Post on 12-Mar-2022
HIST BRASILGerardo
O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL(Fatores)
• A Crise do Antigo Regime e do Sistema Colonial.• As influências do Iluminismo, da Independência dos EUA, da Revolução
Francesa e da Era Napoleônica.• Os movimento nativistas e separatistas no Brasil e na América
espanhola. • A Transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial.• As mudanças implantadas na Colônia pela administração Joanina com
a Transferência da Família Real portuguesa para o Brasil (1808-1821).• A participação da Imprensa e da Maçonaria.• A Revolução do Porto (1820) e a criação das Cortes de Lisboa.• A formação dos partidos:
“Radical” →(anticolonialista, republicano e federalista)
“Brasileiro” → (anticolonialista, centralista, monarquista, escravista);
“Português” → (recolonizador e contra a Independência);
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Período Joanino na Colônia(1808-1821)(Supressão das característica coloniais)
Revolução do Porto(1820)
Regresso da Família Real para Portugal(1821)
Cortes de Lisboa
Objetivos
Modernizadores(para Portugal)
Conservadores(para o Brasil)
Fim do absolutismo
Constituição
Revogação da abertura dos portos
Recolonização do Brasil
A presença de D. Pedro no Brasil, como príncipe regente, dificultava as pretensões recolonizadoras das Cortes.
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AS CORTES DE LISBOA•O propósito das Cortes era
"recolonizar" o Brasil. •Das 181 cadeiras das Cortes, apenas 72
poderiam ser ocupadas por deputados brasileiros, havendo ainda ,entre esses, os que eram francamente favoráveis à
metrópole.• Com essa vantagem, as Cortes
aprovaram uma emenda onde o Brasil não apenas deixaria de ser um reino
unido a Portugal como também o vice-reinado, com sede no Rio de Janeiro, não seria restabelecido.
•Em vez de possuir um governo central, o Brasil seria dividido em províncias autônomas, cujos governadores (militares) seriam nomeados
pelas próprias Cortes.
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• As pressões sobre D. Pedro cresceram de ambos os lados:• Portugal exigindo sua volta;• Os “brasileiros” querendo sua permanência, como forma de resistir às
pretensões de Lisboa.
• ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL• (1821-1822)
• Abril/1821 → As Cortes de Lisboa anulam o Decreto de D. João VI que designara D. Pedro como regente do Brasil.
• Setembro/1821 → Novos atos extinguem importantes tribunais e repartições públicas no Brasil.
• Outubro/1821 → As Cortes determinam que os governadores de províncias ficariam subordinados diretamente a Lisboa. O Rio de Janeiro deixaria de ser Corte e era reduzido a simples província, cabendo a D. Pedro uma modesta função de governador ao invés da regência sobre o Reino Unido.
Os antecedentes da emancipação
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• Dezembro/1821 → Chegam ao Rio de Janeiro decretos exigindo a volta de D. Pedro. → As pressões das Cortes passam a incidir diretamente sobre D. Pedro.
• 09 /01/ 1822 → D. Pedro decide permanecer no Brasil(Dia do Fico). • Fevereiro/1822 → Uma divisão militar portuguesa, comandada por Jorge Avilez, tenta
rebelar-se contra D. Pedro sendo obrigada a embarcar para Portugal.
Na fragata União(08/02/1822), D. Pedro, retratado de
forma heróica, expulsa Jorge Avilez,
representante militar das cortes portuguesas.
ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL(1821-1822)
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•Fevereiro/1822 → Decreto do “Cumpra-se”, determinando que nenhuma lei das Cortes de Lisboa poderia vigorar no Brasil sem aprovação de D. Pedro.
•Maio/1822 → D. Pedro recebe o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”.
•Julho/1822 → Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca uma Assembléia Constituinte brasileira.
•Agosto/1822 → Qualquer tropa portuguesa que tentar desembarcar no Brasil, será recebida como inimiga.
•Após vários desentendimentos com as Cortes de Lisboa, D. Pedro, Príncipe Regente do Brasil, aliado a aristocracia colonial, declara o rompimento com Portugal
•07/09/1822 “Grito do Ipiranga”
ETAPAS DO ROMPIMENTO COM PORTUGAL(1821-1822)
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“Finalmente, na madrugada de 7 de setembro, D. Pedro saiu de Santos em direção a São Paulo,(...) mas logo à altura de Cubatão começou a passar
mal da barriga, por isso, mandou que a Guarda e a maior parte da sua comitiva se adiantassem para esperá-lo perto da capital. Vestia um uniforme
comum, uma fardeta de oficial de polícia e montava uma besta gateada, mais adequada que o
cavalo para descer e subir...”(?)(Gerson Brasil - A Revolução Brasileira de D. Pedro I - pag. 123)
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O GRITO DO IPIRANGA
•“O Grito do Ipiranga é a versão romântico-oficial da Independência, retratada mitologicamente.
•D. Pedro, usando uma roupa simples de viagem sobre uma prosaica mula, é transformado num jovem e arrebatado príncipe, montado em soberbo cavalo, num topo de uma colina.”
(Brasil, Texto e Consulta. Antônio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão)
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A separação política de Portugal•A tradição romântica consagra D. Pedro como o grande arquiteto de
nossa Independência.•Monarquista e aristocrática, ela
precisava justificar a exclusão do povo e criar o mito do momento da fundação do império(única e exótica monarquia
latino-americana), colocando seu fundador como herói, representante,
supostamente legítimo, de uma ‘vontade popular’, abstrata e
inexistente.•Na verdade, para além de sua contribuição individual, ele foi o
representante de forças políticas e econômicas que, para continuarem se expandindo, precisavam libertar-se do
domínio português.
D. Pedro I
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Para o historiador Mário Schmidt, D. Pedro não foi o autor da Independência do
Brasil. Ele funcionou apenas como uma peça de uma grande
máquina controlada pela aristocracia brasileira.
A Independência do Brasil, foi resultado de um arranjo político (desprovido de
mudanças sociais) preparado por um grupo de
representantes das classes dominantes da época,
empenhados no rompimento dos laços com a Corte
Portuguesa, sem mexer nas estruturas já existentes.
(D. Pedro, fantoche dos aristocratas.Ilustração tirada do livro 500 anos de História mal Contada.
Mário Schmidt, editora Nova Geração.
A separação política de Portugal
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OS ARTICULADORES DA INDEPENDÊNCIA
Joaquim Gonçalves Ledo,
liberal radical, lutou pela
Independência tanto por meio do
seu Jornal Reverbero
Constitucional, quanto por sua atuação na loja
Maçônica Grande Oriente.
•José Bonifácio de Andrada, um dos
principais articuladores da Independência. Politicamente era
favorável a um sistema monárquico onde excluía o povo de
qualquer participação. •A despeito desse conservadorismo,
condenava o trabalho escravo e o latifúndio
improdutivo.
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Coroação de D. Pedro IPara a aristocracia, a
permanência de D. Pedro I no trono evitaria a
fragmentação, como já ocorrera na América
espanhola, mantendo todas as províncias
unidas sob o manto do Império, evitando a
radicalização de uma república democrática
que ameaçasse o sistema escravista.
A monarquia era vista como fator de unidade e
estabilidade
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A Guerra da Independência(1822-1824)
•Governadores e comandantes militares portugueses de algumas
províncias não aceitaram a separação e resistiram à decisão
de D. Pedro.• Desencadearam-se lutas,
principalmente no Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e
Cisplatina (atual Uruguai), onde o número de comerciantes com
interesses vinculados a Portugal era maior.
•Esses rebeldes foram derrotados por forças populares e militares comandadas por mercenários
estrangeiros enviados pelo governo imperial.
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Maria Quitéria•Fugiu de casa e alistou-se voluntariamente nas tropas brasileiras que lutavam pela
Independência.•Condecorada por D. Pedro I
com a insígnia da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul, foi a primeira mulher a participar
de uma unidade militar no Brasil.
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D. Leopoldina•Em 1822, durante da viagem de
D. Pedro a São Paulo, Leopoldina permaneceu no Palácio Imperial e ocupou o
cargo de regente do Brasil por alguns dias, período que inclui a assinatura da Independência do nosso país. Chefiou o conselho de Estado, contratou militares mercenários na luta contra os
portugueses e contra uma futura invasão de Portugal.
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Maria Felipa•Liderou de um agrupamento de 40 mulheres que atuavam
na Ilha de Itaparica, no estado da Bahia, construiu
trincheiras na entrada da Baía de Todos os Santos e atacou soldados, após medidas de sedução, dando surras de
cansanção (planta semelhante à urtiga) que tentaram invadir
Salvador.
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Joana Angélica
•Tentou, literalmente, barrar o autoritarismo português, em um ato de extrema bravura. A
abadessa se pôs à porta principal do Convento da
Lapa, em Salvador, ordenando que as irmãs escapassem pelos fundos do edifício
religioso.
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A Assembleia Constituinte
(Abertura dos trabalhos constituintes).
Mesmo antes de iniciar seus trabalhos, no dia 3 de maio de 1823, a Assembléia Constituinte parecia destinada ao fracasso. Não só as
principais facções políticas se achavam em conflito, como o imperador não aceitava a limitação de seus poderes.
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O ESTADO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1824
Poder Moderador
Imperador+
Conselho de Estado
Poder Executivo Poder JudiciárioPoder Legislativo
Senado(Vitalício)
Câmarados
Deputados
Imperador+
Ministério
SupremoTribunal
De Justiça
Presidentes de Províncias
Câmaras Municipais
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ELEITOR DE PARÓQUIA100 mil-réis ao ano
ELEITOR DE PROVÍNCIA200 mil-réis ao ano
DEPUTADO400 mil-réis ao ano
SENADOR800 mil-réis ao ano
ELEGE
ELEGE ELEGE
SISTEMA ELEITORAL CENSITÁRIO CONSTITUIÇÃO DE 1824
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A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR(1824)(Causas)
• A herança de 1817→ (nativismo, lusofobismo e republicanismo)• A solução monárquica adotada na Independência → desagrada
liberais republicanos.• O autoritarismo de D. Pedro I.• O fechamento da Assembléia Constituinte(1823).• A imposição da Constituição de 1824(25.03) → centralista autoritária.• A estagnação das economias açucareira e algodoeira → Declínio das
exportações → aumento dos impostos determinados pelo Governo Imperial.• A difusão das idéias liberais e republicanas pelas jornais Tifis
Pernambucano(de Frei Caneca) e Sentinela da Liberdade(de Cipriano Barata).
• As tentativas de destituição de Manoel Carvalho Paes de Andrade do governo de Pernambuco desencadeiam a Confederação do Equador.
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A Confederação do Equador colocou em xeque a forma de governo adotada pelo Brasil após a independência, opondo-se tanto à monarquia quanto ao autoritarismo do Imperador. Por
isso mesmo, D. Pedro I lançou contra ela todo o seu poderio militar. Na aquarela de Leandro Martins, podemos observar as tropas imperiais atacando Recife.
A Confederação do Equador
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A decisão de suspender temporariamente o tráfico de escravos no porto de Recife(acima), causou um fracionamento no movimento pois atingia em cheio os poderosos interesses locais. Com o radicalismo ganhando espaços maiores a classe dominante, que aderiu ao movimento, recuou
rompendo o apoio que mantinha com a Confederação.
A Confederação do Equador
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Bandeira da Confederação do Equador e a execução de Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca
A Confederação do Equador
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•Educado no Seminário de Olinda, centro de difusão de idéias liberais, tornou-se um
dos mais combativos lutadores pela independência e pela
república nos anos de 1817 a 1824.
• Lutou contra o autoritarismo de d. Pedro I, pegou em armas, e
pagou com a vida pela rebeldia.•Nenhum carrasco habilitou-se a
executá-lo. Nem mesmo em troca da liberdade, presidiário
algum aceitou a tarefa.•A execução de frei Caneca , óleo de Murilo la
Greca.
A execução de frei Caneca
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Diego Rivera e Antônio Lavalleja libertaram o Uruguai Do Brasil após Guerra da Cisplatina(1825 – 1828)
A Guerra de Independência do Uruguai ( 1825/28)
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Maria da Glória (Maria II de Portugal)
D. Miguel usurpou o trono da sobrinha, D. Maria da Glória, fazendo-se aclamar rei de Portugal. Depois da
abdicação, D. Pedro lutou e recuperou o trono português para sua filha, que foi coroada Maria II aos
quinze anos.
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Líbero Badaró
•João Batista Líbero Badaró, em seu Jornal o Observador
Constitucional, usava uma linguagem irreverente e
bastante crítica do autoritarismo de D. Pedro I. •Foi assassinado de forma misteriosa e em seu enterro compareceram mais de 5 mil pessoas exigindo a renúncia
do Imperador
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•“Morre um liberal, mas não morre a liberdade”: teriam sido suas últimas
palavras.• A frase correu de boca
em boca por todo o país, estimulando a luta contra o autoritarismo
de D. Pedro I. (Badaró em seu leito de morte, pintura de
Hércules Florence).
Líbero Badaró
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A Marquesa de SantosApós se tornar
imperador, D. Pedro deixou de lado uma
certa discrição e tornou público, de forma
ostensiva, seu romance.A crescente
interferência da marquesa nos negócios do governo foi um dos fatores que reduziram
gradativamente a simpatia popular pelo
imperador..Dessa relação de sete anos nasceram quatro
filhos
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D. Pedro escreveu numerosas cartas à Marquesa, muitas das quais
encontram-se hoje em instituições públicas como o Instituto Histórico e a Biblioteca Nacional. A maior parte já
foi publicada, mas alguns textos foram omitidos ou ainda censurados.
O imperador assinava de diversas maneiras, desde o mais formal
Imperador até Seu “Fogo Foguinho”, passando por “O Demonão, e
chamava a amante diversamente de Marquesa, Querida Marquesa, “Titília”, “Filha”, “bela” etc.
As cartas amorosas
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A Renúncia de D. Pedro I(Causas)
• O espírito nativista de muitos brasileiros.• Aproximação cada vez maior de D. Pedro com o Partido
Português.• O autoritarismo de D. Pedro revelado com o fechamento da
Assembléia Constituinte de 1823, a imposição da Carta de 1824 e a violenta repressão à Confederação do Equador.
• Os efeitos da Guerra da Cisplatina (1825-28).• Envolvimento na Questão Sucessória Portuguesa (1826).• Agravamento da crise econômica e financeira.• Os reflexos dos movimentos liberais de 1830 na Europa.• Forte oposição da Imprensa e da Câmara dos Deputados.• O assassinato do jornalista Líbero Badaró.• A “Noite das Garrafadas”.• A substituição do “Ministérios dos Brasileiros” pelo “Ministérios
dos Medalhões.”
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Morte de Dom Pedro I Em 1834, aos 36 anos, falecia D. Pedro I, em
Portugal, vitimado pela tuberculose. Fora
deposto do Brasil como um déspota.
Ironicamente, na Europa foi saudado como um liberal, “semeador de constituições”. Seus últimos anos de vida
foram de lutas contra seu irmão D.Miguel pelo trono de Portugal, usurpado de
sua filha.
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"Passa fora pé de chumboVai-te do nosso Brasil
Que o Brasil é brasileiroDepois do 7 de Abril".
A Abdicação de D. Pedro IO Primeiro Reinado não passou de um período de transição em que a
reação portuguesa, apoiada no absolutismo de D. Pedro I , se conservou no poder.
A abdicação rompe os últimos elos entre Brasil e Portugal e consolida a
Independência