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ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIALCENTRO DE PERCIAS FORENSES
INSTITUTO DE CRIMINALSTICA PERITO DELY FERREIRA DA SILVA
LAUDO PERICIAL N 2859.08.08
ESPCIE DE EXAME: Percia em Local de Incndiocom Vtimas.
AUTORIDADE REQUISITANTE: Bel. Josias Luiz de Lima -Delegado de Polcia Civil/AL.
REFERNCIA: Inqurito Policial n 093/2008
74 DP 6DRP.
DESTINO DO LAUDO: Delegacia Regional de Polcia deSo Miguel dos Campos 6DRP.
DATA E HORA DA PERCIA: 23.09.2008, s 14 horas e 20minutos.
LOCAL DOS EXAMES: Estao de Produo de Furado Petrobrs, localizada na zonarural do municpio de So Migueldos Campos/AL.
EQUIPE PERICIAL: Peritos Estaduais Jos AdrianoRocha de S Filho, JooGardino dos Santos e Alberi
Espindula, alm do AssistenteTcnico Rodolpho LimaPedroza.
PERITOS COLABORADORES: Peritos Federais PetrnioFalcomer Jnior, LeandroAugusto de Paula Calzavara eGuilherme Oliveira Cardoso.
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Sumrio
1. HISTRICO 42. OBJETIVO PERICIAL 4
3. DOS ESCLARECIMENTOS
3.1.De Outros Tcnicos 5
3.2.Das Visitas Tcnicas 5
3.3.Do Isolamento e Custdia do Local 7
3.4.Documentos Anexos ao Laudo 8
3.5.Lista de Tabelas, Figuras e Esquemas grficos 10
3.6.Glossrio 114. REFERENCIAL TERICO
4.1.Gs Natural 16
4.2.Condies de Ignio 17
4.2.1. Limites de Inflamabilidade 17
4.2.2. Temperatura de Ignio ou Inflamao 18
4.2.3. Energia de Ignio ou Inflamao 18
4.3.Ponto de Fuso 19
5. LOCAL DOS EXAMES 19
5.1.Localizao e Caractersticas Geogrficas daRegio
19
5.2.Estrutura de Produo e Distribuio de Petrleoe Gs Natural em Alagoas
21
5.3.Descrio dos Processos da Estao de Furado 22
5.3.1. Do Processo da Estao Coletora 22
5.3.2. Do Processo da Estao de Compressores 22
5.4.Da rea Examinada 24
6. DOS EXAMES NOS CADVERES6.1.Da Identificao 28
6.2.Da Localizao 29
6.3.Das Vestes e Buscas 33
7. DAS CONSTATAES
7.1.Dos Veculos 34
7.2.Outros Elementos 34
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8. DOS TESTES REALIZADOS 62
9. DOS EXAMES LABORATORIAIS
9.1.Nos Condutores de Energia 68
9.2.No Atuador e na Vlvula 3 71
9.2.1. Sequncia de Funcionamento
Atuador/Vlvula 3
73
9.3.Na Vlvula Solenide 75
10.DAS CONSIDERAES TCNICAS 76
11.DISCUSSO 84
12.DINMICA DO EVENTO 88
13.CONCLUSO 89
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 91
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1. HISTRICO
Aos 23 (vinte e trs) dias do ms de setembro do ano de 2008 (dois mil e
oito), nesta capital do Estado de Alagoas e no Instituto de Criminalstica - IC, em
conformidade com a legislao e os dispositivos regulamentares vigentes, pela
Diretora Rosana Coutinho Freire Silva, foi designada uma equipe de peritos
chefiada, naquela ocasio, pelo Perito Criminal Ivo de Almeida Werneck, para
proceder a exame de constatao em local de incndio com vtimas, na Estao
de Produo de Furado Petrobrs, localizada na zona rural do municpio de So
Miguel dos Campos/AL, com incio s 14 horas e 20 minutos, e trmino s 16
horas e 30 minutos. O citado perito permaneceu no caso at o dia 07 de outubro
do corrente ano, data em que foi cancelada a sua designao e substitudo pelo
Perito Criminal Jos Adriano Rocha de S Filho IC/AL, o qual passou a integrar
a equipe composta pelo Assistente Tcnico Rodolpho Lima Pedroza, chefe do
setor de balstica deste instituto e especialista em mecnica; Alberi Espindula,
Perito Criminal aposentado do IC/DF, diretor adjunto do Centro de Percias
Forenses - CPFor, coordenador da equipe; e Joo Gardino dos Santos, Perito
Policial de Local IC/AL; a fim de ser atendida a solicitao do Bel. Josias Luiz deLima, Delegado de Polcia Civil naquela cidade, que instaurou o respectivo
Inqurito Policial n 023/2008 74 DP 6DRP.
2. OBJETIVO PERICIAL
A solicitao do delegado de polcia tinha por objetivo a realizao de
exames periciais de constatao de incndio na Estao de Produo de Furado
Petrobrs, localizada na zona rural do municpio de So Miguel dos Campos/AL,
bem como identificar as causas determinantes do sinistro.
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3. DOS ESCLARECIMENTOS
3.1. De Outros Tcnicos
Atendendo ao Ofcio n 3622/2008-GAB/SR/DPF/AL, do Departamento
da Polcia Federal de Alagoas, que colocou a disposio Peritos daquela
Instituio para colaborar com a equipe pericial do caso em tela, fizeram parte do
incio das investigaes os Peritos Criminais Federais Petrnio Falcomer Jnior,
Guilherme Oliveira Cardoso e Leandro Augusto de Paula Calzavara.
3.2. Das Visitas Tcnicas
Nos dias 25, 26, 27, 29 e 30 do ms de setembro e dia 02 de outubro do
corrente ano, os tcnicos do Instituto de Criminalstica de Alagoas Ivo de Almeida
Werneck e Rodolpho Lima Pedroza, acompanhados de Peritos Criminais
Federais, realizaram investigaes na Estao de Produo de Furado.
O primeiro trabalho coordenado pelo diretor adjunto do CPFor, Perito
Alberi Espindula, integrado equipe de peritos no dia 06 de outubro, segunda-
feira, foi uma reunio realizada no IC/AL, neste mesmo dia, quando os Peritos
Criminais Federais Leandro Augusto de Paula Calzavara e Petrnio Falcomer
Junior fizeram uma apresentao mostrando as etapas dos trabalhos j
realizados e apresentaram sugestes de planejamento para aes futuras. Nesse
encontro, o Dr. Josias Luiz de Lima, Delegado Titular de So Miguel dos Campos,
requisitante da presente percia, informou que nos dias 07 e 09 do referido ms
estariam sendo ouvidas, em sua Delegacia, testemunhas do caso em tela, ficando
acertada a presena de membros da equipe pericial, visando interao dasinformaes/investigao pericial/policial.
No dia 07 de outubro do corrente ano, o Perito Criminal Jos Adriano
Rocha de S Filho, em sua primeira participao no caso, acompanhado do
Assistente Tcnico Rodolpho Lima Pedroza, realizaram, juntamente com o Perito
Criminal Federal Leandro Augusto de Paula Calzavara, novos exames e
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medies de reas na Estao de Furado da Petrobras. J no dia 09 de outubro
do corrente ano, quinta-feira, os referidos peritos estaduais e o Perito Alberi
Espindula fizeram nova visita ao local do sinistro, quando foi pedido a Petrobrs
agilidade no envio da vlvula e seu respectivo atuador para oficina especializada,
tendo ambos sido envolvidos no sinistro em tela, a fim de serem examinados na
presena de peritos criminais, o que ficaram de providenciar o mais rpido
possvel. Tambm, foi entregue ao Sr. Marcos Gonalves Silveira, Gerente de
Ativo de Produo da referida estao da Petrobrs, solicitao de cpia dos
seguintes documentos:
Procedimento PETROBRS para a execuo da tarefa na vlvula 3 edocumentos referenciados;
Normas de segurana a serem seguidas para a execuo deste tipode trabalho;
Normas de documentao operacional, de segurana e patrimonial;
Fluxograma do processo de transferncia de gs natural;
Fluxograma global da planta da estao de tratamento de leo;
Manual descritivo de processo (funo de cada equipamento,condies tpica de operao, etapas do processo, etc);
Diagramas eltricos e das tubulaes da rea imediata ao acidente;
Fichas de especificao dos equipamentos (dimenses, materiais,parmetros restritivos, etc);
Registros de manuteno dos equipamentos envolvidos (preventiva,corretiva, reposies, etc);
Formulrio de anlise preliminar de risco;
Formulrios de permisso para trabalho de todas as tarefas sendorealizadas no momento do acidente.
Nessa mesma ocasio, atendendo Petio do Delegado de Polcia
Josias Luiz de Lima, titular da Regional So Miguel dos Campos, foi entregue ao
referido gerente da Petrobrs a relao de todos os vestgios e objetos recolhidos
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pelos peritos criminais Ivo de Almeida Werneck e Petrnio Falcomer Jnior, que
ficaram sob a custdia do Instituto de Criminalstica do Estado de Alagoas, quais
sejam:
Parte exposta de um eletroduto rgido que se encontrava enterradoprximo a vlvula 3;
(01) Um eletroduto rgido, tendo em uma de suas extremidades umjoelho, apresentando fiao em seu interior;
(01) Um eletroduto flexvel revestido por uma malha metlica;
(01) Uma caixa de passagem (condulete) de fiao eltrica em y;
Eletroduto de ligao da vlvula solenide com a caixa de passagem(condulete);
(03) trs fragmentos metlicos fundidos;
(01) um fragmento metlico fundido, com rosca e luva;
(06) seis pedaos de cabo eltrico queimados;
Tubo metlico rosqueado com luva;
Tubo metlico rosqueado a duas caixas de passagem;
Tampa da bobina de vlvula solenide;
(02) duas caixas de passagem;
Vlvula solenide, ASCO, modelo M-5, n 8321007;
Vlvula solenide danificada;
Caixa de comando da vlvula solenide;
Pedao de cabo eltrico com fiao exposta nas extremidades.
3.3. Do Isolamento e Preservao do Local
O isolamento do local foi feito aps as aes de combate ao fogo, ficando
preservado e isolado at as 14 horas e 15 minutos do dia 29 de setembro do
corrente ano, quando foi liberado pelo Perito Criminal Ivo de Almeida Werneck e
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pelo Tenente Coronel do Corpo de Bombeiro Militar, Paulo Roberto Marques de
Lima, pois consideraram que no havia necessidade de novas diligncias para
instruo probatria, conforme cpia em anexo.
3.4. Documentos Anexos ao Laudo
Os peritos foram atendidos no que se refere ao pedido feito Petrobrs;
estando anexos ao laudo os seguintes documentos:
a) ANEXO 1:
Laudo complementar n 2957.08.08, referente percia no
caminho-munck e no automvel Celta, realizada no dia
primeiro do ms de outubro do corrente ano, pelo Perito
Policial de Local Joo Gardino dos Santos;
b) ANEXO 2:relao de objetos coletados nos cadveres;
c) ANEXO 3:
Comunicado n 001/2008/IC/CPFor, referente informao
dos vestgios coletados pelos peritos e solicitao de
documentos;
Ofcio n 0588/2008/GD/IC, solicitando Petrobrs os meios
necessrios para a realizao de exames em vlvula de
bloqueio e no seu atuador;
Declarao de liberao do local dos exames.
d) ANEXO 4: Relao dos documentos encaminhados pela Petrobrs
UN-SEAL/ATP-AL 0119/2008;
Registro Dirio de Ocorrncia, de 05/06/08;
Ordem de Manuteno n 2004171539;
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Memorial Descritivo das Instalaes e do Processo da
Estao de Produo de Furado So Miguel dos
Campos/AL. 02 (duas) folhas;
Pronturios dos equipamentos SG-122101, SG-122102, SG-
122103, SG-122104, TO-122201, TO-122202, TO-122203.
e) ANEXO 5:
Procedimento Operacional PO-DUT-AL-22 Procedimento
de abertura e fechamento de flanges;
Procedimento Operacional PO-TUB-AL-01 Procedimento
de fabricao e montagem de tubulao;
Procedimento PE-2E4-00010 Sistemtica de Emisso de
Permisso de Trabalho PT.
f) ANEXO 6:
Permisses de Trabalho PT, com Anlise Preliminar de
Riscos (APR) Nvel 1, emitidas no dia 23/09/2008: n 95801,
95760, 95762 (com Anlise Preliminar de Risco - APR nvel
2), 95763, 61131, 61132, 61133, 61135, 61136, 61137,61138, 61139, 61140, 61141, 61142, 61143, 61144, 95757,
95758, 95764, 95765, 95766, 95767 e 95768;
Anlise Preliminar de Risco (APR) nvel 2, referente
retirada de spool do gasoduto FU/RB na EPFU, datada de
14 de agosto de 2008;
Dados da vlvula 3 fornecidos pela Petrobrs, copiado de
tela de computador;
g) ANEXO 7:
Diagrama de ligao malha 61- rea geral -
processo/utilidades;
h) ANEXO 8:
Planta Cadastro da rea do gasoduto Furado-robalo;
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i) ANEXO 9:
Isomtrico da rea do gasoduto Furado-Robalo;
j) ANEXO 10:
planta Baixa Geral, escala 1/500;
k) ANEXO 11:
fluxograma de Processo da Estao de Produo de Furado.
3.5. Lista de Tabelas, Figuras e Esquemas Grficos
TABELA 01: comparao da temperatura de ignio de
vrios gases em ar e em oxignio
18
TABELA 02: temperatura de ignio com relao proporo do gs combustvel na misturaar/gs:
19
TABELA 03: elementos qumicos em ordem crescentedo ponto de fuso
19
FIGURA 01: localizao do municpio de So Migueldos Campos/AL.
20
CROQUI 01: local examinado 26
CROQUI 02: localizao dos corpos 30
ESQUEMA GRFICO 01: localizao dos eletrodutos econexes
58
ESQUEMA GRFICO 02: mostra a localizao e posiodo eletroduto em relao aobocal da vlvula 3
65
ESQUEMA GRFICO 03: mostra o posicionamento dospool em relao ao
eletroduto areo
80
ESQUEMA GRFICO 04: mostra a localizao doseletrodutos e conexoprojetados, em relao vlvula 3
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3.6. Glossrio
1. Abastecimento interruptvel: abastecimento sujeito a interrupo a critrio dacompanhia distribuidora ou de acordo com condies estabelecidas em contrato;
2. Anlise Preliminar de Risco Nvel 1 APR-1: tcnica de identificao deperigos baseada em lista de verificao destinada a orientar a deciso sobre anecessidade do aprofundamento, ou no, das anlises relativas ao planejamentoda liberao da instalao, do equipamento ou sistema, bem como do trabalhoque ser executado. A Anlise Preliminar de Riscos Nvel 1 encontra-se no versoformulrio de Permisso para Trabalho PT;
3. Anlise Preliminar de Risco Nvel 2 APR-2: tcnica de identificao deperigos e avaliao de riscos elaborada por representantes das gernciasenvolvidas e da empresa contratada executante do trabalho, quando houver,utilizada no planejamento da liberao da instalao, do equipamento ou sistemae no planejamento da execuo do trabalho a ser realizado, para detalhamentodas aes de preveno e mitigao de acidentes que possam ocorrer durante asua execuo;
4. Ar:mistura de nitrognio, oxignio, vapor de gua, dixido de carbono, argnio,nenio e pequenas quantidades de outros gases raros. Para todos os fins prticosde combusto, o ar pode ser considerando como composto, em volume, deoxignio (02)20,9%; nitrognio (N2) 79,1%; e, em peso, de oxignio(02)23.15%;nitrognio (N2) 76,85%. O peso do ar a 15,5C 1,22 kglm3, ao nveldo mar e a presso atmosfrica tem um volume de 0,37 m3;
5. Armazenagem em rede (line pack): armazenagem de gs num sistema degasodutos pelo aumento da presso normal de operao.
6. Atuadores eltricos: so equipamentos eletromecnicos que permitemmotorizao de vlvulas, dampers, comportas e outros equipamentos similares. O
atuador eltrico pode ser acoplado atravs de unidades de adaptao ouredutores. A principal funo do atuador eltrico o controle do movimento dahaste da vlvula.
7. Bloqueio da rede por balonamento: consiste em fazer um bloqueio na tubulaoonde inserido um balo que, inflado, interrompe a passagem do gs no trecho aser recuperado.
8. Bloqueio de segurana: interrupo do fornecimento de gs pelo fechamentodas vlvulas de bloqueio.
9. Bloqueio duplo e descarga:sistema de bloqueio de segurana formado por trsvlvulas, sendo duas vlvulas de bloqueio automtico, instaladas em srie nalinha de gs, e uma terceira vlvula de descarga automtica instalada entre elas,
com sada livre para a atmosfera.10. Botoeira: dispositivo de liberao e bloqueio de energia para abertura ou
fechamento de vlvulas.11. By-Pass (desvio):arranjo de tubulao com vlvula de controle que conduz gs,
ar ou outro fludo, contornando, ao invs de atravessar, todo um trecho da umatubulao.
12. Cabos de Ancoragem: cabos de ao destinados fixao de equipamentos,torres e outros estrutura.
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13. Cabos de Suspenso: cabo de ao destinado elevao (iamento) de materiaise equipamentos.
14. Cabos de Trao:cabos de ao destinados movimentao de pesos.15. Campo de gs: um ou mais reservatrios de hidrocarbonetos contendo gs
natural, porm, com quantidades desprezveis de petrleo.
16. Campo de Petrleo ou de Gs Natural: rea produtora de petrleo ou gsnatural, a partir de um reservatrio contnuo ou de mais de um reservatrio, aprofundidades variveis, abrangendo instalaes e equipamentos destinados produo.
17. Classes de Fogo: classificao do tipo de fogo, de acordo com o tipo de materialcombustvel onde ocorre.
18. Classe A: quando o fogo ocorre em materiais de fcil combusto com apropriedade de queimarem em sua superfcie e profundidade, e que deixamresduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;
19. Classe B:quando o fogo ocorre em produtos inflamveis que queimem somenteem sua superfcie, no deixando resduos, como leo, graxas, vernizes, tintas,
gasolina, etc.;20. Classe C: quando o fogo ocorre em equipamentos eltricos energizados como
motores, transformadores, quadros de distribuio, fios, etc.21. Classe D: quando o fogo ocorre em elementos pirofricos como magnsio,
zircnio, titnio.22. Combusto: a reao qumica do oxignio com materiais combustveis em cujo
processo se apresentam luz e rpida produo de calor.23. Combustvel: lquidos combustveis so aqueles que tm um ponto de fulgor em
ou acima 37,8C (100F), ou lquidos que queimam. Eles no pegam fogo tofacilmente quanto os lquidos inflamveis. Entretanto, lquidos combustveispodem sofrer ignio sob condies especiais, e devem ser manipulados com
precauo. Substncias como madeira, papel, etc., so denominadas"combustveis comuns".24. City-gate ou Estao de Entrega e Recebimento de Gs Natural ou Estao
de Transferncia de Custdia de Gs Natural: conjunto de instalaescontendo manifolds e sistema de medio, destinado a entregar o gs naturaloriundo de uma concesso, de uma unidade de processamento de gs natural, deum sistema de transporte ou de um sistema de transferncia, para aconcessionria estadual distribuidora de gs canalizado.
25. Duto: conjunto de tubos interligados; denominado poliduto, quando transportalquidos diversos; oleoduto quando transporta petrleo e seus derivados lquidos;e gasoduto quando transporta gases;
26. Emitente do formulri o de Planejamento do Trabalho - PT: o responsvelpela instalao, equipamento ou sistema;
27. Fator de velocidade de chama: velocidade de queima de uma misturaestequiomrica de gs e ar expressa como uma porcentagem de velocidade dequeima da mesma mistura de hidrognio e ar;
28. Flange:aba existente em cada extremidade duma seo de canalizao, tubo oueixo, por meio da qual se prendem umas s outras as diferentes sees queconstituem uma rede de canalizao ou um eixo longo;
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29. Flange isolante:par de flanges inserido numa tubulao, com as faces isoladaseletricamente uma da outra, com a finalidade de interromper o fluxo de correnteeltrica atravs da tubulao.
30. Flash-over:temperatura em que o calor em uma rea ou regio alto o suficientepara inflamar simultaneamente todo o material inflamvel a sua volta. O flash-over
caracteriza-se por inflamao dos gases presentes em um ambiente, fazendo comque eles se incendeiem de repente, causando uma exploso em forma de "bola"de fogo.
31. Fogo: manifestao de combusto rpida com emisso de luz e calor.Para que haja fogo so necessrios trs elementos: combustvel, comburente eignio (calor).
32. Gs: Substncias qumicas que existem no estado gasoso temperaturaambiente.
33. Gs compr imido ou sob presso: um gs ou mistura gasosa que, em umcontainer, ter uma presso absoluta maior do que 40 psi a 21.1C (70F), 104psia 54.4C (130F), ou um lquido tendo presso de vapor acima de 40 psi a 37.8C
(100F).34. Gs infl amvel:Um gs que, temperatura ambiente e presso normal, forma
uma mistura explosiva com o ar a uma concentrao de 13% (em volume) oumenos, ou um gs que sob as mesmas condies forma uma variedade demisturas inflamveis com o ar maior do que 12% em volume, independente dolimite menor;
35. Gs Natural ou Gs: todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos quepermanea em estado gasoso ou dissolvido no leo nas condies originais doreservatrio, e que se mantenha no estado gasoso nas condies atmosfricasnormais, extrado diretamente a partir de reservatrios petrolferos ou gaseferos,incluindo gases midos, secos, residuais e gases raros. Ao se processar o gs
natural mido nas UPGNs se obtm: (i) o gs seco, que contem principalmentemetano (C1,) e etano (C2); (ii) o lquido de gs natural (LGN), que contempropano (C3) e butano (C4), que formam o gs liqefeito de petrleo (GLP); e (iii)a gasolina natural (C5);
36. Gasoduto de t ransmisso:tubulao cuja finalidade transportar o gs de umafonte para um ou mais centros de distribuio, ou destinado em presses maisaltas, por ser mais extenso e por apresentar grandes distncias entre suasderivaes;
37. Guindaste: veculo provido de uma lana metlica de dimenso variada e motorcom potncia capaz de levantar e transportar cargas pesadas;
38. Manifold : dispositivo, constitudo de tubos e acessrios de tubulao, destinado aligar o instrumento tubulao ou ao equipamento, proporcionando facilidades deoperao e de manuteno, sem prejuzo ao processo;
39. Manmetro:aparelho de medio da presso de lquidos e gases. Quando medea presso atmosfrica leva o nome de barmetro;
40. Permisso para Trabalho:autorizao dada por escrito, em documento prprio,para a execuo de trabalhos de manuteno, montagem, desmontagem,construo, inspees ou reparos de equipamentos, sistemas ou instalaes aserem realizados e seus empreendimentos, com a finalidade de preservar a sadee a segurana da fora de trabalho, o meio ambiente, a comunidade, a integridadedas instalaes e dos equipamentos e a continuidade operacional;
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41. Pig instrumentado:instrumento utilizado na inspeo de gasodutos para avaliaro estado das tubulaes;
42. Pig de limpeza: instrumento utilizado na limpeza de gasodutos que movimentado pela presso do gs ao longo de toda tubulao;
43. Presso dos gases: o resultado das colises das molculas do gs contra as
paredes do recipiente. Cada coliso d uma pequena fora contra a parede dorecipiente; mas, como ocorrem bilhes de colises a cada segundo, as paredesexperimentam uma fora constante, resultando em uma presso estvel do gs;
44. Propano: hidrocarboneto saturado com trs tomos de carbono e oito dehidrognio (C3H8), gasoso, incolor e possui cheiro caracterstico. Empregadocomo combustvel domstico e como iluminante; utilizado como fonte de calorindustrial em caldeiras, fornalhas e secadores. um dos componentes do GLP, ogs de cozinha;
45. Raquete:acessrio feito de chapa de ao recortada, colocado entre dois flangesquaisquer, com o objetivo de vedar uma linha em tubulao;
46. Rede de dist ribuio: tubulao de distribuio, estaes de controle de
presso, vlvulas, equipamentos operados por uma companhia de gs, para levargs desde os pontos de suprimento ou de fabricao at os medidores dosconsumidores;
47. Regulador de presso: dispositivo colocado na linha de gs para reduzir,controlar ou manter a presso;
48. Spool :so todos os subconjuntos de uma tubulao, formados pelo menos poruma conexo e um trecho reto;
49. Sistema de bloqueio de segurana:sistema de vlvulas de bloqueio, associadoa um circuito de controle, que gerencia o fornecimento de gs aos queimadores,permitindo ou no o fluxo;
50. Tanque estacionrio: vasos de formato cilndrico pressurizados, usados para
armazenar grandes quantidades de gs liquefeito de petrleo (GLP);51. Torque: sistema de duas foras paralelas de suportes distintos, com sentidosopostos, e que atuam sobre um corpo;
52. Tubo flexvel: usado para ligar um aparelho de queima a outro tubo rgido dealimentao de gs.
53. Tubo rgido: tubo que durante a construo de tubulaes no pode ser dobradoou curvado.
54. Tubo semi-rgido: tubo que durante a construo de tubulaes, pode serdobrado ou curvado, desde que a temperatura seja adequada e dentro dos limitesestabelecidos pelas respectivas normas tcnicas de sua fabricao.
55. UPGN:Unidade de Processamento de Gs Natural, instalada com a finalidade deremover GLP, gasolina e outros lquidos de valor comercial presentes no gsnatural bruto.
56. Vlvula de Bloqueio Intermediria: dispositivo que restringe, total ouparcialmente, o fluxo de gs e instalado ao longo da rede de distribuio.
57. Vlvula de Bloqueio: o elemento inserido em pontos estratgicos da rede, como objetivo de propiciar o isolamento de uma parte deste sistema, para que possaser efetuada a sua manuteno ou facilitar a drenagem de impurezasacumuladas.
58. Vlvula de Bloqueio Automtico : um dos dispositivos de proteorecomendado pela norma, que atua rapidamente caso ocorra uma anormalidade
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Inertes: 4 % em volume mximo
O2: 0,5 % em volume mximo
Ponto de orvalho da gua a 1 atm: -45 C mximo
Isento de poeira, gua condensada, odores objetveis, gomas,elementos formadores de goma hidrocarbonetos condensveis,
compostos aromticos, metanol ou outros elementos slidos ou
lquidos.
A sua distribuio feita atravs de uma rede de tubos de maneira
segura, pois no necessita de estocagem de combustvel e por ser mais leve do
que o ar, dispersa-se rapidamente na atmosfera em caso de vazamento.
Os sistemas de transporte de gs por duto envolvem os seguintessegmentos principais:
A rede de tubulao formada por peas cilndricas de ao
(gasoduto), de seo circular, que so interconectadas entre si;
Seo dos dutos projetada para atender o fluxo do gs, com
espessura da parede resistente presso de operao e aos
demais esforos solicitantes;
Vlvulas de bloqueio automtico distribudas ao longo do trajeto,
com a finalidade de facilitar a manuteno preventiva e isolar
trechos quando ocorrer o rompimento do duto.
4.2. Condies de Ignio
4.2.1- Limites de Inflamabilidade
A iniciao da chama realizada por uma fonte externa. Os limites de
inflamabilidade de um combustvel gasoso definem a faixa de diluio mnima emxima do gs em ar para que a combusto possa ocorrer. Abaixo do limite
mnimo a mistura no queimar sem a presena contnua de uma fonte de calor
externa. Acima do limite mximo a mistura o gs age como diluente e a chama
no se propaga.
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4.2.2- Temperatura de Ignio ou de Inflamao
a menor temperatura na qual o calor gerado pela combusto em
velocidade superior ao calor dissipado para a vizinhana, dando mistura
condies de se auto-propagar. Abaixo desta temperatura a combusto da
mistura ar gs s ocorrer continuamente mediante o fornecimento ininterrupto de
calor externo. A temperatura de ignio no uma propriedade fixa de um gs
pois varia de forma significativa com parmetros como o excesso de ar, a taxa de
diluio do gs na mistura, a concentrao de oxignio no ar de combusto, a
composio do gs combustvel, a velocidade da mistura ar gs, presso da
mistura, leis do escoamento dos fluidos, fontes de ignio e gradientes de
temperatura.
4.2.3- Energia de Ignio ou Inflamao
a energia mnima que deve ser fornecida por uma chama, centelha
eltrica ou fonte de calor uma mistura combustvel para que esta possa atingir a
temperatura de ignio em algum ponto e iniciar a propagao da combusto.
Fonte: Gas Engineers Handbook / SINDE
TABELA 01:comparao da Temperatura de Ignio de
Vrios Gases em Ar e em Oxignio.
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4.3- Ponto de Fuso
Designa a temperatura qual uma substncia passa do estado slido
ao estado lquido.
5. DO LOCAL DOS EXAMES
5.1. Localizao e Caractersticas geogrficas da Regio
A percia foi realizada na Estao de Produo de Furado Petrobrs,
localizada nas coordenadas geogrficas 094548,98 de latitude sul e
360827,56 de longitude oeste, no municpio de So Miguel dos Campos, cujo
acesso, a partir de Macei, dava-se atravs das rodovias pavimentadas BR-316,BR-101 e por um trecho da AL-420. Esse municpio est localizado na regio
sudeste do Estado de Alagoas, limitando-se ao norte com os municpios de Boca
da Mata e Pilar, ao sul com Coruripe, a leste com o Oceano Atlntico, as cidades
de Roteiro, Barra de So Miguel, Jequi da Praia e Marechal Deodoro, e a oeste
com Campo Alegre e Teotnio Vilela; ocupando 657,59 km2 de rea, estando
inserido na meso-regio do Leste Alagoano e na sub-bacia hidrogrfica do Rio
Elemento Smbolo Nmero atmicoPonto de fuso
(C)Chumbo Pb 82 327,46Alumnio Al 13 660Nquel Ni 28 1455
Ferro Fe 26 1538
* Gs Natural - 88,7% de Metano, 7,4% de Etano, 1,4% de Propano e 1% de Butano.Fonte: Gas Engineers Handbook / SINDE
TABELA 03:elementos qumicos em ordem crescente do ponto de fuso
TABELA 02: temperatura de Ignio com Relao Proporo do Gs Combustvel naMistura Ar Gs:
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So Miguel. O clima do tipo Tropical Chuvoso com vero seco. A precipitao
mdia anual de 1.634.2mm. A vegetao predominantemente do tipo Floresta
Subpereniflia; os solos so representados pelos Latossolos e Podzlicos nos
topos de chapadas e topos residuais; pelos Podzlicos com Fregipan, Podzlicos
Plnticos e Podzis nas pequenas depresses nos tabuleiros; pelos Podzlicos
Concrecionrios em reas dissecadas e encostas e Gleissolos e Solos Aluviais
nas reas de vrzeas.
FIGURA 01:localizao do municpio de So Miguel dos Campos/AL.
So Migueldos Campos
ALAGOAS
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FOTOGRAFIA 01: mostra a cidade de So Miguel dos Campos, fotografada da porosuperior de um tanque leo da Estao de Produo de Furado.
5.2. Estrutura de Produo e Distribu io de Petr leo e Gs Natural emAlagoas.
A estrutura da Petrobrs para a produo de petrleo e gs natural em
Alagoas divide-se em dois plos: Pilar e Furado. No plo de Furado, situado em
grande parte no municpio de So Miguel dos Campos, esto localizados os
poos terrestres de petrleo e de gs natural, sendo este separado do petrleo e
transferido por dutos para a estao coletora e de compresso, de onde o gs
natural transferido, tambm, por duto at a Unidade de Processamento de Gs
Natural de Alagoas UPGN-AL, enquanto o petrleo, por sua vez, tratado na
Estao de Furado e transportado para a Estao de Pilar, de onde segue por
oleoduto at o porto de Macei.
Na Estao Coletora de Furado existem cinco separadores de gs, trs
tratadores termoqumicos, sete vasos depuradores, dois tanques de
armazenamento de petrleo, quatro tanques de teste de produo, um tanque de
armazenamento para gua pressurizada, trs bombas de transferncia de
petrleo e duas bombas de injeo de gua produzida, alm de uma caixa de
resduos. J a Estao de Compressores composta por um manifold de GNA,
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sete vasos depuradores, trs baterias de compressores, um vaso blow-down, um
queimador e uma unidade de desidratao de gs natural (UDGN).
5.3. Descrio dos Processos da Estao de FuradoBaseado em memorial descritivo da Petrobrs, referente ao processo de
produo da Estao de Furado, os peritos descrevem o processo produtivo
dessa estao:
5.3.1. Do Processo da Estao Coletora
Os separadores de gs recebem a produo formada por 440000 m3/dia
de gs e 600 m3/dia de lquido. O gs efluente desses separadores depurado e
direcionado ao header de suco dos compressores, enquanto o lquido efluente
direcionado ao header de entrada dos tratadores termoqumicos. Aps o
processo de separao executado pelos tratadores, o petrleo direcionado
armazenagem em um dos tanques e a gua vai para outro tanque. O petrleo
impulsionado pelas bombas de transferncia para o oleoduto Furado/Pilar e a
gua succionada pelas bombas de injeo de gua. A descarga dessas bombas
direciona a gua para os satlites de injeo, que ficam fora dos limites da
estao.
O gs liberado nos tratadores termoqumicos durante o processo de
quebra de emulso enviada para o queimador de segurana. J os drenos
presso atmosfrica so direcionados caixa API, que separa a gua do leo,
sendo a gua direcionada para o tanque de gua pressurizada e o leo retorna
para os tratadores termoqumicos; enquanto os drenos pressurizados seguem
para o vaso.
5.3.2. Do Processo da Estao de Compressores
A Estao de Compressores tem como objetivo principal elevar a presso
do gs associado oriundo da estao coletora, bem como, do gs no-associado
(GNA) vindo dos campos de Furado, So Miguel e Anamb, para posteriormente
suprir as necessidades da UPGN/Alagoas e do Gasoduto Norte Furado/Robalo
(FU/RB), cujo destino final a UPGN de Aracaju. Essa estao de compressores
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recebe gs atravs de duas linhas com nveis distintos de presso, sendo uma
linha de baixa presso (aproximadamente 5,0 kgf/cm2) e a outra de mdia
presso (aproximadamente 36 kgf/cm2). O gs associado vem da estao
coletora de Furado e o gs no-associado pode vir dos campos de So Miguel e
Cidade de So Miguel dos Campos, atravs dos gasodutos SMC/CSMC/FU de
alta, mdia e baixa ou do prprio campo de Furado pelo manifold de GNA da
estao.
O gs de baixa presso (5,0 kgf/cm2) que alimenta o header de entrada
dos compressores de baixa oriundo da estao coletora de leo de Furado, do
manifold de GNA e do gasoduto de baixa SMC/CSMC/FU, este gs depurado
antes de chegar aos compressores de baixa. O gs de mdia presso (36
kgf/cm
2
), oriundo do manifold de GNA e do gasoduto de mdia SMC/CSMC/FUpassa atravs do vaso depurador e se junta descarga dos compressores de
baixa no header de mdia, que a linha de suco dos compressores de alta. A
descarga dos compressores de alta (82 kgf/cm2) passa atravs da unidade de
desidratao de gs natural (UDGN) e posteriormente uma parte desta corrente
enviada atravs do gasoduto FU/PILAR para UPGN Alagoas. J o gs de alta
presso oriundo do manifold de GNA e do gasoduto de alta SMC/CSMC/FU
direcionado para o vaso depurador. Na sada deste vaso, a corrente dividida em
duas, uma para o sistema de gs lift e a outra se junta com o gs efluente daUDGN para em seguida ser enviado para o gasoduto Norte (FU/RB).
FOTOGRAFIA 02: mostra a Estao Produtora de Furado antes do incndio em tela.
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5.4. Da rea Examinada pelos Peritos
Os peritos examinaram uma rea de aproximadamente 4200m2, contendo
sistema de tubulao, tanques de leo e gua, vasos, motores e dois veculos,
um caminho/munck e um automvel GM Celta.
FOTOGRAFIA 03: mostra a Estao de Produo de Furado antes doincndio em tela, com detalhe da rea atingida posteriormente pelo fogo:na poro superior, dois manifolds; na poro inferior, gasodutoFurado/Robalo; e na poro mediana, rvores de grande porte.
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FOTOGRAFIA 04: mostra a Estao de Produo de Furado, onde se visualiza a rea atingidapelo incndio.
FOTOGRAFIA 05: mostra, com aproximao, a rea atingida pelo incndio, com assinalamentode dois manifolds de leo e do caminho-munck que se encontrava estacionado prximo aogasoduto Furado/Robalo.
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manifold de leo
manifold de gs
caminho Celta
corpo 1
corpo 4 corpo 3
corpo 2
gasodutoFurado/Robalo
vlvula 3vlvula 1vlvula 2
tanques
Rota de fuga
R
ota
defuga
Rota de fuga
Rotadefuga
33m
Tubulaesem
reasdeprocesso
Tubulaese
m
reasdeprocesso
Croqui 01: local examinado
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FOTOGRAFIA 06: mostra a rea atingida pelo incndio, com assinalamento do caminho-munck, que se encontrava prximo ao gasoduto Furado/Robalo, e do manifold de leo ondeforam encontradas trs vtimas carbonizadas.
O local imediato dos exames periciais tratava-se do sistema formado por
tubulaes, vlvulas e seus atuadores (ver fotografia 07), responsveis pela
conduo de gs sob presso da Estao de Furado para a Estao de Robalo,
localizada na cidade de Brejo Grande/SE. O gasoduto Furado/Robalo, com 10
(dez polegadas de dimetro), antes de penetrar no solo, era interligado a uma
tubulao lanadora de pig, dispositivo cilndrico usado na limpeza de gasoduto,
no qual era injetado atravs de uma escotilha. Paralelamente tubulao
lanadora de pig, existia um gasoduto situado em nvel mais baixo, que deveria
estar interligado vlvula 3, porm o spoolque faria essa ligao encontrava-se
tambm desconectado desta vlvula e deslocado para a direita, apoiado em uma
barra de ao disposta na superfcie de uma base de concreto. A extremidade com
curvatura desse spoolestava posicionada no interior de uma vala delimitada por
tijolos unidos com argamassa, contendo duas tubulaes paralelas de ferro (LC-
SAT.40 6 e leo Mamb 8), medindo 1,30m (um metro e trinta
centmetros) de largura, distando 1,84m (um metro e oitenta e quatro centmetros)
da vlvula 3.
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O gasoduto Furado/Robalo tambm poderia ser abastecido atravs de
uma tubulao vertical de 4 (quatro polegadas de dimetro), interligada na sua
poro superior, em trecho situado antes da vlvula 1.
FOTOGRAFIA 07: mostra os componentes do trecho de tubulaes queantecedia o ponto onde o gasoduto Furado/Robalo adentrava no solo.
6. DOS EXAMES NOS CADVERES
6.1. Da Identi ficao
Foram constatados quatro corpos carbonizados, sem condies de
serem reconhecidos no local dos exames.
Posteriormente, no Instituto Mdico Legal da capital, foram
identificados os referidos corpos como sendo de Miguel ngelo Pereira Moiss,
Adeildo da Silva Santos, Adriano dos Santos e Carlos Eduardo Cabral das
Chagas.
Vlvula 3
Atuador
Vlvula 1
Spooldesconectado
dos pontos x e y
X
Y
Escotilha para colocaode pig usado na limpezada tubulao
Lana domunck
Gasodutos
Tubulao dear comprimido
Tubulao
lanadora
LC-SAT.406 leo Mamb8
GasodutoFurado/Robalo
Vlvula 2
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manifold de leo
caminho Ce
lta
corpo 1
corpo 4 corpo 3
corpo 2
gasodutoFurado/Robalo
v lvula 3v lvula 1v lvula 2
33m
3m 2m
Bombas
FOTOGRAFIA 09: mostra o cadver 1.
Croqui 02: localizao dos corpos
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FOTOGRAFIA 10: mostra o manifold de leo onde foram encontrados trs corposcarbonizados.
FOTOGRAFIA 11: mostra o cadver 2 localizado sobre a passarela central do manifold deleo do lado esquerdo.
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FOTOGRAFIA 13: mostra o cadver 3 na poro posterior direita do manifold de leo do ladoesquerdo.
FOTOGRAFIA 12: mostra,com aproximao, o cadver2. .
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FOTOGRAFIA 14: mostra o cadver 4 no interior do manifold de leo do lado esquerdo, apsa passarela posterior, no lado direito desse manifold.
6.3. Das Vestes e Buscas
O exame das vestes foi prejudicado pelo grau de carbonizao dos
cadveres.
As buscas por objetos pessoais foram procedidas com uso de uma
peneira, tendo sido coletados e acondicionados em sacos plsticos e envelopes
devidamente identificados, conforme consta no anexo 2, os seguintes materiais:
Envelope n 1: vestgios do cadver n1;
Saco plstico n2, com duas chaves encontradas junto ao
cadver n2;
Saco plstico n4, com pedaos de roupa e um aparelho de
telefone celular, encontrados junto ao cadver n 4.
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7. DAS CONSTATAES
7.1. Dos Veculos
O caminho-munck e o automvel Celta carbonizados foram
examinados pelo Perito Policial de Local Joo Gardino dos Santos, no dia
primeiro do ms de outubro do corrente ano, estando os resultados dessa percia
apresentados no laudo complementar n 2957.08.08, anexo ao presente
documento.
7.2. Outros Elementos
7.2.1 Sinais de queima na rea situada em frente a casa de controle de
bombas, bem como em tanques localizados prximos a essa
edificao;
FOTOGRAFIA 15: mostra casa de controlede bombas e tanque de leo afetados pelofogo.
FOTOGRAFIA 17: mostra a rea atingidapelo fogo, manifold e tanques de leo.
FOTOGRAFIA 16: mostra, com aproximao,a casa de controle de bombas atingida pelofogo.
FOTOGRAFIA 18: mostra sinais da ao dofogo em um dos tanques de leo.
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FOTOGRAFIA 19: mostra um dos tanquesatingidos pelo fogo, que explodiu durante oincndio.
7.2.2. Tubulaes, vlvulas e equipamentos danificados pela ao do
fogo, situados ao lado do manifold de leo;
FOTOGRAFIA 22: mostra tubulaes,vlvulas e equipamentos danificados pelaao do fogo.
FOTOGRAFIA 20: mostra, por outro ngulo,o tanque atingido pelo fogo, exibido nafotografia anterior.
FOTOGRAFIA 21: mostra a tampa metlica eeletrodutos que faziam parte do tanquemostrado na fotografia anterior, e que foram
arremessados pela ao da exploso.
FOTOGRAFIA 23: mostra, por outro ngulo,tubulaes, vlvulas e equipamentosdanificados pela ao do fogo, exibidas nafotografia anterior.
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FOTOGRAFIA 24: mostra rea atingida pelo fogo, localizada junto poro posterior dosmanifolds de leo.
FOTOGRAFIA 25: mostra equipamentos danificados pela ao dofogo, localizados prximos aos manifolds de leo.
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7.2.4 Ferramentas usadas por pedreiro, localizadas na rea situada entre
o caminho-munck e os manifolds de leo;
FOTOGRAFIA 28: mostra a rea onde foram encontrados ferramentas depedreiro, exibidas em detalhe.
7.2.5. Destruio, pela ao do fogo, do depsito onde eramarmazenados pigs usados na limpeza do gasoduto
Furado/Robalo.
FOTOGRAFIA 29: mostra o local onde eramarmazenados pigs, material usado na limpeza dogasoduto Furado/Robalo.
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7.2.6 Sinais de carbonizao de prancheta sobre uma mesa de concreto
localizada prxima ao caminho-munck;
FOTOGRAFIA 30: mostra, comassinalamento, uma mesa de concreto narea atingida pelo fogo, onde havia vestgiosde prancheta carbonizada.
7.2.7 Prancheta destruda pela ao do fogo, disposta sobre a base de
concreto que dava acesso vlvula 2 e a tubulao lanadora de
pig;
FOTOGRAFIA 32: mostra a localizao da prancheta destruda pela ao do fogo, vistatambm em detalhe.
Vlvula 2
LanadorFurado/Robalo
10
Tubo6
FOTOGRAFIA 31: mostra prendedormetlico de papel e o estampamento deuma prancheta destruda pela ao dofogo, na superfcie da mesa de concretoexibida na fotografia anterior.
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7.2.8 Vestgios de carbonizao de prancheta, localizados a 2,40m (dois
metros e quarenta centmetros) do local de penetrao no solo do
gasoduto Furado/Robalo;
FOTOGRAFIA 33: mostra o local de penetrao do gasoduto no solo, comdetalhe dos vestgios de queima de prancheta.
7.2.9. Lana metlica do munck posicionada na rea do sistema detubulao de gs, aps o seu sistema hidrulico ter sido
carbonizado;
FOTOGRAFIA 34: mostra o posicionamento da lana metlica domunck na rea do sistema do gasoduto Furado/Robalo.
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7.2.11. Caractersticas da vlvula 3 e do seu atuador:
Vlvula 3: vlvula identificada pela Petrobrs atravs do cdigo XV-
624009, fabricada pela empresa MNA, com corpo bipartido
assimtrico Fire Safe, da classe de presso 600, medindo
0,60m (sessenta centmetros) de comprimento e 6 (seis
polegadas de dimetro interno), possuindo dois flanges nas
extremidades com revestimento anticorrosivo eletroisolante.
Conforme documentao fornecida pela Petrobrs (anexo
6), a vlvula estava em servio desde o dia 04 de julho de
2005.
FOTOGRAFIA 37: mostra registros identificadores gravados navlvula 3.
Atuador: atuador a pisto, modelo APR 150, fabricado pela empresa
Vanasa, possui cilindro pneumtico de simples ao com
retorno de mola, desenvolvido e projetado para acionamento
de vlvulas esfera, borboleta e outros equipamentos,
pesando 142kg. reversvel, permitindo ao ar para abrir
ou ar para fechar, com presso de suprimento de 4 a 10
kgf/cm2 (presso de trabalho na planta igual a 7 kgf/cm2).
Permite a conexo de instrumentos eletro-pneumticos,
proporcionando a abertura imediata da vlvula no caso de
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falha de energia (blow-Down) ou seu fechamento no caso de
falha de ar e energia (Shut-Down).
Esse atuador deve atender os seguintes requisitos para uso
com vlvulas esfricas:
a) compatibilidade com o movimento de rotao exigido para
acionar a vlvula esfrica da posio totalmente fechada (normalmente
90);
b) acionar a vlvula para a posio de segurana (aberta ou
fechada) apenas com a fora armazenada na mola;
c) gerar torque suficiente para mover a vlvula posio de
segurana, vencendo a inrcia de mudana de posio e o diferencial
mximo de presso estipulado na especificao;
d) devem ser suficientes para mover a vlvula posio
normal de operao mesmo com a presso de ar reduzida at 4 kgf/cm2;
e) devem ser construdos para suportar nveis de presso de
ar at pelo menos 12 kgf/cm2.
7.2.12. Sinais de queima na parte externa da vlvula 3 e no seu atuador,
bem como nos componentes que os interligavam ao sistema;
FOTOGRAFIA 38: mostra a vlvula 3 conectada ao gasodutoFurado/Robalo e o seu respectivo atuador, no qual estava acoplado vlvula solenide.
Atuador
Vlvula 3
Vlvulasolenide
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FOTOGRAFIA 39: mostra sinais de queima no atuador da vlvula 3, na vlvula desuprimento de ar comprimido e na vlvula solenide.
7.2.13. A vlvula 3 encontrava-se bloqueada por uma raquete, que foi
colocada entre dois flanges. O flange externo foi conectado aps
o incndio em tela, com a finalidade de prender a raquete.
Aps a retirada da vlvula 3 do gasoduto, constatou-se que a
mesma encontrava-se fechada, conforme pode ser observado o
posicionamento da esfera em seu interior.
FOTOGRAFIA 40: mostra oflange conectado no bocal davlvula 3, com a finalidade deprender a raquete.
Vlvula de
suprimento de arcomprimido
Vlvula solenide
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FOTOGRAFIA 41: mostra, com assinalamento, a raquete usada para fechar avlvula 3.
FOTOGRAFIA 42: mostra, aps a retiradada raquete, o interior da vlvula 3, onde seobserva a esfera na posio fechado.
FOTOGRAFIA 43: mostra, no lado oposto, aesfera fechando a vlvula 3.
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7.2.14. Dois oleodutos paralelos (LC-SAT.40 6 e leo Mamb 8)
com sinais de queima no trecho situado em frente vlvula 3,
bem como destruio de parte das faixas de tijolos que
limitavam a vala ocupada pelas referidas tubulaes;
FOTOGRAFIA 44: mostra dois oleodutos com sinais de queima, sobretudo notrecho situado em frente vlvula 3.
FOTOGRAFIA 45: mostra, por outro ngulo e com assinalamento, os limites dafaixa de tijolo danificada pela presso do gs que vazou atravs da vlvula 3.
Vlvula 3
Vlvula 3
leo Mamb 8LC-SAT.40 6
leoMamb 8
LC-SAT.406
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7.2.16. Spool de 6 (seis polegadas de dimetro) desconectado da
vlvula 3 e da vlvula de reteno acoplada em tubulao de
alimentao do gasoduto Furado/Robalo, em pontos indicados
na fotografia abaixo pelas letras Y e X, respectivamente. Esse
spool possua um trecho reto, com 4,23m (quatro metros e vinte
e trs centmetros) de comprimento, e outro curvo, com 0,54m
(cinqenta e quatro centmetros), ambos flangeados;
FOTOGRAFIA 47: mostra os componentes do trecho de tubulaes queantecedia o ponto onde o gasoduto Furado/Robalo adentrava no solo.
Vlvula 3
Atuador
Vlvula 1
Spooldesconectado
dos pontos x e y
X
Y
Escotilha para pig
Lana domunck
Gasodutos dealimentao
Tubulao dear comprimido
FOTOGRAFIA 48: mostra oposicionamento da extremidadecurva do spool desacoplada davlvula 3.
Lanadorde pig
LC-SAT.406
leo Mamb8
Vlvula 2
6
4
Vlvulasolenide
Vlvula debloqueio
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7.2.17. O spool referido no subitem anterior, encontrava-se com a sua
poro central em contato com uma barra de ao, fixada na
superfcie de uma base de concreto de seo retangular de
0,14m (quatorze centmetros) de espessura, por 0,27m (vinte e
sete centmetros) de largura e 0,18m (dezoito centmetros) de
altura;
FOTOGRAFIA 49: mostra, com assinalamento, o spooldesconectado da vlvula V3, apoiado em uma base deconcreto.
7.2.18. Tubulao elevada, com 4 (quatro polegadas de dimetro),interligada ao gasoduto Furado/Robalo;
FOTOGRAFIA 50: mostra, com assinalamento, a tubulaovertical que se ligava ao gasoduto Furado/Robalo em pontosituado ao lado da vlvula 1, bem como o spool que foidesconectado da vlvula 3.
Vlvula 1
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7.2.19 Ferramentas, parafusos, porca e conexo de eletroduto,
dispostos no solo, frente da vlvula 3, alm de macaco
hidrulico e alavanca localizados juntos ao gasoduto
Furado/Robalo;
FOTOGRAFIA 51: mostra macaco hidrulico e alavanca dispostos junto ao gasodutoFurado/Robalo, bem como, em detalhe, ferramentas, parafusos, porca e conexo situadosprximos a vlvula 3.
7.2.20. O quadro de comando eltrico das vlvulas 1, 2 e 3 apresentava
as botoeiras de acionamento nas seguintes posies: vlvula 1
(aberta), vlvula 2 (fechada) e vlvula 3 (fechada);
Vlvula 3
FOTOGRAFIA 52: mostra, comassinalamento, o quadro decomando eltrico das vlvulas 1,2 e 3.
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FOTOGRAFIA 53: mostra o posicionamento das botoeiras de acionamento dasvlvulas 1, 2 e 3, indicado com setas.
7.2.21 A energia eltrica fornecida s vlvulas 1, 2 e 3 derivava do
quadro referido no subitem anterior e circulava em fios
embutidos em eletrodutos envelopados e enterrados. Observa-
se nas fotografias 54 e 55 que o eletroduto interligado ao
atuador da vlvula 1 aflorava do solo em ponto situado abaixo
desse equipamento, enquanto as fotografias 56 e 57 mostram
que a vlvula solenide do atuador da vlvula 3 encontrava-se
distante lateralmente do segmento aparente do eletroduto
enterrado, com o qual deveria estar interligado.
FOTOGRAFIA 54: mostra o eletroduto queaflorava do solo e estava ligado ao atuadordavlvula 1.
FOTOGRAFIA 55: mostra, o eletroduto queaflorava do solo e estava ligado ao atuadorda vlvula 1.
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FOTOGRAFIA 56: mostra o segmento aparente do eletroduto enterrado e partes do sistemaque compunham o gasoduto.
FOTOGRAFIA 57: mostra, com assinalamentos, a parte envelopada e enterrada dosegmento de eletroduto aparente situado prximo vlvula 3, no momento em que eraremovido do solo.
Vlvula 3
Atuador
Segmento aparente deeletroduto enterrado
Vlvulasolenoide
Tubo condutorde ar comprimido
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7.2.22 Rompimento do segmento aparente do eletroduto enterrado, com
0,15m (quinze centmetros) de afloramento, causado pela ao
de fora de trao, aplicada na seo voltada para o lado
contrrio ao da vlvula solenide;
FOTOGRAFIA 58: mostra, em detalhe, a localizaodo rompimento do segmento aparente do eletrodutoenterrado e, com assinalamento, a localizao davlvula solenide.
FOTOGRAFIA 59: mostra
rompimento na superfcie doeletroduto aparente situadoprximo vlvula 3, causado porfora de trao. A seta mostra osentido de aplicao da fora.
FOTOGRAFIA 60:mostra seosubmetida fora decompresso (seta parabaixo), situado no ladooposto ao rompimentomostrado na fotografiaanterior.
FOTOGRAFIA 61:mostra setas indicando osentido de atuao dasforas que romperam superfcie do eletroduto.Fora de compressopara baixo e de traopara cima.
FOTOGRAFIA 62: mostra,no outro lado do tubo,setas indicando o sentidode atuao das foras queromperam superfcie doeletroduto. Fora decompresso para baixo ede trao para cima.
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7.2.23. Vlvula Solenide
A vlvula solenide composta por duas partes bsicas: o corpo e a
bobina. A bobina consiste de um fio enrolado ao redor de uma superfcie
cilndrica. Quando a corrente eltrica circula atravs do fio, gera um campo
eletromagntico, que aciona o mbolo, fechando a vlvula normalmente aberta.
Estas vlvulas possuem uma entrada e uma sada de fluxo, sendo
utilizadas para permitir ou bloquear a passagem de fludo com vrios tamanhos
de conexes, orifcios e construes para aplicaes tais como: controle
automtico de ar, gs inerte, gua, leo, vapor entre outros gases e lquidos no
corrosivos ao lato, alumnio e ao inoxidvel.
Quando o solenide energizado, automaticamente, o ncleo fecha o
orifcio de passagem em uma vlvula Normalmente Aberta, como era o caso da
vlvula conectada ao atuador da vlvula 3. Ela opera a presses desde 0 PSI at
a sua mxima presso diferencial de operao. A fora necessria para abrir a
vlvula proporcional ao dimetro do orifcio e a presso do fludo.
Fluxo em Vlvula Normalmente Aberta:
Desenergizada Energizada
A vlvula solenide examinada, acoplada no atuador da vlvula 3,
apresentava-se deslocada para o lado direito, enquanto a sua bobina estava
deslocada para baixo e para a direita em relao ao seu eixo.
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FOTOGRAFIA 63: componentes da vlvula solenide acoplada no atuador da vlvula 3.
FOTOGRAFIA 64: mostra a indicao dos pontos onde existiam deformaes na vlvulasolenide e na sua bobina.
Tubo de descargade ar comprimido
bobina
Tubo condutor de arcomprimido
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FOTOGRAFIA 65: mostra a vlvula solenide deslocada para o lado direito em relao aoponto de fixao no atuador da vlvula 3, bem como o deslocamento da sua bobina tambmpara a direita.
FOTOGRAFIA 66: mostra a bobina deslocada para baixo em relao ao eixo da vlvulasolenide.
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7.2.24. Fios e eletrodutos localizados prximos a lana do munck;
7.2.25. Os seguintes materiais foram constatados na vala com
tubulaes de leo paralelas, referidas no subitem 7.2.14: a)
eletroduto de ferro , medindo 1,43m (um metro e quarenta e trs
centmetros) de comprimento, com fiao carbonizada em seu
interior, apresentando curvatura voltada para uma das
extremidades, onde estava rosqueada uma luva, estando no
outro extremo rosqueado um cotovelo da marca Tupy, de 90 e
dimetro de ; b) eletroduto flexvel com 0,46m (quarenta e
seis centmetros) de comprimento, revestido com malha de
cobre; e c) conexo em Y-45. O eletroduto flexvel localizava-se
entre a conexo e o eletroduto rgido, indicando que faziam parte
de um mesmo conjunto.
FOTOGRAFIA 67: mostra fios eeletrodutos no solo, dispostosprximos a lana do munck.
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gasodutoFurado/Robalo
vlvula 3vlvula 1vlvula 2
4,5m1,84m eletrodutos econexo
passarela
oleodutos
Esquema grfico 01:localizao dos eletrodutos e conexo
FOTOGRAFIA 68: mostra o conjunto formado por eletrodutos e a conexoY-45.
FOTOGRAFIA 69: mostra, com aproximao, o conjunto formado peloseletrodutos rgido e flexvel, bem como por uma conexo Y-45, localizadona vala, abaixo das tubulaes de leo.
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7.2.26. Vlvula de bloqueio de ar comprimido sem alavanca de manobra;
FOTOGRAFIA 70: mostra em detalhe a vlvula de bloqueio de arcomprimido, onde se pode observar a ausncia da alavanca demanobra, a qual tem a funo de abrir e fechar a referida vlvula.
FOTOGRAFIA 71: mostra emdetalhe uma alavanca demanobra em uma vlvula debloqueio.
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7.2.27. Caixa com ferramentas localizada prximo a tubulao onde o
spoolfoi desacoplado;
FOTOGRAFIA 72: mostra caixa metlica e ferramentas sobre o solo.
7.2.28. Ferramenta, pea de tecido parcialmente queimada e vestgios
de queima no solo, localizados sob a extremidade da tubulao
onde o spool foi desacoplado;
FOTOGRAFIA 73: mostra ferramenta, pea de tecido e vestgios de queimasob a extremidade da tubulao onde o spoolfoi desacoplado.
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7.2.29. Rotas de Fuga
Prximo ao gasoduto Furado/Robalo, os peritos constataram
estradas que serviam de rotas de fuga para aqueles que estivessem nas
imediaes da vlvula 3, conforme mostra o croqui exibido na pgina 26 e asfotografias abaixo.
FOTOGRAFIA 74: mostra a estrada que margeava os oleodutos LC-SAT.40 6 e leo Mamb 8.
FOTOGRAFIA 75: seta na posio horizontal, indicando a localizao da rotade fuga exibida na fotografia anterior, e seta na posio vertical, indicando osentido de duas rotas de fuga, que sero exibidas na fotografia seguinte.
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FOTOGRAFIA 76: mostra setas indicando os sentidos para as rotas de fuga.
8. DOS TESTES REALIZADOS
8.1. Os peritos, usando o conjunto formado pela unio dos eletrodutos
rgido e flexvel encontrados no interior da vala com oleodutos, e
suas conexes, interligaram a vlvula solenide ao segmento
aparente do eletroduto enterrado, situado direita da vlvula 3 (ver
subitem 7.2.21.). Feito isso, foi determinado que a conduo de
energia eltrica vlvula solenide era feita atravs de fios
contidos no eletroduto que passava sob o spool.
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FOTOGRAFIAS 78 e 79: mostram, com aproximao, os peritosposicionando o eletroduto na vlvula solenide, estando a outraextremidade junto ao segmento aparente de eletroduto enterrado, situado direita da vlvula 3. Salientamos que o flange prateado mostrado naextremidade do bocal da vlvula 3 foi colocado aps o incndio, com afinalidade de apertar a raquete
FOTOGRAFIA 77: mostra osperitos posicionando o eletrodutona vlvula solenide, estando aoutra extremidade junto aosegmento aparente de eletrodutoenterrado, situado direita davlvula 3. Salientamos que oflange prateado mostrado naextremidade do bocal da vlvula 3foi colocado aps o incndio, coma finalidade de apertar a raquete,conforme descrito no subitem7.2.13.
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Esquema grfico 02:mostra a localizao e posio do eletroduto emrelao ao bocal da vlvula 3.
FOTOGRAFIA 80: mostra, por
outro ngulo, os peritosposicionando o eletroduto navlvula solenide, estando a outraextremidade junto ao segmentoaparente de eletroduto enterrado,situado direita da vlvula 3.
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FOTOGRAFIAS 81: mostra a montagem dos eletrodutos e suasconexes que interligavam a vlvula solenide ao segmentoaparente do eletroduto enterrado. Nessa demonstrao, foramusados condulete e tampa de bobina novos.
FOTOGRAFIAS 82: mostra, em detalhe, a ligao do eletroduto vlvulasolenide. Nessa demonstrao, foram usados condulete e tampa debobina novos, alm da conexo em Y-45 constatada no local do fato.
cotovelo de 90
segmento verticalaparente de eletroduto
eletroduto rgido
eletrodutoflexvel
conector deeletroduto
bobina econdulete novos
vlvulasolenide
conexoem Y-45
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Os peritos posicionaram o cotovelo do eletroduto rgido (horizontal),
conforme foi mostrado na fotografia 77, no segmento aparente do eletroduto
enterrado, sendo constatado que a ruptura existente neste tubo foi causada por
fora de trao que surgiu em decorrncia da aplicao de carga na superfcie do
referido eletroduto rgido.
FOTOGRAFIA 83: mostra a posiodo cotovelo em relao extremidade
aparente do eletroduto enterrado nosolo.
FOTOGRAFIA 84: mostra o sentidode aplicao das foras quecausaram deformaes noeletroduto enterrado, confirmandoque o cotovelo de 90 do eletrodutoque conduzia fiao at o atuadorda vlvula 3, estava conectado comaquela tubulao.
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8.2. Os peritos acompanharam a realizao de testes para verificar as
condies do quadro de comando eltrico das vlvulas 1, 2 e 3,
tendo sido constatado que o mesmo se encontrava energizado,
com voltagem de 24,70vcc, e operando normalmente. Tambm foi
observado, que a vlvula 3 era normalmente aberta, enquanto as
demais eram normalmente fechadas;
FOTOGRAFIA 85: mostra o quadro decomando eltrico das vlvulas 1, 2 e 3.
FOTOGRAFIA 87: mostra a leitura da
voltagem com multmetro digital.
FOTOGRAFIA 86: mostra o quadro decomando eltrico aberto.
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FOTOGRAFIA 88: mostra, no interior do quadro eltrico, os terminais correspondentess vlvulas 1, 2 e 3.
9. DOS EXAMES LABORATORIAIS
9.1. Nos Condutores de Energia
Na quarta-feira, dia 08 de outubro do corrente ano, Jos Adriano Rocha e
Rodolpho Pedroza, tcnicos deste Instituto de Criminalstica, estiveram no Setor
Tcnico Cientfico da Polcia Federal, onde, juntamente com o Perito Criminal
Petrnio Falcomer examinaram as partes rompidas dos fios do cabo enterrado
responsvel pela energizao do atuador da vlvula 3. Para tanto, fizeram uso do
aparelho VSC 5000 - Video Spectral Comparator e de microscpio, os quais
mostraram em detalhe deformaes na ponta dos fios, com caractersticas de
terem sido causadas por cisalhamento, o que pde ser confirmado comparando-as com deformaes em fios feitas com alicate, pois este instrumento causa
rompimentos de fios com fora de ao cortante.
V3 V2
V1
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FOTOGRAFIA 89: mostra fios do cabo enterrado, com ampliao feita peloaparelho VSC 5000, alm de detalhe das deformaes nas pontas.
FOTOGRAFIAS 90, 91 e 92: mostra as deformaes nas extremidades dos fios exibidos nafotografia anterior, vistas atravs de microscpio.
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Detalhes feitos em fios cortados com alicate:
FOTOGRAFIAS 94 e 95: mostra as deformaes em fios, causadas pelo corte com alicate,vista atravs de microscpio.
FOTOGRAFIA 93: mostra outrosfios do cabo enterrado, comampliao feita pelo equipamentoVSC 5000, alm de detalhe dasdeformaes nas pontas.
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Os peritos tambm examinaram as extremidades dos fios que se
encontravam embutidos no eletroduto rgido encontrado no interior da vala com
oleodutos (ver subitem 7.2.25.), que foram rompidos durante a liberao de gs. A
extremidade dos fios contidos naquele eletroduto no possua condies de
confronto, pois se encontravam bastante carbonizados e quebradios.
FOTOGRAFIAS 96 e 97: mostra as extremidades queimadas dos fios que se encontravamembutidos no eletroduto rgido arremessado pela presso do gs.
9.2. No Atuador e na Vlvula 3
O atuador da vlvula 3 foi examinado na oficina da Estao de Produo
de Furado, no qual foi introduzido, de forma controlada, ar comprimido naabertura de encaixe da vlvula solenide, constatando-se que o mecanismo
interno funcionou normalmente, produzindo um giro de 90 no eixo que se
conectava a vlvula 3.
FOTOGRAFIA 98: mostra o atuadorsendo examinado na oficina da
Estao de Produo de Furado.
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Nos dias 28, 29 e 30 do ms de outubro do corrente ano, os tcnicos
Jos Adriano Rocha e Rodolpho Pedroza estiveram na oficina de manuteno de
vlvulas da UN-SEAL (Unidade de Negcio-Sergipe/Alagoas), localizada na
cidade de Aracaju/SE, onde acompanharam a verificao das condies de
funcionamento da vlvula 3 e do seu atuador, na presena dos senhores Rubens
Siquieroli Jnior, gerente das oficinas, Gilson Tadeu Coelho Sucupira, supervisor
de manuteno de vlvulas e de Jlio Csar dos Santos, tcnico de manuteno.
Esses equipamentos estavam acondicionados no interior de caixas de madeira,
devidamente lacradas.
Nessa ocasio, o atuador foi conectado vlvula 3, com o objetivo de se
verificar o funcionamento em conjunto, introduzindo-se ar comprimido diretamenteno atuador.
Resultados dos exames:
1. A presso de 2 kgf/cm2de ar aplicada no pisto do atuador, era
suficiente para movimentar em de volta (90) o eixo conectado
vlvula 3, provocando o giro da esfera metlica existente no
interior desta, at a posio de abertura completa da vlvula;
2. Introduzindo-se 7 kgf/cm2de ar comprimido no atuador, observou-
se que a abertura completa da vlvula ocorreu no tempo de 6,28s
(seis segundos e vinte e oito centsimos de segundo), quando
atingida a presso de 2 kgf/cm2.
Os peritos tambm verificaram os mecanismos da vlvula e do atuador,
constatando-se que:
1. As porcas e parafusos que compunham o atuador e a vlvula no
apresentavam sinais de abertura recente;2. O fogo que atingiu a poro anterior externa do atuador no
afetou o sistema interno de atuao, estando s molas e s
vedaes em bom estado de conservao.
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9.2.1. Seqncia de Funcionamento Atuador/Vlvula 3
a) O corte no fornecimento de energia para a vlvula solenide,
possibilitou a entrada de ar no atuador, j que essa vlvula era
normalmente aberta (falha abre);
b) O ar injetado no cilindro do atuador proporcionava compresso das
molas, movimentando a haste e articulao, produzindo de giro no
eixo que se acoplava a vlvula 3, resultando na abertura da mesma;
FOTOGRAFIA 99: mostra a vlvulasolenide conectada ao atuador,onde se observa as tubulaes decobre (alimentao e descarga de ar)
e a bobina sem sua tampa protetora.
FOTOGRAFIA 100: mostra setasindicando o sentido de atuao doar comprimido no pisto doatuador.
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FOTOGRAFIA 101: mostra aarticulao distendida pelo retornodas molas a suas posies derepouso.
c) O movimento do eixo do atuador provocou um movimento de 90
deslocou a esfera da vlvula, possibilitando sua abertura;
FOTOGRAFIAS 104 a 108: mostram a seqncia de abertura da vlvula 3, quando da injeo dear comprimido no atuador.
FOTOGRAFIA 102: mostra osistema de transmisso domovimento da engrenagem doatuador para a vlvula 3.
FOTOGRAFIA 103: mostra, nointerior da vlvula 3, a luva deacoplamento do eixo do atuador.
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Concludo os exames, a vlvula e o atuador foram colocados em caixas,
que foram lacradas, cujos lacres foram assinados por um dos peritos do caso,
ficando sob a guarda da UN-SEAL.
FOTOGRAFIAS 109 e 110: mostram as caixas com o atuador e a vlvula 3, devidamentelacradas aps os exames.
9.3. Na Vlvula Solenide
A vlvula solenide, que estava conectada ao atuador da vlvula 3, foi
aberta pelos peritos no Instituto de Criminalstica do Estado de Alagoas, tendo
sido constatado que todas as vedaes de borracha foram destrudas pela ao
do calor.
FOTOGRAFIA 111: mostra a ausncia de vedaes no interior davlvula solenide que estava acoplada no atuador da vlvula 3.
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FOTOGRAFIA 112: mostra a ausncia de vedaes na vlvulasolenide, observada no lado oposto ao exibido na fotografia anterior.
10. DAS CONSIDERAES TCNICAS
10.1. Tendo em vista que a estrutura de tijolos que limitava a vala onde se
encontravam os oleodutos LC-SAT.40 e leo Mamb, estava
destruda no trecho situado em frente vlvula 3; que a faixa de solo
situada entre o caminho-munck e a referida vlvula encontrava-seerodida; que o referido caminho foi deslocado lateralmente por
arrastamento; e que o spooldesconectado da vlvula 3, foi deslocado
no sentido horrio, os peritos consideram que os referidos danos e
deslocamentos foram causados pela presso do gs liberado da
vlvula 3, que se localizava em frente s referidas estruturas;
10.2. Tendo em vista que os gases podem se inflamar quando difundidos
em equipamentos eltricos sem a proteo adequada, ou em contato
com superfcies superaquecidas, os peritos admitem que a inflamao
do gs proveniente da vlvula 3 pode ter sido originada no caminho-
munck que se encontrava em frente referida vlvula, quer pelo
contato com as suas partes metlicas aquecidas, quer pela difuso no
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seu sistema eltrico, considerando, neste caso, o motor em
funcionamento, j que o mesmo estava em posio operacional de
auxilio no trabalho que estava sendo realizado para a retirada do
Spool.
Para serem garantidas as condies de segurana em locais com
risco de incndio, consideramos que todo o sistema eltrico e
mecnico responsvel pela movimentao do caminho-munck,
deveria estar isolado do meio externo. Vale salientar, que mesmo
sendo remota a possibilidade de incndio causado por aparelho de
telefone celular, era proibido o seu uso na rea de processamento e
distribuio de gs e leo da Estao de Furado;
10.3. Considerando que a norma tcnica 2246 da Petrobrs, de fevereiro
de 1992 Pr-operao, Operao e Manuteno de Gasoduto
Terrestre, recomenda na alnea b, subitem 7.6.2.1., como forma de
garantia de segurana na manuteno de gasodutos, que: as fontes
de ignio devem ser eliminadas e seus efeitos contra a
segurana amplamente divulgados ; que a norma tcnica 2353, de
dezembro de 1990 Segurana na Inspeo, Manuteno e Reparo
de Oleodutos e Gasodutos Terrestres, no item 7.1 Controle de
fontes de ignio, recomenda:
(...)7.1.4 Motores de combusto interna, motores eltricos no
classificados, sistemas de iluminao, etc., devem estar
dispostos a uma distncia segura do local do trabalho,
considerando-se tambm, neste caso, a direo predominante
do vento;
7.1.5 A aproximao de viaturas do local do trabalho deve ser
realizada considerando-se o disposto no subitem 7.1.4.; e que
o caminho-munck, localizado em frente referida vlvula, da qual
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distava 4,90m (quatro metros e noventa centmetros), os peritos
apontam que esse veculo era fonte de ignio prxima do
gasoduto Furado/Robalo, onde se realizavam servios de
manuteno e, considerando-se, tambm, que esse veculo se
encontrava em rea ao alcance do jato de gs, admitem que o
mesmo no estava a uma distncia segura do local de trabalho;
10.4. Tendo em vista que a presso exercida pelo gs liberado da
vlvula 3 causou eroso no solo e a projeo de materiais
metlicos, os peritos, considerando que o atrito desses materiais e
de pedras com outros corpos rgidos produz centelhas capazes de
inflamar gases, admitem que a ignio do gs tambm pode ter
ocorrido pelas centelhas produzidas pelo atrito desses materiais;
10.5. Caso a vlvula de bloqueio de ar comprimido de alimentao do
atuador fosse fechada no momento em que teve incio a liberao
de gs, seria possvel a interrupo imediata do suprimento de arpara esta vlvula, o que provocaria o recuo do pisto do atuador,
causando o fechamento da vlvula 3 e a extino da citada
liberao de gs. O fechamento dessa vlvula feito com o
acionamento de uma alavanca de manobra, que no estava fixada
na referida vlvula. Tambm seria possvel fech-la a tempo de
evitar o sinistro, caso a referida ferramenta estivesse ao alcance de
um dos tcnicos que retiravam o spool.
Vale evidenciar que o acionamento rpido da referida alavanca
poderia ter impedido inclusive o surgimento do fogo, j que a
ignio no ocorreu quando da abertura da vlvula 3 e sim quando
em contato desse gs liberado em momento posterior com
alguma fonte gnea.
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Observao: Os peritos foram informados pelas testemunhas do
caso, ouvidas na delegacia de So Miguel dos Campos nos dias 07
e 09 do ms de outubro do corrente ano, que a ignio no foi
simultnea liberao de gs, ocorrendo, em mdia, 30 segundos
aps a sua difuso;
10.6. A energia eltrica fornecida s vlvulas 1, 2 e 3 era derivada do
quadro de energia referido no subitem 7.2.20. e chegava a essas
vlvulas atravs de fiao que se encontrava no interior de
eletrodutos envelopados e enterrados. O eletroduto interligado ao
atuador da vlvula 1, por exemplo, aflorava do solo em ponto
situado ao lado desse equipamento, ao contrrio do eletroduto
direcionado para o atuador da vlvula 3, que aflorava em ponto
afastado da vlvula solenide deste atuador. Por esse motivo,
fazia-se necessrio o complemento por via area, a partir do ponto
em que aflorava do solo, at a vlvula solenide;
10.7. Tendo em vista que a ruptura no segmento aparente do eletroduto
enterrado (ver subitem 7.2.22.) estava situado no lado oposto ao
prolongamento do eletroduto areo interligado a vlvula solenide,
conclui-se que esse dano foi causado por fora de trao, que
surgiu em conseqncia de um esforo no sentido de cima
para baixo, neste eletroduto. Considerando, tambm, que o
conjunto formado pelos eletrodutos e conexo, constatados no
interior da vala (ver subitens 7.2.25.), passava sob o spool, quando
interligado ao eletroduto enterrado e a vlvula solenide; e que na
vlvula solenide foram constatadas deformaes no sentido de
cima para baixo e para o lado direito, os peritos ratificam que o
referido spool, ao ser desacoplado da vlvula 3, caiu sobre o
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eletroduto rgido que servia de ligao entre a vlvula
solenide e o eletroduto enterrado;
eletrodutohorizontal
vlvula 3
spool
vlvulasolenoide
Esquema grfico 03:mostra o posicionamento do spoolem relao ao eletroduto areo.
10.8. O rompimento dos fios na juno do eletroduto enterrado com oeletroduto areo direcionado para a vlvula solenide, foi produzido
pela ao cortante da borda do segmento aparente do eletroduto
enterrado, tendo em vista que os fios foram pressionados pelo
cotovelo rosqueado naquele eletroduto areo, pois este no
suportou o peso do spool desconectado da vlvula 3, produzindo
momento no sentido anti-horrio2no ponto de ligao do cotovelo
com o eletroduto enterrado. Esse rompimento cortou a energia
eltrica que alimentava a vlvula solenide;
10.9. O corte no fornecimento de energia eltrica na vlvula solenide
possibilitou a entrada de ar comprimido no atuador, causando a
2A localizao indicada considera o observador de frente para o manifold de leo.
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compresso do pisto, que movimentou a haste e articulao,
produzindo de giro no eixo que se acoplava a vlvula 3,
resultando na abertura da mesma;
10.10. Tendo em vista que os eletrodutos rgido e flexvel, alm da
conexo Y-45, que formavam o conjunto interligado vlvula
solenide, foram projetados para a esquerda3 da vlvula 3,
conforme mostra o esquema grfico abaixo, os peritos confirmam a
afirmao anterior acerca do posicionamento desse conjunto sob o
spool antes da liberao de gs em tela, pois, caso contrrio, o
movimento giratrio do spool, provocado pela presso do gs, no
teria arremessado aquelas peas;
A localizao dos referidos tubos e conexo tambm leva os
peritos a afirmar que o eletroduto interligado a vlvula solenide foi
desconectado do sistema inicialmente na ligao entre o cotovelo e
o eletroduto enterrado e, posteriormente, na ligao com a bobina
da vlvula solenide, indicando que o rompimento da fiao deu-seno trecho onde o referido cotovelo estava rosqueado;
Esquema grfico 04: mostra a localizao doseletrodutos e conexo projetados, em relao vlvula 3.
3A localizao indicada considera o observador de frente para o manifold de leo.
Eletrodutos e conexoprojetados
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10.11. A disposio das tubulaes permitia que o fornecimento de gs
para a Estao de Robalo fosse mantido, mesmo com a execuo
de servios de manuteno na malha do gasoduto Furado/Robalo,
como no caso da retirada do spool em apreo. A abertura da
vlvula 1 e o fechamento das vlvulas 2 e 3, permitia a
continuidade do fluxo de gs no gasoduto. Salientam os peritos,
que essa opo economicamente vivel para a empresa, pois o
fornecimento de gs no pra; sendo, tambm, um procedimento
seguro, desde que no ambiente de trabalho no existam condies
que ponham em risco a integridade fsica e/ou a sade das
pessoas e a prpria segurana das instalaes e equipamentos;
10.12. A queda do spool sobre o eletroduto, conforme foi mostrado no
item 10.7., indica que essa tubulao no estava sustentada por
cintas tracionadas pelo munck, nem estava apoiada em suportes
que garantissem condies seguras para a realizao dos
trabalhos. A adoo dessas medidas de segurana evitaria aqueda do spool;
10.13. A vlvula 3, o seu atuador e a vlvula solenide foram parcialmente
queimados em conseqncia da reduo da presso do gs
liberado, cujo jato, que atuava como um lana-chamas de alto
poder calorfico, recuou com velocidade proporcional presso do
gs, a partir do momento em que foi fechado o seu suprimento, que
era feito pela tubulao vertical de 4 e pela a vlvula high-low,
localizada no municpio de So Miguel dos Campos, esta
impedindo o retorno do gs que se encontrava pressurizado sua
jusante;
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10.14. Considerando que no foi constatado, no local da retirada do spool
do gasoduto FU/RB, o formulrio de Permisso para Trabalho, nem
vestgios de que esse documento foi destrudo pela ao do fogo,
os peritos admitem as hipteses de o referido formulrio no ter
sido colocado no local de trabalho ou que foi retirado aps a
liberao de gs, antes da chegada dos peritos. Vale salientar, que
o citado formulrio fica afixado de modo visvel no local da
realizao do trabalho, conforme est previsto na Sistemtica de
Emisso de Permisso para Trabalho PT (ver Anexo 5);
10.15. Considerando que a norma 1882 da Petrobrs, de abril de 1999
Critrios para a Elaborao de Projetos de Instrumentao, no
item 8.6.5 Atuadores, recomenda: (...)8.6.5.7 A ao do conjunto
vlvula/atuador, deve ser conforme requerido pelo projeto, para a
segurana da planta. Exemplos: falha abre, falha fecha ou falha
estacionria; os peritos afirmam que o mecanismo de ao falha
abre da vlvula solenide, no era o recomendado para
garantir a segurana do sistema de abertura da vlvula 3,
tendo em vis ta que durante a execuo da retirada do spool, o
corte no fornecimento de energia determinou a abertura desta
vlvula;
FOTOGRAFIA 113: os peritosconstataram em outros locais ondeeram realizados servios demanuteno, o formulrio dePermisso para Trabalho (PT)afixada de modo visvel em peasde fcil acesso e preservado empasta plstica.
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11. DISCUSSO
O conjunto de informaes obtidas dos vestgios materiais leva os peritos
a inferir que na Estao de Produo de Furado ocorreu um acidente de trabalho.
Logo, devem ser consideradas as condies de segurana no que concerne aos
atos e/ou condies inseguras.
Conforme Zocchio4, temos as seguintes definies e consideraes:
-Atos inseguros e condies insegurasso os fatores que, combinados ou
no, ocasionam os acidentes de trabalho. So as causas diretas e indiretas dos
acidentes, pois tm relao causal com eles. Essas causas diretas no surgem por
acaso ou aleatoriamente, so geradas por um ou mais antecedentes - as causasindiretas dos acidentes. Pelo exposto conclui-se que prevenir acidentes do trabalho, em
sntese, corrigir condies inseguras existentes nos locais de trabalho, no permitir
que outras sejam criadas e evitar que as pessoas pratiquem atos inseguros. As causas
indiretas - fatores pessoais e/ou materiais - que geram as causas diretas, devem
merecer especial ateno do ponto de vista preventivo de acidente do trabalho.
- Ato inseguro a maneira como as pessoas se expem ao