Post on 27-Nov-2018
Habilidade da lectoescrita dos alunos do 2º ano: uma contribuição para
Escola de Tempo Integral XV de Novembro
Leoneides Ribeiro Santos Queiroz1
Orientadora: Klívia de Cássia Silva Nunes 2
Co-orientadora: Gizelda Moura Rodrigues3
RESUMO
O objetivo deste relatório é analisar os problemas que envolvem os alunos do 2º ano,
em relação as suas dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita. Visando
compreender quais os mecanismos que podem facilitar e desenvolver nos alunos suas
habilidades e competências junto a leitura e a escrita.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a pesquisa que foi desenvolvida
com o Projeto de Intervenção: Contribuir com o desenvolvimento das habilidades da
lectoescrita dos alunos da Escola de Tempo Integral XV de Novembro. Inicialmente foi
elaborado um diagnóstico para detectar o nível de aprendizagem dos alunos. Foram
realizadas diversas reuniões com a equipe escolar, para a realização desse trabalho.
Para a condensação dos resultados das pesquisas e coleta de dados feitos até o
momento no que se refere aos problemas levantados no projeto. Tendo em vista que o
projeto de intervenção aponta como problemática a dificuldade do desenvolvimento da
leitura e escrita dos alunos do 2º anos. No intuito de subsidiar o professor, houve
momento de estudo de textos voltado para alfabetização e letramento. Observa-se que
houve avanço significativo no decorrer do ano letivo no tocante a leitura e escrita dos
alunos dos 2º anos do ensino Fundamental que está sendo apresentado neste
relatório, o que nos faz acreditar que a cada dia iremos mudar essa imagem que existe
na escola alunos que sai da série anterior sem desenvolver habilidade e
competência da lectoescrita para a série que atua, de acordo com as matrizes de
competências e habilidades do Referencial Curricular.
PALAVRAS-CHAVE: Estudo, planejamento, habilidades, leitora, Escritora
1licenciatura em Normal Superior pela Universidade Estadual do Tocantins – UNITINS,EDUCON ano de 2004. Especialista em Orientação Educacional, pela Universidade salgado de Oliveira estado de Goiás, Gestão Educacional e Educação Infantil e Séries iniciais pela faculdade de Ciências, Educação e tecnologias Darwin, Brasília -DF. Especialização em Coordenação Pedagógica pela Escola de Gestores em Parceria com o MEC e a Universidade Federal do Tocantins – UFT. Ano de 2011. leoneides@hotmail.com
2 Mestre em Educação - PUC de Goiás. Profª do Curso de Ciências Sociais da UFT. Membro do Grupo de Pesquisa em Cultura, Educação e Política: patrimônio, ruralidades, tecnologia e gestão klivia@uft.edu.br
1
INTRODUÇÃO
Aprendizagem é um processo complexo, que envolve caminhos e tempos
individuais e se manifesta em conhecimento, acarretando direta ou indiretamente
alguma mudança, que deve ser relativamente duradoura, utilizada em favor do
crescimento individual. Uma vez que a leitura e a escrita são essenciais na vida do
educando. Tendo em vista que a escola é responsável pela formação intelectual do
aluno, é essencial analisar a importância que ela deve estabelecer para o tratamento
dos gêneros textuais, com destaque à nossa abordagem das historias de literatura
infantil. É importante enfatizar que trabalhar com os gêneros textuais significa colocar
o aluno diante de diversas situações, além de ser uma maneira de torná-lo apto para
escolher como ele vai se suportar ao ter que elaborar um discurso, seja ele formal ou
informal.
Diante do exposto, é que surge a iniciativa de elaborar um projeto de
intervenção por entender que a temática sobre a lectoescrita e interpretação textual
era um problema que deveria ser sanado na Escola Estadual XV de Novembro de
Tempo Integral.
A Escola Estadual XV de Novembro de Tempo Integral, atende uma clientela
de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os quais permanecem na escola 10 horas
diárias. De acordo diagnóstico realizado no início do ano letivo, nas turmas do 2º anos
a maioria dos alunos apresentam dificuldades de lectoescrita e interpretação textual.
Essa deficiência possibilitou aos professores uma reflexão sobre o problema, levando-
os á hipótese de que a razão das dificuldades de leitura, produção e escrita estaria na
falta de um investimento específico para o desenvolvimento das habilidades de leitura
e escrita. De acordo com o diagnóstico realizado pelos professores no decorrer do
ano letivo ,percebe-se que ainda temos alunos das turmas 2º anos, que
demonstraram dificuldades na leitura, interpretação e produção textual. Diagnóstico
esse que possibilitou aos professores uma reflexão sobre o problema, levando-os à
hipótese de que a razão das dificuldades de leitura e produção escrita estaria no
pouco acesso dos alunos aos diversos gêneros textuais e em especial aos textos
literários. os professores regentes, a equipe pedagógica da escola, visando um
trabalho conjunto em prol do bem comum do educando propondo um trabalho que
considere as potencialidades do educando, buscando uma visão mais crítica desses
problemas.
Sabe-se que não é recomendável esperar até o final do ano para os
que não têm o desempenho esperado. Porque numa turma temos os diferentes níveis
de aprendizagem. Isso não quer dizer que os alunos não tenham capacidade de
aprender, apenas que cada um avança num ritmo próprio. A escola teve a iniciativa
criar condições para que os conteúdos trabalhados, quando não são bem
compreendidos, sejam retomados com novas atividades e estratégias. Através
das aulas de Reforço Escolar o mesmo têm por objetivo subsidiar a ação pedagógica
para enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino, principalmente na leitura,
escrita e cálculo, dos alunos do ensino fundamental, séries iniciais.
A aprendizagem do aluno não depende somente dele, e sim do grau
em que a ajuda do professor esteja ajustada ao nível que o aluno apresenta em cada
tarefa de aprendizagem. Se o ajuste entre professor e aprendizagem do aluno for
apropriado, o aluno aprenderá e apresentarão progressos, qualquer que seja o seu
nível. Precisamos diversificar as situações de aprendizagem e adaptá-las às
especificidades dos alunos, tentar responder ao problema didático da
heterogeneidade das aprendizagens, que muitas vezes somos rotuladas de
dificuldades de aprendizagens.
Assim, houve todo investimento do governo estadual na parceria do
Programa Circuito Campeão como forma de apoiar a escola na caminhada de
desenvolver uma educação de qualidade. Esse apoio acontece desde o principio do
ano letivo, com capacitação inicial que se estende durante todo o período por meio de
analise dos registros mensais das habilidades previstas no documento de matriz de
habilidades. Conforme consta na Sistemática de Acompanhamento do programa.
Nesse contexto, o programa funciona como termômetro da qualidade da
aprendizagem e garante a escolha pela intervenção mais adequada a cada dificuldade
que venha a ser encontrada. Sendo acompanhado e monitorado pelo coordenado
pedagógico, para garantir o sucesso dos alunos no desenvolvimento da lectoescrita.
A competência da lectoescrita são hoje um dos maiores desafios da escola,
visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de
ler, a inserção no mundo letrado e, sobretudo o despertar para o novo, pois de posse
dessa habilidade torna-se sujeito do conhecimento.
Preocupados em alterar a realidade no que diz respeito às dificuldades de
leitura, escrita e produção de texto, detectadas em grande parte dos alunos que ainda
não desenvolveram as competências e habilidades para a série e, de forma
inexplicável, são promovidos de um ano/série para outra, são estes alunos que
fatalmente se tornam “problema”.
O investimento em atividades voltadas para o desenvolvimento da
lectoescrita, através da literatura, âncora para a execução do projeto, é a solução para
o problema.
Tendo em vista as considerações feitas, devemos pensar que, ao pedirmos
ao aluno para escrever quando ainda não sabe, permitimos que ele se arrisque a usar
suas hipóteses sobre a escrita, que pense em como ela se organiza, o que representa
e para que serve. Quando se diz, portanto, que hoje sabemos que se aprende a
escrever escrevendo textos, não se está falando de algo simples – como a expressão
enganosamente pode sugerir Assim, o presente trabalho se apóia na necessidade de
investir nas habilidades da lectoescrita, pois se entende que o aluno que ler e escreve
bem, é certo que o aprendizado das outras disciplinas ocorre facilmente. A
experiência aponta para o trabalho com a literatura infantil e infanto juvenil, podendo
esta metodologia contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo das
crianças, ajudando a formar leitores.
2. A IMPORTÂNCIA DA LECTOESCRITA E A PRODUÇÃO TEXTUAL
No presente relatório registra-se os relatos das ações desenvolvidas do
projeto de intervenção: Contribuir com o desenvolvimento das habilidades da
lectoescrita dos alunos da Escola de Tempo Integral XV de Novembro. O
trabalho desenvolvido tem como objetivo apresentar um trabalho que nasceu a
partir do diagnóstico realizado no inicio do ano letivo nas turmas dos 2º anos A
e B, do ensino fundamental. Observou-se que através do diagnóstico sobre a
lectoescrita dos alunos, comprovado no projeto de pesquisa, fica mais fácil
para o desenvolvimento das ações, bem como a busca de soluções dos
problemas, quando são conhecidos antes.
A proposta deste trabalho é chegar ao final do ano letivo com todos os alunos
lendo e escrevendo fluentemente. Porém, existem alguns fatores que dificultam o
trabalho, como por exemplo a heterogeneidade nas turmas, visto que a Escola
Estadual XV de Novembro, atende alunos de diferentes classes sociais e com
diferentes experiências de aprendizagem, ou seja, alunos que fizeram maternal, jardim
e alguns até na alfabetização e outros que chegaram na escola pela primeira vez.
Tendo em vista que o trabalho em sala de aula com Literatura Infantil é
importante sob vários aspectos, o que foi mais focado neste trabalho foi o
desenvolvimento cognitivo, pois proporciona às crianças meios para desenvolver
habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem. Estas
habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas referências
textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório lingüístico, na reflexão,
na criticidade e na criatividade. Estas habilidades propiciarão novas leituras,
oportunizando o leitor fazer inferências e novas releituras, agindo, assim, como
facilitadores do processo de ensino-aprendizagem não só da língua, mas também na
aquisição de habilidades e competências das outras disciplinas.
Mas há de se considerar que os professores:
[...] deverão organizar a sua prática de forma a promover nos alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiaridade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor. (RCNEI, 1998, p. 117-159).
No desenvolvimento das ações houve a participação de toda a equipe
escolar, dentre eles, professores, coordenadores e orientador educacional. A cada
etapa do projeto desenvolvido, havia o interesse e o avanço dos alunos. Entendemos
com isso, que, a leitura e escrita deve ser estimulada no dia-a-dia, pois sabemos que a
mesma não é tão fácil assim de acontecer na vida dos educandos, porém, isso fica
claro que quanto mais os alunos tiverem contato com a leitura, mais fácil será para os
mesmos se apropriarem dela.
[...] da leitura é fundamental desde o momento da seleção dos textos e materiais de leitura- em diferente suportes ( livros , revistas, jornais, recordes, cartas, e-mails, blogs-cartazes, panfletos, bulas etc.) e numa diversidade de gêneros( literários, jornalísticos, científicos, publicitários, epistolares etc.). Qualquer que seja o nível da turma com que se trabalhe, o planejamento da leitura e, dentro dele, a organização do tempo pedagógico para as atividades de leitura são peças- chave para o bom resultado do trabalho do professor.(SILVA e MARTINS, 2010.p.33.)
Portanto, as atividades foram desenvolvidas de acordo um cronograma. Foi satisfatório, pois com os professores foi um momento de estudo muito rico, com debates e discussão sobre a leitura e escrita. Quando falamos em leitura, o que primeiro costuma vir à mente é a compreensão das palavras e o processo de alfabetização. No entanto, já nos alertava Ferreiro considera a leitura e a escrita como construções sociais sendo que cada época e momento histórico lhe atribuem novos sentidos.
(...) a escolaridade básica universal não assegura a prática cotidiana da leitura, nem o gosto de ler, muito menos o prazer da leitura. Ou seja, Há países que têm analfabetos (porque não asseguram um mínimo de escolaridade básica a todos os seus habitantes) e países que têm iletrados (porque apesar de terem assegurado esse mínimo de escolaridade básica, não produziram leitores em sentido pleno). (FERREIRO, 2002, p. 16).
A ficha de monitoramento de leitura e escrita nos permite acompanhar o
desenvolvimento dos alunos durante esse caminho. Outra observação importante foi
criar condições para que não se percam os objetivos destas atividades, partir do texto
literário para viajar pelo mundo. O professor deve ser guia dessas deliciosas viagens
que possuem um ponto de partida e outro de chegada: o universo da literatura. Como:
Quebra cabeça e cotação de histórias, oficina de arte, oficina de dramatização oficina
de expressão corporal, propaganda do livro, Roda de leitura, Mágica das palavras etc.
Não se propôs esgotar o tema mesmo porque a discussão sobre a produção literária
para crianças abarca vários pontos de vista e várias nuance, tanto teóricas como
metodológicas. Assim, o aluno percebe, com clareza, o tema do texto a ser lido e é
encorajado a buscar ajuda em seu “conhecimento de mundo” e a desenvolver
expectativas em relação ao que vai ler. Ao propor uma leitura aos alunos, é útil
apresentar-lhes uma razão que vá além da simples “compreensão da leitura”.
Portanto, há a necessidade de se preparar os alunos para o momento da leitura.
Quando o professor estimula o aluno a gostar de ler e a perceber que não é tão difícil,
está aumentando a confiança e a motivação de seus alunos.
[...] acredita que poderemos realmente levar muitas crianças a ampliar e educar seus olhares para literatura e para a arte, a se transformar em leitores plurais e, conseguintemente, em cidadãos mais preparados para a vida em sociedade. Além das atividades de leitura na sala de aula, ele coloca que procura discutir, ainda que de modo rápido e objetivo, critérios e instrumento de avaliação para o trabalho com a leitura e a literatura infantil, questões sempre conflituosa para professores. Gregorim Filho ( 2009,p.54)
Acredita se que a cada dia iremos mudar essa imagem que existe na escola
dos alunos que sai da série anterior sem desenvolver habilidade e competência da
lectoescrita para a série que atua, de acordo com as matrizes de competências e
habilidades do Fluxo Circuito Campeão.Oprojeto incentiva o estudante a ler de forma
prazerosa, estimulando também a leitura em família. Através da leitura das obras, os
estudantes realizaram outras atividades, como cartazes, desenhos, confecção de
livrinhos historias em quadrinhos, produção coletiva e individual, retratando aquilo que
leram. Assim sendo, fica claro que quanto mais o professor investir na diversidade
metodológica, mais fácil será para o aluno desenvolver o gosto pela leitura.
“Como mediador da leitura, o professor e o especialista que precisa conhecer,
selecionar e indicar livros para a criança, mais e preciso que ele próprio seja usuário
assíduo da literatura”.( OLIVEIRA,2010.p,52.). Dessa forma diria que o jeito mais fácil
de incentivar o aluno é dando o próprio exemplo, ou seja, lendo para as crianças. Mas
Existem profissionais que insistem em não buscar novas metodologias para melhorar
sua prática pedagógica em sala de aula, não gostam de buscar fontes novas para
inovar as aulas continuam nas aulas monótonas, e tradicionais, ficam apenas
culpando o aluno e a família.
2.1. PESQUISA DE CAMPO
Iniciamos a pesquisa de campo no inicio do ano letivo, de 2011, na Escola
Estadual XV de Novembro, situada à rua 15 de Novembro nº 178, centro, na cidade de
Tocantinópolis, Tocantins. A pesquisa foi desenvolvida na perspectiva qualitativa,
seguindo os seguintes passos: realização da pesquisa bibliográfica, coleta de dados,
entrevista semi-aberta para dois professores das turmas dos 2º anos ,com intuito de
verificar quais as suas dificuldades de forma a poder trabalhar nas reuniões de estudo
e orientação.
O procedimento da pesquisa incluiu a execução de diversas ações como, por
exemplo: seleção de Literatura Infantil e infanto juvenil; momento de estudo de texto
referente a leitura e a escrita e oficina de produção de texto, para os dois professores
desenvolverem com os alunos do 2º anos do ensino fundamental, após foi realizada a
análise e verificação dos resultados obtidos com a pesquisa.
No primeiro momento, foi com estudo do texto psicogêneses da leitura e
escrita com dois os professores da disciplina de Língua Portuguesa, das turmas dos
2º anos, a partir dai fez-se a sondagem com as turma, com atividades conforme a
hipótese da escrita de cada aluno, para diagnostico do nível de aprendizagem da
turma, para fazer as intervenções necessárias no decorrer do ano. Tivemos outro
momento de estudo com os quinze professores de todas as turmas de 1º ao 5º ano
com o texto “Como analisar a situação de leitura e escrita e produção de textos”,
classificando corretamente no acompanhamento, para que todos tivessem melhor
esclarecimento de como analisar a situação de leitura e escrita das suas turmas.
No inicio do ano letivo foi aplicado o teste de sondagem com 56 alunos
freqüentes nas duas turmas do 2º anos. Após os resultados da sondagem;
detectamos que temos 34 alunos que ainda não sabem Lê, 15 silabando palavras com
Silabas simples. Foram condensados nas fichas e leitura e escrita do programa
circuito campeão, para fazer analise mensalmente, na própria ficha onde consta uma
coluna da Leitura com os seguintes itens: Ainda não lê, lê silabando palavras com
silabas simples, Lê com fluência somente palavras, lê silabando frases e com fluência,
Lê texto com pausa e com fluência. Na coluna da Escrita consta: Ainda não escreve,
não ortograficamente somente palavras e ortograficamente produz texto com frases
solta dentro do tema e coeso. Os alunos foram selecionados dentro de cada coluna
que consta na ficha de Leitura e escrita do mês de fevereiro e novembro. Conforme
mostra os gráfico abaixo.
Gráficos da pesquisas de leitura turmas 2° anos.
Fonte: Pesquisas de leitura do mês de fevereiro das turmas 2° anos-
Fonte: Pesquisas de escrita do mês de fevereiro das turmas 2° anos-
Além disso, foi necessário fazer uma análise das fichas que já existem na
escola de acompanhamento do desenvolvimento dos alunos na lectoescrita, sendo
este mais um elemento para ser trabalhado com os professores, a partir das fichas de
leitura, registros dos gráficos, associação da leitura com às ações desenvolvidas na
escola, como forma de se propor alternativas viáveis o trabalho com a lectoescrita e
produção textual.
No decorrer do ano letivo a cada bimestre foi realizado teste de sondagem
pela coordenação pedagógica individual dos alunos da turma dos 2º anos, para um
diagnóstico mais detalhando do nível de leitura e escrita das duas turmas. Além disso,
realizamos um comparativo, das informações repassadas pelos professores. Após a
execução desse trabalho encaminhamos alunos com baixo nível de leitura e escrita
para as aulas de reforço, onde tem acompanhamento mensalmente através de uma
ficha de monitoramento dos indicadores, atividades desenvolvidas, resultado e
freqüência dos alunos, pela coordenação pedagógica. Foram confeccionados
materiais pedagógicos diversificados como jogos dominó, baú pedagógico, baú de
textos com vários gêneros textuais, quebra cabeças, banco de palavras, tapete de
leitura, e outros. Os professores fazem uso dos mesmos durante as aulas. Também foi
criado o cantinho do reforço, com ambiente bem alfabetizador.
No tocante a salas de aula são bem ambientada com motivo alfabetizador,
cantinho da matemática e com cantinho de Leitura, varal das produções, cantinho do
inglês, também foi criado uma estratégia, para que todos os alunos tenham acesso à
leitura dos livros de literatura do cantinho, os professores organizaram um painel com
os leitores da semana, são controlados através da ficha de livros lido, exposta na
parede da sala de aula, onde cada aluno pinta de verde se gostou da leitura e
vermelho se não gostou, durante o me cada aluno tem que lê no mínimo quatro livros,
que a meta mensal para cada aluno. Os professores dinamizam bem as aula no
momento do curtindo a leitura usando varias estratégias para dar mais incentivo aos
alunos no momento da leitura do livro na sala de aula.
Já estamos na reta final do ano letivo com as atividades na escola, no entanto
e notório ressaltar, que através das analise das fichas de acompanhamento de leitura
e escrita do mês de novembro. Observa-se que dos 56 alunos das turma do 2° ano
“A,”B”, somente 8 não desenvolveu as habilidade leitora e escritora. Conforme mostra
o gráfico abaixo
.
Fonte: Pesquisas de leitura e escrita das turmas 2° anos-
Fonte: Pesquisas de leitura e escrita das turmas 2° anos-
2.1-REFLEXÃO SOBRE UMA DEFINIÇÃO DE LEITURA
Refletiremos, inicialmente, sobre uma definição de leitura, estabelecido pelo
escritor Ivan Ângelo (Apud, Silva, 1997) diz, “Ler é um ato libertador, pois a leitura
deve ser vista como uma atividade humana, uma pratica social”. O ser humano tem
muitas peculiaridades, dentre elas, a de estar em continua transformação. Sua
formação não é estática, desde criança está sempre aprendendo coisas novas para
construir um ser social melhor. A leitura funciona como um incitado deste ser a ponto
de fazê-lo conciliar os pré-conceitos que ele detém aos novos conceitos adquiridos
através da leitura. Ivan ângulo diz que, quanto maior vontade consciente de liberdade,
maior índice de leitura.
Para Chiappini: “O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela a mediação da palavra”. (2000, p.17)
Sendo a leitura um processo abrangente, se faz necessário o
redimensionamento na forma de trabalhar a linguagem. E hoje é consensual que esse
trabalho esteja centrado no texto, pois o aluno que lê, intera-se com o mundo
conquistando a autonomia, deixando de ler pelos olhos de outrem para ter a sua
própria leitura.
A finalidade deste estudo é contribuir para discussões em torno da leitura,
considerada um dos principais pilares da formação do cidadão. As dificuldades de
leitura limitam a participação do individuo na vida social. Decifrar sinais gráficos não é
tudo nesse processo, é preciso ir além das letras. Quando se está lendo, várias outras
habilidades como a fala, a escrita e a capacidade de reflexão estão sendo
desenvolvidas, simultaneamente. Apesar da importância da leitura, do seu poder de
elevar os níveis de conhecimentos humanos, muitas dificuldades ainda existem nesse
processo tão significativo e, muitas vezes até são detectadas, mas os índices que
seriam melhorados através desse hábito revelam que muito precisa ser Segundo
Lajolo (apud, GERALDE, 1991), “Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações,
o sentido de um texto é a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhes significados,
relacionando a outros textos”.
Acredita se que a cada dia iremos mudar essa imagem que existe na escola
dos alunos que sai da série anterior sem desenvolver habilidade e competência da
lectoescrita para a série que atua, de acordo com as matrizes de competências e
habilidades do Fluxo Circuito Campeão. O projeto incentiva o estudante a ler de forma
prazerosa, estimulando também a leitura em família. Através da leitura das obras, os
estudantes realizam outras atividades, como, cartazes e desenhos, confecção do
livrinho, historia em quadrinho, retratando aquilo que leram.
Assim sendo fica claro que, quanto mais o professor investir na diversidade
metodológica, mais fácil será para o aluno desenvolver o gosto pela leitura.
2.2. NECESSIDADES DE LEITURA E CONSEQÜÊNCIA DE SUA FALTA.
A falta do exercício da leitura é vidente na quantidade de pessoas que,
mesmo sabendo ler e escrever, não consegue estabelecer uma relação entre o texto
lido e a realidade, ou até mesmo os que não conseguem extrair do texto
embasamentos suficientes para exercitar a sua criatividade.
Para muita gente, o ato de ler reduz-se a um simples reconhecimento de
sinais gráficos como se os mesmos não tivessem atrelados a uma carga de
informações que esclarece, informa e / ou adverte e acima de tudo o faz pensar
corretamente.
Sobre a necessidade de leitura e das conseqüências de sua falta, em sua obra aqui já
mencionada, Educação como prática da liberdade, Paulo Freire escreveu:
“A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentado a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo destas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiando e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. E também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas”. (pág. 44)
O trecho acima demonstra a necessidade de uma boa leitura a ser cultivada,
uma vez que esta se torna elemento fundamental na composição da sociedade, e,
sendo ativo precisa nutrir-se de capacidade para concordar, discordar e até mesmo
propor mudanças das coisas com as quais não concorda isso tudo visando, através da
leitura, atingir a liberdade.
O fragmento aqui citado mostra também que, para o teórico, a compreensão
critica do leitor não é fundamentada apenas em decifrar a palavra ou a linguagem
escrita, mas dar-lhe
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na busca constante pelo conhecimento, e através das várias reflexões dos
autores abordados para se ter uma boa fundamentação teórica, relacionados à leitura
e a escrita e as dificuldades dos alunos, pode se observar um grande avanço no
processo ensino e aprendizagem.
A leitura é uma das formas de entender o mundo e fazer parte dele. A
dificuldade de leitura e produção é um problema que tem acompanhado as pessoas
desde as séries iniciais até a conclusão, mas essa realidade precisa e deve ser
mudada, como já vem acontecendo com muitas escolas que têm a leitura como
alicerce para a formação de um cidadão crítico e apto para estar na sociedade.
O trabalho de conscientização tem que ser feito pelos professores quanto à
importância da leitura na produção textual, mostrando os pontos de mais relevância,
como os efeitos da leitura e conseqüências de sua falta. Enfatiza LOJOLA ( 1993.103)
(...) que um professor precisa gostar de ler, precisa ler muito, precisa envolver-se com oque lê, isto é, a familiaridade com uma variedade de texto a maturidade enquanto leitor, os significados já construídos, a própria história da leitura, ser constituem condições primordiais para o desempenho de mediador da relação de diálogo entre o leitor e texto.
No entanto essa afirmação está na necessidade do professor ser persuasivo
ao tratar da leitura, ser convincente pelo próprio exemplo, pois a fonte do interesse da
criança pela leitura pode estar no professor que se revela apaixonado pela leitura .
Provavelmente esse trabalho não acontecerá da noite para o dia, mas ao
longo dos anos e esses alunos que estão rumo à faculdade e a o mercado de trabalho
conseguiu ou conseguirá alcançar essa habilidade.
A leitura é uma das formas de entender o mundo e fazer parte dele. A dificuldade de
leitura e produção é um problema que tem acompanhado as pessoas desde as séries
iniciais até a conclusão, mas essa realidade precisa e deve ser mudada, como já vem
acontecendo com muitas escolas que têm a leitura como alicerce para a formação de
um cidadão crítico e apto para estar na sociedade.
4.CONCLUSÃO
Através da execução das ações do projeto, percebemos que aos poucos
estamos alcançando os objetivos, visto que já foi planejado nas ações da escola, pois
sabemos que o PPP é o elemento norteador da organização do trabalho dentro da
escola, visando o sucesso na aprendizagem dos alunos e esta e a finalidade maior da
escola como instituição social. Se az necessário que e preciso que a criança sabe, traz
consigo, seja valorizado e, a escola é o lugar de aprendizagem, lugar onde a criança
tem direito de errar, de não saber, de aprender.
Sabemos que a escola é vista como um dos principais instrumentos de formação de
cidadão e precisa de um planejamento que venha nortear suas ações, para que possa
ser capaz de tornar o indivíduo ativo na sociedade onde estão inseridos.
De início foi preciso muita disposição para encarar esse trabalho,
principalmente no fator tempo para executar as atividades, foi muitos entraves no
decorrer de semestre. Ainda não conseguimos atingir os 100% e que desejamos,
tivemos alguns avanços bem significativos.
Esse projeto representa possibilidades de criar um espaço de interação entre
os educados no momento das apresentações de forma como reflete, ordenar, distrai,
se expressam sua imaginação, seus desejos e medos. Não conseguimos os 100% a
participação ativa dos alunos nas atividades propostas do projeto, não vamos parar
por aqui, vamos dar uma retomada nas ações que menos os alunos participaram
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
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