Post on 01-Jun-2015
Curso Teórico-Prático de Medicina Intensiva Unidade de Cuidados Intensivos Hospital São Lucas Copacabana
Durante a ventilação espontânea os músculos respiratórios geram uma pressão que produz fluxo e volume contra as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório
Pmus= Pres+Pel
O suporte ventilatório é necessário quando um processo patológico ou intervenção farmacológica:
Prejudica a capacidade dos músculos respiratórios de gerar Pmus suficiente
Aumenta a demanda ventilatória além da capacidade muscular
Aumenta o trabalho associado à respiração
O ventilador aplica uma pressão “positiva” (supra-atmosférica) que gera um gradiente entre entre a abertura das vias aéreas e os alvéolos, resultando em um fluxo “positivo” (dirigido do ventilador ao paciente)
Pmus+Papl= Pres+Pel
Volume assisto-controlado (VCV) Pressão assisto-controlada (PCV) Suporte de pressão (PSV) Ventilação mandatória intermitente sincronizada
(SIMV)
Disparo:
Inicia a ventilação
Limite:
Determina a amplitide da respiração
Ciclagem
Determina a interrupção da inspiração e início da expiração
A ventilação com volume controlado assegura que o doente recebe um determinado volume corrente pré-programado de acordo com um fluxo e tempo inspiratórios pré-programados
Disparo
Tempo (controlada)
Pressão, fluxo (assistida)
Limite
Volume, fluxo
Ciclagem
Volume, tempo
*Variável dependente: Pressão inspiratória
Vantagens
Habilidade de controlar o volume corrente:
▪ Controle da PaCO2 (ex: hipertensão intracraniana)
▪ Alvo de volume corrente (ex:SARA)
Limitações
Sincronismo em pacientes com ventilação ativa
Ausência de controle sobre as pressões inspiratórias
A ventilação com pressão controlada assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante um tempo inspiratório pré-programado
Disparo
Tempo (controlada)
Pressão, fluxo (assistida)
Limite
Pressão
Ciclagem
Tempo
*Variáveis dependentes: Volume, fluxo
Vantagens
Limita a pressão aplicada aos alvéolos : menor risco de lesão (?)
Fuxo variável: melhor sincronismo
Padrão de fluxo decrescente: maior recrutamento alveolar
Desvantagens
Volume corrente não é garantido: risco de hipoventilação
A ventilação com suporte de pressão assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante a inspiração. O frequência e o tempo da inspiração são determinados pelo paciente
Vantagens
Auxilia no desmame do ventilador
Melhor sincronismo em pacientes ventilando ativamente
Limitações
Volume corrente não é garantido
Requer atividade respiratória do paciente
A SIMV combina ventilações assisto -controladas em uma frequência pré-programada com períodos de ventilação espontânea
Recrutamento de unidades alveolares:↓ shunt SARA
Edema agudo de pulmão
Profiático?
Fisiológico?
ZEEP
PEEP
Potenciais efeitos danosos associados à ventilação com pressão positiva
Hemodinâmica
Redução do débito cardíaco e hipotensão
Pulmões
Barotrauma
Injúria pulmonar iduzida pelo ventilador (VILI)
Auto-PEEP
Pneumonia associada à VM
Troca gasosa
Pode aumentar o espaço morto (compressão de capilares)
Shunt (redirecionamento do fluxo sanguíneo para regiões doentes)
Redução da pré-carga
↑Pressão pleural :↓Retorno venoso
↑ Resistência vascular pulmonar
Compressão da veia cava
Redução da pós -carga
↑ Pressão extra-mural
Débito cardíaco
↓ Se hipovolemia
↑ Se normovolemia
Toxicidade pelo oxigênio
Dano oxidativo em membranas celulares, inativação de enzimas , alteração do metabolismo celular, inflamação
FiO2 “segura”: < 0,5 (?)
Não existem evidências conclusivas demonstrando a superioridade de um modo ventilatório sobre os outros
Algumas situações clínicas requerem estratégias ventilatórias específicas (ex: SARA, DPOC)
Os principais determinantes prognósticos relacionados à
ventilação mecânica são a prevenção de complicações associadas e a limitação do seu uso
O volume corrente alvo deve ser calculado de acordo com o peso ideal:
Homem: 50 + 0.91 [altura (cm) - 152.4]
Mulher: 45.5 + 0.91 [altura (cm) - 152.4]
A pressão de platô correlaciona-se com a pressão de retração elástica dos pulmões e da caixa torácica e pode ser usada como um marcador da distensão alveolar
A diferença entre a pressão de pico e a pressão de platô correlaciona-se com a resistência das vias aéreas
A diferença entre a pressão de pico e a pressão de platô correlaciona-se com a resistência das vias aéreas
Volume corrente 6-8 ml/kg (peso ideal) Pressão de platô < 30 Pressão do balonete do tubo endotraqueal: 20 a 30 cmH2O Reduza a FiO2 se SpO2 >90%