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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Exemplificação simples do sistema mecânico de uma Talha..............................2Figura 2 – Exemplificação simples do sistema de uma grua.................................................3Figura 3 - Martelo de forja utilizado na indústria em operação...................................................4Figura 4 – Gancho haste responsável pela conexão com o ponto de pega............................4Figura 5 – Guindaste giratório com utilização de uma talha manual.....................................5Figura 6 – Ponte Rolante com utilização de uma talha elétrica..............................................6Figura 7 – Grua de alta capacidade utilizada no processo de construção civil.....................7Figura 8 – Exemplo de Grua fixa e seus componentes............................................................8Figura 9 – Talha Manual de Corrente 3 Toneladas com Elevação 5 m..................................9
Figura 10– Talha Manual de Corrente 0,5 Tonelada e com elevação 3 m..........................10
Figura 11– Talha Manual de corrente, com duplo acionamento 60 toneladas e 1 m.......10
Figura 12– Talha manual de alavanca 3 Toneladas e corrente 1,5 m..................................11
Figura 13– Talha Manual com alavanca 1,5 Tonelada e elevação de 3 m...........................11
Figura 14– Talha Pneumática de 100 até 1000 Kg com elevação de 3,5 m........................12
Figura 15– Talha Pneumática para até 500 Kg com elevação de 3,5 m..............................12Figura 16– Talha Elétrica de 300 a 600 Kg 220V.........................................................................13Figura 17– Talha Elétrica para 1000 Kg com elevação de 3 m..............................................13Figura 18– Talha Guincho Elétrica elevação de cargas de 3 toneladas e elevação de 9m...........14Figura 19– Talha Elétrica para elevação de até 5 toneladas e 6 metros de corrente..................15Figura 20– Exemplificação de grua Ascensional...................................................................16Figura 21– Exemplificação de gruas com Torre fixa e com lança também fixa.................17Figura 22– Exemplificação de grua com Torre fixa com lança móvel ................................18Figura 23– Exemplificação de grua com Torre móvel..........................................................19Figura 24– ABNT NBR 11095:2016 –Talhas de corrente com acionamento motorizado 21Figura 25– ABNT NBR 10981:1989 –Talhas de corrente com acionamento motorizado 22Figura 26– ABNT NBR ISO 4309:2016 – Equipamentos de movimentação de carga.....23Figura 27– Talha elétrica 220V TECT3000/6 ACM TOOLS...............................................24Figura 28– Talha manual SMB050-20-18VA Ingersoll Rand...............................................25Figura 29– Talha Manual Alavanca SLB300-10A INGERSOLL RAND...........................26Figura 30– Grua Modelo TC 3608, Marca ZXM-2012........................................................26Figura 31– Grua Modelo TC 5510, Marca ZXM – 2010......................................................27Figura 32– Grua Modelo TC 4010 Marca ZXM – 2011.......................................................27Figura 33– Grua do tipo guindaste...........................................................................................28Figura 34– Acidentes provocados pela operação de gruas....................................................31
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Capítulo 1INTRODUÇÃO
1.1 Breve Histórico sobre Talhas
A Talha pode ser atribuída a um tipo de guindaste. A sua criação em alguns registros
tem-se por Arquimedes (287-212 A.C). O matemático e inventor grego viveu grande
parte de sua vida na cidade de Siracusa na Grécia, hoje pertencente à Sicília, servindo
ao rei Hierôn.
Arquimedes propôs que vários homens do exército real retirassem um dos navios
da água utilizando-se apenas da força humana. Com muito esforço e sacrifício esses
homens conseguiram o tal feito. Com o navio já em terra Arquimedes conectou o
sistema de roldanas ao casco da embarcação e então pediu ao rei que puxasse a
extremidade da corda que pendia da talha. Então, com o mínimo de esforço, o rei
conseguiu mover a embarcação provando assim a tamanha eficiência de sua invenção.
Na utilização desse guindaste na produção de edificações utilizava-se de força
humana ou de animais. Posteriormente foram inseridas engrenagens por tração humana
permitindo a elevação de cargas com maior peso. Na alta idade media os guindastes
utilizados nos portos foram introduzidos para o carregamento e descarregamento de
cargas e também na construção de embarcações.
Figura 1 – Exemplificação simples do sistema mecânico de uma Talha.
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1.2 Breve Histórico sobre Gruas
A criação das gruas teve inicio antes da segunda guerra mundial por volta de
1939 na criação de edifícios e carga e descarga de equipamentos grandes e pesados em
transporte principalmente de embarcações.
Desde sua criação grande parte de sua estrutura é mantida até hoje, sem grandes
modificações. A implementação foi à implantação de motores elétricos na década de 90
que torna os serviços das gruas muito mais velozes.
Considerando que a grua é um tipo de guindaste obtém se vários relatos de sua
criação e um deles parte da Grécia antiga a cerca de dois a três séculos antes de cristo
envolvendo a utilização de guindastes que se assemelham muito com as gruas utilizadas
hoje em construção civil e embarque e desembarque de grandes cargas de navios
portuários.
Figura 2 – Exemplificação simples do sistema de uma grua.
Capítulo 2FUNCIONAMENTO E APLICAÇÕES
2.1 Definição de Talha
As talhas são equipamentos de elevação de carga, utilizados em diversos ramos
industriais, construção civil, operações portuárias, oficinas veículares e diversos outros
segmentos. Existem diversos tipos de talhas no mercado, sendo as mais comuns as
manuais, elétricas e a pneumática. O grande atrativo deste tipo de equipamento é seu
custo menor elevado se comparado a outros equipamentos de elevação de carga, devido
ser um equipamento mais simples porém muito eficiente em diversas aplicações.
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2.1.1 Aplicações e Utilizações
As talhas têm como princípio básico a transmissão de força realizado por
correntes, que além de um bom rendimento viabilizam a transmissão de uma grande
quantidade de energia. Estas características permitem que estes equipamentos sejam
capazes de içar até dezenas de toneladas de forma manual, facilitando diversas
operações em vários sistemas de movimentação e transportes pesados.
As correntes utilizadas em talhas são conhecidas por cadeia de elos ou corrente
comum, e possui os elos formados de vergalhões redondos soldados, podendo ter um
vergalhão transversal para esforço. Exitem também no mercado, talhas que tem sua
transmissão realizado através de cabos de aço.
Figura 3 – Corrente de elos utilizadas para transmissão de força em talhas.
Geralmente o içamento é realizado através de ganchos hastes, que se conectam
com o ponto de pega da carga, que geralmente é projetada para que seja possível a
utilização deste tipo de equipamento. As talhas possuem fácil instalação, boa locomoção
e quase nenhuma manutenção.
Figura 4 – Gancho haste responsável pela conexão com o ponto de pega.
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2.1.2 Pontos de operação das talhas
Para sua utilização, as talhas devem estar presas a estruturas resistentes, como
guindastes ou vigas, por exemplo. As talhas possuem vários pontos de operação
possíveis, aumentando as possíveis aplicações deste equipamento. A utilização em
guindastes vai destes os modelos mais simples, até os modelos mais sofisticados como
os giratórios. Os guindastes flexibilizam ainda mais as possíveis aplicações das talhas.
Figura 5 – Guindaste giratório com utilização de uma talha manual.
Além de guindastes, as talhas também podem ser aplicadas em outros
equipamentos como pontes, estruturas e montagens industriais, arraste e estiramento de
cartas entre outros equipamentos de elevação. Alguns tipos de talhas trabalham com um
sistema de embreagem, o que permite que a cadeia entre em um torque programado que
impede qualquer sobrecarga. Isso faz com que a operação de movimentação seja
realizada de forma mais controlada e segura, viabilizando ainda mais as diversas
aplicações destes equipamentos.
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Figura 6 – Ponte Rolante com utilização de uma talha elétrica.
2.1.3 Utilizações corretas das talhas
As talhas são muito recomendadas por apresentarem grande aproveitamento e
níveis de segurança. Mesmo sendo classificado como um equipamento seguro, sua
utilização e manuseio devem ser feitas de maneiras corretas, além de serem respeitados
parâmetros de segurança durante a operação.
Dentre as diversas recomendações de segurança e utilização, seguem as
principais:
• A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no corpo da
talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade de carga;
• As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes através de travas ou
manilhas;
• Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por ganchos.
Quando suspensas por ganchos, estes devem ser providos com trava que não
permitam o escape da talha;
• As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não
permita ao cabo de aço se enrolar de forma errada no tambor e romper-se;
• Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso para
evitar a queda da talha;
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• O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve ser
livre de projeções que possam danificar o cabo;
• Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais
componentes em adequadas condições de uso;
• Manter mãos e dedos distantes de pontos de pinçamento;
• Não permanecer sob cargas suspensas;
2.2 Definição de grua
As gruas são geralmente utilizadas em construções civil, e tem como finalidade
o içamento de diversos tipos de materiais, como blocos de concreto, aço entre outros.
Estes equipamentos viabilizam e melhoram a movimentação vertical e horizontal de
cargas e materiais. Também são conhecidas como guindastes de torre, são fundamentais
em alguns sistemas construtivos, como em estruturas pré-fabricadas, painéis unitizados
e banheiros prontos por exemplo.
Figura 7 – Grua de alta capacidade utilizada no processo de construção civil.
A utilização de gruas reduz o tempo de transporte e a perda de material devido as
altas tecnologias sensoriais envolvidas nos dias atuais, que garantem movimentações de
cargas com precisão e agilidade. O alto custo para aquisição e instalação do
equipamento trava o mercado destes equipamentos mesmo com as vantagens
proporcionadas pelos mesmos.
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2.2.1 Funcionamento das gruas
Para exemplificar o funcionamento de uma grua, pode-se considerar um dos
modelos atuais mais usados, que são de torre fixa chumbada numa base de concreto
(Figura 8). Este tipo grua é composta por uma torre que sustenta uma treliça metálica
(lança) horizontal, com cabos e polias que içam a carga através do gancho de
levantamento.
A treliça metálica possui movimento circular, nela o trole tem movimentações
horizontais, esse movimento é obtido por meio de um sistema de cabos e polias
localizado na parte inferior da lança (existem casos que é necessário instalar um
limitador de giro). O mecanismo de suspensão (gancho) oferece grande mobilidade para
realizar as operações, porque tanto pode ser erguido ou baixado em comprimentos
distintos.
Figura 8 – Exemplo de Grua fixa e seus componentes.
É indispensável a utilização de um contrapeso posicionado na contra-lança que
se encontra na extremidade, cerca de três vezes menor que a lança, no sentido oposto.
Algumas gruas possuem cabine de comando que pode estar localizada no conjunto
superior. A capacidade de carga aumenta à medida que o trole trabalha mais próximo da
torre central.
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Capítulo 3TIPOS DE TALHAS E GRUAS
3.1 Tipos de Talhas
Tem acionamento realizado em sua maioria por uma pessoa, talhas com
capacidade muito elevada podem utilizar mais de um operador, puxando uma corrente
de elos contínuos, que tem comprimento equivalente a duas vezes a altura de operação
em relação à localização do equipamento. O “puxar” da corrente de comando pelo
operador provoca na talha o acionamento de uma roda, cujo eixo está ligado a um
sistema de redução por outras rodas dentadas, e comanda o número suficiente destas
rodas para içar a carga desejada mantendo os esforços do operador dentro das normas de
ergonomia e segurança.
3.1.1 Talhas Manuais por corrente
Tem acionamento realizado em sua maioria por uma pessoa, talhas com
capacidade muito elevada podem utilizar mais de um operador, puxando uma corrente
de elos contínuos, que tem comprimento equivalente a duas vezes a altura de operação
em relação à localização do equipamento. O “puxar” da corrente de comando pelo
operador provoca na talha o acionamento de uma roda, cujo eixo está ligado a um
sistema de redução por outras rodas dentadas, e comanda o número suficiente destas
rodas para içar a carga desejada mantendo os esforços do operador dentro das normas de
ergonomia e segurança.
Figura 9 – Talha Manual de Corrente 3 Toneladas com Elevação 5 m.
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Figura 10 – Talha Manual de Corrente 0,5 Tonelada e com elevação 3 m.
Figura 11 – Talha Manual de corrente, com duplo acionamento 60 toneladas e 1 m.
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3.1.2 Talhas Manuais por alavanca
No caso das Talhas de Alavanca, o processo de elevação é diferente. Ao invés do
uso das rodas dentadas com empuxo inicial, o movimento é realizado através de uma
catraca, cujo a qual, iça o objeto. A Talha Manual de Alavanca é projetada em tamanho e
peso reduzido, facilitando o seu manuseio em locais de difícil acesso, permitindo sua
utilização em diversos ângulos de trabalho.
Figura 12 – Talha manual de alavanca 3 Toneladas e corrente 1,5 m.
Figura 13 – Talha Manual com alavanca 1,5 Tonelada e elevação de 3 m.
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3.1.3 Talhas pneumáticas
As talhas pneumáticas são ideais para aplicações onde a talha elétrica não é
recomendada. Para aplicações contínuas, partidas ilimitadas, talhas pneumáticas são
recomendadas, sem que haja a parcela de tempo para descanso. A vantagem é que por
ser um sistema alimentado por ar comprimido, há menos atritos, e consequentemente,
maior durabilidade, além de operação mais silenciosa.
Com funcionamento comandado por um manete bidirecional, através do qual o
operador escolhe qual câmara será preenchida com o ar comprimido, de forma que um
êmbolo se reposiciona dentro do sistema e aciona o movimento vertical na direção
desejada. Normalmente fabricadas para menores capacidades (até 5 toneladas).
Figura 14 – Talha Pneumática de 100 até 1000 Kg com elevação de 3,5 m.
Figura 15 - Talha Pneumática para até 500 Kg com elevação de 3,5 m.
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3.1.4 Talhas elétricas
Talhas geralmente trabalham com um sistema de embreagem, o que permite que
a cadeia entre em um torque programado que impede qualquer sobrecarga. As talhas
elétricas incorporam algum tipo de mecanismo de segurança para evitar o deslizamento
de cargas e sobrecarga, o que pode ser extremamente perigoso. Algumas talhas elétricas,
o limite de sobrecarga é operado através da cadeia mecanicamente envolvida com um
mecanismo interruptor. Talhas mais modernizadas têm interruptores de segurança que
cortam automaticamente a energia, se houver algum problema com o sistema.
Figura 16 – Talha Elétrica de 300 a 600 Kg 220V.
Figura 17 – Talha Elétrica para 1000 Kg com elevação de 3 m.
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Figura 18 – Talha Guincho Elétrica elevação de cargas de 3 toneladas e elevação de
9m.
Figura 19 – Talha Elétrica para elevação de até 5 toneladas e 6 metros de corrente.
3.2 Tipos de gruas
A princípio, escolhe-se a grua de acordo com o material que irá ser transportado,
que está diretamente ligado ao método construtivo da obra. Além da capacidade de
carga, as gruas se diferenciam em função do tipo de torre. Nesse caso, as gruas são
classificadas como ascensional, torre móvel, Torre fixa com lança também fixa e Torre
fixa com lança móvel. Veja as vantagens e desvantagens de cada uma.
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3.2.1 Grua Ascensional
Grua ascensional é opção para canteiros com limitação de espaço, equipamento
de movimentação de cargas é instalado no interior do prédio e pode ser remanejado para
os andares superiores conforme a evolução da obra. Diferentemente das gruas fixas,
esses equipamentos são instalados nos poços dos elevadores ou em aberturas feitas nas
lajes dos prédios e acompanham o avanço.
Os modelos disponíveis no mercado brasileiro variam nos quesitos altura,
largura, capacidade de carga e alcance da lança. A altura das torres pode ser de 25 m a
50 m; o comprimento das lanças de 20 m a 60 m; e a capacidade de carga, de 1,2 t a 6 t.
Há, também, as chamadas mini gruas ascensionais, com 1 tonelada de capacidade de
carga e alcance de trabalho de até 9 m, indicadas nos casos em que a limitação espacial
no terreno é ainda mais severa.
Figura 20 – Exemplificação de grua Ascensional.
As maiores vantagens estão relacionadas a um número menor de peças que uma
grua de torre fixa, o custo médio torna-se menor. O posicionamento central na
edificação permite um raio de ação global, principalmente em empreendimentos com
apenas uma torre. Além disso, serve-se da própria fundação do edifício.
Como desvantagem pode ser destacada a utilização deste tipo de grua em
canteiros mal planejados, onde o elevador pode ser entregue sem que a grua tenha sido
desmontada. Outra questão é o tamanho da lança, quando muito longa sobrecarrega a
estrutura que a sustenta pelo aumento do peso próprio do equipamento.
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Esse tipo de grua também exige maior cuidado de impermeabilização. Muitas
vezes, a janela em que é implantada atravessa o local onde será executada a caixa
d'água. Nesse ponto, haverá concreto com idades diferentes e cuidados de
compatibilização e impermeabilização são importantes para evitar vazamentos.
3.2.2 Torre fixa com lança também fixa
Posicionada no lado externo da edificação, deve ser estaiada ou presa ao corpo
do edifício. Para desmontar, deve haver espaço no canteiro para que toda a lança fique
no chão após a retirada das peças da estrutura.
Figura 21 – Exemplificação de gruas com Torre fixa e com lança também fixa.
Se comparada às ascensionais, suas vantagens estão relacionadas à maior
capacidade de carga e tamanho de lança, além de não interferir no andamento da obra
nas lajes. Também pode ser colocada entre duas torres para atender as ambas em
empreendimentos com mais de uma edificação.
Dentre as desvantagens, a relação entre peso e altura necessita de fundação
própria. Dependendo do tamanho da lança, há mais risco de interferir nos imóveis
vizinhos. A carga horizontal provocada pelo estaiamento ou fixação da torre no prédio
não pode ser desconsiderada pelo calculista. Por fim, tem custo médio mais alto que as
ascensionais, já que possui mais peças.
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3.2.3 Torre fixa com lança móvel
Semelhante à de lança fixa, mas tem maior versatilidade por contar com lança
móvel para a realização de movimentos verticais.
Figura 22 – Exemplificação de grua com Torre fixa com lança móvel.
Entre as vantagens, este tipo de grua tem altura máxima maior que as de lança
fixa. Além disso, a subida da lança pode servir como manobra para evitar choques com
edificações vizinhas. Por fim, a distribuição de esforços com a lança levantada confere
uma pequena vantagem estrutural (redução do momento) em comparação com as gruas
de lança fixa.
Se comparadas às ascensionais, possuem as mesmas desvantagens de uma grua
de torre e lança fixa. Outra desvantagem é a resistência ao vento. A lança erguida chega
a alturas maiores, onde o vento é mais forte, aumentando consideravelmente os esforços
horizontais.
3.2.4 Torre Móvel
A torre desloca-se sobre rodas apoiadas em trilhos. A pequena "ferrovia" deve
ser convenientemente ancorada no solo. Pode atender a diversos edifícios em
condomínios com várias torres, como em conjuntos habitacionais. Como não possui
estaiamento, nem é presa no corpo dos edifícios, tem altura limitada.
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Figura 23 – Exemplificação de grua com Torre móvel.
Capítulo 4MANUTENÇÃO E TÉCNICAS PREVENTIVAS
4.1 Manutenções de talhas
4.1.1 Manutenção em talhas manuais
Durante sua operação, as talhas são submetidas a enormes pressões e por mais
que o equipamento tenha sido projetado para suportar o peso, ele não está isento a pro-
blemas ou ao desgaste com o tempo. Por essa razão, realizar a manutenção de talhas
manuais é uma medida necessária, e que pode ser tomada em diversas situações e não
somente quando o equipamento já apresenta o problema.
A manutenção de talhas manuais tem o objetivo de corrigir o problema e deixar
o equipamento operando normalmente, mas também é possível realizar a manutenção
como forma preventiva, medida que visa garantir que a produtividade não seja afetada
por futuros problemas que poderiam vir a ocorrer com o equipamento.
4.1.2 Manutenção em talhas elétricas
A manutenção de talhas elétricas visa realizar uma vistoria completa em todos os
seus componentes, que são: tambor, guia de cabo, fim de curso, moto redutor, painel de
comando e botoeira de acionamento, gancho, moitão e cabos de aço. Há três tipos de
manutenção de talhas elétricas que podem ser realizadas de acordo com a necessidade
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do cliente. Desta forma, o consumidor tem a sua disposição a manutenção preventiva
que proporciona um controle e monitoramento visando reduzir falhas no desempenho
das talhas. Há também entre os tipos de manutenção de talhas elétricas a corretiva. Esse
serviço é aplicado para identificar falhas, substituir peças desgastadas ou quebradas que
prejudicam o funcionamento das talhas. O terceiro e último tipo de manutenção é o pre-
ditivo que indica como está o funcionamento das peças, bem como também manter um
acompanhamento real do seu funcionamento.
Para realizar qualquer tipo de manutenção de talhas elétricas mencionado acima
é necessário contar com uma empresa especializada nesse tipo de serviço. A empresa
atua como prestadora de serviços, indústria e assistência técnica para o meio de constru-
ção civil, revendedoras e outros âmbitos de todo o território nacional. Apresentando
equipamentos de alta qualidade, fornece um atendimento ágil e consultoria para atender
todas as dúvidas. Tudo isso para que o cliente tenha suas demandas atendidas da melhor
maneira possível.
4.2 Manutenções de gruas
A manutenção preventiva envolve testes e checagens feitos semanalmente pelo
operador e mensalmente por visitas agendadas com a locadora do equipamento.
4.2.1 Estrutura e mecânica
Devem ser feitas, tanto semanalmente, quanto na manutenção mensal, a
checagem da parte estrutural (aperto de pinos e parafusos) e dos freios, a lubrificação
das engrenagens e a verificação do nível de óleo.
4.2.2 Giro livre
À noite, a grua deve ficar livre, girando ao vento com mobilidade de 360º. O
sistema de giro livre libera o freio de giro, que também deve ser verificado
semanalmente.
4.2.3 Ancoragens
Em muitas obras, a grua vai subindo com o prédio, ancorando-se em determina-
dos pavimentos. É importante que semanalmente se verifique a integridade das fixações
das ancoragens, se há algum parafuso desapertado, ou se houve algum dano.
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4.2.4 Base de apoio
Muitas obras deixam inundar a base da grua, e uma das atribuições do operador
é vistoriar a região e reportar qualquer irregularidade ou obstrução. O acesso ao local
deve estar desimpedido para que se verifique se os parafusos estão bem apertados e se
as ligações do aterramento estão bem conectadas.
4.2.5 Troca de peças
Quando há prorrogação do prazo de aluguel da grua, por atraso da obra ou
qualquer motivo, é essencial verificar se, para aquele período, estava programada
alguma troca de peça ou reparo no equipamento. Se for o caso, este reparo pode ser
realizado normalmente junto com a manutenção mensal.
4.2.6 Limitadores
As gruas trabalham com limitador de curso (que freia o carrinho horizontalmente
ou freia o gancho verticalmente) e limitador de momento, que trabalha com o limite de
carga. Esses bloqueios são automáticos, não controlados pelo operador, e seus
dispositivos devem ser checados tanto pelo próprio operador como na manutenção
mensal.
4.2.7 Visual e auditivo
O operador deve fazer uma verificação visual da integridade dos cabos de aço e
dos eixos e polias das gruas, observando eventuais danos aparentes. Quando ele local
deve estar desimpedido para que se verifique se os parafusos estão bem apertados e se
as ligações do aterramento estão bem conectadas. está trabalhando, também deve ficar
atento a ruídos que indiquem desgaste dos rolamentos das polias e ao aspecto visual dos
cabos de aço.
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Capítulo 5NORMATIZAÇÃO
Além das normas regulamentadoras obrigatórias publicadas pelo ministério do
Trabalho, que definem os conjuntos de requisitos e procedimentos relativos à segurança
e medicina do trabalho, o órgão ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
publica normatizações diretamente ligadas a equipamentos. A seguir, foram listadas
duas normas técnicas que definem especificações referentes aos equipamentos citados
no presente trabalho.
5.1 ABNT NBR 11095:2016
A normatização a seguir define procedimentos para métodos de ensaios em
talhas de corrente com acionamento motorizado. Os objetivos são listados na figura Z1
e são um resumo do conteúdo da norma, além do preço para aquisição da mesma.
Figura 24 – ABNT NBR 11095:2016 – Talhas de corrente com acionamento motorizado
– Métodos de ensaio.
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5.2 ABNT NBR 10981:1989
A norma a seguir define normatizações para especificações de Talhas de
correntes com acionamento motorizado. A norma se encontra em vigor até os dias atuais
e nos objetivos está um resumo do conteúdo da norma, além de destacado o valor de
aquisição da mesma.
Figura 25 – ABNT NBR 10981:1989 – Talhas de corrente com acionamento motorizado
– Especificação.
5.3 ABNT NBR ISO 4309:2009
A normatização a seguir define normas para equipamentos de movimentação de
carga, no que se diz respeito a cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte.
Os objetivos demonstram um resumo do conteúdo da norma, além de destacado o valor
para aquisição da mesma.
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Figura 26 – ABNT NBR ISO 4309:2016 – Equipamentos de movimentação de carga –Cabos de aço.
Capítulo 6MERCADO
6.1 Modelos e valores de Talhas
6.1.1 Talha elétrica 220V TECT3000/6 ACM TOOLS
A Talha TECT da ACM Tools possui quatro movimentos sendo de subida e des-
cida, além de direita e esquerda se tornando mais versátil para variados tipos de uso,
pode chegar até 6 metros de elevação e possui caixa armazenadora de corrente, evitando
a exposição da mesma e garantindo maior durabilidade ao produto.
Para maior segurança, o equipamento conta com freio eletromagnético, botoeira
24V de 5 botões, botão de emergência para interrupção imediata de seu funcionamento
e proteção IP54, proporcionando o isolamento do motor
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Este modelo possui estrutura reforçada e seus ganchos são fabricados em aço
forjado de alta qualidade.
Capacidades: 3 Ton
Elevação: 6 Metros
Valor: R$7.850,00
Figura 27 – Talha elétrica 220V TECT3000/6 ACM TOOLS.
6.1.2 Talha manual SMB050-20-18VA Ingersoll Rand
As Talhas INGERSOLL possuem, ganchos reforçados em aço ligado e tratados
termicamente e ainda com uma trava de segurança. Um manejo simples, leve e seguro
para o maior conforto do usuário.
Capacidade: 5000 kg.
Tipo da corrente: Elos
Corrente: 9 x 27 mm.
Número de ramais: 2.
Peso por metro de elevação: 1,1 kg.
Peso sem corrente: 41 kg.
Esforço necessário: 37,7 kg
Preço: R$ 4.583,50
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Figura 28 – Talha manual SMB050-20-18VA Ingersoll Rand.
6.1.3 Talha manual Alavanca SLB300-10A Ingersoll Rand
As Talhas INGERSOLL possuem, ganchos reforçados em aço ligado e tratados
termicamente e ainda com uma trava de segurança. Um manejo simples, leve e seguro
para o maior conforto do usuário.
Capacidade: 1500 kg.
Tipo da corrente: Elos
Bitola: 6 mm.
Número de ramais: 1.
Peso por metro de elevação: 0,2 kg.
Peso sem corrente: 11,8 kg.
Esforço necessário: 24,1 kg.
VALOR: R$ 993,00
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Figura 29 - Talha Manual Alavanca SLB300-10A INGERSOLL RAND.
6.2 Modelos e Valores de gruas
6.2.1 Grua Modelo TC 3608, Marca ZXM- 2012
Com 65 metros de altura, 24/30/36 metros de lança e capacidade de carga de
1.500 /1.100 e 800 quilos na ponta com 36 metros de lança. Self Erection (Auto
montável com sistema Hidráulico). Cabine automatizada com alarme de peso e ar-
condicionado. Grua nova, com inversor de frequência.
Valor: R$ 250.000,00.
Figura 30 – Grua Modelo TC 3608, Marca ZXM-2012.
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6.2.2.Grua Modelo TC 5510, Marca ZXM - 2010.
Com 55 metros de altura, com lança de 40/35/30 metros e capacidade de carga
na ponta de 2.200/3.000/3.500 quilos. Self Erection (Auto montável com sistema
Hidráulico). Cabine automatizada com alarme de peso e ar-condicionado.
Valor: R$ 400.000,00
Figura 31 – Grua Modelo TC 5510, Marca ZXM – 2010.
6.2.3 Grua Modelo TC 4010, Marca ZXM – 2011.
Com 08 metros de altura, com lança de 28/30/34 metros e capacidade de carga
na ponta de 1.800/1.500/1.300 quilos. Self Erection (Auto montável com sistema Hi-
dráulico). Cabine automatizada com alarme de peso e ar-condicionado.
Valor: R$ 180.000,00
Figura 32 – Grua Modelo TC 4010 Marca ZXM – 2011.
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6.2.4 Grua, guindaste
Especificações:
•Alcance Vertical: 9,50 m
•Alcance Horizontal: 6,50 m
•Capacidade de Carga à 6,50m: 750 Kg
•Peso Aproximado do Equipamento: 1.500 KG
•Estrutura em Aço de Alta Resistência
•Pintura em Poliuretano
•Garra Aberta Total: 1.250mm
•Garra Carga Máxima: 3.000Kg
Valor: R$ 71.390,00, usado.
Figura 33 – Grua do tipo guindaste.
Capítulo 7PREVENÇÃO DE ACIDENTES
7.1 Prevenção de acidentes na operação com talhas
O trabalho com as talhas manuais e/ou elétricas é muito simples e seguro, porém
pode acarretar situações de perigo se os operadores destes equipamentos não o fizerem
cuidadosamente e com responsabilidade. Portanto, as talhas devem ser operadas
somente por pessoas especificadamente selecionadas e treinadas, que tenham alto grau
de responsabilidade e bom entendimento do funcionamento das talhas.
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Segue abaixo um levantamento dos cuidados e procedimentos a serem tomados
na prática operacional das talhas.
• Antes de iniciar a operação de içamento, deve-se certificar exatamente da carga
a ser levantada, a qual não deverá em hipótese alguma, ultrapassar a capacidade
nominal da talha.• Observar se operação não colocará em risco pessoas que estejam na área.• O operador deve evitar que durante a operação da talha, sua atenção seja
desviada por outras tarefas ou motivos.• Todos os movimentos da talha devem ser testado pelo operador antes de iniciar o
trabalho.• Caso algum comando não esteja funcionando satisfatoriamente, ajustes ou
reparos tornam-se necessários devendo comunicar prontamente as pessoas
responsáveis pela manutenção do equipamento.• O operador deve situar-se em local seguro, de acesso fácil à corrente de
acionamento, alavanca ou botoeira de comando, e que lhe permita boa visão da
talha e da carga.• A corrente da talha não pode ser enrolada na carga. A carga deve ser fixada
diretamente ao gancho da talha, ou através de laços e outros meios adequados ao
manuseio, cuidando-se para que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo
quando a carga oscilar durante o içamento.• A carga não deve ser elevada mais que alguns centímetros até se constatar que
está devidamente balanceada nos laços ou nos meios de manuseio da carga.• Deve-se cuidar para que a corrente não esteja retorcida, e, no caso de moitões,
que os ramais da corrente não estejam enrolados entre si ou que o moitão não
tenha sido passado entre as correntes.• Verificar se a carga não esteja impedida por qualquer obstrução.• A talha deve estar alinhada acima da carga, de tal forma que o içamento seja
feito verticalmente, sem arrastes que possam danificar a talha, o trole, além dos
elementos de fixação.• As talhas não devem ser usadas para transporte de pessoas e não podem ser
operadas passando as cargas acima das pessoas, principalmente quando estejam
sendo usados dispositivos de pega de carga como: eletroímã sistema de vácuo e
similares.• Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação a sua
capacidade nominal ou seja menos 10%, o operador deve testar os freios cada
vez que opera-la com uma carga próxima da nominal, levantando a carga um
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pouco acima do piso, e verificando a ação do freio, pois os ensaios de frenagem
são feitos com 10%, 100%, 150% ao valor nominal da carga conforme a norma
NBR 10402.• Operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos que sejam
tomadas as devidas precauções.• Não puxe o cabo da botoeira, isso pode ocasionar danos às conexões na caixa de
comando• A corrente de acionamento, alavanca e botoeira de comando deve estar sempre
ao alcance da mão do operador quando estiver manipulando a carga.• Dispositivo de segurança da talha não deve ser utilizado pelo operador para
limitar o percurso do gancho. Não é permitido alterar a posição do fim de curso,
porém em extrema necessidade deve-se consultar os manuais afim de se obter
melhores orientações• Na utilização de lingas, observe que o ângulo máximo de trabalho não exceda
45°• Ao utilizar a talha em conjunto com trole não permita choques do trole contra
batentes fim de curso da monovia, isso pode ocasionar danos na talha e no trole.• Não utilize duas talhas para operar em conjunto a mesma carga, porém em
extrema necessidade deve-se consultar os manuais afim de se obter melhores
orientações para este tipo de trabalho.
Efetuar a Inspeção Diária, seja visual ou funcional, antes de ligar o equipamento
e ou durante o funcionamento do equipamento quando necessário, como cabos,
correntes, ganchos e sua estrutura, caso contenha trincas, sinais de corrosão, fios ou elos
partidos, quebrados ou trincados, amassamentos, desgastes anormais do equipamento,
acionar a manutenção, para que não venha colocar a vida dos funcionários em risco.
7.2 Acidentes com Gruas
Podem acontecer acidentes com a utilização da grua por causa de excesso de
carga no transporte de materiais, em condições desfavoráveis (como ocorrências de
ventos com velocidade superior a 42 km/h), utilização do equipamento sem verificar sua
integridade física (condições de uso), implantação do equipamento próximo de cabos de
alta tensão e, principalmente, por displicência dos responsáveis pela manutenção.
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A grua pode oferecer riscos de acidentes, o que às vezes não é percebido pela
convivência com o equipamento e, com o costume, os riscos aumentam. Por isso, deve-
se pensar em soluções em que o uso da grua tenha os riscos, minimizados, ou melhor,
controlados. Com um planejamento bem elaborado do movimento da grua, com as
devidas sinalizações nos percursos, previamente definidas, se pode evitar um dos tipos
possíveis de acidentes: o de queda de materiais, como observado no Plano de Cargas
(Anexo III – NR18).
Em alguns casos, o acidente pode ser relativo à queda – desabamento – da
própria grua, como se pode ver na Figura 34, quando uma caiu na calçada atingindo um
carro, em pleno centro de Nova York, a grua caiu matando duas pessoas e deixando um
trabalhador gravemente ferido (AGÊNCIAS REUTERS, 2008). A última foto faz
referência a um acidente em São Paulo, quando caíram as hastes da grua, matando
quatro pessoas e deixando um ferido.
Figura 34 – Acidentes provocados pela operação de gruas.
CONCLUSÃO
A elaboração do presente trabalho possibilitou o estudo mais aprofundado do
processo de operação com talhas e gruas, desde a talha mais simples até a mais
sofisticada, pudemos entender um pouco sobre a história de cada processo. A elaboração
possibilitou o entendimento da importância da segurança na operação de cada processo
e seja ele com talhas ou gruas, desde a parte de manutenção preventiva nos
equipamentos até a utilização correta até a importância de seguir as recomendações das
normas, pois elas existem para evitar e prevenir acidentes.
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https://www.portaldosequipamentos.com.br/equipanews/cont/m/gruas-viabilizam-a-
movimentacao-de-cargas-e-elevam-a-produtividade_15677_38
http://www.demagcranes.com.br/Universal-cranes/Demag-V-type-cranes/br
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/dicas/veja-quais-sao-os-tipos-de-talhas-disponiveis-
e-suas-aplicacoes/
https://portogente.com.br/portopedia/79289-equipamento-de-movimentacao-talhas-
eletricas
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/dicas/veja-quais-sao-os-tipos-de-talhas-disponiveis-
e-suas-aplicacoes/
ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/JoaoPaulo/Elementos%20de%20Maquinas
%20I/Aula_12%20-%20Modos%20de%20transmiss%E3o%20(Correntes).pdf
Talha Manual de Corrente 0,5 Tonelada e com elevação 3 m