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Vida
Desde muito cedo, Pareyson demonstrou grande inclinao para a reflexo e escritafilosfica. Concluiu sua licenciatura em 1939 na Universidade de Turim, sob orientaodeAugusto Guzzo, com a tese "Karl Jasperse a Filosofia da Existncia".
Ao longo da sua vida, destacou-se tambm por sua atividade poltica. Participou naresistnciaantifascista italiana e integrou o Partito d'Azione.
Lecionou na Universidade de Turim e na Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza,Argentina.
Alguns de seus alunos se tornaram famosos, como Gianni Vattimo, Umberto EcoeMario Perniola.
[editar] Obra
A obra de Pareyson est ligada Filosofia da Existncia, Hermenutica, Filosofia daReligio e Esttica. Foi tambm um importante crtico do IdealismoAlemo (Fichte,1950;Schelling, 1975).
Desde cedo, sua ateno voltou-se para os problemas da Filosofia da Existncia,especialmente a de inspirao alem, dedicando-se particularmente a avaliar asconsequncias da queda do sistema hegeliano tal como foi conduzida porKierkegaard,acentuando o papel e o lugar da pessoa no seio da existncia, o que inclui um vnculoessencial com a divindade.
A reflexo de Pareyson esfora-se por no desembocar nem no pessimismo, comumenteassociado ao existencialismo, nem to pouco em um optimismo. Estas so apenas
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categorias psicolgicas que encobrem o fundo e as implicaes ontolgicas da situaode cada homem no mundo. Por isso, o prprio Pareyson categorizou a fase inicial do seu
pensamento como um "existencialismo personalista" ou "personalismo ontolgico".
[editar] Hermenutica
Muito importante ao longo de todo o seu percurso o lugar da Hermenutica. ParaPareyson, a nica forma de entrar em contacto com a verdade atravs da interpretao.Mas esta sua hermenutica no concebida como mtodo particular de leitura de textos.Ela , antes de mais, uma abordagem da pessoa prpria existncia, o que implica umaalterao da experincia humana, levando-a aos domnios de uma experincia religiosa.S no interior da experincia religiosa, segundo Pareyson, possvel proceder a umainvestigao acerca da incomensurabilidade da existncia e, a sim, tambm atravs dainterpretao do texto, especialmente do texto domito. assim que se chega quilo quePareyson chama de "ontologia do inexaurvel".
Entendida desta forma, a hermenutica envolve a totalidade da pessoa no momento dainterpretao. Pareyson chama "pensamento trgico" ao modo como o ser humano tomaum contacto profundo com a sua realidade existencial, ou seja, com a sua situao nomundo. O domnio cultural e textual no qual melhor se expressa a verdadeira naturezada existncia e do homem , segundo ele, o cristianismo. Por esta razo possvelconsiderar Pareyson um filsofo cristo e principalmente porque o seu pensamentoobriga a repensar o prprio cristianismo.
[editar] Esttica e Filosofia da Arte
Tambm as suas idias estticas se desenvolvem a partir da Hermenutica e do conceitode interpretao. Segundo Pareyson, a obra de arte um objecto "em construo", jque desde o seu incio, mesmo antes de tomar forma fsica e existindo apenas enquantovontade "informe" de criao, ela j entra em um processo interpretativo por parte doartista. Essa interpretao continua em todos os estdios da sua existncia e da sua
permanncia no mundo, defronte a cada ser humano que entre em contacto com a obra.A obra define-se exactamente nessa presena em face a uma interpretao. Quando aobra no pensada, relacionada, discutida, ela deixa de ser obra. Assim, Pareysondefine a sua Esttica como um "teoria da formatividade". A obra est em permanente"formao".
[editar] Ontologia da Liberdade - mal e sofrimento
A Ontologia da Liberdade constitui a maturidade filosfica plena de Pareyson e tambm o ttulo do seu magnum opus, publicado postumamente.
Pareyson procede a uma reflexo acerca da liberdade, pensando-a no como umafaculdade humana, mas como aquilo que est "no corao da realidade". O prprio ser o resultado de uma escolha perante duas possibilidades: o ser ou o no-ser. A deciso feita por um acto de ddiva divina, mas no como se um ser demirgico se colocassedefronte a uma alternativa e decidisse: a simultaneidade da escolha com a alternativaque define Deus e que auto-origina a existncia:
"A liberdade o acto da escolha que a escolha de um acto".
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Como consequncia, Deus e toda a realidade tm na sua origem no s o ser comotambm o nada, no s o positivo como tambm o negativo. E essa negatividade que ahumanidade, atravs de um acto de liberdade, reavivou provocando a queda doparaso edaeternidade, "manchando" a criao com a histria temporal, onde todos estamos eonde tanto o mal como o bem (negatividade e positividade) coexistem numa luta
indefinida.
As ideias de criao,pecado, queda, eternidade, mal e sofrimentoso retiradas doscontos bblicos, onde Pareyson encontra o aparelho simblico que melhor expressa acondio da existncia.
[editar] Seleco das principais obras
La filosofia dell'esistenza e Karl Jaspers (1940), Casale Monferrato, 1983. Studi sull'esistenzialismo, Firenze, 1943.
Esistenza e persona, Genova, (1950),(1960), 1966. L'estetica dell'idealismo tedesco, Torino, 1950. Estetica. Teoria della formativit, Milano, 1954, 1988. (nuova ed.) Conversazioni di estetica, Milano, 1966. Verit e interpretazione, Milano, 1971. Schelling, Milano, 1975. Essere, Libert, Ambiguit, Milano, 1998. Ontologia della Libert, Torino, (1995), 2000.
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