Post on 05-Nov-2021
A escravidão antiga era moralmente aceita
O que era natural o era porque fazia parte do mundo. Para os antigos não
era o trabalho a condição humana
As máquinas eram para deixar o homem livre
Arendt: de uma sociedade de operários (trabalhadores) a uma
sociedade de empregados
As máquinas eram para deixar o homem livre
Arendt: de uma sociedade de operários (trabalhadores) a uma sociedade de
empregados.
A CONDIÇÃO HUMANA É A DA LIBERDADE
Ninguém jamais acreditou que o homem pudesse optar pelo
genocídio
O homem é descartável até mesmo fora da linha de produção, enxerga a autora. Potencialmente descartável
Todos somos altamente descartáveis, mas não acreditamos
Sabendo muito ou pouco, somos descartáveis. O genocídio mostrou o
que o capitalismo disfarça Pesquisa monográfica
A cultura do Descarte
Na vida assim como em Tempos Modernos, de Charles Chaplin.
Assim como no GENOCÍDIO
Não sei resolver, elimino o problema.
Não consigo passar com este professor, não tenho capacidade,
faço aulas com outro que me aprove.
Está me atrapalhando na minha rede social? Deleto.
Não há outra palavra para definir isso: fascismo total. Elimino.
Antes eu era obrigado a conviver, agora vivemos o genocídio dos Outros
Tolerância? Igualdade? Só no discurso.
O Big Brother é o exemplo máximo do fascismo de nosso tempo
Somos livres e agora a guerra é de todos contra todos.
Estudos Culturais: deslocamento de tempo
MAS A QUESTÃO DA MULHER, DO NEGRO, DA ESCRAVIDÃO NÃO ERAM UM PROBLEMA PARA
AQUELAS SOCIEDADES ANTIGAS
https://www.youtube.com/watch?v=HjuH1NJMjTg
O processo é cruel para todo mundo
Novas colonizações, novos genocídios: a China hoje é o grande trabalho escravo
do mundo e ninguém diz nada
O trabalho cansa, estudar cansa, eu não quero
Não gosto da cara dela, tira daqui
A escola tem que ser atrativa, o trabalho tem que ser divertido (??)
Empreendedorismo?
Ser contra a cultura do descarte e ou ser contra o descarte?
O Papa ataca a cultura do descarte, a sociedade ataca o descarte.
Na sociedade do espetáculo Eu não quero trabalhar, não quero ter esforço, quero levar vantagem em tudo, não quero ler,
quero mostrar que sou mais “esperta”.
O SUJEITO SE DESCARTA, SÓ ISSO.
Bauman e uma geração de intelectuais muito fortes em
extinção Modernidade líquida: as pessoas não
sabem mais manter laços. As interações perderam estrutura e o sentido
desapareceu
O que significa a qualquer um de nós assumir a própria vida?
O indivíduo é obrigado a achar soluções para problemas criados socialmente
enquanto o estado se esquiva
OS FRANCESES DOS ANOS 60
JACQUES DERRIDA (1930-2004)
MICHEL FOUCAULT 1926-1984
GILLES DELEUZE 1925-1995
OUTROS PENSADORES
• FELIX GUATTARI • JÜRGEN HABERMAS
CAPITALISMO E ESQUIZOFRENIA
TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA
A cidade protege quem trabalha
A condição humana necessita de alguém para manutenção da
sobrevivência. Não é uma questão moral como é para nós
QUEM SOMOS NÓS?
COMO NÓS
NOS
COMUNICAMOS?
• COMO ENCARAMOS NOSSA PROFISSÃO? NOSSO TRABALHO? NOSSO EMPREGO? NOSSO LABOR?
Talento e superação
TERRADOIS | LAB | Parte 1 (13:20)
O talento é aristocrático, a superação é democrática. Tentam nos convencer que com muito esforço somos capazes de tudo. A imprensa explora as histórias de superação. Duro é suportar a singularidade do talento, duro e perigoso. Como lidar com esse fenômeno?
O SUCESSO É SOLITÁRIO.
Um cientista genial é obrigado a passar-se por medíocre para ser aceito pelo grupo. Mas o talento é inevitável e esse
cientista acaba se sobressaindo. No entanto, assim como inevitável, o talento também cobra seu preço. 47
https://www.youtube.com/watch?v=zLdOuMrowYw
O livro não trata da natureza humana
Mas do que faz o homem (homo faber), o homem trabalhador ou
empregado
A informação hoje é sem reflexão
Como controlar e administrar os outros e o que eu faço? Pela cultura
do Medo: nas empresas e na vida
O TOTAL DE INFORMAÇÃO NA WEB É MIL VEZES MAIOR A CADA
CONSULTA QUE A CAPACIDADE RECEBRAL HUMANA
ISSO NOS PARALISA
Geobiografia
Hauptstadt NRW, Telekomm, Habermas der 2.Generation: Focus 66
• Düsseldorf
• Frankfurt
• Bonn
• Zürich
Göttingen
Axel Honneth
Dritte, geboren Essen 49, Assist Hab, Intersubj, IfZF Fkft, Bras Front Anais ( Delação Premiada- Reconhec.) 68
Habermas
¨0eff, langsam lesen, wahrsch der letzte Projekt Aufkl, Erstes Ziel Posit, =HorkhTC ab 40 examen Ideol+Animus Pol Leben 69
• Participa da Teoria Crítica e do Pragmatismo
• Esclarecimento: Centralidade no conceito filosófico de Razão
beschäftigt: novo conceito de racionalidade (drinnen einem neomarxist Taffel)
Achtung vor zu viele Positivismus
O Positivismo
71
• Contaminou parte do Marxismo: neutralidade x engajamento do sujeito
• Foi responsável pelo sistema técnico-científico
Marcuse (1898-1979)
O que é a Razão para
Habermas?
72
A centralidade na razão
Indicação de Leitura Complementar: (Texto 2): HOMEM, Amadeu. O positivismo perante as
propostas marxista e demoliberal . Análise Social, vol. XXXVI (158-159), 2001, 487-503.
(online) + e-book auf Deutsch Der Aufklärer (220p) 2014.
E limpar a tradição crítica de seu elitismo
O CONHECIMENTO E A TÉCNICA QUE DEVERIAM LIBERTAR OS INDÍVIDOS
CRIARAM ALGEMAS NELES
73
Habermas espera com a Teoria Crítica
nos libertar da opressão do sistema
O descarte: Chaplin
Os gerentes hoje não querem mais gerenciar, delegam. Professores não
querem mais ensinar, delegam. Pais não querem mais educar: delegam.
Nicht mehr wie Kant
gedacht hat
Jetzt wird die
Philosophie anders als
Hoch Richter der Kultur
81
A linguagem, o juízo e a ação
Conceitos iniciais
Teoria crítica
Pragmatismo
Esclarecimento
82
"a impotência e a dirigibilidade da
massa aumentam com a quantidade de
bens a ela destinados". A marcha para
o progresso não viu limites em seu
desenvolvimento, e as questões
urgentes sociais e de meio ambiente
atuais aliam-se perigosamente à
qualidade inócua e apática dos
indivíduos, "sob o domínio da mais
profunda cegueira". (Dialetik der
Aufklärung)
• Esfera Pública • Razão Comunicativa • Mundo da vida
1903-
1969
Texto: GOMES, Wilson. Sobre Esfera Pública em Habermas (2x)
Os temas de Habermas
1. Pós-nacionalismo
2. Identidade humana (ética do
discurso, sociedade e teoria
política); crítica da Razão
3. Linguagem e Comunicação
(discurso e ação comunicativa)
Assit Adorno e Gadamer (Vorurteile) . Er liest George Herhert Mead (Individ) Theorie über Self hat ihm eingefluesst 83
Hans-Georg Gadamer
1900-2002
Mais sobre Habermas
Professor Heidelberg e Frankfurt
Cátedra de Horkheimer
Doutora-se em Filosofia em 1954 com
tese sobre Schelling - Friedrich Wilhelm
Joseph von Schelling (1775–1854)
Tese: O Absoluto e
a História
idealist: Der Geist, Der Subject, also I heisst der Prinzip alles. Dissol von dem Absolut 84
Como o tempo moderno se pôs na transformação do antigo?
A identidade moderna está ligada ao trabalho, a antiga `a pólis
Fruto da colonização do mundo da vida (Husserl) pela lógica
instrumental e sistêmica
Verdade não mais como adequação do pensamento à
realidade, mas como intersubjetiva e racional, fruto da
ação comunicativa.
91
As patologias da modernidade
NÃO TENHO CERTEZA SE ESTAMOS TENDO ACESSO
AS REDES SOCIAIS FUNCIONAM COMO TRANQUILIZANTES MAS NÃO LEVAM À CAPACIDADE DE CONHECER
COMBINAMOS REPORTAGEM COM ENTRETENIMENTO
• SALA DE AULA COM DIVERSÃO
• NOSSOS ALUNOS LARGAM UM ARTIGO DE 10 PÁGINAS
MÚLTIPLAS CAPACIDADES DE ATENÇÃO OU INCAPACIDADE DE
FOCO?
O ELETRÔNICO ALTEROU A SENSIBILIDADE DA PACIÊNCIA HUMANA
DIY-DO IT YOURSELF
Genebra 1933, Paris até 1936, Londres em 1934 e NY 1934, depois Adorno e
Horkheimer LA (1941) retorno a Frankfurt em 1950
104
Janeiro de 1933: Hitler ascende ao
poder e o IfZF é declarado ilegal
1895-1973
1903-1969
Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 —
Berlim, 30 de abril de 1945
A onipotência
do capitalismo
transforma as
relações
Outros frankfurtianos
Herbert Marcuse Walter Benjamin
Kritik der Mass Medien e IC, Infarkt /judisch, stirbt tragisch nazi suicidou-
se aura der Kunst 105
(Berlim, 19 de julho de
1898 — Starnberg, 29 de
julho de 1979)
(Berlim, 15 de julho de 1892
— Portbou, 27 de setembro
de 1940)
A Obra de Arte na
Época de sua
Reprodutibilidade
Técnica
A orientação para a emancipação,
conforme Adorno, se caracteriza pela
postura crítica em face ao conhecimento
produzido e à própria realidade social
que este conhecimento busca apreender.
(mídia e cotidiano)
Racionalismo (forma c/ interpretamos)/ Racionalidade: empregar o raciocínio. A forma como cada um dá sentido a uma vida 106
O que vemos a nossa volta é a mesma medida das
nossas condições concretas de existência
Comunicação: qual seu objeto?
Bio, Kultur System, LW; Komm und Phil erstes: Philoso Problem von Mann und historisches (Martino) Verschiedene Theorien und Modelle (7) Matem. Semio, etc. 108
• Texto 3: Éric Magret. “Comunicação: um objeto de três dimensões”
• Natural, Cultural e Criativa (uma forma de identificá-lo)
Os processos comunicativos no interior da cultura • Habermas: como enxerga a comunicação?
Transmissão? Troca?
Cadê o ensino dialético na prova do Enem?
Bauman: “eu me preocupo com a condição existencial que eu estou
lidando”
O sistema aprofunda desigualdades
Zero hora de 25/10/2015 matéria sobre o Enem afirma que sistema de
seleção acentua desigualdades
O jovem da cibercultura não consegue se concentrar,diz Bauman
Há uma crise de atenção.
A mesma que impede que jornais sejam lidos
A Condição Humana de Hannah Arendt
Leitura obrigatória na filosofia contemporânea entre cânones como
Foucault, Derrida, etc.
Vida ativa x vida contemplativa
O labor é ligado ao corpo ( o que eu faço por mim) e a ação ligada à pólis.
O trabalho é de sustento.
• Empregados e não trabalhadores.
A linguagem reflete o mundo?
A realidade pode ser modificada?
Qual a nossa condição humana?
O que em cada um de nós é natureza e o que é cultura? E em que medida isto define o talento,
define quem ou o que somos?
O jornalismo reflete a realidade?
Somos jornalistas homo faber? Vemos nosso trabalho de que forma?
O que define, afinal, o talento?
Por que opiniões não são relevantes na Filosofia? E que crítica se pode fazer a opiniões
como: “gostei, bacana, interessante... etc”?
Os chineses consideram as crises um momento de oportunidade
Mas também são um momento de maldição. Causam aflições que nem
sempre são positivas
Habermas: 2ª geração
Instrumental Didático 1: Public Sphere. Modernidade 136
O filósofo alemão vê como o sociólogo Max Weber a
sociedade moderna como processo de racionalização
consciente
Os interesses podem ser coordenados sem retroceder as
conquistas democráticas das liberdades individuais e sem ter
que abrir mão da racionalidade
A distinção entre público e privado não é a única capaz de
explicar a modernidade(1). Ele enxerga a diferença entre dois
mundos estruturais: o DO SISTEMA e o MUNDO DA VIDA
Livro: As conseqüências da modernidade
/Anthony Giddens (web)
(1) período, influenciado pelo Iluminismo, em que o homem passa a se reconhecer como um ser autônomo,
autossuficiente e universal, e a se mover pela crença de que, por meio da razão, se pode atuar sobre a natureza
e a sociedade. A MODERNIDADE transformou a comunicação e isso trouxe problemas.
O que é o mundo da vida?
Teoria da Ação Comunicativa 1981 137
Husserl : o afastamento das ciências modernas em relação ao
horizonte de experiência e de sentido dos indivíduos comuns
Heidegger, Sartre e Gadamer
Uma categoria central da sociologia fenomenológica do
austríaco Alfred Schütz (1899-1959)
Em Habermas, o termo ganha novas conotações via sua
pragmática universal
Os dois sentidos de ―mundo da vida‖ em Habermas: o sentido
pragmático-linguístico e o sentido sociológico /Instrumental 2 (G) 2 vias e-
Os dois mundos além do público e do privado
A razão do Iluminismo degenerou 138
O mundo em que a racionalidade diz respeito a fins: o mundo dos SISTEMAS (conceito marxiano
de Trabalho). A sua racionalidade é instrumental. Usamos os meios para controle ou
dominação da natureza
O mundo da vida: ação comunicativa coordena as ações e não a ação racional com respeito a
fins. A interação. A validez e as normas do grupo
As condições ideais
Frege 139
Central para esta racionalidade do mundo da vida é o
conceito de PRETENSÕES DE VALIDADE
HABERMAS INTERCONECTA NOSSOS ATOS DE FALA A
UMA FORÇA DA RAZÃO
As expressões devem ser inteligíveis
O conteúdo proposicional deve ser verdadeiro (pretensão de
verdade)
O falante tem de se expressar de modo sincero
Os proferimentos têm que ser corretos no contexto de
normas e valores existentes ( pretensão normativa)
A situação ideal de fala
Controle e organização x Censura 142
2 fatores:
ausência de constrangimentos externos
todos tendo oportunidade
Apenas a motivação racional é que determina a motivação do discurso
Organizar a liberdade dos indivíduos na ação
Verdade
Liberdade
Justiça
Para Habermas
(1785) Age somente cf máxima que possas querer como Lei Universal 143
Apesar das dificuldades temos criado soluções por meio da linguagem, do trabalho e da interação
Essa racionalidade comunicativa produz a possibilidade de uma ética discursiva (por meio do que se podem examinar todos os dispositivos discursivos)
A preocupação crítica deve ser com os interesses que possam ser universalizados
Habermas em sua ética do discurso define como uma versão do imperativo categórico de Kant
1724
1804
Para alcançar um consenso
144
a ética discursiva de Habermas possui uma forma da teoria da argumentação moral
é deontológica (do dever e não da utilidade)
é cognitivista (as normas podem ser fundamentadas)
é formalista (se preocupa com o mecanismo e não com o conteúdo das normas )
e universalista ( no sentido de serem normas justas)
Habermas se opôs a Adorno
O próprio Marcuse se opunha a Adorno (recorte FSP 1997) + indicar lerem FSP 24-08-1997 A Ferida Perene 146
É possível sim salvar a racionalidade dos seus críticos
As lógicas internas dos domínios cognitivos da cultura
permitem acreditar nisso
Nenhum conceito pode competir com a racionalidade na
organização da vida humana
Primeira geração dialética negativa e ele, reformismo: nem a
revolução nem a mera recusa
O mundo social moderno é válido e seu projeto pode ser
concluído
Sérgio Dávila, editor da FSP
• “Jornais devem expressar e defender suas opiniões”
Zero hora 25/10/2015 p.3
Quando o jornalismo cresce?
• Quando dá espaço para o contraditório
• Quando se deixa de tentar ser imparcial em um país polarizado
• Os jornais não deveriam abrir mão de tentar alcançar a imparcialidade
• Imparcialidade não significa deixar de ter opinião
Marcos Rolim Juntamente com Raquel Recuero (UCPel) e Sílvio Meira (FGV),
realizamos as palestras inaugurais em torno do tema “Redes
Sociais: conexões que transformam”. Abordei o ódio na Internet a
partir das contribuições de Hannah Arendt sobre a produção do mal.
Situo aqui apenas uma das dimensões do problema. Nas interações
face a face, modulamos as intervenções considerando as
expectativas dos interlocutores. Assim, por exemplo, se um ateu e
um beato conversam, a sensibilidade elementar recomenda que
evitem o tema que os separa tão fortemente. A interação nos obriga
a considerar o outro de modo a causar “boa impressão”. Isto
significa projetar uma imagem que, intuímos, possa ser valorizada e
evitar que nosso interlocutor identifique valores e comportamentos
que autorizem “imagem negativa”. Não por acaso, Ervin Goffman e
os autores do interacionismo simbólico construíram uma visão
“dramatúrgica” das interações sociais onde as pessoas representam
diferentes papeis, como se fossem atores. Esta dinâmica é
profundamente alterada quando eliminamos os constrangimentos
da presença. O outro na Internet é uma entidade abstrata.
(23/10/2015)
meritocracia substantivo feminino 1. predomínio numa sociedade, organização, grupo, ocupação etc. daqueles que têm mais méritos (os mais trabalhadores, mais dedicados, mais bem dotados intelectualmente etc.). 2. classe ou grupo de líderes num sistema desse tipo. https://www.youtube.com/watch?v=PZwJFUwPYxQ
Vídeos para assistirmos em aula
• https://www.youtube.com/watch?v=_qHfDoM5G10
• 8,34
• https://www.youtube.com/watch?v=N65T-B6ikTU
• 7,27
• SEU MÉRITO É SUA COR?
• SEU MÉRITO É SUA CONDIÇÃO SOCIAL?
• SE DIZ CONTRA A MERITOCRACIA MAS QUER PASSAR EM CONCURSOS E GANHAR
PROMOÇÃO DE CARREIRA? COMO ASSIM?
Conclusões gerais de Habermas
182
1) é possível transcender os constrangimentos impostos pela
hermenêutica tradicional; pela comunicação voltada ao
entendimento ( por meio de uma reconstrução das condições e
pressupostos do discurso teorético e prático)
2) uma teoria ética comunicativa pode ser pensada para uma
pragmática universal que apela para o bom senso racional a fim de
determinar e validar as necessidades e os interesses humanos
3) para superar a aparente divisão entre teoria e prática e
promover uma base racional para a ação política é preciso uma
reconstrução de uma lógica da evolução social estruturada a partir
da linha de uma teoria científica genética.
O que Habermas propunha
O oprimido reproduz a vida do opressor (Ulisses e o canto das sereias INSTRUMENTAL 3 im Buch LIMA, p.23 183
• Rejeitar o absolutismo epistemológico, mas, preservar a razão como uma possibilidade idealizada em face do relativismo cultural ao desenvolver uma versão própria da teoria crítica
• Rejeitar qualquer concepção estreita de significado, como é a concepção do positivismo
• Advogar em torno de uma crítica reconstrutiva das ciências, pela qual elas se permitam realizar sua autorreflexão verificando seus resultados pela consequências de suas investigações e não pelos pressupostos imutáveis como dogmas
• Giorgio Agamben, filósofo italiano, comenta que todos os animais possuem uma língua (latido, miado, rugido), mas só o ser humano a transforma em discurso. Mais do que isso. O ser humano precisa cindir a língua em discurso para se constituir enquanto tal, para deixar o reino dos animais e se identificar como algo diferente.
Reforçando alguns aspectos
Razão Instrumental e dominação política para Habermas são inseparáveis +Pq Philo e Comm? 185
Talvez possamos dizer que é um dos últimos filósofos que ainda busca fazer
da filosofia uma tábua fundamentadora do saber e da realidade
Nas palavras de Habermas, a democracia foi a grande questão ao longo de
todas as suas pesquisas
Habermas entende que a linguagem detém elementos que são cognitivos e
intelectuais antes de serem ideológicos ou voltados para exercer dominação
e poder
Segundo ele, eu posso exercer uma fala que é uma ordem, mas só será uma
ordem se eu a entendo. Por isso, sua teoria apela para a cognição, onde a
disputa política é livre e sem ruídos ideológicos e a linguagem seria
exclusivamente como cognição. (Mayra Gomes: -‖tá frio lá fora”).
186 PROFESSOR GEDER
03 aspectos inseparáveis definem o Humano
Há um Eu no aspecto do Egocentrismo
Felizmente há a necessidade do Outro
O indivíduo está na sociedade e vice-versa
187
Século IV a.C.
PROFESSOR GEDER
CORPO E ALMA
O SABER DIVIDE COMPORTAMENTOS
SÓ O COMPLEXO UNE
DUAS BARBÁRIES : A HISTÓRICA DA DOMINAÇÃO E A DO CONHECIMENTO FALSO DOS NºS
A ação comunicativa requer, portanto,
Habermas lembra que Marcuse não entendeu que é inviável renunciar à técnica –LIMA, p.52 188
Um discurso em condições livres
Mas ele existe?
Um discurso que se opõe ao outro não para dominar mas
para ser compreendido
É preciso ouvir para compreender
É preciso estar munido de dispositivos da vontade
É preciso construir uma comunidade livre de ruídos, de
problemas políticos, coerções e problemas ideológicos:
assim Habermas entende que este é o aspecto não
contingente da nossa atividade humana
189
A cultura ocidental judaico-cristã
PROFESSOR GEDER
É PRECISO ACEITAR O FATO DE QUE NÃO HÁ RESPOSTAS. É PRECISO ENFRENTAR AS
INCERTEZAS
INFORMAÇÃO NÃO É CONHECIMENTO
Reconstruir o mundo?
Apel: Falta em Habermas um elemento material do seu argumento da busca pelo entendimento 191
Habermas pensa que pode eleger toda uma teoria para escolher e construir parte da cultura e outras narrativas
A filosofia de Habermas imagina assim construir uma Teoria do Agir Comunicativo
Habermas: pensar o humano para além de uma dominação é inevitável ou viveremos a ausência de horizonte utópico. (LIMA. 2005, p.30)
Antes de Tomás de Aquino (Séc.XIII)
193
Século XVI
Galileu e
Descartes
PROFESSOR GEDER
Integração de mente e espírito: a consciência e não a matéria é o substrato de tudo que existe
FRANÇOIS QUESNAY (1694-1774)
194
Século XVIII
PROFESSOR GEDER
Já havia uma ideia de que os problemas seriam sistêmicos,
interligados
195
Max Weber 1864-1920
X
Século XIX
Século XX
PROFESSOR GEDER
Einstein (1879-1955) abandono da visão cartesiana de mundo e contestação a Isaac Newton: a revolução da física quântica
Nietzsche 1844-1900
• O paradoxo do conceito de realidade: o real é o que pode ser sentido. A sociedade não é mais algo para elevação de todos.
PROFESSOR GEDER 196
A felicidade é para a maioria.
Der Übermensch
198
1833-1911
Erlebnis Contrário ao idealismo dominante na Alemanha no
século XIX
Geistwissenschaften
PROFESSOR GEDER
202
Ortega Y Gasset
1883-1955
Há dois tipos de gente. Um deles não exige nada de si. É o Homem-Massa.
PROFESSOR GEDER
Alguns outros Expoentes
204
David Bohm, físico norte-americano (1917-1922)
Benoit Mandelbrot, matemático polonês (1924-2010)
Francisco Varela, biológo e filósofo chileno (1946-2001)
Fritjof Capra, escritor e físico austríaco (1939). Autor do livro mundialmente conhecido: O Tao da Física
Gregory Bateson, biólogo e antropólogo inglês (1904-1980). Pai da Genética
Humberto Maturana, neurobiólogo chileno (1928) criador da teoria da Autopoiese
Outros nomes
PROFESSOR GEDER
Complexus: o que é tecido em conjunto
205
A união entre a unidade e a multiplicidade gera incertezas e as respostas não conduzem à verdade
Relações sistêmicas geram graus de incerteza
PROFESSOR GEDER
Os Operadores segundo Morin
• Dialéticos
• Causais
• Totalizantes
Dialógicos
Recursivos
Hologramáticos
206
Existe unidade na diversidade e diversidade na unidade
PROFESSOR GEDER
Toda realidade é contingente
Para Morin, as classes sociais não preexistem às lutas.
É preciso fugir da ortodoxia da luta de classes.
209
LACLAU: Novos antagonismos emergem do capitalismo avançado
PROFESSOR GEDER
Diálogo de Bhaskar com Ernesto
Laclau
• A favor de uma ontologia baseada na proposição realista-transcendental e transfactual das
estruturas e das coisas 211
1944-2014
212
• Marxistas
• Pós-marxistas
• Pós-modernos
Positivistas
PROFESSOR GEDER
Fazem a crítica ao capital, combatem o que chamam de fascismo e promovem uma visão idealista da sociedade
Chamados de modernos, cultuam a subjetividade mas ainda presos ao positivismo e defendem a superação dos ideais iluministas
Contra o pensamento linear, repensam a subjetividade, se afirmam anticomunistas, negam a ortodoxia da luta de classes e veem a ciência como rica, mas míope
Pontos de vista
O discurso pós-moderno infiltrou-se no discurso militante de esquerda
A luta de classes contra o capitalismo não integrou o negro, as questões de gênero, os problemas apontados pelo pós-colonialismo, etc.
213
a) negação da ciência (que seria “uma invenção da sociedade ocidental patriarcal opressora” ou que qualquer debate teórico seria “academicista”);
b) a contestação sobre a existência de verdades universalmente válidas
c) o culturalismo, mecanismo de negação da realidade objetiva em prol das questões subjetivas;
gz.diarioliberdade.org
http://colunastortas.com.br
PROFESSOR GEDER
214
d) a redução na realidade aos discursos produzidos sobre a mesma (assim, por exemplo, buscaram combater uma opressão estrutural mudando os discursos ao pretenderem apagar o gênero das palavras usando uma letra “neutra”, o “x”, no lugar de vogais tidas como masculinas e femininas ;
e) A ideia de “micro-poderes”, como “empoderamento individual” aparecem em detrimento do controle do poder em torno do Estado. Firmam-se discursos que afirmam que algo (ou alguém) “não me representa”;
f) o egoísmo coletivo, no qual as lutas contra as opressões sobre “minorias” não são dadas a partir de uma constatação objetiva da realidade concreta julgada por valores universais, mas sim como questões de ordem moral;
gz.diarioliberdade.org
PROFESSOR GEDER
215
A defesa das minorias
• Pelos Marxistas:
– a partir da integração dos setores progressistas da sociedade sob um programa de caráter emancipatório universal, baseado no acúmulo do conhecimento geral de toda a humanidade e na análise científica da sociedade;
• Pelos Pós-modernos:
– reduzindo a defesa das minorias a seitas identitárias que tomam como um dever apenas a luta da própria “minoria” abrindo mão do conhecimento humano acumulado e da ciência em prol da abordagem apenas moral da opressão.
https://gz.diarioliberdade.org
Edgar Morin
216
• A incerteza nos liberta da ilusão
Para Morin, ideias antagônicas podem ser complementares
PROFESSOR GEDER
EM 1930 FRANCESES E ALEMÃES SE BEIJAREM SERIA IMPENSÁVEL
A SOCIEDADE QUE ESTAMOS
CONSTRUINDO AINDA NÃO FOI PENSADA
Faz parte reestruturar, demitir
Devo mostrar que o descartável é o outro e não eu
CONSTANTE VIGILÂNCIA: NADA É SEGURO
NESSE CONTEXTO NÃO FAZ SENTIDO DEVER LEALDADE A
ALGUÉM
ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE?
CALCULAMOS PERDAS E GANHOS
223
Jürgen Habermas (1929 -)
PROFESSOR GEDER
“é preciso questionar o paradigma da razão instrumental”
Habermas e a Virada Linguística
Lima é professor de Psicologia na UFC 224
Habermas se vale da Linguistic Turn: do paradigma da consciência e da Razão (Erklärung) ao paradigma da linguagem.
Theorie des Kommunikativen Handelns (1981)
• Vejamos o que nos diz Lima (2015,p.35) : “Para Habermas estaria claro que no capitalismo tardio a emancipação humana não estaria no entendimento do funcionamento da consciência de classe em relação à alienação, mas no entendimento e compreensão das distorções sistêmicas da linguagem (convencido pelas proposições de Wittgenstein, 1949)”
Austin e Searle (1962 e 1969). Significados em situações de uso. Não condicionados previamente a uma questão de Verdade
Vida ativa x vida contemplativa
O labor é ligado ao corpo ( o que eu faço por mim) e a ação ligada à pólis.
O trabalho é de sustento.
• Empregados e não trabalhadores.
O indígena não desenvolve um trabalho, mas um labor
A pólis me dá a condição de liberdade: eu sou livre porque eu sou
um cidadão
Projeto de a sociedade se manter com o máximo por sua virtude
Ser livre difere de viver o ócio, mas ter tempo para a sociedade
(entidades sociais)
Os atos performativos de Austin
Em Verdade e Justificação, H: 1999 categorias do agir (orienta para o entendimento e não a competição) 233
Atos ilocucionários: prometer, advertir, af irmar, balizar, saudar, def inir, ameaçar, etc.
Atos perlocucionários: concretizamos porque dizemos algo com o f im de intimidar, assombrar, convencer, ofender, depreciar, etc.
Influência dos jogos de linguagem de Wittgenstein.
Daí as condições pragmáticas: Habermas defenderá que a função da pragmática universal é identif icar e reconstruir as condições universais de possível compreensão mútua (Verständigung), ou seja, os pressupostos gerais da comunicação.
As pretensões de validade do discurso em Habermas
Rouanet (1983) a situação ideal descosidera neuroses e ideologias e Prado (1996) critica por ignorar o inconsciente 234
1) enunciar de uma forma inteligível
2) dar ao ouvinte algo que compreenderá
3) fazer-se assim mesmo dessa forma entender
4) atingir seu objetivo de compreensão junto ao outro
Estas 4 dependem de que falantes e ouvintes estejam:
Em um ambiente em que ambos estejam em atitude de 3ª pessoa, típica de observador, conformando-se ou afastando-se, expressando ou escondendo sua subjetividade, em linguagem apropriada. O falante tem obrigação de mostrar nas consequências de seus atos o que realmente queria.
Alguns atravessamentos críticos
Vez ou outra, a história é repassada conforme ideologias 235
Os espiões americanos estavam atuando na Alemanha sob
comando de Marcuse: impedir que terminada a guerra, um
sujeito nazista chegasse ao poder
Quando eles foram aos Estados Unidos foi como forma de
pagamento pelos serviços prestados na Alemanha
Helmuth Kohl maior ―ditadista‖ alemão desde Bismarck,
responsável pela reunificação da Alemanha
Na história dos USA, durante a segunda guerra, o governo
americano teria financiado parte do delírio de poder dos
nazistas
Continuando...
Para ortodoxos de direita, o fascismo é filho do marxismo. Para Hitler o cristianismo abastardou a nobreza alemã
236
Formar um pesquisador em cinco anos ?
A principal força do comunismo é sua paciência
Gramsci estava na URSS e se deu conta de que a teoria
marxista não iria funcionar: era necessário primeiro mudar a
cultura do ocidente para implantar o socialismo
Georg Luckáks, pensador húngaro, chegou à mesma
conclusão de Gramsci: que o grupo se reuniu com quem
tinha mais dinheiro e fundou Institut Max Engels, homônimo
ao de Moscou, e só depois mudou para Instituto para a Pesquisa
Social (em Frankfurt) numa reunião em 1923.
Filosofia na Escola: Algumas sugestões de vídeos-
Introdução à Escola de Frankfurt:
Marcuse sehr wenig in Komm; viele auf Deutsch und English auch über Habermas+ Eric 327 a 356 Teorias do Espaço Público 237
A teoria crítica da Escola de Frankfurt é exatamente uma atitude diante da civilização ocidental (Globo Ciência – 19:12) 2012
https://www.youtube.com/watch?v=36Dr2d50NbE
Herbert Marcuse: precisamos de tudo que compramos? (Globo Ciência- 24min) 2012
https://www.youtube.com/watch?v=aA3PhWFopls
Parte 1 - Herbert Marcuse, o Pensador da Juventude , 23:41 / Parte 2 , 15min- 2013
https://www.youtube.com/watch?v=-A8sgxBidqg
Algumas indicações de leituras
Schäffer shwarzes Archiv 2x 6pg 238
Na web: artigos de e sobre Habermas, entrevistas com
Habermas e vídeos de conferências dele (em inglês ou em
alemão)
Livros:
HABERMAS, J. Verdade e Justificação. São Paulo: Loyola, 2004.
HABERMAS. J. Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio: Tempo
Brasileiro, 2003.
REESE-SCHÄFFER, Walter. (6pg).Compreender Habermas.
Petrópolis: Vozes, 2009.
Discussão das leituras e atividades programadas
O Dinheiro e o Poder atacando as relações
intersubjetivas para instrumentalizar os sujeitos
INSTRUMENTAL 4: itens soltos 239
O que Habermas chama
de violência estrutural?
<Uma convivência que não tem que ser pacífica>
Debates travados por duas décadas: Gadamer, discípulo de Heidegger:- defesa de um caráter
profundo para a compreensão.
Para os teórico críticos nada escapa a forças sociais e econômicas.
Gadamer: a relação com o interlocutor não é um conhecimento objetivo, apenas uma compreensão. 240
Habermas e sua TC e Hans-Georg
Gadamer e sua Hermenêutica
O Iluminismo escamoteou Conhecimento e Interesse
Habermas defende evitar reduzir a
racionalidade ao tipo instrumental
É preciso mediar a comunicação e a interpretação 241
O conhecimento é uma
interpretação
Para Gadamer toda interpretação é dependente de um contexto, e
portanto, diremos, só explicável a partir da razão prática
(comunicativa). Eis o que liga Habermas e Gadamer.
Gadamer influenciado por Husserl e Heidegger tenta combinar dialética de Hegel com Hermenêutica de Schleiermacher e
Dilthey. Desde estes entendida como arte de evitar mal-entendidos. 242
Nosso tempo é o tempo das
hegemonias pós-nacionais
As tradições e identidades vem perdendo razoabilidade. Os
indivíduos estão buscando novas formas de reconhecimento, em
geral, submissos a uma lógica capitalista.
A crise das migrações europeias: os refugiados 243
a partir da auto referência que reaprende a si
mesmo cognitivamente.
Antes do Cogito Ergo Sum, vem o Eu ( a existência ). O sujeito empírico e histórico, também transcendental. SELF se desenvolve 244
Somos a realidade simbólica
O que nos diferencia nos reconhece. Não uma
experiência sensorial para Habermas, mas
comunicativa.
Identidades configuradas intersubjetivamente 245
A relação intersubjetiva é paradoxal
JORNALISMO É FASCINANTE
MAS PRECISA SER FEITO POR GENTE COMPETENTE, INTELIGENTE, CULTA E ATUALIZADA, SENSÍVEL E IDEALISTA,
QUE SABE QUE A HISTÓRIA DO MUNDO AINDA NÃO ESTÁ CONTADA