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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO
BRANCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SANTANA DO ITARARÉ – PR
2012
“O projeto representa a oportunidade de a direção, a coordenação
pedagógica, os professores e a comunidade, tomarem sua escola nas
mãos, definir seu papel estratégico na educação das crianças e
jovens, organizar suas ações, visando a atingir os objetivos que se
propõem. É o ordenador, o norteador da vida escolar.”
(J.C. Libâneo)
1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de nortear as ações pedagógicas,
políticas e administrativas da escola. É por meio deste que são definidos o papel social da
escola e os caminhos a seguir, ou seja, as formas operacionais e ações a serem
empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. O documento aglutinará
crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico,
constituindo-se em compromisso político e pedagógico, concebido com base nas diferenças
existentes.
A reorganização do Projeto Político Pedagógico se fez necessária em função da
defasagem do documento frente às mudanças ocorridas na educação.
O trabalho teve início em julho de 2005, no período de capacitação dos professores e
funcionários, onde todos os segmentos começaram a inteirar-se do assunto. Este momento
foi a etapa de sensibilização, motivação e mobilização dos segmentos.
Vários encontros foram realizados durante o processo de reestruturação. A maior
dificuldade encontrada foi a de reunir pais de alunos, seja por comodismo, falta de
conhecimento no que diz respeito à importância de tal documento no processo ensino
aprendizagem de seus filhos ou até mesmo desinteresse pelo assunto. Em contrapartida, os
que se fizeram presentes demonstraram interesse e prazer em estar contribuindo,
ativamente, nas etapas do processo.
No ano de 2010 houve uma nova reestruturação do documento, buscando, mais uma
vez, adequá-lo à realidade atual.
Novamente no ano de 2011 ocorreu nova reestruturação do documento em
decorrências do Ensino Fundamental de 09 anos e da Leis Complementares.
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Nome do Estabelecimento: Colégio Estadual do Campo Humberto de A. C. Branco – EFM
Código do Estabelecimento: 00269
Código do INEP: 41051939
Endereço: Avenida Padre Antônio Otero Soares, nº 296 – Centro
Município: Santana do Itararé UF: PR
Código do município: 2420
Telefone/Fax: (43) 3526-1209
NRE: Wenceslau Braz
Home Page: www.soxhumberto.seed.pr.gov.br
E-mail: soxhumberto@seed.pr.gov.br
Código do NRE: 30
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização do Estabelecimento: Resolução nº 3.228/81 – 15/02/82
Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 4.866/84 – 13/07/84
Ato de Autorização do Curso Ensino Médio: Resolução nº 3.863/07 – 25/10/07
Ato de Autorização do Curso Ensino Fundamental: Resolução nº 3.864/07 – 25/10/07
Localização: Zona Urbana
3 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
O Colégio Estadual do Campo Humberto de Alencar Castelo Branco oferta Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação Especial.
3. 1 Cursos Ofertados/Número de Turmas
ENSINO FUNDAMENTAL – 2010
SÉRIE TURNO Nº ALUNOS
6º Matutino 56
6º Vespertino 47
7º Matutino 55
7º Vespertino 38
8º Matutino 59
8º Vespertino 55
9º Matutino 51
9º Vespertino 18
9º Noturno 26
Total de alunos do Ensino Fundamental 405
ENSINO MÉDIO – 2010
SÉRIE TURNO Nº ALUNOS
1º Matutino 38
1º Vespertino 33
1º Noturno 28
2º Matutino 22
2º Vespertino 17
2º Noturno 25
3º Matutino 18
3º Vespertino 23
3º Noturno 28
Total de alunos do Ensino Médio 232
TOTAL GERAL 637
3. 2 Turnos/Horários de Funcionamento
Turno Horário de atendimento
Matutino 07h30 – 12h00
Vespertino 12h00 – 17h00
Noturno 18h50 – 23h00
4 ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES
O Colégio Estadual Campo Humberto de Alencar Castelo Branco iniciou suas
atividades em 1959, autorizado pelo Decreto de 28/08/59. Na época, com o nome de Grupo
Escolar de Santana do Itararé, o estabelecimento funcionava em um prédio de madeira,
localizado na antiga Rua Rio de Janeiro, atual rua Prefeito José de Oliveira, no centro de
Santana do Itararé. A professora Albina Michalski respondeu pela direção do Grupo Escolar
até a nomeação da primeira diretora.
Na gestão do Prefeito José de Oliveira, primeiro Prefeito Municipal, foi construído um
prédio em alvenaria na Avenida Padre Antonio Otero Soares. O prédio ofertava três salas de
aula, uma sala para diretoria e um pátio descoberto.
Com o Decreto nº 21.610, Diário Oficial nº 181, de 23/11/70, o Grupo Escolar de
Santana do Itararé passou a denominar-se Grupo Escolar Humberto de Alencar Castelo
Branco. Ainda no ano de 1970, pelo Decreto Governamental nº 22.146 de 30/12/70, foi
criado o Ginásio Estadual de Santana do Itararé, tendo o início de suas atividades no ano de
1971. Tanto o Grupo Escolar, que atendia alunos de 1ª a 4ª série, quanto o Ginásio
Estadual, que atendia alunos de 5ª a 8ª série, funcionavam no mesmo prédio.
Em 1975 o prédio foi ampliado, passando a disponibilizar seis salas de aula, uma
sala para direção e secretaria, cantina, sanitários masculinos e femininos e uma quadra de
esportes com piso de cimento.
Em 1981 o Ginásio Estadual de Santana do Itararé e o Grupo Escolar Humberto de
Alencar Castelo Branco passaram a constituir-se em um único estabelecimento, com a
denominação de Escola Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino de 1º Grau.
Em 1983 foi autorizado o funcionamento do Ensino Regular de 2º Grau. Assim, a
Escola Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino de 1º Grau passou a denominar-se
Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino de 1º e 2º Grau. Neste
mesmo ano foi aprovado o Projeto de Implantação do Ensino Regular de 2º Grau com
proposição da Habilitação Básico em Comércio. O reconhecimento do curso deu-se em
1985. Em 1992 o curso foi cessado definitivamente, em decorrência da Habilitação Auxiliar
de Contabilidade.
Em 1990 foi aprovado o Projeto de Implantação Adicional da Habilitação do
Magistério, sendo autorizado no mesmo ano seu funcionamento. O reconhecimento do
curso deu-se em 1993. Em 1997 o curso foi cessado definitivamente.
Em 1995 foi autorizado o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em
Contabilidade.
Nos anos de 1997 e 1998 foi desenvolvido o Programa Adequação Idade - Série
(PAI-S).
Em 1998 foi autorizado o funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, com
implantação gradativa a partir de 1997. No mesmo ano da autorização de funcionamento foi
reconhecido o Ensino Médio, sendo a nomenclatura do estabelecimento alterada para
Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental e Médio.
No ano de 2000, com a municipalização de 1ª a 4ª série, o Colégio Estadual
Humberto de Alencar Castelo Branco passou a ofertar somente de 5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental, Ensino Médio e o último ano de Educação Geral.
A partir do Parecer Nº 1011/2010, a identidade do Colégio passou ser definida como
escola do campo.
Em 2001, ano em que a professora Angela Maria de Oliveira assumiu a direção do
estabelecimento, o uniforme obrigatório foi instituído, sendo exigido, a partir de então, o uso
de uma camiseta cinza com brasão do colégio, a qual foi escolhida após realização de um
concurso.
No mesmo ano foi realizado um mutirão para a construção de um quiosque para os
alunos, o "cantinho do aluno".
Em 2002 os banheiros dos alunos e dos professores foram reformados. Ainda neste
ano, foi construído um novo gabinete para a direção.
No ano de 2003 foram realizadas as seguintes benfeitorias: piso no hall de entrada
do colégio, cobertura em frente ao refeitório e nova fachada para o estabelecimento. Este
ano também marcou o início do Projeto Feira Cultural e do Projeto de Leitura.
A partir de 2004 o colégio passou a oferecer aos professores estacionamento com
portão eletrônico.
Em 2005 foi construída a casa do zelador, que teve como primeiro permissionário o
falecido professor João Gonçalves de Siqueira.
No ano de 2007 o colégio recebeu do Programa Paraná Digital 20 computadores
novos para o Laboratório de Informática, 4 computadores novos para a Secretaria e 3
impressoras a laser. Neste ano teve início o Projeto Semana das Profissões.
Em 2008 o colégio passou por uma reforma geral, com início no mês de fevereiro e
término em junho do mesmo ano. As obras incluíram pintura de todas as dependências do
estabelecimento, troca de piso e forro onde se fez necessário e construção de uma
cobertura ligando o bloco superior do prédio ao inferior.
Em maio de 2008 o colégio foi contemplado pelo Projeto TV Pendrive. Cada sala de
aula recebeu um televisor 29' com entradas para VHS, DVD, cartão de memória e pen drive
e saídas para caixa de som e projetor multimídia.
A Diretora Angela Maria de Oliveira, designada pela Resolução nº 58/06, de 16 de
janeiro de 2006 permaneceu na direção de 2001 a 2008.
Em janeiro de 2009, o professor Dorival de Assis Ferreira assumiu a direção,
designado pela Resolução nº 5909/08, de 24 de dezembro de 2008, tendo como Diretora
Auxiliar a professora Elza Maria de Almeida.
Em julho de 2010, a professora Elza Maria de Almeida, afastou-se de suas funções
para participar do PDE.
Em agosto de 2010, o funcionário Técnico Administrativo, Sirineu Mota Pereira,
assumiu a Direção Auxiliar por meio de eleição direta, onde participaram como votantes os
membros da APMF e do Conselho Escolar.
4. 1 Relação de Diretores:
- Albina Michalski - Diretora Provisória - 28/08/59 a 19/04/60;
- Joana Gil Kurts, designada pela Portaria nº 5.364 de 20/04/60; - Alice Eduvirgem, designada pela Portaria nº 17.860 de 21/12/60; - Dione Corcine de Oliveira, designada pela Portaria nº 819 de 25/02/66; - Judith Koproski, designada pela Portaria nº 5.117 de 03/09/69; - Albina Michalski de Paula, designada pela Portaria nº 7.457 de 29/06/72; - Rosemary F. L. Teixeira, designada pela Resolução nº 198 de 09/05/75; - Hamilton Gonçalves dos Santos, em 1975; - Aparício Romão de Paiva, designado pela Resolução nº 91 de 16/01/76; - Rosemary F. L. Teixeira, designada pela Resolução nº 911 de 23/05/77; - Judith Koproski, designada pela Resolução nº 1.104 de 1979; - Maria Berehulka de Souza, designada pela Resolução nº 2.666 de 1983; - Joana Paitach da Silva, designada pela Resolução nº 171 de 1986; - Daisy de C. Ferreira, designada pela Resolução nº 4.872 de 1987; - Jorge Benedito Vidal, designado pela Resolução nº 03508 de 1989; - Maria Guiomar G. L. Coppola, em 1992; - Helta M. L. T. de Souza, designada pela Portaria nº 01011 de 1992; - Maria Guiomar G. L. Coppola, designada pela Resolução nº 039947 de 1993; - Elza Maria de Almeida, designada pela Resolução nº 4.350/97 de 20/01/98; - Angela Maria de Oliveira, designada pela Resolução nº 0057/01; - Angela Maria de Oliveira, designada pela Resolução nº 3068/01; - Angela Maria de Oliveira, designada pela Resolução nº 4254/03 de 23/01/04; - Angela Maria de Oliveira, designada pela Resolução nº 58/06 de 16/01/06; - Dorival de Assis Ferreira, designado pela Resolução nº 5909/08 de 24/12/08.
- Sandra Mara Elias Gomes da Silva, designada pela Resolução nº 6012/2011.
5 OBJETIVO GERAL
Formar cidadãos capazes de transformar a realidade, desenvolvendo-a plenamente,
como pessoas responsáveis, com capacidade de adquirir conhecimentos e habilidades para
a formação de atitudes, valores éticos, estéticos e políticos, compreendendo o ambiente
natural, social e tecnológico, com vistas à formação da identidade com autonomia.
6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o
exercício dos direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças;
Desenvolver no aluno conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-
relação pessoal e de inserção social, para que possam agir com perseverança na
busca do conhecimento;
Utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, tecnológica,
plástica e corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias,
interpretar e usufruir das produções culturais, atendendo às diferentes intenções e
situações de comunicação;
Respeitar a diversidade cultural dos alunos, possibilitando a criação de uma
identidade cultural, a partir da qual o aluno possa compreender o mundo e a sua
relação com ele;
Oportunizar aos profissionais da educação momentos de ação e reflexão da
prática pedagógica, por meio de reuniões pedagógicas e grupos de estudos,
garantindo formação continuada aos mesmos;
Criar um clima acolhedor para que todos desenvolvam suas funções com
liberdade e criatividade;
Conscientizar os alunos sobre as oportunidades que o campo oferece,
incentivando, dessa forma, a permanência dos mesmos em seu local de origem;
Favorecer a aquisição de conhecimento sobre a cultura afro, suas influências,
origem, formação e valorização na sociedade atual;
Assegurar o cumprimento da lei em relação à educação inclusiva, oferecendo ao
aluno com necessidades especiais oportunidades iguais de aprendizagem,
respeitando suas diferenças e necessidades particulares; Fortalecer a Equipe
Escolar e a gestão democrática, alicerçada na decisão coletiva e na co-
responsabilidade do grupo;
Promover a interação entre família e escola;
Informar aos pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos,
bem como sobre execução de projetos pedagógicos vigentes;
Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula previamente
estabelecidos;
Administrar os recursos materiais e financeiros de forma que sejam supridas as
necessidades da comunidade escolar;
Discutir o Conselho de Classe como instância colegiada e de avaliação
permanente da prática pedagógica como possibilidade de superação das relações
fragmentadas e autoritárias da escola;
Avaliar e analisar os resultados obtidos com o trabalho desenvolvido pela Sala de
Recursos DM e Distúrbios de Aprendizagem, com propostas de novos
encaminhamentos.
7 DIAGNÓSTICO
A educação brasileira está inserida num contexto histórico. Todas as transformações
impostas por este contexto são geradas pelas necessidades políticas, econômica e social a
cada momento histórico.
Nossa educação sempre esteve atrelada a essas transformações, bem como às
doutrinas pedagógicas tradicionais que deixaram resquícios na escola até hoje.
Atualmente está inserida no contexto escolar a tendência progressista, uma política
de gestão democrática que delimitará o caminho pelo qual o processo de democratização da
educação poderá ser alcançado.
Para conhecer a realidade da educação brasileira é importante verificar alguns
indicadores que dão a dimensão do acesso, permanência e sucesso do aluno no contexto
escolar.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2000),
somente um terço da população brasileira estuda, ou seja, 33% e 14,6 milhões de pessoas
são analfabetas. No Estado do Paraná, por meio do Programa Paraná Alfabetizado, foi
possível diminuir tal índice.
Outros indicadores que devemos levar em conta são os dados do IDEB, que indicam
o aproveitamento nos anos finais do Ensino Fundamental e apontam um índice de 3.8 da
escola, sendo uma média inferior a do Estado que se encontra em 4,0.
No que diz respeito ao investimento na educação, o país investe apenas 4,5% do
PIB total, o que é insuficiente para a amplitude da ação educacional.
As verbas públicas destinadas à educação devem ser consequência de um Projeto
Educacional Político Pedagógico a ser implementado pela União, Estado e Municípios,
buscando a promoção e a realização de políticas educacionais que interfiram nesse quadro
negativo.
O Estado do Paraná tem desenvolvido algumas políticas educacionais para garantir
uma educação básica democrática e de qualidade como: políticas de valorização e
formação dos profissionais da educação, Programa de Complementação Curricular de
Contraturno: A escola procura adequar-se a tais políticas, cuja meta é assegurar aos alunos
uma educação de qualidade oferecendo os Programas como: Sala de Apoio de 6º e 9º
séries, Sala de Recurso Multifuncional tipo I anos finais do Ensino Fundamental e Médio,
CELEM e PACCC, com Hora-treinamento, Voley e Dança.
O município de Santana do Itararé tem sua economia voltada basicamente às
atividades primárias, como agricultura e pecuária, tendo destaque à produção de leite e o
cultivo de milho, soja, feijão, morango e maracujá, em razão dessa economia, a concepção
de educação é do campo conforme determina o parecer 1011/10.
De acordo com dados preliminares do Censo Demográfico 2010 o município tem
5.249 habitantes. Destes, aproximadamente 66% estão concentrados na zona urbana.
O município apresenta uma população economicamente ativa total de 2.150
pessoas. São 5 fábricas que respondem por 87 empregos diretos, o comércio local que
emprega aproximadamente 50 pessoas e 411 empregos gerados pelo setor público
municipal e estadual.
Quanto à infraestrutura básica, 1.176 domicílios recebem o abastecimento de água e
1.820 têm energia elétrica. A rede de esgoto ainda não está estabelecida no município.
De acordo com as informações do Instituto Paranaense de Desenvolvimento –
IPARDES, 2.592 pessoas encontram-se em situação de pobreza, ou seja, 47% da
população.
Outro fator importante a ser citado é que o município ocupa a 352º posição no
ranking do Índice de Desenvolvimento Humano do Estado do Paraná. Considerando que o
Estado é composto por 399 municípios, Santana do Itararé apresenta, portanto, um dos
índices mais baixos do Estado.
A oferta de empregos não é suficiente para a atual demanda. Assim, grandes partes
dos jovens partem para os grandes centros em busca de melhores condições de vida.
A renda média da população é menor que um salário mínimo.
De acordo com dados do IBGE, 822 pessoas atingiram 4 anos de escolarização,
sendo que destes, 447 não têm instrução nenhuma.
A principal ocupação da população ainda concentra-se na agricultura e pecuária.
O perfil de nossos alunos mudou muito nos últimos anos.
Atualmente 34% de nossos alunos são provenientes da zona rural. É uma realidade
bastante diversa quando comparada aos anos anteriores, mas que se confirma pelos dados
preliminares do Censo 2010, que revelam que apenas 30% dos habitantes do município
residem na zona rural.
A tendência para os próximos anos é que esse número diminua ainda mais. Assim, a
importância da inserção nas práticas pedagógicas de conteúdos que valorizem o trabalho do
homem do campo, incentivando os alunos que já possuem aptidões correlatas às atividades
desempenhadas no meio rural a buscarem formação, seja por meio de cursos técnicos ou
superiores, para posteriormente atuar no seu local de origem.
Provenientes de famílias com baixo poder aquisitivo, muitos pais deixam os filhos
trabalharem para contribuir no sustento e manutenção da família, deixando em segundo
plano a formação escolar dos mesmos.
Grande parte dos alunos que chegam a nossa escola apresentando defasagem de
aprendizagem e desconhecem os valores mínimos necessários para um bom
comportamento, gerando um quadro de indisciplina, que interfere de maneira contundente
no processo ensino-aprendizagem, sendo uma das principais causas do baixo rendimento
dos alunos em sala de aula.
Os resultados educacionais obtidos no ano de 2010 no que se refere a reprovação e
evasão dos alunos são preocupantes. De acordo com dados apurados, o índice de
reprovação no Ensino Fundamental está em torno de 14% nas quintas séries, 16% nas
sextas séries, 14% nas sétimas séries e 22% nas oitavas séries. No Ensino Médio o índice
maior é nas primeiras séries, chegando a 16%. Quanto ao índice de evasão, no Ensino
Fundamental está na faixa de 11%, sendo que os alunos começam a se evadir a partir da
sexta série. No Ensino Médio o maior índice de evasão está nas primeiras séries, chegando
a 29%.
Muitos são os motivos que levaram o aluno ao fracasso escolar, entre eles a
desmotivação do aluno e da escola, defasagem de aprendizagem, mercado de trabalho,
alunos faltosos e outras causas desconhecidas.
O índice de aprovação por Conselho de Classe chegou a 26%, sendo um índice
bastante elevado e refletindo o nível baixo de aprendizagem.
Para os alunos com dificuldades de aprendizagem é ofertado o Programa de
Complementação Curricular (PACCC) que desenvolve atividades pedagógicas em
contraturno que são Hora-treinamento, Dança e Voley.
Outros pontos merecem atenção e soluções imediatas:
Em dias chuvosos os alunos da zona rural se ausentam das aulas, devido à falta
de transporte;
Desinteresse de alguns alunos;
Apatia dos pais,
Relacionamento entre professor – aluno, aluno – aluno.
No que diz respeito ao espaço físico o Colégio Estadual Humberto de Alencar
Castelo Branco tem sua sede em um prédio amplo situado a Avenida Padre Antonio Otero
Suarez, nº 296. Atualmente conta com onze salas de aula; uma biblioteca que funciona no
porão sem conforto para os alunos, iniciou-se uma reforma e a mesma encontra-se parada,
o atendimento está bem restrito devido à ordem recebida do Núcleo Regional de Educação
por questão de segurança dos alunos, com relação ao acervo este necessita de atualização;
um refeitório e cozinha equipada; dois banheiros femininos para alunas com três vasos
sanitários e um lavatório grande; um banheiro masculino para alunos com três vasos
sanitários e um lavatório grande; um banheiro feminino com um chuveiro, um vaso sanitário
e um lavatório para funcionárias e professoras e um banheiro masculino para funcionários;
um Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, em estado regular, necessitando de
reformas e materiais; uma quadra coberta, com arquibancada em construção; uma casa do
zelador; uma sala para professores; uma sala destinada à Secretaria, onde também
funciona a Documentação Escolar; uma sala para Direção; uma sala para Supervisão; um
bebedouro; internet ligada à Secretaria, Direção e Laboratório de Informática. 9 das 11 salas
de aula estão equipadas com TV Multimídia e todas possuem ventiladores, alguns
necessitando de manutenção bem como as TVs. Temos ainda mapas para trabalhar nas
disciplinas de Ciências e Biologia, os mapas para o ensino de História e Geografia precisam
ser trocados, pois estão em péssimas condições de uso, os globos estão em boas
condições, um retro projetor estragado, uma sala para merenda e um estacionamento com
portão eletrônico.
As carteiras são padronizadas, cedidas pela Fundepar e de acordo com as normas
vigentes, porém necessitando de reformas.
A iluminação das salas e corredores é feita por meio de lâmpadas fluorescentes de
boa qualidade, mas em contrapartida a parte elétrica necessita de reparo urgente, a direção
já enviou solicitação para a SEED e até a presente data não obteve nenhuma resposta.
As salas são arejadas com boa ventilação necessitando de pintura.
A limpeza das salas, banheiros e corredores é realizada em todos os turnos,
proporcionando o bem estar de toda a comunidade escolar.
As condições físicas e materiais do colégio são adequados ao desempenho das
atividades escolares. Porém, é necessário que haja um espaço específico para realização
de eventos como um auditório, já que a quadra de esportes é utilizada nessas ocasiões, e
não oferece o mínimo de conforto necessário perdendo a qualidade das apresentações.
Necessita-se de um inspetor de alunos no período noturno e um laboratorista para o
Laboratório de Ciências e de Informática.
O Colégio é mantido com recursos do Fundo Rotativo e PDDE, os quais são
administrados pela Direção juntamente com a APMF e Conselho Escolar. As verbas
recebidas são empregadas na compra de material escolar, material de expediente,
alimentação, material de limpeza e em pequenos reparos no prédio do estabelecimento.
Os recursos recebidos não são suficientes para a manutenção da escola. Assim,
uma vez por ano, a APMF promove a Festa Junina e sua renda é totalmente revertida em
compras de equipamentos e outros.
As instâncias colegiadas estão formalizadas, mas enfrentamos dificuldades no que
se refere à participação dos membros. Os mesmos não se mostram ativos, sendo
necessário que a direção tome a iniciativa no momento de decisões.
Com relação à formação de turmas, seguimos a Instrução da Resolução n° 864/01. A
hora-atividade é organizada por disciplina, o que facilita a interação dos docentes da mesma
área. Com isso, prioriza a atividade pedagógica coletiva como estudos de textos, avaliações,
planejamento e formação continuada, levando em consideração o trabalho individual.
Os funcionários são, em sua maioria, concursados e desempenham suas funções
com competência.
Os professores que atuam são graduados e autorizados a ministrar as aulas. Muitos
vêm de outros municípios e alguns lecionam em outras escolas. Nosso quadro de
professores é composto por docentes do QPM e PSS. Ambos são competentes, esforçados
e dinâmicos. Às vezes apresentam resistência às mudanças. Assim como os funcionários,
os professores, quando doentes, afastam-se de suas funções através de licenças médicas e
readaptações.
A avaliação adotada é a contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno. A Recuperação de Estudo contempla 60% dos conteúdos
dados, o restante dos 40% são designados para atividades diversificadas e não são
recuperadas. A partir do ano 2012 esta prática será alterada, de forma que contemplará os
100% de todo conteúdo dado.
A dinâmica para o Conselho de Classe ocorre da seguinte forma: realização do Pré-
Conselho com os alunos e professores, após coleta de dados organiza-se o Conselho de
Classe para discussão, análise e soluções dos problemas apresentados e no Pós- Conselho
são executadas as ações propostas pelo Conselho de Classe.
A entrega de boletim é feita através de reuniões de pais, após a reunião os alunos
cujas notas estão acima de 6,0 (seis vírgula zero) terá direito de levá-lo e para os alunos
com a nota inferior a 6,0 (seis vírgula zero) será entregues somente para os pais ou
responsáveis.
Os alunos com necessidades especiais recebem atendimento na Sala de Recursos
Multifuncional tipo I anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio mediante avaliação
psicoeducacional no contexto escolar com a participação de docentes, pedagogo e
professor da Sala de Recursos.
A escola realizou no final do ano letivo de 2011 um levantamento de alunos com
defasagem de idade/série para reclassificá-los, porém nenhum aluno foi submetidos a
avaliação classificatória.
Os professores e funcionários têm acesso à formação continuada através dos
eventos promovidos pela SEED como: Semana Pedagógica, Formação em ação,
Tecnologias, PDE, Educação Fiscal e outros.
Faz parte do corpo funcional do Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo
Branco- Ensino Fundamental e Médio.
Equipe de Direção
Nome Função Habilitação Vínculo
Sandra Mara Elias Gomes da Silva Diretora Matemática QPM
Rosicleide Anhaia da Silva Diretora Auxiliar Letras QPM
Equipe Pedagógica
Nome Função Habilitação Vínculo
Aparecida de Lourdes Ferreira Pedagoga Pedagogia QPM
Conceição Ferreira de Oliveira Pedagoga Pedagogia QPM
Joana Mariza da Silva Carneiro Pedagoga Pedagogia QPM
Maria Adalgisa Guimarães Vaz Pedagoga Pedagogia QPM
Agente Educacional II
Nome Função Formação Vínculo
Clarina Pereira Cezar Guarnieri Técnico Administrativo Ensino Superior QFEB
Deuvana Mendes de Oliveira e Luz Técnico Administrativo Ensino Superior QFEB
Luzia de Fátima Pereira Yamamoto Técnico Administrativo Ensino Superior QFEB
Priscilla Malaquias de Paulo Técnico Administrativo Ensino Superior QFEB
Sirineu Mota Pereira Técnico Administrativo Ensino Superior QFEB
Angela Maria Guarnieri Azevedo Técnico Administrativo Ensino Superior REPR
Agente Educacional I
Nome Função Formação Vínculo
Aparecida dos Santos Pereira Aux. Serviços Gerais Ensino Médio QFEB
Cecília Anhaia de Oliveira Aux. Serviços Gerais Ensino Médio QFEB
Dinéia Domingues Alves Aux. Serviços Gerais Ensino Fundamental QFEB
Estefânia Paitach Merendeira Ensino Médio QFEB
Maria Eliane Alves Calixto Merendeira Ensino Médio QFEB
Neuci Apª de Almeida Guarnieri Aux. Serviços Gerais Ensino Médio QFEB
Rosana Apª G. Gonçalves Merendeira Ensino Médio QFEB
Rosilda Aparecida de Carvalho Aux. Serviços Gerais Ensino Médio QFEB
Wilma Aparecida França Merendeira Ensino Médio QFEB
Docentes
Nome Função Habilitação Vínculo
Aline Palmonari Alves Professora Matemática REPR
Ana Paula do Nascimento Professora Português REPR
AAnnaa RRiittaa ddaa SSiillvvaa BBiigglliiaa Professora Desenho QPM
AAnnaa RRoossaa CChhaammoorrrroo BBaacccchhiieeggaa Professora Português REPR
AAnnddrreeaa AAppaarreecciiddaa ddee LLiimmaa Professora Português REPR
AAnnddrreeiiaa CCrriissttiinnaa ddoo PPrraaddoo Professora Português/Espanhol QPM
AAnnggeellaa MMaarriiaa ddee OOlliivveeiirraa Professora História/Educação Física QPM
AAppaarreecciiddaa ddee LLoouurrddeess FFeerrrreeiirraa Professora Pedagogia QPM
CCoonncceeiiççããoo FFeerrrreeiirraa ddee OOlliivveeiirraa Professora Pedagogia QPM
Daniele Patriarca Professora Ciências Biológicas REPR
Darci Corcini Junior Professor Pedagogia REPR
Dayne de Jesus P. Mesquita Professora Português/Inglês REPR
Eledina M. Swarra Almeida Professora Matemática REPR
Eluete Lina de C. de Lima Professora Matemática QPM
Elza Maria de Almeida Professora Pedagogia QPM
Ezequiel Espósito Professor Educação Física QPM
Gláucia L. M. Lourenço Gabriel Professora Português/Inglês QPM
Henrique Almeida Santos Professor Educação Física QPM
Hiolete de Fátima Ferraz Izac Professora Português/Inglês QPM
Iltemar Vicente Professor História REPR
Ilze Patriarca Professora Ciências REPR
Joseane Maria da Silva Professora Português/Inglês QPM
Jozilda Ferreira Alves Professora Geografia QPM
Jozilene Ferreira Alves Professora Educação Física REPR
Juliana Rosa Marques Professora Biologia REPR
Karina Patrícia de Souza Professora Farmácia REPR
Laura M. da Silva Coutinho Professora Português incompleto REPR
Luciete de Fátima R. Prezotto Professora Ciências/Matemática QPM
Marciano do Prado Professor Matemática REPR
Maria Conceição Rodrigues Professora Geografia QPM
Maria de Fátima E. Patriarca Professora Pedagogia REPR
Maria Eliane de F. Rodrigues Professora Matemática REPR
Maria da Graça Fernandes Professora Pedagogia QPM
Maria Helena Teodoro Peres Professora Matemática/Pedagogia QPM
Priscila Teodoro de Souza Professora História REPR
Regiane Zeman Domingues Professora Matemática QPM
Rosimeri Mª B. de Azevedo Professora História REPR
Rosiclei Salvi de Souza Professora Artes Plástica REPR
Rosicleide Anhaia da Silva Professora Português/Inglês QPM
Silvia Aparecida de Souza Professora Ed. Física REPR
Vera Rute da Rosa Izac (Profª. da
Lei 15308/06 - Readaptada) Pedagoga
Português/ Francês/
Pedagogia
QPM
8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8.1 Concepção de Sociedade, Homem, Conhecimento, Educação, Escola, Cidadania,
Tecnologia, Gestão escolar, Formação Continuada, Currículo, Avaliação,
Recuperação, Conselho de Classe, Concepção de infância e adolescência, Letramento
e Inclusão.
Assistimos hoje a uma crise de modelos que nos lança num mundo de dúvidas e de
incertezas, devido à rapidez que as inovações se processam nos campos da economia,
política, cultura, religião e das relações do homem com os outros e consigo mesmo, gerando
por seu turno um mar de receios e de inseguranças quanto ao futuro que nos espera e que
está a bater em nossas portas sem pedir licença.
Essa sociedade de classes sociais tende a excluir as pessoas menos favorecidas ao
acesso a bens materiais, culturais e sociais.
A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e
diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem havendo uma
interdependência em todas as formas da atividade humana.
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos
homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das contradições
geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Uma sociedade democrática não é, portanto, aquela que a qual os governantes são
eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto
dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua
vida.
Segundo Santoro, o homem como sujeito de sua história “... é aquele que na sua
convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-
as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação
participante da história coletiva”.
O homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas
relações inerentes a natureza humana. O homem é antes de tudo, um ser de vontade, um
ser que se pronuncia sobre a realidade. Devemos aproveitar o momento de mudanças,
preparando o educando para nova realidade, ajudando-o a desenvolver plenamente como
pessoas, qualificar-se para o trabalho, a preparar-se para o exercício da cidadania,
enobrecendo o homem do futuro, levando-o à conquista de sua autonomia, independente da
sua estrutura social.
Na realidade, a suposta “natureza humana” não é um dado de partida: ela vai se
constituindo no espaço natural e social, bem como no tempo histórico, num processo
contínuo de interação do sujeito com a natureza física e com a sociedade, numa práxis
entendida como atividade atravessada por determinantes objetivos e por intencionalidades.
Sendo o homem um ser incompleto, um projetar-se, um lançar-se para o futuro em
constante processo de formação, que se modela na identidade das diferenças, no encontro
com o outro. O projeto humano não se consolida fora do conjunto plural das relações que
modelam as referências que o homem tem de si próprio, das suas relações com a natureza
onde está inserido e de suas relações com o mistério que o envolve.
Assim sendo, podemos entender que a vida humana se diferencia na sua dimensão
de valores. Os conceitos bons e mal estão associados aos atos eminentemente humanos.
Trazer a ética para o espaço escolar isso significa enfrentar o desafio de instalar, no
processo de ensino e aprendizagem que se realiza em cada disciplina uma constante
atitude crítica, de reconhecimento dos limites e possibilidades dos sujeitos e das
circunstâncias, de problematização das ações e relações e dos valores e regras que os
norteiam.
O desenvolvimento da autonomia é um objetivo de todas as áreas do conhecimento
e para alcançá-la, é preciso que elas se articulem. A mediação representada pela Ética
estimula e favorece essa articulação.
A ética tem como objetivo o reconhecimento de que as atitudes das pessoas
precisam ser pautadas por princípios de respeito, justiça, solidariedade, diálogo, verdade e
competência. Se, efetivamente aspiramos uma sociedade justa, igualitária e democrática
devemos exercitar estes princípios no cotidiano de nossa escola.
Nesse processo do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-
relações e interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica
será o determinante fundamental.
O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum, científico,
teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o
homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento, configurando as dinâmicas
históricas que representavam as necessidades do homem a cada momento, implicando
necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do
conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. O conhecimento
escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se
adequaria à faixa etária aos interesses dos alunos. Dessa forma, o conhecimento escolar é
resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do
professor, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade
somente a conversão do conhecimento em ação.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade, com a devida competência e criatividade, as ferramentas do
conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas
mediadoras de sua existência real. Portanto, a ciência também é determinada pelas
necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que
nela interfere.
Cremos plenamente numa proposta progressista, cujo objetivo é a de implantar,
viabilizar e articular os conteúdos à realidade de nossos alunos, que com certeza, tomará
gosto pelo progresso histórico de apropriação de conhecimento e dessa maneira, saber
melhor argumentar, criticar se conscientizar pelo processo de construção do conhecimento e
contribuir para a transformação social que tanto almejamos conseguir.
O professor será o mediador entre o conhecimento, a cultura preparando o aluno
para o mundo adulto.
A educação é um processo histórico de criação do homem para sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para o benefício do homem. É o processo
pela dimensão histórica por representar a própria história individual e coletiva.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano para
gestar uma democracia aberta:
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para
pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizada da
realidade que possa orientar em sua vida;
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,
cultural acumulado pela humanidade ao longo da história;
A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, transformá-lo em novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas.
A educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que
dela necessita para construir-se e transformar a realidade. Assim, a educação, como função
social, alcança um nível aceitável de qualidade quando, de fato capacita a sociedade. Os
sistemas de educação, em relação às necessidades concretas, também acompanham o
processo de mudanças, revelam-se quase sempre anacrônicos, incapazes de
estabelecerem uma sincronia entre problemas e soluções.
A escola denominada do campo precisa estar vinculada a realidade dos sujeitos para
que a identidade do campo estejam intrinsecamente articulados aos projetos pedagógicos,
de modo que leve em conta a sustentabilidade ambiental, agrícola, agrária, econômica,
social, política, cultural, a equidade de gênero, racial, étnica e intergeracional.
A ação educativa deve considerar a diversidade dos alunos, respeitar as diferenças e
não convertê-las em desigualdades, incluí-los, de forma que sejam trabalhadas suas
necessidades, desenvolvendo assim as habilidades dos mesmos no ambiente escolar e na
sociedade.
Entretanto, (PAIVA, 2008) diz que: não podemos deixar que se percam os valores
que fortalecem qualquer ser humano: o diálogo, o respeito mútuo, a convivência, a
responsabilidade de cada um dentro da sociedade. É fundamental que a família tenha
consciência de qual é o lugar do jovem no mundo, que projeto de vida construir para este
jovem.
É nesse encontro: escola-aluno-família, que se pode construir uma relação de troca,
de complementaridade que possibilita a todos educar e serem educados. Não se pode
pensar em educação de qualidade, sem a participação da família neste processo. A relação
família e escola devem ter sempre o respeito mútuo e o comprometimento de se fazer
presente na vida escolar do filho/aluno.
A escola, hoje, não pode viver isolada, achando que todos cumprem o seu papel. A
escola, antes, é o espaço problematizador, criador, mediador. Tem a função social de
garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade. Será a
intérprete dos processos de transformação com o envolvimento de toda comunidade
escolar. E estar mais próxima da família, estabelecer parceria, dividindo responsabilidades.
Queremos uma escola democrática, norteada por princípios de justiça social, de
inclusão e de cidadania.
Propõe-se um ensino em que os conteúdos sejam vistos como meio para que os
alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos bens
culturais, sociais e econômicos, está organizado por disciplinas no Ensino Fundamental e
Médio e abrange a natureza conceitual, procedimental e atitudinal. A aprendizagem de
conceitos se dá por aproximações sucessivas, através de fatos e conceitos. Nos conteúdos
incluem normas, valores e atitudes, que permeiam todo o conhecimento escolar.
A consciência da importância desses conteúdos é essencial para garantir-lhes
tratamento apropriado, que vise um desenvolvimento amplo, harmônico e equilibrado dos
alunos, tendo em vista sua vinculação à função social da escola.
Para desenvolver e fortalecer o trabalho coletivo é preciso instalar algumas
condições que são de responsabilidade de todos: Professores, Equipe Técnica, Direção e o
próprio sistema de ensino. Assim sendo, assumimos como missão:
1. A formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências
necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que
se situa;
2. A permanência do aluno na escola;
3. A integração maior entre alunos e professores;
4. O aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação ética,
estética e política, e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
5. Inclusão de alunos com necessidades especiais;
6. Estímulo ao trabalho de cunho social, enfatizando nossa realidade;
7. Fortalecimento da formação e aperfeiçoamento de docentes para que os
professores possam manter uma linha de pensamento e consequentemente atingir
os objetivos da sociedade;
8. Incentivo ao desenvolvimento de projetos que visem o crescimento dos alunos;
9. Desenvolver a persistência para não desistir no primeiro obstáculo;
10. Dar exemplo mesmo que a sociedade às vezes não reflita isso.
A escola que queremos trabalhar no sentido de que o educando assimile ativamente
os conhecimentos (formando habilidades e hábitos) e adquiram convicções fundamentais de
solidariedade, respeito e igualdade entre os seres humanos, assim como hábitos de
convivência, de luta, de trabalho, de conquista individual e coletiva.
Deste modo, a formação do educando, que inclui o desenvolvimento das
capacidades cognitivas (entender, compreender, concluir, analisar, comparar, sintetizar,
etc.) e a formação das convicções, necessita da herança cultural que a sociedade vem
criando ao longo do tempo. A assimilação desse legado tem um papel importante para o
desenvolvimento tanto do educando quanto do educador.
O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é
inerente ao ato de aprender. Assim o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser
compreendido não como um veredito que irá culpar as absorver o aluno, mas sim como uma
análise da situação escolar atual do aluno, em função ou condições de ensino que estão
sendo oferecidas.
A avaliação escolar não deve ser empregada quando não se tem interesse em
aperfeiçoar o ensino e, consequentemente, quando não se define o sentido que será dado
aos resultados da avaliação.
A avaliação escolar exige também que o professor tenha claro, antes de sua
utilização, o significado que ela atribui a sua ação educativa.
A avaliação é contra indicada como único instrumento para decidir sobre a
aprovação e reprovação. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da
Escola (Conselho de Classe) uma análise das possibilidades que essa Escola pode oferecer
para garantir um bom ensino.
Para o aluno a avaliação será um instrumento de tomada de consciência de suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa
de aprender.
A avaliação desenvolvida pela escola é a contínua, cumulativa e processual devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (de dez vírgula zero).
A recuperação de estudos, destina-se aos alunos que apresentam aproveitamento
escolar insuficiente, matrícula tardia, ausência das aulas por doença, ou ainda pela ausência
do professor (reposição de conteúdos) é ofertada de forma concomitante, continua e
progressiva durante o período letivo, através da retomada de conteúdos e mudanças de
estratégias se necessário, visando melhoria do aproveitamento e aperfeiçoamento do
currículo.
A promoção do aluno será feita através do rendimento escolar que envolverá a
apuração da assiduidade e do aproveitamento.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos. Tem como responsabilidade analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino-
aprendizagem e a intervenção no mesmo em tempo hábil, oportunizando ao aluno formas
diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
Ao Conselho de Classe cabe verificar os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos e avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde
todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem
ações educativas eficazes que possam vir a sanar as necessidades/dificuldades apontadas
no processo ensino-aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor (a) e/ou Diretor (a) Auxiliar, Equipe
Pedagógica, Docentes, Alunos representantes que atuam em uma mesma turma e/ou série
e pais.
A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar
condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de prática, como
sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.
A construção da cidadania segundo Boff, envolve um processo ideológico de
formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos
de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da
abolição de barreiras segregativas entre os indivíduos e contra as opressões e os
tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas
públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da
cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado.
Portanto, a educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve
ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo sua inserção na
sociedade. Confirma ainda que a cidadania requer a consciência clara sobre o papel da
educação e as novas exigências colocadas para escola que, como instituição para o ensino
a educação formal pode ser um lócus excelente para construção da cidadania.
Segundo Boff, as dimensões da cidadania são:
A dimensão político-participativa;
A dimensão econômico-produtiva;
A dimensão popular;
A dimensão de con-cidadania e a cidadania terrenal.
É a partir destas exigências que se pode compreender a importância da escola para
construção da cidadania.
Isto quer dizer ela deve instaurar-se como espaço-tempo, enquanto instância social
que sirva de base mediadora e articuladora de outros dois projetos que envolvem o agir
humano: de um lado, o projeto político da sociedade envolvente e, de outro lado, o projeto
pessoal dos sujeitos envolvidos na educação.
O processo educativo há de se revelar de sistematizar a tendência à inovação
solicitando o papel criador do homem. A tecnologia tem um impacto significativo não só na
produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões
culturais vigentes.
Ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será suficiente para o
aceso de todos da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação política que possibilite
investimento para que esses recursos tecnológicos existam e possam ser ferramentas que
contribuam para o desenvolvimento do pensar. Sendo um meio de estabelecer relações
entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular ação,
teoria e prática.
A concepção de gestão escolar reflete diferentes posições políticas e concepções do
papel da escola e da formação humana na sociedade. Portanto o modo como uma escola se
organiza e se estrutura tem um caráter pedagógico.
A concepção democrática – participativa que se propõe para esta escola argumenta-
se em favor da necessidade de se combinar a ênfase nas relações humanas e na
participação nas decisões com ações efetivas para se atingir êxito os objetivos específicos
da escola. Para isso, valoriza os elementos internos do processo organizacional – o
planejamento, a organização, a direção, a avaliação. Postas em práticas em função de
prover as melhores condições para viabilizar os processos de ensino e aprendizagem, pois
a gestão participativa é a forma de exercício democrático da gestão e um direito de
cidadania, mas implica, também, deveres, responsabilidades, da diversidade de concepção
e de práticas.
As instâncias colegiadas contribuem decisivamente para a criação de um novo
cotidiano escolar, na qual a escola e a comunidade se identificam, no enfrentamento não só
dos desafios escolares imediatos, mas dos graves problemas sociais vividos na realidade
brasileira. O desafio é criar uma cultura democrática e participativa, com pessoas que
tenham representatividade no seu segmento, disposição para exercer a função e, sobretudo,
compromisso com a educação pública.
A formação de professores pode desempenhar um papel importante na configuração
de uma nova profissionalidade docente, estimulando a emergência de uma cultura
profissional e organizacional no seio das escolas.
A LDB assegura o aperfeiçoamento profissional continuado e período reservado a
estudos, planejamento e avaliação, incluindo na carga horária de trabalho, cabem a escola
planejar as atividades de acordo com as necessidades de seus profissionais. Esta postura
favorece o aperfeiçoamento da prática educativa e o crescimento profissional.
A formação continuada vem contribuir ao fato de que, na sociedade do conhecimento
e no mundo do trabalho, será preciso achar formas de continuar aprendendo sempre e
desenvolver-se profissionalmente. No caso do professor, a escola é o contexto privilegiado
da formação continuada, o lugar para continuar aprendendo e se desenvolver.
No entanto, essa condição privilegiada só será eficaz se o professor puder ser
protagonista do Projeto Pedagógico da escola em que trabalha e da sua formação, a partir
da consciência das suas reais e concretas necessidades para exercer seu papel de gestor
do ensino e da aprendizagem dos alunos.
Ao pensar em currículo, é preciso atentar para alguns elementos da história da
função da escola. É inegável que ela tem desempenhado um papel fundamentalmente na
reprodução do universo da classe dominante, seja ela econômica ou cultural.
Desde suas origens como parte do projeto burguês, a escolaridade de massas tem
sido um dos instrumentos usados para suprir as necessidades de mão-de-obra e garantir a
formação e a domesticação das mentes e dos corpos.
O conceito de currículo tem se modificado ao longo do tempo. O sentido mais usual
para palavra relaciona-se ao conteúdo, a matriz curricular, a organização dos conteúdos
distribuídos pelas disciplinas, a carga horária, outra definição aponta para o planejamento,
plano de aula. Outra definição liga o currículo ao conjunto de experiências vividas pelos
alunos.
Todas essas definições pensaram que uma boa definição de currículo o relaciona a
um conjunto de experiências, organizadas pela escola e pelas quais a escola se
responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com o objetivo que os alunos aprendam algo.
A centrabilidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve ensinar e ensinar
bem.
Construir um currículo não é um trabalho técnico, que uma pessoa faz para outros
seguirem. O planejamento, a implementação e a avaliação de um currículo deve ser uma
tarefa de todos.
Por isso, coletivamente devemos ter condições de decidir o que considera
significativo que os alunos aprendam como fazer para que ele compreenda o mundo em que
vive e tente mudá-lo.
Além dos conteúdos, existe também a forma de organizá-los: por disciplinas, por
projetos interdisciplinares ou temas geradores e ter claro os dois elementos importantes do
currículo: a hierarquização e a distribuição.
É preciso enfrentar as questões curriculares dentro de cada área do conhecimento.
Para isso é necessário estabelecer discussões de ordem social e política e de ordem
epistemológica, pois a ciência não é neutra: ela é produzida em torno de discordâncias e
disputas, alcançar os objetivos da escola.
O currículo deve contemplar alguns princípios básicos como:
1 – Ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas áreas do
conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os demais sujeitos
escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretar, se posicionar e
influenciar sobre ela.
2 – Respeito e incentivo a liberdade de pensamento, a discussão, a capacidade
argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no interior da escola.
3 – Organização de conteúdos socialmente significativos, permitindo compreender a
dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa
interpretação dialética, com base nos estudos marxistas, atentando para as diferentes
vertentes herdeiras da tradição marxista, que abriram diferentes formas de compreender o
mundo, tendo em vista a construção de uma sociedade socialista.
4 – Possibilite praticar a resistência à sociedade capitalista e aos seus valores
desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e à natureza. Que possibilite
reconhecer e praticar a resistência aos valores dos países imperialistas e hegemônicos.
5 – Colocar os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidade de
participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares.
6 – Criar o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação
continua e atualizada – o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender – para desenvolver a
autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da
dominação cultural burguesa.
7 – Permitir aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição
das conquistas da humanidade, no campo das artes, das ciências, das letras e da
tecnologia.
8 – Permita aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e vivenciarem as
manifestações populares, compreendendo as relações de interdependência entre as
culturas e sem qualificar uma delas como superior.
9 – Trazer para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas pelas
populações do campo, das comunidades indígenas e cultura afra, rompendo com a falsa
dicotomia entre o popular e o erudito.....
10 – Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade
cultural, para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual,
contra os portadores de necessidades especiais, entre outras.
11 – Incentivar a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação
coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os órgãos de
representação e a participação efetiva de todos.
12 – Assegure as alegrias do presente (e não apenas pensar nas promessas do
futuro, pois quando a escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento
atual, as crianças e os jovens irão pressentir o prazer de se aprender sempre.
13 – Assegurar aos alunos conhecimentos sobre os direitos da criança e do
adolescente.
A ampliação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil, não é recente. Pode-se
observar através da legislação educacional ao longo da história tais mudanças.
A LDB nº 4.020/61 estabelecia quatro anos de escolaridade obrigatória e,
posteriormente, em 1971, a LDB nº 5.692 tornou obrigatório oito anos de escolarização. A
LDB nº 9394/96 manteve a obrigatoriedade de oito anos de escolarização e acenou para a
possibilidade da ampliação para nove anos.
Com a Lei nº 11.114/05 foi alterado o artigo 6º da LDB, ampliando para nove anos o
Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória aos seis anos.
As Deliberações nº 05/06, 02/07 e a 03/07 normatizaram o processo de
implementação.
Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos é
importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações.
Aries afirma que “é no fim da Idade Média que se inicia um processo de mudança,
pois a infância passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo
alvo de atenção dos adultos.”
No século XVIII a concepção de infância passa pelo disciplinamento e pela moral,
exercida por um processo educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado.
Kramer (1995) coloca que o conceito de infância se diferencia conforme a posição de
sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma
concepção infantil homogênea, as crianças e suas famílias estão submetidas a processos
desiguais de socialização e de condições objetivas de vida. Cabe à escola reconhecer estes
sujeitos capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e
sistematizados como conteúdos pela escola.
É fundamental que o processo ensino-aprendizagem considere as singularidades da
aprendizagem por meio do desenvolvimento ENCADEADAS que possibilitem a ampliação
dos conhecimentos de forma prazerosa e cheia de significação social, num movimento de
articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
A adolescência é definida como a fase da transição entre infância e a idade adulta,
uma passagem que pode durar até os dez anos, dependendo do indivíduo, de seu ambiente
social, escolar e familiar. A puberdade refere-se a um conjunto de mudanças físicas,
psicológicas e comportamentais. Essa fase desperta para um novo mundo, onde eles
passam a ser os atores/atrizes de sua vida é uma fase que merece atenção e desafios dos
educadores para orientá-los.
O sistema de escrita e as convenções para o uso constituem uma tecnologia criada e
aperfeiçoada pela humanidade ao longo do milênio.
Um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma
tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação dos sons em
letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons.
Saber usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e
escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou
queremos ler ou escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes
suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para
variadas funções: informar, interagir, emergir no imaginário, no estético, para ampliar
conhecimento, seduzir ou induzir, para divertir-se, orientar-se, para o apoio à memória.
A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita é que
se chama letramento (SOARES, ANO).,
A Educação Especial é o processo de desenvolvimento global das potencialidades
de pessoas com necessidades educacionais especiais com condutas típicas e com altas
habilidades e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-
se em referências teóricas e práticas compatíveis com as necessidades específicas de seu
aluno. O processo de ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus
superiores de ensino. Sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o Sistema
Educacional vigente, identificando-se com sua finalidade que é a de formar cidadãos
conscientes e participativos.
O alunado da Educação Especial é constituído por educando que requerem recursos
pedagógicos, metodológicos e metodologias educacionais específicas. Genericamente
chamados de pessoas com necessidades educacionais especiais nas áreas (visual,
auditiva, mental, física e múltipla) e pessoas com condutas típicas (problemas de condutas
decorrentes de síndromes de quadros psicológicos e neurológicos que acarretam atrasos no
desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social) e os de altas habilidades (com
notável desempenho e elevada potencialidade em aspectos acadêmicos, intelectuais,
psicomotores e artísticos).
A Constituição Federal elegeu como fundamentos da República a “Cidadania
Dignidade da Pessoa Humana”. Garante expressamente o direito à Igualdade e elege como
um dos princípios para o ensino, a igualdade de condições de acesso e permanência na
escola (art. 202, inciso I), acrescentando que o dever do estado com a educação será
efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
da criação artística, segundo a capacidade de cada um (art. 208, V).
O ambiente escolar pode e deve ser o mais diversificado possível, como forma de
atingir o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania.
O atendimento educacional especializado deve estar disponível de preferência na
rede regular, pois é este o ambiente escolar mais adequado para se garantir o
relacionamento dos alunos com seus pares de mesma idade cronológica e para a
estimulação de todo tipo de interação que possa beneficiar seu desenvolvimento cognitivo,
respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
Assim, cabe a cada unidade escolar diagnosticar sua realidade educacional e
implementar as alternativas de serviços e a sistemática de funcionamento de tais serviços
ex: salas de recursos, salas de apoio pedagógico, serviços de itinerância, apoio alocado na
classe comum, sob a forma de professores e/ou profissionais especializados, com os
recursos e materiais adequados. Importante também é a integração dos serviços
educacionais com os da área da saúde, trabalho e assistência social, tais como os
oferecidos pelas escolas especiais.
De acordo com a instrução Nº 016/2011, no decorrer do processo educativo deverá
ser realizada inicialmente uma avaliação psicoeducacional no contexto escolar, que
possibilita o reconhecimento das necessidades educacionais especiais dos alunos com
indicativos de deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do
desenvolvimento, transtornos funcionais específicos, distúrbios de aprendizagem e
transtornos de déficit de atenção e hiperatrividade. Composta pelo professor de Sala de
Recursos Multifuncional- Tipo I e/ou Pedagogo da escola, objetivando identificar barreiras
que estejam impedindo ou dificultando o processo educativo em suas múltiplas dimensões.
9 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES
A concepção democrático-participativa, proposta por esta escola, argumenta em
favor da necessidade de se combinar a ênfase nas relações humanas e na participação das
decisões, com ações efetivas para se atingir, com êxito, todos os objetivos específicos da
escola.
Diante da difícil realidade apresentada no diagnóstico é urgente a necessidade de
repensar o trabalho pedagógico realizado na escola, fortalecendo as práticas de todos os
segmentos no sentido de reverter à atual situação.
Neste momento, se quer construir outra base social, construída por aqueles
excluídos da história brasileira. O grande desafio é dar condições ao educando de se tornar
cidadãos conscientes, organizados e participativos do processo de construção político,
social e cultural do país.
Queremos identificar o papel da escola como intérprete no processo de
transformação da sociedade e para isso é preciso o envolvimento de toda comunidade
escolar, que é a soma dos nossos professores, alunos, funcionários, pais e lideranças da
nossa sociedade local, a fim de aprofundar e organizar a dinâmica da escola numa realidade
social que supra as deficiências e crie uma identificação que caracterize a finalidade social
da escola que é ensinar com qualidade, preparando o educando para lidar com a realidade,
a ver com mais clareza suas possibilidades de trabalho, suas atitudes e valores diante da
sociedade e a forma de se capacitar para alcançar um futuro melhor com maior competência
de acordo com suas potencialidades e vocações a fim de estabelecer diálogos pedagógicos
e interculturais mais reflexivos e menos excludentes.
A escola tem como prioridade criar espaços e condições de participação política,
intelectual, estética, ética, afetiva e religiosa, oferecer um ensino cada vez mais significativo
aproveitando todo e qualquer conhecimento e habilidade adquirida em sua vida. As
alternativas possíveis para superação das dificuldades detectadas:
Diversificar as aulas, utilizando-se do Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas e
dos recursos tecnológicos, e materiais concretos existentes;
Elaborar com os alunos normas e regras para sala de aula, respeitando o direito de
manifesto;
Criar momentos da escola de confraternização que envolva pais, professores e
alunos;
Reuniões pedagógicas periódicas para troca de experiências;
Desenvolver atividades com dinâmicas de grupo onde o aluno trabalhe atenção,
descontração, conscientização, relaxamento e outros;
Intercambio com os professores de 1ª a 4ª série; possíveis encaminhamentos;
Disponibilizar um funcionário para auxiliar os professores com os recursos
tecnológicos;
Promover excursões culturais;
Realizar trabalhos de conscientização durante as aulas vagas para amenizar os
casos de indisciplina, frequência e outros;
Desenvolver projetos que venham ao encontro dos interesses dos alunos;
Promover palestras e grupo de estudos com profissionais liberais, abordando temas
como Ética, Leis Constitucionais, Meio Ambiente, Profissões e Saúde, Sexualidade,
Direitos da Criança e Adolescentes e outros.
Respeitar a curiosidade do aluno.
A Projeção de matrículas para o ano 2012: Ensino Fundamental séries finais 6º ano
133, 7º ano 90, 8º ano 130, e 9º ano 96.
Ensino Médio 1º ano 100, 2º ano, 68, 3º ano 70.
9.1 Detalhamentos das ações
Assim, são definidas algumas linhas de ação para organização do trabalho
pedagógico.
Objetivos
Responsáveis Metodologia Cronograma
1 – Gestão
Promover a articulação entre os vários segmentos da escola;
Garantir a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelos colegiados.
Conselho Escolar
Direção
Grupo de estudos, preparando os membros de cada colegiado existente na escola, a fim de que cada um assuma sua função de forma efetiva.
Reunião periódica conforme Estatuto.
Realizar grupos de estudos sempre que se fizer necessário.
Sempre que houver necessidade
Integrar escola, família e comunidade, buscando assim aprimorar o processo ensino-aprendizagem.
APMF, Direção e Comunidade escolar
Mobilizar as famílias por meio de eventos culturais, gincanas e palestras, preparando os pais para participar, com eficiência, no acompanhamento escolar de seus filhos.
Bimestralmente
Estudar e interpretar dados de aprendizagem, de forma a analisar o trabalho do professor e o desempenho do aluno.
Pré-Conselho, Conselho de Classe, Professores, Direção, Alunos e Pais
Análise de gráficos e posterior elaboração de projetos para a solução dos problemas que surgirem.
Bimestralmente e sempre que um fato relevante assim o exigir.
Realizar estudos em que participarão os vários segmentos da escola e o Conselho Tutelar, buscando despertar a responsabilidade de cada segmento na inclusão e permanência do aluno no sistema educacional.
Equipe Pedagógica e Direção
Reuniões e grupos de estudos.
Sempre que se fizer necessário.
Desenvolver sistemáticas de controle e acompanhamento da evasão escolar individual
Equipe Pedagógica e Professores
Frequência do aluno, por meio de Registro de Classe acompanhado pelo Professor, pela Equipe Pedagógica e Secretaria.
Diariamente
Promover a participação de alunos e professores em feiras e eventos de municípios vizinhos ou realizados pela SEED.
Equipe Pedagógica e Professores
Inscrever os alunos para participar de Conferências, Projetos outros.
Sempre que se fizer necessário
Divulgar todas as prestações de contas, mantendo a comunidade escolar informada sobre as aplicações dos recursos recebidos.
Direção, APMF e Conselho Escolar
Através de editais fixados na escola.
Mensalmente ou bimestralmente
Garantir o direito de escolha dos representantes dos segmentos dentro do contexto escolar.
Todos os segmentos escolares
Conscientização dos envolvidos sobre a importância da escolha democrática dos segmentos.
Apresentação do plano de ação de cada função para a comunidade escolar.
De acordo com o estatuto vigente e resolução “biênio”.
2 – Proposta Pedagógica
Coordenar e organizar a participação do coletivo da escola na reflexão da Proposta Pedagógica.
Equipe Pedagógica, Direção, Professores, Pais e Alunos.
Através de textos para reflexão e em reunião pedagógica.
Sempre que se fizer necessário
Desenvolver projetos que possibilitem aos alunos e a escola maior integração com a comunidade.
Professores, Equipe Pedagógica, Alunos e Direção.
Através de incentivo aos professores, para que estes desenvolvam projetos com temas do cotidiano, tais como meio ambiente, paz, solidariedade, leitura, idoso e outros.
Semestralmente
Informar aos pais e/ou responsáveis sobre o aproveitamento escolar de seu filho.
Professores, Pais, Equipe Pedagógica e Direção.
Reuniões com pais e professores para análise dos resultados.
Bimestralmente
Dar suporte pedagógico aos professores, auxiliando-os sempre que necessário.
Equipe Pedagógica
Acompanhamento nas horas-atividade e em sala de aula.
Sempre que se fizer necessário e nas horas atividades.
Elaborar o Calendário Escolar em conjunto com os segmentos da escola.
Equipe Pedagógica, Direção e Professores
Ouvir e discutir as sugestões para a elaboração do Calendário Escolar.
Janeiro/Fevereiro
Organizar a distribuição de turmas de maneira a evitar a superlotação de salas de aula.
Direção, Secretaria e Equipe Pedagógica
Acompanhamento das matrículas e remanejamento quando necessário.
Janeiro/ Fevereiro
Planejar as aulas do período noturno de forma diferenciada, visando evitar o alto índice de evasão.
Equipe Pedagógica e Professores
Elaboração de um planejamento especial para ensino noturno com metodologia diferenciada.
Semestralmente
3 – Formação Continuada
Incentivar a participação dos professores e funcionários em cursos e eventos promovidos pela SEED.
Direção e Equipe Pedagógica
Elaboração de critérios junto aos professores sobre a participação nos eventos.
Sempre que necessário
Realizar grupos de estudos para aprofundamento e revisão de aspectos específicos, por segmento escolar ou área de conhecimento.
Equipe Pedagógica e Direção
Através das reuniões pedagógicas
Trimestralmente
Selecionar material de referencial teórico para reflexão, estudo e sensibilização.
Utilizar relatos de experiências para promover o intercâmbio de informações e atividades pedagógicas para os professores vivenciarem em oficinas e com os alunos em sala de aula.
Equipe Pedagógica e Direção
Seleção de textos, grupos de estudos em reuniões pedagógicas.
Trimestralmente
Adquirir dicionários de Inglês, mapas e livros para leitura, possibilitando aos professores e funcionários mais recursos didáticos para seu desenvolvimento cultural.
Direção e Equipe Pedagógica
Compra de dicionários , livros e mapas colocando-os a disposição dos professores.
Sempre que se fizer necessário
Maximizar o acervo da biblioteca
Direção, Professores e Equipe Pedagógica.
Aquisição de livros solicitados pelos professores e alunos
Anualmente ou quando se fizer necessário
Promover excursões culturais
Professores, alunos e pais.
Visitas em museus, universidades e parques florestais.
Semestralmente
Organizar palestras educativas para pais, professores, alunos e funcionários.
Pais, alunos, professores e funcionários.
Realização de palestras com temas significativos para cada segmento
Semestralmente
Fazer reuniões periódicas para ouvir sugestões e/ou críticas, a fim de melhorar as condições de trabalho de cada segmento
Todos os segmentos
Reuniões Bimestralmente
4 – Qualificação de Equipamentos e Espaços
Adquirir sempre que possível, materiais didáticos, equipamentos, jogos educativos e esportivos para enriquecer as aulas.
Direção
Compra de materiais e disponibilização aos professores
Sempre que se fizer necessário
Manter a escola sempre limpa e conservada.
Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Por meio da conscientização de alunos e funcionários em geral
Diariamente
Melhorar o ambiente da Biblioteca e Refeitório
Direção, Bibliotecária e Pintor.
Pintura e construção de frases educativas
Fevereiro a março
5 – Avaliação geral de desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários
Avaliar os segmentos da escola, assim como todos os projetos propostos pelos mesmos.
Todos os segmentos
Em reunião com o coletivo realizar uma avaliação dos serviços prestados pelos segmentos colocando os pontos positivos e negativos e propor metas para melhoria do desempenho da função;
Semestralmente
Análise dos projetos pela equipe pedagógica.
6 – Processo Ensino Aprendizagem
Usar a avaliação para diagnóstico da aprendizagem do aluno, bem como suas necessidades em termos de ensino.
Incentivar os alunos para que estes tenham mais interesse nas atividades realizadas em classe e extra classe.
Os instrumentos de avaliação constituem em no mínimo duas avaliações escrita no valor 3,0(três vírgula zero), 2,0 (dois vírgula zero) com pesquisas, seminários, produções individuais ou em grupo, simulados e 2,0 (dois vírgula zero) em tarefas diversas conforme critério do professor. O aluno terá a oportunidade de recuperar 10,0(dez vírgula zero) através da recuperação de forma permanente e concomitante, a qual será planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos e possibilitar o aperfeiçoamento di currículo;
A recuperação será através de avaliação escrita, oral e outras, comparada a avaliação anterior prevalecendo sempre a maior;
Professores, Equipe Pedagógica
Professor e Equipe Pedagógica
Professores, Alunos e Equipe Pedagógica.
Dar oportunidade ao aluno de mostrar seu potencial através dos diversos instrumentos de avaliação.
Conscientização dos alunos sobre a importância da educação.
Envolvimento dos alunos em projetos e atividades promovidas pela escola.
Detectada a dificuldade do aluno, o professor retomará o conteúdo utilizando diferentes metodologias: pesquisas, atividades individuais e coletivas;
O pai será informado através de reuniões quanto a forma de recuperação oferecida pelo colégio;
Os resultados serão comunicados aos alunos e pais através dos boletins.
Diariamente
Diariamente
O aluno será observado diariamente pelos professores.
O prazo de revisão de avaliações é de 72 (setenta e duas horas, após a realização da mesma.
Conselho de Classe
Processo de promoção classificação, reclassificação
Garantir aos alunos recursos didáticos e materiais;
Disponibilizar internet aos alunos para assessorá-los em suas pesquisas. .Adaptação/aproveitamento de estudos, regime de progressão parcial.
Equipe Pedagógica, Direção e Professores
Equipe Pedagógica e Professores
Equipe Pedagógica, professores
Os Conselhos de Classe acontecerá da seguinte forma: Realização do Pré-Conselho com alunos e professores, em seguida faz-se o Conselho de Classe por turma com professores, equipe, direção e representantes de alunos e pais.
Pós –Conselho será executadas todas as ações propostas pelo Conselho de Classe.
Elaborar Propostas de conteúdos básicos a série previstas para adequação de idade série, conforme previsto no Regimento Escolar
Convocar os alunos para avaliação de classificação ou reclassificação.
Comunicar os pais.
Seguir as orientações do Regimento Escolar
Bimestralmente
Início do Período letivo
Sempre que fizer necessário
9 – Inclusão Sala de Apoio, Sala de Recursos e Sala multifuncional
Oferecer ao aluno com necessidades educativas especiais
Equipe Pedagógica, Professores,
Diagnosticar a realidade educacional e implementar as
No início do ano letivo ou conforme a necessidade surgida.
igualdade de condições de acesso e permanência na escola (Sala de Recursos Multifuncional tipo I e Sala de Apoio). Educação do Campo
Entender o campo como modo de vida social, valorizando seu trabalho, sua história e seus conhecimentos;
Incorporar na Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas e no Plano de Trabalho Docente, conteúdos que possibilitem o estudo da vida no campo. Cultura Afro-Brasileira e Africana
Reestruturar a
Professor de Ensino Especial e Direção.
Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Direção.
Professores,
alternativas de serviços e a sistemática de funcionamento da sala de recursos multifuncional e da sala de apoio à aprendizagem.
Para efetivar o aluno a Sala de Recursos Multifuncional será a partir da avaliação psicoeducacional no contexto escolar que possibilitará o reconhecimento das necessidades educacionais especiais. Com indicativos de deficiência intelectual, física neuromotora; transtornos: globais do desenvolvimento; funcionais específicos; distúrbios de aprendizagem e transtornos do déficit de atenção e hiperatividade.
O ingresso do aluno a Sala de Apoio a Aprendizagem será mediante a uma avaliação diagnóstica realizada pelo professor da Língua Portuguesa e Matemática. Sendo substituído no momento que superar as dificuldades.
Seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize as singularidades regionais e características nacionais, tanto em termos de identidades sociais e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares.
Reunião com os
Início do período letivo.
Início do período letivo.
Equipe Multidisciplinar;
Incorporar conteúdos básicos da Cultura Afro na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente das disciplinas.
Equipe Pedagógica, Alunos e Direção.
segmentos escolares para a escolha dos membros da Equipe Multidisciplinar;
Reestruturação das Propostas Pedagógicas Curriculares, incluindo conteúdos básicos sobre a Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Inclusão dos conteúdos da Cultura Afro-Brasileira e Africana no Plano de Trabalho Docente.
Direitos da Criança e do Adolescente, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à violência contra criança e adolescente, Educação tributária. .Incorporar na Proposta Pedagógica Curricular os conteúdos básicos citados acima.
Professores e Equipe Pedagógica.
Inclusão na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente a Inclusão dos direitos da criança e do adolescente Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à violência contra criança e adolescente, Educação tributária.
....
Início do período letivo.
10 - Avaliações Institucionais Externas
Incentivar os alunos para participarem das avaliações externas institucionais.
Divulgar o desempenho dos alunos nas avaliações externas.
Promover a avaliação institucional visando colaborar para o desenvolvimento e qualidade dos serviços prestados pela instituição.
Direção, Equipe Pedagógica e Professores.
Equipe Pedagógica, Direção e Secretaria.
Comunidade Escolar
Conscientização em sala de aula realizada pela Direção, Professores e Equipe Pedagógica.
Utilização das avaliações externas nas aulas para os alunos se familiarizarem com o formato das provas.
Análise e reflexão dos erros e acertos dos alunos.
Organização de grupos e reuniões com os segmentos para análise das dimensões objetivando a avaliação da instituição.
Sempre que se fizer necessário.
11 - JOCOP'S
Promover o desporto educacional, por meio de jogos que envolvam várias modalidades esportivas, dando oportunidade de participação a um maior número de alunos, despertando o gosto pela prática dos esportes, com fins educativos e formativos.
.Professores de Ed. Física, Equipe Pedagógica e Direção.
Realizar inscrições dos alunos nas diversas modalidades esportivas;
Treinamento das Equipes;
Acompanhamento dos alunos por professores responsáveis;
Aquisição de materiais que atendam as necessidades dos alunos.
Anualmente
12 – Programa de Complementação Curricular em contra turno
O Programa de complementação visa desenvolver atividades pedagógicas de complementação curricular além do turno escolar.
Possibilitar o acesso, a permanência e a participação do educando em atividades de seu interesse, oferecidas pelo estabelecimento.
Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar.
Professores, Equipe Pedagógica, Direção e Comunidade.
Elaboração de propostas significativas.
Inscrição dos alunos e controle de frequência.
Apresentação das produções realizadas pelos alunos para comunidade escolar em eventos promovidos pela escola.
Solicitação do estabelecimento mediante requerimento e propostas com o parecer do Conselho Escolar.
Início do ano letivo
13. Inclusão do estágio não obrigatório
Assegurar o estágio não obrigatório conforme a lei 11.788/08.
Oferecer instrumentos concentuais ao aluno estagiário.
Direção, Equipe Pedagógica, Professores e estagiários.
Celebrar termo de compromisso entre o educando e direção.
Exigir frequência e zelar pelo cumprimento do termo.
Acompanhar as práticas de estágio através de relatórios periódicos.
Informar aos professores sobre os alunos estagiários.
Cumprir as horas de estágio conforme termo de compromisso.
Análise de produção integrando as práticas ao conhecimento teórico que as sustentam.
Dar condições ao estagiário para desenvolver com segurança e criatividade.
Sempre que se fizer necessário.
14. Programa Saúde na Escola
Prevenir e melhorar o nível de educação e saúde de nossos alunos e, consequentemente, da família.
Secretaria Municipal de Saúde – PSE/ESP, Professores e Agentes de Saúde
Dentista
Nutricionista
Direção e Profissionais
Professores de Ed. Física, de Artes e Sec. Municipal do Esporte.
Professores,
Aplicação tópica de flúor, bochecho fluorado e escovação correta.
Odontologia curativa e preventiva
Atender as necessidades nutricionais dos alunos, por meio dos cardápios.
Palestras com profissionais como Psicólogo, Assistente Social, Médicos e outros), abordando temas: Tabagismo, Alcoolismo, Sexualidade, Violência, Drogas e Nutrição.
Semanal
Quando se fizer necessário
Agentes de Saúde e Oftalmologis-
ta.
Atividades físicas e intelectuais: jogos, dança, esporte, artesanato e música.
Teste de acuidade visual e encaminhamento a especialista.
15 - Outros
Construir um auditório para reuniões, palestras e eventos culturais.
Direção e APMF
Através de campanhas, doações, festas e projetos para Fundepar com intuito de conseguir recursos.
Durante o triênio
Organizar feiras, show de talentos, palestras, torneios, gincanas e projetos de resgate de valores, cidadania e estética envolvendo professores, alunos e pais.
Visitar exposições e feiras em outras localidades.
Equipe Pedagógica, Direção, Professores e Alunos.
Organização de Feira Cultural na escola;
Shows, palestras, torneios projetos e bailes;
Visita em feiras de outros estabelecimentos;
Gincana.
Durante o triênio
9.2. Regime de funcionamento:
A escola oferta Ensino Fundamental de 9 anos e Ensino Médio, nos seguintes
horários: Manhã 7h e 30min. às 12:00; tarde 12.30 às 17:00; noite 18:50 às 23:00. No
intermediário das 17h00 às 18h e 40min, funciona o PACCC com atividade de Dança, Voley
e Pré-Vestibular. A Sala de Apoio de 6º e 9º ano funcionam no período da manhã e tarde.A
Sala de Recursos Multifuncional tipo I para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio
funciona no período de manhã com 07 alunos já avaliados e mais 05 alunos estão em
processo de avaliação. CELEM funciona no período da tarde, intermediário e noite.
10 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será acompanhado e avaliado constantemente pela
Equipe Pedagógica, Direção e Professores por meio de análise realizada em reuniões com
a comunidade escolar, levantando os aspectos mais relevantes que necessitem de alteração
ou não, conforme a necessidade e interesse da comunidade escolar buscando novas
mudanças da educação.
O Projeto Político Pedagógico será aprovado pelo Conselho Escolar.
Santana do Itararé, 06 de junho de 2012.
REFERÊNCIAS
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Editora Alternativa, 2004.
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Educação. SP. PP & A, abril/2004, Ed. Nº 1
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à
universidade. Porto Alegre: Educação & Realidade, 1993.
SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e Didática: Problemas da unidade conteúdo/
Método no Processo Pedagógico. 4º ed. Revista e Ampliada. Campinas SP. Autores
Associados, 2003.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª edição. São Paulo:
Editora Cortez, 2002.
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Educação. Campinas, SP: Papirus: cedes; São Paulo: Ande: Anped, 1992, p. 14.
SOUZA, Clarilza Prado. Avaliação Escolar: Limites e Possibilidades. CRE, Mario Covas
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa/ Paulo
Freire. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VAZQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. Ed. Civilização Brasileira
VASCONCELLOS, Carlos dos Santos. Planejamento: Planejamento: Projeto de Ensino –
Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e
realização, 14ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2005.
SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista
da AEC. Brasília, v. 27, n. 107, p. 81-91, abr./jun./1998.
Caderno de Debate, IV Conferência Estadual de Educação da APP – Sindicato, filiada à
CUT e a CNTE.
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SOUZA, Clarilza Prado. Avaliação Escolar: Limites e Possibilidades. CRE, Mario Covas.
Caderno de Debate, IV Conferência Estadual de Educação da APP - Sindicato, filiada à CUT
e a CNTE.
- Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos.
- Apostila “Processo de leitura e escrita” - Departamento de Educação Especial - Equipe
Técnico-Pedagógico - Área Mental.
SIMONS, M. U. Apostila sobre Interferências na aprendizagem. “Curso de
Neuropsicopedagogia”. Dom Bosco. SC, 2006, p. 01/04.
- A Educação Especial no Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de
Educação Especial.
ANTUNES, Celso, 1937 - “As Inteligências Múltiplas e seus Estímulos” - Campinas, SP:
Papirus, 1998. (Coleção Papirus Educação).
Conhecimentos Específicos de Educação Especial. “Lógica”.
KRAMER, Sonia. A política da pré-escola no Brasil- arte do disfarce. 5ª Ed. São Paulo:
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PAIVA, Samara do Nascimento Salvador Lourenço. Professora e supervisora pedagógica –
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www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/1262/educacao-dos-pais-e-
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SOARES, Magda. A entrada da criança no mundo da escrita: O papel da Escola.
Departamento da Educação Básica. Orientações Pedagógicas para os anos iniciais.Ano
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