Post on 05-Jun-2015
Universidade Federal de Santa Maria – UFSMEducação à Distância – EaD
Universidade Aberta do Brasil – UAB
Especialização em Tecnologias da Informação e ComunicaçãoAplicadas à Educação
Polo: Novo Hamburgo - RSDisciplina: Elaboração do Artigo Científico
Professor Orientador: Prof. Dr. Hermes Renato HildebrandAluna: Daniela Vieira Costa MenezesData de defesa: 11 de julho de 2014
BLOG COMO EXTENSÃO DA SALA DE AULA:
Estreitando os Laços entre Escola e Comunidade
BLOG AS EXTENSION OF THE CLASSROOOM:
Strengthering the Ties between School and Community
MENEZES, Daniela1
RESUMO
A comunicação entre a escola e sua comunidade pode ser potencializada a
partir do uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação – TDIC. Neste
artigo, o objetivo é apresentar o blog escolar como estratégia e recurso, visando a
construção de uma aprendizagem significativa, que permite uma maior participação
da família diante do que os alunos estão aprendendo na escola. Como suporte para
um projeto semanal, oferecido aos alunos de uma escola de ensino fundamental, o
blog antecipa o planejamento e apresenta os conteúdos trabalhados no projeto.
1 Licenciada em Pedagogia, pela UFRGS; Especialista em Espaços e Possibilidades da Formação Continuada, pelo IFSul Pelotas.
1
Dessa forma, os alunos podem chegar nas aulas com seus conhecimentos prévios
mais organizados, assim como, compartilhar suas aprendizagens com suas famílias
depois das aulas. Porém, foi observado que para que o blog seja usado em todo o
seu potencial de ensino-aprendizagem, é preciso investir na alfabetização digital nas
escolas de ensino fundamental, oferecendo à comunidade escolar estratégias que
possibilitem a inclusão digital.
Palavras-Chave: Blog; Comunidade escolar; TDIC; Estratégias de ensino-
aprendizagem.
ABSTRACT
The communication between the school and your community can be
potentialized from the use of Information Technology – IT. In this article, the school
blog is presented as a strategy and action, aimed at building a meaningful learning,
which allows greater participation of the family in front of what students are learning
in school. As support for a weekly project, offered to students in an elementary
school, the blog anticipates the planning and presents the contents worked on the
project. That way, students can get the classes more organized with your prior
knowledge, as well as share their learning with their families after school. But for the
blog to be used in its full potential of teaching and learning, we need to invest in
digital literacy in elementary schools, offering the school community strategies that
enable digital inclusion.
Keywords: Blog; School Community; IT; Teaching and Learning Strategies.
I – Entre o Analógico e o Digital na Escola: uma introdução
A escola vem mantendo sua estrutura tradicional de ensinar há muito tempo,
somos herdeiros das estruturas de ensino do séc XIX, com sua hierarquia vertical,
sua fragmentação conceitual e construção padronizante. Muitas mudanças
tecnológicas ocorreram nos últimos anos, mudanças que transformaram o cotidiano
e as relações entre as pessoas; mudanças que exigiram uma renovação na escola
ocidental.
2
Porém, nem tudo que é tecnológico passou por uma transformação. Apesar
de todo o potencial da inserção da tecnologia na sociedade – e na escola –, ainda
precisamos superar algumas polaridades. Por um lado, a mídia tradicional
oligárquica, mantém a apropriação vertical e hierárquica da tecnologia, classificando
os aparelhos como aparatos tecnológicos e a internet com uma ferramenta de
comunicação. Por outro lado, temos as tecnologias digitais que, através da
constituição de uma cibercultura2, propõe redes colaborativas de comunicação
horizontais, onde a tecnologia aparece como uma linguagem e a internet como um
espaço social.
Esta polarização aparece na educação, onde as políticas públicas continuam
buscando linearidade através de um currículo fechado que promove o treinamento e
a padronização, formatando alunos. Existe uma mudança na roupagem estrutural e
física dos espaços educativos, com a inserção das Tecnologias Digitais da
Informação e Comunicação – TDIC nas escolas, mas de uma maneira alinhada à
lógica das mídias tradicionais.
Porém, o público atendido pela escola já está ambientado em uma cultura
cibernética, onde a velocidade das relações e o acesso à informação mostram a
cultura como uma complexa rede, modificando a própria concepção do que é
humano. Portanto, é necessário que a escola se aproprie dos sistemas interativos
como possibilidades educacionais, reconhecendo as produções dos jovens nas
redes sociais, transformando o processo de alfabetização nas diversas áreas do
conhecimento. A “escola digital” é aquela que compreende as múltiplas
possibilidades trazidas pela complexidade do mundo, absorvendo as TDIC como
elementos da cibercultura, promovendo a inclusão digital e articulando o saber local
com o saber planetário.
A comunicação e as tecnologias se desenvolveram juntas nas últimas
décadas. Na medida em que as fronteiras geográficas diminuíram, a partir do
desenvolvimento das tecnologias, o ser humano modificou profundamente sua
maneira de pensar e de se relacionar. As TDIC entraram na casa e na vida das
pessoas, transformando as culturas locais e as famílias ali imersas.
2 Cultura construída a partir das novas relações permitidas pela popularização das tecnologias e dainternet.
3
II – TDIC na Escola: uma combinação necessária
Em contato com a constante evolução dos computadores, nos iniciamos na
linguagem virtual cada vez mais cedo. As gerações desde o final do séc XX tendem
a encontrar uma posição confortável entre o mundo analógico e o digital, abrindo
espaço para as máquinas se incorporarem à nossa rotina pessoal e, posteriormente,
profissional.
Os alunos do século XXI chegam, portanto, na escola com a informática na
bagagem, o computador deixou de ser coadjuvante para protagonizar nossos dias. A
internet veio com toda força, em rituais virtuais que trouxeram de volta a presença
dos que foram deixados pelo caminho e abriram as janelas para novos contatos. Do
desktop ao tablet, os computadores foram ficando cada vez mais pessoais, leves e
indispensáveis.
Como professores devemos encontrar espaços para o uso das tecnologias
em diferentes momentos da rotina docente, desde a preparação das aulas até a
implementação dos processos avaliativos. Com computador, máquina fotográfica
digital, projetor, impressora e internet, uma escola começa a abandonar uma
pedagogia “analógica” para se tornar cada vez mais “digital”. A vantagem dessa
transformação está nas infinitas possibilidades que os equipamentos citados
oferecem, otimizando o tempo, o gasto e o uso dos espaços escolares.
As novas gerações, que invadem as escolas, estão cada vez mais imersas
em um mundo digitalizado onde tudo pode ser copiado na velocidade de um clique.
No mundo analógico, imprimimos marcas pessoais que conferem à obra final a
autenticidade humana que nos torna únicos no mundo. Porém a via digital também
abre canais para a criação humana.
A escola precisa buscar uma educação reflexiva, crítica, criativa e
diferenciada. Para tanto, é preciso encontrar meios onde a experiência faça parte do
processo de construção do conhecimento, nas múltiplas perspectivas de contextos
realistas e relevantes, que possam dar autoria e voz ao aluno diante de seu
processo de aprendizagem.
Desta forma, “o professor, em qualquer curso presencial, precisa hoje
aprender a gerenciar vários espaços e integrá-los de forma aberta, equilibrada e
inovadora” (MORAN, 2004, p. 246), transformando a sala de aula no ponto de
partida e chegada de informações. Assim, encontramos o apoio das Tecnologias
4
Digitais da Informação e Comunicação – TDIC, para a ampliação dos tempos e
espaços da escola.
Pretto (2011) nos convida a pensar nas TDIC como elementos de uma cultura
e não apenas como máquinas e serviços tecnológicos. Desta forma, a tecnologia
descortina a linearidade da escola, mostrando que os sistemas interativos geram
possibilidades educacionais que contribuem para a oferta de uma aprendizagem
mais dinâmica e significativa. Portanto, devemos entender a internet como um
espaço de relações sociais, além de entendê-la como uma ferramenta de
comunicação.
Na medida em que tecnologias foram desenvolvidas, os tempos e os espaços
das pessoas foram se alterando. As rotinas estão redimensionadas, ampliando a
área de atuação individual e a interação direta entre os envolvidos. As máquinas, as
redes e os sistemas de computadores vieram para armazenar dados diversos com
precisão; abrir um importante e permanente canal de comunicação; possibilitar a
organização de dados com simetria e lógica; e manipular os talentos e
características reais visando um padrão aceito. Desta forma, a tecnologia deforma
nossas percepções do real, nos inserindo em um mundo virtual que tende a
aproximar o está longe e afastar o está perto.
O Ciberespaço3 reinventa o corpo e as nossas relações culturais, para isso
ele se apropria de todas as linguagens existentes, convergindo as mídias em uma
narrativa transmídia4, que potencializa a compreensão de uma história e envolve
mais receptores.
Nesse cenário, com o respaldo das teorias pedagógicas, a posição de
estudante foi deixando de ser passiva para se tornar cada vez mais ativa. O ensino
pautado em uma concepção “digital” de escola, permite o uso da tecnologia
disponível para ampliar as possibilidades educacionais e, consequentemente, as
aprendizagens dos alunos. Porém nem sempre isso acontece. Apesar do crescente
acesso à tecnologia em todas as classes sociais, professores e alunos ainda estão
no começo de uma caminhada para realizar, efetivamente, uma educação que se
aproprie das tecnologias e das mídias atuais de modo que possa atingir um
potencial máximo de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
Pensando nisso, o presente artigo visa apresentar uma experiência onde o
3 Espaço virtual, de bites e luzes, que permite o trânsito de informações e produções.4 Transição de produtos midiáticos entre as diferentes mídias (TV, internet, games, imagens...)
5
blog é utilizado como ferramenta pedagógica que atua como uma extensão da sala
de aula, ampliando os tempos e espaços escolares. As atividades desenvolvidas a
partir da inserção do blog na rotina de uma escola, que atende alunos das Séries
Iniciais do Ensino Fundamental, preocupou-se em incentivar a pesquisa virtual,
através da seleção de material e compartilhamento de links confiáveis, além de abrir
a possibilidade para o uso do blog como um canal de comunicação entre a família e
a escola, visando o fortalecimento de uma aprendizagem mais significativa para os
alunos.
III – O Blog a partir da Sala de Aula: inserção e extensão
O blog surgiu no final da década de 90 a partir do termo Weblog, que juntou
web (internet) e log (logar), e se refere a um tipo de publicação online onde podemos
“(…) fazer anotações, transcrever, comentar os caminhos percorridos pelos espaços
virtuais. Por isso mesmo, os weblogs são denominados como 'diários virtuais' onde
as pessoas escrevem sobre diversos assuntos de interesse pessoal” (ARAÚJO,
2009, p. 51). Em 1999, surge o Blogger5, um espaço virtual para construção e
hospedagem de blogs, o que popularizou muito o uso do mesmo, uma vez que
exigia poucos conhecimentos técnicos especializados dos usuários que invadiam a
internet.
O sucesso dos blogs está muito provavelmente associado ao facto destesconstituírem espaços de publicação na web, facilmente utilizáveis porinternautas sem conhecimento de construção de websites, efrequentemente sem custos para seus criadores. (GOMES, 2005, p. 312)
Além disso,
Os blogs, em seu aspecto estrutural de publicação, se apresentam na formade uma página web, atualizada frequentemente, composta por pequenosparágrafos apresentados de forma cronológica (…). Os textos escritos nosblogs são chamados de posts. (...)A possibilidade de personalizar o ambiente (blogger) provoca nosblogueiros/usuários, o interesse na construção do conhecimento, tornando-os organizadores de seus próprios espaços. Essas diversas possibilidadesde modificação revelam aspectos da identidade dos indivíduos. (ARAÚJO,2009, p. 52).
Atualmente temos uma Blogsfera, com milhões de blogs que se interconectam
5 Lançado pela Pyra Lab e depois comprado pelo Google.
6
na web 2.0, através de uma cibercultura que expressa novas formas de vida diante
de computadores cada vez mais móveis, o que permite uma descentralização da
informação, exige autonomia individual em um mundo cada vez mais heterogêneo e
global e “pode ser usado de diversas formas, por diversos usuários e para diversos
fins” (ARAÚJO, 2009, p. 53).
Quando o Blog entra na escola
Segundo Araújo (2009), o blog na escola divulga projetos, possibilita o auxílio
pedagógico, expõe produções de aluno, auxilia o processo de ensino-aprendizagem,
discute e articula conceitos e desenvolve o trabalho em equipe. Isso só é possível
porque este espaço virtual de construção e autoria é uma rede hipertextual
multidisciplinar que tem um grande poder de comunicação e participa da construção
de redes sociais e de saberes.
Frequentemente, educadores e educandos constroem, ao longo daspráticas de ensino e aprendizagens, textos, reflexões, apresentações,palestras, imagens etc. Trabalhos de todos os tipos que, na maioria doscasos ficam empoeirados numa pasta ou esquecidos num arquivo decomputador. Um saber isolado, inativo, morto. São realizadas (…) reflexões,argumentações, sínteses, resenhas que, por não terem um registrosistemático, capaz de oferecer um suporte de memória com visibilidade eacessibilidade aos membros deste grupo, deixam de contribuir, de maneiramais significativa, para a construção do conhecimento em debate.(ARAÚJO, 2009, p. 65)
Gomes (2005) aponta que existe um Blogsfera Educacional, presente nos
diferentes níveis de ensino de maneira transversal e distingue o blog na educação
em duas categorias: como recurso pedagógico e como estratégia pedagógica. Na
primeira, o blog se apresenta como um espaço que dá acesso à informação
especializada, sendo disponibilizado pelo professor. Na segunda, os blogs assumem
a forma de um portfólio digital e é um espaço de intercâmbio, colaboração, debate e
interação. Porém, “no Brasil, ainda há poucas pesquisas sobre o uso de blogs na
educação” (ARAÚJO, 2009, p. 66), o que endossa a necessidade de pesquisas que
apontem o potencial e os limites deste encontro.
Blog Sustentabilidade da Sala de Aula
O projeto que embasa este artigo foi construído a partir da experiência com o
blog temático Sustentabilidade da Sala de Aula que recebeu os registros de aula de
duas turmas de 4º ano, em 2012, onde foi realizado um trabalho de alfabetização
7
digital para os alunos das turmas envolvidas no Laboratório de Informática Educativa
– LIE6 da EMEF Maria Quitéria. Tal escola está localizada em um bairro de periferia
no município de Novo Hamburgo/RS, atende cerca de 350 alunos até o 5º ano do
Ensino Fundamental e participa do projeto da prefeitura de inclusão digital através
da abertura de um Telecentro Comunitário, oferecido pelo Ministério das
Comunicações.
Para 2014, o blog foi remodelado para ser usado como suporte do projeto de
Educação Ambiental Escolar intitulado Vivências InterDisciplinares Artísticas e
Ambientais – VIDAA, oferecido semanalmente para cada turma da escola,
preocupado em oferecer subsídios para a construção de uma vida coletiva pautada
nos princípios da sustentabilidade. No primeiro trimestre de 2014, o projeto foi
organizado em oficinas encadeadas, onde a cada semana as turmas entraram em
contato com conceitos relativos à questão ambiental, integrando ciência e arte.
Como resultado dessas aulas tivemos produções diversificadas, que foram
difundidas dentro e fora da escola.
O blog teve a função de preparar os alunos para as aulas, apresentando as
imagens, vídeos, músicas, poesias ou obras de arte selecionadas para apresentar a
temática semanal e iniciar uma discussão com os alunos. O planejamento das aulas
faz parte do conteúdo do blog, visando despertar a curiosidade do aluno e organizar
seus conhecimentos prévios para a aula. No final da semana de aulas, as produções
dos alunos e o desenvolvimento das aulas foram postados no blog, proporcionando
às famílias o conhecimento dos conteúdos e atividades oferecidas no projeto, assim
como oferece aos alunos participantes informações para consultas posteriores.
Desta forma, assume a dupla função de se apresentar como um recurso e
como uma ferramenta para a comunidade no qual a escola está inserida,
disseminando informações sobre as temáticas propostas, oferecendo espaço para
pesquisa online, divulgando o trabalho realizando e abrindo espaço para o
protagonismo do aluno. Portanto, “o blog registra de forma dinâmica, todo o
processo de construção do conhecimento, abrindo, assim, espaço para a pesquisa”
(ARAÚJO, 2009, p. 65).
O blog analisado apresenta uma temática específica que se afina com a
linguagem proposta para este espaço virtual. Segundo Sato e Passos (2005), a
6 Em 2010, este espaço foi reformulado, recebendo 14 computadores do Programa Nacional deTecnologia Educacional – PROINFO, porém somente a partir de 2011 que os alunos tiveramacesso à internet, mesmo que ainda de forma irregular, com velocidade limitada.
8
Educação Ambiental deve permitir uma construção sistêmica, onde as interações,
injunções e mútuas implicações fazem parte de um caminho percorrido
coletivamente. Desta forma, os projetos pedagógicos que visem a sustentabilidade
devem ser interdisciplinares, permitindo relações dialéticas com o conhecimento,
através de reagrupamentos e comunicação dialógica, valorizando a heterogeneidade
dentro de objetivos comuns. Ainda segundo as autoras, o objetivo maior da
Educação Ambiental está em superar a pedagogia escolar de modo que os
conhecimentos sejam utilizados no cotidiano das comunidades, de maneira
transdisciplinar.
Figura 1: Layout do Blog Sustentabilidade da Sala de Aula<www.sustentabilidadedasaladeaula.blogspot.com>
1. Título e Descrição: Apresenta o blog, seus objetivos e oferece informações
sobre o projeto. O título foi escolhido a partir da defesa de que a
sustentabilidade deve permear o trabalho realizado em sala de aula e não ser
inserida como um conteúdo ou atividade.
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2. Menu de Páginas: O Blog apresenta 3 páginas, a primeira de registros do
Projeto VIDAA e dos Repórteres Ambientais Mirins, onde as postagens
apresentam o planejamento das aulas e as produções dos alunos; a segunda
apresenta um resumo dos Projetos dos quais o Blog já fez parte, com link
para acesso a arquivo do texto completo dos projetos das turmas em 2012
(ano em que o Blog foi criado), projeto da escola e o Projeto VIDAA; e a
terceira apresenta uma lista com fotos e perfil dos alunos que atuam como
Repórteres Ambientais Mirins no ano de 2014.
3. Postagens: Textos associados a imagens e vídeos que apresentam o
planejamento da semana e notícias sobre o andamento das aulas, divulgando
as aprendizagens e produções dos alunos.
4. Links: Seleção de sites com conteúdos temáticos relacionados à aula
apresentada na postagem.
5. Comentários: Caixa para inserção de opiniões e mensagens sobre as
postagens, dos leitores do blog.
6. Logo da Escola: Marca gráfica que identifica o Blog como parte de uma
comunidade escolar.
7. Mural: Espaço para recados e mensagens livres sobre o Blog e os projetos
nele inseridos, com gifs animados, para interação dos leitores do Blog.
8. Mensagem para o Professor: Convite aos colegas professores que usam o
Blog como fonte de pesquisa para seus planejamentos, anunciando a
presença de links com os materiais didático-pedagógicos utilizados nas aulas.
9. Arquivo do Blog: Lista com todas as postagens do Blog, desde sua criação,
separados cronologicamente.
10.Mensagem ao Leitor: Texto que apresenta a visão de sustentabilidade
defendida pelo Blog.
11. Dados Gerais: Calendário, horário e previsão do tempo.
12.Caixa de Pesquisa: Ferramenta para busca de conteúdos dentro do Blog.
13.Espaços Virtuais: Seleção de outros Blogs e sites relacionados à Educação
Ambiental e à escola.
14.Marcadores: Classificação das postagens por assunto ou por tipo de
conteúdo.
O blog em questão foi estruturado para se configurar como uma extensão da
sala de aula, ampliando o tempo escolar e disseminando informações importantes
10
para uma aprendizagem mais significativa. Durante o período da pesquisa realizada
para este artigo, o Blog Sustentabilidade da Sala de Aula esteve sempre atualizado,
acompanhando o planejamento e as produções realizadas no Projeto VIDAA.
Além disso, foram abertos alguns canais para facilitar a interação entre os
participantes do projeto e suas famílias, como enquetes, mural e espaço para
comentários. Foi necessário um movimento para estimular o acesso ao Blog por
parte da comunidade escolar, através de conversas informais, apresentação e
consulta do Blog nas aulas, distribuição do endereço para as famílias e cobrança da
direção da escola.
Blog para além da Sala de Aula
Após o período destinado à fase inicial da pesquisa (1º trimestre letivo), foi
realizada uma análise dos registros virtuais dos envolvidos, observando qualitativa e
quantitativamente a presença da comunidade escolar no Blog. Para tanto,
observamos as estatísticas do Blogger (site que hospeda o Blog pesquisado), assim
como os registros deixados nos espaços de interação, abertos anteriormente.
Pensando em ter uma visão mais ampla do que aquela percebida pelas
estatísticas do Blogger, foi necessário aplicar questionários objetivos com os
professores titulares das turmas (apêndice I) e com os alunos e suas famílias
(apêndice II), para se perceber a relação destes com o Blog. Estes dados foram
usados para a elaboração de estratégias que visaram a aproximação da
comunidade escolar com o referido Blog ao longo do período de coletas de dados
para este artigo.
Tal análise permitiu identificar alunos e familiares que participaram mais
ativamente dos espaços virtuais oferecidos no Blog, que foram convidados a
participar de um questionário dissertativo (apêndice III) onde deixaram suas
impressões sobre a relação entre o Blog e o Projeto VIDAA. Para finalizar o
levantamento de dados, foram coletadas informações da relação da escola com o
blog, através de um questionário (apêndice IV) oferecido à Coordenadora do LIE.
Desta forma, pretendeu-se ter uma visão ampla e documentada do potencial
de uso de espaços virtuais, como o Blog, na promoção de uma aprendizagem mais
significativa para os alunos, que envolva as famílias e os professores titulares das
turmas, através desta experiência.
Para Primo e Smaniotto (2006), o Blog é mais do que um texto publicado na
11
web. Segundo os autores, Blog é texto, programa e espaço, pois ao mesmo tempo
em que é preciso selecionar um conteúdo ou organizar informações através de uma
linguagem textual, é preciso ter um aplicativo para publicar o conteúdo e ter um
espaço virtual para que este conteúdo seja acessado. Desta forma, o blog deixa de
ser uma versão virtual de um diário, para ser um espaço virtual de interação que
pode ser mais ou menos controlado pelo(s) autor(es), de acordo com seu(s)
objetivo(s).
Uma vez que se transpõe esse texto-programa-espaço para a realidade
escolar, abrem-se novas possibilidades de interação entre os atores do processo
educativo. Isso ocorre porque “os blogs na educação facilitam (…) o intercâmbio
aberto de ideias e ajuda mútua.” (PRIMO e SMANIOTTO, 2006, p. 5).
Porém, a presença da tecnologia na escola ainda é uma novidade em muitas
realidades. Há todo um investimento público para equipar as escolas, promovendo a
inclusão digital, mas nem sempre esta estrutura é acompanhada por recursos
humanos adequados e por uma infraestrutura que permita o aproveitamento mais
significativo por parte da comunidade escolar.
A maior resistência está no professor. Na realidade pesquisada7, apesar dos
professores entenderem que o Blog oferecido para seus alunos é importante para
uma aprendizagem significativa, poucos realizam um acompanhamento sistemático
do projeto através do mesmo e menos ainda incluem em seus planejamentos
atividades que envolvam o acesso ao Blog. Como o Blog está inserido em uma
situação escolar dinâmica e em permanente construção, os comentários dos
professores na pesquisa sugerem que os mesmos estão dispostos a uma mudança
de atitude, abrindo espaço para que o Projeto VIDAA – e o Blog –, que faz parte da
rotina dos alunos, possa também fazer parte da rotina das turmas com seus
professores titulares. Isso reforça que:
É preciso, apenas, que os professores se apropriem da linguagem eexplorem com seus alunos várias possibilidades desse novo ambiente, quepode se tornar um ambiente de aprendizagem. O professor não deve ficarfora do contexto, desse mundo virtual. Contudo, cabe a ele (o professor)direcionar suas aulas, aproveitando o que a internet pode oferecer demelhor. (ARAÚJO, 2009, p. 64)
Através da aproximação da temática ambiental, o blog pesquisado foi
organizado para atender as demandas de uma comunidade escolar em processo de
7 Ver Apêndice I.
12
alfabetização digital, onde o acesso à internet ainda está longe de ser amplo8. O
projeto pesquisado atende quase 350 alunos, entre 5 e 12 anos, que frequentam
turmas de Educação infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Para tentar
traçar um perfil dos alunos da escola e suas famílias, quanto ao acesso à internet e
ao blog, foram aplicados questionários9 com os alunos de 5 turmas entre 4º e 5º ano
do Ensino Fundamental, pois estes alunos já possuem uma relação mais autônoma
diante do computador e da internet. O mesmo questionário foi enviado para as
famílias dos alunos de 5 turmas entre 2º e 3º ano, para que os familiares também
pudessem contribuir na pesquisa. Esses dados apresentam que mais da metade dos
alunos e famílias pesquisadas tem acesso à internet fora da escola, porém a maioria
não tem o hábito de acessar o blog do projeto.
Figura 2: Visão parcial da página do Blogger que apresenta as visualizações de página.
Mesmo que esta pesquisa se proponha a fazer uma análise qualitativa da
relação entre o blog e a comunidade escolar, através de um cruzamento de dados
quantitativos, podemos dimensionar o panorama do qual o Blog Sustentabilidade da
Sala de Aula faz parte. Inicialmente, é desanimador ver a relação entre a
possibilidade de acesso à internet, mesmo que em alguns casos limitada, dos alunos
da escola pesquisada e de suas famílias e o interesse em acompanhar as postagens
do Blog10, porém, quando cruzamos estes dados com as informações da figura 2,
percebemos que a quantidade de visualizações de páginas no blog por mês (1052) é
muito maior do que a comunidade escolar do qual o mesmo faz parte. Esse dado,
relacionado à quantidade de postagens no período pesquisado (26, com média de 8
8 Ver Apêndice II.9 Ver Apêndice II.10 Ver Apêndice II.
13
post's/mês), permite concluir que além dos seguidores do Blog serem assíduos,
existe um público paralelo que não havia sido considerado no início da pesquisa.
Entre as estratégias de divulgação do blog, além dele ter sido apresentado
aos alunos no início do ano letivo e ser constantemente mencionado nas aulas, foi
colado um adesivo com o endereço na agenda escolar dos alunos e o link das
postagens é divulgado em redes sociais. Assim, o Blog ultrapassa os limites de sua
comunidade escolar, sendo acompanhado também por colegas professores, o que
motiva o compartilhamento dos materiais produzidos para o Projeto VIDAA, através
de publicação em sites de armazenagem de arquivos.
Segundo Gomes (2005), com o blog, “a escola e as actividades nela
realizadas (…) ficam mais próximas das comunidades em que se inserem” (GOMES,
2005, p. 313). Dessa forma, este espaço virtual se mescla à identidade da instituição
que representa, contribuindo para a alfabetização digital de uma comunidade frágil
social e economicamente.
Retomando o caráter qualitativo da pesquisa, foi aplicado um questionário
dissertativo11 com uma amostragem entre pais e alunos da escola, com o objetivo de
coletar opiniões em relação à aprendizagem realizada a partir do blog. As respostas
deste grupo apontam para a construção de uma aprendizagem significativa a partir
do Blog. As mães relatam uma nova relação entre os conteúdos apresentados aos
seus filhos em sala de aula, levando para as famílias elementos que permitem a
valorização da aprendizagem escolar tanto para os filhos quanto para elas próprias.
Já os alunos valorizaram mais a divulgação do trabalho e o potencial de estudo e
pesquisa proporcionado pelo blog.
Para finalizar a análise dos dados levantados na pesquisa, temos o
questionário enviado para a Coordenadora do Laboratório de Informática Educativa
– LIE da escola12 que aponta a importância do apoio da equipe diretiva da escola
para se abrir espaço dentro do currículo para que os alunos aprendam a usar o blog
como ferramenta de pesquisa e espaço para se sentirem valorizados diante de suas
descobertas e aprendizagens.
11 Apêndice III.12 Apêndice IV.
14
IV – Desafios e Limites do Uso do Blog para uma Aprendizagem Significativa
Uma vez que as novas gerações nascem imersas na linguagem digital, os
jovens que ocupam as classes escolares hoje já estão à vontade com as tecnologias
disponíveis para a sociedade, estabelecendo uma relação com os aparelhos e
sistemas diferente daquela que seus professores e cuidadores possuem. As
necessidades pedagógicas dos alunos que frequentam as escolas de hoje são
outras, em relação ao modelo que domina o cenário escolar brasileiro. Outro ponto
que deve ser considerado é a velocidade com que as informações são recebidas e
processadas para estes jovens. Muito do que é considerado indisciplina é, na
verdade, um desacordo de ritmos.
Apesar da importância de um grupo de estratégias para que a escola se torne
um espaço de aprendizagens cada vez mais significativas para os alunos, a
presença das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação – TDIC através do
uso pedagógico do blog como recurso e como estratégia (GOMES, 2005), no
cotidiano escolar, auxilia este processo pois a linguagem e a estrutura do blog
despertam de interesse do aluno que domina a linguagem do blog e é acessível para
o professor que tem dificuldades no uso das TDIC. Dessa forma, pode-se entender o
blog como um potencial ponto de encontro entre as gerações, minimizando as
dificuldades de comunicação que as distanciam.
Atualmente, as TDIC fazem parte da formação do professor, uma vez que
foram absorvidas pelos sistemas de ensino como um suporte para a interação dos
sujeitos da educação. Para tanto, o professor precisa ser o mediador, tanto entre o
conteúdo pesquisado e compartilhado pelos alunos, quanto entre estes e o uso
pedagógico dos diferentes recursos tecnológicos, sejam eles síncronos ou
assíncronos, digitais ou analógicos.
O uso das TDIC na educação permitem uma nova perspectiva da mesma,
onde a interação entre os envolvidos, e destes com o conteúdo, esteja pautada na
reflexão e no pensamento próprio. Portanto, o ensino mediado pela tecnologia está
muito mais relacionado às novas posturas – de alunos e professores – diante das
possibilidades de construções cognitivas oferecidas pela tecnologia, do que na
inserção dessa tecnologia em uma determinada realidade educacional.
Para Freire (2002), o objetivo da educação é “permitir ao homem chegar a ser
sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros
15
homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história” (FREIRE, 2002, p.
94). Essa relação dialógica com o mundo, atualmente, tem relação com a tecnologia,
que transforma nossas experiências cotidianas.
Para que a relação entre aprendizagem e tecnologia seja produtiva é preciso
que os recursos sejam escolhidos de acordo com o potencial do ambiente de
aprendizagem, seja ele virtual ou concreto. Neste ponto, a presença de um professor
preocupado com as estruturas cognitivas individuais de seus alunos, associadas aos
mediadores culturais disponíveis em sua realidade profissional, é fundamental para
que cada aluno crie suas próprias respostas a partir da interação com os demais em
um ambiante rico de informações a partir de linguagem verbal, escrita, de sinais ou
outra. Cada aluno organiza sua própria aprendizagem, oferecendo para seu
professor elementos que permitam uma postura dialógica, potencializando a
interação interindividual, onde a troca entre eles é mais do que a soma do que cada
um oferece.
Estar inserido entre o analógico e o digital, permite conhecer o melhor e o pior
de cada tendência. A agilidade, a precisão e o potencial criativo que as tecnologias
nos conferem, se confrontam com a homogenização resultante de dinâmicas
existentes no mundo digital. Por outro lado, mesmo com o efêmero da produção
artesanal, é no manual, assimétrico e inesperado que o ser humano chega ao ápice
do seu potencial de criação.
Mas não basta transpor a mesma postura pedagógica de uma “escola
analógica”, cheia de papel e lápis, para uma outra que troca o caderno pelo
computador. A presença da tecnologia na dinâmica pedagógica pode impulsionar
uma mudança de paradigma, que tem o potencial de minimizar os efeitos que o
tempo e a legislação lançaram sobre a educação. Uma “escola digital” só vale o
investimento necessário para sua estruturação quando os professores que a
compõe encontram o caminho equilibrado entre o uso da tecnologia e a valorização
do ser humano, transformando as máquinas em excelentes meios para a expressão
do nosso pensamento crítico e criativo.
Para Pretto (2011), a “Escola 2.0” (p. 109) é aquela que compreende as
múltiplas possibilidades trazidas pela complexidade do mundo. Nela as TDIC estão
inseridas “como elemento da cultura e não apenas como aparatos tecnológicos” (p.
110). A inserção da TDIC no ambiente escolar e na realidade de formação das novas
gerações exige uma escola plural que supere um currículo linear, com lógica vertical,
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valorizando, assim, diversos textos em múltiplos contextos.
Dessa forma, para que o blog se configure como uma extensão da sala de
aula, ampliando os tempos e espaços escolares, incentivando a pesquisa virtual,
através da seleção de material e compartilhamento de links confiáveis, e sirva como
um canal de comunicação entre a família e a escola, é preciso estabelecer uma
parceria com a Coordenação do LIE, para que esse espaço virtual seja apresentado
adequadamente para a comunidade escolar, visando a alfabetização digital dos
alunos e a apropriação de seus recursos por parte de alunos e professores da
escola.
As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação – TDIC são um fato na
atualidade. A revolução digital já modificou a sociedade brasileira e a escola precisa
se adaptar a esta realidade, construindo as pontes necessárias para o uso
adequado dessas importantes ferramentas. Que venham as mais modernas
máquinas inventadas, desde que não esqueçamos que é o cérebro humano quem
abriga a mais avançada das tecnologias: nossa inteligência.
V – Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Michele. Potencialidades do Uso do Blog em Educação. Dissertaçãode Mestrado. Natal, UFRN, 2009.
GOMES, M. J. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. In: PEREIRA, I eCOSTA, R. (editores). Atas do VII Simpósio Internacional de InformáticaEducativa. Leiria: Escola Superior de Leiria, 2005. p. 311-315.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do educador com astecnologias. in ROMANOWSKI, Joana Paulin et al (Orgs). Conhecimento local econhecimento universal: Diversidade, mídias e tecnologias na educação. vol 2,Curitiba, Champagnat, 2004, páginas 245-253.
PRETTO, Nelson de Luca. O desafio de educar na era digital: educações. InRevista Portuguesa de Educação. CIED – Universidade do Minho, 2011, p. 95-118.
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PRIMO, Alex; SMANIOTTO, Ana Maria Reczek. Comunidades de Blogs e espaçosconversacionais. Prisma.com, v. 3, p. 1-15, 2006.
SATO, Michèle; PASSOS, Luiz Augusto. Notas desafinadas do saber e do poder:qual a rima necessária à educação ambiental?. Contrapontos, Itajaí, v. 3, n. 1, p.9-26, mar. 2009.
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APÊNDICES
Apêndice I – Questionário com os Professores Titulares das turmas atendidas no Projeto VIDAA:
1) Entro no Blog para acompanhar o Projeto VIDAA:
2) Incluo o Blog em meu planejamento para o LIE:
3) Estimulo que meus alunos entrem no Blog:
4) Relação entre o Blog e a Aprendizagem dos alunos:
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Nunca
As vezes
Sempre
Nunca
As vezes
Sempre
Nunca
As vezes
Sempre
Impotante para que a Aprendizagem seja significativa
Pode complementar o trabalho de sala de aula
Não tem relação com a aprendizagem dos alunos
5) Considerações Pessoais sobre o Blog:
“É interessante os alunos poderem acompanhar suas atividades, as tornam mais
significativas e os estimulam a continuar.”
“Vou incluir no horário do LIE para ler o Blog. É legal eles lerem o que te mandaram
nas pesquisas, ver as fotos etc. Muito Show o Blog!”
“Acho um espaço muito rico, já que é uma forma de registrar o que foi desenvolvido
com as turmas. Percebi que peco ao não oferecer o espaço para que minha turma
acesse o blog, algo que pretendo corrigir.”
“Percebo em meus alunos um interesse muito grande em relação às postagens do
Blog, principalmente por terem o sentimento de pertencimento às atividades
apresentadas e conhecer os conteúdos descritos. Creio que a pesquisa fica e
evidência neste processo, pois estimula os alunos à procura do que desejam
aprofundar.”
“Penso que este recurso é muito importante para a aprendizagem dos alunos porque
estimula a autoria deles, a autoestima e outros.”
“Acompanho e acho de grande importância para as famílias acompanhares os
trabalhos.”
“Considero importante, desde que seja acompanhado em aula.”
O questionário para os professores titulares mostra que os mesmos
compreendem a relação entre o blog e a aprendizagem, sobretudo da maneira como
está oferecido a seus alunos no projeto pesquisado. Por outro lado, também mostra
que os mesmos não se sentem seguros em trabalhar com este espaço ou não
valorizam o mesmo como um espaço que promove uma aprendizagem significativa.
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Apêndice II - Questionário com Pais e Alunos:
1 - Como é seu principal acesso à internet?
Alunos de 4º e 5º ano:
Pais e alunos de 2º e 3º ano:
2 - Você entra no Blog Sustentabilidade da Sala de Aula?
Alunos do 4º e 5º ano:
Pais e Alunos do 2º e 3º ano:
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No computador, sem limite
No computador, com limite
No celular ou tablet, sem limite
No celular ou tablet, com limite
Na escola
Não entro na internet
No computador, sem limite
No computador, com limite
No celular ou tablet, sem limite
No celular ou tablet, com limite
Na escola
Não entro na internet
Sempre
As Vezes
Nunca
Sempre
As Vezes
Nunca
O questionário dos alunos de 4º e 5º anos aponta uma relação mais ampla e
direta com o uso da internet e com o blog do que o dos pais e alunos do 2º e 3º
anos. Porém, ambos mostram que o acesso à internet está longe do ideal na
comunidade pesquisada. A escola, surge, portanto, como um local de disseminação
e formação da comunidade no que se refere ao mundo virtual.
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Apêndice III – Questionário Dissertativo, com Pais e Alunos que interagem no blog:
1 - Qual é a sua opinião sobre o Blog Sustentabilidade da Sala de Aula:
Mãe 1 – Uma ótima forma de mostrar aos pais e à comunidade interessada otrabalho que está sendo feito.
Mãe 2 – Eu achei ótimo pois é uma maneira de mostrar para a comunidade o queestá acontecendo na sala de aula, interagindo entra a escola e a sociedade.
Mãe 3 – Muito interessante para o aprendizado de nossas crianças. Aumenta muitoo desejo delas de cuidar do nosso planeta.
Aluno 1 – É educativo, muito bom porque fala sobre as aulas que a professora dá,tem muitas fotos das aulas do Projeto VIDAA e o blog relembra os assuntos dasaulas.
Aluno 2 – Eu acho legal o blog, gosto das postagens dele, eu acho muitointeressante as coisas, é bom que os alunos entrem no blog.
Aluno 3 – Minha opinião é que é muito bom o blog.
2 - Qual foi a contribuição do Blog Sustentabilidade da Sala de Aula para o ProjetoVIDAA?
Mãe 1 – Possibilita maior interação entre pais, filhos e escola, podendo trazer paradentro de casa os assuntos abordados, e dando aos pais condições para continuar oaprendizado fora da escola com seus filhos.
Mãe 2 – Eu acho que é compartilhar ideias, divulgar o Projeto VIDAA para que todostenham acesso às informações.
Mãe 3- Nos ajuda a ter mais consciência sobre o nosso meio ambiente e a cuidarmelhor dele. É uma ferramenta de aprendizagem muito interessante e inteligente.
Aluno 1 – Os assuntos do Projeto VIDAA nos fazemos no caderno e a Profª Danielabota no blog. É bom porque se um aluno se esquece de uma coisa está no blog.
Aluno 2 – Talvez para os alunos que não se interessam no projeto veja o blog eacabem gostando do Projeto VIDAA.
Aluno 3 – Nos comentários.
3 - Foi possível aprender mais com o Blog Sustentabilidade da Sala de Aula? Porquê?
Mãe 1 – Sim, dá para relembrar coisas simples como os movimentos da Terra, ounovidades para mim como saber sobre as constelações ou a história da astronomia.Muito legal!
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Mãe 2 – Sim, porque relembrei muitas coisas como astros, Terra e constelações.Muito boa ideia, legal!
Mãe 3 – Sim, pois as crianças acabam estudando em casa e nós pais aprendemosjunto com elas.
Aluno 1 – Não.
Aluno 2 – Foi como eu disse, alunos que não se interessam pelo projeto, através doblog passam a se interessar.
Aluno 3 – Sim, porque tinha uma prova e eu olhei o blog e fui bem.
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Apêndice IV – Questionário com Coordenadora do Laboratório de Informática
Educativa – LIE – da EMEF Maria Quitéria, Profª Luciana Trevisan:
1) Quais foram as estratégias utilizadas no LIE para a aproximação dos alunos com
o Blog?
Conforme solicitação da coordenação pedagógica e da direção da escola as
professoras incluíram no planejamento da aula de Informática Educativa a utilização
do Blog da escola.
2) Qual foi o envolvimento dos professores com a proposta do uso do Blog como
ferramenta pedagógica?
Os professores estão utilizando o blog para visualizarem as atividades
desenvolvidas no Projeto de Educação Ambiental, mostrando para os alunos as
fotos e como acessarem o Blog e encontrarem o registro de sua turma.
3) Qual foi o envolvimento dos alunos com o Blog?
Quando os alunos terminam uma tarefa são orientados para acessarem o Blog.
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