Post on 25-Mar-2016
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Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial para o Agreste Setentrional
Bom Jardim | Casinhas | Cumaru | Feira Nova | Frei Miguelinho
João Alfredo | Limoeiro | Machados | Orobó | Passira | Salgadinho
Santa Cruz do Capibaribe | Santa Maria do Cambucá | São Vicente Férrer
Surubim | Taquaritinga do Norte | Toritama | Vertente do Lério | Vertentes
Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial para o Agreste Setentrional
1ª edição
RecifeFUNDARPE
2009
EXPEDIENTE DA FUNDARPE
Governador de Pernambuco | Eduardo CamposVice-governador |João Lyra NetoSecretário de Educação | Danilo CabralSecretário da Casa Civil | Ricardo LeitãoSecretário Especial de Cultura | Ariano SuassunaPresidente da Fundarpe | Luciana AzevedoDiretor de Gestão | Alexandre DinizDiretoria de Preservação Cultural | Célia CamposDiretor de Políticas Culturais | Carlos CarvalhoDiretor de Difusão Cultural | Adelmo AragãoDiretor de Projetos Especiais | Rosa SantanaDiretoria de Planejamento e Monitoramento | Fátima OliveiraDiretoria de Incentivo à Produção Cultural Independente | Martha FigueiredoAssessoria Especial de Comunicação | Rodrigo CoutinhoCoordenadoria Jurídica | Hugo BrancoCoordenadoria de Música | Rafael CortesCoordenadoria de Artes Cênicas | Teresa AmaralCoordenadoria de Cinema, Vídeo e Fotografia | Carla FrancineCoordenadoria de Artes Plásticas, Artes Gráficas e Literatura | Félix FarfanCoordenadoria de Patrimônio Histórico | Terezinha SilvaCoordenadoria de apoio à gestão do Funcultura | Irani do Carmo SilvaCoordenadoria de Cultura Popular e Pesquisa | Terezinha de J. C e AraújoChefe da Unidade de Informática | Luciano Magalhães.
COLABORADORES DA DPC
Alexandra de Lima CavalcantiCarlos Alberto M. C. da CunhaDiógenes Santana de AzevedoEricka Maria de Melo Rocha CalábriaFátima TigreIzabel PaashausMaria de Nazaré Oliveira ReisMaria de Lourdes B. CordeiroMônica Pereira da SilvaNeide Fernandes de SousaRenata EcheverriaRoberto Carneiro da SilvaRosa Virgínia Bomfim WanderleySandra SpinelliRoxana Maria de Oliveira LemosUlisses Pernambucano de M. Neto
APOIO:IPHAN 5ª Superintendência Regional
TEXTOS:Cecília BarthelDaniella EspositoFabiana SalesFábio PestanaJuliana BrainerLívia MoraesMaria AcselradMaria Lana MonteiroMariana AragãoTerezinha SilvaVanessa Teles
PROJETO GRÁFICO E ILUSTRAÇÕES:Jamily Muniz
REVISÃO DO TEXTO:Bernardo Tinôco
IMAGENS E MAPAS:Cecília BarthelFábio PestanaMariana AragãoVanessa Teles
F418
Festival Pernambuco Nação Cultural (2009: Recife, PE)
Educação patrimonial para o Agreste Setentrional / Fundação do
Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. 1. ed. Recife:
FUNDARPE, 2009.
84 p.: Il.
ISBN 978-85-7240-076-3
1. Educação patrimonial 2. Pernambuco Educação patrimonial
3. FUNDARPE 4. Pernambuco Agreste Setentrional 5. Patrimônio
I.Título
FUNDARPE CDU 374
Sumário
07 Apresentação
08 Agreste Setentrional
10 Introdução
12 Para entender, refletir e construir o Patrimônio
12 . Cultura
13 Identidade
14 Valor
15 História
16 Memória
18 Patrimônio
19 Bens culturais
20 Formas de proteção do nosso Patrimônio
23 . Lei do Registro do Patrimônio Vivo
29 Educação Ambiental e Patrimônio Natural
32 Educação Patrimonial: educando com o Patrimônio
33 Sugestões de atividades de Educação Patrimonial
36 O Patrimônio e o Turismo
38 Roteiros turístico-culturais: instrumentos de interpretação do Patrimônio
43 Condutores locais: agentes culturais no município
45 Encaminhamentos
47 Acervo do Patrimônio Cultural do Agreste Setentrional
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Sumário
48 Bom Jardim
51 Casinhas
53 Cumaru
54 Feira Nova
55 . Frei Miguelinho
57 João Alfredo
60 Limoeiro
63 Machados
64 Orobó
66 Passira
67 Salgadinho
69 Santa Cruz do Capibaribe
71 . Santa Maria do Cambucá
72 São Vicente Férrer
73 Surubim
75 Taquaritinga do Norte
78 Toritama
79 Vertente do Lério
80 Vertentes
81 Referências e indicações de leitura
83 Lista de figuras
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Fig.1: Localização da Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional em relação a Pernambuco.Fonte: Vanessa Teles, 2009.
Apresentação
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE –
através do seu Plano de Gestão, elaborado em 2007/2008, realizou, em cada uma das
doze Regiões de Desenvolvimento, seminários, fóruns e escutas para estruturação da
Política Pública de Cultura em Pernambuco. Tais atividades corresponderam à linha de
ação da preservação (Eixo 3 do Plano de Gestão). A Diretoria de Preservação Cultural –
DPC – associada às demais diretorias da FUNDARPE e ao Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional – IPHAN (5ª Superintendência Regional), retorna aos municípios da
Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional – RD 09 – com oficinas de Educação
Patrimonial/Ambiental e Patrimônio Vivo no Festival Pernambuco Nação Cultural.
Esta publicação é destinada à equipe pedagógica (professores e gestores) das
escolas dos municípios do Agreste Setentrional (Figura 1) e demais interessados nos
temas da preservação. O objetivo é fazer com que seus leitores se tornem
multiplicadores das ideias aqui trabalhadas, levando esse conhecimento, juntamente
com suas experiências pessoais, para a sala de aula e para a sua própria comunidade.
07
A Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional (RD 09) abrange uma 2
área de 3.544,5 km na mesorregião do agreste pernambucano, o que
corresponde a 3,58% do território estadual. A Região apresenta ampla rede de
rodovias federais, estaduais e vicinais. As principais vias são a BR-104, a PE-90 e a
PE-95, nas quais circulam praticamente toda a produção e abastecimento da
região.
O Agreste Setentrional é constituído por 19 municípios (figura 2) e uma
população com mais de 500 mil habitantes, equivalente a 5,9% da população
pernambucana. Merece destaque na economia do Agreste Setentrional o
desempenho dos municípios de Santa Cruz do Capibaribe no setor vestuário,
industrial, têxtil e de serviços; de Limoeiro, no setor de comércio, no atacado de
bebidas, em alojamento e alimentação; e de Surubim, no setor de serviços.
A região como um todo apresenta uma agropecuária de significativa
importância, sendo relevante a produção de ovos, leite, bovinos e banana, esta
última responsável por mais de 29% da produção estadual.
A região consolida-se também como a grande produtora de confecções,
detendo 73% da produção de todo o Estado, o que resulta em 850 milhões de
peças produzidas ao ano, considerando o setor formal e informal. Em virtude da
sua riqueza cultural e da efervescência do pólo de confecção, os municípios de
Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Taquaritinga do Norte integram a Rota da
Moda e da Confecção no Programa Pernambuco Conhece Pernambuco, uma ação
permanente da Secretaria Estadual de Turismo (SETUR) e Empresa Pernambucana
Agreste Setentrional
08
de Turismo (EMPETUR).
O Agreste Setentrional possui como bem em processo de tombamento o
Conjunto Ferroviário de Bom Jardim. A região possui ainda Agência do Trabalho,
Instituições de Ensino Superior e Unidade Operacional do SENAI, em Santa Cruz
do Capibaribe; Instituição de Ensino Superior também em Limoeiro, e vários
pólos produtores de artesanato em Orobó, Passira, Limoeiro e João Alfredo.
Fig. 2: Localização dos Municípios da Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional. Fonte: Vanessa Teles, 2009.
Surubim
Cumaru
SantaMaria
doCambucá
São VicenteFerrer
CasinhasVertente do Lério
Santa Cruz doCapibaribe
Taquaritinga do
Norte
Toritama
Vertentes
Frei Miguelinho
MachadosOrobó
João Alfredo Limoeiro
Passira
Feira Nova
Salgadinho
Bom Jardim
09
A preservação do patrimônio cultural do Estado de Pernambuco, hoje, é
uma das premissas para a promoção do desenvolvimento sociocultural dos seus
diversos municípios. Esta publicação tem como propósito oferecer suporte
didático aos interessados no desenvolvimento dos processos de educação
patrimonial e ambiental. Todavia, não podemos esclarecer o significado da
educação patrimonial, sem antes propor uma discussão acerca de temas
subjacentes a esse processo, tais como cultura, história, memória, valor,
identidade e patrimônio cultural. Ao lidarmos com educação patrimonial, estamos aplicando e
ressignificando todos esses conceitos. Quanto à educação ambiental, buscamos
redimensionar as relações dos homens com o meio onde vivem, estimulando a
capacidade de compreender o mundo nas interações culturais, sociais e naturais
e de agir nele de forma crítica e consciente. Apresentamos ainda algumas considerações em relação à atividade
turística e à formatação de roteiros turístico-culturais, por entendê-los como
uma alternativa de interpretação do patrimônio que pode promover geração de
renda para a comunidade, utilizando o patrimônio de forma sustentável. Gostaríamos de esclarecer, todavia, que nossa intenção não é oferecer um
conjunto de definições, esquemas ou modelos acabados, prontos para serem
disseminados ao longo do território pernambucano. Ao contrário, queremos
inquietar o leitor, fazê-lo refletir sobre as temáticas que subjazem às
possibilidades de uso do patrimônio cultural dentro da perspectiva da educação
patrimonial. Queremos promover um diálogo que o convide a pensar suas
Introdução
10
práticas enquanto agente social e faça questionar-se sobre a melhor forma de
contribuir para a inserção do patrimônio cultural no cotidiano de sua
comunidade. Isso porque acreditamos que a educação patrimonial é um
instrumento poderoso para estabelecer novas relações entre o patrimônio
cultural e a comunidade que lhe serve de alicerce. Acreditamos também que,
somente por meio dessas relações, podemos fortalecer o processo de
preservação do patrimônio do Estado.
Fig. 3: Festa da Bolinha
11
Para entender, refletir e construir o Patrimônio
Para abordarmos a temática da Educação Patrimonial, selecionamos os
conceitos de Cultura, Valor, Identidade, História e Memória.
Cultura é uma palavra comumente usada no nosso cotidiano. Você, leitor,
já deve ter utilizado essa palavra várias vezes e em diversas situações do dia-a-
dia. A palavra cultura não tem apenas um significado. Se recorrermos ao
dicionário, veremos que há pelo menos quatro formas de usar esse termo.
Cultura pode estar relacionada com o plantio de alimentos, como, por exemplo,
a cultura do arroz, a cultura do feijão, a cultura da cana-de-açúcar, etc. Cultura
pode também definir o complexo de atividades ligados à criação e fruição das
belas-artes, ou seja, um universo de formas culturais popularizadas pelos meios
de comunicação de massa. Podemos também utilizar essa palavra em relação ao
conhecimento acumulado por uma pessoa ao longo da vida. Esse significado da
palavra cultura é bastante utilizado, mas pode esconder alguns preconceitos,
uma vez que podemos ser levados a pensar que possuem cultura apenas as
pessoas que freqüentam o ensino formal, ou que têm o hábito da leitura. E isso
não é verdade!Há um significado bem mais amplo do termo cultura (um significado
trabalhado pelos antropólogos) e que abrange todas as realizações materiais e os
aspectos simbólicos de um povo. Em outras palavras, podemos dizer que,
Cultura
12
segundo a antropologia, cultura é tudo aquilo construído pela humanidade,
desde artefatos e objetos até ideias e crenças. Além disso, é todo
comportamento apreendido pelo indivíduo independente de sua herança
biológica. Cultura, portanto, é a forma pela qual o homem vive e modifica o
mundo ao seu redor, criando e recriando formas de viver e conviver. De acordo com esse entendimento, nenhuma pessoa ou grupo é
desprovido de cultura. Todos os seres humanos, em todas as partes do planeta
fazem e vivem uma cultura. E nenhuma cultura é melhor que outras, são apenas
diferentes. Cultura é essencialmente o modo de fazer e de viver do homem.
Todos nós possuímos carteira de identidade, não é mesmo? Tal documento
é a representação oficial de cada indivíduo como cidadão. Se você não tem
carteira de identidade você não é reconhecido oficialmente como um cidadão
brasileiro. Mas você acha que somente a carteira de identidade serve para definir
quem somos? Quer dizer, a nossa identidade se resume a sermos cidadãos
brasileiros? Vamos pensar um pouco... Todos sabem que a identidade não se constrói
sozinha. Ela é construída sempre em comparação a outras identidades, pois
sempre nos identificamos à medida que nos distinguimos de outras pessoas ou
grupo. Por exemplo, a identidade feminina se constrói em contraponto à
identidade masculina e vice-versa. Os antropólogos definem o conceito de identidade como uma
Identidade
13
característica de um ser que se percebe como o mesmo ao longo do tempo. Essa
identidade pessoal passa para a identidade cultural, que é a partilha de uma
mesma característica entre diferentes indivíduos. Sabemos que cada um de nós
possui várias características e que elas estão relacionadas a diferentes grupos
sociais dos quais fazemos parte. Sabemos também que ao longo da vida várias
identidades são criadas, como, por exemplo, a identidade materna, a identidade
de estudante, de profissional, a identidade étnica, entre outras. Assim, por mais que pertençamos a uma nação, várias outras identidades
nos definem como pessoa. Cada país, estado, cidade e município também tem
sua própria identidade que vai se diferenciar de outras e é essa identidade que
vai fazer dela única e especial.
Segundo sociólogos, o valor é algo significativo, importante, para um
indivíduo ou grupo social. Pense, por exemplo, nos objetos que você guarda
desde a sua infância, que possuem um grande significado para a sua vida; nos
objetos que você tem medo de perder, de emprestar ou, simplesmente de
esquecer que existem. Esses objetos podem ser, por exemplo, jóias, roupas,
fotografias, livros e também coisas imateriais como cantigas de ninar, receitas,
histórias, etc.Mas de onde vêm esses valores? Será que está dentro do objeto, na
essência dele ou vem através de significações externas? Vamos tomar como
exemplo uma antiga xícara que pertenceu a algum antepassado seu. Para você
Valor
14
essa xícara teria um valor monetário difícil de definir. Você não a venderia nem
pelo valor de uma xícara nova, pois seu valor não seria monetário, e, sim,
simbólico, sentimental. Outras pessoas, que não pertencessem a sua família e,
portanto, não conhecessem esse antepassado, provavelmente não teriam essa
mesma relação com a antiga xícara, concorda? Esse mesmo processo de valorização pode acontecer de forma coletiva.
Existem bens que não são importantes apenas a uma única pessoa mas, sim, para
todo um grupo. Dessa forma, quando uma comunidade reconhece o valor de
certa moradia ou igreja, de alguma receita culinária, de certa pessoa, ela os
identifica como seu patrimônio cultural. São esses bens, de valor coletivo, que
caracterizam um grupo e que o diferencia dos demais.Podemos dizer que o valor das coisas, além do aspecto monetário, é
sempre uma construção subjetiva, determinada pelas pessoas através do uso, da
apreciação estética ou por questões afetivas como a identificação no objeto de
parte da história da sua vida, da identidade de sua comunidade.
Quando questionados sobre nossa própria história, somos desafiados a
relatar ou registrar o que nos aconteceu. Para tanto, fatos significativos,
experiências compartilhadas, lembranças de nossa infância, de nossos
antepassados, de um lugar, de um cheiro, de um sabor, por exemplo, podem estar
dentre os vários vestígios de nosso ato de recordar. Da mesma forma, a arte ou ciência da História procura interpretar e narrar
uma série de acontecimentos escolhidos dentre as ações humanas ao longo do
História
15
do tempo. Porém, as escolhas nem sempre foram as mesmas. Para os antigos, a
palavra história remetia ao histor, do grego "aquele que vê”. O saber e o poder de
contar uma história estavam assim ligados à transmissão do testemunho de um
fato memorável que se viu com os próprios olhos. A habilidade e as possibilidades de contar histórias, contudo, foram
exercidas por muitos que testemunharam indiretamente vários fatos de “ouvir
dizer” ou por estudarem nos antigos documentos. Feitos e personagens
grandiosos, especialmente os chamados grandes homens ligados à religião, à
política e às guerras, foram então privilegiados, repetidos e transmitidos geração
pós geração. Nesse sentido, foi bem comum no caso da História brasileira destacar
nossas heranças quinhentistas portuguesas em detrimento das indígenas,
africanas e dos demais povos que constituíram nossa nação. Atualmente esboçamos uma nova História na qual nosso passado pode ser
contado de várias formas no presente, interpretando e respeitando a diversidade
cultural dos povos. Filha de seu tempo, a História vem contribuindo
significativamente para a compreensão dos elementos de identidade individual e
coletiva, integrando as histórias do local com a nacional e a global através da
valorização, difusão e preservação do patrimônio cultural.
Quantas vezes você não se pegou repetindo gestos e palavras, e
aprendendo a ordenar seu cotidiano no tempo? O que você fez no fim de semana?
Como foi seu dia de trabalho? O que você aprendeu hoje? Essas perguntas
Memória
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rotineiras demonstram que a memória enquanto hábito faz parte de nosso dia-a-
dia. Mas, além das repetições mecânicas de nossas rotinas, o ato de lembrar
nos faz reler também momentos e situações ímpares que valorizamos, e assim
dizemos das “coisas que marcaram a nossa memória”. A base de nossos
sentimentos, atitudes e aprendizados feitos em diferentes momentos de nossa
vida encontram assim na memória o lugar privilegiado de interações entre o
nosso cérebro, corpo e o mundo que nos cerca. Em seu significado latino, o ato de lembrar, recordar, refere-se aquilo que
“passa pelo coração”. Contudo, o que nos aconteceu passou, não volta mais, e
por isso, entre esquecimentos e lembranças, fazemos no presente escolhas de
um tempo vivido. Nesse sentido, a memória é seletiva e está longe de ser apenas
uma faculdade particular e individual. Ela mobiliza emocionalmente cada sujeito
que recorda suas experiências pessoais ao mesmo tempo em que elabora algo de
seu próprio grupo social e universo cultural, historicamente situado.O intercâmbio das experiências pessoais e sociais, mais do que a simples
difusão de uma memória pronta e acabada, opera de modo dinâmico, vivo na
nossa capacidade de acionar um encontro do presente com o passado. Por
exemplo, ao perguntarmos a um grupo de pessoas que viveram numa outra época
certo episódio ou fato, provavelmente seus relatos serão distintos, apesar de
fazerem menção a uma mesma situação. Alguns vão lembrar mais de certas
questões e se esquecerão de outras. O fato de a memória ser uma construção do presente fortalece também os
atos de narrar, refletir e relatar desenvolvidos pela História. Os registros de
nossas memórias podem ser então considerados uma das principais ferramentas
tanto da preservação, quanto da transmissão dos valores e da identidade cultural
17
e da História de um povo.
A palavra Patrimônio significa herança paterna ou familiar. Bens de
natureza econômica herdados por alguém, ou acumulados durante sua vida.
Nesta publicação, contudo, o enfoque é dado a outro tipo de patrimônio: aquele
que tem a ver com os conceitos apresentados até agora: cultura, valor,
identidade, história e memória.Quando a palavra patrimônio se une ao termo cultura, temos então o
Patrimônio Cultural. Os bens que fazem parte do patrimônio cultural não
interessam a apenas uma única pessoa. Eles são uma herança coletiva, pois são
importantes ou representativos para a história e para a identidade de uma
coletividade. Mas essa herança patrimonial não é estática, e, sim, dinâmica,
porque se modifica ao longo das gerações, de acordo com o surgimento de novas
necessidades. Desse processo dialético, de esquecimentos e lembranças, legados
e novas contribuições, é que resulta o patrimônio cultural. O Patrimônio Cultural revela os múltiplos aspectos da cultura de uma
comunidade. No Brasil, a busca pelo reconhecimento do nosso patrimônio se
iniciou em 1937 e vem até hoje tentando abranger essa rica diversidade cultural
do nosso território, tendo em vista o reconhecimento da miscigenação das
culturas dos diversos povos formadores da nossa identidade nacional.
Patrimônio
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Bens culturais
Na tentativa de conhecer e se adaptar ao ambiente em que vive, o homem
transforma o mundo ao seu redor. O produto desse processo de transformação da
realidade são os bens culturais. Os bens culturais são todas as atividades e modos de viver e agir de um
grupo, bem como a manifestação da sua cultura. Ou seja, são bens culturais: a
culinária, as construções arquitetônicas, as danças e rituais, as esculturas, os
documentos e livros antigos, etc. Podemos então dividir ou classificar os bens
culturais em materiais ou imateriais, pois possuem características e naturezas
diferentes. O IPHAN e a UNESCO consideram bens imateriais, as práticas,
representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os
instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados.
Podemos citar, como exemplo, o bolo de rolo, o caboclinho, as feiras, a quadrilha
junina, etc. Já os bens materiais são bens de natureza concreta, ou seja,
monumentos, núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos, coleções
arqueológicas, acervos musicológicos, documentais, bibliográficos,
arquivísticos. Os bens materiais são ainda divididos em móveis, quando podem
ser deslocados de seu lugar original, ou imóveis, quando são fixos. Como
exemplo, temos as igrejas, o casario, as esculturas, a casa-grande de um
engenho, uma paisagem, achados arqueológicos, etc.A classificação dos bens em tangíveis e intangíveis também é importante
para a preservação eficaz de cada tipo de bem. Os bens imateriais são dinâmicos,
¹ Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Acesse: www.brasilia.unesco.org
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pois no seu processo de transmissão é constantemente recriado e modificado
pelas pessoas a eles relacionadas. O frevo, por exemplo, não é hoje dançado da
mesma forma como se dançava há cinquenta anos atrás e, provavelmente, não
será o mesmo daqui a mais cinquenta anos.
O Tombamento é uma ação do Poder Público que visa proteger os bens
materiais, móveis e imóveis, colocando o seu uso sob controle de uma legislação
específica. O tombamento pode ser feito nos três níveis de governo: o federal, o
estadual e o municipal, de acordo com as respectivas legislações. Qualquer pessoa pode solicitar a abertura de um processo de tombamento
de algum bem cultural que considere importante para a identidade da sua
comunidade ou para a nação. No âmbito estadual, o processo que culmina no
tombamento do bem é iniciado com pesquisas sobre a história e a arquitetura do
bem, para compor uma documentação que será avaliada pelo Conselho Estadual
de Cultura. Se o parecer do Conselho for favorável, o processo será homologado
pelo governador do Estado e a instituição do tombamento do bem será publicada
no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. Ao se iniciar o processo de
salvaguarda nos órgãos técnicos – que analisam a história e arquitetura dos bens –
esse já começa a desfrutar das proteções legais. Para um bem ser protegido pela legislação do tombamento, ele não
precisa ser desapropriado, ou seja, se sua casa for tombada, ela continuará sendo
sua propriedade. Os valores simbólicos que fizeram com que sua casa fosse
reconhecida como patrimônio cultural é que passam a ser de interesse de todos.
Por isso, para manter resguardados esses valores históricos e culturais que
Formas de proteção do nosso patrimônio
20
tornaram sua casa excepcional e manter a integridade do edifício, existe uma
legislação própria. Nas últimas décadas, surgiu uma maior preocupação com outro tipo de
bens culturais: os intangíveis ou imateriais. Logo se percebeu que haveria de ser
criado um outro instrumento para a salvaguarda destes, uma vez que eles
obedecem a uma dinâmica bem diferente daquilo dos bens materiais. Para proteger uma igreja, por exemplo, é preciso restringir as mudanças
em suas características físicas, evitando sua descaracterização. Já no caso de um
bem imaterial, como a capoeira, não se pode restringir as mudanças em suas
características ao longo do tempo, pois essas mudanças são essenciais para o
significado, a continuidade e a efetiva prática da manifestação pela
comunidade. Como o próprio nome indica, o registro pode ser comparado a uma
fotografia. É um instrumento que apresenta como se encontra o bem em um
determinado momento, reconhecendo sua importância para aqueles que
protagonizam as práticas associadas ao bem em questão, assim como os aspectos
através dos quais o bem participa da dinâmica social local.Mas o tombamento e o registro dos bens culturais não são os únicos
instrumentos de proteção disponíveis para salvaguardar os bens materiais e
imateriais, e nem se pode garantir que sejam os mais eficazes. Antes de pensar, por exemplo, no tombamento de algum utensílio, obra de
arte, edifício, praça, floresta, temos que refletir sobre a relação entre o
significado do bem para a história do nosso bairro, cidade ou país. A relação de
reconhecimento entre a comunidade e o bem, por vezes, pode ser um
instrumento suficiente para garantir sua integridade e continuidade no tempo e
no espaço.
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Além dos instrumentos criados pelas instituições públicas de preservação
do patrimônio descritos acima, o processo de Educação Patrimonial também
aparece como uma ferramenta de preservação e proteção dos bens
representativos da nossa cultura, à medida que os insere no cotidiano da
população por meio de práticas didáticas que estreitam o contato entre a
comunidade e seu patrimônio.
22
Registro do Patrimônio Vivo nas Escolas
Diálogo de Saberes
No contexto nacional, alguns marcos podem ser identificados no debate
sobre a política de patrimônio. No ano de 1936, a pedido do então Ministro da
Educação e Saúde Gustavo Capanema, Mário de Andrade elaborou o Anteprojeto
de Proteção ao Patrimônio Artístico Nacional. Este documento serviu de subsídio
para a elaboração, um ano mais tarde, do texto do Decreto – Lei nº. 25/37 que
instituiu o tombamento como mecanismo de preservação e, mais tarde, serviu de
orientação para a Constituição de 1988, quando o Estado estabeleceu o
compromisso com a preservação das manifestações da cultura popular, através
de sua identificação como patrimônio imaterial.No âmbito internacional, a discussão foi consolidada através da
constituição de instrumentos jurídicos para proteção dos bens culturais – as
chamadas Declarações, Recomendações e Convenções da Unesco. O marco
inicial foi a publicação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1945,
inaugurando-se assim uma nova perspectiva sobre a noção e o valor da cultura. A
Declaração foi seguida pela Convenção relativa à Proteção do Patrimônio
Mundial, Cultural e Natural, de 1972, pela Recomendação sobre a Salvaguarda da
Cultura Tradicional e Popular, de 1989, e, enfim, pela Convenção para a
Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, em 2003. Neste último documento, o
patrimônio imaterial é definido mais detalhadamente como o conjunto de:
“Práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto
e
ee
e
23
A Lei do Patrimônio Vivo surge no rastro dessa série de discussões acerca
da salvaguarda do patrimônio imaterial. Tais discussões repercutem em âmbitos
nacional e internacional. Instituída sob o número 12.196 de 02 de maio de 2002, e regulamentada
pelo Decreto n.º 27.503 de 2004, a Lei do RPV constitui, no âmbito da
administração pública estadual, o Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco e
tem como objetivo reconhecer e valorizar as manifestações populares e
tradicionais da cultura pernambucana, bem como garantir que os artistas
repassem seus conhecimentos às novas gerações de alunos e aprendizes – em sua
comunidade ou fora dela.Como acontece o Concurso? Desde 2002, o Governo do Estado se
compromete em lançar anualmente o Edital do Concurso do Registro do
Patrimônio Vivo de Pernambuco. Operado pela FUNDARPE, através da
Coordenadoria de Patrimônio Imaterial, o Concurso do RPV-PE seleciona três
mestres ou grupos da cultura popular e tradicional pernambucana. Os
selecionados recebem incentivos para transmitir seus fazeres e saberes às
gerações futuras, através da concessão de bolsas vitalícias e de ações de
com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são
associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio
cultural²”.
² UNESCO, 2003. Convenção para a salvaguarda do patrimônio imaterial. Paris, 17 de outubro de 2003.
³Em 2005, foram registrados 12 mestres e grupos, contemplando os anos de 2002, 2003, 2004 e 2005 – intervalo entre o ano da Lei e o ano do lançamento do primeiro Edital.
_________________________
24
de formação, difusão e transmissão correlatas. As bolsas vitalícias são pagas
mensalmente nos valores de 750,00 reais, no caso dos mestres, e de 1.500,00
reais, no caso dos grupos. Já as ações de formação, difusão e transmissão de
conhecimentos acontecem por meio de programas de ensino e aprendizagem
promovidos pelo Governo e pela inserção dos Patrimônios Vivos eleitos na política
pública de cultura do Estado, de forma que se respeite o universo de cada um. Projetos - Tendo em vista o caráter de salvaguarda dessa política, a
FUNDARPE promove projetos que objetivam inserir os patrimônios vivos de
Pernambuco na política pública de cultura do Estado. Como exemplo dessas
atividades, foram realizados o Encontro dos Patrimônios Vivos em Fernando de
Noronha; as Oficinas Culturais nos Festivais Pernambuco Nação Cultural
(Garanhuns, Pesqueira, Taquaritinga do Norte, Triunfo e Gravatá), o Concurso de
Redação sobre Patrimônios Vivos na Escola Estadual Arquipélago Fernando de
Noronha e o Papos de Carnaval (Nossa Senhora do Ó e Itamaracá). Diálogo de Saberes - A natureza dos saberes e fazeres dos Patrimônios
Vivos e o diálogo entre esses mestres e as novas gerações proporcionam uma rica
oportunidade para a reflexão sobre o desenvolvimento de estratégias de
preservação do patrimônio imaterial. Alguns aspectos devem ser considerados:! A educação não-formal tem características próprias. Envolvem
conteúdos, carga horária, didática e relações diferenciadas com o cotidiano. É
importante, portanto, não padronizar as ações e o diálogo com mestres e grupos
acerca do formato das apresentações, das oficinas por eles ministradas, etc.! As expressões culturais precisam ser fortalecidas em suas
comunidades de origem para que sejam perpetuadas, respeitando o tempo
propício para sua realização. Aí está a diferença entre transmissão e difusão. O
contexto da manifestação deve ser considerado como fator relevante – do
25
material utilizado, do sentido atribuído, da relação histórica com a região.! É importante que a identificação, o reconhecimento e a
valorização dos patrimônios vivos, através do desenvolvimento de tais ações,
sejam compreendidos como estratégias de salvaguarda do patrimônio imaterial,
diretamente ligadas à identidade cultural, à memória social e às referências
locais. Do contrário, perdem seu sentido.
Fig. 4: Barragem em Frei Miguelinho
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Patrimônios Vivos de Pernambuco
! Ana Leopoldina Santos (in memoriam)Nome Artístico: Ana das Carrancas (Petrolina)Atividade/expressão cultural: artesã ceramista
! Francisco Soares de Araújo (in memoriam)Nome Artístico: Canhoto da Paraíba (Paulista)Atividade/expressão cultural: violonista
! José do Carmo Souza Nome Artístico: Zé do Carmo (Goiana)Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
! José Francisco Borges Nome Artístico: J. Borges (Bezerros)Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e xilogravura
! José Soares da Silva Nome Artístico: Dila (Caruaru)Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e xilogravura
! Manoel Borges da Silva Nome Artístico: Mestre Nuca (Tracunhaém)Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
! Manoel Salustiano Soares (in memoriam)Nome Artístico: Mestre Salustiano (Olinda)Atividade/expressão cultural: mestre de folguedos populares, rabequeiro
! Manuel Eudócio Rodrigues Nome Artístico: Manoel Eudócio (Caruaru)Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
Ano de Registro:2005
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! Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado (Olinda)Atividade/expressão cultural: maracatu de baque virado
! Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia Noite (Olinda)Atividade/expressão cultural: agremiação carnavalesca – clube de frevo
! José Costa Leite (Condado)Atividade/expressão cultural: literatura de cordel e xilogravura
! Margarida Pereira de Alcântara Nome Artístico: Índia Morena (Recife)Atividade/expressão cultural: circo
! Caboclinho 7 Flechas (Recife) Atividade/expressão cultural: caboclinho
! Selma Ferreira da SilvaNome artístico: Selma do Coco
Atividade/expressão cultural: coquista
! Teatro Experimental de Arte (Caruaru)Atividade/expressão cultural: teatro
! Confraria do Rosário (Floresta)Atividade/expressão cultural: congo, rosário
! Fernando Spencer (Recife)Atividade/expressão cultural: cinema
! José Joaquim da Silva Nome artístico: Zezinho de Tracunhaém (Tracunhaém)Atividade/expressão cultural: artesão ceramista
! Maria Madalena Correia do Nascimento Nome Artístico: Lia de Itamaracá (Itamaracá)Atividade/expressão cultural:
Ano de Registro:2006
Ano de Registro:2008
Ano de Registro:2007
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Educação Ambiental e Patrimônio Natural
Você sabia que as sociedades humanas nem sempre tiveram uma relação
conflituosa na exploração dos recursos naturais? Contudo, a luta pela
sobrevivência foi se tornando mais acentuada no contexto do surgimento do
processo industrial e da expansão das cidades. Na cultura moderna, as mudanças
de valores e modos de vida aumentaram a utilização dos recursos naturais e a
produção de resíduos, fazendo com que os homens percebessem o meio
ambiente não como algo do qual faziam parte, mas como objeto de uso. No século XX, vários grupos se mobilizaram por uma revisão desta situação
através da consciência ecológica. Nesse sentido, o meio ambiente compreende
além da dimensão natural, na qual o ser humano se relaciona diretamente com os
bens naturais. É também o lugar onde as pessoas interagem entre si, onde suas
relações sociais e culturais acontecem. A educação ambiental, por sua vez, ganha
importância e tenta compreender a relação entre os homens e o meio, porque
existe um co-pertencimento, uma coevolução entre nós e a natureza. Esse processo educativo, contudo, não deve se basear apenas nas
mudanças de atitudes, nem na nossa simples identificação com a natureza. É
necessário aliar os novos hábitos de preservação do meio ambiente com as
referências culturais de nossas comunidades locais. As memórias de um povo e
sua qualidade de vida devem caminhar juntas.Portanto, com pequenas mudanças nos nossos costumes cotidianos, somos
capazes de colaborar e muito com o ambiente onde vivemos. Por que não abrir
mão do veículo automotor particular, passando a caminhar, ir de bicicleta ou de
ee
29
veículos coletivos ou de tração animal para o trabalho ou às pequenas compras?
Por que não separar o lixo que produzimos, do material orgânico ao vidro, papel
ou alumínio? Por que não economizar energia elétrica, apagando as luzes de
ambientes que não estão sendo utilizados? Por que não utilizar materiais
reciclados e recicláveis? Por que não incentivar a produção de culturas mais
tradicionais, evitando a erosão, mantendo o solo fértil, apto a reciclar nutrientes
e absorver poluentes do ar e da água? Por que não evitar a degradação da
caatinga, extraindo a madeira para lenha de forma responsável e sustentável? Devemos agir em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais,
com a Legislação de Educação Ambiental Brasileira, além da Convenção sobre
Diversidade Biológica e Desertificação, Agenda 21 e demais políticas voltadas
para o meio ambiente. As comunidades do Agreste Setentrional, por exemplo,
podem adequar seus usos e necessidades, através da educação ambiental em sua
reserva da biosfera, que compreende o bioma da caatinga. Contudo, ao iniciarmos nossa prática educativa ambiental, acreditamos
ainda que é importante considerar a noção de patrimônio natural. Segundo a
Unesco, diante dos valores estéticos e científicos, de conservação e beleza
natural, o patrimônio natural pode ser compreendido como sendo o conjunto de
monumentos naturais, físicos e biológicos, formações geológicas e fisiográficas,
zonas delimitadas que possuam animais e vegetais ameaçados e sítios naturais. Nesse sentido, o patrimônio natural, além de ser prioritariamente objeto
de preservação de órgãos e instituições da área ambiental, pode realizar a
mediação de elementos físicos e biológicos da natureza com a diversidade de
sistemas culturais que se estabelecem com as ações humanas. Em outras
palavras, sempre que atribuirmos valores históricos, paisagísticos, artísticos,
arqueológicos, paleontológicos, ecológicos ou científicos ao patrimônio natural,
30
realizamos uma interação com o patrimônio cultural e ampliamos nossas
possibilidades de educar. O uso racional da natureza pelo homem, integrando a educação ambiental
às ações de preservação, manutenção, restauração e recuperação do patrimônio
natural pode garantir, então, não só a subsistência de populações tradicionais,
como a transmissão e o respeito ao conhecimento da comunidade local para suas
várias gerações.Assim, com essas e outras práticas, começamos a ajudar nosso planeta na
sua sobrevivência, e, consequentemente, nosso bem-viver, melhorando hoje e
amanhã a qualidade de vida de todos os seres que fazem e são o meio ambiente.
Fig. 5: Capela de São João Batista - Orobó
31
Educação PatrimonialEducando com o patrimônio
O que é educação? O que é patrimônio?
A educação patrimonial é uma forma de utilizar o patrimônio para fins
didáticos que pretende, por meio da inserção deste patrimônio no cotidiano do
educando, desenvolver uma relação diferenciada entre os bens patrimoniais e
aqueles que os utilizam.Da união entre educação e patrimônio resulta que este oferece múltiplas
oportunidades de abordagem, enquanto recurso didático. Tal procedimento pode
complementar o conteúdo trabalhado, tanto no ensino formal, quanto no
informal. Essa proposta, pode, ainda, ser aplicada ao público de todas as faixas
etárias, bastando para isso uma adequação na linguagem e forma de trabalhar.
Logo, na perspectiva da educação patrimonial, temos o patrimônio cultural
sendo utilizado como fonte primária de conhecimento, inserido num processo
que acompanha a formação do indivíduo ao longo da vida: a educação.Por ser uma prática recente, os profissionais dedicados à área ainda não
chegaram a um consenso em relação a uma metodologia de trabalho, mesmo
porque o uso do patrimônio como recurso didático é dinâmico e permite diversas
leituras e apropriações. Por meio do patrimônio, podem ser trabalhos conteúdos
de matemática, história, geografia, artes plásticas, cidadania, entre vários
outros, e para cada uma dessas disciplinas a maneira de se explorar o patrimônio
será diferente.
32
Mas o processo de educação patrimonial pode ser muito mais. Você, leitor, de
posse das ideias anteriormente trabalhadas e tendo em mente um conceito
abrangente de patrimônio cultural, já possui ferramentas que lhe permitem
trabalhar a educação patrimonial dentro da sala de aula, ou em sua própria
comunidade, de acordo o patrimônio local. A educação patrimonial busca fazer com que a comunidade (e essa
parceria é essencial!) desenvolva uma nova forma de olhar, pensar e transformar
o mundo que a cerca, o que inclui uma nova relação com o patrimônio que
compõe esse mundo. Educação Patrimonial não é apenas a eleições de bens para
serem protegidos por legislações oficiais, mas manter uma relação de utilização
e apropriação daqueles bens que são significativos para a nossa identidade; para
dizer quem somos, e como somos para os de hoje e os de amanhã.
Apresentamos aqui algumas alternativas de atividades educativas para
serem realizadas utilizando o patrimônio cultural do município, dentro e fora da
sala de aula. São sugestões que podem ser repensadas e modificadas pelo
educador, de acordo com suas necessidades e expectativas.
Visita a um ou mais bens culturais da cidade, podendo ser um bem
material, imaterial ou um patrimônio vivo. Os educandos podem levar papel e
prancheta para elaborar um registro do bem escolhido: um desenho, uma pintura
ou uma descrição textual.
Sugestões de atividades de Educação Patrimonial
Conhecendo o Patrimônio
33
Elaboração de um cartão postal
Feira de Ciências do Patrimônio
Elaboração de um roteiro turístico
Patrimônio em quadrinhos (fotografia)
Os educandos escolhem um bem cultural para ilustrar (com desenhos) um
cartão postal do município. Além de registrar de forma lúdica o bem, o educando
também pode encaminhar o postal feito por ele para um amigo de outro
município.
Os educadores das diversas disciplinas podem organizar um evento
integrando toda a escola em torno dos bens culturais do município (materiais e
imateriais). É imprescindível que cada disciplina consiga identificar formas de
abordar o seu conteúdo didático relacionado ao patrimônio em referência.
Os educandos podem ser estimulados a imaginar uma situação na qual
estão recebendo um amigo de outra cidade, e que eles devem mostrar, em um
roteiro turístico, aquilo que a cidade tem de melhor para ser conhecido. Eles
precisam ressaltar a duração do roteiro, locais de início e término, o meio de
transporte utilizado durante o roteiro, as paradas para contemplação da
paisagem, os locais para refeições e, eventualmente, para compras.
Os educandos podem, através de uma câmera fotográfica, elaborar uma
história em quadrinhos que envolva os bens patrimoniais do município. Os
personagens seriam os próprios alunos e cada fotografia, um quadrinho.
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A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC), possui
uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial e vem
elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema nas diversas
Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Espera-se que você,
leitor, possa fazer parte dessa equipe, executando essas atividades em seu
município, elaborando novas propostas na sua escola ou comunidade, e
enviando, em seguida, os resultados das atividades realizadas para a DPC,
localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, CEP 50.050-000, ou,
ainda, entrando em contato com a equipe de educação patrimonial através do
número (81) 3184.3061 para que se estude a melhor forma de envio dos
resultados. A partir disso, podemos realizar um importante intercâmbio de
ideias, trocando experiências e construindo novas formas de preservar o nosso
patrimônio por meio da educação patrimonial.
eeee35
Nos últimos anos, o turismo muito tem se fortalecido no Brasil, e em
especial, no estado de Pernambuco, devido ao caráter e forte apelo econômico
que a atividade possui.A atividade turística se constrói a partir do deslocamento voluntário e
temporário de pessoas para fora do seu local de residência por mais de 24 horas e
pela organização de diversos serviços oferecidos para suprir as necessidades
daqueles que se deslocam, tais como: meios de transporte, meios de
hospedagem, serviços de alimentação, de guias de turismo, entre vários outros.Embora a motivação das viagens possam ser as mais distintas (a exemplo
do lazer, saúde, religião, trabalho, apenas para citar as mais comuns), os serviços
anteriormente citados se fazem sempre necessários, e, dessa forma, o turismo
faz surgir empregos diretos, indiretos, formais e informais na localidade. Ao
afetar direta e indiretamente diversos setores da economia (indústria da
construção, agricultura, comércio em geral), o turismo é entendido como uma
atividade capaz de promover o desenvolvimento socioeconomico da cidade e da
região.Mas, além da perspectiva econômica da atividade, é preciso conhecer um
pouco mais sobre o turismo para melhor contribuir com o seu desenvolvimento.Quem viaja, o turista, de modo geral, quer conhecer coisas e lugares novos
de forma prazerosa. Ele quer ter novas experiências, através do contato com
novas paisagens e novas culturas e, ainda, com a descoberta daquilo que os
lugares têm de especial, de genuíno. O turista não precisa vir do exterior, ou de
outros estados; ele pode ser também um residente das cidades vizinhas.
O Patrimônio e o Turismo
36
E de que forma a comunidade pode contribuir com o desenvolvimento da
atividade turística? Respeitando o turista (nas suas diferenças); mantendo sua
cidade limpa e bem cuidada, sendo hospitaleira na prestação de informações
sempre que solicitada; mas, principalmente, conhecendo bem seu próprio bairro
e cidade, valorizando e colaborando com a preservação dos patrimônios culturais
e naturais locais; zelando pela beleza das paisagens e fortalecendo a identidade
cultural local.Os patrimônios cultural e natural – monumentos, museus, fortes, igrejas,
folclore, tradições, patrimônios vivos, fauna e flora – desempenham um papel
crucial na atividade turística, uma vez que compõem os atrativos turísticos, ou
seja, aquilo que geralmente serve como motivação para a realização de uma
viagem e que constitui a identidade do lugar, diferenciando-o dos demais. Dito
de outra forma, a comunidade tem que ser o principal agente de divulgação dos
atrativos turísticos da cidade.É muito comum que a comunidade sinta orgulho da sua cidade e tenha sua
autoestima elevada quando percebe que está sendo apreciada por pessoas que
vêm de fora. Mas a ordem não deveria ser esta. Devemos trabalhar para que o
orgulho e a valorização da nossa cultura e patrimônio nasçam e se fortaleçam no
seio da comunidade para que, então, possamos, orgulhosamente, oferecer
nossas riquezas para a contemplação dos visitantes.
37
Roteiros turístico-culturais: um instrumento de interpretação do
patrimônio
Um roteiro é uma rota, um caminho pré-estabelecido que liga pontos
determinados em torno de uma temática comum. Para definição desta temática,
no entanto, é preciso exercitar a interpretação do patrimônio para que sejam
estabelecidos os bens materiais ou imateriais (patrimônio cultural) que
integrarão o roteiro.Mas o que significa, afinal, interpretar o patrimônio? Nada mais que o
processo de acrescentar valor à experiência do visitante, através do
fornecimento de informações e representações que realcem a história e as
características culturais e ambientais de um lugar.O exercício de interpretação do patrimônio antes de tocar o visitante,
deve, primeiramente, fazer parte do cotidiano da comunidade local, à qual cabe
discutir e identificar o que faz de seu patrimônio ou de sua cidade um lugar
diferente, especial. Num segundo momento, a comunidade pode, através do
roteiro turístico, orientar a visão e a leitura do visitante para aqueles bens que,
de fato, possuem valor e transmitem o espírito do lugar e das pessoas que ali
vivem. Como já se sabe, quando falamos em valor não estamos nos referindo
única e exclusivamente ao valor financeiro das coisas. Cabe-nos perguntar quais
são os bens que possuímos que carregam em si esse valor que queremos
compartilhar com nossos visitantes. Vale mencionar que o visitante interessado
em cultura (aquele que pratica turismo cultural) busca uma atividade de
entretenimento aliada a um momento de aprendizagem, na qual podem ser
descortinadas novas formas de ver e entender o homem e seus fazeres.
38
Voltando ao tema da interpretação, se, por um lado, ela valoriza a
experiência do visitante, por outro, ela valoriza também o próprio patrimônio
incorporando-o como atração turística.Isso significa dizer, então, que o processo de interpretação patrimonial
visa apenas atender as necessidades dos visitantes nas nossas cidades? De forma
alguma! Um roteiro turístico-cultural construído pela comunidade pode servir
como uma opção de lazer para os próprios residentes, ou até mesmo funcionar
como palco para atividades escolares extraclasse, dentro de uma proposta de
educação patrimonial, já que esta se vale do uso do patrimônio com objetivos
didáticos. E por onde devemos começar a elaboração de um roteiro turístico-
cultural?Na criação de um roteiro turístico devemos pensar na percepção da
paisagem da cidade. A paisagem se configura como uma representação espacial
de um complexo conjunto formado por objetos materiais e imateriais,
resultantes do processo evolutivo da sociedade.O espaço formador da paisagem poderá ser vivido e percebido nas
atividades cotidianas das pessoas: na padaria onde todos os dias comemos pães
fresquinhos; no percurso que fazemos até o trabalho ou mesmo no lugar onde
você se encontra lendo esta publicação nesse momento. A paisagem é formada por lugares como os que você passa todos os dias, ou
o novo caminho que resolve tomar; o menino brincando na rua; o velho senhor
amolador de facas passando dia-a-dia; o boiadeiro com sua boiada; o maracatu
lindo, cheio de cor, e até por aquela comidinha que só a Dona Biu sabe fazer.Tais experiências podem ainda estar presentes em lugares onde se
exprimem vivências coletivas, extrapolando assim os valores individuais, e
trazendo à paisagem significados compartilhados por grupos sociais. São lugares
39
de memória, que fazem com que se revivam os momentos da vida. Daí a
importância de preservá-los e compartilhá-los.Se considerarmos que este roteiro é uma forma de comunicação com o
visitante, devemos iniciar essa tarefa nos colocando os seguintes
questionamentos:
À medida que respondemos estas questões, estamos começando a
delinear os eixos para os roteiros turístico-culturais em nosso município ou
região. A reflexão em torno de alguns princípios, no entanto, pode ser de muita
utilidade durante a formatação de um roteiro turístico interpretativo:
a. O que queremos que os visitantes saibam?b. O que queremos que os visitantes sintam?c. O que queremos que os visitantes façam?
a. Focalizar os sentidos do visitante;b. Não apenas informar, e, sim, revelar;c. Utilizar recursos visuais e de animação;d. Trabalhar com a história completa e não com partes dela;e. Pensar na acessibilidade do público visitante;f. Ser desenvolvido junto à comunidade, por meio da troca de conhecimento;g. Adotar um discurso que ligue temas do passado, do presente e do futuro;h. Destacar a diversidade e a pluralidade, em vez de defender um discurso único.
40
Os roteiros turístico-culturais podem ser desenvolvidos dentro de um
mesmo município, assim como explorando vários municípios que apresentam
similares culturais e, ou geográficas, dentro de uma mesma região, como ocorre
na Região do Agreste Setentrional.Pensando ainda no atendimento das necessidades dos visitantes, a
elaboração de roteiros tem que levar em consideração a existência de algumas
instalações básicas, tais como sanitários, segurança, pontos de descanso e
estacionamento.A utilização de alguns recursos e técnicas de interpretação pode
enriquecer a experiência e facilitar a autonomia do visitante, de acordo com o
lugar ou bens a serem interpretados pelo público ao qual a proposta se destina.
Esses recursos podem ser a sinalização de trilhas e roteiros (as trilhas tem um
percurso menor que o roteiro, pensadas para serem realizadas a pé!); a
disponibilização de mapas e folhetos explicativos; a criação de um centro de
visitantes; uso de condutores locais na realização do roteiro, entre outros.
Todas estas alternativas devem ser avaliadas tomando como base as necessidades
locais, os recursos disponíveis e os interesses da comunidade em relação à
atividade turística e as possibilidades de interpretação do seu patrimônio.A realização de roteiros turístico-culturais aumenta a autoestima da
população, à medida que esta vê o seu patrimônio sendo apreciado por visitantes
de outros locais, ao mesmo tempo em que pode gerar renda nos locais
contemplados pelo roteiro, através de pequenos comércios ou serviços turísticos
(conforme a oferta do município). Os roteiros podem servir como vetores para
este processo, mas precisam estar em consonância com os anseios da
comunidade.
41
O patrimônio em si também sai ganhando com esta proposta uma vez que
os roteiros chamam a atenção do poder público, da iniciativa privada e da
sociedade como um todo, para a necessidade de proteção e preservação dos bens
patrimoniais da localidade. De um modo geral, todos são beneficiados com o
desenvolvimento de roteiros turístico-culturais na localidade: a comunidade, o
patrimônio e os visitantes.Fiquemos, então, com uma reflexão que resume a proposta da
interpretação patrimonial aliada aos roteiros turístico-culturais: “através da
interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação, e através
da apreciação, a proteção ”.
4
4
ee Freeman Tilden, citado por Murta e Albano (2005).
_________________________
42
Enquanto os roteiros turístico-culturais são instrumentos voltados para a
interpretação e valorização do patrimônio tanto por parte da comunidade
quanto pelos visitantes, é importante ressaltar a validade do condutor local
como um facilitador no processo de interpretação patrimonial.O condutor local é um multiplicador; um vetor que facilita a leitura e
compreensão dos bens contemplados no roteiro turístico-cultural, sejam eles
materiais ou imateriais. Para tanto, o condutor precisa ter conhecimentos sobre
os aspectos histórico-culturais e paisagísticos do local, além de ter sensibilidade
para identificar os lugares de memória, que tanto contribuem para a formação
da alma do lugar. Em relação ao lugar de memória, ele pode ser desde uma rua, uma casa,
um estabelecimento comercial ou mesmo um objeto constituinte da identidade
local com o qual a comunidade possua laços de afetividade ainda que estes bens
não possuam características que permitam classificá-los como bens passíveis de
proteção, nos termos da legislação vigente.A abordagem dada ao patrimônio pelo condutor local deve considerar o
cotidiano da localidade, já que, muitas vezes, é justamente esta perspectiva
particular que busca o visitante contemporâneo. É necessário que o condutor
local esteja constantemente se reciclando em relação, não somente ao passado
do lugar, mas também ao seu presente e futuro. A história contada pelos
moradores mais vividos é uma fonte de conhecimento das mais ricas para quem
atua na condução de roteiros turístico-culturais.
Condutores Locais: agentes culturais no município
43
Diferentemente do guia de turismo que, normalmente, apresenta
informações históricas e técnicas em relação aos patrimônios, como, por
exemplo, o estilo arquitetônico de um determinado conjunto urbano, o condutor
local vai mesclar esse tipo de informação a outras relativas aos moradores
daquele conjunto; curiosidades e “lendas” que povoam o imaginário dos
habitantes locais, contando, dessa forma, uma estória recheada com as cores e
personagens do lugar. Ressaltemos, inclusive, que esse tipo de conhecimento não
se adquire em curso ou oficinas de capacitação profissional.Façamos agora algumas observações relativas ao desempenho da tarefa
de conduzir um grupo de visitantes num roteiro turístico-cultural. A apresentação
do condutor deve ser discreta, sem exageros, levando sempre em conta que não é
o condutor que deve chamar a atenção do visitante. Além de disponibilidade e
cortesia para com os visitantes, o condutor local precisa estar bem informado
sobre temas gerais. Deve também tentar obter informações sobre o grupo que
está sendo conduzido (tais como origem e objetivo da visitação) e,
principalmente, saber respeitar as diferenças culturais dos visitantes.É possível que o grupo que agenda uma visita com um condutor local já
esteja acompanhado de um guia de turismo. Esse detalhe não diminui nem
modifica o papel desempenhado pelo condutor local. Cada um dos profissionais
terá sua função frente ao grupo. Todavia, esse trabalho deve ser feito de forma
entrosada, num ambiente de cooperação mútua. Cada um vai ter o seu papel
frente ao grupo, cabendo ao guia de turismo uma atenção maior à logística dos
serviços contratados previamente pelos visitantes.
5
_________________________
O guia de turismo deve ter registro no Ministério do Turismo, após ter sido habilitado em curso de formação técnica específica para o desempenho desta função.
5
44
Para finalizar, não esqueçamos que o condutor local está prestando um
serviço a alguém ou a um grupo de pessoas e, assim sendo, a qualidade do serviço
prestado lhe será cobrada, à medida que os consumidores estão cada vez mais
exigentes.E o que seria qualidade para o serviço de condução num roteiro turístico-
cultural? Essa resposta pode variar bastante a depender do perfil do visitante. No
entanto, transmitir para o visitante o significado dos bens contemplados no
roteiro sob a perspectiva do que aquele patrimônio representa para a
comunidade certamente é o primeiro passo rumo à uma experiência turística de
qualidade.
Finalizamos nossa discussão conceitual colocando ao leitor alguns
questionamentos. Você conhece o patrimônio cultural do seu município? Saberia
explicar como se deu a formação da sua cidade? Você conhece os artistas ou
artesãos que são referências para a identidade cultural do município ou mesmo
os moradores que protagonizam estórias que povoam o imaginário coletivo do
lugar? De que forma o patrimônio cultural pode incrementar o conteúdo formal
das escolas do seu município? Quem teria interesse em organizar um grupo
disposto a participar de atividades lúdicas associadas ao patrimônio cultural?Se você conseguiu responder a pelo menos uma das perguntas acima, ou
formular outra maneira de atuação, você tem grande potencial para ser um
multiplicador da proposta da educação patrimonial no seu município. E nós, da
equipe da Fundarpe, estamos contando com isso.Nós demos apenas o primeiro passo em um caminho que deve ser seguido
por aqueles que vivem o cotidiano do lugar, que possam articular pessoas e
Encaminhamentos
45
atividades que valorizem o patrimônio cultural local de modo a trabalhar pela sua
preservação.A vontade de preservar não surge do dia para a noite. Ela geralmente é
consequência de um processo que se inicia com a etapa de identificação do
patrimônio, seguida pelo reconhecimento, valorização e, finalmente, a sua
salvaguarda pela comunidade. Preservando nosso patrimônio, estamos preservando nossa trajetória
enquanto indivíduo ou grupo social e comunicando às próximas gerações aquilo
que fomos. Essa preservação precisa começar na rua, no bairro, no município.
Portanto, desejamos a todos um bom trabalho!
Fig. 6: Vaquejada em Surubim
46
Neste item, apresentamos um inventário preliminar do Patrimônio
Cultural da Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional de Pernambuco.
Esperamos que os dados aqui mostrados possam auxiliar os multiplicadores de
educação patrimonial e ambiental na organização de suas atividades educativas.
Foram relacionados, ainda, alguns dados geográficos sobre cada um dos
municípios de modo a melhor contextualizá-los na região. As informações aqui
contidas fazem parte do Projeto de Geoprocessamento, iniciado em outubro de
2007 pela equipe de produção da Diretoria de Preservação Cultural e que contém
uma listagem do patrimônio cultural de todas as Regiões de Desenvolvimento do
Estado de Pernambuco. O Projeto de Geoprocessamento, na verdade, é um banco
de dados em constante alimentação. Por isso, você perceberá a ausência de
informações em determinados municípios, o que não é um problema, pois
esperamos que a responsabilidade de fornecer novos dados para essa pesquisa
possa partir de qualquer pessoa. Dessa forma, caso você, leitor, disponha de
dados sobre o município que não tenham sido contemplados nesta publicação,
não hesite em entrar em contato com a Diretoria de Preservação Cultural da
FUNDARPE.
Acervo do Patrimônio Cultural do Agreste Setentrionaleeeeeeeeeeeeeeee
47
IGREJA
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
Igreja de nossa do Carmo Igreja de Santana
Antiga Cadeia PúblicaCasarão da Rua Dr. Osvaldo LimaSobrado da Rua das BeneditinasSobrado da Rua Dr. Osvaldo LimaEdifício do Fórum da JustiçaCasa de Dona Carminha SalvianoCasa de Custódio CabralColégio SantanaAntigo Cinema - Atual Escola DespertarSede do Clube Varonil (Centro)
Senhora
CAPELA
ENGENHO
Capela de ItagibaCapela de Nossa Senhora das Dores
(Umari)Capela de Santa Luzia (Umari)Capela de São José (Distrito Bizarra)Capela de São Sebastião (Tamboatá)Capela de São José (Sede)Capela de São João Batista (Sede)Capela de São Sebastião (Sede)Conjunto Residencial da Rua Barão de
Lucena e da Rua Coronel Joaquim
Gonçalves-Sítio Historico (Centro)
Engenho Palmas (Distrito de Bizarra)Casa grande e Igreja do Engenho Palma
Distância da Capital:População: 39.023 habitantes.Data de Fundação: 19/05/1870 Lei Provincial n.º 922.Dia de Feira: Sábado.Padroeira: Nossa Senhora de Santana.Principais atividades econômicas: Agropecuária, construção civil, comércio.
Bom Jardim
114,8km.
Fig. 7: Localização de Bom Jardim
Bens Materiais
48
ee
CONJUNTO URBANO
EDIFÍCIO RURAL ISOLADO
SÍTIO ARQUEOLÓGICO
ATRATIVO AMBIENTAL
Conjunto Residencial da Rua Barão de
Lucena e da Rua Coronel JoaquimGonçalves - Sítio Historico (Centro)
Casarão do Sítio Espera
Pedra do CabocloPedra da Moça Pedra do Índio Monte do Angico
Paus D'arco (árvore símbolo do município)Granito Marrom ImperialCachoeira PaqueviraPedra do NavioPedra da BotijaGruta de Nossa Senhora de LourdesPedra do ÍndioPedra da MoçaPedra do Caboclo
FOLCLOREC
GASTRONOMIA
EVENTO ESPORTIVO
EVENTO E FESTA POPULAR
ARTESANATO
aboclinhosMaracatu rural Dois de OuroBanda de pífanos de Bom JardimCavalo marinhoPastoril Madrinha LóGrupo de caboclinhos (Escola Raimundo
Honório)Grêmio Lítero Musical - Centro
Capão Buchada
Corrida Ciclística da Cidadania
Ciclo juninoCiclo carnavalescoFesta do Senhor Padroeiro (São
Sebastião)- 24 de jan a 02 de fevFesta dos Santos Reis (UMARI)Aniversário da cidade - 19 de maio
Trabalhos em pedras semipreciosasTrabalhos em objetos naturais
Bens Imateriais
49
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
EVENTO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO
CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE
ESPORTIVA
E S PA Ç O D E S T I N A D O A L A Z E R ,
ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
Poesia de cordelGRUTEAB- Grupo de Teatro Amador
BonjardinenseGrupo de dança VIVARTPintura sobre telaProdução de livros e jornaisCoral da Escola São Francisco (Canarinhos
Franciscanos)Coral de Nossa Senhora de Lourdes
(UMARI)
Seminário Regional da EducaçãoExposição Histórica de Painéis CulturaisFestival do Folclore
Auditório do Colégio SantanaMasimu (Museu de Arte, Som, Imagem e
Memória de Umari)
Clube Social Varon Esporte
Clube grêmio Lítero BonjardinenseGinásio esportivo Centenário
Fig. 8: Pedra do Navio em Bom Jardim
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
50
Casinhas
Distância da Capital: 132,8km.População: 14.103 habitantes.Data de Fundação : 12/07/1995
Lei Estadual nº 11.228.Dia de Feira: Não foi informado.Padroeira: Nossa Senhora das Dores. Principais atividades econômicas: Agropecuária.
Fig. 9: Localização de Casinhas
NÃO INFORMADOS
FOLCLORE
GASTRONOMIA
Grupo de flautaCoco de rodaCiranda
Doces de batata e outrosCocadas
Queijo de manteigaNataGalinha da terraBuchada
Argila, bonecosCipó , balaios e cestasMadeira, esculturasBordados diversos (à mão)
Festa de São SebastiãoFesta de Nossa Senhora das DoresCiclo JuninoCiclo CarnavalescoSemana da AboliçãoAniversário da cidade - 12 de junho
ARTESANATO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Materiais
Bens Imateriais
51
EVENTO E FESTA POPULAR
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
Festival de Cultura
Auditório Senador Antonio FariaAuditório do FUNBRECA (Fundo de Providência de Casinhas)
Ginásio Esportivo Centenário
Fig. 10: Casinhas
52
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
CONJUNTO URBANO
ESPAÇO E EQUIPAMENTO URBANO
ATRATIVO AMBIENTAL
Mercado Público (em ruínas) Sede
Casario Colonial do século XVIII - Distrito de Malhadinha
Cristo Redentor - Distrito de Malhadinha
Açude público e berçário natural de garças migratórias - Distrito de Cameixas
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
EVENTO E FESTA POPULAR
Comunidade teatral - Paixão de Cristo - Sede
Festa da Padroeira Santa Terezinha - outubroProcissão em todas as comunidades do municípioAniversário da cidade - 20 de dezembro
Cumaru
Distância da Capital: 132 km.População: 16.388 habitantes.Data de Fundação : 20/12/1963
Lei Estadual n.º 4.986.Dia de Feira: Domingo.Padroeira: Santa Terezinha.Principal atividade econômica: Agropecuária.
Fig. 11: Localização de Camuru
Bens Materiais Bens Imateriais
53
Feira Nova
Distância da Capital: 78,1km.População: 19.276 habitantes.Data de Fundação : 20/12/1963
Lei Estadual n. º 4.945.Dia de Feira: Domingo.Padroeiro: São José.Principais atividades econômicas: Agropecuária, indústria de transformação, comércio.
Fig. 12: Localização de Feira Nova
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
IGREJA
EVENTO E FESTA POPULAR
Prédio da Prefeitura MunicipalPrédio da Escola Antônio Inácio
Igreja Batista da Cachoeira
Aniversário da cidade – 20 de dezembro
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
Estádio GonzagãoQuadra José Alberto de Barros - Centro
Clube do PalmeirasClube Municipal
Bens Materiais Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Bens Imateriais
54
Frei Miguelinho
Distância da Capital: 166,1km.População: 14.067 habitantes.Data de Fundação : 20/12/1963
Lei Estadual n.º 4.977.Padroeiro: São José.Dia de Feira: Quinta-feira.Principal atividade econômica: Agropecuária
Fig. 13: Localização de Frei Miguelinho
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
CAPELA
EDIFÍCIO RURAL ISOLADO
Clube Social Recreativo (Povoado de Lagoa de João Carlos)
Capela de Nossa Senhora da Conceição - SedeCapela de Nossa Senhora da Conceição - Povoado de Lagoa de João Carlos
Moradia do bando de Antonio Silvino Sítio Lagoa de Lage
Bens Imateriais
FOLCLORE
GASTRONOMIA
ARTESANATO
Banda de pífanosMamulengo
Doce de facheiroCocadas de vários sabores
Pintura em tecidoCrochêFuxicoBonecas de pano
55
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
EVENTO E FESTA POPULAR
EVENTO E FESTA POPULAR
Grupo de Teatro (Paixão de Cristo)Grupo de Música - CoraisCompositores - Zito, Nego e Barbosinha
Festa de São José - SedeFesta de Nossa Senhora da Conceição - Povoado de Lagoa de João CarlosFesta de Nossa Senhora das Dores- Povoado da PlacaFesta de Nossa Senhora do Carmo - Povoado Chá do CarmoFesta de Nossa Senhora da Conceição - Povoado de CapivaraFesta de Santa Terezinha - Povoado de Algodão MansoFesta de São Sebastião - Povoado de Valdemar LiraFesta de Santa Luzia - Povoado de PatosFesta de Nossa Senhora da Conceição- Povoado de Chã GrandeCiclo JuninoAniversário da cidade - 20 de dezembro
Festival de Violeiros - Lagoa de João Carlos
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
Auditório-Centro Social - SedeCentro Social Lagoa de João CarlosMini Auditório da Escola de São José – Sede
Estádio de Futebol "Assunção" - Povoado de Lagoa de João Carlos
Fig. 14: Barragem em Frei Miguelinho
56
João Alfredo
Distância da Capital: 120,6km.População: 28.488 habitantes.Data de Fundação : 10/10/1935
Lei Estadual n.º 23.Padroeira: Nossa Senhora da Conceição.Dia de Feira: Segunda-feira.Principais atividades econômicas: Agropecuária, comércio e indústria de transformação.Fig. 15: Localização de João Alfredo
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADOEdifício do Grupo Escolar Padre Francisco Domino, atual Secretaria da EducaçãoCasarão do Senhor Jaime Lima - Praça da BandeiraCasarão da Família C. Oliveira - Praça da BandeiraCasarão do Senhor Afonso Ferreira - Rua Coronel José FerreiraCasarão dos Gomes Freire - Praça Manuel CavalcantiSede da Câmara MunicipalAçougue PúblicoPrédio da Industria Cavalcante
Prefeitura MunicipalCadeia Pública
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Capela de São Bento Ribeiro GrandeCapela de Nossa Senhora da Conceição - Brejinhos
Serra do CruzeiroPedra do UrubúPedra do BoiMirante Mãe Rainha
IGREJA
CAPELA
ATRATIVO AMBIENTAL
57
FOLCLORE
GASTRONOMIA
CaboclinhoBoi bumbáUrsosCavalo marinhoMamulengoPastorilCirandaCoco de rodaPau de seboBanda de Pífanos do JenipapoBanda de Pífanos do Tabosa
Mão de vacaSarapatelBode cozido e assadoBuchadaChambarilGalinha capoeiraCapãoChurrasco de boiPorco assadoArrumadinho de charqueComidas de milhoBolos variados
ARTESANATO
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
Pinturas em tela à óleoBordados à mãoFogos de artifíciosPlacas comerciaisCrochê
Grupo Moliére (Teatro)Grupo Style (Dança)Bandas Marciais - principais escolasSociedade Musical Dom BoscoSociedade Musical Mestre Alexandre
Bloco CANAFOLIA - carnaval fora de época (blocos diversos)Ciclo CarnavalescoCiclo JuninoMissa de São BentoAniversário da cidade - 10 de outubroFestival de Cultura
Bens Imateriais
Evento e Festa Popular
58
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL
DRAMART - Teatro
Biblioteca PúblicaTerreiro de Umbanda de Mãe NinaAuditório da Escola do Centro
Ginásio Poliesportivo Djair SantosEstádio Asa BrancaQuadra Diógenes Soares
Espaço GonzagãoClube Municipal - Centro
Parque de Vaquejadas Desafio – Sede
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 16: Vista Panorâmica de João Alfredo
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
59
Limoeiro
Distância da Capital: 90,9km.População: 55.560 habitantes.Data de Fundação: 06/04/1893 Lei Orgânica dos Municípios nº 52.Padroeira: Nossa Senhora da Apresentação.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária, comércio e indústria da transformação
Fig. 17: Localização de Limoeiro
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADOPrefeitura MunicipalMercado PúblicoAçouge MunicipalCâmara MunicipalPrédio da Rádio Jornal do CommercioPrédio do Matadouro PúblicoEscola Salomão GisburgEscola João DuarteCasa do Coronel Chico HeráclitoColégio Regina CoeliCine Teatro São LuizGrande Hotel LimoeiroCasa MaçônicaEscola Padre Nicolau Pimentel
IGREJA
CAPELA
CONJUNTO URBANO
SÍTIO URBANO
ESPAÇO E EQUIPAMENTO URBANO
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação
Capela Cristo RedentorCapela de Pedra do SonoCapela Santo Antonio
Casario de Limoeiro
Povoado Ribeiro do Mel
Praça da Bandeira
60
COMPLEXO INDUSTRIAL
OBRA PÚBLICA RODOVIÁRIA
ATRATIVO AMBIENTAL
FOLCLORE
Usina algodoeira Otaviano Duarte
Ponte Velha
Pedra do UrubuMata do SirijiSerra da RaposaAçude SalgadoFazenda Espinho PretoPracinha do Estado
Cantadores de violaPoetas repentistasBanda Marcial 25 de setembroBanda Marcial Santa CecíliaGrupo de cocoCirandaQuadrilhas juninasBloco Flor do LimãoBoisCaboclinhosEscola de sambaPastoril
Bens Imateriais
GASTRONOMIA
ARTESANATO
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
EVENTO E FESTA POPULAR
BodeBuchadaCarne de solMão de vacaComidas de milhoComidas derivadas do limão
Em couroEm cerâmicaEm madeiraBordado à mãoEm couro
Pintura sobre telaGrupos musicais diversos
Ciclo juninoFesta de São SebastiãoCarnaval fora de épocaFesta de São CristovãoCiclo carnavalescoFesta de Santa LuziaFesta de São JoséFesta de Nossa Senhora da ApresentaçãoFesta de Nossa Senhora de FátimaFesta de Nossa Senhora do Carmo
61
Caminhada CristãVia Sacra ao Morro do RedentorCorpus Christi (tapete nas ruas)Natalina dos MendesTerreiro Ilé Ogum Alada MéjeEncontro de Bandas Marciais
Vaquejada de LimoeiroCopa do LimãoCorrida de JumentoCampeonato de XadrezCircuito Pernambucano de TrilhaJogos Escolares
Exposição de Animais de LimoeiroFeira da Saúde
Cine-Teatro São Luís
Auditório da Rádio Jornal
EVENTO ESPORTIVO
FESTA, FEIRA E EXPOSIÇÃO DE NEGÓCIOS
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
Salão Dom BoscoAuditório ReconciliaçãoAuditório da FcalAuditório do Galpão de ArtesAuditório SM 25 de SetembroAuditório da Asil
Estádio José VaredaGinásio Poliesportivo Profª Jandira de Andrade LimaEstádio Colombo Esporte ClubeCentro Social UrbanoO Barbosão - Campo de FutebolEstádio Lís Correia de Oliveira
AABB - Associação Atlética Banco do BrasilClube de Campo de LimoeiroClube dos MotoristasColombo Esporte ClubeCentro Limoeirense
Parque de Exposição de Animais José Emídio CavalcanteParque Liberdade
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
62
Machados
Distância da Capital: 110km.População: 11.152 habitantes.Data de Fundação : 20/12/1963 Lei Estadual n.º 4.994.Padroeiro: São Sebastião.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária, comércio.
Fig. 18: Localização de Machados
Bens Materiais
Bens Imateriais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 20 de dezembro
NÃO FOI INFORMADO
EVENTO E FESTA POPULAR
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig.19: Artesanato com fibra de banana em Machados
63
Orobó
Distância da Capital: 127,4km.População: 21.632 habitantes.Data de Fundação : 11/09/1928 Lei Estadual n.º 1.931.Padroeira: Nossa Senhora da Conceição.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária, comércio.
Fig. 20: Localização de Orobó
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
IGREJA
Sobrado Vila Imaculada ConceiçãoMercado Público MunicipalPrefeitura Municipal-PrédioEdifício Imaculada ConceiçãoCasa de AntonietaCasa ParoquialCasa de Santana PimentelCasa de Dona MarluceCasa de Dona Ana de Pedro de ZuCasa do Coronel Abílio (1ª da cidade)
Igreja Matriz Nossa da Conceição – Sede
Senhora
CAPELA
ENGENHO
ATRATIVO AMBIENTAL
Capela Monte Alegre - 1896Capela Figueiras-1875 - Santo AntonioCapela Matinadas - 1952Capela Chã de Rocha-1944 - São SebastiãoCapela de São SebastiãoCapela de São Severino – 1949
Engenho Monte AlegreEngenho TanquesEngenho Serra Verde
Nascente Olho D'agua das Bestas- (antigo nome de Orobó)Rio dos Coelhos - Espinho Preto
64
Rio OrobóSerra do OrondongoSerra do Laureano
Reserva natural Serra Verde (Mata Atlântica)
Maracatu Rural Leão da MadrugadaCaboclinhoBlocos de carnavalQuadrilha junina AdrenalinaGrupo de capoeira OROART
SarapatelBuchadaRabadaBode e boiGalinha à cabidelaFitoterapia serra da capoeira
Frivolité - renda de origem francesa - (destaque na cidade)CrochêBiscuit - objeto de louçaParafina
RESERVA AMBIENTAL
FOLCLORE
GASTRONOMIA
ARTESANATO
FuxicoCestaria (Santa Água Branca)Em quenga de cocoEm lata (fland)BordadosTapeçariaColchaToalhasBolsas
Pintura em tela
Vaqueiro da Noite - 05 de dezembroProcissão de Nossa Senhora da Conceição - 08 de dezembroProcissão Corpus ChristiFesta da Padroeira Nossa Senhora da Conceição - 08 de dezembroFesta de São Sebastião - fevereiroFesta de Matinadas São Severino - outubroFesta dos Santos Padroeiros São Sebastião e Santa da Capoeira- janeiroCiclo JuninoNoites Marianas - maioAniversário da cidade - 11 de setembro
Cavalgada – setembro
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
EVENTO E FESTA POPULAR
EVENTO ESPORTIVO
Bens Imateriais
65
Passira
Distância da Capital: 114,6km.População: 27.910 habitantes.Data de Fundação : 20/12/1963
Lei Estadual n.º 4.981.Padroeira: Nossa Senhora da Conceição.Dia de Feira: Domingo.Principal atividade econômica: Agropecuária.
Fig. 21: Localização de Passira
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
IGREJA
ATRATIVO AMBIENTAL
FOLCLORE
Casa - Centro
Igreja de São JoséIgreja da Pedra Tapada - 1800
Serra da PassiraTancão - Rio CapibaribePedra do Letreiro
Cavalo marinho
Bens Imateriais
EVENTO E FESTA POPULAR
ARTESANATO
Aniversário da cidade - 20 de dezembro
Bordados
NÃO INFORMADO
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
66
Salgadinho
Distância da Capital: 124,6km.População: 7.770 habitantes.Data de Fundação: 20/12/1963
Lei Estadual nº 4.974.Padroeira: Nossa Senhora das Dores.Dia de Feira: Domingo.Principais atividades econômicas: Agropecuária, indústria de transformação.
Fig.22 : Localização de Salgadinho
Bens Materiais
SÍTIO ARQUEOLÓGICO
IGREJA
CONJUNTO URBANO
ATRATIVO AMBIENTAL
Pedra do Letreiro (gravuras rupestres)
Igreja Matriz de Nossa Senhora das DoresIgreja de Canafisto (ruínas) - Século XVIII
Casario centenário (4 casas) - Centro
Cachoeira do TaboãoPedra do LetreiroSerra do Cipó
Bens Imateriais
GASTRONOMIA
ARTESANATO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bode assadoGalinha de capoeiraBuchada
Bordados
Festival de VerãoFesta da Santa Padroeira Nossa Senhora das Dores - 3º domingo de outubroCiclo JuninoCiclo CarnavalescoFesta da Pascoa
67
Aniversário da cidade - 26 de outubro
Vaquejada e cavalhadasCavalgada ecológicaCircuito náutico de jet skiRally de Salgadinho - trilhasCorrida de Jericos
EVENTO ESPORTIVO
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL
Quadra e ginásio poliesportivo - Praça do Coração
Clube Municipal
Parque de Vaquejada Maria das DoresParque de Exposições
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 23: Paisagem rural em Salgadinho
68
Santa Cruz do Capibaribe
Distância da Capital: 194.3km.População: 73.680 habitantes.Data de Fundação: 29/12/1953
Lei Estadual n.º 1.818.Padroeira: Venerada Santa Cruz.Dia de Feira: Segunda à quarta-feira.Principais atividades econômicas: Comércio e indústria de transformação.
Fig.24 : Localização de Santa Cruz do Capibaribe
Bens Materiais
IGREJA
SÍTIO ARQUEOLÓGICO
ATRATIVO AMBIENTAL
FOLCLORE
Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos
Pedra do Pará (pinturas rupestres)Sítio Moreira (pinturas rupestres)
Parque florestal Fernando Silvestre da Silva
Banda de pífanos de Santa CruzBacamarteiros de Santo Antonio
Bens Imateriais
GASTRONOMIA
ARTESANATO
EVENTO E FESTA POPULAR
Angu salgadoArrumadinhoBode assadoBuchadaCarne de sol
Em papel (máscaras)Colchas de retalhoObjetos em metalPeças cerâmicas
Festa da CobertaSulanfoliaCiclo JuninoCiclo CarnavalescoFesta de São Miguel
69
EVENTO ESPORTIVO
FESTA, FEIRA E EXPOSIÇÃO DE NEGÓCIOS
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS
Circuito Pernambucano de Motocross
Feira da Sulanca
Teatro Municipal Emídio Eduardo Martins
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
Auditório da Câmara de Vereadores
AABB - Associação Atlética Banco do BrasilCabana ClubeClube Fazenda MatutinhaSociedade Esportiva Ypiranga Futebol Clube
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 25: Centro Comercial em Sta Cruz do Capibaribe
70
Santa Maria do Cambucá
Distância da Capital: 153,5 km.População: 12.348 habitantes.Data de Fundação: 20/12/1963
Lei Estadual n.º 4.955. Padroeira: Nossa Senhora do Rosário.Dia de Feira: Segunda-feira.Principal atividade econômica: Agropecuária.
Fig. 26: Localização de Santa Maria de Cambucá
Fig. 27: Igreja Católica em Santa Maria do Cambucá
Bens Materiais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 20 de dezembro
NÃO FOI INFORMADO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
eeeeeeeeeeeeeeee
71
São Vicente Ferrer
Distância da Capital: 130,5km.População: 16.598 habitantes.Data de Fundação: 29/12/1953
Lei Estadual n.º 1.818.Padroeiro: São Vicente.Dia de Feira: Domingo.Principais atividades econômicas: Agropecuária e comércio.
Fig. 28: Localização de São Vicente Férrer
Bens Materiais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 30 de dezembro
NÃO FOI INFORMADO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 29: Igreja Matriz de São Vicente Ferrer
ee72
Surubim
Distância da Capital: 134,2km.População: 53.934 habitantes.Data de Fundação: 11/09/1928
Lei Estadual nº 1.931.Padroeiro: São José.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária e comércio.
Fig. 30: Localização de Surubim
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
EDIFÍCIO RURAL ISOLADO
CONJUNTO URBANO
FOLCLORE
GASTRONOMIA
Casa de Abelardo Barbosa (Chacrinha)
Casa grande da fazenda do Taipe
Casario da Praça Divino CarneiroCasario da Praça 15 de novembro
Banda de pífanos do Mestre Louro
Galinha da terraCarne de solBuchadaBode
Em couroBordadoTapeçariaPeças em cerâmica
Caminhada dos Seresteiros de SurubimFestival dos VioleirosCiclo JuninoCiclo NatalinoFesta de São JoséFesta de São SebastiãoMissa do VaqueiroAniversário da cidade - 11 de setembro
ARTESANATO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
73
ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
Auditório da Prefeitura de Surubim
Estádio Municipal Roberto RivelinoGinásio de Esportes Geraldo da Mata BarbosaGinásio Esportivo Monsenhor Luiz Ferreira de Lima
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL
AABB - Associação Atlética Banco do BrasilBNB ClubeClube Cara e Coroa
Parque de Vaquejada José Galdino
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 31: Vaquejada em Surubim
74
Taquaritinga do Norte
Distância da Capital: 91,8km.População: 21.447 habitantes.Data de Fundação: 26/05/1877
Lei Provincial nº 1.260.Padroeiro: Santo Amaro.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária, comércio e indústria de transformação.
Fig. 32: Localização de Taquaritinga do Norte
Bens Materiais
EDIFÍCIO URBANO ISOLADO
IGREJA
CAPELA
SÍTIO URBANO
Prédio Secular onde funcionou a 1ª PrefeituraCâmara de VereadoresConselho TutelarGrupo de Escoteiros
Igreja Matriz de Nossa da Conceição - IbiapinaIgreja de Santo Amaro – Sede
Capela de Nossa da Conceição
Senhora
Senhora
Sítio Lagoa FundaFazenda Boa VistaFazenda Nova EsperançaFazenda Ingá
Parque Aquático Pão de AçucarParque Aquático Encontro das ÁguasCoreto Central
Casa de farinha
Casario de Gravatá do Ibiapina - possui casarões do século XIX
Pedra da figura (pintura rupestre)
ESPAÇO E EQUIPAMENTO URBANO
INDÚSTRIA ARTESANAL
CONJUNTO URBANO
SÍTIO ARQUEOLÓGICO
75
FOLCLORE
GASTRONOMIA
ARTESANATO
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA
Grupo Folclórico TaquaraOrquestra Serrana de RitmosBanda de pífanosBatalhão de Bacamarteiros Anastácio RibeiroQuadrilhas
Galinha caipiraBanana verde no feijãoBuchadaCarne de solMão de vacaPé de porcoCozidoLicores
Peças decorativas com casca de ovoPeças em couroObjetos com pluma de avestruzEm madeira
Paixão de CristoGrêmio Musical Dom Luiz de Brito
Orquestra Serrana de Ritmos
Natal Cultural - dezembroFesta do FolcloreFesta de Santo AmaroFesta de Nossa Senhora da ConceiçãoCiclo JuninoAniversário da cidade -10 de maio
Festa das DaliasCircuito do Frio - julho e agosto
Cavalgada ecológica
FEIRART-Feira de ArtesanatoSetembro-Seminário Nacional EstruitoCultura do Avestruz
EVENTO E FESTA POPULAR
EVENTO E FESTA POPULAR
EVENTO ESPORTIVOMOTOFEST
FESTA, FEIRA E EXPOSIÇÃO DE NEGÓCIOS
Bens Imateriais
76
ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA
ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO
Rampa do Pepê - Vôo LivreQuadra de Esportes Padre EstanislauGinásio do Pronaica
Sociedade Cultural Padre Ibiapina
ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL
ESPAÇO DESTINADO A MULTI ATIVIDADES
Parque de Vaquejada TaquariParque Araguaia
Centro Comercial Demétrio Paes de Andrade (Antigo Mercado Público)
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
Fig. 33: Vista da Rampa do Pepê em Taquaritinga do Norte
77
Toritama
Distância da Capital: 152,7km.População: 29.897 habitantes.Data de Fundação: 29/12/1953
Lei Estadual nº 1.818.Padroeira: Nossa Senhora da Conceição.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Comércio e indústria de transformação.
Fig. 34: Localização de Toritama
Fig. 35: Produção industrial em Toritama
Bens Materiais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 30 de dezembro
NÃO FOI INFORMADO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
78
Vertente do Lério
Distância da Capital: 143,1km.População: 7.500 habitantes.Data de Fundação: 01/10/1991 Lei Estadual n.º 10.622.Padroeira: Nossa Senhora da Victória.Dia de Feira: Segunda-feira.Principal atividade econômica: Agropecuária.
Fig. 36: Localização de Vertente do Lério
Bens Materiais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 01 de outubroEVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
NÃO FOI INFORMADO
79
Vertentes
Distância da Capital: 150,9km.População: 17.021 habitantes.Data de Fundação: 11/09/1928
Lei Estadual nº 1.931.Padroeiro: São José.Dia de Feira: Sábado.Principais atividades econômicas: Agropecuária, indústria de transformação e comércio.
Fig. 37: Localização de Vertentes
Bens Materiais
NÃO FOI INFORMADO
Aniversário da cidade - 01 de outubro
NÃO FOI INFORMADO
EVENTO E FESTA POPULAR
Bens Imateriais
Equipamentos e Espaços de Convivência Cultural
80
Referências e indicações de leituras
BLOCH, Marc. Apologia da História, ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
CHAGAS, Mário. Educação, museu e patrimônio: tensão, devoração e adjetivação. Disponível em: www.revistaiphan.gov.br. Acesso em: 09/09/2008.
CHAUÍ, Marilena. Cidadania cultural. São Paulo: Perseu Abramo, 2006.
CHOAY, Françoise. A alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: UNESP, 2006.
FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em processo. UFRJ: Brasília: Iphan, 2005.
FUNARI, Pedro Paulo Abreu; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
FUNARI, Pedro Paulo; PINSKY, Jaime (orgs.). Turismo e Patrimônio Cultural. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2004.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ: IPHAN, 2002.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Ressonância, Materialidade e Subjetividade: as culturas como patrimônios. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 11, nº 23, p. 15-36, jan/jun 2005.
GOMÉZ-GRANELL, Carmen e VILA, Ignácio (Coords.). A cidade como projeto educativo. Porto Alegre: Artmed, 2003.
GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília:PHAN, 2007.ee
81
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: UNICAMP, 1996.
MURTA, Stela Maris; ALBANO, Celina (orgs.).Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: UFMG; Território Brasilis, 2002.
PORTUGUEZ, Anderson Pereira (org). Turismo, memória e patrimônio cultural. São Paulo: Roca, 2003.SÃO PAULO (cidade). Secretaria Municipal de Cultura. Departamento do Patrimônio Histórico.O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992.
SILVA, Maria da Glória Lanci. Cidades Turísticas: Identidades e Cenários de Lazer. São Paulo: Aleph, 2004.
TIBURI, Márcia. Aprender a pensar é descobrir o olhar. Disponível em: www.artenaescola.org.br. Acessado em: 09/09/08.
Sites:www.fundarpe.pe.gov.brwww.revista.iphan.gov.brwww.museus.gov.brwww.addiper.pe.gov.br/rd-agrestesetentrionalwww.tesourosdobrasil.com.brwww.acordacultura.org.brwww.monumenta.gov.brwww.condepefidem.pe.gov.brwww.pe-az.com.br
Fontes: Inventário do Patrimônio Cultural do Agreste Setentrional.Panorama Cultural, 2005. FUNDARPE - Diretoria de Preservação Cultural.Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco.Pernambuco de A a Z.
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Lista de figuras
1 - Localização da Região Agreste Setentrional em relação a Pernambuco2 - Localização dos Municípios da Região Agreste Setentrional3 - Festa da Bolinha4 - Barragem em Frei Miguelinho5 - Capela de São João Batista - Orobó6 - Vaquejada em Surubim7 - Localização de Bom Jardim8 - Pedra do Navio em Bom Jardim9 - Localização de Casinhas10 - Casinhas11 - Localização de Cumuru12 - Localização de Feira Nova13 – Localização de Frei Miguelinho14 - Barragem em Frei Miguelinho15 - Localização de João Alfredo16 - Vista Panorâmica de João Alfredo17 - Localização de Limoeiro18 - Localização de Machados19 - Artesanato com fibra de banana em Machados20 - Localização de Orobó21 - Localização de Passira22 - Localização de Salgadinho23 - Paisagem rural em Salgadinho24 - Localização de Santa Cruz do Capibaribe25 - Centro Comercial em Santa Cruz do Capibaribe26 - Localização de Santa Maria de Cambucá27 - Igreja Católica em Santa Maria do Cambucá28 - Localização de São Vicente Férrer29 - Igreja Matriz de São Vicente Ferrer30 - Localização de Surubim31 - Vaquejada em Surubim32 - Localização de Taquaritinga do Norte33 - Vista da Rampa do Pepê em Taquaritinga do Norte34 - Localização de Toritama35 - Produção industrial em Toritama36 - Localização de Vertente do Lério37 - Localização de Vertentes
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Realização
Apoio
Prefeituras Municipais de: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Vicente Férrer, Surubim, Taquaritinga do
Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes