Post on 18-Jan-2019
*quando se lê atentamente e
*no contexto das fontes,
* encontraremos na RB muitas ideias que nos
permitem falar
de mística beneditina como
*progresso espiritual
e dinâmica espiritual.
*indica que em causa
estará sempre
mais de uma
pessoa.
*a dinâmica
fundamental
vem de Deus
em direção a nós
*movimento de um corpo,
* as causas desse movimento
* e uma alternância
*forças
*(dynamis — força).
*O QUE ENTENDEMOS
POR DINÂMICA
A oração constante nos permite perceber nossa
dinâmica interior,
o que nos influencia mais.
Que forças me movem?
Quando?
Em que circunstâncias.
*caminho, movimento, crescimento,
indicam
*penetrar progressivo nas profundezas do coração
humano,
e
*no segredo mais íntimo de Deus,
*
No sentido cristão
é uma irrupção de Deus
nas profundezas da pessoa,
que se torna pura receptividade.
CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE:
SAGRADA ESCRITURA
MAGISTÉRIO DA IGREJA
VIDA SACRAMENTAL
VIRTUDES TEOLOGAIS
OBJETIVO DA
DINÂMICA
Um destino final:
• O REINO
• DE
• DEUS
Um destino
próximo:
Metas que alguns
autores, antes de
São Bento, indicaram:
Pureza de coração
Oração incessante
Amor apostólico
Para onde quer levar-nos, aqui na
terra, a espiritualidade
dinâmica da RB?
Quer conduzir-nos
a experiências
místicas?
Ou ao amor ao próximo na
Comunidade?
As irmãs estão
a caminho pela
obediência
Figurativamente para indicar o
caminho da vida em oposição
àquele caminho, que pode
aparecer como reto e plano,
mas que não conduz a Deus
Precisamos manter-nos sob o olhar do Senhor
e observarmos vigilantes:
o caminho de todos os dias e não apenas as
pedras e os desvios (RB 7,45)
“nossos caminhos”, e não aqueles do nosso
próximo (RB 6,1).
O caminho dos mandamentos, que pode
parecer estreito (RB 5,11), mas
é, no entanto,
o caminho da salvação (Prol 48), que leva
para
o reino celestial, a plenitude da vida e a felicidade em Deus
*
*Caminhos
que
conduzem a
Deus, mesmo
fora do
mosteiro.
*Caminhos que não são caminhos de vida, mesmo dentro do mosteiro.
*
Nós queremos prosseguir nele sob a orientação do
Evangelho (Prol 21),
a fim de alcançarmos,
por causa de um bom caminho percorrido,
o Criador (RB 73,4).
Guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos
*Que caminho de
Cristo mais me fala
nesse momento da
minha vida?
caminhar (ambulare)
precisa ser com humildade
e obediência
(RB 7,3 e 5,12).
Em direção a uma meta:
Devemos ir a Deus (RB 58,8 e 71,2)
e nunca percorrer o caminho da desobediência
(RB 67,7).
*
*Ele prefere outras
palavras como
*“correr” (currere)
* “andar rápido”
(festinare).
*A isto deve impelir-nos
o amor.
*O monge apressa-se em direção à perfeição da vida monástica (73,2 RB) e à pátria celeste (73,8 RB)
*Deus: Ele “se apressa para vir em nossa ajuda” (ad adiuvandum me festina)
VOLTAR
“voltar para o Pai” (Prol 2) “voltar à paz” com seu irmão (RB 4.73).
Palavras que indicam movimento
pervenire, perducere,
Transparecem determinação no caminhar.
Nós queremos alcançar a Tenda, a vida eterna
(Prol 22; 42) as alturas celestes (RB 7.5) ou ao
nosso Criador (RB 73.4);
E aqui na terra
as mais altas virtudes,em particular, o amor
fervoroso (cfr. RB 72).
Existem verbos que indicam o “início”:
Antes de de fazer algo de bom, peçamos ao
Senhor com oração ferventissima que seja
por ele plenamente realizado (Prol 4).
É preciso dizer que, paradoxalmente, a Regra
de Bento é chamada uma regra para
iniciantes (73, 8 )
Depois de anos de caminhada,
cada vez mais estamos no início!
(veja. RB 73)
O começo é um estreito inicio Pról 48)
e no fim da regra se fala que demos apenas os
primeiros passos no caminho da conversão de
(initium conversationis- RB 73,1).
Chegado ao último grau de humildade, o monge
começa a fazer tudo
sem medo, com naturalidade e amor
(RB 7,68).
No entanto, há um progresso no caminho,
avançando na vida monástica e na fé
o coração se dilata (Prol 49)
*Pode um
homem
alcançar a
perfeição aqui
na terra? *Chega-se à perfeição,
seguindo os ensinamentos
dos Santos Padres;
*
O seguimento
de Cristo
constrói a comunidade.
*NO PRINCÍPIO, NA PRIMEIRA
PARTE DA REGRA-
* A obediência aparece como
uma forma de seguimento de
Cristo,
* NO FIM-
O SEGUIMENTO DE CRISTO É:
“Não procurar aquilo que
julga útil para si, mas,
principalmente, o que o é
para o outro”. RB 72,7-
Seguir a Regra como mestra
(RB 3,7) significa:
Seguir todos juntos o
caminho de Cristo
(RB 72.12).
*
*Neste caminho não se procede
arbitrariamente
* mas
*se é conduzido pelo
zelo bom (72,2 RB)
*e, em última análise,
por Cristo (RB 72,12).
*CRISTO
*- não só nos acompanha
no caminho,
* mas ele mesmo nos
abriu o caminho
*e nós o seguimos para a
vida (RB 5,11) e para a
gloria (Prol 7).
- no sentido positivo,
seguir em
conformidade a quem
dá uma ordem, por
meio da obediência
(RB 5).
*- procurar a paz e segui-la
- Cristo em pessoa é a paz!
*- sem favorecer as
inclinações do seu coração
(RB 3, 7-8),
*- ou seja, renunciando
totalmente a si próprios
(RB 4,10),
*
*Seguir Cristo
significa:
*As tentações de
abandonar tudo
acontecem em todos os
momentos.
“querer parar (largar, abandonar)”
que Bento chama preguiça, ócio, relaxamento;
em sua opinião, este é um movimento que nos afasta de Deus
(cf. Prol 2; RB 73,7; 48, 23).
*
*não vaguear,
conduzido pelas
próprias
preocupações
que o levam a estar
ora aqui, ora ali,
por não conseguir
suportar a si
mesmo.
não afastar-se jamais do caminho indicado pela Regra
(RB 3, 7).
*NO QUARTO GRAU DA HUMILDADE NOS
ACONSELHA:
*a mantermo-nos fortes
*não desanimar-nos
* nem voltarmos atrás (RB 7,36).
***Parece que só quando sopram
ventos contrários,
é que as forças para suportar
as dificuldades aumentam.
*
*O verbo occurrere é
usado principalmente
quando se fala dos
membros da
Comunidade que se
reúnem em lugares
diferentes, tais como
à mesa e, no Oratório,
para as celebrações
litúrgicas.
Os locais de encontro
comunitário tornam
visível o “correr
juntos”.
*Vai-se rapidamente:
*ao encontro do hóspede
(RB 53,3)
com o qual se reza e dá-se o
beijo da paz (RB 53,4)
*aos pobres,
*aos quais se responde com a
prontidão que provém do
fervor da caridade
*(RB 66,4).
correr junto como
comunidade.
Estendendo o discurso, pode-se dizer:
- queremos chegar á meta, juntamente com todos aqueles que vêm até nós.
**Exemplos:
*O celereiro deve dar logo e
sem arrogância aquilo de
que os irmãos precisam (RB
31,16)
*Um deve prostrar-se diante
do outro, sem demora, para
obter o perdão (RB 71,8)
*e responder de imediato aos
pobres (RB 66,3).
*
Trata-se de um comportamento de uns para com os outros,
bem como para com aqueles que vêm de fora!
**O processo todo é uma
subida, um caminho que
tem "altos e baixos"
*Ou podemos imaginá-lo
ainda em forma de espiral.
*A dinâmica de progredir
destina-se a Deus e não a
autoglorificação.
Aparentemente há, então, um "ser-em-Deus" e um "crescer
nesta imersão em Deus".
É verdadeiramente uma dinâmica ilimitada!
*Trata-se
*- não de uma dinâmica de
superação do outro, de
oposição
*- mas de aceitação
recíproca, sob uma regra e
um abade
*
*
não se fala da vida como um ninho,
- mas como um caminho
- que não percorremos sozinhos,
- mas no qual nos apressamos
- todos juntos.
* “Mas, com o progresso da vida
monástica e da fé, dilata-se o
coração e com inenarrável doçura
de amor é percorrido o caminho
dos mandamentos de Deus”
PRÓLOGO V/49,
DENTRO DO PRÓLOGO
*
*É o ápice do prólogo e
é original de São Bento.
Após as durezas do início, ele promete para o monge, certamente, com base na sua própria experiência, que o coração se expande e se corre sem esforço, antes, com a alegria inexplicável do amor.
* Eu corro nos caminhos dos teus
preceitos, porque me dilataste
meu coração "
*O caminho que leva à vida é estreito.
*Mas como se pode conciliar isso com Mt 11, 28-30, onde Jesus diz que seu jugo é suave?
*Bento encontrou a solução nas palavras de um salmo: " (Sl. 118 [119], 32)
*1) O progresso
ocorre no caminho
que nos é indicado
pelos
mandamentos e
pela Sagrada
Escritura.
2) Não é o caminho que se
torna largo, mas o coração
que se expande (dilata)
3) “Coração dilatado” alude
também à presença pessoal
e a atividade de Deus em
nós.
* * Hilário de Poitiers:
“O nosso coração se
expande: nele vive o
mistério do Pai e do Filho,
nele se alegra o Espírito
Santo como em uma morada
conveniente” (in
PS.118,12).
Agostinho: “O espaço distendido é onde Deus
caminha; nele vem armazenado o amor, ou seja,
em nossos corações, pelo Espírito Santo que
habita em nós” (in PS.118, s. 10.6).
Bento diz que se corre com inefável
doçura de amor.
Menciona uma experiência
espiritual que podemos chamar de
mística.
O que é difícil se torna fácil para
aqueles que amam a Deus.
S. Jerônimo (EP. 22.40).
A doçura mostra como a
experiência íntima envolve toda a
pessoa.
*Não há nenhuma divergência entre o destino final e o objetivo próximo.
Na prática, como
chegamos a isso?“De modo que... participemos,
pela paciência, dos sofrimentos
do Cristo”.
“a fim de também merecermos
ser co-herdeiros de seu reino”.
RB Pról 50
Coexistem tanto a doçura
quanto a tristeza.
Encontramos de oito a dez
pequenas unidades,
Cada uma delas tem um
novo começo, e juntas
formam um espiral.
* O PRÓLOGO como
um todo.
* Dinâmica interna das unidades
*Na maioria dos casos- podemos
distinguir quatro passos:
*1. A iniciativa do Senhor, ou seja
o seu chamado, a sua graça, seu
convite,
*2. Abertura, a escuta e a
disponibilidade, da parte do
homem,
*3. O ato, de fazer o bem (muitas
vezes de forma muito energética)
- o apressar-se.
*4. Da atividade humana ao
trabalho do Senhor, ou seja, à
contemplação do que ele faz.
*o Senhor no Prol
não só está
presente em nós,
mas também atua
em nós.
*Prol 1-4:
* aquele a quem se fala é
filho e isto é um dom (1),
*ele deve ouvir(2)
* e mostrar-se dinâmico no
agir(3);
*em seguida, no entanto,
se diz que é Deus que
leva tudo a realização
plena(4).
Novo é o nosso tipo
de atividade:
agora é o Senhor que
habita em nós e nos
move.
Trata-se,
portanto, de
uma mística
que não nos
convida a
descansar em
alguma
experiência,
mas que, pelo
contrário, tem
uma
perspectiva
dinâmica!
*Se desejarmos,
podemos pensar nos
vários períodos da
vida. Há sempre um
novo começo, mas
não no sentido de
uma repetição do
passado. Tudo vai para
um novo nível.
Requer um acordo entre a força divina e a força humana.
*A dinâmica da
espiritualidade está
ancorada em Deus.
É ele quem inicia, é
ele quem leva tudo a
seu cumprimento,
mas em sinergia com
as atividades e
receptividade
humana.