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CADERNO PEDAGÓGICO
JOGOS E BRINCADEIRAS:
RESGATANDO,
VALORIZANDO E
APRENDENDO COM O
PASSADO
AUTORA: Eliane Vogt Rodrigues da Silva
ORIENTAÇÃO: Catiana Leila Possamai Romanzini
ÍNDICE
Orientação
Apresentação
O pensar e o agir nos jogos e brincadeiras.
Capitulo I
Jogos e brincadeiras
Capitulo II
A origem e evoluções dos jogos e brincadeiras
Capitulo III
Evolução dos jogos e brincadeiras (antiguidade até os dias atuais)
Capitulo IV
Jogos e brincadeiras na Idade Média
Capitulo V
Jogos e brincadeiras na Idade Moderna
Capitulo VI
Jogos e brincadeiras no Brasil
Capitulo VII
Jogos e brincadeiras: Utilização na escola
ORIENTAÇÃO: CATIANA LEILA POSSAMAI ROMANZINI
APRESENTAÇÃO
O PENSAR E O AGIR NOS JOGOS E BRINCADEIRAS.
A produção do conhecimento nos jogos e brincadeiras é uma etapa
marcada por uma atitude de integração entre o real e o imaginário.
Assim ela cria seu próprio universo, numa ordem pré-estabelecida e com
elementos definidos para uma explicação definidas por uma realidade e que
mais tarde, fará parte da sua vida adulta.
É através do reconhecimento das brincadeiras e jogos que a criança
provoca ou insere modificações no seu cotidiano devido suas descobertas,
pensar e agir, ela segue velhos modelos de brincadeiras e jogos ou a partir
deles cria novos.
Infelizmente, hoje as crianças já não brincam como antigamente, devido
principalmente à atração que os meios de comunicação e as tecnologias tais
como, computadores, telefones celulares, jogos eletrônicos, exercem sobre as
crianças e adolescentes, que passam horas com esses aparelhos é que os
distanciam do contato físico e dos saberes acumulados de seus antepassados.
Neste contexto, o sujeito tende a isolar-se e pode ter a impressão de
viver em um mundo virtual.
Desta forma, torna-se necessário recuperar os espaços das brincadeiras
e jogos antigos, buscando e seus valores em jogos e brincadeiras, nas
publicações, mídias e principalmente na oralidade dos antepassados, que sem
sombra de dúvidas é uma das fontes mais importantes em busca de
informações.
O contato físico e verbal que a criança e os antepassados irão ter pode
favorecer a troca de experiências e pode proporcionar à criança muitos
conhecimentos que conseqüentemente esta poderá repassar para seus
descendentes.
Nessa troca de experiências, cada elemento poderá demonstrar
comparar e fazer considerações vivenciando o ontem e o hoje havendo uma
abordagem e desdobramento entre o aprender e educar como algo em si,
natural e prazeroso.
Espera-se que com jogos e brincadeiras haja uma reaproximação entre
os sujeitos e isso favoreça as trocas de experiências e expressões de
sentimentos.
Independente da situação econômica das famílias, do nível de instrução
e/ou do local de moradia, o jovem desenvolve junto a seus familiares e
comunidades, formas semelhantes de brincar e jogar.
Então criam-se características que levam o fenômeno brincar e jogar a
uma dinâmica no tempo e no espaço, constatando com isso que o pensar e o
agir nos jogos e brincadeiras é universal.
Ressaltam-se algumas características do brincar e dos jogos:
A história do homem está ligada a jogos e brincadeiras;
Os jogos e brincadeiras são situações problematizadoras, que
influenciam decisões do sujeito na vida adulta;
Cabe aos antepassados a responsabilidade de passar informações aos
mais jovens;
É perfeitamente normal e natural jogar e brincar em qualquer idade;
Nos jogos e brincadeiras expressamos opiniões e sentimentos próprios,
que pode acarretar maior consciência e importância da nossa função
social.
Os jogos e brincadeiras além de exercitar nossas habilidades motoras
exercitam nossas habilidades intelectuais;
Em cada período da história de uma vida humana:
“Importante perceber que “as crianças concretas, na
sua materialidade, no seu nascer, no seu viver ou
morrer, expressam a inevitabilidade da história e nela
se fazem presentes, nos seus mais diferentes
momentos”. (KUHLMANN, 1998, p.32).
É evidente que os jogos e brincadeiras são socializadores e desenvolve
a personalidade da criança de forma espontânea.
Sendo assim:
“A partir de sua inserção num dado contexto
cultural, de sua interação com membros de seu
grupo e de sua participação em práticas sociais
historicamente construídas, que a criança
incorpora ativamente as formas de comportamento
já consolidadas na experiência humana.”
(REGO, 1995, p. 55)).
A questão problematizadora de cada etapa da vida humana possui
especificidades próprias e determinam diferentes visões do homem de si
mesmo.
As diferentes formas de pensar e amadurecimento corporal influência a
forma de brincar vinculadas a diferentes entendimentos acerca do
conhecimento adquirido. Sendo assim:
“no passado, o jogo não era concebido como uma
atividade pedagógica educativa, por ser
considerado seu caráter formativo, mas
atualmente seu valor educativo e bastante aceito
pela sociedade, sendo apreciado com meio de
aprendizagem. Tem sido freqüente seu uso na
dinâmica cotidiana da sala de aula.”
(CERVANTES, 2002).
Concluímos então que jogar é de suma importância e permite contribuir
na formação da sociedade na sua ordem cultural, econômica, política e social,
atribuindo-lhes valores educativos e que o jogar e o brincar são pontos fortes e
positivos dentro de uma sala de aula. Por isso, os jogos e brincadeiras
necessitam de uma condução adequada para que possamos oferecer um
ambiente de aprendizagem prazerosa e eficiente.
CAPITULO I
JOGOS E BRINCADEIRAS
Pelos jogos e brincadeiras é que o homem passa por um processo
evolutivo para que haja uma transformação para sua formação e para integrá-lo
na sociedade, onde:
Demonstre domínio de especificidade cognitiva e afetiva.
Percebe-se que ao brincar e jogar de forma formal ou informal no seio
família, na escola ou em qualquer outro tipo de ambiente se envolve totalmente
ou parcialmente, nessas atividades, se instrumentaliza e cria autonomia para
vivenciar experiências, que leva ao conhecimento e aprendizagem, bem como
cria suas próprias regras ou segue as pré-estabelecidas.
Em um ambiente favorável cabe aos adultos levarem seus jovens
descendentes a construir conceitos, realizar procedimentos, oferecer materiais
ou construir outros, que o jovem não tem condições de sozinho ter acesso.
Além de orientar e reformular os jogos e brincadeiras, buscar soluções,
incentivando o jovem aprendiz a cooperação, perguntar, criar, comparar,
discutir, rever conceitos e regras, para realizar a sua prática.
Esta organização tem como finalidade o desenvolvimento total do jovem.
As atividades realizadas levem em conta a observação, a prática,
conhecimentos prévios na reconstrução do ato de brincar e jogar que
proporciona e estabelecem conexões da expressão oral, cálculos matemáticos,
reações rápidas levam a realizar intervenções de grandeza e medidas e a
compreensão de diferentes conceitos e idéias, estimulo de perceber alto ≠
baixo, largo ≠ estreito; gordo ≠ magro, fino ≠ grosso por sua vez identifica
regularidade, semelhanças e diferenças. E com isso proporciona realizar
atividades prazerosas.
Os jogos e brincadeiras são muito importantes no ambiente em que vive,
pois a criança representa, descreve, compreende, analisa, estabelece relação
com o mundo em que vive e assim socializa o seu conhecimento.
Os jogos e brincadeiras desde os seus primórdios até a
contemporaneidade têm intencionalidade e caráter educativo para a
sobrevivência. Eles nos proporcionam o conhecimento que muitas vezes
podemos perder como ganhar.
A lição que nos passa e que devemos saber tanto perder como ganhar e
que a criança e o adulto dominem seus sentimentos e seja consciente do seu
valor como pessoa e reconhecedor de sua própria identidade.
O objetivo dos jogos e brincadeiras é capacitar e dar informações para o
jovem enfrentar a vida adulta. E desde os primeiros meses a criança começa a
brincar, devido aos estímulos esternos e internos, presentes nas vidas de cada
um.
Os jogos e brincadeiras são recursos para sobreviver de forma
prazerosa os vários períodos da vida sem haver ruptura do processo de
aprendizagem.
Pois aprender nada mais é do que compreender
um processo e relacionado a formulação de
hipóteses que levem o indivíduo a pensar e agir,
implica em vivenciar situações únicas
apresentadas também em um momento único,
sempre conflitantes ao homem, mas é por ele
produzida sobre a base da natureza biofísica.
Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato
de produzir, direta e intencionalmente, em cada
individuo singular, a humanidade que é produzida
histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens”. (SAVIANI, 1992, p. 21).
Jogar e brincar em grupo de crianças ou jovens é trocar experiências e
conhecimentos, bem como enfrentar situações de conflitos e saber gerenciar
para o bem do coletivo. Nestes momentos há necessidade de saber falar, para
ouvir os colegas, saber impor uma idéia ou opinião. E assim, crianças e jovens
superam e gerenciam os seus próprios limites.
Jogar e brincar são recursos indispensáveis em qualquer disciplina
ultrapassando obstáculos que antes eram intransponíveis, pois o ser humano
tem o medo de errar, mas não de jogar e brincar.
ATIVIDADES (Teórica) 1 Aula
Período Preparatório: Colocar vídeo que apresente crianças brincando ou
música que fale de brinquedos.
a) Você já se perguntou qual é a sua brincadeira ou jogo favorito? Por quê?
b) Relate como é realizado a sua brincadeira ou jogo preferido?
c) Hoje as crianças brincam como antigamente? Justifique a sua resposta.
2 – Atividade: (teórica/prática) 3 aulas.
Período Preparatório: Leitura de histórias em quadrinhos. A professora vai
chamar a atenção dos alunos na forma que os quadrinhos são apresentados, a
fala dos personagens, etc.
Material:
Folha de papel
Lápis de cor ou caneta colorida
Lápis preto
Borracha;
Papel colorido, revistas
Tesoura
Cola
Meia cartolina
Instruções
Lembre-se: “Os jogos e brincadeiras são muito importantes no ambiente que vive, pois a
criança representa, descreve, compreende, analisa, estabelece relação com o mundo que vive
e assim socializa o seu conhecimento.”
“Os jogos e as brincadeiras nos proporciona o conhecimento que muitas vezes podemos
perder como ganhar.”
A partir do texto construa uma história em quadrinhos. Onde você é o
personagem principal.
CAPITULO II
ORIGEM E EVOLUÇÕES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Tanto os jogos como as brincadeiras provocam uma excitação física e
mental que exerce no organismo sensações agradáveis tais como:
Aumento da circulação sanguínea;
Aumento das ondas cerebrais;
Produzem estímulos mentais;
Desenvolvimento da coordenação motora.
O homem Primitivo
Para o homem da pré-história era fundamental programar e realizar
trabalhos em grupos, para a sobrevivência do próprio grupo, havendo essa
interação nas diversas situações vividas. Assim o grupo tinha a oportunidade
de sobreviver, e o próprio homem aprimorava técnicas diversificadas que
oportunizavam testar, checar, realizar experiências que o ajudava na luta
diária.
Inserida neste universo a criança fazia parte do dia-a-dia do adulto.
Para cada etapa da evolução do homem, os jogos e brincadeiras são
contemplados de formas diferentes. Em muitos casos foram abordados na vida
da criança, jovens e adultos, singularidade é que se brincavam e jogavam sem
saber o porquê, nas não tinham consciência do que faziam, mas faziam por
necessidade ou por prazer.
Mesmo o homem pré-histórico por instinto de sobrevivência impondo aos
seus descendentes uma rígida e tolerante aprendizagem de sobrevivência, era
sem sombra de dúvida um processo educativo.
Ao mostrar a motivação prazerosa para os seus descendentes na caça,
na pesca, e na coleta e a importância em viver em grupo, pelo julgo do
benefício de proteção, as crianças iam acumulando informações.
Do momento em que vai se aprofundando as técnicas e desenvolvendo
o conhecimento sistematicamente para a evolução da espécie.
Havendo um inter relacionamento com os seus iguais e assim promove
a sua humanização educacional. O homem que interage neste processo
evolutivo se auto-educa e se reconhece capaz de administrar favoravelmente a
sua vida que primazia as suas necessidades de sobrevivência: caçar, pescar,
lutar, nadar e até construir as suas moradias e objetos pessoais e também
armas.
“Existem vestígios de que eram continuamente
praticados e de diferentes formas: jogos de
mímica, de lutas, danças guerreiras ou religiosas
(como em agradecimento ou referência aos
deuses de sua crença). Enfim, sem saber o
homem descobria maneiras de exteriorizar seu
estado de espírito e os seus sentimentos.”
(NIZILDA; PINTO; TEUBER. 1992.)
O homem primitivo se reencontra e identifica com a própria vida
atravessando o lúdico e o imaginário, transformando no objeto concreto de sua
essência e ele toma consciência de seu corpo vivo que antecipa os prazeres,
surpresas e até mesmo decepções. Mas não consegue fugir dos ensaios para
a sobrevivência dos jogos e brincadeiras.
ATIVIDADES
1) Você sabia que praticar jogos e brincadeiras e atividades físicas era uma
necessidade de sobrevivência do homem primitivo.
_ Vamos fazer movimentos naturais em suas várias formas. Pode fazer
um passeio na sua escola, pátio, quadras, sala de aula.
CAPITULO III
EVOLUÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
(Antiguidade até os dias atuais)
Gregos e Romanos
1 – Atividade: (prática 2 aulas) Caminhar: * Ao som de música (usar a freqüência sonora ou ritmo) para executar os movimentos. Caminhar imitando: um macaco (balançando vigorosamente os braços. (o professor pode variar o animal); Caminhar: Nos calcanhares; Na ponta dos pés; De cócoras; Caminhar com as mãos espalmadas sobre os joelhos.
Correr: Correr de costas; Correr para frente; Correr saltando; Correr com pé só e o outro elevado do chão, etc.
b) O homem primitivo tomou consciência do seu corpo. E se torna um ser social. Em duplas: Material: Giz de cera; Lápis de cor; Papel craft
Contorne com o lápis o corpo do colega, não se esquecendo de colocar detalhes: roupas, cabelo, óculos, tênis, etc. Depois faça o mesmo com o seu colega. Observe os desenhos: semelhanças e diferenças. 2 – Atividades: (teórica) 2 aulas Período Preparatório leitura de vários textos e discussões: bullying, diferença física, mental, idoso. 2 – Fazer um texto em que fale sobre as diferenças e semelhanças das pessoas
e o respeito ao próximo (bullying), deficiência física e mental, idoso.
Leitura de todos os textos na sala de aula.
Fazer um varal dos textos;
O jogo na história da humanidade sempre teve um lugar relevante e
assim é notado desde a antiguidade, segundo KISHIMOTO (1993) pelos
filósofos Platão e Aristóteles, que o defendia no contexto da Educação.
O corpo para os gregos e romanos, era um instrumento fundamental de
expressões frente a variabilidade de movimentos, bem como o seu caráter
utilitário.
Podemos observar que os gregos cultuavam a beleza do corpo
influenciado pelo corpo de seus deuses e semideuses.
Os gregos faziam uma leitura do corpo e seus movimentos. Tão
necessários e desejáveis na época.
Nas descrições históricas enfatizam que eles eram um povo alegre e
doutrinado no modo e estilo de vida. e seus jovens frente à realidade que o
esperavam não deixavam de brincar e jogar.
Os jogos praticados na antiguidade eram:
Simulação de lutas com espadas de madeiras confeccionadas por
adultos e pelas próprias crianças ou lascas de madeira.
O peão também era preferido pelas crianças gregas na Antiguidade
Clássica era chamada de strombos (visava destreza).
Podemos encontrar nos vasos gregos o registro destes brinquedos e
também numa lenda em que Ajax lança ou joga uma pedra em Hector. Esta
lenda mostra que crianças e adultos queriam ter a destreza em fazer as curvas,
zunir e até acertar objetos com o peão.
Jogo de pedrinhas.
_ No Brasil é conhecido com cinco Marias ou jogo de Cinco pedrinhas.
No museu de Nápoles em Roma, encontramos o registro de duas mulheres já
adulta jogando pedrinhas (Mármore de Herculanum). Na Literatura Grega na
Odisséia há relato da lenda da deusa Atena, concentrada jogando pedrinhas
mágicas para saber que poderia ser os pretendentes de Penélope.
No século III a.C. Herondas relata que o jogo de pedrinhas se tornou tão
popular e gerava brigas, intrigas e até apostas em dinheiro entre os jovens e os
pais e professores praticamente os proibiam de jogar, mas os jovens não os
obedeciam. O nome popular deste jogo na Grécia Antiga era a Pentha Litha.
Barquinhos de madeiras. Os homens gregos eram aventureiros e
gostavam do mar e havia sociedades que viviam nos vales do Tigre e
Eufrates. Os meninos desde cedo eram estimulados a aventurarem ao
mar. Então eram presenteados com barquinhos de madeira, e
sonhavam com grandes aventuras e conquistas de fortunas.
Os jovens gregos eram estimulados a alcançar a beleza total, força
física, intelectual e estética através do culto ao deus Zeus no festival Olímpico
ou nos Jogos Olímpicos, este festival antecede a segundo alguns registros. No
século VIII a. C. contou com a participação de jovens oriundos de várias partes
da Grécia. Era realizado de 4 em 4 anos, durante o período do verão grego na
cidade de Olímpia.
“Por meio do jogo, a criança aprende a coagir a si
mesma, a se investir em uma atividade duradoura,
a conhecer e desenvolver as forças de seu corpo.
Em geral, os melhores jogos são aqueles nos
quais os exercícios de habilidade acrescentam-se
exercícios dos sentidos”. (KANT, apud 1999.
p. 57).
Os Romanos: Os Jogos e Brincadeira como Objeto de Ensino
Os jovens romanos recrutados, escravos e livres desde cedo eram
submetidos a rigorosos treinamentos corporais. Estas medidas visavam obter
domínio da população jovem, desenvolver homens fortes e resistentes para
combate. O sistema utilizado na época era selecionar o indivíduo conforme sua
competência e habilidades buscando sempre o saber e o melhor rendimento.
Estes jovens eram submetidos ao jugo de um preceptor que usava de medidas
organizacionais, de controle de atividades físicas e um intenso trabalho de
treinamento, devendo muitas vezes renunciar uma vida social e familiar.
A concepção pedagógica destes preceptores era a superação do próprio
indivíduo em combates controlados de um ou dos dois participantes
(gladiadores).
A educação entendida pelo império romano era basicamente entendida
como respeito e devoção a Cesar ou Roma.
O compromisso de Roma com os cidadãos era proporcionar os jogos de
lutas, corridas de bigas, e a disputa de resistência e velocidade das corridas.
Devem-se destacar alguns jogos e brincadeiras realizadas pela
civilização romana.
Peão e a dama de turbo.
Cinco pedrinhas chamadas por astragulus, jogo tradicional entre
as crianças e jovens da Roma Antiga.
Barquinhos de Madeira
Bonecas;
A metodologia de Ensino da civilização romana era fazer do esporte
objeto de aprendizagem e doutrinação sistemática intencional empenhando em
obter de seus cidadãos obedeciam e respondiam a um comando que recriam
logo após uma ação e conforme intenção dos seus governantes.
ATIVIDADE Teórica (1 aula)
Período Preparatório: Levar para a sala de aula revistas diversa. Ex. de saúde,
esporte, moda. Etc.
Pergunta:
a) Como era visto o “corpo” pelos gregos e romanos?
b) Como é visto o “corpo” tanto feminino e masculino nos dias de hoje?
c) Os jovens gregos eram estimulados a fazer o que através do culto ao deus
Zeus?
d) Cite os brinquedos e brincadeiras que as crianças gregas e romanas
realizavam.
e) Nó século III a.C. Heronda relata que o jogo de pedrinhas tornou-se muito
popular. Gerava brigas e intrigas, e até se apostava em dinheiro, pais e
professores praticamente proibiam, mas os jovens desobedeciam. Que jogo os
pais e professores nos dias de hoje fazem a mesma coisa? Cite os nomes dos
jogos.
f) Por que os jogos e brincadeiras eram vistos como objeto de ensino pelos
romanos?
g) Qual era o compromisso de Roma para com os cidadãos romanos?
h) Qual era a metodologia de ensino imposto a civilização?
2) Atividade (Prática) (2 Aula)
a) Confeccionar um barquinho de papel com uma folha de sulfite.
Levar o aluno a ser criativo, confeccionando vários modelos.
b) Confeccionar uma boneca ou boneco com sucata.
Material:
Pano de diversas cores
Lã
Barbante
Garrafa pet
Cola quente, cola
Botões;
Expor os bonecos
CAPÍTULO IV
JOGOS E BRINCADEIRAS NA IDADE MÉDIA
Na Idade Média, tanto crianças e adultos brincavam. Os elementos das
brincadeiras eram passados pela transmissão oral, a reprodução do
comportamento do adulto em combates de luta dos cavaleiros medievais.
As crianças cavalgavam em cavalo de pau, utilizavam lança de madeira,
pequenas facas de madeira e o arco e a flecha.
Desde cedo, os aultos associavam a necessidade de despertar nas
criança a força e agilidade, destreza e a resistência. Tanto as crianças
camponesas e as nobres participavam de jogo imaginário de luta, capturar o
inimigo e salvar princesa e até matar dragões e bruxas.
Também estas crianças tiveram oportunidade de brincar com pedrinhas
(cinco marias) piões, bolinhas feitas de barro, bolas feitas com a bexiga do
porco que eram cheias através de um canudo ou pela própria boca e depois
amarrados. As crianças jogavam a bola uma para a outra com as mãos ou com
os pés.
Os fantoches eram brinquedos simbólicos que estimulavam a
imaginação e a capacidade criadora das crianças e adultos.
Crianças brincavam de bonecas que na maioria eram fabricadas em
casa artesanalmente. Os pais e artesões colaboraram com o imaginário da
criança, começam a criar várias miniaturas como: banquinhos, vestidinhos,
pratinhos, cavalinhos, boizinnhos, soldadinhos. As crianças nobres tinham
brinquedos mais requintados e as outras crianças rústicos. E ambas
brincavam.
Neste período podemos também encontrar brinquedos articulados, que
eram marionetes rudimentares comparados com os de hoje.
Nas apresentações públicas
Os fantoches e bonecos articulados incorporavam características
humanas, e faziam críticas a governantes, as pessoas comuns, contavam ou
representavam histórias fictícias ou reais. Eles desenvolviam uma consciência
na sociedade devido ao pensamento político dos seus manipuladores. Assim:
“Propõe-se um aprendizado alegre, mas essa
alegria é feita através de um nivelamento por
baixo, uniformizados supondo a criança como um
ser que deve receber conhecimento, informações,
sem nunca poder criar.” (OLIVEIRA, 1986. p.
86)
Quando nos referimos a jogos e brincadeiras no período medieval,
devemos levar em conta que também os adultos jogavam e brincavam.
O sentimento paternal e maternal leva os adultos a brincarem com seus
filhos, gerenciando assim o sentimento de afetividade.
1 – Atividade – IDADE MÉDIA: (Prática) (1 Aula)
a) Confeccionar um fantoche com material de sucata.
Panos diversos
Lã
Barbante
Garrafa pet
Uma bolinha de isopor
2 – Atividade (Teórica) 1 aula.
* Fazer um teatro de fantoche (deixar o aluno escolher, direcionar e montar a
peça e ajudar a escrever a peça:
Tema Saúde
Bolingue
Esporte
3 – Atividade (prática) 2 aulas.
* Apresentar as pecas de teatro (dentro da sala de aula ou pátio)
b) Dividir os alunos em 3 grupos e distribuir as atividades.
Represente uma destas atividades:
Combate
Jogos
Brincadeiras
4 – Atividade (Teórica) (1 Aula)
a) monte um caça palavras com as palavras:
5 – Atividade (teórica) 1 aula
a) Faça pesquisas em revistas, jornais, livros, internet.
Pesquisa prévia:
Jogos e brincadeiras na “Idade Média”.
Jogos e luta.
Jogos de mesa: (xadrez, dama, baralho)
b) Fazer uma roda de conversa colocando em discussão os temas
pesquisados. Idade Média com os dias atuais. Qual a sua relevância para a
aprendizagem da criança.
FANTOCHES COMBATE MEDIEVAL BONECAS
IDADE MÉDIA NOBRES CRIANÇAS BRINCADEIRAS
JOGOS ARTESANAL PRINCESAS CAMPONESES
CAPITULO V
JOGOS E BRINCADEIRAS NA IDADE MODERNA
Jogos, brincadeiras, crianças e adultos são palavras associadas a
sentimentos da esfera do imaginário e do real na idade moderna.
Percebe-se que no processo evolutivo que cada um passa de um nível
de comportamento, há uma preocupação com o valor educativo e os benefícios
que a formação física e mental proporciona ao individuo.
Ao realizar jogos e brincadeiras os envolvidos demonstram alegria e
satisfação e muito raro ocorre frustrações.
Podemos perceber o valor das brincadeiras e jogos na idade moderna
que advinham da idade Média. O que ocorreu com o tempo foi alguma
adaptação ou modificação e nos dias atuais também perduram:
Brincadeiras de roda;
Brincadeiras de luta, defesa e ataque;
Brincadeiras de fileras (imitando soldados)
Brincadeiras de marcha (imitando soldados)
Brincadeiras de pega-pega (imitando soldados capturando inimigos e
prendendo, ou indo capturar algum animal);
Brincadeiras de esconde-esconde;
Brincadeiras de cobra-cega;
Brincadeiras com objetos: barcos, bonecas, cavalos de madeira...
Imitando a vida real.
Brincadeiras de dança (imitando cultos religiosos)
Jogo de tabuleiros (xadrez, trilhas)
Consideramos as brincadeiras e os jogos úteis para a sobrevivência e
desenvolvimento da humanidade.
Assim, os autores afirmam:
Batllori e Batllori (1998) argumentam que a brincadeira é a
aprendizagem da vida, sem a qual os seres humanos não seriam plenamente
pessoas, sofrendo deficiências físicas e intelectuais.
Huizinga, no livro Homo Ludens (1938) “já há muitos anos que vem
crescendo em mim a convicção de que é o jogo e pelo jogo que as civilizações
surgem e se desenvolvem”.
Hischimoto (1993). “O jogo tradicional guarda a produção espiritual de
um poço em certo período histórico e assume características de anonimato,
tradicionalidade, transmissão oral, conservação, mudança e universalidade.
Na Idade Moderna os jogos e brincadeiras se popularizam e vão sendo
associados a idade cronológica da criança, e estudiosos como os cientistas e
professores fazem o estudo sobre os efeitos que tem sobre o individuo no seu
desenvolvimento intelectual de criar brinquedos na sociedade pré-industrial era
feito artesanalmente em pequena escala. Já na sociedade industrial as
crianças e adulto querem cada vez mais brinquedos e jogos inovadores.
A indústria vê um novo mercado consumidor e investe nesta mudança
de hábitos visando agradar o pequeno consumidor com as inovações
tecnológicas. Descobriram que o tradicional deveria viver com o moderno. Pais,
avós, tios, primos, vizinhos são responsáveis pela forma de transmissão de
conhecimento de jogos e brincadeiras, através da oralidade e vivências lúdicas,
a construção de brinquedos caseiros, são forjados de maneira a agradar essa
clientela com bonecas simples e carrinhos de madeira. Perante essa realidade
a necessidade de unir o tradicional com avançadas tecnologias para aquisição
do conhecimento.
A confecção de brinquedos dinamiza o tempo e é divertido, e é um ato
sagrado, que a partir do material que forja o que está no imaginário.
Portanto para jogar e brincar não necessita de muito. O quintal de casa,
a rua, um terreno qualquer, praça, parques, dentro de casa, na garagem, são
locais adequados para iniciar brincadeiras, basta usar a imaginação.
Na Idade Moderna, coexiste o presente e o passado, surgem brinquedos
feitos com características próprias, de diversos materiais encontrados aqui e
acolá (descartados). Crianças tanto da zona rural como os da urbana, faziam
lindas bonecas com sabugo de milho, com longas saias da própria palha, ou os
sabugos eram fatiadas e formavam rodinhas que fixadas a um cabo de
vassoura se transformavam em um carrinho, e com as palhas do milho eram
confeccionadas petecas.
O botão se transformava em piões. Lata de óleo virava carrinhos.
Tampas de latas fixadas ao cabo de vassouras se transformavam em
um carrinho de empurrar.
Pneus com uma ripa ou duas introduzidas em seu interior viravam um
carro veloz.
Pedaços de papel habilmente colados em varas viram as pipas ou
pandorgas.
Cascas de folhas do coqueiro viravam escorregadores velozes e
desciam ladeiras.
Eram feitos bilboquês de latinhas e madeira.
Jogo de futebol ou queimada era feito com bola de meia
Havia brincadeiras de pega-pega; pé na lata, esconde-esconde, beijo –
abraço – aperto de mão, cirandas, brincadeiras de roda.
O carrinho de rolimã que levava dias para ser feito, era uma sensação,
alguns tinham até freios.
Jogos de bolinha de gude ou as de ferro, retirada dos rolimãs.
Os tão famosos barquinhos de papel.
As primeiras descobertas dos jogos de trilhas, dama, xadrez.
E assim ia surgindo um sucessivo, mas refinado e árduo trabalho de
confeccionar brinquedos, brincar e jogar, que desenvolvia a potencialidade de
sua identidade dentro da sua comunidade familiar social em que vivia,
buscando na geração mais nova cooperação, participação.
Entendemos que a partir da Idade Moderna é que vão aparecer
brinquedos cada vez mais industrializados. Um dos mais desejados foi a
bicicleta, que tinha como objetivo ser meio transporte, mas que passou também
a fazer parte do lazer.
As crianças que na sua infância tiveram a oportunidade de jogar e
brincar segundo a teoria sócio-interacionista de Vygostsky (1991):
Reproduz o discurso externo e o internaliza;
A criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano;
Re-elaborar situações vividas;
Possibilita novas interpretações entre o imaginário e o real;
O jogo e as brincadeiras são situações de aprendizagem.
ATIVIDADES: IDADE MODERNA (Aula Teórica) (3 Aula)
a) Pesquise e escreva sobre
Brincadeiras de roda, cite 3 e descreva.
Brincadeira de luta: ataque e defesa, cite 3 e descreva.
Brincadeira com objetos, cite 3 e descreva.
b) Responda
Na Idade Moderna os jogos e brincadeiras popularizaram devido a que?
Como as crianças da zona rural e urbana brincavam?
c) A indústria percebe que no mercado a um novo consumidor (as crianças e
jovens) esta investe em que, para que?
d) Faça uma pesquisa de como confeccionar com material de sucata:
carrinhos, peões, carrinhos de rolimã, jogos de xadrez, jogo de dama,
cavalinho com cabo de vassouras, pipas, peteca, bola de meia, carco...
2) ATIVIDADES (Aula Prática) (3 Aula)
a) O aluno deverá confeccionar um dos brinquedos com material de sucata e
apresentar na sala de aula e ensinar aos outros como utilizar.
3) ATIVIDADE: Pesquisa (2 aulas)
a) Os alunos deverão pesquisar com seus pais, avós, e comunidade se alguém
tem um brinquedo antigo e se pode emprestá-lo para fazer uma exposição na
escola.
Com o tema: JOGOS E BRINCADEIRAS: Resgatando, valorizando e
aprendendo com o passado.
O professor deve fotografar e depois fazer um mural.
CAPÍTULO VI
JOGOS E BRINCADEIRAS NO BRASIL
Desde antes do descobrimento do Brasil os jogos e brincadeiras já
faziam parte da vida das crianças indígenas. E elas brincavam com os adultos,
animais de estimação e com grupos de crianças.
As brincadeiras mais comuns eram realizadas à beira dos rios, riacho,
lagoas, mares, onde os jovens eram ensinados a nadar, pescar. Os
aldeamentos de nações que já detinham a técnica de navegar ensinavam a
arte de navegação. De forma lúdica para ambos os sexos isso tinha para as
crianças um valor simbólico, mas já era um ensinamento de como se devia se
comportar na vida adulta e estimulava a capacidade de raciocínio e elevava a
auto-estima.
Para se tornarem bons guerreiros e caçadores, os adultos
confeccionavam, conforme o tamanho da criança arco, flechas, tacapes,
lanças, facas.
O ato de imitar os gestos dos adultos e dos animais era uns dos
preferidos entre os curumins. As crianças podiam dançar cantar, contar.
O que desde cedo distinguiu o sexo e que as meninas deviam aprender
a cuidar da oca, plantar, colher, armazenar grãos, fazer farinha.
Um jogo compartilhado por todos da aldeia era o da peteca,
confeccionada de palha de milho e ornada com penas coloridas.
Mais tarde com a vinda dos primeiros europeus, que aqui constituíram
seu núcleo familiar e seus escravos, as crianças indígenas sofreram influência
do homem que veio da Europa, que trouxeram em sua bagagem jogos e
brincadeiras.
Houve uma miscigenação (índio-branco-negro) e foi pela linguagem oral
que se transmitiu as crianças jogos e brincadeiras, os mitos e suas próprias
histórias por este motivo muitas brincadeiras não foram esquecidas, ficando
evidente o relatório oral e o compromisso familiar em repassá-las.
O ato de brincar é gostoso nos dá prazer e nos trás lembranças da vida
familiar.
Cabe destacar que muitas as crianças no período final do século XVIII e
inicio do século XIX, aqui no Brasil eram incentivadas a se vestirem, andarem e
se comportaremos como adultos.
Mas longe da vigilância de seus guardiões adultos, voltavam a ser
simplesmente crianças. Os meninos jogavam bolinhas, usavam bodoques ou
estilingues que eram usados para matar passarinhos, subiam em árvores para
apanhar frutos, jogavam piões, nadavam nus nos rios e riachos, alguns já
soltavam pipas (a pipa foi inventada pelos chineses no ano 206 a. C.)
Também fica evidente que as meninas eram preparadas para serem
boas donas de casa e saberem as prendas domésticas. As mães, tias e
madrinhas faziam a inter-relação com o mundo adulto.
No processo de brincar estas mulheres conscientemente e inconsciente
ensinavam as meninas a fazerem com retalhos vestidinhos, saias, calças,
camisas para as suas bonecas. E esse processo deixava clara a necessidade
que as meninas teriam quando adultas de costurar para si, seus filhos e
marido.
Outro lado em buscar no lúdico a prática e experiências era quando as
meninas dispunham a fazer sozinhas ou em grupos as famosas comidinhas.
Isto era muitas vezes supervisionadas por um adulto, pois essa
brincadeira era perigosa e as crianças podiam se queimar ou colocar fogo em
algo como em si mesma. Partindo dessa realidade iriam na vida adulta se
tornar boas cozinheiras, outra prática visível até os dias atuais e na mais tenra
idade é dar uma boneca a menina, e ensiná-la como trocar, alimentar e a
cuidar da boneca como esta fosse uma criança. Dessa forma torna-se
significativo todo processo. Nada mais do que preparam a jovem mulher para a
idade de procriação e ser cuidadora de sua prole.
Simplesmente os adultos fazem todo um
repasse de ensino e aprendizagem para
despertar os instintos maternais, a curiosidade
e a criatividade além de proporcionar o
aperfeiçoamento evidenciando assim uma vida
adulta a que espera desta criança, por um lado
a transformação que o homem opera o meio e,
por outro os resultados dessa transformação.
(SAVIANI, 1991, p. 40)
Na medida em que o menino e a menina forem crescendo as
brincadeiras vão mudando e vão aparecendo outra necessidade e com o tempo
a que aparece a necessidade do ensino acadêmico que passa a ser
responsabilidade da entidade escolar.
ATIVIDADE: Jogos e Brincadeiras no Brasil (Aula Teórica) (1 Aula).
Responda:
a) Como crianças indígenas brincavam na época do descobrimento?
b) Como as crianças de hoje brincam e jogam?
c) As crianças indígenas sofreram e sofrem influência de quem?
d) Pense e depois escrevam a sua opinião.
“...as crianças no período final do século XXVIII e no inicio do século XIX, aqui
no Brasil eram incentivadas a se vestirem e andarem e se comportarem como
adulto.”
Será que isso fazia bem a elas?
Por que longe de seus guardiões adultos elas voltavam a ser crianças?
e) Por que o ato de brincar e jogar é tão importante para as crianças? Como
elas podem levar esta aprendizagem para a vida adulta?
f) Qual é a importância de os adultos repassar para as crianças informações de
como brincar e jogar e de construir os seus próprios brinquedos?
g) Quais brincadeiras podem causar danos físicos a criança ou em outra
pessoa e levar até a morte? Comente sobre os perigos, um bom é os fios das
pipas que são colocados cerol, cite outros.
h) O que acontece com os jogos e brincadeiras, quando a criança passa para a
fase adulta?
2 – ATIVIDADE (Aula Prática) (2 aulas)
a) Prepare um local, e coloque todos os jogos que confeccionou e convide os
colegas para jogarem e brincarem.
CAPITULO VII
JOGOS E BRINCADEIRAS: UTILIZAÇÃO NA ESCOLA
A escola vê a importância dos jogos e brincadeiras tanto para adultos
como crianças, como fonte de intelectualidade, criatividade, aperfeiçoamento
de vários tipos de coordenação, mudanças de atitudes frente a uma situação,
trabalha a intuição.
Assim é importante lembrar que a brincadeira é
uma maneira privilegiada de as crianças se
expressarem, representarem, compreenderem
e transformarem o mundo. Portanto, educar
crianças pequenas requer que os professores
incluam e valorizem os muitos brincares no
cotidiano da educação infantil. Aos olhos das
pessoas que não compreendem a importância
do brincar para o desenvolvimento humano, as
brincadeiras nas instituições de educação
infantil poder dar a impressão de
desorganização, bagunça, por isso, serem
incompatíveis com o processo educativo. No
entanto, a aprendizagem e a organização estão
nas próprias brincadeiras. Nestas, as crianças
criam situações que precisam solucionar,
entender, e isso não pode ser menosprezado
pelos adultos, principalmente pelos
professores, que têm na brincadeira a
oportunidade de observar e intervir nas
interações, propor novas situações, ensinar
novas brincadeiras, potencializar a
aprendizagem e ampliar as experiências.
(PARANÁ, SEED, 2006, p. 31)
Toda uma conduta de ensino aprendizagem em relação as crianças de
todas as classes sociais vem sendo repensada a tecnologia a disposição de
quase todo tais como o computador, jogos eletrônicos, brinquedos, televisão
gera um afastamento dos membros familiares situações refletida em todas as
classes sociais. Estes meios de diversão, jogos e lazer passam cada vez mais
ganhar espaço e ocupando mais tempo das pessoas.
Muitas vezes havendo um significativo afastamento dos membros
familiares. E o que nos encontramos são muitas vezes famílias sem laços de
afetividades, cooperação, união.
Os próprios membros se excluem por não terem tempo de ouvirem um
aos outros, porque querem ocupar o seu tempo livre em frente a um
computador ou a televisão.
A partir de tais situações muitas brincadeiras e jogos que eram passados
pela oralidade e pela observação e a prática vão sendo deixado de lado por
não serem tão interessantes.
A sociedade deve sem sombra de dúvida avançar em todos os setores.
Mas a construção da aprendizagem passada pelo lúdico influencia o
crescimento mental e o aperfeiçoamento físico e criando laços afetivos e
emocionais.
A educação de uma criança é uma das formas da sociedade acumular
riquezas e torná-las um adulto mais solidário e respeitador das leis.
Neste sentido, Nahas (2000), destaca algumas atitudes positivas
relacionadas através de “palavras-chaves”, sendo uma delas cooperar:
Consigo mesma: valoriza-se, respeitando e reconhecendo o que você
possui de bom;
Com os outros: aprenda a enxergar o valor do outro, perceba suas
dificuldades e ajude a superá-las.
Com o ambiente: procure manter o bom humor. Isto deixa o ambiente
mais leve;
Com a sociedade: faça a sua parte como cidadão, respeite as leis e os
direitos dos outros;
Com a natureza: procure viver de forma mais simples possível,
consumindo menos de modo a não esgotar as fontes de matéria-prima
do planeta;
Por uso vamos lá. Em nossa ação educativa, não deixamos de ensinar o
quanto e essencial o bem viver. Interagir com as pessoas pode ser uma das
melhores maneiras de praticar saúde.
Repensando a Educação Fisica.. pag. 81 – Módulo 1. Autores: Equipe Técnica BNL.
Sendo assim para o trabalho na Educação de jogos e brincadeiras para
as crianças, jovens e até adultos contribui para a formação do cidadão e as
decisões que individuo vai tomar.
E de como este adulto compartilhara suas experiências com as crianças
jovens.
É também é muito importante nos bancos escolares com os professores
desperte e mantenha os interesses de seus alunos pelos jogos e brincadeiras.
Os professores devem sugerir, dar sugestões, elaborar e criar condições de
brincar no pátio das escolas.
Pois é fundamental o direito de se jogar e brincar, pois é um desafio hoje
em dia reunir as crianças com seus familiares para brincar.
Devido que os pais passa menos horas com seus filhos, devido as suas
ocupações profissionais ou o seu local de trabalho e distante de sua residência.
E frequentemente estas crianças passa o seu tempo livre em frente a TV,
computadores e se distância de seus familiares. Para confirmar a veracidade
desta afirmação basta perguntar a um pai e a uma criança fica para o “Depois”.
E assim muitos ensinamentos que eram para ser repassados e ficarem as
famílias mais tempo juntos ficam, vão ficando para Depois.
Onde mais ter e compartilhar esse tipo de
experiência a não ser nos bancos escolares, tendo
como incentivadores os professores, as diferentes
formas de brincar e jogar na escola, constituem
apenas diferentes modos de ensinar e aprender
que, ao incorporarem a ludicidade, podem
propiciar novas e interessantes relações e
interações entre as crianças e destas com os
conhecimentos”. (BORBA, 2006. P.43) .
Pode com seus alunos buscar todos os processo histórico que os jogos
e brincadeiras ou aquela atividade escolhida passou bem como os processos
culturais, políticos, econômicos ocorridos durante as realizações dessas
brincadeiras e refletir criticamente com seus alunos a realidade que acercou no
passado e a cerca no momento contemporâneo. E levar o aluno a consciência
acerca do ato de brincar tem uma problematização que contribui para
aprendizagem.
É indispensável estudar as antigas sociedade e os nossos antepassados
e como as gerações passava as informações aos seus descendentes e
contabilizá-las a favor da aprendizagem. Esta tarefa árdua foi feita de diversas
maneiras pela observação, pelo erro e acento, ensinamento oral, e até
esquemas de desenhos. A partir que estas sociedades passa a usar o registro
escritos muitos jogos e brincadeiras, não caíram no esquecimento e contribui
para fazer o repasse escrito a novas gerações.
Mais o mais importante e o contato físico e o oral pelo motivo de nos
aproximar das pessoas. E é um processo em que cria laços afetivos.
O que podemos citar outros fatores poderá mudar, era contribuir
significativamente para aproximação das pessoas.
Fatores:
Favorece a interação entre as pessoas;
Oportuniza o desenvolvimento: psicomotor, cognitivo, sócio-afetivo;
Forma pessoas críticas e participativas;
Resgata valores entre avós, pais e filhos como: amizade, cooperação,
respeito, união.
Para Faria Junior (1996)... jogos populares,
infantis, parlendas e brinquedos foram sendo
perdidos (ou transformados) nos últimos cinqüenta
anos possivelmente como conseqüência dos
processos de urbanização e da industrialização.
(pag. 59).
O ato de brincar é muito presente na vida das pessoas quem não lembra
alguma brincadeira, que participou na sua infância. Tais como: pular corda,
soldado, barata, esconde-esconde, amarelinha, bolinha de gude, queimada,
elásticos, castelinho de areia, mãe e filha, etc.
Muitas brincadeiras eram realizadas em grande espaço, mas as cidades
foram crescendo e reduziam este espaço, ou as crianças passa cada vez mais
seu tempo em frente a televisão ou computador.
O que sobra são as aulas de Educação Física para extravasar. Então
ficam a cargo do professor de Educação Física, os repasses de informações.
Para Kishimoto (1992) (apud Calegari e Prodocimo (2006), antigamente
estas informações eram passadas de gerações para geração hoje o convívio
familiar está cada vez mais limitado. O motivo e que as famílias assume cada
vez mais compromisso no dia-a-dia. E as crianças começa a freqüentar a
escola, cursinhos, cada vez mais cedo.
Então ficar evidente que os adultos responsáveis pela crianças, não tem
tempo de passar essas informações.
Então consequentemente se a criança nunca viu ou se ninguém a
ensinou ela não vai saber o que uma barata ou jogo de bolinha, jogo de peteca.
Segundo HUIZINGA (1980, p. 33)
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária
exercida dentro de certos e determinados limites de
tempo e de espaço, segundo regras livremente
consentida, mas absolutamente obrigatória, dotado
de um fim em si mesmo, acompanhado de um
sentimento de tensão e de alegria e de uma
consciência de ser diferente da vida cotidiana.
Para que isso ocorra é importante que o jogo e brincadeiras possam ser
realizados na escola.
Devido ao fato que os conceitos científicos não se
aprendem ou se assimilam de maneira simples,
como hábitos mentais, uma vez que são exigidas
relações mais complexas entre o ensino e o
desenvolvimento destes conceitos. Assim, o
ensino desempenha um papel primordial no
surgimento e na aprendizagem dos conceitos
científicos. (GASPARIN, 2003, p. 65)
1) ATIVIDADE: Avaliativa (aula teórica) 1 aula.
Faça um texto explicativa sobre o importância dos jogos e brincadeiras na
escola?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo.
In BRASIL. MEC/SEB. Ensino Fundamental de 9 anos: Orientações para
inclusão da criança de 6 anos de idade. 2.ed. BRASÍLIA, ,2007.
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DF. Senado Federal. 2008.
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Coletivo de autores. Aprendendo a Educação Física. Volume 1. 1992.
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(1999).
Equipe Técnica BNL. Repensando a Educação Física. Módulo I. Bolsa
Nacional do Livro. 2008.
GASPARIN, J.L. Uma didática para a Pedagogia Histórica-Crítica.
2.ed.Campinas: Autores Associados, 2003.
HUIZIGA, Johan. Homo Ludens. 2. ed. São Paulo. Perspectiva, 1980.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais infantis. O jogo da criança
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KUHLMANN JÚNIOR, Moysés. Infância e Educação Infantil: Uma abordagem
Histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
NAHAS, Markus V., Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Conceitos
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PARANÁ. CEE. Indicação nº 01/06. Normas para implantação do ensino
fundamental de nove anos de duração no Sistema Estadual de Ensino do
Estado do Paraná.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do
Paraná: Educação Física. Curitiba. 2008.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dr. Rebouças – Ensino
Fundamental e Médio. Rio Bom, Pr. 2007.
REGO, Tereza Cristina. Vygotsk: Uma perspectiva histórico-cultural.
Petrópolis, RJ. Vozes. 1995.
SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara,
onze teses sobre a educação e política. São Paulo. Cortez: Autores
Associados, 1985.
É preciso começar a perder a memória, ainda
que se trate de fragmentos desta, para perceber
que é esta memória que faz toda a nossa vida.
Uma vida sem memória não seria uma vida,
assim como uma inteligência sem possibilidade
de exprimir-se não seria uma inteligência.
Nossa memória é nossa coerência, nossa razão,
nossa ação, nosso sentimento. Sem ela, não
somos nada.
(Luis Buñel – Meu último suspiro).
ELIANE VOGT RODRIGUES DA SILVA