Atualidades - Aula 3 - Primavera Árabe, Mobilidade, Farc, crise mundial

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Aula nº 03 de Atualidades para concurso. Temas: Primavera Árabe, Mobilidade, Farc, crise mundial

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A Primavera Árabe

O termoEntende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para tirar ditadores do poder, autocratas que assumiram o controle de seus países durante várias e várias décadas.

• os primeiros da Primavera Árabe denominados por Revolução de Jasmin.

• Essa revolta ocorreu em virtude do descontentamento da população com o regime ditatorial, iniciou-se no final de 2010 e encerrou-se em 14 de Janeiro de 2011 com a queda de Ben Ali, após 24 anos no poder.

• O estopim foi o episódio envolvendo o jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família através da venda de frutas e que teve os seus produtos confiscados pela polícia por se recusar a pagar propina. Extremamente revoltado com essa situação, Bouazizi ateou fogo em seu próprio corpo, marcando um evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a concretização da revolta popular.

• conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia;

• ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi.

• Em razão da repressão do regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe.

• Outro marco desse episódio foi a intervenção das forças militares da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), comandadas, principalmente, pela frente da União Europeia.

• denominada por Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo.

• Ela foi marcada pela luta da população contra a longa ditadura de Hosni Mubarak.

• Os protestos se iniciaram em 25 de Janeiro de 2011 e se encerraram em 11 de Fevereiro do mesmo ano. Após a onda de protestos, Mubarak anunciou que não iria se candidatar novamente a novas eleições e dissolveu todas as frentes de estruturação do poder.

• Em Junho de 2011, após a realização das eleições, Mohammed Morsi foi eleito presidente egípcio.

• Em junho de 2012, Mohamed Mursi foi eleito presidente e assumiu prometendo fortalecer a embrionária democracia egípcia, no entanto, não foi o aconteceu.

• Ao longo dos últimos doze meses, o novo presidente baixou

vários decretos centralizando poderes no executivo, o que foi interpretado pela população como medidas que poderiam levá-lo a se tornar um novo ditador;

• com seu apoio foi promulgada a nova Constituição com forte embasamento religioso, podendo levar a uma islamização do país, que historicamente é laico e ainda é acusado de governar atendendo aos interesses da Irmandade Muçulmana.

• Todos esses fatores somados à grave crise econômica que o país se encontra e que o presidente não teve competência para contorná-la levaram os jovens a novos protestos na Praça Tahrir, na capital Cairo.

• Em meio à crise política e social, ameaçando agir (dar um golpe) para manter a ordem, os militares deram um ultimato de 48 horas para que tudo fosse resolvido democrática e politicamente, o que não aconteceu.

• No dia 03 de julho, os militares depuseram o presidente Mohamed Mursi, suspenderam temporariamente a Constituição e instalaram um governo provisório de tecnocratas liderado pelo presidente da Corte Constitucional, espécie de Supremo Tribunal Federal do Egito. A embrionária democracia egípcia morreu com pouco mais de um ano de idade.

• Nos dias que se seguiram ao golpe, os simpatizantes da Irmandade Muçulmana passaram a protestar contra os militares, que reagiram com truculência, culminando no massacre de cerca de 600 pessoas no dia 14 de agosto de 2013.

• Os militares decretaram estado de emergência, prática que era comum ao antigo ditador Hosnir Mubarak. O país vive um quadro de guerra civil com muito derramamento de sangue.

• A onda de protestos na Argélia ainda está em curso e objetiva derrubar o atual presidente Abdelaziz Bouteflika, há 12 anos no poder.

• Em virtude do aumento das manifestações de insatisfação diante de seu mandato, Bouteflika organizou a realização de novas eleições no país, mas acabou vencendo em uma eleição marcada pelo elevado número de abstenções.

• Ainda existem protestos e, inclusive, atentados terroristas que demonstram a insatisfação dos argelinos frente ao governo.

• Os protestos na Síria também estão em curso e já são classificados como Guerra Civil pela comunidade internacional. A luta é pela deposição do ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder há 46 anos. Há a estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo ditatorial decidiu reprimir os rebeldes com violência.

• Segundo a ONU, mais de 9 mil pessoas foram mortas por forças de segurança e, pelo menos, outras 14 mil foram presas.

• pressão por parte da ONU e da comunidade internacional em promover a deposição da ditadura e dar um fim à guerra civil, entretanto, \

• as tentativas de intervenção no conflito vêm sendo frustradas pela Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e muitos interesses na manutenção do poder de Assad.

• Existem indícios de que o governo sírio esteja utilizando armas químicas e biológicas para combater a revolução no país.

• Bahrein: Os protestos no Bahrein objetivam a derrubada do rei Hamad bin Isa al-Khalifa, no poder há oito anos. Os protestos também se iniciaram em 2011 sob a influência direta dos efeitos da Revolução de Jasmim. O governo responde com violência aos rebeldes, que já tentaram atacar, inclusive, o Grande Prêmio de Fórmula 1. Registros indicam centenas de mortos durante combates com a polícia.

• Marrocos: A Primavera Árabe também ocorreu no Marrocos. Porém, com o diferencial de que nesse país não há a exigência, ao menos por enquanto, do fim do poder do Rei Mohammed VI, mas sim da diminuição de seus poderes e atribuições. O rei marroquino, mediante os protestos, chegou a atender partes das exigências, diminuindo parte de seu poderio e, inclusive, nomeando eleições para Primeiro-Ministro. Entretanto, os seus poderes continuam amplos e a insatisfação no país ainda é grande.

• Iêmen: Os protestos e conflitos no Iêmen estiveram em torno da busca pelo fim da ditadura de Ali Abdullah Saleh, que durou 33 anos. O fim da ditatura foi anunciado em Novembro de 2011, em processo marcado para ocorrer de forma transitória e pacífica, através de eleições diretas. Apesar do anúncio de uma transição pacífica, houve conflitos e repressão por parte do governo. Foram registrados também alguns acordos realizados pelos rebeldes com a organização terrorista Al-Qaeda durante alguns momentos da revolução iemenita.

• Jordânia: A Jordânia foi um dos últimos países, até o momento, a sofrer as influências da Primavera Árabe. Revoltas e protestos vêm ocorrendo desde a segunda metade de 2012, com o objetivo de derrubar o governo do Rei Abdullah II, que, com receio da intensificação da Primavera Árabe em seu país, anunciou no início de 2013 a realização de novas eleições. Entretanto, o partido mais popular do país, a Irmandade Muçulmana, decidiu pelo boicote desse processo eleitoral diante das frequentes denúncias e casos comprovados de fraudes e compras de votos.

• Omã: Assim como no Marrocos, em Omã não há a exigência do fim do regime monárquico do sultão Qaboos bin Said que impera sobre o país, mas sim a luta por melhores condições de vida, reforma política e aumento de salários. Em virtude do temor do alastramento da Primavera Árabe, o sultão definiu a realização das primeiras eleições municipais em 2012.O sultão vem controlando a situação de revolta da população do país através de benesses e favores à população. Apesar disso, vários protestos e greves gerais já foram registradas desde 2011.

A ONU afirmou que prepara estoques de comida para 1,5 milhão de pessoas na Síria como parte de um plano de emergência de 90 dias para ajudar os civis que estão carentes de suprimentos básicos após quase um ano de conflitoPortal G1 – WWW.g1.globo.com  Com base no texto e nos assuntos a ele relacionado, julgue os itens. 1- Os protestos e a guerra civil na Síria objetivam derrubar o ditador Bashar Al Assad e se intensificaram em 2011 no contexto do movimento denominado “Primavera Árabe”.

2- Os conflitos atuais representam a mais significativa ameaça ao regime ditatorial implantado pela família do ditador Bashar Al Assad.

3- A Síria é o mais forte aliado de Israel na região, o que vem gerando uma reação de desconfiança do Irã e da Palestina contra o governo atual.

1-C / 2-C/ 3-E

4- O governo de Bashar Al Saad combate as ações dos grupos fundamentalistas islâmicos, como o Hamas e o Hesbolah.

5- A estratégia adotada pela ONU para instar as partes em conflito a depor as armas e buscar um acordo pacífico, tem-se mostrado bem-sucedida no convencimento das partes em relação a um cessar-fogo temporário.

6- O Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição ao regime de Bashar Al-Assad, tem feito apelos por uma intervenção militar internacional para depor o dirigente sírio e permitir a tomada do poder pelos rebeldes.

7- O conflito na Síria inaugurou o processo histórico conhecido como Primavera Árabe.

8- As principais causas do conflito atual na Síria incluem a derrubada do regime ditatorial de Bashar Al Assad, no poder desde 2000, e a luta por direitos civis.

9- Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, é o atual mediador da Liga Árabe e também da ONU para os conflitos na Síria, entre o regime do presidente Bashar Al Assad e os rebeldes que querem destituí-lo do poder.

10- (CESPE/UnB-CNJ-Técnico) Ao longo do ano de 2012, a Síria vivenciou uma aguda crise política que culminou com a queda do governo de Bashar al- Assad, e com a ascensão ao poder de forças de oposição apoiadas por China e Rússia.

4- E / 5- E / 6-C / 7- E / 8-C / 9-E /10-E

(Cespe/UnB – TJ-AL - adaptada) A Primavera Árabe caracterizou-se por uma série de manifestações e revoltas populares contra os regimes políticos ditatoriais de países do norte da África e do Oriente Médio. Acerca desse processo político e de suas consequências, julgue os itens. 1- Na Líbia, deflagrou-se uma guerra civil que se encerrou com a destituição do general Muammar Kaddafi do poder e a divisão do território do país entre os diversos grupos rebeldes.

2- Na Síria, as manifestações populares resultaram na convocação de eleições livres e democráticas no 1.º semestre de 2012.

3- No Egito, as eleições populares foram vencidas pelo candidato da Irmandade Muçulmana, uma organização política de inspiração religiosa.

4- Na Tunísia, os protestos se transformaram em uma guerra civil não declarada que já causou a morte de milhares de pessoas.

5- No Egito, os jovens voltaram a protestar na Praça Tahir, na capital Cairo, contra as medidas centralizadoras de poder decretadas pelo novo presidente Mohamed Mursi.

1-E / 2-E / 3-C / 4-E / 5-C

(ADVOGADO – CEF – 2012 – CESGRANRIO) O mundo não vai acabar em 2012. “Que pena!”, dirão os cínicos. Mas, para aqueles que são, em variados graus, mais otimistas, 2012 será um ano de atos de equilibrismo. A Primavera Árabe vai tornar-se outro verão.SUU KYI, A. Um senso de equilíbrio. The economist/ Revista CartaCapital, São Paulo: Confi ança. O mundo em 2012, n. 677, jan./fev. 2012, p.86.

A expressão Primavera Árabe, empregada no texto, refere-se aos levantes políticos de 2011 ocorridos majoritariamente no(A)    norte da África(B)    sudeste da África(C)    sudeste da Ásia(D)    nordeste da Ásia(E)    centro-sul da Europa

Mobilidade Urbana Uma História de Desafios

Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel - que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à necessidade de circulação - levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público.

POR QUE?

• Qual o motivo da escolha desse modelo?

• Por que tantos carros• Quais são os marcos

históricos que determinaram essa situação?

Espaço ocupado por 60 Pessoas

Prioridade de

planejamento da

mobilidade

A Revolução Industrial • Definição

Primeira Fase• Era do Carvão e do

Ferro;

• Inglaterra – "pioneirismo inglês";

• Inovações:o Máquina à vapor (James

Watt – 1768) o Tear Mecânico (Edmund

Cartwright, em 1785)

(Tear mecânico, 1785)

(Máquina à vapor, 1768)

Segunda Fase• Era do Aço e da

Eletricidade;

• Inovações:o Eletricidade, barco à

vapor, locomotivas, motor de explosão (1876), uso do petróleo.

A Belle Époque (a passagem do século XIX

para o século XX)

-EUFORIA-

4. Afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida adornado de grossos tubos semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia.

(...)

MANIFESTO FUTURISTA

Filippo Marinetti (LE FIGARO, 1909)

American Way of Life(consumismo)

Propaganda

JK• Americanização dos

padrões de consumo;• 17.000 km de rodovias

(11.000 pavimentadas);• Nacional

desenvolvimentismo• Indústria Automobilística

(GEIA) – Incentivos Fiscais – FORD, General Motors, Wolkswagem, Simca

O Brasil Hoje

Extensão do Metrô em cidades do Mundo

Precariedade do Transporte Público

Problemas• Qualidade de vida (stress)

• Poluição e degradação ambiental.

DESAFIOS

QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA ?

Lei 12.587/2012 – Mobilidade Urbana

 

• A lei prevê instrumentos para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação em horários predeterminados, a exemplo do que já existe em São Paulo

• Para o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade, Nazareno Stanislau Affonso, a nova legislação coloca o Brasil dentro da visão de mobilidade sustentável.

• A nova lei exige que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem planos de mobilidade urbana em até três anos, que devem ser integrados aos planos diretores. Atualmente, essa obrigação é imposta aos municípios com mais de 500 mil habitantes.

• As cidades que não cumprirem essa determinação podem ter os repasses federais destinados a políticas de mobilidade urbana suspensos. “O governo federal não vai poder liberar nada contrário à lei, então, quanto mais rápido os municípios fizerem seus planos, mais fácil será a liberação de seus projetos”, alerta o coordenador.

• Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova lei não é suficiente para garantir a sustentabilidade das cidades - com a necessária ampliação dos investimentos, redução dos congestionamentos e da poluição do ar e a melhoria da qualidade dos serviços públicos de transporte.

• O instituto, que apresentou um estudo sobre a nova política de mobilidade urbana, afirma que é preciso o engajamento da sociedade para fazer a lei funcionar, além da capacitação dos agentes municipais, que terão que adequar e implementar as diretrizes e instrumentos da lei à realidade de suas cidades.

Lei 12.587/2012 – Mobilidade Urbana

Art. 5o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios: I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V - gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. 

As 5 cidades com melhor transporte

público.

5º lugar: Moscou – Rússia

• Apesar de inaugurado há quase oitenta anos, em 1935, o sistema da capital russa é um dos mais pontuais do mundo. Mais de 8 milhões de passageiros utilizam diariamente o sistema ferroviário de Moscou, que tem 305 km de extensão.

4º lugar: Paris – França

Independentemente de em que lugar de Paris você esteja, é possível encontrar uma estação de metro a cada 500 metros: são pelo menos 300 espalhadas pela cidade, interligando todas as áreas. E, para que as pessoas possam completar seus trajetos da melhor forma possível, a capital francesa ainda tem um sistema de aluguel de bicicletas com 1.400 estações.

3º lugar: Londres – Inglaterra

• A cidade do Big Ben tem o maior e mais antigo metrô do mundo. O Metropolitano de Londres, ou London Underground, que começou a operar 1863, ainda hoje é um dos mais eficientes, com 268 estações e cerca de 400 km de extensão. Além disso, a capital inglesa conta com uma vasta rede de ônibus, trens na superfície e bondes suburbanos que garantem a mobilidade diária da população londrina.

2º lugar: Nova York – Estados Unidos

• Na maior cidade dos EUA, as possibilidades de locomoção são muitas: ônibus, trem, metrô, bicicletas, balsas e até faixas exclusivas para pedestres fazem da cidade um dos melhores lugares do mundo para se deslocar utilizando o transporte público. Todos os sistemas funcionam 24 horas por dia, de forma a atender toda a demanda da cidade.

1º lugar: Tóquio – Japão

• A capital japonesa é uma das maiores cidades do mundo e tem o sistema de transporte mais complexo – e completo – do mundo: ônibus, metrô, balsas, VLTs, BRTs, diversas formas de locomoção somam cerca de 10,5 bilhões de viagens por ano. Com uma rede tão extensa, o sistema de transporte público é a espinha dorsal da cidade e a primeira opção da população para se deslocar.

FARC

• Com extensão territorial de 1.141.748 quilômetros quadrados, a Colômbia é habitada por aproximadamente 45,7 milhões de pessoas. Esse grande país sul-americano é marcado por diversos conflitos internos de cunho político, fato que provocou – e ainda provoca – a morte de milhares de habitantes.

• Visando estabelecer a paz no território nacional, as duas principais forças políticas da Colômbia (liberais e conservadores) formaram a Frente Nacional, na década de 1960. Essa organização teve forte oposição de algumas vertentes das forças liberais, resultando na formação de grupos guerrilheiros de ideologia socialista, com destaque para o Exército de Libertação Nacional (ELN), o Movimento Revolucionário 19 de Abril (M-19) e, principalmente, para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

• Criada em 1964, pelo ex-combatente liberal Pedro Antonio Marín, também conhecido como Tirofijo, as Farc surgiu como um grupo de cunho marxista-leninista, atuando no meio rural e adotando táticas de guerrilha. Essa organização tem como discurso ideológico a implantação do socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição igualitária de renda, a reforma agrária, o fim de governos corruptos e das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos, entre outros aspectos sociais.

• Durante a década de 1990, a organização chegou a dominar cerca de 40% do território colombiano, possuindo mais de 18 mil guerrilheiros. Porém, as ações do Exército nacional, financiado pelos EUA, expulsou o grupo para regiões próximas à fronteira com países vizinhos. Essa atitude do governo “enfraqueceu” o movimento, que, atualmente, é formado por aproximadamente oito mil guerrilheiros. Outra baixa significativa foi a morte de Mono Jojoy (um dos líderes das Farc), assassinado em setembro de 2010.

• Os sequestros e o contrabando de drogas, em especial da cocaína, são práticas comuns nas Farc, pois através desses recursos a organização obtém dinheiro para se equipar militarmente. Entretanto, a partir da década de 1980, o grupo intensificou a exploração do narcotráfico e a violência, fato que desvirtuou seu foco de atuação, passando a ser considerada uma organização terrorista, que tem como principal objetivo a produção e venda de drogas.

• Nesse sentido, as Farc caíram em descrédito com a população colombiana, que via nessa organização uma alternativa para reparar as desigualdades sociais no país. Pesquisas indicam que a maioria dos habitantes é contrária à atuação das Farc.

• Íngrid Betancourt Pulecio é uma senadora e activista anticorrupção franco-colombiana. Foi sequestrada pelo grupo guerrilheiro FARC em 23 de Fevereiro de 2002 enquanto fazia campanha para as eleições presidenciais. Betancourt permaneceu cativa até o dia 2 de Julho de 2008, quando o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou a sua libertação juntamente com outros quatorze reféns.

A Crise Mundial

PANORAMA 2011

Causas da crise: • Endividamento público elevado, principalmente

de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda.

• Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco.

Consequências da crise: • Fuga de capitais de investidores; • Escassez de crédito; • Aumento do desemprego; • Descontentamento popular com medidas de redução de

gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise; • Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco)

das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise; • Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União

Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco.

• Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.

Ações da União Europeia para

enfrentar a crise: • Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em

27/10/2011); • Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do

Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;• Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas

como, por exemplo, a Grécia. • Definição de um Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012,

cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região.

• As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente, por França e Alemanha.  

Crise 2013• A crise européia permanece como ameaça para a

economia mundial.

• A economia mundial continua se recuperando da pior crise desde os anos 30, em grande medida graças à ação dos bancos centrais, mas permanece ameaçada pela letargia da Europa, advertiu a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

Crise 2013• Os analistas da OCDE reduziram as projeções de

crescimento para as principais potências, com exceção do Japão.

• A OCDE prevê agora que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve crescer 3,1% este ano, contra 3,4% da estimativa divulgada em novembro.

• Na Eurozona, porém, o resultado será uma recessão de 0,6%, mais grave que a contração de 0,1% da estimativa anterior.

• Eurozona: refere-se a uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns Estados-membros adotaram oficialmente o euro como moeda comum.

Crise 2013• No Brasil, que não integra a organização, a OCDE

prevê crescimento de 2,9% em 2013, depois do resultado de 0,9% em 2012. As últimas estimativas do governo brasileiro apontam um aumento de 3,5% do PIB este ano.

• A crise da atividade econômica pode levar a zona do euro, bloco formado por 17 países, a uma situação de "paralisia, com consequências negativas para a economia mundial", adverte o economista chefe da OCDE, Pier Carlo Cadoan, no documento "Perspectivas Econômicas".

Crise 2013• No Brasil, que não integra a organização, a OCDE

prevê crescimento de 2,9% em 2013, depois do resultado de 0,9% em 2012. As últimas estimativas do governo brasileiro apontam um aumento de 3,5% do PIB este ano.

• A crise da atividade econômica pode levar a zona do euro, bloco formado por 17 países, a uma situação de "paralisia, com consequências negativas para a economia mundial", adverte o economista chefe da OCDE, Pier Carlo Cadoan, no documento "Perspectivas Econômicas".

Crise 2013• OCDE pediu ao Banco Central Europeu (BCE) mais apoio para a

recuperação, em contraste às medidas centradas no ajuste para superar a crise da dívida.

• Recomenda em particular a adoção de medidas não convencionais para estimular os bancos a emprestar dinheiro às empresas e aos correntistas, com o objetivo de ajustar as engrenagens da economia, começando pelos países mais afetados pela crise.

• A organização cita como exemplo o que fez o Banco do Japão (BoJ, central), o que gerou uma melhora "espetacular" da situação do país.

• Em função das medidas, a OCDE mais do que dobrou (de 0,7% a 1,6%) a previsão de crescimento do PIB japonês em 2013.

Crise 2013• OCDE pediu ao Banco Central Europeu (BCE) mais apoio para a

recuperação, em contraste às medidas centradas no ajuste para superar a crise da dívida.

• Recomenda em particular a adoção de medidas não convencionais para estimular os bancos a emprestar dinheiro às empresas e aos correntistas, com o objetivo de ajustar as engrenagens da economia, começando pelos países mais afetados pela crise.

• A organização cita como exemplo o que fez o Banco do Japão (BoJ, central), o que gerou uma melhora "espetacular" da situação do país.

• Em função das medidas, a OCDE mais do que dobrou (de 0,7% a 1,6%) a previsão de crescimento do PIB japonês em 2013.

Crise 2013• Em 2014, acontecerá uma desaceleração, com um crescimento de 1,4% do

PIB nipônico. Mas o resultado é bastante superior à previsão de 0,8% divulgada em novembro.

Nos Estados Unidos, o saneamento do setor financeiro e o retorno da confiança dos mercados permitirão neste ano um crescimento de 1,9% (contra a previsão de 2,0% em novembro), antes de um avanço de 2,8% em 2014.

A leve revisão em baixa da estimativa de 2013 foi provocada principalmente pelos cortes orçamentários automáticos em vigor neste ano, depois que o governo democrata de Barack Obama e a oposição republicana não conseguiram chegar a um acordo sobre a redução do déficit público.

Na China, país que não é membro da OCDE, o crescimento de 2013 será "inferior ao normal, pelo segundo ano consecutivo", mas em 2014 a aceleração do comércio mundial pode estimular a atividade na potência asiática, com um crescimento de 8,4% do PIB.