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RELATÓRIO 15/01/2020
A Gestora
A Kadima Asset Management é uma gestora de recursos independente.
Foi constituída no segundo trimestre de 2007 por profissionais que
saíram do Banco Brascan, tendo como base a larga experiência dos
fundadores em mercados financeiros aliada à excelência acadêmica
direcionada para a criação de técnicas de trading. Essa experiência,
incluindo mais de 15 anos no mercado, ocorreu com gerenciamento em
diferentes cenários, tanto de otimismo como em situações de crise do
ponto de vista macroeconômico. O controle de risco e de liquidez está
presente em todo o processo de estruturação, revisão e
acompanhamento das estratégias de investimento. No controle das
posições, utiliza-se o modelo de Value at Risk paramétrico para
instrumentos lineares e Simulações de Monte Carlo para instrumentos
não-lineares. Conta com fundos multimercado, previdenciário e de
ações.
O Fundo
O Kadima II Multimercado é um fundo de investimento quantitativo que
tem como objetivo a obtenção de retornos consistentes acima de seu
KADIMA II FIC MULTIMERCADO
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benchmark, o CDI. Trata-se de um fundo de investimento em cotas de
fundos constituído sob a forma de condomínio aberto, sem prazo de
duração determinado e destinado a investidores em geral. A política de
investimento consiste em aplicar, pelo menos, 95% de seu patrimônio
líquido em cotas do Kadima Master FIM. Opera com mais de uma
estratégia de investimento, sem compromisso prévio com nenhuma em
particular, sendo classificado como livre. É permitido ao fundo realizar
investimentos no exterior de forma indireta (até 20% do PL), operações
diretas no mercado de derivativos e day trade. Poderá, também,
emprestar e tomar títulos e valores mobiliários em empréstimos.
A carteira consolidada é composta por 75,7% de títulos públicos
federais, com grande maioria indexados à taxa Selic (LFT) e o restante
indexados à inflação (NTN-B). Possui também 14,5% de ações, com
destaque para os papéis de Eneva (ENEV3), BR Malls (BRML3), Equatorial
(EQTL3), Sinquia (SQIA3) e Alpargatas (ALPA4). O restante do portfólio
está em investimentos no exterior (através do fundo Kadima Global FIM
SP) e em operações compromissadas (compra com compromisso de
revenda em prazo e preço predeterminados) com títulos públicos pré-
fixados (LTN). A seguir, a composição consolidada da carteira:
Títulos Federais
75,7%
Ações14,5%
Investimento no Exterior
4,9%
Operações Compromissadas
3,8%
Outros1,0%
Carteira Consolidada
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Para investir no fundo, o aporte mínimo inicial é de R$ 500,00 via
corretora e não precisa ser investidor qualificado. A taxa de
administração é de 2% do patrimônio líquido, sendo de 2,5% a máxima
para fundos investidos, e é cobrada taxa de performance de 20% do que
exceder o CDI. O resgate de cotas ocorre com prazo de liquidação de
um dia útil após o prazo de conversão, que é de 10 dias corridos
(totalizando D+11). O investidor, porém, pode solicitar um prazo inferior
de conversão (de 3 dias úteis), desde que seja pago a taxa de saída
antecipada de 5% sobre o valor total resgatado.
O patrimônio líquido médio é de R$ 550 milhões nos últimos doze
meses, e o risco é considerado de médio para alto, com volatilidade de
3,87% desde o início do fundo em abril de 2008. Nos últimos doze meses,
o fundo obteve retorno acumulado de 3,48%, equivalente a 59,24% do
CDI. Confira o desempenho no quadro abaixo:
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Vantagens
Retorno histórico acumulado superior ao CDI: O Kadima II
Multimercado tem como objetivo superar a rentabilidade de seu
benchmark para o longo prazo. No gráfico acima vemos que o fundo
possui um retorno histórico acumulado superior ao CDI (mais de 125%
do benchmark desde o início de suas atividades). Dentre seus 140 meses
de existência, 110 apresentaram um retorno positivo, mostrando a
solidez em cumprimento de seu objetivo.
Fundo descorrelacionado da maioria dos ativos: Um dos maiores
atrativos do Kadima II Multimercado é a sua descorrelação dos demais
investimentos. Em momentos de aumento da volatilidade do mercado,
o fundo tende a obter desempenhos superiores (e até mesmo positivos).
Portanto, o fundo é ideal para quem busca diversificação da carteira,
podendo entregar bons retornos em períodos difíceis.
Carteira diversificada: O fundo não possui compromisso com nenhuma
classe de ativos em particular. Isto permite ao Kadima II Multimercado
diversificar em diversos ativos, como pode ser observado no gráfico da
carteira consolidada mostrado acima.
Boa liquidez: O Kadima II Multimercado conta com um bom prazo para
resgate. O período de liquidação é de apenas um dia útil após a
cotização, que é de dez dias úteis. Ao todo, o resgate é liberado após
onze dias à solicitação (D+11). Também há a opção de resgate
antecipado. Neste caso, porém, é cobrada uma taxa de saída de 5%
sobre o valor a ser resgatado. Isto garante ao investidor boa liquidez e,
consequentemente, segurança.
Expertise da gestora: A Kadima Asset conta com uma equipe de gestão
formada por pesquisadores, com sólida formação acadêmica, de áreas
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complementares. No que tange às decisões tomadas utilizando a
metodologia quantitativa, estas não são baseadas em intuições e
interpretações, mas sim em algoritmos desenvolvidos através de um
extenso processo de pesquisa.
Nosso posicionamento
O Kadima II Multimercado atravessou momentos de maior turbulência em 2019, marcando o retorno acumulado abaixo do CDI em praticamente o ano todo. Quanto a carteira, nos últimos meses pudemos observar uma redução dos títulos públicos atrelados as curvas de juros real e nominal, com um proporcional incremento no mercado acionário, mais voltado para empresas de baixa e média capitalização. Os principais setores investidos são de energia, de transporte, comércio, construtoras e TI.
Se tratando de um fundo quantitativo, temos sempre que ter em mente que se trata de uma estratégia baseada em modelos matemáticos e estatísticos para gestão dos ativos. A ideia é retirar das análises todos os aspectos emocionais e intuitivos durante o processo de alocação. Fundos desta natureza tendem a apresentar um resultado mais descorrelacionado ao mercado, se aproveitando de tendências mais bem definidas e principalmente de momentos de maior volatilidade.
E o que vimos durante todo o ano de 2019 foi um mercado com grande expectativa com o discurso de uma economia mais liberal por parte do novo governo, porém ainda com momentos de maior incertezas gerados principalmente durante o decorrer da reforma da previdência. Se por um lado os bastidores políticos afetam as variações de curtíssimo prazo, a tendência para os próximos anos no Brasil é a de consolidação do crescimento econômico, iniciando já em 2020. Um dos empecilhos para esta retomada está ligado ao cenário externo, o qual ainda continua em
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um patamar de deterioração, sem surtir os efeitos dos incentivos promovidos pelos Bancos Centrais, principalmente o Europeu.
Dado este contexto, nossa expectativa é que 2020 apresente uma tendência mais clara para nosso mercado doméstico, impulsionado por essa retomada econômica brasileira. Neste caso, esperamos que o Kadima II Multimercado retorne suas boas valorizações, uma vez que seu modelo matemático-estatístico tem se demonstrado satisfatório desde o início de suas atividades. Não podemos deixar de considerar que o fundo mantém um ganho acumulado de 256% a contar de abril de 2008, que mesmo tendo atravessado o longo cenário de juros altos no Brasil, ainda representa mais de 125% do CDI.
Assim sendo, o Kadima II Multimercado continua alinhado ao nosso posicionamento no que se refere a fundos multimercado quantitativos. Indicamos o fundo para investidores de perfil arrojado que buscam diversificação do portfólio e ganhos superiores ao CDI para o longo prazo. O Kadima II FIC Multimercado pode compor uma pequena parcela da carteira, justamente para tentar se aproveitar de momentos com tendências mais consolidadas e/ou de maior volatilidade.
Fundos de Investimento
Nos principais tipos de fundos de investimento, o melhor desempenho
de 2019 foi do Ações Small Caps, com variação positiva de 52,0%. Outros
destaques foram o Ações Investimento no Exterior (46,7%), Ações Valor
e Crescimento (45,8%), Ações Setoriais (44,3%), Ações Livre (40,3%) e
Ações Índice Ativo (39,4%). Os produtos com alta exposição em bolsa de
valores apresentaram bom desempenho pelo quarto ano consecutivo,
sendo que o Ibovespa desenvolveu 31,6%.
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Nos multimercados, destaque para Long and Short Direcional (14,2%),
Estratégia Específica (14,1%), Investimento no Exterior (13,4%) e
Balanceados (12,6%). O IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima), que
mede a evolução de uma carteira hipotética de fundos da classe,
registrou variação positiva de 11,1%.
Em renda fixa, destaque para o Renda Fixa Duração Alta Soberano
(18,4%), Renda Fixa Dívida Externa (15,6%) e Renda Fixa Duração Alta
Grau de Investimento (15,3%). Devido ao maior número de cortes na
taxa Selic que o previsto inicialmente, os fundos com maior exposição
em títulos de longo prazo apresentaram rentabilidade superior. O CDI
variou 6,0%. 3
18,4%
15,6%
15,3%
13,7%
9,1%
52,0%
46,7%
45,8%
44,3%
40,3%
14,2%
14,1%
13,4%
12,6%
12,2%
34,9%
32,6%
21,0%
19,3%
17,5%
Renda Fixa Duração Alta Soberano
Renda Fixa Dívida Externa
Renda Fixa Duração Alta Grau de Investimento
Renda Fixa Indexados
Renda Fixa Duração Livre Soberano
Ações Small Caps
Ações Investimento no Exterior
Ações Valor / Crescimento
Ações Setoriais
Ações Livre
Multimercados Long and Short Direcional
Multimercados Estratégia Específica
Multimercados Investimento no Exterior
Multimercados Balanceados
Multimercados Livre
Previdência Ações Ativo
Previdência Ações Indexados
Previdência Renda Fixa Indexados
Previdência Renda Fixa Data Alvo
Previdência Renda Fixa Duração Alta Soberano
Ren
da
Fixa
Açõ
esM
ult
imer
cad
os
Pre
vid
ênci
a
Melhores desempenhos de 2019
8
Renda Fixa
Em 2019, o IMA-Geral, que reflete o rendimento dos títulos públicos
federais, apresentou variação positiva de 12,8%, contra 10,0% do ano
anterior. Com cortes adicionais na taxa Selic em relação ao inicialmente
previsto, o retorno desse indicador chegou a 215% do CDI. Os índices de
prazos mais longos e indexados à inflação registraram os melhores
resultados, impulsionados pela menor inclinação da curva de juros.
No mercado interno, destaque para o controle inflacionário, aprovação
da reforma da previdência e maior otimismo com políticas econômicas
liberais. Em contrapartida, a crise na Argentina afetou as exportações,
com maior impacto no setor automotivo. No campo internacional, a
guerra comercial entre China e Estados Unidos aumentou a percepção
de risco nos mercados, ocasionando desaceleração em economias
avançadas. Com o ambiente incerto e o enfraquecimento da demanda a
nível global, os bancos centrais passaram a adotar políticas monetárias
mais flexíveis, reduzindo a pressão sobre países emergentes.
O IMA-B5+, que mede o desempenho de NTN-Bs com vencimentos
acima de cinco anos, registrou o melhor resultado do ano. Após
apresentar 12,8% em 2017, subiu para 15,4% em 2018 e entregou 30,4%
na última apuração. O IRF-M1+, que indica a variação de prefixados
acima de um ano, após um ganho de 16,7% em 2017, entregou 12,3%
em 2018 e subiu para 14,2% na apuração mais recente. O IMA-B5+
acumulou 50,5% em vinte e quatro meses, e o IRF-M1+, 28,3%.
O IMA-S, que demonstra a variação de uma carteira teórica de LFTs,
apresentou rendimento de 6,0%, bem abaixo do período anterior devido
ao ciclo de cortes na taxa básica de juros. Vale ressaltar que este
resultado está diretamente relacionado ao patamar da Selic, uma vez
que os ativos da carteira são atrelados ao indexador. A taxa básica
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iniciou 2017 em 13,75%, chegando a 6,50% em março de 2018 e caindo
para 6,00% em julho de 2019. Seguiu a tendência até atingir 4,50% em
dezembro. O IMA-S entregou 17,2% nos últimos vinte e quatro meses e
a tendência é que fique abaixo desse patamar no médio prazo.
O IRF-M1, que demonstra o resultado de prefixados com prazo até um
ano, apresentou retorno de 6,8%, aproximadamente 0,2 ponto
percentual abaixo do período anterior. O IMA-B5, que indica o
desempenho de NTN-Bs com prazos abaixo de cinco anos, passou de
9,9% para 13,2% entre 2018 e 2019. Como pode ser observado, os
índices de curto prazo apresentaram menor volatilidade, muito em
função do fechamento da curva de juros em vencimentos mais
distantes. O IRF-M1 tem 6,9%, e o IMA-B5 apresenta 13,3% em vinte e
quatro meses.
Desde o início de 2019, os maiores ganhos foram observados em janeiro,
maio e junho. No primeiro mês do ano o movimento é explicado pelo
aumento da confiança após o novo governo assumir. Nos períodos
seguintes, ruídos de comunicação entre o executivo e o congresso
causaram efeitos adversos e geraram incertezas quanto à capacidade
7,0%
12,3%9,9%
15,4%
6,4%
10,0%
6,8%
14,2% 13,2%
30,4%
6,0%
12,8%
IRF-M 1 IRF-M 1+ IMA-B 5 IMA-B 5+ IMA-S IMA-GERAL
Retorno acumulado por ano
2018 2019
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política para aprovação de reformas importantes. As notícias indicaram
que a articulação avançou e, juntamente com a expetativa de queda na
taxa básica, contribuiu para os rendimentos positivos.
Data Rentabilidade nominal do IMA
IRF-M 1 IRF-M 1+ IRF-M IMA-B 5 IMA-B 5+ IMA-B IMA-C IMA-S
jan-19 0,58% 1,71% 1,39% 1,54% 6,61% 4,37% 1,99% 0,54%
fev-19 0,47% 0,23% 0,29% 0,55% 0,55% 0,55% 1,87% 0,49%
mar-19 0,47% 0,63% 0,59% 0,78% 0,43% 0,58% 1,19% 0,47%
abr-19 0,50% 0,65% 0,61% 1,11% 1,79% 1,51% 1,45% 0,52%
mai-19 0,68% 2,17% 1,77% 1,39% 5,20% 3,66% 2,34% 0,54%
jun-19 0,58% 2,72% 2,16% 1,72% 5,06% 3,73% 3,84% 0,47%
jul-19 0,72% 1,27% 1,09% 0,97% 1,51% 1,29% 1,78% 0,57%
ago-19 0,55% 0,10% 0,26% 0,05% -0,77% -0,40% -0,10% 0,51%
set-19 0,64% 1,87% 1,44% 1,74% 3,73% 2,86% 1,74% 0,47%
out-19 0,62% 2,22% 1,70% 1,65% 4,67% 3,36% 2,62% 0,48%
nov-19 0,33% -0,83% -0,46% -0,28% -4,07% -2,45% -1,15% 0,38%
dez-19 0,42% 0,72% 0,62% 1,24% 2,60% 2,01% 0,40% 0,38%
O índice que mede o desempenho de títulos corporativos (IDA-Geral)
desacelerou frente ao ano anterior, entregando um ganho de 8,6%,
contra 9,1% de 2018. Os sub índices dessa classe indexados ao IPCA (IDA-
IPCA) e a projetos de infraestrutura (IDA-IPCA Infraestrutura)
registraram variações positivas de 13,0% e 12,3%, respectivamente. O
motivo da redução na rentabilidade desses títulos é a queda na liquidez
no mercado secundário de debêntures, acarretando alargamento dos
spreads e pressionando a precificação dos ativos.
Em 2019, os contratos DI com vencimento em janeiro de 2020 passaram
de 6,56% para 4,40%, correspondendo a uma variação negativa de
32,9%. O dólar subiu 4,02%, e o ouro ganhou 28,10% de valor. O IPCA
subiu de 3,75% para 4,31%, mas muito concentrado em proteínas
animais e combustíveis. O impacto mais relevante foi no grupo de
11
alimentação e bebidas, que apresentou variação positiva de 6,37%.
Destaque para a alta de preços em feijão-carioca (55,99%) e carnes
(32,40%), sendo parcialmente compensados por tomate (-30,45%) e
café moído (-7,39%). Em transportes a elevação foi de 3,57%, com
contribuição de ônibus urbano (6,64%) e gasolina (4,03%).
Fontes: Relatório do Fundo, Dados do Gestor, Quantum e Anbima
Analistas Responsáveis
Daniel Karpouzas Barcellos, CNPI EM-1855
8,09%
9,07%9,65%
10,01%10,26% 10,46% 10,57% 10,71%
6,56%
7,37%
8,08%8,53%
8,86% 9,09% 9,28% 9,41%
4,40% 4,56%
5,28%5,79%
6,17%6,43% 6,60% 6,76%
2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Curva de juros - contratos com vencimento em janeiro
2017 2018 2019
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