Post on 28-Jul-2016
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T ea rn ra itv oa rr iaa lC
Caderno do(a) Participante
11 a 16 de Abril de 2016
32
Texto:EduardoBarcelosDiagramaçao:AgileiltonNunesCoutinhoJunior,MaxwellSantosFernandes,AlvinodeSouzaAmaralIdentidadeVisual:GlauberGuimaraes(ColetivoRepentistasdoDesenho)Revisao:RamondaSilvaTeixeira,AndreBurigo,MorganaMasellieEduardoBarcelosTiragem:
Realizaçao:
EDITORIAL
Apoio:
32
Texto:EduardoBarcelosDiagramaçao:AgileiltonNunesCoutinhoJunior,MaxwellSantosFernandes,AlvinodeSouzaAmaralIdentidadeVisual:GlauberGuimaraes(ColetivoRepentistasdoDesenho)Revisao:RamondaSilvaTeixeira,AndreBurigo,MorganaMasellieEduardoBarcelosTiragem:
Realizaçao:
EDITORIAL
Apoio:
4
GravuradeRugendasquemostraalavagemdoouronasproximidadesdaatualOuroPreto,no
seculoXVII,imagemdolivrodeEduardoBueno,Brasil:UmaHistória-AIncrívelSagadeumPaís,
obrapertencenteaBibliotecaMunicipalMariodeAndrade,SaoPaulo,SP
FozdoRioDoce,nomomentodechegadadorejeitodaSamarco,emRegencia,EspıritoSanto,aposo
rompimentodabarragemdoFundao, emMinasGerais, emnovembrode2015. Foto:Gabriela
Bilo/EstadaoConteudoES.
5
Sumário
1.PalavraInicial–BoasVindas!
2.DoContexto–Apresentação
3.DasCaravanas–Umexercíciocoletivoepopulardeanálisedoterritório
4.DoTerritório–ABaciadoRioDoce
5.DosCaminhos–PordentrodasRotas
6.DasRe�lexões–Questõesproblematizadoras
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GravuradeRugendasquemostraalavagemdoouronasproximidadesdaatualOuroPreto,no
seculoXVII,imagemdolivrodeEduardoBueno,Brasil:UmaHistória-AIncrívelSagadeumPaís,
obrapertencenteaBibliotecaMunicipalMariodeAndrade,SaoPaulo,SP
FozdoRioDoce,nomomentodechegadadorejeitodaSamarco,emRegencia,EspıritoSanto,aposo
rompimentodabarragemdoFundao, emMinasGerais, emnovembrode2015. Foto:Gabriela
Bilo/EstadaoConteudoES.
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Sumário
1.PalavraInicial–BoasVindas!
2.DoContexto–Apresentação
3.DasCaravanas–Umexercíciocoletivoepopulardeanálisedoterritório
4.DoTerritório–ABaciadoRioDoce
5.DosCaminhos–PordentrodasRotas
6.DasRe�lexões–Questõesproblematizadoras
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1.PalavraInicial–Boasvindas!
Olácaravaneiroecaravaneira!
A partir deste momento, iremos juntos percorrer os diferentes mundos e contrastesvividosesentidosnabaciadoRioDoce!
Estaremos pelos vales, montanhas, serras, planıcies, riachos, matas, trilhas, estradas,distritos, comunidades ribeirinhas, pequenas cidades, cidades portuarias, cidadesturısticas, grandes cidades, cidades historicas... pelas roças, comunidades tradicionais,escolasdocampo,sindicatosdetrabalhadores,mercadossolidarios,feirasdaagriculturacamponesa...
Passaremosporterrasancestrais,terrasdaagroecologia,terrasqueguardamhistoriasdeconservaçaoerecuperaçaodabaciadoRioDoce,mastambemporterrasmaltratadasedestruıd as pelamineraçao, pelas barragens, pela siderurgia, pela urbanizaçao e pelasmonoculturasdeeucalipto,terrasemdisputaeemcon�lito.
Iremostambempelacosta,pelolitoral,passandopelaspraiasemangues,pelaslagoas,porassentamentos da reforma agraria, por comunidadesdepescadores e pescadoras, porterrasindıgenas,quilombos,bairrosecidadesinterioranas,en�im,porespaçosdevida,queagoraseencontramameaçados.
Passaremos, ao meio disso tudo, pelo rejeito toxico, pelas barragens rompidas e poraquelassobrisco,passaremosporcavas,portos,industrias,terrasdegradadas,porlugaresonde vidas foram perdidas, os sonhos interrompidos, as comunidades arrasadas...passaremosemlugaresondeavidaperdeualeveza.
Estamospartindojuntos,nestemomento,dosquatrocantosdaBaciadoRioDoce,rumoaGovernadorValadares!
Preparesuamala,masdeixeespaçoparacaberhistoriasdevida,deluta,deresistencia,deconvivenciacomorioDoceeseusa�luentes,comexperienciasdeautonomia,deproteçaodas aguas, dos solos, das muitas belezas, mas tambem das muitas tristezas que esteterritorionosapresenta....
ACaravanaTerritorialdaBaciadoRioDocevaipartirepisarnomundorealdaspessoas,mundo que guarda suas angustias, expectativas, sonhos e lutas frente ao modelo dedesenvolvimentodegradadoreexcludente,frenteaorejeito.
Daqui pra frente, teremosmuitos trabalhos: relatar, �ilmar, analisar, re�letir, conversar,escutar,mobilizaredebatersobreasexperienciasehistoriasdevidadaspopulaçoesdoRioDoce. Teremos um trabalho coletivo de cuidado, de pensar o futuro para alem damineraçao,paraalemdestemodelodesociedadequecadavezmaisnosafastadanatureza.Teremosumtrabalhodeobservaçaoevigilanciaconstantes,paraalemdaCaravana.Umtrabalhopermanentedemobilizaçaodaspopulaçoesdocampo,dasaguas,dasserras,dosmares,embuscadejustiça.
BOACARAVANA!
7
2.DoContexto–Apresentação
O crime socioambiental ocorrido pelo rompimento da barragem do Fundao, de
propriedadedaSamarco/VALE/BHP,emMariana,MinasGerais,colocouemquestaoo
modelodedesenvolvimentovigenteesuaspromessas.A�inaldecontas,estesuposto
desenvolvimentoeparaquemeaquecusto?Desenvolvimentoemqualsentido?Quem
equemnestedesenvolvimento?Oumelhor,oqueeodesenvolvimento?
Muitasinterrogaçoesapartirdestasperguntaspairamnestemomentosobreavidadediversascomunidades,famılias,pessoasegruposquevivemnabaciadoRioDoceequeforamduramenteatingidosdesdeodia5denovembrode2015.Perguntasquantoaofuturo,aofuturodasaguas,dospeixes,dossolos,dosmangues,lagoas,praias,aofuturo dos �ilhos, netos, da pesca e da agricultura; quantas perguntas ainda semresposta.
“Algumasdaspoucascrianças,belasecomclaros traços indígenas, estavam comdiversos ferimentos abertos pelo corpo,com algum tipo de doença cutânea... (oR io?) . Conversamos com d iversosmoradoresqueserevezavamaoexplicarasituação.E comoa Samarco selecionaosbene�iciados e todo o trabalho defornecimentodeáguaquevemfazendo,esuainsu�iciência”.
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
Eissorevelanaosoodramaqueseabateusobreasvariasrealidadessocioambientaisda bacia, mas mostra tambem a embaraçosa relaçao do Estado com as grandesempresas,ondenestecasotem-sevistoumprofundocontroledaSamarco/VALE/BHPsobreasituaçao,comestrategiasdecomunicaçao,marketing,formaçaodaopiniao,divulgaçaoderesultados,tudoemcaraterdecompensaçao,semgarantiadosdireitosfundamentais. Ah, e nao podemos esquecer os �inanciamentos de campanha e dopapel damineraçao neste processo. Somente nas eleiçoes de 2014, a VALE – quecontrolaaSamarco–doouR$22,6milhoesaoscandidatos,seguidodaCompanhiaSiderurgicaNacional,comdoaçoesdaordemdeR$4,8milhoes,aAngloGoldcomR$1,1milhao;aKinrosscomR$640mil,aUsiminascomR$433mileaVotorantim,comR$120mil.
Estamosdiantedamaior tragedia-crimeambientaldahistoriadopaısedomaioreventodecontaminaçaodasaguasdorioDoce,oque,certamentenosconvidaapensarotamanhodoproblema.Mas,deoutraforma,nosconvidaapensartambemqueestatragedianaofoiaprimeiraenaoseraaultima,enquantoestivermosnestecaminhodesenfreadodeexploraçaodanaturezaedospovos.Maisdoquetudo,estecrimeambientalexposeatualizou,devariasmaneirasumahistoriadelongaduraçaoondesitua amineraçao (assim como outrosmegaprojetos capitalistas) como elementocentraldeproduçaodecon�litos,violencias,racismosedegradaçaoecologicaem
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1.PalavraInicial–Boasvindas!
Olácaravaneiroecaravaneira!
A partir deste momento, iremos juntos percorrer os diferentes mundos e contrastesvividosesentidosnabaciadoRioDoce!
Estaremos pelos vales, montanhas, serras, planıcies, riachos, matas, trilhas, estradas,distritos, comunidades ribeirinhas, pequenas cidades, cidades portuarias, cidadesturısticas, grandes cidades, cidades historicas... pelas roças, comunidades tradicionais,escolasdocampo,sindicatosdetrabalhadores,mercadossolidarios,feirasdaagriculturacamponesa...
Passaremosporterrasancestrais,terrasdaagroecologia,terrasqueguardamhistoriasdeconservaçaoerecuperaçaodabaciadoRioDoce,mastambemporterrasmaltratadasedestruıd as pelamineraçao, pelas barragens, pela siderurgia, pela urbanizaçao e pelasmonoculturasdeeucalipto,terrasemdisputaeemcon�lito.
Iremostambempelacosta,pelolitoral,passandopelaspraiasemangues,pelaslagoas,porassentamentos da reforma agraria, por comunidadesdepescadores e pescadoras, porterrasindıgenas,quilombos,bairrosecidadesinterioranas,en�im,porespaçosdevida,queagoraseencontramameaçados.
Passaremos, ao meio disso tudo, pelo rejeito toxico, pelas barragens rompidas e poraquelassobrisco,passaremosporcavas,portos,industrias,terrasdegradadas,porlugaresonde vidas foram perdidas, os sonhos interrompidos, as comunidades arrasadas...passaremosemlugaresondeavidaperdeualeveza.
Estamospartindojuntos,nestemomento,dosquatrocantosdaBaciadoRioDoce,rumoaGovernadorValadares!
Preparesuamala,masdeixeespaçoparacaberhistoriasdevida,deluta,deresistencia,deconvivenciacomorioDoceeseusa�luentes,comexperienciasdeautonomia,deproteçaodas aguas, dos solos, das muitas belezas, mas tambem das muitas tristezas que esteterritorionosapresenta....
ACaravanaTerritorialdaBaciadoRioDocevaipartirepisarnomundorealdaspessoas,mundo que guarda suas angustias, expectativas, sonhos e lutas frente ao modelo dedesenvolvimentodegradadoreexcludente,frenteaorejeito.
Daqui pra frente, teremosmuitos trabalhos: relatar, �ilmar, analisar, re�letir, conversar,escutar,mobilizaredebatersobreasexperienciasehistoriasdevidadaspopulaçoesdoRioDoce. Teremos um trabalho coletivo de cuidado, de pensar o futuro para alem damineraçao,paraalemdestemodelodesociedadequecadavezmaisnosafastadanatureza.Teremosumtrabalhodeobservaçaoevigilanciaconstantes,paraalemdaCaravana.Umtrabalhopermanentedemobilizaçaodaspopulaçoesdocampo,dasaguas,dasserras,dosmares,embuscadejustiça.
BOACARAVANA!
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2.DoContexto–Apresentação
O crime socioambiental ocorrido pelo rompimento da barragem do Fundao, de
propriedadedaSamarco/VALE/BHP,emMariana,MinasGerais,colocouemquestaoo
modelodedesenvolvimentovigenteesuaspromessas.A�inaldecontas,estesuposto
desenvolvimentoeparaquemeaquecusto?Desenvolvimentoemqualsentido?Quem
equemnestedesenvolvimento?Oumelhor,oqueeodesenvolvimento?
Muitasinterrogaçoesapartirdestasperguntaspairamnestemomentosobreavidadediversascomunidades,famılias,pessoasegruposquevivemnabaciadoRioDoceequeforamduramenteatingidosdesdeodia5denovembrode2015.Perguntasquantoaofuturo,aofuturodasaguas,dospeixes,dossolos,dosmangues,lagoas,praias,aofuturo dos �ilhos, netos, da pesca e da agricultura; quantas perguntas ainda semresposta.
“Algumasdaspoucascrianças,belasecomclaros traços indígenas, estavam comdiversos ferimentos abertos pelo corpo,com algum tipo de doença cutânea... (oR io?) . Conversamos com d iversosmoradoresqueserevezavamaoexplicarasituação.E comoa Samarco selecionaosbene�iciados e todo o trabalho defornecimentodeáguaquevemfazendo,esuainsu�iciência”.
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
Eissorevelanaosoodramaqueseabateusobreasvariasrealidadessocioambientaisda bacia, mas mostra tambem a embaraçosa relaçao do Estado com as grandesempresas,ondenestecasotem-sevistoumprofundocontroledaSamarco/VALE/BHPsobreasituaçao,comestrategiasdecomunicaçao,marketing,formaçaodaopiniao,divulgaçaoderesultados,tudoemcaraterdecompensaçao,semgarantiadosdireitosfundamentais. Ah, e nao podemos esquecer os �inanciamentos de campanha e dopapel damineraçao neste processo. Somente nas eleiçoes de 2014, a VALE – quecontrolaaSamarco–doouR$22,6milhoesaoscandidatos,seguidodaCompanhiaSiderurgicaNacional,comdoaçoesdaordemdeR$4,8milhoes,aAngloGoldcomR$1,1milhao;aKinrosscomR$640mil,aUsiminascomR$433mileaVotorantim,comR$120mil.
Estamosdiantedamaior tragedia-crimeambientaldahistoriadopaısedomaioreventodecontaminaçaodasaguasdorioDoce,oque,certamentenosconvidaapensarotamanhodoproblema.Mas,deoutraforma,nosconvidaapensartambemqueestatragedianaofoiaprimeiraenaoseraaultima,enquantoestivermosnestecaminhodesenfreadodeexploraçaodanaturezaedospovos.Maisdoquetudo,estecrimeambientalexposeatualizou,devariasmaneirasumahistoriadelongaduraçaoondesitua amineraçao (assim como outrosmegaprojetos capitalistas) como elementocentraldeproduçaodecon�litos,violencias,racismosedegradaçaoecologicaem
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escalas cada vez mais amplas, porem com incidencia permanente sobre diferentespopulaçoes vulnerabilizadas, sejam camponesas, ribeirinhas, indıgenas, quilombolas,sejam comunidades negras, de periferia, de povoados, de assentamentos rurais, depequenascidades.
Pelotamanhoepelaabrangenciadestecrime,nadaparecidotinhaocorridoateentao,mesmo como historico de rompimentos de barragens emMinasGerais e emoutrosestadosdoBrasilnosultimosanos.Ovolumederejeitodespejadonasaguasesolosfoidesproporcionalearrasouabaciainteira,atingindomilharesdepessoaseaproduçaodavidadeumaformageral.Sobesteaspecto,orompimentodabarragemcon�irmoumaisumavezamemoriasujadamineraçaonopaıs,quandopautamososcasosdecon�litosterritoriaisenvolvendograndesprojetosdeextraçaomineral.
"EmdistinçãoàscabrocasabandonadasàjusantedoRio,deItapinaemdianteasecapredominaeaestiagemémarcante.Amedidaqueorelevoseacidentaasvoçorocasmarcamapaisagemeaerosãosefazonipresente.Ospoucosboispersistentesdeixamclarooprocessohistóricoquemarcou,nãoapenaso�imdamataatlânticaporaqui,comoaatualpenúria.Assim,oclimaagrestino,marcadopelorioem
seuleitoexposto,demarcaumadurarealidade"
"TalcomooDocesemarcapelaVale,quelevaseunomeeemtrocaotinge,mataeenferrujacomaEFVM,oriotambémémarcadopelavidacampesina.Aocupaçãodeformaefetivamentetradicionaldo
riodeResplendoremdiante,éimpressionante.Associaçõesdepescadores,fazendasrústicasemesmocamposdepastagem
localizadosnasinúmerasilhassempre�izeramdasubsistênciaalternativaecaminhoparaaquelesquealinasceram.Osreais
atingidospelodesastresãodefácilcontabilização-Nãomenosquetodos."
IlustraçaoerelatosdeArturMonteiro,
em“RioDoceemTraços”2016
9
EmtodaaAmericaLatina,paraseterumaideia,segundooObservatoriodeCon�litosMineiros da America Latina (OCMAL), existem atualmente na regiao 210 con�litosterritoriais envolvendo comunidades locais e empresas de mineraçao, obras deinfraestruturaeextrativismosaquıcolas,sejanafasedeextraçao,debene�iciamento,sejanafasedetransporteeescoamentodaproduçao.Distribuıdosem19paıses,pelaAmericadoSuleCaribesao220projetosenvolvidosnestescon�litos,abrangendoaexploraçaodemetaisferrososenaoferrosos,projetosdesilvicultura,deextraçaodemadeiraeobrasdeinfraestruturaqueatingem,segundoosdados,315comunidades.
Ja o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) sistematizou 105 casos relativos aempreendimentosminerariosnoBrasil,em22estadoseconstatoudiferentesimpactoseriscosdasatividadeseoperaçoessobrecomunidadesepopulaçoes locais,mostrandoumaenorme con�litividade inscritaneste setor.Os casosmostramque amaioriadosempreendimentos sao minas a ceu aberto (55% dos casos), situadas em pequenosmunicıpios, com ate 50 mil habitantes. Os principais atingidos sao comunidades deperiferiaurbana,quemoramnoterritoriomineradoounoentorno,seguidodapopulaçaoribeirinha,quilombola,pescadoresepovosindıgenas.Apoluiçaodasaguasfoioimpactoambientalmaissigni�icativo(65%doscasos),seguidodosprejuızosaoecossistemalocal(57%),assoreamentoderios(36%),poluiçaodoar(36%),disposiçaoderejeitos(35%),alem do desmatamento e poluiçao dos solos. Cerca de 60 casos (57%) constaram aproliferaçaodedoençascomaimplantaçaoeoperaçaodoempreendimento,seguidodequestoes trabalhistas (34 casos), questoes fundiarias (29), crescimento populacional(24)eaumentodaviolenciaem13casos.Jacomrelaçaoafontedecontaminaçaoporsubstanciasperigosas,osmetaispesados toxicos lideramorankingdacontaminaçao,seguido do cianeto, mercurio, asbesto e metais radioativos. E no caso dos con�litosjudicializados,45casosestaocomrecursonoMinisterioPublicoFederal(MPF)e15delesassinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como soluçao extrajudicial docon�lito.
Con�litosdeMineraçaonoBrasil
Fonte:MapadeCon�litosenvolvendoInjustiçaAmbientaleSaudenoBrasil.Disponıvelem:www.con�litoambiental.icict.�iocruz.br
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escalas cada vez mais amplas, porem com incidencia permanente sobre diferentespopulaçoes vulnerabilizadas, sejam camponesas, ribeirinhas, indıgenas, quilombolas,sejam comunidades negras, de periferia, de povoados, de assentamentos rurais, depequenascidades.
Pelotamanhoepelaabrangenciadestecrime,nadaparecidotinhaocorridoateentao,mesmo como historico de rompimentos de barragens emMinasGerais e emoutrosestadosdoBrasilnosultimosanos.Ovolumederejeitodespejadonasaguasesolosfoidesproporcionalearrasouabaciainteira,atingindomilharesdepessoaseaproduçaodavidadeumaformageral.Sobesteaspecto,orompimentodabarragemcon�irmoumaisumavezamemoriasujadamineraçaonopaıs,quandopautamososcasosdecon�litosterritoriaisenvolvendograndesprojetosdeextraçaomineral.
"EmdistinçãoàscabrocasabandonadasàjusantedoRio,deItapinaemdianteasecapredominaeaestiagemémarcante.Amedidaqueorelevoseacidentaasvoçorocasmarcamapaisagemeaerosãosefazonipresente.Ospoucosboispersistentesdeixamclarooprocessohistóricoquemarcou,nãoapenaso�imdamataatlânticaporaqui,comoaatualpenúria.Assim,oclimaagrestino,marcadopelorioem
seuleitoexposto,demarcaumadurarealidade"
"TalcomooDocesemarcapelaVale,quelevaseunomeeemtrocaotinge,mataeenferrujacomaEFVM,oriotambémémarcadopelavidacampesina.Aocupaçãodeformaefetivamentetradicionaldo
riodeResplendoremdiante,éimpressionante.Associaçõesdepescadores,fazendasrústicasemesmocamposdepastagem
localizadosnasinúmerasilhassempre�izeramdasubsistênciaalternativaecaminhoparaaquelesquealinasceram.Osreais
atingidospelodesastresãodefácilcontabilização-Nãomenosquetodos."
IlustraçaoerelatosdeArturMonteiro,
em“RioDoceemTraços”2016
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EmtodaaAmericaLatina,paraseterumaideia,segundooObservatoriodeCon�litosMineiros da America Latina (OCMAL), existem atualmente na regiao 210 con�litosterritoriais envolvendo comunidades locais e empresas de mineraçao, obras deinfraestruturaeextrativismosaquıcolas,sejanafasedeextraçao,debene�iciamento,sejanafasedetransporteeescoamentodaproduçao.Distribuıdosem19paıses,pelaAmericadoSuleCaribesao220projetosenvolvidosnestescon�litos,abrangendoaexploraçaodemetaisferrososenaoferrosos,projetosdesilvicultura,deextraçaodemadeiraeobrasdeinfraestruturaqueatingem,segundoosdados,315comunidades.
Ja o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) sistematizou 105 casos relativos aempreendimentosminerariosnoBrasil,em22estadoseconstatoudiferentesimpactoseriscosdasatividadeseoperaçoessobrecomunidadesepopulaçoes locais,mostrandoumaenorme con�litividade inscritaneste setor.Os casosmostramque amaioriadosempreendimentos sao minas a ceu aberto (55% dos casos), situadas em pequenosmunicıpios, com ate 50 mil habitantes. Os principais atingidos sao comunidades deperiferiaurbana,quemoramnoterritoriomineradoounoentorno,seguidodapopulaçaoribeirinha,quilombola,pescadoresepovosindıgenas.Apoluiçaodasaguasfoioimpactoambientalmaissigni�icativo(65%doscasos),seguidodosprejuızosaoecossistemalocal(57%),assoreamentoderios(36%),poluiçaodoar(36%),disposiçaoderejeitos(35%),alem do desmatamento e poluiçao dos solos. Cerca de 60 casos (57%) constaram aproliferaçaodedoençascomaimplantaçaoeoperaçaodoempreendimento,seguidodequestoes trabalhistas (34 casos), questoes fundiarias (29), crescimento populacional(24)eaumentodaviolenciaem13casos.Jacomrelaçaoafontedecontaminaçaoporsubstanciasperigosas,osmetaispesados toxicos lideramorankingdacontaminaçao,seguido do cianeto, mercurio, asbesto e metais radioativos. E no caso dos con�litosjudicializados,45casosestaocomrecursonoMinisterioPublicoFederal(MPF)e15delesassinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como soluçao extrajudicial docon�lito.
Con�litosdeMineraçaonoBrasil
Fonte:MapadeCon�litosenvolvendoInjustiçaAmbientaleSaudenoBrasil.Disponıvelem:www.con�litoambiental.icict.�iocruz.br
10
Outrasleiturascompartilhamestecontextodeprofundavulnerabilidadeedesigualdade.O Grupo Polıtica, Economia, Mineraçao, Ambiente e Sociedade (PoEMAS), daUniversidadeFederaldeJuizdeFora(UFJF)apontauma“relaçaoestruturalentreeventosderompimentodebarragensderejeitoseoscicloseconomicosdamineraçao.Haindıciosdequeexisteumaumentodoriscoderompimentodebarragensnonovociclopos-boomdopreçodosminerios. Essa relaçao estaria associada a aceleraçaodosprocessosdelicenciamentoambiental e apressao sobreos orgaos licenciadoresna fasedepreçoselevados,bemcomoaintensi�icaçaodaproduçaoepressaoporreduçaodecustosnoperıododereduçaodospreços.Algunsdesseselementospodemser identi�icadosnodesastretecnologicodaSamarco/Vale/BHPeseucaraterestruturalsugerequeoutrasempresas podem estar provocando situaçoes de risco semelhantes”. O Grupo apontatambem que as tecnologias de bene�iciamento de minerio avançaram muito maisrapidamente do que as tecnologias de tratamento, e desta forma a mineraçao temconseguidolavrarminerioscomteoresmaisbaixos,gerandoumaquantidadecadavezmaiorderejeitos,edemandando,aomesmotempomaisbarragens.“Essecenarioindica,portanto, que falhas de barragens continuarao a acontecer, porem com impactos emescalaampliada.Muitosdesteselementosaparecemdemodoespecı�iconodesastreemquestao e nas formas de operaçao das empresas envolvidas diretamente”, aponta orelatoriodoGrupo¹.
E� nestecontextodecon�litos,devulnerabilidadesedeperdasterritoriais,emotivadospelosentimentodejustiça,deluta,devisibilidade,deenfrentamentosederesistencia,quesurgiuaideiadeorganizarumaCaravanaTerritorialdaBaciadoRioDoce.ACaravanaeumainiciativacoletivadediversasorganizaçoes,redes,coletivosemovimentossociaisenvolvidos e articuladosdireta e indiretamenteno crime/tragedia/desastre ocorridopelorompimentodabarragemderejeitosdaSamarco/VALE/BHP,emMariana-MG.A
11
partirdeumaabordagemterritorialamplae independente,oobjetivodaCaravana eproduzir–apartirdediferentesrotasaserempercorridasaolongodaBacia–leiturascompartilhadas sobre a tragedia/crime, analisar seus impactos, fortalecer diferenteslutas territoriais, experiencias solidarias e outras economias, mobilizar açoes dedenuncias e reivindicaçoes, problematizar o modelo de desenvolvimento na regiao,apontar saıdas, alternativas e experiencias para um modelo mais justo, ecologico esolidario, e ampliar o dialogo com a sociedade. A ideia e realizar uma caravanaarticulandoasvariasredes,movimentossociaiseentidadesnosprincipaisterritoriosatingidospelorejeitoetambememoutrosterritorios,culminandocomumamploeventodesocializaçao, sistematizaçaoedebatepublico,na cidadedeGovernadorValadares,MinasGerais,quenostemposdeoutroraerachamadadeFigueiradoRioDoce.
Cada Caravana e uma construçao! Assim, esperamos que esta possa trazer novoselementos,re�lexoeseintervençoesquetransformemefetivamenteestarealidade.
"AtraduçãodapalavraKrenak,vindadoidiomahomônimo,signi�ica
cabeçanaterra,remetendoaconsciênciadenossaligação,etotaldependência,paracomanaturezacircundante.Essaregiãomarca,atémesmopelanaturezaprimeiradeseusigni�icado,ondeadissociaçãodoambientenaturaléimpossível
umavezqueseconsideramumcomomeio.Alémdabelezadas
montanhasporondenosperdemosporhorasnaintençãodealcançar
ConselheiroPena,aregiãoéenriquecidapelocenáriodas
montanhasdamargemopostadorio,recortadapelospontõesdo
ParqueEstadualdosSeteSalões."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”
2016
¹Disponıvelemhttp://www.u�jf.br/poemas/�iles/2014/07/PoEMAS-2015-Antes-fosse-mais-
leve-a-carga-vers%C3%A3o-�inal.pdf
Con�litosdeMineraçaoemMinasGerais
Fonte:MapadeCon�litosAmbientaisdeMinasGeraisDisponıvelem:http://con�litosambientaismg.lcc.ufmg.br/
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Outrasleiturascompartilhamestecontextodeprofundavulnerabilidadeedesigualdade.O Grupo Polıtica, Economia, Mineraçao, Ambiente e Sociedade (PoEMAS), daUniversidadeFederaldeJuizdeFora(UFJF)apontauma“relaçaoestruturalentreeventosderompimentodebarragensderejeitoseoscicloseconomicosdamineraçao.Haindıciosdequeexisteumaumentodoriscoderompimentodebarragensnonovociclopos-boomdopreçodosminerios. Essa relaçao estaria associada a aceleraçaodosprocessosdelicenciamentoambiental e apressao sobreos orgaos licenciadoresna fasedepreçoselevados,bemcomoaintensi�icaçaodaproduçaoepressaoporreduçaodecustosnoperıododereduçaodospreços.Algunsdesseselementospodemser identi�icadosnodesastretecnologicodaSamarco/Vale/BHPeseucaraterestruturalsugerequeoutrasempresas podem estar provocando situaçoes de risco semelhantes”. O Grupo apontatambem que as tecnologias de bene�iciamento de minerio avançaram muito maisrapidamente do que as tecnologias de tratamento, e desta forma a mineraçao temconseguidolavrarminerioscomteoresmaisbaixos,gerandoumaquantidadecadavezmaiorderejeitos,edemandando,aomesmotempomaisbarragens.“Essecenarioindica,portanto, que falhas de barragens continuarao a acontecer, porem com impactos emescalaampliada.Muitosdesteselementosaparecemdemodoespecı�iconodesastreemquestao e nas formas de operaçao das empresas envolvidas diretamente”, aponta orelatoriodoGrupo¹.
E� nestecontextodecon�litos,devulnerabilidadesedeperdasterritoriais,emotivadospelosentimentodejustiça,deluta,devisibilidade,deenfrentamentosederesistencia,quesurgiuaideiadeorganizarumaCaravanaTerritorialdaBaciadoRioDoce.ACaravanaeumainiciativacoletivadediversasorganizaçoes,redes,coletivosemovimentossociaisenvolvidos e articuladosdireta e indiretamenteno crime/tragedia/desastre ocorridopelorompimentodabarragemderejeitosdaSamarco/VALE/BHP,emMariana-MG.A
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partirdeumaabordagemterritorialamplae independente,oobjetivodaCaravana eproduzir–apartirdediferentesrotasaserempercorridasaolongodaBacia–leiturascompartilhadas sobre a tragedia/crime, analisar seus impactos, fortalecer diferenteslutas territoriais, experiencias solidarias e outras economias, mobilizar açoes dedenuncias e reivindicaçoes, problematizar o modelo de desenvolvimento na regiao,apontar saıdas, alternativas e experiencias para um modelo mais justo, ecologico esolidario, e ampliar o dialogo com a sociedade. A ideia e realizar uma caravanaarticulandoasvariasredes,movimentossociaiseentidadesnosprincipaisterritoriosatingidospelorejeitoetambememoutrosterritorios,culminandocomumamploeventodesocializaçao, sistematizaçaoedebatepublico,na cidadedeGovernadorValadares,MinasGerais,quenostemposdeoutroraerachamadadeFigueiradoRioDoce.
Cada Caravana e uma construçao! Assim, esperamos que esta possa trazer novoselementos,re�lexoeseintervençoesquetransformemefetivamenteestarealidade.
"AtraduçãodapalavraKrenak,vindadoidiomahomônimo,signi�ica
cabeçanaterra,remetendoaconsciênciadenossaligação,etotaldependência,paracomanaturezacircundante.Essaregiãomarca,atémesmopelanaturezaprimeiradeseusigni�icado,ondeadissociaçãodoambientenaturaléimpossível
umavezqueseconsideramumcomomeio.Alémdabelezadas
montanhasporondenosperdemosporhorasnaintençãodealcançar
ConselheiroPena,aregiãoéenriquecidapelocenáriodas
montanhasdamargemopostadorio,recortadapelospontõesdo
ParqueEstadualdosSeteSalões."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”
2016
¹Disponıvelemhttp://www.u�jf.br/poemas/�iles/2014/07/PoEMAS-2015-Antes-fosse-mais-
leve-a-carga-vers%C3%A3o-�inal.pdf
Con�litosdeMineraçaoemMinasGerais
Fonte:MapadeCon�litosAmbientaisdeMinasGeraisDisponıvelem:http://con�litosambientaismg.lcc.ufmg.br/
12
3.DasCaravanas–Umexercíciocoletivoepopulardeanálisedoterritório
OmovimentoagroecologiconoBrasil–atravesdaArticulaçaoNacionaldeAgroecologia(ANA)–vempromovendodesde2013diferentesCaravanasAgroecologicaseCulturaisportodoopaıs.NoprocessodepreparaçaoaoIIIEncontroNacionaldeAgroecologia,ocorrido em 2014, cerca de quinze (15) caravanas foram realizadas em diferentesterritoriosdopaıs,reunindodiversosestudantes,agricultores,professores,movimentossociais,coletivosegestorespublicos.
As atividades previstas pelas Caravanas visam, atraves de visitas, intercambios,observaçoes,atospublicos,rodasdeconversa,aulaspublicas,entrecaravaneiros/asefamılias/grupos/coletivos/moradoresquerecebemasrotas,exercitarumolharconjuntoepopularsobreoterritorio,situandoascontradiçoeseosdesa�iosdeconstruçaodeumanova sociedade, pautada na agroecologia, na reforma agraria, na saude coletiva, naeconomia solidaria, alem de a�irmar e dar visibilidade as denuncias, con�litos,experienciasderesistenciaedeautonomia,deorganizaçaoquecaracterizamoslocaisporondeasrotaspassameculminam.Trata-sedeumexercıciocoletivodeanaliseedemobilizaçaopopularemtornodetemaseproblematicasexistentesnoterritorio,comosefosseumdiagnosticopopular.AexperienciadasCaravanastemmostradoadiversidadede situaçoes, contextos, povos, habitats, complexidades, contradiçoes e anuncios,desa�iosepossibilidadesdeautonomiaeparticipaçaodegrupossubalternizadospelaeconomiadominanteeporagenteshegemonicos.
Neste sentido, os exercıcios de observaçao, interaçao, trocas e vivencias saodescentralizadoseanalisadoscoletivamente,visandocontrastaressespadroesopostosdedesenvolvimentoeapontarpossibilidadesdefortalecimentodelutaslocaisnadefesadeterritoriosenagarantiadedireitos.
"ElespoucopossuíamalémdoDoce.Todaaautonomiapossívelforatiradaapóso
rompimentodabarragem,sendoquebagresetilapias,umaveztiradosdorioesendoaprincipalfontedeproteína,fora
convertidaemsacosdemacarrão,farinha,óleodesojaeaçúcarentregues
sobaformadeumcartãocompensatóriopelaSamarco.Ainserçãodessepovono
sistemanãopoderiaconferirmaiorsinaldedesgraçaparaqualquertipodegente
efetivamentelivre.Essaconversão,sempredolorosa,foiaquifeitadeuma
formatrágicaerevoltante."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”
2016
"PoucoantesdacidadedePonteNovaavistamosoexatopontode
nascimentodoDoce.MargeamosoPirangaevimosolaranjadoCarmo
adentrarnosmorros,osquaisterminaríamosdecircundarapenas
nodiaseguinte.(...),suaságuasseguiam,entremorrospreservadose
cidadeshistóricas,tambémpreservadas,comoBarraLongaeumsemnúmerodedistritos,quasetodos
essesatingidospelalama.Muitosperderamsuascasas,alguns
familiares,mastodosdeixaramsuashistória...suasvidas.Oacessodi�ícilnosfezirpelasescarpasdessaserra
dealturasàantigaVilaRica,umavezcentraloperacionaldamineração,
aindahojedevastadora."
IlustraçaoerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
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ApropostadestaCaravanaequeasdiferentesredes,movimentossociaiseorganizaçoesdedeterminadosterritoriossepreparemparaapresentaredebaterarealidadedadisputaterritorialemtornodocrime-tragediaededemaisexperienciasaolongodetodaaBaciadoRioDoce,comdiferentesdelegaçoescompostasporagricultores/as,moradores/asdabacia, representantes de povos e comunidades tradicionais, estudantes, sindicalistas,assessores/asecomunicadorespopulares,vindasdeMinasGeraisedoEspıritoSanto,alemdeoutrosestados.Alemdeproporcionarambientesparaodebateentrediferentesorganizaçoes,paradialogoseconvergencias,aCaravanaseraumaoportunidadeparaaproduçao de materiais de comunicaçao e sistematizaçao voltados para divulgaçao aamplossegmentosdasociedadedasexperienciasterritoriaisvisitadasedasıntesedosdebatesrealizados,alemdedarnovossigni�icadosparaadenunciadatragedia-crime.Issoincidiraemnarrativasdescentralizadaseautonomas,deslocandoastentativasdeminimizaroproblemaeproblematizandoabaciapormeiodesuagente.
Comesteproposito,estaCaravanafuncionaracomoexercıciopolıtico-pedagogicoparaaconstruçaodeum“novoolhar”sobreasexperienciasdecon�litoederesistencianabacia,tomandocomopontodepartidaatragedia-crimeemMariana.ApartirdasdistintasrotasedaculminanciaemGovernadorValadares,estanovaperspectivadeolhar territorialpropoeumavisaointegradoraentreasdiferentesdimensoesreferenciadasarealidadedosterritorios.EstaeainspiraçaoeaapostapedagogicaprevistanaCaravana:fomentarprocessosde re�lexaoeproblematizaçao coletivada realidadeapartirde situaçoeseproblemaspostospelaspopulaçoes/grupos/classessociaisdabaciadorioDoce.
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3.DasCaravanas–Umexercíciocoletivoepopulardeanálisedoterritório
OmovimentoagroecologiconoBrasil–atravesdaArticulaçaoNacionaldeAgroecologia(ANA)–vempromovendodesde2013diferentesCaravanasAgroecologicaseCulturaisportodoopaıs.NoprocessodepreparaçaoaoIIIEncontroNacionaldeAgroecologia,ocorrido em 2014, cerca de quinze (15) caravanas foram realizadas em diferentesterritoriosdopaıs,reunindodiversosestudantes,agricultores,professores,movimentossociais,coletivosegestorespublicos.
As atividades previstas pelas Caravanas visam, atraves de visitas, intercambios,observaçoes,atospublicos,rodasdeconversa,aulaspublicas,entrecaravaneiros/asefamılias/grupos/coletivos/moradoresquerecebemasrotas,exercitarumolharconjuntoepopularsobreoterritorio,situandoascontradiçoeseosdesa�iosdeconstruçaodeumanova sociedade, pautada na agroecologia, na reforma agraria, na saude coletiva, naeconomia solidaria, alem de a�irmar e dar visibilidade as denuncias, con�litos,experienciasderesistenciaedeautonomia,deorganizaçaoquecaracterizamoslocaisporondeasrotaspassameculminam.Trata-sedeumexercıciocoletivodeanaliseedemobilizaçaopopularemtornodetemaseproblematicasexistentesnoterritorio,comosefosseumdiagnosticopopular.AexperienciadasCaravanastemmostradoadiversidadede situaçoes, contextos, povos, habitats, complexidades, contradiçoes e anuncios,desa�iosepossibilidadesdeautonomiaeparticipaçaodegrupossubalternizadospelaeconomiadominanteeporagenteshegemonicos.
Neste sentido, os exercıcios de observaçao, interaçao, trocas e vivencias saodescentralizadoseanalisadoscoletivamente,visandocontrastaressespadroesopostosdedesenvolvimentoeapontarpossibilidadesdefortalecimentodelutaslocaisnadefesadeterritoriosenagarantiadedireitos.
"ElespoucopossuíamalémdoDoce.Todaaautonomiapossívelforatiradaapóso
rompimentodabarragem,sendoquebagresetilapias,umaveztiradosdorioesendoaprincipalfontedeproteína,fora
convertidaemsacosdemacarrão,farinha,óleodesojaeaçúcarentregues
sobaformadeumcartãocompensatóriopelaSamarco.Ainserçãodessepovono
sistemanãopoderiaconferirmaiorsinaldedesgraçaparaqualquertipodegente
efetivamentelivre.Essaconversão,sempredolorosa,foiaquifeitadeuma
formatrágicaerevoltante."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”
2016
"PoucoantesdacidadedePonteNovaavistamosoexatopontode
nascimentodoDoce.MargeamosoPirangaevimosolaranjadoCarmo
adentrarnosmorros,osquaisterminaríamosdecircundarapenas
nodiaseguinte.(...),suaságuasseguiam,entremorrospreservadose
cidadeshistóricas,tambémpreservadas,comoBarraLongaeumsemnúmerodedistritos,quasetodos
essesatingidospelalama.Muitosperderamsuascasas,alguns
familiares,mastodosdeixaramsuashistória...suasvidas.Oacessodi�ícilnosfezirpelasescarpasdessaserra
dealturasàantigaVilaRica,umavezcentraloperacionaldamineração,
aindahojedevastadora."
IlustraçaoerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
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ApropostadestaCaravanaequeasdiferentesredes,movimentossociaiseorganizaçoesdedeterminadosterritoriossepreparemparaapresentaredebaterarealidadedadisputaterritorialemtornodocrime-tragediaededemaisexperienciasaolongodetodaaBaciadoRioDoce,comdiferentesdelegaçoescompostasporagricultores/as,moradores/asdabacia, representantes de povos e comunidades tradicionais, estudantes, sindicalistas,assessores/asecomunicadorespopulares,vindasdeMinasGeraisedoEspıritoSanto,alemdeoutrosestados.Alemdeproporcionarambientesparaodebateentrediferentesorganizaçoes,paradialogoseconvergencias,aCaravanaseraumaoportunidadeparaaproduçao de materiais de comunicaçao e sistematizaçao voltados para divulgaçao aamplossegmentosdasociedadedasexperienciasterritoriaisvisitadasedasıntesedosdebatesrealizados,alemdedarnovossigni�icadosparaadenunciadatragedia-crime.Issoincidiraemnarrativasdescentralizadaseautonomas,deslocandoastentativasdeminimizaroproblemaeproblematizandoabaciapormeiodesuagente.
Comesteproposito,estaCaravanafuncionaracomoexercıciopolıtico-pedagogicoparaaconstruçaodeum“novoolhar”sobreasexperienciasdecon�litoederesistencianabacia,tomandocomopontodepartidaatragedia-crimeemMariana.ApartirdasdistintasrotasedaculminanciaemGovernadorValadares,estanovaperspectivadeolhar territorialpropoeumavisaointegradoraentreasdiferentesdimensoesreferenciadasarealidadedosterritorios.EstaeainspiraçaoeaapostapedagogicaprevistanaCaravana:fomentarprocessosde re�lexaoeproblematizaçao coletivada realidadeapartirde situaçoeseproblemaspostospelaspopulaçoes/grupos/classessociaisdabaciadorioDoce.
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Oterritórioeduca!
Mergulhadosnestecontexto,oexercıciopropostonestaconstruçaoeumamisturadedenuncia–dohoje,dopresente,doscon�litos,dasdisputas,daquiloqueestamosvivendo,daquilo que ameaça e vulnerabiliza experiencias comunitarias e populares, osambientes,aspraias,osmangues,asaguas,asserras–comanuncio–dasresistencias,deoutras economias, de praticas comunitarias, ou seja, aquilo que nos indica novoshorizontesdesentido,maissaudaveisesolidariosparaabaciacomoumtodo,aquiloquepotencializae fortaleceavidaemcomunidade.Nestadireçao, aCaravanapropoeumexercıciodialogico-problematizador,expressandoaquiloquePauloFreirechamoudeaçãodialógica,ondenaoepossıvelanunciosemdenuncia—eambossemoensaiodecertaposiçaocrıticaemfacedoqueestaouvemsendoarealidade.
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Alutaépelaunidadeeporautonomia!
Oexercıciodedialogoqueestamosrealizandodesdeorompimentodabarragem,emnovembro de 2015, junto a diversas organizaçoes, coletivos, grupos academicos,movimentos sociais, associaçoes cientı�icas e pro�issionais, sindicatos, cooperativas,gruposdeassessoriapopular,comunicadores,moradores,eaamplitudedosdialogosaquechegamosnosultimoscincoencontrospreparatorios,ondefoipossıvelreunir,emdiferentesmomentosmais de 30 organizaçoes de diversos cantos deMinas Gerais eEspıritoSanto,reforçouanecessidadedefortalecermosnossasaliançasestrategicasederenovarmosnossosmetodosdeaçãoconvergente.
O campo de disputa colocado no contexto deste crime socioambiental deixa claro aprofundadesigualdadeeinjustiçaexistenteentreaaçaodasempresasecorporaçoesdamineraçao e a populaçao atingida pelo rejeito. Desde o rompimento da barragem, aSamarco/Vale/BHPtemforçadoacordosextrajudiciais,prorrogadoprazosdeentregadedocumentoseestudos,fragmentadooconjuntodaspopulaçoesatingidas,alemdenaotercumprido condicionantes importantes de segurança e do proprio licenciamentoambientaldabarragemeonaoreconhecimento(rebaixamento)dosatingidos.
Ha aindaumadisputa intensapelos signi�icados e sentidosdamineraçaona vidadapopulaçao,ouseja,pelaconcepçaodequenaohapossibilidadedevida,deeconomia,detrabalho, de renda, de existencia para alem da mineraçao, sendo ela mesma algoirredutıveleinquestionavel.Eissotemsecon�iguradonumaviolentachantagemimpostaaos grupos e populaçoes em luta contra a megamineraçao, principalmente pelainvisibilidade,pelaindiferençacomquesetrataosquestionamentosecrıticasaomodelomineraldominanteeemcursoemtodoopaıs.
Nestesentido,osdialogosqueancoraramnossasre�lexoesdeixaramclaroqueostemas,questoes,lutas,estrategiasepropostasqueidenti�icamosdiversosmovimentosegrupossociais e suas bandeiras de luta, integram-se de forma convergente na crıtica e noenfrentamentodomodelodedesenvolvimentoemcurso,queprivilegiaosmegaprojetos,osgrandesempresarios,oagronegocioeosbancos,emdetrimentodapopulaçaolocal,nocampoenacidade,fazendodestepadraoummecanismodeexpropriaçaoimpostopelocapitalnosterritorios.Asconvergenciasateaquiconstruıdasmostramqueomodelodedesenvolvimentoimpostopelamineraçao,pelasbarragens,pelasiderurgia,pelopetroleoe grandes propriedades ao longo da bacia tem gerado forte degradaçao ambiental,destruiçaodosmeiosdevidaedetrabalhodepopulaçoescampesinas,depescadoresepopulaçoestradicionais,usoabusivodaagua,pormeiodeminerodutos,privilegioslocais,expansaodemonoculturas(eucalipto)epastagensepriorizaçaodalogicaexportadoradecommodities juntoaosdiferentesgovernos.Ascrıticasconvergiramtambemparaumacirramentodos con�litose impactos sobreasmulheres, apopulaçaonegraegruposetnicamentediferenciados,mostrandoarepetiçaodospadroesdedominaçaohistoricoecolonialemnossopaıs.
Partindodestepontoemcomumetomandoocontextodocrimesocioambiental,oudodesastretecnologico,conformevemsendoclassi�icadoporalgunsgruposacademicos,evidencia-seanecessidadedeintensi�icarmosemultiplicarmosaspraticasdedialogoseconvergenciasdesdeaescalaregional,articulandoamultiplicidadedeleiturascrıticasao
"Dasdezenasdefamíliasquefrequentavamaescola,obareamercearia,quecultivavamsuacomidaeiamaoginásio,poucomaisde3pessoasresistem,maisporfaltadeopção,queporapegovazioporalgo
quenãomaisexiste.Nadaemcaminhadaterrenamepreparouparamedepararcomtamanhadescrença.Emváriosmomentosdaviagemsentiaquedeviaseguiradiante,representaredesenharashistóriasquevia,alimentaralutacontraaimpunidadequeparecesersinônimodegovernança.Irmaisparadentro,masparacima,maisparaoBrasil.Todavia,emParacatu,vendooquevi,foiquedecidiconcretizaressasingelapublicaçãoquecontaahistóriadetodosnós.Aoquetodosestamossubmetidosdeumaformaou
deoutra.SemoDoce,oBrasilenóssomosmenos."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
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Oterritórioeduca!
Mergulhadosnestecontexto,oexercıciopropostonestaconstruçaoeumamisturadedenuncia–dohoje,dopresente,doscon�litos,dasdisputas,daquiloqueestamosvivendo,daquilo que ameaça e vulnerabiliza experiencias comunitarias e populares, osambientes,aspraias,osmangues,asaguas,asserras–comanuncio–dasresistencias,deoutras economias, de praticas comunitarias, ou seja, aquilo que nos indica novoshorizontesdesentido,maissaudaveisesolidariosparaabaciacomoumtodo,aquiloquepotencializae fortaleceavidaemcomunidade.Nestadireçao, aCaravanapropoeumexercıciodialogico-problematizador,expressandoaquiloquePauloFreirechamoudeaçãodialógica,ondenaoepossıvelanunciosemdenuncia—eambossemoensaiodecertaposiçaocrıticaemfacedoqueestaouvemsendoarealidade.
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Alutaépelaunidadeeporautonomia!
Oexercıciodedialogoqueestamosrealizandodesdeorompimentodabarragem,emnovembro de 2015, junto a diversas organizaçoes, coletivos, grupos academicos,movimentos sociais, associaçoes cientı�icas e pro�issionais, sindicatos, cooperativas,gruposdeassessoriapopular,comunicadores,moradores,eaamplitudedosdialogosaquechegamosnosultimoscincoencontrospreparatorios,ondefoipossıvelreunir,emdiferentesmomentosmais de 30 organizaçoes de diversos cantos deMinas Gerais eEspıritoSanto,reforçouanecessidadedefortalecermosnossasaliançasestrategicasederenovarmosnossosmetodosdeaçãoconvergente.
O campo de disputa colocado no contexto deste crime socioambiental deixa claro aprofundadesigualdadeeinjustiçaexistenteentreaaçaodasempresasecorporaçoesdamineraçao e a populaçao atingida pelo rejeito. Desde o rompimento da barragem, aSamarco/Vale/BHPtemforçadoacordosextrajudiciais,prorrogadoprazosdeentregadedocumentoseestudos,fragmentadooconjuntodaspopulaçoesatingidas,alemdenaotercumprido condicionantes importantes de segurança e do proprio licenciamentoambientaldabarragemeonaoreconhecimento(rebaixamento)dosatingidos.
Ha aindaumadisputa intensapelos signi�icados e sentidosdamineraçaona vidadapopulaçao,ouseja,pelaconcepçaodequenaohapossibilidadedevida,deeconomia,detrabalho, de renda, de existencia para alem da mineraçao, sendo ela mesma algoirredutıveleinquestionavel.Eissotemsecon�iguradonumaviolentachantagemimpostaaos grupos e populaçoes em luta contra a megamineraçao, principalmente pelainvisibilidade,pelaindiferençacomquesetrataosquestionamentosecrıticasaomodelomineraldominanteeemcursoemtodoopaıs.
Nestesentido,osdialogosqueancoraramnossasre�lexoesdeixaramclaroqueostemas,questoes,lutas,estrategiasepropostasqueidenti�icamosdiversosmovimentosegrupossociais e suas bandeiras de luta, integram-se de forma convergente na crıtica e noenfrentamentodomodelodedesenvolvimentoemcurso,queprivilegiaosmegaprojetos,osgrandesempresarios,oagronegocioeosbancos,emdetrimentodapopulaçaolocal,nocampoenacidade,fazendodestepadraoummecanismodeexpropriaçaoimpostopelocapitalnosterritorios.Asconvergenciasateaquiconstruıdasmostramqueomodelodedesenvolvimentoimpostopelamineraçao,pelasbarragens,pelasiderurgia,pelopetroleoe grandes propriedades ao longo da bacia tem gerado forte degradaçao ambiental,destruiçaodosmeiosdevidaedetrabalhodepopulaçoescampesinas,depescadoresepopulaçoestradicionais,usoabusivodaagua,pormeiodeminerodutos,privilegioslocais,expansaodemonoculturas(eucalipto)epastagensepriorizaçaodalogicaexportadoradecommodities juntoaosdiferentesgovernos.Ascrıticasconvergiramtambemparaumacirramentodos con�litose impactos sobreasmulheres, apopulaçaonegraegruposetnicamentediferenciados,mostrandoarepetiçaodospadroesdedominaçaohistoricoecolonialemnossopaıs.
Partindodestepontoemcomumetomandoocontextodocrimesocioambiental,oudodesastretecnologico,conformevemsendoclassi�icadoporalgunsgruposacademicos,evidencia-seanecessidadedeintensi�icarmosemultiplicarmosaspraticasdedialogoseconvergenciasdesdeaescalaregional,articulandoamultiplicidadedeleiturascrıticasao
"Dasdezenasdefamíliasquefrequentavamaescola,obareamercearia,quecultivavamsuacomidaeiamaoginásio,poucomaisde3pessoasresistem,maisporfaltadeopção,queporapegovazioporalgo
quenãomaisexiste.Nadaemcaminhadaterrenamepreparouparamedepararcomtamanhadescrença.Emváriosmomentosdaviagemsentiaquedeviaseguiradiante,representaredesenharashistóriasquevia,alimentaralutacontraaimpunidadequeparecesersinônimodegovernança.Irmaisparadentro,masparacima,maisparaoBrasil.Todavia,emParacatu,vendooquevi,foiquedecidiconcretizaressasingelapublicaçãoquecontaahistóriadetodosnós.Aoquetodosestamossubmetidosdeumaformaou
deoutra.SemoDoce,oBrasilenóssomosmenos."
IlustraçaodeVladmirOspinaerelatodeArturMonteiro,“RioDoceemTraços”2016
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modelovigente,e,demodoconvergente,fortaleceraslutaslocaisderesistenciasfrenteasdisputasterritoriaismaterializadasnaformadecon�litossocioambientais.
Anaturezalocalediversi�icadadenossaslutasvematehojefacilitandoasestrategiasdeinvizibilizaçaopelossetoreshegemonicosebene�iciariosdomodelo.Essefatonosindicaa necessidade de atuarmos de forma articulada, incorporando formas criativas dedenuncia,promovendoavisibilidadedoscon�litosedasproposiçoesqueemergemdasexperiencias populares. Estas convergencias pulsam no sentido de construir novasautonomias,novosenfrentamentosesujeitos,masque,ao�inal,possaapoiaraconstruçaodenovasnarrativasepraticasquesuperemesteprocessodeadoecimentocomqueabaciaseencontra.Esperamosqueestasconvergenciaspossamiluminarnovasaliançasentregrupos,fortaleceraorganizaçaopopular,egarantir,acimadetudo,oencontrodestaslutasemtornodadefesadabaciadorioDoce.
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4.DoTerritório-ABaciadoRioDoce
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modelovigente,e,demodoconvergente,fortaleceraslutaslocaisderesistenciasfrenteasdisputasterritoriaismaterializadasnaformadecon�litossocioambientais.
Anaturezalocalediversi�icadadenossaslutasvematehojefacilitandoasestrategiasdeinvizibilizaçaopelossetoreshegemonicosebene�iciariosdomodelo.Essefatonosindicaa necessidade de atuarmos de forma articulada, incorporando formas criativas dedenuncia,promovendoavisibilidadedoscon�litosedasproposiçoesqueemergemdasexperiencias populares. Estas convergencias pulsam no sentido de construir novasautonomias,novosenfrentamentosesujeitos,masque,ao�inal,possaapoiaraconstruçaodenovasnarrativasepraticasquesuperemesteprocessodeadoecimentocomqueabaciaseencontra.Esperamosqueestasconvergenciaspossamiluminarnovasaliançasentregrupos,fortaleceraorganizaçaopopular,egarantir,acimadetudo,oencontrodestaslutasemtornodadefesadabaciadorioDoce.
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4.DoTerritório-ABaciadoRioDoce
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BrevecontextualizaçãodaBaciadoRioDoce
DeacordocomoComitedaBaciaHidrogra�icadoRioDoce,aareatotaldabaciaede
86.715.000 hectares, dos quais 86% estao no Leste mineiro e 14% no Nordeste do
EspıritoSanto.EmMinas,abaciadorioDoceeformadapordiferentessub-bacias,com
destaqueparaabaciadorioPiranga,rioCasca,rioSantoAntonio,rioPiracicaba,rios
Suaçuı Grande e Pequeno, rio Caratinga, rioManhuaçu, alem de diversos a�luentes e
tributariosmenoresquealimentamabaciacomoumtodo.NoEspıritoSanto,destaque
paraassub-baciasdosriosSantaMariadoDoce,GuandueSaoJose.
OrioDocetemextensaode879quilometrosesuasnascentesestaoemMinas,nasSerras
daMantiqueiraedoEspinhaço.Orelevodabaciaeondulado,montanhosoeacidentado.
DesdeoseculoXVII,umadasprincipaisatividadeseconomicasfoiaextraçaodeouro,que
determinoueimposaocupaçaodaregiaoe,aindahoje,aexploraçaominerariacontinua
comasminasdeferro,cujaocorrenciaseconcentranaregiaodoaltorioDoce,naborda
lestedoQuadrilateroAquıfero.Nesteaspecto,osriosdaregiaofuncionam,ainda,como
canais receptorese transportadoresde rejeitosee�luentes,muitosdosquais toxicos,
como os e�luentes da industria siderurgica (USIMINAS - Ipatinga) ou da industria
celulosica-papeleira(CENIBRA–BeloOriente).
ApopulaçaodaBaciadorioDoce,estimadaemtornode3,5milhoesdehabitantes,esta
distribuıdaem228municıpios,sendo202mineirose26capixabas.Maisde85%desses
municıpios tem ate 20 mil habitantes e cerca de 73% da populaçao total da bacia
concentra-se na area urbana. Nosmunicıpios com ate 10mil habitantes, 47,75% da
populaçaovivenaarearural.AsbaciasdoPirangaedoPiracicaba,comomaiorProduto
InternoBruto(PIB)industrial,concentramaproximadamente48%dapopulaçaototal.
Aatividadeeconomicanaareaepoucodiversi�icada,poremdominadapelosetorminero-
metalurgicoelogıstico.Naagropecuaria,lavourastradicionais,culturadecafe,cana-de-
açucar,criaçaodegadodecorteeleiteiro,suinocultura,dentreoutras.Naagroindustria,
sobretudoaproduçaodeaçucarealcool.Aregiaopossuiomaiorcomplexosiderurgicoda
AmericaLatina,aoqualestaoassociadasempresasdemineraçaoegrandespropriedades
commonoculturasdeeucalipto.Destacam-se,ainda,industriasdeceluloseelaticınios,
comercioeserviçosvoltadosaoscomplexosindustriais,bemcomogeraçaodeenergia
eletrica,nocasodasbarragenshidroeletricas.
Possuindoricabiodiversidade,aBaciadoRioDoce tem98%desua area inseridano
bioma deMata Atlantica, um dosmais importantes e ameaçados domundo. Os 2%
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BrevecontextualizaçãodaBaciadoRioDoce
DeacordocomoComitedaBaciaHidrogra�icadoRioDoce,aareatotaldabaciaede
86.715.000 hectares, dos quais 86% estao no Leste mineiro e 14% no Nordeste do
EspıritoSanto.EmMinas,abaciadorioDoceeformadapordiferentessub-bacias,com
destaqueparaabaciadorioPiranga,rioCasca,rioSantoAntonio,rioPiracicaba,rios
Suaçuı Grande e Pequeno, rio Caratinga, rioManhuaçu, alem de diversos a�luentes e
tributariosmenoresquealimentamabaciacomoumtodo.NoEspıritoSanto,destaque
paraassub-baciasdosriosSantaMariadoDoce,GuandueSaoJose.
OrioDocetemextensaode879quilometrosesuasnascentesestaoemMinas,nasSerras
daMantiqueiraedoEspinhaço.Orelevodabaciaeondulado,montanhosoeacidentado.
DesdeoseculoXVII,umadasprincipaisatividadeseconomicasfoiaextraçaodeouro,que
determinoueimposaocupaçaodaregiaoe,aindahoje,aexploraçaominerariacontinua
comasminasdeferro,cujaocorrenciaseconcentranaregiaodoaltorioDoce,naborda
lestedoQuadrilateroAquıfero.Nesteaspecto,osriosdaregiaofuncionam,ainda,como
canais receptorese transportadoresde rejeitosee�luentes,muitosdosquais toxicos,
como os e�luentes da industria siderurgica (USIMINAS - Ipatinga) ou da industria
celulosica-papeleira(CENIBRA–BeloOriente).
ApopulaçaodaBaciadorioDoce,estimadaemtornode3,5milhoesdehabitantes,esta
distribuıdaem228municıpios,sendo202mineirose26capixabas.Maisde85%desses
municıpios tem ate 20 mil habitantes e cerca de 73% da populaçao total da bacia
concentra-se na area urbana. Nosmunicıpios com ate 10mil habitantes, 47,75% da
populaçaovivenaarearural.AsbaciasdoPirangaedoPiracicaba,comomaiorProduto
InternoBruto(PIB)industrial,concentramaproximadamente48%dapopulaçaototal.
Aatividadeeconomicanaareaepoucodiversi�icada,poremdominadapelosetorminero-
metalurgicoelogıstico.Naagropecuaria,lavourastradicionais,culturadecafe,cana-de-
açucar,criaçaodegadodecorteeleiteiro,suinocultura,dentreoutras.Naagroindustria,
sobretudoaproduçaodeaçucarealcool.Aregiaopossuiomaiorcomplexosiderurgicoda
AmericaLatina,aoqualestaoassociadasempresasdemineraçaoegrandespropriedades
commonoculturasdeeucalipto.Destacam-se,ainda,industriasdeceluloseelaticınios,
comercioeserviçosvoltadosaoscomplexosindustriais,bemcomogeraçaodeenergia
eletrica,nocasodasbarragenshidroeletricas.
Possuindoricabiodiversidade,aBaciadoRioDoce tem98%desua area inseridano
bioma deMata Atlantica, um dosmais importantes e ameaçados domundo. Os 2%
18
2120
5.DosCaminhos–PordentrodasRotas–Programação
Rota1-Mariana(AltoRioDoce)
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
10/04 Acolhidados/dasparticipantesnacasa
dos/dasatingidos/as
11/04
1-AtopúbliconocentrohistóricodeMariana
2 – Percurso pela MG-129: observaçao doComplexo de Mineraçao no Distrito deAntonio Pereira, vista da Barragem deGermano, vista do Complexo deMineraçaoAlegriaeunidadesindustriais.
4 – Visita pela comunidadeMorro da ÁguaQuente: (i) roda de conversa: a luta dasmulheres na Mineraçao – relato das lutascontra a VALE no Morro da A� gua Quente,protagonizadas historicamente pelasmulheres.
5–Avaliaçãoememóriadodia:(i)rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
CidadedeMariana,ComunidadeMorroda
A� guaQuenteMariana,CatasAltas
12/04
1 – Vivência em Bento Rodrigues: (i) visita
guiada por atingidos e ex-moradores de
BentoRodrigues
2–VivênciaemParacatudeBaixoePedras:(i)
v i s i ta gu iada por ex-moradores da
comunidade. (ii) roda de conversa sobre
agroecologiaecriaçaodegadoempequena
escala para produçao de laticınios como
alternativa de trabalho a mineraçao na
regiao.
3-Avaliaçãoememóriadodia:(i)rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
ComunidadesdeBento
Rodrigues,Paracatude
BaixoePedras;Escola
FamıliaAgrıcolade
Acaiaca
Mariana,Acaiaca
restantes são de Cerrado. Pode ser considerada privilegiada, ainda, no que se refere à grande disponibilidade de recursos hídricos, especialmente no passado, mas há enormes desigualdades e variações climáticas entre as diferentes regiões da bacia.
2120
5.DosCaminhos–PordentrodasRotas–Programação
Rota1-Mariana(AltoRioDoce)
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
10/04 Acolhidados/dasparticipantesnacasa
dos/dasatingidos/as
11/04
1-AtopúbliconocentrohistóricodeMariana
2 – Percurso pela MG-129: observaçao doComplexo de Mineraçao no Distrito deAntonio Pereira, vista da Barragem deGermano, vista do Complexo deMineraçaoAlegriaeunidadesindustriais.
4 – Visita pela comunidadeMorro da ÁguaQuente: (i) roda de conversa: a luta dasmulheres na Mineraçao – relato das lutascontra a VALE no Morro da A� gua Quente,protagonizadas historicamente pelasmulheres.
5–Avaliaçãoememóriadodia:(i)rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
CidadedeMariana,ComunidadeMorroda
A� guaQuenteMariana,CatasAltas
12/04
1 – Vivência em Bento Rodrigues: (i) visita
guiada por atingidos e ex-moradores de
BentoRodrigues
2–VivênciaemParacatudeBaixoePedras:(i)
v i s i ta gu iada por ex-moradores da
comunidade. (ii) roda de conversa sobre
agroecologiaecriaçaodegadoempequena
escala para produçao de laticınios como
alternativa de trabalho a mineraçao na
regiao.
3-Avaliaçãoememóriadodia:(i)rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
ComunidadesdeBento
Rodrigues,Paracatude
BaixoePedras;Escola
FamıliaAgrıcolade
Acaiaca
Mariana,Acaiaca
restantes são de Cerrado. Pode ser considerada privilegiada, ainda, no que se refere à grande disponibilidade de recursos hídricos, especialmente no passado, mas há enormes desigualdades e variações climáticas entre as diferentes regiões da bacia.
2322
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
1 – Visita aos locais urbanos atingidos em
BarraLonga:(i)percursonocentrodacidade
enasmargensdoriodoCarmoeGualaxodo
Norte
2–Encontrocommoradoreseatingidosem
Barra Longa: (i) roda de conversa com os
atingidos da area urbana de Barra Longa.
Alem dos relatos de como as pessoas
vivenciaram os momentos de panico,
queremos focar no processo de auto-
o rgan i z a ç a o que e s t a s endo f e i to ,
coordenado peloMAB. O tema do dia sera
DireitodosAtingidos.
3 –Visita a Comunidade de Gesteira, Barra
Longa: (i) visita guiada por atingidos de
BarraLonga.
4 -Avaliaçãoememóriadodia: (i) rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
5–NoiteCultural
CidadedeBarraLonga,ComunidadedeGesteira,EscolaFamıliaAgrıcolade
Acaiaca
Acaiaca,BarraLonga
14/04
1–VisitaaHidrelétricadeCandonga,atingida
pelorejeito,emSantaCruzdoEscalvado:(i)
roda de conversa com atingidos sobre
ModeloEnergeticoeMineraçao.
2–Visitaaoslocaisatingidosnomunicípiode
RioDoce
3–Vistaaoslocaisatingidosnomunicípiode
SemPeixe
4–Rodadeconversacomosagricultoresda
regiãonaEFAdeSemPeixe
A� reaatingidapelaUHECandonga,areasatingidasnosmunicıpiosdeSantaCruzdoEscalvado,Rio
DoceeSemPeixe
SantaCruzdoEscalvado,RioDoceeSemPeixe
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota2-ValedoPirangaeCasca(AltoRioDoce)
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
11/04
1 - P r e v i s a o d e c h e g a d a d o scaravaneiros/asvindos/asdeViçosa
2–Vıdeo-debate“FloresVivas”–Filme-relatorealizadopelaCONTAGsobrealutadas/os trabalhadoras/es contra oveneno e pelos seus direitos naquelaregiao:ApresentaçaodoprojetoALIAR
3–PERNOITE–Hospedagemsolidaria
DesterrodoMelo
12/04
1–Cafedamanhasolidario
2–Saıdaas08:00eas09:00MısticananascentedorioXopoto
3–Visita apropriedadedoSr. Joaquim( r e f e r e n c i a em homeopa t i a n aagropecuarianaregiao)
4-Analisedeconjuntura(agua,asfalto,quilombos e bioconstruçao) comrepresentantes das comunidades,caravaneirosePe.ClaretnaParoquia
5–PERNOITE–Hospedagemsolidaria
DesterrodoMelo,PaulaCandido
13/04
1 – Saıda e visita as comunidades. A
propostaedividirosparticipantesem3
g r u p o s , c a d a um v i s i t a r a uma
experiencia.Quaissejam:1) Comun idade S a o Ma te s –Experi encia com fossas s ept icas(responsavel:Gilmar)
2) Comunidade Morro do Jaca –Experiencia de resistencia contra amineradora Ferrous (responsavel:Rosilene)
3) ComunidadeCorregodoMeio –Reuniao no casebre, experiencia dosquilombolaseabioconstruçao.
PaulaCandido,Araponga,Viçosa
2322
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
1 – Visita aos locais urbanos atingidos em
BarraLonga:(i)percursonocentrodacidade
enasmargensdoriodoCarmoeGualaxodo
Norte
2–Encontrocommoradoreseatingidosem
Barra Longa: (i) roda de conversa com os
atingidos da area urbana de Barra Longa.
Alem dos relatos de como as pessoas
vivenciaram os momentos de panico,
queremos focar no processo de auto-
o rgan i z a ç a o que e s t a s endo f e i to ,
coordenado peloMAB. O tema do dia sera
DireitodosAtingidos.
3 –Visita a Comunidade de Gesteira, Barra
Longa: (i) visita guiada por atingidos de
BarraLonga.
4 -Avaliaçãoememóriadodia: (i) rodade
conversaeplanejamentododiaseguinte.
5–NoiteCultural
CidadedeBarraLonga,ComunidadedeGesteira,EscolaFamıliaAgrıcolade
Acaiaca
Acaiaca,BarraLonga
14/04
1–VisitaaHidrelétricadeCandonga,atingida
pelorejeito,emSantaCruzdoEscalvado:(i)
roda de conversa com atingidos sobre
ModeloEnergeticoeMineraçao.
2–Visitaaoslocaisatingidosnomunicípiode
RioDoce
3–Vistaaoslocaisatingidosnomunicípiode
SemPeixe
4–Rodadeconversacomosagricultoresda
regiãonaEFAdeSemPeixe
A� reaatingidapelaUHECandonga,areasatingidasnosmunicıpiosdeSantaCruzdoEscalvado,Rio
DoceeSemPeixe
SantaCruzdoEscalvado,RioDoceeSemPeixe
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota2-ValedoPirangaeCasca(AltoRioDoce)
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
11/04
1 - P r e v i s a o d e c h e g a d a d o scaravaneiros/asvindos/asdeViçosa
2–Vıdeo-debate“FloresVivas”–Filme-relatorealizadopelaCONTAGsobrealutadas/os trabalhadoras/es contra oveneno e pelos seus direitos naquelaregiao:ApresentaçaodoprojetoALIAR
3–PERNOITE–Hospedagemsolidaria
DesterrodoMelo
12/04
1–Cafedamanhasolidario
2–Saıdaas08:00eas09:00MısticananascentedorioXopoto
3–Visita apropriedadedoSr. Joaquim( r e f e r e n c i a em homeopa t i a n aagropecuarianaregiao)
4-Analisedeconjuntura(agua,asfalto,quilombos e bioconstruçao) comrepresentantes das comunidades,caravaneirosePe.ClaretnaParoquia
5–PERNOITE–Hospedagemsolidaria
DesterrodoMelo,PaulaCandido
13/04
1 – Saıda e visita as comunidades. A
propostaedividirosparticipantesem3
g r u p o s , c a d a um v i s i t a r a uma
experiencia.Quaissejam:1) Comun idade S a o Ma te s –Experi encia com fossas s ept icas(responsavel:Gilmar)
2) Comunidade Morro do Jaca –Experiencia de resistencia contra amineradora Ferrous (responsavel:Rosilene)
3) ComunidadeCorregodoMeio –Reuniao no casebre, experiencia dosquilombolaseabioconstruçao.
PaulaCandido,Araponga,Viçosa
2524
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
2-Visitaascomunidades.Apropostaedividir os participantes em 3 grupos,cadaumvisitaraumaexperiencia.Quaissejam:
1) VisitaapropriedadedoPaulinho
2) VisitaapropriedadedaEFAPuris
3-SeminarionoauditoriodaEconomiaRural
4–CaldoePERNOITEnoCTA-ZM
PaulaCandido,Araponga,Viçosa
14/04
1-VisitaaEscolaNacionaldeEnergia
Popular(ENEP)
2-VisitaBarragemdeCandonga+
Xopoto,depoisconversasobreas
experiencias(Haveraumlanchenesse
momento)
3-MısticacomosgruposGangaZumba,
HerdeirosdoBanzoeZimbabuena
PraçadasPalmeiras
4-PlenariacomSindieletro,Comitede
Bacias,ProjetoAPP(PrefeituradePonte
Nova),MABerepresentanteda
CaravanadoRioDoce
Viçosa,PonteNova
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota3-MédioRioDoce
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
11/04
1 - Roda de conversa com os Pataxossobreaquestaoindıgenaeahistoriadoscon�litosterritoriaisnoParqueEstadualdoRioCorrente
2 - Cultural: Apresentaçao culturalPataxoevioleiroquilombolaPitocha
PernoitenaaldeiaGeruTukuna
AldeiaGeruTukunaGovernadorValadarese
Açucena
12/04
1 -Rodadeconversacomorganizaçoesloca is sobre os impactos s o c io -a m b i e n t a i s d o s g r a n d e sempreendimentos capitalistas nomunicıpio, como as monoculturas deeucalipto, asbarragenseominerodutoda Manabi na bacia do Santo Antonio,alem das experiencias da agriculturafamiliareeconomiapopularsolidariaemAçucena
2 - Roda de conversa com o MAB emoradoresdodistritosobreaqualidadedaaguatratadaapartirdacaptaçaodorioDoce
3-VisitaaestaçaodetratamentodeaguadeCachoeiraEscura
AçucenaeBeloOriente
13/04
1 – R e u n i a o c om m o v im e n t o s
camponeses e famılias atingidas pela
construçaodabarragemdahidreletrica
de Baguari, incluindo agricultores,
ribeirinhoseilheiros.
2-VisitaaPCHdeCachoeiradoPaiole
rodade conversa sobreos impactosda
barragem e sobre a possibilidade de
captaçao alternativa de agua do rio
Suaçuı Grande para abastecimento da
cidadedeGovernadorValadares
IpatingaeGovernadorValadares
2524
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
2-Visitaascomunidades.Apropostaedividir os participantes em 3 grupos,cadaumvisitaraumaexperiencia.Quaissejam:
1) VisitaapropriedadedoPaulinho
2) VisitaapropriedadedaEFAPuris
3-SeminarionoauditoriodaEconomiaRural
4–CaldoePERNOITEnoCTA-ZM
PaulaCandido,Araponga,Viçosa
14/04
1-VisitaaEscolaNacionaldeEnergia
Popular(ENEP)
2-VisitaBarragemdeCandonga+
Xopoto,depoisconversasobreas
experiencias(Haveraumlanchenesse
momento)
3-MısticacomosgruposGangaZumba,
HerdeirosdoBanzoeZimbabuena
PraçadasPalmeiras
4-PlenariacomSindieletro,Comitede
Bacias,ProjetoAPP(PrefeituradePonte
Nova),MABerepresentanteda
CaravanadoRioDoce
Viçosa,PonteNova
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota3-MédioRioDoce
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
11/04
1 - Roda de conversa com os Pataxossobreaquestaoindıgenaeahistoriadoscon�litosterritoriaisnoParqueEstadualdoRioCorrente
2 - Cultural: Apresentaçao culturalPataxoevioleiroquilombolaPitocha
PernoitenaaldeiaGeruTukuna
AldeiaGeruTukunaGovernadorValadarese
Açucena
12/04
1 -Rodadeconversacomorganizaçoesloca is sobre os impactos s o c io -a m b i e n t a i s d o s g r a n d e sempreendimentos capitalistas nomunicıpio, como as monoculturas deeucalipto, asbarragenseominerodutoda Manabi na bacia do Santo Antonio,alem das experiencias da agriculturafamiliareeconomiapopularsolidariaemAçucena
2 - Roda de conversa com o MAB emoradoresdodistritosobreaqualidadedaaguatratadaapartirdacaptaçaodorioDoce
3-VisitaaestaçaodetratamentodeaguadeCachoeiraEscura
AçucenaeBeloOriente
13/04
1 – R e u n i a o c om m o v im e n t o s
camponeses e famılias atingidas pela
construçaodabarragemdahidreletrica
de Baguari, incluindo agricultores,
ribeirinhoseilheiros.
2-VisitaaPCHdeCachoeiradoPaiole
rodade conversa sobreos impactosda
barragem e sobre a possibilidade de
captaçao alternativa de agua do rio
Suaçuı Grande para abastecimento da
cidadedeGovernadorValadares
IpatingaeGovernadorValadares
2726
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
3 -Roda de conversa na casa da DonaDivinasobreaexperienciadaassociaçaodasquitandeirasdacomunidade.
IpatingaeGovernadorValadares
14/04
1-Rodadeconversacomassentadoseribeirinhos atingidos pelo rompimentodabarragemderejeitosdaSamarco.
2 - Apresentaçao da experiencia dac a t a l o g a ç a o , c o n s e r v a ç a o emelhoramentodesementescrioulasdoSr. Roberto, agricultor guardiao daagrobiodiversidade.
3-Rodadeconversacomassentadoseribeirinhos atingidos pelo rompimentodabarragemderejeitosdaSamarco.
4-Mısticadeaberturadaculminanciaeapresentaçao da historia da luta pelaterranoValedoRioDoce
GovernadorValadares
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota4-EspíritoSanto
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
12/04
1-ConversacompescadoresarespeitodosimpactosdaSamarco.ObservaçaoeregistroaudiovisualdoportodeUbu.
2-Atopubliconapraça,comexibiçaodematerialaudiovisualedebate.
Porto de Ubu, Barra do Riacho, Comunidade de
Regência
Anchieta (ES), Vitória (ES), Aracruz (ES),
Linhares (ES
13/04
1 -Assentamento Rural MST “SezınioFernandes”: At ividade sobre osimpactos causados pelo crime-tragediadaSamarcocontraoRioDoce
2 - Ato Publico – Praça e Auditorio daCatedra l – ex ib iç ao de mater ia laudiovisual e debate; distribuiçao decartapublica
3-NoiteCultural
Comunidade de Regência, Assentamento
Sezínio, Catedral Colatina, Baixo Guandu
Linhares (ES), Colatina (ES), Baixo Guandu
(ES)
14/04
1–Atividadesobreosimpactoscausados
pelocrime-tragediadaSamarcocontrao
RioDoce:“Antes,depoiseoquevira–a
vida da comunidade antes do crime, a
atual situaçao e o que podemos fazer
frentearealidadeatual”
2-VivenciacomopovoIndıgenaKrenak:
mododevidaindıgena,aimportanciado
Rio Doce e os impactos causados pelo
crime-tragediadaSamarco.
Comunidade de Mascarenhas, Terra Indígena Krenak,
Assentamento MST “Oziel Alves Pereira”
Ibaixo Guandu (ES), Resplendor (MG),
Governador Valadares (MG)
15/04
CulminanciaAssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares16/04
2726
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
13/04
3 -Roda de conversa na casa da DonaDivinasobreaexperienciadaassociaçaodasquitandeirasdacomunidade.
IpatingaeGovernadorValadares
14/04
1-Rodadeconversacomassentadoseribeirinhos atingidos pelo rompimentodabarragemderejeitosdaSamarco.
2 - Apresentaçao da experiencia dac a t a l o g a ç a o , c o n s e r v a ç a o emelhoramentodesementescrioulasdoSr. Roberto, agricultor guardiao daagrobiodiversidade.
3-Rodadeconversacomassentadoseribeirinhos atingidos pelo rompimentodabarragemderejeitosdaSamarco.
4-Mısticadeaberturadaculminanciaeapresentaçao da historia da luta pelaterranoValedoRioDoce
GovernadorValadares
15/04
Culminancia
AssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
GovernadorValadares
16/04
Rota4-EspíritoSanto
Dia RepertóriodeExperiênciaseAtividades Território(s)de
referência
Municípiosde
abrangência
12/04
1-ConversacompescadoresarespeitodosimpactosdaSamarco.ObservaçaoeregistroaudiovisualdoportodeUbu.
2-Atopubliconapraça,comexibiçaodematerialaudiovisualedebate.
Porto de Ubu, Barra do Riacho, Comunidade de
Regência
Anchieta (ES), Vitória (ES), Aracruz (ES),
Linhares (ES
13/04
1 -Assentamento Rural MST “SezınioFernandes”: At ividade sobre osimpactos causados pelo crime-tragediadaSamarcocontraoRioDoce
2 - Ato Publico – Praça e Auditorio daCatedra l – ex ib iç ao de mater ia laudiovisual e debate; distribuiçao decartapublica
3-NoiteCultural
Comunidade de Regência, Assentamento
Sezínio, Catedral Colatina, Baixo Guandu
Linhares (ES), Colatina (ES), Baixo Guandu
(ES)
14/04
1–Atividadesobreosimpactoscausados
pelocrime-tragediadaSamarcocontrao
RioDoce:“Antes,depoiseoquevira–a
vida da comunidade antes do crime, a
atual situaçao e o que podemos fazer
frentearealidadeatual”
2-VivenciacomopovoIndıgenaKrenak:
mododevidaindıgena,aimportanciado
Rio Doce e os impactos causados pelo
crime-tragediadaSamarco.
Comunidade de Mascarenhas, Terra Indígena Krenak,
Assentamento MST “Oziel Alves Pereira”
Ibaixo Guandu (ES), Resplendor (MG),
Governador Valadares (MG)
15/04
CulminanciaAssentamentoOzielAlves
Pereiraecidadede
GovernadorValadares
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6.DasRe�lexões–QuestõesProblematizadoras
Nodecorrerdasrotas,osdebatespoderaoserrealizadosapartirdeumconjuntodequestoesproblematizadorassobreasrealidadesdosterritoriosedasexperiencias.Sugerimosalgumasquestoes,organizadassegundoalgunseixosdeobservaçaoeanalisedasexperiencias,masoutrasquestoespoderaoseragregadasemfunçaodocontextoobservado.Estasquestoespodem ser lançadas durante a interaçao com as experiencias, e, sobretudo nas rodas deconversae/ounasaulaspublicas.Vamosla!
Modelodedesenvolvimento
· Quais sao os projetos de desenvolvimento em disputa no territorio? Quais asimplicaçoes,impactoseriscospercebidosnavidadapopulaçao?
· Como se expressam os con�litos socioambientais no territorio (caracterısticas,sujeitos,escalas,duraçao,abrangencia)?(observaroscon�litoscomunidadesdecon-servaçao, empreendimentos publicos e privados, especulaçao imobiliaria,agronegocio,mineraçao,barragens,etc).
· Comoamineraçao,asiderurgia,asgrandesobraseaexpansaourbanabloqueiamourestringemasexperienciaseavidacomunitarias?
· Quais experiencias e praticas de resistencia contribuem para o enfrentamento domodelodedesenvolvimentodominante?
AlutapelaTerraepelaReformaAgrária
· Comosecaracterizamosprocessosdeacessoaterranaregiao?· Quaislutasesujeitosestaopresentesnestesprocessos?· Quais as contribuiçoes das experiencias vivenciadas para a garantia do direito de
acessoaterra,aosdireitosterritoriaiseaosbenscomunsnoterritorio?
EducaçãoPopulareCultura
· Quaisasexperienciasdeeducaçaoformal(dentrodasescolas)ouinformal(foradasescolas) foram observadas? (Exemplo: EFAs, Escolinhas Sindical, Programas deFormaçao,GruposeEducaçaoAmbiental)
· Osprocessosdeensinoaprendizagemsaopromovidosemnıvelcomunitario?· Comosaoconstruıdosesocializadososconhecimentosaplicadosnasexperiencias?· Quaismetodologiassaoutilizadas?· Quaisasexpressoesculturaisforamobservadas?(Alimentaçao,arte,ritosetc.).
Outraseconomias
· Quais sao e como se caracterizam as economias diretamente envolvidas nasexperiencias?
· Quaissaoasfontesderendadasfamıliasdiretamenteenvolvidasnasexperiencias?Comoasexperienciascontribuemparaaocupaçaoprodutivadosmembrosdafamıliaevizinhos?
· Qualacontribuiçaodasexperienciasvisitadasparaadinamizaçaodosmercadoslocaise regionais, em termosde geraçao, circulaçao e distribuiçaoda riqueza geradanoterritorio?
· Comoasexperienciascolaboramcomasaudedafamılia,dosvizinhos,dosanimais,dosvegetais,dosolo,daaguaedoar?
· Quais os entraves existentes no territorio que di�icultam a expansao/manutençaoeconomicadasexperiencias?
GêneroeJuventude
· Quaisosprincipaisdesa�iosenfrentadospelaJuventudeemulheresnosterritorios?· Qual o papel das experiencias vivenciadas para a busca da auto-organizaçao e da
autonomiaeconomicaesociopolıt icadasmulheresedosjovens?· Quais as possibilidades e limites para a participaçao das mulheres e jovens nas
dinamicasdeconstruçaoeresistenciadosterritorios,emtermosdeorganizaçaosocialecomunitaria,defesadosdireitos,daautonomiaeconstruçaodenovaseconomias?
· Comoasexperienciaspromovemaparticipaçaopolıticadasmulheresedosjovens?
AcolhimentonaCulminância
Comojatınhamosfalado,aculminanciadaCaravanaseranacidadedeGovernadorValadares.Paragarantirnossosacordos,teremosquechegarnacidadenodia14deabril,quintafeira,noiniciodanoite,paranosprepararmosparaomomentodaculminancia,queseranosdias15e16deabril.
NestaCaravana,todos/asnos�icaremosnoAssentamentoOzielAlvesPereira,localizadoa6kmdacidade.FicaremosacolhidosnoCentrodeFormaçaoFranciscaVeras,coordenadopeloMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para a nossa boa convivencia,estaremostodos/asresponsaveispormanteresteespaçolimpoeorganizado.
AsatividadesdaCulminanciajacomeçamcomachegadaaoAssentamento.Apartirdas17hs,dodia14/04,acomissaolocaldaCaravanajaestaranoassentamentopreparandoaacolhida!Atençaoaoshorarios!Seraservidoumjantaras19:00hseas20:00hsamısticadeaberturadaCulminanciacomaapresentaçaodahistoriadalutapelaterranovaledoRioDoce.Camaradas,estemomentoefundamentalparaasnossasconvergencias,assim,sejamosatentoscomonossopercurso.
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6.DasRe�lexões–QuestõesProblematizadoras
Nodecorrerdasrotas,osdebatespoderaoserrealizadosapartirdeumconjuntodequestoesproblematizadorassobreasrealidadesdosterritoriosedasexperiencias.Sugerimosalgumasquestoes,organizadassegundoalgunseixosdeobservaçaoeanalisedasexperiencias,masoutrasquestoespoderaoseragregadasemfunçaodocontextoobservado.Estasquestoespodem ser lançadas durante a interaçao com as experiencias, e, sobretudo nas rodas deconversae/ounasaulaspublicas.Vamosla!
Modelodedesenvolvimento
· Quais sao os projetos de desenvolvimento em disputa no territorio? Quais asimplicaçoes,impactoseriscospercebidosnavidadapopulaçao?
· Como se expressam os con�litos socioambientais no territorio (caracterısticas,sujeitos,escalas,duraçao,abrangencia)?(observaroscon�litoscomunidadesdecon-servaçao, empreendimentos publicos e privados, especulaçao imobiliaria,agronegocio,mineraçao,barragens,etc).
· Comoamineraçao,asiderurgia,asgrandesobraseaexpansaourbanabloqueiamourestringemasexperienciaseavidacomunitarias?
· Quais experiencias e praticas de resistencia contribuem para o enfrentamento domodelodedesenvolvimentodominante?
AlutapelaTerraepelaReformaAgrária
· Comosecaracterizamosprocessosdeacessoaterranaregiao?· Quaislutasesujeitosestaopresentesnestesprocessos?· Quais as contribuiçoes das experiencias vivenciadas para a garantia do direito de
acessoaterra,aosdireitosterritoriaiseaosbenscomunsnoterritorio?
EducaçãoPopulareCultura
· Quaisasexperienciasdeeducaçaoformal(dentrodasescolas)ouinformal(foradasescolas) foram observadas? (Exemplo: EFAs, Escolinhas Sindical, Programas deFormaçao,GruposeEducaçaoAmbiental)
· Osprocessosdeensinoaprendizagemsaopromovidosemnıvelcomunitario?· Comosaoconstruıdosesocializadososconhecimentosaplicadosnasexperiencias?· Quaismetodologiassaoutilizadas?· Quaisasexpressoesculturaisforamobservadas?(Alimentaçao,arte,ritosetc.).
Outraseconomias
· Quais sao e como se caracterizam as economias diretamente envolvidas nasexperiencias?
· Quaissaoasfontesderendadasfamıliasdiretamenteenvolvidasnasexperiencias?Comoasexperienciascontribuemparaaocupaçaoprodutivadosmembrosdafamıliaevizinhos?
· Qualacontribuiçaodasexperienciasvisitadasparaadinamizaçaodosmercadoslocaise regionais, em termosde geraçao, circulaçao e distribuiçaoda riqueza geradanoterritorio?
· Comoasexperienciascolaboramcomasaudedafamılia,dosvizinhos,dosanimais,dosvegetais,dosolo,daaguaedoar?
· Quais os entraves existentes no territorio que di�icultam a expansao/manutençaoeconomicadasexperiencias?
GêneroeJuventude
· Quaisosprincipaisdesa�iosenfrentadospelaJuventudeemulheresnosterritorios?· Qual o papel das experiencias vivenciadas para a busca da auto-organizaçao e da
autonomiaeconomicaesociopolıt icadasmulheresedosjovens?· Quais as possibilidades e limites para a participaçao das mulheres e jovens nas
dinamicasdeconstruçaoeresistenciadosterritorios,emtermosdeorganizaçaosocialecomunitaria,defesadosdireitos,daautonomiaeconstruçaodenovaseconomias?
· Comoasexperienciaspromovemaparticipaçaopolıticadasmulheresedosjovens?
AcolhimentonaCulminância
Comojatınhamosfalado,aculminanciadaCaravanaseranacidadedeGovernadorValadares.Paragarantirnossosacordos,teremosquechegarnacidadenodia14deabril,quintafeira,noiniciodanoite,paranosprepararmosparaomomentodaculminancia,queseranosdias15e16deabril.
NestaCaravana,todos/asnos�icaremosnoAssentamentoOzielAlvesPereira,localizadoa6kmdacidade.FicaremosacolhidosnoCentrodeFormaçaoFranciscaVeras,coordenadopeloMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para a nossa boa convivencia,estaremostodos/asresponsaveispormanteresteespaçolimpoeorganizado.
AsatividadesdaCulminanciajacomeçamcomachegadaaoAssentamento.Apartirdas17hs,dodia14/04,acomissaolocaldaCaravanajaestaranoassentamentopreparandoaacolhida!Atençaoaoshorarios!Seraservidoumjantaras19:00hseas20:00hsamısticadeaberturadaCulminanciacomaapresentaçaodahistoriadalutapelaterranovaledoRioDoce.Camaradas,estemomentoefundamentalparaasnossasconvergencias,assim,sejamosatentoscomonossopercurso.
3130
Dia Atividade Local
14/04
17:00 – Acolhimento no Centro de Formaçao do MSTFranciscaVeras19:00–Jantar20:00–MısticadeaberturadaCulminanciaeapresentaçaodahistoriadalutapelaterranovaledoRioDoce
AssentamentoOzielAlvesPereira
15/04
07:00–CafedamanhanoAssentamentoOzielAlvesPereira08:00–InteraçaocomaFeiradaAgriculturaFamiliarAgroecologicadeGovernadorValadares10:00–MontagemdasinstalaçoespedagogicasdasrotasnaPraçadosPioneiros12:00–AlmoçonapraçajuntocomaFeiraRegionaldaEconomiaPopularSolidaria13:00–Instalaçoespedagogicasesocializaçaodasexperienciasdasrotas15:00–Cafezinhocombroanapraça15:30–Mesapolıt ica:Mineraçao,DesenvolvimentoeA� gua17:30-Debate19:00–Apresentaçaocultural:gruposfolcloricosdePenhadoCassianoJantarepernoitenoAssentamentoOziel
PraçadosPioneiros,centroda
cidadedeGovernadorValadares
16/04
07:30–CafedamanhanoAssentamentoOzielAlvesPereira09:00–AtoPubliconaPraçadosPioneiros
PROGRAMAÇÃOCULMINÂNCIA–GovernadorValadares
AcordosColetivos
Camaradas!
Aquivaoalgumasrecomendaçoesaseremacordadascomtodos/asos/asparticipantesdacaravana,a�imdepromoveromelhorconvıvio,ealgunscuidadosimportantesparaanossametodologia.Coletivamentevaosecriandonovosacordos.Lembrando:semprequesentirnecessidadedefazerumnovoacordo,manifeste-se!
Atenção!Leveseuquitecaravaneiro:colchonete,barraca/sacodedormir,roupadecama,toalha,blusadefrio,repelente,prato,copoetalheres.Levetambemmateriaisdehigienepes-soal.
ImportanteparaaRotaMariana:paraasvisitasàBentoRodrigues,ParacatudeBaixoePedrasénecessárioestarcomsapatofechado,depreferênciabotadeborracha.
Todos, sem exceção, são responsáveis pelo processo de construção da Caravana! Este
momentoénosso,temanossacaraedeveservividocomintensidadeeautonomia.Assim,
tenhaatitudesasomaraesteprocesso!
Observeaoseuredor!Ninguemgostadesujeira, entao, ajudenaharmonizaçaodosespaços!Somostodoslivres!Masduranteacaravanatemosdeestarativosparamovimentaramesma!Evitedrogas,qualquerumadelas.Tambem,naofumeemlocaispublicosecoletivos,onibusoulugaresvisitados.
Olhaahora!Vamossempre tentar �luircomaprogramaçao,umatrasoaquimudaoritmodacaravanatoda!Vamostentarsemprefazerasre�lexoesno�imdasatividades,ouno�inaldecadadia!Seuregistroindividualemuitoimportanteprocoletivo.
Umaformadeavaliaçaoesocializaçaododia,emcadarota,e tambemderelatarasatividadesatraves do olhar de todos os/as caravaneiros/as, e a re�lexão em grupo. Este momento efundamental para que nossa experiencia possa ser compartilhada e dialogada com toda asociedade.Epara isso temosalgumaspistasquepodemnosajudarapensar comoconduzireparticipardosprocessosdedialogoevivenciasduranteaCaravana.
No�imdecadadia,sugere-sequecadarotarealizeummomentodesocializaçaodasexperienciasvividas.Abaixoalgumasdicas
AulasPúblicas:eumaformadeinteraçaomaisamplaequepodeaglutinardiferentessujeitoseperspectivas sobre as situaçoes e contextos vividos. Constitui um importante instrumento dere�lexão pública e coletiva e busca exercitar – a partir do trabalho em grupo e das tematicaspropostas – uma concepçao horizontal e protagonista de re�lexao-construçao-socializaçao doconhecimento/saberes/praticasedeleituradarealidade.Normalmente,saorealizadasemespaçospublicosoucomunitarios,comopraças,associaçoes,escolas,universidades, feiras,ruas.Nestasaulas, as tematicas (agua, acesso a terra, con�litos, modelo de desenvolvimento, resistencias,genero)poderaoserde�inidasapartirdasexperienciasobservadasaolongodopercursodarotaedosproblemaslocaisidenti�icadospelo“olhardaCaravana”edosgrupos/movimentosecoletivosenvolvidos.Normalmenteacoordenaçaodaaulaatuacomoum“provocador”e/oufacilitadordosdebates, tentandogarantirumare�lexaoamplaequepossa trazerdiferenteselementosparaatematicaemquestao.Ouseja,naosetratade“palestra”,oimportanteeestimularare�lexaocoletivasobre os problemas/situaçoes observados e vividos. Neste sentido, poderao ser utilizadasdiferentesmetodologiascomopainelde fotos,muraldemapas, ilustraçoes, rodasdeconversa,apresentaçaodeslides,exibiçaodevıdeos,performancedegruposmusicais, teatrais, seçaodedepoimentos,cantorias,falasabertasentreoutras.
RodasdeConversa:essaeoutrapossibilidadedesocializaçaodasexperiencias.Comopromoverummomentodeinteraçaoedeavaliaçaocotidianaentreos/ascaravaneiros/asparaproporcionarumare�lexaoconjuntaeaprofundadasobresuasimpressões,observaçõeseopiniões?AsRodasdeConversaabrempossibilidadesparaqueossujeitosenvolvidosnarotapossamestabelecerumespaçodedialogoeinteraçao–ampliandosuaspercepçoessobresiesobreooutro–aoproduzirsınteses e leituras compartilhadas sobre situaçoes, experiencias e processos vivenciados
Re�lexõesemGrupo
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Dia Atividade Local
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17:00 – Acolhimento no Centro de Formaçao do MSTFranciscaVeras19:00–Jantar20:00–MısticadeaberturadaCulminanciaeapresentaçaodahistoriadalutapelaterranovaledoRioDoce
AssentamentoOzielAlvesPereira
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07:00–CafedamanhanoAssentamentoOzielAlvesPereira08:00–InteraçaocomaFeiradaAgriculturaFamiliarAgroecologicadeGovernadorValadares10:00–MontagemdasinstalaçoespedagogicasdasrotasnaPraçadosPioneiros12:00–AlmoçonapraçajuntocomaFeiraRegionaldaEconomiaPopularSolidaria13:00–Instalaçoespedagogicasesocializaçaodasexperienciasdasrotas15:00–Cafezinhocombroanapraça15:30–Mesapolıt ica:Mineraçao,DesenvolvimentoeA� gua17:30-Debate19:00–Apresentaçaocultural:gruposfolcloricosdePenhadoCassianoJantarepernoitenoAssentamentoOziel
PraçadosPioneiros,centroda
cidadedeGovernadorValadares
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07:30–CafedamanhanoAssentamentoOzielAlvesPereira09:00–AtoPubliconaPraçadosPioneiros
PROGRAMAÇÃOCULMINÂNCIA–GovernadorValadares
AcordosColetivos
Camaradas!
Aquivaoalgumasrecomendaçoesaseremacordadascomtodos/asos/asparticipantesdacaravana,a�imdepromoveromelhorconvıvio,ealgunscuidadosimportantesparaanossametodologia.Coletivamentevaosecriandonovosacordos.Lembrando:semprequesentirnecessidadedefazerumnovoacordo,manifeste-se!
Atenção!Leveseuquitecaravaneiro:colchonete,barraca/sacodedormir,roupadecama,toalha,blusadefrio,repelente,prato,copoetalheres.Levetambemmateriaisdehigienepes-soal.
ImportanteparaaRotaMariana:paraasvisitasàBentoRodrigues,ParacatudeBaixoePedrasénecessárioestarcomsapatofechado,depreferênciabotadeborracha.
Todos, sem exceção, são responsáveis pelo processo de construção da Caravana! Este
momentoénosso,temanossacaraedeveservividocomintensidadeeautonomia.Assim,
tenhaatitudesasomaraesteprocesso!
Observeaoseuredor!Ninguemgostadesujeira, entao, ajudenaharmonizaçaodosespaços!Somostodoslivres!Masduranteacaravanatemosdeestarativosparamovimentaramesma!Evitedrogas,qualquerumadelas.Tambem,naofumeemlocaispublicosecoletivos,onibusoulugaresvisitados.
Olhaahora!Vamossempre tentar �luircomaprogramaçao,umatrasoaquimudaoritmodacaravanatoda!Vamostentarsemprefazerasre�lexoesno�imdasatividades,ouno�inaldecadadia!Seuregistroindividualemuitoimportanteprocoletivo.
Umaformadeavaliaçaoesocializaçaododia,emcadarota,e tambemderelatarasatividadesatraves do olhar de todos os/as caravaneiros/as, e a re�lexão em grupo. Este momento efundamental para que nossa experiencia possa ser compartilhada e dialogada com toda asociedade.Epara isso temosalgumaspistasquepodemnosajudarapensar comoconduzireparticipardosprocessosdedialogoevivenciasduranteaCaravana.
No�imdecadadia,sugere-sequecadarotarealizeummomentodesocializaçaodasexperienciasvividas.Abaixoalgumasdicas
AulasPúblicas:eumaformadeinteraçaomaisamplaequepodeaglutinardiferentessujeitoseperspectivas sobre as situaçoes e contextos vividos. Constitui um importante instrumento dere�lexão pública e coletiva e busca exercitar – a partir do trabalho em grupo e das tematicaspropostas – uma concepçao horizontal e protagonista de re�lexao-construçao-socializaçao doconhecimento/saberes/praticasedeleituradarealidade.Normalmente,saorealizadasemespaçospublicosoucomunitarios,comopraças,associaçoes,escolas,universidades, feiras,ruas.Nestasaulas, as tematicas (agua, acesso a terra, con�litos, modelo de desenvolvimento, resistencias,genero)poderaoserde�inidasapartirdasexperienciasobservadasaolongodopercursodarotaedosproblemaslocaisidenti�icadospelo“olhardaCaravana”edosgrupos/movimentosecoletivosenvolvidos.Normalmenteacoordenaçaodaaulaatuacomoum“provocador”e/oufacilitadordosdebates, tentandogarantirumare�lexaoamplaequepossa trazerdiferenteselementosparaatematicaemquestao.Ouseja,naosetratade“palestra”,oimportanteeestimularare�lexaocoletivasobre os problemas/situaçoes observados e vividos. Neste sentido, poderao ser utilizadasdiferentesmetodologiascomopainelde fotos,muraldemapas, ilustraçoes, rodasdeconversa,apresentaçaodeslides,exibiçaodevıdeos,performancedegruposmusicais, teatrais, seçaodedepoimentos,cantorias,falasabertasentreoutras.
RodasdeConversa:essaeoutrapossibilidadedesocializaçaodasexperiencias.Comopromoverummomentodeinteraçaoedeavaliaçaocotidianaentreos/ascaravaneiros/asparaproporcionarumare�lexaoconjuntaeaprofundadasobresuasimpressões,observaçõeseopiniões?AsRodasdeConversaabrempossibilidadesparaqueossujeitosenvolvidosnarotapossamestabelecerumespaçodedialogoeinteraçao–ampliandosuaspercepçoessobresiesobreooutro–aoproduzirsınteses e leituras compartilhadas sobre situaçoes, experiencias e processos vivenciados
Re�lexõesemGrupo
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coletivamenteaolongodecadadianasrotas.Aideiadasrodaseproduzirum“incrementododialogo”,cotidianamente,paraalemdosdialogosrealizadosdurantearota,aoqualpermitiraum detalhamento e aprofundamento das experiencias. Para garantir este incremento edetalhamento,asrodasdeconversapoderaoserorganizadasao�inaldecadadiadaCaravana,epreferencialmenteemgruposmenores.Pode-seseparartodos/asparticipantesemgruposde7pessoas.Dandoumtempolimite,cadagrupodevefazerumarapidare�lexaosobreasquestoes problematizadoras e o que foi observadonos locais visitados. Depois, o grupoescolheraumapalavra(podeserumpequenotexto,masalgobemobjetivo)quecaracterizealutadolocalvisitado.Estapalavra/texto,podeserapresentadaparatodos,porumintegranteescolhidopelogrupo.
Atenção!Asre�lexoessaoimportantesparaaconstruçaodacaravana,poispromoveatrocadeideiasentreosparticipantes,etambem,traraquestoesaseremdebatidasnopontodeCulminancia.
AsInstalaçoesPedagogicassaoespaçosmetodologicos,artısticos,criativosedinamizadoresdedialogos e socializaçoes,montadas para provocar re�lexoes a partir dos sentidosparadeterminadotema,problematicaousituaçaoequeseraoopontodepartidaparaadiscussaodesentiresesaberessobreoquepodemrepresentar.Demaneira ludicaesensorial,estametodologiafacilitaarepresentaçaodosterritorioseseusprocessossociais,economicosepolıticos, os con�litos e experiencias de resistencia. Suamontagem visa a construçao decenarios que guardam aspectos de uma instalaçao artıstica em sua dimensao estetica,multiplicidadede“suportesemateriais”utilizadose,naespacializaçaoquemontaedesmontaconformeocontexto.Podemrepresentardiferentessituaçoes,impactos,populaçoes,perdas,paisagens,experienciasagroecologicas,deeducaçaodocampo,praticas,formasdemanejodanatureza,ouseja,podemrepresentaraquiloqueestasendoeefetivamentevivido
Os acumulos e denuncias das diversas rotas serao levados ao ponto de culminancia emGovernadorValadares,comoprincipalobjetivodesubsidiarasanalisessobreaBaciadoRioDoce, socializar as disputas territoriais, con�litos e resistencias, outras economias,comunidadesapartirdasdistintasrealidadesvivenciadaspelos/asparticipantes.
Comofuncionarao?Cadarotairaidenti�icar,recolher,discutireplanejarousodeelementos,materiais (mapas, fotos, alimentos, sementes, rejeito), sımbolos, cheiros, sons, gostos edemaissentidospararepresentaçaodasexperienciasobservadasaolongodosdiasdevi-vencianasrotas.
Nasextademanha,nodia15,naPraçadosPioneiros,as10:00hs,simultaneamenteavivencianaFeiradaAgriculturaFamiliarAgroecologicadeGovernadorValadares,teremosodesa�iocoletivodemontarnossainstalaçaopedagogica!Teremosduashorasparafazerisso,antesdoalmoço, ao 12:00hs! Assim, todos/as nos, cada rota tera contribuiçoes a fazer e seraprotagonis
OquesãoInstalaçõesPedagógicasecomoparticipar?
protagonistadestamontagem.Vamostentarmontarumespaçoquetentereproduziraquiloquefoivividonosquatrodiasanteriores.Elembrem-se,seranumespaçopublico,edestemodoemuitoimportanteescolhererecolhermateriaisaolongodocaminhoquepossamdar“recados”aspessoasqueestiverempassandoporla,quepossamcontaraexperienciadarota!Esses elementos devem ser levados para Governador Valadares. Ao �inal do perıodo demontagem,abrimosainstalaçaoparatodaaCaravanaeposteriormenteparaapopulaçaodeGovernadorValadares!Cadarotaprecisatirarpelomenos2monitoresqueapresentaraoasdiscussoesdainstalaçaoparaos/asvisitantes.
Apostamos que a culminancia sera um dos momentos de maior intensidade polıtica epedagogica, na formulaçao de proposiçoes, na visibilidade de lutas e projetos contra-hegemenicos,navisibilidadedeoutraseconomias,nadenunciadecon�litosedesigualdades.Ecomo esta Caravana nasce no contexto do crime socioambiental da Samarco/VALE/BHPteremostambemodesa�iodemanteressamemoriavivaedialogarcomapopulaçaonossopontodevistasobreatragedia-crime.Assim,duranteavivencianainstalaçaoeimportantequecadaumdenoscontribuanodialogojuntoaspessoasqueestiverempassandopelapraça.Ali sera um momento importante tambem de interagir com a cidade a partir de nossaexperiencia.
Nonossocaso,emuitoimportantequecadacaravaneiro/apossapercorrertodaaambienciada instalaçao e interagir com a totalidade das rotas e das experiencias representadas,buscandoummomentodialogico-problematizadorsobreassituaçoesecontextosdabacia.Emcadarota,teremosmediadoresepessoasdereferenciaparanosexplicarcomoforamasexperienciasvividasnosterritorios!Portanto,naoseesqueça:esteeummomentodetroca,dedialogos,deinteraçoes,deinterrogaçoes,deaprendizados!
AComunicaçãoeaformadetodossaberemoqueaconteceuemtodasasrotas.Assim,noinıcio da Caravana identi�ique quem serao os comunicadores “o�iciais” e contribua comeles/elas:osfotografos,os�ilmadores,osrelatoresdetextoeofacilitadorgra�ico.Cadarotateraumaequipedecomunicaçao!Fiqueavontadeparainteragir,conversar,fazeracordoseparticipardaequipe!
Cada comunicador devera �icar atento as questoes problematizadoras, as experienciasvivenciadaseosespaçosdesocializaçaoedialogo,comoasrodasdeconversae/ouasaulaspublicas.Ao�inaldecadadiaosrelatores(textoegra�ica),fotografose�ilmadoresdevemfazerumapequenareuniaoparapreparare trataromaterial colhido, sepossıveldivulgandoomaterialpelainternet.
Atenção! É importante a equipe de comunicação se precaver quanto ao acesso ainternet!Algunslocaisnãoterãointernetdisponível.
EaComunicação!
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coletivamenteaolongodecadadianasrotas.Aideiadasrodaseproduzirum“incrementododialogo”,cotidianamente,paraalemdosdialogosrealizadosdurantearota,aoqualpermitiraum detalhamento e aprofundamento das experiencias. Para garantir este incremento edetalhamento,asrodasdeconversapoderaoserorganizadasao�inaldecadadiadaCaravana,epreferencialmenteemgruposmenores.Pode-seseparartodos/asparticipantesemgruposde7pessoas.Dandoumtempolimite,cadagrupodevefazerumarapidare�lexaosobreasquestoes problematizadoras e o que foi observadonos locais visitados. Depois, o grupoescolheraumapalavra(podeserumpequenotexto,masalgobemobjetivo)quecaracterizealutadolocalvisitado.Estapalavra/texto,podeserapresentadaparatodos,porumintegranteescolhidopelogrupo.
Atenção!Asre�lexoessaoimportantesparaaconstruçaodacaravana,poispromoveatrocadeideiasentreosparticipantes,etambem,traraquestoesaseremdebatidasnopontodeCulminancia.
AsInstalaçoesPedagogicassaoespaçosmetodologicos,artısticos,criativosedinamizadoresdedialogos e socializaçoes,montadas para provocar re�lexoes a partir dos sentidosparadeterminadotema,problematicaousituaçaoequeseraoopontodepartidaparaadiscussaodesentiresesaberessobreoquepodemrepresentar.Demaneira ludicaesensorial,estametodologiafacilitaarepresentaçaodosterritorioseseusprocessossociais,economicosepolıticos, os con�litos e experiencias de resistencia. Suamontagem visa a construçao decenarios que guardam aspectos de uma instalaçao artıstica em sua dimensao estetica,multiplicidadede“suportesemateriais”utilizadose,naespacializaçaoquemontaedesmontaconformeocontexto.Podemrepresentardiferentessituaçoes,impactos,populaçoes,perdas,paisagens,experienciasagroecologicas,deeducaçaodocampo,praticas,formasdemanejodanatureza,ouseja,podemrepresentaraquiloqueestasendoeefetivamentevivido
Os acumulos e denuncias das diversas rotas serao levados ao ponto de culminancia emGovernadorValadares,comoprincipalobjetivodesubsidiarasanalisessobreaBaciadoRioDoce, socializar as disputas territoriais, con�litos e resistencias, outras economias,comunidadesapartirdasdistintasrealidadesvivenciadaspelos/asparticipantes.
Comofuncionarao?Cadarotairaidenti�icar,recolher,discutireplanejarousodeelementos,materiais (mapas, fotos, alimentos, sementes, rejeito), sımbolos, cheiros, sons, gostos edemaissentidospararepresentaçaodasexperienciasobservadasaolongodosdiasdevi-vencianasrotas.
Nasextademanha,nodia15,naPraçadosPioneiros,as10:00hs,simultaneamenteavivencianaFeiradaAgriculturaFamiliarAgroecologicadeGovernadorValadares,teremosodesa�iocoletivodemontarnossainstalaçaopedagogica!Teremosduashorasparafazerisso,antesdoalmoço, ao 12:00hs! Assim, todos/as nos, cada rota tera contribuiçoes a fazer e seraprotagonis
OquesãoInstalaçõesPedagógicasecomoparticipar?
protagonistadestamontagem.Vamostentarmontarumespaçoquetentereproduziraquiloquefoivividonosquatrodiasanteriores.Elembrem-se,seranumespaçopublico,edestemodoemuitoimportanteescolhererecolhermateriaisaolongodocaminhoquepossamdar“recados”aspessoasqueestiverempassandoporla,quepossamcontaraexperienciadarota!Esses elementos devem ser levados para Governador Valadares. Ao �inal do perıodo demontagem,abrimosainstalaçaoparatodaaCaravanaeposteriormenteparaapopulaçaodeGovernadorValadares!Cadarotaprecisatirarpelomenos2monitoresqueapresentaraoasdiscussoesdainstalaçaoparaos/asvisitantes.
Apostamos que a culminancia sera um dos momentos de maior intensidade polıtica epedagogica, na formulaçao de proposiçoes, na visibilidade de lutas e projetos contra-hegemenicos,navisibilidadedeoutraseconomias,nadenunciadecon�litosedesigualdades.Ecomo esta Caravana nasce no contexto do crime socioambiental da Samarco/VALE/BHPteremostambemodesa�iodemanteressamemoriavivaedialogarcomapopulaçaonossopontodevistasobreatragedia-crime.Assim,duranteavivencianainstalaçaoeimportantequecadaumdenoscontribuanodialogojuntoaspessoasqueestiverempassandopelapraça.Ali sera um momento importante tambem de interagir com a cidade a partir de nossaexperiencia.
Nonossocaso,emuitoimportantequecadacaravaneiro/apossapercorrertodaaambienciada instalaçao e interagir com a totalidade das rotas e das experiencias representadas,buscandoummomentodialogico-problematizadorsobreassituaçoesecontextosdabacia.Emcadarota,teremosmediadoresepessoasdereferenciaparanosexplicarcomoforamasexperienciasvividasnosterritorios!Portanto,naoseesqueça:esteeummomentodetroca,dedialogos,deinteraçoes,deinterrogaçoes,deaprendizados!
AComunicaçãoeaformadetodossaberemoqueaconteceuemtodasasrotas.Assim,noinıcio da Caravana identi�ique quem serao os comunicadores “o�iciais” e contribua comeles/elas:osfotografos,os�ilmadores,osrelatoresdetextoeofacilitadorgra�ico.Cadarotateraumaequipedecomunicaçao!Fiqueavontadeparainteragir,conversar,fazeracordoseparticipardaequipe!
Cada comunicador devera �icar atento as questoes problematizadoras, as experienciasvivenciadaseosespaçosdesocializaçaoedialogo,comoasrodasdeconversae/ouasaulaspublicas.Ao�inaldecadadiaosrelatores(textoegra�ica),fotografose�ilmadoresdevemfazerumapequenareuniaoparapreparare trataromaterial colhido, sepossıveldivulgandoomaterialpelainternet.
Atenção! É importante a equipe de comunicação se precaver quanto ao acesso ainternet!Algunslocaisnãoterãointernetdisponível.
EaComunicação!
LISTADEORGANIZAÇÕESQUEESTÃOCONSTRUINDOACARAVANA
ABA–AssociaçaoBrasileiradeAgroecologiaABRASCO–AssociaçaoBrasileiradeSaudeColetivaAGB–AssociaçaodeGeografosBrasileiros,seçaolocalVitoria,Niteroi,RiodeJaneiroeViçosaAMA–ArticulaçaoMineiradeAgroecologiaAMEFA–AssociaçaoMineiradasEscolasFamıliasAgrıcolasANA–ArticulaçaoNacionaldeAgroecologiaArquidiocesedeVitoriadoEspıritoSantoAssociaçaodemoradoresdeRegenciaAssociaçaodePescadoresdeAnchietaAssociaçaodePescadoresdeMariaOrtiz-ColatinaAssociaçaodosPescadoresdeBarradoRiachoCaritasDiocesanodeGovernadorValadares;CAT–CentroAgroecologicoTamandua;ColetivoPedraNegraComboioAgroecologicodoSudesteComunidadedeAreal(Regencia)ComunidadedeEntreRios(Regencia)ComunidadedeMascarenhas-BaixoGuanduCPT–ZonadaMata–ComissaoPastoraldaTerra–ZonadaMataCTA-ZM-CentrodeTecnologiasAlternativasdaZonadaMataDiocesedeColatina–ESDPES-DefensoriaPublicadoEspiritoSantoECOA–NucleodeEducaçaonoCampoeAgroecologiaUFVEFAPauloFreire–EscolaFamiliarAgrıc olaPauloFreireEFAPuris-EscolaFamiliarAgrıc olaPurisEFASerradoBrigadeiro–EscolaFamiliarAgrıc olaSerradoBrigadeiroFETAEMG-GV–FederaçaoDosTrabalhadoresdaAgriculturadoEstadodeMinasGeraisForumCapixabadeEntidadesemDefesadoRioDoceForumMineirodeEconomiaPopularSolidariaForumRegionaldeEconomiaSolidariadeGovernadorValadares.IgrejaPresbiterianaIndıgenasGuaraniIndıgenasKrenakITCP-UFV–IncubadoraTecnologicadeCooperativasPopularesLevantePopulardaJuventudeLICENA-UFV–CursodeLicenciaturaemEducaçaodoCampoMAB–MovimentodosAtingidosporBarragensMAM-MovimentopelaSoberaniaPopularnaMineraçaoMPA–MovimentodosPequenosAgricultoresMST–MovimentodosTrabalhadoresRuraisSemTerraNAGO� –NucleodeAgroecologiadeGovernadorValadares–UFJF/GVNEDET-SaoMateus–NucleodeDesenvolvimentoTerritorialOCCA/UFES–ObservatoriodeCon�litosnoCampo/UniversidadeFederaldoEspiritoSantoORGANON–NucleodeEstudo,PesquisaeExtensaoemMobilizaçoesSociais-UFESRadioBrotaSEMA–SecretariaMunicipaldeMeioAmbiente,AgriculturaeAbastecimentodeGovernadorValadaresSHIVA–ServiçoHumanitarioInformaçaoVidaeArte-ColatinaSindibancariosES–SindicatodosBancariosdoEspiritoSantoSINDUTEMG(SubsedeOuroPretoeregiao)–SindicatoU� nicodosTrabalhadoresemEducaçaodeMinasGeraisSINTUFES-SindicatodosTrabalhadoresdaUFESSISPMC–SindicatodosServidoresPublicosMunicipaisdeColatina-ESSTR-GV–SindicatodosTrabalhadoresRuraisdeGovernadorValadaresTVCARAVELASUFES-UniversidadeFederaldoEspıritoSantoUFJF-GV–UniversidadeFederaldeJuizdeFora-CampusGovernadorValadares