar o pecado que nos atinge e do qual nos
fazemos cúmplices como laço, como amarras, que nos aprisionam. O pecado é tudo
aquilo que tira a vida, em nós e nos outros. Chamemos-lhe mal, chamemos-lhe falha,
chamemos-lhe erro, não deixamos de denominar a mesma realidade que nos atinge
mortalmente.
Vai caminhando desamarrado dos nós e laços que o mundo faz, convida Mafalda Veiga.
Mas como, perguntamos nós. E, responde-nos, como sempre, o Evangelho. Porque às
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perguntas mais humanas, responde Deus, pela Sua Palavra Encarnada. Não responde
com frases diretas, porque o mistério do homem não se traduz tanto assim. Responde
com o estar no barco do trabalho e da vida de Pedro: «Faz-te ao largo e lançai as redes
para a pesca». E, aparentemente, parecem querer vencer as amarras: «Mestre, andámos
na faina toda a noite e não apanhámos nada». Mas, não vencem. Vence, sim, a
obediência: «já que o dizes, lançarei as redes». Se a desobediência a Deus é a causa do
pecado, é a causa das amarras que nos aprisionam a vida, a obediência a Deus é a fonte
da nossa liberdade e da abundância da vida: «Eles assim fizeram e apanharam tão
grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se».
É na epifania da abundância da vida que se manifesta a precariedade da nossa
existência. «Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe:
“Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador”». E Jesus responde: «Não
temas». É… Jesus quando vê o barco da nossa vida, escolhe subir para ele, sobe e senta-
se, vem para ficar. A partir do barco da nossa vida, Ele quer ensinar a humanidade, a
multidão que O busca. Há uns dias, numa das Lectio Divina, que o Secretariado
Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional organizou, entregaram uma pedra com a
seguinte mensagem escrita: “tu és Igreja”. É, cada um é Igreja, e tanto mais o será, se
for missionário, se responder à vocação primeira da Igreja, que é evangelizar. Jesus vê-
nos, vem a nós, fica connosco, para que o testemunhemos. E só vem a nós enquanto
Igreja, como nós só o recebemos como Igreja, Comunidade dos crentes, Povo de Deus.
Na Igreja, Cristo não falta, como nos recordava Bento XVI na última das suas
audiências semanais: «sempre soube que, naquela barca, está o Senhor; e sempre soube
que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é d’Ele. E o Senhor não a deixa
afundar; é Ele que a conduz, certamente também por meio dos homens que escolheu,
porque assim quis. Esta foi e é uma certeza que nada pode ofuscar. E é por isso que,
hoje, o meu coração transborda de gratidão a Deus, porque nunca deixou faltar a toda a
Igreja e também a mim a sua consolação, a sua luz, o seu amor».
Caros jovens, não percais tempo, que o tempo corre. Dai-vos ao Sopro do Espírito Santo
como um veleiro, como a barca da Igreja que sois, e soltai no vosso brado evangelizador
a coragem e o amor que Cristo vos traz…
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ESQUEMA
1. Lume (escutar)
2. Exposição do Santíssimo
3. Eis-me aqui, Senhor
4. Desamarra-me, Senhor
5. Palavra de Deus - Lc 5, 1-11
6. Reflexão
7. Creio, lançarei as redes
8. Preces
9. Não apagues o lume
10. Reposição do Santíssimo
(momentos da adoração construída pelos pequenos grupos do retiro)
1. O Lume (escutar o tema de Mafalda Veiga)
2. Exposição do Santíssimo
3. Eis-me aqui, Senhor
Eis-me aqui, Senhor Junto a ti, perto de ti Para prestar o meu louvor Entrego-me a ti senhor de corpo e alma. Eis-me aqui, Senhor Faz acordar o lume do meu coração E que ninguém consiga apagá-lo dentro de mim. Eis-me aqui, Senhor Para me libertares da dor e do pecado Dá-me coragem para enfrentar todos os obstáculos da vida. Eis-me aqui, Senhor Para celebrar contigo as festas pascais E liberta-me das tentações. Senhor, estamos aqui, à tua espera!
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4. Desamarra-me, Senhor
Perdoa-me Senhor, pelas vezes que Te ofendi
Pelas vezes que o lume se apagou
Pelas vezes que o meu irmão chorou
Pelas vezes que não me arrependi
Perdoa-me Senhor, pelas minhas faltas
Tira-me desta noite escura e fria
Sem ti, de mim o que seria
Ajuda as minhas expetativas a serem mais altas
Perdoa-me Senhor, porque não te oiço
Sem ti o meu coração é sombrio
Sem ti o meu lume é frio
E a minha vida parece um baloiço.
5. Palavra de Deus - Lc 5, 1-11
6. Reflexão
Acredito, Senhor, que me chamas à felicidade,
À vida nova, ao Céu que na terra começa;
A um estilo de vida, a uma missão no mundo,
Aos homens e a uma solidariedade que chega até ao Céu.
Acredito, Senhor, que me chamas,
Mas muitas vezes eu não escuto o Teu chamamento.
Faz com que eu Te escute e compreenda a Tua Palavra.
Seduz-me para que eu Te procure e encontre.
Acorda o meu desejo para que eu Te receba
Onde dois ou três estiverem reunidos em Teu nome.
Envia-me pessoas que me digam a verdade sobre Ti
Para que de Ti escute a verdade sobre mim,
Sobre a felicidade, a vida nova e o Céu
Que na terra começa.
(Georg Lengerk)
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7. Creio, lançarei as redes
Creio em ti Senhor, no Teu chamamento para ser pescador de homens e evangelizar
através da Tua palavra, anunciando o Teu Reino.
Creio no Espirito Santo, que nos fortalece e ilumina para dar continuidade ao Teu
chamamento.
Dá-nos força para continuar o Teu Caminho, a Tua Paz, o Teu amor e a Tua Vida.
Iluminando-me antes de cair em tentação. Ámen
8. Preces
Pelo Papa Francisco I, bispos, presbíteros e diáconos para que sigam a luz do
evangelho dado por Cristo, oremos irmãos.
Pelos povos que sofrem, para que animados por Cristo não percam a força de lutar,
oremos irmãos.
Pelos homens e mulheres que não tiveram medo de se entregar a Cristo para que não
esmoreçam, oremos irmãos.
Por nós jovens aqui reunidos para que não percamos o caminho de seguir a Cristo,
oremos irmãos.
Por todas as nossas famílias para que nos apoiem no nosso caminho, oremos irmãos.
9. Não apagues o lume
Meu Deus, o que quero não faço, E o que faço não quero. Não sou eu que conduzo a minha vida… Dá-me, peço-Te, o Teu Espírito Santo A Tua luz para discernir: O principal do secundário, o bem do mal, a verdade da mentira, O certo do errado, a sensação do sentimento, A Ti, meu Deus, de tudo o que quer ser deus em mim, A Tua voz das vozes, a Tua glória do esplendor do inimigo, O que serve o Teu reino do que o afasta, o que me liga a Ti do que me separa, O que eu possuo do que me possui, o Teu julgamento da minha sentença, A Tua misericórdia do meu menosprezo, a fortaleza da insensibilidade, O eterno do efémero, o último do penúltimo, E o Teu Céu oferecido do meu, por mim criado. Dá-me a vontade e capacidade, a coragem e a força, a confiança para bem decidir e optar Por aquilo a que me chamaste, aquilo que me queres oferecer E aquilo que me leva a mim e aos meus a Ti, Amén. (Georg Lengerke)
10. Reposição do Santíssimo
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A INVENÇÃO DE HUGO Filme
À VOLTA DO LUME Fogueira
Construção de uma fogueira no exterior. Comentários ao filme e partilha de experiências.
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Cântico inicial
Ajuda-me a orar de manhã cedo
Deus, de manhã cedo Te peço:
Ajuda-me a orar e a recolher
Pensamentos que a Ti levam;
Sozinho não consigo.
Em mim está escuro,
mas em Ti está a luz;
Estou sozinho,
mas Tu não me deixas;
Estou desanimado,
mas em Ti tenho auxílio;
Estou inquieto,
mas em Ti está a paz;
Em mim há mágoa,
mas em Ti há paciência;
Não entendo os Teus caminhos,
Mas Tu conheces o meu caminho.
Amen.
(Dietrich Bonhoeffer)
Não te condeno 1Jesus foi para o Monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o
povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar. 3Então, os doutores da Lei e os
fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio 4e
disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. 5Moisés, na
Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?» 6Faziam-lhe esta pergunta
para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o
chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. 7Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e
disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» 8E, inclinando-se
novamente para o chão, continuou a escrever na terra. 9Ao ouvirem isto, foram saindo um a
um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles. 10Então,
Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?» 11Ela
respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora
em diante não tornes a pecar.»
(Jo 8, 1-11)
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19
Vai e não tornes a pecar
No fim todos desaparecem da cena. “Só ficaram os dois: a pecadora e o salvador, a doente e o
médico, a miséria e a misericórdia” (S. Agostinho). Neste encontro intui-se que a vida, mesmo
a mais desgraçada de todas, esconde um caminho até ali impensável: a possibilidade do amor!
Jesus não julga, não banaliza a culpa, não justifica o adultério, não dá sentenças de morte, mas
faz recomeçar a vida. E atribui à adúltera o mesmo título que dá à sua Mãe, em Canã e no
Calvário: Mulher! Assim recorda à pecadora, e a nós, aquela grandeza que nenhuma culpa pode
destruir. Ninguém é o seu pecado, porque diante de Deus somos renovadamente mulheres e
homens, capazes de viver, capazes de amar. O Criador traça sempre de novo, em cada um de
nós, a rota do céu, reproduz a imagem das origens, aquele rosto celestial com a beleza original,
fruto do seu eterno amor.
A mulher salva por Jesus é imagem de todos nós, com os próprios “adultérios”. Contudo, o
esposo, Cristo, porque nos ama e espera a nossa conversão, só pode já ter-nos perdoado. E
nos repete aquelas palavras que mudam a morte em vida: “Nem eu te condeno. Vai e não
tornes a pecar”
Silêncio A minha intensão para este dia…
Pai nosso, que estais nos céus...
Corta as minhas amarras Meu Jesus,
Quero a Ti servir e não encontro o caminho,
Quero fazer o bem e não encontro o caminho,
Quero encontrar-Te e não encontro o caminho,
Quero amar-Te e não encontro o caminho.
Ainda não Te conheço, meu Jesus,
Porque não Te procuro,
Procuro-Te e não Te encontro.
Vem até mim, meu Jesus.
Nunca Te amarei
Se não em ajudares, meu Jesus.
Corta as minhas amarras
Se quiseres que eu seja Teu.
(São Filipe Neri)
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Recolher alegria Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho. 2A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.
Dizia-se, então, entre os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas!» 3Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.
4Transformai, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam
o deserto do Négueb. 5Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.
6À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas.
(Sl 126)
Pai, dá-me sabedoria (rezada por todos em coro)
Pai,
Dá-me sabedoria para Te reconhecer;
Desejo para Te procurar;
Paciência para Te esperar;
Um coração para Te contemplar;
E uma vida para Te anunciar
Pelo poder do Espírito
De Nosso Senhor Jesus Cristo, Amen.
(Santo Ambrósio de Milão)
Cântico final
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O LUME - Is 6, 1-8
Leitura do Livro de Isaías
Isaías 6, 1-2a.3-8
«No ano em que morreu Ozias, rei de Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e
sublime; a fímbria do seu manto enchia o templo. À sua volta estavam serafins de pé,
que tinham seis asas cada um e clamavam alternadamente, dizendo: «Santo, santo, santo
é o Senhor do Universo. A sua glória enche toda a terra!». Com estes brados as portas
oscilavam nos seus gonzos e o templo enchia-se de fumo. Então exclamei: «Ai de mim,
que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, moro no meio de um povo
de lábios impuros e os meus olhos viram o Rei, Senhor do Universo». Um dos serafins
voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma
tenaz. Tocou-me com ele na boca e disse-me: «Isto tocou os teus lábios: desapareceu o
teu pecado, foi perdoada a tua culpa». Ouvi então a voz do Senhor, que dizia: «Quem
enviarei? Quem irá por nós?». Eu respondi: «Eis-me aqui: podeis enviar-me».
Retomando o tema da Mafalda Veiga de ontem à tarde, aprofundaremos a passagem
bíblica, na qual Isaías se responde a Deus «Eis-me aqui». Escutamos de novo a música
o Lume:
Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter
Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro
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E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
Não percas tempo
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Se Deus se faz tão próximo à vida de Pedro e dos seus companheiros, e, como lemos há
pouco, à vida de Isaías, resta que nós nos façamos próximos a Ele. Como? Imitando
Pedro e Isaías. A Palavra de Deus, se por um lado nos dá conta do que Deus faz em
nosso favor, por outro lado, manifesta-nos, com a autoridade divina que tem, qual o
posicionamento certo do homem face a Deus.
Tanto Pedro, como Isaías respondem com a disponibilidade do coração ao chamamento
de Deus. Pedro e os companheiros, se vos lembrais de ontem, «deixaram tudo e
seguiram Jesus» (Lc 5, 11), Isaías diz «eis-me aqui: podeis enviar-me» (Is 6, 8). Isaías,
na altura em que surge esta resposta à sua vocação divina, é um jovem, tem
provavelmente 20 anos. Tal como a ele, também à nossa juventude, Deus lança as
perguntas «Quem enviarei? Quem irá por nós?» (Is 6, 8). Podemos ler estas questões
num horizonte de tempo estreito ou largo. Num horizonte estreito, saber-nos-emos
responsabilizados por ser e estar em nome de Deus, logo à tarde e ao longo desta
semana, na nossa família, na nossa comunidade paroquial, na nossa escola ou local de
trabalho. Num horizonte temporal largo, estas perguntas implicam toda a nossa vida, a
identidade de cada um que é forjada pela vocação a que é chamado. Onde? Há que
perguntar, na oração, a Deus. Na constituição duma família? Provavelmente. Na vida
sacerdotal ou contemplativa? Por que não? Pelos caminhos da vida religiosa ou da
missão? É uma possibilidade. Importa que não tenhamos medo, e depois não hesitemos:
«Não percas tempo, o tempo corre. Só quando dói é devagar. E dá-te ao vento como um
veleiro solto no mais alto mar». Se o Espírito Santo sopra onde quer (Jo 3, 8), deixemos
que em nós dê à luz a plenitude da filiação divina, que acontece, que nasce quando
acolhemos, com fidelidade, a vocação a que Deus nos chama. É a vocação que faz de
cada um alguém único, com uma missão impar e insubstituível na história da
humanidade. Não é tanto a impressão digital ou o ADN que nos fazem únicos. O que
realmente nos individualiza é a vocação a que somos chamados, a eleição de Deus em
relação ao outro, a missão que recebemos face à humanidade.
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«Liberta o grito que trazes dentro e a coragem e o amor», canta Mafalda Veiga. Ora,
que este grito não seja mais (porque não precisa de ser) que a expressão «eis-me aqui:
podeis enviar-me». Ela encerra a coragem do jovem que adere a Deus, que corresponde
à Sua vontade; ela significa a libertação do amor, ou seja, a resposta de amor com que
nos voltamos para o Deus que nos amou primeiro. E, «mesmo que seja só um momento,
mesmo que traga alguma dor», esse momento é o momento inicial, essa dor é a dor da
maternidade. E uma nova vida começa do Espírito Santo. E, em nós, um Novo Homem
nasce, à imagem de Cristo, o verdadeiro Homem Novo. E, por nós, uma Nova
Humanidade vai surgindo, a Nova Civilização do Amor…
(Trabalho individual - Colocar um verbo em cada frase ou quadra)
O Lume, de Mafalda Veiga
Quando me dou ao vento… Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter
Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
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EUCARISTIA Preparação
Trabalho em pequenos grupos para preparer a liturgia do Domingo na Comunidade:
Ato penitencial, ação de graças, distribuição das leituras e cânticos.
Apresentam-se a seguir os trabalhos realizados:
Eucaristia-Momento Penitencial
Perdoa-me Senhor, pelas vezes que Te ofendi
Pelas vezes que o lume se apagou
Pelas vezes que o meu irmão chorou
Pelas vezes que não me arrependi
Perdoa-me Senhor, pelas minhas faltas
Tira-me desta noite escura e fria
Sem ti, de mim o que seria
Ajuda as minhas expetativas a serem mais altas
Perdoa-me Senhor, porque não te oiço
Sem ti o meu coração é sombrio
Sem ti o meu lume é frio
E a minha vida parece um baloiço.
Eucaristia-Ação de Graças
Nós te louvamos Senhor por tudo que nos ofereces a cada dia.
Pelo teu corpo e sangue, que nos fortalece e alimenta o nosso dia-a-dia.
Louvamos-te também Senhor por iluminares a vida de cada um de nós através do
testemunho do teu filho Jesus Cristo.
A ti Maria, Nossa Mãe, que nos escutas a todo o momento e pela proteção que nos
concedes.
Agradecemos-te pela tua palavra que nos guia no nosso caminho de verdade e vida e
de ajuda ao próximo.
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AVALIAÇÃO Retiro para Jovens
Para facilitar a avaliação destes dias de retiro, segue esta metodologia: Preenche a grelha, quantificando de 1 a 5, sendo que 1 é o valor mais baixo e 5 o valor mais alto
1 2 3 4 5 Observações
Acolhimento Temas do retiro Horário do retiro Casa e ambiente Metodologia utilizada Material utilizado Formações em grande grupo Filme Trabalhos de grupo Momentos de Oração Dinâmicas Passeio/reflexão Como classificas de uma forma geral ente retiro?
2. Na tua opinião, quais os principais “pontos fortes” e “pontos fracos” do retiro? Pontos fortes Pontos Fracos
___________________________________ ___________________________________ ___________________________________
___________________________________ ___________________________________ ___________________________________
3. Que sugestões de melhoria gostarias de fazer? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Aconselharia um colega da tua turma a fazer este retiro? SIM NÃO
Porquê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
NOME (facultativo) ________________________________________________________________________
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Cântico inicial
Introdução “A alegria é um elemento central da experiência cristã. A aspiração pela alegria está impressa
no íntimo do ser humano. O nosso coração procura a alegria profunda, total e duradoura, que
possa dar «sabor» à existência. Deus quer que participemos da sua alegria, divina e eterna,
fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida consiste em ser aceite,
ouvido e amado por Ele, e não com um acolhimento frágil, como pode ser o humano, mas com
um acolhimento incondicional, como é o divino. A primeira causa da nossa alegria é a
proximidade do Senhor, que me acolhe e me ama. Do encontro com Jesus nasce sempre uma
grande alegria interior”. [Da Mensagem do Papa Bento XVI para 27ª Jornada Mundial da
Juventude – 2012]
Somos ‘barulhentos’ e, daquilo que entre nós falamos, muito da nossa conversação torna-se
banal… Quando falámos demasiado, corremos o rico de o nosso recetor perder interesse na
nossa conversa, desviando a sua atenção para outras áreas de maior interesse.
Como é difícil calar!
Para escutar bem o Outro, devemos ousar aprender a calar…
Cultivar a arte de escutar o nosso próximo aperfeiçoa a nossa sensibilidade e permite-nos
encurtar a distância de isolamento criada pelo mecanismo da nossa autodefesa.
Escutar é renunciar!
Na alegria de sermos chamados à vida e à vocação, escutemos a Deus Pai que, em seu Filho
Jesus, nos disse: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio
deles” [Mt 18, 20].
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Ilumina o meu coração (acender as velas)
Vinde, bendizei comigo o Senhor,
porque o seu louvor está sempre nos meus lábios.
Vinde, enaltecei comigo o Senhor e, juntos, exaltemos o seu nome.
Saboreai e vede como o Senhor é bom.
Contemplai-O e, no silêncio do coração, escutai-O
para não serdes confundidos [Sir 24, 22; Sl 34, 2-4. 9].
Louvai ao Senhor com todo o ardor do vosso coração,
com toda a alma e com todas as vossas forças [Dt 6, 5].
Ele nos ensinará os seus caminhos e sobre nós derramará o seu amor.
Rendemos-Lhe graças com fé e alegria, amor e gratidão,
pelo dom da vocação à vida que nos concedeu;
por tudo o que Ele realizou e realiza em nosso favor.
E, como Francisco,
peçamos ao glorioso Deus Altíssimo,
que ‘ilumine o nosso coração,
nos conceda uma fé recta,
nos dê uma esperança certa’,
a fim de podermos discernir o que é recto,
justo e bom segundo a sua vontade.
Ponhamos n’Ele a nossa confiança!
Entreguemos-Lhe o nosso coração,
porque Ele é justo e o Seu nome é santo.
O seu amor permanece para sempre
E a sua fidelidade é eterna.
Sim, sou restolho
(escutar o Restolho de Mafalda Veiga e fazer silêncio, como eco destes dias de retiro
onde me encontrei comigo, com os irmãos e com Deus...mesmo sendo restolho…)
Ecos de Santa Clara - “dever da vocação” “Em nome do Senhor. Ámen. A nossa vocação é o maior de todos os benefícios que recebemos
e diariamente continuamos a receber do nosso benfeitor, Pai das misericórdias [2 Cor 1, 3],
pelos quais devemos render infinitas graças; e quanto mais perfeita e sublime ela é, tanto mais
d’ Ele nos tornamos devedores. Por isso diz o Apóstolo: “conhece a tua vocação”.
O Filho de Deus fez-se nosso caminho, como nos mostrou e ensinou pela palavra e pelo
exemplo o nosso bem-aventurado Pai São Francisco, seu apaixonado imitador. Devemos, pois,
considerar os imensos benefícios que o Senhor nos concedeu… Nisto podemos, pois, ver a
abundante bondade de Deus para connosco, o qual, em sua grande misericórdia, se dignou
manifestar tais coisas sobre a nossa vocação e eleição através do seu santo.
Qual não deve ser a solicitude e o empenho que devemos pôr em realizar, de alma e corpo, os
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mandamentos de Deus nosso Pai, para que com o auxílio do Senhor, lhe devolvamos,
multiplicado, o talento que nos confiou…
Tendo-nos o Senhor chamado a um estado tão sublime, a fim de se poderem modelar por nós
as que devem servir de espelho e modelo aos outros, devemos bendizer e louvar o Senhor e
fortalecer-nos n’Ele, para praticarmos o bem cada vez melhor. Portanto, se a nossa vida
corresponder a esta vocação, deixaremos aos outros um nobre exemplo e ganharemos a
eterna bem-aventurança, com um mínimo de esforço. Peço ao próprio Senhor que nos deu tão
bom princípio, nos dê o incremento e também a perseverança até ao fim. Ámen. [Testamento
de Santa Clara]
Pistas de reflexão [Momento de silêncio e interiorização - música de fundo]
- Como tenho vivido a minha resposta vocacional?
- Sinto-me verdadeiramente chamado por Deus a algo?
- O que reconheço faltar-me ainda para uma melhor escuta da vontade de Deus a meu
respeito?
- O que mais me motiva a seguir Jesus? O que me assusta?
- Como tenho alimentado a minha fé e como a transmito aos outros?
Fixa o teu olhar Nele
Leitor:
Fixa o teu olhar no espelho da eternidade,
deixa a tua alma banhar-se no esplendor da glória
e une o teu coração Àquele que é encarnação da essência divina,
para que, contemplando-O, te transformes inteiramente
na imagem da sua divindade. [3CCL]
SILÊNCIO
Cântico a intercalar
Leitor:
Olha, medita e contempla
e que o teu coração se inflame na sua imitação.
Sê forte no Senhor.
Rejubilemos pelo bem que o Senhor,
pela sua graça, em nós realiza. [2CCL]
SILÊNCIO
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Leitor:
Contempla-O desprezado por teu amor e segue-O
tornando-te desprezível por Ele neste mundo.
Contempla o Esposo. Sendo o mais belo dos filhos dos homens,
transformou-se, para tua salvação, no mais desprezível dos mortais.
Morreu na Cruz, no meio dos maiores sofrimentos,
golpeado e vezes sem conta açoitado em todo o corpo.
SILÊNCIO
Leitor:
Feliz daquele a quem foi dado gozar desta íntima união,
e que aderiu com todas as fibras do seu coração.
Àquele cuja beleza é contemplada por todos os santos
do exército celeste, cujo amor nos encanta,
cuja contemplação nos vivifica,
cuja bondade e benignidade nos basta.
SILÊNCIO
Leitor:
A sua doçura satisfaz-nos plenamente
e a sua recordação ilumina-nos com suavidade.
O seu odor ressuscita os mortos, e a sua visão beatífica santifica…
Ele é o esplendor da eterna glória,
a luz da eterna luz, o espelho sem mancha.
SILÊNCIO
Leitor:
Contempla, além disso, as inefáveis delícias,
as suas eternas riquezas e honras
e exclama suspirando, plena de anseios e com profundo amor:
Atrai-me a Ti e correrei ao odor dos teus perfumes,
ó celeste Esposo.
Correrei sem desfalecer,
até que me introduzas na sala do festim,
até que a minha cabeça
repouse sobre a tua mão esquerda,
e a tua direita me abrace com ternura
e me beijes com o ósculo suavíssimo da tua boca.
SILÊNCIO
Leitor:
Contempla diariamente este espelho...
observa nele o teu rosto,
para que a grande variedade de virtudes
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que embeleza o teu interior e exterior,
seja como manto de flores,
tal como convém [aos que são] do Rei supremo.
SILÊNCIO
Leitor:
Neste espelho poderás contemplar, com a graça de Deus,
como resplandece a bem-aventurada pobreza,
a santa humildade e a inefável caridade.
Contempla, no princípio deste espelho, a pobreza,
pois está colocado no presépio e envolto em paninhos.
SILÊNCIO
Leitor:
Nesta contemplação
que faça silêncio a linguagem da carne e dê lugar à do espírito…
A linguagem dos sentidos só muito imperfeitamente
pode manifestar o amor [de Deus para connosco].
SILÊNCIO
Leitor:
Oh maravilhosa humildade! Oh admirável pobreza!
Contempla, além disso, as inefáveis delícias,
as suas eternas riquezas e honras
e exclama suspirando, plena de anseios e com profundo amor:
atrai-me a Ti e correrei ao odor dos teus perfumes, ó celeste Esposo. [4CCL]
SILÊNCIO
Dá-te ao vento
(escutar o O Lume de Mafalda Veiga e fazer silêncio, num tempo de escuta da vontade
de Deus, sentir o vento que e impele a gritar a a partilhar o lume que trago dentro)
Palavra de ENVIO (a partir de alguns “Envios” de Jesus)
Leitor: Há muita gente perdida, à espera de amor e de acolhimento!
Presidente: «IDE, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho,
proclamai que o Reino do Céu está perto. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os
leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça. (Mt 10,6-8)
T - Ide por todo o mundo...
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Leitor: Há muita gente incapaz de ver a ação do Espírito de Deus no mundo de hoje!
Presidente: «IDE contar o que vistes e ouvistes: Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos
ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa-Nova é anunciada aos pobres.»
(Lc 7,22)
T - Ide por todo o mundo...
Leitor: Há muita gente a sofrer os horrores das guerras grandes e a angústia das guerras
domésticas!
Presidente: «IDE! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’» (Lc 10,3.5)
T - Ide por todo o mundo...
Leitor: Há muita gente de braços cruzados, sem que ninguém os desafie à construção do bem
comum!
Presidente: «IDE vós também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.» (Mt 20,4)
T - Ide por todo o mundo...
Leitor: Há muita gente a viver o drama da solidão, da ignorância e do abandono!
Presidente: «IDE, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que
Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» (Mt 28,19-20)
T - Ide por todo o mundo...
Leitor: Há muita gente ansiosa, à espera de uma Feliz Notícia!
Presidente: «IDE pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar
e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão
aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum
mal; hão de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.» (Mc 16,15-18)
T - Ide por todo o mundo...
(frei Acílio Mendes, ofmcap)
Oração vocacional
Pai Santo, Tu que vives
em sintonia perfeita com o Teu filho Jesus,
e em permanente harmonia com o Espírito Santo,
vem em auxílio da nossa fraqueza
e abre-nos à novidade da Tua graça.
Aumenta a nossa fé
para descobrirmos, de novo,
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o entusiasmo de comunicar a fé,
vivendo com alegria a nossa vocação franciscana,
como “sal da terra e luz do mundo”,
no meio dos homens e mulheres
a quem hoje nos envias.
Torna-nos dóceis no acolhimento da Tua Palavra
e ágeis para a cumprirmos fielmente.
Inspira os nossos corações, com o esplendor da Tua Luz,
para podermos compreender a Tua voz
que nos chama a reassumir, todos os dias,
a beleza do nosso carisma,
e de a proclamarmos com gozo,
na nossa vida e missão. Ámen.
Lança o dado e vai! (entrega do símbolo – Cubo JEF)
Cântico final
Elaborado por:
Padre José Luís Pombal, Seminário de S. José, Bragança
Irmã Maria da Conceição Afonso Borges, sfrjs
Com a colaboração de:
Juventude Eucarística Franciscana
Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Bragança