Post on 31-Dec-2015
description
DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E A BUSCA PELA QUALIDADE
Residente: flávia r. cunha.
Tendências no gerenciamento A área da saúde vem se desenvolvendo
gerencialmente para responder a alguns problemas: Aumento dos custos, sem aumento da
capacidade resolutiva dos serviços; Restrições crescentes ao acesso, no caso dos
serviços privados; Queda da qualidade dos serviços públicos
(aumento constante dos custos).
Do lado dos pacientes...
Críticas em relação à burocratização dos procedimentos e rotinas de acesso aos serviços;
Restrições quanto a liberdade de escolha dos médicos e estabelecimentos de saúde;
Condições pactuadas nos planos de saúde.
Do lado dos pacientes...
Do lado dos médicos...
Perda de autonomia para prescrever exames e medicamentos para não diminuir a relação custo x efetividade;
Padronização de rotinas e serviços aumenta a possibilidade de erros que não são contemplados em estudos econômicos e gerenciais.
Consequências
Resistência dos profissionais da saúde;
Resultados não são instantâneos;
Percepção negativa por parte dos pacientes, que condicionam qualidade ao atendimento, e não à efetividade do tratamento.
Programas de Gerenciamento O desenvolvimento de novas
técnicas de gerenciamento vem aumentando por causa dos resultados obtidos, como maior capacidade de gerenciamento da saúde, diminuição dos custos e aumento da qualidade.
Problemas da Administração Tradicional do Setor Saúde Complexidade do sistema; Baixa competitividade, reduzindo a
qualidade; Multi-emprego de médicos e
profissionais de saúde; Baixo grau de prevenção; Incorporação acrítica de tecnologias.
Problemas da Administração Tradicional do Setor Saúde Ausência de Qualidade:
Está associada: rapidez do atendimento, tratamento atencioso e civilizado, limpeza das instalações, capacidade de solucionar os problemas, conforto oferecido;
O serviço de saúde dirigido pela oferta não se preocupa com a prevenção;
Aumento da capacidade gerencial do setor tem grande relação com a qualidade.
Inovações no Gerenciamento da Saúde Alianças entre hospitais e médicos,
formando organizações destinadas a competir no mercado de prestação de serviços;
Introdução de tecnologia computacional nos sistemas de informação, registro, controle, prontuário e focalização dos usuários.
Inovações no Gerenciamento da Saúde
Evolução da administração hospitalar: hospital passa a ser
administrado como uma empresa de qualquer outro
setor, reconhecendo concorrência e necessidades
organizacionais.
Cenário da Saúde
Mercado extremamente focado em tecnologia: melhores tecnologias a custos mais altos;
Legislação da Saúde pressionando os custos: exigência de novos métodos, sem a contrapartida financeira;
Pressão do maior comprador dos serviços hospitalares, o SUS: Limita o crescimento do hospital com base na capacidade de compra do Gestor Público;
Subfinanciamento do SUS: Para cada R$ 100,00 de custo, o SUS paga R$ 65,00;
Cenário da Saúde
Pressão das operadoras de planos de seguro e saúde por preços menores;
Modelo de contratualização precisando de ajustes;
Responsabilidade social;
Envelhecimento populacional;
Necessidade de mais leitos de UTI, Semi-leitos de retaguarda e leitos de curta permanência;
Cenário da Saúde
BRASIL: 181 escolas médicas (100 na última década) – formando médicos despreparados.
Necessidade de capacitação de recursos humanos contínua;
Especialização crescente dos médicos;
Maior especialização da enfermagem;
Maior envolvimento dos outros profissionais da saúde ;
Cenário da Saúde
Integração das ações na equipe de saúde – articulação de discussão de diretrizes;
Melhor remuneração associada a maior cobrança de resultados;
Segurança do paciente + Qualidade da assistência: Diretrizes assistenciais Protocolos institucionais
O HOSPITAL TERÁ QUE ADAPTAR-SE AO AUMENTO DA EXPECTATIVA DE
VIDA DA POPULAÇÃO, MUDANÇA DO PADRÃO DAS DOENÇAS, INTRODUÇÃO DE NOVAS
TECNOLOGIAS E MEDICAMENTOS (QUE NÃO DEVEM SER TEMIDAS),
AUMENTO DA EXPECTATIVA PÚBLICA E POLÍTICA, ASSIM COMO NOVAS
MODALIDADES DE FINANCIAMENTO.
Desenvolvimento Organizacional Necessidade de adaptações para as
exigências de um mercado dinâmico e exigente;
Eficiência e eficácia;
Clientes bem informados sobre o mercado;
Desenvolvimento Organizacional
Alternativas para atender as necessidades do mercado: Planejamento Estratégico; Programas de Recursos Humanos; Programas de Gerenciamento; Aprimoramento da Informação; Programas de QUALIDADE.
O que é Qualidade?
A Joint Comission (JCAHO) define qualidade como:
O grau de cuidado prestado ao paciente que aumenta a
probabilidade de obter o resultado desejado e diminui a probabilidade de
resultados indesejados.
O que é Qualidade?
Conjunto de características de um bem ou serviço que
satisfazem as necessidades e expectativas tanto do usuário
como da comunidade e também do profissional de
saúde (OPAS).
Por que buscar a Qualidade?
Resultados; Organização; Qualidade do trabalho e dos serviços
prestados; Custos; Redução de desperdícios; Diminuição de riscos.
Por que buscar a Qualidade?
Qualidade não é simplesmente atendimento às exigências do cliente no final, é também a conformidade com as
exigências de segurança e organização do serviço.
CONFIABILIDADE
Por que buscar a Qualidade? Mais de 90% dos problemas de uma
organização advêm de seus sistemas, processos e métodos de trabalho, e não de seus trabalhadores;
Uma mudança no sistema mudará o que as pessoas fazem. Mudar o que as pessoas fazem não mudará o sistema.
Maiores desafios:
Adesão da Alta Direção; Comprometimento do Corpo Clínico:
protocolos e usuários; Comprometimento geral; Gerenciamento por processos; Gerenciamento de Risco; Absorção da cultura da Qualidade.
O que é gestão da qualidade?
“Qualidade significa uma nova postura comportamental, não somente produzir mais, porém melhor, com menor custo,
menor desperdício, menos retrabalho.”
“Temos que ser mais efetivos, ou seja, fazer o que deve ser feito (eficácia), e bem feito (eficiência). Não podemos
desperdiçar tempo e recursos no atendimento à saúde, ela é muito cara!”
“Qualidade é um processo do topo para a base, é de responsabilidade, envolvimento e comprometimento do corpo
diretor, e esta liderança é indelegável.”
Davis Taublid
A Qualidade na Saúde
O impacto da Qualidade no serviço de saúde vai além do
cuidado ao paciente, incluindo também a família e a
sociedade.
O Surgimento da Qualidade na Saúde
Colégio Americano de Cirurgiões – Programa de Padronização Hospitalar (1924);
Garantiu um conjunto de padrões para melhorar a qualidade da assistência: Organização do corpo médico; Exercício da profissão; Conceito do corpo clínico; Preenchimento do prontuário; Recursos diagnósticos e terapêuticos, e a
existência de um laboratório clínico e departamento de radiologia.
O Surgimento da Qualidade na Saúde
Primeira avaliação de hospitais após o PPH: De 692 hospitais com mais de 100 leitos
avaliados, somente 89 cumpriram os padrões.
Já em 1950, 3.290 hospitais aprovados.
Em 1951 foi criada a Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais.
Em 1952 foi criado o programa de acreditação Joint Comission on Accreditation of Hospitals.
O Surgimento da Qualidade na Saúde
Na década de 60 a maioria dos hospitais atingiu os padrões mínimos de qualidade, então a Joint aumentou o grau de exigência;
Na década de 70 foi publicado o Accreditation Manual for Hospital, com padrões ótimos de qualidade, considerando processos e resultados.
O Surgimento da Qualidade na Saúde
Recentemente, direcionou sua atuação para o monitoramento de indicadores de desempenho, assumindo papel de educação com monitoramento.
Instituiu 4 níveis de acreditação: com distinção, sem recomendação, com recomendação e condicional.
Por que qualidade?
99,9% é um bom padrão? 0,1% de erro significa:
120 mil prescrições erradas de remédio/ano
15 mil quedas acidentais de RN em hospitais/ano
500 cirurgias incorretas/semana 2 mil correspondências perdidas/hora
Qualidade da Saúde no Brasil Década de 30 – Censo hospitalar do estado
de São Paulo, primeira proposta de regionalização e hierarquização;
1951 – 1° Congresso Nacional do Capítulo Brasileiro do Colégio Internacional de Cirurgiões: Padrões mínimos para Centro Cirúrgico Planta física e organização da unidade hospitalar Componentes do prontuário médico Normas gerais para funcionamento do hospital
Qualidade da Saúde no Brasil Em 1960, o Instituto de
Aposentadoria e Pensões dos Previdenciários já possuía padrões para acreditar hospitais:
Planta física; Equipamentos; Organização.
Qualidade da Saúde no Brasil Na década de 90, surgiram iniciativas para
a qualidade em diversos estados; Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o
Programa de Qualidade e estabeleceu a Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde;
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade estabeleceu a qualidade como projeto prioritário para o Ministério da Saúde para os anos de 97/98;
Qualidade da Saúde no Brasil Em 1997 o Ministério da Saúde
anunciou medidas para desenvolver a Acreditação;
Em 1998 foi lançado oficialmente o Programa Brasileiro de Acreditação e foram elaboradas propostas para o Sistema Nacional de Acreditação;
Qualidade da Saúde no Brasil No período entre 98 e 99, o
Ministério da Saúde iniciou o projeto “Acreditação no Brasil”, para melhorar a compreensão sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação;
O projeto resultou na criação da ONA.
Organização Nacional de Acreditação - ONA
Organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo;
Implantação e implementação nacional de um processo de melhoria da qualidade da saúde;
Credencia as Instituições Acreditadoras para avaliar e certificar a qualidade nas instituições de saúde.
O que é Acreditação?
Acreditação é o procedimento de avaliação dos recursos
institucionais, voluntário, periódico, reservado e sigiloso,
que tende a garantir a qualidade da assistência através de padrões
previamente aceitos.
O que é Acreditação?
Uma espécie de ramificação do programa de qualidade total, porém voltado a instituições da área da saúde;
Racionalização dos serviços de maneira a garantir a qualidade médico-hospitalar;
Garantir o cumprimento de normas de qualidade, favorecendo cada indivíduo como paciente e cidadão.
Preparação para Acreditação Sensibilização da comunidade
hospitalar; Criação de um grupo coordenador do
processo; Capacitação: desenvolvimento de
multiplicadores internos; Elaboração de Diagnóstico
Institucional, focalizando não conformidades e traçando plano de melhoria;
Preparação para Acreditação Definir prioridades de implantação; Criar grupos de trabalho para os ajustes
das não conformidades; Reuniões sistemáticas para o
monitoramento da execução dos planos de melhoria e avaliação setorial e global da Organização;
Avaliação interna; Visita de avaliação: CERTIFICAÇÃO.
Características da Acreditação A participação é voluntária; Há um conjunto de padrões contra os quais
as organizações são avaliadas; A avaliação de conformidade com os padrões
é conduzida por avaliadores independentes das organizações participantes;
Há um resultado de acreditação sob a forma de aprovado ou não ou uma escala de pontos que denota conformidade com os padrões – o “status” da acreditação;
Características da Acreditação Baseia-se no princípio do “tudo ou nada”; O padrão tem que ser totalmente
cumprido para que seja acreditado no nível avaliado;
Todas as áreas devem satisfazer um determinado nível, agregando-se dessa forma o conceito de homogeneidade;
O que define o resultado final é o menor nível.
Programas pioneiros
EUA: 1951, Joint Commission Hospital Accreditation;
Canadá: 1958, Canadian Council on Health Services Accreditation;
Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC; Reino Unido: 1986 e 1989, dois programas:
Hospital Accreditation Programme (HAP) King’s Fund (KFHQS);
Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on Healthcare Standards.
Programas de acreditação 1990: Reino Unido 1995: Finlândia 1996: Espanha (Catalunha) 1997: República Checa e Lituânia 1997: França 1998: Polônia e Suíça 1999: Letônia e Holanda 2000: Portugal 2001: Brasil 2001: Alemanha 2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia
Níveis de Acreditação
Certificação ONA – Nível 1 Princípio: Segurança (estrutura);
Padrão: Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente;
Identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança;
Gerenciamento de riscos.
Certificação ONA – Nível 1
Itens de orientação:
Responsabilidade técnica conforme legislação; Corpo funcional habilitado ou capacitado para
as necessidades dos serviços; Condições operacionais que atendam aos
requisitos de segurança para o cliente; Identificação, gerenciamento e controle de
riscos sanitários, ambientais, ocupacionais e relacionados à responsabilidade civil, infecções e biossegurança.
Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos
Risco e Fator de Risco
• É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado;
• É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador).
Gerenciamento de riscos
O conceito de risco possui dois elementos:
A probabilidade de um evento perigoso; são condições de uma variável com potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção;
Gerenciamento de riscos
Severidade da consequência do evento perigoso: expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo ou número de ciclos operacionais. Pode indicar ainda incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento.
Gerenciamento de riscos Foco da Acreditação - As necessidades dos clientes estão mudando
ao longo do tempo devido educação, economia, tecnologia e cultura;
- Estas mudanças requerem melhorias continuas da qualidade.
• Métodos Administrativos • Protocolos Assistenciais
Gerenciamento de Risco
Gerenciamento de riscos
Gestão do Risco
• Processo através do qual as organizações
lidam com o risco associado à sua atividade;
• Medidas de prevenção ou controle que devem
ser adotadas, para eliminar, prevenir ou
minimizar um ou vários pontos críticos ou de
risco.
Gerenciamento de riscos
Redução da probabilidade da ocorrência de Eventos Adversos
ACESSO
RACIONALIDADE
SEGURANÇA
QUALIDADE
CUSTO
Gerenciamento de riscos Riscos Ambientais
- Probabilidade de ocorrer um evento bem definido, que pode causar algum dano relacionado a(s):
• Saúde;
• Unidades operacionais;
• Econômico;
• Social.
Gerenciamento de riscos
Riscos Ambientais
A ocorrência de lesões causadas por dispositivos médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros fatores, como por exemplo, o transporte externo e interno, armazenamento ou instalação do produto.
Gerenciamento de riscos
Riscos Ambientais• Não contêm sinalizações ou avisos adequados;
• Não foram projetados adequadamente para o uso pretendido;
• São divulgados como passível de esterilização, mas não o são;
• Falha ou deterioração por qualquer razão.
Gerenciamento de riscos
Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser definido como um conjunto de processos utilizados para planejar, construir, equipar e manter a confiabilidade de espaços e tecnologias.
Gerenciamento de riscos
Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
Gerenciamento de riscos
A identificação de riscos
Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, vamos necessitar além das informações do campo da manutenção, as informações relativas aos riscos existentes. Com relação aos riscos no prédio e infra-estrutura, o mapa de riscos dos diversos espaços tem seu conceito ampliado.
Gerenciamento de riscos Mapa de Risco
O Mapa de Risco foi criado através da portaria nº 05 de 18/08/1992 do DNSST (Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador) do Ministério do Trabalho, e as informações sobre sua construção foram transferidas para a NR-5 que trata da CIPA.
O mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores de riscos existentes nos diversos locais de trabalho.
(TEIXEIRA, P, p. 111,1996)
Gerenciamento de riscos Mapa de Risco
• Tem como objetivos reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa. Possibilita, durante sua elaboração a troca e divulgação de informações entre trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
• Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho.
Gerenciamento de riscos
Identificação do Risco no Ambiente Hospitalar
• Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares, pensamos imediatamente em infecção hospitalar.
• A preocupação em se definir os riscos existentes no ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva e racional são fundamentais para definição de parâmetros e procedimentos de biossegurança.
Gerenciamento de riscos
Desafio da Gestão do Risco • Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para
uma de aprendizagem;
• Análise dos Micro-sistemas;
• Análise dos Processos;
• Análise da estrutura;
• Educação e treinamento, Colaboração, Relatórios de Pesquisa e Projetos Especiais.
Tecnologia da Informação
O termo "Tecnologia da Informação" serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação.
Tecnologia da Informação
Predominância: Velha economia -> fluxo de informação físico
X Nova economia -> fluxo de informação digital
(redes)
Benefícios da TI: maior produtividade e, consequentemente, maiores lucros dentro da organização.
Logo, a segurança deve ser tratada não apenas como um mecanismo de proteção, mas sim como um elemento habilitador para que os negócios de uma empresa sejam executados.
Informação
Uma das ferramentas mais poderosas no gerenciamento de riscos é o conhecimento;
Conhecimento está intimamente relacionado à informação;
Importância da informação: utilidade, valor, validade, classificação.
Informação
Segurança requer investimentos;
O objetivo da segurança da informação é protegê-la contra riscos.
RISCOS X CUSTOS
Informação
No domínio da gestão da informação e dos documentos de arquivo: relativamente recente (Legislação: NP 4438);
Algumas questões analisadas nesse âmbito: Acessibilidade dos documentos; Pertinência dos dados; Credibilidade da informação; Integralidade dos documentos de arquivo e da
informação.
Informação
A prioridade da gestão da segurança da informação é certificar-se de que a segurança seja uma responsabilidade que permeie toda a corporação.
“Neste mundo globalizado, onde as informaçõesatravessam fronteiras com velocidade espantosa, a
proteção do conhecimento é de vital importância para asobrevivência das organizações. Uma falha, uma
comunicação com informações falsas ou um roubo oufraude de informações podem trazer graves consequênciaspara organização, como perda de mercado, de negócios e,
consequentemente, perdas financeiras.” (NAKAMURA,2002, pág. 28).
Certificação ONA – Nível 2
Princípio: Organização (processos); Identifica, define, padroniza e gerencia os
processos e suas interações sistemicamente;
Estabelece sistemática de medicação e avaliação dos processos;
Possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos.
Certificação ONA – Nível 2
Itens de verificação: Identificação, definição, padronização e
documentação dos processos; Documentação (procedimentos e registros)
atualizada, disponível e aplicada; Definição de indicadores para os processos
identificados; Medição e avaliação dos resultados dos
processos; Grupos de trabalho para a melhoria de
processos e interação.
Certificação ONA – Nível 3
Princípio: Excelência na Gestão (Resultados) Utiliza perspectivas de medição organizacional,
alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos;
Dispõe de sistemática de comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para os indicadores;
Apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes do processo de análise crítica.
Certificação ONA – Nível 3
Itens de verificação: Sistema de indicadores de desempenho
focalizando as perspectivas básicas com informações íntegras e atualizadas, incluindo informações de referenciais externos pertinentes;
Estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre os indicadores e os resultados;
Lógica para a definição dos níveis Não se avalia setor ou departamento
isoladamente, o hospital somente é acreditado se todos os serviços atingirem o mesmo nível de qualidade;
O funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final;
Lógica para a definição dos níveis Padrões de complexidade crescente
e correlacionados;
Para se alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores devem ter sido atingidos.
Níveis de certificação
De acordo com a adequação aos critérios estabelecidos no Manual: Nível 1: Acreditado (atende aos
requisitos básicos); Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos
básicos mais procedimentos padronizados);
Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos padronizados mais indicadores)
Vantagens da Acreditação
Critérios e objetivos concretos, adaptados à realidade brasileira
Estimula a melhoria contínua da qualidade Segurança para pacientes e funcionários Reforça a lealdade dos trabalhadores Economiza recursos e diminui retrabalho Agrega valor a imagem da Instituição Estabelece estrategicamente um
diferencial em relação a concorrência
Maiores desafios
Adesão da alta Direção Comprometimento do Corpo Clínico:
protocolos e prontuários Trabalho em equipe Gerenciamento por processos Gerenciamento de Riscos Envolvimento dos “terceiros”
Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde - OPPS
São definidas como entidades jurídicas e legalmente constituídas, nas quais se prestam serviços de:
• assistência médica, de tipo hospitalar, • hemoterápico, • laboratório e patologia clínica, • ambulatorial e pronto-atendimento, • diagnóstico e terapia, • atenção primária à saúde e assistência domiciliar,
de caráter estatal ou privado, com ou sem fins lucrativos, sob a responsabilidade de uma diretoria.
Instituições acreditadoras
São entidades de direito privado credenciadas pela ONA para
desenvolverem o processo de avaliação na OPPS.
Instituições acreditadoras
Atribuições e competências das IAC’S• Avaliar a qualidade dos serviços de
saúde;• Certificar as Organizações Prestadoras de
Serviços de Saúde Acreditadas;• Capacitar os avaliadores para o processo
de avaliação;• Realizar diagnóstico organizacional;• Palestras de sensibilização.
Atribuições vedadas às IAC’S
Consultoria /assessoria: participação
ativa e criativa no desenvolvimento
do sistema de assistência e
qualidade da OPPS.
HOSPITAIS ACREDITADOS
Certificação N°Acreditado 49Acreditado Pleno 51Acreditado com Excelência 63Total 163
BrasilHospitais Acreditados por Nível
Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)
Certificação N°Acreditado 3Acreditado Pleno 8Acreditado com Excelência 17Total 28
Minas GeraisHospitais Acreditados por Nível
Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)
Realidade da Qualidade no Brasil Boa parte dos serviços de saúde
existentes no Brasil não são seguros nem eficientes;
A maioria dos hospitais brasileiros sequer atende a legislação vigente;
Qualidade percebida x Qualidade real.
Dados Preocupantes
Em cada 100 admissões de pacientes há 6,5% de eventos adversos relacionados à medicação;
40 a 70% dos eventos adversos são evitáveis;
Eventos adversos relacionados à medicação são o tipo mais comum de evento adverso não cirúrgico;
Dados Preocupantes
Estudo de Harvard concluiu que 4% dos pacientes sofrem algum tipo de dano no hospital; 70% dos eventos
adversos provocam uma incapacidade temporária e 14% dos
incidentes são mortais.
Dados preocupantes
Baseado nos números de Harvard: Internações hospitalares do SUS no
Brasil em 2001: 11.756.3544% = 470.254 eventos adversos70% = 329.178 incapacidades
temporárias14% = 65.836 mortes
Casos reais
Guillermo L, um paciente diabético de 51 anos, aos despertar da anestesia depois de submeter-se a uma cirurgia para a retirada de carcinoma no pé direito descobriu espantado que lhe haviam amputado o pé esquerdo. O chocante da situação é que depois tiveram de amputar-lhe o pé direito.
A Assustadora História da Medicina
Ediouro, 2002
Casos Reais
Juan R. R, submeteu-se a um autotransplante de medula óssea para resolver um problema de mileloma múltiplo em um hospital de Santander. Horas após a intervenção, sofreu transfusão de plaquetas contaminadas por HIV em virtude de erro na identificação do sangue. Um ano e meio depois veio a falecer.
A Assustadora História da Medicina
Ediouro, 2002
Casos Reais
Bebê tem parte do dedo cortado em hospital de São Paulo Uma menina de 1 ano de idade teve parte do dedo mínimo cortado por
uma auxiliar de enfermagem no Hospital Geral do Mandaqui, na zona norte da capital paulista. O incidente aconteceu enquanto a profissional retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança enquanto ela recebia medicação intravenosa. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a menina foi encaminhada ao centro cirúrgico assim que foi constatado o ferimento, mas não houve a possibilidade de reimplante do tecido cortado. O Conjunto Hospitalar do Mandaqui determinou o afastamento por tempo indeterminado da auxiliar de enfermagem. Uma sindicância deverá ser aberta nesta segunda-feira para apurar o ocorrido e o caso será encaminhado ao COREN que definirá as sanções profissionais cabíveis. A SES ainda informou que a auxiliar de enfermagem trabalha há cerca de 10 anos no hospital e pode ser exonerada caso seja constatada falta grave. Os familiares da criança registraram boletim de ocorrência e foram à delegacia acompanhados por uma enfermeira do hospital. Site Uol, jan/11
REFLETIR
Porque o fato aconteceu?
Como este caso poderia ter sido evitado?
De 1995 a 2005, nos EUA:
464 mortes de pacientes internados; 455 cirurgias em lado errado; 444 mortes ou injúrias por
complicações pós-operatórias; 358 mortes ou injúrias relacionadas
com erros de medicação; 269 mortes ou injúrias relacionadas
ao atraso no atendimento;
De 1995 a 2005, nos EUA:
138 mortes ou injúrias relacionadas com queda;
121 assaltos, estupros ou homicídios; 94 mortes ou injúrias relacionadas com
transfusão sanguínea; 67 eventos relacionados à infecção; 58 eventos relacionados à anestesia.
Fonte: Joint Comission on Acreditation of Healthcare Organizations
Ainda nos EUA:
“Estima-se que cerca de 100 mil pessoas morram nos Estados Unidos vítimas de Eventos Adversos. Essa alta incidência resulta em uma taxa de mortalidade
maior que as atribuídas à AIDS, câncer de mama ou atropelamentos.”
Situação da rede SUS
“Apenas 1.253 hospitais, 18,3% do total, apresentam possibilidade de trabalhar
com eficiência, a grande maioria tende a operar com deseconomias de escala.”
Fonte: Ministério da Saúde 2003
CONASS - Sus: Avanços e Desafios
Situação da rede SUS
Os serviços são ruins porque faltam recursos, estes são escassos porque os serviços não são bons ou os recursos
existem, porém não são utilizados corretamente?
Carga Tributária e Gasto Público em Saúde
O Sistema de Gestão da Qualidade
Rede Privada (imagem institucional) x Serviço Público (metas qualitativas);
Dada a organização sistêmica do hospital, não basta que haja ilha de excelência, todo o sistema precisa funcionar em conjunto;
Conclusão
Gestão da Qualidade:
Satisfação e segurança do paciente; Segurança para os profissionais; Responsabilidade sócio-ambiental; Racionalização do uso dos recursos
materiais; Melhoria da imagem institucional.
Conclusão
O sistema de gestão da qualidade nos serviços de saúde não vem para
burocratizar a assistência, mas sim para torná-la mais segura e eficiente, através
da busca por melhores resultados.
Outras ferramentas da Qualidade
Brain-storming; Histograma; Gráficos e Cartas de Controle; Diagrama de Causa-Efeito; Folhas de Verificação; 5S.