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Relatório Exames Nacionais 2010 1_90
EXAMES NACIONAIS
Relatório 2010
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Relatório Exames Nacionais 2010 2_90
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
EXAMES NACIONAIS Relatório 2010 COORDENAÇÃO
Helder Diniz de Sousa AUTORIA
Coordenadores e autores das provas de exame nacional de:
Ensino Básico ‐ 3.º ciclo
Língua Portuguesa
Matemática
Ensino Secundário
Alemão
Espanhol
Francês
Inglês
Biologia e Geologia
Física e Química A
Economia A
Geografia A
História A
História B
História da Cultura e das Artes
Desenho A
Geometria Descritiva A
Latim A
Literatura Portuguesa
Português
Português Língua Não Materna
Matemática A
Matemática B
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
Maria Antonieta Ferreira
Maria Teresa Castanheira
Vanda Lourenço
Director: Helder Diniz de Sousa
Junho de 2011
Relatório Exames Nacionais 2010 3_90
ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS ____________________________________________________________ 5
NOTA INTRODUTÓRIA __________________________________________________________ 0 6
ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA _________________________________________ 0 8
ENSINO BÁSICO
Língua Portuguesa – 3.º ciclo ______________________________________________ 0 8
Matemática – 3.º ciclo ___________________________________________________ 11
ENSINO SECUNDÁRIO
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Alemão ________________________________________________________________ 12
Espanhol _______________________________________________________________ 14
Francês ________________________________________________________________ 16
Inglês__________________________________________________________________ 17
CIÊNCIAS NATURAIS
Biologia e Geologia ______________________________________________________ 19
Física e Química A _______________________________________________________ 21
CIÊNCIAS SOCIAIS
Economia A_____________________________________________________________ 22
Geografia A ____________________________________________________________ 24
História A ______________________________________________________________ 25
História B ______________________________________________________________ 26
História da Cultura e das Artes _____________________________________________ 28
EXPRESSÕES
Desenho A _____________________________________________________________ 29
Geometria Descritiva A ___________________________________________________ 31
Relatório Exames Nacionais 2010 4_90
PORTUGUÊS E LATIM
Latim A ________________________________________________________________ 32
Literatura Portuguesa ____________________________________________________ 34
Português _____________________________________________________________ 37
Português Língua Não Materna ____________________________________________ 39
MATEMÁTICA
Matemática A __________________________________________________________ 43
Matemática B __________________________________________________________ 44
Matemática Aplicada às Ciências Sociais _____________________________________ 45
DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUT III _______________________________________ 47
CONCLUSÃO __________________________________________________________________ 63
NOTA METODOLÓGICA _________________________________________________________ 66
ANEXOS ______________________________________________________________________ 67
Relatório Exames Nacionais 2010 5_90
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1
Distribuição dos resultados do exame de Língua Portuguesa (22) _________________________________________ 48
FIGURA 2
Distribuição dos resultados do exame de Matemática (23) ______________________________________________ 49
FIGURA 3
Distribuição dos resultados do exame de Matemática (635) _____________________________________________ 50
FIGURA 4
Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702) ________________________________________ 51
FIGURA 5
Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715) ________________________________________ 52
FIGURA 6
Distribuição dos resultados do exame de Português (639) _______________________________________________ 53
FIGURA 7
Distribuição dos resultados do exame de Geografia A (719) ______________________________________________ 54
FIGURA 8
Distribuição dos resultados do exame de História A (623) _______________________________________________ 55
FIGURA 9
Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712) _____________________________________________ 56
FIGURA 10
Distribuição dos resultados do exame de História da Cultura e das Artes (724) ______________________________ 57
FIGURA 11
Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706) ______________________________________________ 58
FIGURA 12
Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708) ____________________________________ 59
FIGURA 13
Distribuição dos resultados do exame de Matemática B (735) ____________________________________________ 60
FIGURA 14
Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835) _______________________ 61
FIGURA 15
Distribuição dos resultados do exame de Literatura Portuguesa (734) _____________________________________ 62
Relatório Exames Nacionais 2010 6_90
NOTA INTRODUTÓRIA
Os exames nacionais dos ensinos básico e secundário têm, no nosso sistema de ensino, uma
função certificadora das aprendizagens no termo dos ciclos correspondentes, 3.º ciclo do
ensino básico e ensino secundário; no que respeita ao ensino secundário, os exames
mencionados constituem ainda instrumentos cujos resultados concorrem para a seriação dos
candidatos na candidatura ao ensino superior.
Não obstante aquelas funções, ditas formais, actualmente os resultados dos exames
constituem, em qualquer país, uma importante fonte de informação, que a sociedade, em
geral, e a comunidade educativa, em particular, valorizam como medida do desempenho do
seu sistema educativo.
Para a comunidade educativa, o conhecimento dos resultados dos alunos de cada escola pode
também constituir um indicador de grande valia para aferir a qualidade do trabalho realizado,
ou, mais rigorosamente, de parte do trabalho realizado, já que os resultados dos exames
nacionais apenas informam sobre o que é possível avaliar em provas de papel e lápis, de
duração limitada, não espelhando, por isso, a riqueza das aprendizagens que, ao longo de
vários anos, é desenvolvida e que é objecto de avaliação interna.
Em todo o caso, salvaguardadas as limitações a que atrás se aludiu, os resultados dos exames
constituem uma medida que nos permite identificar e retratar sucessos e fragilidades nas
aprendizagens dos alunos. A riqueza e a nitidez do retrato serão tanto mais significativas
quanto maior for a desagregação da informação apresentada. Foi por esta razão que o GAVE
disponibilizou às escolas, no 1.º período lectivo de 2010‐2011, informação estatística, por item
e por prova, de todos os exames realizados na 1.ª Fase de exames por, no mínimo, 5 alunos
internos em cada escola. O balanço destes resultados, ao nível nacional e ao nível regional,
além de permitir uma caracterização do desempenho dos alunos a estes níveis de análise, tem
a particularidade de possibilitar às escolas e aos professores a comparação dos resultados dos
seus alunos com padrões de âmbito territorial mais alargado.
Assim, o principal propósito de um relatório nacional dos resultados dos exames, apresentado
pela primeira vez no ano lectivo transacto e agora retomado num formato mais desenvolvido e
alargado no que se refere à informação disponibilizada, é o de se constituir como uma
ferramenta de trabalho para os professores, permitindo uma análise comparativa dos
resultados da sua escola com os dados nacionais/regionais, num quadro dicotómico,
aparentemente simplista, de identificação de áreas fortes e de áreas frágeis no campo das
aprendizagens dos alunos.
De facto, a identificação das áreas fortes, ilustrando os sucessos alcançados, constitui um
estímulo à continuação do trabalho desenvolvido e, em certa medida, pode constituir também
uma forma de legitimação das estratégias de ensino‐aprendizagem realizadas. Por oposição, a
identificação das áreas frágeis deve ser entendida não só como um diagnóstico das
dificuldades sentidas por um número significativo de alunos, também detectadas por cada
Relatório Exames Nacionais 2010 7_90
professor no seu trabalho quotidiano, mas sobretudo como um contributo para a superação
dessas dificuldades. A partilha e a análise colectiva dos resultados, medidas largamente
sugeridas pelo GAVE, têm ainda outro potencial: o de permitir a concertação de estratégias
colaborativas para a superação das fragilidades, naturalmente contextualizadas, criando um
referencial comum, que serve como ponto de partida para o trabalho colaborativo no seio de
um departamento curricular ou de uma escola, ou mesmo entre diferentes escolas com
padrões de desempenho similares.
As fragilidades identificadas devem ser sempre entendidas como oportunidades de melhoria e
nunca como geradoras de desânimo, que leve à desistência da procura do caminho certo para
o sucesso. A este propósito, considera‐se essencial prestar atenção redobrada à existência de
fragilidades transversais a várias áreas disciplinares, ou mesmo de âmbito curricular, cuja
identificação sugere estratégias de superação que terão mais sucesso se forem pensadas e
desenvolvidas ao nível da escola.
Como complemento do diagnóstico que os resultados podem sustentar, apresentam‐se
também propostas de intervenção didáctica que, se devidamente enquadradas pelos
contextos particulares de cada turma/escola, podem constituir um referencial para as tomadas
de decisão que impliquem repensar as estratégias de ensino e/ou para o incentivo e a
orientação dos alunos na definição de novas formas de aprender.
Este relatório está organizado em duas partes. Na primeira parte, faz‐se uma análise dos
resultados dos exames por disciplina. Para o efeito, a análise incide nos resultados dos alunos
internos que realizaram os exames na 1.ª fase/1.ª chamada.
A partir da caracterização de cada teste, identificam‐se os itens com melhor e com pior
desempenho, realçando‐se os aspectos que os parâmetros de análise considerados para cada
item permitem ilustrar. Como foi atrás referido, na sequência da identificação das áreas
frágeis, apresentam‐se, para cada disciplina, sugestões de intervenção didáctica.
Na segunda parte, comparam‐se os resultados georreferenciados ao nível da NUT III. Para esse
efeito, foram apenas considerados os resultados das disciplinas com mais de 1500 exames
realizados.
Finalmente, é de referir que a classificação dos itens quanto à sua tipologia segue a
terminologia em uso em 2009‐2010.
Relatório Exames Nacionais 2010 8_90
ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA
ENSINO BÁSICO
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Língua Portuguesa (1.ª chamada), consideraram‐se as respostas de 83332 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.
Média nacional: 56,9%.
Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 72,3%.
Caracterização da prova
A prova apresentou 3 grupos de itens.
No Grupo I, avaliaram‐se competências nos domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo incluiu
três partes e nele foram usados 13 itens, de resposta fechada e de resposta aberta. Nos itens de
resposta aberta, avaliaram‐se, simultaneamente, a Leitura e a Expressão escrita.
A Parte A integrou um texto de carácter informativo, que constituiu o suporte de itens em que se
privilegiou a avaliação de competências de leitura, através de 7 itens de resposta fechada (1 item
de ordenação, 1 item de resposta fechada curta e 5 itens de escolha múltipla). Cotação: 17
pontos.
A Parte B integrou um texto poético, que constituiu o suporte de itens em que se privilegiou a
avaliação de competências nos domínios da Leitura e da Escrita, através de 4 itens de resposta
aberta curta e de 1 item de resposta fechada curta. Cotação: 23 pontos.
A Parte C integrou um texto pertencente ao corpus obrigatório das obras para Leitura Orientada
do 9.º ano (as estrofes 33 e 34 do Canto I de Os Lusíadas), o qual constituiu o suporte de 1 item de
resposta aberta extensa orientada (de 70 a 100 palavras) em que se privilegiou a avaliação de
competências nos domínios da Leitura e da Escrita. Cotação: 10 pontos.
No Grupo II, avaliaram‐se competências no domínio do Funcionamento da Língua, através de 6
itens de resposta fechada (1 item de associação, 1 item de escolha múltipla, 1 item de
completamento, 2 itens de resposta curta e 1 item de transformação). Cotação: 20 pontos.
O Grupo III, em que se avaliaram competências no domínio da Escrita, incluiu 1 item de resposta
aberta extensa orientada. Este item apresentou orientação no que respeita à tipologia textual
(carta informal com carácter narrativo), ao tema (expedição em terras longínquas) e à extensão
(de 180 a 240 palavras). Os descritores de níveis de desempenho utilizados neste item
contemplaram os parâmetros seguintes: tema e tipologia (A); coerência e pertinência da
informação (B); estrutura e coesão (C); morfologia e sintaxe (D); repertório vocabular (E);
ortografia (F). Cotação: 30 pontos.
Relatório Exames Nacionais 2010 9_90
Itens com melhor desempenho
O item 3.2., do Grupo I, foi o item mais fácil (93,7% das respostas dos alunos foram classificadas
com a pontuação máxima). Neste item, solicitava‐se aos alunos que identificassem a paráfrase
equivalente ao sentido de uma unidade textual. Um total de 93,7% dos alunos assinalou
correctamente a opção D. O facto de se tratar de um item de escolha múltipla pode ter
contribuído para um tão bom desempenho. Para a explicação dos resultados neste item, ao seu
formato associar‐se‐á o facto de, por um lado, o item poder ser resolvido através da convocação
de conhecimento linguístico intuitivo e de, por outro, o conhecimento envolvido ser
conhecimento lexical comum, facultado por informação textual explícita.
O item 1. foi, no Grupo II, o item mais fácil (85,1% é o valor da cotação média em relação à
cotação máxima). Trata‐se de um item de associação, que implicava a correspondência entre o
sentido de palavras compostas e o sentido de um dos seus radicais. O formato do item e o facto
de, para a sua resolução, não ser necessário convocar conhecimento metalinguístico podem
justificar o bom desempenho dos alunos neste item.
Itens com pior desempenho
O item 6., do Grupo I, foi o item com a percentagem mais baixa de respostas classificadas com a
pontuação máxima: apenas 14,9% dos alunos responderam correctamente. Este item requeria a
mobilização de competências específicas e complexas no domínio da leitura de texto poético
(Parte B). Trata‐se de um item em que os alunos deveriam inferir o sentido de uma expressão do
texto («uma gaiola de palavras»), interpretando‐a com base em conhecimento metatextual (neste
caso, o conceito de metáfora). O facto de a explicitação solicitada implicar várias operações
cognitivas complexas pode ter contribuído para que a percentagem da cotação média deste item
em relação à cotação máxima não tenha sido superior a 14,9%.
O item 4.1. foi, no Grupo II, o item com a percentagem mais baixa de respostas classificadas com a
pontuação máxima: apenas 24,6% dos alunos responderam correctamente. Neste item, os alunos
deveriam classificar, com recurso a metalinguagem, portanto, a função sintáctica desempenhada
por um constituinte frásico (predicativo do complemento directo). De entre os factores que
podem explicar o desempenho dos alunos neste item, podem apontar‐se o facto de a resolução
do item implicar conhecimento explícito complexo, com recurso a metalinguagem (por exemplo,
pressupõe a identificação do complemento directo e/ou o reconhecimento da subclasse do verbo
principal) e, ainda, o facto de esta função sintáctica ser um conteúdo específico do 9.º ano, com,
consequentemente, menos tempo de consolidação no ciclo de aprendizagem.
Grupo III – Melhores e piores desempenhos nos parâmetros de avaliação da Escrita
Sendo o Grupo III da prova constituído por um único item, as considerações que aqui se tecem
referem‐se à análise dos resultados obtidos nos seis parâmetros contemplados na sua
classificação: parâmetro A (tema e tipologia); parâmetro B (coerência e pertinência da
informação); parâmetro C (estrutura e coesão); parâmetro D (morfologia e sintaxe); parâmetro E
Relatório Exames Nacionais 2010 10_90
(repertório vocabular); parâmetro F (ortografia). As diferenças entre os seis parâmetros não foram
consideráveis. O parâmetro A foi o que obteve melhores classificações (70% dos alunos
conseguiram pontuações intermédias ou máximas); os parâmetros C e F foram aqueles em que os
alunos obtiveram classificações mais baixas (61,1% e 61% respectivamente).
Estes resultados parecem demonstrar que, perante uma tarefa de escrita como a apresentada, os
alunos tiveram facilidade em cumprir a instrução quanto ao tema e ao tipo de texto; no entanto,
no que se refere a aspectos relacionados com a estrutura, a coesão, a pontuação e a ortografia,
houve, tendencialmente, mais dificuldades.
Propostas de intervenção didáctica
Quando observadas separadamente as diferentes partes do Grupo I, responsável por 50% da
cotação total da prova, cada uma delas suportada por textos de tipologias distintas, é possível
concluir‐se que a Parte A apresenta uma classificação média de 72,6%, a parte B de 42,9% e a
parte C de 43,5%. Esta distribuição, susceptível de muitas outras análises, parece confirmar a
hipótese, referida em literatura da especialidade, de que o texto poético oferece uma dificuldade
superior de leitura. Estes resultados sugerem a necessidade de um trabalho mais sistemático de
leitura orientada de texto poético, bem como a insistência no treino de estratégias de leitura
inferencial.
Relativamente ao Funcionamento da Língua, como ficou referido, o item em que os alunos
revelaram maior dificuldade foi um item em que deveriam identificar uma função sintáctica,
estando, por isso, em causa a utilização de metalinguagem. Ora, estudos sobre práticas de ensino,
através de, por exemplo, análise de manuais escolares, revelam que este tipo de tarefa se
encontra entre os estímulos que mais frequentemente são usados nas aulas de Língua
Portuguesa. O resultado obtido não deixa, portanto, de ser surpreendente. A este propósito,
reitera‐se a importância do trabalho continuado de explicitação de conhecimento linguístico ao
nível da estrutura da frase, com recurso a metalinguagem.
Face aos problemas identificados na competência de escrita, sugere‐se o reforço de estratégias
assentes em modelos processuais de escrita. Em particular, relativamente ao desenvolvimento de
recursos de coesão textual, importa treinar os aspectos de planificação associados à segmentação
textual, consolidar o conhecimento explícito de cadeias de referência e de conexões interfrásicas a
activar durante a textualização e reforçar práticas de revisão textual, que incluam,
nomeadamente, o plano ortográfico. Reitera‐se ainda a importância de intervenções didácticas
que privilegiem um ensino da escrita assente, igualmente, na explicitação de características de
tipologias, tendo em vista um domínio multifuncional desta competência, transversal e crucial
para o sucesso na vida académica.
Relatório Exames Nacionais 2010 11_90
Matemática – 3.º ciclo do ensino básico
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Matemática (1.ª chamada), consideraram‐se as respostas de 84907 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.
Média nacional: 51,1%
Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 53,3%
Caracterização da prova
A prova era constituída por 10 itens de resposta fechada (6 de escolha múltipla e 4 de resposta
curta), com a cotação de 5 pontos cada, e por 9 itens de resposta aberta, com cotações de 5 e 6
pontos.
O exame incidiu nos quatro domínios temáticos previstos no programa da disciplina (Estatística e
Probabilidades, Números e Cálculo, Álgebra e Funções, Geometria), avaliando as competências
nele previstas (Conceitos e Procedimentos, Raciocínio e Resolução de Problemas e Comunicação).
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 5., 10.1. e 10.2., itens de
resposta fechada (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 82,4%, 88% e 74,5%), e os itens 8. e 13.2., de resposta aberta (com valores da
cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 63,6% e 63,4%). No item 5.,
pedia‐se a identificação de um número irracional, e nos itens 10.1. e 10.2. exigia‐se o
conhecimento do conceito de proporcionalidade directa e a leitura e interpretação dos gráficos de
duas funções. Quanto aos itens de resposta aberta, no item 8., era pedida a resolução de uma
inequação e a apresentação do seu conjunto solução na forma de um intervalo de números reais,
e, no item 13.2., era pedido o cálculo do volume de um sólido constituído por um prisma e por
uma pirâmide.
Itens com pior desempenho
O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item 10.3. (com valor da cotação
média em relação à cotação máxima de 13,1%), no qual se solicitava aos alunos que
desenhassem o gráfico de uma função num intervalo limitado. Também nos itens 1., 4.,11., 12.2.
e 12.3., o desempenho dos alunos foi fraco (com valores da cotação média em relação à cotação
máxima variando entre 31,3% e 38,3%). O item 1. apresentava um problema em que era pedido
o cálculo de uma probabilidade; o item 4. apresentava um problema que envolvia números
(múltiplos, critérios de divisibilidade) e que obrigava à escolha de uma estratégia de resolução
não habitual; os itens 11. e 12.2. eram itens de Geometria que envolviam o conhecimento de
propriedades (desigualdade triangular, no primeiro, e número de eixos de simetria de um
Relatório Exames Nacionais 2010 12_90
rectângulo, no segundo); o item 12.3. apresentava um problema que envolvia o cálculo da razão
trigonométrica de um ângulo.
Propostas de intervenção didáctica
Tendo em vista minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos, é fundamental insistir na
aquisição de conceitos e de propriedades e na sua aplicação. É também necessário continuar a
propor problemas que exijam interpretação e definição de uma estratégia. No que respeita à
Geometria, é importante que os alunos possam manipular materiais diversificados que facilitem
a compreensão de conceitos e de propriedades. O recurso a programas de geometria dinâmica
é, também, uma estratégia a considerar na leccionação deste tema.
ENSINO SECUNDÁRIO
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Alemão – 5011 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Alemão (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 689 alunos (internos).
Média nacional: 13,1
Caracterização da prova
A prova de exame desta disciplina seguiu um modelo baseado em tarefas, que consiste na
realização de uma ou mais tarefas complexas que recobrem a demonstração de competências
integradas de leitura e de escrita.
A prova era composta por 3 partes, correspondentes a 3 macro‐actividades (activação,
compreensão e produção escritas), a realizar em sequência. A tarefa final apresentava‐se sob a
forma de 2 itens de produção escrita.
As provas têm como suporte teórico a abordagem preconizada no Quadro Europeu Comum de
Referência para as Línguas (2001), enquadrada pelo programa da disciplina.
Em ambas as provas, são objecto de avaliação as competências de compreensão e de produção
escritas definidas no programa, envolvendo a mobilização dos conteúdos programáticos.
1 Alemão – 801: O reduzido número de alunos internos que realizaram o exame de Alemão com o código 801 não permite inferir conclusões a partir dos resultados.
Relatório Exames Nacionais 2010 13_90
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens A.1., A.3. e B.2.1. (com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 98,5%, 74,5% e
74%). No item A.1. apenas era exigido o reconhecimento de vocabulário e a sua ordenação por
categorias. O enfoque recaiu sobre a competência lexical, em termos de memorização. No item
A.3., o examinando devia associar cada palavra a uma frase/expressão que a definia. A operação
mental implicada no item remetia para o nível do reconhecimento e da transferência, com
enfoque também na competência lexical. O item B.2.1. mobilizava a competência discursiva,
implicando leitura detalhada do texto para identificação de informação específica.
Itens com pior desempenho
O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item B.2.3. (com valor da cotação
média em relação à cotação máxima de 43,3%). Trata‐se de um item de completamento que exige
compreensão pormenorizada do texto e da função dos conectores na frase, envolvendo as
competências discursiva e gramatical.
Propostas de intervenção didáctica
Conquanto os resultados tenham sido positivos na 1.ª fase (note‐se que apenas num item o
valor da cotação média em relação à cotação máxima é inferior a 50%), tem vindo a verificar‐se
uma constante no tipo de itens que causam maiores dificuldades aos alunos, traduzindo‐se em
piores classificações. Trata‐se geralmente de itens que envolvem conteúdos linguísticos do
âmbito gramatical ou itens que implicam demonstração da compreensão de informação
específica através de completamento de texto. São dificuldades recorrentemente evidenciadas
pelos alunos, dada a complexidade estrutural da língua alemã.
Acontece ainda que os alunos têm tendência para fazer uma leitura palavra a palavra dos
textos, não inferindo sentidos e utilizando em demasia o dicionário para a compreensão do
vocabulário. Tal procedimento dificulta a compreensão global, tornando‐se também factor de
perda de confiança e de tempo.
Seria recomendável e vantajoso que os professores adoptassem estratégias de ensino que
permitissem aos alunos desenvolver estratégias de aprendizagem pró‐activas. Recomenda‐se:
adopção de um modelo de ensino‐aprendizagem por tarefas próximas do real, com
incidência no desenvolvimento de competências pragmáticas (ex.: estratégias de
aproximação ao texto, reconhecimento de elementos de coesão e sua função);
aprendizagem de elementos gramaticais e lexicais para efeitos de realização de uma
tarefa, e não fora do contexto de comunicação;
desenvolvimento de estratégias de memorização de vocabulário e de expressões comuns;
Relatório Exames Nacionais 2010 14_90
aprendizagem e prática do uso racional do dicionário;
desenvolvimento de estratégias de interpretação de textos com recurso a inferência e não
apenas a compreensão factual;
desenvolvimento de estratégias de produção de diferentes tipos de texto, com ênfase nas
características próprias de cada um e nos elementos de coesão apropriados;
enfoque na aprendizagem e na aplicação das regras básicas de pontuação e de
demarcação das partes de um texto.
Espanhol – 5472 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Espanhol (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 1946 alunos (internos). Média nacional: 14,8
Caracterização da prova
A prova de exame desta disciplina era constituída por uma sequência de tarefas possibilitadoras
de apoio linguístico e comunicativo, que preparavam o examinando para a realização de uma
tarefa final de produção escrita.
A sequência de tarefas envolvia os seguintes tipos de actividades:
Actividades pré‐textuais, que visavam, por um lado, a contextualização do tema da prova e,
por outro, permitiam avaliar o desempenho do examinando na mobilização de competências
e na activação de conhecimentos pertinentes para a realização da tarefa final;
Actividades intermédias, que, por um lado, visavam a recolha e o tratamento de informações
que serviam de base para a realização da tarefa final e, por outro, permitiam avaliar o
desempenho do examinando em actividades de compreensão de leitura, de interpretação e
de produção de textos;
Tarefa final – o corolário de todas as actividades desenvolvidas ao longo da prova, ou seja, o o
momento em que todos os recursos seriam mobilizados.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 4.1. e 4.3. (com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 98,9%, 89,2% e
85,8%). Os itens 1. e 4.1. correspondiam a itens de associação/correspondência. O primeiro
2 Espanhol – 847: O reduzido número de alunos internos que realizou o exame de Espanhol com o código 847 não permite inferir conclusões a partir dos resultados.
Relatório Exames Nacionais 2010 15_90
avaliava essencialmente as competências linguísticas relativas ao léxico em contexto,
relacionando palavras e campos semânticos, e o segundo avaliava compreensão de leitura. Dada a
similitude entre as duas línguas, o aprendente de Espanhol facilmente relaciona as palavras com
as expressões dadas. Os alunos, caso seja necessário, também podem utilizar o dicionário, não
havendo quaisquer restrições. O item 4.3. era também um item que envolvia transcrição de frases
ou expressões do texto e avaliava essencialmente as competências linguísticas relativas ao léxico
em contexto e, implicitamente, a competência leitora. Avaliava também as competências
comunicativas em língua: competência linguística ao nível semântico lexical (significado das
palavras) e pragmático (relações lógicas no discurso), assim como ao nível discursivo ou textual
(relação de ideias).
Itens com pior desempenho
O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item 5. (com valor da cotação média
em relação à cotação máxima de 40,8%). Trata‐se de um item que avaliava diversas
competências comunicativas: competência linguística gramatical, semântica gramatical,
semântica pragmática e ortográfica, operacionalizadas através do completamento de falas em
diálogo, transformando o infinitivo dos verbos dados nas formas adequadas ao contexto
comunicativo.
Propostas de intervenção didáctica
Ainda que os resultados tenham sido positivos (de notar que apenas num item o valor da cotação
média em relação à cotação máxima é inferior a 50%), é de salientar a existência de um item em
que o valor da cotação média em relação à cotação máxima é de 66%. Da análise dos itens com
pior desempenho verifica‐se que os alunos revelam alguma dificuldade na operacionalização das
várias destrezas, em particular da compreensão escrita e da expressão escrita. Esta última
competência carece de uma maior atenção e prática efectiva em contexto de sala de aula, uma
vez que, além das dificuldades decorrentes da familiaridade entre a língua materna e a língua
estrangeira, revela ainda as fragilidades de expressão na própria língua materna. Seria importante
que as práticas pedagógicas, de acordo com o programa, tivessem em conta a capacidade criativa
dos falantes de uma língua e por essa razão proporcionassem situações comunicativas reais, com
materiais autênticos e diversificados.
Propõem‐se ainda medidas de natureza didáctica que:
favoreçam a interacção comunicativa dentro da sala de aula, realizando tarefas significativas;
fomentem nos alunos uma postura activa face à aprendizagem, conduzindo‐os à formulação de hipóteses e à activação de estratégias de aprendizagem, evitando atitudes passivas dentro da sala de aula;
promovam o trabalho sobre as competências linguísticas tendo sempre em conta o seu uso em contexto real;
Relatório Exames Nacionais 2010 16_90
promovam a reflexão sobre o funcionamento da língua, salientando as diferenças e as semelhanças entre a língua espanhola e a língua portuguesa e a consequente superação das interferências;
privilegiem a utilização de documentos autênticos e diversificados.
Francês – 517 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Francês (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 1415 alunos (internos). Média nacional: 11,7
Caracterização da prova
A prova de exame era constituída por três partes – A, B e C –, nas quais se testavam a
competência de compreensão, de mediação/interacção e de produção escrita, respectivamente.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1. e 1.3. (com valores
da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 75,3% e 79,8%). Trata‐se de
itens de resposta fechada, em que os alunos tinham de associar cada um dos 4 documentos
propostos (cada um composto por fotografia e legenda) à serie adequada de palavras
relacionadas do ponto de vista semântico e escolher de entre os 4 documentos aquele que
correspondia à situação de comunicação apresentada. Verifica‐se que os itens que mobilizavam
operações simples de associação e de escolha múltipla apresentaram resultados muito positivos.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3.1. e 4.CL (com valores da
cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 50,3% e 50,2%). Os dois itens
eram de resposta aberta, prevendo o primeiro a produção de uma síntese de 25 palavras e o
segundo uma resposta extensa (componente linguística da «composição», onde se avaliava a
correcção formal da mesma; na componente pragmática, avaliada separadamente, o resultado é
ligeiramente melhor, com um valor da cotação média em relação à cotação máxima de 51,3%). Os
resultados apresentados, ainda que acima dos 50%, representam desempenhos menos bons. Para
estes resultados contribuirá o facto de estarmos perante itens que mobilizam competências de
compreensão e de produção em simultâneo, tendo o examinando de sintetizar um texto, no item
3.1., e de dominar e utilizar regularidades discursivas e linguísticas em ambos. Refira‐se, aliás, que
se trata de um item em que o examinando devia mobilizar várias capacidades que, às vezes,
também mobiliza de forma deficitária na sua própria língua.
Relatório Exames Nacionais 2010 17_90
Propostas de intervenção didáctica
Ainda que os resultados tenham sido positivos (note‐se a inexistência de itens com valor da
cotação média em relação à cotação máxima inferior a 50%), verificam‐se ainda algumas
dificuldades que poderiam ser superadas se se implementassem mais actividades que
permitissem desenvolver nos alunos estratégias de leitura global e de leitura fina. Relativamente à
produção escrita, sugere‐se o desenvolvimento de trabalho em oficina de escrita, nomeadamente
através de técnicas de brouillon.
Inglês – 550
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Inglês (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de
83 alunos (internos).3
Média nacional: 14,6
Caracterização da prova
A prova de exame desta disciplina consiste, no seu conjunto, na realização de uma tarefa
complexa, que se desenvolve através de uma sequência de actividades que recobrem a
demonstração de competências integradas de leitura e de escrita. A tarefa desenvolve‐se em
duas fases, que a seguir se explicitam:
– Fase de Preparação
Avalia o desempenho do examinando na mobilização de competências e na activação de
conhecimentos pertinentes para a realização da actividade final. Neste caso, itens 1., 2. e 3. da
Actividade A.
– Fase de Desenvolvimento
Avalia o desempenho do examinando em duas actividades que implicam a interpretação e a
produção de textos escritos em inglês.
Interpretação de texto
Visa a recolha e o tratamento de informação que serve de base para a realização da actividade
final. Neste caso, itens 1., 2., 3., 4. e 5. da Actividade B.
Produção de texto
Visa a redacção de texto. Neste caso, a redacção de um texto expositivo/argumentativo:
composição extensa (150‐220 palavras) da Actividade C.
3 No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que realizaram o exame no conjunto das duas fases, optou‐se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase.
Relatório Exames Nacionais 2010 18_90
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens A.1., A.2. (com valores
da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 85,4% e 91,5%) e o item C.
(com 80,7% para a competência pragmática e 79,9% para a competência linguística). O item A.1.
envolvia, essencialmente, o conhecimento de vocabulário (elementos lexicais, expressões e
palavras isoladas), mas sem incidência na correcção linguística. O item A.2. envolvia,
essencialmente, o reconhecimento de vocabulário (elementos lexicais, expressões e palavras
isoladas) e da organização do significado. O item C envolvia todas as competências pragmáticas e
linguísticas necessárias à produção de um texto escrito. Pretendia avaliar a competência
linguística (lexical, gramatical, semântica, ortográfica) e a competência pragmática (discursiva,
funcional/estratégica), em contexto de produção/criação de um texto.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens A.3., B.3. e B.4. (com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 53,3%, 54,5% e
51,2%). O item A.3. (item de resposta fechada de transformação) envolvia a compreensão e a
reprodução de sentidos ao nível da frase, pretendendo avaliar a competência linguística e a
correcção gramatical (conhecimento dos recursos gramaticais), em particular. Simultaneamente,
envolvia a produção/manutenção de sentidos com recurso a elementos gramaticais equivalentes,
tendo os alunos revelado alguma dificuldade linguística. O item B.3. (item de resposta curta)
envolvia a interpretação/compreensão de sentidos ao nível do texto, pretendendo avaliar as
competências semântica e lexical (conhecimento do significado das palavras; referência;
conotação) no contexto do texto da prova. Trata‐se de um tipo de item cuja resposta podia
beneficiar da utilização do dicionário. Este item envolvia, também, o conhecimento do léxico e a
produção de sentidos, tendo continuado a verificar‐se maiores dificuldades na compreensão de
elementos lexicais num contexto. A resposta ao item B.4. (item de resposta curta), à semelhança
da resposta ao item anterior, podia beneficiar também da utilização do dicionário. Este item
envolvia a interpretação/compreensão e produção de sentidos ao nível do texto, pretendendo
avaliar as competências semântica e discursiva, ao nível interpretativo, mas também ao nível
produtivo. Envolvia, igualmente, o conhecimento e a capacidade de utilizar o léxico para a
produção de sentidos. Pretendia avaliar a competência semântica lexical (conhecimento do
significado das palavras; referência; conotação) e a competência discursiva.
Propostas de intervenção didáctica
Ainda que os resultados tenham sido muito positivos (note‐se a inexistência de itens com valor da
cotação média em relação à cotação máxima inferior a 50%), continua a verificar‐se a dificuldade
no reconhecimento e na utilização de vocabulário, em particular quando este reconhecimento
aparece associado à competência discursiva, ou seja, à capacidade para compreender/interpretar
Relatório Exames Nacionais 2010 19_90
um texto e, posteriormente, explicá‐lo ou reproduzi‐lo. Também a compreensão de informação
específica do texto, nomeadamente de expressões dependentes do contexto ou de carácter
idiomático, revela alguma fragilidade, a qual parece ser de carácter transversal. Sugere‐se a
exploração de tipos de texto variados, com o objectivo geral de melhorar as competências
discursiva e lexical dos alunos. As actividades utilizadas (quer de compreensão/interpretação,
quer de produção, devem, também elas, ser variadas e permitir o enriquecimento dos recursos
linguísticos dos alunos, no sentido de, especificamente, melhorar:
a utilização do contexto para a interpretação de sentidos;
a selecção de recursos lexicais, por exemplo, que melhor se adaptem ao contexto do texto
que devem produzir.
CIÊNCIAS NATURAIS
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 702
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Biologia e Geologia (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 28508 alunos (internos).
Média nacional: 9,9
Caracterização da prova
A prova era constituída por 4 grupos. Cada um dos grupos tinha como suporte documentos de
texto e esquemas. A prova reflectiu uma visão integradora dos diferentes conteúdos
programáticos da disciplina, tendo as duas componentes da disciplina (Biologia e Geologia) uma
ponderação idêntica. Foram avaliadas competências nos domínios conceptual e procedimental.
O Grupo I, referente ao conteúdo de Geologia, incluiu 5 itens de escolha múltipla, 1 de
associação/correspondência e 1 item de resposta aberta.
O Grupo II abordou conteúdos de Biologia, incluindo 6 itens de escolha múltipla e 1 item de
resposta aberta. O item de resposta aberta, além dos suportes referidos anteriormente,
apresentava também um suporte gráfico e pretendia avaliar competências do domínio
procedimental.
O Grupo III, também referente aos conteúdos de Geologia, apresentava 5 itens de escolha
múltipla, 1 item de ordenação e 1 item de resposta aberta.
O Grupo IV abordava os conteúdos de Biologia, apresentando uma situação experimental.
Incluía 6 itens de escolha múltipla, 1 item de correspondência e 1 item de resposta aberta.
Relatório Exames Nacionais 2010 20_90
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 3. e 4., do Grupo I, e o
item 8., do Grupo IV (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 75,6%, 83,5% e 77,5%). Estes itens, 2 de escolha múltipla e 1 de
associação/correspondência, avaliavam competências de conhecimento e compreensão de dados,
modelos e teorias.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3. e 7., do Grupo III, e o
item 2., do Grupo IV (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 22,8%, 22,2% e 24,1%). Estes itens, dois de escolha múltipla e um de
ordenação, avaliavam as seguintes competências: interpretação de dados fornecidos em
diversos suportes; mobilização e utilização de dados, conceitos, modelos e teorias; interpretação
de resultados de uma experiência científica e estabelecimento de relações entre conceitos.
Constata‐se que a diferença entre os melhores desempenhos se situa sobretudo ao nível das
competências.
Mais uma vez se verifica que os alunos apresentam maior dificuldade na mobilização e na
utilização de dados, conceitos, modelos e teorias, particularmente quando associados à
explicação dos contextos em análise com base em critérios fornecidos. Relativamente aos
conteúdos avaliados, verifica‐se um fraco nível de desempenho nos itens que abordam a
formação do sistema solar, o conceito de grau geotérmico e o metamorfismo. Assinalam‐se
também fragilidades no estabelecimento de relações entre conceitos e na interpretação de
resultados experimentais.
Propostas de intervenção didáctica
De modo geral, é possível concluir que os baixos níveis de desempenho estão muitas vezes
associados a fragilidades no domínio da compreensão e/ou expressão escrita, que dificultam a
selecção e a análise de determinados suportes e, obviamente, a produção de texto escrito
organizado com correcção formal e de conteúdo. As fragilidades detectadas sugerem que
possa haver intervenções didácticas que privilegiem os conteúdos em que foram identificadas
dificuldades, reforçando a diversificação de experiências educativas, na resolução de
actividades que promovam a análise de situações‐problema e a construção de textos a partir
da selecção e da análise de informação.
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FÍSICA E QUÍMICA A – 715
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Física e Química A (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 26820 alunos (internos).
Média nacional: 8,5
Caracterização da prova
A prova apresentou 6 conjuntos de itens, um dos quais relativo às aprendizagens feitas no âmbito
de uma actividade laboratorial prevista no programa. As duas componentes da disciplina (Física e
Química) tiveram uma ponderação igual na cotação da prova. Também a cotação atribuída, quer à
componente de Química, quer à componente de Física, se distribuiu de forma equilibrada pelos
dois anos de escolaridade a que o programa se refere. A prova incluiu 14 itens de resposta
fechada de escolha múltipla, 5 itens de resposta fechada curta, 5 itens de resposta aberta de texto
e 4 itens de resposta aberta de cálculo.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.2., 2.1. e 5.4. (com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 82,0%, 89,6% e
76,5%). Todos estes itens eram de escolha múltipla. Avaliavam as seguintes competências: análise
de informação apresentada sob a forma de um gráfico, conhecimento/compreensão de conceitos,
selecção de informação apresentada num texto, mobilizando operações mentais como a
identificação de informação (por exemplo, a apresentada num gráfico), o reconhecimento e a
aplicação intuitiva de informação (por exemplo, a apresentada num texto), o conhecimento e o
reconhecimento de informação. Verifica‐se que os itens com melhor desempenho,
independentemente dos conteúdos científicos a eles associados, são itens que testam
conhecimentos básicos e/ou requerem a selecção de informação simples apresentada sob a
forma de um texto ou de um gráfico.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.3., 2.4. e 4.5. (com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 14,6%, 15,7% e
15,9%). Estes itens mobilizam competências de grau elevado e envolvem operações mentais
complexas: o estabelecimento de relações entre conceitos e a explicitação dessas relações, a
interpretação de situações ou de suportes apresentados sob diversas formas, a mobilização de
conhecimentos/aprendizagens para a interpretação/aplicação em novos contextos e,
frequentemente, a construção de metodologias de resolução ou a construção de textos que
apresentem um raciocínio demonstrativo.
Relatório Exames Nacionais 2010 22_90
Propostas de intervenção didáctica
Pode concluir‐se que não há uma correlação forte entre o grau de dificuldade dos itens e os
conteúdos científicos neles abordados. O grau de dificuldade dos itens está antes relacionado
com o número de passos requeridos para a sua resolução e com a complexidade das
competências e das operações mentais envolvidas. Uma área de carácter transversal na qual os
alunos desta disciplina revelam particulares fragilidades é a concepção de metodologias de
resolução, já que se revelam pouco capazes de desenvolver um raciocínio lógico e metódico que
lhes permita estabelecer, de forma autónoma, para um determinado item, as várias etapas de
resolução.
Os alunos revelam igualmente dificuldades na construção de textos (de maior ou menor
extensão) que impliquem raciocínios demonstrativos com o objectivo de, por exemplo,
apresentarem uma justificação ou fundamentarem uma determinada conclusão. Também neste
caso, a falta de um raciocínio lógico‐dedutivo estruturado, aliada a dificuldades na comunicação
escrita, torna os itens de produção de texto, na sua maioria, itens de insucesso. O grau de
dificuldade dos itens de cálculo parece, assim, estar ligado não tanto a melhores ou piores
competências de cálculo (um pouco irrelevantes nos itens que têm surgido em exame, uma vez
que aqueles envolvem apenas resoluções matemáticas simples), mas antes ao estabelecimento
de uma metodologia de resolução adequada. Sugere‐se um modelo de aprendizagem por
tarefas, que possibilite um melhor e mais integrado desenvolvimento das competências e de
acordo com o qual os alunos se possam tornar mais autónomos na abordagem das situações‐
‐problema propostas, conseguindo estabelecer estratégias de resolução adequadas.
CIÊNCIAS SOCIAIS
ECONOMIA A – 712
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Economia A (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 4576 alunos (internos).
Média nacional: 13,5
Caracterização da prova
A prova desta disciplina era constituída por 3 grupos de itens.
O Grupo I era constituído por 18 itens de resposta fechada de escolha múltipla. O Grupo II e o
Grupo III eram constituídos por um total de 7 itens de resposta aberta (1 de resposta curta e os
restantes 6 de resposta extensa).
Relatório Exames Nacionais 2010 23_90
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho pertenciam todos ao Grupo I, a saber,
os itens 5., 10. e 16. (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 91,3%, 91,2% e 92%). Trata‐se de itens de resposta fechada de escolha múltipla,
que mobilizavam as seguintes competências/conteúdos: identificar a fórmula do cálculo da taxa
de desemprego, identificar o critério de classificação dos agentes económicos por sectores
institucionais e identificar as funções económicas e sociais do Estado.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram: o item 18., do Grupo I (com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 32%), o item 3., do Grupo II (com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 43,5%), e o item 3., do Grupo III (com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 53,7%). Estes itens, um de resposta
fechada de escolha múltipla e os outros dois de resposta aberta, avaliavam as seguintes
competências/conteúdos: identificar os desafios da UE resultantes, nomeadamente, de novos
alargamentos, caracterizar sectores institucionais e caracterizar vários tipos de moeda.
Estes resultados revelam algumas fragilidades que são evidenciadas a vários níveis,
designadamente, na:
reprodução rigorosa de conceitos;
demonstração da compreensão de conceitos;
interpretação de documentos e na explicitação do seu conteúdo;
apresentação de um discurso escrito organizado, articulado e coerente, com correcção
formal e de conteúdo;
elaboração de sínteses escritas associadas a tarefas que requeiram a mobilização de diversas
competências;
mobilização de conhecimentos e na sua aplicação a novas situações;
aplicação de raciocínios matemáticos e na sua apresentação de forma rigorosa.
Algumas das fragilidades detectadas apresentam um carácter transversal, ultrapassando, assim,
o domínio específico desta disciplina.
Propostas de intervenção didáctica
Sugere‐se uma melhor adequação do processo de ensino‐aprendizagem às exigências do
programa, sobretudo no que respeita aos objectivos e ao grau de aprofundamento dos
conteúdos. Além disso, sugere‐se a adopção de estratégias de ensino‐aprendizagem que
favoreçam: o conhecimento rigoroso dos conceitos e a sua aplicação em situações novas e/ou
Relatório Exames Nacionais 2010 24_90
problemáticas, nomeadamente, em situações mais complexas, que exijam várias etapas de
raciocínio para a sua resolução; a articulação dos conhecimentos dentro da mesma unidade e
entre unidades lectivas diferentes; a análise de documentos de natureza diversa; a elaboração de
sínteses articuladas, coerentes, adequadas ao solicitado e com recurso à terminologia da
disciplina.
GEOGRAFIA A – 719
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Geografia A (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 14294 alunos (internos).
Média nacional: 11
Caracterização da prova
A prova era constituída por 6 grupos de itens.
Os itens dos Grupos I, II, III e IV eram constituídos por itens de resposta fechada de escolha
múltipla. Cada grupo continha 5 itens. Os Grupos V e VI eram ambos constituídos por 3 itens de
resposta curta e por 1 item de resposta extensa orientada.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: item 4., do Grupo I,
item 4., do Grupo III, e item 1., do Grupo IV (com valores da cotação média em relação à cotação
máxima de, respectivamente, 93,4%, 90,2% e 92,5%). Todos os itens eram de resposta fechada de
escolha múltipla e, no caso dos itens dos Grupos I e III, mobilizavam competências de reprodução,
sendo relativos a conhecimentos abordados com frequência nos vários temas da disciplina ou de
interesse geral. O item do Grupo IV consistia na leitura de gráficos.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram: o item 2., do Grupo I (com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 6,9%), o item 1., do Grupo IV (com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 25,9%), e o item 3., do Grupo V (com
um valor da cotação média em relação à cotação máxima de 10,3%). No primeiro caso, trata‐se
de um item de resposta fechada de escolha múltipla com um mapa como suporte. Parece ter
havido uma leitura desatenta do suporte do item ou alguma falta de treino na exploração de
suportes deste tipo. No caso do item 1., do Grupo IV, trata‐se de um item em que se pedia a
caracterização de uma paisagem a partir da observação de uma imagem. Os resultados parecem
indicar alguma falta de treino na observação de imagens. Os resultados do item 3., do Grupo V,
mostram alguma falta de rigor na abordagem científica da situação apresentada.
Relatório Exames Nacionais 2010 25_90
Propostas de intervenção didáctica
A análise dos resultados globais da prova permite concluir que é necessário reforçar a
aprendizagem rigorosa dos conceitos, de forma a permitir a sua explicitação quer em respostas
curtas, quer em respostas extensas orientadas. Permite também concluir que é necessário, por
um lado, desenvolver competências no âmbito da exploração de suportes vários,
nomeadamente de imagens, as quais são importantes para o desenvolvimento dos conceitos
fundamentais da disciplina, e, por outro, reforçar competências que permitam aprofundar o
processo que deve estar subjacente à elaboração de respostas extensas, que convocam
operações mentais mais complexas.
HISTÓRIA A – 623
Na análise dos resultados da Prova Escrita de História A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas
de 10595 alunos (internos).
Média nacional: 11,9
Caracterização da prova
A prova apresentava 2 grupos de itens. Um grupo tinha por suporte um documento escrito longo.
O outro grupo tinha por suporte cinco documentos de natureza diversa (texto, imagens, dados
quantitativos organizados em quadro e mapa), sendo que dois desses documentos apresentavam
perspectivas diferentes, e todos possibilitavam o estabelecimento de inter‐relações, em ordem ao
esclarecimento da problemática decorrente dos módulos 8 e 9 do programa. Todos os itens da
prova exigiam a análise dos documentos apresentados e alguns requeriam a mobilização de
aprendizagens relativas a mais do que um dos módulos do programa. A prova integrou 6 itens de
construção de resposta restrita e 1 item de construção de resposta extensa com tópicos de
orientação temática, integrado num dos grupos que tinha por suporte documentos de natureza
diversa e exigia uma resposta desenvolvida, bem como a síntese de aspectos relacionados com
aprendizagens estruturantes do programa, em articulação com as fontes apresentadas.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: itens 1. e 2., do
Grupo I, e item 3., do Grupo II, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 72,3%, 81,8% e 75,6%. Destaca‐se o bom desempenho obtido no item 2., do
Grupo I, explicado por requerer apenas a identificação e a mobilização de informação presente no
suporte documental (fonte escrita).
Relatório Exames Nacionais 2010 26_90
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo I, com um
valor da cotação média em relação à cotação máxima de 49,2%, e os itens 2. e 4., do Grupo II,
com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 44,7% e
46,1%. Destaca‐se o fraco desempenho obtido no item 2., do Grupo II, que pode ser explicado
pelo facto de se tratar de um item que mobilizava as competências de análise de dois
documentos iconográficos e, simultaneamente, exigia a comparação e a explicação das
diferentes perspectivas presentes nessas fontes.
Propostas de intervenção didáctica
De acordo com os resultados obtidos, a análise dos documentos/fontes históricas e a
mobilização da informação que lhes está subjacente para a construção das respostas constituem
a área mais problemática no desempenho dos alunos. Constata‐se que, em muitas das respostas,
não há interpretação do documento. Noutros casos, e também em grande número, a sua análise
é muito superficial. Verifica‐se, ainda, o uso recorrente da paráfrase quando o suporte é um
documento escrito. São também de assinalar as dificuldades dos alunos ao nível da competência
da comunicação escrita em língua portuguesa, nomeadamente, na compreensão plena dos
enunciados das provas e na construção e articulação do discurso escrito, no qual se constata a
escassa utilização da terminologia específica da disciplina de História. Estas dificuldades são
gerais e verificam‐se nas respostas aos itens das provas de História A e de História B.
Para garantir uma melhoria do desempenho dos alunos, a intervenção didáctica deve ser
reforçada nos domínios do desenvolvimento e do reforço das práticas de análise documental e
de cotejo da informação presente nos suportes documentais, da análise de fontes de natureza
diversa e com perspectivas diferentes, do desenvolvimento das competências enunciadas nos
programas de História A e B e, ainda, na testagem dessas competências, ou seja, das
competências expectáveis.
HISTÓRIA B – 723
Na análise dos resultados da Prova Escrita de História B (1.ª fase), consideraram‐se as respostas
de 691 alunos (internos).
Média nacional: 12,2
Caracterização da prova
A prova apresentava 3 grupos de itens. Os Grupos I e III tinham por suporte documentos de
natureza diversa (textos, imagens, dados quantitativos organizados em gráfico e em quadro).
Estes documentos possibilitavam o estabelecimento de inter‐relações, em ordem ao
Relatório Exames Nacionais 2010 27_90
esclarecimento de uma problemática decorrente de módulos do programa. O Grupo II teve por
suporte um documento escrito longo, relacionado com diferentes rubricas de dois módulos (4 e
5). Todos os itens da prova exigiam a análise dos documentos apresentados e alguns requeriam a
mobilização de aprendizagens relativas a mais do que um dos módulos do programa. A prova
integrava 6 itens de construção de resposta restrita e 1 item de construção de resposta extensa.
O item de resposta extensa apresentava tópicos de orientação temática, estava integrado num
dos grupos que tinham por suporte documentos de natureza diversa e exigia uma resposta
desenvolvida. Este item solicitava a síntese de aspectos relacionados com aprendizagens
estruturantes do programa, em articulação com as fontes apresentadas.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: os itens 2. e 3., do
Grupo I, e o item 1., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 76,1%, 64,3% e 93%. Destaca‐se o desempenho obtido no item 1., do Grupo III,
com grau de dificuldade baixo, por solicitar a identificação de elementos presentes no suporte
documental (texto).
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1., do Grupo I, o item 2., do
Grupo II, e o item 2., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima
de, respectivamente, 38,3%, 50,1% e 53%. Destaca‐se o fraco desempenho obtido no item 1., do
Grupo I, um item que solicitava a identificação de elementos presentes no suporte documental,
mas cujo grau de dificuldade resultou da natureza do suporte documental, uma fonte
iconográfica (caricatura).
Propostas de intervenção didáctica
De acordo com os resultados obtidos, a análise dos documentos/fontes históricas e a
mobilização da informação que lhes está subjacente para a construção das respostas constituem
a área mais problemática no desempenho dos alunos. Constata‐se que em muitas das respostas
não há interpretação do documento. Noutros casos, e também em grande número, a sua análise
é muito superficial. Verifica‐se, ainda, o uso recorrente da paráfrase quando o suporte é um
documento escrito. São também de assinalar as dificuldades dos alunos ao nível da competência
da comunicação escrita em língua portuguesa, nomeadamente, na compreensão plena dos
enunciados das provas e na construção e articulação do discurso escrito, no qual se constata a
escassa utilização da terminologia específica da disciplina de História. Estas dificuldades são
gerais e verificam‐se nas respostas aos itens das provas de História A e de História B.
Para garantir uma melhoria do desempenho dos alunos, a intervenção didáctica deve ser
reforçada nos domínios do desenvolvimento e do reforço das práticas de análise documental e
Relatório Exames Nacionais 2010 28_90
de cotejo da informação presente nos suportes documentais, da análise de fontes de natureza
diversa e com perspectivas diferentes, do desenvolvimento das competências enunciadas nos
programas de História A e B e, ainda, na testagem dessas competências, ou seja, das
competências expectáveis.
HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES – 724
Na análise dos resultados da Prova Escrita de História da Cultura e das Artes (1.ª fase),
consideraram‐se as respostas de 2373 alunos (internos).
Média nacional: 10,9
Caracterização da prova
Na estrutura da prova, os dez módulos do programa foram distribuídos por 3 grupos de itens.
O Grupo I incluía itens referentes aos módulos 1 e 3 de 10.º Ano.
O Grupo II incluía itens referentes aos módulos 6, 7 e 8 do 11.º Ano.
O Grupo III incluía itens referentes aos módulos 9 e 10 do 11.º Ano.
A prova apresentava itens de tipologia diversificada – itens de escolha múltipla, de associação,
de resposta fechada curta e de resposta extensa.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: os itens 1.1. e 2.,
do Grupo I, e o item 1.1., do Grupo II (com valores da cotação média em relação à cotação
máxima de, respectivamente, 79,7%, 73,6% e 77,7%). No caso do item 1.1, do Grupo I, trata‐se de
um item de escolha múltipla, que mobilizava a competência de identificação, à semelhança do
item 1.1., do Grupo II, embora este fosse de resposta fechada curta. No caso do item 2., do Grupo
I, de resposta aberta, a competência mobilizada foi a análise da especificidade formal de um
objecto artístico.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.2. e 3., do Grupo I, e o
item 2.2., do Grupo II (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 17,1%, 42,7% e 38,7%). Tanto o item 1.2., do Grupo I, como o item 2.2., do
Grupo II, eram itens de resposta curta que mobilizavam competências simples, como a indicação
da origem do teatro e a identificação de uma técnica. O item 3., do Grupo II, era um item de
resposta extensa que implicava a mobilização de competências diversas, como a caracterização
de um contexto e a análise da especificidade técnica e formal de um objecto artístico.
Relatório Exames Nacionais 2010 29_90
Propostas de intervenção didáctica
Existem alguns condicionalismos que estão na base dos resultados menos positivos nesta
disciplina, nomeadamente, o facto de a disciplina ter início no 10.º ano, um ano em que os
alunos revelam ter pouca cultura geral, que se traduz numa compreensão superficial da História,
dos movimentos e das tendências culturais, dos contextos sociais e económicos dos séculos e
dos países de referência, bem como dos conceitos fundamentais, não permitindo uma efectiva
consolidação da compreensão das relações entre a arte e a cultura de uma dada época. Na
medida do possível, deve fazer‐se uma revisão dos conteúdos do 10.º ano ao longo do 11.º ano,
de modo a possibilitar a identificação e/ou a caracterização de acontecimentos, biografias e
casos práticos. Por outro lado, será de investir no treino de mobilização de competências
diversas, requeridas pelos itens de resposta extensa, através da realização de exercícios
formativos e da integração deste tipo de itens nos testes de avaliação interna.
EXPRESSÕES
DESENHO A – 706
Na análise dos resultados da Prova Prática de Desenho A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas
de 4043 alunos (internos).
Média nacional: 12,5
Caracterização da prova
A prova continha 2 grupos de itens de resposta aberta de expressão gráfica.
A prova permitiu avaliar as seguintes competências e conteúdos:
Observar e registar com elevado poder de análise;
Aplicar procedimentos e técnicas com correcção e adequação;
Evidenciar a capacidade de síntese no domínio das operações abstractas;
Ler criticamente mensagens de origens diversificadas;
Agir como autor de novas mensagens utilizando a criatividade e a invenção.
De acordo com as competências identificadas, foram considerados em ambos os grupos:
o domínio dos diversos meios actuantes;
a capacidade de análise e representação de objectos;
o domínio e a aplicação de princípios e estratégias de composição e estruturação na
linguagem plástica.
Relatório Exames Nacionais 2010 30_90
No Grupo II foram ainda consideradas:
a capacidade de síntese: transformação – gráfica e invenção;
a coerência formal e conceptual das formulações gráficas produzidas.
Uma vez que os alunos tiveram um desempenho muito semelhante em todos os itens, destacam‐
‐se as competências avaliadas através da análise dos resultados por parâmetro. É a análise dos
resultados nestes parâmetros que está na base das conclusões que se apresentam de seguida.
Parâmetros com melhor desempenho
O parâmetro «domínio e aplicação de princípios e estratégias de composição e estruturação na
linguagem plástica», com valores da cotação média em relação à cotação máxima de 81% e 90%
nos itens 1. e 2., do Grupo I, respectivamente, foi aquele em que os alunos revelaram melhor
desempenho. Avaliava‐se o enquadramento do registo no espaço da folha, de fácil execução e
muito treinado pelos alunos.
Parâmetros com pior desempenho
O parâmetro em que os alunos revelaram pior desempenho foi «a capacidade de síntese:
transformação – gráfica e invenção», com um valor da cotação média em relação à cotação
máxima de 50,5%. Avaliava‐se o desempenho do aluno na continuação adequada do pormenor
dado, no qual deveria evidenciar criatividade e invenção na imagem apresentada.
«A capacidade de análise e representação de objectos» apresentou valores da cotação média em
relação à cotação máxima de 56% e 58,2%, nos itens 1. e 2., do Grupo I. Trata‐se de exercícios
em que se exigia a observação de um modelo e a sua representação com rigor, correcção e
expressividade, utilizando‐se, no primeiro, um traçado mais elaborado e, no segundo, um
traçado mais rápido.
Propostas de intervenção didáctica
Da análise dos dados pode concluir‐se que persistem as dificuldades na capacidade de síntese:
transformação – gráfica e invenção e na capacidade de análise e de representação de objectos.
Como medidas para superação destas dificuldades, propomos uma prática lectiva mais atenta ao
desenvolvimento da criatividade e da imaginação, assim como o reforço da utilização do diário
gráfico, para criação de hábitos de registo e de prática, com vista ao desenvolvimento e à
personalização do traço, acompanhados da leitura de obras relevantes na área do desenho para
maior familiarização com os vocábulos. Também nos parece importante a leitura atenta dos
critérios de correcção dos exames de anos anteriores, pois os estudos demonstram que os
alunos conseguem um melhor desempenho quando os critérios são previamente conhecidos.
Relatório Exames Nacionais 2010 31_90
GEOMETRIA DESCRITIVA A – 708
Na análise dos resultados da Prova Prática de Geometria Descritiva A (1.ª fase), consideraram‐se
as respostas de 6036 alunos (internos).
Média nacional: 8,9
Caracterização da prova
A prova era constituída por 4 itens para resolução exclusivamente gráfica, que implicavam
metodologias que permitiam converter entidades geométricas definidas no espaço tridimensional
em representações bidimensionais. As competências implicadas, comuns a todos os itens, eram as
seguintes: percepção e visualização no espaço; aplicação dos processos construtivos da
representação; reconhecimento da normalização referente ao desenho; utilização dos
instrumentos de desenho e execução dos traçados; utilização da Geometria Descritiva em
situações de comunicação e registo; representação de formas reais ou imaginadas. A construção
das respostas a cada um dos itens resulta de um processo faseado, que envolve vários temas do
programa e que aparece sistematizado em quatro categorias (referidas como parâmetros), que
estruturam os critérios específicos de classificação: A – Tradução gráfica dos dados; B – Processo
de resolução; C – Apresentação gráfica de solução; D – Observância das convenções gráficas
usuais aplicáveis, rigor de execução e qualidade expressiva dos traçados. É a análise destes
parâmetros que está na base das conclusões que se apresentam de seguida.
Itens com melhor desempenho
Em ambas as fases, destacam‐se os elevados valores obtidos no parâmetro A de todos os itens, 1.,
2., 3. e 4., com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente,
96,5%, 71,5%, 95,7% e 78,4%. Tratando‐se de uma representação gráfica, era uma mera
representação de elementos geométricos básicos e isolados, que só nas etapas posteriores (B e C)
tinham de ser relacionados. Destaca‐se ainda o desempenho obtido no item 3., com um valor da
cotação média em relação à cotação máxima de 71% no parâmetro B, 50,6% no parâmetro C e
56,4% no parâmetro D. Este item apresentava uma situação simples quer de visualizar, quer de
determinar. Os processos envolvidos para a obtenção de pontos da secção eram directos, fazendo
apelo a níveis de raciocínio mais elementares.
Itens com pior desempenho
O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item 1., com valores da cotação
média em relação à cotação máxima de 18,2% no parâmetro B, 12,7% no parâmetro C e 19,1%
no parâmetro D. Este item requeria um raciocínio metódico (e mesmo a descoberta de caminhos
menos habituais). Situação idêntica ocorreu no caso do item 2., em que se solicitava o trabalho
com entidades geométricas mais abstractas – paralelismo de rectas e de planos, problemas
métricos, figuras planas e sobretudo questões de perpendicularidade, nomeadamente entre
duas rectas.
Relatório Exames Nacionais 2010 32_90
Propostas de intervenção didáctica
O domínio da compreensão da expressão escrita é fundamental para a correcta interpretação dos
enunciados e consequente hipótese de resolução correcta. Também faz parte integrante do
processo resolutivo de um problema de Geometria Descritiva a existência de um percurso
faseado, de ordem não arbitrária, que tem de ser decidido pelo aluno. Por outro lado, uma vez
que o programa requer elevada capacidade de abstracção e de visualização, e que implica um
raciocínio disciplinado, sugere‐se que, nas aulas, se faça apelo ao desenvolvimento das
capacidades referidas, tentando fazer compreender que os métodos estudados são comuns a
várias tipologias de exercícios. Assim, os alunos poderão deixar de encarar os problemas como
casos isolados, para os quais é necessário aplicar uma «receita», e passar a ser capazes de resolver
situações novas.
PORTUGUÊS E LATIM
LATIM A – 732
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Latim A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de
153 alunos (internos).
Média nacional: 11,5
Caracterização da prova
A prova constava de 5 grupos. O Grupo I era constituído por 8 itens de resposta curta (questões
de morfossintaxe), centrados no texto, que visavam a avaliação da competência linguística e
preparavam a compreensão do texto com vista à tradução, requerida no Grupo II. Neste grupo,
solicitava‐se a tradução do texto, tarefa que requer a testagem de competências transversais a
todo o programa. O Grupo III (competência linguística) era constituído por itens de resposta
fechada (transformação e associação/correspondência). O terceiro item era um exercício de
tradução de uma pequena frase (de 18 palavras) de português para latim. O Grupo IV era
constituído por 3 itens (1 de escolha múltipla, 1 de resposta curta e 1 de resposta restrita).
Finalmente, o Grupo V testava competências relativas aos conhecimentos de cultura e civilização
romanas.
Relatório Exames Nacionais 2010 33_90
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.3 e 2.2., do Grupo IV
(com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 98,4% e
92,2%). Em ambos se avaliavam competências de relacionação lexical entre o latim e o português,
a partir de vocábulos de uso mais ou menos comum. Destacam‐se ainda os itens 1.1. e 1.3., do
Grupo I, e os itens 1.1. e 1.2., do Grupo IV, com valores da cotação média em relação à cotação
máxima acima de 70,5%.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2.1. e 2.2., do Grupo I, e o
item 1.5, do Grupo IV (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 48,5%, 34,6% e 30,7%). Os dois itens do Grupo I incidiam sobre aspectos
morfossintácticos elementares, a saber: identificação de uma forma pronominal (genitivo do
singular de is, ea, id, um dos pronomes de uso mais frequente na língua latina e cuja flexão e
emprego constam do programa); identificação do referente deste pronome, fundamental para a
compreensão do texto latino. O item do Grupo IV parece também ter oferecido uma dificuldade
pouco compreensível, pois apenas se solicitava que o examinando transcrevesse do texto o
vocábulo etimologicamente relacionado com a palavra portuguesa «concurso». A resposta seria
accurrit. A simples consulta do dicionário poderia ter resolvido a questão, mesmo que o
examinando desconhecesse este verbo latino (de uso frequente).
Propostas de intervenção didáctica
A análise dos resultados leva‐nos a concluir que os conhecimentos da morfossintaxe da língua
latina precisam de maior consolidação, pois constituem o fundamental de uma aprendizagem que
permita a obtenção de melhores resultados. O desconhecimento e/ou o conhecimento
insuficiente da gramática da língua portuguesa é um dos factores que dificultam a aprendizagem
da língua latina, sobretudo quando se trata do conhecimento explícito do funcionamento da
língua, imprescindível para um desempenho minimamente satisfatório na disciplina de Latim.
Por outro lado, as dificuldades reveladas na competência da escrita – relevante nos Grupos II e V –
contribuem para o desempenho menos satisfatório nestes itens. Os resultados no Grupo V, em
particular, evidenciam dificuldades em estruturar uma resposta mais extensa.
Reconhece‐se a necessidade do reforço da aprendizagem da língua portuguesa, concretamente da
expressão escrita, e a necessidade do reconhecimento do valor e da importância do
conhecimento do funcionamento da língua portuguesa, sem o qual os alunos não podem, num
programa de dois anos de língua latina, adquirir as competências que conduzam a um melhor
desempenho na disciplina de Latim.
Relatório Exames Nacionais 2010 34_90
LITERATURA PORTUGUESA – 734
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Literatura Portuguesa (1.ª fase), consideraram‐se
as respostas de 1755 alunos (internos).
Média nacional: 10,29
Caracterização da prova
A prova avaliava competências de Leitura e de Escrita (correspondendo, respectivamente, a 60% e
a 40% da cotação total da prova) e era constituída por 3 grupos de itens que incidiam sobre
conteúdos programáticos pertencentes aos dois anos de formação em Literatura Portuguesa.
No Grupo I, foram objecto de avaliação competências de leitura da poesia lírica através de 4 itens
de resposta restrita. O texto literário apresentado foi o poema Ela canta, pobre ceifeira, de
Fernando Pessoa.
No Grupo II, os 4 itens de resposta restrita incidiram sobre competências de leitura de um texto
narrativo. Neste caso, a escolha textual recaiu num excerto de uma crónica de António Lobo
Antunes, intitulada «A Praia das Maçãs».
O Grupo III integrava 1 item de resposta extensa (ou item de ensaio), cuja avaliação se centrava na
produção de um juízo crítico de leitura que exigia a mobilização dos saberes interpretativos e
estratégicos de um texto literário indicado no corpus de leitura obrigatória, tendo a selecção
incidido num conteúdo específico do Módulo 1 do 10.º ano (excertos de uma crónica de Fernão
Lopes – Crónica de D. Pedro ou Crónica de D. João I). As instruções do item forneciam indicações
quanto aos tópicos a desenvolver e à extensão do texto requerido.
Nos três grupos de itens, as competências de Escrita contemplavam a produção de textos
expositivo‐argumentativos (escrita analítico‐descritiva, de acordo com as designações consignadas
no programa).
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 2., do Grupo I, com
valores da cotação média em relação à cotação máxima de 73,5% e 63,1%, respectivamente.
Em ambos os casos, as operações cognitivas envolvidas no acto de ler eram pouco complexas,
uma vez que os itens avaliavam, através da identificação de ideias principais, o grau de
compreensão global do poema, o que implicava apenas a selecção de informação explícita e a
realização de inferências de nível pouco elevado. Também ao nível dos «Aspectos de Organização
e Correcção Linguística», estes foram os itens em que os alunos obtiveram melhores resultados,
em certa medida porque uma parte significativa da resposta podia ser construída com recurso à
paráfrase, mais ou menos explícita, ou à citação.
Relatório Exames Nacionais 2010 35_90
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo I, e o item único
do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de 37,9% e 35,1%,
respectivamente.
No caso do item 3., do Grupo I, solicitava‐se a explicitação do «significado das exclamações no
contexto das três últimas estrofes do poema». O nível de complexidade das operações cognitivas
exigido neste item era superior ao dos outros que integravam a prova, dado que o acto
interpretativo pressupunha capacidades de análise e de relacionação de múltiplos elementos do
texto (figuras de retórica, estruturas discursivas e elementos morfossintácticos), bem como um
conhecimento lógico‐gramatical da língua consolidado.
No item único do Grupo III, requeria‐se ao examinando que descrevesse «as suas impressões de
leitura de excertos de uma crónica de Fernão Lopes» e que destacasse um dos episódios da obra à
sua escolha. A resolução do item implicava, assim, a formulação de um juízo crítico sobre a
experiência de leitura de um texto representativo do cânone escolar e a apresentação de um
episódio «impressivo», com base num critério exclusivamente pessoal. A percentagem de
classificações negativas revelou, entre outras, insuficiências relacionadas com o grau de
conhecimento de um conteúdo de leitura obrigatória e com a apreensão e a retenção na memória
de episódios marcantes de uma obra trabalhada em contexto escolar.
Se é certo que as faculdades atrás referidas devem fazer parte do perfil desejável do aluno de
Literatura Portuguesa, a ausência de referências concretas e directas a um dos dois textos
literários em análise configurou a inexistência de um encontro autêntico entre o leitor e essa obra.
Quanto aos «Aspectos de Organização e Correcção Linguística», o desempenho dos alunos foi,
igualmente, o mais fraco em toda a prova. O elevado índice de resultados negativos no plano do
conteúdo teve evidentes repercussões no plano da forma, pela aplicação do princípio da
proporcionalidade, reduzindo substancialmente a pontuação atribuída a este critério. Uma
deficiente estruturação discursiva e a ocorrência de erros que atingiram o léxico, a sintaxe, a
ortografia e a pontuação foram os factores principais que determinaram estes resultados.
Propostas de intervenção didáctica
Leitura
A análise dos resultados obtidos no Grupo I e no Grupo II da prova de exame forneceu uma ideia
clara das dificuldades dos alunos nas respostas em que tiveram de mobilizar competências
inerentes à análise e à descrição de um texto literário que implicassem o domínio de
procedimentos retórico‐estilísticos ou que envolvessem operações cognitivas mais complexas.
Constituindo as capacidades de interpretação dos vários aspectos e de associação das várias
dimensões analisadas requisitos fundamentais para a construção do sentido de um texto,
tornou‐se evidente que aquelas devem ser consolidadas a partir de actividades que visem,
sobretudo, o desenvolvimento da percepção relacional. O convívio com a Literatura deve
Relatório Exames Nacionais 2010 36_90
propiciar o desenvolvimento de uma maior proficiência no domínio da leitura, possível desde
que as tarefas interpretativas transcendam o nível literal do texto, ou das partes que o
constituem, e incluam a realização de inferências de nível alto. A propensão para a paráfrase ou
para o uso de expressões alternativas às do texto poderá, assim, ser reduzida.
Relativamente ao Grupo III, os resultados obtidos revelaram, por um lado, as dificuldades dos
alunos na produção de textos em que tenham de manifestar, de forma sintética, uma
perspectiva pessoal e crítica do que foi lido e, por outro, a falta de aprofundamento de
conteúdos de textos de leitura obrigatória. Por isso, sugere‐se o incremento de actividades em
que se treine um desenvolvimento argumentativo fundado no uso pertinente de conhecimentos
relativos à obra de um autor e na formulação de juízos fundamentados de leitura. Uma maior
exigência na compreensão e na análise pode contribuir, certamente, para a diminuição das
tendências para o resumo ou para uma síntese de elementos da obra. Por fim, recomenda‐se
que as actividades que se prendem com a recepção literária estimulem o rigor do raciocínio,
tantas vezes descurado pelos alunos, de modo a evitar as divagações mais ou menos genéricas e
descontextualizadas que, por vezes, caracterizam as respostas.
Escrita
A análise dos resultados confirmou que os «Aspectos de Organização e Correcção Linguística»
apresentaram uma variação, por vezes significativa, relativamente aos valores obtidos nos
«Aspectos de Conteúdo». De acordo com os dados recolhidos, o domínio deficiente de
estruturas sintácticas, as falhas na aplicação das regras de ortografia, bem como uma pontuação
por vezes aleatória, constituíram, sem dúvida, os aspectos mais preocupantes detectados nos
textos produzidos pelos alunos.
Distantes do que seria desejável, os resultados configuram a necessidade de promover
actividades de elaboração de textos com identificação dos principais erros, que derivaram,
maioritariamente, de um fraco conhecimento gramatical da língua ou de pura desatenção. Os
mecanismos de coerência e de coesão discursivas, as noções de frase e de parágrafo e a hipotaxe
são alguns dos conteúdos a trabalhar de forma incisiva. Por último, reitera‐se a necessidade de
intervir didacticamente realizando tarefas de escrita com base em modelos processuais,
nomeadamente através de planificação, revisão e reescrita de textos.
Relatório Exames Nacionais 2010 37_90
PORTUGUÊS – 639
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Português (1.ª fase), consideraram‐se as respostas
de 48189 alunos (internos).
Média nacional: 11,0
Caracterização da prova
A prova era constituída por 3 grupos de itens. No Grupo I, avaliavam‐se competências de leitura e
de expressão escrita. No Grupo II, avaliavam‐se competências de leitura e de funcionamento da
língua. No Grupo III, avaliavam‐se competências de expressão escrita. A prova incluía itens de
resposta fechada, de escolha múltipla e de associação/correspondência, e de resposta aberta
curta e extensa orientada.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 2. e 3., do Grupo II
(com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 85,4%, 84,3%
e 86%). Eram itens de resposta fechada de escolha múltipla e de associação/correspondência, que
incidiam sobre a interpretação de um texto informativo‐expositivo. São de salientar ainda os
resultados positivos obtidos nos itens 3. e 4., do Grupo I, no que respeita ao parâmetro de
conteúdo (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente,
61,8% e 64,8%, em contraste com os valores obtidos no parâmetro da correcção linguística).
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2., do Grupo I, com valores
da cotação média em relação à cotação máxima de 37% para o conteúdo e de 27,4% para a
correcção linguística, e o item 7., do Grupo II, com um valor da cotação média em relação à
cotação máxima de 36,4%. O item 2., do Grupo I, requeria a realização de duas tarefas distintas: a
identificação de vários dados no texto e a relacionação entre eles, por inferência. Um outro factor
de dificuldade poderá ter sido o vocabulário que os alunos precisavam de conhecer para realizar
com sucesso a tarefa proposta. No caso do item 7., do Grupo II, eram convocados conhecimentos
do ensino básico que, muito provavelmente, serão pouco trabalhados de forma explícita no
ensino secundário. Destaca‐se ainda o item que constitui o Grupo III e que apresenta as cotações
médias de 58,9% no parâmetro de estruturação temática e discursiva (ETD) e de 47,3% no
parâmetro de correcção linguística (CL). Estes resultados ficam claramente abaixo daquilo que
seria expectável dada a natureza da tarefa proposta: a produção de um texto que não implica a
mobilização de conteúdos literários. Tratando‐se de uma resposta extensa, com
condicionamentos temáticos e formais, estes resultados evidenciam deficiências no que respeita:
à estruturação de um texto expositivo‐argumentativo, ao nível temático e discursivo, e à
correcção linguística. É também de destacar que, em todos os itens que exigem resposta
Relatório Exames Nacionais 2010 38_90
estruturada pelo aluno, quer no Grupo I quer no Grupo III, os parâmetros de organização e
correcção linguística se situam em níveis negativos e apresentam, em quase todos os casos,
resultados significativamente abaixo da média obtida nos parâmetros de conteúdo.
Propostas de intervenção didáctica
Além das dificuldades atrás enunciadas, a análise dos resultados torna evidente que os alunos
revelam grandes dificuldades quando a resolução do item exige mais do que aquilo que está
explícito no texto, isto é, quando se exige inferência ou avaliação da informação. O
desconhecimento do léxico também interfere na resolução de alguns itens. Estes dados mostram
a necessidade de um reforço do trabalho com a Leitura, centrado sobretudo em tarefas de grau
de dificuldade mais elevado. No que respeita ao Funcionamento da Língua, refira‐se que a
solicitação do uso de metalinguagem constitui normalmente uma dificuldade acrescida.
Assim, as dificuldades manifestadas pelos alunos evidenciam que:
no domínio da leitura, para além do desenvolvimento da competência lexical, importará
reforçar um trabalho que envolva a realização de inferências e o posicionamento crítico face
aos textos lidos;
no domínio da expressão escrita, preconiza‐se a realização de um trabalho sistemático,
envolvendo a aprendizagem e o treino de diferentes tipologias textuais, assegurando um
crescente domínio das competências envolvidas na planificação, na textualização e na revisão
dos textos;
no domínio do Funcionamento da Língua, será fundamental assegurar o desenvolvimento de
um trabalho de acordo com a metalinguagem e as orientações metodológicas explicitadas no
programa.
Relatório Exames Nacionais 2010 39_90
PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 739/284
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Português Língua Não Materna (1.ª fase),
consideraram‐se as respostas de 12 alunos (internos).
Média nacional: 11,0
Caracterização da prova
A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como A2 no Quadro
Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR).
Segundo a escala global para o nível A2, os alunos devem ser capazes de:
Compreender e interpretar textos curtos e simples em que predomine uma linguagem
corrente, relacionada com vivências escolares ou pessoais;
Redigir respostas, manifestando uma expressão escrita correcta e estruturada;
Produzir textos, de forma articulada, sobre assuntos conhecidos ou de interesse pessoal
(justificação do título de um texto, página de diário, etc);
Compreender frases isoladas e expressões frequentes, relacionadas com assuntos do
quotidiano;
Comunicar sobre assuntos que lhes são familiares e habituais, no desempenho de tarefas
simples e de rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e directa;
Utilizar um repertório linguístico corrente;
Produzir expressões quotidianas breves, de modo a satisfazer necessidades simples de tipo
concreto;
Usar padrões frásicos correntes e comunicar com expressões frequentes, sobre si e sobre
outras pessoas, sobre aquilo que fazem, sobre lugares, etc.
Dada a natureza da prova escrita, as competências linguísticas relevantes (lexicais, gramaticais,
semânticas e ortográficas) a mobilizar envolvem capacidades descritas no QECR, como as
mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio do vocabulário, correcção
gramatical ou domínio ortográfico.
A prova tinha 3 grupos de itens. No Grupo I, que incluía dois conjuntos de textos – os dois
primeiros de carácter informativo e o terceiro literário –, avaliavam‐se competências dos
4 No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que realizou o exame no conjunto das duas fases, optou‐se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase.
Relatório Exames Nacionais 2010 40_90
domínios da leitura e da escrita através de itens de resposta fechada e de itens abertos de
resposta curta ou restrita.
No Grupo II, avaliavam‐se competências linguísticas através de itens de resposta fechada. Neste
grupo, não se requeria qualquer tipo de conhecimento metalinguístico explícito.
No Grupo III, avaliavam‐se competências do domínio da escrita. Este item era orientado no que
diz respeito à tipologia textual, ao tema e à extensão (60 a 100 palavras).
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 3.1. e 3.3., do
Grupo I, todos com valores da cotação média em relação à cotação máxima de 100%. Eram todos
itens de escolha múltipla e testavam a compreensão de informação concreta em textos simples
de carácter informativo. Tanto os textos como as alternativas de resposta apresentadas eram
bastante simples.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo II, com 31,8 %
de cotação média em relação à cotação máxima, o item que compunha o Grupo III, com valores
bastante baixos da percentagem da cotação média em relação à cotação máxima, em quase todos
os parâmetros (de 32,7% a 47,3%), e o item 9., do Grupo I, com 41,6 % de cotação média em
relação à cotação máxima. Todos estes itens implicavam a construção de uma resposta por parte
dos alunos, apresentando um nível de dificuldade bastante mais elevado, principalmente para os
alunos que se encontram no nível de iniciação (A2) de aprendizagem da língua portuguesa.
Propostas de intervenção didáctica
Para os alunos que realizam esta prova, a língua portuguesa é não só língua de comunicação e
instrumento de integração, mas também a língua de escolarização. Assim, as dificuldades
inerentes à aprendizagem de uma língua não materna são, sem dúvida, os factores mais decisivos
na obtenção de melhores ou piores resultados. As fragilidades nos domínios da compreensão e da
expressão escrita explicam os resultados menos positivos nos itens de resposta aberta e, de um
modo especial, quando o texto suporte dos itens é um texto literário.
No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuir para uma boa integração e para
um melhor desempenho escolar global dos alunos, parece‐nos imprescindível que estes
(principalmente quando as suas línguas maternas são muito diferentes da língua portuguesa)
possam usufruir de um acompanhamento especializado e o mais intensivo possível na
aprendizagem do português.
Relatório Exames Nacionais 2010 41_90
Dado que a compreensão do texto literário, pela sua especificidade, oferece claramente maiores
dificuldades a estes alunos, propõe‐se que, progressivamente, seja objecto de uma maior atenção
nas aulas de PLNM.
PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 839/295
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Português Língua Não Materna (1.ª fase),
consideraram‐se as respostas de 103 alunos (internos).
Média nacional: 14,5
Caracterização da prova
A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como B1 no Quadro
Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR).
Segundo a escala global para o nível B1, os alunos devem ser capazes de:
Compreender e interpretar textos em que predomine uma linguagem corrente ou um registo
mais formal da língua padrão;
Redigir respostas manifestando uma expressão escrita correcta e estruturada;
Produzir um texto coeso e coerente (relato de experiências) sobre assuntos do quotidiano;
Produzir textos com explicações;
Recorrer a um repertório linguístico suficientemente lato para descrever situações, explicar o
elemento principal de uma ideia;
Recorrer a vocabulário suficiente para se exprimir sobre assuntos como os passatempos e as
viagens.
Dada a natureza da prova escrita, as competências linguísticas relevantes (lexicais, gramaticais,
semânticas e ortográficas) a mobilizar envolvem capacidades descritas no QECR, como as
mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio do vocabulário, correcção
gramatical ou domínio ortográfico.
A prova tinha 3 grupos de itens. No Grupo I, que incluía dois conjuntos de textos – os dois
primeiros de carácter informativo e o terceiro literário –, avaliavam‐se competências dos
domínios da leitura e da escrita através de itens de resposta fechada e de itens abertos de
resposta curta ou restrita.
5 No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que realizou as provas de exame no conjunto das duas fases, optou‐se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase.
Relatório Exames Nacionais 2010 42_90
No Grupo II, avaliavam‐se competências linguísticas através de itens de resposta fechada. Neste
grupo, não se requeria qualquer tipo de conhecimento metalinguístico explícito.
No Grupo III, avaliavam‐se competências do domínio da escrita. Este item era orientado no que
diz respeito à tipologia textual, ao tema e à extensão (80 a 120 palavras).
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.3., 3.1. e 3.2., do
Grupo I, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 99%,
97,1% e 99%. Eram todos itens de escolha múltipla testavam compreensão de informação
concreta em textos simples de carácter informativo e apresentavam alternativas de resposta
curtas.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo II, com 31,7 %
de cotação média em relação à cotação máxima, o item 8., do Grupo I, com 50,6 % de cotação
média em relação à cotação máxima, e o item 1.2., do Grupo II, com 51,9 % de cotação média em
relação à cotação máxima. À excepção do item 1.2., os itens que revelaram pior desempenho
implicavam a construção de uma resposta por parte dos alunos, apresentando um nível de
dificuldade mais elevado. O item 1.2., de escolha múltipla, testava o conhecimento do significado
de palavras homófonas, apesar de não requerer qualquer tipo de reflexão metalinguística.
Propostas de intervenção didáctica
Para os alunos que realizam esta prova, a língua portuguesa é não só língua de comunicação e
instrumento de integração, mas também a língua de escolarização. Assim, as dificuldades
inerentes à aprendizagem de uma língua não materna são, sem dúvida, os factores mais decisivos
na obtenção de melhores ou piores resultados. As fragilidades nos domínios da compreensão e da
expressão escrita explicam os resultados menos positivos nos itens de resposta aberta e, de um
modo especial, quando o texto suporte dos itens é um texto literário.
No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuir para uma boa integração e para
um melhor desempenho escolar dos alunos, parece‐nos imprescindível que estes (principalmente
quando as suas línguas maternas são muito diferentes da língua portuguesa) possam usufruir de
um acompanhamento especializado e o mais intensivo possível na aprendizagem do português.
Dado que a compreensão do texto literário, pela sua especificidade, oferece claramente maiores
dificuldades a estes alunos, propõe‐se que, progressivamente, seja objecto de uma maior atenção
nas aulas de PLNM.
Relatório Exames Nacionais 2010 43_90
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA A – 635
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Matemática A (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 27450 alunos (internos).
Média nacional: 12,2
Caracterização da prova
A prova permitia avaliar os conteúdos previstos e abordados nos seus três grandes temas, a saber:
Tema I – Probabilidades e combinatória; Tema II – Introdução ao cálculo diferencial II; Tema III –
Trigonometria e números complexos. Para uma mais fácil leitura, os conteúdos desta prova foram
referidos como Probabilidades e combinatória, Funções, estando aqui integrado o estudo das
funções trigonométricas, e Complexos. A prova continha 2 grupos de itens, um grupo com itens
de resposta fechada de escolha múltipla e outro com itens de resposta aberta (resolução de
problemas, desenvolvimento de raciocínio demonstrativo, composição, uso obrigatório de
calculadora gráfica). Os três temas foram abordados nos itens do Grupo I e nos itens do Grupo II.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 2., do Grupo I, e o
item 4.1., do Grupo II (com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 94,5%, 85% e 81,2%). Os dois primeiros itens eram de escolha múltipla e o
terceiro de resolução de um problema. A todos era inerente a operação mental transferir. Porém,
os itens 1. e 2., do Grupo I, envolviam apenas cálculos elementares, mobilizando conhecimentos
utilizados frquentemente e com texto de fácil interpretação, o que não aconteceu com o item
4.1., do Grupo II, que envolveu a resolução de um problema a partir de um contexto real.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.2., 2.1. e 7.2., todos do
Grupo II, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente,
19,1%, 42,5% e 48,9%. A estes itens eram inerentes operações mentais como transferir,
relacionar, analisar, interpretar e demonstrar e envolviam conexões entre diferentes conteúdos e
estratégias de resolução não habituais, característica mais evidente no caso do item 1.2.
Relatório Exames Nacionais 2010 44_90
Propostas de intervenção didáctica
A análise dos resultados leva‐nos a concluir que as dificuldades associadas ao cálculo,
nomeadamente, ao cálculo de limites e a operações no conjunto dos números reais e no conjunto
dos números complexos, poderão justificar os fracos níveis de desempenho obtidos em alguns
dos itens. Também nos itens que pressupõem o desenvolvimento de raciocínios demonstrativos
os alunos revelam mais dificuldades, sobretudo no que respeita à mobilização de operações
mentais como argumentar/justificar e relacionar. Consideramos que será importante reforçar a
resolução de problemas da vida real, efectuar problemas que envolvam cálculos mais elaborados
no conjunto dos números reais e no conjunto dos números complexos, apresentar exercícios que
pressuponham raciocínios demonstrativos e utilizar a calculadora gráfica para resolver problemas.
MATEMÁTICA B – 735
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Matemática B (1.ª fase), consideraram‐se as
respostas de 1727 alunos (internos).
Média nacional: 11,3
Caracterização da prova
A prova era constituída por um total de 13 itens de resposta aberta distribuídos por quatro
grupos.
O Grupo I era constituído por 3 itens: 1 que incidia no tema Geometria e 2 que incidiam no tema
Modelos discretos. O Grupo II era constituído por 4 itens: 1 sobre Geometria, 2 sobre Modelos
não lineares e 1 sobre Optimização. O Grupo III era constituído por 2 itens sobre Movimentos
periódicos, 1 sobre Optimização e 2 sobre Estatística/Modelos de probabilidades. O Grupo IV era
constituído por 1 item de resposta aberta de composição relativo a Modelos não lineares.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., do Grupo I, 2.1., do
Grupo II, e 1.1., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
respectivamente, 84,7%, 82,4% e 84%. Trata‐se de itens que solicitavam respostas simples ou
directas (mesmo que com recurso à calculadora gráfica), ou, como no caso do item 2.1., do Grupo
II, de modelação habitual.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1., do Grupo II, e os itens 1.2.
e 1.3., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de,
Relatório Exames Nacionais 2010 45_90
respectivamente, 31,1%, 36,1% e 29,1%. Estes itens solicitavam estratégias de resolução pouco
habituais, ou requeriam interpretação, ou eram de demonstração, ou, mesmo partindo de uma
situação habitual, eram de resposta aberta de composição. Em suma, os piores desempenhos
explicam‐se não tanto pelos temas nos quais incidiam os itens, mas pelo facto de estes
requererem a execução de várias etapas ou a mobilização de alguma estratégia para a sua
resolução.
Propostas de intervenção didáctica
A análise dos resultados leva‐nos a concluir que os resultados podem melhorar se os alunos
contactarem desde cedo com a apresentação de problemas em forma de modelação e forem
levados a produzir pequenos textos. A interpretação de situações descritas revela‐se tão
importante quanto o treino em resolver problemas que exijam o delinear de uma estratégia. Além
disso, sugere‐se que o mesmo conteúdo programático seja apresentado em vários contextos e
que seja incentivada a conexão entre os vários temas.
MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS – 835
Na análise dos resultados da Prova Escrita de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (1.ª fase),
consideraram‐se as respostas de 7024 alunos (internos).
Média nacional: 10,1
Caracterização da prova
A prova apresentava 5 conjuntos de itens, todos contextualizados em situações do quotidiano
(simplificadas). Verifica‐se uma predominância dos temas Modelos Matemáticos e Modelos de
Probabilidades nesta prova, onde predominaram os itens de resposta aberta restrita.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 3.1. e 4.1., com
valores da cotação média em relação à cotação total de, respectivamente, 82,4%, 75,1% e 71,9%.
Todos estes itens, independentemente dos conteúdos avaliados, requeriam a operação mental
transferir e, no caso do item 1., também a operação mental relacionar.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3.3., 5.2. e 5.3., com valores
da cotação média em relação à cotação total de, respectivamente, 21,2%, 34,7% e 17,1%. As
operações mentais requeridas eram transferir, no caso do item 5.2., sobre probabilidades;
Relatório Exames Nacionais 2010 46_90
analisar e argumentar, no caso do item 3.3., e relacionar, no caso do item 5.3. Destaca‐se o item
3.3., que, além de requerer o uso à calculadora gráfica, visava a avaliação simultânea das
competências específicas da disciplina e das competências de comunicação escrita em língua
portuguesa.
Propostas de intervenção didáctica
Em síntese, os aspectos em que os alunos apresentam mais fragilidades estão relacionados com
os conteúdos, nomeadamente Modelos de Probabilidade, e com os itens que envolvem as
operações mentais argumentar, classificar, relacionar e analisar e/ou as competências de
comunicação escrita em língua portuguesa.
É igualmente preocupante o fraco domínio técnico que os alunos têm da calculadora,
nomeadamente, ao não identificarem as ferramentas da calculadora gráfica que podem contribuir
para a concretização de uma tarefa.
A partir destas duas constatações, e a partir da análise dos itens com pior nível de desempenho,
podem inferir‐se fragilidades didácticas. Parece pertinente insistir na necessidade de uma
intervenção que conjugue as operações mentais (argumentar, classificar, relacionar e analisar), as
competências de comunicação escrita em língua portuguesa e a utilização da calculadora.
Relatório Exames Nacionais 2010 47_90
DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS 2010 POR NUT III
A distribuição dos resultados dos exames, tendo por referência um quadro de
georreferenciação, constitui uma dimensão complementar da abordagem anterior. Não sendo,
pelo menos a priori, informação com impacto relevante para a definição de estratégias
pedagógicas com reais implicações na sala de aula, pode contribuir, ainda assim, para
sustentar intervenções de âmbito institucional mais abrangente, com incidência territorial
específica.
A distribuição dos resultados, com o nível de desagregação territorial apresentado, idêntico ao
procedimento adoptado no relatório sobre os resultados dos testes intermédios de 2010,
permite também reforçar, nas disciplinas comuns aos dois conjuntos de dados, os padrões de
distribuição identificados nesse relatório. Referimo‐nos a Língua Portuguesa e a Matemática,
do 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano), e a Biologia e Geologia, a Física e Química A e a
Matemática A, do ensino secundário.
Já no que se refere à distribuição de resultados das demais disciplinas, observam‐se padrões
de distribuição muito heterogéneos entre si e, em regra, igualmente diversos dos registados
para o leque de disciplinas atrás referido. Este grupo, que engloba dez disciplinas do ensino
secundário que na 1.ª fase registaram mais de 1500 exames realizados, é constituído por:
Português
Geografia A
Economia A
História A
História da Cultura e das Artes
Desenho A
Geometria Descritiva A
Matemática B
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
Literatura Portuguesa
No ensino básico, na disciplina de Língua Portuguesa, o litoral a norte do Tejo, incluindo a
Lezíria do Tejo e o Médio Tejo, o Noroeste, com destaque para o Baixo Mondego, e o interior
centro (NUT III da Beira Interior Norte e Sul) apresentam, globalmente, os melhores
resultados, com um valor médio igual ou superior a 58%. No extremo oposto, encontramos a
Madeira, o Sul (Algarve e Alentejo, com excepção da NUT III Alentejo Central) e o Norte
interior (Douro e Tâmega) (Figura 1).
Relatório Exames Nacionais 2010 48_90
O padrão de distribuição de resultados não é significativamente diferente nas duas disciplinas
com exame nacional no final do 3.º ciclo do ensino básico. Em Matemática, as sub‐regiões com
melhores resultados (valores iguais ou superiores a 50%) coincidem, quase na totalidade, com
as referidas no caso anterior.
Na disciplina de Matemática, destacam‐se, pela positiva, as NUT III Ave, Serra da Estrela e
Pinhal Interior Sul, cujo desempenho lhes permite integrar o grupo de sub‐regiões com valores
contidos na segunda melhor classe; a NUT III Cova da Beira apresenta o comportamento
Figura 1 – Distribuição dos resultados do exame de Língua Portuguesa (22)
Relatório Exames Nacionais 2010 49_90
oposto, isto é, em Matemática integra o grupo de NUT III com valores inferiores a 50%. Neste
grupo, incluem‐se ainda o Nordeste, o Pinhal Interior Norte, o Sul (Alentejo, Algarve e
Península de Setúbal) e a Madeira (Figura 2).
Figura 2 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática (23)
Relatório Exames Nacionais 2010 50_90
No ensino secundário, nas três disciplinas em que se analisam resultados de testes intermédios
e de exames nacionais, há uma distribuição dos resultados que, em termos muito gerais,
repete o padrão observado na distribuição dos resultados das duas disciplinas do ensino
básico.
Assim, na disciplina de Matemática A, difere do descrito anteriormente a inclusão do Algarve,
do Alentejo Litoral e do Douro no grupo de NUT III com bons resultados (12 a 13 valores). Com
valores mais baixos, situados no intervalo entre 9 e 11 valores, encontramos os Açores, o
Alentejo Central e o Alto Alentejo (Figura 3).
Figura 3 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática A (635)
Relatório Exames Nacionais 2010 51_90
Na disciplina de Biologia e Geologia, as NUT III que registam resultados médios superiores a 10
valores situam‐se no litoral a norte do Tejo, com excepção de Baixo Vouga e Minho‐Lima.
Incluem‐se ainda neste grupo Dão‐Lafões, Médio Tejo e Alentejo Central.
As NUT III com resultados mais baixos (entre 9 e 9,5 valores) incluem os Açores e a Madeira, o
interior centro, o Alto Alentejo, a Lezíria do Tejo e o Alentejo Litoral (Figura 4).
Figura 4 – Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702)
Relatório Exames Nacionais 2010 52_90
Na disciplina de Física e Química A todas as NUT III apresentam valores médios inferiores a 9,5
valores. Pode realçar‐se o melhor desempenho das NUT III do litoral, Grande Lisboa, Oeste e
Baixo Mondego, a que se juntam Dão‐Lafões e Cova da Beira. Com piores resultados (valores
inferiores a 8,5) surgem Açores e Madeira, Alentejo, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Pinhal Interior
Sul, e todo o interior norte e o Noroeste (Figura 5).
Figura 5 – Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715)
Relatório Exames Nacionais 2010 53_90
Na disciplina de Português do ensino secundário destacam‐se as NUT III Baixo Mondego, Beira
Interior Sul, Médio Tejo e Lezíria do Tejo, bem como as NUT III do noroeste, incluindo o Grande
Porto, cujos resultados médios se situam na classe com valores mais elevados (11,5 a 12).
Num segundo grupo sobressai ainda o centro litoral oeste a norte do Tejo, Cova da Beira e
Serra da Estrela, Entre Douro e Vouga e todo o Nordeste.
Os resultados mais fracos observam‐se no Pinhal Interior (Norte e Sul), na Península de
Setúbal, no Alentejo Central, no Tâmega, na Madeira e nos Açores (Figura 6).
Figura 6 – Distribuição dos resultados do exame de Português (639)
Relatório Exames Nacionais 2010 54_90
A distribuição dos resultados dos exames nas restantes disciplinas obedece a padrões
geográficos menos regulares dos que os observados anteriormente, o que pode ficar a dever‐
‐se, em parte, ao facto de se tratar de resultados de disciplinas cujo número de exames
realizados é inferior aos dos casos anteriores. Esta situação também justifica, em algumas
distribuições, a inexistência de dados em uma ou mais NUT III (ver anexos e nota
metodológica).
Na área das Ciências Sociais, na disciplina de Geografia A, pode observar‐se uma distribuição
marcada por uma relativa assimetria litoral‐interior, com os melhores resultados a serem
registados no litoral ocidental, estendendo‐se ainda para o centro interior. Destacam‐
‐se, neste conjunto, as NUT III do Cávado, Pinhal Litoral, Serra da Estrela e Cova da Beira como
as que apresentam melhores resultados (superiores ou iguais a 11,5). As NUT III com
resultados inferiores localizam‐se no Norte interior, no Alto Alentejo e Alentejo Central e ainda
nos Açores (Figura 7).
Figura 7 – Distribuição dos resultados do exame de Geografia (719)
Relatório Exames Nacionais 2010 55_90
Na disciplina de História A, as NUT III que evidenciam melhores desempenhos são as do litoral
oeste a norte do Tejo, Nordeste e Beira Interior. Destacam‐se as NUT III Oeste, Pinhal Litoral,
Cávado, Minho‐Lima, Beira Interior Norte e Beira Interior Sul, com valores médios superiores
ou iguais a 12,5 valores. As NUT III que, nesta disciplina apresentam resultados inferiores,
situados entre os 10 e os 11 valores, são Douro, Tâmega, Alto Alentejo e Açores (Figura 8).
Figura 8 – Distribuição dos resultados do exame de História A (623)
Relatório Exames Nacionais 2010 56_90
Na disciplina de Economia A, as NUT III Pinhal Interior (Norte e Sul) e Serra da Estrela não
apresentam resultados. As áreas com melhores resultados evidenciam uma distribuição
descontínua que compreende o litoral centro e norte, incluindo neste conjunto Dão‐Lafões
(com destaque, neste grupo, para Baixo Mondego, Grande Porto e Cávado), Beira Interior
(onde sobressai Beira Interior Norte), região de Lisboa (Grande Lisboa e Península de Setúbal),
Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, assim como Açores (Figura 9).
Figura 9 – Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712)
Relatório Exames Nacionais 2010 57_90
Na disciplina de História e Cultura das Artes, não se apresentam resultados para as NUT III
Pinhal Interior (Norte e Sul). As áreas com melhores resultados encontram‐se dispersas no
território nacional. Baixo Vouga, Serra da Estrela e Madeira surgem em destaque, com
resultados entre os 12 e os 13 valores. Imediatamente abaixo destes valores (entre 11 e 12
valores) encontramos as NUT III do litoral centro e norte (com excepção de Entre Douro e
Vouga e Ave), Cova da Beira, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo e
ainda Açores. Com piores resultados, inferiores a 10 valores, podemos encontrar o Nordeste
(Alto‐Trás‐os‐Montes e Douro), Oeste e Pinhal Litoral, no centro, e Alto Alentejo (Figura 10).
Figura 10 – Distribuição dos resultados do exame de História da Cultura e das Artes (724)
Relatório Exames Nacionais 2010 58_90
Na área das Expressões, os resultados nas disciplinas de Desenho A e de Geometria Descritiva
A divergem quer em termos de valor, quer em termos de distribuição espacial.
No primeiro caso, no Desenho A, não se apresentam resultados para as NUT III do Pinhal
Interior (Norte e Sul). Destaca‐se a Beira Interior Sul como única NUT III com média superior a
14 valores. Imediatamente abaixo encontramos um conjunto disperso de NUT III: Alto‐Trás‐os‐
Montes, Baixo Vouga, Cova da Beira, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, Alentejo Litoral e Baixo
Alentejo. No extremo oposto da distribuição, embora com valores de média no intervalo entre
11 e 12 valores, encontram‐se as NUT III Douro, Dão‐Lafões, Serra da Estrela, Pinhal Litoral,
Alto Alentejo e Alentejo Central e ainda Algarve (Figura 11).
Figura 11 – Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706)
Relatório Exames Nacionais 2010 59_90
No caso de Geometria Descritiva A, ao contrário do exemplo anterior, predominam resultados
negativos. Fogem a esta situação as NUT III de Pinhal Interior Sul e Açores, com valores entre
10,5 e 11 valores, e ainda Cávado, Baixo Vouga, Oeste e Grande Lisboa. No conjunto de NUT III
com resultados negativos, as situações que evidenciam mais fragilidades surgem numa vasta
área que engloba o Norte interior, o interior centro, o Alentejo e o Algarve (Figura 12).
Figura 12 – Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708)
Relatório Exames Nacionais 2010 60_90
Nas disciplinas de Matemática B e de Matemática Aplicada às Ciências Sociais observam‐se
distribuições geográficas muito desiguais e, globalmente, diferentes da registada no caso de
Matemática A, anteriormente referido.
Na disciplina de Matemática B, destacam‐se quatro NUT III com resultados médios entre os 13
e os 14 valores: Pinhal Interior Norte, Cova da Beira, Beira Interior Sul e Baixo Alentejo. As NUT
III do litoral oeste entre Grande Lisboa e Grande Porto, a que se agregam Médio Tejo, Cávado,
Doutro e Alentejo Central compõem um segundo grupo que regista resultados muito positivos.
As NUT III Alto‐Trás‐os‐Montes, Tâmega e Alto Alentejo integram o conjunto de sub‐regiões
com resultados inferiores a 10 valores. Não estão disponíveis resultados para as NUT III Serra
da Estrela e Pinhal Interior Sul (Figura 13).
Figura 13 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática B (735)
Relatório Exames Nacionais 2010 61_90
Na disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais observa‐se uma distribuição
geográfica dos resultados que põe em contraste o litoral e o interior. As NUT III Pinhal Interior
Norte e Entre Douro e Vouga apresentam resultados que se destacam dos registados nas
restantes sub‐regiões, verificando‐se que as demais NUT III com resultados positivos se
localizam maioritariamente no litoral. As NUT III com valores médios inferiores a 9 são Beira
Interior Norte, Serra da Estrela e Alto Alentejo (Figura 14).
Figura 14 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicado às Ciências Sociais (835)
Relatório Exames Nacionais 2010 62_90
Na disciplina de Literatura Portuguesa a distribuição dos resultados ilustra o carácter irregular
a que atrás se aludiu. A NUT III com melhores resultados é Lezíria do Tejo. Num grupo que
integra NUT III cujos resultados foram iguais ou superiores a 12 valores, incluem‐se ainda
Minho‐Lima, Beira Interior Norte, Médio Tejo e Alentejo Central.
No extremo oposto, com resultados inferiores a 10 valores, encontramos Tâmega, Baixo
Mondego, Cova da Beira e Beira Interior Sul, bem como Madeira e Açores
Não estão disponíveis resultados para as NUT III Serra da Estrela, Pinhal Interior Sul e Pinhal
Litoral (Figura 15).
Figura 15 – Distribuição dos resultados do exame de Literatura Portuguesa (734)
Relatório Exames Nacionais 2010 63_90
CONCLUSÃO
A análise do desempenho dos alunos sustentada pelos resultados dos exames de 2010 vem,
em grande medida, retomar as grandes linhas de tendência já identificadas no relatório do
Projecto Teste Intermédios de 2010, com a particularidade de, neste caso, o olhar ser
extensivo a um leque mais alargado de disciplinas.
Os itens de selecção, que não mobilizam a competência da escrita, evidenciam, em regra,
resultados superiores aos obtidos pelos alunos nos itens de construção, considerando, como
se compreende, situações em que o nível de dificuldade estimado e a complexidade das
operações mentais mobilizadas para a sua resolução são comparáveis. Esta evidência, que não
é nova, permite alertar os professores, todos os professores, independentemente da disciplina
que leccionam, para a importância em insistir na mobilização dos alunos para a realização de
tarefas que exijam o desenvolvimento da referida competência.
Ainda insistindo nas dimensões transversais da aprendizagem que podem beneficiar de um
esforço conjunto e concertado de todos os professores, salientam‐se:
a definição rigorosa de conceitos/terminologia específica;
a implementação de
- treino de selecção criteriosa de informação em suportes documentais, de
relacionação de informação e de desenvolvimento de leitura inferencial;
- aperfeiçoamento da escrita assente em modelos processuais, com explicitação das
características das tipologias textuais (exposição, síntese, fundamentação,
argumentação, …);
- desenvolvimento da capacidade de definição autónoma de estratégias de
resolução, de percursos resolutivos e de sequências de etapas.
Um olhar mais específico, por disciplina/área disciplinar, permite inferir sobre as dimensões
em que parece valer a pena investir:
Língua Portuguesa (3.º ciclo do ensino básico)
- trabalho sistemático de leitura orientada de texto poético e treino de estratégias
de leitura inferencial;
- explicitação de conhecimento linguístico ao nível da estrutura da frase, com
recurso a metalinguagem;
- ensino da escrita assente em modelos processuais, com explicitação das
características das tipologias;
Relatório Exames Nacionais 2010 64_90
Matemática (3.º ciclo do ensino básico)
- enfoque na aquisição de conceitos e de propriedades e na sua aplicação;
- treino de resolução de com problemas que exijam interpretação e definição de
uma estratégia de resolução;
- [Geometria] manipulação de materiais diversificados que facilitem a compreensão
de conceitos e de propriedades (recurso a programas de geometria dinâmica);
Línguas Estrangeiras (ensino secundário)
- treino de estratégias de leitura inferencial;
- utilização de materiais autênticos e diversificados em situações comunicativas
reais;
- ensino da escrita com explicitação das características das tipologias textuais,
adoptando métodos de oficina de escrita;
- prática do uso racional do dicionário;
Biologia e Geologia e Física e Química A (ensino secundário)
- treino da definição de metodologias de resolução, com várias etapas, de forma
autónoma, perante situações‐problema;
- prática de construção de textos que impliquem selecção e análise de informação
de suportes variados;
- explicitação de raciocínios demonstrativos (com validade científica e suportados
por uma estruturação linguística adequada);
Economia A, Geografia A, História A, História B, História da Cultura e das Artes
(ensino secundário)
- promoção do conhecimento rigoroso dos conceitos;
- prática de articulação de conhecimentos entre temas/unidades;
- treino de análise de suportes de natureza diversa e de cotejo de informação entre
documentos;
- prática de construção de textos que impliquem selecção e análise de informação
de suportes variados;
- exposição de informação/síntese/argumentação;
Relatório Exames Nacionais 2010 65_90
Desenho A, Geometria Descritiva (ensino secundário)
- criação de hábitos de registo e prática (desenvolvimento e personalização do traço
– Desenho A);
- exercícios da capacidade de abstracção e de visualização;
- treino da definição de percurso faseado de abordagem a uma situação/problema;
Literatura Portuguesa, Português (ensino secundário)
- treino de estratégias de leitura inferencial;
- promoção do rigor da análise e do posicionamento crítico face aos textos através
da prática de formulação de juízos de leitura pessoais e fundamentados;
- explicitação de conhecimento linguístico ao nível da estrutura da frase, com
recurso a metalinguagem;
- ensino da escrita com explicitação das características das tipologias textuais
(nomeadamente, texto expositivo‐argumentativo) e com actividades dirigidas ao
trabalho sobre os mecanismos de coerência discursiva e de coesão;
Matemática A, Matemática B, Matemática Aplicada às Ciências Sociais (ensino
secundário)
- treino de problemas que envolvam cálculo, nomeadamente cálculo de limites e
operações no conjunto dos números reais e dos números complexos (Matemática
A)
- prática de exercícios que pressupõem raciocínios demonstrativos, convocando
operações como relacionar, justificar, argumentar, e sua explicitação através da
produção de texto;
- treino de definição de problemas a partir da definição de uma estratégia/percurso,
envolvendo várias etapas;
- utilização da calculadora gráfica para resolução de problemas;
- diversificação de contextos e de estratégias de resolução.
Como nota final, vale a pena continuar a insistir na necessidade de delinear estratégias de
intervenção que mobilizem, da forma o mais articulada possível, todos os actores
intervenientes no processo educativo, envolvendo, sempre que possível, os pais e
encarregados de educação.
Relatório Exames Nacionais 2010 66_90
NOTA METODOLÓGICA
Conforme referido na nota introdutória, as asserções produzidas quer em relação ao nível de
desempenho médio dos alunos portugueses, quer no que se refere à distribuição regional dos
resultados devem ter sempre em consideração que decorrem de informação limitada, em cada
disciplina, aos resultados de um único exame.
Na caracterização da distribuição regional dos resultados apenas foram consideradas as
disciplinas cujo número de exames realizados pelos alunos internos, na 1.ª fase, foi igual ou
superior a 1500.
Deve ainda ter‐se em atenção que a exígua dimensão territorial e/ou demográfica de algumas
NUT III concorre para a existência de um número muito reduzido de alunos, o que pode, em
parte, explicar resultados médios muito elevados ou, no extremo oposto, muito reduzidos. A
consulta dos anexos 1 e 4 fornece informação relativa ao número de alunos que constitui o
universo em cada NUT III.
Nos anexos 3 e 6, na coluna (2010‐2009), registam‐se as diferenças de valor entre o número
índice observado em 2010 e o número índice observado em 2009. Esta coluna só apresenta
registos quando estão disponíveis resultados nos anos de 2009 e de 2010.
Relatório Exames Nacionais 2010 67_90
ANEXOS
ENSINO BÁSICO
Anexo 1 Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT III (média) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos.
Anexo 2 Alunos do Ensino Básico com classificação positiva, por NUT III (%) – 2010, 1.ª Chamada, Alunos Internos.
Anexo 3 Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT III – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 2010 – Números índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor índice entre 2010 e 2009.
ENSINO SECUNDÁRIO
Anexo 4 Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUT III (média) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos.
Anexo 5 Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUT III (%) – 2010, 1.ª Chamada, Alunos Internos.
Anexo 6 Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUT III – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 2010 – Números índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor índice entre 2010 e 2009.
Relatório Exames Nacionais 2010 68_90
ANEXO 1 Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT III (média) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos.
Língua Portuguesa 22
Matemática 23 NUT III
Média (%) N.º de alunos Média (%) N.º de alunos R.A. dos Açores – – – –
R.A. da Madeira 53,83 2464 46,39 2494
Minho‐Lima 57,04 1907 53,32 1923
Cávado 57,09 4088 53,81 4090
Ave 56,37 4845 51,13 4850
Grande Porto 58,72 10729 52,15 10746
Tâmega 53,11 5674 45,77 5682
Entre Douro e Vouga 58,69 2467 53,64 2469
Douro 53,92 1858 47,33 1866
Alto Trás‐os‐Montes 54,99 1490 48,64 1494
Baixo Vouga 58,22 3169 55,12 3180
Baixo Mondego 61,40 2618 57,80 2627
Pinhal Litoral 57,28 2248 55,97 2254
Pinhal Interior Norte 56,46 890 50,80 889
Pinhal Interior Sul 55,70 281 51,74 281
Dão‐Lafões 58,88 2231 56,12 2234
Serra da Estrela 57,27 323 52,79 323
Beira Interior Norte 57,66 717 55,97 719
Beira Interior Sul 56,66 457 54,43 458
Cova da Beira 56,76 633 50,55 636
Oeste 57,12 2833 51,53 2854
Médio Tejo 57,34 1853 53,42 1861
Grande Lisboa 58,18 15272 51,91 15616
Península de Setúbal 55,36 5807 45,81 5943
Lezíria do Tejo 58,01 1679 50,94 1697
Alentejo Litoral 54,69 614 49,27 616
Alto Alentejo 53,20 898 43,57 907
Alentejo Central 55,54 1203 45,87 1210
Baixo Alentejo 54,00 793 48,18 795
Algarve 53,68 3291 47,91 3383
Relatório Exames Nacionais 2010 69_90
ANEXO 2 Alunos do Ensino Básico com classificação positiva, por NUT III (%) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos.
Classificação ≥ 50% (níveis 3, 4 e 5) NUT III
Língua Portuguesa 22
Matemática 23
R.A. dos Açores – –
R.A. da Madeira 63,1 43,4
Minho‐Lima 71,9 56,8
Cávado 71,1 56,8
Ave 71,0 52,4
Grande Porto 70,4 53,1
Tâmega 74,4 41,9
Entre Douro e Vouga 70,2 55,6
Douro 74,6 44,7
Alto Trás‐os‐Montes 62,6 45,3
Baixo Vouga 65,2 59,5
Baixo Mondego 73,9 62,1
Pinhal Litoral 78,8 60,1
Pinhal Interior Norte 72,9 49,1
Pinhal Interior Sul 70,0 50,2
Dão‐Lafões 65,4 59,9
Serra da Estrela 74,8 54,8
Beira Interior Norte 60,5 60,7
Beira Interior Sul 72,8 59,3
Cova da Beira 71,8 50,4
Oeste 70,4 52,6
Médio Tejo 70,4 56,1
Grande Lisboa 72,1 51,7
Península de Setúbal 72,6 41,6
Lezíria do Tejo 67,2 52,1
Alentejo Litoral 74,9 47,0
Alto Alentejo 62,8 38,6
Alentejo Central 62,2 42,5
Baixo Alentejo 64,8 46,0
Algarve 59,9 46,1
Relatório Exames Nacionais 2010 70_90
ANEXO 3 Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT III – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 2010 – Números índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor índice entre 2010 e 2009.
Língua Portuguesa 22
Matemática 23 NUT III
2010 (2010‐2009) 2010 (2010‐2009) R.A. dos Açores – – – –
R.A. da Madeira 94,6 ‐2,9 90,8 0,1
Minho‐Lima 100,2 ‐0,6 104,4 2,9
Cávado 100,3 0,4 105,4 2,5
Ave 99,0 0,9 100,1 0,1
Grande Porto 103,2 1,1 102,1 2,1
Tâmega 93,3 ‐1,4 89,6 ‐2,2
Entre Douro e Vouga 103,1 2,7 105,0 3,5
Douro 94,7 0,2 92,7 0,8
Alto Trás‐os‐Montes 96,6 ‐0,3 95,2 ‐0,8
Baixo Vouga 102,3 0,7 107,9 0,9
Baixo Mondego 107,9 0,8 113,2 3,8
Pinhal Litoral 100,6 ‐1,2 109,6 2,1
Pinhal Interior Norte 99,2 6,1 99,5 2,5
Pinhal Interior Sul 97,9 1,0 101,3 ‐0,2
Dão‐Lafões 103,5 2,5 109,9 1,7
Serra da Estrela 100,6 2,1 103,4 0,1
Beira Interior Norte 101,3 1,0 109,6 6,4
Beira Interior Sul 99,6 1,5 106,6 6,1
Cova da Beira 99,7 ‐1,3 99,0 ‐2,1
Oeste 100,4 ‐0,6 100,9 ‐2,1
Médio Tejo 100,7 0,4 104,6 ‐1,5
Grande Lisboa 102,2 ‐0,7 101,6 0,4
Península de Setúbal 97,3 ‐0,9 89,7 ‐6,1
Lezíria do Tejo 101,9 1,5 99,7 0,1
Alentejo Litoral 96,1 ‐1,2 96,5 ‐0,6
Alto Alentejo 93,5 ‐1,5 85,3 ‐1,8
Alentejo Central 97,6 ‐1,3 89,8 ‐7,9
Baixo Alentejo 94,9 ‐3,7 94,3 ‐1,1
Algarve 94,3 ‐0,3 93,8 ‐2,0
Relatório Exames Nacionais 2010 71_90
ANEXO 4 Resultados dos Exames do Secundário, por NUT III (média) – 2010, 1.ª FASE. Alunos Internos. Área – Ciências Naturais
Biologia e Geologia 702
Física e Química A 715 NUT III
Média N.º de alunos Média N.º de alunos RA. dos Açores 9,12 562 7,79 528
RA. da Madeira 8,98 708 7,28 749
Minho‐Lima 9,89 730 8,17 661
Cávado 10,05 1414 8,17 1119
Ave 9,80 1577 8,44 1590
Grande Porto 10,17 3636 8,89 3161
Tâmega 9,50 1667 7,76 1527
Entre Douro e Vouga 10,09 812 8,45 740
Douro 9,48 677 7,62 714
Alto Trás‐os‐Montes 9,60 655 7,72 600
Baixo Vouga 9,70 1031 8,87 1041
Baixo Mondego 10,54 1154 9,42 1034
Pinhal Litoral 10,36 804 8,86 848
Pinhal Interior Norte 9,51 313 8,47 321
Pinhal Interior Sul 9,62 134 7,56 146
Dão‐Lafões 10,18 889 9,44 880
Serra da Estrela 9,51 106 7,98 112
Beira Interior Norte 9,03 361 7,91 372
Beira Interior Sul 9,31 197 8,48 208
Cova da Beira 9,25 280 9,11 274
Oeste 10,07 864 8,99 822
Médio Tejo 10,02 681 8,41 565
Grande Lisboa 10,09 4662 9,09 4421
Península de Setúbal 9,45 1929 7,95 1798
Lezíria do Tejo 9,41 548 7,85 564
Alentejo Litoral 9,44 169 7,76 207
Alto Alentejo 9,44 286 7,40 243
Alentejo Central 10,00 436 8,32 407
Baixo Alentejo 9,47 295 7,44 265
Algarve 9,80 931 8,47 903
Relatório Exames Nacionais 2010 72_90
Área – Matemática
Matemática A 635
Matemática B 735
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
835 NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores 10,86 569 11,45 45 9,50 263
RA. da Madeira 11,49 720 9,75 79 9,14 218
Minho‐Lima 12,07 822 11,62 48 9,67 111
Cávado 12,60 1361 12,14 87 10,43 239
Ave 11,43 1580 11,25 98 10,01 409
Grande Porto 12,74 3592 11,82 140 10,19 804
Tâmega 11,23 1265 7,46 29 9,72 427
Entre Douro e Vouga 12,32 684 10,36 43 11,64 151
Douro 11,96 632 12,29 29 9,10 166
Alto Trás‐os‐Montes 11,67 580 9,17 13 9,19 129
Baixo Vouga 12,85 1066 12,70 59 10,98 212
Baixo Mondego 13,48 1088 12,83 86 10,54 242
Pinhal Litoral 13,35 776 12,11 63 11,28 155
Pinhal Interior Norte 11,54 249 13,60 6 12,11 54
Pinhal Interior Sul 11,37 116 – – 10,69 18
Dão‐Lafões 12,88 836 10,79 40 10,24 216
Serra da Estrela 12,26 102 – – 8,47 40
Beira Interior Norte 11,37 366 11,13 12 8,10 44
Beira Interior Sul 12,35 211 13,79 8 9,03 33
Cova da Beira 11,76 245 13,24 5 9,93 52
Oeste 12,38 880 11,98 82 10,91 271
Médio Tejo 12,49 688 12,21 47 9,80 178
Grande Lisboa 12,88 4653 11,46 378 10,36 1317
Península de Setúbal 11,62 1705 10,24 142 9,97 474
Lezíria do Tejo 11,62 574 11,19 21 9,44 174
Alentejo Litoral 11,98 204 11,62 19 9,21 56
Alto Alentejo 9,91 294 9,91 18 8,71 126
Alentejo Central 10,56 391 12,67 27 9,62 142
Baixo Alentejo 11,32 304 13,23 6 9,92 42
Algarve 11,98 897 10,09 97 10,78 261
Relatório Exames Nacionais 2010 73_90
Área – Expressões
Geometria Descritiva A 708
Desenho A 706
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores 10,76 274 12,82 73
RA. da Madeira 8,07 130 13,93 128
Minho‐Lima 8,70 179 11,98 76
Cávado 10,02 265 12,47 218
Ave 7,80 259 12,03 149
Grande Porto 9,76 714 12,83 503
Tâmega 7,32 140 12,04 170
Entre Douro e Vouga 8,31 138 12,89 89
Douro 8,47 76 11,55 64
Alto Trás‐os‐Montes 7,32 57 13,67 31
Baixo Vouga 10,34 223 13,71 111
Baixo Mondego 8,53 238 11,98 160
Pinhal Litoral 8,00 163 11,01 96
Pinhal Interior Norte 7,32 39 – –
Pinhal Interior Sul 10,70 10 – –
Dão‐Lafões 8,10 155 11,33 131
Serra da Estrela 6,88 10 11,65 17
Beira Interior Norte 5,16 67 12,71 27
Beira Interior Sul 7,45 25 16,13 18
Cova da Beira 8,20 53 12,98 31
Oeste 10,10 219 12,69 168
Médio Tejo 8,58 159 13,85 98
Grande Lisboa 10,06 1341 12,69 983
Península de Setúbal 8,31 420 12,97 333
Lezíria do Tejo 8,91 92 13,66 73
Alentejo Litoral 7,62 61 13,31 28
Alto Alentejo 6,15 68 11,90 26
Alentejo Central 7,75 88 11,52 75
Baixo Alentejo 7,23 54 13,58 36
Algarve 7,36 319 11,42 131
Relatório Exames Nacionais 2010 74_90
Área – Ciências Sociais
Economia A 712
Geografia A 719
História A 623
História B 723
História da Cultura e da
Artes 724
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores 13,14 78 9,85 392 10,53 358 – – 11,04 29
RA. da Madeira 12,03 145 11,18 426 11,85 302 9,67 54 12,23 72
Minho‐Lima 13,09 92 11,16 237 12,45 145 12,32 17 11,08 57
Cávado 14,33 146 11,51 495 12,50 390 9,12 27 11,35 91
Ave 13,55 125 10,74 601 12,27 493 12,62 24 10,59 92
Grande Porto 14,56 515 11,11 1668 12,42 1331 12,66 68 11,36 288
Tâmega 12,84 128 10,84 809 11,25 694 – – 11,36 146
Entre Douro e Vouga 13,45 112 10,88 334 12,44 293 9,88 13 9,88 74
Douro 12,84 39 10,53 296 10,62 288 – – 9,02 10
Alto Trás‐os‐Montes 10,06 29 10,47 281 12,06 222 10,01 9 9,25 11
Baixo Vouga 13,16 122 11,23 461 11,96 295 14,66 22 12,68 46
Baixo Mondego 15,03 107 11,20 396 12,38 323 14,94 20 11,92 45
Pinhal Litoral 13,88 144 12,01 332 12,98 236 12,05 26 9,68 55
Pinhal Interior Norte – – 11,25 89 11,49 100 – – – –
Pinhal Interior Sul – – 11,02 33 11,32 33 – – – –
Dão‐Lafões 13,22 84 10,80 333 10,78 302 10,69 21 10,41 62
Serra da Estrela – – 11,77 42 12,00 34 – – 12,00 10
Beira Interior Norte 15,02 21 11,30 71 12,78 76 – – 10,09 29
Beira Interior Sul 13,60 8 10,60 67 13,04 42 – – 10,10 8
Cova da Beira 11,81 24 11,67 94 12,08 70 – – 11,12 14
Oeste 12,91 173 11,27 569 12,54 352 11,91 11 9,79 115
Médio Tejo 12,19 85 11,20 325 11,18 228 – – 11,81 51
Grande Lisboa 13,71 1627 11,20 3371 12,28 2121 12,86 318 10,95 556
Península de Setúbal 13,07 366 10,48 1077 11,51 743 11,32 22 10,53 228
Lezíria do Tejo 11,78 74 11,13 305 11,21 183 – – 11,62 30
Alentejo Litoral 13,33 36 11,22 122 11,53 108 – – 11,21 10
Alto Alentejo 10,41 22 9,64 184 9,95 101 – – 8,17 14
Alentejo Central 12,43 64 10,24 280 11,18 240 9,49 11 10,76 35
Baixo Alentejo 13,49 30 10,88 97 11,20 86 – – 11,65 38
Algarve 12,74 178 10,52 507 11,80 406 12,23 28 10,41 157
Relatório Exames Nacionais 2010 75_90
Área – Português‐Latim ‐ 1
Português 639
Literatura Portuguesa
734
Português LNM 739
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores 9,92 1053 8,09 58 – –
RA. da Madeira 10,14 1298 9,30 78 – –
Minho‐Lima 11,67 1143 12,57 23 – –
Cávado 11,49 2263 10,13 72 – –
Ave 10,78 2449 10,09 98 14,60 1
Grande Porto 11,57 6199 10,55 203 – –
Tâmega 10,37 2389 9,62 145 – –
Entre Douro e Vouga 11,02 1238 11,92 61 – –
Douro 10,96 1053 10,65 68 – –
Alto Trás‐os‐Montes 11,03 891 11,46 60 – –
Baixo Vouga 10,95 1655 11,03 37 – –
Baixo Mondego 11,56 1760 9,51 59 – –
Pinhal Litoral 11,21 1326 – – – –
Pinhal Interior Norte 9,67 396 10,37 6 – –
Pinhal Interior Sul 10,30 150 – – – –
Dão‐Lafões 10,93 1457 11,05 8 – –
Serra da Estrela 11,28 177 – – – –
Beira Interior Norte 10,65 538 12,88 9 13,00 1
Beira Interior Sul 11,55 292 9,38 18 – –
Cova da Beira 11,06 422 9,61 18 – –
Oeste 10,97 1570 10,35 28 – –
Médio Tejo 11,67 1209 12,05 34 – –
Grande Lisboa 11,04 9363 10,16 340 9,98 8
Península de Setúbal 10,23 3211 9,30 128 – –
Lezíria do Tejo 11,72 943 13,61 21 – –
Alentejo Litoral 10,84 355 9,60 19 – –
Alto Alentejo 10,69 438 8,70 23 – –
Alentejo Central 10,18 756 12,17 56 – –
Baixo Alentejo 10,82 451 10,38 23 – –
Algarve 10,54 1744 11,30 62 12,50 2
Português LNM – Português Língua Não‐Materna Português DA – Português para alunos deficientes auditivos de grau severo ou profundo
Relatório Exames Nacionais 2010 76_90
Área – Português‐Latim ‐2
Português LNM 839
Português DA 239
Latim A 732
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores – – 13,20 1 11,44 8
RA. da Madeira 9,70 2 17,60 1 10,43 7
Minho‐Lima 13,20 1 – – – –
Cávado 15,00 3 – – 11,61 41
Ave 12,60 1 – – 13,36 9
Grande Porto 15,87 3 13,38 2 – –
Tâmega 16,10 2 12,90 1 – –
Entre Douro e Vouga 15,20 1 – – – –
Douro 14,70 2 – – 9,40 7
Alto Trás‐os‐Montes – – – – – –
Baixo Vouga 16,20 1 – – 11,55 16
Baixo Mondego 15,72 5 – – 14,17 7
Pinhal Litoral – – – – 14,31 7
Pinhal Interior Norte 17,20 1 – – – –
Pinhal Interior Sul – – – – 8,51 11
Dão‐Lafões – – – – – –
Serra da Estrela – – – – – –
Beira Interior Norte 17,60 1 – – – –
Beira Interior Sul – – – – – –
Cova da Beira – – – – – –
Oeste 16,20 4 – – – –
Médio Tejo 16,60 1 – – – –
Grande Lisboa 13,49 47 8,44 1 10,88 20
Península de Setúbal 14,93 9 – – 9,75 6
Lezíria do Tejo – – – – – –
Alentejo Litoral 14,64 5 – – – –
Alto Alentejo – – – – – –
Alentejo Central 16,00 1 – – 7,70 1
Baixo Alentejo – – – – – –
Algarve 16,38 13 – – 13,59 13
Português LNM – Português Língua Não‐Materna Português DA – Português para alunos deficientes auditivos de grau severo ou profundo
Relatório Exames Nacionais 2010 77_90
Área – Línguas Estrangeiras ‐1
Alemão iniciação 501
Espanhol iniciação 547
Francês continuação 517
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores 12,33 40 – – 9,92 30
RA. da Madeira 11,68 85 – – 11,40 80
Minho‐Lima – – 15,98 23 – –
Cávado 13,61 16 16,04 58 11,57 47
Ave 12,22 19 15,54 76 13,78 23
Grande Porto 14,79 68 14,81 494 11,71 115
Tâmega 13,01 20 14,69 108 10,41 65
Entre Douro e Vouga – – 14,34 93 13,71 34
Douro 11,79 8 13,09 38 7,03 9
Alto Trás‐os‐Montes 9,85 18 15,12 6 11,47 18
Baixo Vouga 11,51 8 14,36 114 11,82 39
Baixo Mondego 16,09 12 18,38 13 14,41 7
Pinhal Litoral 15,45 42 15,13 34 12,49 12
Pinhal Interior Norte – – – – 9,74 29
Pinhal Interior Sul – – – – – –
Dão‐Lafões 13,93 12 13,55 45 11,84 5
Serra da Estrela – – – – – –
Beira Interior Norte – – 15,74 16 9,57 13
Beira Interior Sul – – 14,15 13 – –
Cova da Beira – – 11,93 26 – –
Oeste 13,37 43 15,98 97 12,08 54
Médio Tejo – – 14,60 76 14,94 11
Grande Lisboa 13,04 168 14,60 192 11,64 558
Península de Setúbal 12,57 70 15,20 82 11,60 163
Lezíria do Tejo – – 14,37 6 12,88 49
Alentejo Litoral – – 14,22 22 – –
Alto Alentejo 8,27 6 15,83 27 6,94 7
Alentejo Central 13,40 4 14,33 66 12,62 17
Baixo Alentejo – – 16,46 19 – –
Algarve 13,64 50 15,07 202 12,66 30
Relatório Exames Nacionais 2010 78_90
Área – Línguas Estrangeiras ‐2
Inglês continuação 550
Espanhol continuação 847
Alemão continuação 801
NUT III
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
Média N.º de alunos
RA. dos Açores – – – – – –
RA. da Madeira – – – – – –
Minho‐Lima 14,27 13 – – – –
Cávado – – – – – –
Ave – – – – – –
Grande Porto 11,70 1 – – – –
Tâmega – – – – – –
Entre Douro e Vouga 15,99 16 – – – –
Douro – – – – – –
Alto Trás‐os‐Montes – – – – – –
Baixo Vouga – – – – – –
Baixo Mondego – – – – – –
Pinhal Litoral – – – – – –
Pinhal Interior Norte – – – – – –
Pinhal Interior Sul – – – – – –
Dão‐Lafões 11,61 9 13,27 7 – –
Serra da Estrela – – – – – –
Beira Interior Norte – – – – – –
Beira Interior Sul – – – – – –
Cova da Beira – – – – – –
Oeste 14,8 27 – – – –
Médio Tejo – – – – – –
Grande Lisboa – – – – – –
Península de Setúbal 19,50 1 – – – –
Lezíria do Tejo 13,475 8 – – – –
Alentejo Litoral 15,49 8 – – – –
Alto Alentejo – – 10,39 18 – –
Alentejo Central – – – – – –
Baixo Alentejo – – – – – –
Algarve – – 12,77 6 14,61 3
Relatório Exames Nacionais 2010 79_90
ANEXO 5 Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUT III (%) 2010, 1.ª Fase. Alunos Internos. Área – Português ‐ Latim
Classificação ≥ 10 valores
NUT III Português 639
Literatura Portuguesa
734
Latim 732
R.A. dos Açores 62,3 29,3 75,0
R.A. da Madeira 57,7 48,7 71,4
Minho‐Lima 80,4 78,3 –
Cávado 77,6 61,1 68,3
Ave 70,6 62,2 77,8
Grande Porto 76,9 69,0 – Tâmega 64,1 55,9 – Entre Douro e Vouga 71,0 82,0 – Douro 69,5 63,2 71,4
Alto Trás‐os‐Montes 71,8 65,0 –
Baixo Vouga 71,3 70,3 62,5
Baixo Mondego 77,4 55,9 85,7
Pinhal Litoral 75,6 – 85,7
Pinhal Interior Norte 56,8 50,0 –
Pinhal Interior Sul 58,7 – 54,5
Dão‐Lafões 69,7 75,0 – Serra da Estrela 70,1 – – Beira Interior Norte 64,5 88,9 – Beira Interior Sul 76,4 44,4 – Cova da Beira 70,9 55,6 – Oeste 71,6 60,7 – Médio Tejo 77,7 82,4 – Grande Lisboa 73,2 62,9 55,0
Península de Setúbal 62,8 53,1 66,7
Lezíria do Tejo 79,2 100,0 – Alentejo Litoral 66,2 63,2 – Alto Alentejo 68,5 47,8 – Alentejo Central 63,4 83,9 0,0
Baixo Alentejo 70,7 65,2 –
Algarve 67,1 69,4 92,3
Relatório Exames Nacionais 2010 80_90
Área de Matemática
Classificação ≥ 10 valores
NUT III Matemática A
635 Matemática B
735
Mat. Aplic. Ciências Sociais 835
R.A. dos Açores 61,9 49,4 48,2
R.A. da Madeira 59,2 73,3 48,3
Minho‐Lima 70,3 68,8 49,5
Cávado 74,9 78,2 63,6
Ave 65,3 65,3 56,5
Grande Porto 75,5 70,7 56,2
Tâmega 65,0 27,6 52,2
Entre Douro e Vouga 72,2 51,2 70,9
Douro 69,1 79,3 44,0
Alto Trás‐os‐Montes 64,3 53,8 51,2
Baixo Vouga 81,5 88,1 67,5
Baixo Mondego 80,7 80,2 62,8
Pinhal Litoral 82,0 76,2 72,9
Pinhal Interior Norte 66,7 100,0 68,5
Pinhal Interior Sul 65,5 – 72,2
Dão‐Lafões 78,8 70,0 56,0
Serra da Estrela 77,5 – 40,0
Beira Interior Norte 66,1 66,7 31,8
Beira Interior Sul 73,5 87,5 45,5
Cova da Beira 69,8 80,0 57,7
Oeste 73,3 76,8 65,7
Médio Tejo 75,9 70,2 57,9
Grande Lisboa 78,3 69,6 60,0
Península de Setúbal 67,6 55,6 55,7
Lezíria do Tejo 68,1 61,9 48,9
Alentejo Litoral 70,6 73,7 39,3
Alto Alentejo 53,7 61,1 40,5
Alentejo Central 59,8 81,5 50,7
Baixo Alentejo 65,1 83,3 61,9
Algarve 71,5 55,7 65,5
Relatório Exames Nacionais 2010 81_90
Área de Ciências Naturais
Classificação ≥ 10 valores
NUT III Biologia e Geologia
702
Física e Química A
715 R.A. dos Açores 41,8 23,0
R.A. da Madeira 41,8 28,2
Minho‐Lima 53,8 34,3
Cávado 56,7 34,0
Ave 53,1 37,8
Grande Porto 56,5 42,5
Tâmega 48,8 30,5
Entre Douro e Vouga 55,9 37,8
Douro 46,8 29,3
Alto Trás‐os‐Montes 49,0 31,8
Baixo Vouga 52,3 43,2
Baixo Mondego 60,0 47,0
Pinhal Litoral 60,4 42,0
Pinhal Interior Norte 47,3 38,3
Pinhal Interior Sul 53,0 32,2
Dão‐Lafões 59,4 45,2
Serra da Estrela 47,2 34,8
Beira Interior Norte 47,4 32,8
Beira Interior Sul 47,7 39,4
Cova da Beira 47,1 40,9
Oeste 57,9 44,4
Médio Tejo 57,1 37,9
Grande Lisboa 55,7 43,6
Península de Setúbal 48,8 31,4
Lezíria do Tejo 47,3 27,8
Alentejo Litoral 47,9 28,5
Alto Alentejo 49,0 28,0
Alentejo Central 56,0 33,9
Baixo Alentejo 48,5 26,0
Algarve 52,1 37,1
Relatório Exames Nacionais 2010 82_90
Área Ciências Sociais
Classificação ≥ 10 valores
NUT III Economia A 712
Geografia A 719
História A 623
História B 723
Hist. da Cultura e das Artes
724 R.A. dos Açores 74,5 73,9 80,1 – 65,5
R.A. da Madeira 87,2 56,9 68,2 51,9 93,1
Minho‐Lima 85,9 76,4 81,4 94,1 87,7
Cávado 89,7 79,0 87,9 44,4 79,1
Ave 88,8 71,5 82,6 91,7 72,8
Grande Porto 91,7 74,4 81,9 85,3 79,2
Tâmega 80,5 73,5 72,0 – 76,7
Entre Douro e Vouga 90,2 71,0 84,0 92,3 51,4
Douro 87,2 71,3 64,2 – 40,0
Alto Trás‐os‐Montes 58,6 69,8 81,5 55,6 45,5
Baixo Vouga 88,5 78,5 81,7 95,5 80,4
Baixo Mondego 95,3 76,3 79,9 95,0 84,4
Pinhal Litoral 91,0 83,1 88,6 76,9 50,9
Pinhal Interior Norte – 77,5 81,0 – –
Pinhal Interior Sul – 69,7 75,8 – –
Dão‐Lafões 88,1 72,1 65,9 76,2 64,5
Serra da Estrela – 83,3 82,4 – 100,0
Beira Interior Norte 95,2 80,3 89,5 – 58,6
Beira Interior Sul 100,0 67,2 85,7 – 75,0
Cova da Beira 87,5 90,4 82,9 – 71,4
Oeste 87,9 75,2 83,5 72,7 55,7
Médio Tejo 82,4 80,6 71,5 – 86,3
Grande Lisboa 88,5 75,8 81,9 86,8 69,4
Península de Setúbal 83,6 67,7 73,4 68,2 68,0
Lezíria do Tejo 81,1 78,4 70,5 – 76,7
Alentejo Litoral 80,6 76,2 75,9 – 90,0
Alto Alentejo 59,1 57,6 60,4 – 28,6
Alentejo Central 81,3 62,5 72,5 54,5 65,7
Baixo Alentejo 86,7 76,3 70,9 – 81,6
Algarve 80,9 66,3 77,3 86,8 65,6
Relatório Exames Nacionais 2010 83_90
Área Línguas Estrangeiras
Classificação ≥ 10 valores NUT III Alemão
501 Francês 517
Inglês 550
Espanhol 547
Espanhol 847
R.A. dos Açores 85,0 63,3 – – –
R.A. da Madeira 76,5 68,8 – – –
Minho‐Lima – – 100,0 100,0 – Cávado 93,8 80,9 – 100,0 – Ave 78,9 91,3 – 97,4 – Grande Porto 95,6 73,0 100,0 97,4 – Tâmega 95,0 52,3 – 96,3 – Entre Douro e Vouga – 97,1 100,0 97,8 – Douro 87,5 22,2 – 92,1 – Alto Trás‐os‐Montes 50,0 77,8 – 100,0 – Baixo Vouga 75,0 79,5 – 98,2 – Baixo Mondego 100,0 100,0 – 100,0 – Pinhal Litoral 92,9 91,7 – 100,0 – Pinhal Interior Norte – 44,8 – – – Pinhal Interior Sul – – – – – Dão‐Lafões 91,7 80,0 77,8 93,3 100,0
Serra da Estrela – – – – – Beira Interior Norte – 53,8 – 100,0 – Beira Interior Sul – – – 100,0 – Cova da Beira – – – 84,6 – Oeste 90,7 72,2 88,9 100,0 – Médio Tejo – 90,9 – 98,7 – Grande Lisboa 87,5 72,9 – 96,9 – Península de Setúbal 82,9 75,5 100,0 97,6 – Lezíria do Tejo – 81,6 87,5 100,0 – Alentejo Litoral – – 100,0 100,0 – Alto Alentejo 50,0 28,6 – 100,0 55,6
Alentejo Central 100,0 94,1 – 95,5 – Baixo Alentejo 90,0 – – 100,0 – Algarve – 83,3 – 98,5 83,3
Relatório Exames Nacionais 2010 84_90
Área Expressões
Classificação ≥ 10 valores
NUT III Desenho A 706
Geometria Descritiva A
708 R.A. dos Açores 88,2 63,1
R.A. da Madeira 82,4 38,0
Minho‐Lima 86,8 42,5
Cávado 91,3 54,7
Ave 88,6 34,0
Grande Porto 92,2 52,4
Tâmega 88,2 30,0
Entre Douro e Vouga 93,3 38,4
Douro 84,4 42,1
Alto Trás‐os‐Montes 96,8 29,8
Baixo Vouga 97,3 57,8
Baixo Mondego 85,6 39,5
Pinhal Litoral 84,9 35,6
Pinhal Interior Norte – 30,8
Pinhal Interior Sul – 60,0
Dão‐Lafões 78,6 37,4
Serra da Estrela 82,4 10,0
Beira Interior Norte 96,3 14,9
Beira Interior Sul 100,0 36,0
Cova da Beira 100,0 39,6
Oeste 87,5 55,3
Médio Tejo 93,9 40,3
Grande Lisboa 88,6 52,3
Península de Setúbal 94,9 37,9
Lezíria do Tejo 91,8 40,2
Alentejo Litoral 100,0 36,1
Alto Alentejo 80,8 14,7
Alentejo Central 88,0 35,2
Baixo Alentejo 97,2 22,2
Algarve 76,1 29,5
Relatório Exames Nacionais 2010 85_90
ANEXO 6 Resultados dos Exames do Secundário, por NUT III – 2010, 1.ª FASE, Alunos Internos 2010 ‐ Números índice, Portugal=100; 2010‐2009 ‐ Diferença de valor índice entre 2010 e 2009. Área – Ciências Naturais
Biologia e Geologia 702
Física e Química A 715 NUT III
2010 (2010‐2009) 2010 (2010‐2009) R.A. dos Açores 92,5 1,5 91,7 ‐3,8
R.A. da Madeira 91,1 1,7 85,6 2,8
Minho‐Lima 100,3 ‐0,5 96,2 ‐0,3
Cávado 101,9 4,6 96,2 ‐4,5
Ave 99,4 2,6 99,3 7,6
Grande Porto 103,1 0,7 104,6 1,9
Tâmega 96,4 5,5 91,3 1,8
Entre Douro e Vouga 102,4 1,9 99,4 0,1
Douro 96,1 0,1 89,7 ‐8,4
Alto Trás‐os‐Montes 97,3 ‐0,9 90,8 1,6
Baixo Vouga 98,4 ‐6,2 104,3 ‐5,2
Baixo Mondego 106,9 ‐0,7 110,8 ‐4,1
Pinhal Litoral 105,1 ‐0,9 104,2 ‐0,7
Pinhal Interior Norte 96,5 2,0 99,7 8,4
Pinhal Interior Sul 97,6 ‐2,3 88,9 ‐10,6
Dão‐Lafões 103,2 1,2 111,0 3,7
Serra da Estrela 96,4 ‐6,4 93,8 ‐6,2
Beira Interior Norte 91,6 ‐6,8 93,1 ‐3,2
Beira Interior Sul 94,4 0,8 99,8 ‐2,6
Cova da Beira 93,8 ‐6,5 107,1 7,8
Oeste 102,1 ‐0,6 105,8 6,6
Médio Tejo 101,7 ‐4,0 98,9 ‐2,9
Grande Lisboa 102,4 ‐2,7 107,0 ‐1,7
Península de Setúbal 95,9 1,4 93,5 ‐0,3
Lezíria do Tejo 95,4 ‐0,6 92,3 1,9
Alentejo Litoral 95,8 ‐6,3 91,3 ‐5,2
Alto Alentejo 95,7 ‐0,1 87,1 3,2
Alentejo Central 101,4 5,5 97,9 3,4
Baixo Alentejo 96,1 0,9 87,5 ‐0,7
Algarve 99,4 0,6 99,6 1,9
Relatório Exames Nacionais 2010 86_90
Área – Matemática
Matemática A 635
Matemática B 735
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
835 NUT III
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
R.A. dos Açores 88,8 ‐12,4 100,9 0,7 94,2 2,1
R.A. da Madeira 93,9 ‐3,3 85,9 ‐22,4 90,6 ‐0,1
Minho‐Lima 98,6 ‐0,9 102,4 ‐1,1 95,8 ‐2,9
Cávado 102,9 1,7 107,0 2,3 103,4 ‐5,3
Ave 93,4 0,8 99,1 10,4 99,2 1,0
Grande Porto 104,1 2,1 104,1 0,7 101,0 ‐3,2
Tâmega 91,7 ‐1,0 65,7 ‐34,9 96,3 0,8
Entre Douro e Vouga 100,7 0,0 91,3 ‐6,3 115,4 10,0
Douro 97,7 4,9 108,2 ‐0,7 90,2 6,5
Alto Trás‐os‐Montes 95,3 6,6 80,8 ‐32,5 91,1 2,7
Baixo Vouga 104,9 0,8 111,9 18,6 108,8 ‐3,9
Baixo Mondego 110,1 ‐0,6 113,0 5,6 104,5 4,6
Pinhal Litoral 109,1 5,6 106,7 1,8 111,8 0,4
Pinhal Interior Norte 94,3 ‐3,6 119,8 – 120,0 16,5
Pinhal Interior Sul 92,9 10,6 – – 106,0 ‐0,3
Dão‐Lafões 105,2 4,6 95,1 ‐8,7 101,5 ‐0,7
Serra da Estrela 100,2 4,2 – – 84,0 4,8
Beira Interior Norte 92,9 ‐4,9 98,1 6,9 80,3 ‐18,2
Beira Interior Sul 100,9 1,6 121,5 50,9 89,5 ‐16,8
Cova da Beira 96,1 ‐3,9 116,7 19,6 98,4 12,2
Oeste 101,1 3,0 105,6 15,1 108,1 ‐2,3
Médio Tejo 102,0 0,7 107,6 4,5 97,1 ‐9,1
Grande Lisboa 105,3 ‐2,3 101,0 ‐5,1 102,7 ‐0,6
Península de Setúbal 95,0 0,6 90,2 ‐1,1 98,8 4,1
Lezíria do Tejo 95,0 2,4 98,6 ‐3,7 93,6 6,4
Alentejo Litoral 97,9 ‐0,9 102,3 16,5 91,3 ‐3,1
Alto Alentejo 81,0 ‐7,4 87,3 24,4 86,3 1,1
Alentejo Central 86,3 ‐8,3 111,6 17,1 95,3 9,9
Baixo Alentejo 92,5 ‐7,4 116,6 4,8 98,4 ‐8,7
Algarve 97,8 ‐0,5 88,9 4,4 106,8 11,3
Relatório Exames Nacionais 2010 87_90
Área – Expressões
Geometria Descritiva A 708
Desenho A 706 NUT III
2010 (2010‐2009) 2010 (2010‐2009) R.A. dos Açores 120,1 25,9 102,0 20,9
R.A. da Madeira 90,1 ‐1,2 110,8 4,1
Minho‐Lima 97,1 11,6 95,3 2,3
Cávado 111,8 10,5 99,2 3,6
Ave 87,1 1,4 95,7 4,4
Grande Porto 109,0 2,1 102,1 ‐0,9
Tâmega 81,6 ‐1,9 95,8 ‐2,0
Entre Douro e Vouga 92,7 ‐12,9 102,5 15,1
Douro 94,5 6,9 91,9 ‐13,8
Alto Trás‐os‐Montes 81,7 1,6 108,8 2,2
Baixo Vouga 115,4 5,2 109,1 ‐2,0
Baixo Mondego 95,2 ‐10,7 95,3 ‐1,1
Pinhal Litoral 89,3 ‐5,9 87,6 ‐14,1
Pinhal Interior Norte 81,7 ‐0,1 – –
Pinhal Interior Sul 119,4 27,0 – –
Dão‐Lafões 90,4 ‐6,0 90,1 ‐6,1
Serra da Estrela 76,8 15,1 92,7 ‐11,6
Beira Interior Norte 57,6 ‐38,3 101,1 5,4
Beira Interior Sul 83,2 6,4 128,3 29,9
Cova da Beira 91,6 11,0 103,2 1,5
Oeste 112,7 15,8 100,9 6,5
Médio Tejo 95,8 ‐6,7 110,2 6,1
Grande Lisboa 112,3 1,4 100,9 ‐6,0
Península de Setúbal 92,8 5,3 103,1 6,4
Lezíria do Tejo 99,4 ‐18,9 108,7 18,8
Alentejo Litoral 85,0 3,5 105,9 17,5
Alto Alentejo 68,6 7,2 94,6 6,0
Alentejo Central 86,5 ‐9,7 91,7 ‐1,6
Baixo Alentejo 80,7 1,8 108,1 13,3
Algarve 82,2 ‐12,7 90,8 ‐9,0
Relatório Exames Nacionais 2010 88_90
Área – Ciências Sociais
Economia A 712
Geografia A 719
História A 623
História B 723
História da Cultura e da
Artes 724
NUT III
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
R.A. dos Açores 97,6 ‐2,3 89,8 0,2 88,4 ‐1,6 – – 101,2 19,5
R.A. da Madeira 89,4 1,8 101,9 1,7 99,5 ‐0,4 78,7 6,7 112,1 ‐15,3
Minho‐Lima 97,3 ‐2,2 101,8 0,1 104,5 6,6 100,3 17,1 101,6 9,1
Cávado 106,5 5,7 104,9 2,6 104,9 ‐2,1 74,3 ‐27,9 104,1 27,7
Ave 100,6 2,8 97,9 ‐1,5 103,0 0,7 102,8 20,0 97,1 1,4
Grande Porto 108,2 0,5 101,3 ‐3,3 104,3 2,9 103,1 ‐16,3 104,2 ‐5,3
Tâmega 95,4 3,9 98,8 5,0 94,5 ‐1,7 – – 104,2 14,0
Entre Douro e Vouga 99,9 7,0 99,2 2,0 104,5 4,1 80,5 ‐34,3 90,6 ‐9,8
Douro 95,4 3,6 96,0 6,2 89,1 ‐10,3 – – 82,7 ‐14,2
Alto Trás‐os‐Montes 74,7 ‐7,3 95,4 4,5 101,3 6,0 81,5 2,8 84,7 9,4
Baixo Vouga 97,8 ‐5,9 102,4 1,0 100,4 1,5 119,4 5,6 116,2 6,6
Baixo Mondego 111,7 9,6 102,1 1,7 103,9 1,9 121,6 ‐7,7 109,3 8,0
Pinhal Litoral 103,1 0,1 109,5 1,2 109,0 4,4 98,1 ‐13,3 88,7 ‐8,9
Pinhal Interior Norte – – 102,5 13,8 96,5 ‐3,4 – – – –
Pinhal Interior Sul – – 100,5 2,8 95,0 16,1 – – – –
Dão‐Lafões 98,2 2,6 98,4 2,8 90,5 ‐3,3 87,1 3,6 95,5 8,9
Serra da Estrela – – 107,3 7,9 100,8 0,8 – – 110,0 24,1
Beira Interior Norte 111,6 13,8 103,0 9,6 107,3 22,4 – – 92,5 2,7
Beira Interior Sul 101,0 ‐1,0 96,7 ‐10,4 109,5 25,9 – – 92,6 10,1
Cova da Beira 87,7 ‐8,6 106,4 4,6 101,5 15,3 – – 101,9 ‐1,4
Oeste 95,9 ‐5,0 102,8 0,5 105,3 ‐0,2 97,0 ‐24,4 89,8 ‐6,1
Médio Tejo 90,6 ‐11,1 102,1 ‐3,2 93,9 ‐10,2 – 108,3 0,3
Grande Lisboa 101,9 ‐1,1 102,1 ‐0,8 103,1 ‐0,6 104,7 ‐5,8 100,3 ‐3,2
Península de Setúbal 97,1 0,8 95,5 ‐0,3 96,7 ‐0,6 92,2 ‐1,1 96,5 ‐7,2
Lezíria do Tejo 87,5 ‐10,6 101,4 0,7 94,1 ‐3,2 – – 106,5 11,2
Alentejo Litoral 99,1 ‐1,0 102,3 ‐1,1 96,8 3,8 – – 102,7 ‐19,2
Alto Alentejo 77,4 ‐17,0 87,9 ‐1,0 83,5 ‐9,1 – – 74,9 9,0
Alentejo Central 92,3 ‐7,6 93,3 ‐1,1 93,9 ‐2,8 77,3 ‐64,4 98,6 ‐5,2
Baixo Alentejo 100,2 12,2 99,2 3,2 94,0 5,8 – – 106,8 3,3
Algarve 94,7 ‐1,0 95,9 ‐0,6 99,0 ‐2,8 99,6 ‐9,2 95,4 2,7
Relatório Exames Nacionais 2010 89_90
Área – Português‐Latim
Português 639
Literatura Portuguesa 724
NUT III
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
R.A. dos Açores 90,3 0,4 78,5 ‐26,6
R.A. da Madeira 92,3 0,4 90,2 ‐5,8
Minho‐Lima 106,3 6,6 122,0 25,9
Cávado 104,7 1,3 98,2 ‐3,3
Ave 98,2 ‐3,7 97,9 ‐7,1
Grande Porto 105,4 1,1 102,3 ‐2,4
Tâmega 94,5 ‐2,2 93,3 1,0
Entre Douro e Vouga 100,4 ‐0,5 115,7 17,1
Douro 99,8 1,7 103,3 9,7
Alto Trás‐os‐Montes 100,5 2,7 111,2 11,5
Baixo Vouga 99,7 ‐1,5 107,0 3,6
Baixo Mondego 105,2 3,8 92,3 ‐4,5
Pinhal Litoral 102,1 2,3 – –
Pinhal Interior Norte 88,1 ‐12,0 100,5 ‐5,9
Pinhal Interior Sul 93,8 ‐0,3 – –
Dão‐Lafões 99,5 ‐0,2 107,2 6,9
Serra da Estrela 102,7 ‐1,6 – –
Beira Interior Norte 97,0 ‐1,4 124,9 –
Beira Interior Sul 105,2 ‐1,2 91,0 –
Cova da Beira 100,7 5,4 93,2 ‐7,0
Oeste 99,9 ‐1,2 100,4 4,9
Médio Tejo 106,3 3,5 116,9 ‐6,5
Grande Lisboa 100,5 0,2 98,5 1,7
Península de Setúbal 93,2 ‐3,6 90,2 ‐7,7
Lezíria do Tejo 106,7 6,1 132,0 ‐6,2
Alentejo Litoral 98,7 0,2 93,1 ‐7,7
Alto Alentejo 97,4 ‐3,7 84,4 ‐10,2
Alentejo Central 92,7 ‐7,1 118,1 21,1
Baixo Alentejo 98,5 0,4 100,7 ‐6,3
Algarve 96,0 0,7 109,6 8,4
Relatório Exames Nacionais 2010 90_90
Área – Línguas Estrangeiras
Alemão iniciação 501
Espanhol iniciação 547
Francês continuação517
NUT III
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
2010 (2010‐2009)
R.A. dos Açores 94,3 ‐10,3 – – 85,2 ‐2,9
R.A. da Madeira 89,4 1,8 – – 97,9 ‐2,5
Minho‐Lima – – 107,7 3,8 – –
Cávado 104,2 10,0 108,1 16,3 99,4 ‐7,1
Ave 93,5 ‐19,6 104,7 10,2 118,3 9,2
Grande Porto 113,2 0,7 99,8 ‐0,2 100,5 ‐1,1
Tâmega 99,5 36,7 99,0 ‐5,7 89,4 ‐9,4
Entre Douro e Vouga – – 96,7 ‐8,5 117,7 9,0
Douro 90,2 ‐12,7 88,2 ‐1,2 60,4 ‐37,3
Alto Trás‐os‐Montes 75,4 ‐13,2 101,9 8,8 98,5 ‐4,0
Baixo Vouga 88,1 ‐5,3 96,7 ‐1,4 101,5 4,6
Baixo Mondego 123,1 13,0 123,8 32,4 123,7 18,9
Pinhal Litoral 118,2 13,4 102,0 4,2 107,2 14,5
Pinhal Interior Norte – – – – 83,6 –
Pinhal Interior Sul – – – – – –
Dão‐Lafões 106,5 14,2 91,3 ‐14,9 101,6 29,5
Serra da Estrela – – – – – –
Beira Interior Norte – – 106,1 11,7 82,1 ‐20,2
Beira Interior Sul – – 95,4 ‐11,6 – –
Cova da Beira – – 80,4 ‐20,1 – –
Oeste 102,3 0,2 107,7 9,4 103,7 1,0
Médio Tejo – – 98,4 7,1 128,2 9,6
Grande Lisboa 99,7 ‐0,6 98,4 ‐0,2 99,9 1,8
Península de Setúbal 96,2 ‐0,7 102,4 ‐1,6 99,6 ‐1,3
Lezíria do Tejo – – 96,8 17,6 110,6 1,2
Alentejo Litoral – – 95,8 ‐6,0 – –
Alto Alentejo 63,2 – 106,6 9,1 59,6 –
Alentejo Central 102,5 11,8 96,5 ‐7,0 108,3 8,5
Baixo Alentejo – – 110,9 3,3 – –
Algarve 104,3 13,2 101,5 ‐1,0 108,7 6,1