Transcript of Bíblia de Estudo John Macarthur-completa
1. BIBLIA DE ESTUDO MacArthur Sociedade Bblica do Brasil
Barueri, SP.
2. Misso da Sociedade Bblica do Brasil: Promover a difuso da
Bblia e sua mensagem como instrumento de transformao espiritual, de
fortalecimento dos valores ticos e morais e de incentivo ao
desenvolvimento humano, nos aspectos espiritual, educacional,
cultural e social, em mbito nacional. B477b Bblia de Estudo
MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bblica do Brasil, 2010. 2048 p.
17,2x23,5 cm. Texto biblico: Almeida Revista e Atualizada, 1988,
1993 Sociedade Bblica do Brasil. Inclui quadros, mapas, introdues,
notas de estudo, concordncia bblica, e outros auxlios.
978-85-311-1250-8 1. Bblia Sagrada. 2 Bblia de Estudo 3. Igrejas
Crists. 4. John MacArthur. 5. Almeida Revista e Atualizada I.
Sociedade Bblica do Brasil CDD 262.1 O Logomarca da RA: H vrios
sculos o crculo tem sido usado no Cristianismo como emblema da
eternidade, pois, por no ter princpio ou fim, mostra perfeio e
continuidade, sendo assim a representao ideal da vida eterna.
Baseada nisso, a SBB adotou um crculo estilizado para identificar a
edio Revista e Atualizada da traduo de Joo Ferreira de Almeida. B b
l ia d e Es t u d o M a c A r t h u r 2010 Sociedade Bblica do
Brasil Todos os direitos reservados Av. Ceei, 706 - Tambor Barueri,
SP - CEP 06460-120 Cx. Postal 330 - CEP 06453-970 www.sbb.org.br -
0800-727-8888 Traduo e adaptao de T h e M a c A r t h u r St u d y
Bib l e 1997Thomas Nelson, Inc. Publicado porThomas Nelson
Publishers Texto Bblico Traduo de Joo Ferreira de Almeida Revista e
Atualizada, 2^. edio 1993 Sociedade Bblica do Brasil Integralmente
adaptado reforma ortogrfica. Traduo dos artigos Arno Bessel Clarice
Tammerik Incio da Silva Daniele Martins Damiani Emirson Justino da
Silva Lizani Bessel Rui Gilberto Staats Ruth Helena Villas Boas
Gabbi Couto Estcio Susana Elisa de Campos Klassen Valria Lamim
Delgado Fernandes Thas Seidel de Souza Reviso e preparao de texto
Claudete gua de Melo e Sociedade Bblica do Brasil Projeto grfico,
diagramao, impresso e acabamento Sociedade Bblica do Brasil As
notas e os artigos da Bblia de Estudo MacArthur so de
responsabilidade de seu autor, no refletindo necessariamente a
posio da Sociedade Bblica do Brasil. Impresso na Grfica da Bblia
Brasil RA08BEMA - 30.000 - SBB - 2010 (NPI 9180)
3. Co n t e d o - - ' ...........-* Quadros e
mapas................................................................................................................vii
Introduo
Bblia..............................................................................................................ix
Observaes
pessoais.......................................................................................................xiii
Como surgiu a
Bblia.........................................................................................................xv
Como estudar a
Bblia.........................................................................................
............xxi An t ig o Testam ento Introduo ao
Pentateuco................
................................................................
..............3 Uma harmonia entre os livros de Samuel, Reis e
Crnicas....................................... 7 Introduo aos
Profetas...............................................................................
...................11 LIVRO ABREV. CAPS. PG. LIVRO ABREV. CAPS. PG.
Gnesis..................Gn...................50.........
..........15 Eclesiastes........... ..........Ec...........
........12......... ........834 xodo....................
.........Ex..............40..... ..... 88 Cntico.........
......Ct...... .....8..... ........846
Levtico...............Lv...............27........ .... 145
Isaas........... ...... Is..........
........66..................856 Nmeros..............
........Nm.........,........36......... ........182
Jeremias............... ...... Jr...... .... 52..... .... 936
Deuteronmio........D t.......... 34..... .... 229 Lamentaes
Josu............ ........Js...... .... 24..... .... 280 de
Jeremias..... .....Lm...... ........999 Juizes.....................
..........Jz...................21......... ........308
Ezequiel............... ......Ez...... .... 48..... ...1009
Rute............. .....Rt............4 ..... .... 337
Daniel........... .....Dn...... .... 12..... .....1075
ISamuel......... .... 31..... ........345 Oseias..................
..........Os..................14......... .....1098
2Samuel......... ....2Sm..... .... 24..... .... 392 ......
JI......... .....3 ..... ...1109 IReis............ .... lR s.....
.... 22..... .... 430 Ams........... .....Am..... .....9.....
.....1116 2Reis............ .... 2Rs..... ........25.....
........475 Obadias........ .........Ob...... .....1...........1125
iCrnicas....... .... lC r..... .... 29..... .... 519
Jonas............ ..... Jn...... .....4 ..... ...1128
2Crnicas....... .... 2Cr..... .... 36..... .... 550
Miqueias........ .....Mq..... .....7 ..... ...1133
Esdras.................Ed.......... 10..... .... 589
Naum.................Na..... .....3..... ...1141 Neemias.........
.....Ne.......... 13..... .... 604 Habacuque........... Hc.....
.....3 ..... ...1145 Ester............ .....Et........... 10.....
.... 625 Sofonias........ ...... Sf...... .....3..... ...1151
l................ .....J........... 42..... Aseu............
..........Ag..... .........2 ..... .....1156 Salmos.......... .....
SI...... ....150.... .... 678 Zacarias........ ..........Z
c.......... .... 14..... ...1161 Provrbios....... .....Pv..........
31..... .... 794 Malaquias.............M l..... .....4 .....
.....1179
4. CONTEDO vi Novo T e s ta m e n to Perodo
intertestamentrio..........................................................................................1187
Introduo aos
Evangelhos..........................................................................................1193
Uma harmonia dos
Evangelhos...................................................................................1196
LIVRO ABREV. CAPS. PAG. Mateus.................... .......M
t......... ........28..............1205 Marcos....................
......Mc.......... ........16......... .....1265
Lucas....................... .......Lc...........
........24..............1315 Joo..........................
.......Jo........... ........21..............1376 Atos dos
Apostlos............ .......At........... ........28.........
.....1433 Romanos................ ........16......... .....1488
ICorntios.............. ......lC o.................16.........
.....1525 2Corntios..............
......2Co.................13......... .....1558
Glatas.................... .......G1...........
.........6.......... .....1583 Efsios.....................
.......Ef........... .........6...............1598
Filipenses................ .......FP........... .........4
...............1613 Colossenses........... ....Cl...... .........4
................1625 ITessalonicenses..........lTs..........
.........5.......... .....1636 LIVRO ABREV CAPS. PAG.
2Tessalonicenses........2Ts....................3................1646
ITimteo......................lTm...................6................1651
2Timteo......................2Tm.............. 4 ..... ......1667
Tito................... Tt...... ..... 3..... ...1677
Filemom.....................Fm........... 1..... ...1683
Hebreus......................Hb...........13...............1686
......... T g ........... ..........5................1715 .......lP
e ...................5.............1726 ....2Pe.......... 3.....
...1740 ljoo....................IJo........... 5..... ... 1751
2Joo.................2Jo..... ..... 1..... ... 1765
.......3Jo......... ..... 1..... ......1768
Judas................................Jd............1..... ... 1771
Apocalipse....... ........Ap..........22........1777 Au x l io s O
carter da verdadeira f
salvadora.........................................................................
1815 Uma viso geral da
teologia...................................................................
....................1817 ndice das principais doutrinas
bblicas....................................................................1823
Tabela de pesos, dinheiro e
medidas..........................................................................1859
Concordncia
bblica........................................................................
.......... ............... 1863
5. Qu a d r o s e mapas Cronologia do
dilvio......................................................27
Principais montes da
Bblia..........................................28 Naes de Gnesis
10......................................................31 Viagem
de
Abrao............................................................32
Falsos deuses no Antigo Testamento...........................60
Viagens de
Jac................................................................
62 Viagem de Jos ao
Egito..................................................67 De Ado s
doze tribos de Israel...................................83 Jos Um
tipo de Cristo..............................................87 Fuga
e retorno de Moiss.............................................. 91
Dez pragas do
Egito.........................................................99
Cronologia do
xodo.................................................... 106
xodo...............................................................................
107 Dez
mandamentos.........................................................118
Planta do Tabernculo
.................................................. 127 Cristo nas
ofertas ievticas...........................................149
Sacrifcios do Antigo Testamento comparados com o sacrifcio de
Cristo.................150 Festas
judaicas................................................................
175 Cristo cumpre as festas
israelitas................................176 Acampamento das
tribos de Israel.............................186 Do deserto ao
Jordo....................................................224 Pena
de
morte................................................................
249 Calendrio de
Israel...................................................... 253
Preparao de Josu para o ministrio...,.................. 282 Povos
ao redor da Terra Prometida........................... 284
Conquista de Cana Campanhas no centro e no
sul............................... 291 Conquista de Cana Campanhas
no norte................................................293 Diviso
das
tribos..........................................................
295 Cidades de
refgio........................................................ 302
Juizes de
Israel................................................................
311 Geografia dos
juizes...................................................... 326 De
Moabe para Belm..................................................
337 Rute: a esposa de Provrbios 31.................................
343 l^ocais do ministrio de Samuel.................................
350 -ocais da viagem da
arca............................................. 352 1 ^cais das
ameaas filisteias........................................353 _ ;
:ais das campanhas militares de Saul................... 364 - :ites
de Davi tornar-se rei......................................... 371
T.dade de
Davi...............................................................
399 rino de
Davi.................................................................
405 eis de Israel e de
Jud..................................................431 -rrusalm
de Salomo..................................................440
-iplo de
Salomo.......................................................443
>dividido................................................................
456 r.f :o reino
dividido...................................................457
7~'surreies de
mortos..............................................464 Ministrios
de Elias e de Eliseu.................................. 466 Imprio
Assrio..............................................................499
Jerusalm no tempo de Ezequias............................... 506
Imprio
Babilnico.......................................................510
Campanhas de Nabucodonosor contra
Jud..................................................................
516 Breve harmonia entre Samuel, Reis e Crnicas........521 Fontes
de Crnicas........................................................
529 Aliana davdica em Crnicas....................................
537 Tarefas no templo..........................................
...............542 Extenso da fama de
Salomo.....................................551 Retorno dos exilados
para Jerusalm.........................591 Rota dos retornos dos
judeus.....................................592 Imprio
Persa.................................................................599
Cronologia de
Neemias............................................... 606 Jerusalm
na poca de Neemias................................. 609 Sete
tentativas para interromper o trabalho de
Neemias............................................. 611 Cronologia
histrica de Ester.....................................629 Esboo
biogrfico de J................................................640
Roteiro de
l...................................................................
641 Morte em vida de
J......................................................645 Tipos de
salmos.............................................................680
Contexto histrico dos salmos de Davi....................682
Profecias messinicas nos Salmos............................. 689
Imagens de Deus nos Salmos......................................696
Uno do Esprito Santo no Antigo Testamento.....720 Cristo nos Salmos
(Lc 24.44)......................................768 Smbolos da
Bblia.........................................................802
Eclesiastes e as
vaidades...........................................836 Reflexes de
Salomo sobre Gnesis......................... 838 Terminologia em
Cntico dos Cnticos................... 847 Terminologia em Cntico
dos Cnticos................... 848 Terminologia em Cntico dos
Cnticos................... 849 Geografia de Cntico dos
Cnticos........................... 850 Terminologia em Cntico dos
Cnticos....................851 Terminologia em Cntico dos
Cnticos................... 853 Terminologia em Cntico dos
Cnticos................... 854 Cumprimento de Isaas na primeira
vinda de Cristo.................................... 865 Juzo de
Deus sobre as naes....................................873 Descrio
de Isaas do futuro reinado de Israel.....933 Ilustraes do juzo de
Deus.......................................938 Principais provaes
de Jeremias............................... 939 Lies
prticas...............................................................953
Comparao entre 2Reis, Jeremias e
Lamentaes.........................................1000 Outros
lamentos..........................................................1006
Alm de Lamentaes................................................
1007
6. QUADROS E MAPAS viii Datas em
Ezequiel.....................................................1012
Experincias de Ezequiel com sinais.....................1014 reas
cobertas pelas profecias de Ezequiel..........1040 Templo de
Ezequiel...................................................1061
Sacrifcios no
milnio..............................................1063 Regio
sagrada...........................................................1069
Festas no
milnio.......................................................1071
Restaurao da terra prometida.............................1072 Viso
geral dos reinos de Daniel............................1078 Imprio
Grego de Alexandre..................................1088
Benignidade de Deus para com Israel...................1100 Dia do
Senhor............................................................1111
Cinco vises de
Ams..............................................1122 Restaurao
final de Israel.......................................1124 Juzo de
Deus sobre Edom.......................................1127 Dez
milagres em Jonas.............................................1129
Perdo de Deus para o pecado...............................1139
Castigo de Deus para a Assria/Nnive.................1142 Outros
salmos............................................................1146
Cumprimentos do Dia do Senhor......................1152 Promessas
de Deus quanto
restaurao............................................1155
Zorobabel....................................................................1158
Templos da
Bblia......................................................1159
Outros nomes para Jerusalm................................1170
Nomes de Deus no Antigo Testamento................1181 Controle
romano da Palestina................................1186 rvore
genealgica de Herodes.............................1210 Parbolas de
Jesus.....................................................1231
Sofrimento, crucificao e ressurreio de Cristo.... 1257 Milagres de
Jesus.......................................................1269
Planta do templo de Herodes..................................1273
Mulheres do Novo Testamento..............................1319 Oito
sinais...................................................................1384
Afirmaes "EU SOU.............................................1396
Expanso sob os macabeus.....................................1190
Ministrios do Esprito Santo.................................1436
Principais sermes em Atos....................................1442
Roma do primeiro sculo .......................................1489
Aparecimentos do Cristo ressuscitado.................1552 Cidade de
feso.........................................................1599
Glrias de
Cristo.......................................................1626
Ttulos de
Cristo........................................................1633
Comunidades com igrejas crists por volta do ano
100............................................. 1639 Nomes de
Satans.....................................................1665
Comparao entre os dois encarceramentos romanos de
Paulo.................1668 Perfil de um
apstata................................................1776 Sete
igrejas..................................................................1781
7. Introduo BBLIA A Bblia uma compilao de 66 documentos
inspirados por Deus'. Esses documentos esto reunidos em dois
testamentos, o Antigo (39) e o Novo (27). Profetas, sacerdotes,
reis e lderes da nao de Israel escreveram os ^ A livros do Antigo
Testamento em hebraico (com duas passagens em aramaico). Os
apstolos e seus companhei ros escreveram os livros do Novo
Testamento em grego. 0 registro do Antigo Testamento comea com a
criao do universo e termina 400 anos antes da primeira vinda de
Jesus Cristo. O desenrolar da Histria atravs do Antigo Testamento
avana de acordo com as seguintes linhas: A criao do universo A
queda do homem O castigo do dilvio na terra Abrao, Isaque, Jac
(Israel) pais da nao escolhida A histria de Israel * O exlio no
Egito 430 anos * O xodo e a peregrinao pelo deserto 40 anos * A
conquista de Cana 7 anos * A era dos juizes 350 anos * O Reino
Unido Saul, Davi, Salomo 110 anos * O exlio na Babilnia 70 anos * O
retorno e reconstruo da Terra Prometida 140 anos Os detalhes dessa
histria esto explicados nos 39 livros divididos em cinco
categorias: A Lei 5 (Gnesis a Deuteronmio) Histria 12 (Josu a
Ester) Sabedoria 5 (J a Cntico dos Cnticos) Profetas maiores 5
(Isaas a Daniel) Profetas menores 12 (Oseias a Malaquias) Depois da
concluso do AT, passaram-se 400 anos de silncio, durante os quais
Deus no falou e no inspirou nenhuma Escritura. Esse silncio foi
quebrado com a chegada de Joo Batista anunciando que o Salvador
prometido havia vindo. O NT registra o resto da histria, do
nascimento de Jesus at a culminao de toda Histria e o estado final
eterno; assim, os dois testamentos vo da criao at a consumao,da
eternidade passadaat a eternidade futura. Enquanto os 39 livros do
AT enfatizam a histria de Israel e a promessado Salvador vindouro,
os27 livros do NT enfati zam a pessoa de Cristo e o estabelecimento
da Igreja. Os quatro Evangelhos fornecem o registro de seu
nascimento, vida, morte, ressurreio e ascenso. Cada um dos quatro
escritores v o maior e mais importante acontecimento da Histria, a
vinda do Deus-homem, Jesus Cristo, de uma perspectiva diferente.
Mateus o v da perspectiva do seu reino, Marcos da perspectiva de
sua vida de servio, Lucas da perspectiva de sua humanidade e Joo da
perspectiva de sua divindade. O livro de Atos conta a histria do
impacto da vida, morte e ressurreio de Jesus Cristo, o Senhor
Salvador da sua ascenso, a conseqente vinda do Esprito Santo e o
nascimento da Igreja, atravs dos primeiros anos da pregao do
evangelho pelos apstolos e seus companheiros. Atos registra o
estabelecimento da Igreja na Judeia, em Samaria e no Imprio Romano.
As 21 epstolas foram escritas para igrejas e pessoas individuais
com o objetivo de explicar o significado da pessoa e da obra de
Jesus Cristo, com suas implicaes para a vida e testemunho, at que
ele volte. O NTtermina com Apocalipse, que comea descrevendo a
atual era da igreja, e culmina com a volta de Cristo para estabe
lecer o seu reino terreno, trazendo castigo para os mpios e glria e
bnos para os crentes. Depois do reinado de mil anos do Senhor e
Salvador, haver o ltimo julgamento, que levar ao estado eterno.
Todos os crentes de toda a Histria entram na mxima glria eterna
preparada para eles e todos os mpios so levados ao inferno para
serem punidos eternamente. Dara entender a Bblia, essencial
entender toda a histria da criao at a consumao. tambm crucial
manter em -'oco o tema unificador da Escritura. O tema constante
que se desdobra ao longo de toda a Bblia este: Deus, para a sua
prpria glria, escolheu criar e juntar para si mesmo um grupo de
pessoas para serem os sditos de seu reino e:erno, para ador-lo,
honr-lo e servi-lo para sempre e por meio dos quais ele demonstrar
sua sabedoria, poder,
8. INTRODUO BBLIA x misericrdia, graa e glria. Para que possa
reunir esses escolhidos, Deus precisa redimi-los do pecado. A Bblia
revela o plano de Deus para essa redeno desde o comeo, na
eternidade passada, at a sua concluso, na eternidade fu tura.
Mandamentos, promessas e pocas so todos secundrios em relao ao nico
e contnuo plano de redeno. H um s Deus. A Bblia possui um criador.
Trata-se de um nico livro. Existe um plano de graa registrado de
incio, que passa pela execuo at chegar consumao. Da predestinao at
a glorificao, a Bblia a histria de Deus redimindo o seu povo
escolhido para a adorao de sua glria. medida que os propsitos de
Deus e o seu plano de redeno so descritos na Escritura, cinco
motivos recorren tes so constantemente enfatizados: o carter de
Deus o castigo pelo pecado e pela desobedincia a bno pela f e pela
obedincia o Senhor Salvador e o sacrifcio pelo pecado o reino
vindouro e a glria Todo o contedo revelado nas pginas tanto do AT
como do NT est associado com essas cinco categorias. A Escri tura
est sempre ensinando ou ilustrando: 1) o carter e os atributos de
Deus; 2) a tragdia do pecado e da desobe dincia aos padres santos
de Deus; 3) a bno pela f e pela obedincia aos padres de Deus; 4) a
necessidade de um salvador por cuja justia e substituio os
pecadores podem ser perdoados, declarados justos e transformados
para que possam obedecer aos padres de Deus; 5) a vinda do glorioso
final da histria redentora no reino terreno do Senhor e Salvador e
o subsequente reino e glria eternos de Deus e Cristo. Quando se
estuda a Escritura, essencial conhecer essas categorias recorrentes
como grandes ganchos nos quais dependurar as passagens. Enquanto l
a B blia, a pessoa deveria conseguir relacionar cada parte da
Escritura com esses tpicos dominantes, reconhecendo que o que
apresentado no AT tambm tornado mais explcito no NT. Observar essas
cinco categorias separadamente nos d uma viso geral da Bblia. 1. A
REVELAO DO CARTER DE DEUS Acima de tudo, a Escritura a autorrevelao
de Deus. Ele se revela como o soberano Deus do universo que es
colheu criar o ser humano e dar-se a conhecer a ele. Nessa
autorrevelao estabelecido o seu padro de absoluta santidade. De Ado
e Eva, passando por Caim e Abel e a todos antes e depois da lei de
Moiss, o padro de justia foi estabelecido e sustentado at a ltima
pgina no NT. A violao dele produz castigo, tanto temporal como
eterno. No AT, est registrado que Deus revelou-se pelos seguintes
meios: criao primeiramente por meio do ser humano, que foi feito
sua imagem anjos sinais, maravilhas e milagres vises palavras ditas
pelos profetas e outros Escritura escrita (AT) No NT, est
registrada que Deus revelou-se novamente pelos mesmos meios, mas de
modo mais claro e pleno: criao o Deus-homem, Jesus Cristo, que era
a prpria imagem de Deus anjos sinais, maravilhas e milagres vises
palavras ditas pelos apstolos e profetas Escritura escrita (NT) 2.
A REVELAO DO CASTIGO DIVINO EM DECORRNCIA DO PECADO E DA
DESOBEDINCIA A Escritura repetidamente trata da questo do pecado do
ser humano, que leva ao julgamento divino e conseqente castigo.
Relato aps relato na Escritura demonstra os efeitos mortais, no
tempo e na eternidade, da violao dos padres de Deus. Existem 1.189
captulos na Bblia. Somente quatro deles no envolvem um mundo cado:
os primeiros dois e os lti mos dois antes da queda e depois da
criao de um novo cu e uma nova terra. O resto a crnica da tragdia
do pecado. No AT, Deus mostrou o desastre do pecado comeando com
Ado e Eva, passando por Caim e Abel, os patriarcas, Moiss e Israel,
os reis, sacerdotes, alguns profetas e naes gentias. Ao longo do AT
est o implacvel registro da contnua devastao produzida pelo pecado
e pela desobedincia lei de Deus. No NT, a tragdia do pecado se
torna mais clara. A pregao, o ensino de Jesus e dos apstolos comeam
e terminam com um chamado ao arrependimento. O rei Herodes, o lder
dos judeus, e a nao de Israel junto com Pilatos, Roma e o resto do
mundo todos rejeitaram o Senhor e Salvador, deturpando a verdade de
Deus, desse modo condenando a si mesmos. A crnica do pecado
continua at o fim dos tempos e at o retorno de Cristo em
julgamento. No NT, a
9. xi INTRODUO BBLIA desobedincia ainda mais flagrante do que a
desobedincia do AT porque envolve a rejeio do Senhor e Salvador
Jesus Cristo na mais clara luz da verdade do NT. 3. A REVELAO DA
BNO DIVINA QUE DECORRE DA F E DA OBEDINCIA Repetidamente a
Escritura promete recompensas maravilhosas para o tempo e para a
eternidade para as pessoas que confiam em Deus e procuram obedecer
a ele. No AT, Deus mostrou a bno que decorria do arrependimento do
pecado, da f nele e da obedincia sua palavra de Abel, passando
pelos patriarcas, at o remanescente de Israel e at mesmo gentios
que criam (como o povo de Nnive). 0 padro de Deus, a sua vontade e
sua lei moral para o ser humano foram sempre tornados conhecidos.
Para aqueles que se defrontaram com a prpria incapacidade de manter
o padro de Deus, reconheceram o seu pecado, confessaram a sua
impotncia para agradar a Deus mediante os seus prprios esforos e
obras, e pediram a ele perdo e graa veio a redeno misericordiosa e
bno no tempo e para toda a eternidade. No NT, Deus novamente
mostrou a plenitude das bnos da redeno do pecado para o povo
arrependido. Houve aqueles que responderam pregao de arrependimento
de Joo Batista. Outros se arrependeram com a pregao de Jesus. Ainda
outros de Israel obedeceram ao evangelho mediante a pregao dos
apstolos. E, finalmente, houve os gentios por todo o Imprio Romano
que creram no evangelho. Para todos esses e para todos que crero ao
longo de toda a Histria, h a promessa de bnos tanto neste mundo
como no mundo por vir. 4. A REVELAO DO SENHOR SALVADOR E O
SACRIFCIO PELO PECADO Esse o cerne tanto do AT, o qual Jesus disse
ter falado sobre ele em tipo e profecia, quanto no NT, que traz um
regis tro bblico de sua vinda. A promessa da bno depende da graa e
da misericrdia dada ao pecador. Graa significa que o pecado no ser
mais usado para condenar o pecador. Esse perdo depende do pagamento
da pena do pecado para satisfazer a justia santa. Isso requer um
substituto algum para morrer no lugar dos pecadores. O substituto
que Deus escolheu o nico que era qualificado era Jesus. A salvao
est sempre ligada ao significado da graa, tanto na era do AT quanto
na do NT. Quando qualquer pecador se volta para Deus em
arrependimento e com a convico de que em si mesmo impotente para
salvar-se a si mesmo do castigo que merece da ira divina, e suplica
por misericrdia, a promessa de Deus de perdo garantida. Deus, ento,
o declara justo porque o sacrifcio e a obedincia de Cristo so
creditados na conta desse pecador. No AT, Deus justificava os
pecadores dessa mesma maneira, em antecipao obra expiatria de
Cristo. H, portanto, uma continuidade da graa e da salvao atravs de
toda a histria da redeno. Vrias alianas, promessas e eras no
alteram essa continuidade fundamental, nem a descontinuidade entre
o teste munho da nao no AT, Israel, e o povo testemunha no NT, a
Igreja. Uma continuidade fundamental centrada na cruz, que no se
constituiu numa interrupo do plano de Deus, mas o ponto para o qual
tudo o mais aponta. Ao longo do AT, o Salvador e o sacrifcio so
prometidos. Em Gnesis, ele o descendente da mulher, o qual destruir
Sa tans. Em Zacarias, ele o que foi traspassado, para quem o povo
de Israel se volta e por quem Deus abre a fonte de perdo para todos
os que se afligem por causa do seu pecado. Ele Aquele que era
simbolizado no sistema sacrifical da lei mosaica. Ele o substituto
sofredor anunciado pelos profetas. Ao longo do AT, ele o Messias
que morreria pelas transgresses do seu povo; do comeo ao fim do AT,
o tema do Senhor Salvador como um sacrifcio pelo pecado
apresentado. somente por causa de seu perfeito sacrifcio pelo
pecado que Deus graciosamente perdoa os que creem e se arrependem.
No NT, o Senhor Salvador vem e, na verdade, providencia o sacrifcio
prometido pelo pecado na cruz. Tendo cum prido toda justia por meio
de sua vida perfeita, ele cumpriu a justia mediante a sua prpria
morte. Desse modo, o prprio Deus expiou pelo pecado, a um custo
grande demais para a mente humana compreender. Agora, ele gracio
samente prov a favor deles todo o mrito necessrio para que seu povo
seja objeto do favor de Deus. Isso o que a Escritura quer dizer
quando fala da salvao pela graa. 5. A REVELAO DO REINADO E DA GLRIA
DO SENHOR SALVADOR Esse componente crucial da Escritura leva toda a
histria para a consumao ordenada por Deus. A histria da re deno
controlada por Deus de modo que ela culmine em sua eterna glria. A
histria da redeno terminar com a ~iesma preciso e exatido com que
comeou. As verdades da escatologia no so nem vagas e nem obscuras
nem ilo sem importncia. Assim como em qualquer livro, o modo como a
histria termina o ponto crucial e a parte mais r::erada assim com a
Bblia. A Escritura menciona muitas caractersticas especficas do fim
planejado por Deus. o AT, h vrias menes de um reino terreno
governado pelo Messias, Senhor Salvador, que vir para reinar. Asso-
: =do com esse reino estar a salvao de Israel, a salvao dos
gentios, a renovao da terra dos efeitos do pecado e a essurreio
corprea das pessoas que pertencem ao povo de Deus que tiverem
morrido. Finalmente, o AT prediz que - =.er a "destruio" ou
dissoluo do universo, e a criao de um novo cu e uma nova terra que
ser o estado e:e'no dos piedosos e um inferno eterno para os mpios.
No NT essas caractersticas so esclarecidas e expandidas. O Rei foi
rejeitado e executado, mas ele prometeu retor- -; -em glria,
trazendo castigo, ressurreio e seu reinado para todos aqueles que
crerem. Um nmero incontvel de j *: os de todas as naes ser includo
entre os redimidos. Israel ser salva e levada novamente raiz de
bnos da : 5 eia foi temporariamente amputada.
10. INTRODUO BBLIA xii O reino prometido de Israel ser
desfrutado, com o Senhor Salvador reinando no trono, na terra
renovada, exer cendo poder sobre todo o mundo, tendo reassumido a
sua justa autoridade e recebendo tambm honra e adorao. Depois desse
reino vir a dissoluo da criao renovada, mas ainda manchada pelo
pecado, e a subsequente criao de um novo cu e uma nova terra que
ser o estado eterno, separado para sempre dos mpios no inferno.
Esses so os cinco tpicos que compem a Bblia. Entend-los desde o
incio saber a resposta pergunta que continuamente surge Por que a
Bblia nos diz isso? Tudo se encaixa nesse padro glorioso. medida
que for lendo, pendure a verdade nesses cinco ganchos e a Bblia se
desdobrar, no como 66 documentos separados, ou at mesmo dois
testamentos separados mas um nico livro, escrito por um nico autor
divino, que escreveu isso tudo com um tema que abrange tudo. Minha
orao que o tema magnfico e maravilhoso da redeno dos pecadores para
a glria de Deus leve cada leitor com interesse cativante do comeo
ao fim da histria. Cristo essa a sua histria. Ela de Deus para voc
sobre voc. Ela nos diz o que ele planejou para voc, por que ele
criou voc, o que voc era, o que voc se tornou em Cristo, e o que
ele tem preparado para voc na glria eterna. J ohn M ac A rth u
r
11. Observaes pesso a is i Por que escrever uma Bblia de
estudo? A resposta a essa pergunta vem de uma conversa entre Filipe
e um i etope registrada em Atos 8.30-31: Correndo Filipe, ouviu-o
ler o profeta Isaas e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele
responde: Como poderei entender, se algum no me explicar? E
convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Assim como
Filipe fez com o eunuco, eu quero me sentar com voc e explicar a
Escritura. Esta Bblia de estudo fornece-me esta oportunidade
pessoal. Embora eu seja pessoalmente totalmente responsvel por
todas as notas na Bblia de Estudo MacArthur porque elas todas vm de
mim e por meu intermdio, uma obra desta magnitude com a
responsabilidade de ser to exata, s poderia ter sido feita com uma
equipe de colaboradores que se comprometeram a me ajudar no
trabalho rduo com amorosa devoo e compromisso com a excelncia.
Muitos amigos participaram da equipe todos os quais merecem ser
elogiados e receber agradecimento. Minha maior gratido pertence ao
meu amigo e companheiro de ministrio, Dr. Richard Mayhue,
Vice-Presidente Snior e reitor do The Master's Seminary. Ele se
esforou junto comigo ao longo de todo este projeto, trabalhando
como ningum enquanto servia como superintendente do projeto,
pesquisador tanto do AT como do NT, editor e conselheiro. Seu dom
excepcional para a administrao, juntamente com o seu vasto
conhecimento da Escritura e doutrina, bem como nossa orientao
teolgica concordante, mais a sua habilidade para a escrita, tornou
a nossa parceria realmente efetiva. Devo tambm imensa gratido aos
professores do The Masters Seminary pela assistncia que eles deram
na pes quisa original e pelo cuidadosamente preparado primeiro
rascunho do material para as notas de estudo no AT. Tendo como base
essa pesquisa original e seu material, eu trabalhei e retrabalhei
as notas de estudo at a sua forma finai. Obrigado ao Dr. Irv
Busenitz, Dr. Trevor Craigen, Prof. Dave Deuel, Prof. Keith Essex,
Dr. Richard Mayhue, Dr. Larry Pettegrew, Dr. Jim Rosscup, Prof. Jim
Stitzinger, Dr. Bob Thomas e Dr. George Zemek. Como tenho estudado
e muitas vezes pregado praticamente sobre quase todo o NT, minha
prpria pesquisa origi nal estava disponvel para ser resumida nas
notas de estudo do NT. Uma equipe composta pelos professores do The
Master's Seminary e editores do Grace to You, que trabalham
regularmente na edio dos meus livros, aceitaram a tarefa de
passarem longas horas aparando as arestas da minha pesquisa para
dar a elas a forma de notas de estudo. Do mesmo modo, desse
primeiro rascunho eu trabalhei para levar o material sua forma
final. Muito obrigado ao Dr. Bill Barrick, Dave Douglass, Dave
Enos, Dr. David Farnell, Phil Johnson, Garry Knussman, Dr. Richard
Mayhue, Tom Pennington, Dr. Larry Pettegrew e Mike Taylor. Foi
tambm fundamental ter leitores que, cuidadosamente, leram
detalhadamente todo o material quanto sua exatido e checando todas
as referncias bblicas. Minha gratido tambm a eles pelo esforo fiel
numa tarefa tedio sa. Meus agradecimentos a Dennis Swanson e Bob
White do The Master's Seminary; a Dave Enos e Allacin Morimizu, do
Grace to You; e a June Gunden e sua equipe de ieitores do Peachtree
Editorial e Proofreading Service. As quase 2.400 pginas de notas
com espao simples tiveram que ser digitadas e repetidamente
editadas e corrigi das depois de cada uma das seis ocasies quando
tudo foi reordenado. Uma equipe de secretrias fiis e eficazes do
The Master s Seminary, da Grace Community Church e do Grace to You
trabalharam nessa tarefa formidvel seguin do um programa apertado
para que todas as etapas do processo estivessem .terminadas nas
datas previstas. Como escrevo mo, a maioria do material era uma
combinao de impressos e manuscritos que requeriam a decifrao difcil
da minha letra complicada. Junto com as outras tarefas de que
estavam encarregadas, elas graciosamente se empenharam neste
projeto, exatamente como o restante dos integrantes da equipe. Meus
agradecimentos secretria do Dr. Mayhue, Cindy Gehman (coordenadora
do AT) e minha secretria pessoal, Pat Rotisky (coordenadora do NT)
que trabalharam com Amy Brandenstein, Rhonda Connor, Louise Essex,
Marilyn Foster, Mareia Griffiths, Carol Smith, Diane Haschak, Pam
Leopold, Wilia Loveless, Dareth Luna, Wilma Miller, Joyce Modert,
Susan Rogers, Patti Schott e Teri White. Todos os amigos
mencionados acima fizeram desse esforo uma maratona alegre para eu
correr. Eu oro pela bno de Deus para eles todos em resposta devoo
deles Palavra de Deus. Uma palavra especial de agradecimento sem
dvida devida minha querida esposa, Patricia, que me ajudou com -jas
oraes e incentivo, oem como suportou meus perodos de
isolamento.
12. OBSERVAES PESSOAIS xiv Finalmente, ofereo grande apreciao a
David Moberg, meu editor, que demonstrou viso, confiana, pacincia e
experincia ao longo das complexidades implacveis do projeto. Ele
provou ser tanto um amigo como um guia. Eu nunca havia sido to
desafiado e abenoado ao mesmo tempo como durante os dois anos
intensos deste traba lho. Estudar sozinho em meu lugar particular,
meditar sobre cada palavra da Escritura e ser desafiado a entender
cada expresso e versculo, enriqueceu a minha vida e o meu ministrio
como nada que eu empreendi antes. Sempre estive comprometido com a
Escritura como sendo inspirada, inerrante, infalvel, suficiente e
eterna. Tenho sempre pregado a Bblia expositivamente, versculo por
versculo, livro por livro. Depois deste empreendimento, sinto ainda
mais forte a necessidade de pregar cada palavra pura da Escritura
(SI 12.6). Tenho sido profundamente enri quecido em minha prpria
vida como nunca antes por causa da fora pura de tanta verdade
divina sendo despejada em mim diariamente. Durante muitos meses, eu
passei oito ou mais horas a cada dia trabalhando com a Palavra, no
tanto porque tivesse de fazer isso, mas porque no conseguia deixar
o texto suas riquezas me cativavam. Mais especialmente, meu
agradecimento a voc, leitor, por amar a Escritura o suficiente para
ser um estudante srio. Este trabalho um meio adicional de cumprir
com o meu chamado como pastor-professor feito para "com vistas ao
aperfeioamento dos santos para o desempenho do seu servio, para a
edificao do corpo de Cristo" (Ef 4.12). Com a maior gratido de
todas ao nosso glorioso Deus que nos deu a sua preciosa Palavra, eu
oro para que ele seja honrado por este esforo em explicar o que
essa palavra quer dizer pelo que ela diz. J ohn M acA r t h u
r
13. Como surgiu a Bblia Desde que Eva deparou com a rpida
sucesso de dvida e negao (Gn 3.1-7) de Satans, a humanidade tem
continuamente questionado a palavra de Deus. Infelizmente, Eva no
conseguiu superar seus obstculos -- intelectuais plena f na
autorrevelao de Deus (Gn 2.16-17). Agora a Escritura certamente tem
mais do que suficiente contedo para ser interrogada, considerando
que ela composta de 66 livros, 1.189 captulos e 31.104 versculos.
Quando voc abre a sua verso da Bblia em portugus para l-la ou
estud-la, pode ter-se perguntado no passado ou est se perguntando
agora: "Como posso ter certeza de que esta a pura e verdadeira
palavra de Deus?" Uma pergunta desse tioo no de todo m,
especialmente quando algum procura entender com uma mente que quer
aprender (At 17 11). A Escritura provoca os tipos de perguntas que
um estudante sincero faz. Um grande nmero delas pode inundar a
mente, como as seguintes: De onde veio a Bblia? Ele reflete o
pensamento de quem? Algum livro da Escritura foi perdido ao longo
do tempo? O que a prpria Escritura declara a respeito de si mesma?
Ela corresponde ao que ela declara a respeito de si mesma? Quem
escreveu a Bblia Deus ou o ser humano? A Escritura foi protegida de
adulteraes por oarte de seres humanos ao longo dos sculos? O quo
perto dos manuscritos originais esto as tradues de hoje? Como a
Bblia chegou at o nosso tempo e na nossa lngua? Devemos esperar
ainda oor alguma outra Escritura, aim dos 66 livros atuais? Quem
determinou, e com base em qu,, que a Bblia seria composta da lista
tradicional de 66 livros? Se as Escrituras foram escritas ao longo
de um perodo de 1.500 anos(Ca. de 1405 a.C. at 95 d.C.), ento
transmitidas por quase dois mil anos e traduzida para milhares de
inguas, o que evitou que a Bblia fosse alterada oor negligncia ou
por motivos malvolos por parte de seres humanos? Ser que a Bblia
ainda merece o ttulo de "A Palavra de Deus"? No h dvida de que
essas perguntas tm bombardeado a mente de muitas pessoas. Somente
um estudo das Es crituras resposte a todas as perguntas de uma
maneira que elas no vo mais nos importunar novamente. A Escritura
nos d essa segurana. AS EVIDN CIA S BBLICAS Tome a Bblia e deixe-a
falar por si mesma. Eia diz ser a Palavra de Deus? Sim! Mais de
duas mil vezes no Antigo Tes tamento somente, a Bblia afirma que
Deus falou o que est escrito em suas pginas. Do incio (Gn 1.3) ao
fim (Ml 4.3) e continuamente ao longo dela, isso o que as
Escrituras afirmam. A expresso "a Palavra de Deus" aparece 40 vezes
no Novo Testamento. Ela equiparada ao Antigo Testamento Vlc 7.13).
o que Jesus pregou (Lc 5.1). a mensagem que os apstolos ensinaram
(At 4.31; 6.2). Foi a Palavra que os samaritanos receberam (At
8.14) como dada peios apstolos (At 8.25). Foi a mensagem que os
gentios receberam como foi pregada por Pedro (At 11.1). Foi a
Palavra que Paulo pregou em sua primeira viagem missionria (At
13.5,7,44,48-49; 15.35-36). Foi a mensagem que Paulo pregou em sua
segunda viagem missionria (At 16.32; 17.13; 18.11). Foi a men sagem
que Paulo pregou em sua terceira viagem missionria (At 19.10). Foi
o foco de Lucas no livro de Atos e que se rS3a!nou rapidamente e
amplamente (At 6.7; 12.24; 19.20). Paulo foi cuidadoso ao dizer aos
corntios de que ele fala- . - a oaiavra como fora dada por Deus,
que ela no havia sido adulterada e que ela era uma manifestao da
verdade 2Co 2.17; 4.2). Paulo reconhecia que ela era a fonte de sua
pregao (Cl 1.25; lTs 2.13). Ds SI 19 e 119, juntamente com Pv
30.5-6 fazem afirmaes poderosas sobre a Palavra de Deus que a
diferencia de re q u e r outra instruo religiosa at agora conhecida
na histria da humanidade. Essas passagens do as razes para :ue a
Bblia seja chamada "sagrada (2Tm 3.15; Rm 1.2). - 3'blia afirma a
mxima autoridade espiritual em doutrina, reprovao, correo e instruo
na justia porque ela r :resenta a palavra inspirada do Altssimo
(2Tm 3.16-17). A Escritura afirma a sua suficincia espiritual,
tanto que ela r . 'dica exclusividade para o seu ensino (cf. Is
55.11; 2Pe 1.3-4).
14. COMO SURGIU A BBLIA xvi A palavra de Deus declara que ela
inerrante (SI 12.6; 119.140; Pv 30.5a; Jo 10.35) e infalvel (2Tm
3.16-17). Em ou tras palavras, ela verdadeira e, portanto, digna de
confiana. Todas essas qualidades so dependentes do fato de que a
Escritura dada por Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21), o que garante a
sua qualidade na Fonte e em sua escrita original. Na Escritura, a
pessoa de Deus e a Palavra de Deus esto inter-relacionadas em todas
as suas partes, de modo que o que verdadeiro a respeito do carter
de Deus verdadeiro a respeito da natureza da Palavra de Deus. Deus
ver dadeiro, impecvel e confivel; portanto, assim sua palavra. O
que uma pessoa pensa sobre a Palavra de Deus, na realidade reflete
o que a pessoa pensa sobre Deus. Assim, a Escritura pode fazer
estas exigncias aos seus leitores. Ele te humilhou, e te deixou ter
fome, e te sustentou com o man, que tu no conhecias, nem teus pais
o conheciam, para te dar a entender que no s de po viver o homem,
mas de tudo o que procede da boca do Senhor viver o homem. Dt 8.3
Do mandamento de seus lbios nunca me apartei, escondi no meu ntimo
as palavras da sua boca. J 23.12 O PROCESSO DA PUBLICAO A Bblia no
espera que o seu leitor especule sobre como essas qualidades
divinas foram transferidas de Deus para a sua Palavra, mas em vez
disso, antecipa as questes com respostas convincentes. Cada gerao
de cticos j ques tionou as autoafirmaes da Bblia, mas suas prprias
explicaes e respostas tm estado altura do desafio. A Bblia passou
pelo processo da publicao de Deus ao ser dada raa humana e
distribuda entre os povos. Suas diversas caractersticas so
discutidas abaixo. REVELAO Deus tomou a iniciativa de desvendar ou
revelar a si mesmo para a humanidade (Hb 1.1). Os meios variam: s
vezes isso foi se deu por meio da ordem criadora, em outros
momentos mediante vises/sonhos ou falando por intermdio de
profetas. Entretanto, a mais completa e inteligvel autorrevelao foi
por meio das proposies da Escritura (ICo 2.6-16). A Palavra
revelada e escrita de Deus nica no sentido de que a nica revelao de
Deus que com pleta e que to claramente declara a pecaminosidade do
ser humano e a proviso de Deus de um Salvador. INSPIRAO A revelao
de Deus foi captada nos escritos da Escritura pelos meios de
"inspirao". Isso tem mais a ver com o processo pelo qual Deus
revelou a si mesmo do que com o fato de sua autorrevelao. "Toda a
Escritura inspirada por Deus..." (2Tm 3.16) faz a reivindicao.
Pedro explica o processo, "... sabendo, primeiramente, isto: que
nenhuma profecia da Escritura provm de particular elucidao; porque
nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana,
entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo
Esprito Santo" (2Pe 1.20-21). Por essa razo, a Palavra de Deus foi
protegida de qualquer erro humano em seu registro original pelo
ministrio do Esprito Santo (cf. Dt 18.18; Mt 1.22). Uma seo de Zc
7.12 descreve isso mais claramente: "...a lei, nem as palavras que
o Senhor dos Exrcitos enviara pelo seu Esprito, mediante os
profetas que nos precederam". Esse ministrio do Esprito se estendeu
tanto parte (as palavras) quanto totalidade dos escritos originais.
CANONICIDADE Precisamos entender que a Bblia , na verdade, um livro
com um autor divino, apesar de ter sido escrita por um perodo de
1.500 anos por meio da mo de quase 40 escritores humanos. A Bblia
comeou com a histria da criao de Gn 12, escrita por Moiss cerca de
1405 a.C., e se estende at o relato da eternidade futura de Ap
2122, escrito pelo apstolo Joo em aproximadamente 95 d.C. Durante
esse tempo, Deus progressivamente revelou a si mesmo e seus
propsitos nas Escrituras inspiradas. Mas isso faz surgir uma
pergunta importante: "Como ns sabemos quais supostos escritos
sagrados deveriam ser includos no cnon da Escritura e quais
deveriam ser excludos?" Ao longo dos sculos, trs princpios
amplamente reconhecidos foram usados para validar esses escritos
que vie ram como resultado de revelao e inspirao divina. Primeiro,
o escrito tinha que ter um profeta reconhecido ou um apstolo com
seu autor (ou um companheiro dos apstolos, como foi o caso de
Marcos, Lucas, Hebreus, Tiago e Judas). Segundo, o escrito no
poderia discordar da Escritura anterior ou contradiz-la. Terceiro,
o escrito deveria ter o consenso geral da igreja como um livro
inspirado. Assim, quando vrios conclios foram feitos na histria da
igreja para considerar o cnon, eles no votaram pela canonicidade de
um livro, mas, em vez disso, reconheceram, depois do fato, o que
Deus j havia escrito. Com relao ao Antigo Testamento, no tempo de
Cristo todo ele j havia sido escrito e era aceito pela comunida de
judaica. O ltimo livro, Malaquias, havia sido completado por volta
de 430 a.C. No somente o cnon do Antigo Testamento nos dias de
Cristo estava em conformidade com o Antigo Testamento que havia
desde ento sido usado atravs dos sculos, mas ele no contm os no
inspirados e falsos livros apcrifos, aquele grupo de 14 livros
que
15. xvii COMO SURGIU A BBLIA foram escritos depois de Malaquias
e anexados ao Antigo Testamento cerca de 200-150 a.C na traduo do
Antigo Testamento em hebraico para o grego chamado de Septuaginta
(LXX), que aparecem nos dias de hoje em algumas verses da Bblia.
Entretanto, nenhuma passagem dos livros apcrifos citada por nenhum
escritor do Novo Testa mento, nem Jesus afirmou nenhuma delas do
mesmo modo que reconheceu o cnon do Antigo Testamento de sua poca
(cf. Lc 24.27,44). No tempo de Cristo, o cnon do Antigo Testamento
havia sido dividido em duas listas de 22 ou 24 livros respectiva
mente, cada um contendo todo o mesmo material dos 39 livros de
nossas verses modernas. No cnon de 22 livros, Jeremias e Lamentaes
eram considerados como um, assim como Juizes e Rute. Aqui est como
o formato dos 24 livros era dividido. % O ANTIGO TESTAMENTO
HEBRAICO Lei Profetas Escritos 1. Gnesis A. Profetas anteriores A.
Livros poticos 2. xodo 3. Levtico 6. Josu 14. Salmos 7. Juizes 15.
Provrbios 4. Nmeros 8. Samuel (1 e 2) 16. J 5. Deuteronmio 9. Reis
(1 e 2) B. Profetas posteriores B. Cinco rolos (Megilote) 17.
Cnticos dos Cnticos 10. Isaas 11. Jeremias 18. Rute 19. Lamentaes
12. Ezequiel 20. Eclesiastes 13. Os Doze 21. Ester (profetas
menores) C. Livros histricos 22. Daniel 23. EsdrasNeemias 24.
Crnicas (1 e 2) Os mesmos trs testes-chave de canonicidade que se
aplicam ao Antigo Testamento tambm se aplicam ao Novo Testamento.
No caso de Marcos e Lucas/Atos, os autores eram considerados ser,
de fato, os escreventes de Pedro e Paulo respectivamente. Tiago e
Judas foram escritos por meio-irmos de Cristo. Conquanto Hebreus
seja o nico livro do Novo Testamento cuja autoria realmente
desconhecida, o seu contedo est to de acordo tanto com o Antigo
quanto o Novo Testamento que a igreja primitiva concluiu que ele
deve ter sido escrito por um companheiro apost lico. Os 27 livros
do Novo Testamento tm sido universalmente aceitos desde 350-400 d.C
como inspirados por Deus. PRESERVAO Como se pode ter certeza de que
a palavra de Deus escrita, revelada e inspirada, que foi
reconhecida como cannica pela igreja primitiva, tem sido preservada
at o dia de hoje sem nenhuma parte do seu material tenha sido
perdida? Alm do mais, uma vez que uma das principais ocupaes de
Satans desacreditar a Bblia, ser que as Escrituras so breviveram a
essa investida destrutiva? No incio, ele negou a Palavra de Deus a
Eva (Gn 3.4). Posteriormente, Satans tentou distorcer a Escritura
no encontro que teve com Cristo no deserto (Mt 4.6-7). Por meio do
rei Jeoaquim, ele at mesmo tentou, literalmente, destruir a Palavra
(Jr 36.23). A batalha pela Bblia permanece, mas a Escritura
conseguir derrotar e continuar derrotando os seus inimigos. Deus
antecipou as intenes criminosas do ser humano e de Satans com relao
Bblia com promessas divinas de preservar a sua Palavra. A contnua
existncia da Escritura garantida em Is 40.8: "seca-se a erva, e cai
a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente" (cf.
lPe 1.25). Isso tambm significa que nenhuma Escritura inspirada se
perdeu no passado e que ainda ser redescoberta. O contedo atual da
Escritura ser perpetuado, tanto no cu (SI 119.89) como na terra (Is
59.21). Assim, os prop sitos de Deus, como publicados nos sagrados
escritos, nunca sero impedidos, mesmo em um nico detalhe (cf. Mt
5.18; 24.25; Mc 13.31; Lc 16.17). Assim ser a palavra que sair da
minha boca: no voltar para mim vazia, mas far o que me apraz e
prosperar naquilo para que a designei. Is 55.11
16. COMO SURGIU A BBLIA xviii T r a n s m is s o Uma vez que a
Bblia tem frequentemente sido traduzida para vrias lnguas e
distribuda atravs do mundo, como podemos ter certeza de que no
entrou algum erro, mesmo no sendo intencional? medida que o
Cristianismo se espalhou, certamente verdade que as pessoas
desejaram ter a Bblia em sua prpria lngua, o que requeria tradues
do original hebraico e aramaico do Antigo Testamento e do grego do
Novo Testamento. No apenas o trabalho dos tradutores forneceu uma
oportunidade para o erro, mas a publicao, que foi feita pela cpia
manuscrita at que a pu blicao impressa chegou cerca de 1450 d.C.,
tambm ofereceram oportunidades de contnuas possibilidades de erro.
Atravs dos sculos, os praticantes da crtica textual, uma cincia
exata, descobriram, preservaram, catalogaram, avaliaram e
publicaram uma quantidade fantstica de manuscritos bblicos tanto do
Antigo como do Novo Testamento. De fato, o nmero de manuscritos
bblicos existentes ultrapassa dramaticamente os fragmentos
existentes de qual quer outra literatura antiga. Ao comparar texto
com texto, a crtica textual pode confiantemente determinar o que o
escrito original proftico/apostlico e inspirado continha. Embora as
cpias que existem do texto hebraico antigo principal (Massortico)
datem somente do sculo 10^. d.C., duas outras importantes linhas de
evidncias textuais apoiam a confiana dos crticos textuais de que
eles tm reafir mado os originais. Primeiro, o Antigo Testamento
hebraico do sculo 105. d.C. pode ser comparado traduo grega chamada
de Septuaginta ou LXX (escrita cerca de 200-150 a.C.; os
manuscritos mais antigos que existem datam de 325 d.C.). H
fantstica consistncia entre os dois, o que significa preciso na
cpia do texto hebraico ao longo dos sculos. Segundo, a descoberta
dos Manuscritos do Mar Morto em 1947-1956 (manuscritos que so
datados cerca de 200-100 a.C.) provou ser de monumental importncia.
Depois de comparar os textos hebraicos primitivos com os atuais,
somente pequenas e insignificantes variaes foram encontradas,
nenhuma que tenha mudado o significado de qualquer passagem. Apesar
de o Antigo Testamento ter sido traduzido e copiado por sculos, a
ltima verso era essencialmente a mesma dos sculos anteriores. As
descobertas do Novo Testamento so muito mais decisivas ainda porque
uma quantidade muito grande de ma terial est disponvel para estudo;
existe mais de 5.000 manuscritos gregos do Novo Testamento que
variam de todo o testamento a fragmentos de papiros que contm
apenas uma parte de um versculo. Alguns fragmentos existentes datam
de 25-50 anos do escrito original. De modo geral, os estudiosos dos
textos do Novo Testamento concluram que 1) 99,99 por cento dos
escritos originais foram reafirmados e 2) do um por cento restante,
no h variantes que afetem substancialmente nenhuma doutrina crist.
Com essa riqueza de manuscritos bblicos nas lnguas originais e com
a atividade disciplinada dos crticos textuais para confirmar a
quase total preciso no contedo dos escritos, quaisquer erros que
tenham sido introduzidos e/ou perpetuados pelos milhares de tradues
ao longo dos sculos podem ser identificados e corrigidos pela
comparao da traduo ou cpia com os originais que foram reunidos.
Pelo uso providencial desses meios, Deus tem reafirmado as suas
promessas de preservar as Escrituras. Podemos descansar seguros de
que h tradues disponveis hoje que so realmente dignas do ttulo de A
Palavra de Deus. Os mais antigos registros de traduo de trechos da
Bblia para o portugus datam do final do sculo XV. Porm, centenas de
anos se passaram at que a primeira verso completa estivesse
disponvel em trs volumes, em 1753. Trata-se da tra duo de Joo
Ferreira de Almeida, que foi impressa em um nico volume em Londres,
em 1819. Atualmente, a Sociedade Bblica do Brasil publica duas
edies das traduo de Almeida: a Edio Revista e Corrigida e a Edio
Revista e Atualizada. RESUM O A inteno de Deus foi que a sua
palavra durasse para sempre (preservao). Portanto, a sua
autorrevelao (reve lao) escrita e proposital foi protegida contra
erro em seu escrito original (inspirao) e compilada em 66 livros do
Antigo e do Novo Testamento (canonicidade). Atravs dos sculos,
dezenas de milhares de exemplares e milhares de tradues tm sido
feitas (transmisso) que intro duziram algum erro. Como existe uma
abundncia de manuscritos primitivos do Antigo e do Novo Testamento,
entretanto, a cincia exata da crtica textual tem sido capaz de
recuperar o contedo dos escritos originais (revelao e inspirao) ao
grau extremo de 99.99 por cento, com o restante de um por cento no
tendo nenhum efeito em seu contedo (preservao). O livro sagrado que
ns lemos, estudamos, obedecemos e pregamos merece, sem reservas,
ser chamado A Bblia ou "O Livro sem par", uma vez que seu autor
Deus e ela possui as qualidades de total verdade e completa
confiana, o que tambm caracteriza a sua fonte divina. H MAIS PARA
VIR? Como sabemos que Deus no vai aprimorar a nossa Bblia atual com
um 67^ livro inspirado? Ou, em outras palavras, "O cnon est fechado
para sempre?" Os textos da Escritura advertem que ningum deve tirar
algo da Escritura ou fazer acrscimo a ela (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6).
Quando percebemos que os livros adicionais cannicos realmente
vieram depois dessas palavras de alerta, podemos somente concluir
que conquanto nenhuma eliminao fosse permitida, de fato, escritos
autorizados e inspi rados tinham permisso para ser acrescentados a
fim de completar o cnon protegido por essas passagens. A passagem
mais importante no cnon fechado a Escritura qual nada foi
acrescentado por 1.900 anos.
17. xix COMO SURGIU A BBLIA Eu, a todo aquele que ouve as
palavras da profecia deste livro, testifico: Se algum lhes fizer
qualquer acrscimo, Deus lhe acrescentar os flagelos escritos neste
livro; e, se algum tirar qualquer coisa das palavras do livro desta
profecia, Deus tirar a sua parte da rvore da vida, da cidade santa
e das coisas que se acham escritas neste livro. Ap 22.18-19 Muitas
observaes significativas, quando combinadas, tm convencido a igreja
ao longo dos sculos de que o cnon da Escritura est realmente
fechado, para nunca mais ser reaberto. 1.0 livro doApocalipse nico
na Escritura nosentido de que ele descreve com detalhes
incomparveis os acontecimentos finais que precedem a eternidade
futura. Assim como Gnesis d incio Escritura colocando uma ponte
entre a eternidade passada e a nossa existncia no tempo/espao com a
nica histria detalhada da criao (Gn 12), do mesmo modo as transies
do Apocalipse ofaz com o nosso tempo/espao e a eternidade futura
(Ap 2022). Gnesis e Apocalipse, pelo material que contm, so o
primeiro e o ltimo livro da Escritura perfeitamente
correspondentes. 2. Assim como houve silncio proftico depois que
Malaquias completou o cnon do Antigo Testamento, do mesmo modo
houve silncio paralelo depois que Joo entregou o Apocalipse. Isso
nos leva concluso de que o cnon do Novo Testamento tambm foi tambm
concludo. 3. Uma vez que no tem havido, nem h agora, nenhum profeta
ou apstolos autorizados tanto no sentido do Antigo ou do Novo
Testamento, no h nenhum autor em potencial para escritos inspirados
e cannicos futuros. A Palavra de Deus, que "uma vez por todas foi
entregue aos santos", nunca deve sofrer acrscimos, mas os crentes
devem lugar para reafirm-la (Jd 3). 4. Das quatro exortaes para no
adulterar a Escritura, somente a de Apocalipse 22.18-19 contm
alertas de severo castigo divino caso seja desobedecida. Alm do
mais, o Apocalipse o nico livro do Novo Testamento que termina com
esse tipo de admoestao e foi o ltimo livro do Novo Testamento a ser
escrito. Portanto, esses fatos sugerem fortemente que o Apocalipse
foi o ltimo livro do cnon e que a Bblia est completa; acrescentar
ou tirar faria com que Deus ficasse seriamente indignado. 5.
Finalmente, a igreja primitiva, aquela mais prxima em tempo dos
apstolos, acreditava que o Apocalipse conclua os escritos
inspirados de Deus, as Escrituras. Ento, podemos concluir, com base
em consistente argumento bblico, que o cnon permanecer fechado. No
haver nenhum 672 |jVro da Bblia. NO QUE ACREDITAMOS? Em abril de
1521, Martinho Lutero compareceu perante seus acusadores
eclesisticos na Dieta de Worms. Ele havia recebido o ultimato para
repudiar a sua f inabalvel na suficincia e clareza das Escrituras.
dito que Lutero respondeu: "A no ser que eu seja convencido pela
Escritura e pela pura razo no aceito a autoridade dos papas e
conclios, uma vez que eles se contradisseram entre si minha
conscincia cativa palavra de Deus.... Deus me ajude! Esta a minha
posio". Como Martinho Lutero, que ns possamos nos colocar acima das
dvidas interiores e confrontar as ameaas exte riores quando a
palavra de Deus for atacada. Que Deus nos ajude a sermos leais
contendores da f. Que permanea mos com Deus e com a Escritura
somente. A Bb l ia Este livro contm: a mente de Deus, a situao do
ser humano, o caminho da salvao, o destino dos pecadores e a
felicidade dos crentes. Sua doutrina santa, seus preceitos so
obrigatrios, suas histrias so verdadeiras e suas decises so
imutveis. _eia-o para ser sbio, creia nele para ser salvo e
pratique-o para ser santo. Ele contm luz para orient-lo, alimento
para fortalec-lo e consolo para anim-lo. Ele o mapa do viajante, o
bor do do peregrino, o compasso do piloto, a espada do soldado e a
carta do cristo. Nele o cu aberto e os portes zo inferno so
revelados. Cristo o grande tema, o nosso bem o seu projeto, e a
glria de Deus o seu propsito. Ele deveria encher a mem- ' a
governar o corao e guiar os ps. .eia-o devagar, com frequncia e com
orao. Ele uma mina de riqueza, sade para a alma e um rio de prazer.
Ele - -ado a voc aqui nesta vida, ser aberto no julgamento e
firmado para sempre. E e envolve a mxima responsabilidade,
recompensar a maior obra e condenar todos que zombam do seu
contedo. Outra razo ainda temos ns para, incessantemente, dar graas
a Deus: que, tendo vs recebido a oalavra que de ns ouvistes, que de
Deus, acolhestes no como palavra de homens, e sim como, em verdade
, a palavra de Deus, a qual, com efeito, est operando eficazmente
em vs, os que credes. lTs 2.13
18. Como estudar a Bblia ......* M ' NU -- Aqui esto algumas
sugestes sobre como tirar o mximo proveito do estudo desse "manual
divino". Essas in- . : dicaes nos ajudaro a responder a mais
importante de todas as perguntas cruciais: "De que maneira poder
____o jovem guardar puro o seu caminho?" O salmista responde:
"Observando-o segundo a tua palavra" (SI 119:9). PORQUE IMPORTANTE
ESTUDARA BBLIA? Por que a Palavra de Deus to importante? Porque ela
contm o propsito de Deus e o desejo dele para a sua vida (2Tm
3.16-17). a nica fonte de autoridade divina absoluta para voc como
um servo de Jesus Cristo. Ela infalvel em sua totalidade: "A lei do
Senhor perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor fiel e d
sabedoria aos smplices" (SI 19.7). Ela no tem erros: "Toda palavra
de Deus pura; ele escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes
s suas palavras, para que no te repreenda, e sejas achado
mentiroso" (Pv 30.5-6). Ela completa: "Eu, a todo aquele que ouve
as palavras da profecia deste livro, testifico: Se algum lhes fizer
qualquer acrscimo, Deus lhe acrescentar os flagelos escritos neste
livro; e, se algum tirar qualquer coisa das palavras do livro desta
profecia, Deus tirar a sua parte da rvore da vida, da cidade santa
e das coisas que se acham escritas neste livro" (Ap 22.18-19). Ela
possui autoridade final: "Para sempre, Senhor, est firmada a tua
palavra no cu" (SI 119.89). Ela totalmente suficiente para as suas
necessidades: "...a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeita- nente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16-17). Ela
cumprir o que promete: "Assim ser a palavra que sair da minha boca:
no voltar para mim vazia, mas far o que me apraz e prosperar
naquilo para que a designei" (Is 55.11). Ela d a certeza da sua
salvao: "Quem de Deus ouve as palavras de Deus..." (Jo 8.47,
cf.20.31). COMO SEREI BENEFICIADO PELO ESTUDO DA BBLIA? Milhes de
pginas de material so impressas a cada semana. Milhares de novos
livros so publicados a cada ms. sso no seria uma surpresa para
Salomo, que disse "... atenta... no h limite para fazer livros" (Ec
12.12). Mesmo com a riqueza de livros e com a ajuda de computadores
de hoje, a Bblia permanece a nica fonte de reve- =o e poder divinos
que pode sustentar os cristos em sua "caminhada diria com Deus".
Observe estas importantes :-omessas na Escritura. A Bblia afonte da
verdade: "Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade" (Jo
17.17). 4 Bblia afonte das bnos de Deus quando obedecida: "Ele,
porm, respondeu: Antes, bem-aventurados so os : .e ouvem a palavra
de Deus e a guardam" (Lc 11.28). - Bblia afonte da vitria: "... a
espada do Esprito, que a palavra de Deus" (Ef 6.17). - Bblia afonte
de crescimento: "desejai ardentemente, como crianas recm-nascidas,
o genuno leite espiritual, : a'= que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvao" (lPe 2.2). - Bblia a fonte de poder: "Pois
no me envergonho do evangelho, porque o poder de Deus para a salvao
de : do aquele que cr, primeiro do judeu e tambm do grego" (Rm
1.16). - B:blia afonte de orientao: "Lmpada para os meus ps a tua
palavra e, luz para os meus caminhos" (SI 119.105). AL DEVERIA SER
A MINHA RESPOSTA BBLIA? : : : je a Bblia to importante e porque ela
fornece benefcios eternos incomparveis, ento estas deveriam ser s
i.zi respostas:
19. COMO ESTUDAR A BBLIA xxii QUEM. PODE ESTUDARA BBLIA? Nem
todos podem ser estudantes da Bblia. Veja se voc mesmo tm as
qualificaes abaixo para estudar a Palavra e ser abenoado por ela:
Voc salvo pela f em Jesus Cristo (ICo 2.14-16)? Voc est faminto
pela Palavra de Deus (lPe 2.2)? Voc est buscando a Palavra de Deus
com diligncia (At 17.11)? Voc est buscando a santidade (lPe
1.14-16)? Voc est cheio do Esprito (Ef 5.18)? A pergunta mais
importante a primeira. Se voc nunca convidou Jesus Cristo para ser
o seu salvador pessoal e o Senhor de sua vida, ento a sua mente est
cegada por Satans quanto verdade de Deus (2Co 4.4). Se Cristo sua
necessidade, pare de ler exatamente agora e, com suas prprias
palavras de orao, fuja do pecado e volte-se para Deus: "Porque pela
graa sois salvos, mediante a f; e isto no vem de vs; dom de Deus;
no de obras, para que ningum se glorie" (Ef 2.8-9). QUAIS SO AS
BASES DO ESTUDO DA BBLIA? O estudo pessoal da Bblia, em preceito,
simples. Quero compartilhar com voc cinco passos para o estudo da
Bblia que lhe daro um padro a ser seguido. Passo 1 Leitura. Leia
uma passagem da Escritura repetidamente at que voc entenda o seu
tema, ou seja, a prin cipal verdade que ela contm. Isaas disse: "A
quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a
entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram
afastados dos seios maternos? Porque preceito sobre preceito,
preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um
pouco aqui, um pouco ali" (Is 28.9-10). Desenvolva um plano de como
voc vai fazer a leitura da Bblia. Diferente dos outros livros, voc
provavelmente no ler a Bblia direto de capa a capa. Existem vrios
bons planos de leitura da Bblia disponveis, mas aqui est um que eu
considero muito til. Leia todo o Antigo Testamento pelo menos uma
vez por ano. medida que l, anote nas margens qualquer verdade que
particularmente deseja lembrar, e escreva separadamente alguma
coisa que voc imediatamente no entendeu. Muitas vezes, enquanto
prossegue com a leitura, voc ver que muitas questes sero
respondidas pelo prprio texto. As questes para as quais voc no
encontrar respostas se tornam o ponto de partida para um estudo
mais profundo usando comentrios ou outros recursos de referncia.
Siga um plano diferente para ler o Novo Testamento. Leia um livro
de cada vez repetidamente por um ms ou mais. Isso o ajudar a reter
o que est no Novo Testamento para no ter sempre de depender da
concordncia para encontrar algumas passagens. Se voc quiser tentar
isso, comece com um livro pequeno, como IJoo, e leia-o de uma vez s
todos os dias por 30 dias. No final desse tempo, voc saber o que
esse livro contm. Escreva em fichas o tema principal de cada
captulo. Ao consultar o seu fichrio durante a leitura diria, voc
comear a se lembrar do contedo de cada captulo. De fato, voc
desenvolver uma percepo visual do livro na sua mente. Divida os
livros maiores em sees pequenas e leia cada seo diariamente por 30
dias. Por exemplo, o Evangelho de Joo contm 21 captulos. Divida-o
em trs sees de sete captulos. Ao final de 90 dias, voc ter
terminado Joo. Para variar, alterne livros pequenos e grandes, e em
menos de trs anos voc ter lido todo o Novo Testamento e realmente o
ter entendido! Passo 2 - Interpretao. Na passagem de At 8.30,
Filipe perguntou ao eunuco etope, "Compreendes o que vens lendo?"
Em outras palavras, "O que a Bblia quer dizer pelo que ela diz?" No
suficiente ler a passagem e pular diretamente para a aplicao;
precisamos primeiro determinar o que ela significa, do contrrio a
aplicao pode ser incorreta. medida que for lendo a Escritura,
sempre tenha em mente uma simples pergunta: "O que isto significa?"
Res ponder a essa pergunta requer o uso do mais bsico princpio de
interpretao, chamado a analogia da f, que diz ao leitor para
"interpretar a Bblia com a Bblia". Permita que o Esprito Santo seja
o seu professor (lJo 2.27), estude a Escritura que ele escreveu,
use referncias cruzadas, as passagens comparativas, concordncias,
indexes e outros tipos de ajuda. Para as passagens que ainda
permanecerem obscuras, consulte o seu pastor ou homens preparados
que escreveram sobre esse tema particular. ERRO S q u e d e v e m s
e r e v it a d o s medida que interpreta a Escritura, muitos erros
comuns deveriam ser evitados. 1. No tire nenhuma concluso mediante
a sua prpria interpretao. Ou seja, no faa com que a Bblia diga o
que voc quer que ela diga, mas, em vez disso, deixe que ela fale o
que Deus pretendeu quando ele a escreveu. 2. Evite interpretao
superficial. Voc tem ouvido pessoas dizerem: "Para mim, esta
passagem significa...", ou "Eu acho que isto est dizendo..." O
primeiro passo na interpretao da Bblia reconhecer as quatro
barreiras que deve mos ultrapassar: linguagem, cultura, geografia e
histria (veia abaixnl
20. xxiii COMO ESTUDAR A BBLIA 3. No espiritualize a passagem.
Interprete e entenda a passagem no seu sentido normal, literal,
histrico e grama tical, assim como voc entenderia qualquer outra
parte de qualquer outra literatura que voc estivesse lendo hoje.
BARREIRAS QUE TEMOS DE ULTRAPASSAR Os livros da Bblia foram
escritos h muitos sculos. Para entendermos hoje o que Deus estava
comunicando ento, h vrias barreiras que precisam ser ultrapassadas:
a barreira da linguagem, a barreira da cultura, a barreira da geo
grafia e a barreira histrica. A interpretao apropriada, portanto,
exige tempo e esforo disciplinado. 1. Linguagem. A Bblia foi
originalmente escrita em grego, hebraico e aramaico. Muitas vezes,
entender o significado de uma palavra ou expresso na lngua original
pode ser a chave para uma interpretao correta de uma passagem da
Escritura. 2. Cultura. A barreira da cultura pode ser perigosa.
Algumas pessoas tentam usar as diferenas culturais para invali dar
os mandamentos bblicos mais difceis. Perceba que a Escritura
precisa, primeiro, ser vista no contexto da cultura em que foi
escrita. Sem um entendimento da cultura judaica do sculo 12.,
difcil entender os Evangelhos. Atos e as epstolas devem ser lidos
luz das culturas grega e romana. 3. Geografia. Uma terceira
barreira que precisa ser ultrapassada a barreira da geografia. A
geografia bblica torna a Bblia mais real. Um bom atlas bblico um
recurso de referncia muito valioso que pode ajudar voc a
compreender a geografia da Terra Santa. 4. Histria. Tambm
precisamos ultrapassar a barreira da histria. Diferente das
escrituras de muitas outras religies do mundo, a Bblia contm os
registros de personagens e acontecimentos histricos. Um
entendimento da histria da Bblia nos ajudar a entender as pessoas e
os acontecimentos em suas perspectivas histricas apropriadas. Um
bom dicionrio bblico ou uma enciclopdia bblica til aqui, assim como
estudos histricos bsicos. P r i n c p i o s q u e d e v e m s e r e
n t e n d i d o s Quatro princpios deveriam nos orientar medida que
interpretamos a Bblia: literal, histrico, gramatical e sntese. 1. O
princpio literal. A Escritura deve ser entendida no seu sentido
literal, normal e natural. Apesar de a Bblia con ter figuras de
linguagem e smbolos, estes foram usados para transmitirem a verdade
literal. Em geral, entretanto, a Bblia fala em termos literais, e
ns precisamos permitir que ela fale por si mesma. 2. O princpio
histrico. Isso significa que interpretamos uma passagem no seu
contexto histrico. Precisamos per guntar o que o texto quis dizer s
pessoas a quem ele foi primeiramente escrito. Desse modo podemos
desenvolver um entendimento do contexto apropriado da inteno
original da Escritura. 3. O princpio gramatical. Isso requer que
entendamos a estrutura bsica de cada frase em sua lngua original. A
quem os pronomes se referem? Qual o tempo do verbo principal? Voc
descobrir que quando faz perguntas sim ples como essas, o
significado do texto imediatamente torna-se mais claro. 4.
Oprincpio da sntese. Isso o que os reformadores chamaram de
analogia scriptura. Significa que a Bblia no se contradiz. Caso
cheguemos a uma interpretao de uma passagem que contradiga uma
verdade ensinada em algum outro lugar nas Escrituras, nossa
interpretao pode no estar correta. A Escritura deve ser comparada
com a Escritura a fim de descobrirmos o seu pleno significado.
Passo 3 Avaliao. Voc leu e fez a pergunta: "O que a Bblia diz?".
Depois, voc interpretou, perguntando: "O que a Bblia significa?".
Agora, hora de consultar outros para se assegurar de que voc possui
a interpretao correta. Lembre-se, a Bblia nunca se contradir. Leia
introdues Bblia, comentrios e livros histricos que enriquecero o
seu pensamento mediante a ilumi nao que Deus tem dado s pessoas e a
voc por meio dos livros que elas escreveram. Em sua avaliao, seja
um verdadeiro pesquisador. Seja algum que aceita a verdade da
Palavra de Deus mesmo que isso o faa mudar o que tem sempre crido,
ou o leve a alterar o seu padro de vida. Passo 4 Aplicao. A
pergunta seguinte : "Como a verdade de Deus penetra na nossa vida e
a transforma?". Estudar a Escritura sem permitir que ela penetre
nas profundezas da sua alma seria equivalente a preparar um ban
quete sem com-lo. A pergunta principal a fazer ; "Como as verdades
divinas e osprincpios contidos em qualquer passagem se aplicam a
mim em termos da minha atitude e minhas aes?" Jesus fez esta
promessa queles que levariam o seu estudo da Bblia pessoal at este
ponto: "Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as
praticardes" (Jo 13.17). Tendo lido e interpretado a Bblia, voc
deveria ter um entendimento bsico do que a Bblia diz, e o que ela
quer dizer pelo que ela diz. Mas estudar a Bblia no para por aqui.
O objetivo mximo deve ser deix-la falar com voc e possibilitar que
voc se desenvolva espiritualmente. Isso requer aplicao pessoal. O
estudo da Bblia no est completo at que nos perguntemos: "O que isto
significa para a minha vida e como eu :osso aplicar isto de maneira
prtica na minha vida?". Precisamos tomar o conhecimento que
adquirimos mediante a "ossa leitura e interpretao e retirar os
princpios prticos que se aplicam nossa vida pessoal. Se h um
mandamento que deve ser obedecido, ns obedecemos a ele. Se h uma
promessa que deve ser aceita, cevemos clamar por ela. Se h uma
advertncia a ser seguida, devemos prestar ateno nisso. Este o passo
mais
21. COMO ESTUDAR A BBLIA xxiv importante: ns nos submetemos
Escritura e permitimos que ela transforme a nossa vida. 5e voc
pular esse passo, nunca ter prazer no estudo da Bblia e a Bblia
nunca mudar a sua vida. Passo 5 Correlao. Este ltimo estgio liga a
doutrina que voc aprendeu numa passagem ou num livro particular com
verdades e princpios divinos aprendidos em qualquer outro lugar na
Bblia a fim de formar um todo. Mantenha sempre em mente que a Bblia
um livro em 66 partes, e ele contm algumas verdades e princpios que
so ensinados vrias vezes numa variedade de maneiras e
circunstncias. Ao correlacionar e fazer referncias cruzadas, voc
come ar a construir uma base doutrinria slida pela qual viver. E
AGORA? O salmista diz: "Bem-aventurado o homem que no anda no
conselho dos mpios, no se detm no caminho dos pecadores, nem se
assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer est na lei
do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (SI 1.1-2). No o
suficiente apenas estudar a Bblia. Precisamos meditar nela. Num
sentido muito real, ns estamos dando um banho em nossa mente;
estamos lavando-a na soluo purificadora da Palavra de Deus. No
cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele est
escrito; ento, fars prosperar o teu caminho e sers bem-sucedido. Js
1.8 Nela est a fonte da qual a gua flui, Para refrescar o calor do
pecado: Nela est a rvore da qual a verdade nasce, Para orientar a
nossa vida aqui: Nela est o juiz que acaba com a contenda, Quando
os recursos do ser humano falham: Nela est o po que alimenta a
vida, Que a morte no pode atacar: As boas-novas da terna salvao, Vm
aos nossos ouvidos a partir dela: A fortaleza da nossa f est nela,
Bem como o escudo que nos defende: Ento, no seja como o porco que
tinha Uma prola sua disposio, Mas obtinha mais prazer na lavagem E
em se espojar na lama. No leia esse livro de qualquer maneira, Mas
com um nico olhar: Leia desejando primeiramente a graa de Deus,
Para que assim possa entend-lo. Ore ainda em f a esse respeito,
Para que possa dar bons frutos, Que o entendimento traga este
efeito, O de mortificar o seu pecado. Ento, feliz voc ser em toda a
sua vida, Isto se cumprir em voc: Sim, voc ser feliz em dobro,
Quando Deus pela morte lhe chamar. (Da primeira Bblia impressa na
Esccia 1576)
22. XXV COMO ESTUDAR A BBLIA O PROGRESSO DA REVELAO a n t i g o
T e s t a m e n t o Livro Data aproxim ada da escrita A utor 1. J
.............................................................................
D escon h
ecida......................................................Annimo
2. G n e
sis...............................................................
1445-1405
a.C....................................................Moiss 3. xo
do
....................................................................
1445-1405 a.C
....................................................Moiss 4. Le v
tico
...............................................................
1445-1405
a.C....................................................Moiss 5. N m
e ro s..........................................................
1445-1405
a.C....................................................Moiss 6. D
eu tero n m io .............................................
1445-1405 a.C....................................................
Moiss 7. S a lm o s
...............................................................
1410-1405
a.C.....................................................Vrios
autores 8. J o s u
...................................................................
1405-1385
a.C.....................................................Josu 9. Ju
iz e s
...................................................................ca.
1043
a.C.............................................................Samuel
10. Rute
....................................................................ca.
1030-1010 a.C................................................Samuel
(?) 11. Cntico dos C n tico s...............................
971-965
a.C..........................................................
Salomo 12. P ro v rb io s
...................................................... 971-686
a.C..........................................................A
maioria, Salomo 13. E c le s ia s te s
...................................................... 940-931
a.C..........................................................Salomo
14. IS a m u e
l...........................................................
931-722
a.C...........................................................Annimo
15. 2 S a m u e
l.......................................................... 931-722
a.C...........................................................Annimo
16. Obadias
.......................................................... 850-840
a.C.........................................................
Obadias 17. J o e
l........................................................................
835-796
a.C..........................................................Joel
18. J o n a s
...................................................................ca.
760
a.C................................................................Jonas
19. A m s
...................................................................ca.
755
a.C................................................................Ams
20. Oseias
...............................................................
755-710
a.C...........................................................Oseias
21. M iq u e ia
s.......................................................... 735-710
a.C...........................................................Miqueias
22. Is a a s
....................................................................
700-681
a.C..........................................................Isaas
23. N au m
...................................................................
ca. 650
a.C................................................................Naum
24. S o fo n ia s
.......................................................... 635-625
a.C..........................................................Sofonias
25. H
abacuque......................................................
615-605
a.C..........................................................Habacuque
26. Ezequiel
.......................................................... 590-570
a.C
..........................................................Ezequiel
27. Lam enta es.................................................
586
a.C.....................................................................Jeremias
28. J e re m ia s
.......................................................... 586-570
a.C..........................................................Jeremias
29. 1R e is
....................................................................
561-538
a.C...........................................................Annimo
30. 2 R e is
...................................................................
561-538
a.C...........................................................Annimo
31. Daniel
...............................................................
536-530
a.C..........................................................Daniel
32. A g e u
....................................................................
ca. 520
a.C................................................................Ageu
33. Zacarias
.......................................................... 480-470
a.C..........................................................Zacarias
34. Esdras
...............................................................
457-444
a.C..........................................................Esdras
35. IC r n ica
s.......................................................... 450-430
a.C..........................................................Esdras
(?) 36. 2C r
nicas..........................................................
450-430
a.C..........................................................Esdras
(?) 37. E s t e r
...................................................................
450-331
a.C..........................................................Annimo
38. Malaquias
...................................................... 433-424
a.C..........................................................Malaquias
39. N e e m ia s
.......................................................... 424-400
a.C..........................................................Esdras
23. COMO ESTUDAR A BBLIA xxvi % O PROGRESSO DA REVELAO -4 ' - *
N o v o T e s t a m e n t o Livro Data aproxim ada da escrita Autor
1. T ia g o ....................................
.................................... 44-49
d.C.........................................
..................Tiago 2. G la ta s
................................
.................................... 49-50
d.C..........................................
..................Paulo 3. M a te u s
................................
.................................... 50-60
d.C.........................................
..................Mateus 4. M a rc o s
................................
..................................... 50-60
d.C......................................... ..................
Marcos 5. ITessalonicenses . . .
.................................... 51
d.C.................................................... . . . . .
Paulo 6. 2Tessalonicenses . . .
.................................... 51-52
d.C.............................................
..................Paulo 7. ICorntios .......................
.....................................55
d.C....................................................
..................Paulo 8. 2Corntios .......................
.................................... 55-56
d.C.......................................... 9. R o m a n o
s........................... ....................................
56 d.C....................................................
..................Paulo 10. L u c a s
....................................
.................................... 60-61
d.C............................................ ..................
Lucas 11. E f s io s ................................
.................................... 60-62
d.C.........................................
..................Paulo 12. Filipenses ............................
..................................... 60-62
d.C.........................................
..................Paulo 13. Colossenses ..................
..................................... 60-62
d.C.........................................
..................Paulo 14. F ile m o m ...........................
.................................... 60-62
d.C.........................................
..................Paulo 15. Atos
....................................
.................................... 62 d.C.
............................................... 16. U im te o
........................... ....................................
62-64 d.C..........................................
..................Paulo 17. T it o
.........................................
.................................... 62-64
d.C..........................................
..................Paulo 18. 1P e d r o
................................
.................................... 64-65
d.C......................................... ..................
Pedro 19. 2 T im teo ...................... .
.................................... 66-67
d.C.........................................
..................Paulo 20. 2 P e d ro
................................
.................................... 67-68
d.C.......................................... ..................
Pedro 21. Hebreus ...........................
.................................... 67-69
d.C..........................................
..................Desconhecido 22. J u d a s
....................................
.................................... 68-70
d.C.......................................... ..................
Judas 23. Joo ....................................
.................................... 80-90
d.C......................................... ..................Joo
24. 1 Jo o ....................................
.................................... 90-95
d.C.......................................... ..................Joo
25. 2 Jo o ....................................
.................................... 90-95
d.C.......................................... ..................Joo
26. 3 Jo o ....................................
.................................... 90-95
d.C......................................... ..................Joo
27. A p o c a lip se .......................
.................................... 94-96
d.C..........................................
..................Joo
24. An t ig o Testa m en to
25. Introduo ao PENTATEUCO% - ' ' * , fc- - - ^ Os cinco
primeiros livros da Bblia (Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros,
Deuteronmio) formam uma unidade literria completa chamada
Pentateuco, que significa "cinco rolos". Os cinco livros
independentes do Penta- - ~.i teuco foram escritos como uma unidade
contnua tanto em contedo quanto em seqncia histrica, com cada livro
sucessivo comeando onde o anterior terminou. As primeiras palavras
de Gnesis, "No princpio criou Deus..." (Gn 1.1) implica a realidade
da existncia eterna ou antes do tempo" de Deus e anuncia a transio
espetacular para o tempo e espao. Conquanto a data exata da cria o
no possa ser determinada, ela certamente pode ser estimada como
tendo acontecido