Post on 12-Feb-2019
MANUAL DE INSEMINAÇÃOARTIFICIAL EM TEMPO FIXO
1
INTRODUÇÃOA Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma tecnologia que permite realizar a inseminação artificial em um horário preestabele-cido, eliminando dessa forma a necessidade de observação e detec-ção do cio.
A IATF tem como objetivo sincronizar a ovulação das fêmeas bovinas, por meio de uma sequência de tratamentos hormonais, conhecida como protocolo de sincronização.
Ao final do protocolo, as inseminações são realizadas em horário prede-terminado, ou seja, em tempo fixo.
32
VANTAGENS
Aumento da eficiência reprodutiva.
Ausência da necessidade de observação de cio, favorecendo a melhoria da qualidade de vida.
Aumento do número de vacas inseminadas.
Induz a ciclicidade de vacas em anestro (ausência de manifestação de cio).
Possibilita a inseminação de vacas paridas recentemente.
Aumenta a taxa de prenhez no início da estação reprodutiva.
Programa a ocorrência dos partos conforme a época do ano e a demanda do mercado.
Possibilita programar as inseminações em curto espaço de tempo.
Sincroniza as inseminações e parições.
REQUISITOS BÁSICOS
Vacas com mais de 40 dias pós-parto ou após uma avaliação prévia de um médico veterinário.
Vacas com bom escore corporal (2,5 ou mais, em uma escala de 1 a 5).
Aporte alimentar suficiente para evitar perdas de peso.
Controle sanitário eficiente (brucelose/ leptospirose/ IBR/ BVD/ Campilobacteriose/ etc).
Veterinário capacitado para implantar o programa de IATF.
Infraestrutura adequada (troncos/ currais/ etc).
Contar com inseminadores experientes.
Mão de obra capacitada para execução dos protocolos.
Utilizar somente sêmen de touros com alta fertilidade.
PASSOS FUNDAMENTAIS PARA SINCRONIZAÇÃO UTILIZANDO A TÉCNICA DA IATF
Primeiro Passo:
Sincronização do crescimento dos folículos ovarianos por atresia (associação de E2 com P4) ou por ovulação (GnRH, LH e hCG).
Segundo Passo:
Controle dos níveis de P4 pela manutenção da concentração fisiológica desse hormônio durante o protocolo (inserção e permanência do dispositivo de P4), e pela redução do nível de progesterona ao final (retirada do dispositivo e tratamento com PGF para regressão do CL).
Terceiro Passo:
Indução da ovulação sincronizada (estrógenos, GnRH, LH e hCG), possibilitando realizar a IATF em momento programado.
GnRH - Hormônio Liberador de Gonadotrofinas.
AH - Adenohipófise.
NH - Neurohipófise.
FSH - Hormônio Folículo Estimulante.
LH - Hormônio Luteinizante.
E2 - Estrógeno.
P4 - Progesterona.
hCG - Hormônio Coriônico Gonadotrófico
FD - Folículo Dominante.
CL - Corpo Lúteo.
Principais hormônios naturalmente produzidos pela fêmea bovina que são utilizados nos protocolos de sincronização para IATF.
54
SUGESTÕES DE PROTOCOLO MODELO DE FICHA PARA UTILIZAÇÃO EM IATF
Implante: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h
Retirada: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h
IATF: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h
Responsável: _________________________
Proprietário: _______________
Propriedade: ______________
Lote: _____________________
Descrição das anotações
1- Número do animal
2- Raça do Animal (nelore ou cruzada)
3- Categoria (multípara, primípara, novilha ou solteira - não lactante)
4- ECC (escore de condição corporal - escala de 1 a 5)
5- Implante (novo ou reutilizado 1x, 2x, etc)
6- Touro utilizado
7- Partida do touro
Ordem Número1 Raça2 Categoria3 ECC4 Implante5 Touro6 Partida7 Inseminador Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
PROTOCOLO 1 (Ovsynch):
GnRH PGF GnRH IATF (2,5 ml) (2,0 ml) (2,5 ml) (17 a 24h)
D0 D7 D9 D10
PROTOCOLO 2 (Vacas em produção acima de 25 Kg/dia):
BE
CE
(2,0 ml) (0,5 ml)
GnRH PGF PGF IATF (1,0 ml) (2,0 ml) (2,0 ml)
D0 D7 D9 D11 DISPOSITIVO P4
PROTOCOLO 3 (Vacas em produção abaixo de 25 Kg/dia ou vacas de corte): ECG
(1,5 ml) CE (0,5 ml) BE PGF PGF IATF (2,0 ml) (2,0 ml) (2,0 ml)
D0 D7 D9 D11 DISPOSITIVO P4
PROTOCOLO 4 (Vacas em baixa produção ou vacas de corte):
ECG (1,5 ml)
CE (0,5 ml)
BE PGF IATF (2,0 ml) (2,0 ml)
D0 D8 D10 DISPOSITIVO P4
76
SEQUÊNCIA DE PREPARO DO MATERIAL E COLOCAÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL
Figura 4 - Montagem do dispositivo no aplicador Figura 5 – Montagem do dispositivo no aplicador
Figura 2 - Modelos de dispositivos intravaginais de progesterona e aplicadores.
Figura 3 - Higienização do aplicador
Figura 6 - Montagem do dispositivo no aplicador
Figura 7 - Montagem do dispositivo no aplicador
Figura 8 - Higiene da vulva do animal
Figura 9 - Colocação do dispositivo intravaginal
Figura 10 - Colocação do dispositivo intravaginal Figura 11 - Colocação do dispositivo intravaginal
Figura 12 - Local adequado de alojamento do dispositivo
Figura 13 - Local adequado de alojamento do dispositivo
98
RETIRADA, LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ACONDICIONAMENTO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL
Figura 14 - Retirada do dispositivo intravaginal Figura 15 - Enxágue e limpeza do dispositivo após a retirada
Figura 16 - Preparo de solução desinfetante para desinfecção do dispositivo
Figura 17 - Desinfecção do dispositivo
Figura 18 - Secagem dos dispositivos após desinfecção
Figura 19 - Controle do número de utilizações do dispositivo
Figura 20 - Armazenamento em recipiente adequado
1110
Figura 21 - Armazenamento sob refrigeração ou de acordo com recomendação expressa pelo fabricante
Bibliografia consultada:
MANUAL TÉCNICO SOBRE SINCRONIZAÇÃO E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS - TECNOPEC - 2008.
MANUAL DE INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO (IATF) - ASBIA - 2011.
INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS LEITEIROS - IEPEC - 2015.
PROTOCOLOS DE IATF - OURO FINO SAÚDE ANIMAL (SITE) - 2017.
Alerta Ecológico
Os materiais descartáveis devem ser colocados em local apropriado.
ANOTAÇÕES
12
ANOTAÇÕES
Av. do Contorno, 1771 - Floresta30110-900 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3074-3074senar@senarminas.org.br
www.sistemafaemg.org.br