Post on 22-Feb-2019
A revista “Trajetórias Humanas Transcontinentais” (Trayectorias Humanas Transcontinentales, TraHs) da Rede internacional América latina, África, Europa Caribe (ALEC) “Territórios, Populações Vulneráveis, Políticas Públicas” da Universidade de Limoges (França), convoca a participar para seu terceiro número, dentro da temática:
MULHERES E CONFINAMENTO EM INSTITUIÇÕES TOTAIS Do ponto de vista sociológico, entende-‐se como uma instituição total um
« local de residência ou trabalho, onde um grande número de indivíduos na mesma situação, isolados da sociedade por um período de tempo considerável, compartilham em seu confinamento uma rotina diária, formalmente administrada » (Goofman, 2001)
Essas instituições são classificadas em cinco tipos fundamentais: 1) As que abrigam pessoas socialmente consideradas incapazes e inofensivas; como asilos para idosos, orfanatos, instituições para cegos ou indigentes. 2) Para pessoas consideradas incapazes de cuidar de si mesmas e que constituem um perigo involuntário para o coletivo. Referimo-‐nos aqui a hospitais psiquiátricos e de enfermos(as) infecciosos (as). 3) São os organizados para proteger a comunidade visto que representam um risco, como cárceres e/ou prisões, campos de concentração. 4) Instituições destinadas ao cumprimento de uma tarefa laboral; tais como quartéis, navios, escolas de internamento, campos de trabalho; e 5) Instituições que servem formação religiosa, como mosteiros, abadias e claustros.
O denominador comum entre estes é que o contato com o exterior é
limitado, os aspectos da vida são desenvolvidos sob as ordens de uma única autoridade, o total de atividades é realizado de forma homogênea com outros assuntos sob a mesma lógica, programada pontualmente por regras formais aplicadas por um grupo de funcionários que monitora seu cumprimento de forma incessante e há uma estratificação entre este grupo e as pessoas internas, que são compreendidas como inferiores ou indignas.
No caso das mulheres, e considerando os esquemas de gênero predominantes que as posicionam em desvantagens sociais, culturais e econômicas, a experiência de internação torna sua situação particularmente séria.
Assim, este número da revista pretende analisar alguns processos sociais internos das mulheres confinadas, com o intuito de gerar conhecimento científico que nos permita aproximar-‐nos de fenômenos sociais que as paredes e muros não permitem visualizar. Diretora da Publicação: Dominique Gay-‐Sylvestre, Universidade de Limoges, França. Diretor do número: Carlos Mejía Reyes. Instituto de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo, México. Para consultar as políticas de publicação, acesse o sítio : http://www.unilim.fr/trahs/index.php?id=95 A data limite para envio de contribuições de acordo com os padrões da revista é
15 de Abril de 2018 Envío de propostas aos seguintes endereços electônicos: dominique.gay-‐sylvestre@wanadoo.fr , mejiareyescarlos@gmail.com y carlos_mejia7563@uaeh.edu.mx