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GRACIELA G. SANTOS BRAZÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE
PSORÍASE
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Saúde Coletiva e da Família do Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL, como requisito parcial à obtenção do Título de Especialista Orientadora: Profª. Mestre Vânia Melo
Londrina 2011
GRACIELA G. SANTOS BRAZÃO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE
PSORÍASE
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Saúde Coletiva e da Família do Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL, como requisito parcial à obtenção do Título de Especialista.
COMISSÃO EXAMINADORA
________________________________________
Orientadora: Profª. Mestre Vânia Melo _______________________________________ Profº
_________________________________________
Profº
Londrina, ____de _______________de 2011.
Dedico primeiramente a Deus e a minha família pelo apoio e a compreensão imensurável nos momentos em que nos distanciamos para concluir essa tarefa
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter-me iluminado nos momentos mais difíceis nesta
minha jornada.
À minha família que graças ao seu incentivo consegui concluir este
trabalho.
Aos meus pais que, sempre me apoiaram incondicionalmente.
À minha orientadora Profª. Mestre Vânia Melo pela orientação deste
trabalho me transmitindo a segurança e serenidade para concluí-lo, acrescentando e
enriquecendo os meus conhecimentos.
Às coordenadoras e docentes do curso de pós-graduação da Unifil -
Centro Universitário Filadélfia, pelo incentivo e colaboração.
.
―O universo do cuidar é muito mais abrangente que o do curar. Podemos não curar sempre, mas sempre
podemos cuidar e diminuir o sofrimento‖.
(Camargo & Lopes).
BRAZÃO, Graciela G. Santos. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE PSORÍASE. 2011. 43p. Curso de Especialização em Saúde Coletiva e da Família do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina – Paraná.
RESUMO O principal objetivo desta revisão de literatura é apresentar o processo de
enfermagem nos cuidados com os pacientes portadores de Psoríase, ressaltando
suas conseqüências psicológicas sobre eles. Os resultados desta pesquisa foram
analisados segundo a literatura pertinente. Primeiramente é apresentado a definição
de pele, sua função e sua anatomia, especificando a epiderme, a derme e a
hipoderme. Na sequência conceitua-se a Psoríase, uma doença crônica e não
contagiosa, que se caracteriza pela presença de manchas avermelhadas ou
esbranquiçadas na pele, abordando seus tipos e a formas de tratamento, que não
levam à cura, mas alguns métodos de prevenção ajudam a manter o controle da
doença. Finalizando, é dado ênfase à assistência de enfermagem aos portadores de
Psoríase mostrando a importância da conduta deste profissional, integrando seu
conhecimento sobre Psoríase, das condições físicas e emocionais do paciente
portador dessa doença. Conclui-se que, o prévio conhecimento acerca da Psoríase
por parte da sociedade, pode favorecer a eficácia de sua detecção, e
consequentemente promover a saúde, prevenir e minimizar as incapacidades e o
sofrimento que essa doença traz aos seus portadores.
Palavras-chave: Pele. Psoríase. Doenças. Assistência. Enfermagem
BRAZÃO, Graciela G. Santos. NURSING CARE TO PATIENTS WITH PSORIASIS. 2011. 43p. Curso de Especialização em Saúde Coletiva e da Família do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina – Paraná.
ABSTRACT
The principal objective of this literary revision is to represent the nurse process in the
care of patients with Psoriasis, showing its psychological consequences on them.
The results of this search had been analyzed according to the pertinent literature. It is
firstly shown the definition of skin, its functions and anatomy, specifying the
epidermis, the dermis and hypodermis. In the sequence, it is determined Psoriasis, a
chronic non-contagious disease, which is characterized by the presence of
reddishness or whitishness on skin, addressing its types and forms of treatment that
does not cure it, but some prevention methods help maintain control of the disease.
Finally, focused on the nursing care to patients with psoriasis, showing the
importance on conduct of this professional, standing integrated in the knowledge of
Psoriasis, to the real physical and emotional conditions of patients with this disease.
It comes to a conclusion that, a previous knowledge concerning the Psoriasis for the
general society, can favors the effectiveness in its detection, and consequently to
promote health, to prevent and to minimize incapacities and suffering this disease
brings to these patients .
Keyword: Skin. Psoriasis. Diseases. Assistance. Nursing
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Presença de lesões pseudo-tumorais sobre as extremidades inferiores
e dorso das mãos.......................................................................................................21
Figura 2: Psoríase em placas – placas eritêmica-escamosas com escamas lami-
esnares em localização características: cotovelos.....................................................24
Figura 3: Psoríase Gutata (gotas) .............................................................................25
Figura 4: Psoríase Numular ......................................................................................26
Figura 5: Psoríase Postular .......................................................................................27
Figura6: Psoríase eritrodérmica.................................................................................28
Figura 7: Psoríase atípica da criança – placas eritematosas
levemente descamativas nas regiões orbitárias ………………………………………29
Figura 8: Psoríase Palmar – Placas eritêmato-descamativas
hiperqueratósicas palmares......................................................................................30
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 METODOLOGIA .................................................................................................... 12
2.1. Tipos de Dados .................................................................................................. 13
2.2 Limitações do Método ......................................................................................... 13
3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 14
3.1 DEFINIÇÃO DE PELE ......................................................................................... 14
3.2 Anatomia da Pele ................................................................................................ 15
3.2.1 Epiderme .......................................................................................................... 15
3.2.2 Derme ............................................................................................................... 17
3.2.3 Hipoderme ........................................................................................................ 19
3.3 FUNÇÃO DA PELE ............................................................................................. 19
3.4 CONCEITO DE PSORÍASE ................................................................................ 21
3.4.1 Tipos de Psoríase ............................................................................................ 24
3.4.2 TRATAMENTO..............................................................................................................31
3.5 Assistencia de Enfermagem aos Portadores de Psoríase.............................34
4 Considerações Finais...........................................................................................38
REFERENCIAS.........................................................................................................39
10
1 INTRODUÇÃO
A dermatologia estuda o órgão pele e as doenças que nele se
manifestam. Os estudos realizados na área das doenças crônicas de pele estão
tendo maior atenção nos últimos anos, não apenas quanto ao ponto de vista físico,
mas esses estudos estão sendo direcionados também aos aspectos psicossociais
envolvidos nas dermatoses.
Silva, Muller e Bonamigo (2006) destacam que a Psoríase é uma
das doenças de pele que causa mais restrições aos pacientes, trazendo prejuízos
físicos, psíquicos e sociais. Segundo seus estudos, ―as influências de fatores tanto
emocionais como sociais estão sendo consideradas por parte dos pesquisadores
que possuem uma visão interdisciplinar em saúde‖ .
Para Carneiro e Azulay (2004) a psoríase é considerada uma
doença inflamatória crônica apresentando fases de remissão e exacerbação, que
ocorre devido à aceleração no ciclo evolutivo dos ceratinócitos, fazendo com que
aumente a população de células epidérmicas.
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, ela não é contagiosa,
mas é considerada crônica. É uma doença que se manifesta em qualquer pessoa de
ambos os sexos e qualquer idade.
Suas causas são consideradas ainda desconhecidas, mas de acordo
com estudos a respeito, verifica-se que os fenômenos emocionais estão
relacionados com o seu aparecimento e também agravamento, visto que esta
doença está ligada a auto-imagem da pessoa, influenciando bastante seu estilo de
vida.
Rodrigues (1997) acrescenta que o paciente com psoríase tem
dificuldade em expressar suas emoções, principalmente as agressivas e hostis.
Para Mingorance (1999), a psoríase poderia ser uma forma não
verbal de expressar os sentimentos (apud SILVA e SILVA, 2007).
Estudos mostram que a psoríase é considera uma doença comum
que afeta de 2% a 4% dos brancos. Os negros apresentam menor tendência a
apresentá-la, ―a psoríase se manifesta, mais freqüentemente, em indivíduos entre 10
e 40 anos de idade, embora todas as faixas etárias estejam a ela suscetíveis―
(BERKOW et al, 2003, p. 1033).
11
Então surge o seguinte questionamento em relação ao assunto:
―Quais os cuidados de enfermagem a serem aplicados aos pacientes com este tipo
de doença dermatológica denominada psoríase, para que os mesmos possam
conviver com ela tendo melhor qualidade de vida?‖
A ampliação de conhecimentos é um fator determinante por parte
dos profissionais na área da saúde para uma melhor assistência qualificada e
humanizada aos pacientes portadores dessa doença.
O enfermeiro vem pelos conhecimentos, a desenvolver em conjunto
com sua equipe, um cuidado especial no atendimento a estes pacientes, tendo papel
fundamental durante o primeiro contato que o doente estabelece com a equipe de
saúde. O enfermeiro deve ter competência técnica e teórica para entender, cuidar e
lidar com este paciente.
Seguindo estas idéias, este projeto se justifica pelo fato de buscar
um maior entendimento com relação a este quadro enfrentado pelos pacientes com
psoríase, e a forma como eles devem ser assistidos pela equipe de enfermagem.
Assim, o objetivo deste estudo é revisar a produção científica sobre
os cuidados de enfermagem adequados às necessidades básicas e específicas dos
pacientes portadores de psoríase e os cuidados e fatores determinantes para que
tenham uma melhor qualidade de vida.
12
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter retrospectivo,
abordando publicações na língua portuguesa, com busca em manuais, livros e
revistas, em acervos disponíveis nas bibliotecas da: Centro Universitário Filadélfia -
UNIFIL, Londrina – PR., Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Londrina – PR e
Universidade Estadual de Londrina - UEL. Também foram pesquisados artigos
disponíveis na Internet encontrados por meio das bases de dados: Bireme, Scielo,
Lilacs, Adolec e BDENF. Os dados foram analisados, comparados e apresentados
em forma de texto.
Nas buscas foram utilizadas as seguintes palavras-chave: psoríase,
doenças de pele, assistência de enfermagem, dermatoses, objetivando um trabalho
de revisão de literatura sobre o cuidado de enfermagem em pacientes com psoriase.
A pesquisa visou descrever uma determinada realidade, logo pode
ser considerada como descritiva, do tipo teórico e empírico.
No presente trabalho foi realizado revisão e interpretação dos
estudos pertinentes, implicando na seleção, leitura e análise de conceitos que
abrangem o tema, permitindo assim, maior clareza nos dados e na formulação de
comparações com aplicações práticas.
De acordo com Gil (2002) a pesquisa bibliográfica realiza-se, quase
exclusivamente, com material disponível em bibliotecas. O material utilizado para o
fornecimento de dados nas pesquisas bibliográficas é constituído basicamente por
livros e revistas impressos em papel ou veiculados por meio eletrônico.
Desta forma, este estudo abordará através da produção científica de
enfermagem, embasando-se em livros, artigos, jornais, revistas e dos sites da
Internet onde possuam grande acervo sobre a área da saúde, acerca da
problemática que envolve o paciente com esta doença, importante por constituir um
conhecimento ainda pouco explorado e requer, portanto, uma investigação mais
aprofundada e atualizada a fim de possibilitar avanços para melhor qualidade de
vida a essas pessoas (ARRUDA et al., 2010).
Escolher um tema e definir seu enfoque não é suficiente para
iniciar uma pesquisa bibliográfica. É necessário que o tema seja problematizado, ou
seja, colocado em termos de um problema a ser solucionado.
13
Essa problematização não constitui tarefa mecânica, mas é produto
da reflexão surgida por ocasião das leituras, dos debates, das experiências, da
aprendizagem, enfim, da vivência intelectual no meio universitário e do ambiente
científico e cultural (BARDIN, 2004).
Além disso, o presente estudo, quanto ao seu fim, pode ser
classificado de acordo com Vergara (2000) como:
Descritiva: porque se preocupa em descrever as características de
determinada população ou fenômeno. Apesar de não procurar claramente explicar
esses fenômenos busca estabelecer correlação entre variáveis;
Explicativa: porque visa esclarecer quais fatores, e de que forma
eles contribuem para a ocorrência de um fenômeno;
Aplicada: porque é movida pela necessidade de resolver problemas
concretos, imediatamente ou não. É, portanto, de caráter prático, motivada pela
necessidade e não pela curiosidade intelectual do pesquisador.
2.1 TIPOS DE DADOS
Em função de ser um trabalho de cunho essencialmente
bibliográfico, os dados apresentados são secundários, uma vez que já existem no
conhecimento científico ou em outras bases de dados e foram utilizados como
referência de pesquisa.
2.2 LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Por ser um trabalho bibliográfico, as limitações inerentes a este
estudo estão exatamente relacionados com o fato de não haver nenhuma pesquisa
associada. Desta forma, as reflexões são apenas de caráter teórico e não há como
confrontar o que traz a literatura e o que de fato é percebido nos ambientes
hospitalares.
14
3 REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo do trabalho são apresentadas as discussões teóricas
que nortearam o estudo e que consistirá de aspectos considerados importantes para
a realização desta pesquisa.
3.1 DEFINIÇÃO DE PELE
Para Steiner (2003), a pele, tegumento ou cútis, envolve toda a
superfície corporal e, aliada a seus anexos constitui o sistema tegumentar.._É um
órgão indispensável e sua destruição total é incompatível com a vida.
No entendimento do autor, a pele é o maior órgão do corpo humano,
responsável pela interação com o meio ambiente e proteção global do indivíduo.
Através dela, sentimos carinho, expressamos emoções e evidenciamos doenças dos
mais variados tipos. Ela é responsável pela aparência, tão importante na sociedade,
e denota sinais de envelhecimento.
Segundo Leonardi, Kurebayashi e Matheus (2004, p. 42), ―a pele, ou
cútis, é o maior órgão do corpo humano, ocupando área média de 2m², o que
corresponde a cerca de 10 a 15% do peso total corporal‖.
Para o autor, a pele é um órgão de revestimento complexo e
heterogêneo, composto essencialmente de três grandes camadas de tecidos: uma
superior, a epiderme; uma camada intermediária, a derme; e a camada profunda, a
hipoderme. Seu principal papel é proteger o organismo, impedindo a entrada de
substâncias nocivas, e evitando a evaporação excessiva de água.
Também para Scotti e Velasco (2003), a pele é um dos maiores
órgãos do corpo humano responsável por 16% do seu peso, recobrindo a superfície
do nosso corpo, e apresenta uma camada de origem ectodérmica que é a epiderme
e outra endodérmica, a derme.
Segundo os autores, a pele forma um órgão do sentido com
terminações nervosas em toda sua extensão, respondendo a variados estímulos
externos como dores, frio, calor, pressão, dentre outros, e, as terminações nervosas
tácteis que transmitem as sensações de dor e temperatura, localizam-se na derme.
15
3.2 ANATOMIA DA PELE
A pele compõe-se essencialmente de três grandes camadas de
tecido: uma superficial a epiderme, uma intermediária a derme e uma profunda
considerada um tecido subjacente, a hipoderme ou tecido subcutâneo (FARIAS,
2004).
3.2.1 Epiderme
Nooentendimento de Figueira et al. (1997), a epiderme é um tecido
epitelial estratificado ceratinizado (queratinizado), com variações estruturais e
funcionais significativas na dependência do seu sítio anatômico. É constituída por:
sistema ceratinocítico, composto por células epiteliais denominadas ceratinócitos,
responsáveis pelo corpo da epiderme e de seus anexos (pêlos, unhas e glândulas).
Scotti e Velasco (2003), salientam que, a epiderme divide-se em
sub-camadas, como a camada córnea e os estratos germinativo, granuloso e lúcido.
A camada córnea é a mais fina e superficial, composta por células mortas,
queratinócitos, que vão sendo modificados e transformados progressivamente em
queratina.
Segundo Leonardi , Kurebayashi e Matheus (2004), a epiderme é
uma camada de epitélio pavimentoso estratificado. Na pele espessa (palmas das
mãos e plantas dos pés), podem ser distinguidas cinco camadas na epiderme.
Começando da camada mais profunda em direção à superfície, há o estrato basal, o
estrato espinhoso (denominado camada Malpighiana), o estrato granuloso, estrato
lúcido e o estrato córneo.
De acordo com Steiner (2003), a epiderme é composta por células
empilhadas, chamadas queratinócitos, responsáveis pela produção de queratina,
que é uma proteína importante para a proteção cutânea.
A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, de origem ectodérmica. Sua espessura apresenta variações desde
0,04 mm nas pálpebras, até 1,6mm nas regiões palmoplantares (COLUCCI e
GONÇALVES, 2002).
Segundo o autor, o estrato basal ou germinativo é a camada mais
profunda da epiderme, adjacente à lâmina basal, constituída pelas células basais e
16
pelos melanócitos. As células basais se dispõem com seu maior eixo perpendicular
à linha formada pela junção dermoepidérmica. Sendo essencialmente germinativa,
originando as demais camadas da epiderme, através de progressiva diferenciação
celular. Abaixo da camada basal existe uma fina estrutura constituída por
mucopolissacarídeos neutros, a membrana basal, que separa a epiderme da derme.
O estrato espinhoso ou camada malpighiana possui várias fileiras de
células cubóides ou ligeiramente achatadas com prolongamentos espinhosos que se
encontram com células vizinhas. No ápice, as células entram em contato e se
mantêm unidas através dos desmossomas. A produção contínua de novas células
no estrato basal empurra as células situadas acima do estrato espinhoso para o
estrato granuloso, promovendo um achatamento das células em um plano paralelo à
superfície da pele (STEINER, 2003).
Para o autor, o estrato granuloso é uma camada formada por células
que contêm numerosos grânulos compostos de querato-hialinas. Além destes, as
células secretam grânulos de substância fosfolipídica associada a polissacarídeos,
que formam uma camada de substâncias intercelular com função de vedação,
impedindo a passagem de compostos, inclusive água, entre as células.
Conforme o mesmo autor o estrato lúcido é uma fina camada que
contém células eosinófilas, hialinas, nas quais o processo de queratinização está
bem avançado. O núcleo e muitas das organelas citoplasmáticas se rompem e
desaparecem à medida que a célula se preenche com queratina uma proteína
celular, enquanto o estrato lúcido é visível apenas na pele espessa.
Segundo Scotti e Velasco (2003), a hidratação da camada córnea é
assegurada por um líquido chamado filme cutâneo de superfície, que é denominado
manto hidrolipídico, composto por água, sais minerais, vitaminas, enzimas e
gorduras.
Para Colucci e Gonçalves (2002), os queratinócitos são as mais
numerosas células, produzem queratina, e um glicolipídio que está acondicionado na
célula como corpos lamelares membranosos e se espalham de modo a encher o
espaço intercelular, formando uma barreira para a água.
Segundo os autores acima citados, os melanócitos são produtores
da melanina, um dos fatores que promovem a cor da pele. A melanina é uma
espécie de filtro solar natural, porque absorve parte da radiação do sol, evitando
17
queimaduras e câncer de pele. Quanto mais escura a pele de uma pessoa, mais
melanina e mais protegida em relação ao sol ela está.
A referida cor resulta assim da intensidade da síntese de melanina,
por programação genética das células e não do número de melanócitos existentes.
A melanina, depois de sintetizada pelos melanócitos, é transferida para os
ceratinócitos vizinhos. Os melanócitos sintetizam mais melanina se forem
estimulados pela radiação ultravioleta, portanto quanto maior a melanização, maior a
proteção contra a ação da radiação sobre a pele (LEVER e LEVER, 1991).
Para Scotti e Velasco (2003), as células de Langerhans
desempenham importante papel na resposta imunológica de todo organismo.
Durante o processo de envelhecimento, o número e a atividade das células de
Langerhans e melanócitos apresentam um declínio, e , após os 30 anos, o
organismo fica menos protegido da radiação ultravioleta e mais suscetível ao
aparecimento de células cancerígenas, ocorrendo alterações de pigmentação,
verrugas e queratoses actínicas.
As células de Merkel estão localizadas no estrato basal, têm contato
com as células vizinhas através dos desmossomas, contêm grânulos que se acredita
estejam relacionados com os grânulos ricos em catecolaminas do tecido nervoso. A
base da célula de Merkel está em contato com a terminação de uma fibra nervosa
(COLUCCI e GONÇALVES, 2002).
3.2.2 Derme
A derme, camada localizada entre a epiderme e a hipoderme, é
responsável pela resistência e elasticidade da pele. São constituídos por tecido
conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fundamental), vasos
sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas. Os folículos pilossebáceos
e glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também localizam-se na derme.
Figueira et al (1997), explicam que a derme ―é uma camada de
tecido conjuntivo composta por um sistema integrado de estruturas fibrosas,
filamentosas e amorfas, na qual são acomodados vasos, nervos e anexos
epidérmicos‖.
Para os autores, a derme é um denso estroma fibroelástico no qual
situam-se as estruturas vasculares, nervosas e os órgãos anexos da pele, glândulas
18
sudoríparas écrinas e apócrinas, glândulas sebáceas e folículos pilosos. Esta
camada compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos, a substância
fundamental e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas, fibras elásticas e fibras
reticulares.
Para Colluci e Gonçalves (2002), a derme é a camada sobre a qual
se apóia a epiderme, comunicando-a com a hipoderme. A junção entre elas tem
forma ondulada, constituindo as papilas dérmicas. Nas peles espessas, além das
papilas dérmicas, estão presentes cristas dérmicos, que têm uma configuração
distinta, peculiar a cada indivíduo; na superfície da pele, são representadas pelas
conhecidas ―impressões digitais‖ e por outras formas lineares.
Conforme os autores, a derme papilar é a superfície mais externa,
constituída de tecido conjuntivo frouxo, amolda-se aos cones epiteliais da epiderme,
e contém vasos sangüíneos que irrigam a epiderme, além de prolongamentos
nervosos. Derme reticular é a superfície mais profunda da derme e está constituída
de tecido conjuntivo denso, ela é mais espessa que a camada papilar e varia de
espessura nas diferentes partes do organismo.
Histologicamente, a camada reticular pode ser identificada pelas
fibras colágenas mais espessas e por ter menos células colágenas do que o tecido
conjunto frouxo da camada papilar. As glândulas sudoríparas écrinas, os folículos
pilosos e as glândulas sebáceas associadas desenvolvem-se como projeções
descendentes da epiderme (COLLUCI e GONÇALVES, 2002).
A composição da derme envolve tecido conjuntivo denso composto
por células, como fibroblastos, granulócitos e macrófagos; e também por
macromoléculas sintetizadas pelos fibroblastos e que constituem a matriz
extracelular, formada por colágeno, elastina, glicosaminoglicanas e glicoproteínas de
estrutura e que se comunicam com as células, controlando sua atividade metabólica
e fornecendo uma função protetora eficiente à pele (SCOTTI e VELASCO, 2003).
A derme desempenha uma influência reguladora sobre a
morfogênese e diferenciação epidérmica, sendo fundamental para a determinação
de sua espessura, arquitetura, tipo de diferenciação e padrão dos seus anexos
(FARIAS, 2004).
19
3.2.3 Hipoderme
A hipoderme, também chamada de tecido celular subcutâneo, é a
porção mais profunda da pele. É composta por feixes de tecido conjuntivo que
envolve células gordurosas (adipócitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura
fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias.
Segundo Barata (2009, p. 35), ―a hipoderme é a camada mais
profunda da pele, constituída de lóbulos de lipócitos delimitados por septos de
colágeno com vasos sangüíneos linfáticos e nervos‖.
Os lipócitos, ou células adiposas são arredondados e grandes,
contendo em seu citoplasma uma grande quantidade de lipídios.
Leonardi, Kurebayashi e Matheus (2004) salienta que, a
hipoderme, ou panículo adiposo, é uma camada subjacente a derme, a qual
apresenta espessura variável, constituindo-se por células de gordura denominadas
adipócitos, separadas entre si por um interstício seroso o qual contém ácidos
polissacarídeos que atuam como lubrificantes.
3.3 FUNÇÕES DA PELE
O sistema tegumentar desempenha funções relacionadas com sua
localização no corpo; protege contra lesões físicas, químicas e biológicas; impede a
perda de água; serve como um grande receptor para as sensações gerais (dor,
pressão, tato, temperatura); protege contra radiação ultravioleta; converte moléculas
precursoras em vitamina D; funciona na regulação térmica; excreta substâncias
através das glândulas sudoríparas e sebáceas. A pele absorve sustâncias
lipossolúveis, prestando-se à administração de agentes terapêuticos (FARIAS,
2004).
Segundo Scotti e Velasco (2003), a pele possui múltiplas funções
dentre elas o controle da perda de água por evaporação. Isso acontece graças à
camada córnea que reveste a epiderme e fornece à pele proteção contra o atrito.
Figueira et al (1997), explicam que no homem, a pele é um órgão
de grande importância, pois visa a manter um equilíbrio com o meio externo, no
sentido da manutenção vital do meio interno. A pele tem uma resistência relativa aos
agentes mecânicos, por sua capacidade moldável e elástica (fibras colágenas,
20
elásticas e hipoderme). Os elementos nervosos que existem na derme permitem o
reconhecimento de sensações especiais, como calor, frio, dor e tato, o que conduz a
um mecanismo de defesa no sentido de sobrevivência.
Para Hernandez e Fresnel (1999), a pele é recoberta pelo filme
hidrolipídico, que mantém um ph ácido, hidrata a camada córnea e desempenha um
papel de defesa nas diferentes agressões cutâneas. Por sua superfície lisa,
espessura, epiderme queratinizada, estrutura fibrosa e elástica da derme e pela
composição do tecido adiposo, a pele amortece os choques, protege os músculos e
os órgãos. A elaboração da melanina pelos melanócitos a protege dos raios
ultravioleta.
Os autores explicam que, o centro da regulação térmica se encontra
no hipotálamo, que funciona como um termostato, reagindo conforme as
informações recebidas pelos termorreceptores nervosos profundos da pele,
excitando as fibras de ação contrária.
Hernandez e Fresnel (1999) ainda explica que o influxo nervoso de
origem hipotalâmica provoca:
- Uma vasodilatação ativa, que conduz o sangue quente para perto
da superfície cutânea e acentua, assim, o resfriamento por troca térmica com o meio
externo.
- Uma sudorese, produzida pelo grande número de glândulas
sudorais écrinas (aproximadamente dois milhões) e cuja função é essencial na
termólise pela rapidez de sua intervenção e pela quantidade de água eliminada e
evaporada.
- A perspiração, que é a perda de água transcutânea ,onde são
perdidos 600g por dia. Sua origem é dupla: emissão contínua de vapor de água
pelos orifícios sudorais e perda de água transepidérmica. Esta emissão contínua de
vapor de água é essencial na termorregulação.
O músculo horripilador ou levantador do pêlo, que sobe
obliquamente do folículo pilosebáceo para a face profunda da epiderme é inervado
pelo simpático, sendo o responsável pelos arrepios da febre e da elevação térmica
que são os reflexos contra o frio (HERNANDEZ e FRESNEL, 1999).
Na secreção, como elementos produzidos pela pele, destacamos a
ceratina, a melanina, sebo e o suor, todos exercendo funções definidas e
harmônicas. O sebo colabora na formação do manto lipídico com atividade
21
antimicrobiana, emulsificadora de substâncias e de barreira protetora (FIGUEIRA et
al, 1997).
3.4 CONCEITO DE PSORÍASE
A Psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por
manchas que podem variar dos tons avermelhados, róseos ou esbranquiçados.
Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40
anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida, podendo afetar qualquer parte do
corpo.
Para Bernardi et al (2002), sua causa é desconhecida e os
fenômenos emocionais estão frequentemente ligados ao seu surgimento ou sua
agravação, podendo também estar ligada a uma predisposição genética para a
doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de
familiares também acometidos.
Vale ressaltar que muitas vezes, estas lesões estão localizadas
apenas nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Em outros casos, as lesões
podem se espalhar por toda a pele. As unhas podem ser afetadas e, muito
raramente, as articulações, causando a artrite psoriática.
Sampaio e Rivitti (2001), definem Psoríase como uma dermatose
crônica, caracterizada por lesões eritêmato-escamosas, que pode ocorrer
igualmente em ambos os sexos, em qualquer idade ,sendo mais comum na terceira
e quarta décadas de vida, e que pode atingir até 1% em alguns grupos
populacionais.
Fonte: BERNARDI; SCHWARTZ e LECOMPTE;
22
Figura 1: Presença de lesões pseudo-tumorais
Na figura 1, acima, notam-se pápulas e lesões pseudo-tumorais,
com centro tendendo à hipercertose nas extremidades e dorso das mãos e
interdígitos; pitting ungueal e onicodistrofia. Evidenciam-se lesões pseudo-tumorais
similares às das mãos nas pernas, maléolos e dorso dos pés. Histologia das lesões
tumorais: acantopapilomatose, paraceratose confluente com presença de
microabscessos de Munro (BERNARDI; SCHWARTZ e LECOMPTE).
As células que vão morrendo, por sua vez, são eliminadas através
desse estrato córneo, mantendo o equilíbrio. Este processo normal de renovação
leva aproximadamente 28 dias, do nascimento das células até sua morte (ESTRADA
et al, 2007)
Quando a pele é ferida, entra em ação uma outra atividade, diferente
da renovação normal, trata-se da cicatrização. Nesse caso as células são
produzidas numa velocidade maior. Na cicatrização há ainda um aumento da
irrigação sanguínea na área afetada e um processo de inflamação no local.
Patologicamente e de alguma forma, a pele com Psoríase é muito
―parecida com a pele em cicatrização, com a pele portadora de alguma infecção ou
mesmo com a pele da reação alérgica‖ (GUDJONSSON, 2008, p. 134).
As lesões da Psoríase se caracterizam por um crescimento celular
anômalo e, embora não haja nenhuma ferida a serem cicatrizadas, as células da
pele chamadas queratócitos se comportam como se houvesse alguma lesão a ser
reparada. Estes queratócitos alteram a multiplicação celular normal para um modelo
como se fosse de regeneração. Assim sendo, muitas células da pele são
desnecessariamente criadas e empurradas para a superfície num prazo curto de 2 a
4 dias. Esse excesso de células se acumula e começam a descamar formando as
lesões típicas da Psoríase (ESTRADA et al, 2007).
Resumindo, as escamas em placas que cobrem as lesões da
Psoríase são compostas de células mortas, e a vermelhidão das lesões é causada
pelo aumento da irrigação sanguínea nesse local para favorecer, indevidamente, o
crescimento rápido de novas células.
23
Estudos populacionais mostram marcada agregação familiar com
30% dos doentes referindo um parente afetado. A concordância da psoríase em
gêmeos monozigóticos é de 65% a 70%, enquanto que para gêmeos dizigóticos é
de 15% a 20%. A não ocorrência de 100% entre os monozigóticos indicaria que
fatores ambientais contribuem na etiologia da moléstia (SAMPAIO e RIVITTI, 2001).
Estudos mais recentes sugerem que o modo de herança da doença
é multifatorial, implicando o efeito de diversos genes, com fatores desencadeantes
desempenhando papel importante na expressão da doença. Segundo Sampaio e
Rivitti (2001), diversos fatores têm sido implicados no desencadeamento ou na
exacerbação da psoríase. São eles:
- Trauma cutâneo de diversas naturezas: físico, químico, elétrico,
cirúrgico, inflamatório. Psoríase é uma das condições dermatológicas em que o
trauma pode determinar o aparecimento da lesão em área não comprometida —
fenômeno isomórfico ou reação de Koebner. Esse fenômeno pode ser verificado em
38 a 76% dos doentes.
- Infecções: já foram implicadas no desencadeamento ou
agravamento da psoríase. Há mais de 50 anos se reconhece o possível papel do
estreptococo beta-hemolítico no desencadeamento da psoríase aguda, em gotas.
Doentes com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam
exacerbação importante da moléstia.
- Drogas: lítio, beta-bloqueadores, antimaláricos e antiinflamatórios
não-hormonais, via dc regra agravam a psoríase. A administração e interrupção dc
corticóide sistêmico pode resultar no agravamento da condição ou até no
desenvolvimento de forma grave de psoríase, a psoríase pustulosa generalizada,
forma que também pode ser desencadeada por hipocalcemia.
- Estresse emocional: é, muitas vezes, relacionado, pelo doente, ao
desencadeamento ou exacerbação da doença.
- Outros fatores: distúrbios endócrinos e metabólicos, ingestão
aumentada de álcool, variações climáticas, também já foram implicados. Na
patogenia da psoríase há um encurtamento do ciclo germimativo epidérmico, um
aumento das células em proliferação, um marcado encurtamento do tempo do turn
over celular na epiderme da lesão psoriática. Proliferação epidérmica aumentada é
também constatada na pele clinicamente normal do doente com psoríase.
24
3.4.1 Tipos de Psoríase
Alguns estudiosos, o tipo mais comum de psoríase é a denominada
vulgar, são normalmente distinguidas com base na localização e no aspecto das
lesões. A presença da doença e distribuição das placas psoriáticas é muitíssimo
variável; algumas pessoas têm apenas uma única placa psoriática numa parte
específica do seu corpo, ao passo que outras sofrem de psoríase de uma maneira
generalizada em todo o seu corpo. A psoríase é acompanhada por comichão em
60% a 70% dos casos (ELDER, et al, 2001).
A classificação da Psoriase de acordo com Fitzpatrick (1998) fornece
alguns tipo de lesão com os seguintes subgrupos:
- Psoríase em placas (que é o mesmo que psoríase vulgar): É a
forma mais comum, observada em quase 90% dos doentes. Manifesta-se por placas
eritêmato-escamosas bem delimitadas, de tamanhos variados, afetando,
geralmente, de forma simétrica a face de extensão dos membros, particularmente
joelhos e cotovelos, couro cabeludo e região sacra, como mostra a Fig. 2.
Fonte: SAMPAIO E RIVITTI, 2001.
25
Figura 2: Psoríase em placas – eritêmica-escamosas com escamas laminares em localização característica: cotovelos.
O número das lesões é muito variável, de uma a centenas, qualquer
outra área da pele podendo estar acometida. Com menor freqüência, pode atingir as
dobras flexurais, psoríase invertida, quando a descamação se torna menos evidente
pela sudorese e maceração locais Eventualmente, são afetadas as mucosas genitais
ou mucosas dos lábios .
- Psoríase gutata (gotas): mais comum em crianças, adolescentes e
adultos jovens, manifesta-se pelo aparecimento súbito de pequenas pápulas
eritêmato-descamativas de 0,5 a 1,0 cm de diâmetro, geralmente localizadas no
tronco como demonstra a Fig. 3.
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001.
Figura 3: Psoríase Gutata (gotas)
Caracteristicamente, a psoríase gutata diagnosticada de formas
típicas de psoríase é direto, mas é mais difícil identificar formas atípicas; estas
26
podem ser distinguidas através das características morfológicas da erupção.
Ocasionalmente, as lesões podem persistir aumentar de tamanho, tomando as
características da psoríase em placas (ELDER, et al, 2001).
- Psoríase Numular: ao contrário das manchas em forma de gota
da psoríase gutata, a psoríase numular caracteriza-se por placas redondas que têm
apenas alguns centímetros de diâmetro. O seu tamanho é mais ou menos o de uma
moeda, com mostra a Fig.4,a seguir:
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001.
Figura 4: Psoríase Numular
Sampaio e Rivitti (2001) descrevem a Psoríase Numular, como que,
apresentando placas vermelhas pruriginosas (que provocam comichão) com o
mesmo tamanho e forma de moeda. Se estas lesões estiverem associadas a lesões
clássicas de eczema, não existe necessidade de um diagnóstico diferencial.
- Psoríase Pustular: é uma forma generalizada de psoríase, a
pustular afeta menos de 10% dos doentes. Pode surgir como uma complicação da
psoríase em placas, como resultado da tomada de determinados medicamentos ou
de sua abrupta interrupção ( ERIKSSON AT AL, 1998). Observe a Fig. 5:
27
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001.
Figura 5: Psoríase Pustular
- Psoríase Eritrodérmica: Eritema intenso acompanhado de
descamação discreta. A eritrodermia pode ocorrer no curso evolutivo da doença.
Mais freqüentemente é desencadeada por terapias intempestivas, por administração
e posterior interrupção de corticóides sistêmico, podendo corresponder à
exacerbação da doença em doente com AIDS (SAMPAIO e RIVITTI, 2001).
Observe a figura 6, a seguir:
28
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001.
Figura 6: Psoríase eritrodérmica
Na psoríase eritrodérmica, pode afectar a maior parte da superfície
corporal, tornando-se a pele eritemato-escamosa (coberta por manchas vermelhas
escamosas). Poderão surgir algumas manchas de pústulas.conforme a Fig. 7. Pela
vasodilatação generalizada, há perda excessiva de calor levando à hipotermia. Nos
casos de longa evolução, pode ocorrer diminuição do débito cardíaco e até mesmo
comprometimento da função hepática e renal (SAMPAIO e RIVITTI, 2001).
- Psoríase artropática: Ocorre em 5 a 7% dos doentes de psoríase,
em geral naqueles com lesões cutâneas disseminadas. A forma mais freqüente é
uma mono ou oligoaririte assimétrica de fácil controle e bom prognóstico, que afeta
particularmente as articulações interfalangeanas distais ou proximais. A velocidade
de hemossedimentação está aumentada, porém o fator reumatóide e os fatores
antinucleares estão ausentes .(TSANKOV, 1998))
- Formas atípicas: Psoríase na criança: A psoríase na criança ,
segundo Sampaio e Rivitti (2001),apresenta-se eventualmerite com aspectos
insólitos. Placas eritematosas, ligeiramente descamativas, localizadas somente em
uma área, como regiões orbitárias, genital ou couro cabeludo (SAMPAIO eRIVITTI,
2001).
Ver a figura 7, a seguir:
29
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001. Figura 7: Psoríase atípica da criança – placas eritematosas levemente
descamativas nas regiões orbitárias.
No idoso, ocorre, Pode haver grande variedade na expressão clínica
da doença, com predomínio de um dos aspectos já referidos (eritema, infiltração ou
descamação). Variam ainda de tamanho desde pequenas dimensões passíveis de
confusão com dermatite asteatósica (ARRUDA, et al, 2001).
O queratoderma palmar e/ou plantar, que surge em adultos, surge
em adultos e a presença de placas eritêmato-descamativas hiperqueratósicas pode
atingir parcialmente ou acometer toda a palma e/ou planta, possuindo nítida
delimitação, comprometendo as unhas ou eventuais lesões em outras regiões
confirmam o diagnóstico (KERKHOFF, 1996).
Tem nítida delimitação conforme podemos observar na figura 8:
30
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001.
Figura 8 : Psoríase Palmar – Placas eritêmato-descamativas hiperqueratósicas palmares
Sampaio e Rivitti (2001) ressaltam que, as unhas, são
freqüentemente afetadas na psoríase. Para eles, o aspecto mais freqüente é a
existência de depressões gotadas, cupuliformes (unhas em dedal), e que stas
depressões com alargamento das bordas da unha são muito sugestivas de psoríase,
assim como estriações transversais, onicorrexe, hiperqueratose subungueal,
também são outras alterações das unhas psoriáticas.
Os autores ainda acentuam que, a psoríase ungueal pode preceder
o aparecimento das lesões cutâneas e ser, durante anos, a única manifestação da
afecção. O aparecimento da lesão cutânea permite confirmar a diagnose de
psoríase ungueal, porém, a recíproca também ocorre e as lesões das unhas
confirmam a diagnose do quadro cutâneo. Outro aspecto importante da psoríase
ungueal é a distinção com onicomicose dermatofitica, muitas vezes impossível
clinicamente .
31
3.4.2 Tratamento
No modo geral as lesões podem desaparecer espontaneamente
ou como resultado da terapia, mas certamente haverá recorrências. Há ainda
tendência das medicações perderem sua efetividade gradualmente. O método de
tratamento varia de acordo com a topografia das lesões, severidade, duração,
tratamento prévio e a idade do paciente, a maioria dos tratamentos está associada a
uma melhoria significativa na qualidade de vida. Classificação da doença pode ser
associada ao fator reumatóide negativo de artrite em múltiplas articulações, sendo
assim o efeito dos fármacos que se encontram atualmente disponível (por ex.:
tratamentos locais e sistêmicos) destina-se à remissão das placas psoriáticas e a
evitar a recidiva (MINELLI ET AL, 2001).
As características da doença devem ser esclarecidas ao enfermo,
particularmente no que se refere à evolução, a não-contagiosidade e ao não-
comprometimento sistêmico. Apesar da falta de medicamentos para a cura definitiva,
deve-se ressaltar que os recursos terapêuticos possibilitam o controle da moléstia.O
tratamento vai depender do tipo da psoríase, da extensão do quadro e também de
fatores como idade, ocupação e condições gerais da saúde.
Há mais de 100 anos, são conhecidos os benefícios da radiação
solar na psoríase e, a exposição moderada ao sol (Helioterapia), sempre que
possível, deve ser recomendada.
Deve sempre ser respeitado o direito do paciente em conhecer os
tipos de procedimentos aos quais será submetido, e seu direito de escolher, quando
houver mais de uma opção de tratamento.
As seguintes medicações tópicas podem ser usadas, nos casos com
lesões localizadas estáveis, segundo DU VIVIER (1995). São elas:
- Ácido salicílico – usualmente incorporados no cold cream ou
pomadas hidrofílicas em concentrações de 3% a 5%. Auxilia na remoção das
escamas e promove a eficácia de outros agentes tópicos. Se aplicado em áreas
mais extensas, poderá levar à intoxicação por salicilato (tinitus, confusão aguda,
hipoglicemia refratária – especialmente em pacientes diabéticos e com
comprometimento da função renal.
- Ciclosporina A – imunossupressor que atua inibindo os linfócitos T
auxiliadores (CD4) ativados, impedindo a produção de IL-2 e outras linfoquinas. Os
32
efeitos adversos são dose-dependente, como diminuição da função renal,
hipertensão, elevação sérica do colesterol e triglicérides, hipertricose, hipertrofia
gengival, tremor, fadiga, náuseas, sensações parestésicas.
Metotrexato (ametopterina) – antagonista do ácido fólico teria ação
na hiperproliferação celular. As indicações para o seu uso são psoríase
eritrodérmica, artrite psoriática moderada a severa, psoríase pustular aguda
generalizada, nas psoríases com mais de 20% de superfície corpórea total
acometida, psoríase pustular localizada, psoríase afetando certas áreas do corpo
como aquelas em que seu emprego e função normais estão prejudicados (como
mãos) e a falta de resposta à fototerapia, PUVA ou retinóides. É necessário
selecionar os doentes, excluindo aqueles com hepatopatias, doenças hematológicas
e outras doenças sistêmicas.
Tazaroteno – retinóide tópico em gel a 0,05% e 0,1%, indicado para
uso em lesões estáveis até 20% da área corporal.
Segundo SAMPAIO e RIVITTI, 2001) quando a erupção não puder
ser controlada por medicação tópica ou quando a extensão/gravidade do quadro
assim o exigir, podem ser empregados os seguintes tratamentos sistêmicos:
- PUVA: o termo se refere e a exposição ao sol também podem
ajudar a eliminar sintomas da psoríase. No entanto o tratamento com PUVA pode
aumentar o risco de câncer de pele devido à ação da luz ultravioleta e, por essa
razão, o tratamento deve ser supervisionado rigorosamente por um médico
lnicialmenle são realizado 2 a 3 tratamentos por semana, empregando-se o 8-MOP
na dose de 0,6 mg/kg/dose.
A aplicação de PUVA, ser reavaliado após 15 sessões quanto à
resposta clínica, O clareamento das lesões, em geral, requerem 24 sessões e dura
em torno de 3-6 meses. O tratamento deve ser limitado a 50 sessões por ano de
PUVA. Outros agentes podem ser associados, como por exemplo os retinóides
orais, reduzindo o número de sessões de PUVA necessários para clareamento das
lesões (BERKOW et al., 2003).
Os efeitos adversos mais comuns do PUVA incluem náusea, eritema,
prurido, xerose cutânea (pele seca) e pigmentação irregular. A maioria dos efeitos
adversos é facilmente administrada com o ajuste de doses de luz e da medicação,
assim como o uso de emolientes e agentes antipruriginosos. Exposição ao PUVA
não está associada a risco ou aumento para linfomas ou cânceres não cutâneos. No
33
entanto, altas doses cumulativas podem aumentar o risco de câncer de pele não
melanoma, principalmente carcinomas espino-celulares (DU VIVIER, 1995).
- Metotrexato (ametopterina): encontrada sob a forma de
comprimidos de 2,5 mg e frasco-ampola de 50 mg. Foi originalmente usado em
psoríase devido a seu efeito nos queratinócitos em rápida divisão. Enfim, a eficácia
do MTX na psoríase deve-se também a suas propriedades imunomoduladoras,
freando a produção de IL-1 e diminuindo a densidade de células de Langherhans na
epiderme, parecendo ainda ter efeito nas células apresentadoras de antígeno. sendo
particularmente recomendada na psoríase artropática e eritrodérmica
(BOURNERIAS et al, 1994).
Desse modo, embora possam ocorrer efeitos colaterais graves
quando o MTX é associado a outros tratamentos sistêmicos, em casos
recalcitrantes, conseguem-se bons resultados com uso combinado ou seqüencial de
MTX e puvaterapia (Puva) ou fototerapia UVB, ou acitretina, por curtos períodos e
com monitorização adequada de erosões aftóides na mucosa oral, geralmente
traduzindo leucopenia importante. O efeito colateral mais comumente do
MXTobservado é o desconforto gástrico nos dias da tomada do medicamento.
Quando há intolerância gástrica importante, pode-se usar 1/3 de ampola (16,6 mg)
da droga injetável, uma vez por semana (ROENIGK, 1988).
- Acitretin (substituto do etretinato): retinóide derivado da vitamina A
(retinol), ativo em alterações da queratinização e na psoríase. O etretinato pode ser
considerado medicamento seguro desde que excluída a possibilidade de gravidez,
pois o efeito colateral mais grave de todos os retinóides diz respeito à teratogenia. É
empregado na dose de 0,5 a 1,0 mg/Kg/dia, sendo particularmente indicado na
psoríase pustulosa generalizada onde atua rapidamente. Na psoríase em placas
generalizadas e na psoríase eritrodêmica, melhora significativa pode ocorrer após 3
a 4 meses de tratamento. Em alguns casos, a associação com PUVA pode resolver
quadros mais resistentes -método RePUVA (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).
- Ciclosporina A: eficaz na psoríase e a Acitretina (Neotigason®) é
retinóide sintético de segunda geração, monoaromático, que substituiu o etretinato
(Tigason®) no tratamento da psoríase. Sabe-se que os retinóides se ligam a
receptores nucleares alterando a expressão de uma variedade de gens, mas ainda
não está totalmente esclarecido o mecanismo de ação da acitretina na psoríase,
admitindo-se que tenha efeitos imunomoduladores e antiinflamatórios, além de agir
34
sobre o crescimento e a diferenciação celular epidérmica(KOOL, 1999).
Até o momento não foi verificado aumento significativo de neoplasias
associadas com ciclosporina na psoríase, considerada, pode ser considerada uma
droga segura até dois anos de uso, acima deste período pode surgir nefrotoxidade
irreversível.
Sulfonas são eventualrnente empregadas, na dose de 100 mg por
dia, especialmente nos casos de pustulose palmoplantar. Recentemente vem sendo
experimentado o micofenolato mofctil (MMF) derivado do ácido micofenólico (MPA)
que inibe a proliferação de linfócitos e a formação de anticorpos(SAMPAIO e
RIVITTI, 2001)
3.5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE PSORÍASE
O processo de enfermagem é o método que proporciona o
direcionamento da assistencia, aponta as abordagens liberativas da solução de
problemas apresentados pelos pacientes, o que exige dos profissionais habilidades
cognitivas, técnicas e interpessoais. Cunha (2007) aponta algumas ações de
enfermagem, consideradas importantes para com o paciente com Psoríase. São
elas:
a) orientação ao paciente, estimulando-o e orientando-o quanto à melhoria da
qualidade de vida através de apoio, aconselhamento, educação e satisfação
de suas necessidades médicas e emocionais, procurando envolver o paciente
e seu cuidado nos cuidados diários, tendo como retorno o tratamento precoce
e adequado, orientando-o sobre a importância de não ―coçar‖ as lesões;
b) qualificação dos profissionais de enfermagem para o tratamento eficaz, que
de conformidade com o método varia de acordo com a topografia das lesões,
severidade, duração, tratamento prévio e a idade do paciente da psoríase;
c) cuidados práticos de enfermagem, como manter as unhas do paciente
cortadas, prevenindo o surgimento de novas lesões, hidratar diariamente a
pele do paciente, manter o equilíbrio térmico, hídrico e eletrolítico; e,
d) avaliação do profissional através de observação diária, entrevista, reflexão
crítica de documentos e formulários, facilitando a prestação de cuidados e
35
trazendo benefícios sociais para estes pacientes, e as influências da psoríase
em sua vida.
Estudos apontam que a terapêutica tópica com baixo risco de efeitos
colaterais é a mais utilizada nos casos de Psoríase e costuma ser suficiente para o
controle das lesões nas formas leves da doença, pois a necessidade da interação
das características da manifestação da psoríase, importantes para o conhecimento
do enfermeiro, urgindo a importância de se buscar um histórico efetivo do paciente
relacionado ao surgimento da doença e agravamento das lesões com vistas a uma
intervenção adequada, denota grande interesse na busca de aprofundamento
acerca da psoríase para um efetivo cuidado a partir de um criterioso exame das
lesões e repercussões no paciente, o que exige acurácia por parte do profissional
(DAUS, 2008).
A assistência de enfermagem apresenta ainda que conhecer as
necessidades e desejos do paciente, procurando prepará-lo para o autocuidado e a
alta com maiores possibilidades de êxito. várias outras orientações que podem ser
incluídas como cuidados especiais com a pele, e mesmo medidas de higiene para
evitar agravamento das lesões. A orientação pode ir mais além, como por exemplo
,a respeito de vários produtos , como os de limpeza, que devem ser evitados,
principalmente quando em lesões de psoríase nas mãos; assim também como o uso
de roupas sintéticas, que tendem a exacerbar o desconforto na região das lesões
em outras partes do corpo podendo causar pioras no quadro das lesões
(FIGUEIREDO, 2001).
Uma melhor implementação dos métodos de tratamento e da
assistência prestada aos pacientes portadores de Psoríase, assim como uma atitude
mais humanizada da equipe de saúde em relação ao problema, pode influenciar
diretamente no bem-estar deles e colaborar no aumento de sua auto estima, o que
promoverá prevenção ao agravamento das lesões.
Portanto programas especiais de cuidado ao paciente junto à
enfermagem vão além da competência técnica não envolvendo só prescrição
medicamentosa, mas também um cuidado livre de preconceito, focalizado no ser
humano, tendo a visão do ser na sua totalidade (física, emocional, social e
espiritual). Enfermeiros desempenham um papel importante com os pacientes de
Psoríase na melhoria de sua qualidade de vida através de apoio, aconselhamento,
educação e satisfazendo suas necessidades médicas e emocionais (DAUS, 2008).
36
Segundo Cunha (2006), os portadores de psoríase acreditam que a
doença tem um profundo impacto emocional, no que se refere a problemas que de
modo geral se assemelha nas questões que interferem na imagem corporal.
Martini (2009) defende que, prevenir doenças, promover a cura,
restituir saúde e bem estar, dentre outros, significa mais precisamente efetuar o
humanismo, ou seja, se apropriar da ciência e da tecnologia para minimizar e até
superar as limitações do homem.
Frente a essa perspectiva, é preciso discutir a complexidade da
atuação profissional isolada, bem como refletir sobre os aspectos intersubjetivos do
trabalho em equipe. No que concerne aos cuidados com a saúde, cabe reforçar que
o conhecimento deve estimular a cooperação e ser produzido em interação e
interconexão com as necessidades sociais, visando, no que se refere à saúde,
promover um viver saudável para todos (MARTINI, 2009).
A literatura reconhece a importância da equipe multiprofissional no
cuidado à saúde dos pacientes, pois a mesma pode influenciar positivamente na
adaptação da doença e a efetivação da farmacoterapia, isso porque, fazer
enfermagem é fazer-se dentro do contexto da saúde, mas também, por outro lado,
não há como se falar em saúde sem se referenciar a enfermagem (SILVA, 2003).
Os portadores de Psoríase desejam não apenas esclarecimentos
para suas dúvidas ou que ofereça cuidados, mas, também, de alguém que amenize
seus anseios.
Na opinião de Brunner e Suddarth (1999), a Psoríase pode causar
desespero e frustração ao paciente; as pessoas podem olhá-lo fixamente, como
fazer perguntas embaraçosas ou mesmo evitá-lo, podendo exaurir os recursos do
paciente, interferir com seu trabalho e tornar a sua vida miserável de um modo geral.
O enfermeiro pode participar ativamente no encorajamento desses
pacientes, tornando-os conscientes e participativos na conservação da sua saúde e
prevenção do agravamento de sua doença, ajudando-os a construir uma perspectiva
de adaptação e enfrentamento contínuo tanto nos tratamentos, quanto
psicoemocionalmente e psicossocialmente.
Para isso, há uma necessidade por parte da Enfermagem em
ampliar o conhecimento sobre Psoríase e seus cuidados, para assim haver uma
intervenção qualificada e uma eficácia no controle, com vistas a integralizar o
38
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Psoríase continua sendo uma doença de causas indefinidas, que
gera em seus portadores modificações estéticas e psicossociais, ocasionando
alterações na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
Este tema é questão das mais sérias e merece, sem dúvida, o
maior respeito e seriedade por parte de nossa sociedade.
Portanto, vale destacar a importância de cada categoria da doença
abordada e a evidente necessidade de novos estudos, já que são essenciais para o
desenvolvimento de melhores cuidados aos pacientes com Psoríase. Com um
melhor entendimento da patogênese da doença, abrem-se novas possibilidades de
tratamento.
O tratamento da psoríase ainda é um problema e somente a
interação da equipe de saúde com o doente promoverá a escolha de uma conduta
terapêutica adequada, colocando recursos e condutas específicas necessárias para
um melhor bem-estar do paciente.
O resgate desse conhecimento científico reforça a perspectiva de
um desafio a ser conquistado, ou seja, uma maior produção e divulgação do saber
de Enfermagem acerca dessa temática, enfatizando a grande importância que há
para os profissionais de saúde e para a sociedade, em obter maiores conhecimentos
sobre essa doença.
Sendo assim, conclui-se que os objetivos deste trabalho foram
alcançados, uma vez que permitiu um maior conhecimento acerca da Psoríase,
possibilitando à sua autora e a seus colegas da área da saúde, contribuir na
prevenção dessa debilitante doença, promovendo saúde e ajudando a minimizar as
incapacidades e os sofrimentos que ela traz, através de uma intervenção mais
humanizada e de maior qualidade.
39
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