Post on 08-Aug-2015
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Excelência em
Liderança & Gestão
de Pessoas
Treinamento avançado para varejo
Moacir Moura www.moacirmoura.com.br
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John Maxell – 21 Leis Irrefutáveis da liderança.
A 21 Irrefutável lei da liderança como o
próprio nome já diz é um livro sobre
liderança. Independente da posição que
ocupamos profissionalmente, todos
ocupamos uma posição de liderança em
algum momento de nossas vidas, seja em
nossa família, entre nossos amigos e no
mínimo somos líderes de nós mesmo.
O autor John C Maxwell aponta que para
liderar com eficácia é preciso fazer 21
coisas (que no livro ele chama de leis),
porém ninguém faz todas bem, mas
podemos desenvolvê-las. De forma bem sucinta vou relacionar
abaixo as 21 leis que são abordadas no livro.
1 - A Lei do limite
Porque umas pessoas alcançam mais sucesso que outras? Por
causa da lei do limite, a capacidade de liderança sempre é o limite da
eficácia pessoal e da organização. Há pessoas que enxergam antes
e mais longe, não se incomodam com obstáculos e buscam o
sucesso dia a após dia, porque o limite e a capacidade de liderança
delas é maior.
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Cita-se de exemplo os 2 fundadores da Apple, Steve Wosniak que
era um gênio da engenharia, mas que provavelmente estaria até hoje
projetando circuitos no porão de sua casa.
Muito diferente de Steve Jobs, uma pessoa cujo o limite de sua visão
e capacidade de liderança era muito maior, o que lhe permitiu criar
uma das empresas mais valiosas do mundo. Se queremos ter
sucesso na vida, um grande passo é aumentar o limite de nossa
capacidade de liderança.
2 - A lei da influência
Liderança não pode ser imposta, não pode ser exigida e não pode
ser comprada. Liderar é influenciar, os verdadeiros líderes são
capazes de influenciar pessoas através de seus valores. Se você
quer ser um líder você deve ser capaz de influenciar pessoas em
torno de sua causa ou objetivo, essa a Lei da Influência.
3 - A lei do processo
Ser líder não é algo se consegue da noite para o dia. Se você quer
ser um bom líder deve respeitar a lei do processo. Deve se
desenvolver dia após dia, ir melhorando seus resultados a longo
prazo. Se espera ter resultados de curto prazo em liderança não terá
sucesso.
Quando o assunto é liderança sempre surge a pergunta: As pessoas
nascem líderes ou se tornam líderes? Embora algumas pessoas
possuem habilidades de lideranças mais naturais que outras,
liderança pode ser desenvolvida, mas é uma construção diária, essa
é a lei do processo.
4 - A lei da navegação
Qualquer pessoa pode conduzir o navio, mas apenas um líder pode
definir o percurso, essa é a Lei da navegação.
Os navegadores veem a viagem antes dela acontecer, ele a tem
planejada em sua cabeça, percebe os obstáculos antes de surgirem
no horizonte, envolvem as pessoas certas e vislumbram a chegada
ao destino.
Assim é o papel do líder, ele faz a sua rota ao invés de apenas seguir
por uma, ele segue a lei da navegação.
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5 - A lei da adição
Se você deseja ser um bom líder, de forma que as pessoas o sigam,
deve agregar valor a vida delas, essa é a lei da adição. Toda a
relação entre líder e seguidor tem um impacto positivo ou negativo,
como saber se você soma ou diminui com um líder? Pergunte a si
mesmo: Você torna as coisas mais fáceis para seus liderados?
6 - A lei da base sólida
Confiança é o fundamento da liderança, é a lei da base sólida. Não é
possível influenciar se seus liderados não confiam em você.
Confiança é como troco no bolso de um líder, toda a vez que você
tem uma atitude positiva esse troco aumenta, quando tem uma
atitude negativa o troco diminui. Quando o seu troco acaba, você não
é mais um líder.
Toda vez que um líder assumi uma posição ele possui algum troco,
são suas atitudes é que vão determinar se esse troco vai aumentar
ou diminuir.
7 - A lei do respeito
As pessoas naturalmente seguem pessoas cuja a liderança elas
respeitam. Junte um grupo de pessoas sobre um assunto qualquer,
à medida que elas forem interagindo, perceberá que logo será
denotado quem será o líder do grupo.
Temos a naturalidade de respeitar pessoas que julgamos mais
competentes e fortes, essa é a Lei do respeito.
8 - A lei da intuição
Líderes avaliam tudo em função da liderança. Nem todos possuem
intuição em relação a liderança, mas todos possuem intuição em
relação as áreas que são fortes.
Os verdadeiros líderes possuem intuição em relação a liderança,
tomada de decisões e veem o cenário como um todo mesmo sem ter
todas as informações a sua disposição.
Porque eles seguem a sua intuição, isso separa os bons líderes dos
demais. Eles sabem de forma automática o que fazer em diversas
circunstâncias, essa é a lei da intuição.
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9 - A lei do magnetismo
Quais são as qualidades que você gostaria que seu pessoal tivesse?
A lei do magnetismo diz que você é quem você atrai. As pessoas que
você lidera provavelmente vão ter as mesmas qualidades que você.
Caso seus liderados tenham características diferentes das que você
gostaria, então talvez devesse rever a si mesmo. As pessoas são
atraídas por aquelas que possuem mais coisas em comum.
Você pode relacionar isso com uma turma de alunos inteligentes que
costuma andar sempre com outros alunos inteligentes, ou também
os atletas que tem amigos atletas.
O tipo de líder que você é definido pelo tipo de pessoas que você
atrai para liderar.
10 - A lei da conexão
Para que os líderes exerçam com excelência sua liderança é
necessário se ligar as pessoas, procurar entendê-las através da
esfera emocional.
Quando se trabalha com pessoas a emoção vem antes da razão, é
fundamental se conectar de maneira profunda a elas.
Só assim é que você vai ganhar respeito, confiança e influenciar seus
liderados, essa é a lei do magnetismo.
11 - A lei círculo íntimo
Sempre ficamos vislumbrados quando ficamos sabendo dos grandes
feitos de alguém. Mas a verdade é que ninguém realiza um grande
feito sozinho, o potencial de um líder é determinado por aqueles mais
próximos dele.
Grandes líderes procuram se cercar de pessoas para formar uma
grande equipe que o ajuda a atingir um resultado esperado, e sem
esse apoio o resultado certamente não será o mesmo, essa é a lei
do magnetismo.
12 - A lei do fortalecimento
O líder fortalece sua equipe, ajuda a desenvolvê-los, valoriza o
trabalho que é executado, está sempre buscando formas de sua
equipe alcançar o sucesso.
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Ele fica impressionado ao invés de querer ser impressionante.
O líder cria o caminho para que seus liderados atinjam o sucesso e
depois sabe que não pode ficar no caminho impedindo que seus
liderados progridam. Essa é a lei do fortalecimento.
13 - A lei da imagem
As pessoas fazem o que elas veem, essa é a lei da imagem. Quando
os líderes buscam o caminho com as atitudes certas, seus liderados
as copiam e eles tem sucesso, eles influenciam pelo exemplo e não
apenas pelas palavras.
Os líderes são sonhadores, eles veem as coisas antes de todos, mas
são inteligentes o suficiente para saber que sonhar e não agir não os
levará a lugar algum.
O líder precisa viver o sonho, e quando o faz seus liderados o
seguem.
14 - A lei da aquisição
O líder descobre o sonho depois as pessoas, as pessoas descobrem
o líder, depois o sonho, essa é a lei da aquisição. É muito normal
pensarmos que as pessoas seguem causas nobres de boa vontade
e sem questionar.
Quando estamos falando de liderança as coisas não são tão simples,
as pessoas de início não seguem causas merecedoras, elas seguem
líderes merecedores que defendem as causas nas quais podem
acreditar, elas compram primeiro o líder e depois a visão do mesmo,
essa é a lei da aquisição.
15 - A lei da vitória
Os líderes descobrem o caminho para vencer, eles se sentem
obrigados a fazer todo o possível para alcançar a vitória para seu
pessoal.
Derrota é inaceitável, com persistência eles abraçam a sua visão e
enfrentam de frente os desafios até que a única alternativa seja
vencer.
Liderança é ser responsável, perder é inaceitável, essa é a lei da
vitória.
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16 - A lei do grande impulso
O impulso é o melhor amigo de um líder. Podemos ver a lei de
impulso em ação de forma mais clara nos esportes, quando um time
vai bem, parece que todas as suas jogadas dão certo, ninguém pode
pará-lo é como se eles fossem maiores do que realmente são.
Os bons líderes tentam controlar a lei do impulso e tomar vantagem
dela, é como quando um time começa a marcar uma série de pontos
e o outro time pede tempo, ele está tentando controlar o impulso que
o outro time possui.
17 - A lei das prioridades
O bom líder tem a disciplina de priorizar suas atividades. Geralmente
as pessoas tem uma certa resistência em fazer priorização, isso
porque o líder que prioriza suas atividades tem a responsabilidade de
repensar suas obrigações como um todo, tendo uma visão ampla
para então fazer a priorização, que pode colocá-lo para fazer coisas
desconfortáveis as vezes.
O bom líder deve priorizar e rever sua priorização sempre que achar
necessário. Uma boa dica é usar o princípio de Pareto (80-20).
18 - A lei do sacrifício
Um líder precisa abrir mão para progredir, quanto maior o líder maior
o sacrifício. A vida de um líder parece ser um paraíso aos olhos dos
outros, mas a verdade é que para se tornar um bom líder você vai ter
que fazer sacrifícios.
Pegue de exemplos grandes executivos que passaram e passam
grande parte de seu tempo estudando e se aperfeiçoando em
seminários, universidades e eventos.
Outro exemplo são os campeões dos esportes que passam
incontáveis horas treinando para atingir o resultado esperado. Para
ser um grande líder são exigidos grandes sacrifícios, essa é a lei do
sacrifício.
19 - A lei do momento
Bons líderes reconhecem o momento em que liderar é tão importante
quanto o que fazer e para onde ir. O momento muitas vezes define
se uma ação vai ter sucesso ou vai falhar e existem 4 casos para o
momento e a ação.
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A ação errada no momento errado leva ao fracasso certo. A ação
certa no momento errado produz resistência e pode também
fracassar. A ação errada no momento certo só pode resultar em erro.
Agora quando o bom líder faz a ação certa no momento certo, o
sucesso é inevitável, essa é a lei do momento.
20 - A lei do crescimento explosivo
Geralmente os líderes são pessoas impacientes e querem resultados
de forma rápida e em grande escala. Para aumentar o crescimento
lidere os seguidores, para multiplicar lidere os líderes, essa é a lei do
crescimento explosivo.
Os bons líderes sabem que se desenvolverem líderes que
multiplicarão suas visões a seus próprios seguidores os resultados
acontecem de forma mais ampla.
Eles sabem que se desenvolverem os melhores de uma equipe,
estes ajudarão a desenvolver os demais.
21 - A lei do legado
O valor duradouro de um líder é medido pela sua sucessão, essa é a
lei do legado. Como você quer ser lembrado? O que espera que as
pessoas digam quando as perguntarem que tipo de pessoa você foi?
É muito importante que defina o que quer para a sua vida, nas
palavras do autor, definir qual será a sua sentença de vida. Pois é
isso que definirá que tipo de legado você vai deixar depois que não
estiver mais presente.
Todo o sucesso que você tiver vai perder o sentido assim que você
se for, a não ser que você passe isso para as futuras gerações.
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Liderar é uma Arte, segundo o professor
Mario Sergio Cortella
Muito se fala sobre as diferenças entre liderar e chefiar, como se
fossem universos opostos que não se encontram. Defende-se que
líderes são capazes de desenvolver pessoas e fazer com que a
equipe evolua, enquanto chefes focam apenas os resultados.
Agora, se alguém falasse que liderança e chefia se encontram, qual
seria sua reação?
É o que defende Mario Sergio Cortella, filósofo com mestrado e
doutorado em educação. Para ele, liderar é uma arte que deve sim
coincidir com chefia. Acompanhe essas e outras lições nesta
entrevista exclusiva concedida por ele ao Boas Escolhas.
Qual é a sua definição sobre liderança?
Liderar é inspirar, motivar e animar ideias, pessoas e projetos. Desse
ponto de vista, liderança é a capacidade de elevar para melhor uma
condição coletiva.
É por isso que não se deve confundir liderança com chefia. Chefes
são ligados à hierarquia e não são os responsáveis por elevar uma
equipe para o melhor, diferentemente do líder, que implica nessa
elevação e busca constantemente isso.
Por que liderar é uma arte?
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Basicamente porque não é uma técnica. A liderança exige um
conjunto de procedimentos e atividades. Nesse ponto de vista, ela
também precisa da capacidade de saber fazer, da sensibilidade de
saber perceber e da sabedoria de saber entender.
Por isso, está muito mais ligada à arte que ao procedimento, pois é
o refinamento da sensibilidade gestora, técnica e intelectual. Isso
significa que uma pessoa não lidera tudo o tempo todo, mas ela
sempre pode liderar nessas condições.
Pensando na liderança como uma arte, bons líderes já nascem com
esse ''dom'' ou as competências podem ser desenvolvidas? Por quê?
Acho que a capacidade de liderar tem elementos inatos, que vão
depender da área para ser uma boa liderança, por exemplo: você
pode nascer com sensibilidade olfativa de base genética, maior
capacidade de sentir aromas, e poderá liderar uma equipe na área
de perfumes com mais facilidade.
No entanto, de nada adianta ter essa capacidade se ela não for
colocada em ação, em circunstância e ocasião. Então, há uma base
sim que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Por isso, o líder não
nasce pronto, ele se faz, se constrói. A base da liderança é genética,
mas de nada adianta se não for desenvolvida, trabalhada e
construída.
Muitos estudiosos afirmam que líder é diferente de chefe, mas você
considera que chefia deveria coincidir com liderança. Por quê?
Chefiar e liderar são formas de ascendência e autoridade sobre as
pessoas, e a diferença é que chefia é um cargo e tem sua autoridade
apoiada na hierarquia, enquanto liderança é uma função e tem sua
autoridade baseada na admiração e respeito.
É claro que há muitos líderes que
são chefes, assim como há muitos
chefes que são líderes. Para a
chefia, vale a clássica frase:
''Manda quem pode, obedece
quem tem juízo'', já para a
liderança, vale a ideia de procurar
alguém que inspire vitalidade, que ofereça fôlego – é aquilo que eu
desejo construir, fazer e edificar. Logo, chefe eu obedeço, e líder eu
sigo e admiro.
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Se um chefe tem um comportamento ditador, é possível que ele se
transforme em um líder?
Ele precisa deixar de ser autoritário para reconstruir a autoridade,
que é diferente de autoritarismo.
Nesse ponto de vista, o chefe ditador só pode alcançar a condição
de líder se tiver a compreensão de que só ensina bem quem é um
bom aprendiz e de que a liderança se constrói dentro do trabalho
coletivo.
É preciso que a pessoa que deseje ser líder tenha permeabilidade a
aprender, ouvir e seguir outras pessoas. Um ditador supõe que só
ele está correto e, desse modo, ele não será líder, e sim apenas um
chefe.
Você costuma dizer que a liderança é algo circunstancial e episódico.
O que você quer dizer exatamente com isso?
Se liderar é ser capaz de inspirar, motivar e animar ideias, pessoas
e projetos, sendo ela uma função, e não um cargo, então só
dependerá da minha habilidade fazer com que isso aconteça.
Você tem na equipe um grupo de pessoas com capacidades
diferentes que pode assumir circunstancialmente a liderança, e essa
tarefa pode ser de momento ou específica para alguma atividade.
Quais são as competências essenciais para liderar uma equipe?
Abrir a mente – O líder precisa ter a capacidade de perceber que o
mundo muda e que é essencial mudar com ele. Tem de ser flexível
no campo das ideias e das práticas e mudar o modo de pensar para
poder melhorar sempre que necessário.
Elevar a equipe – Líder é aquele que, quando cresce no campo da
elevação do trabalho, valor e reconhecimento, faz com que todos
aqueles que estejam ligados a ele também cresçam. Ele deve
aproveitar as oportunidades para fazer a equipe evoluir.
Inovar a obra – Não basta repetir o que já está sendo feito, o líder
deve ir além do óbvio. Ele tem de ser capaz de dar vida e inovação
constantemente àquilo que fazemos.
Recriar o espírito – É preciso saber que um grupo necessita ter no
trabalho um lugar para alegria e prazer. Seriedade não é sinônimo de
tristeza, ou seja, um trabalho sério não significa ser triste. Por isso, é
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necessário criar circunstâncias em que o reconhecimento, a alegria
e o bem-estar possam vir à tona.
Empreender o futuro – Ser capaz não apenas de resolver o urgente,
mas de cuidar do importante e não deixar sua condição de líder no
momento presente.
Por que a ética é uma referência para a liderança?
Porque ela é o horizonte para a liderança e proporciona uma vida
coletiva saudável para todos. Uma liderança que não tenha a ética
com esse ponto de vista deixa de ter vitalidade.
Para terminar, existe um líder ideal?
Todos os líderes são ideais. Como ninguém nasce pronto, é preciso
tornar real o líder que há em cada um de nós. Como o líder é algo a
se realizar, desse ponto de vista, não existe um modo ideal de ser ou
um único jeito de fazê-lo, mas atitudes que favoreçam isso.
Liderança, como equilibrar estratégia com execução?
Você é um profissional híbrido? Saiba o que isso significa na e o que
as empresas varejistas valorizam nos profissionais que contratam. E
muito mais. O que na verdade produz bons resultados, altos
pensamentos estratégicos ou uma operação primorosa? Como líder
você sabe fazer as pessoas se sentirem valorizadas?
Liderança, esta é uma grande questão das empresas brasileiras e
mundo afora. Por que bons projetos não são executados, ou quando
são, ocorrem discrepâncias entre o planejado e o efetivamente
executado? Afinal, o mundo é feito por planejadores ou por
executores?
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Em termos profissionais, como você se define, um estrategista
pensador ou um implacável implementador?
O mundo é feito por todos, soma de conhecimentos, individual ou em
grupo. Somos multi inteligências, destaca Howard Gardner no livro A
Estrutura da Mente, onde apresenta a Teoria das Inteligências
Múltiplas (Editora Artes Médias – 1983).
O autor ensina que inteligência é “a capacidade de resolver
problemas ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um
ou mais cenários culturais.”
Como a empresa é feita de pessoas, além de ser um misto de escola
também, o princípio é o mesmo, quanto maior a soma de
competências, melhor.
E o estoque de sabedoria aumenta à media em que as pessoas
praticam o que o professor Mario Sérgio Cortella ensina em suas
palestras sobre gestão do conhecimento:
Ensinar o que sabe Praticar o que ensina Perguntar o que ignora.
Liderança, como equilibrar estratégia com execução? No âmbito das
empresas varejistas, o ideal é que você seja um profissional híbrido.
Estrategista com bom senso operacional e implementador com visão
estratégica.
Não sendo possível ser dois em um, o que o varejo procura com certa
urgência são pessoas com capacidade operacional para transformar
estratégias em ações. Ações que gerem resultados e promovam o
encantamento dos clientes.
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O líder responsável pela operação, ou
por um segmento dessa área, é o que
está mais próximo da realidade.
Maneja diretamente pessoas,
processos e logística. Ligado
visceralmente com os clientes, ainda
que de forma indireta.
Os resultados dependerão sempre da sua capacidade de gestão de
pessoas. Conseguir que seus funcionários se sintam devidamente
valorizados. Dar um significado maior ao trabalho de cada um. Senso
de pertencimento.
Liderança, como equilibrar estratégia com execução? A equipe só
produzirá bons lucros se as operações estiverem baseadas em
sistemas confiáveis de gestão, com tecnologia de ponta,
naturalmente.
O desafio do líder é fazer com que o processo operacional funcione
como um relógio, melhorando a eficiência, o desempenho e a
obtenção de resultados crescentes.
Liderança, como equilibrar estratégia com execução? Na prática
você é um operador inteligente de Pessoas – Processo – Produtos e
Tecnologia. Quanto às pessoas, você aplica feedback ou fodeback?
Chefe ou Líder? Moacir Moura
O Chefe
Manda
Decide sozinho
Critica
Não ouve sua equipe
Não compartilha as informações
Identifica problemas, mas não propõe soluções
Transfere a responsabilidade
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Faz o trabalho sempre do mesmo jeito
Centralizador
Acha que tem todas as respostas
Não encoraja a equipe a criar
Trabalha com foco na tarefa
Pensa no hoje. – Vive sempre estressado
Não cresce na hierarquia da empresa, porque não desenvolver
líderes.
O chefe diz “eu”, batendo no peito.
O Líder
Inspira as pessoas
É transparente
Reconhece o esforço da sua equipe.
Ouve a opinião dos outros
Compartilha as informações
Identifica problemas e estimula a busca de soluções
Assume a responsabilidade com sua equipe
É criativo e inovador. Faz perguntas poderosas
Delega funções e acompanha os resultados.
Trabalha com foco nas metas, nos resultados e nas pessoas.
Pensa e faz o hoje, mas sempre com olhos no futuro
Ensina pelo exemplo. Sabe que por trás de um funcionário há um
ser humano.
Dá feedback visando desenvolver as pessoas
Focado no foco do cliente. O líder é feliz.
Cresce e vira CEO da empresa
O Líder diz “nós”, naturalmente e sem bater no peito.
E Você?
Quais são seus planos para desenvolver sua liderança aí no seu
trabalho? Ou vai continuar sendo o chefão do pedaço e fazendo
sempre do mesmo jeito?
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Os princípios de liderança de Jack Welch, ex-
presidente da GE e palestrante internacional.
Franqueza
“Quando se pratica a franqueza – e nunca se é absolutamente
franco, esteja certo – Tudo funciona com mais rapidez e maior
eficácia. ”
" A falta de franqueza bloqueia as ideias inteligentes, retarda as
ações rápidas e impede que as pessoas capazes contribuam com
todo o seu potencial. É algo devastador. "
" Meus chefes advertiam quanto à minha franqueza. Agora, minha
história na GE chegou ao fim e garanto-lhes que a minha franqueza
muito contribuiu para o meu sucesso. "
As 8 regras de Liderança de Jack Welch
(extraídas do seu livro “Paixão por Vencer”)
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1 - Líderes são incansáveis no aperfeiçoamento da equipe
Você precisa avaliar, certificando-se de que as pessoas certas estão
nas funções certas, apoiando e promovendo as que estão bem
colocadas e afastando as que não estão.
Você precisa treinar; orientando, criticando e ajudando cada um a
melhorar seu desempenho sob todos os aspectos.
Finalmente, é preciso construir a autoconfiança, promovendo
encorajamento, cuidados e reconhecimento em sua equipe. A
autoconfiança energiza, dando ao pessoal a coragem para ousar,
para assumir riscos e para superar os próprios sonhos. É o
combustível das equipes vencedoras.
Com frequência, os executivos acham que o desenvolvimento de
pessoas ocorre uma vez por ano, nas avaliações de desempenho.
Estão muito longe da verdade. O desenvolvimento da equipe deve
ser uma tarefa diária, integrada em todos os aspectos do cotidiano.
2 - Líderes fazem com que todos vivenciem a visão
Líderes devem projetar a visão da equipe e fazer com que ela ganhe
vida. Como obter isso? Primeiro nada de jargão. As metas não
podem ser nebulosas a ponto de parecer inatingíveis.
É necessário falar sobre a visão constantemente para todos. Um
problema recorrente nas empresas é que os líderes comunicam a
visão a seus colegas mais próximos, mas ela nunca chega ao
pessoal da linha de frente.
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3 - Líderes emitem energia positiva e otimismo
Um executivo vibrante, com atitudes positivas, de alguma forma
acaba liderando uma equipe ou uma empresa repleta de pessoas
vibrantes, com atitudes positivas.
Já o pessimista crônico, sempre de mau humor e de cara fechada,
acaba rodeado por pessoas infelizes. Pessoas infelizes têm muita
dificuldade para vencer. O trabalho às vezes é pesado.
Mas sua missão como líder é combater o impulso do negativismo.
Isso não se confunde com adoçar os desafios de sua equipe.
Significa exibir uma atitude energizante e corajosa diante das
dificuldades.
4 - Líderes conquistam confiança com transparência
Seus subordinados precisam sempre estar cientes do desempenho
deles. Precisam saber como vão os negócios. Por vezes, as notícias
não são boas (como no caso da iminência de demissões em massa)
e qualquer pessoa normal não gosta de passar essas informações.
Mas é preciso frear o impulso de atenuar mensagens duras ou o líder
sofrerá as consequências com a perda de energia e de confiança por
parte da equipe.
Os líderes também conquistam a confiança reconhecendo o devido
mérito. Jamais tapeiam seu pessoal, apropriando-se de uma idéia
alheia.
Não adulam os de cima e chutam os de baixo, pois são
suficientemente autoconfiantes e maduros para saber que o sucesso
da equipe lhes dará reconhecimento, mais cedo do que se supõe.
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Em tempos difíceis, os líderes assumem responsabilidade pelo que
dá errado. Nos bons tempos, repassam generosamente os elogios.
Ao se tornar líder, você às vezes sente o impulso de dizer: "Veja o
que eu fiz!" Quando a equipe supera as expectativas, é normal querer
algum crédito para si próprio. Afinal, você dirige o espetáculo.
Seu pessoal escuta cada uma de suas palavras (ou finge que escuta)
e ri de todas as suas piadas (ou finge que ri). Tudo isso sobe à
cabeça. Você pode começar a se sentir muito grande.
Não deixe que isso aconteça. Lembre-se: ao se tornar líder, você não
recebe uma coroa, apenas passa a ter a responsabilidade de
conseguir o máximo dos outros.
Por isso, seu pessoal precisa confiar em você. E confiará, desde que
você demonstre franqueza, reconheça os méritos e mantenha os pés
no chão.
5 - Líderes ousam tomar decisões impopulares
Há ocasiões em que é preciso tomar decisões difíceis (demitir
pessoas, reduzir os recursos de um projeto ou fechar uma fábrica).
Obviamente, essas medidas provocam queixas e resistência. Sua
tarefa é ouvir e explicar-se com clareza, mas ir adiante. Você não é
um líder para ganhar um concurso de popularidade, você é líder para
liderar.
Muitas vezes, certas decisões são difíceis não por ser impopulares,
mas por se basearem no instinto e desafiarem argumentos
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"técnicos". É o que se chama de intuição, mas é apenas o
reconhecimento de um padrão de comportamento.
Você já viu algumas coisas tantas vezes que simplesmente sabe o
que vai acontecer. Os fatos talvez estejam incompletos e os dados
podem ser limitados, mas a situação aparenta ser muito familiar para
você.
6 - Líderes pressionam sua equipe em busca de ação
Quando você é um especialista, esforça-se para dar todas as
respostas e ser o melhor no que faz. Quando você é um líder, sua
tarefa é fazer todas as perguntas.
Você deve se sentir inacreditavelmente confortável em parecer a
pessoa mais burra da sala.
Em cada conversa sobre uma decisão, uma proposta ou alguma
informação sobre o mercado, você deve intervir com perguntas do
tipo: "E se?", "Por que não?" e "Por que é assim?"
Questionar, contudo, não basta. É preciso garantir que suas
perguntas provoquem debates e levantem temas que exigem ação.
7 - Líderes incentivam a tomada de riscos e o aprendizado
Muitos executivos insistem para que seu pessoal tente novas
experiências e depois criticam os mais ousados quando algo não dá
certo. Se você quer que seu pessoal experimente, dê o exemplo.
Aceite correr riscos. Você não precisa ser moralista ou depressivo a
respeito de seus erros. De fato, quanto mais humorado e espontâneo
puder ser, mais as pessoas captarão a mensagem de que os erros
não são fatais.
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Pode-se criar uma cultura propícia à tomada de riscos ao admitir
abertamente seus erros e ao explicar o que aprendeu com eles. O
fato de ser o chefe não significa que você seja a fonte de todo o
conhecimento.
8 - Líderes celebram
Por que será que comemorações deixam os executivos tão
nervosos? Talvez porque festejar não pareça muito profissional ou
por imaginarem que, se tudo ficar muito alegre no escritório, as
pessoas deixarão de levar as coisas a sério.
As comemorações criam uma atmosfera de reconhecimento e de
energia positiva. Ainda assim, as empresas não raramente realizam
grandes proezas e deixam tudo passar em branco.
O trabalho está muito presente na vida de todos para que não se
reconheçam os momentos de realização. Explore-os tanto quanto
possível. Transforme-os em grandes feitos.
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A EFICÁCIA DE JESUS NA FORMAÇÃO DE SUA EQUIPE
Comentário de Rodolfo Montosa – Instituto Jetro.
1. Jesus identificou o perfil de seus comandados.
“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1.17).
Jesus buscava ajudadores que tivessem duas características: paixão
e competência. As perguntas fundamentais na escolha de uma
equipe são: “Onde está o seu coração? ” e “Qual é a sua
competência?” Entendo por “competência” o conjunto de habilidades,
unção, conhecimento e experiência. Já a “paixão” ou “coração”, é o
caráter, a intenção, o compromisso e os valores pessoais.
2. Jesus selecionou alguns
“Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a
noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus
discípulos e escolheu doze dentre eles...” (Lc 6.12,13).
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Não vemos outra forma de alcançarmos um ministério bem-sucedido
a não ser pela busca incessante da direção do Pai. Jesus orou antes
de formar sua equipe. Um princípio básico, simples e eficiente.
Jesus se dedicou pessoalmente ao processo de escolha e foi
proativo nessa seleção. Conviveu com seus discípulos, caminhou
com eles, conheceu seus anseios.
Um ponto interessante na atitude de Jesus é que Ele escolheu
justamente aqueles que tinham uma ocupação. Acreditamos que é
melhor liderar pessoas engajadas em determinado trabalho — ou
que pelo menos já o foram — do que liderar pessoas desocupadas.
Pessoas trabalhadoras se encaixam melhor no perfil de uma equipe
ideal. Estar ocupado significa se envolver naquilo a que se propõe.
Ou seja, dedicar o coração, a alma e a vida.
3. Jesus capacitou os escolhidos
Não há como falar sobre o processo de escolha dos discípulos sem
fazer alusão à frase “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita
os escolhidos”. No reino de Deus, capacitação é primordial.
“Então, começou a ensinar seus discípulos”. É o que narra Marcos
quando fala sobre essa relação de ensino entre Jesus e sua equipe.
O próprio Espírito Santo foi enviado com a tarefa de nos “ensinar
todas as coisas”.
A capacitação é o ato intencional de fornecer meios para
proporcionar uma aprendizagem que, invariavelmente, representa
mudança no comportamento humano.
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E essa mudança decorre dos novos conhecimentos, do
desenvolvimento das habilidades, da lapidação das atitudes e da
formação de conceitos.
Treinar um membro da equipe pode ser trabalhoso, mas é
fundamental para que o ministério não se perca. Quando a igreja tem
membros bem treinados, ela se desenvolve melhor. E a recíproca é
verdadeira. Igrejas maduras, bem desenvolvidas, valorizam a
capacitação. Nas empresas é a mesma coisa.
4. Jesus deu o direcionamento
Jesus também orientou como os setenta deveriam agir (Lc 10.1).
Falou desde o que deveriam levar até como deveriam se comportar.
A missão era clara e bem definida.
Jesus enxergou o objetivo, montou a equipe, comunicou, instruiu e
encorajou os envolvidos. Tudo isso para que considerassem a
importância da missão para a qual estavam sendo escolhidos.
Assim como Jesus, o líder precisa orientar sua equipe e conduzi-la à
visão que Deus lhe deu. É função do líder direcionar a obra, isto é,
definir metas em cada etapa, o papel de cada um no processo e
acompanhar todo o andamento da missão, não deixando que as
coisas ocorram ao “acaso” ou no improviso.
5. Jesus avaliou o trabalho
O feedback, ou a reação dos envolvidos nos processos produtivos da
empresa. Gestores, líderes, equipes e demais interlocutores é
fundamental para o sucesso.
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Sem avaliar os resultados de cada etapa, corre-se o risco de
desperdiçar informações importantes para as próximas execuções.
Em pelo menos duas ocasiões, Jesus reagiu ao comportamento dos
discípulos e deixou claro uma opinião sobre os fatos. Vejamos:
• “Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam.
Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando
estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho” (Lc 9.40,41).
• “Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo:
Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! [...]
Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças
te dou, ó Pai [...]
E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente:
Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vós vedes” (Lc
10.17, 24).
Esses dois momentos se referem ao mesmo assunto: expulsão de
demônios. Em um caso, Jesus repreendeu os discípulos por não
terem conseguido expulsar, no outro, eles se surpreenderam pelo
fato de os demônios se submeterem.
Um dos objetivos de avaliar a equipe é descobrir onde é preciso
concentrar nossos ensinamentos. A avaliação é um meio, não um
fim. Deve ser relativa ao objetivo desejado, mas observa também as
habilidades e as atitudes em evidência no grupo.
Avaliar é essencial tanto para reforçar o que é positivo como para
punir o que é negativo, resultando em ajustes. Perceba que Jesus
em um momento reprovou, mas no outro, aprovou o comportamento
da equipe — o que evidencia sua capacidade de olhar qualidades e
defeitos com a mesma intensidade.
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6. Jesus incentivou sua equipe
“Ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais,
ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente,
muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna” (Lc 18.29,30).
O maior incentivo de quem serve deve ser agradar o Senhor. Não há
alegria maior para um servo do que sentir que Deus está feliz com
suas atitudes e trabalho. Por isso, creio que o maior incentivo de
quem serve é que se permita que ele sirva mais.
Incentivar a equipe é estar atento à satisfação de todas essas
diferentes necessidades das pessoas. Uma organização ou
agrupamento não deve pretender suprir todas as necessidades de
alguém, mas deve ser sensível para conhecer o estágio em que cada
um se encontra e procurar fazer o melhor para ajudar cada pessoa
em seu momento de vida.
Estes seis princípios observados na vida de Jesus, durante a
formação de sua equipe, podem e devem ser perseguidos pelos
líderes. Imitar Jesus abrange todos os aspectos de seu caráter
perfeito e seu procedimento exemplar. Nele não havia pecado, por
isso, tudo o que pudermos observar é digno de ser imitado. Devemos
sempre aprender com o Mestre dos mestres.
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